UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO. CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ROSIELE RAKOWSKI GOI ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DE AMPLIAÇÃO DE UMA OFICINA MECÂNICA (Trabalho de Conclusão de Curso) IJUÍ (RS) 2014 2 ROSIELE RAKOWSKI GOI ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DE AMPLIAÇÃO DE UMA OFICINA MECÂNICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do titulo de Bacharel em Ciências Contábeis. Profa. Orientadora: Stela Maris Enderli Ijuí/RS, Novembro - 2014 3 Dedicatória Dedico este trabalho de conclusão de curso a todos que me apoiaram pai, mãe, irmãos, marido, aos meus professores e aos meus amigos que me acompanharam nessa jornada. Obrigada por tudo, adoro vocês. “A persistência é o caminho do êxito”. Charles Chaplin 4 RESUMO Esse trabalho teve como finalidade o estudo da viabilidade econômica e financeira da implantação de uma seção de peças em uma oficina mecânica, buscou-se com esse estudo a visualização sobre os custos, gastos e as receitas dessa implantação. Avaliando através dos métodos utilizados para a obtenção dos resultados e assim visualizando se o projeto trouxe o retorno desejado nos períodos analisados. O estudo classifica-se como pesquisa aplicada, descritiva e qualitativa. Tendo como base os dados que foram levantados no decorrer do estudo. Assim pode-se em um segundo momento fazer à utilização dos métodos aplicáveis a análise de viabilidade. Desta forma foram utilizadas planilhas e quadros para a realização do estudo, possibilitando a visualização e interpretação dos resultados gerados. Portanto, foi realizada a análise de viabilidade econômica através da demonstração de resultado do exercício e dos índices de rentabilidade e de lucratividade, bem como a análise de viabilidade financeira, onde foi utilizado o fluxo de caixa, a taxa interna de retorno, a taxa mínima de atratividade, do payback simples e descontado, e por fim o valor presente líquido. Assim, dessa forma através dessas análises gerou informações ao investidor, demonstrando que o projeto é viável, sendo que essa informação é importante para a tomada de decisão para a implantação da mesma. PALAVRAS CHAVES: Investimento, Análise de Viabilidade Econômica e Financeira. 5 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ................................................... 21 Quadro 2: Investimento Inicial ................................................................................................. 37 Quadro 3: Estimativa com a depreciação ................................................................................. 38 Quadro 4: Estimativa de despesa com pessoal ......................................................................... 39 Quadro 5: Despesas fixas operacionais .................................................................................... 40 Quadro 6 : Estimativa de desembolso com financiamento....................................................... 41 Quadro 7: Quantidade de itens vendidos no mês detalhado ..................................................... 43 Quadro 8: Receitas com média de vendas ano ......................................................................... 46 Quadro 9: Demonstração do Resultado do Exercício ............................................................... 48 Quadro 10: Índices de rentabilidade e lucratividade da seção de peças ................................... 49 Quadro 11: Fluxo de Caixa....................................................................................................... 50 Quadro 12: Payback simples .................................................................................................... 52 Quadro 13: Payback descontado............................................................................................... 52 Quadro 14: Valor Presente Líquido .......................................................................................... 53 Quadro 15: Taxa Interna de Retorno ........................................................................................ 54 6 LISTA DE ABREVIATURAS BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. CINAU – Central de Inteligência Automotiva. CFC – Conselho Federal de Contabilidade. DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. IL – Índice de Lucratividade. IR – Índice de Rentabilidade. TMA – Taxa Mínima de Atratividade. TIR – Taxa Interna de Retorno. VPL – Valor Presente Líquido. VLA – Valor Líquido Atualizado. 7 SUMÁRIO 1 1.1 LISTA DE QUADROS .................................................................................................. 5 LISTA DE ABREVIATURAS ....................................................................................... 6 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 9 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ..................................................................... 10 DEFINIÇÃO DO TEMA.............................................................................................. 10 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO............................................................. 10 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ............................................................................ 11 1.4 OBJETIVO ................................................................................................................... 11 1.4.1 Objetivo geral ............................................................................................................... 11 1.4.2 Objetivos específicos .................................................................................................... 12 1.5 2 2.1 JUSTIFICATIVA..........................................................................................................12 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 13 RAMO DE ATIVIDADE ............................................................................................. 13 2.2 CONTABILIDADE...................................................................................................... 14 2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL .............................................................................. 15 2.4 ANÁLISE DE VIABILIDADE .................................................................................... 16 2.4.1. Investimentos ................................................................................................................ 17 2.4.2 Receitas, despesas e custos ........................................................................................... 17 2.5 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE............................................. 18 2.5.1 Análise de Viabilidade Econômica............................................................................... 19 2.5.2 Análise de Viabilidade Financeira................................................................................ 24 3 3.1 METODOLOGIA DO ESTUDO..................................................................................31 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................... 31 3.1.1 Quanto à natureza ......................................................................................................... 31 3.1.2 Quanto aos objetivos .................................................................................................... 31 3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema ................................................................ 32 3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ............................................................................. 33 3.2 COLETA DE DADOS ................................................................................................. 34 3.2.1 Instrumentos de coleta de dados ................................................................................... 34 3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ........................................................... 35 4 4.1 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS .....................................................................36 RAMO DE ATIVIDADE ............................................................................................. 36 4.2 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS .......................................................................... 37 4.3 CUSTOS, DESPESAS E RECEITAS .......................................................................... 38 8 4.3.1 Custos e despesas ......................................................................................................... 38 4.3.2 Receitas ......................................................................................................................... 43 4.4 VIABILIDADE ECONÔMICA ................................................................................... 47 4.4.1 Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE ....................................................... 47 4.4.2 Índices de análise do resultado projetado ..................................................................... 49 4.5 VIABILIDADE FINANCEIRA ................................................................................... 50 4.5.1 Fluxo de caixa............................................................................................................... 50 4.5.2 Método payback simples e payback descontado .......................................................... 52 4.5.3 Taxa Média de Atratividade – TMA ............................................................................ 53 4.5.4 Valor Presente Líquido – VPL ..................................................................................... 53 4.5.5 Taxa Interna de Retorno – TIR ..................................................................................... 54 4.6 ANÁLISE DO INVESTIMENTO ............................................................................... 54 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 56 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 57 9 INTRODUÇÃO A contabilidade tem um papel muito importante para a sociedade. Através dela é possível mensurar bens, direitos e obrigações, definir cenários e planejar situações futuras. A contabilidade utiliza-se de vários ramos como é o caso da contabilidade gerencial que exerce um papel relevante como ferramenta na tomada de decisões, pois examina as ações que poderão ocasionar o alcance das metas e dos resultados propostos. Assim, cada vez mais as empresas necessitam se utilizar de mecanismos que promovam auxílio na tomada de decisões, pois muitas vezes os recursos são escassos e não se tem como requerer de outra forma, dessa forma somente um bom gerenciamento dos mesmos é que torna possível a sustentabilidade e a viabilidade do negócio. A contabilidade gerencial vem justamente para isso, é utilizada para que gestores e administradores de empresas tanto de grande como de pequeno porte possam analisar e averiguar como anda a sua empresa, através de técnicas de gerenciamento. Nesse sentido, o referido trabalho de conclusão de curso traz no primeiro capítulo a contextualização do problema abordado, bem como a definição do tema a ser estudado. Também apresenta os objetivos do estudo, a caracterização da empresa foi pesquisada e por fim a justificativa do estudo. No segundo capítulo foi elaborada a revisão bibliográfica, e são evidenciados conceitos de analise de viabilidade financeira e econômico. No terceiro capítulo apresenta-se a metodologia do trabalho desenvolvido, quanto à classificação do estudo, seus objetivos, como foram feitas as coletas e a análise dos dados que foram estudados. O quarto capítulo apresenta o desenvolvimento do trabalho, demonstrando a aplicabilidade do estudo desenvolvido, que foi demonstrado através de planilhas, gráficos, entre outros, e ao final apresenta-se o resultado que se obteve com o processo de execução do estudo. Por fim apresenta-se a conclusão do estudo e as referências bibliográficas. 10 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Neste capítulo inicial apresentam-se os procedimentos do estudo, sendo o tema proposto do referente estudo, juntamente com os objetivos, o problema e a justificativa para a realização do mesmo. 1.1. DEFINIÇÃO DO TEMA A contabilidade tem por finalidade fundamental a geração de informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, mas também contribuindo no aspecto do controle e do planejamento. A contabilidade é uma ciência social que estuda vários ramos, dentro desses ramos tem-se a Contabilidade Gerencial, que é segundo Lopes de Sá (1977, p.29) “o conjunto de conhecimentos contábeis organizado para observar o objeto da ciência contábil sob o aspecto administrativo, notadamente sob os da tomada de decisões e política do governo da riqueza aziendal”. Portanto pode-se utilizar a contabilidade gerencial para fazer um planejamento organizado, traçando metas e objetivos que se quer chegar, para se tomar decisões, evidenciando quais os melhores caminhos a serem percorridos. Quando se faz um planejamento são necessários vários meios e técnicas, uma delas é a análise de viabilidade de um projeto. Com essa análise evidencia-se se o projeto em questão é viável ou não, sendo que seu objetivo principal é de auxiliar o empresário a avaliar seu plano de investimento, demonstrando a ele se este tem viabilidade ou inviabilidade econômicofinanceira. Neste sentido, o tema que foi abordado neste estudo relatou as contribuições da análise de viabilidade econômica e financeira na implantação de novos investimentos nas empresas. 1.2. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO A empresa que foi trabalhada, foi inaugurada em 04 de Abril de 2012, com sede no município de Ijuí/RS. A empresa é Sociedade Empresaria Limitada, esta enquadrada no Simples Nacional, seu faturamento médio é de R$ 30.000,00 (Trinta mil reais) mensais. Tem por sua atividade principal a manutenção, instalação e reparação em veículo automotor, juntamente com a comercialização de peças novas e usadas. Seu quadro de 11 funcionários conta com 3 colaboradores, sendo 2 mecânicos e um dos sócios que trabalha juntamente com os demais. 1.3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA A análise de viabilidade é muito importante, pois propícia à empresa e principalmente seus sócios a avaliarem qual o melhor procedimento a ser feito. Analisando tanto de cunho financeiro quanto econômico uma implantação, ampliação ou uma reestruturação da empresa, avaliando se o que será feito terá retornos positivos a todos que lhe interessa, não só ao quadro de sócios, mas também aos seus colaboradores, já que muitas vezes por ventura de algum ato não programado poderão ser dispensados pela falta de planejamento do referido projeto. A área gerencial dentro de uma empresa é muito rica, contempla aos administradores informações para proceder nas práticas diárias, tendo por base um controle de gastos e também sabendo quais são suas despesas e receitas diárias, assim sabe-se o que se tem diariamente no caixa e/ou banco. A importância do estudo realizado que teve por base a busca dos resultados, avaliando a viabilidade da implantação de uma seção de peças juntamente com a oficina mecânica. Conseguindo assim verificar as condições do projeto, já que este é uma vontade dos sócios, por ser um ramo em que muitas vezes têm-se clientes buscando um auxilio após o horário comercial. Assim é importante possuir peças em estoque para que se tenha um bom atendimento. Dessa forma pergunta-se: Qual é a viabilidade de se investir na implantação de uma seção de peças em uma oficina mecânica do ponto de vista econômico e financeiro? 1.4. OBJETIVO Os objetivos se dividem em objetivo geral e específicos. 1.4.1. Objetivo geral Analisar a viabilidade econômica e financeira para a instalação de uma seção de peças propiciando a ampliação de uma oficina mecânica em Ijuí-RS. 12 1.4.2. Objetivos específicos • Revisar as referências teóricas para fundamentar o estudo aplicado; • Levantar os investimentos necessários para a implantação do projeto; • Analisar os desembolsos e ingressos gerados a essa implantação; • Demonstrar a viabilidade da implantação da seção de peças juntamente com a oficina mecânica. 1.5. JUSTIFICATIVA A contabilidade em si tem muita importância no nosso dia a dia, mas principalmente a contabilidade gerencial. Sabe-se que nenhuma organização consegue sobreviver sem uma boa gerência, sem bons planejamentos. Nos dias de hoje abrem e fecham organizações muitas vezes por falta de uma boa gerência integrada no seu cotidiano. A análise de viabilidade tem um papel fundamental para que as empresas cresçam, avaliando se o produto a ser exposto em oferta terá retorno, e se este produto será rentável a sua organização. Assim sendo, o estudo demonstrou um aprofundamento nos aspectos da viabilidade econômica e financeira, o que permite a acadêmica verificar se o projeto em questão terá o retorno almejado pelos empresários. Tendo uma visão mais aprofundada do assunto em questão, conseguirá atuar nessa área avaliando se projetos futuros serão bons ou não, esse é o objetivo da acadêmica, ou seja, construir um conhecimento amplo do estudo. Já para a empresa a implantação da seção de peças será um investimento para viabilizar o atendimento aos clientes, com mais rapidez e agilidade, sem que precise pedir ou encomendar tal peça e esperar que chegue, diminuindo em muito a frequência de carros que ficam parados a espera de conserto. Para a Universidade e para o Curso de Ciências Contábeis, espera-se que este trabalho de conclusão de curso sirva como referência de estudo nas áreas aplicadas, buscando a melhoria dos estudos e das práticas já existentes. Auxiliando na construção dos conhecimentos dos alunos. 13 2. REFERENCIAL TEÓRICO O referencial teórico teve por finalidade evidenciar o que foi relatado dentro da pesquisa, evidenciando todos os métodos utilizados para alcançar o resultado final. Foi contemplada todas as áreas da pesquisa, buscando-se todas as informações pertinentes ao desenvolvimento da pesquisa. 2.1. RAMO DE ATIVIDADE Com o crescimento do mercado na venda de veículos e com os incentivos fiscais que o governo proporcionou nos últimos anos, o fluxo de veículos aumentou consideravelmente. De acordo com o Jornal da Manhã de Ijuí (2014) a frota de veículos cresceu muito nos últimos anos, eles citam que “Em Ijuí, de acordo com dados da Receita Estadual, o número de veículos cadastrados subiu de 49.286 em 2013 para 51.320 veículos em fevereiro de 2014, um aumento de mais de dois mil veículos em apenas um ano. Deste total, são tributáveis 30.015 carros”. Levando-se em conta essa proporção de veículos pode-se dizer que o ramo da manutenção e reparação automotiva vem crescendo, para que possa suprir essas necessidades, já que muitos desses são carros mais antigos e não tem mais o suporte das concessionárias. A CINAU (Central de Inteligência Automotiva) fez uma pesquisa baseado em dados levantados na Região Sudeste do Brasil e conseguiu avaliar que Desde que a CINAU começou a monitorar o movimento das oficinas de linha leve, uma coisa já foi possível provar: o aftermarket é um porto seguro nos momentos de crise e reage vigorosa e positivamente com um aumento significativo dos serviços de reparação. Tal realidade foi possível de ser observada, e mensurada, em plena crise de 2008/2009 em que o indicador da CINAU (IGD) subia à medida que a venda de carros novos caia. Porém, graças às ações do governo, a venda de carros novos voltou a crescer e posteriormente, turbinado pelo excelente desempenho póscrise da economia brasileira, a produção vem batendo recordes atrás de recordes. (OFICINA BRASIL, 2012). Após estes dados coletados pode-se observar que com os incentivos fiscais a busca de carros novos aumentou, mas não impediu que as oficinas mecânicas tanto da linha leve quanto da linha pesada evolui-se e crescesse. Muitos desses novos veículos após certa quilometragem ou ano terão que ser reparados em oficinas convencionais e não mais em concessionárias sabe-se que não apenas o número de oficinas se elevara para suprir essas necessidades mas também, a qualidade nos serviços prestados, pois os novos veículos possuem muita tecnologia envolvida na sua manutenção e as oficinas terão que estar preparadas e qualificadas para isso. 14 Portanto, o ramo de atividade da empresa pesquisada se apresenta como manutenção e reparação de veículo automotor, sendo esse seu foco principal, mas também se apresenta como comércio a varejo de peças novas e usadas, sendo que para que seja realizado qualquer tipo de manutenção se utiliza peças, que podem ser compradas diretamente dos fornecedores, mas nem todas por sua vez são novas, ou seja, algumas podem ser compradas em desmanches de veículos, o que reduz o valor da manutenção. Algumas ainda podem ser consertadas por terceiros, não precisando necessariamente ser feita a troca por uma peça usada ou nova. O ramo de atividade principal é a manutenção de veículos, mas pode ser utilizado dentro dessa linha o comércio de peças, assim diminuindo o tempo de espera para que as peças cheguem até a oficina. Diminuído também o valor a ser cobrado do cliente, já que para que essa peça chegue a empresa é preciso pagar o frete, mesmo ela sendo comprada dentro do município. 2.2. CONTABILIDADE A contabilidade é uma ciência social, que estuda, interpreta e avalia as informações do patrimônio de uma entidade, evidenciando todas estas informações coletadas e apuradas sobre as movimentações financeiras e econômicas. Para Basso (2005, p. 22) a contabilidade é Entendemos que a contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativos (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situações, especialmente de natureza econômico-financeira. Assim, a contabilidade também, analisa e interpreta os dados que servem de base para que os administradores possam averiguar sobre a situação em que a entidade se encontra. Segundo Basso (2005, p.24) A finalidade fundamental da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento. Complementando Lopes de Sá (1977, p.46) diz que: Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidencias e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais. 15 Portanto, sempre que envolver fatos patrimoniais, evolução ou regressão de bens, direitos e obrigações de uma entidade haverá contabilidade, por menor que seja a entidade em questão, sempre estará presente a contabilidade, para que seja feita a análise e a interpretação das informações que envolvam o patrimônio de uma entidade, buscando informar aos seus gestores como se encontra a entidade. 2.3. CONTABILIDADE GERENCIAL A contabilidade tem por sua vez vários ramos, dentro deles pode-se citar a Contabilidade Gerencial, que tem por sua finalidade levar aos seus administradores as informações essenciais sobre a melhor tomada de decisão, a cerca de um negócio, disponibilizando a estes todas as possibilidades, se estas serão viáveis ou não e se irá agregar melhorias na entidade, possibilitando o melhor desempenho do negócio. Assim é visto a contabilidade gerencial, onde esta analisa, interpreta, avalia, coleta dados, prepara e informa sobre a utilização dos recursos da entidade. Para Iudicibus (1987 apud PADOVEZE, 1994, p.23) a contabilidade gerencial se distingue como: A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na analise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório. Padoveze (1994, p.26) esclarece que “(...) Contabilidade Gerencial significa o uso da contabilidade como instrumento da administração”. Nessa mesma concepção Atkinson et al (2000, p. 36) traduzem a contabilidade gerencial como “ (...) é um processo de identificar, mensurar, reportar e analisar informações sobre os eventos econômicos das empresas”. A contabilidade gerencial é uma área dentro da contabilidade, mas ela se utiliza de outras ferramentas, tais como, área de custos, a administração, a área financeira, a análise de balanços etc. Está é voltada para a gestão do negócio, evidenciando quais os caminhos a seguir. 16 Iudicibus (1998, p. 21) afirma que A contabilidade gerencial, num sentido mais profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que se “encaixem” de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador. Neste mesmo sentido Costa et al (2010, p.82) destacam que “As funções da contabilidade gerencial estão intimamente ligadas à geração de informações para a tomada de decisão dos gestores e melhora nos processos e desempenhos da organização”. Portanto a contabilidade gerencial vem por meio de suas técnicas auxiliar os administradores na utilização das informações que sejam importantes para o gerenciamento da empresa. Toda e qualquer empresa, por menor que seja, necessita de um gerenciamento. Atkinson et al (2000, p. 37) afirmam que “(...) Sistemas de contabilidade gerencial efetivos podem criar valores consideráveis, fornecendo informações a tempo e precisas sobre as atividades requeridas para o sucesso das empresas atuais”. Então, não se faz e não se cresce sem um bom gerenciamento, pois é esta técnica que nos permite saber até onde se pode chegar e o quanto se pode crescer. 2.4. ANÁLISE DE VIABILIDADE O mercado esta cada dia mais ligado às tendências, mais sofisticado, mais apreensivo com as novas tecnologias. Busca-se cada vez mais aprimorar o seu negócio, para tanto, buscase o conhecimento para a implantação de um novo sistema em uma empresa, que vise aperfeiçoar ainda mais o que se tem. A análise de viabilidade vem para que os administradores possam analisar e interpretar dados que serão levantados, apurados junto ao mercado, para se ter certeza de que uma nova implementação no negócio possa ser vantajosa. Para Casarotto Filho, Kopittke (2000, p.104) veem a análise econômica financeira de um projeto como se todos os recursos aplicados nesse investimento serão rentáveis e citam, (...) ao se elaborar a análise econômica financeira, somente são considerados os fatores conversíveis em dinheiro. Um investimento pode ter repercussões que não sejam ponderáveis, tais como manter certo nível de emprego ou conseguir a boa vontade de um cliente ou fornecedor. Estes critérios imponderáveis são, em geral, analisados pela alta administração da empresa. Portanto, um projeto de implantação deve antes de tudo ser analisado, visto que, todos os dados apurados poderão ser bons ou ruins, preocupando-se não apenas com o lucro 17 imediato, mas também, com as perspectivas de mercado, com o cliente e o colaborador da empresa se estes irão ter benefícios. 2.4.1. Investimentos Com o mundo cada vez mais globalizado, a concorrência de mercados é muito intensa, a empresa que não possuir uma boa gestão, não conseguirá se adequar ao que o mercado oferta. Não basta ter as coisas, e sim, ter um a mais, algo que chame a atenção dos consumidores. Para que se possa ter resultado dentro de um negócio, é necessário que se faça investimentos, estes podem ser investimentos de curto ou longo prazo, ou até mesmo com o próprio caixa da empresa. Todo e qualquer investimento realizado impactará no capital da empresa, assim os mesmos devem ser avaliados para que não coloque em risco a empresa. Segundo Brizolla (2013, p.6) Entende-se por investimento toda a aplicação de capital em algum ativo, tangível ou não, para obter determinado retorno no futuro. Um investimento pode ser a criação de uma nova empresa ou pode ser um projeto em uma empresa já existente, por exemplo. Nessa mesma linha Padoveze (1994, p.201) afirma que “ São os gastos efetuados em ativo ou despesa e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua vida útil ou benefícios futuros”. Assim, todos os investimentos feitos nas empresas, sejam para seu aumento de capital, para melhorias ou para implantação de um projeto, será avaliado, analisado de acordo com seu grau de benefício. Não se faz investimentos sem que se saiba se o mesmo retornará da mesma forma como se almeja. O planejamento para sua execução é importante para se saber se este terá retorno, se ele se pagará, ao investir o retorno deve ser o mesmo ou maior assim, não se sairá no prejuízo. 2.4.2. Receitas, despesas e custos. Na implantação de um negócio, tudo que se espera é que o investimento realizado retorne, de forma gradativa. Como toda implantação em um negocio, este gera receitas, despesas e/ou custos. As receitas são fruto da venda de produtos ou prestação de serviço, mais precisamente do recebimento dos mesmos. 18 Para Basso (2005, p.73) Entende-se por receita a variação que provoca a entrada de elementos no ativo sob forma de dinheiro ou de direitos a receber, provenientes da realização das atividades principais ou secundárias da entidade, e que geralmente correspondem à venda de mercadorias, produtos e bens, ou à prestação de serviços. Ainda para Basso (2005, p. 73) “(...) Uma receita é fonte de recursos para o patrimônio da entidade, gerados pela realização de suas atividades, bem como de ganhos patrimoniais ativos”. Mas nem tudo são receitas para que haja retorno desses investimentos, têm-se também as despesas e custos do mesmo. Pode-se dizer que toda despesa desencadeada pelo processo contribui de forma negativa para a empresa, diminuindo assim sua situação líquida. Segundo Basso (2005, p.74) Entende-se por despesa o “custo” do uso dos bens ou serviços, que diretamente deverão produzir uma receita. A característica básica da despesa é que ela se constitui num gasto que não se materializa, isto é, são gastos que se consomem na sua realização. Nessa mesma linha Padoveze (1994, p.202) diz que Despesas são os gastos necessários para vender e enviar os produtos. De modo geral, são ligados às áreas administrativas e comerciais. O custo dos produtos vendidos, quando vendidos, transformam-se em despesas. Ainda para Padoveze (1994, p.202) São gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos. Portanto, podemos dizer que os custos são os gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos objeto desses gastos forem gerados. De modo geral são os gastos ligados á área industrial da empresa. Portanto para que se possam fazer novos investimentos, é preciso analisar tudo o que resulta desse investimento. Analisa-se se com a receita gerada, consegue-se cobrir a despesa e os custos gerados, e ainda obter lucro no final do período. 2.5. METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE As metodologias utilizadas para a elaboração da análise de viabilidade se divide em duas etapas, a primeira delas é a análise de viabilidade econômica que apresenta a Demonstração do Resultado do Exercício e os Índices de retorno e de lucro dos investimentos. A segunda parte é a análise de viabilidade financeira que se apresenta com, a taxa de retorno 19 do investimento, payback, taxa mínima de atratividade, fluxo de caixa e do valor presente líquido. 2.5.1. Análise de Viabilidade Econômica Sabendo-se que os mercados de negócios estão cada vez mais aprimorados, as tecnologias mais sofisticadas e a busca por serviços de boa qualidade mais concorridos, as empresas buscam aprimorar-se, assim investindo, mas tem que saber investir, para no final do período avaliado se foi válido ou não o investimento realizado. Assim a análise de viabilidade econômica busca informações através dos índices de lucratividade e de rentabilidade bem como da demonstração de resultado do exercício. Com o intuito a análise de viabilidade econômica, tem a finalidade de apresentar de que forma os investimentos e lucros se comportaram. O mercado como se conhece hoje, devido a suas características estruturais, exige em contrapartida à rentabilidade alto grau de excelência das empresas, as quais terão suas expectativas frustradas caso deslizes estratégicos ocorram. Para evitar potenciais insolvências operacionais, as conjunturas, atual e futura de mercado, devem ser analisadas previamente a qualquer decisão, tanto no nível microeconômico como no macroeconômico, já que esses dois níveis são interdependentes. (COSTA et al, 2010) Sendo assim, então pode-se dizer que com o grande mercado existente, com as buscas por rentabilidade e por bons serviços, deve-se analisar as tomadas de decisões, avaliando por métodos de análises os resultados obtidos antes que se almeje fazer novos projetos. A seguir são demonstrados alguns desses meios, os quais pode-se utilizar-se para se avaliar os resultados. 2.5.1.1. Demonstração de Resultado do Exercício – DRE A Demonstração do Resultado do Exercício, foi regulamentada pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações), mais precisamente o Artigo 187 da Lei 6.404/76. Segundo o Portal da Contabilidade (2014) A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses. A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) é uma demonstração contábil importante para a verificação da análise econômica, pois ela é composta por dados como, 20 custos da mercadoria, os impostos pagos na venda dos produtos, as despesas operacionais da empresa. Após realizar todas as deduções explicitadas na DRE, chega-se ao lucro e/ou prejuízo líquido no período. Para Basso (2005, p.275) “A demonstração de resultado do exercício é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado exercício social”. De acordo com Portal da Contabilidade (2014) a NBC T.3 – Conceito, Conteúdo, Estrutura e Nomenclatura das Demonstrações Contábeis, que foi aprovada pela Resolução Conselho Federal de Contabilidade 686/1990, onde explica, A demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações da Entidade. De acordo com a mesma, ela ainda afirma que: A demonstração do resultado, observado o princípio de competência, evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas, e os correspondentes custos e despesas. (Portal da Contabilidade, 2014). Na NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, que foi aprovada pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade) com a Resolução 1.185/2009, a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) deve seguir as seguintes rubricas: a) Receitas; b) Custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; c) Lucro bruto; d) Despesas com vendas, gerais. Administrativas e outras despesas e receitas operacionais; e) Parcela dos resultados de empresas investidas reconhecidas por meio do método de equivalência patrimonial; f) Resultado antes das receitas e despesas financeiras; g) Despesas e receitas financeiras; h) Resultado antes dos tributos sobre o lucro; i) Despesa com tributos sobre o lucro; j) Resultado liquido das operações continuadas; k) Valor liquido dos seguintes itens: I) Resultado liquido após tributo das operações descontinuadas; II) Resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de venda ou na baixa ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade operacional descontinuada; l) Resultado liquido do período. (CFC, 2009, p. 25) A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) é elaborada de forma vertical, onde os usuários conseguem visualizar as operações que serão realizadas de forma simples. Apresenta-se de um modo em que as operações a serem realizadas seguem um método bastante simples, descontando os valores pertinentes as despesas, custos da mercadoria e 21 deduções, e somando-se valores que se referem às receitas financeiras obtidas. Assim sendo possível visualizar o resultado do período compreendido por esta no final de sua apuração. No quadro 1 apresenta-se o modelo de Demonstração do Resultado do Exercício. Quadro 1 : Demonstração do Resultado do Exercício. RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Produtos Vendas de Mercadorias Prestação de Serviços (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções de Vendas Abatimentos Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas = RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTOS DAS VENDAS Custo dos Produtos Vendidos Custo das Mercadorias Custo dos Serviços Prestados = RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Com Vendas Despesas Administrativas (-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Variações Monetárias e Cambiais Passivas (-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas OUTRAS RECEITAS E DESPESAS Resultado da Equivalência Patrimonial Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante = RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro = LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Fonte : Elaborada com base no Art. 187 – Lei 6.404/76. Portanto, a DRE consegue apresentar dentro de sua composição dados relevantes para a análise, expressando através de seus resultados o lucro e/ou prejuízo de um determinado período. Mostrando assim como esta se comportando uma organização, mas a DRE, também serve de base para coleta de dados para outros indicadores econômicos, apresentados a seguir. 22 2.5.1.2. Índices de Lucratividade – IL Os Índices de Lucratividade de um projeto são elaborados para que possa analisar o comportamento do mesmo. Eles servem como base para se fazer a verificação da rentabilidade do capital investido. Para todo e qualquer desembolso feito em uma empresa é importante que se faça isso, para que se saiba se o mesmo não será um desperdício, posto que, pode ser que não seja recuperado como o previsto. Para Padoveze (1994, p.142) “Os indicadores de lucratividade sobre vendas devem ser analisados em relação aos internos preestabelecidos e aos períodos passados e futuros. Isoladamente não propiciam conclusões definitivas”. Bruni, Famá (2007, p.101) complementam dizendo que “ O índice de lucratividade consiste em outro método para avaliação de projetos de investimento (...)”. Estes índices estão voltados para que se possa analisar a lucratividade da empresa com relação as suas vendas, seu ativo total e ao seu lucro líquido, que foi apurado no período. Os índices de lucratividade podem se divididos em quatro partes, como, conforme Marion (1998, p. 472 e p. 473). a) Taxa de retorno sobre investimentos: TRI = í é A taxa de retorno do investimento é calculada para se saber qual o valor ganho por cada real investido no projeto. b) Taxa de retorno sobre o patrimônio líquido: TRPL = í ô í é Essa taxa evidencia o valor de ganho sobre o capital próprio da empresa. Isto é, para cada real que esteja no patrimônio da empresa quantos se ganhou em relação a ele. 23 c) Margem de Lucro sobre as Vendas: Margem Bruta = í A margem bruta sobre as vendas evidencia o valor que se irá ganhar para cada real vendido. Margem Operacional = . í A margem operacional mostra que para cada real investido quanto a empresa ganhará sobre o lucro operacional apurado. Margem Líquida = í í E por fim, a margem líquida que mostra qual o valor ganho para cada real investido na empresa. O valor que sobra para distribuir. d) Giro do Ativo: Giro do ativo = í é O giro do ativo mostra o quanto o ativo rendeu no ano, quantas vezes ele se vendeu. Sendo que quanto maior o giro do ativo maior será a taxa de lucro. Portanto os índices de lucratividade vão proporcionar uma visão de qual será o ganho sobre o capital investido. Mostrando se o montante total no final do período terá retorno, se o ativo final será positivo com relação às despesas incorridas no final, vendo se o capital de terceiros demonstrou ganhos com relação ao capital investido. 24 2.5.1.3. Índice de Rentabilidade – IR Os indicadores de rentabilidade servem para que possa ser analisado o montante de capital que foi investido levando-se em conta o lucro líquido que foi gerado por esse investimento. Dizendo-se assim, o índice de rentabilidade é a relação entre os lucros e o investimento. Para Padoveze (1994, p.142) diz que “(...) os indicadores de rentabilidade tendem a propiciar análises e conclusões de caráter mais generalizante e comparabilidade com terceiros”. Este indicador viabiliza que o analisador consiga ver como esta o lucro do capital investido, já que o mesmo e analisado de acordo com as venda auferidas. A fórmula usada para fins de cálculo é a seguinte: í !! Através dessa fórmula visualiza-se o percentual de rentabilidade com relação ao faturamento no período. Mas deve-se analisar os indicadores simultaneamente, pois, apenas um deles não confere uma análise exata, pois os mesmos avaliam cada item de uma forma, só com a análise todos os indicadores pode-se dizer qual é o retorno do projeto em questão. 2.5.2. Análise de Viabilidade Financeira A análise financeira de um projeto viabiliza ao pesquisador tirar conclusões sobre os investimentos pretendidos com mais exatidão. Tanto na análise econômica quanto na financeira, é possível que se trace com mais clareza o que esta tendo de retorno o referido projeto. A análise de viabilidade financeira tem por prerrogativa mostrar quais são os retornos que os investimentos estão tendo, já que nela usa-se os métodos como TIR (Taxa Interna de Retorno), TMA (Taxa Mínima de Atratividade) e também o fluxo de caixa. Mostra através de informações retiradas desses processos como esta se comportando o investimento. 25 2.5.2.1. Fluxo de Caixa O fluxo de caixa pode ser evidenciado como o valor de dinheiro que entra bem como o que sai do caixa. Muitas empresas não costumam fazer o fluxo de caixa diário ou semanal ou até mesmo o mensal, por não acharem ser um ato que signifique muito para os gestores, mas pelo contrário, quando se faz o levantamento do fluxo de caixa diário, por exemplo, pode-se avaliar com mais precisão o que entra de fato no caixa e o que sai. Muitas vezes não se dá muita importância a isto, gastasse valores com qualquer coisa superficial mas, não é posto em uma planilha ou qualquer outro documento para se fazer esse controle, o que pode significar muito no fim de um determinado período. O fluxo de caixa, como o próprio nome diz, evidencia o caixa da empresa. Frezatti (1997, p. 13) orienta que “(...) o caixa representa o objetivo final dos investidores ao optarem por uma alternativa de alocação de recursos (...)”, o fluxo de caixa, portanto, representa as entradas e saídas de caixa. É uma ferramenta importante para a análise de investimento, demonstrando o comportamento das entradas e saídas, como está o fluxo dos mesmos, sabendo assim como se comporta o investimento. Para Zdanowicz (1995, p. 35) o fluxo de caixa consiste em O fluxo de caixa o movimento numerário diário da empresa, em função dos ingressos e dos desembolsos de caixa. Deve-se ratificar que o disponível é um dos principais subgrupos do Balanço Patrimonial, pois informa o montante de recursos existentes na empresa, em determinado período. Já para Padoveze (1994, p.61) “(...) o fluxo de caixa pode ser elaborado por consulta e reacumulação de dados das contas representativas das disponibilidades, bancos e aplicações financeiras”. Seguindo Padoveze (2010, p.83) afirma que “ (...) É considerado, inclusive, peça chave na administração financeira”. Concluído, Zdanowicz (1995, p. 34) ainda diz que “O fluxo de caixa é um instrumento útil na tomada de decisão, ou seja, através de prévias análises econômico-financeiras e patrimoniais têm-se as condições necessárias e suficientes para definir as decisões acertadas”. Portanto, o fluxo de caixa serve para que os gestores e/ ou administrados consigam visualizar o andamento dos recursos disponíveis em caixa. Assim, os resultados obtidos após a realização de um fluxo de caixa por parte da administração da empresa pode-se assegurar a empresa de quanto realmente é sua movimentação diária, semanal ou mensal do seu caixa. Por meios de dados coletados através de documentos que servem de base para que seja feita essa avaliação. Então, o fluxo de caixa é uma ferramenta importante para a análise, 26 demonstrando através de entradas e saídas, como esta as disponibilidades da empresa, como se apresenta o caixa no período analisado, assim fazendo uma interpretação de como anda os fluxos de caixa pertinentes à empresa. 2.5.2.2. Taxa Interna de Retorno - TIR A taxa interna de retorno mede o total do investimento feito pelo tempo em que este esteve investido, ou seja, o retorno do investimento num determinado período. Braga (1995, p.290) diz que “A TIR corresponde a uma taxa de desconto que iguala o valor atual das entradas líquidas de caixa ao valor dos desembolsos relativos ao investimento líquido”. Na mesma perspectiva, Motta, Calôba (2009, p.116), definem taxa interna de retorno (TIR), como (...) é um índice relativo que mede a rentabilidade do investimento por unidade de tempo (ex: 25% ao ano), necessitando, para isso que haja receitas envolvidas, assim como investimentos. Para Atkinson et al (2000, p. 539) a TIR pode ser descrita como (...) é a taxa de retorno esperada efetiva de um investimento. A TIR é a taxa de desconto que faz como que o valor presente de um investimento se iguale a zero. Se o valor presente líquido de um investimento é positivo, significa que sua taxa interna de retorno excede seu custo capital. Se o valor presente líquido de um investimento é negativo, então sua taxa interna de retono é menor que seu custo capital. A fórmula da TIR pode ser expressa da seguinte forma, de acordo com Souza (2003, p.81): "#$% & '(! '( '(/ '(1 * * * …* ! / ) * +,-. ) * +,-. ) * +,-. ) * +,-.1 Onde: FC - Fluxo de Caixa; TIR - Taxa Interna de Retorno. A TIR e a TMA (Taxa Mínima e Atratividade) devem ser comparadas entre si, já que se TIR for maior que a TMA os projetos são viáveis, e do contrário são inviáveis. 27 O VPL (Valor Presente Líquido) também deve ser comparado com a TIR, pois sabe-se que a TIR por si só não possui dados suficientes para que o investidor saiba o valor das suas aplicações, se estas estão tendo o retorno desejado. Portanto todos os índices devem ser comparados e analisados, num primeiro momento eles podem ser bons, mas se vistos e comparados entre si podem demonstrar outra projeção, e assim não sendo tão viável o investimento. 2.5.2.3. Taxa Mínima de Atratividade - TMA A TMA (Taxa Mínima de Atratividade) assim como a TIR, são projeções efetuadas dentro de um determinado projeto. A TMA mede a taxa mínima de rentabilidade que o investidor do projeto queira receber caso ele esteja investindo no mesmo, considerando as taxa equivalentes de juros de rentabilidades de baixo risco como, por exemplo, a TMA deve ser mais atrativa do que a aplicação em uma caderneta de poupança. Assim, para que a o projeto seja viável ele deve render o mínimo que a TMA que foi estipulada. No mesmo foco Schroeder et al (2005, p.184) relatam que A TMA é uma taxa que pode ser definida de acordo com a política de cada empresa. No entanto, a determinação ou escolha da TMA é de grande importância na decisão de alocação de recursos nos projetos de investimento. Pode-se dizer então que, a TMA é uma projeção que evidencia o valor que se quer pagar por determinado produto. 2.5.2.4. Valor Presente Líquido – VPL O VPL (Valor Presente Líquido) ou VLA (Valor Líquido Atual) é o valor presente dos fluxos de caixa de qualquer investimento, e os fluxos de caixa gerados trazidos ao tempo zero, descontando os juros apresentados. Isso é o VPL, utiliza-se do tempo para se fazer a análise, ela considera o valor investido no tempo. Pode-se dizer que quando o VPL> 0 o projeto é viável, VPL<0 é inviável, e se VPL=0 é indiferente. Esses dados são obtidos através de uma análise rigorosa, levando em conta a TMA do projeto, pois essa é a taxa mínima calculada para que o projeto tenha retorno. Através dessas análises consegue-se perceber o tempo de retorno de um investimento, embora o VPL não se consegue dar maiores explicações já que este não apresenta um valor em relação ao investimento inicial, esse dado pode ser melhor avaliado pela TIR. 28 Para Gitman (2010, p.369) o VPL é “(...) encontrado subtraindo-se o investimento inicial de um projeto (F2! ) do valor presente de suas entradas de caixa (F2 ), descontadas à taxa de custo de capital da empresa (r)”. Braga (1995, p. 286), aborda o VPL como “(...) constitui uma técnica sofisticada porque considera o valor do dinheiro no tempo, o qual está representado pela taxa de desconto aplicada”. Santos (2001, p.155), diz que “Para calcular o VPL é necessário determinar o valor de uma função – o valor presente das entradas de caixa menos o valor presente das saídas de caixa”. Seguindo Santos (2001), tem-se a seguinte fórmula: VPL =) '34 56. +) '34/ 56./ * 7* ) '348 56.8 9 ,! Onde: VPL - Valor presente líquido; i - Taxa de juros ou de retorno do investimento; Fcx - Fluxo de caixa de cada período (1 até n); ,! – Investimento Inicial. Gitman (2010, p. 378) enfatiza que a VPL é (...) a melhor abordagem ao orçamento de capital, por diversas razões. Sobretudo, o uso da VPL pressupõe de forma implícita que quaisquer entradas de caixa intermediárias geradas por um investimento sejam reinvestidas ao custo de capital da empresa. Então, pode-se dizer que o VPL é uma técnica utilizada para que se saiba o valor presente dos investimentos, seguindo Gitman (2010, p.378) “(...) usar o VPL, a uma taxa de reinvestimento mais conservadora e realista, é preferível, em tese.” Verifica-se então que para que o VPL é muito utilizado para a avaliação de investimentos por ser uma técnica mais aprimorada sobre o orçamento, para maior entendimento tanto a VPL quanto TIR ou a TMA devem ser avaliadas juntamente, pois cada uma evidenciará o seu ponto forte, mostrando números conflitantes mas, ao mesmo tempo importantes para bom entendimento do investimento, sendo que cada uma delas expressa de uma forma racional como anda o projeto, se este está tendo o retorno esperado pela administração e sócios da empresa”. 29 2.5.2.5. Período de Payback As empresas apesar dos investimentos feitos serem de grande ou de pequena monta, devem avaliar o tempo que este investimento leva para retornar ao caixa, essa técnica é chamada de payback, que analisa o período em que uma empresa leva para se ter retorno do investimento. O payback pode-se dizer que é o período necessário em que um investimento gere caixa suficiente para cobrir os custos iniciais que foram feitos. O período que será analisado para que seja utilizado o método do payback e ditado através da administração da empresa, esta avalia qual é o tempo mínimo e máximo para que o investimento obtenha o retorno desejado. Fonseca (2014, p.11) explica que Esta alternativa pressupõe inicialmente a definição de um limite de tempo máximo para retorno do investimento. Após a definição deste prazo é analisado o fluxo de recursos do projeto, comparando o volume necessário de investimento com os resultados a serem alcançados futuramente, verificando o período onde o saldo tornouse igual a zero. Se este prazo de recuperação for um período aceitável pelos proprietários, então o projeto será efetivado, caso contrário será descartado. Gitman (2010, p.366) avalia como payback “(...) é o tempo necessário para que a empresa recupere o investimento inicial em um projeto, calculado a partir das entradas de caixa”. Complementando Braga (1995, p. 283) explica que “Quanto mais amplo for o horizonte de tempo considerado, maior será o grau e incerteza nas previsões. Deste modo, propostas de investimento com menor prazo de retorno apresentam maior liquidez e, consequentemente, menor risco”. A fórmula utilizada para que se chegue ao payback é conforme Souza (2003, p.80), a seguinte: :;<%$ =% ,1>#?@6A#1@% Payback = :;<%$ =% B<C4%? =# 3;64; x números de anos Souza (2003, p.80), diz que “(...) essa forma de calcular o período de payback só é válida para fluxos constantes (o que não ocorre sempre). Em geral, na prática os fluxos de caixa ocorrem com valores desiguais durante os períodos”. 30 No entendimento de Atkinson et al (2000, p. 536) Muitas pessoas consideram o período de payback como uma tecnica para medir riscos do projeto. Como a empresa tem de recuperar o valor do investimento antes do período de payback, quanto mais longo esse período for, maior será o risco. As empresas comparam o período de payback de um projeto, usando um parâmetro ou meta, os quais refletem o nível de risco considerado apropriado para ela. O payback pode ser dividido em dois tipos: o payback simples e o descontado. O payback simples como o próprio nome já diz é o método mais fácil de ser feito, esse observa o dinheiro no tempo mas sem remuneração do dinheiro investido, mas esse método é de simples compreesnsão e fácil visualização, pois por ser simples de fazer os gestores e/ou administradores conseguem compreender de fato o tempo e grau de liquidez do projeto avaliado. Porém ao utilizar-se do payback simples as empresas coseguem apenas visualizar a recuperação do valor investido, não considerando a remuneração desse investimento. Já o payback descontado utiliza-se do mesmo critério, mas, com a vantagem de se ter a remuneração do capital, é um método um pouco mais trabalhoso já que, os fluxos de caixa devem estar no valor presente tendo por base de desconto a TMA (Taxa Mínima de Atratividade). Os métodos utilizados, tanto o payback simples quanto o descontado podem não ser muito atrativos, estes devem ser levados em conta para projetos de curto prazo, assim tendo menor risco de um investimento não dar certo, já que cada empresa deverá avaliar qual será o tempo para que o seu investimento dê certo. Todos os métodos utilizados devem ser necessariamente avaliados juntos, uns podem ter maior visualização do que outros, mas, estes se completam, demonstrando aos gestores quais os melhores caminhos a seguir. 31 3. METODOLOGIA DO ESTUDO A metodologia do estudo consiste em saber definir a pesquisa, coletando dados para que se possa saber como eles serão analisados e interpretados, evidencia-se a classificação do estudo e suas áreas, bem como a coleta dos dados e sua respectiva análise. 3.1. CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO A classificação do estudo foi feita de acordo com a natureza do estudo, a abordagem do problema, os objetivos e os procedimentos teóricos utilizados no desenvolvimento da pesquisa. 3.1.1. Quanto à natureza A pesquisa quanto a natureza pode ser classificada quanto a sua natureza como aplicada, já que, ela tem por base a busca das resoluções dos problemas por meios práticos, de rápida resolução. A pesquisa aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto, finalidade pratica, ao contrário da pesquisa pura, motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador e situada sobretudo no nível da especulação. (VERGARA, 1998, p.45) Assim, diante da proposta de estudos dessa pesquisa foi utilizada o método aplicado, onde os problemas levantados são de fácil solução, sendo este o método mais ágil, onde este soluciona de maneira concreta e rápida, onde o pesquisador pode utilizar-se de sua capacidade instintiva para que seja solucionado o problema em estudo, avaliando e propondo alternativas a empresa. 3.1.2. Quanto aos objetivos Quanto aos objetivos propostos a forma a ser utilizada pode ser a descritiva, explicativa e exploratória. Nesse caso, o presente estudo utilizou-se do método descritivo, onde a pesquisa foi elaborada com base em suas fundamentações onde estas buscaram descrever as características dos fenômenos que ocorreram no caso proposto. Vergara (1998, p.45) explica a pesquisa descritiva como 32 A pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Complementando o conceito Best (1972 apud MARKONI, LAKATOS, 1985, p.19) a pesquisa descritiva “Aborda também quatro aspectos: descrição, registros, análise e interpretação de fenômenos atuais, objetivando o seu funcionamento no presente”. Nessa mesma concepção Beuren et al (2004, p.81) diz que (...) a pesquisa descritiva configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão preliminar como a primeira nem tão aprofundada quanto segunda. Nesse contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos. Complementando essa ideia, Boaventura (2004, p.57) diz que as formas explicativas servem para “(...) objetivam identificar os fatores que interferem ou condicionam a ocorrência dos fenômenos (...)”. Sendo assim, esse estudo classifica-se como pesquisa descritiva, pois os dados coletados foram relatados e comparados e interpretados entre si. 3.1.3. Quanto à forma de abordagem do problema A forma de abordagem para o problema foi utilizado o método qualitativo onde este evidenciou as questões relacionadas ao desenvolvimento do projeto. Seguindo, o método qualitativo não se utiliza dos meios estatísticos e sim do meio em que esta para que possa utilizar na coleta de informações. As pesquisas que utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos. (OLIVEIRA, 1999, p.117). Complementando, Beuren et al (2004, p.92) menciona que “(…) na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que esta sendo estudado”. Segue ainda dizendo que a pesquisa quantitativa “(...) pode ser uma forma adequada para conhecer a natureza de um fenômeno social”. 33 Diante do proposto o estudo utiliza a forma qualitativa, sendo assim, um modelo onde se pode interpretar o estudo com base nas informações coletadas. Por meio desse modelo foi feita as análises e verificação dos dados coletados e posteriormente a sua conclusão. 3.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos Os procedimentos que foram utilizados para a pesquisa estão divididos em três campos, sendo eles: a pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e o estudo de caso. A pesquisa documental é segundo Vergara (1998, p.46) Investigação documental é realizada em documentos conservados em órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias(...) Na mesma base, Beuren et al, destaca que, todas as informações que são coletadas são importantes, são grandes fontes de conteúdo que pode ser observadas e utilizadas. Na pesquisa documental, as fontes de coletas são mais diversificadas e dispersas, sendo que os dados são compilados pelo próprio estudante. O pesquisador pode encontrar dados em diversas fontes de documentos escritos, como: arquivos públicos, publicações jurídicas(,..). (BEUREN ET AL, 2004, p.135) Já com relação a pesquisa bibliográfica no entendimento de Vergara (1998, p.46) que a “ Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao publico em geral”. Utilizando-se da mesma linha Beuren et al (2004, p.135) diz que “ As pesquisas bibliográficas ou fontes secundárias utilizam, fundamentalmente, contribuições já publicadas sobre o tema estudado”. E por fim quanto ao estudo de caso que para Vergara (1998, p.47) Estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão publico, uma comunidade ou mesmo um país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo. Portanto, o estudo apresentou a coleta de informações tanto de cunho bibliográfico quanto documental, propondo um estudo de caso, para que se possa analisar as informações e colocar os dados necessários para o aprofundamento do estudo. 34 3.2. COLETA DE DADOS A coleta de dados consiste em várias formas de se buscar informações relevantes à pesquisa, pode-se utilizar de várias técnicas, é realizado um trabalho rigoroso para que o pesquisador colete todas as informações desejadas. Nesse caso foi utilizada a entrevista, que pode ser classificada em padronizada e despadronizada, a forma utilizada para este estudo foi a entrevista despadronizada, que segundo Oliveira (1999, p.182), é “(...) fase prática da pesquisa inicia-se com a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos, e sua execução obedece a várias características”. Portanto o método da entrevista, contou com uma entrevista junto com os sócios da empresa e, também com o contador responsável pela escrituração contábil, buscando assim verificar quais são os objetivos e meios que serão utilizados para que seja realizado o projeto de implantação de uma seção de peças juntamente com a oficina mecânica. 3.2.1. Instrumentos de coleta de dados Os instrumentos utilizados para a coleta de dados são classificados em individual, sistemática e na vida real, assim pode-se dizer que o estudo foi feito abordando o que o pesquisador fez se baseando em fatos reais, que foram coletados. Nessa perspectiva Oliveira (1999, p. 183) diz que: Na medida em que ocorre a coleta dos dados, realizada de acordo com os procedimentos indicados anteriormente, eles são elaborados e classificados de forma sistemática. Antes da analise e interpretação, os dados devem seguir as seguintes fases: seleção, codificação, tabulação. Portanto, uma entrevista despadronizada e informal, para Beuren et al (2004, p. 133) é “ (...) Essa técnica busca saber como e porque algo ocorre, e não apenas conhecer a frequência das ocorrências, de maneira que os dados obtidos possam ser utilizados em uma analise qualitativa”. Assim, junto com os sócios e também junto com o escritório, foi levantado os dados necessários para a realização da pesquisa. 35 3.3. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS Conforme, Beuren et al (2004, p.136) “(...) analisar dados significa trabalhar com o material obtido durante o processo investigatório, ou seja, os questionários aplicados, os relatos das observações (...)”. Nesse contexto a pesquisa foi realizada com ajuda dos dados coletados junto à empresa em questão, foram coletadas as informações relevantes juntamente com os sócios para saber quais são seus objetivos quanto a implantação da seção de peças. Após a coleta das informações pertinentes a realização do estudo, conseguiu-se verificar a importância da implantação desta seção de peças, onde não só os sócios mas, também os clientes ficariam mais satisfeitos com a agilidade que isto causaria na empresa. 36 4. ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS A análise descritiva dos dados foi elaborada por meio da coleta de dados junto à empresa e o contador responsável pela contabilidade. Na sequência os dados foram organizados e analisados. Tendo como base principalmente a situação atual da empresa, onde resultam o montante das suas despesas, receitas e custos para sua manutenção. 4.1. RAMO DE ATIVIDADE A empresa apresentada nesse trabalho se trata de uma oficina mecânica. Ela está situada no município de Ijuí desde 2012, seu atual quadro funcional conta com 3 colaboradores, destes 2 mecânicos e 1 um dos sócios que trabalha juntamente com os demais. A empresa pesquisada é uma empresa de Sociedade Empresária Limitada, contando com 2 sócios. Com o aumento da frota brasileira nos últimos anos, e com a crescente expansão do mercado automobilístico, a procura por centros automotivos veem crescendo, à medida que o comércio de veículos tanto novos quanto usados demanda isso. Os centros automotivos veem com a intenção de suprir as necessidades de seus usuários, sendo ofertados serviços de reparação automotiva. Muitas vezes estes centros possuem uma seção de peças agregada, o que pode ser um diferencial na hora da escolha dos clientes para levar seu carro para ser reparado. À medida que se faz as manutenções de veículos, é necessário que se tenha as peças para sua reposição. O mercado está impulsionando esse crescimento, cada vez mais se tem seções de peças no mercado, seja eles no varejo ou no atacado, bem por isso é um comércio muito concorrido, muitos empresários veem notando que com aumento da frota brasileira, o mercado de reposição é um bom negócio. As seções de peças suprem as necessidades dos mecânicos, com uma que esteja ao seu alcance à manutenção fica mais fácil. Não se tem a correria de procurar em outra loja a peça que se necessita, diminuído assim o tempo de espera do cliente, e o valor agregado ao serviço como um todo. Já que quando se compra peças em outros lugares o cliente além de pagar a peça está pagando também o frete, o que em alguns casos sai mais caro do que a própria peça a ser reposta. 37 Foi com esse objetivo, que a empresa em questão está analisando a viabilidade de se ter sua própria seção de peças, para facilitar o atendimento, atribuindo ao seu serviço um melhor desempenho, podendo assim diminuir o tempo de espera dos serviços. 4.2. INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS Os investimentos necessários para que se faça uma seção de peças agregada a uma oficina deve ser pensada, pois ela passara a ser mais uma área onde necessitará de manutenção periódica. Os investimentos necessários para a implantação da seção de peças estão dispostos nos quadro a seguir. Quadro 2 : Investimento Inicial Investimento Inicial Item Quant. 6 Estantes de Aço 1 Computador 1 Impressora 4 Estantes Separadoras 1 Construção da sala para deposito 1 Mercadorias para estoque 1 Cadeira para escritório 1 Escrivaninha para escritório Investimento Inicial: Investimento Capital de Giro: Total do investimento: Preço 1.200,00 2.000,00 350,00 1.000,00 5.000,00 80.000,00 159,00 351,90 90.060,90 127.768,86 217.829,76 Fonte: Dados de pesquisa, 2014. Os investimentos iniciais para a implantação de uma seção de peças é relativamente alto, sendo que a estrutura onde será alocada a loja já está pronta. Sendo assim o investimento inicial apurado junto a pesquisa será de R$ 90.060,90 (Noventa mil e sessenta reais e noventa centavos) esse valor é relativo ao investimento com a estrutura física onde ficarão dispostas as peças para a comercialização e também para o estoque inicial de peças que serão compradas. Para calcular o valor do capital de giro que foi posto, foi levado em conta o valor que hoje já circula na compra de peças de outros revendedores. Foi apurado o valor que o empresa irá gastar com a manutenção do estoque por um período de 3 meses, que foi no valor de R$ 127.768,86 (Cento e vinte e sete mil setecentos e sessenta e oito reais e oitenta e seis centavos). Para que esse valor fosse apurado, foi levantado quais os produtos que possuem maior giro mensal, e também sabendo que o custo do produto e de 40% sobre o valor de 38 mercado, assim pode-se saber quais são os produtos que terão que ter mais em estoque, evitando assim que alguns itens ficam estocados por meses até sua comercialização, perdendo seu valor no mercado, já que muitas peças com o passar do tempo perdem seu valor, já que não possuem tanta demanda quanto as demais. Portanto, o valor total que terá o investimento ficou em R$ 217.829,76 (Duzentos e dezessete mil oitocentos e vinte e nove reais e setenta e seis centavos) esse será o montante total com os gastos iniciais, os itens de menor custo serão comprados em lojas que oferecem uma linha de crédito juntamente com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o valor de para a compra do estoque inicial que foi de R$ 80.000,00 (Oitenta mil reais) será adquirido juntamente com o Banco Cooperativo Sicredi, onde a empresa buscou uma modalidade de financiamento para essa aquisição. 4.3. CUSTOS, DESPESAS E RECEITAS Os custos ou gastos, as receitas e as despesas que uma seção de peças possa ter, devem ser avaliados. Pois nem sempre a receita que se tem com a comercialização de peças para reparo consegue cobrir as despesas e os custos envolvidos no processo. A margem de lucratividade com as peças deve ser avaliada para que cubra as despesas e os custos com a mercadoria. 4.3.1. Custos e despesas Os custos apurados são levados em conta no período de um ano, conforme segue. Quadro 3: Estimativa com a depreciação. Item Valor Valor Residual Depr. Mensal Estantes de Aço 1.200,00 240,00 8,00 Computador 2.000,00 400,00 26,67 Impressora 350,00 70,00 4,67 Estantes Separadoras 1.000,00 200,00 6,67 Cadeira para escritório 159,00 31,80 1,06 Escrivaninha para escritório 351,90 70,38 2,55 Total dos itens Total depreciação Total após a depreciação Fonte: Dados da pesquisa, 2014. Depr. Anual 96,00 320,00 56,00 80,00 12,72 28,15 5.060,90 592,87 4.468,03 39 A depreciação dos itens foi avaliada com base em um valor residual de 20%. A depreciação calculada dos itens que compõe a parte física da loja, totalizando em R$ 592,87 (Quinhentos e noventa e dois reais e oitenta sete centavos), o valor calculados de vida útil para móveis e utensílios foi de dez anos e para os itens que compõe os equipamentos de informática foi de cinco anos. Também foram apuradas as despesas relativas ao departamento de pessoal, que foi apurado mensalmente e após anualmente, conforme o quadro a seguir. Quadro 4: Estimativas de despesa com pessoal. Descrição Salário bruto Insalubridade Sub total 13 salário Férias 1/3 férias Sub total FGTS Total Quant. de Funcionários Total de despesas com pessoal Total mensal Total anual % 40% 8,33% 8,33% 2,78% 8% Mecânico Funcionário Seção de Peças 1.500,00 1.200,00 600,00 2.100,00 1.200,00 174,93 99,96 174,93 99,96 58,38 33,36 2.508,24 1.433,28 200,66 114,66 2.708,92 1.547,94 2,00 1,00 5.417,80 1.547,94 6.965,74 83.588,89 Fonte: Dados da pesquisa, 2014. As despesas com o departamento de pessoal totalizou um montante de R$ 6.965,74 (Seis mil novecentos e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos), este valor está relacionado com o salário dos funcionários onde, o departamento dos mecânicos que são compostos por dois funcionários totalizou R$ 5.417,80 (Cinco mil quatrocentos e dezessete reais e vinte e oitenta centavos), esse valor é composto pela insalubridade dos funcionários que corresponde a 40% de acordo com a categoria em que eles representam, esse valor representa R$ 1.200,00 (Um mil e duzentos reais), o valor do décimo terceiro salário ficou em R$ 348,66 (Trezentos e quarenta e oito reais e sessenta e seis centavos), com a provisão de férias em R$ 348,66 (Trezentos e quarenta e oito reais e sessenta e seis centavos), com 1/3 de férias em R$ 116,76 (Cento e dezesseis reais e setenta e seis centavos), com FGTS sobre a folha de pagamento que somou R$ 401,32 (Quatrocentos e um reais e trinta e dois centavos), estes valores são referentes às despesas com os mecânicos, já o funcionário que atua na seção 40 de peças, o valor total de sua despesa somou em R$ 1.547,94 (Um mil quinhentos e quarenta e sete reais e noventa e quatro centavos), desse valor seu décimo terceiro salário representa o montante de R$ 99,96 (Noventa e nove reais e noventa e seis centavos), suas férias representam R$ 99,96 (Noventa e nove reias e noventa e seis centavos), seu 1/3 sob as férias representam R$ 33,36 (Trinta e três reais e trinta e seis centavos), seu FGTS somou R$ 114,66 (Cento e quatorze reais e sessenta e seis centavo), assim ficou evidenciado os valores que representam a despesa com o quadro funcional, tanto da oficina mecânica bem como o da seção de peças, o valor total que soma no final de um ano somou R$ 83.588,89 (Oitenta e três mil quinhentos e oitenta e oito reais e oitenta e nove centavos). As despesas operacionais fixas também foram levantadas, e estão apresentadas conforme o quadro que segue. Quadro 5: Despesas fixas operacionais Item Pró-labore Energia Elétrica Água Telefone Aluguel Honorários Contábeis Propaganda Material de Expediente Material de Limpeza Despesas com pessoal Despesa com depreciação Total das despesas Mês 1.600,00 440,00 130,00 350,00 1.800,00 350,00 700,00 750,00 100,00 6.965,74 49,41 13.235,15 Ano 19.200,00 5.280,00 1.560,00 4.200,00 21.600,00 4.200,00 8.400,00 9.000,00 1.200,00 83.588,89 592,87 158.821,76 Seção de peças 7.680,00 2.112,00 624,00 1.680,00 8.640,00 1.680,00 3.360,00 3.600,00 480,00 33.435,56 592,87 63.883,43 Fonte: Dados da pesquisa, 2014. As despesas fixas operacionais totalizaram um montante de R$ 13.235,15 (Treze mil duzentos e trinta e cinco reais e quinze centavos) por mês. Foi apurado as despesas fixas, tais como água, R$ 130,00 (Cento e trinta reais), energia elétrica, R$ 440,00 (Quatrocentos e quarenta reais), telefone, R$ 350,00 (Trezentos e cinquenta reais), propaganda, R$ 700,00 (Setecentos reais), honorários contábeis, R$ 350,00 (Trezentos e cinquenta reais), material de expediente, R$ 750,00 (Setecentos e cinquenta reais) e despesa com funcionários, R$ 6.965,74 (Seis mil novecentos e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos), despesas com retiradas de pró-labore no valor de R$ 1.600,00 (Um mil seiscentos reais), despesas com depreciação no valor de R$ 49,41 (Quarenta e nove reais e quarenta e um centavos), despesas com material de limpeza no valor de R$ 100,00 (Cem reais) e por fim despesa com aluguel 41 R$ 1.800,00 (Um mil e oitocentos reais). Após a realização da apuração mensal, foi levantado o valor anual que será gasto com as despesas fixas, que foram totalizadas em R$ 158.821,76 (Cento e cinquenta e oito mil oitocentos e vinte e um reais e setenta e seis centavos), a água totalizou em R$ 1.560,00 (Um mil quinhentos e sessenta reais), energia elétrica em R$ 5.280,00 (Cinco mil duzentos e oitenta reais), telefone em R$ 4.200,00 (Quatro mil e duzentos reias), honorários contábeis em R$ 4.200,00 (Quatro mil e duzentos reais), propaganda em R$ 8.400,00 (Oito mil e quatrocentos reais), material de expediente em R$ 9.000,00 (Nove mil reias), despesas com a retirada de pró-labore em R$ 19.200,00 (Dezenove mil e duzentos reais), despesa com aluguel em R$ 21.600,00 (Vinte e um mil e seiscentos reais), despesas com honorários contábeis em R$ 4.200,00 (Quatro mil e duzentos reais), material de limpeza em R$ 1.200,00 (Um mil e duzentos) e despesas com depreciação em R$ 592,87 (Quinhentos e noventa e dois reia e oitenta e sete centavos). Com base no levantamento das despesas fixas operacionais, sabendo que esse montante corresponde a estrutura completa da oficina mecânica mais a seção de peças, foi apurado o valor que realmente contempla a área estudada que é a seção de peças, assim se obteve o valor que representa 40% do valor total das despesas, o que resultou na soma total deste valor que ficou em R$ 63.883,43 (Sessenta e três mil oitocentos e oitenta e três reais e quarenta e três centavos). Com base nesses valores apurou-se um aumento em torno de 6% nas despesas fixas para os próximos cinco anos. A estimativa de crescimento nas despesas é recorrente, já que sabe-se que a cada ano nos serviços, como água, energia elétrica, telefone, sofrem aumento, o que não descarta aumento nos demais itens mencionados, devido a inflação anual. Ainda tem-se o financiamento para a compra do estoque inicial, que esta discriminada como segue. Quadro 6: Estimativa de desembolso com financiamento. FINANCIAMENTO PRAZO (MESES) TX DE JUROS ANUAL TX DE JUROS MENSAL R$ 80.000,00 60 5% 0,4167% 1 2 3 4 5 SALDO INICIAL 80.000,00 78.823,65 77.642,40 76.456,22 75.265,11 JUROS 333,36 328,46 323,54 318,59 313,63 SALDO ATUAL. 80.333,36 79.152,11 77.965,93 76.774,82 75.578,74 AMORTIZA ÇÃO 1.176,35 1.181,25 1.186,17 1.191,12 1.196,08 PRESTA ÇÃO 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 SALDO DEVEDOR 78.823,65 77.642,40 76.456,22 75.265,11 74.069,03 6 74.069,03 308,65 74.377,67 1.201,06 1.509,71 72.867,96 PARCELA 42 7 8 9 10 72.867,96 71.661,89 70.450,80 69.234,66 303,64 298,62 293,57 288,50 73.171,60 71.960,51 70.744,37 69.523,16 1.206,07 1.211,09 1.216,14 1.221,21 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 71.661,89 70.450,80 69.234,66 68.013,45 11 12 TOTAL ANO 13 14 15 68.013,45 66.787,15 68.296,86 67.065,45 65.828,91 64.587,22 63.340,35 1.226,30 1.231,41 14.444,26 1.236,54 1.241,69 1.246,87 1.509,71 1.509,71 18.116,52 1.509,71 1.509,71 1.509,71 66.787,15 65.555,74 65.555,74 64.319,20 63.077,51 283,41 278,30 3.672,26 273,17 268,02 262,84 16 17 18 19 20 21 61.830,64 60.578,58 59.321,30 58.058,79 56.791,01 55.517,94 257,65 252,43 247,19 241,93 236,65 231,34 62.088,29 60.831,01 59.568,50 58.300,72 57.027,65 55.749,29 1.252,06 1.257,28 1.262,52 1.267,78 1.273,06 1.278,37 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 60.578,58 59.321,30 58.058,79 56.791,01 55.517,94 54.239,58 22 23 24 TOTAL ANO 25 26 54.239,58 52.955,88 51.666,84 54.465,59 53.176,55 51.882,14 50.582,33 49.277,10 1.283,69 1.289,04 1.294,41 15.183,31 1.299,81 1.305,22 1.509,71 1.509,71 1.509,71 18.116,52 1.509,71 1.509,71 52.955,88 51.666,84 50.372,43 50.372,43 49.072,62 226,02 220,67 215,30 2.933,21 209,90 204,49 27 28 29 30 31 32 47.767,39 46.456,73 45.140,61 43.819,00 42.491,88 41.159,24 199,05 193,59 188,10 182,59 177,06 171,51 47.966,44 46.650,32 45.328,71 44.001,59 42.668,95 41.330,75 1.310,66 1.316,12 1.321,61 1.327,12 1.332,65 1.338,20 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 46.456,73 45.140,61 43.819,00 42.491,88 41.159,24 39.821,04 33 34 35 36 TOTAL ANO 37 39.821,04 38.477,26 37.127,88 35.772,89 39.986,97 38.637,59 37.282,60 35.921,95 34.555,64 1.343,78 1.349,38 1.355,00 1.360,64 15.960,19 1.366,31 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 18.116,52 1.509,71 38.477,26 37.127,88 35.772,89 34.412,24 34.412,24 165,93 160,33 154,71 149,07 2.156,33 143,40 38 39 40 41 42 43 33.045,93 31.673,92 30.296,20 28.912,73 27.523,50 26.128,48 137,70 131,99 126,24 120,48 114,69 108,88 33.183,63 31.805,91 30.422,44 29.033,21 27.638,19 26.237,36 1.372,01 1.377,72 1.383,47 1.389,23 1.395,02 1.400,83 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 31.673,92 30.296,20 28.912,73 27.523,50 26.128,48 24.727,65 44 45 46 47 48 TOTAL ANO 24.727,65 23.320,98 21.908,45 20.490,03 19.065,70 103,04 97,18 91,29 85,38 79,45 1.339,71 24.830,69 23.418,16 21.999,74 20.575,41 19.145,15 1.406,67 1.412,53 1.418,42 1.424,33 1.430,26 16.776,81 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 18.116,52 23.320,98 21.908,45 20.490,03 19.065,70 17.635,44 64.319,20 63.077,51 61.830,64 49.072,62 47.767,39 33.045,93 43 49 50 51 52 17.635,44 16.199,21 14.757,01 13.308,79 73,49 67,50 61,49 55,46 17.708,92 16.266,72 14.818,50 13.364,25 1.436,22 1.442,21 1.448,22 1.454,25 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 16.199,21 14.757,01 13.308,79 11.854,54 53 54 55 56 57 58 11.854,54 10.394,22 8.927,83 7.455,32 5.976,68 4.491,87 49,40 43,31 37,20 31,07 24,90 18,72 11.903,93 10.437,54 8.965,03 7.486,39 6.001,58 4.510,59 1.460,31 1.466,40 1.472,51 1.478,64 1.484,81 1.490,99 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 1.509,71 10.394,22 8.927,83 7.455,32 5.976,68 4.491,87 3.000,88 59 3.000,88 60 1.503,67 TOTAL ANO TOTAL FINAL Fonte: Dados de pesquisa, 2014. 12,50 6,27 481,31 3.013,38 1.509,94 1.497,21 1.503,67 17.635,44 1.509,71 1.509,94 18.116,75 1.503,67 0,00 80.000,00 90.582,83 10.582,83 Foi apurado através dessa simulação de financiamento, o total acumulado dos juros sobre o financiamento que somou R$ 10.582,83 (Dez mil quinhentos e oitenta e dois reais e oitenta e três centavos), a amortização será apropriada mês a mês, o valor que foi financiado foi de R$ 80.000,00 (Oitenta mil reais), com um valor de prestação mensal em R$ 1.509,71 (Um mil quinhentos e nove reais e setenta e um centavos), pagos em 60 meses, com uma taxa de juros anual em 5% e mensal em 0,4167%. 4.3.2. Receitas Para a projeção das receitas a seção de peças foi dividida de acordo com a sua utilização nos veículos, por exemplo, seção de escapamentos, seção de suspensão de veículo automotor, seção de filtros (ar, gasolina, óleo), seção de parte referente a motores, seção parte elétrica, seção óleo motor, seção de freios. Para fazer o levantamento de itens vendidos no mês foi considera-se a utilização de itens na oficina em um determinado mês do ano corrente dessa forma tem-se uma estimativa de quantos itens são consumidos mensalmente para a reparação automotiva. Como demonstrado no quadro a seguir. Quadro 7: Quantidade de itens vendidos mês detalhado. SEÇÃO DE PEÇAS SEÇÃO ESCAPAMENTO: Silencioso final Silencioso final Silencioso final VALOR ITENS 150,00 150,00 150,00 QUANT. DE ITENS VALOR TOTAL 2 2 1 300,00 300,00 150,00 44 SEÇÃO SUSPENSÃO: Amortecedores Coxins Ponteiras de direção Barra axial Buchas SEÇÃO FILTROS: Filtros de ar Filtros de óleo Filtros de combustível Filtros de ar condicionado SEÇÃO MOTORES: Juntas Retentores Bomba de óleo Bomba de água SEÇÃO PARTE ELÉTRICA: Lâmpadas Fusível Relê Conectores SEÇÃO LUBRIFICANTES: Óleos motores Aditivo radiador Descarbonizantes Líquido de freio SEÇÃO DE FREIOS: Discos de freios Lonas de freios Pastilhas de freios SEÇÃO ACESSÓRIOS: Correia dentada Correia de acessórios Velas Cabos de velas Bobinas de ignição SEÇÃO COMPLEMENTOS: Abraçadeiras Parafusos Porcas Arruelas SEÇÃO DE TRANSMISSÃO: Embreagens Homocinéticas Engrenagens Sincronizados TOTAL GERAL Fonte: Dados pesquisa, 2014. 270,00 44,00 55,00 50,00 14,00 15 30 7 5 43 4.050,00 1.320,00 385,00 250,00 602,00 24,00 35,00 20,00 35,00 10 17 10 5 240,00 595,00 200,00 175,00 35,00 30,00 150,00 120,00 10 10 2 2 350,00 300,00 300,00 240,00 15,00 20,00 25,00 15,00 2 2 1 3 30,00 40,00 25,00 45,00 20,00 15,00 25,00 15,00 80 7 15 7 1.600,00 105,00 375,00 105,00 40,00 25,00 40,00 5 2 5 200,00 50,00 200,00 45,00 60,00 80,00 95,00 180,00 8 5 10 5 2 360,00 300,00 800,00 475,00 360,00 17,00 10,00 5,00 3,50 40 15 15 10 680,00 150,00 75,00 35,00 300,00 180,00 75,00 75,00 10 10 1 1 432 3.000,00 1.800,00 75,00 75,00 20.037,00 45 O quadro apresentado demonstra o total de itens vendidos no mês que fora 432 (Quatrocentos e trinta e dois) itens vendidos, resultando em um montante total de R$ 20.037,00 (Vinte mil e trinta e sete reais). Destes, a Seção de Escapamentos totalizou com 5 itens vendidos e R$ 750,00 (Setecentos e cinquenta reais), a Seção de Suspensão somou 100 itens vendidos e R$ 6.607,00 (Seis mil seiscentos e sete reais), a Seção de Filtros 42 itens vendidos e R$ 1.210,00 (Um mil duzentos e dez reais), a Seção de Motores com 24 itens e R$ 1.190,00 (Um mil cento e noventa reais), a Seção de Parte Elétrica com 8 itens e R$ 140,00 (Cento e quarenta reais), a Seção de Lubrificantes com 109 itens/litros vendidos e R$ 2.185,00 (Dois mil cento e oitenta e cinco reais), Seção de Freios com 12 itens e R$ 450,00 (Quatrocentos e cinquenta reais), Seção de Acessórios com 30 unidades vendidas e R$ 2.295,00 (Dois mil duzentos e noventa e cinco reais), Seção de Complementos com 80 itens e R$ 940,00 (Novecentos e quarenta reais) vendidos e por fim a Seção de Transmissão que somou 22 itens vendidos e R$ 4.950,00 (Quatro mil novecentos e cinquenta reais). Após esse levantamento mais detalhado dos itens que são vendidos mensalmente, foi apurado o percentual que cada seção contempla, como demonstrado no gráfico que segue. Gráfico 1: Vendas de itens por seção (mensal). QUANTIDADE ITENS VENDIDOS MENSAL 1% SEÇÃO ESCAPAMENTO 5% SEÇÃO SUSPENSÃO 23% 18% SEÇÃO FILTROS SEÇÃO MOTORES SEÇÃO PARTE ELÉTRICA 7% 10% SEÇÃO LUBRIFICANTES SEÇÃO DE FREIOS 3% 6% SEÇÃO ACESSÓRIOS SEÇÃO DE COMPLEMENTOS 25% 2% SEÇÃO DE TRANSMISSÃO Fonte: Dados do Quadro 7. Após feito o levantamento da quantidade de itens que circula mensalmente na venda de peças, foi apurado o percentual que cada seção possui. Assim tem-se, a Seção de Escapamentos contempla 1% (Um por cento) dos itens que são vendidos mensalmente, a Seção de Suspensão, 23% (Vinte e três por cento), Seção de Filtros, 10% (Dez por cento), 46 Seção de Motores, 6% (Seis por cento), Seção Parte Elétrica, 2% (Dois por cento), Seção de Lubrificantes, 25% (Vinte e cinco por cento), Seção de Freios, 3% (Três por cento), Seção de Acessórios, 7% (Sete por cento), Seção de Complementos, 18% (Dezoito por cento), Seção de Transmissão, 5% (Cinco por cento). Os itens que mais se destacam após essa análise são as seções de lubrificantes e suspensão. Seguindo nesse contexto foi apresentado o total de receitas geradas no ano de instalação desta em pleno funcionamento, considerando a média de vendas mensal da seção de peças. Como demonstra o quadro que segue. Quadro 8: Receitas com média de vendas ano. SEÇÃO DE PEÇAS SEÇÃO ESCAPAMENTO: Silencioso final Silencioso final Silencioso final SEÇÃO SUSPENSÃO: Amortecedores Coxins Ponteiras de direção Barra axial Buchas SEÇÃO FILTROS: Filtros de ar Filtros de óleo Filtros de combustível Filtros de ar condicionado SEÇÃO MOTORES: Juntas Retentores Bomba de óleo Bomba de água SEÇÃO PARTE ELÉTRICA: Lâmpadas Fusível Relê Conectores SEÇÃO LUBRIFICANTES: Óleos motores Aditivo radiador Descarbonizantes Líquido de freio SEÇÃO DE FREIOS: Discos de freios VALOR ITENS QUANT. ANO TOTAL ANO 150,00 150,00 150,00 24 24 24 3.600,00 3.600,00 3.600,00 270,00 44,00 55,00 50,00 14,00 180 360 84 60 516 48.600,00 15.840,00 4.620,00 3.000,00 7.224,00 24,00 35,00 20,00 35,00 120 204 120 60 2.880,00 7.140,00 2.400,00 2.100,00 35,00 30,00 150,00 120,00 120 120 24 24 4.200,00 3.600,00 3.600,00 2.880,00 15,00 20,00 25,00 15,00 24 24 12 36 360,00 480,00 300,00 540,00 20,00 15,00 25,00 15,00 960 84 180 84 19.200,00 1.260,00 4.500,00 1.260,00 40,00 60 2.400,00 47 Lonas de freios Pastilhas de freios SEÇÃO ACESSÓRIOS: Correia dentada Correia de acessórios Velas Cabos de velas Bobinas de ignição SEÇÃO DE COMPLEMENTOS: Abraçadeiras Parafusos Porcas Arruelas SEÇÃO DE TRANSMISSÃO: Embreagens Homocinéticas Engrenagens Sincronizados TOTAL GERAL 25,00 40,00 24 60 600,00 2.400,00 45,00 60,00 80,00 95,00 180,00 96 60 120 60 24 4.320,00 3.600,00 9.600,00 5.700,00 4.320,00 17,00 10,00 5,00 3,50 480 180 180 120 8.160,00 1.800,00 900,00 420,00 300,00 180,00 75,00 75,00 120 120 12 12 5.160 36.000,00 21.600,00 900,00 900,00 242.244,00 Fonte: Dados da pesquisa, 2014. A tabela anterior demonstrou o fluxo de peças vendidas em cada seção bem como o montante que cada item gera para a empresa. Demonstrando detalhadamente quantos itens são vendidos dentro de cada departamento, e o valor totalizante de cada operação, sendo que este apresenta o montante total do ano em R$ 242.244,00 (Duzentos e quarenta e dois mil duzentos e quarenta e quatro reais) e 5.160 itens comercializados. 4.4. VIABILIDADE ECONÔMICA A viabilidade econômica utiliza a demonstração do resultado do exercício e os índices de análises do resultado, sendo eles os índices de rentabilidade e de lucratividade do investimento. 4.4.1. Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) demonstra a apuração do resultado do exercício no ano corrente. Como está expresso no Quadro 9 a seguir. 48 Quadro 9: Demonstração do Resultado do Exercício. ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 242.244,00 259.201,08 277.345,16 296.759,32 317.532,47 Vendas de mercadorias 242.244,00 259.201,08 277.345,16 296.759,32 317.532,47 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 13.250,75 17.729,35 21.078,23 24.571,67 26.831,49 Impostos sobre vendas 13.250,75 17.729,35 21.078,23 24.571,67 26.831,49 RECEITA OPERACIONAL LIQUÍDA 228.993,25 241.471,73 256.266,92 272.187,65 290.700,98 (-) CUSTOS DAS VENDAS 96.897,60 103.680,43 110.938,06 118.703,73 127.012,99 Custos das mercadorias vendidas 96.897,60 103.680,43 110.938,06 118.703,73 127.012,99 RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 132.095,65 137.791,29 145.328,86 153.483,92 163.687,99 (-) DESPESAS OPERACIONAIS 67.556,69 70.650,70 73.936,88 77.427,09 81.133,93 Pró-labore 7.680,00 8.140,80 8.629,25 9.147,00 9.695,82 Despesas com pessoal 33.435,56 35.441,69 37.568,19 39.822,28 42.211,62 Despesa com depreciação 592,87 628,44 666,15 706,12 748,49 Água 624,00 661,44 701,13 743,19 787,79 Energia Elétrica 2.112,00 2.238,72 2.373,04 2.515,43 2.666,35 Telefone 1.680,00 1.780,80 1.887,65 2.000,91 2.120,96 Honorários Contábeis 1.680,00 1.780,80 1.887,65 2.000,91 2.120,96 Mat. De Expediente 3.600,00 3.816,00 4.044,96 4.287,66 4.544,92 Mat. De Limpeza 480,00 508,80 539,33 571,69 605,99 Propaganda 3.360,00 3.561,60 3.775,30 4.001,81 4.241,92 Aluguel 8.640,00 9.158,40 9.707,90 10.290,38 10.907,80 Despesas de Financiamento 3.672,26 2.933,21 2.156,33 1.339,71 481,31 (=) RESULTADO LIQUÍDO DO EXERCÍCIO 64.538,96 67.140,60 71.391,98 76.056,83 82.554,06 Fonte: Dados da pesquisa, 2014. Com base nos dados apurados na Demonstração de Resultado do Exercício, percebe-se que o resultado final gerado foi positivo, com leve aumento no decorrer dos períodos, o que totalizou em R$ 64.538,96 (Sessenta e quatro mil quinhentos e trinta e oito reais e noventa e seis centavos), no primeiro período, nos próximos 5 anos foi apurado com o acréscimo de 7% nas receitas e de 6% nas despesas operacionais. A receita apurada no primeiro período totalizou R$ 242.244,00 (Duzentos e quarenta e dois mil duzentos e quarenta e quatro reais), o valor dos impostos sobre a comercialização teve como base a tabela do Simples Nacional, no Anexo I (Comércio), o imposto calculado totalizou R$ 13.250,75 (Treze mil duzentos e cinquenta reais e setenta e cinco centavos), o valor dos custos sobre mercadoria gerou R$ 96.897,60 (Noventa e seis mil oitocentos e noventa e sete reais e sessenta centavos), este valor se refere a 40% das receitas apuradas, esse é o valor que obteve através de pesquisa junto com alguns distribuidores de peças para se obter com maior precisão o custo da mercadoria, os valores das despesas operacionais somaram R$ 67.556,69 (Sessenta e sete mil e quinhentos e 49 cinquenta reais e setenta e nove centavos), o valor que foi apurado para as despesas operacionais representam apenas 40% do valor total das despesas apuradas, pois a seção de peças representa apenas uma parte da oficina. No último período analisado a receita com a venda de mercadorias totalizou R$ 317.532,47 (Trezentos e dezessete mil quinhentos e trinta e dois reais e quarenta e sete centavos), o resultado operacional bruto foi de R$ 163.687,99 (Cento e sessenta e três mil seiscentos e oitenta e sete reais e noventa e nove centavos), as despesas operacionais em R$ 81.133,93 (Oitenta e um mil cento e trinta e três reais e noventa e três centavos), o que resultou em um resultado liquido do exercício em R$ 82.554,06 (Oitenta e dois mil quinhentos e cinquenta e quatro reais e seis centavos), com isso pode-se avaliar mesmo que as despesas e as deduções obtiveram aumentos o lucro no último período também obteve crescimento. 4.4.2. Índices de análise do resultado projetado Os índices de resultado projetado têm-se por base a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), onde o índice de lucratividade levou em conta o lucro liquido sobre o investimento total, e o índice de rentabilidade o lucro liquido sobre as vendas liquidas. Conforme apresentado no quadro a seguir. Quadro 10: Índices de Rentabilidade e Lucratividade da Seção de Peças. ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 MÉDIA LUCRATIVIDADE: LUCRO LIQUÍDO x 100 INVESTIMENTO TOTAL 30% 31% 33% 35% 38% 33% 28% 28% 28% 28% 28% 28% RENTABILIDADE: LUCRO LIQUÍDO x 100 VENDAS LIQUÍDAS Fonte: Dados da pesquisa, 2014. De acordo com os dados apurados o ano 1, obteve uma lucratividade de 30%, e de 28% de rentabilidade, pode-se visualizar que durantes os outros anos os índices de lucratividade sofrem um leve aumento, que finaliza o quinto ano em 38%, com uma média de 33% de lucratividade sobre o empreendimento. Já os índices de rentabilidade que começa em 28% no primeiro ano, e se mantêm estável com o mesmo índice nos demais períodos, com uma média de 28% de rentabilidade. 50 4.5. VIABILIDADE FINANCEIRA A viabilidade financeira visa demonstrar o fluxo de caixa, bem como os métodos de payback simples e descontado, a taxa mínima de atratividade, o valor presente líquido e a taxa interna de retorno do investimento. 4.5.1. Fluxo de caixa A seguir apresenta-se o fluxo de caixa apresentado dos cinco períodos apurados. Quadro 11: Fluxo de Caixa. ANO 0 INGRESSOS ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 242.244,00 259.201,08 277.345,16 296.759,32 317.532,47 173.439,91 183.846,30 194.877,08 206.569,70 218.963,89 96.897,60 102.711,46 108.874,14 115.406,59 122.330,99 Receitas das vendas DESEMBOLSOS Capital de Giro (127.768,86) Investimento (90.060,90) Estoque Água 624,00 661,44 701,13 743,19 787,79 Energia Elétrica 2.112,00 2.238,72 2.373,04 2.515,43 2.666,35 Telefone 1.680,00 1.780,80 1.887,65 2.000,91 2.120,96 Honorários Contábeis 1.680,00 1.780,80 1.887,65 2.000,91 2.120,96 Mat. De Expediente 3.600,00 3.816,00 4.044,96 4.287,66 4.544,92 480,00 508,80 539,33 571,69 605,99 Propaganda 3.360,00 3.561,60 3.775,30 4.001,81 4.241,92 Aluguel 8.640,00 9.158,40 9.707,90 10.290,38 10.907,80 33.435,56 35.441,69 37.568,20 39.822,29 42.211,62 Mat. De Limpeza Salários e Ordenados Pró-labore 7.680,00 8.140,80 8.629,25 9.147,00 9.695,82 Impostos s/ venda 13.250,75 14.045,79 14.888,54 15.781,85 16.728,76 A) DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (ENTRADAS - SAÍDAS) (217.829,76) 68.804,09 75.354,78 82.468,08 90.189,61 98.568,58 B) DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Amortização do Empréstimo (18.116,52) (18.116,52) (18.116,52) (18.116,52) (18.116,75) SALDO DE CAIXA DO PERIODO (A-B) (217.829,76) 50.687,57 57.238,26 64.351,56 72.073,09 80.451,83 SALDO ANTERIOR DE CAIXA 0,00 (217.829,76) (167.142,18) (109.903,92) (45.552,37) 26.520,73 SALDO FINAL DE CAIXA (217.829,76) (167.142,18) (109.903,92) (45.552,37) 26.520,73 106.972,56 Fonte: Dados da Pesquisa, 2014. 51 De acordo com os dados apurados pode-se avaliar que o saldo de caixa proveniente segue uma tendência de aumento gradativo, inicialmente possuem saldos negativos, mas, com o passar dos anos tornam-se positivos, o que pode-se verificar após feita a analise do fluxo de caixa anual. Inicialmente com os dados apurados pode-se avaliar que o saldo de caixa proveniente ao Ano 1 apresenta um saldo de entrada de caixa de R$ 242.244,00 (Duzentos e quarenta e dois mil duzentos e quarenta e quatro reais), e uma saída de caixa de R$ 173.439,91 (Cento e setenta e três mil quatrocentos e trinta e nove reais e noventa e um centavos), das atividades relativas ao financiamento se obtém uma amortização do empréstimo de R$ 18.116,52 (Dezoito mil cento e dezesseis reais e cinquenta e dois centavos) e nos demais períodos se mantém o mesmo valor. Assim no final do ano 1, obteve-se um saldo negativo de caixa de R$ 167.142,18 (Centro e sessenta e sete mil e cento e quarenta e dois reais e dezoito centavos). O Ano 2 obteve uma entrada de caixa de R$ 259.201,08 (Duzentos e cinquenta e nove mil duzentos e um reais e oito centavos), uma saída de caixa de R$ 183.846,30 (Cento e oitenta e três mil oitocentos e quarenta e seis reais e trinta centavos), o que gerou um saldo negativo de caixa de R$ 109.903,92 (Cento e nove mil cento e quarenta e dois reais e dezoito centavos). Assim o Ano 3 obteve um entrada de caixa de R$ 277.345,16 (Duzentos e setenta e sete mil trezentos e quarenta e cinco reais e dezesseis centavos), uma saída de caixa de R$ 194.877,08 (Cento e noventa e quatro mil oitocentos e setenta e sete reais e oito centavos), gerando um saldo negativo de caixa de R$ 45.552,37 (Quarenta e cinco mil quinhentos e cinquenta e dois reais e trinta e sete centavos). Já o Ano 4 obteve um entrada de R$ 296.759,32 (Duzentos e noventa e seis mil setecentos e cinquenta e nove reais e trinta e dois centavos), e uma saída de caixa de R$ 206.569,70 (Duzentos e seis mil quinhentos e sessenta e nove reais e setenta centavos), o que gerou um saldo de caixa positivo no valor de R$ 26.520,73 (Vinte e seis mil quinhentos e vinte reais e setenta e três centavos), a partir do 4 ano se obteve saldos positivos, o que evidencia uma melhora. E por fim o Ano 5 obteve uma entrada de caixa um valor de R$ 317.532,47 (Trezentos e dezessete mil quinhentos e trinta e dois reais e quarenta e sete centavos), com uma saída de R$ 218.963,89 (Duzentos e dezoito mil novecentos e sessenta e três reais e oitenta e nove centavos), gerando um saldo final de caixa de R$ 106.972,56 (Cento e seis mil novecentos e setenta e dois reais e cinquenta e seis centavos). Pode-se através dessa análise perceber que apesar do aumento com as saídas de caixa, o valor dos saldos de caixa passa de negativos para positivos a partir do 4º período. 52 4.5.2. Método payback simples e payback descontado Os métodos de payback simples e payback descontado levam em os fluxos de caixas obtidos durante o desenvolvimento da análise, também consideram o valor do investimento inicial, bem como os períodos de anos compreendidos pelo investimento. Conforme este exemplificado nas planilhas. Quadro 12: Payback simples Payback Investimento Inicial Ano Payback Simples (217.829,76) 1 2 3 4 5 68.804,09 75.354,78 82.468,08 90.189,61 98.568,58 (217.829,76) (149.025,66) (73.670,88) 8.797,19 98.986,81 197.555,39 PBS = -73.670,88/82.468,08 = 2,8933 = 2 Anos 10 meses e 22 dias Fonte: Dados da pesquisa, 2014. Através da análise do payback simples, onde os fluxos de caixa gerados nos períodos foram descontados com o valor do investimento, onde se obteve um valor positivo no quarto ano, gerando um PBS 2,8933 o que significa dizer que o retorno do investimento foi de 2 anos 10 meses e 22 dias. Quadro 13: Payback descontado. Payback Investimento Inicial Payback Descontado (217.829,76) Ano 1 2 3 4 5 61.432,23 67.281,05 73.632,21 80.526,44 88.007,66 PBD = -15.484,27/80.526,44 =3,1923 = 3 anos 2 meses e 9 dias Fonte: Dados da pesquisa, 2014. (217.829,76) (156.397,53) (89.116,48) (15.484,27) 65.042,17 153.049,84 53 Já o payback descontado, que leva em conta os fluxos de caixa a valor presente, descontando-se os valores dos fluxos trazidos a valor presente se obteve um saldo positivo a partir do quarto ano, onde esse retorno gerou um PBD de 3,1923, isso significa que em 3 anos 2 meses e 9 dias teremos o retorno do investimento. Mesmo esse método sendo o mais complicado ele consegue demonstrar com mais nitidez o tempo necessário para se obter lucro sobre o valor investido. 4.5.3. Taxa Média de Atratividade – TMA A TMA é uma taxa que se projeta com o intuito de demonstrar que esse projeto de investimento é viável. Ela leva em conta se o investidor terá o retorno almejado desse projeto, em contrapartida pode demonstrar que esse projeto não será tão viável quanto se espera. A taxa média de atratividade deste investimento foi calculada levando em conta o valor da inflação do ano corrente, mais o valor de 3,5% caso esse valor fosse aplicado em outro investimento e de 5% de risco sobre o negócio. O que totalizou em uma TMA de 12%. Taxa Média de Atratividade = 12% Avaliando esse valor juntamente com os demais, VPL, TIR, essa obteve um índice de 99%, assim consegue-se visualizar que o investimento é rentável e viável. 4.5.4. Valor Presente Líquido – VPL O Valor Presente Líquido, este é um subsídio utilizado para auxiliar na tomada de decisões. Conforme esta apresentada no quadro que segue. Quadro 14: Valor Presente Líquido. 12% Ano 0 1 2 3 4 5 Fluxo (217.829,76) 68.804,09 75.354,78 82.468,08 90.189,61 98.568,58 Fonte: Dados da pesquisa, 2014. Valor Presente Fluxo (217.829,76) 61.432,23 67.281,05 73.632,21 80.526,44 88.007,66 Saldo VPL (217.829,76) (156.397,53) (89.116,48) (15.484,27) 65.042,17 153.049,84 54 De acordo com os dados levantados pode-se avaliar que o investimento inicial é pago no 4º período de funcionamento. Os saldos foram trazidos a valor presente a uma taxa de 12%, a TMA. Assim na medida em que é pago o valor do investimento, os demais períodos gerados apresentam saldos positivos, ou seja, lucro. Totalizando no final do quinto ano um saldo R$ 153.049,84 (Cento e cinquenta e três mil quarenta e nove reais e oitenta e quatro centavos), assim com esses dados o projeto de investimento é considerado viável. 4.5.5. Taxa Interna de Retorno – TIR A seguir esta os valores apurados da TIR, que são baseados nos valores apurados junto ao fluxo de caixa, nos cinco períodos pertinentes a esta. Quadro 15: TIR (Taxa Interna de Retorno). TAXA INTERNA DE RETORNO TIR INVESTIMENTO INICIAL RESULTADO FINAL ANO 1 RESULTADO FINAL ANO 2 RESULTADO FINAL ANO 3 RESULTADO FINAL ANO 4 RESULTADO FINAL ANO 5 24,35% (217.829,76) 68.804,09 75.354,78 82.468,08 90.189,61 98.568,58 Fonte: Dados da Pesquisa,2014. A TIR do projeto obteve um índice de 24,35%, assim sendo o projeto de investimento pode ser avaliado como viável e rentável uma vez que esse índice supera a TMA do projeto que foi calculada em 12%. A TIR foi calculada com base nos fluxos de caixa apresentados nos períodos correspondentes, mesmo o valor da TIR que foi de 24,35%, uma pouca diferença em comparação com TMA apresentada, o projeto é viável. 4.6. ANÁLISE DO INVESTIMENTO Com os dados já apurados, calculados todos os índices tanto de rentabilidade quanto de lucratividade do investimento, consegue-se perceber que o investimento é rentável, tanto de cunho financeiro sob o ponto de vista econômico para a empresa. Isso pode ser percebido, após as análises financeiras e econômicas. A empresa pode com toda via fazer o investimento, já que sua perspectiva de lucros foi alcançada, desde que a 55 administração seja feita de forma eficaz e eficiente, pois o prazo que muitos fornecedores desses materiais oferecem, são de curto prazo, mesmo que o valor com os custos da compra deles representam apenas 40% do total da receita. Assim deve-se levar em conta que mesmo que se tenham receitas em todos os períodos, o período de pagamento ofertado aos clientes não pode se estender muito, o que pode dificultar em algum mês o pagamento dos mesmos. Assim, todos os períodos que foram projetados oferecem lucro, já no primeiro ano consegue-se perceber que as receitas auferidas suprem o valor do investimento inicial. A TIR se apresentou muito bem obteve um índice de 24,35%, o que comparado com a TMA que foi de 12%, significa dizer que o projeto é viável. Também verifica-se que é viável o investimento através das análises da DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), que foi calculada em 5 anos e que demonstrou lucro em todos os anos. O fluxo de caixa inicia o período com saldo de caixa negativo, mas apresenta melhora a partir do 4 ano de sua apuração. Também obteve os resultados nos períodos de payback tanto o simples quanto o descontado, o que obteve melhor índice no período de payback simples, que foi de 2 anos 10 meses e 22 dias, e no período de payback descontado, este que leva em conta a taxa de 12% a.a, mesmo assim o seu retorno foi bom, pois ficou em 3 anos 2 meses e 9 dias. Portanto, pode-se verificar que o investimento da seção de peças é rentável, uma vez que sua administração cumpra seu papel, sendo que o investimento atende as expectativas dos sócios. 56 CONCLUSÃO Ao se deparar com um novo investimento, seja ele na intenção de se criar algo novo ou de se incrementar algo que já existe, tem-se um objetivo em comum, será que ele terá o retorno que se espera? Só é possível saber essas respostas após um longo estudo, que contempla todas as áreas, com a maior ênfase na contabilidade gerencial. Com isso, esse Trabalho de Conclusão de Curso foi muito importante, uma vez que esse fez com que lembrasse o que já foi estudado e apreendido, assim conseguiu-se por em prática algo que nos chamou mais atenção no decorrer do curso. A área contemplada foi à área da Contabilidade Gerencial como já mencionado, uma vez que esta foi a que mais chamou atenção. Com esse intuito de obter melhor conhecimento na área abrangida que foi feito esse trabalho. Pode-se perceber que no decorrer do trabalho, após as projeções tanto de receitas quanto as de despesas, as metas traçadas foram alcançadas, obteve-se índices bons, o que se leva a conclusão de que o projeto é interessante para o investidor. Apesar dos tropeços e das dificuldades com alguns índices incorporados nesse trabalho, ele foi satisfatório, um trabalho onde o conhecimento construído no decorrer desses anos valeu a pena. Apesar de ser um ramo onde o preço dos itens no mercado sofre alterações constantes, e que não é possível apresentar com exatidão seus ganhos, pode-se verificar que os dados obtidos foram positivos, uma vez que as projeções contemplaram cinco anos, analisados um a um, ano a ano, consegue-se visualizar que os resultados projeta trarão retorno para a empresa. Portanto, tanto o trabalho desenvolvido, quanto o conhecimento que se obteve foram de grande valia, com toda certeza, ele foi útil não somente para a formação acadêmica mas também para se por em prática o objeto deste trabalho, tornando-o um facilitador na hora de trabalhar o seu conteúdo na prática. 57 REFERÊNCIAS ATKINSON, Antony A.; BANKER, Rajiv D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Ed. Atlas S/A, 2000. 812p. BASSO, Irani Paulo. Contabilidade geral básica. 3 ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2005. 332p. 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