CHRISTOPHE SIMON, AFP FIM DO IMPASSE Basquete brasileiro confirmado no Rio 2016 Bronze nos 50m livre, Fratus cumprimenta o nadador francês Florent Manaudou, vencedor da prova BALANÇO DE KAZAN Menos pódios do Brasil no Mundial de que a campanha foi boa. – Saímos satisfeitos daqui. Mesmo sem o Cesar, que é um fator, tivemos finais – analisou Alberto Pinto da Silva, o Albertinho, técnico chefe da equipe masculina. Em Kazan, o Brasil se classificou para os Jogos do Rio 2016 em quatro das seis provas de revezamentos: 4x100m livre masculino e feminino, 4x100m medley masculino e 4x200m livre feminino. ALEXANDER NEMENOV, AFP O Brasil deixa o Mundial de Kazan, encerrado ontem na Rússia, com pódios, vagas olímpicas e metas não batidas. Na natação, foram quatro medalhas – nenhuma de ouro. Nicholas Santos (50m borboleta) e Etiene Medeiros (50m costas) foram pratas em provas não olímpicas. Em disputas que integram o programa dos Jogos do Rio 2016, Thiago Pereira foi prata nos 200m medley e Bruno Fratus ficou com o bronze nos 50m livre. Foram menos medalhas em relação à edição anterior, em Barcelona 2013, quando foram conquistados dois ouros (nos 50m borboleta e 50m livre, com Cesar Cielo) e três bronzes (com Thiago Pereira nos 200m medley e 400m medley e Felipe Lima nos 100m peito). A delegação que disputou o Mundial de Barcelona também chegou a mais finais: 12 contra 10 de Kazan. A meta era aumentar o número de participações em decisões. Ainda assim, o entendimento da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) é EUA LIDERAM QUADRO DE MEDALHAS NA NATAÇÃO Com as quatro medalhas na natação, o Brasil fechou a participação no Mundial em 14º lugar – os Estados Unidos foram os campeões na piscina, com 23 pódios no total (oito ouros, 10 pratas e cinco bronzes). No quadro geral do Mundial de Esportes Aquáticos, o Brasil terminou em 13º, com sete medalhas (sendo uma de ouro com Ana Marcela Cunha na maratona aquática de 25km). A China dominou as disputas das seis modalidades, com 35 medalhas (15 ouros, DESISTÊNCIA E POLÊMICA COM BRASILEIRA A última noite de finais do Mundial foi marcada pela desistência de última hora de Sun Yang (E), favorito dos 1.500m livre. Recordista mundial e campeão olímpico da maior distância da natação, o chinês de 23 anos justificou a ausência por um problema no coração, alegando ter passado mal no aquecimento. Sun recusou-se a comentar a altercação que teve horas antes com a nadadora brasileira Larissa Oliveira, que teria tentado agredir com uma cotovelada. Com dois ouros, Sun foi eleito o melhor nadador no Mundial. No feminino, a honra ficou com a americana Katie Ledecky (foto), dona de cinco ouros na Rússia. A Federação Internacional de Basquete (Fiba) anunciou ontem que o Brasil terá convite para disputar as competições masculina e feminina de basquete nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, como paíssede. A entidade aceitou a proposta da Confederação Brasileira (CBB) para o pagamento da dívida referente à participação no Mundial masculino do ano passado. A confirmação das vagas foi protelada ao limite pela Fiba, como forma de pressionar o Brasil a pagar o convite para jogar a Copa do Mundo na Espanha, uma vez que o time não se classificou na quadra. Ontem começou o PréOlímpico das Américas no feminino, no Canadá, e o Brasil, até poucas horas antes da estreia contra a Venezuela, não sabia se precisaria vencer a competição, também válida como Copa América, para estar no Rio. CBB FIRMOU CONVÊNIO COM MINISTÉRIO Conforme comunicado da Fiba, a decisão da concessão do convite foi tomada “baseada no fato de o Brasil ter rica história esportiva no basquete e da garantia, da CBB, de usar seus melhores atletas no Rio”. A CBB não explicou como fará para pagar a dívida de cerca de R$ 2 milhões. A entidade recentemente firmou convênio de mais de R$ 7 milhões com o Ministério do Esporte, para a preparação da seleção masculina visando à Olimpíada. O dinheiro é lastreado (não pode ser usado para outros fins), mas liberaria a confederação para utilizar outros recursos para pagar a dívida. Na nota, a Fiba informou que a “CBB, apoiada por seus patrocinadores e pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), firmou o compromisso de pagar o débito”. Nike e Bradesco patrocinam a CBB.