Especial
Especial
A Importância da Educação
“... a educação precisa ser entendida como algo que leva o ser humano a
sair dentro de si para integrar-se na comunidade, no mundo e em toda a
sociedade na qual está inserido.”
Pág. 03
E o Verbo se fez Carne, e
habitou entre nós!
O Mistério de Deus que Jesus veio revelar está
nele mesmo, no seu nascimento e na verdade que
pode ser conhecido e assumido.
STA. EDWIGES
Pág. 15
Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXIII * N. 276 * Dezembro de 2013
Jesus, presente de Deus!
“Movido pelo amor infinito, Deus resolveu enviar seu filho ao mundo como presente a cada ser
humano, para que, através dele, pudéssemos sentir o quanto somos amados por Deus nosso Pai.”
Pág. 06
Notícias
Ordenação
Diaconal do José
Alves Neto
No dia 03 de novembro,
no Santuário Santa
Edwiges, José Alves de
Melo Neto, deu mais um
passo na sua caminhada
sacerdotal, consagrandose Diácono para servir a
Deus e a Igreja.
Pág. 08
Vocações
Decidir-se por Jesus
“Caminhai decididamente
para a santidade; não vos
contenteis com uma vida
cristã medíocre, mas a
vossa pertença sirva de
estímulo, a começar por
vós mesmos, para amar
mais a Jesus Cristo.”- Papa
Francisco.
Pág. 11
02 calendário
editorial
Natal,
tempo de reflexão!
Chegamos ao fim de mais um ano e, celebramos este mês o nascimento do Menino Jesus,
um tempo em que a vida renasce.
Natal é tempo de amor, paz, fé, perdão. Este é
o momento certo para refletir e analisar se estamos trilhando o caminho certo, se não é hora
de mudar e escolher novos caminhos. É tempo de perdoar, deixar de lado qualquer mágoa
ou receio que sentimos em relação a alguém.
Também é um tempo de compreensão aos ensinamentos de Deus e principalmente colocá-los em prática. É tempo de esquecer tudo o
que não deu certo e correr atrás de novos objetivos, confiando em Deus, pois ele sempre nos
dará forças para conseguirmos alcançar nossos
objetivos.
Este momento é oportuno para refletirmos
tudo o que vivenciamos neste ano e planejar
melhorias para o ano que está por vir.
Nessa reflexão podemos elencar os vários
acontecimentos deste ano, mas o principal foi
ano da Jornada Mundial da Juventude, agraciada pela presença do Papa Francisco no Brasil em sua primeira viagem apostólica. O que
ele deixou de mensagens e exemplos, temos
que colocar em prática, pois o que fizermos,
mesmo que em uma pequena parcela para nosso próximo, estaremos atendendo ao pedido do
Papa Francisco, como também são os ensinamentos de Jesus.
Que possamos fazer desse Natal um dia repleto de Amor, paz e de muita alegria e que
esse sentimento possa ser semeado em todos
os outros dias da nossa vida, porque só assim,
o Natal terá o seu verdadeiro sentido.
Um Feliz Natal a Todos!
Karina Oliveira
santuariosantaedwiges.com.br
dezembro de 2013
1 Dom
Juventude (Reunião da Equipe Província N.Sra. Rocio)
Crisma (Inscrições)
Ipanema-PR
Átrio do Santuário
Prog. própria
7h, 9h, 11h e
18h30
4 Qua
Terço dos Homens (Récita do terço)
Santuário
20h
5 Qui
Apostolado da Oração (Reunião)
Salão São José
14h
6 Sex
Apostolado da Oração (Missa da 1ª sexta-feira)
Santuário
15h
7 Sab
Catequese (Confraternização dos Catequistas)
Infância Missionária (Vida de Grupo)
Grupo de Oração (Encontro)
Casamento ( transferência Santa Paulina
A definir
Capela da Reconciliação
Salão São José Marello
Prog. própria
14h às 16h
19h
18h
9 Sab
Infância Missionária (Realidade Missionária)
Ministros Extraord. da Sagrada Comunhão (Reunião)
Catequese (Formação de Catequistas)
Grupo de Oração (Encontro)
Capela da Reconciliação
Sala Pe. Pedro Magnone
Sala Pe. Pedro Magnone
Salão São José Marello
14h às 16h
17h
17h
19h
8 Dom
Crisma (Inscrições)
Átrio do Santuário
7h, 9h, 11h e
18h30
11 Qua
Terço dos Homens (Récita do terço)
Santuário
20h
12 Qui
Pastoral do Batismo (Confraternização)
Salão São José
20h
13 Sex
Pastoral da Família (Pós-encontro)
OSSE
20h
14 Sab
Infância Missionária (Passeio)
Ministros Extraord. da Sagrada Comunhão (Contrater...)
Pastoral do Batismo (Preparação de Pais e Padrinhos)
Grupo de Oração (Missa)
A definir
Seminário
Salão São José
Santuário
Prog. própria
16h30
17h30 às 21h30
19h
15 Dom
Pastoral da Acolhida (Confraternização)
Pastoral do Batismo (Celebração)
A definir
Santuário
16h
16h
18 Qua
Terço dos Homens (Adoração ao Ssmo. Sacramento)
Santuário
20h
20 Sex
Vicentinos (Preparação de Cestas Básicas)
Salão São José Marello
7h30 às 10h30
21 Sab
Vicentinos (Preparação de Cestas Básicas e Reunião)
Salão São José Marello
8h às 10h30
22 Dom
Pastoral Missionária (Retiro)
Salão São José
13h
24 Ter
Missa
Santuário
20h
25 Qua
Natal do Nosso Senhor
Missa
Santuário
9h e 20h
30 Seg
Sagrada Família
31 Ter
Missa
Santuário
20h
01/01/14
Missa
Santuário
9h e 20h
[email protected]
Paróquia Santuário Santa Edwiges
Arquidiocese de São Paulo
Região Episcopal Ipiranga
Congregação dos Oblatos de São José
Província Nossa Senhora do Rocio
Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ
Responsável e Editora: Karina Oliveira
Projeto Gráfico: 142comunicação.com.br
Fotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo Interno
Equipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz;
Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho
V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira
Site: www.santuariosantaedwiges.com.br
E-mail: [email protected]
Conclusão desta edição: 01/12/2013
Impressão: Folha de Londrina.
Tiragem: 6.000 exemplares.
Distribuição gratuita
Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111
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dezembro de 2013
A Importância da Educação
A educação foi entendida por
uma grande parte das pessoas
durante os últimos séculos como
um dos processos essenciais para
formar o ser humano. Nela, foram
depositados os desejos de mudanças, tanto para a vida quanto para
o desenvolvimento das diversas
competências do indivíduo. Aos
poucos, a educação passou a ser
reconhecida como um caminho
que facilitaria o sucesso profissional e pessoal. E, numa perspectiva
mais abrangente, foi por meio da
expansão de diversos processos
educativos que várias sociedades
acabaram facilitando a formação de seus indivíduos e obtendo
grandes avanços no campo da ciência e da técnica. Por fim, através da inter-relação desses novos
entendimentos sobre a educação,
juntamente com o progresso da
economia, as mudanças políticas
e sociais que aconteceram é que
possibilitou o surgimento de um
mundo cada vez mais globalizado.
Dentro desse novo contexto de
mundo e com o fortalecimento de
um sistema de produção, muitas
vezes alicerçado nos mais diferentes modelos de exploração, a
educação passou a ser empregada
dentro de um processo paradoxal.
Foi utilizada como suporte para
o aperfeiçoamento das pessoas
tendo como finalidade o acúmulo
de capitais por meio do trabalho
especializado e, por outro lado,
a educação sempre foi percebida como algo que possibilitaria a
emancipação e autonomia dos seres humanos. Nesses casos, a educação pode ser vista como aquela
que ao mesmo tempo poderá forjar uma nova vida as pessoas ou,
ainda, consistir num sistema que
favoreça a continuidade de um
mundo com tantas desigualdades.
Em seus estudos, Freire acabou
especial 03
afirmando que “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade
muda”. Por isso, a educação precisa ser entendida como algo que
leva o ser humano a sair dentro de
si para integrar-se na comunidade,
no mundo e em toda a sociedade
na qual está inserido. Assim, juntamente como todos os outros com
todos os outros aspectos que auxiliam para a formação desse mundo
em que as pessoas se encontram, a
educação contribui na construção e
no progresso de uma nova sociedade e de uma nova comunidade planetária. Ao tentar esclarecer como
podemos compreender as dificuldades pelas quais passam o mundo
contemporâneo, Capra (1996) escreve que “quanto mais estudamos
os problemas de nossa época, mais
somos levados a perceber que eles
não podem ser entendidos isoladamente. São problemas sistêmicos,
o que significa que estão interligados e são interdependentes”. Por
isso, a educação precisa ser um dos
aspectos que favoreça a busca da
soberania de todos os seres humanos sem esquecer a importância do
cuidado para com toda a vida.
Refletir e propor novos caminhos
ao processo educativo foi o papel
de muitos estudiosos ao longo de
muitos anos. Na atualidade, muitos outros estão buscando repensar
a maneira como é compreendida
e construída educação e, ao mesmo tempo, todas as pessoas precisam estar cada vez mais atentos a
esse bem da qual todos dependem.
Nesse caso, vale recordar a toda a
argumentação feita pelo educador
Paulo Freire quando afirma que
a “educação não muda o mundo.
Educação muda às pessoas. Pessoas mudam o mundo”.
Ir. Leandro A. Scapini - OSJ
Mestrando na PUC/PR
04 osse
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dezembro de 2013
Um sonho de vida e crescimento
O fim do ano vem se aproximando, e com ele
caminham todas as nossas vitórias, realizações e
ensinamentos de vida.
Aqui no CCA-Casa da Criança Santa Ângela,
ensinamos e aprendemos todos os dias, em todos
os meses há surpresas na devolução humana.
Em especial o mês de Outubro, que comemoramos vários santos queridos como Santa Edwiges, Nossa Senhora Aparecida, São Judas Tadeu
entre tantos e o DIA DAS CRIANÇAS. Realizamos atividades socioeducativas incríveis, como
Toque Rally, Cantinhos diversos: de leitura, jogos e beleza, Balada jovem e teen, gincana das
cores, gastromotiva (degustação de Cup Cake e
Milk Shake), vídeo game, oficina de massinha,
jogos lúdicos e recreações dirigidas.
Alcançamos nossos objetivos, foi um mês de
conquistas e satisfações. Finalizamos esse mês
com a integração familiar. Proporcionamos um
almoço entre educandos e seus responsáveis,
com oficinas de interação social. Ambos gostaram muito dessa socialização entre CCA e
Família. Uma parceria de extrema importância
para o desenvolvimento e crescimento das nossas crianças e adolescentes, visualizando uma
formação de cidadão responsável e de estruturação familiar.
“Filho aproveite tudo que eles (CCA Casa da
Criança Santa Ângela), estão oferecendo a você,
em minha época não houve esse momento entre
família e instituição.” (Depoimento de uma mãe
na oficina de quebra-cabeça).
Outro depoimento que nos comoveu e fez com
que acreditamos que estamos fazendo o melhor
de todos nós, veio de uma avó de um educando,
uma pessoa simples, humilde, de uma grandeza
e riqueza espiritual sem descrição, não encontramos palavras, disse assim:
Parabéns para a diretora dona Célia e todas as
professoras e todos os funcionários, todos são
nota 10,20, 30 e muito mais do que isso”. (Em
uma atividade da oficina de dobradura).
Não poderíamos finalizar esse mês das crianças melhor do que sabermos que somos transformadores sociais.
Ajudar uma criança faz com que plantemos
uma semente em nossos corações, cujo nome
dela é SOLIDARIEDADE.
Agradecemos todos de coração, por fazer parte
dessa família social. Desejamos um ótimo natal
e que 2014 seja um ano abençoado por Deus.
Um grande beijo de todos da equipe Casa da
Criança Santa Ângela.
para refletir
O Samurai e o Mestre Zen.
Certo dia, um Samurai que era um guerreiro muito orgulhoso, foi ver um Mestre Zen, embora fosse muito famoso o Samurai. Ao olhar o Mestre e
o encanto daquele momento, o Samurai sentiu-se
repentinamente inferior.
Ele então disse ao Mestre:
- Por que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior e jamais me senti assim! Encarei
a morte muitas vezes, mas nunca experimentei medo algum. Por que estou me sentindo assustado agora?
O Mestre falou:
- Espere. Quando todos tiverem partido, responderei.
Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o
Mestre, e o Samurai estava ficando cansado de esperar. Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o
Samurai perguntou novamente:
- Agora o senhor pode me responder por que me
sinto inferior?
O Mestre o levou para fora. Era uma noite de lua
cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte.
Ele disse:
- Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas
ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à
maior - Por que me sinto inferior diante de você?
Esta árvore é pequena e aquela é grande. E isto é
um fato. E nem por isso ouvi uma delas sussurrar
algo sobre isso.
O Samurai então argumentou:
- Isto se dá porque elas não podem se comparar.
E o Mestre replicou:
- Então não precisa me perguntar, você sabe a resposta. Quando você não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e
simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma
grande e alta árvore, não importa, você é você mesmo. Uma folhinha da relva é tão necessária quanto
a maior das estrelas. O canto de um pássaro é tão
necessário quanto qualquer canção, pois o mundo
será menos rico se este canto desaparecer.
Simplesmente olhe à sua volta. Tudo é necessário e
tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: Ninguém
é mais alto ou mais baixo. Ninguém é superior ou
inferior. Cada um é incomparavelmente único. Você
é necessário e basta. Na Natureza, tamanho não é
diferença. Tudo é expressão igual de vida.
Moral da história: Muitas vezes nos preocupamos
com as diferenças que temos e nos esquecemos de ver
a vida que nos iguala. Homem ou mulher, baixo ou alto,
rico ou pobre, tudo isso se desfaz se paramos de julgar e
de competir entre nós. O importante é a vida, e não a nossa vontade de sermos grandes ou melhores do que os outros. A grandeza não estar em ter, e sim em ser útil à vida.
Pe. Paulo Sérgio - OSJ
Vigário Paroquial
santuariosantaedwiges.com.br
dezembro de 2013
COMEÇAR E TERMINAR
nossa santa 05
As vicissitudes do tempo apontam-nos sempre para um começo e um término,
às vezes para uma parada e depois retorno.
Caros leitores e leitoras, graça e paz.
Com estas linhas que escrevo
anúncio minha última participação como articulista frequente do
Jornal Santa Edwiges. Não é uma
desistência sem sentido, mas uma
adequação necessária ao atual momento em que vivo e que precisa de
uma exigência de minha parte.
O Jornal Santa Edwiges (JSE) tem
uma bonita e fiel história com os paroquianos, romeiros, fieis e devotos
de nossa padroeira, sendo o modo
de transmissão das comunicações da
casa de Deus e um lugar de paz que
é o Santuário Santa Edwiges. Como
meio de comunicação de imprensa,
um amigo meu escreveu recentemente, que “este jornal, precedido
por outras publicações com nomes
diversos, tem uma perseverança
admirável nestes quase quarenta
anos. Ele é uma fonte admirável de
informações históricas, da pastoral e das devoções, bem como das
pessoas que por aqui passaram”. O
serviço prestado pelo Jornal Santa
Edwiges é inestimável!
O convite a escrever mensalmente nas linhas do JSE partiu do Pe.
Mauro Negro, OSJ, que quando este
também fora convidado a assumir a
linha editorial quis insistentemente que eu colaborasse com ele tendo em vista que eu era um jovem
atuante e assíduo na comunidade
como catequista de adultos, amigo
e presença com o pároco (Pe. Alfeu
à época), referência na participação
das liturgias, etc.
Desde as primeiras linhas até este
artigo final, vários foram os temas que
pude abordar: catequese com adultos,
crônicas da vida da comunidade, testemunhos de paroquianos que aqui
viveram e experimentaram a fé... foram muitos os assuntos abordados.
Todavia, a minha participação no
JSE foi marcante num espaço que
por algum tempo escrevi e que hora
intitulado “nossa história”. Ali pude
resgatar a partir do livro tombo paroquial, em vista dos 50 anos de nossa
existência como paróquia, a história
viva da Paróquia-Santuário Santa
Edwiges a partir do olhar dos párocos que registraram a vida paroquial
dos devotos da santa polonesa.
Nestes últimos anos desenvolvi artigos sobre a necessidade nos
confrontarmos cada vez mais com
a espiritualidade Santa Edwiges,
que nada mais foi o seu jeito e ação
de viver a fé e que encontramos
afirmado nas invocações de sua ladainha que rezamos todos os dias.
O espaço “nossa santa” não foi só
desenvolvido por mim, mas também por outros colaboradores do
JSE que em Santa Edwiges conheceram e amaram Jesus Cristo, Filho de Deus, nosso irmão que nos
leva ao Pai do céu.
Minha última linha editorial, aquilo
que escolhi tratar textualmente, foram
os 40 anos de presença da Congregação dos Oblatos de São José, comunidade de padres e irmãos religiosos
que nos assistem pastoralmente a tantos anos na condução da comunidade,
formação dos freis estudantes de teologia e pastoreio na Região Episcopal
Ipiranga da Arquidiocese de São Paulo. Os oblatos e Santa Edwiges me
formaram na fé e humanidade como
pessoa! Muito obrigado!
Com isso e um pouco mais, amados leitores e leitoras, pude dar
linhas objetivas na experiência de
ser um “filho do Santuário Santa
Edwiges” que na colaboração editorial do JSE desenvolvi esta minha filiação tão estimada. Em Mato
Grosso do Sul, meu atual estado
de residência e vivência eclesial,
temos, ao que conheço, duas comunidades de que levam o nome
e experiência da nossa padroeira,
uma em Campo Grande (capital)
e outra em Dourados, minha diocese. Deste modo sinto-me “um
pouco em casa” em saber que também nesta terra iluminada pelo sol,
fonte das produções dos grãos de
soja e milho, morena em sua terra,
Santa Edwiges é venerada e celebrada como padroeira dos pobres e
endividados, modelo dos políticos,
intercessora da família cristã.
Especialmente agradeço aos padres Alfeu, Devanil, Paulo e Mauro
pela oportunidade de poder escrever no nosso JSE durante este anos,
bem como às editoras responsáveis
Juliana Sales e Karina Oliveira que,
não obstante os meus atrasos, sempre contaram com os meus artigos
para a informação e formação de
nossa comunidade paroquial.
À todos o meu muito obrigado,
respeito, admiração, carinhos e fé
em Deus.
Graça e paz.
Martinho Vagner
[email protected]
“A vida de Cristo
contemplada
com o olhar de
Maria.”
1ª quarta-feira do mês:
“Terço pela Família”
2ª quarta-feira do mês:
“Terço pelos Enfermos”
3ª quarta-feira do mês:
“Terço pela Esperança”
4ª quarta-feira do mês:
“Adoração ao Santíssimo”
Horário: 19:45h
Venha participar
conosco e traga sua
família!
06 palavra do pároco-reitor
Vida dinâmica!
Caro leitor e leitora do Jornal de Santa Edwiges!
Sentado pensando na escrita deste, estou lembrando-me de você que imaginará o quero dizer
neste artigo com este título. Sabe por que eu faço
esta afirmação? É que de fato, já estamos em vias
de celebrar o Natal!
Meu caro e querida, a dinâmica da vida é tanta,
que nem se torna perceptível o rolo que ela toma. Se
olharmos um pouquinho para trás, chorávamos as
memórias de nossos queridos falecidos há um mês
no dia de finados. Os entes queridos são e devem ser
para nós memória saudável, de vida que produziu
um caminho para a nossa vida, com seus exemplos
e as vivências e suas presenças, o que nos anima a
levar sempre mais para frente os ideais cristãos.
Mas o que eu de fato quero falar é da vida, e dos
motivos de vida que geram esta dinâmica, e, sobretudo, a dinâmica da vida cristã presente nos mistérios de nossa fé, para estes alimentarem a esperança e assim encher a nossa vida de atos de amor/
caridade para com o próximo e bem juntinho de
nós que precisa de nossa mão e de nosso coração.
Celebraremos o grande Mistério da Encarnação
de Nosso Senhor Jesus Cristo, e se não tomarmos
cuidado, esse vai passar despercebido. Deus que
vem morar em nosso meio e assim pode nos dar o
exemplo e a certeza de nossa vida em comunidade família, e de nossa inserção social, onde quer
que estejamos como, o “Filho de José e de Maria”
que vivia no meio de sua comunidade, que causava
espanto e perguntas “não é Ele o filho do Carpinteiro?” (Mt 13,55), certamente este vivia de forma
tão singular e discreta que ao se por a fazer o Reino
acontecer fez surpresa para todos. O Mistério da
Encarnação deve gerar em nós a ação de Jesus, de
nos fazer extraordinários, de sermos a sua presença onde nós como cristãos e outros Cristos no meio
que nos for favorecido estar.
Deixo umas dicas para este tempo. Chega o tempo do advento, é o tempo de espera, de preparação.
Meu caro, minha querida! Além de pensar em presentes, mimos, enfeites, dá uma generosa olhadinha no teu coração, esse é o espaço que certamente
Jesus gostaria de ficar, de estar, de permanecer e
ser morador! Para isso, faça sua novena de preparação para o Natal, reze pedindo que a vida nova
de Jesus seja vivida todos os teus dias e, sobretudo
na tua casa, e nos ambientes que você vive.
Desejo-te um Feliz Natal, um Ano Novo Repleto
de alegrias, e muita esperança! Agradeço a todos,
por todas as ajudas em todas as necessidades do
Santuário e Obras Sociais de Santa Edwiges neste
ano de 2013.
Com estima e muita Gratidão.
Pe Paulo Siebeneichler – OSJ
Pároco-Reitor da P. S. Santa Edwiges
[email protected]
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dezembro de 2013
terço dos homens
Jesus, presente
de Deus!
A proximidade do Natal e das festas de fim de ano
fazem circular, entre as pessoas que se amam, os presentes. Tanto quem dá um presente como quem o recebe, experimenta a alegria de partilhar um pouco de
si mesmo através do presente, que vale mais pelo significado do que pelo valor em si do objeto ofertado.
Misturam-se dois tipos de natais. Um é o das
vitrines enfeitadas, cintilantes e abarrotadas de
coisas e mercadorias. Bastam fantasias e desejos
seduzirem a mente e a vontade e já se embrulham
os presentes. E as caixas registradoras ou computadores armazenam os cifrões.
Outro é o Natal Bíblico. O antigo. Imune ao marketing. Aquele do mistério de Jesus: o grande presente dado por Deus a nós. Pode ser vivido apenas
na simplicidade do coração e com alegria indizível
da liberdade interior alheia à cultura consumista. Os
cristãos verdadeiros jamais o trocarão pelas vitrines.
Movido pelo amor infinito, Deus resolveu enviar seu
filho ao mundo como presente a cada ser humano, para
que, através dele, pudéssemos sentir o quanto somos
amados por Deus nosso Pai. E foi por meio de Maria
que Deus fez chegar até nós esse presente divino.
A quem o acolhe é dada a graça de se tornar filho ou filha de Deus. Pois o lugar que o menino
Jesus escolhe para habitar é o coração de cada
ser humano. E assim nos é dada a oportunidade
de aprender com Ele a viver como filhos e filhas
amados do Pai, sob a proteção de Maria, construindo a nova sociedade fundada sobre os valores verdadeiramente humanos e cristãos.
O Natal será mais santo e a proximidade do Ano
Novo terá mais brilho, se aceitarmos esse presente do
Céu. Se acolhermos Cristo em nossos corações e com
Ele dermos os primeiros passos para a restauração do
nosso mundo tão distanciado do Criador.
A sociedade capitalista distanciou-se do Senhor do Universo, criou valores transitórios que
passaram a ser considerados como definitivos,
esquecendo-se de que a pessoa, o ser humano, é o
supremo bem da criação.
É na relação, amar e ser amado, que a vida adquire
seu brilho, dando à existência humana a razão de ser
que não pode ser encontrada em nenhuma outra coisa.
Quem ama e age motivado pelo amor não precisará se
envergonhar de nada. Suas ações, por mais simples que
sejam, serão vistas, no presente ou no futuro, como revelação da grandeza de um coração habitado por Deus.
Feliz Natal! Feliz Ano Novo! Que brilhe em
cada coração a luz do presente que de Deus recebemos por meio de Maria.
Marcos Antonio Mendes
Catequista
[email protected]
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dezembro de 2013
Batismo 27 de outubro de 2013
batismo 07
Meneses Produções Fotográficas
Tel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)
Aline Amaral de Jesus
Carlos Eduardo F. da Silva
Carlos Henrique F. da Silva
Diogo Gomes Boccatto
Isabella Ananda da S. Alencar
Jefferson Pedro de Jesus da Silva
Jonathan Cascais Oliveira
Júlia Soares Aguiar Silva
Kevin Alvino dos S. N. Rosas
Letícia Façanha Frutuoso
Luan de Araújo Ferreira
Marina Silverio Rodrigues
Maryna Nicoletti Manuel
Matheus Nicoletti Manuel
Luis Henrique R. Moreira
Melissa Moreira Oliveira
Gabrielly Façanha Silva
Juliana Façanha Silva
Maicon Pedro da Silva
Milena Moreira Oliveira
08 notícias
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dezembro de 2013
Ordenação Diaconal do José Alves de Melo Neto
No dia 03 de novembro, aconteceu no Santuário Santa Edwiges, a
Ordenação Diaconal do José Alves
de Melo Neto. A celebração foi presidida pelo Revmo. Senhor Dom
Derek John Christopher Byrne,
SPS Bispo de Guitatinga, MT.
Neste dia, a Igreja estava lotada pelos paroquianos, familiares e
amigos do Diácono Neto que vieram prestigiá-lo por mais essa etapa concluída em sua caminhada.
O magistério da Igreja, de modo
particular na Lumen Gentium n°
29, nos ensina que a natureza deste
ministério se configura na tríplice
missão que é o serviço ao povo de
Deus na diaconia da liturgia, da
palavra e da caridade. Dentro do
rito de ordenação, a validade do
ato está na imposição das mãos feita pelo bispo e a oração consecratória em que ele diz: “Enviai sobre
eles, Senhor, nós vos pedimos, o
Espírito Santo, que os fortaleça
com os sete dons da vossa graça,
a fim de exercerem com fidelidade
o seu ministério”.[1] A fidelidade
ao ministério se dá primeiramente
na fidelidade ao Cristo. Nas palavras de santo Inácio de Antioquia,
o múnus que o diácono exerce é o
próprio ministério de Cristo. Por
isso que são Policarpo adverte na
frase acima citada que tenhamos
em nós o dom da misericórdia e da
disponibilidade imitando Àquele
que se fez servidor de todos.
Vamos rezar por este oblato, Diácono Neto, para que ele seja fiel ao
seu chamado e para que Deus continue a chamar tantos outros para
a vocação religiosa e para a Igreja.
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dezembro de 2013
Almoço e Show Beneficente com Francis
Lopes em prol da reforma da Comunidade
Nossa Senhora Aparecida
No dia 10 de novembro,
aconteceu no Santuário Santa
Edwiges o almoço e o Show
do Francis Lopes e atrações,
em prol da construção da
Comunidade Nossa Senhora
Aparecida- Heliópolis. Foi um
dia de muito empenho e de
muita alegria para todos que lá
estiveram e colaboraram para
esses dois importantes eventos
para a comunidade.
Agradecemos a todos que
contribuíram para que esse
evento acontecesse, a saber:
Transportes do Tio Gringo e
Tio Manoel, MD Velas, HDF
Produções, MRV Elétrica, Alleman Empilhadeiras, Barraca
Pôr do Sol (Ed do Churrasco),
Padaria Nova Heliópolis, Boa
Opção Transportes, Francis e
toda a produção, Pedro Filho
e cooperadores, aos Empresários destes, na presença do
Edmilson de Deus da TAF
Terraplanagem Alzira Franco,
o Cordeiro do Açaí do Cordeiro, a Auto Moto Escola Euro
na pessoa Marques, Geraldo
do Bar, Nunes Peixeiro, Dema
Pai e Empresário de Diana dos
Teclados, PIPE pães, Palmeirense do Som, Luciano, Denival e Paróquia Nossa Senhora
das Mercês, Zé Neto e Família, Aos Artistas que passaram
pelo palco Alexandre Freitas
vale a pena destacar, de nossa
Comunidade, Diana dos Teclados, Caco Soares, Alexandre Aguiar e Kauan Luna, estes por conta da Solidariedade
do Francis e dos Empresários
acima citados, entre tantos outros que nos ajudaram.
Não poderíamos deixar de
agradecer também cada um que
atua no seio da Comunidade
Nossa Senhora Aparecida que
muito colaboraram, bem como
pessoas também do santuário
que dedicaram seu tempo e seu
trabalho em prol desse projeto.
notícias 09
Confraternização
No dia 12/11, recebemos na
Casa Paroquial os convidados
Francis Lopes, Frank Aguiar,
Alexandre Freitas, Allexandre
Aguiar, Padres do Setor Anchieta, Padres Oblatos, Freis,
Leigos da Paróquia Santuário
Santa Edwiges, da Comuni-
dade Nossa Senhora Aparecida – Heliópolis e Empresários,
para um momento de integração e convivência Fraterna.
O nosso pároco Pe. Paulo Siebeneichler agradece a presença
de todos que compareceram
nessa confraternização.
programação de natal
Dia 20 de Dezembro
Auto de Natal e
Encerramento das
Novenas às 19h30
Dia 24 de Dezembro
Missa às 20h
Dia 25 de Dezembro
Natal do Senhor
Missa às 9h e às 19h
Dia 31 de Dezembro
Missa às 20h
Peçamos a Deus que continue recida possa ir sempre à frente
derramando sobre cada um de abrindo os caminhos! “Heliónós a sua graça para continu- polis, reconstrói a sua Igreja!”
armos nos empenhando para a
reconstrução da Comunidade
Diácono José A. de Melo Neto
Nossa Senhora Aparecida. E
OSJ - Assessor Pastoral
[email protected]
que a nossa Mãe Maria Apa-
Dia 01 de Janeiro
Missa às 9h e 20h
Venha participar desse
momento especial de fé e
esperança!
Local: Paróquia Santuário
Santa Edwiges
10 juventude
Missão Jovem em Porecatu – PR
santuariosantaedwiges.com.br
dezembro de 2013
Motivados pela escolha do
Brasil para receber em 2013 a
Jornada Mundial da Juventude onde o Papa Francisco nos
provoca com o tema: “Ide e
fazei discípulos por todas as
Nações” Mt 28, 19, deixam
evidentes quais seriam os
próximos passos que nos jovens deveríamos trilhar, nos
levando a uma atitude e um
real posicionamento frente
ao trabalho missionário, suscitando um novo ardor pela
missão permanente nas diversas realidades, retomando
a identidade cristã, respeitando acima de tudo os aspectos
culturais, tendo Cristo como
ponto de partida. Sendo assim, um mês após as atividades da Semana Missionária,
do Encontro Internacional
da Congregação e da nossa
participação da JMJ no Rio
de Janeiro, nosso assessor Pe.
Bennelson convoca as lideranças juvenis para lançar a
proposta da 1º Missão Jovem
na Província.
O local escolhido para esse
novo desafio foi à cidade de
Porecatu no oeste Paranaense, assumidos por jovens
e adultos, ganhando força e
se mostrando necessário e
possível essa união desde a
base do projeto até durante as
campanhas de arrecadação de
fundos (venda de velas e pastel), nas formações, orações,
reuniões, terços nas casas dos
jovens, que conscientemente
nos aproximou e que de malas prontas déssemos início
as atividades da missão.
Nos dias 15, 16 e 17 de
novembro, motivados pelo
tema: “Juventude em Missão
– Amada e Escolhida”, lema:
“Temos mil razões para viver”, unidos aos Padres,
freis, religiosas (os), jovens
e adultos das cidades de São
Paulo, Ourinhos, Apucarana,
Londrina, Curitiba totalizando mais de 200 missionários,
partimos para Porecatu que
nos recebeu com uma grande
acolhida festiva.
Após uma formação voltada
ao reconhecimento da cidade
e suas características, os trios
missionários iniciaram as visitas
nos bairros e também em instituições (Asilo, Hospital, Centro
de Reabilitação de Dependentes
Químicos). Missas foram celebradas nas capelas mais distantes. A aceitação dos missionários ganhou destaque entre os
testemunhos e partilhas.
Na noite de sábado houve
um momento de trocas de
experiências entre os jovens,
envolto a muita oração, dança, música e testemunhos. O
encerramento no domingo
pela manhã começou com
a procissão pelas ruas da
cidade em direção a Igreja
Matriz Nossa Sra. Aparecida
onde aconteceu a celebração eucarística. Muita alegria, emoção e gratidão por
um trabalho bem realizado,
foram com certeza os sentimentos marcantes desse último momento.
Antes do retorno a SP, tivemos a oportunidade de conhecer o Centro Juvenil da
Congregação localizado na
cidade de Londrina.
Marcas expressivas foram
deixadas em todos os envolvidos nesse projeto, saudades
do que passou, mas a certeza
que outras virão. Destacando
as pessoas que tornaram isso
possível: ao Pe. Jorge (Pároco da Igreja Matriz de Porecatu) e toda sua equipe de
acolhida e de infraestrutura,
aos missionários locais que
nos acompanharam. Ao Pe.
Bennelson que coordenou o
projeto, ao Pe. Paulo S. e a
Congregação que acreditou
e confiou nesse desafio que
marca o inicio da caminhada
dos jovens em missão, o nosso MUITO OBRIGADO!
Wallace Lopes França
[email protected]
santuariosantaedwiges.com.br
dezembro de 2013
DECIDIR-SE POR JESUS
vocações 11
“Caminhai decididamente para a santidade; não vos contenteis com uma vida cristã medíocre,
mas a vossa pertença sirva de estímulo, a começar por vós mesmos, para amar mais a Jesus Cristo.”
Com estas palavras o nosso Papa Francisco nos
impele a um salto grandioso e sincero que pode
afetar o nosso modo de viver, ou seja, decidir-se
por Jesus requer abandono da mediocridade.
Vida com atitudes medíocres se reflete nas
ações de quem não procura o melhor para si,
tem medo de tomar certas decisões, pois sabe
que decidir significa comprometer-se com uma
causa. É repetir sempre as mesmas coisas e reclamar dos mesmos resultados e de sua pouca
eficácia. É deixar que o medo e a insegurança
nos dominem a ponto de viver se arrastando
nos caminhos da indecisão.
Basta de mediocridade neste mundo! Nosso
Papa Francisco quer nos ver com passos firmes no caminho da Santidade. Este é convite
aberto para todos e não há porque se esquivar
e arranjar desculpas.
O jovem vocacionado sente-se pertença, ou
seja, parte de uma comunidade de vida, parte
de um imenso projeto que abrange a muitos
amados e queridos por Deus.
Jovem! É hora de dizer sim, de proclamar
para todos os confins que vale a pena seguir a
Cristo e com Ele tornar-se Santo.
Para nos tornarmo-nos santos sigamos a dica
de São José Marello: “Cuidar dos interesses de
Jesus,” isto é, centralizar toda a vida em Cristo.
Os interesses de Jesus hoje são muitíssimos,
basta parar para ouvir o coração, ouvir a voz
do povo, orar com todo o fervor e responder
ao chamado de Deus, fazendo de nossa vida
uma entrega, um eterno cuidado com o Reino
de Deus e seus valores.
Os interesses de Jesus se chocam frontalmente com os próprios interesses, com os interesses de grupos fechados, com os interesses
do dinheiro, do consumismo e do hedonismo
que tomam conta do mundo e o escraviza.
Contudo decidir-se por Jesus é proclamar para
o mundo que é possível realizar o sonho daquele
menino que se fez homem. O qual era o próprio
Deus fazendo-se presença entre nós e nos salvando de toda a escravidão do pecado e das trevas.
Por que então esperar mais? Hoje e sempre é
preciso DECIDIR-SE POR JESUS!
“No fundo sempre será uma utopia, um sonho, mas este foi o sonho de um HOMEM-DEUS”.
Informe-se mais sobre a Vocação, entre em
contato conosco:
Centro Juvenil Vocacional
Rua Darcírio Egger 568
86070-070 / Shangri-lá B / Londrina – Pr
(43) 3327-0123
[email protected]
savjosefino.blogspot.com.br
12 são josé
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dezembro de 2013
A Paternidade de São José na Teologia Católica
Antes de tudo
uma observação
sobre o título
desse artigo “A
paternidade de
São José na Teologia católica”,
ou seja, o acento
sobre a palavra
Teologia. Podemos chamar Teologia ao Estudo
de São José? Que
valor científico
pode ter um estudo particular
e contingente a
respeito da personalidade de um Santo, sendo que Teologia é uma ciência tão excelsa cujo objeto primordial é Deus? Para responder a esse questionamento é
preciso levar em consideração que para estudar Deus
em sua vida íntima, ou como dizem os teólogos, na
sua deidade, compreendendo a sua natureza e vida íntima, assim como também suas obras enquanto Criador e último fim sobrenatural do homem e de todos os
seres, é possível somente por meio da manifestação
que Deus faz de si próprio. Por isso, a luz que ilumina
a investigação do teólogo é a luz da divina revelação
que nada mais é que a dedução das verdades reveladas. Essa luz que é a mesma autoridade de Deus,
esclarece o caminho da investigação teológica a qual
versa, sobretudo sobre Deus, mas também sobre todas as coisas em ordem a Ele, partindo sempre sobre
dos princípios da fé. Por isso, podemos falar de Teologia de São José a qual se coloca como uma parte da
ciência teológica que partindo dos princípios revelados estuda o Santo Patriarca como esposo da Mãe de
Deus e Pai do Verbo encarnado com todas as graças e
privilégios que derivam deste mistério.
Dito isso podemos afirmar com propriedade
que a paternidade de São José está em referência ao mistério da encarnação do Filho de Deus.
Mistério esse, como afirma Santo Tomás, que tem
toda a supremacia dentre todas as obras divinas,
pois nada de mais admirável a nossa mente pode
pensar como realização de Deus nesta grandiosa
expressão: “O Filho de Deus se fez verdadeiro homem”. Essa obra admirável da humanização do
Filho de Deus se realizou sendo Cristo concebido
no seio da Virgem Maria por virtude do Espírito Santo. Somente Maria e o Espírito Santo intervêm na realização desse mistério. Maria como
mãe ofereceu a matéria com a qual foi formada a
humanidade de Cristo pelo Espírito Santo. Dessa
maneira Maria cooperou fisicamente com a encarnação. Para isso Deus pediu à Maria por meio do
anjo a sua participação para ser a Mãe de Deus e
ela ofereceu o seu corpo ao Espírito Santo para
que por sua ação fosse formado um corpo para o
Verbo para se encarnar. A ação do Espírito Santo
ordena principalmente para a concepção e o nascimento de Cristo e subordinada a essa ação está
Maria, mesmo porque ela não poderia apenas por
si mesma realizar a encarnação.
Foi, portanto, o Espírito Santo a causa eficiente da concepção de Cristo embora esta é obra de
toda a Trindade. Contudo, não por isso podemos
dizer que o Espírito Santo é pai de Cristo, pois ele
não produziu a natureza humana de Cristo de sua
própria substância, mas apenas exerceu a sua virtude para produzi-la, conforme afirma Santo Tomás. Mesmo que depois os evangelhos chamem
São José Pai de Jesus de uma maneira geral é evidente que não entendem uma concepção comum,
pois na narração da concepção de Cristo não se
menciona a sua intervenção. Apenas a Virgem e o
Espírito Santo que supre as vezes do homem com
sua virtude divina e sobrenatural quem realizam
esse mistério. Por isso, a paternidade física e natural de São José sobre Jesus fica totalmente excluída. Não foi São José quem deu vida material
humana a Cristo como fazem os pais, dando de
sua própria substância e comunicando a sua natureza específica, também se não faltaram hereges
como Cerinto, os Ebionitas, os Anabatistas e os
Sociarianos que procuraram afirmar que São José
gerou Jesus. Estes afirmavam que Cristo não foi
concebido no ventre da Virgem Maria segundo a
carne por obra do Espírito Santo mas como os demais homens foi concebido do sêmen de José.
É importante dizer que a ação do Espírito Santo
não produziu nenhum sêmen humano para gerar
Jesus, mas que mediante a sua própria virtude
fez o que é natural ao sêmen, produzindo o efeito
correspondente a este no corpo de Maria. Muito
menos podemos dizer que o Espírito Santo tomou
o sêmen de José para a concepção de Cristo. O
dogma católico afirma que Maria concebeu sem o
sêmen de homem, mas por obra do Espírito Santo.
Cristo “nascido de Maria sempre virgem tomando
a humanidade perfeita: alma, corpo, mente e tudo
o que constitui o homem, exceto o pecado, sem o
sêmen humano”, afirma Santo Epifânio. Também
o Catecismo de São Pio V afirma: “O corpo de
Cristo se formou do purismo sangue da Virgem
Imaculada, sem nenhum concurso de homem, unicamente por virtude do Espírito Santo... No seio
da Virgem foi concebido, não como os outros homens, mediante a infusão do sêmen humano por
um homem, mas excedendo a ordem natural das
coisas, por virtude do Espírito Santo”.
A posição do dogma católico declarando que o
Cristo foi concebido unicamente por obra do Espírito Santo sem nenhum concurso de homem não
deixa lugar para se ressaltar qualquer intervenção
de São José na concepção de Cristo, nem mesmo a
posição defendida pelo Josefólogo Pe. Corbató de
que o Espírito Santo tomou o sêmen de São José
o qual foi santificado e unido milagrosamente no
seio de Maria. Afirma portanto, que o Espírito
Santo não tomou um sêmen, mas o puríssimo e
imaculado sêmen de São José e por sua exclusiva
ação, o uniu repentinamente ao óvulo de Maria,
tornando assim concebido o corpo de Jesus; “o
Espírito Santo uniu o sêmen e o óvulo imaculados
como se unem dois raios de uma puríssima luz em
um só ponto, sem prejuízo algum à virgindade de
ambos”. Na conclusão de Pe. Corbató, São José é
o Pai real quase material, não físico e nem natural
de Cristo e por isso Pai mais real e verdadeiro que
os outros embora não físico e nem natural.
Evidentemente o pensamento de Corbató sobre a concepção de Cristo não está conforme os
evangelhos e nem com as definições dogmáticas
da Igreja ou também com as explicações dos teólogos sobre o mistério da encarnação, pois todos
negam a intervenção do homem na concepção de
Cristo, mesmo que seja uma intervenção pacífica
de São José conforme Corbató. Vale muito bem
a observação de Santo Tomás a esse respeito ao
dizer que se a virtude generativa humana produz
um homem perfeito, a virtude divina que deu tal
poder ao germe humano pode realizar os mesmo
efeitos, sem a necessidade de tais elementos seminais e constituindo um homem perfeito. Por isso,
a ação do Espírito Santo supriu milagrosamente
toda a intervenção do homem quanto a matéria e
quanto a obra ativa para a concepção. Afirmar que
Cristo foi concebido da matéria (sêmen) de São
José é afirmar que São José interveio fisicamente
de alguma maneira na concepção de Cristo que,
portanto sua paternidade é física e neste mesmo
sentido também natural já que o vínculo que o une
com Cristo físico, material e natural é, por mais
sobrenatural que possa ser a maneira de realização
e de união. Enfim, a primeira parte desse artigo
quer deixar bem claro para todos que a Paternidade de São José sobre Jesus Cristo não foi física
e natural, mas obra do Espírito Santo, ou seja, Jesus Cristo foi concebido por Maria Virgem a qual
nada tomou do homem, mas essa obra ativa foi
ação do Espírito Santo. Dessa maneira fica bem
explícito que São José não é o pai físico e natural
de Cristo.
Pe. José Antonio Bertolin, OSJ
[email protected]
santuariosantaedwiges.com.br
dezembro de 2013
Santa Francisca Xavier Cabrini - 22 de dezembro
Enquanto lecionava e atuava em obras de caridade em sua cidade, acalentava o sonho de entregar-se de vez à vida religiosa. Aos poucos, foi
criando coragem e, por fim, pediu admissão em
dois conventos, mas não foi aceita em nenhum.
A causa era a sua fragilidade física. Mas também influiu a displicência e o egoísmo do padre
da paróquia, que a queria trabalhando junto dele
nas obras de caridade da comunidade.
Francisca, embora decepcionada, nunca desistiu do sonho. Passado o tempo, quando já tinha
trinta anos de idade, desabafou com um bispo o
quanto desejava abraçar uma obra missionária e
esse a aconselhou: “Quer ser missionária? Pois se
não existe ainda um instituto feminino para esse
fim, funde um”. Foi, exatamente, o que ela fez.
Filha de família pobre cresceu em meio à miséria que pairava, em meados do século XIX, no
norte da Itália. Franzina, de saúde fraca, não conseguiu ser aceita nos conventos. Apesar disso, era
dona de uma alma grandiosa, digna de figurar entre os santos. Assim pode ser definida santa Francisca Cabrini, com sua vida voltada somente para
a caridade e o bem do próximo.
Francisca Cabrini foi a penúltima de quinze
filhos de Antônio e Estela, camponeses muito
pobres na pequena Santo Ângelo Lodigiano, região da Lombardia. Nascida em 15 de julho de
1850, desde pequena se entusiasmava ao ler a
vida dos santos. A preferida era a de são Francisco Xavier, a quem venerou tanto que assumiu
seu sobrenome, se auto-intitulando Xavier. Sua
infância e adolescência foram tristes e simples,
cheia de sacrifícios e pesares. Francisca, porém, gostava tanto de ler e se
aplicava de tal forma nos estudos que seus pais
fizeram o possível para que ela pudesse tornar-se professora.
Mal se viu formada, porém, encontrou-se
órfã. No prazo de um ano perdeu o pai e a mãe.
Com o auxílio do vigário, em 1877 fundou o
Instituto das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, que colocou sob a proteção de são
Francisco Xavier. Ainda: obteve o apoio do papa
Leão XIII, que apontou o alvo para as missões
de Francisca: “O Ocidente, não o Oriente, como
fez são Francisco”. Era o período das grandes migrações rumo às Américas por causa das guerras
que assolavam a Itália. As pessoas chegavam aos
cais do Novo Mundo desorientadas, necessitadas
de apoio, solidariedade e, sobretudo, orientação
espiritual. Francisca preparou missionárias dispostas e plenas de fé, como ela, para acompanhar
os imigrantes em sua nova jornada. Tinham o objetivo de fundar, nas terras aonde
chegavam, hospitais, asilos e escolas que lhes possibilitassem calor humano, amparo e conforto.
Em trinta anos de intensa atividade, Francisca
Cabrini fundou sessenta e sete Casas na Itália,
França e nas Américas, no Brasil inclusive. Mais
de trinta vezes cruzou os oceanos aquela “pequena e fraca professora lombarda”, que enfrentava,
destemida, as autoridades políticas em defesa dos
direitos de seus imigrantes nos novos lares.
Madre Cabrini, como era popularmente chamada, morreu em Chicago, Estados Unidos,
em 22 de dezembro de 1917. Solenemente, seu
corpo foi transportado para New York, onde o
sepultaram na capela anexa à Escola Madre Cabrini, para ficar mais próxima dos imigrantes.
Canonizada em 1946, santa Francisca Xavier
Cabrini é festejada no mundo todo, no dia de
sua morte, como padroeira dos imigrantes.
santo do mês 13
Mensagem especial
Seu nome? Não sei...
Mais uma vez de
tantas outras eu o vi.
Sempre no mesmo lugar. Enraizou.
Sempre o mesmo
vestir, desprendido
que está das coisas
materiais, que a muito deixaram de fazer
parte de sua vida, do
seu dia a dia. Apenas
cobre o corpo, sem se ater a nada. Cobre “as vergonhas”,
como muitas vezes ouvi alguém comentar.
Com sol ou com chuva ele está lá. A figura lendária
da cidade grande que a todos olha, mas que nada vê,
mergulhado que está no esquecimento, livre das aflições, das preocupações diárias, dos disque - disque.
Sofre? Penso que não, pois parece aceitar tudo
como a ele se apresenta. Parece.
Seu olhar que nada fixa, passeia por tudo e por
nada. Apenas olha o que está para ser olhado.
E dança... Dança ouvindo a música que quer, a que
lhe faz bem, tendo em seus lábios um meio sorriso.
Dança a dança da vida não vivida, alheio aos passantes apressados, que vez por outra o olham com indiferença, acostumados que estão à sua figura dançante.
O que pensa? Por onde andam seus pensamentos se
é que os tem?
Onde estão os que o querem bem? Será que o imaginam a viver essa vida que sequer tinha escolhido?
Uma vida sem perspectiva alguma. Uma vida vazia...
Onde será que repousa seu corpo já cansado ao final do dia? Talvez em um papelão coberto por panos
que tem o seu cheiro.
E seu banho? Será que seu banho tem cheiro de chuva?
E sua comida... Em que lugar dessa cidade grande ele a encontra para matar o que o está matando?
Numa lata de lixo que não vê como tal? Será?
Mas ele segue dançando, com um meio sorriso nos
lábios...
Não é rico nem pobre, vive alheio a tudo, sequer
sofrendo por não ter o que não lhe cabe. O nada ou
o tudo ter parece não fazer dele um ser infeliz que
vive à deriva da vida. É indiferente a tudo e a todos.
Talvez indiferente a si mesmo, sem expressar sua realidade interior há tanto tempo perdida, marcando de
modo diverso sua marca pessoal na história.
Quem sabe?
Heloisa P. de Paula dos Reis
Fonte: http://www.paulinas.org.br
[email protected]
14 osj
santuariosantaedwiges.com.br
dezembro de 2013
Caros leitores do Jornal Santa Edwiges do Santuário!
• Toda mulher esposa e mãe pode descobrir em Maria, o seu modelo: a igualdade com o homem, o desejo de ser
protagonista, o jeito de sair do círculo
familiar para difundir as riquezas que
são peculiares da mulher como a capacidade de sacrificar-se, a interioridade,
a religiosidade, a beleza, a candura, a
pureza, a necessidade inata, de elevar-se ás coisas grandes e a Deus como
ela fez.
O Natal está às portas e o ano 2013 está
findando. É o momento
de fazer balanços, rever
a caminhada, alegrar-se
pelos acertos e passos
feitos e corrigir os erros
em nossa vida pessoal,
familiar, paroquial.
Temos muito a comemorar, pois, percebemos que o Senhor caminhou conosco e Santa
Edwiges continuou dispensando as suas graças
sobre nós.
• Os filhos encontram em Jesus, harmonizadas numa admirável unidade, as duas
tendências que podem angustiá-los: a
necessidade de se afirmar como outra
geração que deve abrir um capítulo novo
na história e o desejo e a necessidade de
se abrigar à sombra de seus queridos no
respeito e na obediência.
É Natal e somos convidados a celebrar, meditar, orar.
Belém,
sabemos,
quer dizer, “casa do pão” e Jesus, nascido “na
cidade de Davi” (Lc 2, 4.11) e de José é o verdadeiro pão que mata toda fome humana de Deus,
de vida e amor. O Sim de Jesus, o seu “eis-me
aqui” acontece numa humildade e pobreza desconcertante. Cristo se “encarna”, se faz um de
nós, se une a cada homem e mulher, assume a
vida, mergulha na história, se oferece ao mundo no amor. Somos convidados a acolher este
menino. E temos dois modelos maravilhosos de
acolhida: Maria e José.
Maria e José acolhem Jesus como a grande surpresa da vida e na vida deles, com disponibilidade, coragem, e o acolhem até o fim: defendem e
protegem sua vida, vivem com Ele longos anos
no espírito de família, de vida cotidiana numa
forma extraordinária e ao mesmo tempo normal e
comum, compartilham com Jesus dores, alegrias,
angústias, orações, trabalho. Transformaram a
prosa de todos os dias, de longos anos, em poesia
e santidade vivendo com, em e por Jesus!
São todos ingredientes que podem fazer do
nosso Natal 2013 e do novo Ano que inicia algo
de especial e espiritualmente muito rico. É no
cotidiano que se “vive” de verdade nossa história. S. José Marello, Fundador da Congregação
dos Oblatos de S. José, nos lembra, falando de
Maria e José que “foram os maiores personagens que viveram sobre a terra” (S. 247) e que,
portanto, devemos seguir as pegadas deles se
queremos preparar-nos para o Natal: “considerar atentamente a conduta deles e depois praticar aquelas virtudes que eles exercitaram de
forma especial como a humildade, a paciência,
a uniformidade à vontade de Deus” (S. 311).
Contemplando Nazaré, toda família torna-se
discípula de Jesus e vocação à santidade, conforme o projeto divino. De fato Deus Trindade, “família de amor infinito”, quando criou o homem
pensou numa família; quando o Filho se encarnou, preparou para si uma família e viveu nela
cerca de trinta anos; fez o primeiro milagre para
um casal; só depois desta pedagogia é que Jesus
elevou o amor conjugal a sacramento. Nazaré é
a fusão do amor humano e divino que se torna
família, sacramento e santidade.
José e Maria podem restituir às famílias o
DNA original.
• Todo esposo e pai pode encontrar em
José, uma luz, um estímulo, uma fonte de inspiração. Dele pode aprender
a fidelidade a toda prova a castidade
heroica, a força e a coragem, a vida de
operosidade silenciosa, o respeito, a
veneração, a proteção à esposa e mãe
e aos filhos, a participação nas preocupações familiares, à justiça, a interioridade e o espírito orante...
A Congregação dos Oblatos de S. José, com
esta mensagem, deseja chegar a cada um (a)
dos leitores e desejar com alegria Boas festas
e um Santo Ano Novo a toda a comunidade
ligada a este Jornal e ao Santuário de Santa
Edwiges.
Queremos saudar Padre Bennelson que
deixa a formação agradecendo-o pelo seu
trabalho realizado nestes anos na formação
dos novos sacerdotes Oblatos e na formação
de tantas lideranças no Santuário de Santa
Edwiges. Ao mesmo tempo desejar a Padre
Mauro Negro e Padre Hilton Carlos Soares
que virão para acompanhar a caminhada formativa de todo o Juniorato dos Oblatos, um
bom trabalho pastoral. Aos Freis, mas, de
forma especial Neto e Edenilson que estão
chegando às ordenações muito sucesso nesta
empreitada de Deus.
Ao Pároco Padre Paulo e aos vigários paroquiais Padre Paulo e Padre Roberto um forte
abraço com a certeza e alegria de continuarmos juntos nesta caminhada no novo ano.
Feliz Natal e Santo ano Novo.
Conselho Provincial dos Oblatos de São José
Padre Mário Guinzoni OSJ
especial 15
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dezembro de 2013
E o Verbo se fez Carne,
e habitou entre nós! (João 1,14)
O Mistério de Deus que Jesus Cristo veio revelar
está nele mesmo, no seu nascimento e na verdade que
pode ser conhecido e assumido.
Com a chegada de Dezembro nós começamos a
sentir algo diferente. Não sei se por uma questão psicológica ou física, as coisas ficam diferentes. O fim do
ano já dá um tom único: tempo de fazer o balanço das
vendas, de lucros e perdas; tempo de pensar em dar
algum presente, por menor que seja; tempo de visitar,
de telefonar para desejar felicidades. É um tempo pessoal, que cada um deve empenhar como achar melhor.
Certamente influencia aqui o sentido que cada um dá
ao Mistério que se celebra.
Em outro artigo, em outro Dezembro, eu insistia que o
Natal não tem “magia”, como insistem alguns poemas,
músicas e filmes. Magia, como sabemos, é uma ilusão,
algo feito para confundir a percepção e gerar espanto, fazendo assim o sucesso de quem a realizou. Não é este o
sentido do Natal, que não é “magia”, mas sim, “Mistério”.
Dois sentidos para Mistério. A palavra Mistério
pode também ser interpretada de diversos modos.
Para alguns, Mistério é algo inacessível, sem possibilidade de ser compreendido e ser conhecimento. É
aquilo que todos dizem quando algo fora do normal
acontece: “É um mistério…” Mas não é neste sentido
que usamos a palavra aqui. Mistério é, no contexto
cristão, algo que ultrapassa a capacidade imediata de
compreensão, mas que pode ser visto, experimentado e conhecido. Mesmo quando já conhecido, aquilo
pode ser ainda conhecido, de modo que o conhecimento e a compreensão são constantes.
Mistério é algo relativo à Fé. O Ano da Fé, celebrado desde Outubro de 2012 até poucas semanas atrás,
foi tempo oportuno para alimentar a Fé como Virtude
cristã. A Fé é Mistério, pois quanto mais presente e
conhecida na pessoa, mais ela pode crescer, progredir. É neste sentido que quero partilhar com todos a
riqueza do Mistério ao qual temos acesso na Solenidade do Natal. Todos os anos, neste tempo, somos
alimentados com o anúncio cristão deste Mistério e
precisamos nos alimentar dele, pois é por ele que nos
mantemos na comunhão do Corpo Místico de Cristo.
Jesus Cristo, o Mistério. Como afirmou Paulo aos
Colossenses: O mistério escondido desde o começo
dos tempos e gerações, e que agora é revelado aos
santos (Colossenses 1,26). Qual é este Mistério? É o
próprio Jesus Cristo, o Filho de Deus que revela o Pai.
Este Mistério é dado a conhecer com o Nascimento do
Filho de Deus. Não é uma “festa de aniversário” que
celebramos. Isto me incomoda quando ouço: estamos
celebrando o aniversário de Jesus. Embora possa ser
simpática como expressão, é notavelmente limitada.
Não o aniversário, mas o Mistério, a própria identidade de Deus que, na mais absoluta fragilidade, aparece
em meio aos homens como uma criança.
Muitas vezes tenho pensado nisto, de modo especial
no tempo do Advento e do Natal, e tenho me emocionado, considerando o risco, a fragilidade, a total
dependência que Jesus Cristo, recém-nascido, apresentou em relação ao mundo. É como uma ideia de
bondade que nasce em nosso interior, mas que está
sempre sujeita a ser destruída, negada, corrompida.
Paulo, ao afirmar que o Mistério escondido agora
está revelado aos santos, indica que todos os seres
humanos têm acesso a Deus, em Jesus Cristo. Na realidade de uma criança, o Filho de Deus está aberto
para ser acolhido, sem defesa, sem preconceito, sem
ataque ou prevenção. Ele simplesmente “é”, “está”
alí. Pode ser aceito ou deixado de lado.
Mistério revelado: o Deus Único. Nas Sagradas
Escrituras encontramos Deus! Ou, em outras palavras,
o principal motivo de existência das Sagradas Escrituas é o conhecimento de Deus que elas propõem. Conhecimento não somente conceitual, mas existencial.
No Antigo Testamento, que os Cristãos herdaram
dos Judeus e forma a primeira parte das Escrituras,
a centralidade é o Monoteísmo, a realidade de Deus
único. Isto constrastava com todas as experiências antigas das divindades: todos os povos antigos acreditavam em muitos deuses.
De fato, o politeísmo é natural no ser humano. É
compreensível que uma pessoa olhe para cada fenômeno natural e tente enxergar em cada um deles uma
força específica que ele poderá chamar de deus da
chuva, deus do vento, deus da planta, de uma espécia
de animal, etc. É difícil para um primitivo compreender que todos os fenômenos que o cercam dependem
de uma única fonte, um único Deus. A descontinuidade de uma coisa em relação à outra cria a ideia de distância das fontes. E o politeísmo é o resultado disto.
O monoteísmo é revelado, não é possível chegar até
ele sem a intervensão externa de alguém que o mostre,
que insista, que eduque. Temos tantas coisas em nossa
vida que são acrescentadas com o tempo: o ato de ler,
de escrever, de comer com talheres, de falar uma determinada língua ou outras tantas. Tudo isto é cultural,
adquirido com educação e repetição. Também o monoteísmo deve ser aprendido, e para tanto deve ser anunciado, proposto, educado. Aqui está o Mistério que era
antes reservado a um Povo, o Povo da Alinça, mas que
agora é acessível a todos através de Jesus Cristo.
O Antigo Testamento propõe e ensina que existe
um Deus, Único. Para isso, o centro do Mistério é
destacado em Deuteronômio 6,4: Ouve, ó Israel, o
Senhor teu Deus é o Único! Esta verdade absoluta
o fiel judeu devia repetir muitas vezes em sua vida.
Talvez ele tivesse a sorte, a graça de morrer pronun-
ciando “Único, Único, Único…”, em uma derradeira declaração de sua certeza mais interior: Deus, o
Deus da Aliança, o Deus de seus Pais, é o Único e
escolhera a Israel por seu Povo, sendo cada ser humano também único perante o Deus Único.
Mistério revelado: o Verbo se fez carne e habitou
entre nós! Este mesmo Deus Único, não satisfeito em
ter escolhido um Povo e feito com ele Aliança, entrega-se a toda a humanidade para ser compreendido por
ela, para conquista-la e com ela criar comunhão. Ele
não pode restringir-se a um único povo, mas ampliar
seu abraço de amor a toda a humanidade. Deus não
pode ser agressivo, conquistar pela violência, pela força, mas deve entrar na inteligência e no afeto de cada
ser humano, com ele fazendo comunhão. É assim que
Ele vem ao mundo como uma criança recém-nascida.
Em João 1,14 encontramos o versículo que pode ser
considerado o centro temático do Novo Testamento: E
o Verbo se fez carne e habitou entre nós! A expressão
“habitar entre nós” é o modo de dizer: se fez um de nós,
é como nós e deve crescer na nossa inteligência, nos
nossos afetos, na vontade, no modo de ser e de sentir.
Fazer-se carne significa fazer-me matéria, poder ser
tocado, abraçado, levantado, rejeitado, lançado fora…
Fazer-se carne significa entrar nos limites da história,
da dependência, da compreenção de outros. De fato,
Jesus é sempre um sinal de contradição, como lemos
na profecisa de Simeao em Lucas 2,34.
O Natal é a festa da Encarnação do Eterno na história humana. É algo tão sublime que não é fácil de ser
compreendida facilmente, sem uma educação, sem
uma catequese, tão necessária hoje em dia. Talvez um
dos elementos mais eloquêntes do Natal seja o ato de
presentear. Isto remete ao grande presente dado por
Deus à humanidade: Jesus Cristo, o Verbo feito carne e que habita entre nós. O Deus Único do Antigo
Testamento realizou um ato de amor inconcebíbel:
fez-se humano e entrou na história do modo mais
frágil: como um recém-nascido. É até difícil de ser
aceito e compreendido: por isso precisa ser contemplado. Convido a todos, na noite de Natal ou no dia,
ou ainda durante o tempo do Natal, parar e, durante
meia hora ou um pouco mais, pensar na grandeza do
amor do Pai que, ao enviar seu Filho, estabelece uma
nova relação do cada mulher e homem neste mundo.
É o Mistério escondido e agora revelado. E nós temos
acesso a Ele. Feliz Natal e bom início de ano a todos.
Pe. Mauro Negro - OSJ
Biblista PUC Assunção. São Paulo SP
[email protected]
parabéns aos dizimistas que fazem aniversário no mês de dezembro
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Luiz Carlos Fogagnoli
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Manoel de Souza Alves
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Maria Aparecida da Conceição Oliveira
Maria Aparecida de Souza Alves
Maria Augusta Soares
Maria Célia dos Reis Barreto
Maria da Conceição S. Gomes
Maria da Guia Tavares
Maria das Graças Conceição Silva
Maria de Fátima de Souza Silva
Maria de Fátima Ferreira de Araujo
Maria de Fátima M. de Souza
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Maria ed Lourdes dos Reis Barreto
Maria de Lourdes Nobre da Silva
Maria de Lourdes Souza Santos
Maria de Lourdes Silva Filha
Maria do Céu Fernandes
Maria do Socorro P. de Oliveira
Maria do Socorro R. de Mesquita
Nesta edição daremos continuidade ao texto:
Porque necessitamos do dízimo
3. “PARA QUE HAJA MANTIMENTO NA MINHA CASA”
O objetivo primeiro para a entrega dos dízimos é o sustento da
casa de Deus: para que haja mantimento na minha casa. Para que
a igreja realize a sua obra ela precisa dos dízimos de todos os seus
membros. A prioridade na administração dos dízimos é o sustento
dos obreiros e a manutenção do culto (Ne 12.44 47; 2Cr 31.2 21).
Para construções e projetos sociais devemos realizar campanhas específicas (1Cr 29 e 2Co 8 e 9). Se os recursos da Igreja provenientes dos dízimos não estão sendo bem administrados pelo Conselho da Igreja, os administradores
prestarão contas a Deus. Esse não é um motivo para deixarmos de
entregar o dízimo. Também, precisamos entender que não entregamos o dízimo à Igreja, mas ao Senhor, em ato de fé e culto. O
dízimo não é uma contribuição sindical, uma taxa por serviços prestados ou um imposto. Não existe diante do Senhor esta diferença
entre igreja rica ou igreja pobre, pequena ou grande, mas cada igreja
é avaliada por sua fidelidade ao Senhor. A liderança da igreja local
será responsabilizada por Deus. Continua.
Pe. Jerônimo Gasques
www.saojosepp.org.br
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