CABANHAS Sítios Históricos de Origem Jesuítica 29º52'6,60" Juquiri João Francisco Tellechea Filho X 1 ESCOLA 56º25'14,80" lat 30º9'18,10" long 56º44'27,60" Nova Aurora e Anjo da Guarda PARQUE NATURAL BIOMA PAMPA ITAQUI PASSO SANTA MARIA 4 SANTA TEREZINHA GE O LA AL IO AR RO UR 101 55 Km LAGOA DO HA AC M DO Á UIQU IO A NG SA EST TAPERA 422 IR O 14 CA I Km ARR 420 UR EST SÃO PEDRO SÃO FRANCISCO HARMONIA 7 SANTO ANTÔNIO SA A NG Ú AR CU A TI AC s Neto UR HÃO QUIZILIA IO CIA AZUL S.M.SALVADOR AR R O OI SANG A I TA NHAN TIN SA NG SANGA S. ISIDRO EST STª TEREZINHA U CR Z EDISNEI FAN J.F.TELLECHEA JUQUIRY ARROIO NHA NDÚ A SANGA D ARRO EST. SÃO PEDRO EST BELA VISTA IRMÃOS COSTA A ANTÔNIO BASTOS BR 290 IO 2º DISTRITO VERTENTES ELOÉ ROCHA ARSENIO ANCINELO GUL VERA BASTOS MANOEL LAGRECA MER IN AT UR Km 31 7 37 A MO 5 WILSON DORNELES PAULO NUNES O CERCA DE PEDRAS CONSTRUÍDAS PELOS ESCRAVOS PASSO DOS RAMOS 30 ALEGRETE IB DA EDISNEI FAN OIO IBIROCAIZINHO DO AR RO IO JACARÉ IYIQ AR UR IN AR RO IO ESCOLA UR ERS 377 14 Km Rodovia Simão Lope AR I RO OLHOS D’ÁGUA 06 GRANJA I MAGRINI SUC FLORES GRANJA SÃO PEDRO IR CA ANTONIO M BASTOS 75 Km JOSÉ MARTINS DE OLIVEIRA LE A EST GALEÃO AT MO NC NG PASSO DO CERRITO URUGUAI UR 10 1 FRANCISCO FERNANDES CA O TERESINHA MARSIAJ JU SA XAVIER ANTUNES SANTO ÂNGELO 5 JOSÉ OVIDIO COSTA VALE DO CAMUATY A J LIMA QUADROS URUGUAIANA-RS A FONTE MIRACEMA NE É O AT CAIB OIO ESTÂNCIA CANELEIRA PARADA EST DAS CONTAS LUIZ ANTUNES P. ARAÚJO S. SASTRE PASSO DO LEÃO NÇ O SÃ CAB PEDREGULHO DO ARR NEY ULRICH F RIBEIRO GRANJA TARUMÃ 3 AR SANGA SARANDI ING RO S A A. BASTOS AURORA LEOCÁDIO A. ANTUNES ST SANTA ADELAIDE PASSO DOS MOURAS SIRLEI MIRANDA C. ALMEIDA 31 SANG S DOM PEDRO II EST SÃO SEBASTIÃO CA DA SCHWANCK NA EST DO JUNCO IO RIVALTA L.e M. R. MACHADO UR 205 29 Km SUCESSORES DE NORBERTO POMBO RECANTO UR 42 I AR CA RO IO TU I RO RINCÓN DEL SARANDI CLAUDIA SILVA GO IO RO 10 3 IO RO RE PINDAÍ UR MIRI M 08 UR 4 10 3 UR NGUI G U A P I TA RENIR SEGABINAZZI Km F RIBEIRO ESTÂNCIA CAMUATY AR RO UR IO 104 BURITI LAGOA DA MÚSICA 50 304 EST. SARANDI PARAÍSO MAXIMILIANO DOS SANTOS 07 CAMINHO DO IMPERADOR ESTÂNCIA LIBERTADORA SILVARROZ BASCA MARIANA TELLECHEA SÃO JOÃO BARRA DO QUARAÍ AR O RI Km 25 Km SCHWANCK ESCOLA DANIEL ANZANELLO CABANHA CHARRUA A. GUGLIELMONE 04 OSVALDO JORGE R ANJO DA GUARDA VA PI CA SCHWANCK RENIR SEGABINAZZI ADÃO GUIMARÃES CON ARACY LOPES UR 45 ANTONIO BASTOS SÃO BIBIANO AR I UA UG UR O RI 3 S. SEBASTIÃO Km 1 10 UR 42 40 m AI UR PASSO DO VAÍ G U AV I Y Ú Km SUC. B TROJAN 11 K R BORTOLIN SANTA ZELIA FERNANDO LOPES Km ESTÂNCIA BRANCA L C TRINDADE JOSÉ EGINO PAMCIERA A DIRCEU POMBO SOSSEGO TÉ OA A.M. ORMAZABAL MOURA IB CA IO RO OLGA SURREAUX AR 37 MARIO AMORIM 15 MILTON RODRIGUES 3 FAZENDA SANTO ANTÔNIO TAPERA S/A CAB . PEDRO SURREAUX JARBAS A. PEREIRA 30 LOCAL REMATES UMBU PAULO CARIOLATO ALÍPIO BLANCO NOSSA SRª DE LURDES GUARÁ W. ARNS ANTONIO DELGADO 43 IO DO POSTO COND. GRACIANA BEHEREGARAY JOB 4 BOLIVAR MOURA 4 SUC. H. LAGO IBIROCAI AYMONE ATALAIA III EST. NOVA AURORA Km E.F.IBIROCAI AMARANTE FREITAS UR 419 HUGO PEREIRA 4 RO O LOCAL REMATES ORMAZABAL UR AR EIR 39 SANG EST ORDEM CAB SUC MARCOS RAUL ALMEIDA 4 Hotel Tio Chico Ú 2 3º DISTRITO PLANO ALTO SCHWANCK HESNARD A CUNHA 30 UR 404 ESTÂNCIA UMBÚ BERTHOLD 05 C. DELGADO 02 IY C IO IBIRO BENJAMIN SEGABINAZZI AB ARRO TRÊS BOCAS LOCAL REMATES QUEIMADA UR JOÃO R. PICAVEA EDSON AYMONE LOCAL REMATES J.PINTO TA N PASSO DE SANTANA ESTÂNCIA COQUEIRO MIN 1º DISTRITO IMBAÁ WILSON FERRETO CORDILHEIRA SCHWANCK AGROPECUÁRIA GU 5 DE C.A. TELLECHEA Á PLANO ALTO 07 ESCOLA AN I UR A GR MIGUEL S. BARBARÁ GU A R AP NEWTON IRALA SANTA´ANA 8 UR 406 SANTANA VELHA ARROIO 6 OTACÍLIO COSTA CASA BRANCA GODEVAR SALGUEIRO O.E.A COMISSÁRIA PAULISTA 25 Km 2 FERNANDO TARRAGÓ UV UR 203 17 K m O ESCOLA UR 204 PARADA 04 SÍTIO ERASMO ANTONIO ARCO FALCÃO ALVES ÍRIS ITAPITOCAI UC EST LILI E.F. PLANO ALTO NG FAZ PINDAÍ CASA QUEIMADA EST. NAZARHET VILA ITAPITOCAI 02 R UR ZIANI PA S S IO GALLARRETA 5 ALDO TROJAN EDELI MONTE SALGUEIRO NERIO SOARES SADY PONS CAI SA CAB PAINEIRAS JOSÉ BARBOSA I TA P I TO AR O OI TEODOLINO BARBOSA SCHWANCK O SÃO GONÇALO ULISSES MURAD TOURO RO ARROI CHAPADÃO 1 O PINDAYASSÚ 30 PEDRO ANTUNES FERNANDO 204 CARUMBÉ 2 MALKE E.F. CARUMBÉ ITAIAÇÚ IOLANDA MÁSCIA BRUNILDA F CORREA ESCOLA 6 GONZALEZ E. M. BARBARÁ UR SANTA 03 PEDRO MADEIRA ÂNGELA EST. EXP. PUC UNIPAMPA DE URUGUAIANA LA CAUTIVA UR ESPAÇO ALTERNATIVO CEL. IEDO ALCEU MÁSCIA EST TAPERA D. PEPITA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL I GRANJA ITAPITOCAI 05 M H VILLELA MERIAL SS IO AR SUJO CHARQUEADA ESCOLA 1 CRISTIANO MOREIRA PA HILTON JACQUES RO CA 407 ÁUREO AZEVEDO E.F. PINDAÍ MIRIM O AR TO NOSSA SENHORA O UR ROBERTO MÁSCIA FERNANDO MÁSCIA AÍ LA COMPARSA HARAS CRUZ DE PEDRA UR PI LS TO PIND N SINUELO DO PAGO SA SÍTIO SARACURA m ARROIO IO BO 10 10 K Í PEDRO MIDON 10 CAUL 07 DA RO 6 EST. SANTA MARIA EST. PITO ACESO Cemitério AR IO SUC. ODAIR GONZALES ESTÂNCIA SÃO MIGUEL JULINEI GELCY SILVA 3 TAVARES E.F. XISTO PEREIRA SALSO IO JOÃO CARLOS BRUM JAIR LUNKES 4 5 11 PIN PIV I UG 14 IO É UR CHISTÉ Á RO 41 BA AR ALEGRETE U.MURAD - 7km 17 UR 4 MB IM SÃO NICOLAU UR O URUGUAIANA 3 DUARTE AR RO IO IT A O RU UA PASSO NOVO CAB. OLIVEIRA BORIN ZONA URBANA ITO 06 ARROIO 2 RO SS CA ARROI PARADA AR PA CAB. CINCO PALMAS ADOLFO MENEZES ESTÂNCIA CINCO PALMAS Sítio Pôr do Sol OIO G R A RO URO ARROIO TO ESTÂNCIA SÃO BENTO m 13K 16 - 4 UR RANDI SANGA DO SA 41 JUAN R. GREIG 1 UR 41 EN AR 05 ARISTEU SANTANA 3 AMILTON FORTE E LAURO SILVEIRA PORTO DO LADRILHO HÉLIO DUARTE UR ILH TI UR CESAR BRACINI AR m UR 409 7 Km I E AD UD SA DA A 12 NEWTON ALMEIDA ENIO DUARTE ARR NA ESCOLA J. CEZIMBRA RICARDO DUARTE RETIRO CAB TOURO PASSO SANTA FÉ FAZENDA IMBAÁ SCHWANCK 25 K LEONARDO WAGNER 13 22 300 BARROS DUARTE DARIO DUARTE Km NOVA IRMÃOS KARSBURGER SÃO JOÃO CAB. MALTE SERRILHADA MANOEL OSÓRIO ILARRAZ SANTA CARMEM AD EST NOVA CALIFORNIA 0 A SA GR UD AN AD DE E DA II ILH CASUALIDADE DOMINGOS SCELZO ADÃO MALDONADO O SUC L ALVES BASTOS FITTIPALDI M. FAGUNDES ÁLVARO QUADROS 2 5º DISTRITO SÃO MARCOS NO 4º DISTRITO JOÃO ARREGUI M. O. ALMEIDA E IRMÃOS RO O RI JORGE V C SILVA MOACIR NOAL ADOLFO STERN BARRAGEM SANCHURI CIRO FERREIRA EST D. LURDES AR UR UG Granja Sto. Antônio 9 DA I UA MOACIR NOAL OCTACÍLIO SILVA 7K m ESCOLA 03 IÃ VINOESTE UR 300 CIRINO GONÇALVES 01 EST VISTA ALEGRE PUT 16 IPANÉ AGROPECUÁRIA E TURISMO CABANHA WILDENSTEIN ALFREDO ALBORNOZ VILA DAS CHÁCARAS VILA DA BARRAGEM 09 COND PALMEIRA OIO ESCOLA FLORESTA 6 1 VILA DE SÃO MARCOS LINO DIAS DO 08 DADOS DO MUNICÍPIO S UR 201 21 Km RUTH LEITE NÉ UR 202 PLINIO BRACINI I PA AÇUDE W IPANÉ BELA VISTA 5 E PASSO DO IPANÉ UR 101 4 VILA DO I O. VIANA ARRO AGROPAST. STª ERNESTINA CA SANTA MARTA OTTONI MONTEIRO PAULO DUARTE RUÍNAS DA ESTÂNCIA SANTIAGO RO ARR LEGENDAS SILVIO PRADEBOM ESCOLA IBI OIO IO YA PE JÚ IL HA UR Km 3 PRAIA DO CANTÃO UR 410 5 Km ARR 50 JOSÉ CABEZUDO ANTÔNIO A. COMIS NE SE IÃ A OS RM PALMA PALMA FO AI A R P Wildenstein 3 ONÓRIO ONÓRIO COMIS COMIS JOÃO ARREGUI 01 SUC SILVIO ROSSI ADRIANO FRANKOVIAK 1 PUT BIOMA PAMPA 41 CABORÉ CABORÉ CAPELA DO AFERIDOR JOSÉ PERUZZI PARQUE NATURAL MUNICIPAL 20 0 UR lat 29º57'39,3" long 56º46'53,0" Ormazabal Moura ARROIO REDUÇÃO DE YAPEYÚ UR PASSO DAS OVELHAS SUC JOSÉ C PINTO RINCÃO DO ESPINILHO JOÃO C ALVES GILBERTO ROSSI 8 N Í LAGEADO LAGOA DAS PEDRAS CU 41 PASSO DO AFERIDOR IBI RIO IVO V MARQUES IO CERRO GRANDE RO Í AR I GUA URU RIO Recanto CU SO IBI RIO PASSO DO POMPEU QUARAÍ PASSO DO JUQUIRI Gráfica Universitária - Claudia Melo Parque Natural - Bioma Pampa C om o propósito de buscar o melhoramento genético, a cabanha é um estabelecimento que se dedica à criação e multiplicação de animais superiores geneticamente responsáveis pelo melhoramento da massa e das elites dos rebanhos da raça e espécie a qual se dedica. Nas cabanhas e em seus núcleos de animais superiores, denominados plantéis, estão não somente as bases do melhoramento racial dos rebanhos, como também seus mais importantes bancos genéticos. São elas as responsáveis pelos avanços tecnológicos aplicados nos estabelecimentos pastoris, utilizando as mais modernas técnicas de manejo sanitário, produtivo e alimentar, somados a necessidade de domínio dos fundamentos da genética aplicada. Estas tecnologias inicialmente introduzidas nos rebanhos superiores serão, depois, aplicadas naqueles de menor padrão zootécnico. A Cabanha é, portanto, um desafio constante à inovação e à atualização de conhecimentos. U ruguaiana é precursora dessa atividade no RS, já em 1871, tomava-se bons vinhos elaborados com uvas viníferas colhidas em nossas terras férteis. José e Domingos Tellechea introduziram do Uruguai a cepa “Lorda” denominada na França “Gamin d´arceniatt”, aqui chamada de “Lorda Arriague” e hoje muito difundida no Uruguai como “ TANNAT” produtora de vinhos finos tornando-se a principal variedade cultivada. Em 1900 os vinhedos eram cultivados em 70 hectares. Luiz Betinelli, proprietário da vinícola “Favorita do Imbaá” recebeu medalha de ouro na Exposição de Milão em 1907. Na década de 90 a vitivinicultura renasce e em 2001 é fundada a Associação de Fruticultura de Uruguaiana, importando mudas de Cabernet Sauvignon, Riesling Itálico e Cabernet Franc para 60 hectares. O seu principal projeto é o da vinificação coletiva na forma de cooperativa, a VINOESTE, aliando-se a uma rota turística chamada “Vinhos do Vale do Rio Uruguai”. O Parque Natural Municipal, criado através do Decreto n°. 316 de 05 de junho de 2001, possui uma área de aproximadamente 3.000 há (três mil hectares), está situado na margem esquerda do Rio Uruguai e limita-se: ao norte com o Passo do Aferidor, ao sul com a localidade do Cantão (estação balneária) e a leste numa largura mínima de 500m a partir da margem do Rio Uruguai, onde se situa a ilha de Japejú. Cabe ressaltar que a ilha de Japejú é a única ilha fluvial a ser preservada até o momento na Bacia do Rio Uruguai, o que torna este Parque impar no cenário nacional. Com a sua criação o Bioma Pampa Brasileiro passa a integrar os ecossistemas brasileiro e sul-americano, pois o Sistema Rio, seu ecótono, a várzea e o Pampa passam a ser protegidos simultaneamente no local escolhido. O Parque natural Municipal integra o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, definido na Lei Federal n°. 9.985/2000, e tem como objetivo principal à preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas cientificas, o desenvolvimento de atividades de recreação em contato com a natureza e turismo ecológico. A Mapa do Agroturismo História e Lazer VENEZUELA COLOMBIA EQUADOR URUGUAIANA - CAPITAL DA CANCHA RETA BRASIL PERU A primeira “lei de carreira”, como até hoje são chamadas, escrita no Rio Grande do Sul, se deve ao “Acto número 61” de 9 de setembro de 1897, do então Intendente Gabriel Rodrigues Portugal, que regula corridas de cavalos no município de Uruguaiana. Fato oficial, reconhecido pelos pesquisadores da lúdica do interior gaúcho. BOLÍVIA CHILE PARAGUAY ARGENTINA URUGUAIANA URUGUAY Prefeitura Municipal Administração 2005-2012 Secretaria da Indústria, Comércio Turismo e Trabalho F: (55) 3411-1860 ^ pós a Primeira Guerra Mundial cada país preocupou-se em produzir seu próprio alimento, buscando a independência agrícola. Uruguaiana cultivou trigo, os rendimentos eram baixos pela característica do clima e solo. No início do século XX, o consumo diário de arroz era quase nulo; afirma-se que arroz era um prato que se comia em dias de festas. O grande acompanhante dessa época era a farinha de mandioca, havendo grande esforço em manter lavouras desse vegetal. No final da década de 40 o IRGA resolve construir barragens em todo o estado para desenvolver o arroz e garantir produção. Em Uruguaiana é criada uma Colônia Rizícola, a Cr2, com área superior a 12.000 hectares, isto estimulou o aporte de novas ondas de agricultores ao município. A “marcha para o oeste” era assim chamada a migração de produtores do centro do estado em busca das terras férteis na fronteira oeste. O arado de boi lavrando na geada, a grade de discos, o boi, o taipamento construído a mão, a colheita com foice, as medas, os locais de trilha, a locomóvel, as casas de barro cobertas com capim santa fé eram características do início da produção de arroz realizada com muito sacrifício. Lino Barzoni e o Condomínio Barbará são exemplos de pioneirismo no arroz em Uruguaiana. Com a mecanização os bois foram substituídos pelos tratores, a locomóvel pelos motores a diesel, a taipa a pá pela taipadora, a foice pelas ceifadoras, facilitando o trabalho no campo. Na década de 70, “milagre brasileiro”, aparecem o avião, os super tratores e seus implementos de 7m de largura, semeadoras, os silos e a eletricidade com todo o conforto que ele proporciona. A soja chega a ocupar mais de 10.000 hectares, porém o verão seco e o solo úmido do outono inviabilizam o seu cultivo na região. No final dos anos 80 atingimos a maior área com a maior produtividade do Brasil, passamos das 1.500 quadras do início da década de 50 para 60.000 quadras. A construção dos açudes pelos produtores permitiu armazenar a água nos períodos de abundância para que seja usada em período seco garantindo o cultivo de arroz irrigado em nossa região sem competir com o uso urbano. Pela importância e custo da irrigação os levantes hidráulicos foram redimensionados para aumentarem sua eficiência, assim surgem as bombas de alto rendimento, afogadas e as balsas. Na década de 90 surge a preocupação com os custos financeiros e ambientais, muda-se o estilo de produção. A palavra chave foi taipa de base larga. Ela permitiu o trânsito de máquinas após o taipamento, permitindo o plantio direto no quadro e sobre as taipas. O preparo do solo com o mínimo de operações emprestou o nome ao chamado “cultivo mínimo”. A redução no consumo de óleo diesel, menor erosão na lavoura, maior tempo disponível da pastagem aos animais e menor uso de produtos químicos foram os fatores que determinaram a mudança do modo de produzir o modelo convencional para a lavoura conservacionista. Criação e Coordenação: Carlos Antônio Sgarioni - Diretor de Turismo Histórico do Patrimônio Jesuítico do Município de Uruguaiana Estância de Santiago Por: Dagoberto Alvim Clos Historiador O s padres jesuítas da redução de Japeju (R.A.) já teriam planejado a instalação de estâncias para garantir a provisão alimentar dos índios guaranis. A ausência de minerais, as ameaças dos bandeirantes paulistas, o comércio limitado, o contínuo aumento da população guarani, as secas e pragas que assolavam as plantações, obrigaram os jesuítas a planejar a formação de estâncias, para que assim os índios permanecessem nas reduções e também servisse como recurso econômico. O ano de 1657 marca o início da ocupação jesuítica no sudoeste gaúcho. Antes da sua chegada, a região era habitada pelos índios charruas e jaros. Nesse ano, os guaranis, sob as ordens dos padres de Japeju (R.A,) separaram 1000 cabeças de gado na Estância de San Andrés (R.A), que depois de cruzar o rio Uruguai pelo passo do Aferidor, serviram para fundar sobre a coxilha vizinha ao arroio Puitã, a Estância de Santiago. Essa estância foi a primeira fundada pelos jesuítas na Banda Oriental do rio Uruguai (BR). A Estância de Santiago, logo depois, abrangeria toda a área situada entre os rios Uruguai, Ibicuí, Ibirapuitã e Quaraí, no chamado Rincão do Japeju. Os jesuítas escolheram essa região para fundação da Estância de Santiago pela alta qualidade das pastagens, pela abundância de água e pela proximidade do seguro vau (Passo do Aferidor), facilmente vadeável a cavalo e por onde cruzavam as tropas de gado. A Estância de Santiago servia de suporte alimentar dos índios missioneiros (catequizados) da Redução de Japeju, pois nessa época a carne era a principal fonte de alimentação. Pela importante posição geográfica, a Estância de Santiago constituía uma espécie de posto avançado para a defesa e organização dos missioneiros, localizada sobre uma coxilha, com pontos de observação privilegiados. Nas imensas mangueiras de pedra da Estância de Santiago, construídas com suor dos índios guaranis, a gadaria era amansada, loteada e marcada, antes de ser transferida para as demais estâncias e reduções. No ano de1694 os padres da redução de Japeju fundaram outra estância, San José, no rincão do Quaraí, que se estendia do rio Quaraí até rio Negro, na atual República Oriental do Uruguai. Alguns anos mais tarde, essas duas estâncias (Santiago e San Jose) depois de estruturadas e aglutinadas, formaram a Estância Grande de Japeju (Estância de Japeju). Esta foi a maior de todas as estâncias jesuíticas no século XVIII, cobrindo cerca de 65.000 quilômetros quadrados e era povoada com aproximadamente 500.000 cabeças de gado. A Estância de Santiago foi Palco da Confederação dos Guenoas, quando os índios infiéis (não catequizados), Charruas, Jaros e Minuanos, incitados pelos portugueses da Colônia de Sacramento, se revoltaram contra os espanhóis e os padres jesuítas, atacando a Redução de Japeju, as Estâncias e postos de pastoreio. Foram 7 anos (1701-1708) de constantes ataques frontais ou guerrilhas, causando aos missioneiros enormes prejuízos. Em 1768 os jesuítas são expulsos da América pelo Rei Carlos III, da Espanha. Os padres deixam “100.000 órfãos” (guaranis) a mercê dos espanhóis, ocasionando a decadência espiritual e material das Reduções. A partir de 1775, a Estância de Santiago foi administrada pelo Tenente-Governador de Japeju, Juan de San Martin, pai do General San Martin, um dos libertadores da América e herói nacional argentino. Com a conquista das Missões em 1801 por Borges do Canto e seus companheiros, a Estância de Santiago foi abandonada. Na Estância de Santiago arranchou, em 1819, o açoriano Manoel José de Carvalho, estabelecendo aí a sede de sua estância, que chamou de Japeju. Esse pioneiro é o patriarca de numerosa família uruguaianense: os Carvalho. A Estância foi tomada em julho de 1865 pelos paraguaios, comandados pelo tenente-coronel Estigarríbia, quando da invasão do território brasileiro. Da antiga Estância de Santiago, restam ainda as ruínas de uma capela, três mangueirões, um muro e um poço d`água (todo o conjunto em pedra). Na base, dos mangueirões, os muros passam de 1 metro de espessura, com grandes pedras encaixadas com perfeição. Em alguns trechos, ainda intactos, os mangueirões atingem quase 2 metros de altura. Caminho do Gado O s caminhos traçados pelos padres jesuítas não eram simples picadas marcadas no terreno. Existia uma engenharia viária altamente desenvolvida para a época, com um contínuo trabalho de execução de obras e de manutenção. Eram realizadas escavações, canalizações, construção de muros de contenção e pontes. Nos dias de hoje, grande parte do que sobrou da infra-estrutura viária da Estância Grande de Japeju encontra-se dispersa em todo o sudoeste gaúcho. A racionalidade com que se planejou a rede viária impressiona, pelo fato de que muitos daqueles caminhos se converteram em base para a construção das modernas estradas municipais (vicinais). Como exemplo, temos o “caminho do Gado”, atual UR 413, que ligava a Estância de Santiago ao Passo do Aferidor. Com 12 quilômetros de extensão era um trecho do Camino (Caminho) Real, que ligava Paysandu (R.O.U.) ao Passo do Aferidor. Capela do Aferidor D epois de fundada a Estância de Santiago, em 1657, os padres jesuítas da Redução de Japeju ordenaram aos guaranis a construção de uma capela no Passo do Aferidor, para que os índios posteiros pudessem realizar suas orações. Primeiramente, os jesuítas mandavam construir uma capela, símbolo da religião. Quer nas estâncias, quer nos postos de pastoreio, quer nos passos, eregiam-se pequenas capelas. Periodicamente, o padre ”cura,” realizava missa na capela. Localizada em uma área elevada, livre das cheias do rio Uruguai, a velha capela do Aferidor conseguiu escapar da destruição, e é hoje a construção mais antiga no Município de Uruguaiana em melhor estado de conservação. Passo do Aferidor A comunicação entre as reduções jesuíticas era estabelecida pelos chamados “Caminhos reais” e, em alguns casos, pela via fluvial dos rios Paraná e Uruguai. Entre as reduções do rio Uruguai, como JAPEJU (R.A.), LA CRUZ e SANTO TOMÉ prevalecia a comunicação fluvial. A Redução de JAPEJU era a chave para ingresso às Missões, devido à sua excelente posição geográfica, servindo o Rio Uruguai como canal de comunicação com o Rio da Prata e Buenos Aires. O Porto de Japeju (R.A.) destacava-se por sua importância comercial, já que ali eram embarcados e transportados os excedentes da produção de erva-mate, madeira, couro e outras mercadorias em demanda dos portos de Santa Fé e Buenos Aires. Os rios Paraná e Uruguai separavam as reduções da Banda Oriental (BR) e Ocidental (R.A.), mas não constituíam obstáculo às comunicações, pois havia vários pontos (baixios) por onde se realizava a travessia (passos). No Rio Uruguai, por sua importância, se destacavam os passos do Aferidor e de Santa Ana (atual Santana Velha, primeira localização da cidade de Uruguaiana). No Rio Ibicuí, o Passo de Santa Maria (hoje a ponte rodoviária da BR 472). No arroio Ibirocai, os passos do Ipané, do Vai e do Caminho Real (atual Passo dos Moura). No Rio Quarai, o passo do Caminho Real (Juqueri). No Passo do Aferidor (BR), quase em frente à Redução de Japeju (R.A.) a travessia era facilitada pela existência de uma ilha ( Ilha Japeju). Estância São Sebastião L ocalizada numa coxilha, com pontos de observação privilegiados, a estância (hoje denominada São Sebastião) estava próxima de cursos d'água, como os arroios Jacaré, Ibirocaizinho e Ibirocaí. Sua localização não foi fortuita, foi criada estrategicamente no centro geográfico dos rios Uruguai, Ibicuí, Ibirapuitã e Quaraí. Por ali passava o Caminho Real ou Caminho de Japeju, que ligava o Passo do Aferidor a Estância de Paysandu e aos postos de pastoreio da outra margem do arroio Ibirocaí. Foi um centro de irradiação religiosa e serviu como lugar de trânsito, com albergue gratuito, onde os viajantes pernoitavam e trocavam os animais de tiro. Esta zona formava um rincão ou língua de terra que oferecia muita segurança perante qualquer invasão e também servia para conter os roubos de animais por parte dos índios infiéis. As facilidades de comunicação por via terrestre e fluvial com outros mercados locais e regionais e sua eficiente administração possibilitou um aumento crescente da produção da estância. Casa Branca “Casa Branca”, assim era conhecida essa casa de pedra, pintada de cor branca, desde a primeira metade do século XIX no 2° Distrito de Santana (atual Município de Uruguaiana) que na época pertencia a Alegrete. Era um ponto de referência na Sesmaria da “Casa Branca.” Essa casa de pedra (próxima da BR 290) - capela e posto – se constituía num ponto de contato e apoio entre as estâncias e os inúmeros postos de pastoreio da imensa Estância Japeju. Santana Velha A o criar “capelas ou oratórios” nos postos de pastoreio da Estância Japeju, a partir de 1657/1660, os jesuítas tratavam de complementar o tráfego fluvial com o trânsito terrestre. Por essa época se destacavam no rio Uruguai os portos de Japeju e Santa Ana. O Porto de Santa Ana estava localizado junto ao arroio Guarapuitã, no vau (passo), à beira do rio Uruguai e é mencionado por diferentes documentos dos séculos XVII, XVIII e XIX, antes mesmo da divisão do território brasileiro em Capitanias. Condições favoráveis à aportagem de pequenas e médias embarcações, reconhecidas desde o ano de 1626, fizeram com que a área nas proximidades do Porto de Santa Ana fosse registrada na cartografia jesuítica. O termo “porto” nos dá uma idéia de sua importância regional. Caminho do Imperador Casa Queimada Dom Pedro II N os postos de pastoreio da Estância Grande de Japeju viviam os índios campeiros encarregados da gadaria. Cada posto era formado por um grupo de ranchos, uma capela, um curral de pedras, um poço de água e uma horta. Os índios posteiros vigiavam e cuidavam de aproximadamente 2000 cabeças de gado. A paisagem de horizonte amplo, em local estratégico, com abundância de água, é que determinava a localização dos postos de pastoreio. Logo depois da fundação da Estância de Santiago e da organização do Passo do Aferidor, os padres de Japeju teriam organizado o primeiro posto de pastoreio, San Marcos. Este posto, provavelmente, estava localizado nas imediações onde hoje se encontra a povoação de São Marcos, na beira do rio Uruguai. A histórica Casa Queimada, às margens de BR 290, era mais uma capela de um dos inúmeros postos de pastoreio da Estância Grande de Japeju. Pela localização geográfica, teria sido uma das primeiras capelas a serem construídas pelos Jesuítas. A antiga capela foi incendiada duas vezes, segundo a história oral. Pela primeira vez, durante a Guerra do Paraguai, em 1865, pelo exército invasor; e pela segunda vez, na Revolução de 1923, num combate entre “chimangos” e “maragatos.” A “Queimada” virou ponto de referência da população urbana e rural de Uruguaiana e de outras cidades da Fronteira-Oeste. Por Dagoberto Alvim Clos Historiador E m 5 de agosto de 1865, 7300 paraguaios, sob o comando do Tenente Coronel Estigarríbia, invadiram Uruguaiana. O General Davi Canabarro, procurando evitar o combate na Vila, determinou a evacuação do povoado e concentrou as tropas brasileiras na região de Santana Velha, (Rio Uruguai), onde aguardou reforços. D. Pedro II, entendendo que sua presença na área do conflito serviria como apoio moral às topas na luta contra o invasor, expôs ao Ministro da Guerra essa sua intenção e partiu para Uruguaiana no dia 10 de Julho, acompanhado de seu genro Duque de Saxe, o Ministro da Guerra Ângelo Ferraz e dos ajudantes de campo – Marquês de Caxias e General Francisco Cabral. No dia 15 de agosto, o Conde D´Eu, seu genro, alcanço-o em Caçapava. No dia 31 de agosto chega em Uruguaiana a notícia do deslocamento de D. Pedro e comitiva para a área do conflito, o que estimula os comandos acampados nos arredores da Vila a exercitarem diariamente suas tropas, aguardando o Imperador. Em 8 de setembro a comitiva Imperial atinge Alegrete (a 150 km de Uruguaiana), onde pernoita, reiniciando o deslocamento em 9 de setembro, às 10 horas. No dia 10, às 6 horas, a comitiva parte e atinge as margens do arroio Ibirocai, no Passo dos Moura (divisa dos atuais Municípios de Uruguaiana e Alegrete), onde sesteam e trocam os cavalos. A seguir, cruzam o passo e às 16h alcançam uma casa situada ao pé da nascente do arroio Touro Passo (próximo da atual Estância Santa Elsa). A seguir, às 17 h puseram-se em marcha e foram dormir na chamada Casa Branca, distante 18 km, onde foram recebidos pelo proprietário, que lhes ofereceu um magro jantar de frango cozido com pirão. (Essa casa, de pedra, hoje é propriedade do Sr. Godevar Rolão Salgueiro). A seguir, toda a comitiva acomodou-se como pôde em leitos muito precários para passar a noite. Na madrugada do dia 11 de setembro acordam às 4 horas, visto que D. Pedro desejava partir às 5 horas. Porém, a partida é adiada devido ao “disparo da cavalhada”. O general Cabral, de qualquer modo, recomendara ao Imperador que não entrasse no acampamento sem sua escolta. Às 6 horas conseguem se deslocar e às 9 enxergam as primeiras barracas do acampamento numa faixa de terreno arborizado. Logo vem ao encontro de sua Alteza Imperial o Barão de Porto Alegre, acompanhado do General Caldwell e do Visconde de Tamandaré. À noite, dormem no acampamento do Barão de Porto Alegre, Comandante-em-Chefe das tropas brasileiras. No dia 12 de setembro, apesar de forte chuva, foi instalado o acampamento imperial numa coxilha, no lado Leste da Vila de Uruguaiana (hoje imediações do CTG Sinuelo do Pago), local escolhido pelo próprio D. Pedro II. No dia seguinte, às 9h e 30min, o Imperador visitou a flotilha comandada pelo Visconde de Tamandaré, na qual se encontrou com os demais chefes aliados. Na manhã do dia 18 de setembro, D. Pedro e comitiva se encontravam em frente ao cemitério (hoje antigo prédio do IRGA-PMU) entre os batalhões brasileiros. Os invasores paraguaios estavam desmoralizados. D. Pedro decidira sitia-los sem trégua,interceptando suas comunicações por meio da esquadra. Sem saída, o inimigo se rendeu e entregou as armas. Às 16h, em todas as direções eram vistos soldados brasileiros, cada um com um soldado paraguaio na garupa. D. Pedro fez desfilar o exército inimigo (oficiais e soldados) desarmado, antes de entrar na Vila de Uruguaiana. Já era noite quando o Imperador e os chefes brasileiros entraram numa Uruguaiana, saqueada, destruída e fétida, onde primeiro visitaram a igreja que os paraguaios escolheram para quartel general. Depois, procuraram uma casa para jantar, alojandose na residência do padre Antonio Dornelles (onde hoje funciona a loja P&S do Sr. Paulo Pavin), onde jantaram. Após a ceia, D. Pedro e comitiva regressam ao acampamento. No dia 19 de setembro D. Pedro II percorreu toda a trincheira erguida pelo inimigo. Em 23 de setembro a barraca Imperial é visitada pelo Sr. Eduardo Thornton, que fora enviado pela Rainha Vitória da Inglaterra como porta-voz para reatar as relações diplomáticas com o Brasil, rompidas por ocasião da Questão Christie, ocorrida no litoral do Rio Grande. Naquela oportunidade, o Ministro britânico no Rio de Janeiro, Sr. Christie, acusou os moradores do litoral do Rio Grande de terem assassinado os tripulantes de um navio inglês naufragado. Na verdade, aqueles tripulantes morreram afogados. Mas a Inglaterra exigiu do Brasil pesadas indenizações, no que não foi atendida. A seguir, a Inglaterra, na época a maior potência do mundo, reconhecendo que agira de modo precipitado, pediu clemência a D. Pedro II. Em 25 de setembro, D. Pedro e todo seu Estado-Maior, e mais dois padres, a bordo do Vapor Onze de Junho, dirigiram-se para Itaqui e São Borja, onde foram ver de perto a destruição dessas duas vilas provocadas pelos paraguaios. No regresso, em 29 de setembro, a comitiva entrou no rio Ibicuí e seguiu até ao Passo de Santa Maria (hoje ponte sobre o rio Ibicuí), onde o Imperador observou o local exato da transposição do rio pelos paraguaios. E às 19h chegam a Uruguaiana. No dia 1° de outubro, após as despedidas oficiais, D. Pedro e comitiva partem às 10 horas da manhã em direção à Casa Branca, onde chegam às 16h e 30min e aí jantam. Às 20h acampam nas pontas do arroio Touro Passo, onde puderam admirar uma eclipse lunar. Em 2 de outubro, saem às 10h param à margem do arroio Ibirocaí, no Passo dos Moura, onde ficaram até às 15h na cabana de um português emigrado de Uruguaiana, conversando e tomando mate. Às 19h a Comitiva Imperial acampa aquém do arroio Inhanduí. Obs. Segundo Raul Pont, em Campos Realengos, volume II, o Imperador D. Pedro II teria passado pela Estância São Sebastião, na margem do arroio Ibirocaisinho, quando veio para retomar a Vila de Uruguaiana dos paraguaios, onde deixou a sua rubrica numa imensa mesa de refeições, com pés torneados em fino jacarandá. Entretanto, o Conde D´Eu, na sua obra “Viagem Militar do Rio Grande do Sul”, um interessante diário, relatando a viagem que realizou junto ao Imperador D. Pedro II, em nenhum momento escreveu que estiveram na Estância São Sebastião. O Conde D´Eu não escreveu tudo sobre a viagem, mas apenas o que ele considerou importante. Alguns fatos certamente não foram narrados, entre eles a passagem pela Estância São Sebastião. Raul Pont se baseou na história oral, que não deve ser descartada.