1 Secretaria-Geral da Presidência da República Conselho Nacional de Juventude BOLETIM INFORMATIVO Número 03 – novembro de 2005 Relato da 2ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Juventude Data: 10 e 11 de novembro de 2005 Local: Parlamundi - LBV- Brasília 1. Programas e Ações voltados para a Juventude: balanços e perspectivas de integração Na primeira reunião ordinária do Conselho Nacional da Juventude, realizada em agosto deste ano, a coordenadora nacional do ProJovem, Maria José Feres, apresentou aos conselheiros o Programa Nacional de Inclusão de Jovens. Na segunda reunião ordinária, iniciou-se a rodada de apresentações dos programas governamentais em que a juventude se destaca como público participante. Nesta reunião, foram feitas apresentações dos ministérios dos Esportes, Defesa, Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Trabalho, além do Gabinete de Segunrança Institucional/Secretaria Nacional Anti-Drogas. Orlando Silva, Secretário Executivo do Ministério dos Esportes, relatou os principais programas e ações voltadas à juventude, tais como o Segundo Tempo, Bolsa Atleta, Esporte e Lazer da Cidade e Jogos da Juventude. Já os conselheiros Morvan de Melo e Joelson Velozzo, do Ministério da Defesa, apresentaram informações sobre os critérios, as características e andamento dos programas Soldado Cidadão e Projeto Rondon. O Conselheiro José Eduardo de Andrade, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, apresentou o quadro conceitual no qual se situam os programas Agente Jovem, Sentinela e Peti. Do Ministério do Trabalho, vieram Ricardo Cienfuentes, Diretor do Departamento de Políticas de Trabalho e Emprego para a Juventude, e Luciana Tannus, coordenadora dos Consórcios Sociais da Juventude, para expor a concepção, as reorientações e os atuais desafios do Programa Primeiro Emprego. Doralice Oliveira, da Secretaria Nacional Anti-Drogas (SENAD), informou ao Conselho sobre os novos parâmetros da Política Nacional Sobre Drogas, que agora está mais voltada para a prevenção, na perspectiva da “redução de danos”, e distribuiu diversos modelos de cartilhas sobre a nova abordagem dessa política. De maneira geral, houve consenso entre expositores e participantes do debate, a saber: a atual Política Nacional de Juventude - mesmo descentralizada e executada em diferentes ministérios e espaços governamentais - deverá ter como amálgama uma abordagem geracional que contemple a diversidade e a singularidade da condição juvenil e, ao mesmo tempo, promova a necessária articulação dos Programas e Ações voltadas para a Juventude. Com esta perspectiva, o Conselho Nacional da Juventude se propõe a continuar desempenhando um papel crítico e propositivo com o objetivo de contribuir para a superação da fragmentação entre Programas e Ações e para consolidar uma Política Nacional de Juventude. 2 Secretaria-Geral da Presidência da República Conselho Nacional de Juventude Nas próximas reuniões, no interior das Câmaras Temáticas, outros programas deverão ser apresentados. 2. Plano Nacional de Juventude: como o Conselho pode contribuir Na tarde do dia 10, houve o debate sobre o conteúdo do PL 4530/2004, que dispõe sobre o Plano Nacional de Juventude, com transmissão ao vivo pela Radiobrás. O debate contou com a participação dos Deputados André Figueiredo (PDT-CE) e Cláudio Vignatti (PT-SC), ambos da Comissão Especial que trata deste Projeto de Lei, na Câmara dos Deputados. Por iniciativa da Câmara dos Deputados, foram realizadas, até o final de 2005, audiências públicas em todo o país para colher contribuições àquele projeto e indicar treze representantes de cada estado e do Distrito Federal para um Seminário Nacional sobre o Plano de Juventude, previsto para março de 2006, em Brasília. Esse seminário, também promovido pela Câmara dos Deputados, contará com a participação dos Conselheiros do CNJ. Por sugestão do Deputado Cláudio Vignatti, foi acertado o envio prévio do relatório final do Plano Nacional de Juventude para ser novamente debatido no Conselho, após as audiências estaduais e o seminário nacional. Será solicitada também uma reunião com o Deputado Reginaldo Lopes (PTMG), relator do Plano. Desta forma, o Conselho reforça a sugestão de acompanhamento pelos conselheiros e conselheiras, das audiências estaduais que ainda não aconteceram, assim como, da elaboração dos seus respectivos relatórios. 3. Câmaras Temáticas Durante a manhã do dia 11, aconteceram as reuniões das Câmaras Temáticas e Grupos de Trabalho. 3.1 - Câmara Temática 1 – Desenvolvimento Integral: Educação, Trabalho, Cultura e Tecnologias de Informação A Câmara terá dois coordenadores. Os conselheiros José Eduardo de Andrade, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e Valério Bemfica, do CPC/UMES. Os trabalhos da Câmara foram divididos em três subcomissões, sendo elas: 1- Levantamentos dos Diagnósticos sobre a realidade dos jovens brasileiros; 2- Análise de Programas e Ações governamentais voltadas para a Juventude; 3- Acompanhamento e Interlocuções com a Sociedade e o Poder Legislativo. O trabalho das Subcomissões contribuirá para a realização das seguintes atividades: 3 Secretaria-Geral da Presidência da República Conselho Nacional de Juventude a) Realização do Seminário Juventude: Educação, Trabalho, Cultura e Tecnologias de Informação, que deverá acontecer em fevereiro de 2006, com o objetivo de comparar os diversos diagnósticos existentes sobre estes temas; b) Contribuição sobre o Plano Nacional de Juventude, a ser enviada, no início de março, à Comissão Especial da Câmara dos Deputados, responsável pelo processo; c) Elaboração do PARECER (Diagnóstico, análise e recomendações) que será apresentado ao Governo e à sociedade durante o I Seminário do Conselho Nacional de Juventude, a ser realizado em agosto de 2006. 3.2 - Câmara Temática 2 - Qualidade de Vida: saúde integral, meio ambiente, esporte e lazer A coordenação desta Câmara é de responsabilidade dos conselheiros Luiz Gustavo, da União dos Escoteiros do Brasil, e Rangel Arthur, da REJUMA (Rede de Juventude pelo Meio Ambiente). Diante de um quorum restrito, em sua primeira reunião, os participantes desta Câmara Temática fizeram a avaliação de que será preciso realizar um trabalho junto aos conselheiros e conselheiras para ampliar a compreensão sobre a relevância da temática ali tratada. Os participantes reafirmaram a importância da interação entre as questões referentes à saúde integral, a sustentabilidade ambiental, às práticas esportivas, ao desporto e o acesso ao lazer. Essas dimensões são indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida da juventude. Todo o esforço da Câmara será o de não segmentar os temas, mas focalizar suas inter-relações. Como plano de trabalho, a Câmara aprovou: a) Realizar a aproximação da Câmara com Ministérios afins: ainda em janeiro de 2006, será realizada uma reunião de trabalho com técnicos dos ministérios da Saúde, Meio Ambiente, Esporte, Turismo e Gabinete de Segurança Institucional. O objetivo desta reunião é compartilhar informações já existentes nos diferentes Ministérios e estabelecer critérios e parâmetros que orientem os trabalhos da Câmara Temática. Além disso, será feito contato com um grupo interministerial já existente e que estuda a integração de Políticas Públicas de Lazer. b) Contratar Consultoria: A Câmara Temática deverá ser assessorada por uma consultoria externa, que reúna dados e referenciais teóricos, para o aprofundamento das questões referentes à qualidade de vida da juventude em suas dimensões, critérios e parâmetros. c) Propor Indicadores de Qualidade de Vida Jovem: Inspirando-se no Índice de Desenvolvimento da Juventude (IDJ/Unesco), buscar reunir informações sobre os equipamentos públicos existentes, com o objetivo de criar indicadores e metas de avaliações focados nos espaços públicos que atendam à juventude. d) Enviar contribuição para o Projeto de Lei do Plano Nacional de Juventude: visando a contribuir para sanar a evidente carência de uma maior elaboração, sobretudo no tocante às áreas de lazer e meio ambiente. 4 Secretaria-Geral da Presidência da República Conselho Nacional de Juventude e) Elaborar PARECER que será apresentado no I Seminário do Conselho Nacional de Juventude, a ser realizado em agosto de 2006. 3.3 - Câmara Temática 3 – Direitos Humanos, Vida Segura e Valorização das Diversidades As conselheiras Débora Oliveira, da Rede Feminista de Saúde, e Cíntia Nascimento, da Rede de Jovens do Nordeste, coordenam esta Câmara. O objetivo da Câmara é tratar de maneira inovadora as inter-relações entre prevenção e o combate às violências, considerando todas as formas de discriminação (sexismo, machismo, racismos, homofobia, xenofobia, portadores de deficiência, intolerâncias religiosas), visando a garantir a segurança pública e a defesa da autonomia e a ampliação da cidadania jovem. Para realizar seu trabalho, a Câmara aprovou o seguinte calendário de atividades: a) Reuniões presenciais e virtuais dos/as conselheiros/as participantes b) Realização de visitas e uma política de aproximação com vários órgãos governamentais, entre secretarias, conselhos e ministérios. c) Contribuição para o Plano Nacional de Juventude, a ser enviada à Comissão Especial da Câmara dos Deputados, responsável pelo processo. d) Elaboração do PARECER: será utilizada a seguinte metodologia de atuação organizacional: diagnóstico do problema, exame das políticas existentes e recomendações gerais, com controle das ações, cumprimento de cronograma e avaliação de resultados. f) Apresentação de PARECER no I Seminário do Conselho Nacional de Juventude, agosto de 2006. 4- Grupos de Trabalho 4.1 - Grupo de Trabalho 1- Conselho Nacional de Juventude O grupo é coordenado pela conselheira Elen Linth, da Pastoral da Juventude, e pelo conselheiro Erisvaldo Ferreira, da Rede de Jovens do Nordeste. Nessa reunião, o grupo definiu que estudará os processos e experiências de outros conselhos existentes no País e em outros países, que tratem de juventude. Como encaminhamento, foi aprovada a elaboração de uma cartilha para dar apoio à criação de conselhos locais de juventude, além do mapeamento dos conselhos existentes e dos que se encontram em implantação, determinando como prazo para a apresentação desse mapeamento, a primeira semana de março de 2006. 4.2 - Grupo de Trabalho 2 – Orçamento 5 Secretaria-Geral da Presidência da República Conselho Nacional de Juventude O grupo, coordenado pelo conselheiro Alonso Coelho, da Organização Brasileira de Juventude, deliberou que buscará provocar e influenciar ações ainda neste ano, além de fazer proposta ao orçamento previsto para o próximo ano. Aprovou também a redação de documento, a qual foi submetida ao pleno do Conselho, onde recomenda, ao Governo Federal, o descontigenciamento orçamentário relativo aos programas dirigidos para a juventude. 5. Plano de Trabalho do Conselho Nacional de Juventude até 2006 Foi apresentado e discutido o planejamento de atividades do Conselho Nacional de Juventude, até o final do próximo ano. Em síntese, esse planejamento envolve as seguintes iniciativas: - 04 reuniões ordinárias nos meses de março, maio, agosto e novembro. Sendo que a reunião de agosto debaterá os pareceres das Câmaras Temáticas e elegerá os novos presidente e vice-presidente do Conselho, enquanto que a reunião de novembro terá o objetivo de fazer um balanço do final deste governo e pensar a transição do Conselho para o governo seguinte. - 03 seminários temáticos, um para cada Câmara Temática, os quais oferecerão subsídios para a elaboração dos pareceres e deverão acontecer até junho de 2006. - 01 Seminário Nacional do Conselho Nacional de Juventude no mês de agosto, que envolverá a apresentação, ao Governo e à sociedade, de todos os pareceres produzidos sobre a Política Nacional de Juventude e possibilitarão o diálogo com os demais movimentos juvenis, organizações da sociedade civil, estudiosos e gestores que possam contribuir para as políticas públicas de juventude. - Acompanhamento do calendário do Congresso Nacional, em especial, a tramitação da PEC 138/2003, que dispõe sobre a proteção dos direitos econômicos, sociais e culturais da Juventude, do Estatuto dos Direitos da Juventude e do Plano Nacional de Juventude. - Gerar outras iniciativas, como a produção de um vídeo sobre Participação e Democracia, de uma cartilha para orientação à constituição de Conselhos Estaduais e Municipais, além de estabelecer relação com outros Conselhos Nacionais e cartazes e folderes de divulgação do CNJ e da campanha pelo Voto aos 16 anos. 6. Encaminhamentos O Conselho Nacional de Juventude, em sua 2ª Reunião Ordinária: 6.1 Aprovou a instalação das Câmaras Temáticas e Grupos de Trabalho e suas respectivas coordenações; 6.2 Aprovou o Plano de Trabalho Geral do Conselho Nacional de Juventude para 2006; 6.3 Aprovou o Plano de Trabalho das Câmaras Temáticas até agosto de 2006 6.4 Aprovou a definição dos objetivos do GT 1 (Conselho); 6.5 Aprovou a definição dos objetivos do GT 2 (Orçamento) 6.6 Aprovou, com modificações, o documento redigido pelo GT 2, a ser amplamente divulgado na forma de Recomendação do Conselho Nacional de Juventude sobre descontigenciamento orçamentário relativo a programas dirigidos para a juventude. 6 Secretaria-Geral da Presidência da República Conselho Nacional de Juventude 6.7 Aprovou o encaminhamento de votação por internet da moção a favor da regulamentação da Lei do Aprendiz (este recurso virtual se fez necessário porque uma parte dos/as Conselheiros/as declarou não estar suficientemente informada sobre o tema em questão para votar naquele momento). 6.8 Aprovou, tal como foi solicitado, o envio de informações sobre a possível doação do Banco Mundial para a Secretaria Nacional de Juventude. 6.9 Aprovou, tal como foi solicitada, a formação de um Comitê Editorial para o Site do CNJ (em processo de construção). 7 Secretaria-Geral da Presidência da República Conselho Nacional de Juventude Moção de apoio à regulamentação da Lei do Aprendiz A imediata regulamentação da Lei 10.097/00 significará mais um avanço no atendimento aos compromissos do Governo Federal com a juventude do país, já manifestos com a criação da Secretaria Nacional da Juventude e deste próprio Conselho Nacional da Juventude. Reafirmando seu comprometimento com a democracia e com o direito às oportunidades iguais para todos, o Conselho Nacional de Juventude vem a público manifestar sua posição favorável à regulamentação imediata da lei 10.097/00, a “Lei do Aprendiz”. A “Lei do Aprendiz” é um importante instrumento de política pública de prevenção ao trabalho infantil, bem como de auxílio à erradicação do mesmo. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio – PNAD, de 2003, cerca de 1.3 milhão de adolescentes de 14 e 15 anos (19% de toda a população nesta faixa etária) trabalhavam ilegalmente no Brasil. A maior parte fora da escola. Se a lei estivesse sendo aplicada, estes milhões de adolescentes de 14 e 15 anos poderiam estar na escola e trabalhando legalmente em regime de aprendizagem. A “Lei do Aprendiz” também é um importante instrumento de política pública de preparação de jovens para o mercado de trabalho. As taxas de desemprego nas regiões metropolitanas, na faixa de idade de 18 a 24 anos, foi de, aproximadamente, 40% em 2004, segundo o anuário do DIEESE. Milhares desses jovens estão desempregados, inclusive, por falta de adequada capacitação para o mundo do trabalho. Considerando, portanto, a “Lei do Aprendiz” tanto como um importante instrumento de prevenção ao trabalho infantil, quanto como um expediente para a preparação para a inserção de jovens no mercado de trabalho, o Conselho Nacional de Juventude reafirma a urgência do decreto de regulamentação da Lei n. º 10.097/00. Ao mesmo tempo, cumprindo com seu dever de buscar, constantemente, o aperfeiçoamento das políticas públicas de juventude no país, o Conselho Nacional de Juventude sugere um aprimoramento legal posterior das questões de aprendizagem, levando em consideração os seguintes aspectos: • • • • • • • • • O enquadramento, na categoria de Aprendiz, somente de trabalhadores com idade entre 14 e 18 anos, respeitando as especificidades das pessoas com deficiências; A construção de mecanismos que estabeleçam condições de igualdade para os trabalhadores maiores de 18 anos; A criação de instrumentos de controle sobre a freqüência escolar dos aprendizes; Especificar, claramente, o significado do termo condição peculiar de desenvolvimento, conforme os termos da Lei, por se tratar de elemento central para a compreensão da função de aprendiz; Fixar o percentual de jovens aprendizes que as empresas devem empregar (recomendamos 15%). Estabelecer metas de absorção de jovens, pelas empresas, em seu quadro funcional; Proibir a execução de tarefas, por parte dos aprendizes, que os exponham a quaisquer condições de insalubridade e periculosidade; Estabelecer mecanismos que garantam que a contratação dos jovens aprendizes seja, exclusivamente, de forma direta; Não permitir às entidades sem fins lucrativos o papel de empregador de aprendizes, pois, essa não é a finalidade de tais entidades. Evitando assim, uma espécie de “terceirização dos jovens aprendizes”; 8 • • • • • Secretaria-Geral da Presidência da República Conselho Nacional de Juventude Assegurar que os acordos e convenções coletivos, celebrados em negociações sindicais, sejam estendidos integralmente aos jovens aprendizes; Criar mecanismo de progressão destes jovens aprendizes dentro das empresas; A jornada de trabalho deve ser especial para todos os jovens em condição de aprendizagem, independentemente da idade ou escolaridade; Assegurar o fornecimento aos órgãos responsáveis do Governo Federal do projeto pedagógico dos programas de aprendizagem para serem analisados; Estabelecer mecanismos de multas e sanções para entidades e empresas que descumprirem a regulamentação ou a lei; Apostar na juventude é contribuir para um Brasil com mais justiça social. Brasília, 30 de novembro de 2005. Conselho Nacional de Juventude 9 Secretaria-Geral da Presidência da República Conselho Nacional de Juventude PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA-GERAL CONSELHO NACIONAL DE JUVENTUDE RECOMENDAÇÃO N.º 01/2005. Recomenda o descontigenciamento e a execução orçamentária efetiva de programas federais destinados à juventude. O CONSELHO NACIONAL DE JUVENTUDE, no uso de suas atribuições especialmente conferidas no art. 2º, inciso IV, do Decreto nº 5.490, de 14 de julho de 2005 e no art. 7º de seu Regimento Interno, CONSIDERANDO: a) O caráter estratégico da população juvenil para a construção de uma política de desenvolvimento sustentável, de caráter nacional; b) As recentes iniciativas, por parte do Governo Federal, para consolidação de uma inédita Política Nacional de Juventude, criando instrumentos como o Conselho Nacional de Juventude, a Secretaria Nacional de Juventude, o ProJovem, além de outros importantes programas, destinados `a este segmento populacional, localizados em vários Ministérios; c) A limitação imposta pelo contingenciamento orçamentário como a principal responsável pela não efetivação de programas, com reconhecida capacidade de execução, destinados à juventude brasileira, conforme identificado por este Conselho; 10 Secretaria-Geral da Presidência da República Conselho Nacional de Juventude d) A existência da demanda de jovens para a implementação de tais programas, sendo garantido o controle social da utilização de recursos, a participação de estados e municípios na gestão de programas e o envolvimento integral da sociedade civil organizada; RECOMENDA: 1. Em caráter emergencial, o descontigenciamento e a execução orçamentária efetiva dos programas e ações federais destinadas à juventude; 2. A ampliação dos recursos orçamentários do Governo Federal, em 2006, destinados às políticas de juventude, com a garantia de sua liberação integral; 3. A inclusão, na previsão orçamentária de 2006, de recursos para a Secretaria Nacional de Juventude, a fim de garantir o pleno funcionamento do Conselho Nacional de Juventude, a realização de campanhas específicas e o fomento de iniciativas da sociedade civil, aprovadas por este Conselho; Brasília, 11 de Novembro de 2005. 2ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Juventude REGINA REYES NOVAES Presidenta do Conselho Nacional de Juventude