CRITÉRIOS BÁSICOS PARA
PROJETOS DE REDES AÉREAS DE
DISTRIBUIÇÃO RURAL - RDR
NTD-05
REFERÊNCIA
MANUAL DE ENGENHARIA
NTD-05
VIGÊNCIA
11/01/2007
TÍTULO:
VERSÃO
01
PÁGINA
2/40
CRITÉRIOS BÁSICOS PARA PROJETOS DE REDES AÉREAS DE DISTRIBUIÇÃO RURAL
PÁG.
1.
OBJETIVO
3
2.
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
3
3.
NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
3
4.
CONCEITOS BÁSICOS
3
5.
TIPOS DE OBRAS E ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS
6
6.
OBTENÇÃO DE DADOS PRELIMINARES
6
7.
LEVANTAMENTO DE CARGA E DETERMINAÇÃO DE DEMANDA
7
8.
EXPLORAÇÃO DO TRAÇADO E LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
9
9.
CONFIGURAÇÃO BÁSICA
12
10.
DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO
12
11.
DIMENSIONAMENTO MECÂNICO
16
12.
APRESENTAÇÃO DO PROJETO
22
13.
ANEXOS
25
REFERÊNCIA
MANUAL DE ENGENHARIA
VIGÊNCIA
11/01/2007
TÍTULO:
1.
VERSÃO
NTD-05
01
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CRITÉRIOS BÁSICOS PARA PROJETOS DE REDES AÉREAS DE DISTRIBUIÇÃO RURAL
OBJETIVO
Estabelecer os critérios básicos para a elaboração de projetos de Rede Aérea de Distribuição Rural –
RDR, de forma a assegurar boas condições técnico-econômicas das instalações e da qualidade do
serviço de energia elétrica.
2.
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Aplica-se a projetos de redes aéreas de distribuição rurais novas, melhorias e ampliações em sistema
trifásico nas tensões primárias de 13,8 kV e 34,5 kV.
3.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
3.1
Normas da ABNT
NBR - 5422 - Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica
NBR - 5433 - Redes de Distribuição Aérea Rural de Energia Elétrica
3.2
Normas da CELPA
NTD – 01
NTD – 02
NTD – 08
NTD – 11
NTD – 14
ITD – 03
ITD – 21
PD – 01
PD – 03
ETD – 01
ETD – 02
3.3
- Fornecimento de Energia Elétrica em Baixa Tensão
- Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de Distribuição
- Critérios para Levantamento Topográfico
- Montagem de Redes de Distribuição Aérea Urbana 13,8 kV e 34,5 kV
- Montagem de Redes de Distribuição Aérea Rural 13,8 kV e 34,5 kV
Critério para utilização de Chaves Fusíveis em Redes Aéreas de Distribuição
CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DE PÁRA-RAIOS EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE 13,8kV E 34,5kV
- Montagem de Redes de Distribuição Aérea Rural Trifásica 13,8 kV e 34,5 kV
- Ferragens Eletrotécnicas para Redes Aéreas, Urbanas e Rurais de Distribuição de Energia Elétrica
- Transformadores para Redes Aéreas de Distribuição 15 kV e 36,2 kV
- Postes de Concreto
Outras Instituições
CODI - 3.2.21.03.0 - Critérios para Projetos de Redes Aéreas de Distribuição Rural
Resolução ANEEL nº. 505/01
OBS: Em suas últimas revisões.
4.
CONCEITOS BÁSICOS
4.1
Sistema de distribuição
Parte do sistema de potência destinado ao transporte de energia elétrica, a partir do barramento
secundário de uma subestação (onde termina a transmissão ou subtransmissão) até os pontos de
consumo.
4.2
Subestação de distribuição
Subestação abaixadora e/ou elevadora de tensão da qual derivam os alimentadores de distribuição.
4.3
Rede de Distribuição Aérea Rural – RDR
Parte integrante do sistema de distribuição implantado, na sua maior parte, fora do perímetro urbano de
cidades, distritos e vilas.
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TÍTULO:
4.4
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CRITÉRIOS BÁSICOS PARA PROJETOS DE REDES AÉREAS DE DISTRIBUIÇÃO RURAL
Rede de distribuição primária
Parte de uma rede de distribuição que alimenta transformadores de distribuição e/ou pontos de entrega
sob a mesma tensão primária nominal.
4.5
Derivação de distribuição
Ligação feita em qualquer ponto de um sistema de distribuição, para alimentar tronco, ramal,
transformador de distribuição ou ponto de entrega.
4.6
Alimentador de distribuição
Parte de uma rede primária numa determinada área de uma localidade que alimenta, diretamente ou por
intermédio de seus ramais, transformadores de distribuição da CELPA e/ou de consumidor.
4.7
Tronco do alimentador
Parte de um alimentador de distribuição que transporta a parcela principal da carga total.
4.8
Ramal rural
Parte de um alimentador de distribuição, fora do perímetro urbano, que deriva diretamente do tronco do
alimentador.
4.9
Rede secundária
Parte da rede de distribuição energizada pelos secundários dos transformadores de distribuição.
4.10
Sistema radial
Sistema ou parte de um sistema de potência no qual, em condições normais de operação só pode haver
fluxo de energia em um único sentido.
4.11
Carga instalada
Somatória das potências nominais das cargas ligadas ao sistema considerado.
4.12
Demanda
É a potência elétrica, em kVA, requisitada por determinada carga instalada durante um período de tempo
definido. Normalmente se considera a potência média de 15 minutos.
4.13
Demanda máxima
Maior de todas as demandas ocorridas durante um período específico de tempo (um dia, dois dias, um
ano, etc).
4.14
Demanda média
É a relação entre a quantidade de energia elétrica consumida, durante um período de tempo qualquer e
o número de horas do mesmo período.
4.15
Fator de carga
Relação entre a demanda média e a demanda máxima ocorrida no mesmo período de tempo.
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Ex.: No período de um ano.
FC =
dm
D
Para um ano: FC =
c
8760 x D
onde:
FC – Fator de Carga
C = Consumo anual em kWh
D = demanda máxima em kW
dm = demanda média em kVA
4.16
Fator de demanda
Relação entre a demanda máxima de uma instalação, verificada em um período especificado e a
correspondente carga instalada (menos as reservas).
4.17
Fator de potência
Relação entre a potência ativa e a potência aparente.
4.18
Flecha
Maior distância, em um vão de rede aérea, entre um condutor e a reta que passa por seus pontos de
fixação, medida em condições específicas.
4.19
Rede aérea
Rede elétrica em que os condutores, geralmente nus, ficam elevados em relação ao solo ou afastados
de outras superfícies, que não os respectivos suportes.
4.20
Transposição
Permutação da posição relativa dos condutores de uma rede elétrica.
4.21
Estrutura de apoio
Estrutura que suporta os condutores e/ou estais componentes de uma rede aérea.
4.22
Estrutura ancorada
Suporte na qual é feita a ancoragem de todos os condutores de dois vãos contíguos de uma rede.
4.23
Estai
Cabo destinado a assegurar ou reforçar a estabilidade de um suporte de rede aérea, transferindo
esforços para outra estrutura, contraposte ou âncora.
4.24
Vão
Distância horizontal entre dois suportes consecutivos de uma rede aérea.
4.25
Vão básico do gabarito
Vão adotado na elaboração da tabela de flechas, a partir da tração horizontal correspondente, para
construção do gabarito.
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4.26
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Vão ancorado
Vão compreendido entre duas estruturas de ancoragem.
4.27
Vãos contínuos
Série de 2 ou mais vãos compreendidos entre estruturas de ancoragem.
4.28
Vão regulador
Vão fictício, mecanicamente equivalente a uma série de vãos contínuos, compreendidos entre estruturas
ancoradas, e que serve para a definição do valor do vão para tração de montagem.
4.29
Simbologia
A simbologia a ser utilizada para representação em projetos está estabelecida na NTD-16.
5.
TIPOS DE OBRAS
Os projetos de Rede de Distribuição Rural - RDR, classificam-se em:
5.1
Projetos de Rede Nova
São aqueles que visam a implantação de todo o sistema de distribuição necessário para o atendimento a
uma determinada área onde não existe rede de distribuição.
5.2
Projetos de Melhoria de Rede
São aqueles que visam promover alterações em uma rede existente, seja para adequá-la a novas
situações de carga, seja por motivo de segurança, obsoletismo, melhoria nas condições de fornecimento
ou adequação das instalações ao meio ambiente.
5.3
Projetos de Ampliação de Rede
São aqueles destinados a atender novos consumidores que implicam no prolongamento da rede de
distribuição existente.
6.
OBTENÇÃO DOS DADOS PRELIMINARES
Inicialmente, deve-se obter basicamente:
6.1
−
as características do projeto;
−
o planejamento básico;
−
os projetos existentes.
Características do projeto
Consiste na determinação do tipo de projeto a ser desenvolvido, da área a ser abrangida e do estado
atual da rede, quando esta existir.
6.2
Planejamento básico
Os projetos deverão atender a um planejamento básico, que permita um desenvolvimento progressivo,
compatível com a área em estudo. Em área onde o sistema elétrico será totalmente implantado ou
ampliado, o projeto deverá ser precedido de uma análise a fim de determinar a disponibilidade do
sistema elétrico para a região.
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TÍTULO:
6.3
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CRITÉRIOS BÁSICOS PARA PROJETOS DE REDES AÉREAS DE DISTRIBUIÇÃO RURAL
Projetos existentes
Deverão ser verificados os possíveis projetos anteriormente elaborados na área abrangida, ainda não
construídos ou em construção, que deverão ser considerados nos projetos em elaboração.
7.
LEVANTAMENTO DE CARGA E DETERMINAÇÃO DA DEMANDA
7.1
Levantamento de carga
Consiste na coleta dos dados de carga dos consumidores em potencial, localizados na área em estudo.
Os procedimentos serão diferenciados de acordo com o tipo de projeto, conforme a seguir:
7.1.1
Projeto de melhoria de rede
a) Consumidores ligados à rede primária
Localizar em planta todos os consumidores ligados à rede primária com os seguintes dados:
−
natureza da atividade;
−
horário de funcionamento, indicando o período de carga máxima e sazonalidade, caso haja;
−
carga total caso não haja medição de demanda e capacidade instalada;
−
possíveis novas ligações na rede primária, ou acréscimo de carga na área do projeto.
b) Consumidores ligados à rede secundária
Localizar os consumidores residenciais rurais, anotando-se em planta o tipo de ligação (monofásica,
bifásica ou trifásica), e os não residenciais (oficinas, laticínios, etc), indicando-se a carga total
instalada e seu horário de funcionamento. Os consumidores não residenciais de pequena carga (bar,
armazém, etc), deverão ser tratados como residenciais.
c) Consumidores especiais
Anotar o horário de funcionamento e a carga total instalada, observando-se a existência de aparelhos
que possam ocasionar oscilação de tensão na rede (raio X, solda elétrica, forno a arco, etc).
7.1.2
Projeto de ampliação ou rede nova
As cargas a considerar nestes casos, serão fundamentadas no cadastramento das propriedades, que
deverá ser realizado de modo a avaliar a real necessidade da carga a ser instalada, conforme os
equipamentos eletrodomésticos e eletro rurais que serão instalados, identificando-se a potência de cada
equipamento e fator de potência. Deverá ser anotada a existência de aparelhos que possam ocasionar
oscilação de tensão na rede ou outro tipo de influência considerada anormal.
7.1.3
Projeto de complementação de fases
A complementação de fases em RDR deve ser executada quando o carregamento em ramais
monofásicos ultrapassar 8A e/ou quando houver desequilíbrio de corrente nos circuitos.
7.2
Determinação de demanda
O procedimento para determinação dos valores de demanda estão descritos em função de várias
situações possíveis de projetos. No cálculo de demanda deve ser considerado um horizonte de 10 anos,
utilizando a taxa de crescimento de carga característica da região conforme Tabela 1(Anexo I).
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TÍTULO:
7.2.1
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Projeto de melhoria de rede
A determinação da demanda poderá ser obtida através de medição ou pelo processo estimativo.
7.2.1.1
Processo por medição
No processo por medição deverá ser obtido o perfil da carga do alimentador diretamente das medições
de seu tronco e ramais, observando-se sempre a coincidência com as demandas das ligações existentes
na rede primária. Confrontando-se os resultados das medições com as respectivas cargas instaladas
serão obtidos fatores de demanda típicos que poderão ser utilizados como recurso, na determinação de
demanda por estimativa, em outras áreas.
a) Tronco de alimentadores rurais
A determinação de demanda máxima de alimentadores rurais, basicamente, é feita através de
relatório de acompanhamento da subestação de distribuição.
Na impossibilidade de obter a demanda máxima através de relatórios de acompanhamento, deverá
ser feita medição na saída do alimentador em estudo (ver Nota 1).
b) Ramais rurais
Para determinação da demanda máxima dos ramais rurais, deverão ser instalados equipamentos de
medição no inicio do ramal (ver Nota 1).
c) Consumidores ligados na rede primária
Deverá ser feita verificação da demanda máxima do consumidor através da leitura do medidor de
kWh / Demanda. Deverá ser considerada, ainda, previsão de aumento de carga.
NOTA 1: Para os alimentadores e ramais rurais, as medições devem ser efetuadas com a rede
operando em sua configuração normal em dia de carga típica, por um período mínimo de 48
horas.
7.2.1.2
Processo estimativo
a) Tronco de alimentadores rurais
No caso de melhoria de rede, esse processo não se aplica aos alimentadores. A determinação da
demanda será sempre feita por relatórios de acompanhamento ou medição.
b) Ramais rurais
A estimativa de demanda máxima poderá ser feita através da demanda máxima do alimentador,
obtida na subestação, em confronto com a capacidade das cargas dos transformadores instalados ao
longo do mesmo. Deverá ser analisada sempre, a simultaneidade de funcionamento das cargas dos
consumidores ligados à rede primária.
c) Consumidores ligados à rede primária
A demanda de consumidores ligados à rede primária deverá ser estimada aplicando-se à carga
instalada um fator de demanda típico, dependendo da natureza da atividade, conforme Manual de
Participação Financeira do Consumidor e da Empresa).
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7.2.2
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Projeto de ampliação ou rede nova
Nos projetos de ampliação ou atendimento às novas localidades, a determinação da demanda será feita
em função da demanda de transformadores de distribuição de áreas similares já atendidas,
considerando-se a influência de demandas individuais de consumidores ligados à rede primária,
aplicando-se os fatores de demanda conhecidos de consumidores similares.
Na determinação da demanda de consumidores em baixa tensão será utilizada a NTD-01 ou poderá ser
também obtida através do fator de carga e do kWh/Consumidor, a ser determinado através do
faturamento dos consumidores característicos da região.
8.
EXPLORAÇÃO DO TRAÇADO E LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
8.1
Exploração do traçado
Deverão ser avaliadas as condições existentes do projeto e do terreno, incluindo as possíveis condições
futuras, com o objetivo de pré-determinar o possível traçado, buscando sempre a melhor solução
técnico-econômica.
Para ocupação da faixa de domínio de rodovias, ferrovias, etc, deve-se atender as normas técnicas dos
órgãos resposavéis.
8.2
Levantamento topográfico
Os serviços topográficos compõem-se em 3 partes:
8.2.1
−
traçado da RDR;
−
levantamento e nivelamento da diretriz da RDR;
−
detalhamento dos acidentes geográficos e outros obstáculos na faixa.
Traçado da RDR
O traçado depende, em grande parte, da capacidade de observação do Topógrafo, que deverá sempre
que possível, seguir os critérios a seguir:
a) situar-se em terrenos menos acidentados, evitando-se aqueles com inclinação transversal superior a
30%;
b) desviar de picos elevados, desde que economicamente viável, para evitar esforços excessivos de
vento e descargas atmosféricas;
c) as estruturas deverão ser colocadas fora da faixa de domínio das rodovias e em posição tal que a
distância medida sobre a superfície do terreno, da estrutura à borda exterior do acostamento, seja
maior que a altura da estrutura.
d) situar-se dentro da faixa de domínio das rodovias, até no máximo 1,5 m de distância da cerca
limítrofe, de acordo com a norma do DNIT, e em hipótese alguma no interior da faixa de domínio das
ferrovias;
e) a diretriz escolhida, sempre que possível, será paralela à estrada. O traçado da RDR poderá se
afastar da diretriz estabelecida quando houver necessidade de contornar obstáculos (construções,
mato denso, áreas reflorestadas, lagos, etc), cortar curvas fechadas ou evitar terrenos impróprios
para fundação;
f) manter uma distância de segurança de pedreiras em exploração, fornos de cal, usina de produtos
químicos, etc;
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g) evitar paralelismo em longos trechos com linhas de telecomunicações com fio nu. O afastamento
mínimo entre os respectivos eixos deverá ser de 50 metros para 13,8 kV e 75 metros para 34,5 kV;
h) as travessias sobre rodovias, ferrovias, linhas de telecomunicação, vias navegáveis, deverão ser
feitas com ângulo mínimo de 60º entre os eixos das linhas e/ou da via atravessada;
i) as travessias sob linhas de transmissão deve estar o mais próximo possível da direção normal ao
eixo da linha, observando-se o ângulo mínimo de 15º e máximo de 105º;
j) não serão permitidas as travessias sobre edificações tais como casas, galpões, etc;
k) deve ser perfeitamente identificada a RDR existente de onde se fizer a derivação, indicando
propriedade, destino e procedência, tensão de isolamento e operação, número de fases, bitola dos
condutores, tipo de estrutura e o número do poste (para posterior planta de localização).
NOTA: Deverá apresentar as coordenadas geográficas dos pontos notáveis da RDR projetada.
8.2.2
Levantamento e nivelamento da diretriz da RDR
Após a definição do traçado da RDR, será executado o levantamento do perfil do terreno e a respectiva
planta baixa, numa faixa de 20 metros (10 metros de cada lado) ou mais, se necessário.
Exigências mínimas:
8.2.3
−
Colocação de piquetes em todos os pontos de estação, em intervalos máximos de 150 metros, de
preferência em saliências do terreno e obrigatório nas divisas de propriedades e nos pontos de
mudança dos tipos de vegetação e cultura.
−
Os piquetes deverão ser fincados firmemente no terreno e ter dimensões de 30 x 4 x 4 cm,
confeccionados com madeira de boa qualidade, pintados na cor branca para ângulos ou derivações
e na cor laranja para alinhamento.
−
A cada piquete corresponderá uma estaca testemunha com dimensões 50 x 2,5 x 4 cm,
confeccionada com madeira de boa qualidade, pintada na cor laranja, numerada com tinta preta na
face voltada para o piquete em ordem crescente no sentido de caminhamento. A estaca deverá ser
fincada no máximo 30 cm no solo e a tinta utilizada terá que manter inalterada a condição de leitura
por longo período.
−
As visadas intermediárias deverão estar afastadas em média de 50 m, segundo a natureza do
terreno, sendo mais próximas umas das outras nas cumeadas dos morros e dispensáveis nos fundos
das grotas e gargantas.
−
Quando a inclinação do terreno, transversalmente ao traçado da RDR, ultrapassar 20% deverão ser
levantados os perfis laterais situados 5 metros à esquerda e à direita do traçado.
Detalhamento dos acidentes geográficos e outros obstáculos na faixa
Os acidentes na faixa ou nas suas imediações serão levantados com precisão compatível para cada
caso com os seguintes detalhes:
−
Cruzamento com rodovias ou ferrovias: dados para identificação da estrada, inclusive rumos e
nomes das localidades mais próximas por ela servida, posição quilométrica exata do ponto de
cruzamento, ângulo de cruzamento, posições relativas das cercas e postes das linhas de
telecomunicações, limite da faixa de domínio, indicação do norte verdadeiro.
−
Cruzamento com rede de distribuição rural, linhas de transmissão e de telecomunicação: distâncias
do ponto de cruzamento aos postes ou estruturas adjacentes, ângulo, alturas dos cabos ou fios no
ponto de cruzamento, temperatura ambiente na hora da medição, tensão de transmissão ou
distribuição, número das estruturas adjacentes ao cruzamento, dados para identificação da linha,
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inclusive o nome da empresa ou do proprietário particular da linha atravessada, indicação do norte
verdadeiro.
−
Acidentes isolados importantes: edificações, blocos de pedra, etc, com imposição relativa, contorno
aproximado, cota do topo e indicações de sua natureza.
−
Os cursos d'água (rios, córregos, ribeiros, etc), deverão constar direção da correnteza, sua
denominação, nível d'água por ocasião do levantamento, bem como estimativa da máxima cheia
provável e navegabilidade.
−
Terrenos impróprios para fundação de estruturas: posição relativa, delimitação e indicação de sua
natureza (brejos, erosão, terrenos de pouca resistência, rochas, etc).
−
Tipo de vegetação e cultura: posição relativa, delimitação ao longo da faixa e indicação de sua
natureza (mato, bracatinga, pasto, milharal, etc).
−
Muros, cercas indicando os tipos de arame (farpado, liso, tela, etc), altura e quantidade de fios,
valas divisórias e a limitação exata das propriedades atravessadas com o nome dos proprietários.
−
Nas proximidades de torres de microondas, rádio difusão, antena repetidora e parabólica de
televisão deve ser indicada a distância entre o eixo da RDR e o ponto central da torre.
−
No caso de atravessar um loteamento, deverá ser aproveitado o armamento existente para
passagem da RDR, devendo ser solicitado da Prefeitura Municipal uma carta com o alinhamento,
onde conste a largura da pista, do passeio e canteiros e se comprometendo pela exatidão dos
mesmos.
NOTA: Qualquer outro acidente de importância que interferir no desenvolvimento do traçado, deverá ser
levantado. De modo geral, deverão constar posição e cotas relativas, altura, delimitação e
indicação de sua natureza.
8.3
Levantamento Topográfico Expedito
Em um determinado trecho, por falha ou ausência de fotografias aéreas e a critério da CONTRATADA,
poderá ser utilizado o levantamento topográfico expedito, neste caso o mesmo deverá ser feito da
seguinte maneira:
8.3.1.
A área a ser levantada deverá ser subdividida em retângulos do tamanho A1, de forma a que possa
concluir-se quantos desenhos serão necessários executar para cobrir toda a área. Será admitida uma
superposição máxima de 02 (dois) traçados em um único formato. Deverá ser usada a escala de 1/5000
na horizontal, 1/500 na vertical para RDR’s e 1/1000 para RDU’s, devendo as mesmas serem
desenhadas em pranchas separadas.
8.3.2.
O levantamento dessa área será feito através de leituras obtidas no hodômetro do carro ou a trena, para
os deslocamentos. E da leitura dos ângulos horizontais de deflexão, na bússola ou GPS. Estas leituras
caso não tenham correção devem ser feitas com o veículo parado, a fim de evitar-se a influência das
partes metálicas do mesmo.
8.3.3.
Quando surgirem loteamentos, colônias agrícolas ou casos semelhantes, deverão ser solicitadas, aos
seus proprietários ou responsáveis, plantas mais precisas referentes a essas áreas. Conseguindo-se
essas plantas, o levantamento expedito poderá ser dispensado.
8.4.
Caderneta de Campo
Para anotação do levantamento, deverá ser utilizada caderneta própria para esse fim, devendo a
CONTRATADA anotar:
a) medições efetuadas;
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b) desenho e cálculo das distâncias;
c) norte magnético e rumo;
d) todos os ângulos ou deflexões da RDR medidos e calculados;
e) levantamento planimétrico da RDR e também os detalhes quando necessários;
f) todos os demais elementos colhidos no terreno para o estabelecimento do traçado;
g) nome do Topógrafo, datas e tipo de aparelho usado.
8.5.
Desenho
8.5.1.
Perfil e Planta Baixa
O perfil e a planta baixa deverão ser desenhados no programa “autocad”, podendo a critério da
CONTRATANTE, serem normografados em tinta nanquin, em papel vegetal de boa qualidade, nos
formatos padronizados pela CONTRATANTE. A configuração gráfica será de acordo com as Normas de
simbologia da CONTRATANTE.
8.5.2.
Planta do Traçado
A planta do traçado será desenhada em “autocad” podendo a critério da CONTRATANTE, serem
normografados em tinta nanquin, em papel vegetal de boa qualidade, nos formatos padronizados pela
CONTRATANTE. Será permitido efetuar cortes no traçado, desde que seja referido sempre a mesma
indicação ao norte magnético. A configuração gráfica será de acordo com as Normas de simbologia da
CONTRATANTE.
9.
CONFIGURAÇÃO BÁSICA
As redes de distribuição terão de forma geral uma configuração radial e serão constituídas de troncos
trifásicos de 3 condutores e ramais trifásicos e monofásicos para alimentar pequenas localidades e
propriedades rurais.
10.
DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO
Os critérios para dimensionamento elétrico, proteção, seccionamento e aterramento das redes de
distribuição rural são:
10.1
Níveis de tensão
As tensões nominais primárias padronizadas pela CELPA são 13,8kV e 34,5kV, podendo ser fixada a
tensão de fornecimento primário no ponto de entrega de energia a determinado consumidor, conforme
limites estabelecidos na tabela 3 da Resolução ANEEL nº. 505/01.
A queda de tensão deverá ser determinada através de cálculos ou medições registradas. Os cálculos
deverão ser feitos utilizando os coeficientes unitários de queda de tensão percentual definidos na Tabela
2 (Anexo II). O formulário a ser utilizado encontra-se no Quadro do Anexo III e um exemplo de cálculo no
Anexo IV.
10.2
Perfil de tensão
Para o dimensionamento da rede de distribuição rural deve-se determinar o perfil de tensão mais
adequado às condições da rede e subestações.
Os fatores a serem considerados na determinação do perfil de tensão são:
− comprimento da RDR;
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− tipo e bitola do condutor;
− tensão no barramento da subestação;
− transformador de distribuição;
− cargas a serem supridas.
10.3
Condutores
Serão utilizados condutores de alumínio com alma de aço - CAA, nas bitolas 2 AWG, 1/0 AWG e 4/0
AWG, constantes na Tabela 3 (Anexo V).
A escolha da bitola deve ser feita de acordo com a queda de tensão máxima permitida e capacidade de
condução dos condutores. O cálculo de queda de tensão deve ser elaborado utilizando coeficiente
unitário de queda de tensão, fator de demanda e taxas de crescimento de carga para um horizonte de 10
anos.
10.3.1
Carregamento
Na configuração radial, o carregamento deverá ser compatível com o limite térmico do condutor. Quando
houver previsão de interligação com outras RDR's deverão ser consideradas as cargas sujeitas a
transferência.
10.3.2
Desequilíbrio de carga
O máximo desequilíbrio permissível em qualquer ponto de uma RDR será de 20%. O desequilíbrio será
determinado pela equação:
d% =
3
x
2
(2Ia – Ib – Ic) + 3 (Ic – Ib)
2
2
x 100
Ia + Ib + Ic
onde:
Ia, Ib e Ic são os módulos das correntes nas fases, em ampères.
10.3.3
Correção de níveis de tensão
Havendo necessidade de correção do nível de tensão, deve-se verificar a possibilidade de fazê-lo
utilizando os seguintes meios:
10.4
−
troca de taps dos transformadores;
−
troca dos condutores;
−
instalação de reguladores de tensão;
−
instalação de bancos de capacitores.
Transformadores
Deverão atender as normas ETD-01 - Transformadores para Redes Aéreas de Distribuição 15 kV e 36,2
kV e NBR 5440 da ABNT.
10.5
Proteção
10.5.1
Proteção contra sobrecorrente
Para dimensionamento da proteção contra sobrecorrente deverão utilizar alguns critérios para definição
do equipamento a ser usado. Os principais critérios estão resumidos a seguir:
a) Religador automático
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Os religadores devem ser utilizados obedecendo aos seguintes critérios:
−
em redes de distribuição onde se deseja suprir áreas sujeitas a falhas transitórias, cuja elevada
probabilidade de interrupção tenha sido constatada através de dados estatísticos;
−
em todas as saídas de alimentadores das subestações quando justificar técnica e
economicamente sua aplicação;
−
em pontos de circuitos longos, onde o curto-circuito mínimo não é suficiente para sensibilizar o
dispositivo de retaguarda;
−
após as cargas cuja continuidade de serviço seja importante.
b) Chaves fusíveis e elos fusíveis
As chaves fusíveis devem ser instaladas nas seguintes situações:
−
na estrutura dos bancos de capacitores;
−
no primário dos transformadores de distribuição;
−
em ramais ou rede tronco onde não se justifica economicamente a instalação de religador.
A escolha dos elos fusíveis da rede deve ser feita de modo a garantir a coordenação ou seletividade
da proteção da rede, garantindo segurança e proteção a condutores e equipamentos.
Demais critérios, bem como, a escolha dos elos fusíveis dos transformadores estão estabelecidos na
ITD-03.
10.5.2
Proteção contra sobretensão
A proteção contra sobretensão será feita através de pára-raios do tipo válvula, equipados com dispositivo
de desligamento automático.
a) Seleção
Os pára-raios a serem utilizados são de:
−
12kV , para rede de distribuição em 13,8kV;
−
30kV, para rede de distribuição em 34,5kV.
A corrente de descarga deverá ser no máximo de 10 kA, o nível de proteção para impulso dos páraraios deverá coordenar com os níveis básicos de isolamento para impulso dos equipamentos por ele
protegido.
b) Localização
Deverão ser projetados pára-raios nas seguintes situações:
−
em estruturas que contenham transformadores, reguladores de tensão, bancos de capacitores,
religadores, chaves a óleo e seccionadores;
−
em todo fim de linha;
−
se após um fim de linha trifásica seguir uma fase, deve-se prever pára-raios em todas as fases
dos fins de linhas trifásicas.
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−
de 4 em 4 Km, nos pontos de fácil acesso, levando-se em conta os pára-raios instalados
conforme situações acima
NOTA:
Este espaçamento de 4 em 4 km para aplicação de pára-raios poderá ser reduzido, em função de
estudo específico de proteção contra sobretensão para coordenação de isolamento
Demais critérios de localização estão estabelecidos na ITD-21.
10.6
Seccionamento
As chaves utilizadas para seccionamento são:
Chaves tripolares para abertura sob carga (chaves a óleo) e chaves faca unipolares com dispositivo para
abertura sob carga, mediante equipamento apropriado.
10.6.1
Localização
As seccionadoras unipolares (com gancho para abertura em carga) e tripolares para abertura em carga
deverão ser utilizadas em pontos de manobra, visando eliminar a necessidade de desligamentos nas
subestações e minimizar o tempo de interrupção, bem como restringir ao máximo o número de
consumidores atingidos pela manobra.
As chaves deverão ser localizadas em pontos de fácil acesso, para maior facilidade de operação.
Recomenda-se a utilização das chaves nos seguintes pontos:
−
interligação de alimentadores rurais, na condição normalmente aberta, nos pontos de separação dos
circuitos;
−
onde são previstas manobras para transferência de carga;
−
de 6 em 6 Km, nos pontos de fácil acesso, facilitando as manobras de RDR;
−
após o ponto de entrada de consumidores importantes, onde justificar técnica e economicamente a
abertura com carga;
−
pontos próximos ao início e fim de concentrações significativas de carga.
NOTA: Não deve ser projetada chave faca unipolar onde exista a possibilidade de sua operação causar
um desequilíbrio de corrente tal, que atue os disjuntores ou religadores de retaguarda. Portanto,
sendo necessária a operação freqüente da chave, deverá ser prevista chave a óleo tripolar ou
chave tripolar para abertura com carga.
10.7
Aterramento
10.7.1
Considerações gerais
−
Deverão ser aterrados todos os pára-raios e as carcaças de todos os equipamentos.
−
Os aterramentos de pára-raios e carcaças de transformadores devem ser independentes do
aterramento do neutro da rede secundária.
−
Os condutores de aterramento devem ser contínuos e não devem ter em série nenhuma parte
metálica de equipamentos elétricos ou ferragens.
−
A interligação dos equipamentos elétricos à malha de terra deverá ser feita através de um único
condutor de aterramento.
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−
A distância mínima da haste de aterramento mais próxima do poste deverá ser de 1 m. A parte
superior da haste deve estar no mínimo a 50 cm abaixo da superfície do solo.
−
A distância mínima entre hastes de aterramento é o seu comprimento (2400 mm).
−
O condutor de aterramento deverá ser de cobre ou aço cobreado de bitola mínima de 16mm , bem
fixado ao poste através de eletroduto tipo PVC, até uma altura mínima de 3 m e se possível instalado
internamente ao poste.
−
O valor máximo recomendado para o aterramento será de 20 ohms.
−
A configuração do aterramento será de livre escolha, desde que atenda a máxima resistência de
aterramento permitida.
−
Deverão ser utilizados hastes de aterramento de cobre ou aço cobre de comprimento de 2400mm,
−
Recomendamos que o aterramento fique a uma distância mínima de 30 m de edificações que
abriguem pessoas ou animais.
2
10.7.2
Aterramento de cercas – proceder conforme definido na NTD-14.
11.
DIMENSIONAMENTO MECÂNICO
Este dimensionamento tem por objetivo determinar o esforço mecânico resultante sobre uma
determinada estrutura para que se possa verificar sua condição de estabilidade.
Definido o traçado, deverão ser locadas nos desenhos as estruturas necessárias ao suporte da rede.
Na planta baixa além dos dados topográficos deverão ser indicadas as estruturas conforme exemplo do
Anexo VI.
Para dimensionar as estruturas deve-se considerar os seguintes aspectos:
11.1
−
tração de projeto dos condutores calculada para condição de vento máximo e temperatura mínima;
−
ação do vento sobre os condutores e estruturas;
−
peso da estrutura e condutores;
−
resistência mecânica do solo, poste, cruzeta, ferragens, armações e isoladores;
−
espaçamento e tensão elétrica entre condutores;
−
ângulo de deflexão da rede;
−
espaçamento entre estruturas.
Estais
−
Deve-se evitar o uso de estais. Utilizar ao máximo estruturas auto-portantes;
−
Os estais nas estruturas de ancoragem e fim de linha devem ser instalados, respectivamente,
sempre na direção da bissetriz do ângulo de deflexão da linha ou na direção da linha;
−
Os estais devem formar um ângulo ≥ 45º referente ao poste;
−
cabo de aço a ser utilizado nos estais é o de bitola 7,94 mm .
2
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Postes
Os postes a serem utilizados devem estar em conformidade com a ETD-02 – Postes de Concreto de
Seção Duplo T. Os contrapostes poderão ser de madeira preservada com tratamento preservativo
adequado, e utilizando-se apenas o cerne da madeira.
Não serão aceitos contrapostes com:
11.3
−
sinais de apodrecimento, principalmente no cerne;
−
avarias no alburno provenientes do corte ou transporte;
−
fraturas transversais;
−
depressões acentuadas.
Engastamento
Na elaboração do projeto deve-se levar em conta o momento resistente oferecido pelo solo ao
tombamento da estrutura, que depende basicamente dos seguintes aspectos:
−
profundidade do engastamento;
−
dimensões da base do poste;
−
características do terreno.
A profundidade de instalação ou engastamento, para qualquer tipo de poste, será igual a:
C=
L
10
+
0,6 m
onde:
e = engastamento, em metros;
L = comprimento do poste, em metros.
Sendo as dimensões da base dos postes padronizadas, conforme descrição do item “Engastamento de
Postes” constante da Norma PD-01, conclui-se que o fator determinante do tipo de engastamento é a
característica do solo.
Na Tabela 4 do Anexo VII, encontra-se a definição de fundações para alguns tipo de solos. A fundação
poderá ser diferente da encontrada na tabela, desde que os cálculos sejam apresentados juntamente
com o projeto, devendo ser considerado neste cálculo uma sobrecarga de 40% da resistência nominal do
poste, pois a mesma foi considerada na confecção dos ábacos.
Em regiões pantanosas, a fundação deverá ser feita conforme definição na Norma PD-01.
11.4
Estabilidade das estruturas
Na elaboração do projeto deve-se levar em conta as características que definem a estabilidade das
estruturas tais como:
−
resistência mecânica do poste aos esforços de compressão que, atuando na
comprimento provocarão um esforço de compressão ou flambagem;
−
resistência mecânica do solo aos esforços de compressão;
−
resistência mecânica da cruzeta à flexão, sendo considerados os esforços verticais e horizontais que
poderão atuar sobre a mesma;
direção de seu
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−
a carga nominal da cruzeta será igual a 50% de sua carga de ruptura;
−
resistência mecânica do estai;
−
resistência mecânica dos pinos.
Gabaritos
As catenárias dos gabaritos utilizados para projeto de redes médias de distribuição rural foram plotadas
a partir das “Tabelas de Trações e Flexas” indicadas nas Normas PD-01 e NTD-14.
Foram utilizados os seguintes vãos básicos para a construção dos respectivos gabaritos:
a) vãos contínuos: usados para vãos contínuos ou ancorados até 220 m (Anexo VIII - Figura 1).
−
curva do condutor (catenária) na condição de flecha máxima (50º C, sem vento) com vão básico
de 140 m.
−
curva do condutor (catenária) na condição de flecha mínima (5º C, sem vento) com vão básico de
240 m.
b) vãos ancorados: usados para vãos ancorados entre 220 m e 550 m ( Anexo IX - Figura 2).
−
curva do condutor (catenária) na condição de flecha máxima (50º C, sem vento) com vão básico
de 350 m.
c) detalhe de travessia: usado para vãos até 150 m (Anexo X - Figura 3).
−
11.5.1
curva do condutor (catenária) na condição de flecha máxima (50º C, sem vento) com vão básico
de 90 m.
Linha do pé do poste e linha de solo
São linhas paralelas à linha (catenária) do condutor na condição de flecha máxima sem vento, indicando
respectivamente o pé das estruturas e a distância do cabo condutor ao solo. A linha do pé do poste
representa a altura livre do poste de 10 m. A linha do solo representa a altura mínima exigida de 6 m
para a maioria dos vãos.
11.5.2
Utilização
Os gabaritos devem ser utilizados para cabo de alumínio CAA e regiões com incidência de vento até 100
Km/h.
A correta utilização do gabarito será fundamental para não comprometer a segurança da RDR. Um
exemplo de utilização dos gabaritos encontra-se no Anexo XI.
11.5.3
Escalas
Os gabaritos para vãos contínuos e ancorados são confeccionados na escala 1:500 na vertical e 1:5000
na horizontal. Para detalhe de travessia 1:100 na vertical e 1:500 na horizontal.
11.6
Considerações sobre a montagem
O desenho do perfil do cabo deve representar tão fielmente quanto possível a sua posição na condição
de flecha máxima. Para que o projeto represente a construção, a montagem dos cabos deve ser
realizada nas condições de projeto, ou seja, a montagem deve ser feita com a tração correta em função
dos vãos e temperatura ambiente, de acordo com Tabelas das Normas PD-01 e NTD-14.
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11.6.1
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Vão regulador
Para obtenção dos valores de tração, através da tabela de trações de montagem, deve-se antes, calcular
o valor do vão regulador de cada secção de tensionamento, através da equação:
a reg =
3
3
3
3
a1 + a2 + a3 + ...........+ an
a1 + a2 + a3 +..........+an
onde:
a reg = vão regulador, em metros;
a1, a2, a3,......an = comprimentos individuais dos vãos que compõem a secção de tensionamento, em
metros.
O valor máximo para uma secção de tensionamento de uma rede de distribuição rural trifásica deve ser:
−
cabos de alumínio CAA 2 AWG : 1700 m
−
cabos de alumínio CAA 1/0 e 4/0 AWG: 1500 m
O valor do vão regulador de cada secção de tensionamento deve ser o mais próximo possível do vão
básico e deve ser indicado no projeto executivo da RDR.
11.6.2
Locação de estruturas
Com exceção das estruturas prefixadas a locação das demais estruturas no perfil, deverá ser feita por
tentativas, utilizando para isto o gabarito adequado.
Critérios para locação:
11.6.3
−
Nos casos em que a rede de distribuição rural passar dentro de perímetro urbano, os vãos não
deverão ultrapassar a 80 metros, possibilitando, no futuro, intercalação de postes para instalação de
rede secundária. Neste caso, poderá ser utilizado o condutor CA.
−
Nas travessias sobre rodovias, as estruturas do vão da travessia, deverão ser locadas fora da faixa
de domínio ou a 1,5 metros, no interior da faixa, da cerca limítrofe de acordo com norma do DNIT.
−
Os postes deverão guardar das cristas dos cortes ou dos pés das saias de aterros a distância
mínima de 5,0 metros.
−
A distância do poste a borda exterior do acostamento, medida sobre a superfície do terreno, deverá
ser maior do que a altura livre do poste.
−
Nas travessias sobre linha de telecomunicação, sobre ou sob rede de distribuição ou sob linha de
transmissão, as estruturas do vão de travessia, deverão ser locadas, preferencialmente, fora da faixa
de domínio.
−
Dentro do perímetro urbano, em locais onde poderão existir, no futuro, cruzamento de RDU, será
conveniente projetar postes de 11 metros.
−
Nas imediações de subestações, normalmente congestionadas, será conveniente projetar postes de
12 metros prevendo a instalação de segundo circuito.
Escolha das estruturas
As estruturas a serem utilizadas estão contidas nas Normas PD-01 e NTD-14.
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Na escolha das estruturas poderão ser utilizados ábacos que determinam para as situações de
tangência e ângulo, a limitação máxima de cada estrutura (considerado 40% de sobrecarga na
resistência nominal do poste), de acordo com a bitola e o ângulo de deflexão dos condutores, constantes
nas Normas PD-01 e NTD-14.
Sendo inevitável o emprego de vãos ou ângulos superiores aos previstos nos ábacos, deverá ser
utilizada estrutura especial cujo desenho e memória de cálculo deve fazer parte do projeto.
As estruturas do vão de travessia de rodovia, ferrovia, rios, linhas de energia elétrica e de
telecomunicações deverão ser de ancoragem.
NOTA: Nas estruturas N1 e N2 consecutivas é obrigatório a alternância da posição dos isoladores
centrais em relação aos postes.
11.6.4
Tensionamento dos condutores
Será executado pré-tensionamento dos condutores, mantendo-os sob uma tração constante de 28% da
tração de ruptura por um período de aproximadamente duas horas.
Após o pré-tensionamento dos condutores, tendo o valor do vão regulador, da secção de tensionamento
(projeto executivo), a temperatura do condutor naquele momento e a bitola do condutor, obtém-se o valor
da tração de montagem consultando-se as tabelas de trações.
11.6.5
Posicionamento dos postes DT
a) Tangentes
−
Suspensão: o poste deverá ser implantado com a secção de maior esforço perpendicular à
direção da rede;
−
Ancoragem: indicado no ábaco.
b) Ângulos
O poste deverá ser implantado sempre com a secção de maior esforço direcionado para a bissetriz
do ângulo de deflexão da linha.
c) Fim de linha
O poste deverá ser implantado com a secção de maior esforço na mesma direção da linha.
11.6.6
Distâncias verticais mínimas dos condutores ao solo na condição de flecha máxima a 50º C
−
locais acessíveis apenas a pedestres: 6,0 metros;
−
travessia de rodovias: 7,0 metros para vãos até 100 metros, sendo esta distância acrescida de 10 cm
para cada 10 m de acréscimo de vão.
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Distâncias verticais mínimas dos condutores a superfície da água na condição de flecha máxima a 50º C
−
Águas navegáveis:
d=H+2m
onde:
d = distância mínima acima do nível máximo da água atingida pela maior enchente.
H = altura do maior mastro de embarcação, informada pela autoridade responsável da Capitania dos
Portos.
−
11.6.8
Águas não navegáveis: distância mínima de 6m acima do nível máximo da água atingida pela maior
enchente.
Distâncias verticais mínimas entre os condutores nos cruzamentos na condição de flecha máxima a 50º
C.
No caso de travessia de uma linha sobre ou sob outra, as distâncias verticais mínimas nas condições
mais desfavoráveis de aproximação dos condutores, são calculadas pela fórmula (NBR 5422/85):
D = a + 0,01
( DU - 50), se DU > 87 kV
ou
D = a, se DU < 87 kV
3
onde:
D = distância mínima entre os condutores em metros;
a = 1,2 metros, para linhas de energia elétrica;
a = 1,8 metros, para linhas de telecomunicações;
DU = tensão mais elevada entre as duas linhas da travessia.
NOTA:
1) A linha de maior tensão deve ficar acima da linha de menor tensão, satisfazendo as distâncias
mínimas de segurança e, caso a linha ou rede a ser transporta tenha cabo muito leve (telefônico,
telegráfico, etc), deve ser considerada a possibilidade de inversão de flecha ocasionada pelo vento.
2) Para altitudes superiores a 1000 m em relação ao nível do mar, o valor da segunda parcela de "D"
deverá ser acrescida de 3% para 300 m de altitude acima de 1000 m.
11.6.9
Faixas de segurança
a) Largura da faixa
A largura da faixa de segurança deverá ser de 10 m para cada lado do eixo da linha, perfazendo 20 m.
− Distância mínima entre eixos de duas linhas paralelas
A distância horizontal mínima entre os eixos de dois suportes será calculada pela fórmula:
d = b1 + b2 + f + DU
150
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onde:
d = distância horizontal mínima, em metros
b1 e b2 = distâncias horizontais do eixo do suporte ao ponto de fixação do condutor mais afastado desse
eixo para a primeira e segunda RDR respectivamente, em metros.
f = flecha na temperatura máxima de projeto, em metros.
DU = corresponde ao valor da tensão mais elevada das duas linhas, com um mínimo de 69 kV.
11.6.10 Sinalização de advertência
a) Vales profundos
Nas travessias sobre vales profundos, com viabilidade de tráfego de aeronaves, nos trechos em que
os cabos superiores se situarem acima de 145 metros do solo, estes deverão ser sinalizados com um
mínimo de 3 esferas, espaçadas de 40 metros no máximo, mantendo uma distância mínima de 5
metros para as estruturas de apoio, conforme Anexo XII - Figura 4.
b) Vias navegáveis
Nas travessias sobre vias navegáveis, os cabos inferiores deverão ser sinalizados com um mínimo de
3 esferas e espaçadas de 40 metros no máximo, mantendo uma distância mínima de 5 metros para
as estruturas de apoio.
c) Regiões agrícolas
Os trechos de RDR localizados em regiões agrícolas que utilizam a aviação na aplicação de
defensivos deverão receber a sinalização de advertência. As esferas devem ser espaçadas de 40
metros no máximo, mantendo uma distância mínima de 5 metros para as estruturas de apoio.
NOTA: As esferas devem ser de fibra de vidro, com diâmetro de 500 milímetros, na cor laranja FAB.
12.
APRESENTAÇÃO DO PROJETO
O projeto deverá ser composto de:
12.1
Memorial descritivo
Deverá conter informações referentes a:
12.2
−
objetivo e necessidades da obra;
−
características técnicas, cálculo de demanda e queda de tensão;
−
número de consumidores e áreas beneficiadas;
−
relação de consumidores;
−
listagem e especificação dos materiais e equipamentos.
Planta de situação
Deverá ser elaborada na escala de 1:25000 a partir das plantas do IBGE. Tem por objetivo mostrar o
posicionamento da rede projetada em relação a rede existente e aos acidentes geográficos.
12.3
Desenho planialtimétrico
Deverá ser apresentado na escala vertical 1:500 e horizontal 1:5000, juntamente com a caderneta de
campo utilizada no levantamento topográfico devidamente assinado pelo Topógrafo responsável com
número de Registro no CREA. Apresentar, também, as coordenadas geográficas dos pontos notáveis.
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Na folha do desenho planialtimétrico de projetos particulares deverá conter nome do proprietário, nome
da propriedade, Engenheiro responsável, Topógrafo, escalas vertical e horizontal data e nº da folha do
projeto.
OBS: Para extensão de rede até 500 m a ser construída em terreno que não apresente de declividade;
que não cruze rodovias e/ou rios navegáveis; que não cruze com linhas de energia elétrica será
dispensada a apresentação do levantamento altimétrico e caderneta de campo.
12.4
Desenho de detalhes de travessia
Deverão ser desenhados à parte, travessias sobre rodovias, ferrovias, vias navegáveis, linhas de
telecomunicações, sobre ou sob linhas elétricas, todos na escala vertical 1:100 e horizontal 1:500,
devidamente cotados, e onde constem:
−
tensão nominal;
−
seção do cabo condutor;
−
carga de ruptura do cabo;
−
material empregado;
−
tensão mecânica no lance da travessia;
−
flecha nas situações mais desfavoráveis;
−
cotas dos detalhes de travessias: “Travessia Aérea de RDR Sobre Rodovias”, “Travessia de RDR
Sobre Rios”, “Travessia de RDR Sob LT’s”.
A apresentação do detalhe de travessia deverá estar conforme segue:
a) Caso o ramal cruze rios o projeto deverá conter DETALHE DE TRAVESSIA devidamente aprovado
pela Capitania dos Portos.
OBS:
1. para a aprovação o órgão exige a apresentação do projeto em 03 (três) vias;
2. é de responsabilidade do projetista a apresentação à Capitania dos Portos para análise e
aprovação do detalhe de travessia;
3. a distância mínima dos condutores ao nível máximo atingido pela água, na condição de flecha
máxima (50º C) deverá obedecer as cotas mínimas estabelecida pela Capitania dos Portos;
4. os postes deverão ficar fora dos limites das cotas do nível máximo da água das hidrovias.
b) caso o ramal cruze rodovia e/ou utilize faixa de domínio de rodovias e de terrenos de domínio público
o projeto deverá conter DETALHE DE TRAVESSIA E/OU DETALHE DE UTILIZAÇÃO DE FAIXA DE
DOMÍNIO com obediência das distâncias mínimas necessárias, devidamente aprovado junto ao
órgão competente.
c) caso o ramal cruze linhas de transmissão de energia elétrica de responsabilidade da
ELETRONORTE, o projeto deverá conter DETALHE DE TRAVESSIA com obediência às distâncias
mínimas necessárias, sendo de responsabilidade do projetista a apresentação do projeto a
ELETRONORTE para análise e aprovação.
12.5
Quadro de locação de estruturas
Deverá ser preenchido da seguinte forma (modelo no Anexo XIII):
−
nome da RDR projetada;
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TÍTULO:
12.6
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−
município ao qual pertence a RDR;
−
tensão primária da RDR;
−
número da folha do projeto correspondente a folha da tabela;
−
identificação das estruturas, citando, respectivamente, número da estrutura (ordem crescente), o tipo
da montagem (conforme PD-01), o tipo, resistência e altura do poste;
−
posicionamento e quantidade de estais, caso haja;
−
ângulo de deflexão da linha;
−
número da estaca (levantamento topográfico) mais próxima à estrutura e a respectiva distância
entre a estaca e a estrutura (a distância será positiva se a estrutura estiver após a estaca
referenciada, considerando o sentido crescente da numeração e negativa, em caso contrário).
Quadro de regulação
Deverá ser preenchido da seguinte forma (modelo no Anexo XIV):
12.7
−
nome da RDR projetada;
−
município ao qual pertence a RDR;
−
tensão primária da RDR;
−
para cada trecho ancorado, o respectivo valor do vão regulador.
Relação de materiais
Descrição dos materiais com quantidades a serem empregados.
12.8
Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, devidamente assinado pelo responsável técnico e
proprietário
Descrição dos materiais com quantidades a serem empregados.
Paulo Renato Schnekenberg
Superintendente de Engenharia
José Alberto Alves Cunha
Vice Presidente de Operações
NOTA: O documento original assinado encontra-se a disposição dos usuários na SEGER.
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NTD-05
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CRITÉRIOS BÁSICOS PARA PROJETOS DE REDES AÉREAS DE DISTRIBUIÇÃO RURAL
A N E X O S
Anexo I
TABELA 1 – TAXA DE CRESCIMENTO DE CARGA
Anexo II
TABELA 2 – COEFICIENTES UNITÁRIOS DE QUEDA DE TENSÃO PERCENTUAL
Anexo III
QUADRO – CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO
Anexo IV
CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO
Anexo V
TABELA 3 – CABOS DE ALUMÓNIO CAA
Anexo VI
DESENHO PLANIALTIMÉTRICO
Anexo VII
TABELA 4 – FUNDAÇÕES
Anexo VIII
FIGURA 1 – LINHAS MÉDIAS – VÃOS CONTÍNUOS
Anexo IX
FIGURA 2 – LINHAS MÉDIAS – VÃOS ANCORADOS
Anexo X
FIGURA 3 – DETALHE DE TRAVESSIA PARA LINHAS MÉDIAS
Anexo XI
EXEMPLO: UTILIZAÇÃO DE GABARITOS
Anexo XII
FIGURA 4
Anexo XIII
LOCAÇÃO DE ESTRUTURAS
Anexo XIV
VÃOS REGULADORES
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ANEXO I
TABELA 1
TAXAS DE CRESCIMENTO DE CARGA
CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO
TAXA DE CRESCIMENTO DE CARGA
Baixa potencialidade de crescimento (4% ao ano)
1,48
Potencialidade normal de crescimento (6% ao ano)
1,79
Alta potencialidade de crescimento (8% ao ano)
2,16
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ANEXO II
TABELA 2
COEFICIENTE UNITÁRIO DE QUEDA DE TENSÃO TRIFÁSICO
VALORES EM % PARA CABO DE ALUMÍNIO – CAA
TENSÃO
(kV)
13,8
34,5
SISTEMA 3 ∅
ee = 1,32 m
CONDUTORES
AWG / MCM
FP = 1,00
FP = 0,92
3 # 2
0,5514
0,6151
3 # 1/0
0,3655
0,4429
3 # 4/0
0,1932
0,2748
3 # 2
0,0882
0,0984
3 # 1/0
0,0585
0,0709
3 # 4/0
0,0309
0,0440
OBS.: Os valores de resistência (R1) e reatância (X1) foram retirados da Tabela 1.4 da página
54 do livro “Sistemas Aéreos de Distribuição” da ELETROBRÁS
∆v % = (R1 COS Ψ + X1 SEM Ψ) x 100
2
kV
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ANEXO III
QUADRO – CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO
SERVIÇO
NÚMERO
PRIM.
SEC.
F. P.
DESENHO Nº
FOLHA
(Transformador ou Alimentador)
REFERÊNCIA:
TRECHO
DESIGNAÇÃO
CARGA
COMPRIMENTO
DISTRIBUÍDA
NO TRECHO
QUEDA DE TENSÃO
CONDUTORES
ACUMULADA NO
FIM DO TRECHO
TOTAL
A
B
C
D
(C/2 + D) B = E
PRIMÁRIA
Km
MVA
MVA
MVA x km
SECUNDÁRIA
100 m
kVA
kVA
kVA x 100 m
DEMANDA NOTURNA PREPARADO POR
UNITÁRIA
NO
TRECHO
TOTAL
F
G
ExG=H
I
Nº AWG
%
%
%
DEMANDA DIURNA VISTO
EM
FOLHA
DE
REFERÊNCIA
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ANEXO IV
CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO
SERVIÇO
NÚMERO
PRIM.
13.8 kV
SEC.
F.P.
0,92
(Transformador ou Alimentador)
OBS: Neste exemplo foi considerado demanda dos transformadores
igual a 50% e crescimento estimado anual de 7%
REFERÊNCIA: DESENHO Nº
TRECHO
FOLHA
CARGA
DESIGNAÇÃO
COMPRIMENTO
DISTRIBUÍDA
NO TRECHO
ACUMULADA
NO FIM DO
TRECHO
A
PRIMÁRIA
SECUNDÁRIA
B
Km
100m
C
MVA
kVA
D
MVA
kVA
QUEDA DE TENSÃO
TOTAL
(C/2 + D) B=E
MVA x Km
KVA x 100m
CONDUTORES
UNITÁRIA
NO
TRECHO
TOTAL
F
G
ExG=H
I
Nº AWG
%
%
%
A-B
2,350
-
0,423
0,998
3#4
0,8787
0,877
0,877
B-C
1,200
-
0,413
0,496
3#4
0,8787
0,436
1,313
1,926
C-D
1,800
-
0,388
0,698
3#4
0,8787
0,613
D-E
0,700
-
0,074
0,052
3#4
0,8787
0,046
1,972
B-B1
0,400
-
0,010
0,004
1#4
2,710
0,011
0,888
C-C1
0,600
0,010
0,015
0,012
1#4
2,710
0,033
1,346
D-D1
1,300
-
0,020
0,026
1#4
2,710
0,070
1,996
D1-D2
0,400
-
0,010
0,004
1#4
2,710
0,011
2,007
D1-D3
0,200
-
0,010
0,002
1#4
2,710
0,005
2,001
D-D4
0,600
-
0,295
0,177
3#4
0,8787
0,156
2,152
DEMANDA NOTURNA PREPARADO POR
DEMANDA DIURNA VISTO
EM
FOLHA
DE
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ANEXO V
TABELA 3
CABOS DE ALUMÍNIO – CAA
DIÂMETRO
mm2
SEÇÃO
mm2
DIÂMETRO “D” ± 2%
(mm)
33,64
1
2,672 2,67
5,607
8,02
39,25
135,92 1189 0,870 155
10,11
62,47
216,34 1823 0,547 207
DIÂMETRO
mm2
FIOS
TOTAL
CORRENTE (A)
QUANTIDADE
CARGA DE RUPTURA
MÍNIMA (daN)
SEÇÃO
(mm2)
2,672
TOTAL
MASSA NOMINAL
(Kg / km)
DIÂMETRO
mm
SEÇÃO
COMERCIAL
BITOLA - AWG
CÓDIGO
6
FIOS
2 SPARROW 033
AÇO
QUANTIDADE
1
ALUMÍNIO
SEÇÃO NOMINAL
(mm2)
ITEM
REFERÊNCIA
RESISTÊNCIA A 25% 60 Hz
MÁX. (Ω/ Km)
CABO COMPLETO
FORMAÇÃO
2
1/0
053
6
3,371
53,55
1
3,371 3,37
8,924
3
4/0 PENGUIM 107
6
4,770
107,21
1
4,770 4,77
17,869 14,31 125,08 433,16 3529 0,273 320
RAVEN
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ANEXO VI
DESENHO PLANIALTIMÉTRICO
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ANEXO VII
TABELA 4
FUNDAÇÕES
TIPO DE FUNDAÇÃO
CARACTERÍSTICAS DO SOLO
TIPO DE POSTE
AREIA POUCO COMPACTA
ARGILA MOLE
MÉDIA
(3 < SPT < 10)
AREIA MEDIANAMENTE
COMPACTA
ARGILA RIJA
(10 < SPT < 20)
Reaterro compactado com solo
natural
Reaterro compactado com solo
natural
Diâmetro da vala = 0,80 m
Diâmetro da vala = 0,70 m
10/300
11/300
Base concretada
Traço: 1:3:5
Base concretada
Traço: 1:3:5
12/300
Diâmetro da vala = 0,80 m
Diâmetro da vala = 0,80 m
10/600
11/600
Base concretada
Traço: 1:3:5
Base concretada
Traço: 1:3:5
12/600
Diâmetro da vala = 1,50 m
Diâmetro da vala = 1,20 m
10/1000
11/1000
Base concretada
Traço: 1:2, 5:3
Base concretada
Traço: 1:2, 5:3
12/1000
Diâmetro da vala = 1,50 m
Diâmetro da vala = 1,20 m
10/150
11/200
OBS.:
SPR = STANDART PENETRATION TEST, obtido através da sondagem à
percursão.
Para os postes 10/150 e 11/200 nos solos areia fofa, argila mole e chapadão,
haverá necessidade de fazer a fundação utilizando solo cimento traço 1:15 e
diâmetro da vala 0,70 m.
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ANEXO VIII
FIGURA 01
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ANEXO IX
FIGURA 02
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ANEXO X
FIGURA 03
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ANEXO XI
EXEMPLO: UTILIZAÇÃO DOS GABARITOS
1 - Determinação de uma série de estruturas N1 e N2 em postes de 10 metros. O condutor afastado 6
metros do solo.
a) Utilizando-se o gabarito para vãos contínuos na última estrutura projetada fazer coincidir a linha do
condutor a 50" C no ponto de apoio do condutor "A" e a linha do pé do poste no ponto "B".
b) Deslizando o gabarito sempre na vertical, mantendo os pontos "A" e "B" nas respectivas curvas,
tangenciar a linha do solo com o perfil do terreno em "C". A interseção da linha do pé do poste
com o perfil do terreno, ponto "D", mostra a localização da estrutura seguinte NI ou N2 de 10
metros.
2 - Determinação de outros tipos de estruturas e outras alturas de postes
a) Serão usadas as escalas de estruturas, a direita do gabarito, a linha do condutor e a linha do solo.
b) O gabarito na vertical, fazer coincidir a linha do condutor em "A" e a linha do solo em "C". Traçar a
linha do condutor a 50ºC. Com a escala das estruturas, determinar qual a estrutura e altura do poste
que convém em "D - E".
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ANEXO XI (continuação)
3 - Verificação de Arrancamento
a) Para se verificar o esforço de arrancamento, coloque a curva de 5ºC, com o gabarito sempre na
vertical, nos pontos de apoio dos condutores de duas estruturas de vãos subsequentes "A" e "B".
b) Caso a curva de arrancamento passar acima do ponto de apoio do condutor "C", existirá esforço de
arrancamento nesta estrutura. Neste caso, adotar uma das alternativas:
− no sentido longitudinal da rede, deslocar a estrutura a ré ou avante;
− aumentar a altura do poste;
− utilizar uma estrutura de ancoragem.
c) Se a curva de arrancamento passar abaixo ou tangenciar o ponto de apoio dos condutores "C", não
existirá esforço de arrancamento nesta estrutura.
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ANEXO XII
FIGURA 4
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ANEXO XIII
LOCAÇÃO DE ESTRUTURAS
RDR
MUNICÍPIO
ESTACA MAIS
PRÓXIMA
DISTÂNCIA
ENTRE
ESTAI
DISTÂNCIA ENTRE (ESTRUTURA E
POSTERIOR - m)
ESTACA E
ESTRUTURA (m)
ATERRA-MENTO
ÂNGULO
(GRAUS)
PÁRA-RAIOS
LOCAÇÃO
CHAVE
FUSÍVEL
LATITUDE
ESTAI
LONGITUDE
POSTE
ESTRUTURA
Nº
ESTRUTURA
TIPO
CHAVE
SECCIONADORA
kV Fl.
TENSÃO
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ANEXO XIV
VÃOS REGULADORES
RDR
MUNICÍPIO
ENTRE
ESTRUTURAS DE
ANCORAGEM
TENSÃO
VÃO
REGULADOR (m)
ENTRE
ESTRUTURAS
DE ANCORAGEM
kV
VÃO
REGULADOR (m)
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critérios básicos para projetos de redes aéreas de distribuição rural