Especial Especial A Importância da Educação “... a educação precisa ser entendida como algo que leva o ser humano a sair dentro de si para integrar-se na comunidade, no mundo e em toda a sociedade na qual está inserido.” Pág. 03 E o Verbo se fez Carne, e habitou entre nós! O Mistério de Deus que Jesus veio revelar está nele mesmo, no seu nascimento e na verdade que pode ser conhecido e assumido. STA. EDWIGES Pág. 15 Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXIII * N. 276 * Dezembro de 2013 Jesus, presente de Deus! “Movido pelo amor infinito, Deus resolveu enviar seu filho ao mundo como presente a cada ser humano, para que, através dele, pudéssemos sentir o quanto somos amados por Deus nosso Pai.” Pág. 06 Notícias Ordenação Diaconal do José Alves Neto No dia 03 de novembro, no Santuário Santa Edwiges, José Alves de Melo Neto, deu mais um passo na sua caminhada sacerdotal, consagrandose Diácono para servir a Deus e a Igreja. Pág. 08 Vocações Decidir-se por Jesus “Caminhai decididamente para a santidade; não vos contenteis com uma vida cristã medíocre, mas a vossa pertença sirva de estímulo, a começar por vós mesmos, para amar mais a Jesus Cristo.”- Papa Francisco. Pág. 11 02 calendário editorial Natal, tempo de reflexão! Chegamos ao fim de mais um ano e, celebramos este mês o nascimento do Menino Jesus, um tempo em que a vida renasce. Natal é tempo de amor, paz, fé, perdão. Este é o momento certo para refletir e analisar se estamos trilhando o caminho certo, se não é hora de mudar e escolher novos caminhos. É tempo de perdoar, deixar de lado qualquer mágoa ou receio que sentimos em relação a alguém. Também é um tempo de compreensão aos ensinamentos de Deus e principalmente colocá-los em prática. É tempo de esquecer tudo o que não deu certo e correr atrás de novos objetivos, confiando em Deus, pois ele sempre nos dará forças para conseguirmos alcançar nossos objetivos. Este momento é oportuno para refletirmos tudo o que vivenciamos neste ano e planejar melhorias para o ano que está por vir. Nessa reflexão podemos elencar os vários acontecimentos deste ano, mas o principal foi ano da Jornada Mundial da Juventude, agraciada pela presença do Papa Francisco no Brasil em sua primeira viagem apostólica. O que ele deixou de mensagens e exemplos, temos que colocar em prática, pois o que fizermos, mesmo que em uma pequena parcela para nosso próximo, estaremos atendendo ao pedido do Papa Francisco, como também são os ensinamentos de Jesus. Que possamos fazer desse Natal um dia repleto de Amor, paz e de muita alegria e que esse sentimento possa ser semeado em todos os outros dias da nossa vida, porque só assim, o Natal terá o seu verdadeiro sentido. Um Feliz Natal a Todos! Karina Oliveira santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 1 Dom Juventude (Reunião da Equipe Província N.Sra. Rocio) Crisma (Inscrições) Ipanema-PR Átrio do Santuário Prog. própria 7h, 9h, 11h e 18h30 4 Qua Terço dos Homens (Récita do terço) Santuário 20h 5 Qui Apostolado da Oração (Reunião) Salão São José 14h 6 Sex Apostolado da Oração (Missa da 1ª sexta-feira) Santuário 15h 7 Sab Catequese (Confraternização dos Catequistas) Infância Missionária (Vida de Grupo) Grupo de Oração (Encontro) Casamento ( transferência Santa Paulina A definir Capela da Reconciliação Salão São José Marello Prog. própria 14h às 16h 19h 18h 9 Sab Infância Missionária (Realidade Missionária) Ministros Extraord. da Sagrada Comunhão (Reunião) Catequese (Formação de Catequistas) Grupo de Oração (Encontro) Capela da Reconciliação Sala Pe. Pedro Magnone Sala Pe. Pedro Magnone Salão São José Marello 14h às 16h 17h 17h 19h 8 Dom Crisma (Inscrições) Átrio do Santuário 7h, 9h, 11h e 18h30 11 Qua Terço dos Homens (Récita do terço) Santuário 20h 12 Qui Pastoral do Batismo (Confraternização) Salão São José 20h 13 Sex Pastoral da Família (Pós-encontro) OSSE 20h 14 Sab Infância Missionária (Passeio) Ministros Extraord. da Sagrada Comunhão (Contrater...) Pastoral do Batismo (Preparação de Pais e Padrinhos) Grupo de Oração (Missa) A definir Seminário Salão São José Santuário Prog. própria 16h30 17h30 às 21h30 19h 15 Dom Pastoral da Acolhida (Confraternização) Pastoral do Batismo (Celebração) A definir Santuário 16h 16h 18 Qua Terço dos Homens (Adoração ao Ssmo. Sacramento) Santuário 20h 20 Sex Vicentinos (Preparação de Cestas Básicas) Salão São José Marello 7h30 às 10h30 21 Sab Vicentinos (Preparação de Cestas Básicas e Reunião) Salão São José Marello 8h às 10h30 22 Dom Pastoral Missionária (Retiro) Salão São José 13h 24 Ter Missa Santuário 20h 25 Qua Natal do Nosso Senhor Missa Santuário 9h e 20h 30 Seg Sagrada Família 31 Ter Missa Santuário 20h 01/01/14 Missa Santuário 9h e 20h [email protected] Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São Paulo Região Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ Responsável e Editora: Karina Oliveira Projeto Gráfico: 142comunicação.com.br Fotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo Interno Equipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 01/12/2013 Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 6.000 exemplares. Distribuição gratuita Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111 santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 A Importância da Educação A educação foi entendida por uma grande parte das pessoas durante os últimos séculos como um dos processos essenciais para formar o ser humano. Nela, foram depositados os desejos de mudanças, tanto para a vida quanto para o desenvolvimento das diversas competências do indivíduo. Aos poucos, a educação passou a ser reconhecida como um caminho que facilitaria o sucesso profissional e pessoal. E, numa perspectiva mais abrangente, foi por meio da expansão de diversos processos educativos que várias sociedades acabaram facilitando a formação de seus indivíduos e obtendo grandes avanços no campo da ciência e da técnica. Por fim, através da inter-relação desses novos entendimentos sobre a educação, juntamente com o progresso da economia, as mudanças políticas e sociais que aconteceram é que possibilitou o surgimento de um mundo cada vez mais globalizado. Dentro desse novo contexto de mundo e com o fortalecimento de um sistema de produção, muitas vezes alicerçado nos mais diferentes modelos de exploração, a educação passou a ser empregada dentro de um processo paradoxal. Foi utilizada como suporte para o aperfeiçoamento das pessoas tendo como finalidade o acúmulo de capitais por meio do trabalho especializado e, por outro lado, a educação sempre foi percebida como algo que possibilitaria a emancipação e autonomia dos seres humanos. Nesses casos, a educação pode ser vista como aquela que ao mesmo tempo poderá forjar uma nova vida as pessoas ou, ainda, consistir num sistema que favoreça a continuidade de um mundo com tantas desigualdades. Em seus estudos, Freire acabou especial 03 afirmando que “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Por isso, a educação precisa ser entendida como algo que leva o ser humano a sair dentro de si para integrar-se na comunidade, no mundo e em toda a sociedade na qual está inserido. Assim, juntamente como todos os outros com todos os outros aspectos que auxiliam para a formação desse mundo em que as pessoas se encontram, a educação contribui na construção e no progresso de uma nova sociedade e de uma nova comunidade planetária. Ao tentar esclarecer como podemos compreender as dificuldades pelas quais passam o mundo contemporâneo, Capra (1996) escreve que “quanto mais estudamos os problemas de nossa época, mais somos levados a perceber que eles não podem ser entendidos isoladamente. São problemas sistêmicos, o que significa que estão interligados e são interdependentes”. Por isso, a educação precisa ser um dos aspectos que favoreça a busca da soberania de todos os seres humanos sem esquecer a importância do cuidado para com toda a vida. Refletir e propor novos caminhos ao processo educativo foi o papel de muitos estudiosos ao longo de muitos anos. Na atualidade, muitos outros estão buscando repensar a maneira como é compreendida e construída educação e, ao mesmo tempo, todas as pessoas precisam estar cada vez mais atentos a esse bem da qual todos dependem. Nesse caso, vale recordar a toda a argumentação feita pelo educador Paulo Freire quando afirma que a “educação não muda o mundo. Educação muda às pessoas. Pessoas mudam o mundo”. Ir. Leandro A. Scapini - OSJ Mestrando na PUC/PR 04 osse santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 Um sonho de vida e crescimento O fim do ano vem se aproximando, e com ele caminham todas as nossas vitórias, realizações e ensinamentos de vida. Aqui no CCA-Casa da Criança Santa Ângela, ensinamos e aprendemos todos os dias, em todos os meses há surpresas na devolução humana. Em especial o mês de Outubro, que comemoramos vários santos queridos como Santa Edwiges, Nossa Senhora Aparecida, São Judas Tadeu entre tantos e o DIA DAS CRIANÇAS. Realizamos atividades socioeducativas incríveis, como Toque Rally, Cantinhos diversos: de leitura, jogos e beleza, Balada jovem e teen, gincana das cores, gastromotiva (degustação de Cup Cake e Milk Shake), vídeo game, oficina de massinha, jogos lúdicos e recreações dirigidas. Alcançamos nossos objetivos, foi um mês de conquistas e satisfações. Finalizamos esse mês com a integração familiar. Proporcionamos um almoço entre educandos e seus responsáveis, com oficinas de interação social. Ambos gostaram muito dessa socialização entre CCA e Família. Uma parceria de extrema importância para o desenvolvimento e crescimento das nossas crianças e adolescentes, visualizando uma formação de cidadão responsável e de estruturação familiar. “Filho aproveite tudo que eles (CCA Casa da Criança Santa Ângela), estão oferecendo a você, em minha época não houve esse momento entre família e instituição.” (Depoimento de uma mãe na oficina de quebra-cabeça). Outro depoimento que nos comoveu e fez com que acreditamos que estamos fazendo o melhor de todos nós, veio de uma avó de um educando, uma pessoa simples, humilde, de uma grandeza e riqueza espiritual sem descrição, não encontramos palavras, disse assim: Parabéns para a diretora dona Célia e todas as professoras e todos os funcionários, todos são nota 10,20, 30 e muito mais do que isso”. (Em uma atividade da oficina de dobradura). Não poderíamos finalizar esse mês das crianças melhor do que sabermos que somos transformadores sociais. Ajudar uma criança faz com que plantemos uma semente em nossos corações, cujo nome dela é SOLIDARIEDADE. Agradecemos todos de coração, por fazer parte dessa família social. Desejamos um ótimo natal e que 2014 seja um ano abençoado por Deus. Um grande beijo de todos da equipe Casa da Criança Santa Ângela. para refletir O Samurai e o Mestre Zen. Certo dia, um Samurai que era um guerreiro muito orgulhoso, foi ver um Mestre Zen, embora fosse muito famoso o Samurai. Ao olhar o Mestre e o encanto daquele momento, o Samurai sentiu-se repentinamente inferior. Ele então disse ao Mestre: - Por que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior e jamais me senti assim! Encarei a morte muitas vezes, mas nunca experimentei medo algum. Por que estou me sentindo assustado agora? O Mestre falou: - Espere. Quando todos tiverem partido, responderei. Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o Samurai estava ficando cansado de esperar. Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o Samurai perguntou novamente: - Agora o senhor pode me responder por que me sinto inferior? O Mestre o levou para fora. Era uma noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse: - Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à maior - Por que me sinto inferior diante de você? Esta árvore é pequena e aquela é grande. E isto é um fato. E nem por isso ouvi uma delas sussurrar algo sobre isso. O Samurai então argumentou: - Isto se dá porque elas não podem se comparar. E o Mestre replicou: - Então não precisa me perguntar, você sabe a resposta. Quando você não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não importa, você é você mesmo. Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das estrelas. O canto de um pássaro é tão necessário quanto qualquer canção, pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer. Simplesmente olhe à sua volta. Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: Ninguém é mais alto ou mais baixo. Ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único. Você é necessário e basta. Na Natureza, tamanho não é diferença. Tudo é expressão igual de vida. Moral da história: Muitas vezes nos preocupamos com as diferenças que temos e nos esquecemos de ver a vida que nos iguala. Homem ou mulher, baixo ou alto, rico ou pobre, tudo isso se desfaz se paramos de julgar e de competir entre nós. O importante é a vida, e não a nossa vontade de sermos grandes ou melhores do que os outros. A grandeza não estar em ter, e sim em ser útil à vida. Pe. Paulo Sérgio - OSJ Vigário Paroquial santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 COMEÇAR E TERMINAR nossa santa 05 As vicissitudes do tempo apontam-nos sempre para um começo e um término, às vezes para uma parada e depois retorno. Caros leitores e leitoras, graça e paz. Com estas linhas que escrevo anúncio minha última participação como articulista frequente do Jornal Santa Edwiges. Não é uma desistência sem sentido, mas uma adequação necessária ao atual momento em que vivo e que precisa de uma exigência de minha parte. O Jornal Santa Edwiges (JSE) tem uma bonita e fiel história com os paroquianos, romeiros, fieis e devotos de nossa padroeira, sendo o modo de transmissão das comunicações da casa de Deus e um lugar de paz que é o Santuário Santa Edwiges. Como meio de comunicação de imprensa, um amigo meu escreveu recentemente, que “este jornal, precedido por outras publicações com nomes diversos, tem uma perseverança admirável nestes quase quarenta anos. Ele é uma fonte admirável de informações históricas, da pastoral e das devoções, bem como das pessoas que por aqui passaram”. O serviço prestado pelo Jornal Santa Edwiges é inestimável! O convite a escrever mensalmente nas linhas do JSE partiu do Pe. Mauro Negro, OSJ, que quando este também fora convidado a assumir a linha editorial quis insistentemente que eu colaborasse com ele tendo em vista que eu era um jovem atuante e assíduo na comunidade como catequista de adultos, amigo e presença com o pároco (Pe. Alfeu à época), referência na participação das liturgias, etc. Desde as primeiras linhas até este artigo final, vários foram os temas que pude abordar: catequese com adultos, crônicas da vida da comunidade, testemunhos de paroquianos que aqui viveram e experimentaram a fé... foram muitos os assuntos abordados. Todavia, a minha participação no JSE foi marcante num espaço que por algum tempo escrevi e que hora intitulado “nossa história”. Ali pude resgatar a partir do livro tombo paroquial, em vista dos 50 anos de nossa existência como paróquia, a história viva da Paróquia-Santuário Santa Edwiges a partir do olhar dos párocos que registraram a vida paroquial dos devotos da santa polonesa. Nestes últimos anos desenvolvi artigos sobre a necessidade nos confrontarmos cada vez mais com a espiritualidade Santa Edwiges, que nada mais foi o seu jeito e ação de viver a fé e que encontramos afirmado nas invocações de sua ladainha que rezamos todos os dias. O espaço “nossa santa” não foi só desenvolvido por mim, mas também por outros colaboradores do JSE que em Santa Edwiges conheceram e amaram Jesus Cristo, Filho de Deus, nosso irmão que nos leva ao Pai do céu. Minha última linha editorial, aquilo que escolhi tratar textualmente, foram os 40 anos de presença da Congregação dos Oblatos de São José, comunidade de padres e irmãos religiosos que nos assistem pastoralmente a tantos anos na condução da comunidade, formação dos freis estudantes de teologia e pastoreio na Região Episcopal Ipiranga da Arquidiocese de São Paulo. Os oblatos e Santa Edwiges me formaram na fé e humanidade como pessoa! Muito obrigado! Com isso e um pouco mais, amados leitores e leitoras, pude dar linhas objetivas na experiência de ser um “filho do Santuário Santa Edwiges” que na colaboração editorial do JSE desenvolvi esta minha filiação tão estimada. Em Mato Grosso do Sul, meu atual estado de residência e vivência eclesial, temos, ao que conheço, duas comunidades de que levam o nome e experiência da nossa padroeira, uma em Campo Grande (capital) e outra em Dourados, minha diocese. Deste modo sinto-me “um pouco em casa” em saber que também nesta terra iluminada pelo sol, fonte das produções dos grãos de soja e milho, morena em sua terra, Santa Edwiges é venerada e celebrada como padroeira dos pobres e endividados, modelo dos políticos, intercessora da família cristã. Especialmente agradeço aos padres Alfeu, Devanil, Paulo e Mauro pela oportunidade de poder escrever no nosso JSE durante este anos, bem como às editoras responsáveis Juliana Sales e Karina Oliveira que, não obstante os meus atrasos, sempre contaram com os meus artigos para a informação e formação de nossa comunidade paroquial. À todos o meu muito obrigado, respeito, admiração, carinhos e fé em Deus. Graça e paz. Martinho Vagner [email protected] “A vida de Cristo contemplada com o olhar de Maria.” 1ª quarta-feira do mês: “Terço pela Família” 2ª quarta-feira do mês: “Terço pelos Enfermos” 3ª quarta-feira do mês: “Terço pela Esperança” 4ª quarta-feira do mês: “Adoração ao Santíssimo” Horário: 19:45h Venha participar conosco e traga sua família! 06 palavra do pároco-reitor Vida dinâmica! Caro leitor e leitora do Jornal de Santa Edwiges! Sentado pensando na escrita deste, estou lembrando-me de você que imaginará o quero dizer neste artigo com este título. Sabe por que eu faço esta afirmação? É que de fato, já estamos em vias de celebrar o Natal! Meu caro e querida, a dinâmica da vida é tanta, que nem se torna perceptível o rolo que ela toma. Se olharmos um pouquinho para trás, chorávamos as memórias de nossos queridos falecidos há um mês no dia de finados. Os entes queridos são e devem ser para nós memória saudável, de vida que produziu um caminho para a nossa vida, com seus exemplos e as vivências e suas presenças, o que nos anima a levar sempre mais para frente os ideais cristãos. Mas o que eu de fato quero falar é da vida, e dos motivos de vida que geram esta dinâmica, e, sobretudo, a dinâmica da vida cristã presente nos mistérios de nossa fé, para estes alimentarem a esperança e assim encher a nossa vida de atos de amor/ caridade para com o próximo e bem juntinho de nós que precisa de nossa mão e de nosso coração. Celebraremos o grande Mistério da Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo, e se não tomarmos cuidado, esse vai passar despercebido. Deus que vem morar em nosso meio e assim pode nos dar o exemplo e a certeza de nossa vida em comunidade família, e de nossa inserção social, onde quer que estejamos como, o “Filho de José e de Maria” que vivia no meio de sua comunidade, que causava espanto e perguntas “não é Ele o filho do Carpinteiro?” (Mt 13,55), certamente este vivia de forma tão singular e discreta que ao se por a fazer o Reino acontecer fez surpresa para todos. O Mistério da Encarnação deve gerar em nós a ação de Jesus, de nos fazer extraordinários, de sermos a sua presença onde nós como cristãos e outros Cristos no meio que nos for favorecido estar. Deixo umas dicas para este tempo. Chega o tempo do advento, é o tempo de espera, de preparação. Meu caro, minha querida! Além de pensar em presentes, mimos, enfeites, dá uma generosa olhadinha no teu coração, esse é o espaço que certamente Jesus gostaria de ficar, de estar, de permanecer e ser morador! Para isso, faça sua novena de preparação para o Natal, reze pedindo que a vida nova de Jesus seja vivida todos os teus dias e, sobretudo na tua casa, e nos ambientes que você vive. Desejo-te um Feliz Natal, um Ano Novo Repleto de alegrias, e muita esperança! Agradeço a todos, por todas as ajudas em todas as necessidades do Santuário e Obras Sociais de Santa Edwiges neste ano de 2013. Com estima e muita Gratidão. Pe Paulo Siebeneichler – OSJ Pároco-Reitor da P. S. Santa Edwiges [email protected] santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 terço dos homens Jesus, presente de Deus! A proximidade do Natal e das festas de fim de ano fazem circular, entre as pessoas que se amam, os presentes. Tanto quem dá um presente como quem o recebe, experimenta a alegria de partilhar um pouco de si mesmo através do presente, que vale mais pelo significado do que pelo valor em si do objeto ofertado. Misturam-se dois tipos de natais. Um é o das vitrines enfeitadas, cintilantes e abarrotadas de coisas e mercadorias. Bastam fantasias e desejos seduzirem a mente e a vontade e já se embrulham os presentes. E as caixas registradoras ou computadores armazenam os cifrões. Outro é o Natal Bíblico. O antigo. Imune ao marketing. Aquele do mistério de Jesus: o grande presente dado por Deus a nós. Pode ser vivido apenas na simplicidade do coração e com alegria indizível da liberdade interior alheia à cultura consumista. Os cristãos verdadeiros jamais o trocarão pelas vitrines. Movido pelo amor infinito, Deus resolveu enviar seu filho ao mundo como presente a cada ser humano, para que, através dele, pudéssemos sentir o quanto somos amados por Deus nosso Pai. E foi por meio de Maria que Deus fez chegar até nós esse presente divino. A quem o acolhe é dada a graça de se tornar filho ou filha de Deus. Pois o lugar que o menino Jesus escolhe para habitar é o coração de cada ser humano. E assim nos é dada a oportunidade de aprender com Ele a viver como filhos e filhas amados do Pai, sob a proteção de Maria, construindo a nova sociedade fundada sobre os valores verdadeiramente humanos e cristãos. O Natal será mais santo e a proximidade do Ano Novo terá mais brilho, se aceitarmos esse presente do Céu. Se acolhermos Cristo em nossos corações e com Ele dermos os primeiros passos para a restauração do nosso mundo tão distanciado do Criador. A sociedade capitalista distanciou-se do Senhor do Universo, criou valores transitórios que passaram a ser considerados como definitivos, esquecendo-se de que a pessoa, o ser humano, é o supremo bem da criação. É na relação, amar e ser amado, que a vida adquire seu brilho, dando à existência humana a razão de ser que não pode ser encontrada em nenhuma outra coisa. Quem ama e age motivado pelo amor não precisará se envergonhar de nada. Suas ações, por mais simples que sejam, serão vistas, no presente ou no futuro, como revelação da grandeza de um coração habitado por Deus. Feliz Natal! Feliz Ano Novo! Que brilhe em cada coração a luz do presente que de Deus recebemos por meio de Maria. Marcos Antonio Mendes Catequista [email protected] santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 Batismo 27 de outubro de 2013 batismo 07 Meneses Produções Fotográficas Tel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19) Aline Amaral de Jesus Carlos Eduardo F. da Silva Carlos Henrique F. da Silva Diogo Gomes Boccatto Isabella Ananda da S. Alencar Jefferson Pedro de Jesus da Silva Jonathan Cascais Oliveira Júlia Soares Aguiar Silva Kevin Alvino dos S. N. Rosas Letícia Façanha Frutuoso Luan de Araújo Ferreira Marina Silverio Rodrigues Maryna Nicoletti Manuel Matheus Nicoletti Manuel Luis Henrique R. Moreira Melissa Moreira Oliveira Gabrielly Façanha Silva Juliana Façanha Silva Maicon Pedro da Silva Milena Moreira Oliveira 08 notícias santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 Ordenação Diaconal do José Alves de Melo Neto No dia 03 de novembro, aconteceu no Santuário Santa Edwiges, a Ordenação Diaconal do José Alves de Melo Neto. A celebração foi presidida pelo Revmo. Senhor Dom Derek John Christopher Byrne, SPS Bispo de Guitatinga, MT. Neste dia, a Igreja estava lotada pelos paroquianos, familiares e amigos do Diácono Neto que vieram prestigiá-lo por mais essa etapa concluída em sua caminhada. O magistério da Igreja, de modo particular na Lumen Gentium n° 29, nos ensina que a natureza deste ministério se configura na tríplice missão que é o serviço ao povo de Deus na diaconia da liturgia, da palavra e da caridade. Dentro do rito de ordenação, a validade do ato está na imposição das mãos feita pelo bispo e a oração consecratória em que ele diz: “Enviai sobre eles, Senhor, nós vos pedimos, o Espírito Santo, que os fortaleça com os sete dons da vossa graça, a fim de exercerem com fidelidade o seu ministério”.[1] A fidelidade ao ministério se dá primeiramente na fidelidade ao Cristo. Nas palavras de santo Inácio de Antioquia, o múnus que o diácono exerce é o próprio ministério de Cristo. Por isso que são Policarpo adverte na frase acima citada que tenhamos em nós o dom da misericórdia e da disponibilidade imitando Àquele que se fez servidor de todos. Vamos rezar por este oblato, Diácono Neto, para que ele seja fiel ao seu chamado e para que Deus continue a chamar tantos outros para a vocação religiosa e para a Igreja. santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 Almoço e Show Beneficente com Francis Lopes em prol da reforma da Comunidade Nossa Senhora Aparecida No dia 10 de novembro, aconteceu no Santuário Santa Edwiges o almoço e o Show do Francis Lopes e atrações, em prol da construção da Comunidade Nossa Senhora Aparecida- Heliópolis. Foi um dia de muito empenho e de muita alegria para todos que lá estiveram e colaboraram para esses dois importantes eventos para a comunidade. Agradecemos a todos que contribuíram para que esse evento acontecesse, a saber: Transportes do Tio Gringo e Tio Manoel, MD Velas, HDF Produções, MRV Elétrica, Alleman Empilhadeiras, Barraca Pôr do Sol (Ed do Churrasco), Padaria Nova Heliópolis, Boa Opção Transportes, Francis e toda a produção, Pedro Filho e cooperadores, aos Empresários destes, na presença do Edmilson de Deus da TAF Terraplanagem Alzira Franco, o Cordeiro do Açaí do Cordeiro, a Auto Moto Escola Euro na pessoa Marques, Geraldo do Bar, Nunes Peixeiro, Dema Pai e Empresário de Diana dos Teclados, PIPE pães, Palmeirense do Som, Luciano, Denival e Paróquia Nossa Senhora das Mercês, Zé Neto e Família, Aos Artistas que passaram pelo palco Alexandre Freitas vale a pena destacar, de nossa Comunidade, Diana dos Teclados, Caco Soares, Alexandre Aguiar e Kauan Luna, estes por conta da Solidariedade do Francis e dos Empresários acima citados, entre tantos outros que nos ajudaram. Não poderíamos deixar de agradecer também cada um que atua no seio da Comunidade Nossa Senhora Aparecida que muito colaboraram, bem como pessoas também do santuário que dedicaram seu tempo e seu trabalho em prol desse projeto. notícias 09 Confraternização No dia 12/11, recebemos na Casa Paroquial os convidados Francis Lopes, Frank Aguiar, Alexandre Freitas, Allexandre Aguiar, Padres do Setor Anchieta, Padres Oblatos, Freis, Leigos da Paróquia Santuário Santa Edwiges, da Comuni- dade Nossa Senhora Aparecida – Heliópolis e Empresários, para um momento de integração e convivência Fraterna. O nosso pároco Pe. Paulo Siebeneichler agradece a presença de todos que compareceram nessa confraternização. programação de natal Dia 20 de Dezembro Auto de Natal e Encerramento das Novenas às 19h30 Dia 24 de Dezembro Missa às 20h Dia 25 de Dezembro Natal do Senhor Missa às 9h e às 19h Dia 31 de Dezembro Missa às 20h Peçamos a Deus que continue recida possa ir sempre à frente derramando sobre cada um de abrindo os caminhos! “Heliónós a sua graça para continu- polis, reconstrói a sua Igreja!” armos nos empenhando para a reconstrução da Comunidade Diácono José A. de Melo Neto Nossa Senhora Aparecida. E OSJ - Assessor Pastoral [email protected] que a nossa Mãe Maria Apa- Dia 01 de Janeiro Missa às 9h e 20h Venha participar desse momento especial de fé e esperança! Local: Paróquia Santuário Santa Edwiges 10 juventude Missão Jovem em Porecatu – PR santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 Motivados pela escolha do Brasil para receber em 2013 a Jornada Mundial da Juventude onde o Papa Francisco nos provoca com o tema: “Ide e fazei discípulos por todas as Nações” Mt 28, 19, deixam evidentes quais seriam os próximos passos que nos jovens deveríamos trilhar, nos levando a uma atitude e um real posicionamento frente ao trabalho missionário, suscitando um novo ardor pela missão permanente nas diversas realidades, retomando a identidade cristã, respeitando acima de tudo os aspectos culturais, tendo Cristo como ponto de partida. Sendo assim, um mês após as atividades da Semana Missionária, do Encontro Internacional da Congregação e da nossa participação da JMJ no Rio de Janeiro, nosso assessor Pe. Bennelson convoca as lideranças juvenis para lançar a proposta da 1º Missão Jovem na Província. O local escolhido para esse novo desafio foi à cidade de Porecatu no oeste Paranaense, assumidos por jovens e adultos, ganhando força e se mostrando necessário e possível essa união desde a base do projeto até durante as campanhas de arrecadação de fundos (venda de velas e pastel), nas formações, orações, reuniões, terços nas casas dos jovens, que conscientemente nos aproximou e que de malas prontas déssemos início as atividades da missão. Nos dias 15, 16 e 17 de novembro, motivados pelo tema: “Juventude em Missão – Amada e Escolhida”, lema: “Temos mil razões para viver”, unidos aos Padres, freis, religiosas (os), jovens e adultos das cidades de São Paulo, Ourinhos, Apucarana, Londrina, Curitiba totalizando mais de 200 missionários, partimos para Porecatu que nos recebeu com uma grande acolhida festiva. Após uma formação voltada ao reconhecimento da cidade e suas características, os trios missionários iniciaram as visitas nos bairros e também em instituições (Asilo, Hospital, Centro de Reabilitação de Dependentes Químicos). Missas foram celebradas nas capelas mais distantes. A aceitação dos missionários ganhou destaque entre os testemunhos e partilhas. Na noite de sábado houve um momento de trocas de experiências entre os jovens, envolto a muita oração, dança, música e testemunhos. O encerramento no domingo pela manhã começou com a procissão pelas ruas da cidade em direção a Igreja Matriz Nossa Sra. Aparecida onde aconteceu a celebração eucarística. Muita alegria, emoção e gratidão por um trabalho bem realizado, foram com certeza os sentimentos marcantes desse último momento. Antes do retorno a SP, tivemos a oportunidade de conhecer o Centro Juvenil da Congregação localizado na cidade de Londrina. Marcas expressivas foram deixadas em todos os envolvidos nesse projeto, saudades do que passou, mas a certeza que outras virão. Destacando as pessoas que tornaram isso possível: ao Pe. Jorge (Pároco da Igreja Matriz de Porecatu) e toda sua equipe de acolhida e de infraestrutura, aos missionários locais que nos acompanharam. Ao Pe. Bennelson que coordenou o projeto, ao Pe. Paulo S. e a Congregação que acreditou e confiou nesse desafio que marca o inicio da caminhada dos jovens em missão, o nosso MUITO OBRIGADO! Wallace Lopes França [email protected] santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 DECIDIR-SE POR JESUS vocações 11 “Caminhai decididamente para a santidade; não vos contenteis com uma vida cristã medíocre, mas a vossa pertença sirva de estímulo, a começar por vós mesmos, para amar mais a Jesus Cristo.” Com estas palavras o nosso Papa Francisco nos impele a um salto grandioso e sincero que pode afetar o nosso modo de viver, ou seja, decidir-se por Jesus requer abandono da mediocridade. Vida com atitudes medíocres se reflete nas ações de quem não procura o melhor para si, tem medo de tomar certas decisões, pois sabe que decidir significa comprometer-se com uma causa. É repetir sempre as mesmas coisas e reclamar dos mesmos resultados e de sua pouca eficácia. É deixar que o medo e a insegurança nos dominem a ponto de viver se arrastando nos caminhos da indecisão. Basta de mediocridade neste mundo! Nosso Papa Francisco quer nos ver com passos firmes no caminho da Santidade. Este é convite aberto para todos e não há porque se esquivar e arranjar desculpas. O jovem vocacionado sente-se pertença, ou seja, parte de uma comunidade de vida, parte de um imenso projeto que abrange a muitos amados e queridos por Deus. Jovem! É hora de dizer sim, de proclamar para todos os confins que vale a pena seguir a Cristo e com Ele tornar-se Santo. Para nos tornarmo-nos santos sigamos a dica de São José Marello: “Cuidar dos interesses de Jesus,” isto é, centralizar toda a vida em Cristo. Os interesses de Jesus hoje são muitíssimos, basta parar para ouvir o coração, ouvir a voz do povo, orar com todo o fervor e responder ao chamado de Deus, fazendo de nossa vida uma entrega, um eterno cuidado com o Reino de Deus e seus valores. Os interesses de Jesus se chocam frontalmente com os próprios interesses, com os interesses de grupos fechados, com os interesses do dinheiro, do consumismo e do hedonismo que tomam conta do mundo e o escraviza. Contudo decidir-se por Jesus é proclamar para o mundo que é possível realizar o sonho daquele menino que se fez homem. O qual era o próprio Deus fazendo-se presença entre nós e nos salvando de toda a escravidão do pecado e das trevas. Por que então esperar mais? Hoje e sempre é preciso DECIDIR-SE POR JESUS! “No fundo sempre será uma utopia, um sonho, mas este foi o sonho de um HOMEM-DEUS”. Informe-se mais sobre a Vocação, entre em contato conosco: Centro Juvenil Vocacional Rua Darcírio Egger 568 86070-070 / Shangri-lá B / Londrina – Pr (43) 3327-0123 [email protected] savjosefino.blogspot.com.br 12 são josé santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 A Paternidade de São José na Teologia Católica Antes de tudo uma observação sobre o título desse artigo “A paternidade de São José na Teologia católica”, ou seja, o acento sobre a palavra Teologia. Podemos chamar Teologia ao Estudo de São José? Que valor científico pode ter um estudo particular e contingente a respeito da personalidade de um Santo, sendo que Teologia é uma ciência tão excelsa cujo objeto primordial é Deus? Para responder a esse questionamento é preciso levar em consideração que para estudar Deus em sua vida íntima, ou como dizem os teólogos, na sua deidade, compreendendo a sua natureza e vida íntima, assim como também suas obras enquanto Criador e último fim sobrenatural do homem e de todos os seres, é possível somente por meio da manifestação que Deus faz de si próprio. Por isso, a luz que ilumina a investigação do teólogo é a luz da divina revelação que nada mais é que a dedução das verdades reveladas. Essa luz que é a mesma autoridade de Deus, esclarece o caminho da investigação teológica a qual versa, sobretudo sobre Deus, mas também sobre todas as coisas em ordem a Ele, partindo sempre sobre dos princípios da fé. Por isso, podemos falar de Teologia de São José a qual se coloca como uma parte da ciência teológica que partindo dos princípios revelados estuda o Santo Patriarca como esposo da Mãe de Deus e Pai do Verbo encarnado com todas as graças e privilégios que derivam deste mistério. Dito isso podemos afirmar com propriedade que a paternidade de São José está em referência ao mistério da encarnação do Filho de Deus. Mistério esse, como afirma Santo Tomás, que tem toda a supremacia dentre todas as obras divinas, pois nada de mais admirável a nossa mente pode pensar como realização de Deus nesta grandiosa expressão: “O Filho de Deus se fez verdadeiro homem”. Essa obra admirável da humanização do Filho de Deus se realizou sendo Cristo concebido no seio da Virgem Maria por virtude do Espírito Santo. Somente Maria e o Espírito Santo intervêm na realização desse mistério. Maria como mãe ofereceu a matéria com a qual foi formada a humanidade de Cristo pelo Espírito Santo. Dessa maneira Maria cooperou fisicamente com a encarnação. Para isso Deus pediu à Maria por meio do anjo a sua participação para ser a Mãe de Deus e ela ofereceu o seu corpo ao Espírito Santo para que por sua ação fosse formado um corpo para o Verbo para se encarnar. A ação do Espírito Santo ordena principalmente para a concepção e o nascimento de Cristo e subordinada a essa ação está Maria, mesmo porque ela não poderia apenas por si mesma realizar a encarnação. Foi, portanto, o Espírito Santo a causa eficiente da concepção de Cristo embora esta é obra de toda a Trindade. Contudo, não por isso podemos dizer que o Espírito Santo é pai de Cristo, pois ele não produziu a natureza humana de Cristo de sua própria substância, mas apenas exerceu a sua virtude para produzi-la, conforme afirma Santo Tomás. Mesmo que depois os evangelhos chamem São José Pai de Jesus de uma maneira geral é evidente que não entendem uma concepção comum, pois na narração da concepção de Cristo não se menciona a sua intervenção. Apenas a Virgem e o Espírito Santo que supre as vezes do homem com sua virtude divina e sobrenatural quem realizam esse mistério. Por isso, a paternidade física e natural de São José sobre Jesus fica totalmente excluída. Não foi São José quem deu vida material humana a Cristo como fazem os pais, dando de sua própria substância e comunicando a sua natureza específica, também se não faltaram hereges como Cerinto, os Ebionitas, os Anabatistas e os Sociarianos que procuraram afirmar que São José gerou Jesus. Estes afirmavam que Cristo não foi concebido no ventre da Virgem Maria segundo a carne por obra do Espírito Santo mas como os demais homens foi concebido do sêmen de José. É importante dizer que a ação do Espírito Santo não produziu nenhum sêmen humano para gerar Jesus, mas que mediante a sua própria virtude fez o que é natural ao sêmen, produzindo o efeito correspondente a este no corpo de Maria. Muito menos podemos dizer que o Espírito Santo tomou o sêmen de José para a concepção de Cristo. O dogma católico afirma que Maria concebeu sem o sêmen de homem, mas por obra do Espírito Santo. Cristo “nascido de Maria sempre virgem tomando a humanidade perfeita: alma, corpo, mente e tudo o que constitui o homem, exceto o pecado, sem o sêmen humano”, afirma Santo Epifânio. Também o Catecismo de São Pio V afirma: “O corpo de Cristo se formou do purismo sangue da Virgem Imaculada, sem nenhum concurso de homem, unicamente por virtude do Espírito Santo... No seio da Virgem foi concebido, não como os outros homens, mediante a infusão do sêmen humano por um homem, mas excedendo a ordem natural das coisas, por virtude do Espírito Santo”. A posição do dogma católico declarando que o Cristo foi concebido unicamente por obra do Espírito Santo sem nenhum concurso de homem não deixa lugar para se ressaltar qualquer intervenção de São José na concepção de Cristo, nem mesmo a posição defendida pelo Josefólogo Pe. Corbató de que o Espírito Santo tomou o sêmen de São José o qual foi santificado e unido milagrosamente no seio de Maria. Afirma portanto, que o Espírito Santo não tomou um sêmen, mas o puríssimo e imaculado sêmen de São José e por sua exclusiva ação, o uniu repentinamente ao óvulo de Maria, tornando assim concebido o corpo de Jesus; “o Espírito Santo uniu o sêmen e o óvulo imaculados como se unem dois raios de uma puríssima luz em um só ponto, sem prejuízo algum à virgindade de ambos”. Na conclusão de Pe. Corbató, São José é o Pai real quase material, não físico e nem natural de Cristo e por isso Pai mais real e verdadeiro que os outros embora não físico e nem natural. Evidentemente o pensamento de Corbató sobre a concepção de Cristo não está conforme os evangelhos e nem com as definições dogmáticas da Igreja ou também com as explicações dos teólogos sobre o mistério da encarnação, pois todos negam a intervenção do homem na concepção de Cristo, mesmo que seja uma intervenção pacífica de São José conforme Corbató. Vale muito bem a observação de Santo Tomás a esse respeito ao dizer que se a virtude generativa humana produz um homem perfeito, a virtude divina que deu tal poder ao germe humano pode realizar os mesmo efeitos, sem a necessidade de tais elementos seminais e constituindo um homem perfeito. Por isso, a ação do Espírito Santo supriu milagrosamente toda a intervenção do homem quanto a matéria e quanto a obra ativa para a concepção. Afirmar que Cristo foi concebido da matéria (sêmen) de São José é afirmar que São José interveio fisicamente de alguma maneira na concepção de Cristo que, portanto sua paternidade é física e neste mesmo sentido também natural já que o vínculo que o une com Cristo físico, material e natural é, por mais sobrenatural que possa ser a maneira de realização e de união. Enfim, a primeira parte desse artigo quer deixar bem claro para todos que a Paternidade de São José sobre Jesus Cristo não foi física e natural, mas obra do Espírito Santo, ou seja, Jesus Cristo foi concebido por Maria Virgem a qual nada tomou do homem, mas essa obra ativa foi ação do Espírito Santo. Dessa maneira fica bem explícito que São José não é o pai físico e natural de Cristo. Pe. José Antonio Bertolin, OSJ [email protected] santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 Santa Francisca Xavier Cabrini - 22 de dezembro Enquanto lecionava e atuava em obras de caridade em sua cidade, acalentava o sonho de entregar-se de vez à vida religiosa. Aos poucos, foi criando coragem e, por fim, pediu admissão em dois conventos, mas não foi aceita em nenhum. A causa era a sua fragilidade física. Mas também influiu a displicência e o egoísmo do padre da paróquia, que a queria trabalhando junto dele nas obras de caridade da comunidade. Francisca, embora decepcionada, nunca desistiu do sonho. Passado o tempo, quando já tinha trinta anos de idade, desabafou com um bispo o quanto desejava abraçar uma obra missionária e esse a aconselhou: “Quer ser missionária? Pois se não existe ainda um instituto feminino para esse fim, funde um”. Foi, exatamente, o que ela fez. Filha de família pobre cresceu em meio à miséria que pairava, em meados do século XIX, no norte da Itália. Franzina, de saúde fraca, não conseguiu ser aceita nos conventos. Apesar disso, era dona de uma alma grandiosa, digna de figurar entre os santos. Assim pode ser definida santa Francisca Cabrini, com sua vida voltada somente para a caridade e o bem do próximo. Francisca Cabrini foi a penúltima de quinze filhos de Antônio e Estela, camponeses muito pobres na pequena Santo Ângelo Lodigiano, região da Lombardia. Nascida em 15 de julho de 1850, desde pequena se entusiasmava ao ler a vida dos santos. A preferida era a de são Francisco Xavier, a quem venerou tanto que assumiu seu sobrenome, se auto-intitulando Xavier. Sua infância e adolescência foram tristes e simples, cheia de sacrifícios e pesares. Francisca, porém, gostava tanto de ler e se aplicava de tal forma nos estudos que seus pais fizeram o possível para que ela pudesse tornar-se professora. Mal se viu formada, porém, encontrou-se órfã. No prazo de um ano perdeu o pai e a mãe. Com o auxílio do vigário, em 1877 fundou o Instituto das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, que colocou sob a proteção de são Francisco Xavier. Ainda: obteve o apoio do papa Leão XIII, que apontou o alvo para as missões de Francisca: “O Ocidente, não o Oriente, como fez são Francisco”. Era o período das grandes migrações rumo às Américas por causa das guerras que assolavam a Itália. As pessoas chegavam aos cais do Novo Mundo desorientadas, necessitadas de apoio, solidariedade e, sobretudo, orientação espiritual. Francisca preparou missionárias dispostas e plenas de fé, como ela, para acompanhar os imigrantes em sua nova jornada. Tinham o objetivo de fundar, nas terras aonde chegavam, hospitais, asilos e escolas que lhes possibilitassem calor humano, amparo e conforto. Em trinta anos de intensa atividade, Francisca Cabrini fundou sessenta e sete Casas na Itália, França e nas Américas, no Brasil inclusive. Mais de trinta vezes cruzou os oceanos aquela “pequena e fraca professora lombarda”, que enfrentava, destemida, as autoridades políticas em defesa dos direitos de seus imigrantes nos novos lares. Madre Cabrini, como era popularmente chamada, morreu em Chicago, Estados Unidos, em 22 de dezembro de 1917. Solenemente, seu corpo foi transportado para New York, onde o sepultaram na capela anexa à Escola Madre Cabrini, para ficar mais próxima dos imigrantes. Canonizada em 1946, santa Francisca Xavier Cabrini é festejada no mundo todo, no dia de sua morte, como padroeira dos imigrantes. santo do mês 13 Mensagem especial Seu nome? Não sei... Mais uma vez de tantas outras eu o vi. Sempre no mesmo lugar. Enraizou. Sempre o mesmo vestir, desprendido que está das coisas materiais, que a muito deixaram de fazer parte de sua vida, do seu dia a dia. Apenas cobre o corpo, sem se ater a nada. Cobre “as vergonhas”, como muitas vezes ouvi alguém comentar. Com sol ou com chuva ele está lá. A figura lendária da cidade grande que a todos olha, mas que nada vê, mergulhado que está no esquecimento, livre das aflições, das preocupações diárias, dos disque - disque. Sofre? Penso que não, pois parece aceitar tudo como a ele se apresenta. Parece. Seu olhar que nada fixa, passeia por tudo e por nada. Apenas olha o que está para ser olhado. E dança... Dança ouvindo a música que quer, a que lhe faz bem, tendo em seus lábios um meio sorriso. Dança a dança da vida não vivida, alheio aos passantes apressados, que vez por outra o olham com indiferença, acostumados que estão à sua figura dançante. O que pensa? Por onde andam seus pensamentos se é que os tem? Onde estão os que o querem bem? Será que o imaginam a viver essa vida que sequer tinha escolhido? Uma vida sem perspectiva alguma. Uma vida vazia... Onde será que repousa seu corpo já cansado ao final do dia? Talvez em um papelão coberto por panos que tem o seu cheiro. E seu banho? Será que seu banho tem cheiro de chuva? E sua comida... Em que lugar dessa cidade grande ele a encontra para matar o que o está matando? Numa lata de lixo que não vê como tal? Será? Mas ele segue dançando, com um meio sorriso nos lábios... Não é rico nem pobre, vive alheio a tudo, sequer sofrendo por não ter o que não lhe cabe. O nada ou o tudo ter parece não fazer dele um ser infeliz que vive à deriva da vida. É indiferente a tudo e a todos. Talvez indiferente a si mesmo, sem expressar sua realidade interior há tanto tempo perdida, marcando de modo diverso sua marca pessoal na história. Quem sabe? Heloisa P. de Paula dos Reis Fonte: http://www.paulinas.org.br [email protected] 14 osj santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 Caros leitores do Jornal Santa Edwiges do Santuário! • Toda mulher esposa e mãe pode descobrir em Maria, o seu modelo: a igualdade com o homem, o desejo de ser protagonista, o jeito de sair do círculo familiar para difundir as riquezas que são peculiares da mulher como a capacidade de sacrificar-se, a interioridade, a religiosidade, a beleza, a candura, a pureza, a necessidade inata, de elevar-se ás coisas grandes e a Deus como ela fez. O Natal está às portas e o ano 2013 está findando. É o momento de fazer balanços, rever a caminhada, alegrar-se pelos acertos e passos feitos e corrigir os erros em nossa vida pessoal, familiar, paroquial. Temos muito a comemorar, pois, percebemos que o Senhor caminhou conosco e Santa Edwiges continuou dispensando as suas graças sobre nós. • Os filhos encontram em Jesus, harmonizadas numa admirável unidade, as duas tendências que podem angustiá-los: a necessidade de se afirmar como outra geração que deve abrir um capítulo novo na história e o desejo e a necessidade de se abrigar à sombra de seus queridos no respeito e na obediência. É Natal e somos convidados a celebrar, meditar, orar. Belém, sabemos, quer dizer, “casa do pão” e Jesus, nascido “na cidade de Davi” (Lc 2, 4.11) e de José é o verdadeiro pão que mata toda fome humana de Deus, de vida e amor. O Sim de Jesus, o seu “eis-me aqui” acontece numa humildade e pobreza desconcertante. Cristo se “encarna”, se faz um de nós, se une a cada homem e mulher, assume a vida, mergulha na história, se oferece ao mundo no amor. Somos convidados a acolher este menino. E temos dois modelos maravilhosos de acolhida: Maria e José. Maria e José acolhem Jesus como a grande surpresa da vida e na vida deles, com disponibilidade, coragem, e o acolhem até o fim: defendem e protegem sua vida, vivem com Ele longos anos no espírito de família, de vida cotidiana numa forma extraordinária e ao mesmo tempo normal e comum, compartilham com Jesus dores, alegrias, angústias, orações, trabalho. Transformaram a prosa de todos os dias, de longos anos, em poesia e santidade vivendo com, em e por Jesus! São todos ingredientes que podem fazer do nosso Natal 2013 e do novo Ano que inicia algo de especial e espiritualmente muito rico. É no cotidiano que se “vive” de verdade nossa história. S. José Marello, Fundador da Congregação dos Oblatos de S. José, nos lembra, falando de Maria e José que “foram os maiores personagens que viveram sobre a terra” (S. 247) e que, portanto, devemos seguir as pegadas deles se queremos preparar-nos para o Natal: “considerar atentamente a conduta deles e depois praticar aquelas virtudes que eles exercitaram de forma especial como a humildade, a paciência, a uniformidade à vontade de Deus” (S. 311). Contemplando Nazaré, toda família torna-se discípula de Jesus e vocação à santidade, conforme o projeto divino. De fato Deus Trindade, “família de amor infinito”, quando criou o homem pensou numa família; quando o Filho se encarnou, preparou para si uma família e viveu nela cerca de trinta anos; fez o primeiro milagre para um casal; só depois desta pedagogia é que Jesus elevou o amor conjugal a sacramento. Nazaré é a fusão do amor humano e divino que se torna família, sacramento e santidade. José e Maria podem restituir às famílias o DNA original. • Todo esposo e pai pode encontrar em José, uma luz, um estímulo, uma fonte de inspiração. Dele pode aprender a fidelidade a toda prova a castidade heroica, a força e a coragem, a vida de operosidade silenciosa, o respeito, a veneração, a proteção à esposa e mãe e aos filhos, a participação nas preocupações familiares, à justiça, a interioridade e o espírito orante... A Congregação dos Oblatos de S. José, com esta mensagem, deseja chegar a cada um (a) dos leitores e desejar com alegria Boas festas e um Santo Ano Novo a toda a comunidade ligada a este Jornal e ao Santuário de Santa Edwiges. Queremos saudar Padre Bennelson que deixa a formação agradecendo-o pelo seu trabalho realizado nestes anos na formação dos novos sacerdotes Oblatos e na formação de tantas lideranças no Santuário de Santa Edwiges. Ao mesmo tempo desejar a Padre Mauro Negro e Padre Hilton Carlos Soares que virão para acompanhar a caminhada formativa de todo o Juniorato dos Oblatos, um bom trabalho pastoral. Aos Freis, mas, de forma especial Neto e Edenilson que estão chegando às ordenações muito sucesso nesta empreitada de Deus. Ao Pároco Padre Paulo e aos vigários paroquiais Padre Paulo e Padre Roberto um forte abraço com a certeza e alegria de continuarmos juntos nesta caminhada no novo ano. Feliz Natal e Santo ano Novo. Conselho Provincial dos Oblatos de São José Padre Mário Guinzoni OSJ especial 15 santuariosantaedwiges.com.br dezembro de 2013 E o Verbo se fez Carne, e habitou entre nós! (João 1,14) O Mistério de Deus que Jesus Cristo veio revelar está nele mesmo, no seu nascimento e na verdade que pode ser conhecido e assumido. Com a chegada de Dezembro nós começamos a sentir algo diferente. Não sei se por uma questão psicológica ou física, as coisas ficam diferentes. O fim do ano já dá um tom único: tempo de fazer o balanço das vendas, de lucros e perdas; tempo de pensar em dar algum presente, por menor que seja; tempo de visitar, de telefonar para desejar felicidades. É um tempo pessoal, que cada um deve empenhar como achar melhor. Certamente influencia aqui o sentido que cada um dá ao Mistério que se celebra. Em outro artigo, em outro Dezembro, eu insistia que o Natal não tem “magia”, como insistem alguns poemas, músicas e filmes. Magia, como sabemos, é uma ilusão, algo feito para confundir a percepção e gerar espanto, fazendo assim o sucesso de quem a realizou. Não é este o sentido do Natal, que não é “magia”, mas sim, “Mistério”. Dois sentidos para Mistério. A palavra Mistério pode também ser interpretada de diversos modos. Para alguns, Mistério é algo inacessível, sem possibilidade de ser compreendido e ser conhecimento. É aquilo que todos dizem quando algo fora do normal acontece: “É um mistério…” Mas não é neste sentido que usamos a palavra aqui. Mistério é, no contexto cristão, algo que ultrapassa a capacidade imediata de compreensão, mas que pode ser visto, experimentado e conhecido. Mesmo quando já conhecido, aquilo pode ser ainda conhecido, de modo que o conhecimento e a compreensão são constantes. Mistério é algo relativo à Fé. O Ano da Fé, celebrado desde Outubro de 2012 até poucas semanas atrás, foi tempo oportuno para alimentar a Fé como Virtude cristã. A Fé é Mistério, pois quanto mais presente e conhecida na pessoa, mais ela pode crescer, progredir. É neste sentido que quero partilhar com todos a riqueza do Mistério ao qual temos acesso na Solenidade do Natal. Todos os anos, neste tempo, somos alimentados com o anúncio cristão deste Mistério e precisamos nos alimentar dele, pois é por ele que nos mantemos na comunhão do Corpo Místico de Cristo. Jesus Cristo, o Mistério. Como afirmou Paulo aos Colossenses: O mistério escondido desde o começo dos tempos e gerações, e que agora é revelado aos santos (Colossenses 1,26). Qual é este Mistério? É o próprio Jesus Cristo, o Filho de Deus que revela o Pai. Este Mistério é dado a conhecer com o Nascimento do Filho de Deus. Não é uma “festa de aniversário” que celebramos. Isto me incomoda quando ouço: estamos celebrando o aniversário de Jesus. Embora possa ser simpática como expressão, é notavelmente limitada. Não o aniversário, mas o Mistério, a própria identidade de Deus que, na mais absoluta fragilidade, aparece em meio aos homens como uma criança. Muitas vezes tenho pensado nisto, de modo especial no tempo do Advento e do Natal, e tenho me emocionado, considerando o risco, a fragilidade, a total dependência que Jesus Cristo, recém-nascido, apresentou em relação ao mundo. É como uma ideia de bondade que nasce em nosso interior, mas que está sempre sujeita a ser destruída, negada, corrompida. Paulo, ao afirmar que o Mistério escondido agora está revelado aos santos, indica que todos os seres humanos têm acesso a Deus, em Jesus Cristo. Na realidade de uma criança, o Filho de Deus está aberto para ser acolhido, sem defesa, sem preconceito, sem ataque ou prevenção. Ele simplesmente “é”, “está” alí. Pode ser aceito ou deixado de lado. Mistério revelado: o Deus Único. Nas Sagradas Escrituras encontramos Deus! Ou, em outras palavras, o principal motivo de existência das Sagradas Escrituas é o conhecimento de Deus que elas propõem. Conhecimento não somente conceitual, mas existencial. No Antigo Testamento, que os Cristãos herdaram dos Judeus e forma a primeira parte das Escrituras, a centralidade é o Monoteísmo, a realidade de Deus único. Isto constrastava com todas as experiências antigas das divindades: todos os povos antigos acreditavam em muitos deuses. De fato, o politeísmo é natural no ser humano. É compreensível que uma pessoa olhe para cada fenômeno natural e tente enxergar em cada um deles uma força específica que ele poderá chamar de deus da chuva, deus do vento, deus da planta, de uma espécia de animal, etc. É difícil para um primitivo compreender que todos os fenômenos que o cercam dependem de uma única fonte, um único Deus. A descontinuidade de uma coisa em relação à outra cria a ideia de distância das fontes. E o politeísmo é o resultado disto. O monoteísmo é revelado, não é possível chegar até ele sem a intervensão externa de alguém que o mostre, que insista, que eduque. Temos tantas coisas em nossa vida que são acrescentadas com o tempo: o ato de ler, de escrever, de comer com talheres, de falar uma determinada língua ou outras tantas. Tudo isto é cultural, adquirido com educação e repetição. Também o monoteísmo deve ser aprendido, e para tanto deve ser anunciado, proposto, educado. Aqui está o Mistério que era antes reservado a um Povo, o Povo da Alinça, mas que agora é acessível a todos através de Jesus Cristo. O Antigo Testamento propõe e ensina que existe um Deus, Único. Para isso, o centro do Mistério é destacado em Deuteronômio 6,4: Ouve, ó Israel, o Senhor teu Deus é o Único! Esta verdade absoluta o fiel judeu devia repetir muitas vezes em sua vida. Talvez ele tivesse a sorte, a graça de morrer pronun- ciando “Único, Único, Único…”, em uma derradeira declaração de sua certeza mais interior: Deus, o Deus da Aliança, o Deus de seus Pais, é o Único e escolhera a Israel por seu Povo, sendo cada ser humano também único perante o Deus Único. Mistério revelado: o Verbo se fez carne e habitou entre nós! Este mesmo Deus Único, não satisfeito em ter escolhido um Povo e feito com ele Aliança, entrega-se a toda a humanidade para ser compreendido por ela, para conquista-la e com ela criar comunhão. Ele não pode restringir-se a um único povo, mas ampliar seu abraço de amor a toda a humanidade. Deus não pode ser agressivo, conquistar pela violência, pela força, mas deve entrar na inteligência e no afeto de cada ser humano, com ele fazendo comunhão. É assim que Ele vem ao mundo como uma criança recém-nascida. Em João 1,14 encontramos o versículo que pode ser considerado o centro temático do Novo Testamento: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós! A expressão “habitar entre nós” é o modo de dizer: se fez um de nós, é como nós e deve crescer na nossa inteligência, nos nossos afetos, na vontade, no modo de ser e de sentir. Fazer-se carne significa fazer-me matéria, poder ser tocado, abraçado, levantado, rejeitado, lançado fora… Fazer-se carne significa entrar nos limites da história, da dependência, da compreenção de outros. De fato, Jesus é sempre um sinal de contradição, como lemos na profecisa de Simeao em Lucas 2,34. O Natal é a festa da Encarnação do Eterno na história humana. É algo tão sublime que não é fácil de ser compreendida facilmente, sem uma educação, sem uma catequese, tão necessária hoje em dia. Talvez um dos elementos mais eloquêntes do Natal seja o ato de presentear. Isto remete ao grande presente dado por Deus à humanidade: Jesus Cristo, o Verbo feito carne e que habita entre nós. O Deus Único do Antigo Testamento realizou um ato de amor inconcebíbel: fez-se humano e entrou na história do modo mais frágil: como um recém-nascido. É até difícil de ser aceito e compreendido: por isso precisa ser contemplado. Convido a todos, na noite de Natal ou no dia, ou ainda durante o tempo do Natal, parar e, durante meia hora ou um pouco mais, pensar na grandeza do amor do Pai que, ao enviar seu Filho, estabelece uma nova relação do cada mulher e homem neste mundo. É o Mistério escondido e agora revelado. E nós temos acesso a Ele. Feliz Natal e bom início de ano a todos. Pe. Mauro Negro - OSJ Biblista PUC Assunção. São Paulo SP [email protected] parabéns aos dizimistas que fazem aniversário no mês de dezembro 05/dez 09/dez 03/dez 14/dez 18/dez 04/dez 20/dez 26/dez 31/dez 17/dez 02/dez 23/dez 21/dez 18/dez 02/dez 08/dez 07/dez 29/dez 26/dez 12/dez 11/dez 18/dez 02/dez 09/dez 07/dez 13/dez 25/dez 22/dez 17/dez 22/dez 28/dez 03/dez 14/dez 22/dez 16/dez 07/dez 05/dez 20/dez 25/dez 26/dez 28/dez 20/dez 15/dez 17/dez 16/dez 09/dez 16/dez 28/dez 03/dez 04/dez Airton Caetano Brasil Alcino Rodrigues de Souza Alex Sandro de Lima Alex Sandro Pereira de Oliveira Alexandre Silva de Oliveira Aluiza Tomaz da Silva Ana Cleide Gomes do Nascimento Ana Hélia da Silva Santos Ana Maria Santos da Paz Ana Padilha Marques Ana Paula Barbosa Anatália Borges Leal Andreia C. do Nascimento Angelo Correia dos Santos Antonia Alves da Silva Antonia Lustosa Nery Testi Antonio Vanderli Gomes de Oliveira Aparecida Chiquito Bilha Aparecida de Souza Aparecida Olimpio Camilo da Silva Benedito Mazetto Filho Bernadete Lucinda Amaro da Silva Carmen S. Catanzaro Charles Santos Batista Clesio Francisco Ferreira Conceição Luzia de Souza Daiane Miranda Leal Diane T. Santos Diego de Melo da Silva Dinalva dos Santos Menezes da Rosa Dionisio Bernardo Protes Dolores Rodrigues Lopes Edcarlos Carvalho Ederaldo Bobo Edinalva Pereira da Silva Edvaldo Batista dos Santos Eliana Souza Campos Eliane Vieira do Prado Eisangela Cristina Domingos Elisvania Teixeira da Silva Enio Luiz Zerbine Érica Gomes Campos Eva Pereira Neta Evânia de Miranda Fabio de Araujo Melo Fábio de Matos Teles Fernanda da Silva Cordeiro Francisca Delgado Chimenez Francisca Bento Soares Francisca Maria da Silva 13/dez 30/dez 03/dez 19/dez 07/dez 01/dez 26/dez 31/dez 10/dez 26/dez 08/dez 14/dez 16/dez 13/dez 19/dez 03/dez 23/dez 27/dez 12/dez 22/dez 31/dez 11/dez 03/dez 01/dez 14/dez 16/dez 25/dez 18/dez 02/dez 06/dez 06/dez 27/dez 09/dez 22/dez 07/dez 09/dez 07/dez 26/dez 29/dez 21/dez 29/dez 21/dez 01/dez 20/dez 27/dez 25/dez 21/dez 23/dez 29/dez 24/dez Francisca Salviano Leite Francisco Ferreira de Sousa Francisco Souza de Almeida Geraldina B. de Araujo Guiomar Bolçanelli Martins Helena Garcia Castilho Helena Segatelli Lima Ivone Barzaqui Ivonete Oliveira Dias Izete Mendonça Barros Jaqueline Julião Paixão Jaqueline Madalena Prado João Fernando Baseatto José Edwiges Ferreira José Euto dos Santos José Ivan de Souza Carvalho José Madeiro da Silva Josefa R. de Sousa Joselia Alexandrino de Brito Joselito Almeida de Oliveira Josias Mendes de Oliveira Jucélia S.Nascimento Leontina Rotta Terra Luiz Carlos Fogagnoli Luzanice Borges de França Maisa Laura Marquesiri Manoel de Souza Alves Marconi da Silva Marcos Geraldo Alves Marcus V. da Costa Patrão Maria Alzenira Rodrigues de Lima Maria Aparecida da Conceição Oliveira Maria Aparecida de Souza Alves Maria Augusta Soares Maria Célia dos Reis Barreto Maria da Conceição S. Gomes Maria da Guia Tavares Maria das Graças Conceição Silva Maria de Fátima de Souza Silva Maria de Fátima Ferreira de Araujo Maria de Fátima M. de Souza Maria de Jesus Galvão Alves Maria de Jesus Lima Farias Maria ed Lourdes dos Reis Barreto Maria de Lourdes Nobre da Silva Maria de Lourdes Souza Santos Maria de Lourdes Silva Filha Maria do Céu Fernandes Maria do Socorro P. de Oliveira Maria do Socorro R. de Mesquita Nesta edição daremos continuidade ao texto: Porque necessitamos do dízimo 3. “PARA QUE HAJA MANTIMENTO NA MINHA CASA” O objetivo primeiro para a entrega dos dízimos é o sustento da casa de Deus: para que haja mantimento na minha casa. Para que a igreja realize a sua obra ela precisa dos dízimos de todos os seus membros. A prioridade na administração dos dízimos é o sustento dos obreiros e a manutenção do culto (Ne 12.44 47; 2Cr 31.2 21). Para construções e projetos sociais devemos realizar campanhas específicas (1Cr 29 e 2Co 8 e 9). Se os recursos da Igreja provenientes dos dízimos não estão sendo bem administrados pelo Conselho da Igreja, os administradores prestarão contas a Deus. Esse não é um motivo para deixarmos de entregar o dízimo. Também, precisamos entender que não entregamos o dízimo à Igreja, mas ao Senhor, em ato de fé e culto. O dízimo não é uma contribuição sindical, uma taxa por serviços prestados ou um imposto. Não existe diante do Senhor esta diferença entre igreja rica ou igreja pobre, pequena ou grande, mas cada igreja é avaliada por sua fidelidade ao Senhor. A liderança da igreja local será responsabilizada por Deus. Continua. Pe. Jerônimo Gasques www.saojosepp.org.br 23/dez 15/dez 04/dez 06/dez 09/dez 31/dez 03/dez 24/dez 29/dez 22/dez 26/dez 01/dez 23/dez 31/dez 11/dez 14/dez 26/dez 29/dez 27/dez 29/dez 13/dez 13/dez 09/dez 30/dez 10/dez 27/dez 08/dez 25/dez 02/dez 28/dez 13/dez 19/dez 06/dez 13/dez 13/dez 12/12 26/dez 05/dez 31/dez 12/dez 31/dez 19/dez 23/dez 02/dez 16/dez 05/dez 11/dez 03/dez 30/dez 17/dez Maria Holanda de Freitas Maria Jeane F. de Santana Maria José M. Vale de Sá Maria Laurirlândia Costa Maria Marcilene B. Sousa Vidal Maria Neusa Silva Sales Maria Ribeiro de Novaes Mara Rosa de Brito Maria Teresa Pasqui Marinalva Maria de Jesus Brito Michel Ferreira Mira Xavier de Oliveira Natalia Viela Yokonizo Neci Silva Vieira de Miranda Noemia Inácio de Sousa Cruz Norma Izar Odair José Lemos Ozélia Maria Silva de Caldas Patricia Maria da Silva Carneiro Patricio Barrios Paulo Moreira de Alencar Rafael Ferreira de Matos Raimunda Josefa de França Raimundo Carvalho Correia Reginaldo Alves Feitosa Renata M. Ramos Rodrigues Renice Oliveira da Silva Ricardo Natal Rodrigues Ricardo Rodrigues Damasceno Rita de Cássia Hipoldi Roberto Francisco Carvalho Ronaldo Alves Santos Rosa Maria Stein Rosemary Rodrigues Barbela Sandro Manso Porto Sebastião parnaiba de Andrade Severino André Sobrinho Severino Gomes da Silva Sidney Timóteo Paulino Silmara de Oliveira Silvio Celestino Simone Teixeira Sonia Facchin Sueli Rosa Santana Suzana Bezerra da Silva Tereza Aparecida de Lima Terezinha Maria Jesus Nascimento Tiago dos Santos Cabral Valdinei Nascimento Pini Valdinei Santana ds Silva 21/dez 10/dez 01/dez 07/dez 25/dez 29/dez Vanessa de Souza Barbosa Veronice G. de Oliveira Vera Lucia Lacerda Virginea Carvalho da Cunha Virginia Soares Santana Zuleide Batista Santos campanha do terreno quitaram o carnê esse mês Dulce da Silva Telles Nunes e família Família Antonio Magela Martins Francisco Leandro Gonçalves Jaime Coelho da Silva Jocelin Geracino Borges Maria Lucia S. Magalhães e Família mais informações na secretaria ou acesse nosso site www.santuariosantaedwiges.com.br