Aplicação da Terapia por Contensão Induzida e seu efeito na qualidade de vida de pacientes após Acidente Vascular Encefálico (AVE) Silvia Caroline Massini Rosa, Kézia da Silva Alves, Luciana Maria dos Reis, Josie Resende Torres da Silva Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG – Escola de Enfermagem – Curso de Fisioterapia [email protected] Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é a doença mais incapacitante entre as demais doenças neurológicas. Estima-se que 45% a 75% dos pacientes acometidos por um AVE têm dificuldade de utilizar o membro parético em atividades de vida diária (AVD’s) [1]. O fato de ter as atividades básicas comprometidas gera um grande transtorno emocional e afeta a qualidade de vida desses indivíduos[2]. Com a finalidade de diminuir os prejuízos motores causados pelo AVE surgiram diversas terapias no meio clínico, entre elas a Terapia por Contensão Induzida (TCI), uma técnica reabilitadora definida pela estratégia de desencorajar o uso do membro não afetado e incentivar o uso ativo do membro superior parético, melhorando a representação cortical na área afetada e contribuindo para uma restauração da função motora[3]. O objetivo deste estudo foi verificar se houve melhora significativa na quantidade e na qualidade da função motora de pacientes com sequelas de AVE após a aplicação da TCI e qual a influência imediata desses resultados na QV dos indivíduos. Materiais e Métodos: Foram selecionados por conveniência quatro (n=4) indivíduos adultos, dois do sexo masculino e dois do sexo feminino, com sequelas de AVE e idade média de 56,75 ± 7,54 devendo apresentar as características motoras necessárias mensuradas por um formulário específico da técnica e um cognitivo preservado avaliado através do Mini Exame do Estado Mental. Para avaliação da TCI foram utilizadas as escalas MAL (Motor Activity Log) e WMFT (Wolf Motor Function Test) e duas escalas de qualidade de vida, SF-36 e EQVE-AVE. Para a análise dos dados, foram utilizados valores de média e mediana do período pré e pós-tratamento. Resultados e Discussão: Mesmo considerando que cada paciente respondeu a TCI de uma maneira, houve evolução significativa nos aspectos motores e funcionais e melhora da QV imediata a intervenção. Os resultados corroboraram com outros estudos que também apontaram a TCI como uma técnica eficaz na prática clínica com efeitos positivos sobre a qualidade de vida já que está diretamente relacionada à funcionalidade do paciente e consequentemente a boa prática das AVD’s. Conclusões: A TCI demonstrou trazer benefícios motores na quantidade e qualidade dos movimentos realizados pelo membro superior parético de pacientes pós-AVE e efeitos positivos imediatos na QV. Financiamento: Programa Institucional Voluntário de Iniciação Científica (PIVIC) Referências: [1] Pereira ND, Michaelsen SM, Menezes IS, Ovando AC, Lima RCM, Teixeira-Salmela LF. 2011. Confiabilidade da versão brasileira do Wolf Motor Function Test em adultos com hemiparesia. RevBrasFisioter. 15(3):257-65. [2] Brito RG, Lins LCRF, Almeida CDA, Ramos Neto ES, Araújo DP, Franco CIF. 2013. Instrumentos de Avaliação Funcional Específicos Para o Acidente Vascular Cerebral. RevNeurocienc. 21(4):593-599. [3] Gamba RT, Cruz DMC. 2011. Efeitos da terapia por contensão induzida em longo prazo em pacientes pós-AVC. RevNeurocienc. 19(4):735-40. Alfenas – MG – Brasil 12, 13 e 14 de novembro de 2015