EDITORIAL (1a parte)
VER
(Paulo Roberto Matos e Philippe Guedon)
O
segundo turno das eleições presidenciais está em curso, e o Partido já firmou posi
ção democrática e oficial em favor de Lula, por ampla maioria, respeitando a exceção
representada por quem continua em batalha estadual, conseqüência da primeira
parte da campanha, e não poderia trocar de lado nessa altura (Rio Grande do Sul, onde o PHS
se acha coligado ao PMDB do Candidato Rigotto).
Como podemos entender a performance do PHS nessas eleições?
Lembremos que o PHS havia disputado até então, em sua curta vida, três eleições, duas
municipais (96 e 2.000) e apenas uma dita “geral” (98), interessando os âmbitos estadual e
federal. Em 98, o resumo de nossos resultados foi o seguinte (ver Informativo nº 75, de
setembro de 2.002):
Presidente: Vasco Neto/Alexandre Santos: 109.003 votos
Senadores: 110.080 votos (em dois Estados)
Governadores: 26.478 votos (em quatro Estados)
Deputados Federais: 136.834 votos (15 Estados)
Deputados Estaduais: 288.152 votos (15 Estados)
Total geral: 670.547 votos.
De 1.998 para cá, o Partido viveu cinco grandes crises: a) uma intervenção em Minas Gerais,
resultado de desavenças internas ocorridas após o ingresso no Partido de pessoas ambiciosas
“demais além da conta” e de uma Convenção Regional mal convocada (aprendamos as lições...
Não só a de administrar com o devido cuidado, como o de observar a máxima latina do “modus
in rebus”, pois todas as partes envolvidas na discórdia, que exigiram imensos sacrifícios de
quem não tinha nada com o peixe, seguiram posteriormente o seu rumo, e hoje usam pombas,
estrelas, tucanos ou o que mais seja na lapela; precisava tanta briga?...); b) o veto ao ingresso
do Deputado Carlos Dias (RJ) no PHS, a partir de motivações que ficaram pouco claras até hoje,
jogando às traças uma oportunidade rara de galgar um patamar decisivo, e criando o clima
negativo que acarretaria a particular gravidade da crise “PHDB” no Rio; c) a traumático aproximação com os Companheiros que procuravam organizar o PHDBrasil, e onde inabilidades e
intransigências fizeram-nos viver um terrível momento, quando calúnias conviveram com tibiezas, e ondas de choque varreram com mais gravidade quatro Estados importantes; d) o fracasso
da tentativa de organização da Editora Solidarista, episódio que viu um Companheiro reter
livros e recursos de outros irmãos, descontando em outros os seus próprios erros; e, e) uma
intervenção em São Paulo, em função de outra Convenção Regional mal convocada e mal
realizada, além de outros problemas administrativos relevantes. Torcemos para que o Partido
tenha aprendido o preço das crises, em geral filhas do pouco gosto pela administração e pela
formação, e maximizadas a partir de um terrível combustível chamado vaidade. Cinco crises de
porte em quatro anos, todas de molde a quebrar o ânimo dos peregrinos do Solidarismo e do
Humanismo. Mas o PHS a tudo resistiu.
Em 2.000, elegemos um bom número de Vereadores e Prefeitos, considerado o estágio
onde nos encontrávamos na nossa caminhada. Mas não logramos estabelecer o grande
diálogo nacional, e para comprova-lo bastam duas perguntas: 1ª: pode o amigo leitor dizer
onde tem Prefeitos o PHS? 2ª: Já leu algum texto remetido por “nossas” administrações
municipais ao Informativo? Não se quer criticar, apenas constatar, pois o que se procura é
INFORMATIVO PHS-31
Órgão interno de informação oficial do Partido Humanista da Solidariedade
Editado pelo Instituto de Pesquisas Humanistas e Solidaristas,
IPHS (em organização) – Av. Portugal, 123 – 25655-370 – Petrópolis/RJ
Gerente Geral: Philippe Guedon
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SCN – Bl “D” – Quadra 2 – Torre “B” – Conj. 205
Brasília/DF CEP 70710-500 fone/fax: (61) 328 06 38
Editoração: Charles S. Santos - Tel.: (24) 2248-6671
Impressão: Tribuna de Petrópolis
entender o momento do Partido. Os Municípios cujos Prefeitos são do PHS nada têm a ver
com o PHS. Até hoje, ao final da 1ª metade de seus mandatos.
Por responsabilidade de muitas Regionais, a família PHS ainda não se conhece. Somos
incapazes, neste momento, de dizer quantas Municipais possui o PHS e quem as dirige. As
Municipais ainda não ingressaram na vida da comunidade Humanista Solidarista, e mantêmse distantes até mesmo de nosso Estatuto, que é, ao fim e ao cabo, o elo a unir-nos todos.
A Juventude Humanista Solidarista continua na estaca, digamos, um, numa escala de
zero a dez. A Formação Política continua sendo vista como uma obrigação, e não percebemos
que somente ela pode romper o arquipélago que constituímos, cada um na sua, cada qual
tentando obter êxito em caráter individual ou de grupo, raramente pensando em termos de
Partido, concebido como um todo a lutar por ideais imensos.
Além do mais, estas eleições de 2.002 foram marcadas por curiosas diretrizes; a Cláusula
de Barreira foi reportada para 2.006 e a verticalização das coligações após iniciada a campanha impôs raciocínios de emergência. Ambas as medidas foram tão surpreendentes quanto
as reiteradas ameaças de extremo rigor contra a “boca-de-urna”, seguidas de total ausência
de repressão; se alguém acreditou na voz da Lei e desmontou o seu esquema, dançou... Sim,
o TSE carrega uma pesada responsabilidade sobre seus ombros.
Apenas registramos, sem necessidade de comentar cada tema, que o Partido também
logrou diversos êxitos no período, além de ter sobrevivido ao festival de tolices, ambições e
maldades lembrado acima: foi o que mais refletiu sobre a cláusula de Barreira, criou o seu
Instituto, fez nascer o Informativo-jornal já no seu 10º mês de vida, organizou Cursos de
Formação apresentados a MILHARES de Companheiros (infelizmente, um tanto como se
administrava óleo de fígado de bacalhau a crianças no passado nem tão distante...), venceu
TODOS os imensos desafios que apareceram no seu caminho, cresceu e consolidou-se em
numerosos Estados, inclusive os maiores da Federação, palcos de crises acima relatadas.
Hoje, está pronto para dar novos passos adiante. Aliás, muito necessários.
Este é o quadro em que devemos analisar os nossos resultados eleitorais, que passamos
a reproduzir na sua essência, e na medida em que já dispomos de dados finais.
Somando TODOS os votos, de Presidente a Deputado estadual, eis o quadro final das
colocações dos Partidos:
1º PT
126.747.223 (62.672.075 para Presidente e Governadores)
2º PSDB
84.151.889 (38.965.361 id.id)
3º PMDB
57.075.632 (10.820.369 id.id.)
4º PFL
54.943.207 ( 6.102.906 id.id)
5º PSB
36.962.674 (23.561.041 id.id.)
6º PPB
26.777.976 ( 6.308.991 id.id.)
7º PPS
23.213.208 (mais de 10.000.000, só para Presidente)
8° PDT
21.545.086 (surpresa! Pois sem voto para Presidente)
9° PTB
15.832.161 (idem)
10º PL
12.902.362 (outro idem)
11º PCdoB
9.278.467 (mais um idem)
12º PV
4.001.393 (profunda alteração de rumos)
13° PRONA
3.257.228 (fenômeno Enéas)
14º PSD
3.027.329
15º PST
2.896.362
16º PSC
1,843.712
17° PSL
1.493.853
18º PGT
1.482.749
19° PSTU
1.369.510
20° PRTB
1.363.888
21° PMN
1.205.762
22º PHS
872.757
23º PTdoB
823.614
24° PRP
771.699
25° PTN
678.791
26º PSDC
590.804
27° PAN
532.898
28° PCO
314.094
29º PTC
276.717
30º PCB
178.552
02
Para Deputado Federal, grande critério da Cláusula de Barreira, eis os resultados que o
PHS alcançou, Estado por Estado:
AL
AP
AM
BA
CE
DF
ES
GO
MA
MT
MS
M
PA
PB
PR
PE
PI
RJ
RN
RS
RO
RR
SC
SP
SE
T
Total
Outubro - 2002
PHS - Informativo Oficial do Partido Humanista da Solidariedade
2.660 votos, dos quais 559 na legenda (0,2% dos 1.165.608 votos válidos )
402
141
(0,2%
241.112
)
1.297
468
(0,1%
1.148.892
)
8.140
5.550
(0,1%
5.956.123
)
0
0
( 3.628.331
)
5.054
475
(0,4%
1.208.641
)
0
771
(0.05
1.652.841
)
0
0
( 2.610.673
)
7.164
1.638
(0,3%
2.427.031
)
8.010
850
(1,0%
1.269.533
)
9.997
1.466
(1,0%
1.095.345
)
60.922
850
(1,0%
9.605.817
)
4.549
.817
(0,2%
2.661.234
)
1.299
848
(0,1%
1.723.096
)
33.466
2.997
(1,0%
5.146.730
)
8.100
3.200
(0,2%
3.812.927
)
2.280
1.836
(0,2%
1.472.161
)
24.932
3.354
(0,3%
8.061.181
)
2.665
1.046
(0,2%
1.460.644
)
56.008
3.942
(1,0%
5.943.320
)
3.975
584
(1,0%
658.831
)
0
210
(0,1%
168.972
)
2.041
1.315
(0,1% 3.066.400
)
44.634
11.222
(0,2% 19.611.557
)
9
0
( 866.673
)
0
372
(0,1%
589.968
)
287.604 (Crescimento sobre 1.998: 110,18%)
Para o Senado, o PHS alcançou 76.250 votos. No caso, “encolhemos” 30,73 %.
No que se refere aos Deputados Estaduais, o panorama foi o seguinte:
AL - 3.080 votos, inclusos - 662 de legenda, sejam 0,3% dos votos válidos
AP - 2.931 votos, inclusos - 116 de legenda, sejam 1,2% dos votos válidos
AM - 10.711 votos, inclusos - 502 de legenda, sejam 0,9% dos votos válidos
BA - 5.334 votos, inclusos - 4.805 de legenda, sejam 0,1% dos votos válidos
CE - 172.722 votos, inclusos - 6.998 de legenda, sejam 4,6% dos votos válidos *
DF - 7.994 votos, inclusos - 345 de legenda, sejam 0,4% dos votos válidos
ES - 1.089 votos, inclusos - 640 de legenda, sejam 0,0% dos votos válidos
GO - 13.174 votos, inclusos - 1.000 de legenda, sejam 0,5% dos votos válidos
MA - 8.420 votos, inclusos - 1.585 de legenda, sejam 0,3% dos votos válidos
MT - 4.462 votos, inclusos - 626 de legenda, sejam 0,2% dos votos válidos
MS - 18.586 votos, inclusos - 1.384 de legenda, sejam 1,7% dos votos válidos
MG - 38.620 votos, inclusos - 8.801 de legenda, sejam 0,2% dos votos válidos
PA - 7.006 votos, inclusos - 1.330 de legenda, sejam 0,2% dos votos válidos
PB - 1.463 votos, inclusos - 777 de legenda, sejam 0,0% dos votos válidos
PR - 15.583 votos, inclusos - 2.389 de legenda, sejam 0,2% dos votos válidos
PE - 13.700 votos, inclusos - 2.575 de legenda, sejam 0,1% dos votos válidos
PI - 1.473 votos, inclusos - 1.080 de legenda, sejam 0,1% dos votos válidos
RJ - 31.420 votos, inclusos - 2.684 de legenda, sejam 0,1% dos votos válidos
RN - 2.096 votos, inclusos - 715 de legenda, sejam 0,1% dos votos válidos
RS - 73.037 votos, inclusos - 4.218 de legenda, sejam 1,1% dos votos válidos
RO - 4.168 votos, inclusos - 540 de legenda, sejam 0,6% dos votos válidos
RR - 1.662 votos, inclusos - 45 de legenda, sejam 0,9% dos votos válidos
SC - 1.592 votos, inclusos - 823 de legenda, sejam 0,0% dos votos válidos
SP - 68.025 votos, inclusos - 9.505 de legenda, sejam 0,2% dos votos válidos
SE - 695 votos, inclusos - 417 de legenda, sejam 0,0% dos votos válidos
TO - 656 votos, inclusos - 256 de legenda, sejam 0,1% dos votos válidos
*: Dois Deputados eleitos no Estado, Caminha e Geraldo.
Alcançado o total de 509.699 votos, dos quais 54.818 de legenda (prestem atenção ao
detalhe), podemos concluir que crescemos 76,89%, comparadas as eleições que disputamos
em ambos os anos.
Ou seja, e em conclusão: logramos eleger dois Deputados Estaduais, ambos no
CE, contra um Deputado Estadual em 98 (Martini/MG). Quase dobramos nossa votação para Deputados, Estaduais e Federais, no seu conjunto; o jogo das coligações e
dos quocientes eleitorais não nos favoreceu, e conquistamos numerosas suplências, inexistentes em 98. Nossa estratégia foi fruto das imposições extemporâneas do
TSE, e procuramos atender os interesses regionais da melhor forma possível.Eis o
retrato da situação.
EDITORIAL (2ª PARTE)
Julgar
(Paulo Roberto Matos e Philippe Guedon)
S
e tivéssemos lançado Candidatos à Presidência e a todos os Governos Estaduais,
embora sem recursos de nenhuma espécie, teríamos registrado um volume total de
votos bem mais expressivo, talvez beirando o dobro, o que nos colocaria na faixa do
PSC. Mas é duvidoso que tal estratégia nos tivesse permitido conquistar maior número de
mandatos (ver PCO). Quando não se tem um tostão furado, não se faz campanha, e boa parte
das campanhas que pudemos fazer, onde não existiam mandatos, foram tornadas possíveis,
única e exclusivamente, em função das coligações majoritárias.
Mas essa profunda reflexão fraterna deve ficar para um segundo tempo. Pois o Partido
tem pressa, muita pressa, mas deve ter a máxima clareza sobre os passos que vai dar, para não
perder-se em discussões bizantinas sobre o sexo dos anjos. Precisamos tomar muito cuidado
com a síndrome da “casa que não tem pão, todos gritam e ninguém tem razão”, e passarmos,
todos, a acusar os vizinhos por não terem conseguido fazer o milagre que desejávamos ver
materializado na noite de 6 de outubro.
A descrição dos fatos que inscrevemos no “VER” patenteia que ainda não dispomos de
um Partido. Cada Município ignora os seus co-irmãos, com os Estados não se passa de outro
modo, e a Nacional é um conceito abstrato: alguém deve tocar o barco, pois que se vire, é
problema dele. Se queremos olhar as coisas de frente para encontrar nossos caminhos, não
dá para afogar o peixe e fugir da realidade: já podíamos estar bem mais adiante, se tivéssemos
tido consciência partidária para valer.
Com todos os percalços, dobramos a expressão eleitoral do nosso Partido, e poderíamos,
mediante simples medidas (lançamento de candidatos para um máximo de cargos), ter quadruplicado o nosso peso relativo, embora sem conseqüências práticas de imediato. O que importa é a constatação que o PHS está crescendo, sim, apesar de todas as feridas que conseguiu
auto-infligir-se.
Uma outra perspectiva de reflexão deve ser trazida aqui, e nós vamos chamá-la, com
perdão da palavra, de “reflexão Enéas”. O fenômeno Enéas tem o seu lado Cacareco, o voto de
protesto, gozador, esculachado. Mas tem um segundo afluente, que é o voto de um segmento
de direita, que gostaria de ver o Brasil raivoso, mau, ameaçando céus e terras com bombas
atômicas. Para esse segmento ensandecido, há um cabide claro: o cabide PRONA. Se o eleitor
sente-se mais à esquerda do PCdoB, há o PSTU, há o PCO, o PCB. Para quem acha a ecologia
mais do que um componente importante, em verdade a própria essência de tudo, eis o PV, ou
melhor, a imagem do PV, pois há dúvidas quanto à fidelidade do PV à suas motivações
originais. Quem gosta de poder pelo poder, pode escolher: PSDB, PFL, PMDB, PPB, e agora
o próprio PT, embora este traga consigo uma densidade ideológica e uma prática administrativa pura, que faltam aos três “grandes”. Os Socialistas moderados têm o PSB de Miguel
Arraes, e o PPS de Roberto Freire. Os amantes de geléia e de boquinhas têm ampla escolha.
Uma certa linha evangélica tem o PL, outra tem Garotinho, uma terceira acompanhará Benedita.
Agora, respondam com firmeza: onde entra o PHS? Qual é a imagem que projetamos e
que levará alguém a se identificar conosco? Ainda somos os “Partido onde os Cristãos se
sentem bem”, “o Partido da Doutrina Social Cristã”, o “Partido das cooperativas”, o “Partido
do Solidarismo comunitário”, acrescido tudo isso do ‘Partido dos valores Humanistas”? É
hora de redefinirmos esse ponto com clareza, é hora de voltarmos a ser o Partido das propostas da Doutrina Social, enriquecida com aportes Humanistas. Está mais do que na hora de
todos os nossos militantes e dirigentes relerem, ou lerem pela primeira vez, o “Solidarismo” do
Padre Ávila. Se quiserem discutir princípios, depois de lerem o texto, sejam bemvindos; mas
levantar as bandeiras da DSC sem conhecer o texto do Padre Ávila, sabe a marxista que nem
desconfia que Marx tenha escrito alguma coisa. Socialismo restrito à camiseta do Che não
chega a arrancar aplausos de admiração, assim como camisetas de “Deus é 10”, ou abelhas
sorridentes ou raivosas, não são mais do que símbolos. Se nós não sabemos para onde
queremos ir, como vamos propor aos brasileiros que nos sigam?
Tem mais: temos um Estatuto que não se pretende perfeito, e que nunca o será. Mas é um
grande Estatuto, talvez o melhor que haja por aí. E, em verdade, é um grande desconhecido, e
por isso, não é aplicado.
Se não partirmos de premissas corretas, nunca chegaremos a conclusões acertadas. Se
hoje, tivéssemos que resumir as coisas em algumas linhas, digam-nos se não sairia um poeminha, de pé muito fraturado, desse tipo:
“Passamos boa parte do tempo brigando,
pois todos estão errados, menos eu;
Não nos sentimos compromissados com nada,
E pouco fazemos para a grande comunhão PHS;
Não vemos o Partido como um todo,
Pois somos ilhas no seio de um arquipélago;
Quem cuida do Partido que se vire sem grana,
Outubro - 2002
PHS - Informativo Oficial do Partido Humanista da Solidariedade
quem mandou ser trouxa e não cuidar de si ?
Desconhecemos nossas razões de ser (Doutrina);
E também as regras de nossa convivência (Estatuto)
O que, aliás, nos desobriga de cumpri-las...;
Achamos a Formação um estorvo;
Você acha isso, eu acho aquilo, a unidade
Não nos preocupa muito.
Quando eleitos, o mandato é conquista pessoal,
Quando perdemos, foi o Partido que errou.
Sempre tem um culpado, menos eu, claro.
Tudo bem, uma coisinha nos surpreende:
Como consegue o PHS dobrar de porte a cada quatro anos?
Pombas, e se resolvêssemos trabalhar direito,
Só para experimentar... Onde iríamos parar?”
Dentro de quatro anos, deveremos enfrentar a Cláusula de Barreira. Até lá, muita água
rolará debaixo das pontes, mansas ou ameaçadoras. Mas o que é certo, o que não depende de
ninguém, só de nós, é que temos um pouco menos de um ano para construir uma grande base
que permita ao PHS disputar as eleições locais em todo o País como gente grande. Base que
nos assegure o apoio necessário para o grande esforço de 2.004 e 2.006.
Há muito mais coisa além disso, mas esse é o grande escopo, a meta maior. Agora,
precisamos preparar o Partido para uma grande vitória em 2.004. E esse trabalho começa pela
organização de Municipais como manda o figurino, a partir das eleições internas de março de
2.003.
EDITORIAL (3ª Parte)
Agir
(Paulo Roberto Matos e Philippe Guedon)
01 – Vamos dar uma atenção toda especial às eleições municipais internas de março. O
CADICONDE vai ser aplicado com todo o esmero, como detalhado em matéria republicada
neste exemplar do Informativo PHS-31.
02 – O CADICONDE deve ser um duplo marco: numa mão, vai conscientizar os dirigentes e conselheiros municipais – TODOS os dirigentes e conselheiros municipais – de nossa
unidade. Em contrapartida, vai permitir que o Partido – enfim! – se conheça. Pois ao inscreverem-se os futuros Candidatos, permitirão que saibamos quem é quem na vida partidária.
03 – Se o nosso “AGIR” começa pela Formação Política, não é acaso, pois nada de
duradouro construiremos em cima de improvisações. A partir de março de 2.003, o Instituto
e o PHS conhecerão profundamente o Partido; o Informativo será remetido a milhares e
milhares de Companheiros e estaremos a caminho da primeira revolução interna: saber quem
somos, e juntos constituirmos um PARTIDO. Melhor: o PHS.
04 – Logo a seguir, cuidaremos das eleições regionais – já então alicerçadas sobre bases
municipais dignas do nome – e depois da eleição nacional. Oportunamente, como foi feito há
quatro anos, a Presidência do Partido oferecerá uma sugestão para a grande reflexão do
Partido, facilitando o conseqüente surgimento de propostas alternativas, o que é da essência democrática.
05 – Em novembro, provavelmente no final de semana de 09 e 10 de novembro, iremos
reunir em São Paulo capital ou Rio de Janeiro idem, a Executiva Nacional, a Gerência do IPHS,
os Presidentes dos Conselhos Nacionais de Ética e Fiscal, os novos eleitos, os Mandatários
em final de mandato, os Vereadores das Capitais e grandes Municípios, e os Prefeitos do
PHS. Tema único, sob todas as vertentes: o PHS e a etapa de sua caminhada que se esgota em
outubro 2.004, nas eleições municipais, inclusive as preocupações com a dedicação exclusiva de alguns Companheiros ao Partido, sem hipocrisia nem distorções. O evento irá
requerer a presença de todos os interessados que não estiverem submetidos a razões de
força maior. A CEN e o IPHS irão dirigir-se a todos, por nota específica.
06 – O Partido precisa pedir que as normas acertadas sejam cumpridas. Como adjetivar
o fato de Candidatos deixarem de pagar Curso de Formação, sem mais aquela, ficando as
Regionais passivas frente ao calote? Não é verdadeiro “mico” que Regionais acumulem
atrasos de semestres, quando não de anos, em suas contribuições para com a Nacional?
Nada será construído sobre areias movediças, como o comprovam certos resultados eleitorais regionais. A CEN e o IPHS serão firmes, embora não se furtem à compreensão de que
fazem mostra desde o tempo de suas respectivas criações... Quem não quiser submeter-se às
regras gerais, que siga o seu caminho em paz, mas entenda que não desejamos viver o
abastardamento de uma iniciativa que já exigiu tantos sacrifícios.
07 – O IPHS vai criar um Comitê 2.004, especialmente encarregado das próximas eleições municipais. Tal Comitê vai viver esse momento desde já, em todos os seus aspectos, de
modo que possamos tirar o melhor partido dos nossos meios e recursos.
08 – Um calendário de eventos vai ser organizado pelo IPHS, versando sobre temas
03
específicos, como: Plano Diretor Municipal, Aprimoramento de Estatuto e Programa, Orçamento Participativo, Propostas Humanistas Solidaristas de reativação econômica municipal,
O Modo HS de governar Municípios, Aprofundamento Doutrinário HS, Eleições municipais,... Para que tais eventos alcancem seu pleno alcance, o IPHS continua aguardando que
as Regionais e Municipais informem seu interesse pela abertura de filiais e escritórios.
09 – Devemos abrir as portas à mandatários, militantes e filiados de outros Partidos que
se interessem pelo PHS, na medida em que se disponham a vestir a nossa camisa plenamente.
Vamos crescer, vamos chegar fortes em 2.004, mas não vamos cair no erro cometido por
muitos dentre os demais Partidos emergentes: para crescer, abrem-se as comportas e perde-se
qualquer tipo de identidade. Aqui, as disposições do Estatuto e do Programa devem ser cada
vez mais conhecidas e respeitadas; as pessoas ingressam no PHS, não fazem do PHS o que
lhes dá na cabeça.
10 – Não vamos perder de vista a Cláusula de Barreira e as diversas possibilidades que
estão ao nosso alcance para enfrenta-la. Mas essa preocupação passa, necessariamente,
pelo Partido mais forte que soubermos ver emergir da eleição municipal de 2.004. E essa é a
prioridade.
11 – Não há futuro para o Partido sem Juventude. A CEN vai dar todo o apoio aos jovens
que desejarem organizar uma JHUSOL com garra e fé.
12 – A leitura dos editais publicados pelo Informativo dá conta que a maioria de nossas
Municipais e Regionais nem está aí para esse negócio de Convenções... Pois acreditem que
essa norma veio para ficar, pois Unidade sem Convenções é Igreja sem Missa..
Esse feixe de doze balizamentos vai ser colocado em prática a partir de agora, contando
com o apoio de todos. Quem não quiser ficar para trás e perder o trem da História partidária no
Brasil, que se junte logo a nós, pois JÁ ESTAMOS A CAMINHO.
Humor:
Os Assaltantes Brasileiros
O
assaltante cearense: “Ei, bixim...Isso é um
assalto! Arriba os braços e num se bula nem
faça munganga... Passa vexado o dinheiro senão
eu planto a peixeira no teu buxo e boto teu fato
pra fora... Perdão meu Padim Ciço, mas é que eu to
com uma fome da moléstia...”
O
assaltante mineiro: “O sô, ocê aí! Presten
ção! Leban’os braços e fica quietin quesse
trêin na minha mão ta cheím de bala...É mio passá
logo os trocado e vai andando, sô... Uai, ta perando o que? Ara, sô!...”
O
assaltante gaúcho: “Ó guri, ficas atento; bah,
isto é um assalto... Levanta os braços e te
aquieta, tchê! Não tentes nada e cuidado que essa
faca corta que é uma barbaridade... Passa os pilas
pra cá e te manda, senão o quarenta e quatro fala!”
O
assaltante carioca: “Seguiiiinte, mérmão... Tu
se machucou, isso é um assalto! Passa a grana, meu nobre, e levanta os braços aí,
rapá... Não fica de bobeira que o berro atira bem pácas...Aí, vai andando e se olhar pra
trás tu vira presunto...Aí!”
O
assaltante baiano: “Ô meu rei...Isso é um assalto...Levanta os braços com calma,
não se avexe não... Ta bom, não precisa levantar pra cansar não...Vai passando a
grana bem devagarinho...Esquenta, não, eu deixo os documentos na próxima encruzilhada; vai em paz, meu rei...”
O
assaltante paulista: “Ô meu, isso é um assalto, meu... Alevanta os braços, meu...
Mais rápido, to com pressa, que ainda quero ver o jogo do Curíntian, meu...Pó, se
manda, meu...”
A
assaltante de Brasília: “ Caro povo brasileiro! Preciso pedir mais um esforço, preci
so a sua compreensão, a hora é grave e vamos aumentar o IR, o IPI, o IPVA, os
pedágios, a gasolina, o álcool, as tarifas aéreas, o COFINS, o PIS, o seguro obrigatório,
o gás engarrafado e o de rua... Fica todo mundo aí, bem quieto, não pia, paga em
silêncio, e vão votando, vão votando...”.
04
PHS - Informativo Oficial do Partido Humanista da Solidariedade
Cadiconde 2.003
Q
uem desejar habilitar-se para ser candidato às eleições municipais internas de
março 2.003, já pode inscrever-se no CADICONDE. Fácil: passa um e-mail para
[email protected], ou um fax para o (24) 2243 26 37, ambos à atenção
do IPHS. Informa que efetuou o depósito de R$ 8,00 (oito pratinhas) na conta do IPHS,
na Caixa Econômica Federal, Ag. 1651, Petrópolis/RJ, operação 003, c/c 00018690-0. E
pronto! Cuidado; o custo pode subir, se as despesas aumentarem.
A seguinte DELIBERAÇÃO da CEN deve ser observada:
1º - Todos os candidatos que desejarem inscrever os seus nomes, ou aceitarem que
sejam inscritos, em Chapas apresentadas às eleições internas municipais de março
2.003 (e regionais e nacional de abril e maio 2.003) deverão, em caráter obrigatório e sem
abertura de quaisquer exceções, comprovar previamente terem concluído a sua participação ao CADICONDE 2.003 (Curso de Capacitação para Dirigentes, Conselheiros e
Delegados do PHS, versão 2.003).
2º - Serão impugnadas, por vício insanável, todas as candidaturas que não atenderem ao requisito do item 1º , a qualquer tempo e por iniciativa de qualquer instância,
sendo responsabilizados diante dos Conselhos de Ética os dirigentes que tiverem aceito a inscrição de candidaturas que não tiverem observado a exigência prevista por esta
DELIBERAÇÃO.
Parágrafo Único – Caberá ao IPHS fornecer à CEN a lista de todos os Filiados ao
PHS que tiverem merecido avaliação positiva no seu teste final e feito jus ao seu Certificado de conclusão do CADICONDE 2.003.
3º - Estende-se a exigência desta Deliberação a todos os integrantes de Comissões
Diretoras Provisórias que estiverem em cumprimento de mandato no dia 1° de abril de
2.003, independente da instância.
4º - Considerado o caráter de absoluta obrigatoriedade da exigência do CADICONDE 2.003, fica limitada em R$ 8,00 (oito reais) a taxa de participação à cobertura dos
ônus do Curso, devida quando da inscrição ao Curso, e vigorando o sistema de bolsas
na proporção de 1:5, concedidas pelas Regionais e a seu critério, à medida da efetiva
inscrição dos Filiados.
Parágrafo Único – Informadas da inscrição de grupos completos de 5 (cinco)
candidatos, caberá às Regionais do PHS decidirem sobre a fórmula de uso do benefício:
atribuição de bolsas a determinados Filiados, desconto geral ao pro-rata, ou ainda
recebimento da importância correspondente.
5° - Fica o IPHS encarregado da administração do CADICONDE 2.003, até a
concessão dos Certificados de avaliação positiva aos Candidatos, após realização de
teste de aproveitamento;
6º - Os casos omissos serão resolvidos pelo IPHS, ad referendum da CEN/PHS.
Agora, passamos a aguardar as inscrições. Por favor, ninguém venha nos dizer, em
março 2.003, que não soube ou não teve tempo de inscrição... Oito pratinhas, quase um
semestre, e faremos do PHS o Partido dos sonhos de todos nós.
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Pois parabéns à BARRINHA/SP, que ela merece! No meio da tempestade eleitoral,
pediu para publicarmos o seu edital...
Aproveitamos para deixar claro que o IPHS PUBLICA os editais, sem interferir na
vida da Regional nem da Municipal. Se houver erro que possamos consertar, consertamos, mas não nos cabe saber se tal ou qual providência está certinha com a Regional. OK?
Nada a ver com Barrinha, mas aproveitamos a volta das eleições...
Primeira Convenção Municipal de Barrinha/SP – O Presidente da CDMP do PHS de
Barrinha/SP convoca todos os filiados para a sua primeira Convenção Municipal a realizar-se às 09h00/10h00 (1ª ou 2ª convocações) no dia 10 de novembro de 2.002, no Rancho
de Dr. Said Ibraim Saleh (endereço e informações sobre o acesso fácil dos filiados à
disposição na sede), com a seguinte OD: a) curso CIBAM para todos os Filiados; b)
eleição da Comissão Executiva Municipal, dos Delegados e dos Conselheiros de Ética e
Fiscal; c) assuntos administrativos. Barrinha, 25 de setembro de 2.0902. A]Luís Antonio
Rodrigues Cavalheiros, Presidente da CDMP.
Lembramos que o acesso ao local da Convenção deve ser fácil e barato, não sendo
motivo para impedir o comparecimento de qualquer filiado, pois este poderia pleitear a
nulidade da Convenção. No caso, deveria ter sido informado o local do rancho do Dr. Said,
mas a Municipal ainda pode remeter carta aos seus Filiados com as “dicas” necessárias.
Phs na TV em 2.003
A
CEN está pleiteando que nossos programas sejam exibidos em 24 de abril e 23 de outu
bro, com geração da TV Globo e Sistema Globo de rádio.
Podem crer que vamos caprichar!
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Art. IX – Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Serão de refúgio estas seis cidades para os filhos de Israel, e para o estrangeiro, e para o
que se hospedar no meio deles, para que nelas se acolha aquele que matar alguém involuntariamente. (Nm, 35,15)
A prisão não pode obedecer ao capricho, mas deve respeitar as normas jurídicas. Não se
pode admitir que mesmo o homem mais suspeito possa ser preso arbitrariamente e desaparecer sem mais no interior de uma prisão. Enviar alguém para um campo de concentração e
mantê-lo aí sem nenhum processo regular é zombar do Direito. (Pio XII, Alocução aos membros do VI Congresso de Direito Penal, 1.953)
Toda pessoa deve ser protegida contra prisão arbitrária ou qualquer outra interferência
nos direitos humanos fundamentais (Declaração da II Assembléia do Conselho Mundial de
Igrejas, Evanston, 1.954).
Solidarismo (Padre Ávila)
Is 51,14; 61,1.
Q
uem desejar encomendar o livro, que é o nosso farol, basta remeter (R$ 11,00) onze reais
para a conta do IPHS (00018690-0, operação 003, Ag. 1651, Petrópolis, CEF), e passar
fax ou e-mail para os mesmos aparelhos informados no tópico CADICONDE. E receberá o
seu exemplar, e saberá por que estamos nessa caminhada.
Municipal sem um exemplar do “Solidarismo”, queiram perdoar-nos, mas não tem nada
a ver com o PHS. Estamos fazendo a nossa parte, que é de disponibilizar todo o material
necessário e suficiente; mas a contrapartida, que é queimar as pestanas, essa é com os
Irmãos e Irmãs de todo o Brasil...
Carta da Paraíba
A
migo José Taunai Dantas, rua Nelson Rodrigues, 273, 1° andar, bairro Santo Antonio,
Patos/PB, 58701-130:
Você quer inscrever-se no CADICONDE? Pois as informações vão todas no tópico
CADICIONDE 2.003. As inscrições são feitas pelos Filiados diretamente ao IPHS, informando as suas Regionais para efeito do aproveitamento das bolsas. Mas o fato de haver
divergências entre uma Regional e determinada Executiva ou Provisória Municipal, não
impede ninguém de capacitar-se para concorrer, democraticamente, às eleições internas de
março.
Aguardamos a sua inscrição, e de todos os Candidatos de Patos, na Paraíba.
Outubro - 2002
Parabéns para vocês!
Parabéns para o PHS!
A
todos e todas que contribuíram para o desempenho do PHS nas eleições de outubro, os
nossos parabéns. Vocês foram leões e leoas, tirando partido das mínimas oportunidades.
Os Candidatos vitoriosos, Caminha e Geraldo, sejam os primeiros a receber o nosso
abraço; mas do mesmo modo queremos cumprimentar os Candidatos que quase chegaram lá,
os que ficaram mais longe um pouco, os que não decolaram; e aqueles que ficaram, mais uma
vez, com os papéis anônimos de pavimentar o caminho e carregar o andor para o brilho de
outros irmãos e irmãs. E não esqueçamos os que se sacrificaram para que determinada estratégia pudesse ser desenvolvida, aqui e ali.
Parabéns, PHS. Você pode parodiar os gladiadores da Roma antiga que cumprimentavam
os Césares com a célebre frase: “Ave, Caesar, morituri te salutant!”; “Salve, César, os que vão
morrer te saúdam!”. Pois o PHS pode cumprimentar o Brasil de outro modo: “Salve, Pátria que
é a minha razão de ser! O PHS sobrevivente, mais forte e aguerrido do que nunca, o PHS que
vai viver, te saúda!”.
Parabéns a todos, Irmãos e Irmãs. E vamos em frente, pois o Brasil conta conosco.
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Informativo Outubro 2002