Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar IV. Habitação, Habitação Social e Infra-Estruturas de Saneamento Básico 1. A abrangência geográfica das entidades, principais actividades e projectos A habitação é um direito de todos os cidadãos, pois todos têm direito a um tecto condigno, com o mínimo de condições, entre as quais água canalizada, energia eléctrica, saneamento, quartos em número suficiente para todos os membros do agregado familiar, casa de banho completa e cozinha no interior. Sem este mínimo de condições de habitabilidade pode estar em causa a saúde e até mesmo a própria sobrevivência dos cidadãos. Para conhecer a realidade habitacional do Concelho de Ovar, enviámos um inquérito por questionário a 15 instituições a operar no concelho, nomeadamente IPSS’s, Juntas de Freguesia, Câmara Municipal de Ovar – Serviço de Acção Social e SMAS e Associações de Moradores. QUADRO I – Caracterização jurídica das Instituições Caracterização jurídica N ( n.º de respostas ) % Associações de moradores 2 22.2% Autarquias 6 66.6% Cooperativas de habitação 1 11.1% TOTAL 9 100.0% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 As Instituições que mais responderam a este inquérito foram as autarquias, totalizando 6 respostas, seguindo-se as associações de moradores, expressas em 2. Das duas cooperativas de habitação existentes no concelho, apenas 1 respondeu ao inquérito. 85 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar GRÁFICO I – Caracterização jurídica das instituições 1 2 Assoc. moradores Autarquias 6 Coop. Habitação QUADRO II – Área de abrangência geográfica das instituições Área de abrangência N ( n.º de respostas ) % Bairro 25 de Abril 1 11.1% Cortegaça 1 11.1% Esmoriz 1 11.1% S. João 1 11.1% Ovar 3 33.3% TOTAL 7 77.7% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 Em termos de área de abrangência geográfica destas instituições, ou seja, em relação às localidades ou zonas que servem, há a referenciar que ela é dispersa. Das 7 instituições que responderam a esta questão, 3 têm como área de abrangência a freguesia de Ovar, 1 o Bairro 25 de Abril, outra a freguesia de Cortegaça, outra a freguesia de Esmoriz e, uma última, a freguesia de S. João. 86 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar GRÁFICO II – Área de abrangência geográfica das instituições 1 3 1 1 1 Bairro 25 Abril Cortegaça Esmoriz S. João Ovar Ovar Considerámos, ainda, ser relevante para este diagnóstico, enumerar as principais actividades destas entidades, isto é, quais as actividades que promovem ou quais os serviços que prestam. QUADRO III – Principais actividades das instituições Principais actividades das instituições N ( n.º de respostas ) Habitacionais (const., promoção de habitações) 2 Sociais 1 Culturais 1 Desportivas 1 Autárquicas/administrativas 6 TOTAL 11 Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 % = 100% 100% 87 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar As actividades autárquicas ou administrativas são as que mais se manifestam – projectadas em 6 respostas -, uma vez que cinco organismos são Juntas de Freguesia e uma é a própria Câmara Municipal, mais concretamente o Serviço de Acção Social. As actividades relacionadas com a construção e promoção de habitações surgem num segundo plano, ao serem mencionadas por duas instituições, enquanto que as actividades sociais, culturais e desportivas, apenas são referidas por uma instituição cada. GRÁFICO III – Principais actividades das instituições 2 1 6 1 Habitacionais Sociais Culturais Desportivas 2 Autárquicas Uma vez que a área geográfica de abrangência destas Instituições é dispersa, não é de admirar que os seus projectos também se encontrem dispersos, territorialmente, embora não distem muito uns dos outros, o que se pode comprovar pela singularidade de cada resposta a esta questão. 88 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar QUADRO IV – Área territorial abrangida pelos projectos Área territorial abrangida pelos projectos N ( N.º de respostas ) Bairro 25 de Abril 1 Rua Castilho 1 Rua Dr. Francisco Zagalo 1 Av. Dr. Nunes da Silva 1 Ovar/Aveiro (Distrito) 1 Cortegaça 1 TOTAL 6 % = 100% 100% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruruas de Saneamento, n.º 2”, 2000 Desta forma, os projectos levados a cabo pelas 6 instituições que responderam a esta questão, abrangem o Bairro 25 de Abril, a Rua Castilho, a Rua Dr. Francisco Zagalo, a Av. Dr. Nunes da Silva, em Ovar, Cortegaça e também extravasam o território concelhio. Nenhuma destas instituições menciona ter projectos a curto e longo prazo. Só são mencionados os projectos que as entidades prevêem estar concretizados a médio prazo. QUADRO V – Projectos a médio prazo Projectos a médio prazo N ( N.º de respostas ) Construção da sede 1 Fomentar uma equipa de atletismo 1 Construção de 1 campo de futebol p/ jovens 1 Construção inf. Saneamento na praia 1 Habitação social a preços controlados 1 TOTAL 5 Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 NOTA: Esta questão admite mais que uma resposta. % = 100% 100% 89 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar Uma das instituições declara que pretende ver a sua sede construída a médio prazo, outra deseja fomentar uma equipa de atletismo, outra, ainda, admite ter como projecto a médio prazo a construção de um campo de futebol para os jovens ocuparem os seus tempos livres de uma forma sadia. Há, também, uma instituição que gostaria de ver construídas as infraestruturas de saneamento básico na praia de Cortegaça. Finalmente, uma instituição menciona que o seu maior desejo a médio prazo era ver a construção de habitações sociais para venda a custos controlados. Facilmente, se pode depreender daqui que estes projectos envolvem recursos financeiros avultados, pelo que as entidades não podem esperar conseguir realizá-los só com o apoio dos seus sócios ou de particulares. A articulação com outras entidades e autarquias é fulcral para a implementação destes projectos. 2. Articulação com outras instituições e entidades para a concretização das actividades e projectos QUADRO VI – Instituições com quem se articula para a realização dos projectos Instituições com quem se articula para a realização dos projectos N ( N.º de respostas ) Câmara Municipal de Ovar 1 TOTAL 1 % = 100% 100% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 No caso específico das duas instituições que referenciam articular-se com outras entidades para realizarem os seus projectos, apenas uma menciona a Câmara Municipal de Ovar como sendo o seu parceiro nesta árdua e longa caminhada. Qualquer Instituição tem como princípio básico servir bem a população que abrange ou a quem se destinam os serviços que presta, pelo que o número de utentes de cada uma surge como ponto fundamental para continuarmos a nossa análise. 90 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar 3. Número de utentes das Instituições QUADRO VII – Número de utentes das Instituições por sexo Número de utentes por sexo N ( N.º de utentes ) % Masculino 317 57% Feminino 243 43% TOTAL 560 100% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 Apenas duas instituições responderam a esta questão, afirmando que são frequentadas ou servem cerca de 560 utentes no total, dos quais 243 são do sexo feminino e 317 são do sexo masculino. Por conseguinte, é uma maioria de utentes do sexo masculino ( aqui espelhada num valor percentual de 57% ) que procura ou frequenta estas organizações. QUADRO VIII – Média de idades dos utentes das instituições (Média de) Idades N ( N.º de respostas ) % 24 1 50% 40 1 50% TOTAL 2 100% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Sanneamento, n.º 2”, 2000 Do quadro acima exposto, constata-se que apenas duas instituições referem a média de idades dos cidadãos que a elas acorrem ou a quem os seus serviços se destinam, o que se traduz por um valor percentual de 50% de utentes com uma média de 24 anos e outros 50% de utentes com uma média de 40 anos. 91 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar Para levarem por diante os seus planos ou actividades, as instituições precisam de instalações onde os membros das suas direcções se possam reunir e onde os seus utentes e/ou associados possam desenvolver as actividades previstas ou recorrer aos serviços aí prestados. As instalações chegam mesmo a ser um dos problemas destas entidades, já que nem todas possuem instalações próprias, sendo algumas cedidas ou arrendadas. 4. Os recursos físicos e financeiros das Instituições QUADRO IX – Instalações onde as instituições exercem as suas actividades Instalações onde as instituições exercem as suas actividades N ( N.º de respostas ) % Próprias 2 66.7% Cedidas 1 33.3% TOTAL 3 100.0% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 Do universo das 9 instituições que responderam a este inquérito, apenas 2 declaram que as suas instalações são próprias, agregando 66.7% das respostas e 1 que são cedidas, o que corresponde a 33.3% das alegações. Contudo, as instalações não são o único problema com que se debate uma instituição. Os recursos financeiros são, também, uma preocupação constante. Pois, na maior parte das vezes não são suficientes para as despesas correntes, quanto mais para a implementação dos projectos e actividades previstos nos seus Planos de Actividades. Os financiamentos são como que o “oxigénio” de que uma instituição precisa para sobreviver. Questionadas, então, sobre a proveniência das suas receitas, apenas 5 instituições a indicam. 92 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar QUADRO X – Proveniência das receitas Proveniência das receitas N ( N.º de respostas ) Subsídios 2 Quotas de sócios 2 Donativos particulares 1 TOTAL 5 % = 100% 100% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 Desta forma, as fontes de receita mais mencionadas são os subsídios, geralmente, os estatais, e as quotas dos sócios, ambas com duas escolhas. Os donativos de particulares apenas são eleitos por uma instituição. A questão levantada acerca do orçamento anual das entidades não obteve, como já era esperado, resposta das 9 entidades. Apenas duas fizeram menção a tal facto. Uma declara um orçamento de 66 mil escudos e outra um orçamento de 70 milhões de escudos, conforme se pode observar no quadro abaixo apresentado. QUADRO XI – Orçamento anual das instituições Orçamento anual N ( N.º de respostas ) 70.000.000$00 1 66.000$00 1 TOTAL 2 % = 100% 100% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 Não raras vezes, as organizações enfrentam dificuldades de vária ordem, pelo que este foi mesmo um dos pontos auscultados no nosso inquérito, nomeadamente ao nível dos recursos humanos, financeiros e físicos. 93 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar 4.1. Dificuldades sentidas pelas Instituições QUADRO XII – Principais dificuldades sentidas pelas instituições Principais dificuldades N ( N.º de respostas ) Recursos humanos insuficientes 1 Recursos financeiros insuficientes 2 Recursos físicos insuficientes 2 TOTAL 5 % = 100% 100% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 Constata-se que as maiores dificuldades sentidas pelas instituições são a insuficiência dos recursos financeiros e a insuficiência dos recursos físicos ( ambas com duas alegações ). No entanto, uma instituição refere que a sua principal dificuldade são os recursos humanos, que são poucos para desenvolverem todas as actividades que projectam. No que concerne às dificuldades ao nível das relações com outras instituições, quisemos saber o que sentem estas entidades no que se refere à “falta de informação sobre as actividades desenvolvidas pelas outras instituições”, à “falta de disponibilidade para cooperar com outras instituições”, à “obtenção de apoios de vária ordem”, ou à “construção de parcerias com outras entidades”. QUADRO XIII – Sente dificuldades na relação com outras instituições? Sente dificuldades na relação com outras instituições? N ( N.º de respostas ) % SIM 1 33.3% NÃO 2 66.7% TOTAL 3 100.0% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 94 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar Duas entidades afirmam que não sentem dificuldades ao nível das relações com outras instituições, a que corresponde 66.7% dos testemunhos. Porém, uma indica que sente dificuldades, correspondendo a 33.3% das respostas. QUADRO XIV – As dificuldades por ordem de importância As dificuldades sentidas pelas instituições por ordem de importância N ( N.º de repostas ) 1.º 2.º % = 100% 3.º Dificuldade na obtenção de apoios de vária ordem 1 TOTAL 1 100% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 Do universo de dificuldades explicitadas no questionário, apenas uma foi mencionada, a dificuldade na obtenção de apoios de vária ordem, estando este contratempo posicionado num terceiro lugar de importância. A sentida insuficiência de recursos financeiros, humanos e físicos por parte das entidades, traduz uma necessidade de apoios de vária ordem, que vão desde o apoio logístico/jurídico, passando pela divulgação, apoio técnico e financeiro. 95 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar 4.2. Apoios de que as Instituições necessitam QUADRO XV – Apoios de que as instituições mais necessitam Apoios de que mais necessita N ( N.º de respostas ) Logístico/jurídico 2 Técnico 2 Divulgação 1 Apoio financeiro 2 TOTAL 7 % = 100% 100% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 O apoio logístico/jurídico, técnico e financeiro são os apoios mais solicitados, expressos em duas escolhas cada. Por tal, são feitas duas referências à necessidade de certos equipamentos que possam dar continuidade às suas actividades. A necessidade de pessoal técnico para desenvolver certas actividades também é sentida por duas instituições, tal como acontece com a falta de verbas para desenvolver as actividades pretendidas. A solicitação de divulgação apenas é mencionada por uma instituição, que gostaria de ver as suas actividades e serviços mais publicitados. 5. Dinâmica da construção no Concelho de Ovar De acordo com elementos fornecidos pelo Departamento de Planeamento Estratégico e Urbanismo da Câmara Municipal de Ovar, o ritmo de licenciamento para edifícios e fogos, durante os anos 90, foi de crescimento. Esta evolução encontra a mesma expressão a nível nacional, uma vez que é a partir de 1986, com o descongelamento das 96 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar rendas e com a alteração da política à Habitação, que se assiste à retoma do ritmo de construção. Já em 2000 verifica-se alguma quebra, resultante da variação das taxas de juro, o que traz consequências, neste sector, nomeadamente um recuo no recurso ao crédito à habitação, assistindo-se a alguma dificuldade de escoamento das habitações. Por outro lado, é escassa a actividade de reabilitação de fogos. Neste momento há uma oferta mais diversificada de respostas a este nível ( RECRIA, REHABITA, RECRIPH e SOLARH ), que na essência são políticas de incentivo à reabilitação. Há que investir numa maior informação destas medidas de reabilitação e recuperação de edifícios, por forma a contrariar o envelhecimento do parque habitacional construído e até inflectir a tendência de desertificação dos centros urbanos. Isto passa também por uma cultura de preservação, ao invés do tradicional recurso à demolição e construção de habitações novas. QUADRO XVI – Número de requerimentos de obras desde 1991 até 2000 Ano N.º de requerimentos 2000 4218 1999 4314 1998 4119 1997 3422 1996 3691 1995 3690 1994 3577 1993 3311 1992 2895 1991 2393 Fonte: Departamento de Planeamento Estratégico e Urbanismo da C.M. Ovar 97 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar GRÁFICO IV – Número de requerimentos de obras desde 1991 até 2000 4500 4218 4314 4119 4000 3500 3691 3690 3422 3577 3311 2895 3000 2393 2500 2000 1500 1000 500 0 N.º Requerimentos 2000 1995 1999 1994 1998 1993 1997 1992 1996 1991 Constata-se que, no cômputo geral, tem havido um crescimento no número de requerimentos de obras, embora se tenha verificado um decréscimo de 269 requerimentos entre o ano de 1996 e o ano de 1997. No ano de 2000 também houve um decréscimo de cerca de 100 requerimentos em relação ao ano anterior. 98 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar QUADRO XVII – Número de processos de obras desde 1991 até 2000 Ano N ( N.º de processos ) 2000 1164 1999 1333 1998 1362 1997 1156 1996 1043 1995 1444 1994 1147 1993 1150 1992 1182 1991 1166 Fonte: Departamento de Planeamento Estratégico e Urbanismo da C.M. Ovar GRÁFICO V – Número de processos de obras desde 1991 até 2000 1600 1444 1333 1400 1200 1164 1362 1156 1147 1150 1182 1166 1043 1000 800 600 400 200 0 N.º Processos 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1191 No que concerne aos processos de obras, têm-se verificado algumas oscilações no seu número, pois entre 1991 e 1992 notou-se um crescimento, ainda que pouco significativo, mas nos dois anos seguintes o seu valor diminuiu. Em 1995 registou-se 99 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar um acréscimo bastante significativo, tendo voltado a decrescer no ano seguinte, tornando a aumentar nos dois anos posteriores. Nos anos de 1999 e 2000, o número de requerimentos diminuiu, com bastante relevância neste último. QUADRO XVIII – Número de vistorias concedidas pela Câmara desde 1991 até 2000 Ano N ( N.º de vistorias ) 2000 467 1999 491 1998 615 1997 545 1996 403 1995 365 1994 171 1993 123 1992 339 1991 231 Fonte: Departamento de Planeamento Estratégico e Urbanismo da C.M. Ovar GRÁFICO VI – Número de vistorias concedidas pela Câmara desde 1991 até 2000 700 615 600 500 545 467 491 403 400 365 339 300 231 171 200 123 100 0 N.º Vistorias 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 100 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar Por seu lado, o número de vistorias concedidas pela Câmara, cresceu de 1992 até 1998. Nos dois anos seguintes registou-se uma diminuição na concessão de vistorias, com especial ênfase em 1999. QUADRO XIX – Licenças concedidas, por freguesias, entre 1995 e 1998 Licenças Licenças Licenças Licenças 1997 1996 1995 1998 Freguesias N.º Edifícios N.º Edifícios N.º Edifícios N.º Edifícios Arada 31 23 23 21 Cortegaça 23 19 14 20 Esmoriz 79 53 77 79 Maceda 23 27 22 28 Ovar 98 89 91 135 S. João 43 31 45 49 S. Vicente de Pereira 29 16 25 33 Válega 51 35 40 46 TOTAL 377 293 337 411 Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística – Constat 98 A freguesia de Ovar foi aquela onde se registou o maior pico de licenças de construção, entre 1995 e 1998, tendo, contudo, descido de 135 edifícios licenciados em 1995 para 91 edifícios em 1996 e 89 em 1997, voltando a subir para os 98 no ano seguinte. Aliás a maior parte das freguesias ( Esmoriz, Ovar, S. João, S. Vicente de Pereira e Válega ) assistiu a uma diminuição no número de edifícios licenciados entre 1995 e 1997, só recuperando em 1998. Apenas duas freguesias ( Arada e Cortegaça ) viram o seu número de licenças concedidas descer de 1995 para 1996, tendo registado uma subida a partir de então. Já na freguesia de Maceda, constata-se que o número de edifícios licenciados desceu de 28 em 1995 para 22 em 1996, tendo aumentado para 27 no ano seguinte, voltando, contudo, a descer para 23 em 1998. 101 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar GRÁFICO VII – Licenças concedidas, por freguesias, entre 1995 e 1998 160 135 140 120 98 100 91 89 79 79 77 80 60 53 51 40 31 23 23 29 49 45 43 23 27 35 31 19 23 16 20 22 14 46 40 25 28 33 2120 0 1998 1997 1996 1995 Arada Cortegaça Esmoriz Maceda Ovar S. João S. Vic. Pereira Válega Assim, em 1998, Ovar era a freguesia com o maior índice de licenças concedidas ( 98 dum total de 377 ), seguida de Esmoriz, com um total de 79, e de Válega, com um total de 53. As freguesias de Cortegaça e de Maceda eram, no mesmo período, as que registavam o menor número de licenças concedidas, totalizando ambas 23 licenças. Salientamos, também, que nas freguesias de Arada e de Maceda, não se visionavam oscilações significativas no número de licenças de construção concedidas. No geral, há a considerar que o ano de 1995 foi o ano em que foram concedidas mais licenças, num total de 411, número este que desceu para 337 no ano seguinte e para 293 em 1997, tendo subido para 377 em 1998. Em relação aos fogos licenciados as oscilações já são maiores, bastando olhar para o número de fogos licenciados em 1995, em Ovar ( 594 do total de 872 ) que desceu, abruptamente, em 1996, para os 217. 102 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar QUADRO XX – Fogos licenciados, por freguesias, entre 1995 e 1998 Licenças Licenças Licenças Licenças 1997 1996 1995 N.º Fogos N.º Fogos N.º Fogos 1998 Freguesias N.º Fogos Arada 25 21 20 12 Cortegaça 18 26 8 5 Esmoriz 298 84 165 165 Maceda 19 20 13 24 291 284 217 594 S. João 32 22 30 29 S. Vicente de Pereira 17 6 17 12 Válega 56 28 31 31 TOTAL 756 491 501 872 Ovar Fonte: INE – Instituto Nacional de estatística – Constat 98 A maior subida no número de fogos licenciados, registou-se em Esmoriz, entre os anos de 1997 e 1998, pois passou de 84 para 298. Este foi, aliás, o maior número de fogos licenciados em 1998. Não muito longe deste número ficou Ovar, expresso em 291 fogos licenciados, no mesmo período. Arada é a única freguesia que registou subidas neste número entre 1995 e 1998, tendo passado de 12 fogos licenciados em 1995 para 20 em 1996, 21 no ano seguinte e 25 em 1998. A freguesia com o menor índice de fogos licenciados, em 1998, foi S. Vicente de Pereira ( 17 num total de 756 ), seguida de Cortegaça e Maceda, com 18 e 19, respectivamente. 103 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar GRÁFICO VIII – Fogos licenciados, por freguesias, entre 1995 e 1998 600 594 500 400 300 298 291 284 217 200 165 100 165 84 56 0 2518 19 3217 2126 20 22 28 6 20 8 13 301731 12 5 24 291231 Arada Cortegaça Esmoriz Maceda Ovar S. João S. Vic. Pereira Válega No cômputo geral, verifica-se que o ano de 1995 foi aquele em que mais fogos foram licenciados, totalizando 872, notando-se uma quebra em 1996 para os 501, que continuou a descer até 1997, ano em se fixou nos 491 fogos licenciados, aumentando no ano seguinte para os 756. Observando o quadro abaixo apresentado, constata-se que o volume total de licenças de construção concedidas para habitação, em 1998, foi de 283, bem menor que o número total de licenças de construções concedidas, no mesmo ano ( 377 – ver Quadro XIX ), demonstrando, contudo, que as licenças de construção para habitação foram as mais procuradas do que as de outro tipo qualquer de construção que não a habitação ( 283 contra 94 ). 104 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar QUADRO XXI - Licenças concedidas para habitação, por freguesias, entre 1995 e 1998 Lic. Habitação Lic. Habitação 1998 Freguesias 1997 Lic. Habitação 1996 N.º Edifícios Lic. Habitação 1995 N.º Edifícios N.º Edifícios N.º Edifícios Arada 25 18 13 11 Cortegaça 18 15 9 11 Esmoriz 54 37 57 49 Maceda 17 22 15 20 Ovar 73 70 58 101 S. João 35 21 27 30 S. Vicente de Pereira 20 9 17 16 Válega 41 28 30 31 TOTAL 283 220 226 269 Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística- Constat 98 Entre 1997 e 1998 verificou-se um aumento no número de licenças concedidas para habitação, em todas as freguesias do concelho de Ovar. As freguesias de Ovar e Esmoriz, foram as que mais licenças viram ser concedidas, no ano de 1998, com um total de 73 e 54 licenças, respectivamente. Por sua vez, Maceda e Cortegaça foram as que menos licenças registaram, nessa mesma altura, com um total de 17 e 18, respectivamente. A freguesia de Ovar protagonizou a maior e mais significativa descida no número de licenças concedidas para habitação entre 1995 e 1996, tendo passado de 101 licenças em 1995 para 58 em 1996. Este número aumentou para 70, em 1997, e para 73 no ano seguinte. 105 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar GRÁFICO IX – Licenças concedidas para habitações novas, por freguesias, entre 1995 e 1998 120 101 100 80 73 70 60 57 58 54 49 41 40 35 20 25 18 17 18 15 31 30 28 20 Arada Cortegaça 37 22 9 0 13 15 9 20 17 1111 16 Esmoriz Maceda Ovar S. João S. Vic. Pereira Válega Contudo, podemos afirmar que, no geral, o ano de 1998 foi o ano em que mais licenças para construção foram concedidas, a que corresponderam 283, tendo sido o mais baixo o ano de 1997, com um total de 220. No que concerne às licenças concedidas para construções novas, observa-se que no ano de 1995 foram concedidas mais licenças ( 320 no total ) que nos restantes anos em análise. 106 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar QUADRO XXII – Licenças concedidas para construções novas, por freguesias, entre 1995 e 1998 Const. Novas Const. Novas 1998 Freguesias Const. Novas 1997 1996 1995 N.º Edifícios N.º Edifícios Arada 25 18 13 17 Cortegaça 21 15 7 13 Esmoriz 66 41 55 57 Maceda 21 23 14 25 Ovar 85 73 59 113 S. João 33 24 31 36 S. Vicente de Pereira 21 12 19 26 Válega 48 32 31 36 320 238 232 323 Total N.º Edifícios Const. Novas N.º Edifícios Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística – Constat 98 GRÁFICO X – Licenças concedidas para construções novas, por freguesias, entre 1995 e 1998 120 113 100 85 80 73 66 60 55 59 57 48 41 40 20 33 25 21 21 21 32 1815 31 31 25 23 24 12 36 36 14 13 19 17 13 7 0 1998 1997 1996 1995 26 Arada Cortegaça Esmoriz Maceda Ovar S. João S. Vic. Pereira Válega Nesta situação, a freguesia de Ovar continuou a ser a que maior número de licenças concedidas para construções novas registou, no ano de 1998, expresso em 85 licenças, tendo sido secundarizada pela freguesia de Esmoriz, que registou um total de 66. Por 107 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar seu lado, as freguesias que menos licenças apresentaram, nesse mesmo período, foram Cortegaça, Maceda e S. Vicente de Pereira, com um total de 21 cada. Aliás, estas freguesias andaram sempre muito próximas, em termos numéricos, entre 1995 e 1998. A maior descida no número destas licenças foi protagonizada pela freguesia de Ovar, no período entre 1995 e 1996, altura em que desceu das 113 para as 59. O ano de 1995 também foi o ano em que se registou o maior número de fogos licenciados para construções novas, congregando 870 fogos licenciados. QUADRO XXIII – Fogos licenciados para construções novas, por freguesias, entre 1995 e 1998 Const. Novas Const. Novas Const. Novas Const. Novas 1998 1997 1996 1995 N.º Fogos N.º Fogos N.º Fogos N.º Fogos Arada 25 21 16 12 Cortegaça 18 26 7 5 Esmoriz 298 84 164 165 Maceda 17 20 12 24 291 280 215 593 S. João 32 22 29 28 S. Vicente de Pereira 17 6 15 12 Válega 56 28 30 31 754 487 488 870 Freguesias Ovar Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística – Constat 98 No ano de 1998, a freguesia de Esmoriz foi a que mais fogos novos licenciou ( 298 no total ), seguida muito de perto pela freguesia de Ovar, que registou 291. As freguesias com o número mais baixo de fogos novos licenciados foram Maceda e S. Vicente de Pereira, que totalizaram 17 licenças cada uma. 108 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar GRÁFICO XI – Fogos licenciados para construções novas, por freguesias, entre 1995 e 1998 600 593 500 400 300 298 291 280 215 200 164 100 0 56 2518 17 3217 1998 165 84 2126 20 22 6 1997 16 7 12 2915 1996 28 12 5 24 12 Arada Cortegaça Esmoriz Maceda Ovar S. João S. Vic. Pereira Válega 1995 Por outro lado, verifica-se que, no cômputo geral, o número destas licenças desceu sempre entre 1995 e 1997, tendo passado de 870 em 1995 para 488 no ano seguinte e 487 em 1997. Porém este número subiu para 754 licenças em 1998. Salientamos, ainda, que os fogos licenciados entre 1995 e 1998 foram, quase na sua totalidade, para construções novas. Assim, o número de fogos licenciados foi quase o mesmo dos fogos novos licenciados ( 756 contra 754 em 1998; 491 versus 487 em 1997; 501 contra 488 em 1996; e 872 versus 870 em 1995 ). 109 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar QUADRO XXIV – Comparação entre o número de alvarás de loteamento e o número de lotes concedidos desde 1991 até 2000 Ano N.º de alvarás de loteamento N.º de lotes 2000 4 32 1999 13 173 1998 12 146 1997 9 64 1996 10 99 1995 7 104 1994 11 132 1993 13 933 1992 9 40 1991 14 137 Fonte: Departamento de Planeamento Estratégico e Urbanismo da C.M. Ovar O ano de 1991 registou o maior número de concessão de alvarás de loteamento ( 14 ), seguido dos anos de 1993 e 1998 ( ambos com 13 ). Porém o ano em que se verificou o pico de concessão de lotes foi o de 1993, com um total de 933, valor bastante elevado se comparado com os restantes anos. O ano de 2000 foi o ano em que menos lotes se constituíram, num total de 32. 110 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar 6. Caracterização dos edifícios e alojamentos do Concelho QUADRO XXV – Edifícios exclusivamente residenciais segundo o n.º de alojamentos, por freguesias, em 1991 Princ. Exc. 1 Aloj. 2 Aloj. 3Aloj. 4Aloj. Resid. Resid. 5a9 10 a 15 16 ou + Aloj. Aloj. Aloj. 1991 1991 Freguesias 1991 1991 1991 1991 1991 1991 1991 Arada 1016 975 967 6 1 1 - - - Cortegaça 1152 1098 939 133 18 4 4 - - Esmoriz 2883 2743 2543 131 17 9 41 2 - Maceda 1038 1004 894 87 20 2 1 - - Ovar 4392 4129 3667 268 50 41 97 5 1 S. João 1954 1877 1783 61 4 6 23 - - 682 664 17 1 - - - - Válega 1924 1875 1843 29 2 - - 1 - TOTAL 15059 14383 13300 732 113 63 166 8 1 S. Vicente Pereira 700 Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística – Constat 98 As habitações que se destinam, principalmente, a residência embora possam, em simultâneo ter outras utilizações, eram, em 1991, em número superior ao das habitações exclusivamente residenciais ( 15059 contra 14383 ). As habitações com um só alojamento também tinham uma expressão bastante significativa, neste Concelho, ao agregar 13300. Por sua vez, só existia, nesse mesmo ano, uma habitação com 16 ou mais alojamentos, que se localizava na freguesia de Ovar. As habitações com 10 a 15 alojamentos também tinham pouca expressividade, com um total de 8 habitações nestas condições ( duas em Esmoriz, cinco em Ovar e uma em Válega ). Válega era uma freguesia que apesar de ter uma habitação com 10 a 15 alojamentos, não tinha habitações com 4 alojamentos nem com 5 a 9. Por seu lado, S. Vicente de Pereira só tinha habitações até 3 alojamentos. 111 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar GRÁFICO XII – Edifícios exclusivamente residenciais segundo o n.º de alojamentos, por freguesias, em 1991 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 1 Alojamento 3 Alojamentos 5a9 Alojamentos 16 ou + Alojamentos Arada Cortegaça Esmoriz Maceda Ovar S. João S. Vic. Pereira Válega Ovar era também a freguesia onde se encontrava, em 1991, o maior número de habitações, principalmente para residência ( num total de 4392 ) e de habitações exclusivamente residenciais ( congregando 4129 habitações ). Destas 4129 habitações exclusivamente para residência, 3667 só tinham um alojamento, 268 tinham dois alojamentos, 50 detinham três alojamentos, 41 detinham quatro alojamentos, 97 possuíam 5 a 9 alojamentos e 5 possuíam de 10 a 15, só se registando uma com 16 ou mais alojamentos. S. Vicente de Pereira, sendo a freguesia com o menor número de habitações exclusivamente residenciais ( num total de 682 ), detinha 664 com um só alojamento, 17 com dois alojamentos e apenas uma com três alojamentos. As habitações com 5 a 9 alojamentos registavam, neste mesmo ano, um número superior ao das habitações com 3 e 4 alojamentos ( 166 contra 113 e 63, respectivamente ). 112 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar QUADRO XXVI – Edifícios concluídos entre 1994 e 1998 Edifícios concluídos N % Em 1998 343 21.1% Em 1997 296 18.2% Em 1996 334 20.5% Em 1995 313 19.2% Em 1994 341 21.0% TOTAL 1627 100.0% Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística – Constat 98 GRÁFICO XIII – Edifícios concluídos entre 1994 e 1998 350 343 341 334 340 330 320 313 310 300 296 290 280 270 N.º Edifícios 1998 1995 1997 1994 1996 Entre 1994 e 1998 concluíram-se, no concelho de Ovar, 1627 edifícios, dos quais 343 foram finalizados em 1998, tendo sido este o ano em que se acabaram mais edifícios. O ano em que se concluíram menos edifícios foi precisamente o ano anterior, que passou de 334 em 1996 para 296 nesse ano. 113 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar QUADRO XXVII – Alojamentos segundo o tipo, por freguesias, em 1991 Aloj. Familares Aloj. Fam. Clássico Aloj. Fam. Não Cláss. Aloj. Colectivos Freguesias N N N N Arada 1040 1030 10 - Cortegaça 1443 1422 21 1 Esmoriz 3569 3502 67 2 Maceda 1198 1178 20 1 Ovar 6355 6303 52 11 S. João 2229 2204 25 1 722 708 14 - Válega 2017 1998 19 2 TOTAL 18573 18345 228 18 S. Vicente de Pereira Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística – Constat 98 Em 1991 existiam em Ovar 18573 alojamentos familiares, dos quais 18345 eram alojamentos familiares clássicos, 228 alojamentos familiares não clássicos e 18 alojamentos colectivos. GRÁFICO XIV – Alojamentos segundo o tipo, por freguesias, em 1991 7000 6303 6000 5000 4000 Arada Cortegaça Esmoriz Maceda Ovar S. João S. Vic. Pereira Válega 3502 3000 2204 1998 2000 1000 1422 1178 1030 708 0 Aloj.Fam.Clássico 10 21 67 20 25 14 19 Aloj.Fam.Não Clássico 2 1 2 1 1 Aloj. Colectivos 114 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar A freguesia onde se registava o pico de alojamentos familiares era Ovar, com 6355 alojamentos deste tipo, seguida de Esmoriz, com 3569. Já a freguesia com o número mais reduzido de alojamentos familiares era S. Vicente de Pereira, que só totalizava, nesse ano, 722 alojamentos deste género. Dos 6355 alojamentos clássicos que existiam na freguesia de Ovar, 6303 eram alojamentos familiares clássicos, 52 alojamentos familiares não clássicos e 11 alojamentos colectivos. Conforme se pode observar no quadro anteriormente exposto, os alojamentos colectivos eram o tipo de alojamentos menos significativos no Concelho, pois só 18 tinham essas características. Dos 18345 alojamentos familiares clássicos existentes no Concelho de Ovar, em 1991, 13430 eram residências habituais, 2059 residências de uso sazonal, 973 pertenciam a ocupantes ausentes e 1883 eram alojamentos vagos. QUADRO XXVIII – Alojamentos clássicos segundo a forma de ocupação, por freguesias, em 1991 Residência Habitual Uso Sazonal Ocupante Ausente Freguesias N N N N Arada 845 13 48 124 Cortegaça 1014 230 39 139 Esmoriz 2559 369 222 352 Maceda 1001 8 84 85 Ovar 3961 1333 278 731 S. João 1816 56 122 210 599 5 49 55 Válega 1635 45 131 187 TOTAL 13430 2059 973 1883 S. Vicente de Pereira Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística – Constat 98 Alojam. Vagos 115 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar GRÁFICO XV – Alojamentos clássicos segundo a forma de ocupação, por freguesias, em 1991 4000 3961 3500 3000 2500 2000 1500 2559 1816 1635 1333 10141001 1000 845 731 599 500 369 3 0 Res. Habitual 8 56 45 Uso Sazonal 352 222 278 210 187 84 122 131 124 85 48 Ocup. Ausente Arada Cortegaça Esmoriz Maceda Ovar S. João S. Vic. Pereira Válega Aloj. Vagos A freguesia de Ovar, não só detinha o maior número de alojamentos familiares clássicos ( num total de 6303 ), como detinha, igualmente, o maior número de residências habituais ( contabilizando 3961 ); de uso sazonal (com um total de 1333); de residências com ocupantes ausentes ( 278 no total ) e de alojamentos vagos (expresso em 731). A freguesia de S. Vicente de Pereira, pelo contrário, era a que possuía o menor número de residências habituais ( totalizando 599 ); de uso sazonal ( congregando 5 no total ) e de alojamentos vagos ( agregando 55 ). Por seu lado, a freguesia com o menor número de residências com ocupantes ausentes era Cortegaça, com um total de 39 residências nestas condições. 7. A Habitação Social. Uma necessidade A habitação é um direito consignado na Constituição da República Portuguesa, nomeadamente no n.º 1 do art.º 65º, que dita: “todos têm direito à habitação”. Cabe ao Estado garantir este direito, promovendo e executando políticas de Habitação adequadas à população que vão servir. 116 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar Todavia, a realidade é bem diferente. Nem todas as pessoas conseguem ter acesso a uma habitação condigna. Existe uma desigualdade de oportunidades de acesso a este bem tão essencial à sobrevivência humana. A precariedade das condições sócio-económicas de um número considerável de famílias do Concelho, aliada à evolução demográfica, à falta de habitações sociais, ao aumento das más condições habitacionais e à especulação do mercado imobiliário, tem como consequências o recurso dessas mesmas famílias a formas “marginais” de habitação. Na realidade são inúmeros os casos de famílias que partilham a mesma habitação – geralmente insalubre e superlotada -, ou que recorrem à autoconstrução de habitações precárias, como barracas ou construções abarracadas. Igualmente, são em número significativo as famílias cujos membros são obrigados a viver separados. Desta forma, as estimativas referentes a carências habitacionais no Concelho aproximam-se das 2000 famílias com necessidades de alojamento. Deste número, podemos enunciar cerca de 400 agregados familiares com graves problemas desta ordem. A montante deste fenómeno de carência, podemos encontrar várias compartimentações, em termos de razões, a saber: Incapacidade financeira das famílias para aceder a aquisição/novos valores de arrendamento; Resistência de algumas famílias a abandonarem a zona de residência, embora habitem construções degradadas; O ritmo de construção de habitação social não acompanha o ritmo de crescimento das construções degradadas; A crescente taxa de separação conjugal ( o que coloca um dos cônjuges a procurar habitação ); A degradação do parque habitacional arrendado; A quase inexistência de oferta de habitação para arrendamento; A produção de habitação cooperativa está aquém das necessidades / potencialidades; Não reentrada, no mercado, dos fogos devolutos; Esforço financeiro elevado para a construção de habitação municipal (necessidade de redução da carga fiscal); A medida de subsídio de renda é muito restritiva (aplica-se só a jovens); 117 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar Ausência de flexibilização dos programas de recuperação de imóveis degradados. Para fazer face a este tipo de situações, o Município conta com um valiosíssimo instrumento, embora de momento pouco eficaz – a habitação social. Parece-nos que esta pouca eficácia da política de Habitação Social se deve às limitações técnicas e financeiras das autarquias, que não dispõem de autonomia para planear e decidir, nem meios financeiros suficientes para colmatar as reais necessidades habitacionais das populações que servem. Actualmente, as políticas habitacionais do Município, tal como acontece com outras autarquias do País, visam essencialmente a promoção de fogos para arrendamento social ( programas de realojamento ), e para venda a custos controlados. A Câmara Municipal de Ovar promoveu a construção e atribuição de cerca de 700 fogos de habitação social, distribuídos por 20 Bairros Sociais entre 1987 e 2000. Destes, 10 destinaram-se a arrendamento social. 118 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar 7.1. Habitações sociais vendidas QUADRO XXIX – Número de habitações sociais vendidas segundo o bairro a que pertencem Bairro N % Conjunto Habitacional do Alto de Saboga 80 19.1% Conjunto Habitacional Esmoriz I 24 5.7% Agrupamento Pré- Fab. Do Furadouro 32 7.6% Agrupamento Pré- Fab. do Alto Saboga 5 1.2% Agrupamento Pré- Fab. Esmoriz 5 1.2% Agrupamento Pré- Fab. Paçô – Válega 6 1.4% Conjunto Habitacional dos Lamareiros 8 1.9% Conjunto Habitacional de Saibreira 6 1.4% Conjunto Habitacional do Sargaçal 24 5.7% Conjunto Habitacional do Monte – Cortegaça 48 11.4% Conjunto Habitacional da Ponte Nova 68 16.2% Conjunto Habitacional de Gondesende 96 22.9% Conjunto Habitacional do Monte – Arada 16 3.8% Conjunto Habitacional da Roçada – S. Vicente de Pereira 2 0.5% 420 100.0% TOTAL Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 Assim, o Município de Ovar promoveu a venda, a custos controlados, um total de 420 habitações sociais. O Conjunto Habitacional de Gondesende, em Esmoriz, foi o bairro onde mais habitações se venderam, com um total de 96 habitações. Em segundo lugar encontra-se o Conjunto Habitacional do Alto Saboga- Ovar, com 80 habitações vendidas, seguido do Conjunto Habitacional da Ponte Nova - Ovar, expresso em 68 habitações vendidas. O bairro onde se regista o menor número de habitações vendidas é o Conjunto Habitacional da Roçada, em S. Vicente de Pereira, donde só se venderam 2 habitações. Os Agrupamentos Pré-Fabricados do Alto Saboga, de Esmoriz, de Paçô – Válega e o Conjunto Habitacional de Saibreira – Maceda também registam um número muito reduzido de habitações sociais vendidas, pois nos dois primeiros conjuntos habitacionais venderam-se cinco habitações e nos dois últimos seis. 119 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar Por seu lado, o número de habitações sociais arrendadas é bem mais baixo do que as vendidas. Apenas foram arrendadas, até ao momento, 288 fogos. 7.2. Habitações sociais arrendadas QUADRO XXX – Número de habitações sociais municipais arrendadas segundo o bairro onde pertencem Bairro N % Conjunto Habitacional do Alto Saboga 72 25.0% Conjunto Habitacional Esmoriz I 72 25.0% Conjunto Habitacional Esmoriz II 48 16.7% Conjunto Habitacional do Furadouro 50 17.3% Agrupamento Pré- Fab. do Furadouro 6 2.1% Agrupamento Pré- Fab. do Alto Saboga 2 0.7% Agrupamento Pré- Fab. Esmoriz 1 0.3% Conjunto Habitacional da Marinha – Ovar 9 3.1% Conjunto Habitacional da Ponte Nova 4 1.4% Conjunto Habitacional da Praia de Cortegaça 14 4.9% Conjunto Habitacional Olho Marinho – Arada 2 0.7% Cooperativa de S. Cristovão 8 2.8% 288 100.0% TOTAL Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraestruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 Os Conjuntos Habitacionais do Alto Saboga e Esmoriz I são os bairros onde se verifica o pico de habitações sociais arrendadas, congregando ambas 72 habitações nestas condições. De seguida surge o Conjunto Habitacional do Furadouro, com um contingente de 50 habitações e o Conjunto Habitacional Esmoriz II, agregando 48. Os bairros onde as habitações sociais arrendadas têm pouca expressão, são o Agrupamento Pré- Fabricado de Esmoriz ( apenas com uma habitação arrendada), seguido do Agrupamento Pré- Fabricado do Alto Saboga e do Conjunto Habitacional do Olho Marinho – Arada, ambos com duas habitações arrendadas. 120 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar A freguesia de Ovar é aquela onde se regista o número mais elevado de habitações sociais arrendadas ( 149 do total das 288 ). Por sua vez, Esmoriz é a freguesia que se encontra no patamar seguinte ( 121 habitações do total das 288 ). A freguesia com o menor número de habitações nestas condições é Arada, apenas com duas. A dimensão média familiar, neste bairros, é de 4 pessoas, estando alojados um número próximo dos 3000 indivíduos. Destes 20 complexos habitacionais, só 8 estão sob a alçada da Câmara Municipal. Os restantes são do actual IGAPHE ( Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado ), ou foram alienados aos próprios moradores. Em termos espaciais, a Autarquia promoveu a construção de fogos tanto inseridos em meios urbanos, como em zonas periféricas sem equipamentos sociais próximo. Neste último caso, encontram-se os Bairros de algumas freguesias, que não a de Ovar, que resultam da dificuldade de disponibilização/obtenção de terrenos a preços acessíveis para construção. As 50 habitações arrendadas no Conjunto Habitacional do Furadouro, tal como as 14 do Conjunto Habitacional de Cortegaça, fazem parte do Programa de Erradicação de Barracas levado a cabo por esta autarquia como forma de dar resposta aos problemas habitacionais e sociais das classes mais desfavorecidas, procedendo posteriormente à demolição das barracas ou construções abarracadas das famílias então realojadas. Todo este processo de realojamento iniciou-se com um primeiro diagnóstico social e económico, que continha os seguintes indicadores qualitativos mais caracterizantes da população a realojar: de onde vêm, qual o seu percurso e experiência de vida?; qual a sua raça, cultura, valores e hábitos? Qual a sua relação de vizinhança?; Quais os seus líderes?; Quais os seus projectos de vida?; Quais as suas aspirações quanto a uma casa? Daqui se depreende que o realojamento deve centrar-se nas pessoas e não nos problemas, valorizando as suas qualidades. As pessoas devem contar mais do que os problemas a ser resolvidos, porque " as pessoas não são coisas que se ponham em gavetas" (Isabel Guerra: 1994). Os problemas dos que vivem em bairros degradados não são, única e exclusivamente, problemas de falta de condições de habitabilidade, mas também ligados a estigmas sociais, pois quem vive nestes bairros, não raras vezes, é conotado como marginal, delinquente, indesejável. O realojamento deve, assim, implicar um trabalho com todas as famílias a realojar com base numa estratégia de motivação e participação das mesmas no seu processo de 121 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar mudança, permitindo a avaliação das suas potencialidades e aspirações individuais e produzindo canais facilitados à adaptação da nova casa e à valorização do espaço construído. A origem da população alojada nos vários Bairros arrendados é diversificada. Na sua génese, encontramos famílias residentes em barracas em situação última de exclusão social, pescadores, “retornados” das ex-colónias, etc. Das características desta população salienta-se: o seu nível de escolaridade é, regra geral, baixo; a maioria da população em idade activa desenvolve uma actividade, embora subsista uma significativa percentagem de indivíduos a laborarem em economia marginal ( biscates ). Não são de realçar as relações de conflito, mas o fenómeno social das toxicodependências, diga-se o alcoolismo, é preocupante. Outra forma de se conseguirem habitações a custos mais baixos é alienando habitações cooperativas, existindo, em Ovar, duas cooperativas deste género. As habitações cooperativas têm um expressão já bastante significativa em Ovar, registando um total de 492 habitações nestas condições, divididas em 196 na Cooperativa S. Cristovão e 296 na Cooperativa da Habitovar. Ambas as cooperativas localizam-se na freguesia de Ovar e, precisamente, na mesma zona – junto à Zona Escolar. QUADRO XXXI – Número de habitações cooperativas segundo o bairro onde pertencem Bairro N % Cooperativa S. Cristovão 196 39.8% Habitovar 296 60.2% TOTAL 492 100.0% Fonte: Inquérito “Habitação, Habitação Social e Infraetruturas de Saneamento, n.º 2”, 2000 A Cooperativa de S. Cristovão já vendeu até ao momento 196 habitações, enquanto que a Cooperativa da Habitovar foi a que, até ao momento, mais fogos vendeu ( num total de 296 ). São habitações familiares que se situam junto à Zona Escolar de Ovar. 122 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar Algumas considerações finais O Concelho de Ovar dispõe, actualmente, de um número muito superior aos 20.000 alojamentos. Embora com algumas oscilações, de uma maneira geral, constata-se um crescimento no sector da construção, sendo os anos de 1995 e 1998 os mais férteis nesta área: As freguesias de Ovar e Esmoriz apresentam a maior dinâmica, quer no que concerne ao número de requerimentos e de licenças emitidas, quer no que respeita ao número de edifícios concluídos; Ovar representa a freguesia onde estão implementadas o maior número de habitações principalmente para residência e exclusivamente residenciais, verificando-se o reverso na freguesia de S. Vicente de Pereira; Em 1998 assiste-se ao maior número de edifícios concluídos no Concelho; Ovar surge à cabeça com o maior número de alojamentos familiares, seguida imediatamente pela freguesia de Esmoriz, continuando S. Vicente de Pereira a ser a freguesia com menos expressão a este nível, absorvendo os alojamentos familiares clássicos a maior fatia de entre os diversos tipos de alojamentos. Os alojamentos colectivos constituem o tipo de alojamento menos significativo no Concelho; É de salientar o elevado número de alojamentos vagos, concentrando-se a maioria na freguesia de Ovar; Assiste-se a uma degradação do parque habitacional do Concelho, uma vez que não há uma cultura enraizada de preservação do património edificado, bem como há uma insuficiente informação acerca dos programas de reabilitação de imóveis degradados. A reabilitação de fogos não tem sido uma resposta explorada. Há que investir numa maior informação das actuais medidas de reabiliatação e recuperação de edifícios, por forma a contrariar o envelhecimento do parque habitacional construído e até inflectir a tendência de desertificação dos centros urbanos:; As carências habitacionais do Concelho de Ovar, aproxima-se das 2000 famílias com necessidades de alojamento e, dentro deste número, cerca de 400 agregados familiares com graves problemas desta ordem, registando-se núcleos de habitação 123 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar degradada em especial nas freguesias de Ovar, Esmoriz, Cortegaça, Arada, Válega e S. João; Embora as competências de construção de habitação social pertençam ao Governo, são os Municípios que se encarregam da promoção deste tipo de habitação, com as limitações técnicas e financeiras que lhe são próprias. Neste momento, as políticas habitacionais da Câmara Municipal de Ovar, visam, essencialmente, a promoção de fogos para arrendamento social ( programas de realojamento ) e para venda a custos controlados; A Câmara Municipal de Ovar promoveu a construção e atribuição de cerca de 700 fogos de habitação social, distribuídos por 20 Bairros Sociais, estando alojados um número muito próximo dos 3000 indivíduos; A produção de habitação cooperativa está aquém das reais necessidades, carecendo de alargamento a algumas freguesias do Concelho. Apesar dos Bairros Sociais serem diferentes entre si, não só pela sua implantação geográfica, aspecto arquitectónico, mas também da antiguidade dos mesmos, das origens da sua população, podemos dizer que os maiores problemas de pobreza e exclusão social situam-se nos aglomerados habitacionais que configuram os programas de realojamento de população residente em barracas. É que o realojamento não é suficiente para alterar a qualidade de vida dos seus moradores. Exige-se um novo modelo de acção integradora de vários esforços institucionais. 124 Programa Piloto da Rede Social do Concelho de Ovar BIBLIOGRAFIA BRANCO, Francisco, Municípios e Políticas Sociais em Portugal, Revista Intervenção Social n.º 11/12, Lisboa, ISSS, CRL. FERREIRA, António Fonseca, Por uma Nova Política de Habitação, 1987. GUERRA, Isabel, As pessoas não são coisas que se ponham em gavetas, in Sociedade e Território, n.º 20, Porto, 1994. Processos diversos( Habitação Social ) dos Serviços de Acção Social, de 1978 a 2000. Gabinete da Secretaria de Estado da Habitação, O Sector da Habitação no ano 2000, Lisboa, Setembro 2000, Jorge Fernandes Lda. INH - Instituto Nacional da Habitação (INE – Instituto Nacional de Estatística) – Estatísticas da Construção de Edifícios, Censos de 1981 e 1991 – Recenseamento Geral da População e da Habitação. INE - Instituto Nacional de Estatística, Boletim Mensal de Estatística, Estudo Estimativa do Parque Habitacional em 1998 (publicado em 1999) e Inquérito à Habitação 1998 (publicado em Abril de 2000). QUARTENAIRE PORTUGAL, Plano Estratégico do Concelho de Ovar II, 1.º Relatório, 2000. Câmara Municipal de Ovar, Departamento de Planeamento Estratégico e Urbanismo (DPEU), dados internos - 2000. 125