DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA NACIONALIZAÇÃO DE DRIVERS E LUMINÁRIAS LED Prof. Pedro S. Almeida, Dr. Eng. Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF Rua José Lourenço Kelmer, s/n – Campus Universitário Bairro São Pedro Juiz de Fora – MG CEP: 36.036-900 CNPJ: 21.195.755/0001-69 [email protected] www.ufjf.br/pedro_almeida NOVOS PARADIGMAS DO PONTO DE VISTA ELÉTRICO: ILUMINAÇÃO DE ESTADO SÓLIDO Lâmpadas de descarga: • Carga em corrente alternada • Faixas de corrente e tensão na carga relativamente padronizadas • Resistência incremental negativa reatores • Fluxo proporcional à potência • Eletrônica de acionamento presente nos dispositivos mais modernos ou mais compactos (reatores eletrônicos) • Reatores eletromagnéticos ainda bastante presentes na IP (robustez) 3 NOVOS PARADIGMAS DO PONTO DE VISTA ELÉTRICO: ILUMINAÇÃO DE ESTADO SÓLIDO 4 LEDs • Carga em corrente contínua exigem retificação quando operando a partir da rede elétrica • Larga faixas de corrente e tensão na carga (Single-Chip ou COB) • Fluxo proporcional à corrente • Resistência incremental baixa exige controle preciso da corrente • Eletrônica de acionamento na maior parte dos casos é inevitável (drivers) • Dificuldade em compatibilizar vida útil do dispositivo com vida útil do acionamento OPORTUNIDADES E DESAFIOS: CONTEXTO POLÍTICO-ECONÔMICO • Dependência de fornecedores internacionais (LEDs e drivers) • Volatilidade do dólar & indexação dos custos à moeda estrangeira • Entraves alfandegários & logísticos • Divergências entre requisitos brasileiros e internacionais (e.g., temperatura, umidade, resiliência, rede elétrica) • Qualidade (ou falta desta, em muitos casos!) • Suporte e garantia por parte de fornecedores estrangeiros • Necessidade de estoque Tecnologia nacional de drivers: proposta incipiente 5 6 DEFINIÇÕES – do chip à rede componente (LED) pastilha (die) módulo de LEDs lâmpada luminária DEFINIÇÕES – do chip à rede DRIVERS 7 A nacionalização de luminárias LED passa necessariamente pela nacionalização dos drivers! DRIVERS REQUISITOS DE UM DRIVER DE LED DE QUALIDADE • • • • • • • • • • • • Alto fator de potência (FP) Baixa distorção harmônica de corrente (THDi) Alta eficiência de conversão elétrica (η) Boa regulação de corrente (Δi %) Larga faixa de tolerância de tensão de entrada (e.g., entrada universal – 100-240 VA C / 50-60 Hz) Tolerância às variações de tensão de saída Proteção contra curto-circuito permanente na saída Proteção contra circuito aberto (perda de carga) Proteção contra sobretemperatura Isolamento galvânico (quando necessário) Dimming (controle de intensidade luminosa) Longa vida útil (20 khrs ou mais) 8 REQUISITOS DE UM DRIVER DE LED DE QUALIDADE – o que as normas exigem? • NBR IEC 62612 requisitos de desempenho de lâmpada LED c/ driver integrado • NBR IEC 62560 requisitos de segurança para lâmpada LED c/ driver integrado • NBR 16026 (equiv. EN 62384) requisitos de desempenho do driver (não integrado) • NBR IEC 61347-2-13 e IEC 61347-1 requisitos de segurança de operação do driver (não integrado) • EN 61000-3-2 compatibilidade eletromagnética (emissão harmônica – classe C) • EN 55022 ou EN 55015 compatibilidade eletromagnética (interferência conduzida & irradiada) • EN 61000-3-3 compatibilidade eletromagnética (robustez frente à tensão da rede elétrica) • NBR IEC 60529 grau de proteção (cód. IP) Portaria INMETRO nº 478 luminárias p/ IP (LED incluso) Portaria INMETRO nº 389 lâmpada integrada. (< 60 W) 9 REQUISITOS DA REALIDADE BRASILEIRA Portaria INMETRO 10 nº 478 Regulamento Técnico da Qualidade para Luminárias para Lâmpadas de Descarga e LED - Iluminação Pública Viária • Driver: “Dispositivo de controle eletrônico CC ou CA para módulos de LED – Controlador” • ANEXO II – REQUISITOS TÉCNICOS PARA LUMINÁRIAS PARA LÂMPADAS LED – ILUMINAÇÃO PÚBLICA VIÁRIA Marcação conforme • Entrada: tensão, corrente, frequência NBR IEC 61347-2-13 • Aterramento & NBR 16026 (identificado) corrente constante: corrente de saída nominal e a tensão de saída máxima • • Diagrama de ligação Ponto Tc e máx. Tc REQUISITOS DA REALIDADE BRASILEIRA Portaria INMETRO nº 478 CONJUNTO DRIVER – LUMINÁRIA SOB TESTE! IP luminária: IP-65 (óptica e alojamento driver), ou IP-44 (alojamento driver) se o driver for IP-65 Vida útil luminária: 50.000 horas em def. L70 (em 6 kh 95,6% de F0) Características elétricas exigidas do driver: Potência nominal: dentro de 110% do especificado Fator de potência: FP ≥ 0,92 Corrente de entrada: dentro de ±10% do valor especificado Harmônicas: dentro da IEC 61000-3-2 (classe C) Corrente de saída: dentro de ±10% do valor especificado (de 92% a 106% da tensão de entrada) *no caso de entrada universal: especifica-se uma tensão nominal! (e.g., VN = 220 VAC ~200-235 VAC) 11 REQUISITOS DA REALIDADE BRASILEIRA Portaria INMETRO nº 478 CONJUNTO DRIVER – LUMINÁRIA SOB TESTE! Eficácia luminosa global* e classificação – segundo LM-79 *driver incluso! 12 REQUISITOS DA REALIDADE BRASILEIRA Portaria INMETRO nº 478 CONJUNTO DRIVER – LUMINÁRIA SOB TESTE! Longevidade e proteções elétricas exigidas do driver: • Máxima temperatura em Tc do driver p/ garantir 50 kh (teste envolve medir Tc na luminária) • Garantia mínima: 5 anos • Condições anormais (driver c/ saída em corrente): Nenhum módulo de LED conectado (carga em aberto) Dobro de módulos de LED conectados em série (sobretensão de saída) Terminais de saída curto-circuitados (sobrecorrente de saída) “os dispositivos de controle não podem apresentar nenhum defeito que comprometa a segurança” • Resistência de isolação entrada-saída: 5 MΩ 13 14 • Pesquisa e consultoria na área de iluminação e eletrônica de potência • Projeto e especificação de sistemas eletrônicos de iluminação • Desenvolvimento de reatores eletrônicos e drivers de LED • Análise espectrofotométrica de lâmpadas e fontes luminosas • Análise de conformidade com normativas e pré-certificação • Análise de compatibilidade eletromagnética de conversores (desde 2007) COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Correção ativa do fator de potência – retificadores de alto FP Controle PFC Controle da carga 15 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Correção ativa do fator de potência – retificadores de alto FP Ligamento suave Baixa THD Alto FP 16 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Correção ativa do fator de potência – retificadores de alto FP Ligamento suave Baixa THD Alto FP Ef. FP 17 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS 18 Correção ativa do fator de potência – retificadores de alto FP Conteúdo harmônico Ligamento suave Baixa THD Alto FP Ef. THD = 3,11% FP = 0,989 IEC 61000-3-2 Class C – pass! COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Imunidade a distúrbios de tensão da rede – controle dinâmico eficaz Corrente de saída Ligamento suave Tensão de saída Baixa THD Alto FP 100 V Rede 240 V 19 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Proteção contra perda de carga & curto-circuito Corrente de saída Tensão de saída Io = 0 desconexão 20 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Proteção contra perda de carga & curto-circuito Corrente de saída 80 mA (nominal: 900 mA) Corrente de saída 580 mA (nominal: 500 mA) 21 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS 22 Aumento da confiabilidade do driver – elementos de longa vida útil 100 kh @ 85º C 6 kh @ 85º C 10 kh @ 105º C COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Compatibilidade eletromagnética – interferência conduzida Limites: EN55022 Class-B 23 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Cabeças de série desenvolvidos (em fase de testes) 1 & FP 0,98 0,96 0,94 0,92 Eficiência 0,9 Tensão de entrada 0,88 90 140 190 • • • 240 Driver de 900 mA / 40 V máx. (SELV) Entrada universal (100-240 V / 50-60 Hz) Proteções contra curto-circuito e perda de carga 24 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Cabeças de série desenvolvidos (em fase de testes) 6,00% & THD 4,00% 2,00% Reg. corrente 0,00% 90 -2,00% -4,00% 140 190 240 Tensão de entrada -6,00% • • • Driver de 900 mA / 40 V máx. (SELV) Entrada universal (100-240 V / 50-60 Hz) Proteções contra curto-circuito e perda de carga 25 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Cabeças de série desenvolvidos (em fase de testes) Faixa de operação & Corrente de saída 0,95 0,93 ±5% VAC = 220 V 0,91 900 mA 0,89 VAC = 127 V 0,87 0,85 28 30 32 34 36 38 40 42 Tensão de saída • • • Driver de 900 mA / 40 V máx. (SELV) Entrada universal (100-240 V / 50-60 Hz) Proteções contra curto-circuito e perda de carga 26 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Cabeças de série desenvolvidos (em fase de testes) & • • • • Driver de 500 mA / 160 V máx. Entrada universal (100-240 V / 50-60 Hz) Proteções contra curto-circuito e perda de carga Grau de proteção: IP-66 27 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Cabeças de série desenvolvidos (em fase de testes) & • • • • Driver de 500 mA / 160 V máx. Entrada universal (100-240 V / 50-60 Hz) Proteções contra curto-circuito e perda de carga Grau de proteção: IP-66 28 COMO PRODUZIR DRIVERS NACIONAIS DE QUALIDADE: ATENDENDO AOS REQUISITOS Cabeças de série desenvolvidos (em fase de testes) Reg. Corrente (%) • • • • Driver de 500 mA / 160 V máx. Entrada universal (100-240 V / 50-60 Hz) Proteções contra curto-circuito e perda de carga Grau de proteção: IP-66 & 29 Perguntas? www.ufjf.br/nimo U NIVERSIDADE F EDERAL DE J UIZ DE F ORA