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PAULO HENRIQUE ARRUDA FERNANDES
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ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA
USINA DE RECICLAGEM DE PAPELÃO NO DISTRITO FEDERAL
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Artigo apresentado ao curso de graduação em
Engenharia Ambiental da Universidade
Católica de Brasília, como requisito parcial
para a obtenção de Título de Bacharel em
Engenharia Ambiental.
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Orientador: Prof. Dr. Douglas José da Silva
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Brasília
2013
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Artigo de autoria de Paulo Henrique Arruda Fernandes, intitulado “ESTUDO DE
VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA USINA DE
RECICLAGEM DE PAPELÃO NO DISTRITO FEDERAL”, apresentado como requisito
parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Ambiental da Universidade
Católica de Brasília, em 29 de novembro de 2013, defendido e aprovado pela banca
examinadora abaixo assinada:
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Prof. Dr. Douglas José da Silva
Orientador
Curso de Engenharia Ambiental – UCB
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Prof. MSc. Willen Barbosa
Examinador
Curso de Engenharia Ambiental – UCB
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ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA
USINA DE RECICLAGEM DE PAPELÃO NO DISTRITO FEDERAL
RESUMO
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PAULO HENRIQUE ARRUDA FERNANDES
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A população do Distrito Federal gera um expressivo volume de resíduos sólidos, assim como
outros grandes centros urbanos do Brasil. A destinação final do resíduo gerado é um problema
devido à falta de centros de disposição final de resíduos que são adequados às normas
sanitárias. Felizmente o papelão ondulado possui uma alta taxa de reciclagem no Brasil: cerca
de 73% do papelão produzido retorna para a cadeia de reciclagem. O presente estudo analisou
as condicionantes técnicas e econômicas para a implantação de uma usina de reciclagem de
papelão no Distrito Federal, com a premissa quantitativa e qualitativa de que existe ganho
ambiental para a sociedade. O estudo contemplou análises de custos da operação e
manutenção de uma usina de reciclagem de papelão ondulado. Os resultados se mostraram
positivos nos dois cenários simulados, sendo que o primeiro cenário conta com a venda de
todo o produto gerado pela reciclagem e com retorno do investimento em 3 meses e
rentabilidade de 478%. O segundo cenário conta com a venda de apenas 50% da produção de
reciclado, e tem o retorno do investimento em 7 meses e rentabilidade de 159%. Em ambos os
cenários a implantação da usina se mostra viável.
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Palavra chave: Papelão ondulado. Viabilidade técnica e econômica; Reciclagem.
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1 INTRODUÇÄO
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O Brasil vem vivendo um forte aumento no segmento das indústrias de reciclagem
devido ao constante crescimento da conscientização ambiental da população, falta de recursos
naturais e alto preço da matéria prima virgem, que começa a exigir produtos de origens menos
agressivas ao meio ambiente. O presente estudo abordará e avaliará as diretrizes técnicas e
econômicas de uma usina de reciclagem de papelão, também conhecido como corrugado, que
pode ser usado basicamente em embalagens para transporte de produtos para fábricas,
depósitos, escritórios e residências. As caixas feitas em papelão são facilmente recicláveis,
consumidas principalmente pelas industrias de embalagens, responsáveis pela utilização de
64,5% das aparas recicladas no Brasil. [...] o processo de produção do papelão é o que mais
utiliza material reciclado no país, de acordo com o Compromisso Empresarial Para
Reciclagem (CEMPRE).
O presente trabalho tem como objetivo geral caracterizar e avaliar as condicionantes
técnicas e econômicas da implantação e operação de uma usina de reciclagem de papel
ondulado no Distrito Federal. O estudo tem como objetivos específicos identificar os pontos
fortes e fracos do projeto afim de fortalecer os pontos fortes e neutralizar os pontos que
podem afetar o sucesso do empreendimento, reunir informações sobre a legislação aplicada ao
empreendimento, interpretar dados referentes ao processo de reciclagem e verificar a
viabilidade da implantação da usina.
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A revolução industrial, iniciada no século 18, expandiu-se com intenso vigor no
século 19, com invenções que mudariam para sempre a história do desenvolvimento da
humanidade: locomotivas a vapor, lâmpada elétrica, automóvel, telefone, máquina de
escrever, fotografia, cinema, entre outras. Na indústria, foi inventado o conceito de linha de
montagem, sistema que acelerou a produção de bens de consumo em larga escala.
Neste século tão rico em transformações que surgiu o papelão ondulado, inicialmente
projetado como proteção interna de chapéus, na Inglaterra de 1856. As características de
proteção e a facilidade de trabalho deste versátil material foram logo adaptadas para o uso em
embalagens. Em 1871, o americano Albert L. Jones patenteou embalagens produzidas em
papelão ondulado para envolver produtos frágeis, como garrafas de vidro. No século 20, o
papelão ondulado continuaria sendo a matéria-prima mais utilizada no mundo para proteger,
transportar e expor mercadorias, permeando a cadeia de produção de produtos de consumo.
Hoje, a tecnologia do papelão ondulado oferece diversas gramaturas em composições
de capa e miolo que permitem uma variedade de estruturas rígidas e, ao mesmo tempo, leves,
para as mais diversas aplicações. Com inovações em design e sistemas construtivos,
impressão e acabamento de alta qualidade, as embalagens de papelão ondulado expandem
suas fronteiras e passam a ser notadas nos pontos de venda mundiais, como embalagens
primárias sustentáveis. A tecnologia da produção da embalagem de papelão ondulado evolui
sempre, e suas qualidades essenciais, cada vez mais valorizadas, permanecem intactas:
matéria-prima 100% reciclável, 100% biodegradável e 100% proveniente de fontes
renováveis (ABPO, 2013). No ano de 2011, cerca de 73,3% do volume total de papelão
consumido foi reciclado, esse valor corresponde a cerca de 3.393.000 toneladas, conforme o
CEMPRE. Apesar do índice de reciclagem relativamente alto, ainda há muito a se explorar e
expandir na reciclagem de papelão no Brasil. As grandes usinas de reciclagem estão
concentradas nos grandes polos industriais, fazendo com que a área de alcance de coleta e
reciclagem do papelão não seja uniforme em todo território brasileiro, ou seja, ainda há
regiões do Brasil em que a taxa de reciclagem do papelão é baixa.
O Brasil é um grande reciclados de papeis. Esse título pode ser dado ao Brasil pelo
volume expressivo de recuperação de papeis recicláveis que, após o descarte, são convertidos
em novos produtos que retornam para a cadeia de consumo. O esclarecimento da população
sobre a preservação do meio ambiente e campanhas que incentivam o descarte adequado e a
coleta seletiva têm colaborado fortemente para que a indústria de reciclagem se desenvolva e
cresça cada vez mais no País.
Apesar do incentivo às maiores taxas de reciclagem do papel, a legislação nacional é
rigorosa a respeito da utilização de papelão reciclado que contenham contaminações, o que é
comum devido a forma que o papel é descartado, coletado e manuseado, para embalagem e
transporte de alguns tipos de alimentos. Por essa razão, há casos onde a exigência do mercado
é pelas fibras virgens, limpas e menos contaminadas pelo manuseio.
A região Centro Oeste, região de interesse no presente estudo, ainda possui uma
baixa participação na reciclagem do papelão ondulado, cerca de 6,63%, na frente apenas da
região Norte que tem participação de 3% no mercado de reciclagem de papelão. As regiões
com maior participação na reciclagem de papelão ondulado são as regiões Sudeste e Sul, com
índice de reciclagem de 52% e 29%, respectivamente. de acordo com a Associação Brasileira
do Papelão Ondulado (ABPO). Esses dados mostram que ainda há um grande e potencial
mercado de reciclagem de papelão a ser explorado na região Centro Oeste.
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Segundo Foekel (2011), o papelão ondulado é um produto do setor de base florestal
que é produzido com pastas celulósicas de fibras longas, oriundas tanto de fibras virgens
como de fibras recicladas, sua principal matéria-prima. As principais fibras usadas no
hemisfério sul para a produção desses papéis são aquelas individualizadas (e posteriormente
recicladas) a partir das madeiras de Pinus. O papelão ondulado também é comumente
chamado de corrugado. A razão para ambas as denominações é o fato de o miolo ter camadas
de papel em ondas corrugadas.
O papelão ondulado possui simples constituição, alta versatilidade e a grande
vantagem de possuir uma alta reciclabilidade e sustentabilidade, é o produto mais utilizado
para a fabricação de embalagens no mundo atual. Devido as suas inúmeras vantagens, a
embalagem de papelão ondulado é extremamente competitiva para a função de proteção de
produtos sensíveis, tais como os alimentos. Uma das vantagens da utilização do papelão
ondulado em embalagens é a sua resistência oferecida para a proteção interna, manuseio,
estocarem e todos os tipos de situações que um produto embalado pode enfrentar desde a sua
origem até o destino final.
A disposição das camadas de papel é o grande fator que agrega tantas vantagens ao
papelão ondulado. O papelão ondulado é formado basicamente por uma placa composta por
duas chapas de papel lisas, denominadas forros ou liners. Por dentro, entre as chapas, há um
meio interno ondulado (o miolo do papelão), que pode ser constituído com uma ou mais
camadas de papel ondulado colados aos forros externos ou mesmo a forros internos, no caso
do papelão multicamadas. Geralmente o miolo tem uma coloração mais escura devido a sua
composição por fibras não branqueadas de celulose. Ele garante a presença de ar na parte
interna da placa, o que confere menores variações de temperatura, maior resistência a
choques, e evita problemas com compressões.
Quando o forro é fabricado com grande proporção de fibras virgens, denomina-se
kraftliner. Se a fabricação do forro for em sua maioria com fibras recicladas, chama-se
testliner. Mesmo com o grande uso de aparas de papel como fonte de fibra para a produção de
papelão ondulado, é necessário o acréscimo de uma certa quantidade de fibras virgens, para
agregar qualidade ao produto final.
Estas fibras entram no processo de produção do kraftliner. Já no processo do papel
testliner, é utilizado quase exclusivamente fibras recicladas, mas que passam por um processo
de limpeza e purificação, podem até mesmo serem fracionadas, para conferirem melhor
qualidade aos forros. Tanto no testliner como no kraftliner, a predominância é para longas
fibras de Pinus, mas admite-se percentagens significativas de fibras curtas de eucalipto. O
papel miolo, conhecido como fluting, com o qual se produz a onda, é, em sua grande maioria,
fabricado exclusivamente com aparas de papel, podendo conter fibras custas e longas
misturadas, podendo também ser produzido com pasta mecânica. Há também o white top
liner, que é o papel branqueado fabricado com grande participação de fibras virgens.
Atualmente, existem variadas e diferentes gramaturas para esses três tipos de papéis.
Podendo variar entre 70 e 150 g/m² para o papel miolo e entre 100 e 250g/m² para os papéis
tipo forro. Porém, em embalagens especiais, essas especificações podem ser substancialmente
maiores. Existem papéis de forro com gramatura acima de 300g/m², mas existem constantes
pressões por parte dos compradores para que haja redução dos pesos de embalagens. Graças a
essas pressões o processo de produção do papelão ondulado tem sofrido diversas inovações
para que as caixas possam ser fabricadas com papeis forro e miolo de menores gramaturas
mantendo qualidade e resistência compatíveis com a demanda.
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O principal equipamento para a produção do papelão ondulado é a onduladeira, que
consiste em um conjunto de máquinas em linha que fabrica o papelão ondulado através de
processo contínuo. Existem várias configurações para a onduladeira, tudo depende de qual o
tipo de papelão ondulado que se quer produzir. A complexidade da onduladeira varia de
acordo com a quantidade de faces e paredes, quanto maior a quantidade mais complexa é a
onduladeira, acarretando no aumento de espaço e tecnologia, também para evitar desperdícios
e não conformidades. As onduladeira também podem produzir ondas de tamanho variado, as
quais são classificadas conforme normalização.
De acordo com a terminologia da NBR 5985 utilizada pela Associação Brasileira de
Papelão Ondulado, os papéis ondulados são classificados como:
Face simples: estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) colado a um
elemento plano (forro).
Parede simples: estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) colado, em
ambos os lados, a elementos planos (forros).
Parede dupla: estrutura formada por três elementos planos (forros) colados a dois
elementos ondulados (miolos) intercaladamente.
Parede tripla: estrutura formada por quatro elementos planos (forros) colados em três
elementos ondulados (miolos) intercaladamente.
Parede múltipla: estrutura formada por cinco ou mais elementos planos (forros)
colados a quatro ou mais elementos ondulados (miolos) intercaladamente.
Apesar disso, o número de ondas, ondulações, largura e espessura dessas ondas são
padronizadas e podem variar de acordo com o tipo de produto que se deseja proteger. Os
forros, em sua maioria, possuem coloração marrom mas existem forros mosqueados em
branco na parte externa ou totalmente brancos, podendo ser pintados ou então com uma
camada de celulose mais clara, chegando a ter até 100% de fibras recicladas em sua
composição.
Existem, também, o papelão micro ondulado, neste tipo de papelão a onda do miolo
fica com uma espessura diminuta, o que lhe permite receber impressões flexográficas mais
sofisticadas. Atualmente, as ondas menores estão em 0,3mm de altura, e tem a sua aplicação
em embalagens do segmento, alimentício, perfumarias, fruticultura, produtos farmacêuticos,
higiene e limpeza, brinquedos, entre outros. Em oposição ao papelão micro ondulado, estão as
embalagens formadas com miolo de ondas altas, variando entre quatro e sete milímetros de
altura. Essas ondas são mais usadas em papelão de paredes duplas e triplas e são destinadas a
embalagens de tamanho extra grande, destinadas a transportar volumes em toneladas.
A embalagem que possui papelão ondulado pode ser pintada, tornando-a mais atrativa
aos olhos do consumidor final. A maioria das colas, tintas e materiais auxiliares de
empacotamento são atóxicos, o que permite uma reciclagem mais saudável, e agrega mais um
fator positivo para o papelão.
Não são todos os tipos de papelão que podem passar pelo processo de reciclagem.
Primeiramente, existem dois tipos de papelão. O papelão ondulado - utilizado em sua grande
maioria em embalagens para transporte e proteção de produtos, é identificado pela camada
interna de miolo, tornando-se uma espécie de “pilha” de papelão, normalmente possuindo
entre 2 e 5 camadas de papelão podendo variar de acordo com o uso desejado. Papelão plano é composto por uma única camada de papelão e normalmente é utilizado em embalagens de
cereais, caixas de sapato e outros pacotes.
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Primeiramento o material a ser reciclado deve ser classificado de acordo com o grau
de limpeza das aparas e o material que se deseja produzir. Depois da classificação, inicia-se o
processo de reciclagem propriamente dito. Geralmente essas classificações são feitas no
momento de se adquirir a matéria prima.
Depois de classificado, o papelão vai para o hidrapulper onde é batido com água para
que as fibras se desagreguem, formando-se uma massa de celulose. Quando o papelão
ondulado é reciclado necessita-se separar os demais materiais para que não haja
contaminação, por isso a massa de celulose é encaminhada para o processo de centrifugação
para retirada de impurezas (areia, prego, grampos, etc.).
Saindo da centrifugação a massa de celulose segue para a caixa de entrada da
onduladeira, que em sua primeira etapa, passa pela mesa formadora que retira o excesso de
umidade. Logo em seguido a massa de celulose é prensada em uma prensa onde é feito a
folha de papelão de acordo com a gramatura desejada, formando o testliner ou a chapa que
será corrugada para ser utilizada como miolo. Para a fabricação da chapa do papelão ondulado
utilizada camadas de testliner e miolo, de acordo com o produto final desejável, portanto deve
se alternar a produção para que se tenha a quantidade necessária de material para a fabricação
do papelão ondulado.
Caso o produto desejado seja o miolo, após o acerto de gramatura a chapa de papelão
segue para a onduladeira, onde a chapa é ondulada com o tamanho de onda pré estabelecido
de acordo com a utilização que será dada ao produto final.
Caso o produto desejado seja o testliner, a chapa seguirá para o processo de colagem,
que consiste na colagem da chapa de testliner com chapa de miolo.
Por fim, temos o papelão ondulado, que é enrolado em bobinas e está pronto para a
comercialização.
Teremos uma análise que contemplará questões sobre mercado de reciclagem, a
situação dos resíduos no Distrito Federal, aquisição de matéria prima disponibilidade de
matéria prima, possíveis clientes e concorrentes.
De acordo com a Associação Brasileira de Celulose a Papel (BRACELPA, 2011), o
consumo aparente de papel foi de 9,6 milhões de toneladas e a recuperação de aparas foi de
4,5 milhões de toneladas, o que resulta em uma taxa de recuperação de 45,7%. Para efeito de
comparação, o Brasil é o décimo segundo pais no ranking de recuperação de papéis
recicláveis, o ranking é liderado pelo Coréia do Sul que possui uma taxa de 91,6% de
recuperação de papéis recicláveis, seguida por Alemanha, Japão e Reino Unido, com 84,8%,
79,3%, 78,7 respectivamente.
O consumo aparente per capita de papel no Brasil, gira em torno de 48,6kg, sendo que
78% desse montante é de papelão ondulado. O consumo per capita no Brasil está abaixo da
média do consumo mundial, que é de 57kg (BRACELPA, 2013).
O Brasil, é, de fato um grande reciclador de papelão ondulado, nos últimos anos vem
mantendo a taxa de reciclagem na casa dos 70%, o que é um valor bastante expressivo quando
comparados a países desenvolvidos.
A indústria de papel ondulado é composta por segmentos que apresentam complexas
relações verticais e horizontais entre si (SAES, 2005). Tal complexidade se da principalmente
pela estrutura bastante diversa dos fornecedores de sua matéria prima, que pode ser
caracterizada por uma mistura de fibra reciclada e virgem. No setor do papelão ondulado,
existe um número reduzido de empresas que integram em seu processo produtivo desde a
floreste até as embalagens de papelão ondulado. Esse fato deve-se à presença de grandes
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barreiras à entrada, que são causadas pela especificidade do ativo “floresta”, além da alta
escala com que essa indústrias operam, levando à necessidade de grandes investimentos
iniciais. No brasil, o kraftliner é produzido por três principais empresas, que são a Klabin,
Grupo Orsa e a Rigesa.
O mercado de material reciclado contrasta com a estrutura descrita. O reciclável é
adquirida de aparistas, que por sua vez têm uma estrutura horizontal informal muito bem
estruturada. A estrutura inicia-se nos acordos informais entre funcionários de limpeza de
residências e/ou de escritórios com catadores de papel. Depois, passa por pequenas empresas,
em sua maioria informais, chamadas de “sucateiras”, que adquirem o produto e o
encaminham para os aparistas, os quais têm contato com as empresas de papel ondulado.
Além das grandes empresas integradas verticalmente, existem também médias e
pequenas empresas que adquirem no mercado o kraftliner, que, juntamente com o reciclado,
fabricam o ondulado. A onduladeira é o principal equipamento da fábrica: ondula a folha de
papel e cola-a com duas outras folhas planas. Segundo a ABPO, em 2010, 149 onduladeiras
estão em funcionamento no Brasil, porém a ABPO não informa qual o número de empresas
que possuem onduladeiras. Vale observar que essas empresas, além de compradoras do
kraftliner das empresas integradas, podem também se tornar suas concorrentes em
determinados mercados. Esse é um segmento com um grande número de empresas, que,
apesar de necessitar de investimentos maiores do que o das empresas de cartonagens, requer
investimentos bem menores do que o de outros tipos de papel, como os de imprimir e escrever
ou mesmo de kraftliner.
De acordo com a Associação Nacional de Aparistas de Papel (ANAP), a aquisição de
matéria prima poderia ser realizada conforme apresentada na Figura 01:
Figura 01: Fluxograma do processo de comercialização de aparas.
Fonte: Associação Nacional dos Aparistas de Papel (ANAP).
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As empresas de cartonagem também participam dessa indústria - empresas que
adquirem chapas de papel ondulado para a fabricação de caixas de papelão ondulado. Essas
empresas tem a entrada facilitada no segmento devido ao baixa investimento inicial, quando
comparado as demais fabricantes de embalagens, é por essas empresas se especializarem em
segmentos do mercado de pequeno porte, que na maioria das vezes não são de interessas de
grandes empresas, devido a sua fabricação em larga escala. Portanto, as empresas de
cartonagens dificilmente serão concorrentes das grande empresas, mas ser das médias.
Atualmente o Distrito Federal conta com cinco locais de disposição final dos seus
resíduos: o aterro controlado próximo ao Jockey Club de Brasília, a usina de incineração de
resíduo especial, a usina central de tratamento de resíduo, ambas localizadas na Ceilândia, a
usina de triagem e compostagem localizada na Avenida das Nações e a usina de compostagem
e reciclagem de Brazlândia.
De acordo com a empresa que está operando o Centro de Destinação Final de
Resíduos Sólidos do Distrito Federal, a Valor Ambiental, o aterro controlado recebe cerca de
1.500 toneladas de resíduos por dia e mais 300 toneladas de resíduo de construção e
demolição em geral. O aterro controlado ocupa uma área de aproximadamente 200 hectares.
Presentemente contempla ao seu redor uma favela que alimenta a profissão de “catadores de
lixo”. A invasão ganhou o nome de Cidade Estrutural e tem hoje uma população estimada em
28 mil habitantes.
A usina denominada Usina de Incineração de Lixo Especial – UILE é uma das
Unidades Operacionais do Sistema de Limpeza do Distrito Federal, instalada no DF no ano de
1985. Funciona junto à Usina Central de Tratamento de Lixo – UCTL, localizada na Área
Especial do Setor P-Sul da Ceilândia, às margens da via P-5 Sul. A Usina possui um regime
de funcionamento de 24 horas e interrompe a operação apenas aos sábados, domingos e
segundas para manutenção do sistema.Tem como objetivo principal a incineração de todo o
resíduo especial gerado no DF. Nesse contexto enquadram-se como resíduo especial os
resíduos de serviços de saúde, documentos sigilosos, alimentos com prazos de validade
vencidos, fitas cassetes e CD’s apreendidos, drogas entorpecentes e pequenos animais mortos.
A Usina de Triagem e Compostagem da Asa Sul (UTL), utilizando tecnologia dano
(dinamarquesa), com quatro linhas de processamento, situada no SCES/SLU, Avenida das
Nações sentido Sul, envolvendo as atividades de triagem e classificação de materiais
recicláveis, processamento e compostagem de matéria orgânica. Entre as atividades
desenvolvidas inclui-se também a ordenação e organização dos Catadores na Usina, a partir
de seu cadastramento e identificação por equipe própria de assistentes sociais, sob a
coordenação do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), para apoio à consolidação de projetos e
programas correlatos desenvolvidos pelo GDF, no sentido de incentivar a organização dos
catadores e implementando iniciativas que possibilitem a melhoria da renda, bem como sua
inclusão social (SLU, 2009).
Inaugurada em 1992, a Usina de Compostagem e Reciclagem de Brazlândia foi
construída com o objetivo de tratar os resíduos coletados na coleta seletiva provindos da
mesma cidade, atualmente processa cerca de oitenta toneladas por dia (DUARTE, 2002).
O preço do papelão ondulado no Distrito Federal varia de acordo com o fornecedor e o
processo de fornecimento. Segundo o CEMPRE (2013) o preço da tonelada do papelão limpo
e prensado vendido através da associação de catadores e usina de tratamento de resíduo é da
ordem de R$180,00 a R$250,00 reais.
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No Centro de Destinação Final de Resíduos Sólidos do Distrito Federal o preço do
papelão ondulado, quando comprado diretamente com os catadores, é um pouco mais baixo
em relação ao preço pago pelas associações, esse preço normalmente não passa de R$130,00
reais por tonelada. O papelão do aterro controlado é de pior qualidade que o comercializado
por associações e usinas de tratamento, e o material não é limpo.
Segundo o CEMPRE (2013) os preços da tonelada do papelão ondulado, vendido
pelas associações e cooperativas, podem variar de acordo com a região geoeconômica, oferta
e procura como demonstrado na Tabela 1.
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Tabela 1: Preço do papelão ondulado no Brasil.
Preço do material reciclável
Papelão (R$/t)
Amazonas
Manaus
150,00
Prensado
200,00
Não informado
300,00
Prensado
300,00
Não informado
320,00
Prensado; Limpo
300,00
Não informado
Cordeirópolis
340,00
Prensado
Guarulhos
370,00
Não informado
Ribeirão Pires
400,00
Prensado
Rio Claro
300,00
Não informado
150,00
Não informado
Distrito Federal
Brasília
Goiás
Goiânia
Paraná
Campo Limpo
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
Porto Alegre
São Paulo
Rio Grande do Norte
Natal
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Fonte: CEMPRE (2013)
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A aquisição de matéria prima é um fator limitante para esse estudo, uma vez que sem
o material a indústria não entra em operação. Essa matéria prima depende principalmente do
consumo de papelão ondulado por atividades comerciais e consumo per capta de papelão
ondulado.
Algumas premissas básicas devem ser levadas em conta para que não sejam
superestimadas e o negócio seja bem sucedido desde o início. Apesar de todas as vantagens, a
reciclagem precisa ser encarada como um negócio que vai gerar resultado financeiro,
justificando a sua prática além do aspecto educativo e ambiental. Seguem as premissas. A
logística é fundamental para o sucesso do programa. Mensurar a captação de cada ponto e
determinar a frequência de coleta viabiliza a sua continuidade. O fluxo de material reciclável
deve ser fácil, fluente e permanente, assim como a estrutura de coleta, transporte e
armazenamento. A comunicação é vital para o início e manutenção do programa, estimulando
a comunidade local a participar ativamente da separação seletiva dos resíduos. ë fundamental
ter conhecimento do mercado com antecedência e garantir a compra dos resíduos a preços que
justifiquem a operação. A captação deverá ser planejada, respeitando a legislação pertinente
quanto a mobiliário urbano e facilidade de acesso.
A viabilidade econômica é definida pela adequação de três fatores: Beneficiamento,
volume e distância.
Sendo um país de proporções continentais, a distancia máxima aceitável a percorrer
dependerá da quantidade de vidro captado e das condições de negociação de preços de venda
e de custo de frete. É preciso considerar a distância dos pontos de captação até as usinas de
beneficiamento e respectivas fábricas de papelão. Deverão ser computados gastos com
combustível, mão de obra de motorista, além da manutenção do veículo e sua depreciação.
Segundo Kraychete (1997) é importante fazer uma projeção do capital necessário
para abrir o negócio, pois serão necessários investimentos para instalação e funcionamento
inicial do negócio: Investimentos fixos (veículos, móveis, equipamentos e instalações,
utensílios e outros), capital de giro; capital de giro; custos de produção (gastos com materiais,
mão de obra e gastos gerais de produção); despesas administrativas e comerciais; custos fixos
(aluguel do imóvel, energia elétrica, água, telefone e outros).
A correta análise financeira permitirá o cálculo exato do custo do produto por
unidade (tonelada), que acrescentado aos custos de coleta e transporte, permitirá obter a
lucratividade da operação quando comparado o preço de venda.
Na implantação de uma usina de reciclagem de papelão deve ser considerado como
fator preponderante para a sua implantação o licenciamento ambiental. Tal licenciamento é
concedido pelo Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), e é constituído de três fazes, segundo
regulamento o órgão ambiental:
Licença Prévia (L.P.) - Documento que aprova a localização e concepção do
empreendimento. É concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou
atividade. Esta licença não autoriza o inicio de qualquer obra ou serviço no local do
empreendimento.
Licença de Instalação (L.I.) - Documento que autoriza a instalação do
empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes nos projetos, planos
e programas aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes.
Embora esta Licença autorize o início da obra, não autoriza seu funcionamento.
Licença de Operação (L.O.) - Autoriza o funcionamento da atividade ou
empreendimento, após a verificação do cumprimento das exigências que constam nas licenças
!12
anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a
operação.
Em caso de instalação de atividade ou obra de porte elevado o órgão responsável
pela emissão das licenças pode requerir o estudo de impacto ambiental, que deverá ser
elaborado por uma equipe multidisciplinar.
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 DESCRIÇÃO GERAL
!
Para avaliação da viabilidade da implantação da usina de reciclagem de papelão no
Distrito Federal, foram feitas análises descritas a seguir.
O levantamento de dados tecnológicos foi realizado mediante consulta à empresas
fabricantes e fornecedoras de equipamentos utilizados na reciclagem do papel ondulado.
Foram, também, analisados custos da construção, a eficiência econômica do seu
funcionamento, os índices de descarte e reciclagem do papel ondulado no Distrito Federal,
condições e restrições de implantação segundo a legislação local.
A análise de mercado foi realizada junto a empresas e cooperativas vinculadas à
ABPO e análise de dados fornecidos pelo CEMPRE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (SEBRAE), pesquisas junto a clientes em potencial, fornecedores de
matéria prima, bolsa de resíduos.
Para o levantamento de custos, foi necessário um projeto financeiro para a
implantação de uma usina de reciclagem de papelão no Distrito Federal, pois serão
necessários investimentos para a instalação e funcionamento inicial do empreendimento:
capital de giro, investimentos fixos (equipamentos e instalações, veículos, móveis, utensílios,
e outros), custos diretos de produção: gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de
produção, despesas administrativas e comerciais, custos fixos: aluguel ou compra do imóvel,
energia elétrica, água, telefone e outros.
!
2.2 VALORAÇÃO DO PAPELÃO
!
A classificação de preços para compra de papelão para reciclagem no Distrito
Federal, de acordo com a ABPO. Segue a mesma nomenclatura no restante do Brasil, que é
dividido nas seguintes variáveis.
Variável A - Preço da tonelada de papelão limpo e prensado praticado por
cooperativas de catadores e programas de coleta seletiva. Essa variável é determinada por
aparas de caixas de papelão (marrom) com capas kraft, sem contaminação de qualquer tipo de
resíduos de outros papeis.
Variável B - Preço da tonelada de papelão limpo e prensado praticado por
cooperativas de catadores e programas de coleta seletiva. Essa variável é determinada por
aparas de caixas de papelão, chapas ou refugos de papelão ondulado marrom ou de varias
cores.
Variável C - Preço da tonelada de papelão prensado prensado praticado por
cooperativas de catadores e programas de coleta seletiva. Nesta variável o papelão não é
totalmente limpo.
As equações utilizadas no estudo são de autoria do SEBRAE.
!13
2.3 INTERESSE DE COMPRA
!
Para efeito de cálculo estimou-se a aquisição de volume suficiente para suprir a
capacidade de processamento dos equipamentos, e para operar oito horas diárias durante vinte
e dois dias por mês e doze meses por ano.
!
!
IC = CH x HD x DM x MA
Equação 1: Interesse de compra.
Na equação 1, IC é o interesse de compra; CH é a capacidade por hora; HD
representa as horas por dia; DM são os dias por mês e MA os meses por ano.
!!
2.4 APURAÇÃO DOS VALORES DE COMPRA
!
Com os dados da quantificação do papelão descartado no Distrito Federal, do
interesse de compra e do preço do material, elaborou-se a equação 02:
!
!
D = IC x PC
Equação 2: Desembolso.
Na equação 2, D representa o desembolso; IC o interesse de compra e PC o preço de
compra.
Com a utilização da equação 02 é possível projetar gastos diários tanto quanto gastos
mensais e anuais.
!
2.5 APURAÇÃO DA TECNOLOGIA
!
Afim de se obter o sistema com melhor custo benefício disponível no mercado
brasileiro, foi feito um levantamento tecnológico e de preços em vários fornecedores e
fabricantes do equipamentos necessários para o processo de reciclagem do papelão. A
pesquisa foi feita por meio de telefonemas, emails e visita técnica a empresa Capital
Recicláveis.
!
2.6 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS AO EMPREENDIMENTO
!
O investimento total necessário para a implantação da usina corresponde a somatória
dos valores de compra ou aluguel dos seguintes itens: equipamentos (Esteira de alimentação,
hidrapulper, centrífuga de secagem separação de rejeito, onduladeira e rebobinadeira.);
Máquinas (Empilhadeira); instalação de equipamentos; instalação hidráulica e elétrica;
móveis e utensílios de escritório e o capital de giro.
!
2.7 CUSTO DE OPERAÇÃO DA INDÚSTRIA
!
2.7.1 Custo de água
Para a mensuração dos custos com o consumo de água foi considerada a política
tarifária adotada pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB)
para uso industrial, que define as seguintes faixas vinculadas ao consumo mensal do
!14
empreendimento: Faixa 1 com volume até 10m³ é valor igual a R$ 5,25 por metro cúbico; e
Faixa 2 acima de 10m³ com valor igual a R$ 7,91 por metro cúbico.
Para calcular o consumo de água do empreendimento considerou-se a informação do
fabricante de que o equipamento demanda meio litro por quilograma de material a reciclar,
aplicando-se a seguinte equação:
!
!
CE = (QMP x 0,0005m³) x QDU
!
!
CP = NE x 0,05m³ x QDU
Equação 3: Consumo de água pelo equipamento.
Na equação 3 temos, CE representando o consumo de água pelo equipamento; QMP é
a quantidade de matéria prima e QDU a quantidade de dias úteis.
Com o valor de consumo de água pelo equipamento adiciona-se o consumo de água
para uso pessoal, fixado em 0,05m³ por pessoa por dia. (CÓDIGO DE OBRAS E
EDIFICAÇÕES DE FLORIANÓPOLIS, 2000)
Equação 4: Consumo pessoal de água.
Na equação 4 temos, CP sendo o consumo pessoal e QDU a quantidade de dias úteis.
Portanto, o consumo total de água pelo empreendimento pode ser calculado somando
os resultados das equações 3 e 4.
!
TC = SE
Equação 5: Total consumido em m³.
Na equação 5, TC é o total consumido e SE o somatórios das equações 3 e 4.
Tendo em vista as duas faixas tarifárias, os primeiros 10m³ serão tarifados na Faixa 1 e
o restante na Faixa 2, de acordo com a equação 6.
!
!
CCA = (RE05 - 10) x TF2 + (10 x TF1)
Equação 6: Estimativa do custo da água consumida.
Na equação 6 temos o custo de consumo de água representado por CCA; RE05 é o
resultado da equação; TF2 é a tarifa Faixa 2 e TF1 é a tarifa Faixa 1.
!
2.7.2 Custo de energia elétrica
!
O consumo de energia elétrica foi calculado de acordo com a energia requerida pelos
equipamentos instalados e conforme a capacidade de produção da usina. O empreendimento
enquadra-se no ramo industrial, que por sua vez enquadra-se na Tarifa B3, que define os
valores vigentes para o exercício de 2013 nos valores de R$ 0,3006682 para até 200kWh, R$
0,3193897 de 201 até 1000 kWh e R$ 0,3361336 acima de 1001 kWh (CEB, 2013).
Ao valor de consumo apurado foi adicionado o consumo de energia elétrica estimado
para unidade administrativa e projetado o consumo mensal de vinte e dois úteis por mês, com
funcionamento diário de oito horas.
!
CMEE = CM x TV
!
Equação 7: Custo mensal de energia.
Na equação 7, CMEE é o custo mensal de energia elétrica em kWh e TV é a tarifa
vigente.
!15
2.7.3 Custo de depreciação
!
As taxas de depreciação utilizadas guardaram coerência com as orientações emanadas
da legislação do Imposto de Renda, a aplicadas ao seguintes bens:
!
a) Linha de reciclagem;
b) Empilhadeira;
c) Materiais de escritório.
!
!
!
Para os itens “a”, “b” e “c” foram depreciados a taxas de 120 meses.
VPM = VB / TDM
Equação 8: Valor da depreciação dos bens.
Na equação 8, VPM representa o valor da depreciação mensal; VB é o valor do bem e
TDM é a taxa de depreciação em meses.
!
2.7.4 Custo de mão de obra, encargo e benefício.
!
Para a apuração do salário mensal consideraram-se múltiplos do salário mínimo na
seguinte proporção: Operador de Empilhadeira 2 salários mínimos; Operador de Onduladeira
4 salários mínimos, Ajudante Geral 1,5 salário mínimo.
Para a apuração dos encargos sociais foram considerados os seguintes itens: 13°
salário; férias; INSS; FGTS; FGTS / rescisão; previdência sobre o 13° e férias; benefícios de
vale transporte e vale alimentação.
!
2.8 DESPESAS ADMINISTRATIVAS E OPERACIONAIS
!
!
Afim de reduzir o investimento inicial, optou-se pelo aluguel da área para a instalação
do empreendimento contendo galpão de aproximadamente 1000m² e área do terreno de
3000m² com os respectivos encargos, pesquisado junto a imobiliárias no Distrito Federal.
No local será instalada uma linha de telefonia fixa, Considerou-se ainda um custo
mensal de serviço de contabilidade a preços cobrados no mercado do Distrito Federal.
!
2.8.2 Despesas operacionais
!
As despesas operacionais consistem basicamente em: combustível; manutenção da
empilhadeira e manutenção dos equipamentos da linha de reciclagem.
!
2.9 PREVISÃO DOS DEMONSTRATIVOS DE RESULTADOS
!
2.9.1 Produção e faturamento
A produção foi calculada por meio da capacidade nominal do equipamento
multiplicada pela perda esperada de produção (que está ligada diretamente à qualidade do
papelão reciclado) e multiplicada pelo número de dias úteis por ano, representada pela
equação 9:
!16
!
!
PA = CE x PO x DU
!
!
FA = PA x PV
Equação 9: Produção anual.
Na equação 9, PA é a produção anual; CE a capacidade do equipamento x PO a perda
operacional e DU os dias úteis.
O faturamento anual foi apurado considerando o valor médio de revenda do papelão
apurado em pesquisas com futuros compradores multiplicado pela produção anual, conforme
equação 10.
Equação 10: Faturamento Anual.
Na equação 10, FA é o faturamento anual; PA a produção anual e PV o preço de
venda.
2.9.2 Impostos - ICMS e Lucro Presumido
!
O empreendimento se enquadra, do pondo de vista tributário, no Lucro Presumido,
para os impostos federais, com alíquota de 8% e do ICMS Distrital com alíquota de 17%,
aplicados sobre o faturamento anual da empresa, representada pelas seguintes equações:
!
!
!
!
ILP = (PA x 8) / 100
Equação 11: Cálculo dos Impostos Federais (Lucro Presumido).
Na equação 11, ILP é imposto Lucro Presumido e PA a produção anual.
ICMS = (PA x 17) / 100
Equação 12: Cálculo do ICMS Distrital.
Na equação 12, ICMS é o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e serviços e PA é
a produção anual.
!
2.9.3 Receita líquida, lucro operacional e lucro líquido
!
O cálculo da receita líquida foi obtido pela subtração dos impostos pagos sobre as
vendas efetuadas e que é representado pelo faturamento da empresa. O lucro operacional é
obtido pela subtração do custo total da receita líquida e o lucro líquido é obtido pela subtração
das despesas do lucro operacional.
!
!
!
!
RL = IP - F
Equação 13: Cálculo da receita líquida.
Na equação 13, RL é a receita líquida; IP os impostos pagos e F o faturamento.
LO = CT - RL
Equação 14: Cálculo do lucro operacional.
Na equação 14, temos o lucro operacional representado por LO; CT é o custo total e
RL a receita líquida.
!
!
LL = D x LO
Equação 15: Cálculo do lucro líquido.
!17
Na equação 15, LL é o lucro líquido; D representa as despesas e LO o lucro
operacional.
!
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
!
3.1 MATÉRIA PRIMA
!
A aquisição da matéria prima representa um fator crítico para o empreendimento uma
vez que a matéria prima é determinada pela quantidade de papelão descartada pela população
e pela indústria.
O interesse de compra foi considerado a aquisição de volume suficiente para suprir a
capacidade de processamento dos equipamentos, sendo 2500 kg/h para operar oito horas por
dia durante vinte e dois dias por mês e doze meses ao ano.
Para a apuração do preço da matéria prima, consideram-se os valores prestados pelo
Sistema Integrado de Bolsa de Resíduos (SIBR), onde o preço da matéria prima varia de R$
70,00 a R$ 250,00, dependendo do tipo e limpeza do material, por tonelada de papelão.
Para a obtenção dos valores em reais a serem adquiridos em matéria prima utilizou-se
a equação 2 descrita no item 2.4. Com os resultados demonstrados na Tabela 2.
!
Tabela 2: Matéria Prima
Matéria Prima - DF
t/dia
Resíduo Sólido Descartado no DF
t/mês
t/ano
2.900
87.000
1.044.000
Papelão Descartado
150
4.500
54.000
Interesse de Compra
20
440
5.280
Valor de aquisição da matéria prima
Preço médio de compra
Valor da Matéria Prima
!
R$200,00
R$4.000
R$88.000
R$1.056.000
A matéria prima necessária para o pleno funcionamento da usina corresponde a baixos
percentuais do total gerado por dia, mês e ano. Cerca de 13%, 10% e 10%, respectivamente.
Sendo um resultado positivo para o empreendimento, pois a aquisição de baixos volumes se
torna mais fácil devido a possibilidade de aquisição da matéria prima com apenas um único
fornecedor.
!
!
!
!
!
!
!18
!
3.2 VIABILIDADE TÉCNICA
!
Entre os fabricantes consultados destacaram-se a ONDULADEIRA&CIA, localizada
em Piraquara/PR, empresa especializada em equipamentos para reciclagem de papelão e
produção a partir da matéria prima virgem (kraftliner, tesliner e miolo), fornecedora do
conjunto completo para a reciclagem do papelão.
Outra empresa que se apresentou uma boa relação custo beneficio foi a Máquinas
D’Andrea - Indústria de Máquinas LTDA, localizada em Limeira/SP, e que fornece toda a
linha de equipamentos de reciclagem de papelão.
Dentre os orçamentos consultados, o da ONDULADEIRA&CIA apresentou a melhor
relação custo beneficio, portanto, foi o escolhido para a realização do presente estudo.
3.3 INVESTIMENTOS DO EMPREENDIMENTO
!
Os investimentos do empreendimento foram calculados conforme a metodologia
apresentada no item 2.6 do presente estudo, apresentados na Tabela 3:
!
Tabela 3: Investimentos do empreendimento
INVESTIMENTOS
DISCRIMINAÇÃO
DETALHAMENTO
Equipamentos usados
Linha de reciclagem Onduladeira Swift 1.60m Instalada
750.000
Empilhadeira usada
Clark CFY50 - Capacidade
2,5t
29.000
Móveis e utensílios
1 computador, 1 impressora
multifuncional, mesas,
cadeiras
7.000
Instalações de comunicações
Telefone, internet, modem
1.000
Registros
Abertura de empresa, CNPJ,
alvarás
8.000
Capital de giro
Reserva para operação por
três meses
TOTAL
!
VALOR (R$)
322.987,12
1.117.987,12
A indústria a ser instalada será de pequeno porte e os investimentos necessários serão
feitos com recursos próprios de investidor privado. Existem meios de financiamento, mas esse
estudo não examinou as possibilidades. Sobre essa questão, o empreendimento é passível de
!19
financiamento pelas linhas de longo prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico (BNDES).
Os investimentos previstos estão dimensionados para a oferta de matéria prima
existente no Distrito Federal e com a atual situação de demanda do mercado consumidor.
Após a entrada em funcionamento da indústria, e com base nos resultados econômicos e
financeiros esperados, a empresa poderá incorporar novos equipamentos para a fabricação de
produtos com maior valor agregado, tais como: embalagens prontas e papelão de várias
camadas.
!
3.4 CUSTOS DE OPERAÇÃO DA INDÚSTRIA
!
Para a qualificação e quantificação do número de empregados necessários para o
funcionamento do empreendimento foram consultados as empresas fornecedoras dos
equipamentos que serão utilizados. e ao seguinte contingente: 1 Operador de Empilhadeira; 1
Operador de Onduladeira; 3 Ajudante Geral.
Recomenda-se o estudo para implantação de sistema de energia fotovoltaica e sistema
de captação e aproveitamento de água da água, afim de diminuir custos com água e energia.
Tratando-se de usina de reciclagem tais sistemas fariam com que o empreendimento se torne
mais sustentável.
Os custos de operação da indústria foram calculados seguindo informações da
bibliografia consultada e aplicados de acordo com os dados apresentados no item 2.7 na seção
de materiais e métodos conforme Tabela 4.
!
Tabela 4: Custos
CUSTOS
DISCRIMINAÇÃO
DETALHAMENTO
VALOR (R$)
Matéria Prima
Papelão – kg
Energia Elétrica
Consumo de 52.800 kw/mês
Água
Consumo de 980,1 m³/mês
93.031,10
Depreciação
Máquinas e equipamentos
77.600,00
Mão de obra com
encargos
Operador de empilhadeira, Operador de
máquina, Ajudante Geral (3)
80.302,32
Benefícios
Trabalhistas
Vale Transporte - Vale Alimentação
20.157,00
TOTAL
!
1.056.000,00
212.974,24
1.540.064,66
Para a transformação da matéria prima é estimado um custo anual de R$1.540.064,66.
A maior parte do custo advém da aquisição de matéria prima, representando 68,5% do custo
!20
total. Outro item de despesas é o custo da energia elétrica, que deverá exigir da empresa
atenção especial.
O dimensionamento da mão de obra levou em consideração a utilização ótima dos
equipamentos e a distribuição das atividades de modo que o investidor privado pudesse
assegurar um resultado econômico financeiro compatível com o empreendimento.
!
3.5 DESPESAS ADMINISTRATIVAS E OPERACIONAIS
!
As despesas do empreendimento foram aferidas com base bibliográfica consultado e
aplicadas de acordo com o apresentado no item 2.8 na seção de material e métodos. E são
apresentados conforme Tabela 5 e Tabela 6.
!
Tabela 5: Despesas administrativas
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
DISCRIMINAÇÃO
DETALHAMENTO
VALOR (R$)
Pró-labore - diretor
Pró-labore – acionista
Aluguel
Galpão de 1000 m² e escritórios + encargos
Telefone
Usa de linhas telefônicas
4.500,00
Contabilidade
Serviços de contabilidade
4.000,00
TOTAL
60.000,00
144.000,00
212.500,00
!
Tabela 6: Despesas operacionais
DESPESAS OPERACIONAIS
DISCRIMINAÇÃO
DETALHAMENTO
Manutenção dos
equipamentos
Reparos e componentes da Linha de
Reciclagem
Combustível
Consumo estimado de 120 m³ de GLP
(R$3,63 por m³ )
TOTAL
!
VALOR (R$)
24.250,00
5.227,20
29.477,20
!
As despesas montam a R$241.977,20 para a elaboração do estudo, optou-se para a
instalação da indústria em imóvel alugado a fim de reduzir os investimentos iniciais e acelerar
o prazo de implantação. Essa opaco estratégica garante um baixo investimento imobilizado.
Por ser um indústria que oferece várias opções de produto final, os equipamentos
possuem mais tecnologia, o que acaba encarecendo o custo de implantação. Afinal trata-se de
!21
um processo de reciclagem completo, desde o papelão usado e reciclável até a chapa de
papelão nova.
!
3.6 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
!
A finalidade do demonstrativo de resultados é apresentar o possível lucro ou prejuízo
de uma empresa em determinado período. Para elaboração do demonstrativo é necessário terse uma previsão de vendas que por consequência estabelecerá os custos e as despesas
previstas para a realização das vendas.
A usina de reciclagem necessitará de uma parcela razoável do papelão descartado no
Distrito Federal conforme apresentado no item 3.1. Com base nessa matéria prima e em um
índice de utilização dos equipamentos de 90% a empresa deverá gerar vendas de 4.752.000 kg
auferindo uma receita bruta de R$ 9.504.000. Essa receita levou em consideração a média de
preços consultados nos fornecedores atuais.
Aplicando os impostos conforme o item 2.9.2 a empresa obterá uma receita líquida de
R$ 7.128.000.
Para o nível de produção estabelecido o custo dos produtos vendidos representará R$
1.540.064,66 e permitirá a geração de um lucro operacional de R$ 5.587.935,34. Com a
dedução das despesas no montante de R$ 241.977,20 a empresa obterá um lucro líquido de R
$ 5.345.958,14. Conforme demonstrado na Tabela 7.
!
Tabela 7: Demonstrativo dos resultados do primeiro ano.
DEMONSTRATIVO DOS RESULTADOS
DISCRIMINAÇÃO
DETALHAMENTO
ANUAL (R$)
Faturamento
Produção anual de 4.752.000 kg x R$ 2,00
Lucro Presumido
8%
ICMS
17%
1.615.680,00
Receita Líquida
Cálculado pela equação 13
7.128.000,00
Custo Total
Custo variável
1.540.064,66
Lucro Operacional
Cálculado pela equação 14
5.587.935,34
Despesas
Custo fixo
Lucro Líquido
Cálculado pela equação 15
!
!
!
9.504.000,00
760.320,00
241.977,20
5.345.958,14
!22
Com base nesses dados é possível calcular o ponto de equilíbrio, o retorno sobre o
investimento e a rentabilidade, conforme apresentado a seguir.
O ponto de equilíbrio deste empreendimento será o faturamento anual de R$
291.538,80, ou seja, produção de 145.000kg de papelão ondulado.
A margem líquida, que é a relação entre o lucro liquido e as vendas totais é de, 56,2%.
Quanto maior for a margem líquida melhor para o resultado econômico da empresa.
O retorno sobre o investimento ocorrerá em 3 meses de funcionamento da empresa. A
rentabilidade do investimento, tomando-se por base o lucro auferido e o investimento
realizado, será de 478%.
Simulando um cenário com a venda de somente 50% de material que foi produzido na
usina. Nesta condição os outros 50% produzidos restantes ficam acondicionados no próprio
galpão à espera de comercialização. Não existirão gastos com transporte, acondicionamento
ou disposição final. Obteremos os resultados demonstrados na Tabela 8.
!
Tabela 8: Demonstrativo de resultado do primeiro ano.
DEMONSTRATIVO DOS RESULTADOS
DISCRIMINAÇÃO
DETALHAMENTO
ANUAL (R$)
Faturamento
Produção anual de 2.376.000 kg x R$ 2,00
Lucro Presumido
8%
380.160,00
ICMS
17%
807.840,00
Receita Líquida
Calculado pela equação 13
3.564.000,00
Custo Total
Custo variável
1.540.064,66
Lucro Operacional
Calculado pela equação 14
2.023.935,34
Despesas
Custo fixo
Lucro Líquido
Calculado pela equação 15
!
4.752.000,00
241.977,20
1.781.958,14
!
O retorno do investimento ocorrerá em 7 meses de funcionamento da empresa. A
rentabilidade do investimento, tomando-se por base o lucro auferido e o investimento
realizado, será de 159%.
A margem líquida, que é a relação entre o lucro líquido e as vendas totais é de, 37,4%.
!
!
!
!
!
!
!
!23
4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
!
A análise de viabilidade de implantação de uma usina de reciclagem de papelão no
Distrito Federal obtiveram-se resultados que permitem apresentar as seguintes conclusões.
Quanto a avaliação da eficiência técnica e econômica, conclui-se que é viável a
implantação de usina de reciclagem de papelão ondulado no Distrito Federal. Os estudos
efetuados indicam uma rentabilidade em relação ao custo de investimento e operação.
No primeiro cenário taxa interna de retorno dos investimento é bastante elevada, três
meses. O valor do lucro líquido é extremamente atrativo em relação aos investimentos,
chegando a R$5.345.958,14 e as futuras entradas. Com uma taxa de reciclagem de 5.280
toneladas de papelão ondulado por ano, a usina ajudará a aumentar a vida útil do Centro de
Destinação Final de Resíduos Sólidos do Distrito Federal.
No segundo cenário, mesmo com as vendas do material reciclado em 50%, os
números da usina se mostram bem atrativos. Com uma lucro líquido de R$1.781.958,14, com
retorno após 7 meses de funcionamento da usina. Em ambos os cenários o estudo de
implantação de mostra viável.
Quanto à quantificação das embalagens de papelão ondulado consumidas no Distrito
Federal, confirma-se que é da ordem de 150.000 kilogramas por dia. Aferindo que existe uma
tendência do aumento dessa quantidade tendo em vista a maior utilização do papelão em
embalagens utilizadas no cotidiano e também o aumento significativo da quantidade de
resíduos sólidos gerados dos próximos 10 anos.
O consumo do papelão está em constante aumento, se expandindo em várias
categorias do setor de embalagens. A demanda por produtos recicláveis está cada vez maior.
Tal fato deve-se ao custo elevado e baixa disponibilidade da matéria prima virgem, fazendo
com que o papelão reciclado seja valorizado cada vez mais, aumentando a sua fatia de
mercado.
Recomenda-se o investimento na elaboração de um plano de negócios e demais
sistemas que possam ajudar no sucesso no empreendimento, tais como marketing, recursos
humanos, vendas, para que a instalação da indústria ocorra adotando-se melhores técnicas de
administração de empresas.
!
ABSTRACT
!
The population of the Federal District produces a significant volume of solid waste, as well as
other great urban centers of Brazil. The final destination of that waste is a problem, due to the
lack of landfills which are suitable to sanitary standards. Fortunately, the corrugated
cardboard has a high recycling rate in Brazil: about 73% of the cardboard produced returns to
the recycling chain. This research will analyze technical and economic factors to implement a
cardboard recycling plant in the Federal District, with the quantitative and qualitative
assumption that there are environmental benefits for society. It also includes analysis of
operation and maintenance costs to this kind of plant. The results were positive in both
simulated scenarios. The first one relies on the sale of all products made by recycling and has
the return of investment in three months, and profitability of 478%. The second scenario relies
on the sale of only 50% of the recycling products and has the return on investment in seven
months, and profitability of 159%. In both cases the implementation of the plant is validated.
Keyword: Corrugated cardboard. Technical and economic feasibility. Recycling.
!24
!
REFERÊNCIAS
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Disponível em: <http://www.bracelpa.org.br/bra2/sites/default/files/estatisticas/rel2011.pdf>.
Acesso em: 28 out. 2013.
!
______. Dados do Setor: Setembro 2013. Disponível em: <http://www.bracelpa.org.br/bra2/
sites/default/files/estatisticas/booklet.pdf>. Acesso em: 28 out. 2013.
!
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (Brasil). Abnt. ABNT NBR
5985:2008. Disponível em: <http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=825>. Acesso
em: 23 out. 2013.
!
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO PAPELÃO ONDULADO (Brasil). A Reciclagem de
Papelão Ondulado no Brasil. Disponível em: <http://www.cempre.org.br/download/
clipping/abpo_papel_ondulado.ppt>. Acesso em:
04 set. 2013.
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CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DE FLORIANÓPOLIS. Disponível em: <http://
cmf.sc.gov.br/codigo_de_obras.rt>. Acesso em: 23 set. 2013.
!
COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM. Papel Ondulado. Disponível
em: <http://www.cempre.org.br/ft_papel_ondulado.php>. Acesso em: 04 set. 2013.
!
______. Preço do Material Reciclavel. Disponível em: <http://www.cempre.org.br/
servicos_mercado.php>. Acesso em: 28 out. 2013.
!
DISTRITO FEDERAL. Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal. CAESB.
Tarifas e Preços. Disponível em: <http://www.caesb.df.gov.br/tarifas-e-precos.html>. Acesso
em: 23 set. 2013.
!
DISTRITO FEDERAL. Companhia Energética de Brasília. CEB. Tarifas. Disponível em:
<http://www.ceb.com.br/index.php/tarifas>. Acesso em: 23 set. 2013.
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Paulo Henrique Arruda Fernandes