Sindicalistas e académicos apelam a auditoria à dívida
Extrait du CADTM
http://cadtm.org/Sindicalistas-e-academicos-apelam
Sindicalistas e académicos apelam a auditoria à
dívida
Date de mise en ligne : domingo 3 de Julho de 2011
CADTM
Copyleft CADTM
Page 1/3
Sindicalistas e académicos apelam a auditoria à dívida
O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, e o economista da Universidade de Coimbra
José Castro Caldas são duas das figuras que subscrevem o texto de apelo público para que
seja feita uma auditoria à dívida portuguesa com a participação da sociedade civil.
O texto, intitulado "Apelo a Iniciativa Unitária por uma Auditoria à Dívida Portuguesa", é assinado por 38 figuras
ligadas à academia e ao movimento sindical e defende uma auditoria da dívida "com participação da sociedade civil
e do movimento dos trabalhadores" como forma de "determinar que partes da dívida são ilegais, ilegítimas, odiosas
ou simplesmente insustentáveis".
"É urgente, neste contexto, a constituição de uma comissão popular, aberta e de convergência unitária, para uma
auditoria à dívida portuguesa", lê-se no texto do apelo que acrescenta que uma auditoria nestes moldes "oferece
aos trabalhadores o conhecimento e a autoridade necessários para a definição democrática de políticas nacionais
perante a dívida".
Segundo os subscritores, esta auditoria "incentiva igualmente a responsabilidade, a prestação de contas e a
transparência da administração do Estado".
Medidas de austeridade anti-populares têm de ser postas em causa
"A austeridade e as medidas de privatização pressionam em primeiro lugar os mais pobres, enquanto as 'ajudas' são
para quem está na origem da crise. Se as medidas de austeridade anti-populares não forem postas em causa, terão
um impacto considerável na Europa durante muitos anos, modificando de forma drástica a relação de forças em
favor do capital e em prejuízo do trabalho", conclui o texto.
Transcrevemos aqui o texto do apelo:
Apelo a Iniciativa Unitária por uma Auditoria à Dívida
Portuguesa
A austeridade e as medidas de privatização pressionam em primeiro lugar os mais pobres, enquanto as "ajudas" são
para quem está na origem da crise. Se as medidas de austeridade anti-popular não forem postas em causa, terão
um impacte considerável na Europa durante muitos anos, modificando de forma drástica a relação de forças em
favor do capital e em prejuízo do trabalho.
A auditoria da dívida é um passo concreto em direcção à justiça em matéria de endividamento. As auditorias da
dívida com participação da sociedade civil e do movimento dos trabalhadores permitem determinar que partes da
dívida são ilegais, ilegítimas, odiosas ou simplesmente insustentáveis; oferecem aos trabalhadores o conhecimento
e a autoridade necessários para a definição democrática de políticas nacionais perante a dívida; incentivam
igualmente a responsabilidade, a prestação de contas e a transparência da administração do Estado.
É urgente, neste contexto, a constituição de uma Comissão Popular, aberta e de convergência unitária, para uma
Auditoria à Dívida portuguesa. Subscrevem este apelo, sinalizando a sua disponibilidade para o desenvolver na
Copyleft CADTM
Page 2/3
Sindicalistas e académicos apelam a auditoria à dívida
prática, um conjunto de activistas sindicais, de comissões de trabalhadores e de organizações cívicas, associativas
e políticas.
Subscritores/as:
Manuel Carvalho da Silva (secretário geral da CGTP-IN, Lisboa), António Avelãs (presidente do SPGL), Pedro
Ferreira (economista, Coimbra), Guadalupe Simões (Enfermeira, Faro), Elísio Estanque (universidade, Coimbra),
Rui Maia (Precários Inflexíveis, Lisboa), Adriano Campos (FERVE, Porto), Paulo Granjo (universidade, Lisboa), José
Rodrigues (sindicalista), José Castro Caldas (universidade Coimbra), Jorge Bateira (economista, Porto), Francisco
Alves (sindicalista, Lisboa), Maria da Paz Campos Lima (socióloga, Lisboa), António José Vitorino (bancário,
Almada), Joaquim Piló (sindicalista), Viriato Jordão (Lisboa), José Almeida (sindicalista, Lisboa), Guilherme da
Fonseca Statter (sociólogo do trabalho), José Rebelo (universidade, Lisboa), Manuel Carlos Silva (professor,
sindicalista), Isabel Frutas Carvalho Ascenção (SERAM-Madeira), Janine Rodrigues (enfermeira, SERAM Madeira),
Artur Oliveira Baptista (sindicalista, Lisboa), Carlos Valdez Vasconcelos (professor, Lisboa), Carolina Fonseca
(trabalhadora, Lisboa), Lídia Fernandes (feminista, Lisboa), Cristina Oliveira Nunes (socióloga, Lisboa), Marco
Marques (Precários Inflexíveis, Lisboa), Almerinda Bento (professora, Amora), Manuel Zebral (desempregado,
Galiza), Dora Fonseca (Universidade, Porto), Maria da Conceição Sousa (enfermeiro, C. Branco), António Pedro
Dores (universidade, Lisboa), Assunção Bacanhim (sindicalista, Funchal), Manuel Martins (CT Autoeuropa,
Palmela), Bruno Semeano (CT Faurécia, Palmela), Deolinda Martin (professora, Amadora).
Copyleft CADTM
Page 3/3
Download

Sindicalistas e académicos apelam a auditoria à dívida