Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TÉCNICO DE INFORMÁTICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO Memórias Bruno Castellani Caña Danilo Martins Marques Nathalie Guolo Trovão Victor de Lacerda Alves Branco Wesley Jorge Lucas Prado Professor(es) Orientador(es): Márcia Cristina Ferreira dos Santos Beatriz Freddi Motta São Caetano do Sul / SP 2014 Memórias Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como prérequisito para obtenção do Diploma de técnico em informática integrado ao Ensino Médio. São Caetano do Sul / SP "Acho que a única razão de sermos tão apegados em memórias, é que elas não mudam, mesmo que as pessoas tenham mudado." Autor desconhecido AGRADECIMENTOS Agradecemos aquelas pessoas que souberam nos apoiar quando necessário sem receber nem pedir nada em troca e foi através dessas atitudes ímpares que vimos quão cercados de pessoas valorosas nós estamos e como somos agraciados por isso. Pelos voluntários que prontamente nos receberam com nossas inúmeras dúvidas e responderam sempre que possível. Ao grupo pelo aprendizado de que nem sempre o caminho é fácil, mas nem por isso traz menos felicidade. E, por fim, aos nossos professores que tanto nos incentivaram e nos apoiaram, para que esse projeto fosse realizado. RESUMO Através de registros as pessoas guardam momentos importantes, que poderão ser relembrados com o passar do tempo e não queremos que estes momentos sejam perdidos. O projeto Memórias é um software desenvolvido na forma de um livro virtual onde é possível o leitor ter uma interatividade com livre controle sobre as páginas as quais contém animações, sendo assim, possui opções para ir direto a uma página, ou clicar para virar a mesma. Suas páginas serão de visual agradável e leve para que possam favorecer a leitura. O objetivo do projeto é manter o registro da história de nossa escola, que até o momento, estavam separadas e quase perdidas, encontradas apenas por fotos e pelas memórias dos que a frequentaram. O uso dessa tecnologia será de grande utilidade em tablets, smartphones e computadores com toque (Touch Screen) podendo, assim, tornar-se mais atraente e estimular a leitura. Palavras-chave: livro, história, escola, memórias. ABSTRACT People keep important moments through records that can be remembered with time and we do not want it to be lost. The project Memórias is a software developed in the form of a virtual book, where it enable the reader to have an interactivity with free controls of its pages, which have unique animations, furthermore, there are options to go directly to a specific page, or click on to turn pages. Its pages are pleasurable to visualize and simple so it can favor your reading. The project's objective is to keep records of our school's history that, until this moment, was separated and almost lost, found only by photographs and by memories of who are part of it. The use of its technology will have a great advantage for using in tablets, smartphones, and touch screen computers, and with this becoming more attractive and stimulate reading. Keywords: book, history, school, memories. SUMÁRIO Introdução ................................................................................................................ 10 1 – Centro Paula Souza ........................................................................................... 12 1.1 – Por que Paula Souza?.............................................................................. 12 1.2 – A História das Etecs ................................................................................. 12 1.3 – Linha do Tempo ....................................................................................... 14 1.4 – Etecs ........................................................................................................ 17 1.5 – Fatecs ...................................................................................................... 19 2 – A Jorge Street .................................................................................................... 21 2.1 – Quem foi Jorge Street? ............................................................................ 21 2.2 – Por que Etec Jorge Street? ...................................................................... 22 2.3 – Estrutura da Escola .................................................................................. 23 2.4 – APM ......................................................................................................... 23 2.4.1 – O que é a APM? ............................................................................. 23 2.4.2 – Quando e como deverá ser constituida a APM? ............................. 24 2.4.3 – Para que serve a APM? ................................................................. 24 2.4.4 – Quem administra a APM? .............................................................. 24 2.4.5 – Qual a função do diretor na APM? ................................................. 25 2.4.6 – O pagamento da taxa da APM é obrigatório? ................................. 25 2.5 – SAI ........................................................................................................... 25 2.5.1 – O que é o SAI? ............................................................................... 25 2.5.2 – Objetivos do SAI............................................................................. 25 2.5.3 – Breve histórico ............................................................................... 25 2.5.4 – Avaliação dos cursos técnicos........................................................ 26 2.6 – Lista de funcionários ................................................................................ 27 3 – A Era digital nos livros ........................................................................................ 31 3.1 – A Era digital .............................................................................................. 31 3.2 – Transição da Era industrial para a Era digital ........................................... 31 3.3 – A apropriação tecnológica e a inclusão digital .......................................... 32 3.4 – Conceito de cultura digital ........................................................................ 34 3.5 – História do livro digital .............................................................................. 35 3.5.1 – Linha do tempo............................................................................... 35 3.6 – Vantagens em relação ao livro tradicional ................................................ 36 3.7 – O livro virtual ............................................................................................ 37 4 – O projeto Memórias ............................................................................................ 41 4.1 – Pesquisa de campo .................................................................................. 41 4.1.1 – A história ........................................................................................ 41 4.2 – Ferramentas de desenvolvimento ............................................................ 42 4.3 – O livro....................................................................................................... 42 4.3.1 – Funcionamento............................................................................... 43 4.3.2 – Acessórios...................................................................................... 45 4.3.3 – Paineis de imagem e vídeo ............................................................ 46 4.3.4 – ActionScript .................................................................................... 48 4.4 – Utilização do Visual Basic ........................................................................ 48 4.4.1 – Visual Basic .................................................................................... 48 4.5 – Quebra cabeça .......................................................................................... 49 4.5.1 – Funcionamento............................................................................... 50 4.5.2 – Java ............................................................................................... 50 4.6 – O site........................................................................................................ 51 4.6.1 – Funcionamento............................................................................... 52 4.6.2 – HTML ............................................................................................. 52 4.6.3 – CSS................................................................................................ 52 4.6.4 – PHP................................................................................................ 52 Conclusão ................................................................................................................ 53 Bibliografia ............................................................................................................... 54 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Fluxograma da Era Digital ....................................................................... 33 Figura 2 – Influência do tablet na leitura................................................................... 38 Figura 3 – Facilidade na leitura com tablets ............................................................. 38 Figura 4 – Preferência de livros ............................................................................... 39 Figura 5 – Utilização do livro digital .......................................................................... 39 Figura 6 – Efeitos colaterais da leitura de livros digitais ........................................... 40 Figura 7 – Página principal....................................................................................... 43 Figura 8 – Funcionamento do livro ........................................................................... 44 Figura 9 – Movimento da página .............................................................................. 45 Figura 10 – Barra de acessórios .............................................................................. 46 Figura 11 – Galeria de imagens ............................................................................... 47 Figura 12 – Galeria de vídeos .................................................................................. 47 Figura 13 – Menu do quebra cabeça ........................................................................ 49 Figura 14 – Peças embaralhadas............................................................................. 50 Figura 15 – Página do site ....................................................................................... 51 10 INTRODUÇÃO Hoje em dia, poucas Etecs têm sua história retratada em um livro, o qual todos possam ter acesso. Pesquisamos pelas Etecs de nossa proximidade, como Júlio de Mesquita (Santo André - SP), Lauro Gomes (São Bernardo do Campo - SP) e Getúlio Vargas (São Paulo - SP). As pesquisas foram feitas por websites, os quais possuem os relatos resumidos de suas histórias. Durante as pesquisas na biblioteca de nossa escola, encontramos um livro que relata a história da ETEC João Belarmino (Amparo – SP), que completou 100 anos em 2011. Com esse livro, pudemos ter um maior embasamento além de ter uma referência para que desenvolvêssemos o nosso projeto. O tema escolhido é baseado na necessidade de haver um registro das mudanças ocorridas durante todos esses anos. “O livro é uma extensão da memória e da imaginação.” – Jorge Borges. Assim podemos entender que memórias são os meios de lembrarmos de momentos bons em nossas vidas, assim como os ruins, portanto, não queremos que fique apenas na memória dos que vivenciaram, mas sim transmitir para todos o que ainda não sabem, por meio do livro, que, neste caso, seria a nossa “capsula do tempo”, possibilitando assim que possam dar continuidade, atualizando o conteúdo, pois “Mais triste que perder alguém que a gente ama? Só se a gente perdesse a memória.” – Adriana Falcão. A importância desse projeto está contida no fator cultural que ele representa. Quando temos a oportunidade de ler a história de um marco antigo, podemos aprender mais sobre o momento histórico vivido e pensando em vários anos no futuro, será uma boa recordação de pequena parte da história de nosso ambiente escolar. Voltando 40 anos no passado podemos saber de muitos acontecimentos, como por exemplo, alguns anos antes da inauguração da escola, o Brasil entrou no período denominado de ditadura militar e durante esse momento como será que a instituição era controlada? Como era o ensino nessa época? São todas questões que podem ser relatadas e destruindo assim, alguns estereótipos de nossa sociedade atual. 11 O projeto ‘Memórias’ é um projeto baseado na história de nossa escola, a qual está completando 40 anos. Pensando nisso, decidimos elaborar um livro virtual contendo imagens, depoimentos de pessoas que fizeram ou fazem parte da Etec Jorge Street e onde o leitor terá a possibilidade de virar as páginas livremente usando o próprio mouse com animação da mesma, permitindo controlar as páginas utilizando recursos como pesquisa por numeração, clicando para virar a página e a função de zoom para que facilite enxergar certos detalhes. Elaboramos com um intuito principal de registrar a história dessa instituição, assim como as principais mudanças nela ocorridas de modo oficial e de fácil acesso para todos, além de promovê-la para futuros alunos e funcionários. Durante semanas procuramos documentos (textos, fotos, nomes, etc.) na biblioteca, conversamos com professores que frequentam há bastante tempo a escola, e ainda assim, obtivemos poucas informações. Essas informações obtidas oralmente são de caráter um tanto quanto pessoal, pois representam a maneira pela qual o entrevistado interpreta os colegas de trabalho, alunos e o próprio ambiente, portanto torna-se difícil integrar todas as opiniões. Passamos horas observando as fotos da Jorge Street, tentando interpretá-las para compreendermos mais como foi o seu desenvolvimento ao longo dos anos. Pudemos assim perceber que, uma das partes mais trabalhosas e que necessita maior atenção, diferente do que havíamos pensado no início do projeto, é realmente a pesquisa do tema e não a prática em si. 12 1. Centro Paula Souza O Centro Paula Souza é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e recebeu essa denominação em 10 de abril de 1971, em homenagem a Antônio Francisco de Paula Souza. O Centro Paula Souza iniciou suas atividades em 6 de outubro de 1969. Mas as primeiras reuniões do conselho estadual de educação para criação da instituição aconteceram em 1963, quando surgiu a necessidade de formação profissional para acompanhar a expansão industrial paulista. A ideia de criar um centro estadual voltado para a educação tecnológica ganhou consistência quando Roberto Costa de Abreu Sodré assumiu o governo no estado de São Paulo, em 1967. Em outubro de 1969, o governador Sodré assinou o Decreto – Lei criou a entidade autárquica destinada a articular, realizar e desenvolver a educação tecnológica nos graus de ensino médio e superior. O Centro Paula Souza é considerado uma das mais importantes instituições voltadas ao ensino técnico profissionalizante na América Latina. 1.1. Por que Paula Souza? Antônio Francisco de Paula Souza (1843-1917) trouxe da Suíça e da Alemanha, onde se formou engenheiro, a paixão pelo ensino tecnológico, que ajudou a implantar no Brasil. Em 11 de maio de 1892, criou o Instituto Politécnico de São Paulo, origem da Escola Politécnica da USP, que dirigiu por 24 anos. O engenheiro Paula Souza atuou diretamente no desenvolvimento da infraestrutura do País, tendo projetado e construído estradas de ferro e se dedicado à política. Foi deputado e presidente da Câmara Estadual e, na esfera federal, foi ministro de Relações Exteriores e da Agricultura. 1.2. A história das ETECS: O ensino técnico Brasil tinha caráter fortemente assistencial quando foi criado, na época do Segundo Império. Instituições como o Instituto 13 de Educandos Artífices, para meninos e o Seminário da Glória, para meninas, abrigavam e davam instrução profissional crianças órfãs ou abandonadas. No estado de São Paulo, as primeiras escolas oficiais de ensino profissional são criadas em 1910, impulsionadas pela chegada da industrialização pelo crescente desembarque de imigrantes, nem sempre preparados para o mercado de trabalho nascente. Um ano depois, começam a funcionar na capital a Escola Profissional Masculina (atual Etec Getúlio Vargas) e a Escola Profissional Feminina (atual Etec Carlos de Campos). A primeira destinava-se às artes industriais, e a outra, à economia doméstica e às prendas manuais. Também o interior recebe as Escolas Profissionais de Artes e Ofícios de Amparo (hoje Etec João Belarmino) e de Jacareí (hoje Etec Cônego José Bento). Criado em 1969 para instalar Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatec), o Centro Paula Souza incorpora as escolas técnicas a partir de 1980. Nesse ano, integraram-se à instituição seis escolas dos municípios de Campinas, Jundiaí, Mococa, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Americana. Dois anos mais, outras seis escolas técnicas, localizadas na capital, em Sorocaba, Santo André e Mogi das Cruzes, passam a ser administradas pelo Centro Paula Souza. Em 1988, o Estado de São Paulo cria suas primeiras Escolas Técnicas Estaduais: a Etesp, na capital, e outra unidade em Taquaritinga. Até então, o Centro Paula Souza absorvia unidades. A instituição conquista a hegemonia dessa modalidade de ensino com a incorporação de 86 escolas técnicas ao longo de dez anos a partir de 1994. Dessas, 35 são agropecuárias, como a de Cabrália Paulista. E criada também uma nova unidade em Mongaguá, a Etec Adolpho Berezin. Preocupado em aferir a qualidade dos cursos oferecidos e o atendimento às demandas de produção e do mercado de trabalho, o Centro Paula Souza elaborou sua primeira pesquisa institucional, em 20 escolas. A avaliação se consolida e hoje abrange todas as Etecs e Fatecs no Sistema de Avaliação Institucional (SAI). Em 1998, as escolas passam a oferecer ensino médio regular e técnico separadamente. Hoje, quase todas as Etecs disponibilizam tanto o ensino técnico como o médio. Todas as novas unidades oferecerão ambas as modalidades. Entre 2002 e 2006, são abertas 26 novas unidades em diversos 14 municípios: Atibaia, Avaré, Bauru, Bebedouro, Birigui, Capão Bonito, Carapicuíba, Fernandópolis, Franco da Rocha, Guarujá, Hortolândia, Lins, Mauá, Osasco, Pirassununga, Praia Grande, Ribeirão Pires, Santa Bárbara d'Oeste, São José do Rio Pardo, São Paulo (3 unidades), São Roque, Taquarituba, Taubaté e Tupã. O ano de 2007 marca o início do funcionamento da Etec Parque da Juventude, que deu nova vida à desativada Casa de Detenção no Carandiru. Mais oito municípios ganham escolas: Araçatuba, Diadema, Ferraz de Vasconcelos, Ibitinga, Itanhaém, Palmital, Piraju e Teodoro Sampaio, além de São Paulo, com as Etecs Dra. Maria Augusta, Itaquera e Sapopemba. Em constante transformação, o Centro Paula Souza se moderniza e, a partir de 2007, oferece formação técnica a distância por meio do Telecurso TEC no Estado de São Paulo, resultado de parceria com a Fundação Roberto Marinho. No ano seguinte, o programa se amplia para atender a alunos da Rede Estadual da Educação Estado de Goiás. Em 2009, é a vez de Minas Gerais aderir ao programa para alunos da Educação para Jovens e Adultos (EJA). Ainda em 2008, a capital ganha mais três Etecs: Artes, Arthur Alvim e Vila Formosa. Dez municípios também recebem unidades: Cajamar, Cubatão, Piracicaba, Santana de Parnaíba, São José dos Campos, São Sebastião, São Vicente, Suzano, Vargem Grande do Sul e Votorantim. Em 2009, ano em que o ensino técnico completa 100 anos de existência no País, a expansão paulista continua, com a criação de Etecs em Campo Limpo Paulista, Capivari, Montemor, Nova Odessa, Peruíbe, Piedade, Porto Ferreira, Registro e na capital (Cidade Tiradentes, Heliópolis e Santo Amaro). 1.3. Linha do tempo: 1969 Decreto-lei cria uma autarquia para articular e desenvolver a formação de tecnólogos: o Centro Estadual de Educação Tecnológica de São Paulo (CEET). 1970 Instalação do CEET, com cursos nas áreas de construção civil e mecânica. Criação e integração da Fatec Sorocaba. 15 1973 Entra em funcionamento a organização da Fatec São Paulo. A instituição recebe novo nome: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. 1980 Início do ensino técnico no Centro Paula Souza, com a incorporação de seis escolas técnicas que faziam parte de um convênio firmado entre os governos federal, estadual e municipal. No ano seguinte, integram-se outras seis escolas. 1988 O Centro Paula Souza cria as duas primeiras escolas técnicas na capital, a Escola Técnica São Paulo (Etesp) e, em Taquaritinga, a Etec Dr. Adail Nunes da Silva. Tem início um programa para levar cerca de 50 professores de Fatecs e Etecs a França, Alemanha e Bélgica para estágios em instituições de ensino técnico e tecnológico. 1990 A unidade de Jaú cria dois cursos tecnológicos de navegação fluvial, pioneiros na América Latina. 1994 A partir deste ano até 2004, a instituição integra outras 85 escolas técnicas da Secretaria Estadual de Educação. 1997 Entra em vigor o Sistema de Avaliação Institucional (SAI), dedicado ao contínuo aprimoramento pedagógico a partir da mensuração do desempenho e do atendimento de expectativas da comunidade escolar. Outras ferramentas são criadas para nortear o planejamento da instituição: o Observatório Escolar e o Banco de Dados. 1998 Implantação, pelo Governo Federal, de uma reforma no ensino profissional separando o ensino técnico do médio. O Centro Paula Souza passa a oferecer as duas modalidades separadamente. A instituição cria o Laboratório de Currículo, grupo que reúne especialistas em educação e do 16 setor produtivo para elaborar e reformular regularmente os cursos do Centro Paula Souza. 2002 Início das turmas de pós-graduação lato sensu (especialização) na Fatec São Paulo. Parcerias com prefeituras e empresas são firmadas para a ampliação de vagas e a definição de cursos. Governo inicia a ampliação do número de Fatecs, partindo de 10 para 26 unidades no final de 2006. 2005 Sistema de auto avaliação das escolas, elaborado pelo Observatório Escolar, ganha o prêmio Mário Covas de Gestão. 2006 Entra em vigor a pontuação acrescida no processo seletivo, ou seja, bônus para afrodescendentes e alunos vindos de escolas públicas. O Centro Paula Souza encerra o ano com 77 mil alunos matriculados nas 126 Etecs e 26 Fatecs. 2007 O Governo de São Paulo lança o Plano de Expansão do Ensino Profissional, implantando, já nesse ano, 7 Fatecs e 12 Etecs. A meta é dobrar o número de Fatecs (de 26 para 52) e criar 100 mil novas matrículas no ensino técnico até 2010. Tem início o Telecurso TEC, curso técnico a distância. Ocorre a 1ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza. Fatec é a primeira a ter curso de Autotrônica no Brasil. A eficiência do SAI é reconhecida com o prêmio Mário Covas. 2008 É instituído o Plano de Carreiras do Centro Paula Souza, permitindo o planejamento e o reajuste dos salários. A iniciativa resultou na abertura de 22 mil cargos públicos para docentes, auxiliares de magistério e técnicos administrativos. Ocorre a Ampliação do Telecurso TEC para o atendimento de alunos da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo e do Estado de Goiás. Aberto curso tecnológico pioneiro em Silvicultura, em Capão Bonito. São criadas mais 12 Fatecs e 13 Etecs. 17 2009 Criado o Índice de Desenvolvimento do Ensino Técnico e Tecnológico Estado de do São Paulo (Idetec), para avaliar a qualidade do ensino profissional oferecido. O desempenho de cada unidade, medido por metas preestabelecidas, passa a determinar o pagamento de bonificação por resultado a professores e funcionários. O convênio com a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) permite a criação de cursos tecnológicos a distância. O primeiro deve ter início em 2010. Entra em funcionamento a primeira Etec em cooperação com a comunidade, em Heliópolis, na periferia da capital. Implantação 22 Etecs e 2 Fatecs de até o final do ano. O Centro Paula Souza comemora 40 anos em meio ao maior plano de expansão da sua história. 2013 O Centro Paula Souza conta hoje com 218 Etecs e 67 Fatecs em todo o estado de São Paulo. Houve a mudança da sede, a qual foi para o bairro Santa Ifigênia, bem como a reestruturação do centro de capacitação de professores. 1.4. Etecs Etec São Paulo (Bom Retiro) Etec Abdias do Nascimento (Morumbi) Etec Albert Einstein (Casa Verde) Etec Amadeu Amaral (Belém) Etec Arthur Alvim (Artur Alvim) Etec Carlos de Campos (Brás) Etec Cidade Tiradentes (Cidade Tiradentes) Etec de Artes (Santana) Etec de Guaianases (Guaianases) Etec de Heliópolis (Heliópolis) Etec Irmã Agostina (Cidade Dutra) Etec de Itaquera (Itaquera) Etec Professora Doutora Doroti Q. K. T. (Pirituba) Etec de Sapopemba (Sapopemba) Etec de Tiquatira (Cangaíba/Penha) Etec de Vila Formosa (Vila Formosa) Etec Dra Maria Augusta Saraiva (Bela Vista) Etec Getúlio Vargas (Ipiranga) Etec Gildo Marçal Bezerra Brandão (Perus) Etec Guaracy Silveira (Pinheiros) Etec Jardim Ângela (Jardim Ângela) Etec Jaraguá (Jaraguá) Etec Jornalista Roberto Marinho (Brooklin Paulista) Etec José Rocha Mendes (Vila Prudente) Etec Mandaqui (Mandaqui) Etec Martin Luther King (Tatuapé) Etec Parque Belém (Parque Belém) Etec Parque da Juventude (Santana) Etec Parque Santo Antonio (Vila Formosa) Etec Paulistano (Freguesia do Ó) Etec Profº Camargo Aranha (Mooca) Etec Professor Aprígio Gonzaga (Penha) Etec Profº Basilides de Godoy (Lapa) Etec Professor Horácio A. da Silveira (Vila Guilherme) Etec Raposo Tavares (Raposo Tavares) Etec São Mateus (São Mateus) Etec Takashi Morita (Santo Amaro) Etec Uirapuru (Jardim Paulo VI) Etec Vila Madalena (Vila Madalena) Etec Zona Leste (Cidade A. E. Carvalho) Etec Zona Sul (Jardim São Luís) Etec Dra. Maria Augusta Saraiva (Campos Elísios) Etec Professor Carmine Biagio Tundisi (Atibaia) Etec de Barueri (Barueri) Etec Gino Rezaghi (Cajamar) Etec de Carapicuíba (Carapicuíba) Etec de Cotia (Cotia) Etec Juscelino Kubitschek de Oliveira (Diadema) Etec de Embu (Embu) Etec de Ferraz de Vasconcelos (Ferraz de Vasconcelos) Etec de Francisco Morato (Francisco Morato) Etec Dr. Emílio H. Aguilar (Franco da Rocha) Etec Prefeito Braz Paschoalin (Jandira) Etec de Mauá (Mauá) Etec Itaquaquecetuba (Itaquaquecetuba) Etec Presidente Vargas (Mogi das Cruzes) Etec Profº André Bogazian (Osasco) 18 Etec Osasco II (Osasco) Etec de Poá (Poá) Etec de Ribeirão Pires (Ribeirão Pires) Etec de Santa Isabel (Santa Isabel) Etec Professora Ermelinda G. Teixeira (Santana de Parnaíba) Etec Júlio de Mesquita (Santo André) Etec Lauro Gomes (São Bernardo do Campo) Etec Jorge Street (São Caetano do Sul) Etec de Suzano (Suzano) Etec Sebastiana Augusta de Moraes (Andradina) Etec de Araçatuba (Araçatuba) Etec Doutor Renato Cordeiro (Birigüi) Etec de Ilha Solteira (Ilha Solteira) Etec João Jorge Geraissate (Penápolis) Etec Cel. Rafael Brandão (Barretos) Etec de Bebedouro (Bebedouro) Etec de Olímpia (Olímpia) Etec de Agudos (Agudos) Etec Comendador João Rays (Barra Bonita) Etec Rodrigues de Abreu (Bauru) Etec Doutor Domingos Minicucci Filho (Botucatu) Etec Astor de Mattos Carvalho (Cabrália Paulista) Etec Professora Helcy Moreira Martins Aguiar (Cafelândia) Etec Joaquim Ferreira do Amaral (Jaú) Etec Professor Urias Ferreira (Jaú) Etec de Lençóis Paulista (Lençóis Paulista) Etec de Lins (Lins) Etec Dona Sebastiana de Barros (São Manuel) Etec de Aguaí (Aguaí) Etec Polivalente de Americana (Americana) Etec João Belarmino (Amparo) Etec Prefeito Alberto Feres (Araras) Etec Bento Quirino (Campinas) Etec Conselheiro Antonio Prado (Campinas) Etec de Campo Limpo Paulista (Campo Limpo Paulista) Etec Doutor Francisco Nogueira de Lima (Casa Branca) Etec Doutor Carolino da Mota e Silva (Espírito Santo do Pinhal) Etec de Hortolândia (Hortolândia) Etec João Maria Stevanatto (Itapira) Etec Rosa Perrone Scavone (Itatiba) Etec Benedito Storani (Jundiaí) Etec Vasco Antônio Venchiarutti (Jundiaí) Etec Francisco Garcia (Mococa) Etec João Baptista de Lima Figueiredo (Mococa) Etec Euro Albino de Souza (Mogi Guaçu) Etec Pedro Ferreira Alves (Mogi Mirim) Etec de Monte Mor (Monte Mor) Etec de Nova Odessa (Nova Odessa) Etec Tenente Aviador Gustavo Klug (Pirassununga) Etec de São José do Rio Pardo (São José do Rio Pardo) Etec de Tambaú (Tambaú) Etec Dep. Salim Sedeh (Leme) Etec Trajano Camargo (Limeira) Etec Coronel Fernando Febeliano da Costa (Piracicaba) Etec Deputado Ary de Camargo Pedroso (Piracicaba) Etec Armando Bayeux da Silva (Rio Claro) Etec Doutor José Coury (Rio das Pedras) Etec Profº José Dagnoni (Santa Bárbara d'Oeste) Etec Gustavo Teixeira (São Pedro) Etec Profª Anna de Oliveira Ferraz (Araraquara) Etec de Ibitinga (Ibitinga) Etec Sylvio de Mattos Carvalho (Matão) Etec Doutor Adail Nunes da Silva (Taquaritinga) Etec de Ibaté (Ibaté) Etec Professor Jadyr Salles (Porto Ferreira) Etec Paulino Botelho (São Carlos) Etec Manoel dos Reis Araújo (Santa Rita do Passa Quatro) Etec Antonio de Pádua Cardoso (Batatais) Etec Doutor Júlio Cardoso (Franca) Etec Professor Carmelino Corrêa Júnior (Franca) Etec Antonio Junqueira da Veiga (Igarapava) Etec de Ituverava (Ituverava) Etec Laurindo Alves de Queiroz (Miguelópolis) Etec Professor Alcídio de Souza Prado (Orlândia) Etec Pedro Badran (São Joaquim da Barra) Etec de Bertioga (Bertioga) Etec de Cubatão (Cubatão) Etec Alberto Santos Dumont (Guarujá) Etec Eng. Agrônomo N. de Medeiros (Iguape) Etec de Itanhaém (Itanhaém) Etec Adolpho Berezin (Mongaguá) Etec de Praia Grande (Praia Grande) Etec de Peruíbe (Peruíbe) Etec de Registro (Registro) Etec Aristóteles Ferreira (Santos) Etec Dona Escolástica Rosa (Santos) Etec Dra. Ruth Cardoso (São Vicente) Etec de Ubatuba (Ubatuba) Etec de São Sebastião (São Sebastião) Etec de Caraguatatuba (Caraguatatuba) Etec Dep. Paulo Ornellas C. de Barros (Garça) Etec Monsenhor Antônio Magliano (Garça) Etec Antônio Devisate (Marília) Etec Doutor Luiz César Couto (Quatá) Etec Professor Massuyuki Kawano (Tupã) Etec Paulo Guerreiro Franco (Vera Cruz) Etec Pedro D'Arcádia Neto (Assis) Etec Professor Luiz Pires Barbosa (Cândido Mota) Etec Professor Pedro Leme Brisolla Sobrinho (Ipaussu) Etec Professor Mário Antonio Verza (Palmital) Etec Augusto Tortolero Araújo (Paraguaçu Paulista) Etec Jacinto Ferreira de Sá (Ourinhos) Etec Orlando Quagliato (Santa Cruz do Rio Pardo) Etec Eng. Herval Bellusci (Adamantina) Etec Professor Eudécio Luís Vicente (Adamantina) Etec Professora Carmelina Barbosa (Dracena) Etec de Iepê (Iepê) Etec Doutor Antônio E. de Toledo (Presidente Prudente) Etec Professor Adolpho Arruda Mello (Presidente Prudente) Etec de Presidente Venceslau (Presidente Venceslau) 19 Etec Amin Jundi (Oswaldo Cruz) Etec Deputado Francisco Franco (Rancharia) Etec Professora Nair Luccas Ribeiro (Teodoro Sampaio) Etec de Monte Alto (Monte Alto) Etec José Martimiano da Silva (Ribeirão Preto) Etec de Santa Rosa do Viterbo (Santa Rosa do Viterbo) Etec Professor Francisco dos Santos (São Simão) Etec Ângelo Cavalheiro (Serrana) Etec de Terra Roxa (Terra Roxa) Etec Machado de Assis (Caçapava) Etec Professor Marcos Uchôas dos Santos Penchel (Cachoeira Paulista) Etec de Caraguatatuba (Caraguatatuba) Etec Professor José Santana de Castro (Cruzeiro) Etec Professor Alfredo de Barros Santos (Guaratinguetá) Etec Cônego José Bento (Jacareí) Etec Padre Carlos Leôncio da Silva (Lorena) Etec João Gomes de Araújo (Pindamonhangaba) Etec São José dos Campos (São José dos Campos) Etec de São Sebastião (São Sebastião) Etec Doutor Geraldo José Rodrigues Alckmin (Taubaté) Etec Elias Nechar (Catanduva) Etec de Fernandópolis (Fernandópolis) Etec Doutor José Luís Viana Coutinho (Jales) 1.5. Etec Professor Mateus Leite de Abreu (Mirassol) Etec Padre José Nunes Dias (Monte Aprazível) Etec Professora Marines Teodoro de Freitas Almeida (Novo Horizonte) Etec Philadelpho G. Netto (São José do Rio Preto) Etec Frei Arnaldo M. Itaporanga (Votuporanga) Etec Profº Fausto Mazzola (Avaré) Etec de Capivari (Capivari) Etec Prefeito José Esteves (Cerqueira César) Etec de Cerquilho (Cerquilho) Etec Martinho Di Ciero (Itu) Etec de Mairinque (Mairinque) Etec de Piedade (Piedade) Etec Waldir Duron Junior (Piraju) Etec Fernando Prestes (Sorocaba) Etec Rubens de Faria e Souza (Sorocaba) Etec Parada do Alto (Sorocaba) Etec Vila Hortência - EE Roberto Paschoalick (Sorocaba) Etec de São Roque (São Roque) Etec Doutor Nelson Alves Vianna (Tietê) Etec de Votorantim (Votorantim) Etec Doutor Celso Charuri (Capão Bonito) Etec Profª Terezinha Monteiro dos Santos (Taquarituba) Etec Sales Gomes (Tatuí) Etec Professor Edson Galvão (Itapetininga) Etec de Itararé (Itararé) Etec Doutor Demétrio Azevedo Jr. (Itapeva) Etec Doutor Dario Pacheco Pedroso (Taquarivaí) Fatecs Adamantina Americana Araçatuba Assis Barueri Bauru Bebedouro Botucatu Bragança Paulista Campinas Capão Bonito Carapicuíba Catanduva Cotia Cruzeiro Diadema Franca Garça Guaratinguetá Guarulhos Indaiatuba Itapetininga Itapira Itaquaquecetuba Itatiba Itu Jaboticabal Jacareí Jales Jaú Jundiaí Limeira Lins Marília Mauá Mococa Mogi das Cruzes Mogi Mirim Osasco Ourinhos Pindamonhangaba Piracicaba Pompéia Praia Grande Presidente Prudente Ribeirão Preto Santo André Santos (Baixada Santista) São Bernardo do Campo São Caetano do Sul 20 São Carlos São José do Rio Preto São José dos Campos São Paulo (Bom Retiro) São Paulo (Ipiranga) São Paulo (Itaquera) São Paulo (Sebrae) São Paulo (Tatuapé) São Paulo (Zona Leste) São Paulo (Zona Sul) São Roque São Sebastião Sertãozinho Sorocaba Taquaritinga Tatuí Taubaté 21 2. A Jorge Street A Etec Jorge Street fica localizada em São Caetano do Sul, São Paulo. Foi fundada em 1975, como: Colégio Técnico Industrial Jorge Street (CTI), onde era uma escola voltada para o trabalho industrial. Em 1981 a escola foi incorporada pelo Centro Paula Souza e em 1982 mudou seu nome para: Ete Jorge Street (Escola Técnica Estatual Jorge Street). Em 2008, José Serra, governador do estado de São Paulo, mudou o nome Ete Jorge Street, para Etec Jorge Street, por causa das Fatecs, para ficar “padronizado”. Hamilton Negrão foi o primeiro diretor, ficou nesse cargo de 20 de Maio de 1975 até 21 de Dezembro de 1986. Logo em seguida, Luís Carlos Zanirato Maia, assumiu o cargo até 22 de Agosto de 1994, como segundo diretor. José Roberto Torelli foi o terceiro diretor até 14 de Julho de 2004. Sabrina Rodero Ferreira Gomes, a quarta diretora, ficou até 1 de Março de 2009. Antonio Carlos Pires, o quinto diretor, ficou pouco tempo nesse cargo, 2 de Março de 2009 até 2 de Agosto de 2009. Salomão Choueri Júnior, sexto diretor, ficou até 2012 e Renê Graminhani, sétimo diretor, ainda permanece no cargo. 2.1. Quem foi Jorge Street? Jorge Luís Gustavo Street nasceu a 22 de dezembro de 1863, no Rio de Janeiro. Filho de Ernesto Diniz Street, austríaco, de origem inglesa e francesa, e da Sr.ª Heloísa Leopoldina Simonsen Street, brasileira. Formou-se em 1886 na Escola de Medicina do Rio de Janeiro e em seguida fez cursos de aperfeiçoamento em Paris, Berlim e Viena. Dominava os idiomas francês e alemão. Regressando ao Brasil, exerceu medicina no Rio de Janeiro e em Petrópolis. Em 1894 ingressou na atividade industrial, recebendo de seu pai as ações da fábrica de sacaria de juta, no Rio de Janeiro. Casou-se em 25 de janeiro de 1897 com a Sr.ª Zélia Frias, tendo o casal seis filhos. Em 1900 foi eleito para a diretoria da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e em 1904, com a fusão da Sociedade Auxiliadora com o Centro de Fiação e Tecelagem de Algodão, resultando no Centro Industrial do 22 Brasil, foi eleito secretário-geral deste, permanecendo em sua diretoria até 1927. Em 1904 fez as primeiras negociações para a compra da fábrica de sacaria de juta Santana, de propriedade do Conde Penteado, e iniciou a expansão da Companhia Nacional de Tecidos de Juta. Em 1912 principiou a construção da fábrica e Vila Operária Maria Zélia, em São Paulo, dirigindo-as até 1923, quando renunciou à direção da Companhia Nacional de Tecidos de Juta. Em 20 de junho de 1926, foi eleito presidente do Centro dos Industriais de Fiação e Tecelagem de São Paulo, cargo que ocupou até 18 de março de 1929. Em 11 de junho de 1927 fundou a Companhia de Tecidos de Algodão, no bairro da Mooca, São Paulo. Em 1928 fez parte da diretoria do centro das Indústrias do Estado de São Paulo no cargo de primeiro-secretário, em 1931 foi consultor técnico da Federação das Indústrias do estado de São Paulo. Em 31 de março de 1931 foi nomeado diretor-geral do Departamento Nacional de Indústria e Comércio, do Ministério do trabalho, Indústria e Comércio. Em 1934 foi nomeado pelo interventor Armando Salles de Oliveira para o cargo de diretor-geral do Departamento Estadual do Trabalho, permanecendo no cargo até 1936. Faleceu em São Paulo a 23 de fevereiro de 1939. 2.2. Por que Etec Jorge Street? Durante a fundação das primeiras escolas técnicas, pessoas com grandes influências na área industrial e dos trabalhadores da indústria foram homenageados com seus nomes em escolas, ruas, entre outras coisas. Como Lauro Gomes, Getúlio Vargas, Jorge Street, João Belarmino, e outras. Jorge Street era formado em medicina, mas logo herdou a indústria de seu pai e começou a atuar nessa área. Tornou-se diretor de algumas organizações industriais e, por fim, diretor-geral do Departamento Estadual do Trabalho. Por essa grande influência no setor industrial, Jorge Street foi considerado um grande industrial. E assim teve origem o nome da Etec como Jorge Street. 23 2.3. Estrutura da Escola Nossa Escola hoje possui um quadro composto de aproximadamente 95 professores, outros 34 professores lecionam em outras escolas e na Jorge Street, 25 funcionários e 7 funcionários contratados pela APM, trabalhando juntos para manter uma estrutura composta de: 15 Salas de aula com capacidade média de 40 alunos; 1 Laboratório de Serigrafia; 1 Laboratório de Química e Biologia; 1 Auditório com capacidade para 86 pessoas sentadas; 1 Sala de projeção com computador e Datashow; 8 Laboratórios de Informática; 1 Campo de Futebol; 1 Biblioteca; 2 Quadras, uma interna coberta e outra externa. Pátios internos e externos. Gráfica. Enfermaria. SOE (Serviço de Orientação Educacional). Toda esta estrutura é para manter os cerca de 2000 alunos que estão divididos em 45 turmas nos três turnos de funcionamento de nossa Escola, manhã, tarde e noite. Nossa Escola conta ainda com uma rede interna composta por mais de 140 computadores, sendo que 100 somente nos laboratórios de informática, o restante espalhados em outras áreas, com acesso à Internet de Banda Larga. 2.4. APM 2.4.1. O que é a Associação de Pais e Mestres(APM)? A APM é uma entidade jurídica de direito privado, criada com a finalidade de colaborar para o aperfeiçoamento do processo educacional, para a assistência ao escolar e para a integração escola-comunidade. Atualmente, sua principal função é atuar, em conjunto com o Conselho de Escola, na gestão 24 da unidade escolar, participando das decisões relativas à organização e funcionamento escolar nos aspectos administrativos, pedagógicos e financeiros. 2.4.2. Quando e como deverá ser constituída a APM? O mandato da Diretoria da APM é de um ano, devendo o Diretor da Escola, ao final do mesmo, convocar a equipe escolar (vice-diretor, coordenador pedagógico, pessoal administrativo e professores), pais dos alunos e os alunos maiores de 18 anos, para a Assembleia Geral que será presidida pelo mesmo. Compete à Assembleia Geral eleger o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal. Cabe ao Conselho Deliberativo eleger os membros da Diretoria Executiva e divulgar os nomes dos escolhidos a todos os associados. 2.4.3. Para que serve a APM? A APM tem por finalidade colaborar no aprimoramento do processo educacional, na assistência ao escolar e na integração família/escola/ comunidade. Os objetivos da APM são de natureza social e educativa, sem caráter político, racial ou religioso e sem finalidades lucrativas. 2.4.4. Quem administra a APM? A APM é administrada pelos seguintes órgãos: - Assembleia Geral - constituída por todos os associados. Conselho Deliberativo - constituído de, no mínimo, 11 membros, sendo o Diretor da Escola o seu presidente nato, e os demais componentes distribuídos na seguinte proporção: 30% dos membros serão professores, 40% dos membros serão pais de alunos, 20% dos membros serão alunos maiores de 18 anos, 10% dos membros serão sócios admitidos; - Diretoria Executiva - constituída por: Diretor Executivo, Vice-diretor Executivo, Secretário, Diretor Financeiro, Vice-diretor Financeiro, Diretor Cultural, Diretor de Esportes, Diretor Social, Diretor de Patrimônio. Obs. O Diretor Financeiro deverá ser, obrigatoriamente, pai ou mãe de aluno; 25 - Conselho Fiscal - será constituído de 3 elementos, sendo 2 pais de alunos e 1 representante do quadro administrativo ou docente da Escola. 2.4.5. Qual a função do Diretor de Escola na APM? O Diretor de Escola é o presidente nato do Conselho Deliberativo da APM, devendo acompanhar todas as reuniões, sem direito a voto. 2.4.6. O pagamento de taxa de APM é obrigatório? A contribuição financeira para a APM é sempre facultativa. No início de cada ano letivo e após o encerramento do período de matrículas, serão fixadas a forma e a época para a campanha de arrecadação das contribuições dos sócios. 2.5. SAI 2.5.1. O que é o SAI? O Sistema de Avaliação Institucional (SAI), criado pelo Centro Paula Souza, avalia todas as Etecs e Fatecs, anualmente. Por meio de mecanismos que coletam informações entre a comunidade acadêmica, pais de alunos e egressos, o SAI avalia os processos de funcionamento das escolas, seus resultados e impactos na realidade social onde a instituição se insere. 2.5.2. Objetivos do SAI - A busca pela qualidade; - O autoconhecimento; - A instrumentalização do planejamento com informações; - Atender à função social de prestar contas à sociedade. 2.5.3. Breve Histórico O Centro Paula Souza, através de sua Assessoria de Avaliação Institucional, iniciou a implantação, em 1997, do seu Sistema de Avaliação Institucional (SAI). 26 Seguindo os mais rigorosos critérios estatísticos, e embasado em uma metodologia dinâmica o SAI foi validado em 1998 e implantado em 1999 em todas Etecs e Fatecs do Centro Paula Souza. Anualmente todas as escolas técnicas e faculdades de tecnologia são avaliadas para medir o seu nível de aprimoramento. Em 2001 a pesquisa passou a ser censitária, com atuação de alunos monitores. A Assessoria de Avaliação Institucional conta com a participação do Grupo de Trabalho, que é formado por representantes das unidades, que se reúne periodicamente para adequar o SAI. Desde 1996 o Centro Paula Souza preocupa-se em saber se os técnicos e tecnólogos que se formam estão trabalhando, se estão com dificuldades no desempenho profissional e se obtiveram melhorias pessoais e profissionais. As respostas a essas indagações permitem perceber se o ensino oferecido contribuiu para integrar o egresso como cidadão e profissional aos setores em que atua e às necessidades do mercado. Auxiliam também a aprimorar o perfil do tecnólogo para estar sempre em sintonia com as exigências e mudanças do mercado de trabalho. Em 2000, o método de pesquisa foi alterado. Os ex-alunos passaram a ser pesquisados semestralmente pela Assessoria de Avaliação Institucional através do SAIE - Sistema de Acompanhamento Institucional de Egressos. As pesquisas realizadas a partir de um cadastro semestral de todos os possíveis concluintes de curso, realizado pelas escolas. Após um ano de conclusão do curso, a Assessoria de Avaliação Institucional, responsável pelas pesquisas, envia questionários, via correio, a todos os cadastrados. A partir das respostas devolvidas por carta-resposta ou pela internet, são emitidos relatórios que servem como referencial sobre a situação dos técnicos e tecnólogos e sua inserção na sociedade 2.5.4. Avaliação dos cursos técnicos A avaliação dos cursos técnicos ministrados pelas unidades do Centro Paula Souza é resultante da mesma base metodológica do SAI/Etec, que apura 27 o desempenho das unidades escolares. Os dados de desempenho de um mesmo curso, oferecido por diferentes unidades, são sistematizados de modo a possibilitar uma análise da inserção dos profissionais no mercado de trabalho, das diferenças regionais e dos procedimentos pedagógicos específicos. As informações permitem uma busca pela superação da qualidade no cumprimento da missão do Centro Paula Souza e atendimento às demandas decorrentes dos avanços técnico-científicos. 2.6. Lista de funcionários Funcionários da APM Dennis Douglas Gurskas Elisete dos Santos Ogeda Maria Isabel Ruiz Rodrigues Noel da Silva Pinto Filho Funcionários Alice dos Santos Carlos Sérgio Gonçalves Chiemi Higa Cíntia Florêncio V. dos Santos Dalila Raimundo de Souza Vieira Edson Militão da Silva Fernando Amaro Soares Glaucia Pereira Isabel Cristina Galbes Torrezan Luciano Mendes Barros Luís Arnaldo de Almeida Márcia Mitsiko Shimabukuro Marco Antonio Mandarino Maria Audice de Sousa Bezerra Maria José Osmulzki Naíde dos Santos Ferreira Silva Neide Maria Torelli Marques Raquel Oucharski Rejane Josefa Barbosa de Arruda Renê Graminhani Rogério Ferreira da Silva Rosana de Souza Vezzali Roseli de Oliveira Matsushita Sabrina Rodero Ferreira Gomes Tathiane Cavalcante Ferreira Therezinha Peres Toselli Ex-Funcionários Alexandre Augusto da Silva Antonio Salvador da Silva Antonio Zuidarxis Carlos Iles Caña Cláudio Delfini Cleodete Macarini Mayer Clóvis Leal de Lima Dirce Ruiz Cavíquio Fabiana Boer de Almeida Jair Zanirato Maia Jessica Emanuelle R. de Souza. José Rodov Gomes Tatiana Sayone Nanba Silvia Aparecida Vicente Monteiro João Talavera Moreno José Severino de Freitas Maria Angela da Silva Maria Aparecida Candi Pichelli Maria de Lourdes G. da Silva Maria José da Silva Nair Canto dos Santos Neuza Lasso Ortiz Silvio Bicudo Ortiz Vera Lúcia Sá Fernandes Professores Ademir Joaquim Teles Aécio Torres de Alencar Alberto Ciarcia Júnior Albervan Reginaldo Sena Alessandra Ferreira de Brito Ana Maria Flosi Andréia Di Matteu Diniz Ângela Cristina R. D. Piazantin Ângelo Pedro Catalani Antonio Carlos Lemos Carvalho Antonio José Prado Ferraz Júnior. Antonio Laércio Marques Apolinário Fernandes dos Santos Arcy Pires Piagetti Júnior 28 Beatriz Freddi Motta Carlos Alberto do Carmo Carlos Eduardo Gonçalves de Faria Carlos Marcelo Dias Reis Carlos Martini Carlos Roberto da Silva Calderon Carolina Augusto Padial Celso de Araújo Celso Luiz Somensari Cláudia Aparacida Siola Fiorotti Cláudio Canedo da Costa Cláudio Filipputti Clayton Wilson C. Salgado Júnior Cleiton Fabiano Patrício Cristina de Moura Ramos Daniela Genovesi Denieli Melo de Freitas Denise Aparecida Piraino Edno Afonso Inocêncio Edson Bolsoni de Camargo Eduardo César Alves Cruz Eduardo Luiz Somaio Eliete Ana C. Arenas Fernandes Elisabete Garcia Toledo Enzo Notarberardino Fábio Gomes Fernando Calefi Fernando da Silva Moraes Fernando de Oliveira Souza Francisco das Chagas M. de Sousa Gabriela Carvalho Solgon Gislande de F. Santos Glaciete Jardim Zago Gláucia Regina Dias T. Zanotti Igor Fernando de Oliveira Ivete Soares Pires Ivo Moreira de Castro Neto Jorge Luiz Sarapka Jorge Mariano dos Santos Jorge Nishihiro José Duque Gonçalves José Porfírio Alves Freitas Timóteo José Roberto Menezes José Roberto Torelli Juvenal Gonçalves dos Santos Larry Aparecido Aniceto Laszlo Szabados Júnior Laurindo Itiro Shinhe Luís Carlos Garcia Luiz Antonio Carnielli Luiz Carlos da Cunha e Silva Luiz Carlos Duarte Madalena Riva de Medeiros Maicon Rogério de O. da Silva Manoel Messias Neris Márcia Cristina dos Santos Ferreira Márcio Vieira de Moraes Maria de Fátima Simões de Souza Marisi Vicentini P. de Pádua Maristela Martins B. Guimarães Marly da Silva Somaio Meire Satiko F. Yokota Michel Carvalho Chaveiro Milena Ortega Milton Alexandre Rhein Merízio Neide Silva Nascimento Nelson Fabri Gerbelli Nilson Fascina Nubas Custódio Paula Roberta Meloni Trubiani Paulo Fernando Larangeira Flekner Paulo Nóbile Diniz Pedro Antônio Saul Rafael Ballestero Reinaldo Soeiro de Faria Filho Renato Astolfi Raposo Renato Francisco de Agostinho Ricardo Arroio Ricardo Damélio Ricardo Euler Veiga Zabuscka Ricardo Nabarrete Rita de Cássia Michelini Roberta Castaldoni Zanona Roberta Roque Baradel Roberto Tsuguio Oyakawa Roberval Rodrigues Rodrigo da Silva Lima Rogério Ferezin Raposo Rosamaria Aparecida Silva Rosana dos Santos Rosana Maria Traversa Palazon Rosana Mariano Rosângela Sofiste Teodoro Salomão Choueri Júnior Sandra Valéria Walchhutter Sérgio Sandrin Sérgio Tomás Casagrande Sérgio Trahiko Nozawa Silvia Elena de Lima Sílvio Pereira da Silva Simone Faccio Corrêa Soraya Aparecida Mariano Paz Suely dos Santos Sousa Tatiane Zanzin Monteiro Tera Miho Shiozaki Parede Tiago Penha Pedroso Toshio Kimura Valéria Cristina Costa Valéria da Silva de Moraes Valéria Helena Politi Gerbelli Valmir Jacinto Vanda Aparecida Galvão Vania Batista Flose Jardim Vera Lúcia G. da Silva Benetti Vinicius Vono Peruzzi Vivian Kelly da Silva Viviana Paula Benedeti Wagner Sérgio Marçon Waldir Gomes Magalhães Wilson Malerba 29 Ex-Professores Abel Alves Rodrigues Abel da Conceição e Silva Ademar Carrilho Rodrigues Ademir Antonio dos Santos Adhemar Batista Heméritas Adriana de Lima Airoldi Adriana Lúcia Cinto Coelho Aldo Russo Alércio de Oliveira Rosa Alex Pedro Danhoni Alexandre Augusto da Silva Alfredo Egydio Eleutério Trindade Ana Carolina F.S. Calderon Ana Lúcia J.O. Ortiz Ana Paula do Vale Sylvestre Anderson de Moraes André Gustavo Sacardo Andreia Alves S. Ribeiro Angela Maria dos Santos Antonia Edna Rosado Antonio Alberto de Almeida Antonio Carlos de Lourenço Antonio Carlos Lago Machado Antonio Carlos Pires Antonio de Araújo da Silva Antonio José Fioriti Aurea Bottechia Cilurzo Benício Francisco dos Santos Filho Bruno Araujo Pandolfi Carina do Espirito Santo Carlos Roberto de Lana Carlos Tomioshi Ono Celso Moraes e Silva Cintia Oliveira Maciel Cinyra Stylianos Parthymos Cirênia Conceição Silva Motta Cláudia Silva Machado Claudio Eduardo Gava Cláudio Telles Tenório Cláudio Volcov Cleber de Paula Dagoberto Cássio da Silva Dalvo Prado Ricardo Daniel Francisco de Oliveira Daniel Otávio T. Bruno Daniela D. Gouveia Mariano Darci Dalbeto Débora Berrio Zonta Débora de Lima G. Antelmo Denis Alves Rodrigues Dituo Kitagawa Douglas Domingos Cruz Edite Fidelis Rodrigues Naccari Edson Shigueharu Yokota Eduardo Chaves Eduardo José Stefanelli Eduardo Machado de Araújo Eduardo Pereira Luiz Elaine Décia Elcio Lanza Eleni Morgado Bortoletto Elias Urenhiuk Elisabete Aparecida Venites Barroti Elmo Tadeu Costa Elvis Beijo Vieira Emerson Luiz Arenghi Emi Kanashiro Erineu Claudemir Bellini Ervaldo Garcia Júnior Evandro Sylvestre Fábio Ortega Fabio Silveira Beneti Fauze Murad Felipe Angelo Correia dos Santos Fernanda O. Salerno Fernando Marques Fernandes Flávio Martins Ramires Flávio Nenflídio de Carvalho Francisco Gayego Filho Genival Calvano George Silva Rodrigues Gisele Lopes Góes Gleice Mara de Freitas Grolla Gleicimar Toccoli Bassetti Guttemberg Nascimento Santos Hamilton Negrão Hélia Mantovani Di Vincenzo Henrique T. de Oliveira Filho Hideo Nakayama Hozanan Rodrigues Parente Jan Novaes Recicar Jorge Taniguti José Ademir Loures José Antonio Neves José Antonio Rodrigues Dantas José Carlos Teixeira Pinto José João Simão José Luiz Giorgi José Luiz Rovani José Roberto Damélio Júlio César Mendes Murat Jurandir Monteiro da Silva Kléber Ferraz de Souza Laura Fernandes B. Sanchez Leonardo Donizete Sartori Lilian Brazão Luciana Maria Ferreira Luís Carlos Ribeiro dos Santos Luís Carlos Zanirato Maia Luís Diamantino de F. e Almeida Luiz Akio Sono Luiz Antonio Cabrera Luiz Aparecido Marcone Luiz Carlos Montevechi Luiz Cesar Lima de Mello Luiz Gonzaga Pessolato Luiz José Corrêa Luiz Raimundo de Souza Manoel Kazunali Ito Manuel da Silva V. de Almeida 30 Marcel Adriano Pereira Porto Marcelo de Melo Mourão Marcelo de Paula Marcelo Fontes Márcia Maria Magalhães Márcia Paes Landin Marco Antonio Peruzzi Marcos Eli Benites Marcos Tsuyoshi Toda Marcus Vinícius C. Cardoso Marfiza Ap. Fontana Corrêa Maria Carmélia de Souza Maria Carmen Chicarelli Maria Célia Scóz Springer Maria Clara Remondes Caruso Maria de Fátima do Nascimento Maria Elvira Martins de Souza Maria Helena Perillo Prates Maria Ignês Balaguer Simões Maria Isabel Schulz Pimentel Maria Lúcia Guilherme Maria Magro Marilene Vilela Gomes Souza Marilvia Bonfanti Ribeiro Mariza Aparecida L. Gonçalves Marjori Luengo Gallo Marlene José Bento Marli Lorenzini Bertucci Maurício Barlera Alves Maurício Corrêa de Almeida Maurício Rossi Speciale Miriam Porto Noronha Mirian Korolkovas Mohamed Ahmed Abbas Nelson Kakuiti Nelson Nalin Nizi Voltarelli Morseli Odete Orsini Franza Olavo Waeteman Ordalina Ribeiro Rosa Orlando Guida Neto Osmar Bicudo Osmar Calefi Osmar Pereira Cardoso Osmil Aparecido Morselli Pascoal Minervino Neto Paulo Eduardo Marques Paulo Kenji Imamura Paulo Noronha Pedro Adolfo Galani Pedro Angelo Capaccio Pier Vincenzo Bartucci Plinio Costa de Oliveira e Silva Priscila Maria Belini Priscila Rodrigues Regiane Cristina G. Marcondes Regina C. Gonçalves Reginaldo Tadeu Soeiro de Faria Reinaldo Galhardo Mendes Reinaldo Gomes T. Toledano Reinaldo Madarazo Reinaldo Rossetti Renan Moura Renato da Silva Ricardo Rogério Meloni Ricardo Rufini Roberto Carlos de Oliveira Duarte Roberto da Costa Mouro Roberto Gondo Macedo Roberto Silveira Beneti Rodrigo Dias Rodrigo Pimentel Kojima Roni Sérgio Viola Rosemeire Pacheco Rubens Buosi Rubens Mandelli Nery Rubens Nista Sandra Bernadete Pezzo Sandra Eli Zacheo de Goes Sandro Roberto de Godoy Sérgio Henrique Forini Sérgio Luiz Volpiano Sérgio Paulo de Almeida Sheyla Villar Fredenhagem Silvana Bueno Gomes Silvio Sebastião Gonçalves Simone Scudeler Sanches Mekbekian Valdemar Caetano Valdir Peruzzi Valdomiro Korolkovas Valter Roberto Giusti Vander Lunardelli Vanderlei Ferro Leite Vandil de Freitas Vicente Bastos Júnior Victor Gilberto Ferreira Wagner Sciani 31 3. A Era Digital nos Livros Um livro digital (livro eletrônico ou e-book) é qualquer conteúdo de informação, semelhante a um livro em formato digital que pode ser lido em equipamentos eletrônicos tais como computadores, PDAs, Leitor de livros digitais ou até mesmo celulares que suportem esse recurso. Os formatos mais comuns de E-books são o PDF, HTML e o ePUB. O último é um formato de arquivo digital padrão específico para e-books. Por ser um dispositivo de armazenamento de pouco custo, e de fácil acesso devido à propagação da Internet nas escolas, pode ser vendido ou até mesmo disponibilizado para download em alguns portais de Internet gratuitos. 3.1. Era Digital (Era da Informação) É o período que vem após a Era Industrial, do surgimento e criação de grandes indústrias, e teve início aproximadamente nas décadas de 1970/1980 com invenções que mudariam completamente o nosso modo de vida como o microprocessador, a rede de computadores, a fibra óptica e o computador pessoal. 3.2. A transição da era industrial para a era digital Uma mudança do que chamamos de “Era” não é instantânea, ela demora e é resultado de uma sucessão de fatos que vão modificando a sociedade e seu modo de vida, e para se entender essa mudança, é necessário analisar um pouco da história no início do século XX. Após a Revolução Industrial, e seu crescimento para o mundo todo, os trabalhadores rurais e camponeses começaram a migrar para as grandes cidades (êxodo rural), mas a partir do século XX esse processo se intensificou, pois muitas perceberam que seu modo de vida não era mais lucrativo. Entretanto essas fábricas ainda possuíam condições sub-humanas de higiene e segurança, bem como de normas e leis trabalhistas. Mas com grande número de operários nessas fábricas, houve crescente melhora nesses aspectos. E isso foi marcado como a ascensão dos operários, ainda na Era Industrial. Com o início da Segunda Guerra Mundial, as grandes nações sentiram a necessidade de um desenvolvimento tecnológico, e logo após o fim desta Grande 32 Guerra, os operários começaram a perder sua importância na indústria tradicional e foram crescendo em áreas de conhecimento técnico e teórico, como pesquisadores e cientistas, os quais desenvolveram a base para a maioria dos objetos que usamos hoje, o processador. Essa crescente importância para áreas do conhecimento e grande desenvolvimento tecnológico, marcou, lentamente, a transição da Era Industrial para a Era Digital. 3.3. A era digital: Apropriação tecnológica e inclusão digital “O processo de apropriação tecnológica vai ao encontro do processo de inclusão digital que tem como objetivo formar cidadãos capazes de tomar decisões e de compartilhá-las com outras pessoas, em uma dinâmica de exercício da autoria e é definida como processo dinâmico e provisório que se renova e aprimora na ação e na interação dos nós, sobre e na rede de sentidos e suas interconexões. Para isso, é necessária a apropriação crítico-reflexiva dos fenômenos sócio técnicos numa perspectiva de contextualização sociocultural, bem como o desenvolvimento e a manutenção das habilidades necessárias à interação com e através deles” (TEIXEIRA, 2005, p. 25). Podemos ver que no nosso dia a dia, a inclusão digital e fator de crescimento pessoal para muitos, e nesse aspecto, visando o desenvolvimento, surge a alfabetização digital, cuja principal função é causar uma maior dinâmica de interação cultural. A alfabetização cultural é um processo pelo qual pessoas, principalmente, mas não exclusivamente, por meio das redes sociais, pessoas se aproximam dessa tecnologia crescente e consequentemente aprender a utiliza-la. Enquanto a cultura a que ela se referre é um conjunto de ferramentas e técnicas para que seja possível conviver em grupo e lidar com problemas neste mesmo. Assim torna-se possível compreender que a tecnologia não é apenas um canal de diversão, mas ela tem seu significado como uma interação e integração que gera uma nova maneira de aprendizado e construir novas bases para nossa sociedade, em torno de uma nova lógica global, que é a tecnologia. Na Imagem abaixo, e possível ver as características e subdivisões dessa nova Era Digital, onde é possível enxergar o presente projeto partindo do ciberespaço, o qual é o meio no 33 qual nos interagimos com a tecnologia até a informática como tecnologia de aprendizagem. Essa interação mediada pela tecnologia não objetiva apenas transmitir informações, mas também tornar essa interação multidirecional, isto é, tem que haver tanto uma transmissão quanto uma recepção de sentidos e significados, saberes e conhecimentos, demonstrando um rompimento com a lógica broadcast, apesar de ainda estar muito preso a ela. Tal lógica é o processo pelo qual se difunde e transmite informações de um canal de comunicação e informação para muitos indivíduos, os quais desempenham apenas o papel de receptores, não havendo a possibilidade de produção e troca de mensagens, sentidos e significados. Fluxograma da Era Digital Figura 1 – Fluxograma da Era digital 34 3.4. Conceito de Cultura Digital Após longo tempo do marco e da transação da Era Industrial para a Era Digital, da informação e da introdução da cultura digital à nossa sociedade, esta última ainda não foi realmente definida concretamente em algo, pois há muitas controvérsias entre autores, pensadores, artistas, etc. O sociólogo espanhol Manuel Castells, define a cultura digital em seis tópicos: 1. Habilidade para comunicar ou mesclar qualquer produto baseado em uma linguagem comum digital; 2. Habilidade para comunicar desde o local até o global em tempo real e, vice-versa, para poder diluir o processo de interação; 3. Existência de múltiplas modalidades de comunicação; 4. Interconexão de todas as redes digitalizadas de bases de dados ou a realização do sonho do hipertexto de Nelson com o sistema de armazenamento e recuperação de dados; 5. Capacidade de reconfigurar todas as configurações criando um novo sentido nas diferentes camadas dos processos de comunicação; 6. Constituição gradual da mente coletiva pelo trabalho em rede, mediante um conjunto de cérebros sem limite algum. Durante o Seminário Internacional de Diversidade Cultural foi promovido um processo participativo de construção de uma agenda de cultura Digital. Os pesquisadores e ativistas, Bianca Santana e Sergio Amadeu da Silveira sistematizaram um texto final que conceitua cultura digital: “Reunindo ciência e cultura, antes separadas pela dinâmica das sociedades industriais, centrada na digitalização crescente de toda a produção simbólica da humanidade, forjada na elação ambivalente entre o espaço e o ciberespaço, na alta velocidade das redes informacionais, no ideal de interatividade e de liberdade recombinante, nas práticas de simulação, na obra inacabada e em inteligências coletivas, a cultura digital é uma realidade de uma mudança de era. Como toda mudança, seu sentido está em disputa, sua aparência caótica não pode esconder seu sistema, mas seus processos, cada vez mais auto organizados e emergentes, 35 horizontais, formados como descontinuidades articuladas, podem ser assumidos pelas comunidades locais, em seu caminho de virtualização, para ampliar sua fala, seus costumes e seus interesses. A cultura digital é a cultura da contemporaneidade”. 3.5. História do livro digital Antes que possamos contar a história, é preciso ressaltar que não há certeza sobre quem inventou o primeiro livro digital e sim hipóteses. A hipótese mais conhecida é a de Michael Stern Hart que digitalizou a Independência dos Estados Unidos da América em 1971, além de ter sido o fundador do projeto Gutenberg, o primeiro produtor de livros eletrônicos do mundo. Entretanto, outra hipótese é que em 1940, Roberto Busa criou um índice dos trabalhos de Tomás de Aquino, o Index Thomisticus. 3.5.1. Linha do Tempo 1971 Michael Hart lidera o projeto Gutenberg que procura digitalizar livros de domínio público para oferecê-los gratuitamente. 1993 Zahur Klemath Zapata registra o primeiro programa de livros digitais: Digital Book v.1, DBF; Publica-se o primeiro livro digital: Do assassinato, considerado uma das belas artes, de Thomas de Quincey. 1995 Amazon começa a vender livros através da Internet. 1996 O projeto Gutenberg alcança 1.000 livros digitalizados. A meta é um milhão. 1998 São lançados ao mercado os leitores de livros eletrônicos: Rocket e-book e Softbook. 1998-1999 Surgem sites na internet que vendem livros eletrônicos, como eReader.com e eReads.com. 36 2000 Stephen King lança seu romance Riding Bullet em formato digital. Só pode ser lido em computadores. 2002 As editoras Random House e Haper Collins começam a vender versões eletrônicas dos seus títulos na Internet. 2005 Amazon compra Mobipocket na sua estratégia sobre o livro eletrônico. 2006 Acordo entre Google e a Biblioteca Nacional do Brasil para digitalizar dois milhões de títulos. Sony lança o leitor Sony Reader que conta com a tecnologia da tinta eletrônica. 2007 Amazon lança o Kindle. 2008 Adobe e Sony fazem compatíveis suas tecnologias de livros eletrônicos (Leitor e DRM). Sony lança seu PRS-505. 2009 Barnes & Noble lança o Nook. 2010 Apple lança o iPad. 2013 Surgimento de inúmeros tablets com possibilidade de leitura de e-book. 3.6. Vantagens em relação ao livro tradicional A principal vantagem do livro digital é a sua portabilidade. Eles são facilmente transportados em pen-drives e cartões de memória. Como se encontra no formato digital pode ser transmitido rapidamente por meio da internet. Se um leitor que se encontra no Japão, por exemplo, e tiver interesse em adquirir um livro digital vendido nos Estados Unidos ou no Brasil, pode 37 adquiri-lo imediatamente e em alguns minutos estará lendo tranquilamente o seu ebook. Outra vantagem é o preço. Como seu custo de produção e de entrega é inferior, um livro digital de alto padrão, como os encontrados em sites especializados, pode chegar às mãos do leitor por um preço até 80% menor que um livro impresso, quando não for gratuito. Deve-se lembrar que o livro digital não precisa entrar em filas de impressão em gráficas, como ocorre tradicionalmente. Assim, uma vez prontos para distribuição, basta entrar em redes on-line de venda e distribuição. Mas um dos grandes atrativos para livros digitais é o fato de já existirem softwares capazes de lê-los, em tempo real, sem sotaques robotizados e ainda converter a leitura em uma mídia sonora, como o MP3, criando áudio-books. 3.7. Livro virtual Por que ele é diferente? Porque com o livro virtual é possível a interação com o mesmo. Por exemplo: conforme você vai lendo, vão aparecendo imagens, áudios e vídeos relacionados ao assunto, além de aparecer balões de dúvidas e curiosidades. Em um estudo realizado pelo projeto Sintra e-conteúdos, onde participaram 200 alunos de 9 a 14 anos, em Portugal, foi identificado, durante os anos de 2011/2012, vários aspectos que serão analisados a seguir com base nos diferente tipos de leitores: Leitores tipo A: São aqueles que têm o costume de ler sempre, e não por obrigação; Leitores tipo B: Os que leem moderadamente, apenas quando o livro os chama muito a atenção; Leitores tipo C: Contemplam aqueles que não gostam ou leem raramente. A primeira observação obtida foi em relação a utilização de tablets para a leitura, considerando os três tipos de leitores juntos: 38 Se tivesse um tablet leria 4% Mais Igual 51% 45% Menos Figura 2 – Influência do tablet na leitura Outro aspecto é o fato dos alunos acharem mais fácil ou mais difícil ler em tablets, considerando os três tipos separadamente: Facilidade na leitura com tablet 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Tipo A Tipo B Mais fácil Igual Tipo C Mais difícil Figura 3 - Facilidade na leitura com tablet E por fim, foi analisada as preferências em relação ao tipo de livro que esses alunos preferem ler: 39 Prefere o tipo de livro 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Tipo A Tipo B Tipo C Multimídia com sons e vídeos Apenas texto e imagens Audiolivros Possibilidade de escolher o final da história Figura 4 – Preferência de livros Em outra pesquisa realizada com 825 adultos de 5 países diferentes (Brasil, Portugal, Bélgica, Itália e Espanha), onde foi estudado a praticidade e o custobenefício do livros digitais mostra que não apenas os jovens são a favor da utilização desses livros: Motivos para o uso do livro digital 3% 1% 4% 3% 6% 6% 4% Problemas de vista Curiosidade Diversão Praticidade Atualização com novas tecnologias Para meu companheiro ler Para meus filhos lerem 73% Figura 5 – Utilização do livro digital Trabalho 40 Em média, os participantes, gastaram R$ 485,00 reais nos dispositivos para leitura (tablets, ipads e e-readers). Entretanto, segundo resultado de algumas pesquisas realizadas pelo grupo do presente projeto, percebe-se que muitas pessoas acham atraente a ideia do livro digital, porém não a utilizam por alguns motivos: Efeitos colaterais de livros digitais 25% 34% Dor de cabeça Dor no olhos Tontura Enjoo Outros 7% 1% 30% 3% Figura 6 – Efeitos colaterais da leitura de livros digitais Não sentem nada 41 4. O Projeto Memórias Memórias é um projeto que foi dividido em 2 partes principais e 2 partes secundárias. As duas partes principais são: o livro virtual (desenvolvido em Flash e ActionScript 2.0 e 3.0) e o site (desenvolvido em HTML e CSS), enquanto as duas partes secundárias são: o jogo quebra-cabeça (desenvolvido em Java) e o hospedeiro do livro virtual para torná-lo um programa executável (desenvolvido de Visual Basic). Cada um destes componentes citados acima tem sua função de total importância para o projeto, e serão explicados abaixo. Outro método fundamental para o bom funcionamento, desta vez na parte teórica, foram as pesquisas realizadas pelo grupo ao longo de todo o projeto. Essas pesquisas foram a maior fonte de informações obtidas pelo grupo acerca do assunto tratado no livro, ou seja, a história da Jorge Street. 4.1. Pesquisas de campo As pesquisas de campo foram realizadas com diferentes propósitos cada qual em sua situação. Para desvendarmos todo o mistério por trás da história da instituição tivemos a necessidade de buscar essas informações da maneira mais social possível, dito também que não havia, até este projeto surgir, nenhuma outra fonte onde pudéssemos encontra-las de maneira escrita, portanto entrevistamos diversos funcionários, professores e alguns alunos sobre o assunto, e com permissão, gravamos essas entrevistas, questionando as mudanças, os métodos, a estrutura da escola, o contexto social na época, eventos ocorridos etc. Contudo existem muitas fotos desde a inauguração em 1975 até os dias atuais. 4.1.1. A história Após muito tempo interpretando todas essas fotos (em torno de 20000 arquivos), e tendo transcrito essas entrevistas, fomos capazes de sintetizar e unir essas duas metades em um todo, gerando nossa história. Em outro momento, essa pesquisa foi voltada para o melhor entendimento da importância do livro virtual na vida das pessoas, principalmente de jovens, e para isso realizamos alguns questionários, os quais foram distribuídos para diversos 42 alunos e professores na escola toda. Nesses questionários os participantes deveriam responder a perguntas como: “O que você acha sobre livros virtuais e digitais?” ou “Quais os principais efeitos que sente ao ler um livro virtual?” e ainda “O que limita a sua leitura”. Esses dados foram todos coletados, analisados e transformados em gráficos para que pudessem ser mostrados de maneira simples e de fácil entendimento. 4.2. Ferramentas de desenvolvimento Design visual: Adobe Photoshop CS6; Paint.NET 4.0.3. Programação: Adobe Flash CS6 (ActionScript 2.0 e 3.0); Microsoft Visual Studio 2010 (Visual Basic.NET); Eclipse Luna IDE (Java); Notepad++ 6.6.9 (HTML, CSS, PHP e XML). Documentação: Microsoft Office Word 2013. Pesquisa: Sites; Livros; (Ex)professores e (ex)funcionários da Etec Jorge Street; Questionários com alunos da Etec Jorge Street. 4.3. O livro Inicialmente o projeto tinha como intenção ser desenvolvidos completamente em Java, entretanto com algumas pesquisas descobrimos que essa linguagem não nos oferecia suporte gráfico necessário para desenvolvermos da maneira que gostaríamos, então pesquisamos outros métodos e descobrimos o ActionScript, uma linguagem orientada a objeto que se relaciona com objetos animados em Flash 43 podendo, assim, animar um objeto com certos eventos criados por mouse ou teclado, e não fazer uma simples animação. Página inicial do livro Figura 7 – Capa e barra lateral do livro 4.3.1. Funcionamento A funcionalidade do livro foi desenvolvida em cima da seguinte lógica (checar imagem abaixo): Existem três painéis definidos na imagem por A, B e C. O painel A é a representação da imagem sendo exibida no livro, o painel B é a folha de trás e o painel C é a representação da página de trás do painel A. A função de movimentação é realizada em relação à posição do mouse. A cada movimento do mouse a linha de simetria é calculada de acordo ao valor do ângulo “a”. A distância X é relativa ao ângulo “a” e a Largura da folha. O painel C é desenhado seguindo as 44 orientações anteriores. Tudo que estiver maior que C será preenchido com A e o que estiver menos que C será preenchido com B. Funcionamento do livro Figura 8 – Funcionamento do livro A definição das páginas é feita por um arquivo de configuração externo XML, onde são carregadas as imagens externas com extensão .jpg e também é feita a definição do áudio de virada das páginas e o sombreamento delas. Esse XML é importado para a execução do programa logo que iniciado. 45 Movimentação da página Figura 9 – Movimento da página Outra função presente na animação é o sombreamento que foi feito para der um efeito mais realista da virada de páginas. As páginas contam com uma função de redimensionamento automático em relação ao tamanho do monitor em que será exibido, para que não esteja pequeno demais ou grande demais. 4.3.2. Acessórios A barra de acessórios foi desenvolvida para que pudesse haver uma maior interatividade e até facilidade no uso. Esse menu é composto por: Controle de zoom: permitem que o usuário visualize melhor o texto ou as imagem contando com a opção de zoom de até 32x. Botões de navegação: permitem virar as páginas ao clicar. Caixa de pesquisa: habilita uma busca para determinada página especificada pelo usuário. Opções de áudio: permitem o controle das funções de áudio que são ativadas para a leitura da página. Controle de volume: permite o ajuste do volume. Botão de informação: exibe um menu de informações úteis ao usuário. Botão de ajuda: exibe um menu com opções de ajuda ao usuário. 46 Barra de acessórios Botão para aumentar o zoom Botão para diminuir o zoom Botões para navegar entre as páginas Ir para a página desejada Caixa para digitar a página desejada Botão para recomeçar o áudio Player para controle do áudio Controle do volume Caixa para exibir o volume Botão de ajuda Botão de informação Figura 10 – Barra de acessórios 4.3.3. Painel de imagens e vídeos Os painéis de vídeos e imagens foram desenvolvidos com a intenção de criar uma galeria multimídia para maior entretenimento e interação com o usuário, 47 servindo até como um álbum de fotos e recordações. Essa galeria pode ser aberta clicando sobre as imagens presentes no livro e é possível, também, navegar por essas imagens sem precisar ir de página em página. Os vídeos apesar de limitados servem como forma de transmitir informações que não são possíveis através de simples imagens ou palavras, facilitando o entendimento do contexto. Galeria de imagens Figura 11 – Galeria de imagens Galeria de vídeos Figura 12 – Galeria de vídeos 48 4.3.4. ActionScript O ActionScript foi a linguagem principal utilizada neste momento do projeto. A linguagem de programação, hoje pertence a Adobe Systems, entretanto teve sua origem na Macromedia Inc. onde foi primeiramente desenvolvida e aperfeiçoada. É uma linguagem orientada a objetos, ou seja cada objeto contém informação, que ficam conhecidas como atributos ou características, sendo assim possível controlar objetos visuais no Flash. Inicialmente foi desenvolvida para ser utilizada na Macromedia Flash Tool, mas foi comprada pela Adobe por ser muito útil e funcional. É trabalhado no padrão e dialeto do EMCAScript, que são as especificações criadas pela ECMA International, outras linguagem que seguem esse padrão são o JavaScript e o JScript. Entretanto há diferenças que podem ser notadas em sua sintaxe. Seu desenvolvimento está atualmente em sua versão 3.0. 4.4. Utilização do Visual Basic Uma grande diferença de um software desenvolvido no conjunto Flash e ActionScript é sua limitação de publicação. Por ser utilizado, normalmente, em software para a internet, pode ser publicado como vídeo, imagem animada (.gif) ou arquivo de flash (.swf). Portanto não há um formato de software executável ou instalável. O projeto propõe que o livro seja um aplicativo e portanto necessita ser executável em um formato conhecido pelas pessoas e que possa ser aberto pelo sistema operacional e não por um navegador de internet, e com esse pensamento decidimos criar um software utilizando o Visual Basic.NET para que possa ser o executado mas que importará dentro de um objeto Flash, o livro virtual sem que haja restrições em sua utilização. 4.4.1. Visual Basic O Visual Basic.NET é uma linguagem de programação de alto nível que surgiu em 2002 como sucessor do Visual Basic simples. A linguagem, bem como os softwares para desenvolvê-la são pertencentes à Microsoft. O seu padrão de linguagem se difere bastante em relação as linguagens mais conhecidas como C, C++ e Java, como por exemplo o fato de delimitar o grupo de comandos com linhas de código e encerrar um linha sem a necessidade de nada 49 especial enquanto todas essas linguagem citadas, um grupo de comandos deve estar demarcado com chaves ({}) e ter sua linha encerrada por ponto e vírgula (;). Atualmente está em sua versão 12.0. 4.5. Quebra cabeça Em uma das reuniões do grupo para discutirmos sobre o projeto, foi feita uma proposta para incentivarmos a utilização do livro, entretanto não havia nenhuma proposta do que ser feito. Durante alguns dias as ideias foram surgindo, até que decidimos criar algo utilizando as fotos da escola, foi quando surgiu o quebra cabeça. Ele foi desenvolvido em Java utilizando o pacote Graphics 2D que permite a manipulação de imagens e objetos. Esta ferramenta foi escolhida pelo fato que alguns integrantes do grupo já sabiam utilizá-la. O jogo contém uma série de fotos da história de nossa escola, onde é possível escolher com qual deseja jogar. Na seleção da imagem também é possível escolher o nível de dificuldade do jogo que são: fácil, médio e difícil. Menu do quebra cabeça Figura 13 – Menu do quebra cabeça 50 4.5.1. Funcionamento Após selecionar a foto o programa irá dividir a imagem em partes iguais e após essa divisão formará uma régua sobre a qual deverá montar o quebra cabeça. Se o nível selecionado for fácil será dividido em 20 peças, se for médio serão 80 peças e o difícil dividirá em 320 peças. As peças divididas serão embaralhadas e espalhadas pela tela do programa. As peças são movidas pelo clique do mouse sobre elas e por sua movimentação. As peças podem ser posicionadas em qualquer lugar, não precisa estar necessariamente correto, entretanto caso a peça seja solta próxima a algum espaço da régua ela se ajustará automaticamente àquele espaço. O jogo Figura 14 – Peças embaralhadas 4.5.2. O Java A linguagem de programação Java é uma linguagem orientada a objeto e baseada na criação de classes. 51 O Java foi criado originalmente pela empresa Sun Microsystems que se tornou hoje a Oracle Corporation e foi lançado em 1995. A linguagem é derivada das linguagens C e C++, entretanto com pequenas mudanças. Muitos confundem essa linguagem com o JavaScript, que é outra linguagem mais voltada para programação para internet. Também foi influenciada pelas normas do ECMAScript. Atualmente está na versão de desenvolvimento 8 update 25. 4.6. O site Após o desenvolvimento ser iniciado, percebemos que por ser um livro que se trata da história de uma instituição e que todos os que participaram dessa história ou aqueles que tiverem interesse podem lê-lo decidimos criar uma forma de publica-lo para download, e com objetivo decidimos desenvolver o site. No entanto desenvolver o site apenas para colocar um link de download não é válido, então aproveitamos a oportunidade e o site foi desenvolvido explorando diversos recursos, contando a história do projeto e uma breve história da escola. Possui também uma galeria de imagens e um pouco sobre o grupo do mesmo. Página do site Figura 15 – Página do site 52 4.6.1. Funcionamento O site é dividido em 6 partes: história da escola, o projeto, galeria de fotos, depoimentos, corpo docente e o livro. O grande diferencial desse site que torna-o bem útil tanto para usuários quanto para os desenvolvedores /escola é, na aba de depoimentos, a possibilidade de escrever suas lembranças e experiências para que possa ser registrado. Outra diferença é o fato de o livro poder ser exibido online e não necessariamente baixado. Foi desenvolvido utilizando as linguagens HTML, CSS e PHP e um pouco de JavaScript. As linguagens HTML e CSS foram utilizadas na estruturação e no visual da página. O PHP foi utilizado na parte lógica da página e o JavaScript para a galeria de imagens. 4.6.2. HTML HyperText Markup Language é uma linguagem voltada à programação para internet. Mantida pelo grupo W3C (World Wide Web Consortium) e que pode ser associada a outras linguagem como CSS e PHP para que haja maior possibilidades a serem exploradas. Sua sintaxe é delimitada por tags (<></>) e está atualmente em sua versão 5.0. 4.6.3. CSS Cascading Style Sheet é uma linguagem que trabalha com folhas de estilo que muda o visual e a formatação de uma página HTML. Essa linguagem também é mantida pela W3C. 4.6.4. PHP Hypertext Preprocessor (originalmente Personal Home Page), é uma linguagem desenvolvida pelo grupo PHP e está em sua versão 5.6.2. É voltada para o desenvolvimento à internet que pode ser associada ao HTML, entretanto atua na parte lógica do sistema. 53 CONCLUSÃO Neste trabalho abordamos o assunto de um livro virtual, onde o leitor tem certa interação com o mesmo e concluímos que não se é possível fazer uma história sem memórias, pois memórias são fatos, narrações ou mesmo histórias narradas por quem as viveu, seja escrita, falada ou através de imagens. Cumprimos todos os objetivos que nós tínhamos proposto, uma vez que, tínhamos como principal objetivo contar a história da instituição de uma maneira mais agradável e mais parecida com o livro físico. Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento, pois nos permitiu conhecer melhor o ambiente em que estudamos, como e de onde surgiu a Jorge Street e conhecer outros professores e funcionários através das entrevistas, além de ter-nos permitido aperfeiçoar nossas competências em relação às linguagens de programação utilizadas para a realização desse projeto de conclusão de curso. 54 BIBLIOGRAFIA Livro 40 anos. Centro Paula Souza, 2009; Livro 100 anos. ETEC João Belarmino, 2011; Conceito de cultura digital. <Acessado em 16 de outubro de 2014> Disponível em: http://culturadigital.br/conceito-de-cultura-digital/ A era digital. <Acessado em 14 de outubro de 2014> Disponível em: http://www.oficinadanet.com.br/post/11209-a-era-digitalapropriacao-tecnologica-e-inclusao-digital Era da informação. <Acessado em 16 de outubro de 2014> Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_da_informa%C3%A7%C3%A3o Entenda o livro digital. <Acessado em 15 de setembro de 2014> Disponível em: http://pt.slideshare.net/stelladauer/entenda-o-livro-digital Livro virtuais. <Acessado em 15 de setembro de 2014> Disponível em: http://pt.slideshare.net/andreabetina/livros-virtuais O livro na era digital. <Acessado em 15 de setembro de 2014> Disponível em: http://pt.slideshare.net/lilianedb/o-livro-na-era-digita BRAUNSTEIN, Roger. ActionScript 3.0 Bible. Ed. Wiley, 2010. MOOCK, Colin. Essential ActionScript 3.0. Ed. O’Reilly, 2007. SHUPE, Rich & ROSSER, Zevan. Learning ActionScript 3.0. Ed. O’Reilly, 2011 E-reader e e-book. Acessado em 10 de agosto de 2014 Disponível em: http://www.proteste.org.br/tecnologia/nc/noticia/e-reader-eebook-praticidade-que-agrada Impacto dos e-books na leitura. Acessado em: 10 de agosto de 2014 Disponível em: http://lerebooks.wordpress.com/tag/impacto-dos-ebooksnos-habitos-de-leitura/