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LEIRIA-FATIMA
Órgão Oficial da Diocese
Ano XI
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N. 033
Setembro-Dezembro 2003
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DIRECTOR
AMÉRICO FERREIRA
CHEFE DE REDACÇÃO
JOSÉ ALMEIDA SOUSA
ADMINISTRADOR
HENRIQUE DIAS DA SILVA
CONSELHO DE REDACÇÃO
BELMIRA DE SOUSA
JORGE GUARDA
LUCIANO CRISTINa
MANUEL MELQU[ADES
SAUL GOMES
PERIODICIDADE
QUADRIMESTRAL
PROPRIEDADE E EDIÇÃO
DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
SEMINÁRIO DIOCESANO DE LEIRIA
2410 LEIRIA
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TELEF. 244 832 760
ASSINATURA ANUAL - 12 Euros
NÚMERO AVULSO - 4 Euros
Actos Episcopais.......................................... ............ ..... .......
163
Nota Pastoral sobre Santo Agostinho.................................
167
Mensagem do Natal 2003 ...................................................
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Vida Eclesial................. ........................................................
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Primeira igreja dedicada aos Pastorinhos ..... . ..................
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Peregrinos de Fátima saúdam o Papa ... ..... ....... ... ............
183
Centenário do Cónego Galamba de Oliveira .......................
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Movimento da Mensagem de Fátima
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(2004)....................... 186
Relatórios de Actividades .................................. ... .......... .
189
Convívios Fraternos............................................................
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Ensino da Igreja nas Escolas................ ..............................
202
Cáritas Diocesana de Leiria ...............................................
211
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Comunicado da Conselho Permanente da CEP sobre a questão do aborto..................................................................
223
Fraternidade Sacerdotal da Diocese de Leiria·Fátima......
225
Índice Geral ........................................................................
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ACTOS EPISCOPAIS
PÁRoco DE COLMEIAS
HAVEMOS POR BEM:
1. aceitar O pedido, por motivo de saúde, de dispensa da paro­
quialidade de COLMEIAS do Reverendo P. MARTINHO MANUEL
VIEIRA, que continuará Pároco da MEMÓRIA;
2. nomear Pároco de COLMEIAS o Reverendo P. NELSON JO­
SÉ NUNES ARAÚJO, que continuará Director do Secretariado Dio­
cesano da Pastoral das Vocações.
Expressamos o maior apreço por todo o trabalho realizado, e fa­
zemos votos para que a acção pastoral nas duas comunidades paro­
quiais e no serviço diocesano sejam uma grande bênção para toda a
Diocese, em crescimento sinodal.
Leiria, 8 de Setembro2003, Festa da Natividade da V. St." Maria.
t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA
Bispo de Leiria-Fátima
NOMEAÇÃO DOS VIGÁRIOS DA VARA
Estando a extinguir-se o prazo do mandato trienal dos Reveren­
dos Vigários da Vara na Diocese de Leiria-Fátima, tivemos o cuidado,
como é hábito e está previsto no direito canónico, de ouvir o parecer dos
Presbíteros de cada área pastoral, e achamos por bem nomear, de acor­
do com os cc. 553-555 do CDC, os seguintes Vigários da Vara:
Vigararia da Batalha: P. José Ferreira Gonçalves
Vigararia das Colmeias: P. Filipe da Fonseca Lopes
• Vigararia de Fátima: P. Mário de Almeida Verdasca
• Vigararia de Leiria: P. Joaquim de Almeida Baptista
• Vigararia da Marinha Grande: P. Dr. Adelino Filipe Guarda
• Vigararia dos Milagres: P. Vítor José Mira de Jesus
• Vigararia de Monte Real: P. José Martins Alves
• Vigararia de Ourém: P. Armindo Castelão Ferreira
• Vigararia de Porto de Mós: P. José Mirante Carreira Frazão.
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O início das funções, ou tomada de posse, está marcado para 27
de Outubro. O mandato é por um triénio.
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ACTOS EPISCOPAIS
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Agradecemos este trabalho de coordenação e fazemos votos que
as unidades pastorais se estruturem e colaborem cada vez mais e me­
lhor, no espírito pós-conciliar e sinodal.
Leiria, 13 de Outubro 2003.
t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA
Bispo de Leiria-Fátima
PASTORAL LITÚRGICA E MÚSICA SACRA
Havemos por bem reestruturar o Secretariado Diocesano de
Pastoral Litúrgica e Música Sacra, que fica assim constituído:
P. Dr. Carlos Manuel Pedrosa Cabecinhas
P. Dr. Artur Ribeiro de Oliveira
Ir. Maria do Céu Carvalho Matos
Joaquim Carrasqueiro de Sousa
Maria Leonor Vigário Moniz dos Santos
Maria José Santos Pereira da Silva
Doutor Paulo Jorge dos Santos Lameiro
Agradecemos à Equipa cessante, e formulamos votos que o no­
vo Secretariado prossiga o amplo trabalho pastoral na área da cele­
bração da Fé. Este Decreto é válido por três anos, e entra em vigor
na presente data.
Leiria, 27 de Novembro de 2003.
t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA
Bispo de Leiria-Fátima
ST.a CASA DA MISERICÓRDIA DE LEIRIA
FAZEMOS SABER quanto segue:
L A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Leiria proce­
deu estatutariamente às eleições dos seus Corpos Sociais, no dia 8 de
Novembro de 2003, para o triénio 2004-2006, tendo vencido a lista
B, conforme consta da Acta, e da Comunicação que nos foi entregue.
2_ Com data de 17 de Novembro de 2003, recebemos uma carta
de impugnação, baseada na invocada condição de 'inelegibilidade' de
um Candidato.
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ACTOS EPISCOPAIS
3. Perante as razões apresentadas e os factos atinentes, nomea­
mos uma Comissão para analisar o caso, e dar um fundamentado pa­
recer jurídico, tendo a mesma Comissão concluído não terem existido
irregularidades prévias que anulem o acto eleitoral.
4. E assim, salvaguardando as cláusulas consignadas na letra
e no espírito do Compromisso e do Direito, decidimos confirmar, se·
gundo a lei, os novos Corpos Sociais eleitos na Assembleia Geral da
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Leiria, de 8 de Novem­
bro de 2003, rezando a Nossa Senhora da Misericórdia, Padroeira,
para que a Irmandade, com as suas Valências, seja um Serviço e uma
Bênção para toda a Comunidade.
Leiria, 17 de Dezembro de 2003.
t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA
Bispo de Leiria-Fátima
N.R. - Parece-nos oportuno publicar também, em retrospectiva, o
decreto de Iwmologação dos Corpos Sociais da Santa Casa da Misericór­
dia de Leiria, eleitos na Assembleia Geral de 27 de Novembro de 2000.
Fazemos saber quanto segue:
L Com data de 27/11/2000, o Bispo Diocesano recebeu a comuni­
cação da Mesa da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de
Leiria de que nas eleições para os Corpos Sociais no triénio de 2001/2003
tinha vencido a chamada lista B com vantagem de oito votos.
2. Na mesma audiência foi entregue ao Bispo Diocesano um
"protesto/reclamação" assinado por quatro Irmãos que declaravam
ser "inelegíveis" alguns nomes que constavam da referida lista B.
3. A mesma Mesa da Assembleia Geral fez presente ao Bispo um
libelo sumário assinado por um membro da Irmandade e que impug­
na o resultado das eleições com base no Artigo 7.°, alíneas c) e d) do
Compromisso.
4. Perante os factos, solicitou o parecer de um Perito doutorado
em Direito Canónico, e que assim respondeu:
a) "Considerando que esses três Irmãos não foram nunca excluí­
dm! da Irmandade, por nunca ninguém ter pensado, até ao presente,
que tivessem incorrido em nenhuma das alíneas de que fala o Artigo
1 1 .° do dito COMPROMISSO, nem foi feito qualquer inquérito prévio
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ACTOS EPISCOPAIS
com audiência dos irmãos interessados pelas Mesas Administrativas
anteriores;
b} Considerando que todos os irmãos têm direito a ser eleitos
para os corpos gerentes, segundo a alínea b) do Artigo 9." do COM­
PROMISSO;
c} Considerando que os irmãos fazem parte de uma lista, li.1!§::
taB, que concorreu com toda a legitimidade ao acto da eleição e sem
ser contestada por ninguém, e que foi eleita por ter sido a mais vota­
da (Artigos 51, 1; 52, 4);
d} Considerando que a Assembleia Geral tem competência pa­
ra deliberar nos casos não previstos no COMPROMISSO (Art." 32, f);
e} Considerando que não existe qualquer fundamento legal pa­
ra afirmar que esses três Irmãos referidos eram inelegíveis ou, o que
é o mesmo, que não tinham direito a ser eleitos;
A própria Assembleia Geral, através do seu Presidente, deve
dar como improcedente e sem qualquer fundamento a impugnação
da aleição e proclamar a lista vencedora, informando o Bispo da Dio­
cese disso mesmo."
5. Tendo presentes os casos descritos inJure et in facto, bem co­
mo o douto parecer supra citado, e de acordo com o Artigo 67." do
COMPROMISSO, o Ordinário do lugar confirma os Corpos Sociais da
Santa Casa da Misericórdia de Leiria, eleitos legitimamente em As­
sembleia Geral de 27 de Novembro de 2000, e ousa expressar os se­
guintes votos:
a} De louvor pelas boas Obras dos Corpos Sociais e de toda a Ir­
mandade até ao presente;
b} De confiança nos novos Corpos Sociais que, segundo o COM­
pRoMIsso, tomarão posse no início do ano e milénio, por um man­
dato trienal, assumindo os fins e os compromissos da Irmandade.
c} De esperança de que a Santa Casa da Misericórdia de Leiria,
fundada em 1544, continue a exercer "a sua acção através da práti­
ca das 14 Obras da Misericórdia", sob a invocação de Nossa Senho­
ra da Misericórdia que é a sua Padroeira.
Leiria, 5 de Dezembro de 2000, MO dos SS Frutuoso, Martinho
de Dume e Geraldo
t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA
Bispo da Diocese de Leiria-Fátima
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NOTA PASTORAL
SOBRE SANTO AGOSTINHO
L A constituição dogmática do concílio Vaticano II (21-XI-1964)
sobre a Igreja começa por declarar Cristo como "Luz das gentes" (Lu­
men gentium). E o Papa João XXIII, na abertura do mesmo Concílio
(11-10-1962) rezava assim: "ó Deus, que a luz da Tua graça super­
na nos ajude a tomar as decisões".
Desde sempre a simbologia da luz, em todas as culturas, envol­
ve os conceitos de conhecimento e rectidão. No Génesis, por exem­
plo, a tentação de comer o fruto proibido gravitava à luz de uma
promessa sedutora: "Abrir-se-ão os vossos olhos" (38). O que não se
fez luz, pois era um engano e foi uma frustração!
Na histórica caminhada civilizacional, quando se desenvolve­
ram os conhecimentos científicos, ficou registado para sempre "o sé­
culo das luzes" ...
Vem isto a propósito de um grande homem, que buscou a luz e
foi luz: Santo Agostinho. A Diocese de Leiria-Fátima está a comemo­
rar o nascimento do seu Padroeiro. Agostinho nasceu em Tagaste
(Suk-Arrás) em 13 de Novembro do ano 354. Vai perfazer 1650 anos.
A nossa Diocese inicia um ano de celebrações, a que me associo com
esta nota pastoral, que poderei titular de "um homem das duas lu­
zes: a fé e a razão".
2. Quisemos dar início à nossa peregrinação aos "passos de San­
to Agostinho" no norte de África, nesta igreja de Santo Agostinho, ci­
dade de Leiria, na margem esquerda do rio Lis, junto ao moinho de
papel e no sopé do monte de Nossa Senhora da Encarnação, baluar­
te de fé, que contrasta frontalmente com o outro monte, que é de de­
fesa e de ataque, ou guerra, o velho castelo.
A igreja de Santo Agostinho, que teve início, não pacífico, em 5
de Agosto de 1577, sendo bispo D. Frei Gaspar do Casal (o que falou
"multa paucis" no concílio de Trento), é também testemunho de pos­
síveis atritos e conflitos entre a fé e a razão, ou melhor, entre as ra­
zões da fé e as razões circunstanciais de pessoas, tempo e lugar.
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167
NOTA PASTORAL SOBRE SANTO AGOSTINHO
A i greja, incorporada no respectivo convento, pertencia à Ordem
de Santo Agostinho. A extinção das ordens religiosas em Portugal pro­
vocou profanações e vicissitudes várias na mesma igreja, até que em
4 de Agosto de 1944 foi restituída à Diocese. Continua espoliada dos
seus anexos, que fazem parte da mesma volumetria e não atestam a
harmonia de comunhão ou sinfonia de acção entre culto e cultura.
3. O magistério, ou missão profética, de Santo Agostinho, Bis­
po de Hipona, é muitas vezes classificado, na Patrística e nos textos
pontifícios, de "luminoso", ainda que com vocábulos sinónimos ou
equiparados, como preclaro, exímio ou lúcido.
João Paulo II, em 8-5-1982, à semelhança do seu predecessor
S. Celestino que em Maio de 431 co locava Agostinho de Hipona en­
tre "os melhores mestres da Igreja ", proclamava (no Instituto "Augus­
tinianum") que a doutrina deste Mestre deve ser "estudada e
difundida", de tal modo que continue na Ig reja o seu "magistério lu­
minoso".
Santo Agostinho, pensador e mestre para todos os tempos e lu­
gares, permanece luz perante ocasionais núvens de passagem, ou
diante de trevas mais densas e persistentes .
O mestre foi sempre al uno diligente, abrind o-se ao Espírito. Bas­
tará esta citação exemplar das "Confissões" (livro 7,x,16), que, na ca­
minhada da conversão ou "progresso no entendimento das coisas
divinas" faz co nfessar: " Entrei no íntimo do meu coração e vi sobre a
minha inteligência uma luz imutável" (em latim "incommuntabilem").
O mesmo Espírito não se esgotara na Bíblia, mas esta era a fon­
te normal e principal. Por isso Agostinho confessa: "Fui ressabiado e
cego contra as Escrituras luminosas da Tua luz" (9,IV,II).
4. A Bíblia é o compêndio da revelação e a alma de toda a Teo­
logia.
A imagem da luz aparece muitas vezes. Limitando-nos ao No­
vo Testamento, podemos ler aí ser chama de Luz o próprio Deus (1
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NOTA PASTORAL SOBRE SANTO AGOSTINHO
Jo. 1, 5). E veio ao mundo (em Jesu s Cristo) "para iluminar todo s o s
homens" (Jo. I, 9). Por sua vez S . Paulo declara que Deus ''ha bita na
luz inacessível" (1 Tim. 6, 16), i sto é, suprema e absoluta, que não e s­
tá sujeita a qualquer apagão, mas que p ôde não ser vislum brada pe­
la rebeldia e cegueira dos homens livres e pecadore s.
Tam bém o Primeiro Papa, S. Pedro, diz na sua primeira encí­
clica, ou carta pastoral: "Deus chamou-nos das trevas para a Sua luz
admirável" (2, 19).
Finalmente, para não nos alongarmos, podemos ler no Apoca­
lip se: "A vida celeste não precisa do sol, porque é ilumi nada pela gló­
ria de Deus" (21,23).
o filó so fo e teólogo Agostinho buscou a luz, corrigiu fu sívei s
queimados, fez ligações, iluminou a s e stradas, e foi luz . .
5. Todos sa bemos, por experiência vivida, que as núvens e a s
penumbras o bnubilam a nossa inteligência finita, e não facilitam que
o pen samento navegue até ao infmito. São da condição humana as
múltipla s hesitações e dúvidas.
Aque le s que conseguiram romper a s diversa s "camadas atmos­
férica s" do seu habitat e na sua própria encarnação podem testemu­
nhar a dimen são transcendental. O s cri stãos aparecem na primeira
linha, entre todos o s crentes, pois têm a Revelação. Por i sso Jesu s
Cristo insi ste: "Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que, ven­
do a s vossa s boa s o bra s, glorifiquem vo sso Pai que e stá no s céus"
(Mt.5,16).
Na pegada do Me stre e único Salvador, aquele que deixou de
ser Saulo, passou a ver, e a ser ° apóstolo das gente s, a ssim exorta:
" Comportai-vos como filho s da luz, produzindo o s frutos da luz, que
são a bondade, a ju stiça e a verdade" (E f. 5, 8-9).
O rico património da fé cri stã é con stituído pela Sagrada E s­
critura, a Tradição e o Magistério da Igreja, de maneira insepará­
vel. É assim que diz a constituição dogmática "Dei Verbum" sobre a
divina Revelação: "Fique claro que a Tradição, a Sagrada E scritura
169
NOTA PASTORAL SOBRE SANTO AGOSTINHO
e o Magi stério da Igreja, segundo o sapientíssimo plano divino, e s­
tão de tal maneira u nidos e associados, que um sem o s outro s não
tem co nsi stê ncia, e todos contribuem eficazme nte para a salvação
da s almas" (lO).
6. Santo Agostinho bebeu ne ssa triplice fonte do E spirito, e não só
pa ssou a ver, como o convertido de Damasco ( AA,9), mas também enri­
queceu o património doutrinal, com pepitas de ouro de alto quilate.
Na solidão de Cassicíaco, Ago sti nho i niciou o proce sso da sua
iluminação i nterior. Mas não parou, nem desca nsou, até que se e n­
co ntrou face a face com o Senhor da Luz.
o Papa João Paulo II e screveu a Carta Apo stólica "Augu sti num
Hippone nsem" (28-8-1986) no 16.' centenário da conversão de San­
to Ago sti nho.
É um belíssimo texto do Magistério da Igreja, que tentaremos
difu ndir e aco nselhar a ler. Aí o Sumo Po ntífice sublinha as virtudes
e prerrogativas mais notáveis do Hiponense, que classifica de "lumi­
nosas i ntuições" (em latim; illuminatas co nceptiones) e ntre a fé e a
razão.
Mais tarde ( 1 4-9-1998), na carta e nc íclica "Fides et Ratio", o
mesmo Papa come ça por dizer: "A Fé e a Razão constituem como que
a s dua s asa s pela s quai s o e spírito humano se eleva para a contem­
plação da verdade... e po ssa chegar tam bém à verdade plena sobre si
próprio",
7. Ago sti nho não preci sou de vi sitar o templo de Delfo s, para ler
no dintel do seu pórtico: "Conhece-te a ti mesmo". Leu o s filó so fo s,
au scultou a vida e e ntrou de ntro de si . A luz do E sp írito e a palavra
da B íblia ilumi naram o seu e sp írito, com o dom da palavra e da e s­
crita. Co nti nua a falar.
Na caminhada da vida, a humanidade e cada um de nó s, em
qualquer tempo e em qualquer lugar, se ntimo s o s paradoxo s e o s mis1 70
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NOTA PASTORAL SOBRE SANTO AGOSTINHO
térios. Para se atingir a lucidez, requer-se muita humildade since­
ra, ao mesmo tempo que se exige determinação e coragem. Qualquer
desvio pode fazer correr o risco de se cair no "fideísmo que despreza
a razão", ou no "racionalismo que exclui a fé" ,
Agostinho consegue fazer comunhão e sintese. E voou a lto com
essa duas asas.
Foi esse o segredo de Agosti nho. Reconheceu as diferenças e as
tendências, mas conseguiu a convergência para a unidade e para o
infinito.
Do ambão ou do púlpito da sua missão profética (ele é sacerdo­
te para sempre) podemos escutar o eco de um Professor e Pastor que
repete: "crede ut intelligas ", mas ao mesmo tempo "intellige ut cre­
das", Quer dizer: crê para que entendas, e procura entender, para
que creias. Começa por se a brir à fé, que é tónico e anti biótico , para
que o espírito se a bra ao Espírito.
8. No seu magistério, Agostinho (cfr. De Civitate Dei) su bli­
nha com frequência que os valores pagãos são património da huma­
nidade.
o que é verdade. Mas falta-lhes a luz sobrenatura l de Cristo,
que nos revelou um Deus que é Pai e nos incita a vivermos coerente­
mente como irmãos.
Estes irmãos, tão dispersos e tão plurais, podem educar a liber­
dade e corrigir o egoísmo, tendo sempre presente que "Deus não jus­
tifica aquele que não quer ser justificado". Eis toda a antropologia
agostiniana e cristã.
Agostinho conjugava, nas coordenadas da ética e da estética , o
trinómio da liberdade, da verdade e do amor. Era à luz da li berdade
responsável que desco bria a força da verdade, e fazia frutificar o
amor. Sem dúvida, é a liberdade luminosa que dá razões de viver e
ressuscitar. A li berdade humana ilumina os cami nhos e elimina as
angústias, fornecendo atempadamente energia ou com bustível para
as luzes da fé e da razão.
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NOTA PASTORAL SOBRE SANTO AGOSTINHO
9. Ousamos dizer que somos luz. Todavia, adverte Agostinho, e s·
ta luz "ainda não é vi são " completa e definitiva. Folhea ndo a s "Con­
fissões", podemo s ler (por coincidência no n.' 13 do livro 1 3 ) O
seguinte: "Outrora fomo s treva s, agora somo s luz no Senhor, pela fé ;
ainda não pela visão" (em latim: "per fidem" e "per speciem ") ".
Como caminheiro s no tempo e para fora do tempo, vamos ten­
do vontade e for ça para dar o s passos, e olhar para além do horizon­
te. O s crentes, nomeadamente o s cristãos, conhecem o s meios e o s
caminho s que conduzem à meta da chegada. Sempre na vigilância e
na e sperança!
Ago sti nho caminhou e tropeçou. Mas foi sempre peregri no da
verdade. Nu nca caiu na tentação da preguiça e do "tanto faz " . Jamais
se divorciou da humanidade. Mesmo quando se retirava para medi­
tar' não se i solava dos outros e de todo o mundo. Nem ficava i ndife­
rente perante os lumaréusou fugazes raios de luz para o pe nsamento,
que poderia gerar atitude s tenebrosas. Por i sso, corajo samente com­
bateu os desvios, a s heresias e os erros. E fez a fe sta do grande e n­
contro com Aquele que é Luz e Vida.
O pe nsador e lutador Agosti nho continua a ser farol, na busca
sem tréguas e no diálogo com audácia e e sperança.
10. Oxalá o "ano agostiniano" na no ssa Dioce se de Leiria-Fáti­
ma, em perma ne nte cami nhada si nodal, seja mai s um re forço e ges­
to de vida sacrame ntal de "co nfissões" da no ssa fragilidade e da s
no ssas faltas, de "prome ssas" de perdão recíproco e e ntreajuda, de
"celebraçõe s fe stivas" da no ssa vida e da no ssa e sperança.
Diante dos dois Padroeiro s da no ssa Dioce se, rezo tam bém à
"Senhora mais brilhante que o sol" que a judem a vermo s a Luz e a
sermos luz. Com as "duas asas" milagro sas da fé e da razão, quere­
mos voar atê ao Infmito, e aí celebrar, desde já a Luz da Vida.
Leiria, 13 de Novembro 2003, dia de todos o s Santos da Famí­
lia Agosti nia na.
t SERAFIM DE S OUSA FERREIRA E SILVA
Bispo de Leiria-Fátima
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MENSAGEM DO NATAL 2003
Saúdo todo s o s d ioce sanos ou residente s na Diocese de Leiria­
-Fátima e formulo, desde já, o s melhore s votos de santo Natal 2003,
e feliz ano 2004.
1. Começaram o s preparativos natalícios, nas montra s e nas
ruas. Muita gente faz projectos e faz contas aos euros ou contos, a
pen sar nas compras e nas viagens.
Ninguém e stranhará que o Pastor venha lembrar o grande
Acontecimento na perspectiva mais e spiritual e exortar à modera­
ção nos gasto s e à v ivência do evento mais na i ntimidade de cada um
e da sua família.
No calendário litúrgico a cami nhada histórico-pedagógica pa­
ra a solenidade do Natal tem início quatro semanas antes, e ste ano
a 30 de Novembro. Chama-se Advento e é tempo de interiorização,
para que a s exterioridades de men sagens e presente s tenham mais
sentido e força.
2. Se a palavra "advento" significa chegada, então toda a no ssa
vida e stá em tempo de advento. Porquê?
a) Porque a v ida é mobil idade ou mudança, desde o ventre ma­
terno, até à terceira ou quarta idade, se não houver interrupções no
tempo, na caminhada de crescimento e de busca, para fora do tempo.
b) Porque comemoramo s a chegada do único Salvador, e nos
comprometemos ou empenhamos na Sua vinda, instaurando de fac­
to e com afecto um reino de Ju stiça e Paz.
Nesta dupla celebração/acção e stamos a ensinar e a v iver o que
a teologia chama de "advento e scatológico", que é o encontro vital
com Aquele que encarnou para nos dar razões de v iver e nos salvar.
3. Em todo o mundo, sobretudo ocidental, ninguém pode man­
ter-se indiferente à s tradiçõe s e à s interrogações do Natal. Assim é
no nosso país, me smo para o s não crente s ou não praticantes. Por
exemplo, Miguel Torga a ssim o te stemunha no seu "Diário". Num
breve poema que lhe vem do coração, proclama: "Natal, vendaval de
emoções".
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1 73
MENSAGEM DO NATAL 2003
A liturgia da nossa Igreja quer que tais emoções não sejam me­
ros fluxos de adrenalina, mas, sim, forte apelo de um Menino que é
Deus e oferece a Paz.
A data do Natal, berço da era cristã, é fonte polivalente de emo­
ções para as crianças e para os mais velhos, seja pelas prendas, seja
pelas saudades. Se a pessoa do Menino estiver no centro, as desfoca­
gens serão corrigidas, e as partes complementam o todo, que é o mis­
tério da Salvação.
4. As grandes vivências não se improvisam. Queremos celebrar
o Natal, em comunhão e sem egoismos. A ascese é salutar. A renún­
cia pode ser gesto de partilha. A familia é uma orquestra e um festi­
val... Vamos aproveitar o tempo do Advento para que ninguém fique
fora do Natal.
Não precisamos de recordar que os pecados pessoais ou sociais
requerem propósito de emenda. Nem será tempo para apontar as po­
brezas gritantes, que reclamam justiça e solidariedade. Tão pouco
queremos apontar as crianças que choram pelo pão e pelo carinho, ou
os abandonados e marginalizados que esperam um irmão... Mas não
podemos nem queremos cerrar os olhos e os ouvidos. É o Menino de
Belém que nos interpela.
5. A nossa Diocese de Leiria-Fátima está a tentar viver o
que Jesus Cristo, já adulto, recomendou: "Como Eu fiz, fazei vós
também" (Jo. 13, 15). Por sua vez o Santuário de Fátiina vai in­
sistir no quarto mandamento, que é o amor familiar e da vizi­
nhança, num correcto relacionamento humano, sem exclusões
e sem fronteiras. Também o 37.0 dia mundial da paz proclama
o direito internacional das nações.
É nesta múltipla perspectiva aberta e dinâmica, que for­
mulo de novo votos de santo Natal 2003 e melhor ano 2004.
Leiria, 21 de Novembro 2003, MO da Apresentação de Santa
Maria.
t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA
Bispo de Leiria-Fátima
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VIDA ECLESIAL
INAUGURAÇÃO DA NOVA IGREJA
DOS PARCEIROS
A paróquia dos Parceiros inaugurou solenemente, no dia 10 de
Agosto, a nova igreja, remodelada e ampliada, cujas obras preserva­
ram, a parte mais "rica" do antigo templo. O resultado é um novo es­
paço bem aproveitado, amplo e acolhedor, onde a comunidade cristã
pode celebrar confortavelmente a liturgia e alimentar a sua fé.
Presidiu à celebração inaugural o Bispo da Diocese de Leiria­
-Fátima, D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, com o qual concele­
braram, além do pároco, Pe. Adelino Rodrigues Ferreira, vários
outros sacerdotes, sobretudo da vigararia de Leiria.
No momento próprio, D. Serafim, depois de ter manifestado a
sua satisfação e cumprimentado a paróquia e todos os responsáveis
e colaboradores pela obra realizada, procedeu à dedicação ritual da
igreja a Nossa Senhora do Rosário e à consagração do seu altar. O
novo templo estava repleto de fiéis.
No final da celebração, um membro do Conselho Económico Paro­
quial leu uma mensagem à assembleia, salientando que "tanto a par­
te nova como a antiga constituem um só templo", que tem "ainda uma
cripta com um salão polivalente e uma casa mortuária". Referiu as aju­
das recebidas, "sobretudo do povo", e de entidades oficiais, como o Es­
tado ("numa parte da casa mortuária"), a Câmara Municipal ("arranjos
exteriores"), a Junta da Freguesia, a Diocese e o Santuário da Fátima,
donde vieram também "algumas ajudas", e outras entidades e pessoas.
Entre os grandes benfeitores, o responsável do Conselho Econó­
mico salientou "os que ofereceram os 12 vitrais (alusivos aos misté­
rios do rosário e às aparições da Fátima), os bancos, o altar, o ambão,
o arranjo do baptistério, a escultura de madeira do Crucificado e seu
enquadramento, a "instalação sonora", destacando "uma Família dos
Parceiros que ofereceu todo o tijolo e custeou as obras de restauro da
parte antiga", que ficou muito bela na talha dourada, nas pinturas,
nos azulejos do século XVII, e onde se guardaram também os azule­
jos (do séc. XVIII ) do corpo da igreja. Lembrou também o autor do pro­
jecto, Arquitecto Cantante, já falecido, e a sua filha, a Arq. Alexandra,
que o continuou e acompanhou, até ao fim, as obras realizadas, bem
como outros artífices e colaboradores.
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1 75
VIDA ECLESIAL
Por seu lado, um representante do Conselho Pastoral Paroquial
fez um apelo a "um grande esforço na construção da igreja espiritual",
agora que a igreja material está concluida."Que todos os residentes na
área da paróquia, nascidos cá ou vindos doutras terras, se sintam in­
tegrados na Comunidade cristã e humana" e por isso apareçam para
trabalhar nos movimentos e obras paroquiais, desde a catequese à li­
turgia, ao canto, a todos os tipos de formação e acção apostólica.
Terminada a celebração, houve uma merenda de convívio para
todos os presentes. Estão de parabéns o pároco e toda a comunidade
dos Parceiros pela obra levada a cabo com tanto esmero e esforço.
De '�O Mensageiro"
PASTORAL FAMILIAR NA DIOCESE
o Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar já divulgou as
datas das principais iniciativas a desenvolver ao longo do novo ano
pastoral, assim como as prioridades a promover na diocese no sector
da família. "Organização da pastoral familiar, com atenção especial
à coordenação entre os âmbitos paroquial, vicarial e diocesano", "for­
mar casais e famílias como agentes naturais e imediatos da pastoral
familiar", "insistir na especificidade da pastoral familiar", e "apoiar
iniciativas e movimentos que promovam, defendam e ajudem a famí­
lia" são algumas das linhas ou prioridades pastorais que o Secreta­
riado vai ter em conta nos próximos tempos.
Importante será também a valorização de datas relacionadas
com a família, como o aniversário do casamento, jubileus matrimo­
niais, preparação para o casamento e o acolhimento das novas famí­
lias cristãs. Em Outubro e Novembro, o Secretariado vai estar com
os padres da Diocese de Leiria-Fátima aproveitando as reuniões vi­
cariais dos sacerdotes. O primeiro encontro de noivos, no novo ano
pastoral, em ordem à preparação para o Matrimónio, realiza-se a 22
e 23 de Novembro, na Cruz da Areia, Leiria.
ACÇÃO CATÓLICA RURAL
O Movimento de Acção Católica Rural, promoveu um acampa­
mento para os jovens deste movimento e também alguns simpatizan176
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VIDA ECLESIAL
teso Decorreu de 1 a 8 de Agosto, nas margens da albu feira de Vila­
rinho das Fumas, em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Teve a participação de 22 jovens da Diocese, assim como o simpá­
tico apoio da D. Deol inda e D. Olinda, como cozinheiras, e do P. Orlan­
dino como assistente deste Movimento. O acampamento teve como
temática: "Com Cristo para Férias", relembrando a todos que podemos
ter férias da escola ou do trabalho, mas não de Cristo. Tam bém foi al­
vo de reflexão a importância das pequenas coisas, em diversos níveis:
na comunidade, na fam ília, connosco próprio e na nossa relação com
Deus. Levando-nos a pensar na importãncia dos "pequenos grandes
ponnenores" da vossa v ida e o papel que estes têm na nossa maneira
de encarar o dia-a--ma. Foram realizadas diversas actividades, entre
as quais se salientam as habituais caminhadas, uma pe rnoita no San­
tuário de N.' Sr.' da Abadia e trabalho comunitário. Esta última, teve
como o bjectivo a cola boração directa dos participantes com a população
que nos acolheu e de alguma forma contribuir para esta comunidade.
Visou igualmente re for çar valores de solidariedade e de gratuidade no
dar. O balanço desta actividade, apesar do cansaço evidente, foi bastan­
te positivo para t odos, ficando o desafio de um rápido reencontro.
De '� Voz do Domingo"
MOVIMENTO
DOS CURSOS DE CRISTANDADE
Na Assem bleia Plenária do Movimento, que se realizou em Fá­
tima no dia 28 de Ju lho p.' p. ', entre outros actos, foi nomeada a no­
va Comissão Permanente do Secretariado Nacional para os próximos
três anos e que integra os seguintes elementos:
Director Espiritual Nacional: P. Dr. José Múrias. de Queiróz Diocese do Porto.
Presidente: Jaime Custódio - Diocese de Leiria-Fátima.
Vice Presidente: Saúl Quintas - Diocese de Évora.
Secretária: Conceição Ri beiro e Castro - Patriarcado de Lis boa.
Tesoureiro: Cláudio Silva - Diocese de Leiria-Fátima.
Relações internacionais: Jerónimo Carneiro - Patr. de Lisboa.
Relação c / outros Movimentos e Obras: Isabel Romão - Patriarcado de Lis boa.
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177
VIDA ECLESIAL
INCÊNDIOS PREOCUPAM O PASTOR
Nos dias 12 e 13 de Setembro, realizou-se a peregrinação ani­
versária internacional ao Santuário da Fátima, que foi presidida pe­
lo Arcebispo Graubner, que com mais 13 Bispos e 350 peregrinos da
República Checa veio à Fátima para levar consigo a IMAGEM PE­
REGRINA de Nossa Senhora da Fátima, que vai percorrer todo o seu
país.
O Bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim de Sousa Ferreira e Sil­
va, saudou todos os peregrinos, falou do tema da peregrinação e, so­
bre os incêndios, disse que "o Santuário da Fátima decidiu promover
um "ofertório" simbólico para atenuar os prejuízos dos incêndios. Es­
te gesto de solidariedade, integrado na celebração eucarística, signi­
fica e testemunha que todas as alegrias e tristezas também têm
dimensão religiosa e cristã". "Além do eventual contributo que cada
um possa e queira dar, disse o prelado, vamos rezar e prometer con­
tribuir e investir na prevenção/vigilância, para que o nosso país, sem
esquecer os outros, possa verdadeiramente ser um jardim à beira­
-mar. O Verão de 2004 chega depressa; a prevenção deverá estrutu­
rar-se e chegar antes, o que não se improvisa. Nesse sentido,
continuou D. Serafim, "darei instruções e recomendações à Cáritas
Diocesana para que promova ou colabore, oportunamente, em acções
de informação e formação, no ãmbito da educação cívica, a fim de se­
rem evitados ou atenuados os incêndios, que destroem e matam. Lou­
vamos os bombeiros, os militares e os voluntários que generosamente
lutaram e lutam contra a vaga de fogos no País, assim como aprecia­
mos os gestos de solidariedade que não se fizeram esperar".
BODAS DE OURO SACERDOTMS
No passado dia 19 de Setembro, o Pe. Henrique Fernandes da
Fonseca, pároco da Ortigosa, e o Pe. Manuel Pereira Júnior, ca­
pelão do Santuário da Fátima, completaram 50 anos de sacerdócio. No
dia 12 de Julho, fora a vez do Pe. Boaventura Domingos Vieira,
gerente da "Gráfica de Leiria", completar também 50 anos de padre.
No dia 28 de Agosto, haviam ocorrido também as bodas de ouro
dum outro sacerdote, não diocesano mas a trabalhar na Fátima há
largos anos, na postulação da Causa dos Videntes de Nossa Senhora
178
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VIDA ECLESIAL
e na difusão da sua Mensagem pelo Mundo. Trata-se do Pe. Luís
Kondor, religioso do Verbo Divino, húngaro mas ordenado na Alema­
nha, a quem a Diocese muito deve. Por estes motivos, sob a presidên­
cia de D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, Bispo de Leiria-Fátima,
19 de Setembro,
11 horas, uma solene concelebração eucarística de acção de graças,
realizou-se na Basílica do Santuário, na sexta-feira,
às
com estes quatro sacerdotes. Participaram na mesma celebração fes­
tiva D. Américo Henriques, Bispo emérito de Nova Lisboa, e a maior
parte dos sacerdotes da nossa Diocese e alguns religiosos.
Na assembleia, além dum numeroso grupo de peregrinos, esta­
vam muitos familiares e amigos dos quatro sacerdotes em festa jubilar.
O senhor Bispo felicitou estes sacerdotes e pediu ao Senhor que
os conserve com saúde bastante para trabalharem na vinha do Se­
nhor ainda por muitos anos. No flm da celebração, cada um dos ju­
bilados deu um breve testemunho acerca da sua vocação e da vivência
sacerdotal nestes 50 anos. Num dos refeitórios da Casa de Retiros de
Nossa Senhora Carmo, seguiu-se um almoço confraternização, ofe­
recido pelo Santuário, que, nas palavras felicitação do reitor, Mons.
Luciano Guerra, está sempre aberto para receber estes e outros en­
contros semelhantes dos sacerdotes da Diocese.
De lIA Voz do Domingo"
ORDENAÇÕES
No passado domingo,
9 de Novembro, D.
Seraflm Ferreira e Sil­
va, Bispo de Leiria-Fátima, conferiu a Ordem do diaconado ao jovem
Sérgio Jorge Lopes Fernandes, natural da paróquia da Urqueira.
A celebração teve lugar na Sé de Leiria, repleta de fléis, e com a par­
ticipação de um bom número de sacerdotes vindos de toda a Diocese.
No dia
8
de Dezembro, solenidade da Imaculada Conceição de
Nossa Senhora, o Sr. Bispo, também na Sé de Leiria, presidiu à ceri­
mónia da instituição de dois Leitores e três Acólitos com vista à futu­
ra ordenação sacerdotal.
No Ministério dos Leitores foram instituídos dois alunos do 5. o
ano de Teologia: o
Marco Paulo da Silva Brites, da paróquia de
Orlando Miguel Rodrigues Marques, da pa­
Monte Redondo e o
róquia da Caranguejeira. Os novos Acólitos são os três alunos do 6.0
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1 79
VIDA ECLESIAL
ano de Teologia: o André Antunes Batista, do Souto da Carpalho­
sa; o Manuel Henrique Gameiro de Jesus, de S. Simão de Litém
e o Pedro Miguel Ferreira Viva, de Leiria.
PEREGRINAÇÃO
"PASSOS DE S. AGOSTINHO"
Decorreu de 13 a 20 de Novembro a La peregrinação diocesana
aos lugares de Santo Agostinho em África, presidida por D. Serafim
de Sousa Ferreira e Silva. Participaram cinquenta peregrinos, vin­
dos de toda a Diocese e de também de Bragança, Lisboa e Évora.
Na igreja de Santo Agostinho, em Leiria, iniciámos a nossa ca­
minhada com uma celebração de bênção dos peregrinos. Do itinerá­
rio proposto, foram momentos altos o deserto, os lugares de Santo
Agostinho e Tunis/Cartago. Na memória guardamos o fascínio do de­
serto e a simplicidade de vida dos que ali habitam; o testemunho de
Agostinho que atravessa os séculos e continua a ser farol para a Igre­
ja e para o Ocidente, a contrastar com as ruínas das cidades do seu
tempo; a grande cidade de Cartago, a falar-nos das civilizações que
por ali passaram, dos martires que deram a vida pelo Evangelho e
dos tempos florescentes das comunidades cristãs primitivas.
Por onde passámos sempre fomos bem acolhidos. Cremos mes­
mo que o diálogo e o conhecimento mútuo entre os povos serão o ca­
minho para a criação das condições de confiança necessárias ao seu
bom entendimento.
No final da peregrinação era unanime o sentimento de gratidão
pela experiência vivida. Dada a diversidade de proveniências dos
membros do grupo e dos seus diferentes percursos espirituais, a San­
to Agostinho se deve, por certo, o bom ambiente em que decorreu to­
da a peregrinação.
Porque na primeira peregrinação não tiveram lugar cerca de vin­
te pessoas inscritas, iremos organizar uma 2.8 Peregrinação aos Pas­
sos de Santo Agostinho em Africa, entre os dias 26 de Fevereiro a 4
de Março de 2004. O itinerário e os custos (990 euros) mantêm-se.
Os interessados poderão obter mais informações e inscrever-se
no Seminário ou na Casa Episcopal.
Pe. Armindo Janeiro
180
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VIDA ECLESIAL
CONSERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO
Nos materiais que suportam as obras de arte (pedra, madeira,
ourivesaria, azulejo e têxteis) "procurámos saber quais eram as alte­
rações, como se desenvolvem e os inimigos que as atacam", referiu o
padre Armindo Janeiro, director da Comissão de Arte e Património
da nossa diocese. Nesse sentido, esta comissão realizou uma acção de
formação, dia 29 de Novembro, sobre "Diagnóstico e conservação pre­
ventiva do património".
A iniciativa contou com mais de 150 participantes e teve como
formadores especialistas na área, que colaboram com o mestrado de
conservação e restauro da Universidade de Évora. Já no ano anterior
se tinham abordado os "princípios litúrgicos e preocupações arquitec­
tónicas na criação e remodelação dos espaços litúrgicos" e se lança­
ram as normas da diocese para a preservação do património. Este
ano, o angulo de abordagem foi dirigido à "conservação das obras de
arte que recebemos do passado", referiu aquele sacerdote.
Durante os anos 90, a diocese de Leiria-Fátima fez um inventá­
rio dos bens existentes, um trabalho que "nos trouxe à consciência as
necessidades". Actualmente "estamos a crescer paulatinamente nes­
ta área". Nas décadas de 60 e 70 fizeram-se "autênticos crimes" nas
obras de arte. Actos lamentáveis que levam aquela comissão "a apos­
tar na formação". No próximo ano, a acção de formação será "sobre os
documentos escritos, desde os livros litúrgicos aos registos paroquiais"
- finalizou o padre Armindo Janeiro.
De "O Mensageiro"
P. JUAN VILLANOVA
No passado dia 11 de Novembro, faleceu vítima de acidente de
automóvel, em Barbasto (Espanha), o capelão do Santuário de Fáti­
ma, P. Juan Villaúova Omella, Claretiano.
O P. Juan Villanova era capelão no Santuário desde 1983, on­
de colaborava no Servíço de Peregrinos, no acolhimento aos peregri­
nos de lingua estrangeira. Nasceu em Gretas (Terue!), Espanha, em
27 de Fevereiro de 1919 e foi ordenado sacerdote, em Lyon (França),
no dia 10 de Junho de 1956. Assistiu aos funerais uma significativa
representação do Santuário de Fátima.
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181
PRIMEIRA IGREJA
DEDICADA AOS PASTORINHOS
o Santuário de Fátima recebeu, nos finais de Outubro de 2003,
da parte do Apostolado Mundial de Fátima, em Paris, a notícia e um
conjunto de fotografias, relativas à inauguração da primeira igreja
da Polónia dedicada aos Beatos Francisco e Jacinta Marto.
Esta nova igreja situa-se em Wola-Kosowska, que dista de Var­
sóvia cerca de trinta quilómetros, e segundo as informações recebi­
das, a construção foi realizada em tempo recorde. Foi consagrada por
S.E.R. Cardeal Jozef Glemp, na tarde do dia 3 de Agosto deste ano,
contando com a presença de uma entusiasta multidão.
182
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PEREGRINOS DE FÁTIMA
SAÚDAM O PAPA
o Bispo de Leiria-Fáti­
ma, D. Serafim de Sousa Fer­
reira e Silva, revelou no fmal
da peregrinação internacional
de Outubro que iria fazer che­
gar a João Paulo II uma men­
sagem de todos os fiéis que se
reuniram no Santuário, nos
dias 12 e 13, onde se assegu­
ram orações por sua intenção
e se agradece o papel de "in­
cansável profeta do perdão e
obreiro da paz".
As celebrações da pere­
grinação foram marcadas pe­
lo Ano do Rosário, pedindo-se
a todos que rezassem o terço e
deixando-se a indicação de
que a melhor maneira de assi­
nalarmos os 25 anos do seu
Pontificado seria esta devoção ao rosário. A presidir às cerimónias es­
teve o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo, que,
no dia
13,
centrou a sua homilia sobre a "fecundidade de Deus" des­
crita como "a acção transformadora do Espírito Santo, nos corações
e na história".
Fazendo referência ao Ano do Rosário que a Igreja ainda cele­
bra, o Cardeal Patriarca destacou que na figura de Maria é preciso
aprender a ter "uma visão de esperança sobre a Igreja e sobre o mun­
do, porque Deus continua a amar aqueles que redimiu e o seu amor
é fecundo,"
As celebrações da Cova da Iria, este ano, tiveram uma novida­
de: a presença da Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude. Dian­
te de todos os fiéis, o símbolo foi passado pelos jovens da Diocese de
Leiria-Fátima a uma delegação de Viseu, próxima Diocese a rece­
ber a Cruz e o ícone mariano.
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183
JOÃO PAULO II AGRADECE
SECRETARIA DE
ESTADO
Vaticano, 20 de Novembro de 2003
N. 547.000
Excelência Reverendíssima,
Na mensagem de felicitações que dirigiu ao Santo Padre pelas bodas de prata do
seu Pontificado, quis, unido aos peregrinos congregados em Fátima no dia 13 de Outubro
passado, testemunhar a profunda união, apreço e gratidão que sentem pelo seu magistério
de Pastor universal, cuja palavra segura e corajosa conquistou os corações de tanta gente
ao longo destes 25 anos inteiramente permeados pela misericórdia de Deus.
Confortado por tais sentimentos que frutificaram numa generosa retaguarda de
oração, o Sumo Pontifice incwnbiu�me de vir agradecer-lhes e pedir que não interrompam
esta grande obra de amor pelo Sucessor de Pedro, para que se cumpra até 80 fim a vontade
de Deus. Cada dia ele sen,te, no íntimo do coração, que o Senhor lhe pergunta como a
Pedro nas margens do lago de Tiberiades: flTu amas-Me? Tu amas-Me mais do que estes?lI
Então fixa o olhar benévolo de Jesus ressuscitado e vê. que Ele:- mesmo sabendo da sua
limitação hwnana - o encoraja a responder: flSenhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que Te
amolt, renovando-lhe depois a responsabilidade que Ele próprio lhe confiou: j(Apascenta
as minhas ovelhas" (cf lo 21,
15-17) até dar a vida por elas. É nesta disposição de espírito
que Sua Santidade o Papa João Paulo II inclui na sua oração o Senhor D. Serafim, cuja
vida e missão na terra confia à materna protecção da Virgem Maria, ao conceder-lhe,
extensiva ao rebanho que lhe está confiado, wna especial Bênção Apostólica.
Aproveito a ocasião para lhe manifestar meus sentimentos de fraterna estima em
Cristo Senhor.
'F Leonardo Sandri
Substituto
184
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CENTENÁRIO DO CÓNEGO
GALAMB A DE OLIVEIRA
Encerraram no passado
dia 27 de Setembro, em Fáti­
ma, as comemorações do cen­
tenário
do
nascimento
do
Cónego José Galamba de Oli­
veira (1903 -2003).
Durante dois dias, algu­
mas centenas de pessoas, a
maioria das quais tendo co­
nhecido o homenageado em
vida, participaram num coló­
quio intitulado « Um homem,
uma obra, uma época».
No dia 26 procedeu-se ao
lançamento de uma antologia
de textos e à abertura de uma
exposlÇao
documental,
no
átrio do Centro Pastoral Pau­
lo VI, onde estiveram patentes
alguns dos seus escritos, ser­
mões, artigos jornalísticos, fo­
tografias e condecorações. Pelas 2 1 hOO, os participantes puderam
assistir a uma audição musical pelo « Chorus Auris» de Ourém e a uma
conferência de Manuel Braga da Cruz, Reitor da Universidade Cató­
lica Portuguesa.
O dia 27 foi preenchido com um conjunto de painéis, onde foi
apresentado o perfil e a multifacetada obra do Cónego Galamba: edu­
cador e apóstolo, escritor e jornalista, dinamizador social e mensa­
geiro de Fátima. Os trabalhos encerraram com uma conferência do
reitor do Santuário de Fátima e a celebração de urna Eucaristia na
Capelinha das Aparições.
De tudo o que foi falado, muitas notas puderam ser tiradas, mas
a principal foi a actualidade da personalidade do Cónego Galamba,
como pessoa interveniente na sociedade, na luta pelos direitos dos
mais pobres e na denúncia dos males sociais.
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185
MOVIMENTO DA
MENSAGEM DE FÁTIMA (2004)
1. Retiros
Março
04 - 07
10 - 13
15 - 18
-
-
-
Porto 100
É vora 50 + 50 Porto
Bej a 50 + Vila Real 50
25 - 28 - Leiria 100
Abril
29 - 01
15 - 18
20 - 23
Maio
04 - 07
10 - 13
17 - 20
27 - 30
Junho
01 - 04
10 - 13
15 - 18
24 - 27
Julho
10 - 13
20 - 23
Agosto
03 - 06
1 0 - 13
19 - 22
26 - 29
Setembro
06 - 09
10 - 13
14 - 17
27 - 30
Outubro
05 - 08
10 - 13
21
-
24
26 - 29
Novembro
05 - 08
10 - 13
1 86
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Algarve 50 + Porto 50
Setúbal 100
Santarém 100
Viana do Castelo 50 + 50 Porto
Açores 50
Évora 100
Portalegre 100
Aveiro 50 + Beja 50
Funchal 50
Braga 100
Lamego 100
Viseu 50
Coimbra 100
Bragança 100
Lisboa 70
Rapazes
Raparigas
Açores 50 + 50 Viseu
Coimbra 80
Guarda 100
Santarém 100
Lisboa 100
Porto 70
Setúbal 100
Vila Real 100
Leiria 100
Porto 100
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MOVIMENTO DA MENSAGEM DE FÁTIMA (2004)
2.
Peregrinações de idosos
Mal"ÇO
Abril
02 - 03
Julho
06 - 07
23 - 24
Agosto
17 - 18
24 - 25
1 3 - 14
27 - 28
Setembro
21 - 22
Maio
25 - 26
Outubro
19 - 20
Junho
08 - 09
22 - 23
29 - 30
3.
Dias de Deserto
Março
06
Julho
31
Abril
24
Setembro
25
Maio
15 e 22
Junho
4.
19
Outubro
Novembro
09 e 30
20
Peregrinações a Espanha
Marco
05 - 07
Abril
02 - 04
30 - 0215
30 - 0118
Agosto
06 - 08
Setembro
17 - 19
Junho
04 - 06
Outubro
0 1 - 03
Julho
02 - 04
Dezembro
02 - 05
19 - 21
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187
MOVIMENTO DA MENSAGEM DE FÁTIMA (2004)
5.
Sector Juvenil
20 - 22
de Fevereiro - 2,· Reunião da Equipa Coordenadora
16 - 18 de Abril - 20,0 Curso de Aprofundamento da Mensagem
de Fátima
14 - 16 de Maio
-
3," Reunião da Equipa Coordenadora e 2,·
Reunião da Equipa Nacional
11 - 13 de Junho - 21." Curso de Aprofundamento da Mensagem de Fátima
17
e 18 de Julho - Peregrinação Nacional
04 - 08 de Agosto 5." Esquema II
10 - 13 de Agosto - Passeio à ilha da Madeira
15 de Agosto 8,· Peregrinação dos Acolhedores
-
-
6.
Outras actividades
Janeiro
3
10
-
-
Encontro para a Equipa Coordenadora dos Peregrinos a pé
Reunião dos Responsáveis dos Postos de assistência aos pe
regrinos a pé, para rever o ano 2003 e programar para 2004
17 - 18 - Curso de formação para Guias de peregrinos a pé
31
-
Curso de formação para responsáveis de Leiria-Fátima
Fevereiro
6
-
8 - Primeiro encontro de formação para o Congresso Nacional do Movimento da Mensagem de Fátima
26 - 29 - Retiro para Consagradas do M,M,F, (2." Turno)
Maio
5 - 11 - Assistência aos peregrinos a pé
Julho
25 - 26
-
Peregrinação dos Avós
Setembro
2 - 4 - Conselho Nacional
188
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RE LATÓRIOS
DE ACTIVIDADES
EDUCAÇÃO CRISTÃ DA INFÂNCIA
E ADOLESCÊNCIA
APRESENTAÇÃO
Este Relatório das Actividades do Secretariado Diocesano da
Educação Cristã da Infância e Adolescência na diocese de Leiria-Fá­
tima, pretende tornar público as preocupações da Igreja Diocesana,
na área da catequese, bem como os desafios que ela lança a todas as
comunidades e ainda a tentativa de resposta que procurou dar ao
longo do ano que termina.
Não nos flxamos na eficácia ou no resultado mais ou menos
positivo, nem sequer afirmamos se este Serviço Diocesano respon­
de ou não às necessidades reais da Diocese.
Apenas apresentamos o trabalho desenvolvido pelo Secreta­
riado Diocesano da Catequese, com o grande esforço exigido pela
constante atenção às realidades dos nossos tempos e pela necessi­
dade de respostas oportunas às comunidades.
Move-nos a vontade de criar comunhão entre todos os catequis­
tas e as paróquias; de os formar convenientemente e de criar a cor­
responsabilidade no fazer caminho paroquial com os pais e os
mesmos catequistas.
Impele-nos o desej o constante de ajudar as Vigararias a per­
correr o caminho na corresponsabilidade e no protagonismo pastoral
da catequese.
Certos de que a catequese é um dos Serviços mais importantes
na Igreja continuamos a aventura de servir em comunhão eclesial.
P. Augusto Gomes Gonçalves
Director do Secretariado
______
189
RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES
1 - OBJECTIVOS DO SECRETARIADO
1 - Form.ar, nas várias vertentes, os catequistas, bem como to­
dos os outros educadores, particularmente os pais, para que na co­
munidade se crie a corresponsabilidade, se viva a comunhão e se
promova a participação.
2 - Promover a responsabilidade das paróquias e vigara­
rias na área da catequese, partindo do trabalho "no terreno".
3 Continuar a responder aos desafios lançados pelo Sí­
nodo Diocesano à catequese, lendo os sinais dos tempos, em re­
-
novação assumida.
4 - Incentivar a realização das Jornadas Vicariais de Ca­
tequistas, em corresponsabilidade com os pais, os catequistas e as
comunidades, como momento importante no itinerário da catequese.
II -ACÇÕES REALIZADAS NO ANO PASTORAL
2002 - 2003
1. Encontro Diocesano de Catequistas
Realizou-se no dia 29 de Setembro o Encontro Diocesano e Anual
de Catequistas, com a participação de cerca de 350 catequistas.
O tema
"Renovando a Esperança, Celebramos a Fé", foi
desenvolvido pela equipa do Secretariado.
2_ Escola Diocesana de Catequistas
A Escola Diocesana de Catequistas funcionou quizenalmente, ao
longo do Ano Pastoral, num total de 15 serões, incluindo a abertura e
o encerramento. O Secretariado Diocesano determinou que ela fosse
uma escola de formação específica na área da catequese. E assim acon­
teceu. Foram leccionados o Curso de Iniciação Catequistica "Mensa­
geiros da Boa Nova", o Curso de Iniciação Catequística Nacional,
a que chamamos "Curso Médio de Catequistas" e o "Curso Ge-
190
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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES
ral". Este, para os catequistas que já tinham feito, com aproveita­
mento, um dos cursos de Iniciação. A orientação destes cursos esteve
a cargo da equipa do Secretariado. Participaram nos três Cursos cer­
ca de duzentos e dez catequistas.
3. Cursos de Iniciação Cate quística
Realizaram-se ao longo deste ano os seguintes Cursos de Ini­
ciação:
Texto: "Mensageiros da Boa Nova"
•
Escola de Catequistas
-
Participação assídua de 70 cate­
quistas
•
Vigararia de Monte Real, em Monte Redondo, com a par­
ticipação de 60 catequistas
•
Vigararia de Ourém, em Ourém, com a participação de 35
catequistas.
Total de catequistas participantes: 165.
Fizeram exame
-
134 catequistas: 95 com aproveitamento; 10
com exame incompleto; 29 com avaliação insuficiente.
Texto: "Edição do Secretariado Nacional" - Curso Médio
•
Escola de Catequistas
-
Participação assídua de 70 cate­
quistas
•
Vigararia de Leiria
-
nos Pousos, com a participação de 29
catequistas
Total de Catequistas participantes: 99.
Fizeram exame
-
72 catequistas: 43 com aproveitamento; 29
com avaliação insuficiente.
Total de Catequistas participantes nos dois cursos de ini­
ciação: 264
191
RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES
4.
•
Curso Geral
Escola de Catequistas - Iniciou-se o Curso Geral de C ate­
quistas, que tem as seguintes áreas: Pedagogia, Psicologia, Catequé­
tica e Doutrina. Durante este ano foi leccionada a Pedagogia. Teve a
participação assídua de 70 catequistas. Destes, 51 fizeram exame
-
21 com aproveitamento e 30 com avaliação insuficiente. Estes últi­
mos são convidados a repetir o exame em Setembro próximo.
5. Formação espiritual
Realizou-se um Retiro para Catequistas, na Quaresma. Par­
ticiparam 58 catequistas.
6.
Outros
•
O Secretariado Diocesano propôs e incentivou a realização
das Jornadas Vicariais de Catequese. Quase todas as Vigararias
responderam à proposta.
•
'Com os objectivos de promover nos educadores uma vonta­
de pedagógica de comunicar bem e de ver como se cruza o modo de
comunicar dos pais e catequistas com o modo de comunicar em vi­
gor, o Secretariado Diocesano promoveu uma acção de formação cu­
jo tema foi:
"Pensar a Comunicação na sociedade portuguesa
actual", destinada aos catequistas, pais e professores. Orientou es­
ta acção de formação o Dr. Carlos Liz.
•
O Secretariado Diocesano colaborou também na Celebração
da Festa do Corpo de Deus, coordenando a participação das crianças
da Primeira Comunhão.
III
-
ENCONTRO COM AS EQUIPAS
VICARIAIS PARA A CATEQUESE
OSecretariado Diocesano promoveu, no Seminário Diocesano,
a realização de três encontros com as Equipas Vicariais de Cateque-
1 92
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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES
se, compostas pelos sacerdotes delegados das respectivas Vigara­
rias, acompanhados por dois catequistas, um da catequese da in­
fância e outro da catequese da adolescência. Foram momentos de
análise da realidade da catequese e descoberta de estratégias de
renovação. Foram também espaços de partilha e de corresponsabi­
lidade.
Além da mesma partilha e de questões pontuais, foram trata­
dos os seguintes assuntos:
No primeiro encontro foram apresentados os dados do inquéri­
to sobre a realidade da catequese na Diocese e deu-se a conhecer a
temática da Escola de Catequistas: formação especifica, como res­
posta aos desafios do inquérito que aponta muito a necessidade de
formação dos catequistas. Foi ainda apresentado o tema das jorna­
das rlOnde estamos, Para onde caminhamos", ficando, no entanto, à
liberdade de cada Vigararia poder escolher outro tema.
No segundo encontro, para além da partilha, foram apresenta­
dos alguns esquemas para as celebrações e festas na catequese, a fim
de minimizar as dificuldades que os catequistas sentem na elabora­
ção das mesmas.
No terceiro e último encontro, fez-se a avaliação do ano e pla­
nificou-se o próximo. Apresentou-se a Celebração das Bodas de Pra­
ta da Escola de Catequistas.
IV
-
A EQUIPA DIOCESANA
A equipa é constituída por doze elementos, incluindo o Direc­
tor. Embora todos profissionalmente bastante ocupados dão o melhor
que são capazes. Muitas horas de voluntariado, em generosidade
constante.
Reunimos todos os meses, com agenda preparada. Rezamos,
avaliamos, partilhamos, programamos e preparamos as acções de
formação.
1 93
RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES
Procuramos reflectir sobre os desafios lançados constantemen­
te à Catequese e descortinamos as respostas atempadas e oportunas.
Damos prioridade a toda a formação.
Planificamos tudo o que se refere a trabalhos de catequese, nas
vigararias, nas paróquias e na Escola de Catequistas, distribuímos
tarefas e pedimos colaboração.
v
-
AVALIAÇÃO GLOBAL
Nas reuniões de 17 e
24 de Junho, em que avaliámos o
ano fin­
do e planificámos o próximo, fizemos a seguinte avaliação global:
Aspectos positivos: Toda a acção que no campo da catequese
É muito trabalho para poucos braços; o
se faz exigiria mais pessoas.
empenho das equipas vicariais, na renovação da catequese, vai-se
descortinando; é de salientar a apresentação e leitura do inquérito so­
bre a realidade da catequese, feita e reflectida nalgumas jornadas vi­
cariais, com os catequistas e pais; nota-se que há, em muitos
catequistas, abertura à formação.
De salientar: o optimismo, a esperança e o desejo de servir em
qualidade, de bastantes catequistas.
Aspectos negativos: Verificamos que houve da parte de al­
gumas paróquias, pouca resposta quanto à formação de catequis­
tas, tanto no que diz respeito à participação nos cursos realizados
pela Escola de Catequistas, como também nos realizados nas Viga­
rarias; pouco estudo e preparação de muitos catequistas; são ain­
da muitos os que não aderem às acções de formação e quando
aderem, faltam muito. Há alguns padres que não respondem. Al­
gumas vigararias não fizeram Jornadas Vicariais e não têm equi­
pa vicarial efectiva. Paróquias há que nem sequer partilham as
dificuldades. Há também aquelas que pensam que o Secretariado
Diocesano deveria assumir todas as acções de formação. Verifica­
mos que há necessidade de mais diálogo entre as paróquias e o Se­
cretariado; o que só poderá acontecer se houver melhor organização
vicarial e paroquial.
194
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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES
VI
-
ONDE NOS ENCONTRAMOS...
Sentimos limitações de vária ordem, mas que encaramos; pa­
ra elas buscamos respostas atempadas e com qualidade.
1. O Secretariado Diocesano tem necessidade de mais elemen­
tos na sua equipa formadora.
2. São notórias as dificuldades em fazer da catequese uma es­
cola da fé, vivida no quotidiano.
3. Continua a predominar a preocupação do "saber" conteúdos,
mais do que promover a vida cristã das crianças e adolescen­
tes, como protagonistas e intervenientes na Igreja, em cor­
responsabilidade eclesial.
4. E reduzida a participação das crianças e adolescentes na vi­
da comunitária das paróquias.
Também a sua participação na Eucaristia e nos Sacramen­
tos tem diminuído.
5. Pouca formação da maior parte dos catequistas, a todos os
níveis: doutrinal, psicológica, pedagógica, bíblica, litúrgica ...
6. Ainda há catequistas que se preocupam pouco com a sua vi­
da sacramental e espiritual.
7. Muitas paróquias não tém os dez anos de catequese, o que
cria divisões e não constrói a comunhão, particularmente no
que diz respeito à recepção do Crisma.
8. De salientar, cada vez mais, uma vontade em renovar a ca­
tequese diocesana.
São prova disso, a existência dos Secretariados Paroquiais
da Catequese, que tentam coordenar a Pastoral Catequéti­
ca, em colaboração com os Secretariados Vicariais e o Dioce­
sano.
195
RELATÓRIOS DE ACTMDADES
COM ESPER ANÇA...
QUEREMOS CAMINHAR!
Apesar de tudo há esperanças que queremos desenvolver.
É caminhando que se faz caminho, O inquérito feito ajudou-nos
a sistematizar melhor:
1. Vamos no próximo ano pastoral reunir, três vezes, com as
equipas vicariais para a catequese, com o objectivo de desen­
volver cada vez mais a corresponsabilidade e a comunhão
eclesial.
2. Não obstante todas as dificuldades sentidas, esperamos que
todos os padres da diocese se abram cada vez mais ao estudo
da realidade catequética que temos.
3. Tentaremos desenvolver, junto dos catequistas, cada vez
mais, a participação e envolvência dos pais das crianças e
adolescentes, na catequese.
4. Continuaremos a alertar e incentivar os catequistas para a
necessidade de uma formação específica e continua. Assim
desempenharão com mais qualidade a sua missão eclesial.
5. Vamos procurar responder aos pedidos de ajuda que as Viga­
rarias nos fazem, "nomeadamente na realização de cursos de
Iniciação e Médio.
6. Tendo em conta o tema proposto pela Diocese para este ano,
"Como Eu vos fiz, fazei� vós também" O Secretariado pro­
curará, ao longo do próximo ano pastoral, ter como pano de
fundo, nas suas acções de formação, esta temática.
Embora limitados, move-nos e fortalece-nos o Espírito, fonte
de todo o dinamismo catequético.
Julho de 2003
196
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CONVnn OS FRATERNOS
INTRODUÇÃO
Mais um ano pastoral findou, com todas as suas actividades e
,s seus desafios. Ao apresentarmos este Relatório de Actividades, é
10ssa intenção dar a conhecer de forma breve e clara a actividade
los Convivios Fraternos de Leiria ao longo deste ano pastoral de
W02l2003, bem como uma previsão do que esperamos venha a ser
:ealizado no próximo ano pastoral de 2003/2004. Este relatório divi­
lir-se-á em três partes fundamentais:
1) - Actividades realizadas no ano pastoral 200212003
2) - Constituição da equipa
3)
1
-
Calendarização de actividades para 2003/2004
ACTIVIDADES REALIZADAS
NO ANO PASTORAL 2002/2003
-
14 e 15 de Setembro de 2002 - Convívio Nacional
Realizou-se nesta data o XXIX Encontro Nacional em Fátima,
Lubordinado ao tema "Sede Santos" e no qual uma vez mais se en­
:ontraram Convivas das diversas dioceses do país.
31 de Outubro a 3 de Novembro de 2002 - Convívio Fra'
.erno n_o 880
Realizou-se nas instalações do Seminário de Leiria o Convivio
�raterno n° 880, no qual participaram, além dos 16 que pertenciam
L equipa coordenadora, 33 jovens da diocese de Leiria, de entre os
ruais:
- 12 jovens da paróquia de Santa Catarina da Serra
- 5 jovens da paróquia de Amor
- 3 jovens da paróquia de Pousos
- 1 1 jovens vindos das paróquias de Bajouca, Caranguejeira,
;oimbrão, Fátima, Leiria, Maceira, Marrazes, Minde.
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197
CONVtvlOS FRATERNOS
- 2 jovens, que não pertencendo à Diocese de Leiria-Fátima,
não hesitaram em acompanhar-nos. Uma vinda de Alcobaça e outra
de Estremoz.
15 de Dezembro de 2002 - 3.° Pós-Convívio do CF 842
Teve lugar nesse dia o terceiro Pós-Convívio para os jovens que
participaram no CF 842 em Novembro de 2001. O Sacramento da
Confissão e o significado do Natal foram os temas que serviram de
base para a realização deste pós-Convivio.
02 de Fevereiro de 2003
-
1.· Pós-Convívio de CF 880
Passados sensivelmente três meses depois da realização do Con·
vívio Fraterno fi.O 880, foi realizado, para os mais recentes Convivas,
0 1.° Pós-Convivio no Seminário Diocesano de Leiria, tendo sido o te­
ma base o Sacramento do Baptismo.
09 de Março de 2003 - 4.° Pós-Convívio do CF 842
Foi uma vez mais no Seminário de Leiria que se realizou o 4.° e
último Pós-Convivio para os jovens que participaram no Convívio
nO 842, realizado em Novembro de 2001. Tendo sido realizado no
tempo Quaresmal, foi precisamente a Quaresma e a forma com os
Cristãos a vivem hoje, que serviu de tema base a este encontro.
25 de Abril de 2003 - 2.° Pós-Convívio do CF 880
Realizou-se nesta data o 2." Pós-Convívio do CF 880. Tinha si­
do preparada para este dia uma actividade no exterior cujo tema cen­
tral era a Eucaristia, no entanto, devido às fortes chuvas, não foi
possível realizá-la. Ninguém mostrou vontade de voltar para casa
desperdiçando a oportunidade de voltar a estar juntos e deste modo,
o encontro acabou por decorrer nas instalações do Seminário de Lei­
ria onde se realizou o almoço, alguns jogos e a passagem de um fil­
me "Favores em cadeia" tendo a actividade inicialmente preparada
ficado adiado para o dia 6 de Julho.
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CONvívIOS FRATERNOS
1 1 de Maio de 2003 - Convívío Diocesano
Foi neste dia que se realizou o V Convívío Diocesano. O objectivo
deste Convívio Diocesano era proporcionar um dia de convívio mas
também de reflexão e descoberta. Deste modo escolheu-se o lugar de
Constãncia, cidade vísitada durante a manhã, seguida de urna peque­
na descida do rio Tejo até ao Castelo de Almourol onde decorreu o al­
moço. Para além do convívío salutar entre todos durante a víagem,
houve ainda durante a tarde um espaço para reflexão. Estando tão
perto do rio Tejo, o desafio proposto era que reflectíssemos sobre o per­
curso da nossa vida um pouco como o percurso de um rio, seguiu-se no
fim da tarde, e antes da víagem de volta, a celebração da Eucaristia.
06 de Julho de 2003 - 3.° Pós-ConvívÍo do CF 880
Decorreu neste dia o 3.' Pós-Convívio do CF 880. O tema base
foi a Eucaristia e ao longo de todo o dia, num passeio pedestre na ser­
ra de Aire, víveu-se este sacramento procurando conhecer melhor
cada um dos seus momentos.
2
-
CONSTITUIÇÃO DA EQUIPA
Neste ano pastoral a equipa diocesana recebeu novos elemen­
tos, deste modo passou a ser constituída por:
Pe. José Augusto P. Rodrigues
Pe. José Baptista
Pe. Vitor Mira
Amândio Santos
Santa Catarina da Serra
Carlos Santos
Golpilheira
Carolina Carvalho
Golpilheira
Elsa Inês
Gândara dos Olivais
Eulália Filipe
Vieira de Leiria
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199
CONVIVlos FRATERNOS
Ezequiel Gonçalves
Pousas
Filipe Oliveira
Leiria
Eilomena Rodrigues
Pousas
Guida Alexandre
Barreiros
Guida Brás
Parceiros
Helder Ribeiro
Loureira
Hugo Menino
Azoia
Leonel Lavas
Vieira de Leiria
Márcio Bom
Casal dos Claros
Maria Natal Gaspar
Barreiros
Mónica Baptista
Santa Catarina da Serra
Natália Manso
Caranguejeira
Paulo Adriano Santos
Calvaria de Cima
Sandra Caseiro
Marrazes
Sandra Jorge
Amor
Susana, G. Jesus
São Simão de Litém
3
-
CALENDARlZAÇAO PARA ANO PASTORAL
2003/2004
Apresentamos de seguida as actividades que pretendemos rea­
lizar no próximo ano.
Para algumas actividades foi fácil indicar a data precisa em
que se irão realizar, ou porque estão já marcadas a nível nacional, ca­
so do Convivia Nacional, ou porque o tipo de actividade a realizar
exigia deste já a marcação de uma data concreta, tal como o Convi­
via Fraterno. Para as restantes actividades faz-se referência apenas
ao mês em que irão ser realizadas.
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CONVPnOS FRATERNOS
Setembro de 2003 - Convívio Nacional
Nos dias 13 e 14 de Setembro realizar-se--á o XXX Convívio Na­
cional, em Fátima, subordinado ao tema "Rosário, Força da Paz".
Outubro de 2003 - Formação Espiritual da Equipa
Em dias ainda a definir pretende--se apostar na Formação Es­
piritual da Equipa Diocesana.
Novembro de 2003-4.° Pós-Convivio do CF 880
A 1 de Novembro terá passado um ano desde a realização do úl­
timo Convívio Fraterno.
Pretende--se neste aniversário realizar o 4.' e último Pós-Con­
vívío para os Jovens do Convívío Fraterno n.' 880.
Dezembro de 2003
-
Convívio Fraterno
De 28 de Novembro a 1 de Dezembro realizar-se--á mais um
Convívio Fraterno. Dado que onúmero para este convívio só será co­
nhecido na altura, passaremos a designar este Convívio Fraterno por
CF-Novo.
Março de 2004 _ 1.0 Pós-Convivio do CF-Novo.
Neste mês realizar-se--á o L' Pós-Convívio para os jovens que
participarem no Convívío Fraterno que se irá realizar em Dezembro
de 2003.
Maio de 2004 - Convívio Diocesano
Junho de 2004 - 2.° Pós-Convivio do CF-Novo
Neste mês realizar-se-á o 2. o Pós-Convívio para os jovens que
participarem no Convívio Fraterno que se irá realizar em Dezembro
de 2003.
Pela Equipa Coordenadora
P. José Augusto Pereira Rodrigues
______
201
ENSINO DA IGREJA
NAS ESCOLAS
INTRODUÇÃO
o Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas da
Diocese de Leiria-Fátima acompanha os professores de Educação Mo­
ral e Religiosa Católica (E.M.R. C.) no seu trabalho junto dos alunos
e da escola para que esta disciplina seja um espaço de formação hu­
mana e cristã. É assim uma acção eclesial, pois os professores de
E.M.R. C. estão nas escolas em nome da Igreja, e desta devem ser men­
sageiros qualificados.
Este relatório de actividades do ano 2002/2003 pretende apre­
sentar:
•
os objectivos deste secretariado;
•
as estatísticas referentes à inscrição dos alunos em Moral;
•
as estatísticas referentes aos professores, suas habilitações...;
•
as suas actividades ao longo do ano lectivo;
•
relatório de contas deste ano lectivo.
Estamos conscientes de que este serviço é um serviço
por isso procuramos dar o nosso melhor contributo.
à
Igreja e
o Responsável do Secretariado do Ensino da Igreja nas Escolas
Do 2.° e 3.° Ciclos e do Ensino secundário
Jaime Pereira da Silva
202
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ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS
EQUIPA DO SDEIE:
NO TRIÉNIO 2000/2003
o Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas da
Diocese de Leiria-Fátima no triénio 2000/2003 foi formada pela se­
guinte equipa:
Responsável:
Jaime Pereira da Silva
Vogais:
Maria Teresa Martins Santos
Paulo Manuel Antunes Marques
Assistente:
Rev. P.e José Mirante Carreira Frazão
PARA O TRIÉNIO 2003/2006
o Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas da
Diocese de Leiria-Fátima por nomeação do Senhor Bispo para O trié­
nio 2003/2006 é formada pela seguinte equipa:
Responsável:
Jaime Pereira da Silva
Vogais:
Pedro Nuno da Silva Coelho
Luísa Maria da Silva Moreira
Assistente:
Rev. Pe. José Mirante Carreira Frazão.
1. OBJECTIVOS
Segundo o decreto da criação deste Serviço Diocesano, são seus
objectivos:
1.1 - Promover uma adequada e permanente formação dos pro­
fessores de Educação Moral e Religiosa Católica.
1.2 - Ajudar os mesmos professores a serem uma presença vi­
va da Igreja, pois o verdadeiro rosto de Jesus Cristo deve transpare­
cer em todos os seus comportamentos, tanto na escola como fora dela,
de modo que a aula se torne credível e desejada pelos alunos e pais
e ainda por todos os que trabalham na escola.
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203
ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS
1.3 Criar espaços de partilha e diálogo, para que mais facil­
mente se consiga que os alunos descubram a Igreja, como comuni­
dade de fé viva, comunidade de salvação, na comunhão com Deus
e com os homens e optem por Ela.
-
1.4 - Acolher e favorecer as iniciativas dos professores.
1.5 - Como Órgão executivo do Bispo Diocesano, realizar as ne­
cessárias acções burocráticas na relação entre a escola e o Bispo.
2.
CRITÉRIOS PASTORAIS
Para a colocação dos professores de Educação Moral e Religio­
sa Católica, o bispo da Diocese aprovou em 12 de dezembro de 1993
as seguintes Nonnas Pastorais:
1 . 1 A Igreja deseja que os professores de Educação Moral e
Religiosa Católica sejam sua presença em todo o "espaço escola", não
apenas junto dos alunos, mas também junto dos outros professores
e de toda a comunidade escolar, em constante corresponsabilidade,
sem esquecer a familia dos alunos e as associações de pais.
-
1.2 O Bispo da Diocese é sempre o garante do professor (De­
creto-Lei 407/89, Art. 9) e o responsável pela sua colocação em de­
terminada escola, seja ou não por concurso.
-
Através dos serviços competentes julgará cada caso per si e tu­
do executará através dos mesmos, neste caso o Secretariado Dioce­
sano do Ensino da Igreja nas Escolas desta Diocese de Leiria-Fátima,
o seu Órgão Executivo.
1.3 Na análise da Proposta de cada professor, o Bispo da Dio­
cese terá em conta os seguintes factos e indices:
-
1.3.1 - O trabalho desenvolvido nas escolas onde leccionou.
1.3.2 - A habilitação própria específica e o tempo de serviço.
1.3.3 - O Compromisso pastoral na diocese, na escola e na co­
munidade paroquial.
204
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ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS
1.3.4 - As aptidões naturais e a vocação para o trabalho com
adolescentes ou jovens, com os colegas professores de outras áreas e
com os responsáveis da Educação.
1.3.5 - O testemunho de vida cristã na família, na Igreja e na
sociedade.
1.3.6 - A frequência ãs acções de formação propostos pelos ser­
viços competentes.
3. ALUNOS
DO ENSINO PÚBLICO
Neste ano lectivo 200212003 inscreveram-se em E.M.R.C. 7 361
alunos dos 15 930 que frequentaram as diversas escolas do ensino pú­
blico, representando 46,2% dos alunos.
TOTAL
Em E.M.R.C.
Percentagem
5.° Ano
2.129
1.775
83,4
6.° Ano
2.180
1.690
77,5
7.° Ano
2.116
1.332
62,9
8.° Ano
2.010
1.045
52,0
9.° Ano
1.917
990
51,6
10.° Ano
2.201
356
16,2
11.° Ano
1.604
124
7,7
12.° Ano
1.773
49
2,8
TOTAL
15.930
7.361
46,2
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205
ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS
Comparando com anos anteriores as inscrições em Moral
aumentaram 1,5% em relação ao ano anterior.
DO ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO
Neste ano lectivo 200212003 inscreveram-se em E.M.R.C. 3 183
alunos dos 3 846 que frequentaram as diversas escolas, representan­
do 82,8% dos alunos.
TOTAL
Em E.M.R.C.
Percentagem
5.' Ano
631
618
97,9
6.' Ano
644
604
93,8
7.' Ano
734
659
89,8
8.' Ano
598
496
82,9
9.' Ano
622
489
78,6
lO.' Ano
321
182
56,7
11.' Ano
147
80
54,4
12.' Ano
149
55
36,9
TOTAL
3.846
3.183
82,8
206
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ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS
Comparando com anos anteriores as inscrições em Moral,
no Ensino Particular e Cooperativo, aumentaram 8,2% em relação ao
ano anterior.
DO ENSINO DOS COLÉGIOS CATÓLICOS
Neste ano lectivo 200212003 inscreveram-se em E.M.R.C. 3 764
alunos dos 3 878 que frequentaram as diversas escolas do ensino pú­
blíco, representando 97,1 % dos alunos.
TOTAL
Em E.M.R.C.
Percentagem
5.° Ano
531
531
100,0
6.° Ano
583
583
100,0
7.° Ano
535
535
100,0
8." Ano
564
564
100,0
9." Ano
535
535
100,0
lO." Ano
420
395
94,0
11." Ano
343
314
91,5
12." Ano
367
307
83,7
TOTAL
3878
3764
97,1
Dos anos anteriores não dispomos de dados
4. PROFESSORES
Leccionaram na diocese de Leiria-Fátima 44 professores de
Educação Moral e Relígiosa Católica. Neste número não estão inclui­
dos os professores dos colégios católícos, por não nos terem sido for­
necido os dados de alguns colégios.
_______
207
ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS
AS HABILITAÇÕES: Dos 44 professores de EMRC, 29 têm
habilitação EspecíficalPrópria para leccionar a disciplina. Dos 15 pro­
fessores que possuem a Habilitação Suficiente, 10 têm licenciatura
noutras áreas, 2 têm bacharelato e 3 apenas possuem o 12.' ano.
QUADRO DE NOMEAÇÃO DEFINITIVk
•
14 dos nossos professores são do Quadro de Nomeação Defi­
Iritiva (Efectivos).
INICIARAM A DAR AULAS DE E.M.R.C.
OS PROFESSORES:
•
Miguel da Costa Neves, com 27 anos de idade, habilitado com
Licenciatura em Filosofia, variante história das ideias com li­
cenciatura em Lingua Inglesa. Foi leccionar para a Escola Se­
cundária de Ourém e na Escola E. B. 2/3 Conde de Ourém.
•
Miguel Ferreira Vieira, com 32 anos de idade, habilitado com
licenciatura em Português e Francês em história. Foi leccio­
nar para o Agrupamento de Escolas de Minde e para a Esco­
la E.B.213 José Saraiva
•
Nelson Emanuel Oliveira Silva, que possui o 3.' ano do Cur­
so Filosófico-teológico. Foi leccionar para o Externato Liceal
de Albergaria dos Doze.
DEIXARAM DE DAR AULAS DE E.M.R.C.
OS PROFESSORES:
Sérgio Manuel Martins Carvalho de Oliveira, que estava a lec­
cionar no Colégio de S. Mamede.
5. ESCOLAS
Funcionaram na nossa diocese 42 escolas:
30 ESCOLAS PÚBLICAS:
•
•
•
208
1 escolas do Ensino Básico - 1.', 2.' Ciclos
2 escolas do Ensino Básico - 1.', 2.' e 3.' Ciclos
2 escolas do Ensino Básico - 2.' Ciclo
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ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS
•
14 escolas do Ensino Básico 2." e 3.° Ciclos
6 escolas do Ensino Básico 2.", 3." Ciclos e Secundário
5 escolas do Ensino Secundário
•
•
7 ESCOLAS DO ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO.
5 ESCOLAS COLÉ GIOS CATÓLICOS.
6. ACÇÕES
DE FORMAÇÃO
Ao longo deste ano lectivo, este Secretariado promoveu para to­
dos os professores de E.M.R.C. formação contínua assim distribuída:
•
"PLURALIDADE DA FÉ E RELIGIÃO", promovida pelo
Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas de
Leiria-Fátima e realizada no dia 12 de Novembro de 2002, no
Semínário Diocesano, em Leiria, com a duração de 7 horas.
•
JORNADAS DIOCESANAS nos dias 23 e 24 de Fevereiro de
2003. Formação íncluída nas Jornadas de Formação cristã da
Diocese com o tema: "Segredo ck Fátima - Contornos ma­
ternos ck uma pedagogia misericordiosa ck Deus Pai"
•
"O TESTAMENTO DO CRISTIANISMO" promovida pelo
Secretariado Diocesano do Ensíno da Igreja nas Escolas de
Leiria-Fátima e realizada nos dias 05 e 06 de Junho de 2003,
no Seminário diocesano, em Leiria.
7.
MOVIMENTO DO ANO 200212003
RECEITAS
Transporte do ano 200212003 ..........................
6.492,24 €
Receitas do ano 200212003
Contributo dos professores .. .
Juros ..................................... .
Outros ................................... .
Total da Receita . . . .. . . .
.
Total
.
.
.
...
.
.........
3.134,34 €
111,18 €
44,50 €
3.290,02 €
............................................................
3.290,02
€
9.782,26 €
_______
209
ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS
DESPESAS
Despesas cI Acções de Formação ..
Correio, telefone, internet, material de secretaria ..................... .
Material didático .......................... .
Deslocações ................................... .
Diversos ........................................
.
Total da Despesa ........................
Transporte para 2003/2004
8.
1.120,80 €
561,29 €
462,00 €
290,00 €
981,11 €
3.415,20 €
3.415,20 €
....................
9.782,26 €
DESAFIOS E ESPERANÇAS
1. Tendo em conta que os adolescentes ejovens buscam espaços
de amizade e diálogo franco e amigo,
ti esta aula deverá ir ao encontro dos seus anseios.
2. Sabendo que a cultura adquirida precisa ser iluminada pela
Verdade em espírito critico e criativo, ao encontro do Transcendente,
,/ os professores de E.M.R.C. são desafiados a serem verdadeiros
educadores, tendo em conta a formação global da pessoa humana.
3. Partindo da certeza que muitos alunos têm bastante esperan·
ça na Igreja,
,/ esta é desafiada a priorizar a qualidade, quer no que diz res­
peito aos professores, quer no que diz respeito aos conteúdos, que se
transmitem, quer ainda à pedagogia a utilizar.
4. Estamos confiantes que o nosso trabalho é e será útil à socie­
dade e à Igreja,
,/ com ambos vamos colaborar para que haja bons professores
e mestres, capazes de ajudar os jovens na construção de um mundo
melhor com fundamento nos princípios de amor que Jesus Cristo nos
ensinou.
Leiria, 30 de Julho de 2003
o Responsável Diocesano
Jaime Pereira da Silva
210
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CÁRITAS DIOCESANA
DE LEIRIA
INTRODUÇÃO
Apresentamos a seguir uma síntese da actividade da Cáritas
no ano 2002.
Uma síntese que devemos em primeiro lugar à Diocese, na pes­
soa do seu bispo, mas também às muitas pessoas, párocos, comuni­
dades cristãs, grupos organizados, instituições, voluntários,
benfeitores índividuais, a todos quantos transmitem à Cáritas o seu
apoio e compreensão, ou lhe dão alguma forma de colaboração. Es­
tes constituem, seguramente, os seus mais firmes alicerces.
É, por isso, muito grato à sua Direcção saudar, neste espaço,
todos os que a erguem e sustentam com zelosa dedicação, os que fo­
ram o seu respirar quotidiano, quantos se interessaram para que
simplesmente fosse. O não ter sido fácil só torna mais sentido o nos­
so "Bem hajam".
1. PROMOÇÃO HUMANA
1.1 Atendimento Geral
A Cáritas continua a ser uma porta aberta à generalidade das
situações que requerem algum tipo de apoio. Para ajudar, para ou­
vir, para encaminhar.Com as limitações de quem não cursou técni­
cas especializadas, mas sempre com a alegria e disponibilidade de
quem serve com amor. Sem a ambição de tudo solucionar; mas, à
maneira dos milagres de Jesus, querendo transmitir sinais de amor
dos que n'Ele se reconhecem, despertando e sendo escola para uns,
ou promovendo, elevando e ajudando outros. Uma porta aberta pa­
ra todos.
Na procura das melhores soluções ou da ajuda possível a cada
situação, os grupos paroquiais, sejam Conferências Vicentinas, Gru­
pos Cáritas ou outros, são aqui intermediários privilegiados. Por­
que estão próximos das pessoas, porque as conhecem, e porque lhes
compete ser a primeira expressão da caridade organizada nas res______
211
CÁRITAS DIOCESANA DE LEIRIA
pectivas comunidades. São eles que melhor podem discernir o en­
volvimento e enquadramento das situações. A Cáritas conta sem­
pre com eles; e no exercício duma pedagogia de responsabilização
que também lhe compete, não se lhes substitui, antes os apoia e com­
plementa de acordo com o que são os seus meios, os materiais e os
humanos. Nesta dimensão assistencial, entendemos cultivar com as
comunidades cristãs, relações de complementaridade, mas não de
substituição.
Também casos que requeiram actuação imediata no âmbito dos
serviços prestados pelo Centro de Acolhimento de Leiria (CAL) são
para ele encaminhados, ao abrigo do acordo de parceria.
Ao serviço de roupeiro que mantemos, graças à dedicação de mui­
tos anos e à regularidade pendular de três senhoras colaboradoras v<>­
luntárias, continuam a acorrer muitas pessoas que ali encontram, a
par da discrição a que têm direito e do acolhimento compreensivo, um
complemento não desprezível para compensar a magreza do orçamen­
to familiar. Imigrantes, na maioria vindos do Leste, vieram engros­
sar o número dos utilizadores deste serviço.
Pequenas despesas com medicamentos, contas de água e luz,
atrasos em rendas de casa ou aluguer de quartos, são apenas alguns
exemplos do repartir e do bem querer da Cáritas Diocesana. As ver­
bas com mais significado reservamo-las para apoio às iniciativas dos
grupos paroquiais, principalmente nos projectos que tem a ver com
reconstrução ou melhoria de habitações muito degradadas, porque
em geral estão em causa valores muito elevados.
Neste particular distinguimos o corajoso desafio a que meteu
ombros o Grupo de Acção Sócio-Caritativa da paróquia das Pedrei­
ras, construção de uma casa nova para uma família de
10 pessoas, a
viver num barraco de toldos e contentores. Num projecto desta di­
mensão a participação da Cáritas foi, naturalmente, reforçada, e o de­
safio está prestes a ser vencido.
1.2 Apoio Alimentar
A Cáritas continua a ser a instituição designada pela Seguran'
ça Social para o concelho de Leiria, para a concretização do progra-
212
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CÁRITAS DIOCESANA DE LEIRIA
ma da União Europeia, de Ajuda Alimentar a Carenciados. Para os
demais concelhos, outras instituições são também designadas.
Trata-se de um programa cuja execução acarreta para a Cáritas
um conjunto muito exigente de acções e procedimentos, tempo, meios
materiais e humanos, gastos financeiros elevados com o transporte e
armazenamento dos bens, a cujo reembolso a Segurança Social deixou
inexplicavelmente de proceder, sem quaisquer contrapartidas que não
sejam a satisfação de proporcionar a muitas famílias e instituições um
importante complemento para o equilíbrio nas suas contas com a ali­
mentação.
Depois de um período em que a execução do programa foi dei­
xada apenas ao critério das entidades distribuidoras, sem quais­
quer mecanismos de controlo, passou a ser exigida, nos últimos
anos, uma complexa teia de procedimentos burocráticos que, ten­
do de compreender-se dentro de limites razoáveis, afiguram-se­
-nos desproporcionados tendo em conta a natureza dos bens em
causa, as quantidades a atribuir a cada destinatário final, e a ne­
cessária confiança que hão-de merecer as pessoas e entidades dis­
tribuidoras.
É , assim, um programa cada vez mais exigente para a Cáritas,
e para os grupos que, nas paróquias, os fazem chegar às famílias be­
neficiárias, mas a que todos se têm empenhado por corresponder com
muita generosidade.
1.3 Equipamento para dependentes
Camas articuladas e cadeiras de rodas
As 12 camas articuladas e 2 cadeiras de rodas que a Cáritas tem
cedidas temporariamente, atenuam as dificuldades de outras tantas
famílias que têm, no seu seio, principalmente pessoas idosas em si­
tuação de dependência.
Estes equipamentos estiveram permanentemente cedidos e
cresceu mesmo a lista de espera, o que testemunha a insuficiência
de resposta dos organismos oficiais, em meios desta natureza, para
fazer face ao crescimento da população idosa dependente, de mais
fracos recursos.
______
213
CÁRITAS DIOCESANA DE LEIRIA
1.4 Casa do Pedrógão
1.4.1 Colónias de férias
As colónias de férias para crianças têm, na Cáritas, uma histó­
ria de largos anos e constituem, seguramente, uma das actividades
por que é mais conhecida.
Pelo número de crianças, pelos delegados paroquiais para o seu
recrutamento e selecção, pelo envolvimento de dezenas de monito­
res, pela participação da sociedade civil no transporte de crianças,
pelos espaços de lazer ou de cultura disponibilizados por empresas
da região, as colónias resultam de um movimento solidário muito
alargado que garante a sua realização e o seu êxito.
Foi também cuidada a preparação prévia dos monitores em or­
dem a um bom desempenho na colónia, tendo em vista não apenas a
melhoria de qualificação na animação e interacção com as crianças,
mas também a formação integral na linha do que são os valores que
presidem à intervenção social da Cáritas.
Porque é dos monitores e da sua disponibilidade que depende a
concretização das colónias de férias, impõe-se, neste lugar, uma re­
ferência de muito apreço pelo trabalho desenvolvido. Muito do que a
colónia é para as crianças vem da generosa dedicação e do carinho que
emprestam ao trabalho de acompanhamento e animação que são cha­
mados a realizar.
Sob a condução do responsável Paulo Adriano, 58 monitores as­
seguraram um trabalho exigente de capacidades e até de resistência
fisica e psicológica, para que outros, as crianças, quantas delas caren­
tes de tudo, pudessem fazer a experiência de um convívio feliz.
Com vista a estimular a participação e desempenho dos moni­
tores e para lhes testemunhar o agradecimento da Cáritas o Presi­
dente da Direcção encontrou-se com os monitores no início de cada
turno, tendo salientado a prioridade a dar ao bem estar, à seguran­
ça e integridade das crianças e à preservação do espírito Cáritas em
todas as actividades a realizar.
214
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CARITAS DIOCESANA DE LEIRIA
1.4.2 Casa do Pedrógão:
ao serviço das pessoas idosas
403 idosos de 29 instituições
A Casa do Pedrógão é também espaço de eleição para centenas
de pessoas idosas. Cresce, de ano para ano, o número de instituições
que a procuram, para proporcionar aos seus utentes um período de
repouso e urna a oportunidade de um convívio feliz, retemperador de
energias fisicas e espirituais. O tempo que lhes é dedicado prolon­
gou-se neste ano, e pela primeira vez, pela chamada época alta de
verão, assim manifestando a Cáritas o seu apreço pela condição dos
mais velhos.
Para todos os grupos houve a preocupação de proporcionar um
tempo de convívio e animação especiais, que incluiu sempre a cele­
bração da Eucaristia e um serão musical animado por grupos musi­
cais ou colaboradores voluntários.
1.4.3 Casa do Pedrógão
Despesas de conservação e manutenção
Apesar das continuadas despesas com a sua conservação que se
tornam maiores devido às condições naturais excepcionalmente ad­
versas a que está exposta, e das crescentes dificuldades no recruta­
mento de pessoal para tarefas auxiliares nos cerca de 6 meses de
ocupação mais intensiva, a relevância social da Casa da Praia conti­
nua a ser unanimemente reconhecida muito para além das frontei­
ras da diocese de Leiria Fátima. Os seus 2000 utilizadores e a
natureza das acções que nela têm lugarjustificam as continuas preo­
cupações dos seus responsáveis e que absorva, para seu funciona­
mento, conservação e investimento, a maior parte dos recursos da
Cáritas
No ano de 2002, entre repetidas intervenções nos domínios da
reparação dos equipamentos e para melhoria das condições de bem­
-estar, procedeu-se à instalação exterior da canalização de toda a
ala norte ( a do primeiro andar havia sido substituída em anos ante______
215
CÁRlTAS DIOCESANA DE LEIRIA
riores) e foram adquiridas 70 cadeiras novas para a sala da lareira e
para o refeitório, bem como 60 cobertores, além de 50 outros, oferta
do Sr Luís Duque da Silva, de Mira de Aire. No total, entre repara­
ções e melhoria de equipamentos foram gastos 9.494,59 euros.
1.5 Parceria com o Centro de Acolhimento
de Leiria
8.342,46 euros da Cáritas para o Centro de Acolhimento
o Centro de Acolhimento de Leiria resultou, como é sabido, da
confluência de sensibilidades vindas da Paróquia de Leiria, da Cári­
tas Diocesana, da Misericórdia, da Conferência de S. V. Paulo e Or­
dem Terceira Franciscana de Leiria.
A Cáritas, no âmbito da parceria com o CAL, é um dos princi­
pais suportes para a sua manutenção, tendo canalizado para ele, em
2002, 50% do peditório público da cidade de Leiria (5 342,46 euros)
e 250,00 euros Imês.
Representa um esforço no limite das possibilidades, mas é uma
comparticipação pensada e uma aplicação bem conforme ao espirito
e missão da Cáritas.
O CAL é hoje uma instituição respeitada e reconhecida pelos
leirienses. Os serviços oficiais contam com ele para as situações ex­
tremas que não se enquadram nas respostas tipificadas. Presta ser­
viços de alimentação, tratamento de roupa e higiene, nas situações
mais graves, sobretudo às pessoas em situação de ruptura dos laços
familiares e com manifesta carência de meios para subsistir sozi­
nhas. Os seus horizontes situam-se, porém, para além do âmbito me­
ramente assistencial, na medida em que desenvolve contactos junto
dos organismos específicos, nas áreas da saúde, emprego, segurança
social e outros, em ordem à superação das dificuldades dos seus uten­
tes. Mas é também a qualidade da relação humana que aí se cultiva,
afirmativa da dignidade das pessoas que nele são apoiadas, que con­
fere ao CAL a mais valia específica que está na génese do seu êxito.
A competência, dedicação e a sensibilidade das pessoas que es­
à
tão frente do CAL transmitem-lhe a certeza de que nenhuma si­
tuação limite deixa de ser ali avaliada, atendida ou encaminhada. A
216
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CÁRITAS DIOCESANA DE LEIRIA
Cáritas está, pois, segura de que continuam a justificar-se as avul­
tadas verbas que vem canalizando para o CAL, por encontrarem ali
uma aplicação conforme ao que são algumas das suas finalidades.
2.
ANIMAÇÃO PASTORAL
2.1 Fonnação de Agentes
o II Encontro Nacional de Cáritas Paroquiais, promovido em
Fátima pela Cáritas Portuguesa, bem como a Semana Nacional de
Pastoral Social, também em Fátima, constituíram oportunidades
únicas de formação nas áreas da acção social. Foram, por isso, acon­
tecimentos que mereceram da Cáritas Diocesana ampla divulgação
junto das comunidades cristãs, em ordem à participação do maior
número. Cinco dezenas de agentes de acção social da diocese pude­
ram, por essas vias, crescer para uma intervenção mais comprome­
tida e para um desempenho mais esclarecido.
O II Encontro Anual sobre Imigração levou também a Fátima
alguns voluntários(as) do Centro Diocesano de Atendimento aos Mi­
grantes, que funciona em Leiria no âmbito do Secretariado Diocesa­
no das Migrações.
2.2 Colaboradores, em assembleia anual
Foi o V encontro anual. Voluntários, Cáritas Paroquiais ou ou­
tros grupos e pessoas com uma mais estreita ligação à Cáritas, en­
contraram-se no dia 17 de Fevereiro. "Os imigrantes e os desafios
novos à solidariedade dos cristãos", foi o tema que dominou as aten­
ções dos 100 participantes. A acção contribuiu para um melhor co­
nhecimento da pessoa imigrante, nas suas dificuldades e motivações,
com destaque para os vindos do leste da Europa, visando tornar mais
competente e esclarecido o apoio já prestado por vários grupos. Fo­
ram também dados a conhecer ou esclarecidos alguns aspectos da le­
gislação portuguesa reguladora do fenómeno migratório, e posta em
destaque a obrigaçâo de prestar apoio material humano a quem so­
fre privação ou necessidade, independentemente da situação em que
______
217
eÁRITAs DIOCESANA DE LEIRIA
se encontra. Os participantes foram ainda sensibilizados para a in­
tegração dos imigrantes como o caminho mais seguro para a liberta­
ção das muitas amarras e violação dos direitos de que são vítimas, e
para o desenvolvimento de uma consciência social respeitadora dos
direitos e garantias consagrados internacionalmente e contempla­
dos na legislação portuguesa.
2.3 Entre as comunidades locais
A convite de diversos grupos paroquiais e outras associações, a
Cáritas fez-se representar em iniciativas diversas, na sua maior par­
te festas de convívio, de aniversário de instituições, de homenagem
aos mais velhos, etc..
Foi assim na Barreira, Bidoeira, Coimbrão, Cortes, Minde, Par
ceiros, Pataias, na Boavista num encontro inédito de convívio dos
grupos paroquiais da área sócio--earitativa da Vigararia de Milagres,
na Assembleia Anual das Conferências de S. Vicente de Paulo, no
Centro de Acolhimento em Leiria, na Associação Social Adventista,
Junta de Freguesia de Leiria, Associação para o Desenvolvimento da
Barreira, etc.
Foram presenças sempre marcadas pela grande cordialidade
que proporcionam à Cáritas o contacto mais próximo com as realida­
des locais e a fazem partilhar dos dinamismos e realizações promo­
vidas umas pelas comunidades cristãs, outras por iniciativa da
sociedade civil.
2.4 Semana Nacional da Cáritas:
a pedagogia da solidariedade
2.4.1 A partilha de bens no espaço público
Na sua Semana Nacional, de 24 de Fevereiro a 3 de Março, a Cá­
ritas promoveu a habitual partilha de bens (vulgo peditório público),
com o objectivo de reunir meios para a sua acção, mas também como
gesto afirmativo da responsabilidade e de participação de cada um,
como único caminho capaz de conduzir à solução dos problemas hu­
manos.
218
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CMITAS DIOCESANA DE LEIRIA
A acção decorreu nos principais centros urbanos da área da dio­
cese e os resultados são confIrmativos dum sentimento de solidarie­
dade bem enraizado e da confiança que grande número de pessoas
continua a depositar na Cáritas
Estiveram envolvidos nesta acção cerca de 200 voluntários/as,
naturalmente com participações conformes à disponibilidade de cada
um. Foi da parte de todos um esforço muito generoso e uma colabora­
ção muito dedicada que tornaram possível os resultados alcançados.
Aqui fica, por isso, registado o mais vivo agradecimento da Direcção
da Cáritas.
2.4.2 .. e nas comunidades cristãs
.
o domingo dia 3 de Março foi o designado Dia Nacional da Cá­
ritas. Por decisão da Conferência Episcopal o ofertório nas Eucaris­
tias daquele domingo reverte em cada diocese para a respectiva
Cáritas Diocesana.
Através do envio de informação e documentação apropriadas, a
Cáritas empenhou-se, nessa ocasião, em sensibilizar os párocos pa­
ra uma celebração condigna daquele dia, em todas as dimensões, des­
de as incidências pastorais aos gestos de partilha de bens. Foi de 32
674,18 euros o resultado da partilha de bens das comunidades da
diocese.
2.4.3 A dádiva do sangue
SO dadores
Pelo 5° ano consecutivo a Cáritas organizou na cidade de Lei­
ria, inserida nos actos da Semana Cáritas, uma recolha de sangue
com o apoio e a favor do Hospital de Santo André. Para além de res­
ponder a necessidades reais e objectivas, a Cáritas realçou tam­
bém, nesta acção, o seu valor simbólico e pedagógico, ao apontar
para formas concretas de partilha que não se esgotam em dádivas
materiais.
______
219
CÁRITAS DIOCESANA DE LEIRIA
3. Cáritas, sem fronteiras
3.1
Timor... Afeganistão... Angola
Situações de calamidade em diversos pontos do mundo gera­
ram movimentos de solidariedade que encontraram eco muito vi­
vo nos diocesanos de Leiria-Fátima e em muitas pessoas de boa
vontade.
Foi assim com a geminação de famílias com Timor, com o com­
promisso de apoio material mensal. A acção começou no ano 2001 e
prolongou-se por 2002, não tendo ainda terminado de todo. Aderi­
ram 49 famílias da diocese de Leiria-Fátima que, durante dois anos
aceitaram viver com menos para poderem enviar todos os meses,
para 51 famílias de Timor, alguma coisa do que lhes sobrava ou fa­
zia falta.
Dádivas de particulares ou colectas nas comunidades cristãs
dinamizadas pelos respectivos párocos, possibilitaram ajuda tam­
bém às vítimas da guerra no Afeganistão e da fome em Angola. Em
relação ao primeiro caso, a Cáritas deu o seu apoio efectivo à inicia­
tiva de âmbito nacional "Nós - Vozes - Eles", levada a efeito por um
grupo de artistas da área da música clássica e ligeira, que realiza­
ram um concerto na Sé de Leira a favor das vítimas da guerra no
Afeganistão.
A visibilidade da situação humanitária dramática em Angola,
principalmente pela voz do seu Bispo e Presidente da Cáritas de An­
gola, D. Francisco da Mata Mourisca, aliada ao laços hístóricos e afec­
tivos com aquela ex-colónia, fizeram da campanha "Fome em
Angola- Urgência de Caridade" a que mais tocou o coração dos por­
tugueses.
Não tendo ainda terminado no fmal do ano a que respeita este
relatório, é já possível prever que venha a ultrapassar qualquer mon­
tante anteriormente alcançado
Com material escolar e brinquedos, a Cáritas associou-se tam­
bém à Câmara Municipal de Leiria e outras organizações, no apoio
à campanha " Educar na Solidariedade - Guiné, Cabo Verde, Biblio220
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CÁRITAS DIOCESANA DE LEIRIA
teca Lora Sae de Baucau-Timor", bem como ao projecto " ASA", uma
iniciativa do P. Vítor Mira de Jesus, de apoio à diocese de Sumbe,
em Angola.
3.2. Participação nos órgãos institucionais da
Cáritas Portuguesa, e outros
De entre as participações da Cáritas Diocesana nas realizações
promovidas pela Cáritas Portuguesa ou outras instituições, são de
destacar as seguintes:
•
2° Encontro Nacional sobre Apoio Social a Imigrantes - Fáti­
ma, 1 1 a 13 de Janeiro;
•
Conselho Geral da Cáritas Portuguesa - Fátima, 16 e 17 de
Março;
•
Conferência Regional da Cáritas Europa - Sesimbra, 22 a 25
de Maio;
•
XX Semana Nacional da Pastoral Social - Fátima, 8 a 12 de
Setembro;
•
2° Encontro Nacional de Cáritas Paroquiais - Fátima, 9 de
Novembro;
•
Assembleia das Conferências de S.V. Paulo e Cáritas Paro­
quiais da Vigararia de Milagres - Boavista, 15 de Novembro;
•
Assembleia do Conselho Central de Leiria da Sociedade de S.
Vicente de Paulo - Chãs, 24 de Novembro;
•
Conselho Geral da Cáritas Portuguesa - Fátima, 23 e 24 de
Novembro.
Leiria, 7 de Abril de 2003
A Direcção
______
221
NOTÍCIAS BREVES
•
o Órgão Oficial da Diocese de Leiria-Fátima, que desde há 11
anos estava sob a direcção do sr. Cón. Dr. Américo Ferreira,
passa a ser dirigido pelo sr. Pe. Dr. Luís Inácio João.
•
Os dois cursos de formação para o Clero (19-23 de Janeiro e
2-6 de Fevereiro), em Palmela, terão por tema as relações en­
tre a Igreja e o Estado. As lições serão orientadas por profes­
sores da Universidade Católica.
•
A Comunidade Canção Nova em Portugal tem um novo as­
sistente eclesiástico. que veio do Brasil em princípios de De­
zembro com mandato por três anos. Chama-se Pe. Fernando
Mendes.
•
No dia 8 de Dezembro reuniram em Ribeira do Fárrio cerca
de 50 "Jovens sem Fronteiras", Estiveram presentes o Páro­
co, o Pe. Tony Neves e o Bispc da Diocese.
•
No mesmo dia 8 de Dezembro foi a festa do encerramento da
visita da imagem de Nossa Senhora de Fátima à Vigariaria
da Sé de Leiria. Daí foi solenemente transportada para as pa­
róquias de Mira de Aire e AIvados. Celebrações muito parti­
cipadas.
•
Por motivo do centenário do nascimento de D. João Pereira
Venâncio, que foi o 2.° Bispo da diocese de Leiria após a res­
tauração, farão parte do programa comemorativo uma sessão
em Monte Redondo no dia 8 de Fevereiro, umas jornadas de
estudo em Fátima no dia 4 de Junho, e finalmente uma cele­
bração na sé de Leiria, seguida de sessão solene e concerto no
dia 8 de Dezembro de 2004.
•
O Santuário de Fátima entregou à Cáritas Portuguesa 135
mil euros para apoiar as vítimas da vaga de incêndios do últi­
mo Verão.
222
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COMUNICADO DO CONSELHO
PERMANENTE DA CEP SOBRE
A QUESTÃO DO ABORTO
Em entrevista ao Jornal Expresso, o Senhor Bispo do Porto afir­
mou ser contra a penalização do aborto. Esta afirmação suscitou o in­
teresse dos órgãos de comunicação social e gerou perplexidade em
muitas pessoas. Queremos, assim, reafirmar claramente a doutrina
da Igreja, esclarecendo as possíveis dúvidas suscitadas e enunciar o
quadro doutrinal, à luz do qual, estamos certos, devem ser interpre­
tadas as referidas declarações.
Na óptica da Igreja, no quadro dos deveres de cada um peran­
te os outros homens, seus irmãos, o aborto, enquanto atentado à vi­
da de outro ser humano, é antes de mais, uma desordem moral, a
que chamamos pecado. Devido à sua especial gravidade, também na
ordem jurídica canónica o aborto é cominado com uma pena, de or­
dem espiritual, que tem o mesmo meio de expiação e absolvição do
próprio pecado: o sacramento da penitência.
Outra é a ordem jurídica civil, na qual o aborto praticado for a
de lei, enquanto atentado à vida de outrem, constitui um ilícito le­
gaI, cominado com uma pena, situada esta no âmbito do Código Pe­
nal. Embora não seja da competência da Igreja pronunciar-se sobre
a relação entre o ilícito legal e a pena que lhe corresponde na ordem
jurídica civil, parece-nos ter sido neste âmbito que se situou a decla­
ração do Senhor Bispo do Porto.
A Igreja opõe-se a todas as tentativas legais de "despenaliza­
ção do aborto", não porque queira acentuar a pena, mas porque to­
das elas supõem a legitimação da prática do aborto, que passa a
constituir um direito da mulher grávida, com intervenção activa das
estruturas de saúde pública. Mesmo quando o aborto se torna per­
mitido, como nos casos previstos na lei actualmente em vigor, do pon­
to de vista religioso e na ordem canónica, o aborto continua a ser uma
desordem moral. Nenhuma lei civil pode alterar a verdade funda­
mental do carácetr inviolável da vida humana como grave dever mo­
ral, já expresso no quinto mandamento do Decálogo.
Sempre a Igreja, na sua atitude pastoral, acolheu com amor de
misericórdia as mulheres que sofreram o drama do aborto. Mas a
bondade da Igreja não pode interferir na ordem jurídica civil, reco_______
223
COMUNICADO DO CONSELHO PERMANENTE DA CEP
nhecendo--lhe a sua importância para afirmar o respeito sagrado
pela vida, não apenas como um valor de moral religiosa, mas tam­
bém como valor cívico. É da competência dos tribunais, na análise
das circunstâncias e possíveis atenuantes, aliarem a j ustiça e a mi­
sericórdia.
Fátima, 16 de Dezembro de 2003.
o Conselho Permanente da CEP
NOTÍCIAS BREVES
•
IGREJA DO CASAL DA QUINTA. No dia 30 de Novembro
foi inaugurada, pelo sr. Bispo, a nova igreja de Santo António
do Casal da Quinta, freguesia dos Milagres. Só a torre é que
pertencia à velha capela. Toda a estrutura é nova, com novos
vitrais e imagens. Participou muita gente, com o seu Pároco,
estando presentes as Autoridades das Autarquias e do Gover­
no Civil.
•
IGREJA DA LAMEIRA. A nova igreja da Lameira, para as
comunidades da Lameira e de Monte Agudo, da paróquia da
Ortigosa, foi sagrada pelo Bispo Diocesano, no dia 7 de De­
zembro. A primeira pedra tinha sido benzida em 1992. É de­
dicada a Nossa Senhora da Paz. A Comissão das obras, com o
Reverendo Prior, providenciou para que nada faltasse. Se­
guiu-se um convívio. Além das autoridades locais, esteve tam­
bém presente a Presidente da Câmara Municipal.
•
IGREJA DAATAíJA O sr. Prior de Aljubarrota fez, na bênção
e inauguração da igreja restaurada da Ataíja de Cima, dedica­
da a Nossa Senhora da Graça, a história da capela e das obras
de remodelação, estando presentes o Presidente da Câmara de
Alcobaça e os Presidentes das Juntas de Aljubarrota. O sr. Bis­
po presidiu à celebração, que foi no dia 13 de Dezembro.
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FRATERNIDADE SACERDOTAL
DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
Tornando-se necessário melhorar e adaptar a novas realidades par­
te do articulado dos Estatutos da Fraternidade Sacerdotal da Diocese de
Leiria-Fátima� entendeu a Direcção convocar uma Assembleia Geral da
Fraternidade a fim de se proceder à discussão e aprovação das alterações
julgadas necessárias, bem como à eleição de nova Direcção.
Publicamos a seguir os novos Estatutos aprovados, e informamos
que a Direcção ficou assim constituida:
Presidente: P. Manuel Armindo Pereira Janeiro
Secretário: - P. José Lopes Baptista
Tesoureiro: P. Victor José Mira de Jesus
-
-
ESTATUTOS
CAPÍTULO !
NATUREZA E FINS
Artigo 1
A Fraternidade Sacerdotal da Diocese de Leiria-Fátima, com sede no
Seminário Diocesano, é uma associação privada de fiéis para ajuda mútua
dos membros do presbitério diocesano, constituída segundo o espírito do n.O
21 do Decreto sobre o Ministério e a Vida dos Sacerdotes, do Segundo Con­
cílio do Vaticano, e de acordo com as normas aplicáveis do Direito Canónico
e do Direito Civil.
Artigo 2
A Fraternidade resulta da união da Associação de AUXJuo Mútuo do
Clero da Diocese de Leiria e da Associação de Sufrágios do Clero de Leiria,
e assume todos os direitos e deveres das mesmas.
Artigo 3
A Fraternidade tem por fins:
1 - estimular a união entre os presbíteros, promover eficazmente o es­
pírito de caridade fraterna e o desprendimento pessoal;
2 prestar assistência pessoal, espiritual e económica aos irmãos, nos
casos de doença, acidente, invalidez e velhice,
-
_______
225
FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
3
-
sufragar as almas dos irmãos e benfeitores falecidos;
4 - colaborar com outras formas de assistência e previdência, dentro
do que a experiência aconselhar e os recursos O permitirem.
CAPÍTULO II
DOS IRMÁOS
Artigo 4
São irmãos da Fraternidade os presbíteros incardinados na Diocese de
Leiria-Fátima que o desejem e sejam admitidos pela Direcção.
§ 1.0
_
Os irmãos referidos no artigo 2 que não aderiram à totalidade
dos fins da Fraternidade mantêm apenas os direitos e deveres adquiridos.
§ 2.° - Em princípio, não poderão admitir-se presbíteros inválidos ou
hospitalizados, por constituírem encargos certos e não apenas riscos.
Artigo 5
Há três categorias de irmãos:
1 - os irmãos fundadores: aqueles que, desde a constituição da Frater­
nidade aderiram a todos os seus fins; são equiparados a fundadores aqueles
que se inscreverem dentro do prazo de seis meses, a contar da data da orde­
nação presbiteral ou da incardinação na Diocese;
2 - os irmãos comuns: aqueles que aderiram à Fraternidade fora do
prazo mencionado;
3 os irmãos em situação particular: aqueles membros das Associações
referidas no artigo 2 que não aderiram a todos os fins da Fraternidade,
aquando da sua fundação.
-
Artigo 6
Para ser admitido na Fraternidade, o candidato a irmão enviará ao
presidente da Direcção requerimento escrito, no qual indicará o nome com­
pleto, as datas e locais do seu nascimento e ordenação presbiteral, e o mú­
nus que exerce.
Artigo 7
Obtido despacho favorável, e paga a quota anual, o candidato é consi­
derado admitido.
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FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
Artigo 8
O sacerdote que não tenha entrado como irmão fundador ou equipara­
do pagará todas as quotas anuais que teria pago se tivesse entrado nas con­
dições referidas no artigo 5, acrescida de uma jóia igual à quota anual do
ano em que se inscreve.
Artigo 9
São direitos gerais dos irmãos:
1 - ser auxiliado nos termos do prescrito nos capítulos III e VIII
2 - ser sufragado, por sua morte, nos termos do artigo 21 § 2.°;
3 - participar nas reuniões da Assembleia Geral;
4 - tomar conhecimento das contas e examinar os livros respeitantes
à Fraternidade;
5 - eleger e ser eleito para os corpos gerentes.
Artigo 10
São deveres gerais dos irmãos:
1 cumprir os encargos da sua condição de irmão e os decorrentes da
sua situação específica;
-
2 - pagar anualmente a quota de 1% sobre a soma anual da remune­
ração mensal - a saber, 12 meses - ao abrigo do Estatuto Económico do Cle­
ro e, quando necessário, pagar a quota extraordinária, conforme decisão da
Assembleia Geral;
3 - desempenhar os cargos para que forem eleitos;
4 - prestar à Direcção e ao Conselho Deliberativo qualquer informa­
ção útil à Fraternidade;
5
-
participar nas reuniões da Assembleia Geral.
Artigo 1 1
Perde-se a qualidade de irmão, para além do que decorre do c . 290 do
CIG, pelos motivos seguintes:
1 - se, não tendo pago a quota anual no prazo estabelecido nos presen­
tes Estatutos, o não fizer, sem justificação reconhecida, nos trinta dias após
a notificação;
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227
FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
2 - tentativa de defraudamento da Fraternidade, quando devidamen­
te comprovada;
3 - abandono de motu proprio do exercício do ministério presbiteral.
Artigo 12
Quem perder a qualidade de irmão, removido o motivo da exclusão, po­
de ser readmitido, mediante o pagamento do valor correspondente às quo­
tas dos anos decorridos. Só readquire direitos seis meses após a sua
readmissão.
CAPÍTULO III
DO FUNCIONAMENTO
Artigo 13
Os irmãos, à excepção daqueles de que trata o capítulo VIII, têm direi­
to à solidariedade espiritual na vida e na morte e a apoios nas seguintes cir­
cunstâncias:
1
-
prevenção da saúde;
2 - intervenção cirúrgica ou hospitalização;
3
-
4-
convalescença;
ajuda económica em casos extraordinários.
Artigo 14
O innão tem direito a apoio monetário na prevenção da saúde, através
de exames periódicos, por determinação médica.. até 50% do custo dos mes­
mos. A percentagem do apoio será calculada com base nos critérios a apro­
var pela Assembleia Geral.
Artigo 15
O irmão que necessitar poderá ser sujeito a intervenção cirúrgica ou
internado em qualquer estabelecimento adequado, dentro do País, à sua es­
colha, devendo comunicá-lo, por si ou por outrem, à Direcção.
§ 1.° - Entende--se por intervenção cirúrgica a cirurgia que implique ou
não internamento; entende-se por hospitalização o internamento por sufi­
ciente motivo de saúde, em hospital, clínica, casa de saúde ou sanatório.
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FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
§ 2.° - No caso de intelVenção cirúrgica ou internamento, com despe­
sas a cargo do irmão, recairá sobre a Fraternidade a percentagem de 75%
sobre as despesas, a saber: diária, medicamentos, transfusões, radiografias,
análises e outros elementos de diagnóstico e terapia, sala de operações e ho­
norários clínicos.
§ 3.° - Ficam expressamente excluídas, além de outras congéneres, as
verbas referentes a viagens de ida e volta ao local de hospitalização, telefo­
nemas e companhia de algum familiar ou amigo do doente, mesmo se reco­
mendada pelo médico.
§ 4.°_ Quando, ajuizo da medicina ou por motivos justificados, o irmão
for sujeito a uma intervenção cirúrgica ou internamento fora do País, a Fra­
ternidade pagar-lhe-á 75% sobre as despesas. Se esta deslocação se fizer
por iniciativa própria, ser-lhe-á atribuído um subsídio equivalente às des·
pesas suportadas por internamento congénere dentro do País e de acordo
com o § 2.°
§ 5.° - No caso de se verificar o óbito do irmão, a Fraternidade respon·
derá pelos encargos da hospitalização, nos termos do presente artigo.
Artigo 16
O irmão tem direito a auxílio monetário da Fraternidade no período in·
dispensável de convalescença, determinado por prescrição médica, no valor
de 50% das despesas da diária e do acompanhamento médico, dentro dos cri·
térios a definir pela Assembleia Geral.
Artigo 17
As despesas a que se referem os artigos 14, 15 e 16 serão pagas pela
Fraternidade com cheque sobre o seu depósito bancário, mediante a entrega
ao Presidente da Direcção da conta descriminada e comprovada das despe·
sas, bem como, no que se refere aos artigos 14 e 16, das respectivas prescri·
ções médicas, e depois da decisão favorável do Conselho Deliberativo.
Artigo 18
O irmão tem ainda direito a solicitar empréstimos, segundo os crité·
rios a definir pela Assembleia Geral.
Artigo 19
É da competência do Conselho Deliberativo decidir, em cada caso, a
concessão de todos e quaisquer auxílios económicos previstos nestes Estatu·
tos, cabendo, das suas decisões, recurso para a Assembleia Geral.
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FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
Artigo 20
Os auxílios económicos concedidos durante o ano serão pagos com o de­
pósito bancário proveniente da capitalização dos anos anteriores e que será
reconstituído, como regra, no ano seguinte, com as quotas dos irmãos.
§ 1.0 As quotas deverão ser pagas até 60 dias, a contar da data da As­
sembleia Geral anuaL
_
§ 2.° Em ano de despesas excessivamente elevadas, poderá recorrer­
-se a uma quota extraordinária, cujo montante será fixado pela Assembleia
Geral, sob proposta da Direcção.
-
§ 3.° - Os recém-ordenados não pagarão a quota anual extraordinária
referente ao ano em que foram admitidos.
Artigo 21
A solidariedade espiritual entre os irmãos exprimir-se-á:
§ 1.0 Quanto aos vivos: visitar, rezar e apoiar o irmão, especialmente em situação de doença.
_
§ 2.° - Quanto aos mortos:
1
-
participar no funeral do irmão, quando o puder fazer;
2 celebrar, por si ou por outrem, dentro de um mês ou o mais depres­
sa possível, cinco Missas por cada irmão falecido, e comunicar que cumpriu;
-
3 participar, por ocasião da Assembleia anual, na eucaristia em me­
mória dos irmãos falecidos.
-
§ 3.° Se algum presbítero, por doença ou por idade, se encontrar im­
pedido de cumprir as obrigações do § 2.°, 2, a Fraternidade providenciará pa­
ra que nenhum irmão falecido fique privado de todos os sufrágios a que tem
direito.
-
CAPÍTULO IV
DA ASSEMBLEIA GERAL
Artigo 22
A Assembleia Geral da Fraternidade reúne-se ordinariamente na se­
gunda quinzena de Maio, em dia e local a determinar pelo presidente da Di­
recção; extraordinariamente, reunir-se-á a pedido de, pelo menos, dez
irmãos ou por motu proprio da Direcção.
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FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
§ 1.0 _ Todos os irmãos têm assento na Assembleia Geral, mas, quan�
do legitimamente impedidos de assistir, podem enviar por escrito o seu vo­
to e parecer sobre os assuntos em agenda.
§ 2.° - O presidente da Direcção elaborará a agenda e comunica-la-á
com a antecedência de quinze dias. No caso de funcionar como Assembleia
Eleitoral, enviará também uma lista de todos os irmãos.
Artigo 23
Compete à Assembleia Geral:
1 - eleger a Direcção e o Conselho Deliberativo;
2 - alterar os Estatutos;
3 - aprovar o regulamento interno;
4
-
aprovar as contas do ano anterior;
5
-
tomar quaisquer decisões de interesse geral da Fraternidade;
6
-
apreciar os recursos das decisões do Conselho Deliberativo;
7 - decidir o montante da quota extraordinária, sempre que necessário;
8 - aplicar sanções.
Artigo 24
A mesa da Assembleia Geral será constituída pelos membros da Di­
recção.
§ 1.° As deliberações serão nela tomadas pela maioria absoluta de v()­
tos dos presentes e por carta à Direcção dos ausentes, na primeira votação;
por maioria relativa, se for necessária uma segunda votação.
-
§ 2.° O parecer e o sentido de voto dos irmãos ausentes que os apre­
sentarem por escrito serão tomados públicos após os presentes se pronun­
ciarem sobre os assuntos em questão. Se houver mais que uma votação, o
sentido de voto enviado por escrito é válido apenas para a primeira.
-
§ 3.° - Quando houver eleições, o processo eleitoral será, em cada caso,
regulamentado pela Direcção.
§ 4.° Nenhum associado poderá ser eleito, ao mesmo tempo, para um
lugar da Direcção e do Conselho Deliberativo, nem para mais de dois man­
datos consecutivos.
-
§ 5.°_ De tudo o que se passar na Assembleia Geral, o secretário lavra­
rá acta.
231
FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
CAPÍTULO V
DA DIRECÇÃO
Artigo 25
A Direcção será constituída por um presidente, um secretário e um te­
soureiro. O secretário fará de vice-presidente.
§ 1.0 - Os membros da Direcção serão eleitos pela Assembleia Geral, por
um período de três anos, entrando em exercício no dia 1 de Janeiro seguinte.
§ 2.° - Após a eleição, o secretário comunicará à Secretaria Episcopal
o resultado da mesma, acompanhado da respectiva acta.
§ 3.° - Os membros da Direcção consideram-se solidariamente respon­
sáveis por todas as decisões da mesma, a não ser que tenham feito declara­
ção de voto em sentido contrário.
§ 1.0 - Compete à Direcção:
Artigo 26
1 - cumprir e fazer cumprir os Estatutos e as deliberações da Assem­
bleia Geral;
2 - deliberar sobre a admissão dos irmãos;
3 - acompanhar particularmente, por si ou por outrem, os irmãos que
se encontram doentes ou noutras condições difíceis;
4 - administrar os bens da Fraternidade e conceder subsídios median­
te decisão do Conselho Deliberativo;
5 - elaborar e publicar anualmente as contas da Fraternidade e enviar
uma cópia delas a cada irmão.
§ 2.0 - Condições de funcionamento:
1 - as despesas necessárias que os membros da Direcção fizerem no
desempenho das suas funções correrão por conta da Fraternidade;
2 - a Direcção reunir-se-á as vezes que for necessário ou parecer opor­
tuno.
Artigo 27
Compete ao Presidente:
1 - representar a Fraternidade; para a vincular, é necessário o acordo
de, pelo menos, dois membros da Direcção;
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FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE DE LEIRIA.FÁTIMA
2 convocar a Assembleia Geral, elaborar a respectiva agenda e pre·
sidir às reuniões;
-
3
-
comunicar ao Presidente do Conselho Deliberativo os pedidos de
subsídio;
4
-
assinar as ordens de pagamento.
Artigo 28
Compete ao Secretário:
1
-
lavrar as actas das reuniões da Assembleia Geral e da Direcção;
2
-
ter a seu cargo a escrituração e correspondência da Fraternidade;
3 informar os irmãos sobre a morte de algum membro da Fraternidade, bem como da hora e local das exéquias, se tal se não fizer por outra via.
-
Artigo 29
Compete ao Tesoureiro:
1
-
arrecadar as receitas da Fraternidade;
2
-
executar as ordens de pagamento e exigir recibos;
3
-
fazer toda a contabilidade.
CAPÍTULO VI
DO CONSELHO DELillERATIVO
Artigo 30
O Conselho Deliberativo é composto de cinco membros, eleitos pela As·
sembleia Geral, por um período de três anos, entrando em exercício no dia
1 de Janeiro seguinte.
Artigo 31
O mais novo dos eleitos convocará os restantes para a primeira reunião,
na qual se procederá à eleição do respectivo presidente.
Artigo 32
Compete-lhe decidir sobre a concessão de subsídios ou empréstimos
requeridos pelos irmãos.
______
233
FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE OE LEIRIA-FÁTIMA
Artigo 33
Na concessão dos empréstimos previstos no artigo 18, definirá as con­
dições dos mesmos, dentro do espírito da Fraternidade e do princípio da res­
ponsabilização pessoal, tais como: pagamento de uma compensação e
escalonamento da amortização.
Artigo 34
Recebida a comunicação de qualquer pedido, o presidente comunica-la­
-á a cada um dos membros do Conselho, marcando data e lugar para a reu­
nião e indicando o assunto a tratar.
Artigo 35
A decisão será tomada pelo mínimo de três votos, depois da apreciação
dos documentos.
Artigo 36
Os membros do Conselho Deliberativo serão solidariamente responsá­
veis pelas decisões tomadas, a não ser que tenham feito declaração de voto
em sentido contrário.
Artigo 37
O membro mais novo do Conselho, fazendo de secretário, lavrará acta
das reuniões, dando fé de quanto nelas se tiver passado e deliberado.
Artigo 38
O Presidente do Conselho Deliberativo comunicará por escrito ao Pre�
sidente da Direcção as decisões tomadas.
Artigo 39
As despesas feitas pelos membros do Conselho Deliberativo, no desem·
penha das suas funÇÕes, correrão por conta da Fraternidade.
Artigo
40
Se vagar o lugar de algum membro da Direcção ou do Conselho Deli­
berativo, os membros restantes desses dois corpos, em reunião conjunta, ele·
gerão para essa vaga um irmão, que exercerá o cargo interinamente até à
próxima Assembleia Geral.
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FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
CAPÍTULO VII
DO FUNDO SOCIAL
Artigo 41
§ 1.° - Constituirão fundos da Fraternidade:
1 - os saldos actuais;
2 - as jóias dos irmãos e as respectivas quotas;
3 - os juros dos capitais depositados;
4
-
quaisquer bens adquiridos pela Fraternidade;
5 - as ofertas ou heranças.
§ 2.° - Condições de funcionamento:
1 - o capital realizado será depositado em conta bancária, em nome da
Fraternidade, fazendo-se os respectivos levantamentos mediante a assina­
tura de dois membros da Direcção, sendo uma delas a do Tesoureiro.
2 - havendo capital imobilizado, este poderá ser investido para o ren­
dibilizar.
CAPÍTULO VIII
DOS IRMÃOS EM SITUAÇÃO PARTICULAR
Artigo 42
Os irmãos em situação particular que eram membros da Associação de
Auxílio Mútuo do Clero da Diocese de Leiria gozam dos seguintes direitos e
obrigações na Fraternidade:
§ 1.0
_
São seus direitos específicos:
- ser auxiliado nos termos do artigo 15.
§ 2.° - São seus deveres específicos:
1 - pagar a quota anual nos termos do artigo 10, 2.
2 - exercer os cargos para que forem eleitos, segundo os Estatutos da
Fraternidade, não obstante a sua situação particular
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235
FRATERNIDADE SACERDOTAL DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA
Artigo 43
Os irmãos em situação particular que eram membros da Associação de
Sufrágios do Clero de Leiria gozam dos seguintes direitos e obrigações:
§ 1.0 - São seus direitos específicos:
- ser sufragado nos termos do artigo 21, § 2.°
§ 2.° - São seus deveres específicos:
1 - sufragar os irmãos, nos termos do artigo 21, § 2.Q;
2 - pagar a quota anual no valor do estipêndio de uma Missa;
3 - exercer os cargos para que forem eleitos, segundo os Estatutos da
Fraternidade, não obstante a sua situação particular.
CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 44
A Fraternidade dissolver-se-á quando, a juízo da Assembleia Geral, o
número de irmãos for de tal maneira reduzido que os encargos se tomem in­
comportáveis.
Artigo' 45
Se, depois de liquidadas as dívidas e encargos da Fraternidade, ainda
restarem alguns bens, estes serão aplicados conforme deliberação da Assem­
bleia Geral.
Artigo 46
Os presentes Estatutos, após aprovação em Assembleia Geral e do Bis­
po diocesano, entram em vigor em 1 de Janeiro do ano seguinte.
10 de Dezembro de 2003
Aprovamos os novos Estatutos da Fraternidade Sacerdotal da Diocese
de Leiria-Fátima, revistos em Assembleia Geral da mesma Fraternidade na
data de vinte e seis de Maio de 2003. A nova redecção consta de 46 artigos em
1 1 páginas por nós rubricadas.
Comunique-se para os efeitos concordatários, ao Governo Civil.
Leiria, 16 de Dezembro 2003
��
t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA
Bispo de Leiria-Fátima
236
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NOTÍCIAS BREVES
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FORMAÇÃO DE ANIMADORES PAROQUIAIS. Por inicia­
tiva do Centro de Formação e Cultura, sob a orientação do
Rev. Cónego Luís Manuel Pereira da Silva, foi encerrada no
dia 4 de Outubro uma série de lições para actuais e futuros
animadores da pastoral paroquial. Foram muitos os partici­
pantes, e com muito interesse.
O Bispo diocesano também marcou presença, manifestando
apoio e esperança.
•
O EVANGELISTA DO ANO. No dia 30 de Novembro o Pe. Dr.
Virgl1io Antunes, reitor do seminário diocesano, fez uma con­
ferência/lição no salão paroquial de Ourém (Nossa Senhora
da Piedade) sobre S. Lucas, o Evangelista do Ano. Participou
muita gente interessada.
No final foi a celebração da Eucaristia, na igreja paroquial,
sob a presidência do sr. Bispo.
•
RETIRO SOBRE SANTO AGOSTINHO. Integrado no progra­
ma das comemorações do 1650,° aniversário de nascimento de
Santo Agostinho, Padroeiro da Diocese, o Rev.o Pe. Arturo Car­
rascaI orientou um retiro, em Fátima, nos dias 5-8 de Dezem­
bro, sobre a espiritualidade e o testemunho de Santo
Agostinho.
•
O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO. Na perspectiva do Natal
e por iniciativa da Escola de Formação Teológica dos leigos,
realizou-se em Porto de Mós uma tarde de reflexão sobre o
mistério/facto da Encarnação. Foram meditações feitas para
perto de 150 alunos, sendo professor o Pe. Dr. Carlos Cabeci­
nhas.
O sr. Vigário Geral representou o sr. Bispo da Diocese, ocupa­
do, à mesma hora, com outras actividades pastorais, nomea­
damente a festa de Natal no Colégio de S. Miguel.
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237
ÍNDICE GERAL
Ano XI
•
N. o 31
Janeiro-Abril 2003
•
Actos Episcopais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3
Casa Diocesana do Clero de Leiria-Fátima . . . . . . . . . . . . . . .
5
. . .
13
Comunicado do Conselho Presbiteral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
21
Crismas na Diocese de Leiria-Fátima . . . . . . . . . . . . .
. . . . .
23
Mensagem Episcopal para a Quaresma 2003 . . . . . . . . . . . . .
25
..........
27
Centenário do nascimento do Cón. José Galamba de Oliveira
28
..............
30
Normas Gerais sobre o Património Cultural . . .
.
Ofertórios efectuados no Santuário de Fátima .
Para a História das Aparições de Fátima .
Equipas de Nossa Senhora . .
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•
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31
72.' Peregrinação Diocesana a Fátima. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
33
Mensagem do Bispo Diocesano aos crismados. . . . . . . . . . . . .
35
...................................
37
Ano Agostiniano
.
Estatutos d a Confraria de Nossa Senhora d a Encarnação . . .
39
Vida Eclesial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
55
Na Escola de Maria, Mulher «Eucarística» . . . . .
....
59
Os Mistérios da Luz no Santo Rosário . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
63
Ano XI
•
N. o 32
•
.
.
.
.
.
•
Maio-Agosto 2003
Actos Episcopais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
83
Linhas de Orientação Pastoral para 2003/2004 .
88
.
.
•
. . . . . . .
...................
94
. .. .. . . .
95
Comunicado do Conselho Presbiteral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
96
Vida Eclesial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
97
Peregrinação aniversária a Fátima .
O Santo Padre agradece . .
.
.
.
Escola de Formação de Leigos
238
.
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•
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103
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A inventariação do Património Artístico e Cultural Móvel na
Diocese de Leiria-Fátima. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
109
Bodas de Prata da Escola de Catequistas . . . . . . . . . . . . . . . .
127
Santuário de Fátima (contas referentes ao ano 2002). . . . . . .
Clonagem, Problemas Éticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
131
«A minba Alma Glorifica / Enaltece o Senhor» . . . . . . . . . . . .
139
Nota Episcopal sobre os incêndios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
142
O chamamento e o renovamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
143
A cáritas e a animação pastoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
150
Nova igreja dos Parceiros . .
..........
153
A calamidade dos incêndios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
154
.
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•
133
Ofertórios feitos na Diocese de Leiria-Fátima durante o ano de
2002. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ano Xl
•
N. o 33
•
155
Setembro-Dezembro 2003
Actos Episcopais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
163
Nota Pastoral sobre Santo Agostinho . .
. .
167
Mensagem do Natal 2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
173
Vida Eclesial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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•
..
175
...
182
Peregrinos de Fátima saúdam o Papa. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
183
Centenário do Cónego Galamba de Oliveira . . . . . . . . . . . . . .
185
Movimento da Mensagem de Fátima (2004) .
........
186
. ..
189
Convívios Fraternos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
197
Ensino da Igreja nas Escolas . .
.. . .
202
Cáritas Diocesana de Leiria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
211
Comunicado do Conselho Permanente da CEP sobre a questão
do aborto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
223
Fraternidade Sacerdotal da Diocese de Leiria-Fátima . . . . . .
225
Índice Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
238
Primeira Igreja dedicada aos Pastorinhos . .
.
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Relatórios de Actividades . .
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239
LEIRIA-FÁTIMA, publicação quadri­
mestral, que arquiva decretos e pro­
visões, divulga critérios e normas de
acção pastoral e recorda etapas im­
portantes da vida da Diocese.
Impresso na GRÁFICA DE LEIRIA
Depósito Legal W 64587/93
240
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Leiria-Fatima_ed_33