CONCURSO DE BOLSAS - 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
COLÉGIO-CURSO MARTINS
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO I
COMPOSIÇÃO ESTRANHA
Ronaldo Tapajós e Renato Rocha
“Usei a cara da lua
As asas do vento
Os braços do mar
O pé da montanha”
01
A que se dá a estranheza mencionada no título do texto?
a) Ao fato de haver apenas uma estrofe sem pontuação entre os versos.
b) Ao fato de os elementos citados no texto serem estranhos.
c) Ao fato de as denominações terem sido empregadas com significados de outras por falta de nomeação específica.
d) Ao fato de os elementos citados no texto serem imaginários.
e) Ao fato de haver dois compositores para uma composição estranha.
02
O que se depreende a respeito do uso mencionado pelo eu lírico na composição lida?
a) É uma prática imaginária, que se efetivou apenas de modo fantasioso.
b) É um uso comum, real, apenas com denominação diferente.
c) É uma ação estranha por ter, simultaneamente, dois agentes.
d) É um uso que se torna comum por ser estranho.
e) É estranho por apresentar condições contrastantes.
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TEXTO II
DE NOVO, OS CUPINS
Affonso Romano de Sant’Anna
Minha filha chama-me para ouvir
O craque-craque dos cupins de novo devorando-me os livros.
(Pleonástico espetáculo,
pois escritores são cupins
05
devorando o próprio umbigo)
Paro, presto atenção, não ouço nada,
embora sejam meus os livros.
Joyce e seu irmão Stanislau,
Soljenitzen, Truman capote, Marguerite Duras, nem sei mais.
10
Os cupins estão devorando a prosa.
Quando chegarão à poesia?
Deveria ter ouvidos mais apurados. Deveria.
É a idade. Cada vez ouvindo menos
cada vez cupins comendo mais.
03
Em “devorando-me os livros”, o termo destacado, por sua construção e pelo contexto em que se insere, tem qual
valor semântico?
a) Ironia.
b) Realidade animal.
c) Fantasia.
d) Pessoa.
e) Posse.
04
Entre os versos 6 e 7, há um vínculo semântico de concessão. Se reescrito esse enunciado articulando as orações
com valor adversativo, como ficaria?
a) Paro, presto atenção, não ouço nada, ainda que sejam meus livros.
b) São meus livros, contudo paro, presto atenção, não ouço nada.
c) Mesmo que pare, preste atenção e não ouça nada, são meus livros.
d) Paro, presto atenção, não ouço nada, uma vez que são meus livros.
e) Embora sejam meus livros, paro, presto atenção, não ouço nada.
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05
Qual recurso o poeta utiliza ainda na 1ª estrofe do poema para gerar maior expressividade ao que pretende dizer?
a) A tentativa de reproduzir um som específico, abordado no texto, para realçar a percepção do leitor.
b) A mistura dos sentidos para causar maior impacto no leitor.
c) O chamamento de um membro familiar bem próximo do eu lírico para gerar veracidade.
d) A repetição das ideias a fim de enfatizar o que se pretende dizer.
e) O uso de termos eruditos para ser mais valorizado.
06
Veja:
“os escritores são cupins”
Esse enunciado se efetiva em qual sentido?
a) No sentido denotativo, pois os escritores são capazes de devorar os próprios livros.
b) No sentido conotativo, já que os escritores não devoram os próprios umbigos, mas expressam o que sentem,
como veem o mundo a seu redor.
c) No sentido denotativo, porque os escritores têm fome de saber.
d) No sentido conotativo, uma vez que escritores pensam que são cupins.
e) No sentido denotativo, pois escritores desejam dar espetáculos.
07
Em “Paro, presto atenção, não ouço nada”, a construção do enunciado se efetiva por qual processo?
a) Oposição.
b) Igualdade.
c) Gradação.
d) Sentimentalismo barato.
e) Comparação.
08
Nos dois últimos versos, o poeta enfatiza seu posicionamento através de qual construção linguística?
a) “É a idade”.
b) “menos e mais”.
c) “ouvidos mais apurados”.
d) “Cada vez”.
e) “Deveria”.
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TEXTO III
09
Diante da situação discursiva apresentada no 1º quadrinho, a qualificação atribuída à família do noivo só não
condiz com o restante da tira em qual das caracterizações listadas abaixo?
a) Rica.
b) Importante.
c) Abastada.
d) De negócios.
e) Humilde.
10
Como é possível, através da leitura integral da tira, retratar a noiva por seu posicionamento em relação aos
relacionamentos amorosos?
a) Racional.
b) Sonhadora.
c) Romântica.
d) Interesseira.
e) Amorosa.
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TEXTO IV
MORRO DA BABILÔNIA
Carlos Drummond de Andrade
À noite, do morro
descem vozes que criam o terror
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua geral).
05 Quando houve revolução, os soldados se espalharam no morro,
o quartel pegou fogo, eles não voltaram.
Alguns, chumbados, morreram.
O morro ficou mais encantado.
Mas as vozes do morro
10 não são propriamente lúgubres.
Há mesmo um cavaquinho bem afinado
que domina os ruídos da pedra e da folhagem
e desce até nós, modesto e recreativo,
como uma gentileza do morro.
11
Qual vocábulo da 2ª estrofe expressa oposição ao que se diz na 1ª?
a) Mas.
b) Cavaquinho.
c) Ruídos.
d) Gentileza.
e) Afinado.
12
Em “não são propriamente lúgubres”, o vocábulo grifado destoa semanticamente de qual dos termos abaixo?
a) Tensas.
b) Sombrias.
c) Fúnebres.
d) Soturnas.
e) Lutuosas.
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Quando Drummond diz “as vozes do morro”, constrói que tipo de imagem?
a) Deformada.
b) Infantilizada.
c) Ritmada.
d) Alterada.
e) Personificada.
14
O primeiro verso do poema apresenta dois termos com circunstâncias fundamentais para a condução temática do
texto. O que esses termos indicam respectivamente?
a) Tempo e modo.
b) Lugar e modo.
c) Tempo e lugar.
d) Lugar e origem.
e) Intensidade e instrumento.
TEXTO V
Mas vamos à história. Lá no sanatório, dizia-me aquele amigo, havia um doente, homem de uns cinquenta
anos, que tinha grande dificuldade em andar. A doença pulmonar de que padecia nada tinha que ver com o
sofrimento que lhe arrepanhava a cara toda, nem com os suspiros de dor, nem com os trejeitos do corpo. Um dia até
apareceu com duas bengalas toscas, a que se amparava, como um inválido. Mas sempre em ais, em gemidos, a
queixar-se dos pés, que aquilo era um martírio, que já não podia aguentar.
José Saramago. A bagagem do viajante: crônicas.
São Paulo: Companhia das Letras, 1996, pág. 49.
15
Que fragmento do texto acima explicita que o posicionamento é do amigo do narrador?
a) “havia um doente”
b) “Lá no sanatório”
c) “até apareceu com duas bengalas”
d) “dizia-me aquele amigo”
e) “Mas vamos à história”.
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Qual, dentre as construções abaixo transcritas, não integra o mesmo valor semântico abordado no texto V?
a) “sofrimento”
b) “doença pulmonar”
c) “a que se amparava”
d) “sanatório”
e) “em ais”
17
Enfim, à qual história Saramago fez menção?
a) À história de um doente que vivia no sanatório.
b) À história do tempo em que o narrador passou em um sanatório.
c) Às histórias dos inválidos escritores que vivem em sanatórios.
d) Às histórias de gemidos imaginários.
e) À história de seu amigo que tinha uma doença pulmonar.
TEXTO VI
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Fernando Pessoa conta a história da Princesa e do Infante, que estão destinados a se encontrar. Eles agem sem
saber disso, caracterizando, portanto, suas ações como involuntárias. Que vocábulo trabalhado no poema apresenta valor semântico semelhante a essa ação contrária à própria vontade?
a) Esforçado.
b) Infante.
c) Hera.
d) Maresia.
e) Esquecida.
19
Em “A quem só despertaria”, a forma verbal em sua flexão de tempo indica:
a) uma situação que deveria acontecer;
b) uma situação que estava acontecendo;
c) uma situação que deveria estar acontecendo;
d) uma situação passada mas não concluída;
e) uma situação que não aconteceu.
20
Sabendo que, na cultura antiga, o amor era representado na figura de Eros e Psique era a alma humana, o que se
depreende da narração poética de Fernando Pessoa?
a) Traça-se uma narrativa fantasiosa a fim de realçar características eternamente vistas nos contos de fadas.
b) Eros e Psique retratam as angústias dos escritores que vivem no mundo da imaginação.
c) A história revela um questionamento do amor verdadeiro, que sobrevive às dificuldades impostas pela vida real.
d) A narrativa traça uma jornada simbólica cuja finalidade é pôr em relevo o autoconhecimento.
e) Não se pode prever o que realmente existe entre um homem e uma mulher apaixonados.
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MATEMÁTICA
21
37
A soma dos valores de x que resolvem a equação ( x - 3 ) . ( x - 2 )
23
= 0 é:
a) 0
b) 1
c) 2
d) 4
e) 5
22
(
) (
2
O produto das raízes da equação x 2 - 3x + 2 . x 2 - 7x + 12
)
3
=0 é
a) 24
b) 10
c) 36
d) 48
e) 6
23
(x
3
)
- 8 é divisível por:
a) x + 2
b) x - 4
c) x 2 + 2x + 4
d) x - 1
e) x 2 - 2x + 4
24
O maior lado de um retângulo que tem 2,8 m de perímetro e 0,48 m2 de área, tem medida igual a:
a) 0,6 m
b) 0,8 m
c) 0,4 m
d) 1,2 m
e) 1,6 m
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25
A estrela de Barnard localiza-se a 6 anos – luz do Sol.Sabendo que 1 ano – luz corresponde a, aproximadamente,
9,5 trilhões de quilômetros, quantos quilômetros correspondem a 6 anos – luz ?
a) 570 bilhões
b) 5 700 bilhões
c) 57 000 bilhões
d) 570 000 bilhões
e) 5,7 bilhões
26
Considerando p um número positivo, o maior valor de x que resolve a equação 6x 2 - 5px + p2 = 0 é:
a) p
2
b) p
3
c) p
d) 2 p
e) 3 p
27
Sendo A = { x Î R} 2á x á 5 e B = {3,4} , podemos afirmar que o conjunto união dos conjuntos A e B possui:
a) 5 elementos
b) 2 elementos
c) 3 elementos
d) 4 elementos
e) infinitos elementos
28
Forme a equação do 2º grau cujas raízes são
rando a = 12, calcule b.
1
1
e
. A equação obtida será da forma ax 2 + bx + c = 0. Conside2
3
a) 5
b) – 5
c) 10
d) – 10
e) 1
10
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Na equação ( a – b ) . x = ( c – d ) , se considerarmos a = b e c = d, a equação em x:
a) não terá solução
b) terá apenas uma solução
c) terá duas soluções
d) terá infinitas soluções
e) terá três soluções
30
O conjunto solução da equação x 2 - ( a + b ) x + ab = 0 é:
a) { a + b, a - b}
b) {–a, –b}
c) {0, b}
d) { a, b}
e) { a, 0}
31
( a + 2b )2 - ( a - 2b )2 - 8 ab
é igual a:
a) 16ab
b) 0
c) 8ab
d) a2 + b2
e) 1
32
Sendo S a soma e P o produto das raízes da equação x 2 - 2 x + K = 0, calcule o valor positivo de K de modo que
S S .RS .S R. R R = 16 .
a) – 4
b) 4
c) +2
d) – 2
e) 8
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0,25% de 200 é igual a:
a) 50
b) 5
c) 0,5
d) 0,05
e) 0,005
34
Num eclipse total do Sol, o disco lunar cobre exatamente o disco solar, o que comprova que o ângulo sob o qual
vemos o Sol é o mesmo sob o qual vemos a Lua. Considerando que o raio da Lua é de 1738 km e que a distância
da Lua ao Sol é 400 vezes a distância da Terra à Lua, o raio de Sol é de:
a) 689 986 km
b) 691 724 km
c) 693 462 km
d) 695 200 km
e) 696 938 km
35
Uma formiga está no vértice A de um cubo e quer ir até o vértice B, conforme a figura.
Sabendo que a aresta do cubo mede 10 cm e considerando
pela formiga vale:
2 = 1,4 e
5 = 2,2 , a menor distância percorrida
a) 20 cm
b) 22 cm
c) 24 cm
d) 26 cm
e) 30 cm
36
Um quarto possui 7 m de comprimento, 5 m de largura e 3 m de altura, tendo uma porta de 1 m por 2 m e uma
janela quadrada de 1 m de lado. Deseja-se pintar as quatro paredes internas e o teto do quarto, excetuando-se
a janela, a porta e o chão. Se um litro de tinta é suficiente para pintar 3 m2, quantos litros de tinta serão gastos
nessa pintura?
a) 41,33 l
b) 35,67 l
c) 34,67 l
d) 31,33 l
e) 24 l
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Dois círculos são concêntricos e, o primeiro, de área 289p m2 possui uma corda de 16m tangenciando o segundo.
A área do segundo círculo é:
a) 225p m2
b) 196p m2
c) 169p m2
d) 144p m2
e) 121p m2
38
Um programa de rádio é gerado em uma cidade plana, a partir de uma central C localizada a 40 km a Leste e 20 km
ao Norte da antena de transmissão T. C envia o sinal de rádio para T, que em seguida o transmite em todas as
direções a uma distância máxima de 60 km. O ponto mais a Leste de C, que está a 20 km ao Norte de T e poderá
receber o sinal do rádio, está a uma distância de C, em km, igual a:
a) 20 ( 3 – 1)
b) 30 ( 2 – 1)
c) 30 ( 3 – 1)
d) 40 ( 2 – 1)
e) 40 ( 3 – 1)
39
A figura, ABCD é um quadrado de 1m, DEB e CEA são arcos de circunferências de raio 1 m. Logo, a área, em m2,
da região destacada é:
a) 1 –
p
3
+
6 4
b) 1 –
p
+
3
3
2
c) 1 +
p
3
3
2
d) 1 –
p
3
3
4
e) 1 –
p
6
3
4
40
H
, onde H é área de um hexágono regular ABCDEF e K é área do hexágono obtido pela interseção dos
K
triângulos ACE e BDF, é igual a:
A razão
a) 2
b) 2,5
c) 3
d) 3,5
e) 4
13
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