ESTUDO DA SECAGEM CONVECTIVA DO MIRTILO (Vaccinium myrtillus myrtillus)) FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA - FEAGRI Maria Beatriz C. Pinho, Graziella Colato Antonio, Kil Jin Park [email protected], [email protected], [email protected] INTRODUÇÃO E OBJETIVO CNPq/Pibic Palavras-chave: Secagem - Fruta - Difusividade Efetiva Mais do que uma fruta diferente das tradicionais, o blueberry, que aqui ganhou o Data Means nome de mirtilo, é uma das frutas mais ricas em antioxidantes já estudadas. estudadas 23 22 Devido ao seu alto valor nutritivo, sabor agradável, poder fármaco, custo 0,70 T 60 70 80 21 T 60 70 80 0,65 processos que possam conservar esta fruta por um período maior mantendo-se mantendo 19 Mean elevado e por ser altamente perecível, torna-se interessante o estudo de Mean 20 18 17 0,60 0,55 16 suas características principais. Como a produção de mirtilo no Brasil é muito recente, a presente proposta atenderá às futuras necessidades 15 14 0,50 (a) da (b) 1,0 1,5 V 2,0 1,0 1,5 V 2,0 industrialização desta fruta utilizando processamentos para gerar produtos de 350 T 60 70 80 alta qualidade que possam ser consumidos diretamente ou adicionado como 340 secagem convectiva para a obtenção de mirtilo em passa utilizando a Metodologia de Superfície de Resposta, tendo como variáveis a temperatura e a Mean ingrediente em outras formulações. Este trabalho teve como objetivo o estudo da Figura 1 - Gráficos das interações: 330 (a) umidade, (b) atividade de 320 (c) velocidade do ar de secagem. água e (c) ângulo de Hue. 310 1,0 1,5 V 2,0 MATERIAL E MÉTODOS Matéria--prima Matéria Mirtilo fresco e congelado fornecido pela Nutrisaúde Indústria e Comércio de Frutas Ltda (Caxias do Sul/RS). As frutas foram selecionadas e padronizadas padronizad segundo seu tamanho, ausência de defeitos e textura firme. Secagem convectiva Para o processo de secagem convectiva foi utilizado um secador de bandejas para se obter uma fruta em passa (umidade de aproximadamente 25% % em base úmida), sendo avaliada a influência da temperatura (60, 70 e 80ºC) ºC) e da velocidade do ar de secagem (1,0m/s, 1,5m/s e 2,0m/s) seguindo um planejamento experimental completo. As respostas analisadas foram: umidade (X), atividade de água (aw), teor de antocianinas totais (AT) e coloração (ângulo Figura 2 - Sobreposição das curvas de nível da X, aw e Hue na secagem. Hue). O teor de antocianina foi determinada através de Francis (1982). CONCLUSÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO O aumento da temperatura de secagem implicou na redução da umidade •O tempo de secagem diminuiu com o aumento da temperatura e a relativa e da umidade de equilíbrio dinâmico. velocidade do ar não mostrou mudanças significativas. O mirtilo seco, com 25% de umidade em base úmida, permaneceu com •Os modelos da secagem convectiva, para as respostas umidade, aproximadamente 53% da quantidade inicial de antocianinas totais, em todas as atividade de água e ângulo Hue, apresentaram regressão significativa e temperaturas analisadas. Por isso, na otimização do estudo foram utilizadas as o coeficiente de determinação obtido foi superior a 0,85. respostas da umidade, atividade de água e ângulo de Hue. •O teor de antocianinas totais não foi significativo estatisticamente a 95% Tabela 1 – Matriz do planejamento experimental e valores experimentais. Ensaio 1 2 3 4 5 6 7 in natura Variáveis Tempo de Independentes processo T V (min) (m/s) (°°C) 1135 60 (-1) 1,0 (-1) 251 80 (+1) 1,0 (-1) 899 60 (-1) 2,0 (+1) 345 80 (+1) 2,0(+1) 416 70 (0) 1,5 (0) 416 70 (0) 1,5 (0) 416 70 (0) 1,5 (0) ------- de confiança, no entanto, a perda média do antioxidante foi de 46%. •Em todos os tratamentos, há indícios da existência do período de taxa Respostas constante, indo ao encontro da maioria dos materiais biológicos que X* (%) 19,34 22,10 22,78 13,71 22,44 19,56 21,44 81, 50 aw 0,526 0,666 0,675 0,467 0,600 0,606 0,654 0,978 AT** (mg/100gms) 403,33 403,42 422,54 359,11 370,65 389,95 427,65 867,77 Hue (°) 346,69 311,03 313,25 347,11 321,99 332,68 337,31 318,90 exibem somente a taxa decrescente de secagem. •A condição ótima selecionada para a secagem convectiva foi: 75°C e 1,7m/s, a qual apresenta atividade de água de aproximadamente 0,576. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRANCIS, F.J. Analysis of anthocyanins. In: MARKAIS, P. Anthocyanins as food colors. New York: Academic Press, 1982. p.281-207. KEEY, R. B. Drying: principles and practice. Oxford, Pergammon Press, 358p., 1972. PARK, K. J.; BIN, A.; BROD, F. P. R.; PARK, T. H. K. B. Osmotic dehydration kinetics of pear D’anjou (Pyrus communis L.). Journal of Food Engineering, v.52, p.293-298, 2002. AGRADECIMENTOS: www.agr.unicamp.br/ctea