CABANHAS
Sítios Históricos de
Origem Jesuítica
29º52'6,60"
Juquiri
João Francisco Tellechea Filho
X
1
ESCOLA
56º25'14,80"
lat 30º9'18,10"
long 56º44'27,60"
Nova Aurora e Anjo da Guarda
PARQUE NATURAL
BIOMA PAMPA
ITAQUI
PASSO
SANTA MARIA
4
SANTA TEREZINHA
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SANTO ÂNGELO
5
JOSÉ OVIDIO COSTA
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ESTÂNCIA
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LUIZ ANTUNES
P. ARAÚJO
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A. ANTUNES
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SANTA ADELAIDE
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BURITI
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EST. SARANDI
PARAÍSO
MAXIMILIANO DOS SANTOS
07
CAMINHO DO IMPERADOR
ESTÂNCIA LIBERTADORA
SILVARROZ
BASCA
MARIANA TELLECHEA
SÃO JOÃO
BARRA DO QUARAÍ
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25
Km
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DANIEL ANZANELLO
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04
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41
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JOSÉ PERUZZI
PARQUE NATURAL MUNICIPAL
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lat 29º57'39,3" long 56º46'53,0"
Ormazabal Moura
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JUQUIRI
Gráfica Universitária - Claudia Melo
Parque Natural - Bioma Pampa
C
om o propósito de buscar o melhoramento genético, a cabanha é
um estabelecimento que se dedica à criação e multiplicação de
animais superiores geneticamente responsáveis pelo
melhoramento da massa e das elites dos rebanhos da raça e espécie a
qual se dedica.
Nas cabanhas e em seus núcleos de animais superiores, denominados
plantéis, estão não somente as bases do melhoramento racial dos
rebanhos, como também seus mais importantes bancos genéticos. São elas
as responsáveis pelos avanços tecnológicos aplicados nos
estabelecimentos pastoris, utilizando as mais modernas técnicas de
manejo sanitário, produtivo e alimentar, somados a necessidade de
domínio dos fundamentos da genética aplicada.
Estas tecnologias inicialmente introduzidas nos rebanhos superiores
serão, depois, aplicadas naqueles de menor padrão zootécnico. A
Cabanha é, portanto, um desafio constante à inovação e à atualização de
conhecimentos.
U
ruguaiana é precursora dessa atividade no RS, já em 1871,
tomava-se bons vinhos elaborados com uvas viníferas colhidas em
nossas terras férteis. José e Domingos Tellechea introduziram do
Uruguai a cepa “Lorda” denominada na França “Gamin d´arceniatt”,
aqui chamada de “Lorda Arriague” e hoje muito difundida no Uruguai
como “ TANNAT” produtora de vinhos finos tornando-se a principal
variedade cultivada.
Em 1900 os vinhedos eram cultivados em 70 hectares. Luiz
Betinelli, proprietário da vinícola “Favorita do Imbaá” recebeu medalha
de ouro na Exposição de Milão em 1907.
Na década de 90 a vitivinicultura renasce e em 2001 é fundada a
Associação de Fruticultura de Uruguaiana, importando mudas de
Cabernet Sauvignon, Riesling Itálico e Cabernet Franc para 60 hectares.
O seu principal projeto é o da vinificação coletiva na forma de
cooperativa, a VINOESTE, aliando-se a uma rota turística chamada
“Vinhos do Vale do Rio Uruguai”.
O
Parque Natural Municipal, criado através do Decreto n°. 316 de
05 de junho de 2001, possui uma área de aproximadamente
3.000 há (três mil hectares), está situado na margem esquerda do
Rio Uruguai e limita-se: ao norte com o Passo do Aferidor, ao sul com a
localidade do Cantão (estação balneária) e a leste numa largura mínima
de 500m a partir da margem do Rio Uruguai, onde se situa a ilha de
Japejú. Cabe ressaltar que a ilha de Japejú é a única ilha fluvial a ser
preservada até o momento na Bacia do Rio Uruguai, o que torna este
Parque impar no cenário nacional. Com a sua criação o Bioma Pampa
Brasileiro passa a integrar os ecossistemas brasileiro e sul-americano, pois
o Sistema Rio, seu ecótono, a várzea e o Pampa passam a ser protegidos
simultaneamente no local escolhido. O Parque natural Municipal integra o
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC,
definido na Lei Federal n°. 9.985/2000, e tem como objetivo principal à
preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e
beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas cientificas, o
desenvolvimento de atividades de recreação em contato com a natureza e
turismo ecológico.
A
Mapa do
Agroturismo
História e Lazer
VENEZUELA
COLOMBIA
EQUADOR
URUGUAIANA - CAPITAL DA CANCHA RETA
BRASIL
PERU
A
primeira “lei de carreira”, como até hoje são chamadas, escrita no
Rio Grande do Sul, se deve ao “Acto número 61” de 9 de setembro
de 1897, do então Intendente Gabriel Rodrigues Portugal, que
regula corridas de cavalos no município de Uruguaiana. Fato oficial,
reconhecido pelos pesquisadores da lúdica do interior gaúcho.
BOLÍVIA
CHILE
PARAGUAY
ARGENTINA
URUGUAIANA
URUGUAY
Prefeitura Municipal
Administração 2005-2012
Secretaria da Indústria, Comércio
Turismo e Trabalho
F: (55) 3411-1860
^
pós a Primeira Guerra Mundial cada país preocupou-se em produzir
seu próprio alimento, buscando a independência agrícola.
Uruguaiana cultivou trigo, os rendimentos eram baixos pela
característica do clima e solo.
No início do século XX, o consumo diário de arroz era quase nulo;
afirma-se que arroz era um prato que se comia em dias de festas. O grande
acompanhante dessa época era a farinha de mandioca, havendo grande
esforço em manter lavouras desse vegetal.
No final da década de 40 o IRGA resolve construir barragens em
todo o estado para desenvolver o arroz e garantir produção. Em
Uruguaiana é criada uma Colônia Rizícola, a Cr2, com área superior a
12.000 hectares, isto estimulou o aporte de novas ondas de agricultores ao
município. A “marcha para o oeste” era assim chamada a migração de
produtores do centro do estado em busca das terras férteis na fronteira
oeste.
O arado de boi lavrando na geada, a grade de discos, o boi, o
taipamento construído a mão, a colheita com foice, as medas, os locais de
trilha, a locomóvel, as casas de barro cobertas com capim santa fé eram
características do início da produção de arroz realizada com muito
sacrifício.
Lino Barzoni e o Condomínio Barbará são exemplos de pioneirismo
no arroz em Uruguaiana.
Com a mecanização os bois foram substituídos pelos tratores, a
locomóvel pelos motores a diesel, a taipa a pá pela taipadora, a foice
pelas ceifadoras, facilitando o trabalho no campo.
Na década de 70, “milagre brasileiro”, aparecem o avião, os super
tratores e seus implementos de 7m de largura, semeadoras, os silos e a
eletricidade com todo o conforto que ele proporciona. A soja chega a
ocupar mais de 10.000 hectares, porém o verão seco e o solo úmido do
outono inviabilizam o seu cultivo na região.
No final dos anos 80 atingimos a maior área com a maior
produtividade do Brasil, passamos das 1.500 quadras do início da década
de 50 para 60.000 quadras.
A construção dos açudes pelos produtores permitiu armazenar a
água nos períodos de abundância para que seja usada em período seco
garantindo o cultivo de arroz irrigado em nossa região sem competir com o
uso urbano.
Pela importância e custo da irrigação os levantes hidráulicos foram
redimensionados para aumentarem sua eficiência, assim surgem as bombas
de alto rendimento, afogadas e as balsas.
Na década de 90 surge a preocupação com os custos financeiros e
ambientais, muda-se o estilo de produção. A palavra chave foi taipa de
base larga. Ela permitiu o trânsito de máquinas após o taipamento,
permitindo o plantio direto no quadro e sobre as taipas.
O preparo do solo com o mínimo de operações emprestou o nome ao
chamado “cultivo mínimo”. A redução no consumo de óleo diesel, menor
erosão na lavoura, maior tempo disponível da pastagem aos animais e
menor uso de produtos químicos foram os fatores que determinaram a
mudança do modo de produzir o modelo convencional para a lavoura
conservacionista.
Criação e Coordenação: Carlos Antônio Sgarioni - Diretor de Turismo
Histórico do Patrimônio Jesuítico
do Município de Uruguaiana
Estância de Santiago
Por: Dagoberto Alvim Clos
Historiador
O
s padres jesuítas da redução de Japeju (R.A.) já teriam planejado a instalação de
estâncias para garantir a provisão alimentar dos índios guaranis. A ausência de
minerais, as ameaças dos bandeirantes paulistas, o comércio limitado, o contínuo
aumento da população guarani, as secas e pragas que assolavam as plantações, obrigaram os
jesuítas a planejar a formação de estâncias, para que assim os índios permanecessem nas
reduções e também servisse como recurso econômico.
O ano de 1657 marca o início da ocupação jesuítica no sudoeste gaúcho. Antes da sua
chegada, a região era habitada pelos índios charruas e jaros. Nesse ano, os guaranis, sob as
ordens dos padres de Japeju (R.A,) separaram 1000 cabeças de gado na Estância de San
Andrés (R.A), que depois de cruzar o rio Uruguai pelo passo do Aferidor, serviram para fundar
sobre a coxilha vizinha ao arroio Puitã, a Estância de Santiago. Essa estância foi a primeira
fundada pelos jesuítas na Banda Oriental do rio Uruguai (BR). A Estância de Santiago, logo
depois, abrangeria toda a área situada entre os rios Uruguai, Ibicuí, Ibirapuitã e Quaraí, no
chamado Rincão do Japeju.
Os jesuítas escolheram essa região para fundação da Estância de Santiago pela alta
qualidade das pastagens, pela abundância de água e pela proximidade do seguro vau (Passo
do Aferidor), facilmente vadeável a cavalo e por onde cruzavam as tropas de gado.
A Estância de Santiago servia de suporte alimentar dos índios missioneiros (catequizados) da
Redução de Japeju, pois nessa época a carne era a principal fonte de alimentação.
Pela importante posição geográfica, a Estância de Santiago constituía uma espécie de posto
avançado para a defesa e organização dos missioneiros, localizada sobre uma coxilha, com
pontos de observação privilegiados.
Nas imensas mangueiras de pedra da Estância de Santiago, construídas com suor dos índios
guaranis, a gadaria era amansada, loteada e marcada, antes de ser transferida para as
demais estâncias e reduções.
No ano de1694 os padres da redução de Japeju fundaram outra estância, San José, no
rincão do Quaraí, que se estendia do rio Quaraí até rio Negro, na atual República Oriental do
Uruguai.
Alguns anos mais tarde, essas duas estâncias (Santiago e San Jose) depois de estruturadas e
aglutinadas, formaram a Estância Grande de Japeju (Estância de Japeju). Esta foi a maior de
todas as estâncias jesuíticas no século XVIII, cobrindo cerca de 65.000 quilômetros quadrados e
era povoada com aproximadamente 500.000 cabeças de gado.
A Estância de Santiago foi Palco da Confederação dos Guenoas, quando os índios infiéis
(não catequizados), Charruas, Jaros e Minuanos, incitados pelos portugueses da Colônia de
Sacramento, se revoltaram contra os espanhóis e os padres jesuítas, atacando a Redução de
Japeju, as Estâncias e postos de pastoreio. Foram 7 anos (1701-1708) de constantes ataques
frontais ou guerrilhas, causando aos missioneiros enormes prejuízos.
Em 1768 os jesuítas são expulsos da América pelo Rei Carlos III, da Espanha. Os padres
deixam “100.000 órfãos” (guaranis) a mercê dos espanhóis, ocasionando a decadência
espiritual e material das Reduções.
A partir de 1775, a Estância de Santiago foi administrada pelo Tenente-Governador de
Japeju, Juan de San Martin, pai do General San Martin, um dos libertadores da América e herói
nacional argentino.
Com a conquista das Missões em 1801 por Borges do Canto e seus companheiros, a Estância
de Santiago foi abandonada.
Na Estância de Santiago arranchou, em 1819, o açoriano Manoel José de Carvalho,
estabelecendo aí a sede de sua estância, que chamou de Japeju. Esse pioneiro é o patriarca de
numerosa família uruguaianense: os Carvalho.
A Estância foi tomada em julho de 1865 pelos paraguaios, comandados pelo tenente-coronel
Estigarríbia, quando da invasão do território brasileiro.
Da antiga Estância de Santiago, restam ainda as ruínas de uma capela, três mangueirões, um
muro e um poço d`água (todo o conjunto em pedra). Na base, dos mangueirões, os muros passam
de 1 metro de espessura, com grandes pedras encaixadas com perfeição. Em alguns trechos,
ainda intactos, os mangueirões atingem quase 2 metros de altura.
Caminho do Gado
O
s caminhos traçados pelos padres jesuítas não eram simples picadas marcadas no terreno.
Existia uma engenharia viária altamente desenvolvida para a época, com um contínuo
trabalho de execução de obras e de manutenção. Eram realizadas escavações,
canalizações, construção de muros de contenção e pontes.
Nos dias de hoje, grande parte do que sobrou da infra-estrutura viária da Estância Grande de
Japeju encontra-se dispersa em todo o sudoeste gaúcho. A racionalidade com que se
planejou a rede viária impressiona, pelo fato de que muitos daqueles caminhos se
converteram em base para a construção das modernas estradas municipais (vicinais).
Como exemplo, temos o “caminho do Gado”, atual UR 413, que ligava a Estância de
Santiago ao Passo do Aferidor.
Com 12 quilômetros de extensão era um trecho
do Camino (Caminho) Real, que ligava Paysandu (R.O.U.) ao Passo do Aferidor.
Capela do Aferidor
D
epois de fundada a Estância de Santiago, em 1657, os padres jesuítas da Redução
de Japeju ordenaram aos guaranis a construção de uma capela no Passo do Aferidor,
para que os índios posteiros pudessem realizar suas orações.
Primeiramente, os jesuítas mandavam construir uma capela, símbolo da religião.
Quer nas estâncias, quer nos postos de pastoreio, quer nos passos, eregiam-se pequenas
capelas. Periodicamente, o padre ”cura,” realizava missa na capela.
Localizada em uma área elevada, livre das cheias do rio Uruguai, a velha capela do
Aferidor conseguiu escapar da destruição, e é hoje a construção mais antiga no Município de
Uruguaiana em melhor estado de conservação.
Passo do Aferidor
A
comunicação entre as reduções jesuíticas era estabelecida pelos chamados
“Caminhos reais” e, em alguns casos, pela via fluvial dos rios Paraná e Uruguai.
Entre as reduções do rio Uruguai, como JAPEJU (R.A.), LA CRUZ e SANTO TOMÉ
prevalecia a comunicação fluvial. A Redução de JAPEJU era a chave para ingresso às
Missões, devido à sua excelente posição geográfica, servindo o Rio Uruguai como canal de
comunicação com o Rio da Prata e Buenos Aires.
O Porto de Japeju (R.A.) destacava-se por sua importância comercial, já que ali eram
embarcados e transportados os excedentes da produção de erva-mate, madeira, couro e
outras mercadorias em demanda dos portos de Santa Fé e Buenos Aires.
Os rios Paraná e Uruguai separavam as reduções da Banda Oriental (BR) e Ocidental
(R.A.), mas não constituíam obstáculo às comunicações, pois havia vários pontos (baixios) por
onde se realizava a travessia (passos). No Rio Uruguai, por sua importância, se destacavam
os passos do Aferidor e de Santa Ana (atual Santana Velha, primeira localização da cidade
de Uruguaiana). No Rio Ibicuí, o Passo de Santa Maria (hoje a ponte rodoviária da BR 472).
No arroio Ibirocai, os passos do Ipané, do Vai e do Caminho Real (atual Passo dos Moura). No
Rio Quarai, o passo do Caminho Real (Juqueri).
No Passo do Aferidor (BR), quase em frente à Redução de Japeju (R.A.) a travessia era
facilitada pela existência de uma ilha ( Ilha Japeju).
Estância São Sebastião
L
ocalizada numa coxilha, com pontos de observação privilegiados, a estância (hoje
denominada São Sebastião) estava próxima de cursos d'água, como os arroios
Jacaré, Ibirocaizinho e Ibirocaí. Sua localização não foi fortuita, foi criada
estrategicamente no centro geográfico dos rios Uruguai, Ibicuí, Ibirapuitã e Quaraí. Por
ali passava o Caminho Real ou Caminho de Japeju, que ligava o Passo do Aferidor a
Estância de Paysandu e aos postos de pastoreio da outra margem do arroio Ibirocaí. Foi
um centro de irradiação religiosa e serviu como lugar de trânsito, com albergue
gratuito, onde os viajantes pernoitavam e trocavam os animais de tiro. Esta zona
formava um rincão ou língua de terra que oferecia muita segurança perante qualquer
invasão e também servia para conter os roubos de animais por parte dos índios infiéis.
As facilidades de comunicação por via terrestre e fluvial com outros mercados locais e
regionais e sua eficiente administração possibilitou um aumento crescente da produção
da estância.
Casa Branca
“Casa Branca”, assim era conhecida essa casa de pedra, pintada de cor branca,
desde a primeira metade do século XIX no 2° Distrito de Santana (atual Município de
Uruguaiana) que na época pertencia a Alegrete. Era um ponto de referência na
Sesmaria da “Casa Branca.”
Essa casa de pedra (próxima da BR 290) - capela e posto – se constituía num
ponto de contato e apoio entre as estâncias e os inúmeros postos de pastoreio da
imensa Estância Japeju.
Santana Velha
A
o criar “capelas ou oratórios” nos postos de pastoreio da Estância Japeju, a
partir de 1657/1660, os jesuítas tratavam de complementar o tráfego fluvial
com o trânsito terrestre.
Por essa época se destacavam no rio Uruguai os portos de Japeju e Santa Ana.
O Porto de Santa Ana estava localizado junto ao arroio Guarapuitã, no vau
(passo), à beira do rio Uruguai e é mencionado por diferentes documentos dos séculos
XVII, XVIII e XIX, antes mesmo da divisão do território brasileiro em Capitanias.
Condições favoráveis à aportagem de pequenas e médias embarcações, reconhecidas
desde o ano de 1626, fizeram com que a área nas proximidades do Porto de Santa
Ana fosse registrada na cartografia jesuítica. O termo “porto” nos dá uma idéia de sua
importância regional.
Caminho do Imperador
Casa Queimada
Dom Pedro II
N
os postos de pastoreio da Estância Grande de Japeju viviam os índios campeiros
encarregados da gadaria. Cada posto era formado por um grupo de ranchos, uma
capela, um curral de pedras, um poço de água e uma horta. Os índios posteiros
vigiavam e cuidavam de aproximadamente 2000 cabeças de gado.
A paisagem de horizonte amplo, em local estratégico, com abundância de água, é que
determinava a localização dos postos de pastoreio.
Logo depois da fundação da Estância de Santiago e da organização do Passo do
Aferidor, os padres de Japeju teriam organizado o primeiro posto de pastoreio, San Marcos.
Este posto, provavelmente, estava localizado nas imediações onde hoje se encontra a
povoação de São Marcos, na beira do rio Uruguai.
A histórica Casa Queimada, às margens de BR 290, era mais uma capela de um dos
inúmeros postos de pastoreio da Estância Grande de Japeju. Pela localização geográfica,
teria sido uma das primeiras capelas a serem construídas pelos Jesuítas.
A antiga capela foi incendiada duas vezes, segundo a história oral. Pela primeira vez,
durante a Guerra do Paraguai, em 1865, pelo exército invasor; e pela segunda vez, na
Revolução de 1923, num combate entre “chimangos” e “maragatos.”
A “Queimada” virou ponto de referência da população urbana e rural de Uruguaiana e
de outras cidades da Fronteira-Oeste.
Por Dagoberto Alvim Clos
Historiador
E
m 5 de agosto de 1865, 7300 paraguaios, sob o comando do Tenente Coronel
Estigarríbia, invadiram Uruguaiana. O General Davi Canabarro, procurando
evitar o combate na Vila, determinou a evacuação do povoado e concentrou as
tropas brasileiras na região de Santana Velha, (Rio Uruguai), onde aguardou reforços.
D. Pedro II, entendendo que sua presença na área do conflito serviria como
apoio moral às topas na luta contra o invasor, expôs ao Ministro da Guerra essa sua
intenção e partiu para Uruguaiana no dia 10 de Julho, acompanhado de seu genro
Duque de Saxe, o Ministro da Guerra Ângelo Ferraz e dos ajudantes de campo –
Marquês de Caxias e General Francisco Cabral.
No dia 15 de agosto, o Conde D´Eu, seu genro, alcanço-o em Caçapava.
No dia 31 de agosto chega em Uruguaiana a notícia do deslocamento de D.
Pedro e comitiva para a área do conflito, o que estimula os comandos acampados nos
arredores da Vila a exercitarem diariamente suas tropas, aguardando o Imperador.
Em 8 de setembro a comitiva Imperial atinge Alegrete (a 150 km de
Uruguaiana), onde pernoita, reiniciando o deslocamento em 9 de setembro, às 10 horas.
No dia 10, às 6 horas, a comitiva parte e atinge as margens do arroio Ibirocai, no
Passo dos Moura (divisa dos atuais Municípios de Uruguaiana e Alegrete), onde sesteam
e trocam os cavalos. A seguir, cruzam o passo e às 16h alcançam uma casa situada ao pé
da nascente do arroio Touro Passo (próximo da atual Estância Santa Elsa). A seguir, às
17 h puseram-se em marcha e foram dormir na chamada Casa Branca, distante 18 km,
onde foram recebidos pelo proprietário, que lhes ofereceu um magro jantar de frango
cozido com pirão. (Essa casa, de pedra, hoje é propriedade do Sr. Godevar Rolão
Salgueiro). A seguir, toda a comitiva acomodou-se como pôde em leitos muito precários
para passar a noite.
Na madrugada do dia 11 de setembro acordam às 4 horas, visto que D. Pedro
desejava partir às 5 horas. Porém, a partida é adiada devido ao “disparo da
cavalhada”. O general Cabral, de qualquer modo, recomendara ao Imperador que
não entrasse no acampamento sem sua escolta. Às 6 horas conseguem se deslocar e às 9
enxergam as primeiras barracas do acampamento numa faixa de terreno arborizado.
Logo vem ao encontro de sua Alteza Imperial o Barão de Porto Alegre, acompanhado
do General Caldwell e do Visconde de Tamandaré. À noite, dormem no acampamento
do Barão de Porto Alegre, Comandante-em-Chefe das tropas brasileiras.
No dia 12 de setembro, apesar de forte chuva, foi instalado o acampamento imperial
numa coxilha, no lado Leste da Vila de Uruguaiana (hoje imediações do CTG Sinuelo do
Pago), local escolhido pelo próprio D. Pedro II.
No dia seguinte, às 9h e 30min, o Imperador visitou a flotilha comandada pelo
Visconde de Tamandaré, na qual se encontrou com os demais chefes aliados.
Na manhã do dia 18 de setembro, D. Pedro e comitiva se encontravam em frente ao
cemitério (hoje antigo prédio do IRGA-PMU) entre os batalhões brasileiros.
Os invasores paraguaios estavam desmoralizados. D. Pedro decidira sitia-los sem
trégua,interceptando suas comunicações por meio da esquadra. Sem saída, o inimigo se
rendeu e entregou as armas.
Às 16h, em todas as direções eram vistos soldados brasileiros, cada um com um
soldado paraguaio na garupa. D. Pedro fez desfilar o exército inimigo (oficiais e
soldados) desarmado, antes de entrar na Vila de Uruguaiana.
Já era noite quando o Imperador e os chefes brasileiros entraram numa Uruguaiana,
saqueada, destruída e fétida, onde primeiro visitaram a igreja que os paraguaios
escolheram para quartel general. Depois, procuraram uma casa para jantar, alojandose na residência do padre Antonio Dornelles (onde hoje funciona a loja P&S do Sr. Paulo
Pavin), onde jantaram. Após a ceia, D. Pedro e comitiva regressam ao acampamento.
No dia 19 de setembro D. Pedro II percorreu toda a trincheira erguida pelo inimigo.
Em 23 de setembro a barraca Imperial é visitada pelo Sr. Eduardo Thornton, que fora
enviado pela Rainha Vitória da Inglaterra como porta-voz para reatar as relações
diplomáticas com o Brasil, rompidas por ocasião da Questão Christie, ocorrida no litoral
do Rio Grande. Naquela oportunidade, o Ministro britânico no Rio de Janeiro, Sr.
Christie, acusou os moradores do litoral do Rio Grande de terem assassinado os
tripulantes de um navio inglês naufragado. Na verdade, aqueles tripulantes morreram
afogados. Mas a Inglaterra exigiu do Brasil pesadas indenizações, no que não foi
atendida. A seguir, a Inglaterra, na época a maior potência do mundo, reconhecendo
que agira de modo precipitado, pediu clemência a D. Pedro II.
Em 25 de setembro, D. Pedro e todo seu Estado-Maior, e mais dois padres, a bordo do
Vapor Onze de Junho, dirigiram-se para Itaqui e São Borja, onde foram ver de perto a
destruição dessas duas vilas provocadas pelos paraguaios. No regresso, em 29 de
setembro, a comitiva entrou no rio Ibicuí e seguiu até ao Passo de Santa Maria (hoje
ponte sobre o rio Ibicuí), onde o Imperador observou o local exato da transposição do
rio pelos paraguaios. E às 19h chegam a Uruguaiana.
No dia 1° de outubro, após as despedidas oficiais, D. Pedro e comitiva partem às 10
horas da manhã em direção à Casa Branca, onde chegam às 16h e 30min e aí jantam.
Às 20h acampam nas pontas do arroio Touro Passo, onde puderam admirar uma eclipse
lunar.
Em 2 de outubro, saem às 10h param à margem do arroio Ibirocaí, no Passo dos
Moura, onde ficaram até às 15h na cabana de um português emigrado de Uruguaiana,
conversando e tomando mate. Às 19h a Comitiva Imperial acampa aquém do arroio
Inhanduí.
Obs. Segundo Raul Pont, em Campos Realengos, volume II, o Imperador D. Pedro II teria
passado pela Estância São Sebastião, na margem do arroio Ibirocaisinho, quando veio
para retomar a Vila de Uruguaiana dos paraguaios, onde deixou a sua rubrica numa
imensa mesa de refeições, com pés torneados em fino jacarandá. Entretanto, o Conde
D´Eu, na sua obra “Viagem Militar do Rio Grande do Sul”, um interessante diário,
relatando a viagem que realizou junto ao Imperador D. Pedro II, em nenhum momento
escreveu que estiveram na Estância São Sebastião. O Conde D´Eu não escreveu tudo
sobre a viagem, mas apenas o que ele considerou importante. Alguns fatos certamente
não foram narrados, entre eles a passagem pela Estância São Sebastião. Raul Pont se
baseou na história oral, que não deve ser descartada.
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Mapa do agroturismo - Prefeitura Municipal de Uruguaiana