Notícias Notícias Notícias No
DGS vai emitir primeira orientação clínica
Protocolo sobre medicamentos para a IVG
A Direcção-Geral de Saúde vai publicar a primeira norma de orientação clínica, definindo quais os
medicamentos utilizados, e como
devem ser administrados na Interrupção Voluntária da Gravidez
(IVG). O anúncio foi feito pelo
Director-Geral de Saúde, Francisco George durante a cerimónia
que assinalou o Dia Mundial da
Saúde.
“Estamos a trabalhar para emitir
normas sobre a forma de protocolos para diagnóstico e tratamen-
to das novas doenças”, referiu o
Director-Geral de Saúde.
O primeiro protocolo será sobre
os medicamentos para a IVG, nomeadamente o nifepristone, um
fármaco que ainda não é comercializado em Portugal, mas que se
encontra disponível noutros países
europeus. Francisco George revelou, no entanto, que “já se iniciaram
os procedimentos com vista a segurar a disponibilidade deste medicamento” no nosso país, que será
utilizado “com critérios clínicos que
estão normalizados no quadro de
um protocolo que deverá ser observado por todos os médicos”.
Este medicamento (também designado de Ru486) é uma substância
recomendada, desde 2005, pela
Organização Mundial de Saúde para
a IVG em meio hospitalar.
O nifepristone, embora seja destinado ao tratamento da úlcera péptica e à prevenção de lesões gastroduodenais, também é utilizado
na indução do trabalho de parto ou
no aborto terapêutico.
Relatório da ERS aponta falhas no sistema
Unidades de saúde sem licenciamento
ROF
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8
A Entidade Reguladora da Saúde
(ERS) apresentou um relatório que
aponta falhas ao sistema de licenciamento das unidades privadas de
saúde. De acordo com esta entidade, quatro em cada cinco estabelecimentos de saúde privados
funcionam à margem da lei, não
tendo sido alvo de fiscalização por
parte da Comissão de Verificação
Técnica (CVT), nem de licenciamento pela Direcção-Geral da Saúde.
A inexistência de um único diploma jurídico comum para o processo de licenciamento é apontado pela ERS como um factor
preponderante para a morosidade, complexidade e falta de eficiência do sistema. Para solucionar
este problema, a ERS recomendou
ao Ministério da Saúde uma revisão legislativa que crie um regime-quadro com normas gerais
que abarquem todos os tipos de
unidades e defina as especificidades técnicas de cada valência num
regulamento autónomo próprio.
No caso específico dos laboratórios de análises clínicas e de anatomia patológica, o estudo da ERS
revela que apenas 86 unidades
estão licenciadas, num universo
de 400. Esta constatação apenas
vem reforçar o conjunto de alertas
e problemas que a Ordem dos
Farmacêuticos tem vindo a identificar no sector. Desde 2004,
foram apresentadas pela Ordem
A Ordem apresentou propostas para agilizar os processos de licenciamento
e inspecção dos laboratórios de análises clínicas
ao Ministério da Saúde propostas
para resolver esta problemática,
donde se destaca a necessidade
de agilizar os processos de licenciamento e inspecção; a constituição de uma bolsa de inspectores
qualificados, composta por especialistas da Ordens dos Farmacêuticos e Médicos; a validação técnica anual efectuada pelos
especialistas, com encargos a suportar pelos laboratórios e que
serviria como base idónea para o
licenciamento pela Comissão Técnica Nacional (CTN); e a criação
de uma comissão de acompanhamento com representações das
CVT e da CTN para a validação dos
procedimentos. Perante a proposta da ERS para a constituição de
uma entidade independente de inspecção, a Ordem dos Farmacêuticos
disponibilizou-se também para assumir esta responsabilidade em
relação aos laboratórios de análises clínicas, realçando que dispõe
de peritos idóneos e qualificados,
apenas necessitando do enquadramento legal para a sua implementação.
as Notícias Notícias Notícias
Inquérito sobre a qualidade dos serviços de saúde
Farmacêuticos no topo das avaliações
Índices de Avaliação da Qualidade dos Serviços de Saúde
100
80
60
40
20
tidades nos últimos anos, confirmando a aposta ganha da profissão
Serviço de Urgências
Serviço de Imagiologia
Médicos
Intervenções Cirúrgicas
Farmácias
Enfermeiros
Dentistas
Centros de Saúde
Consultas Médicas
de Especialidade
0
Análises Clínicas
Um inquérito realizado pela empresa de estudos de opinião Aximage atribui aos serviços prestados pelas farmácias e laboratórios
de análises clínicas a melhor classificação entre os restantes serviços de saúde disponibilizados no
nosso país. Desenvolvida em colaboração com a empresa de comunicação Yprod, este barómetro
fornece, pela primeira vez, um
vasto conjunto de apreciações sobre a avaliação dos Portugueses
em relação à qualidade dos diferentes serviços de saúde. Num
índice de avaliação entre 0 e 100,
os 504 inquiridos relacionam o
serviço prestado pelas farmácias
e laboratórios de análises clínicas
portuguesas com os mais altos
padrões de qualidade entre todos
os agentes, instituições e serviços
específicos de saúde disponibilizados à população.
Estes resultados apenas coincidem
e reforçam todos os que vêm sendo apresentados por diversas en-
farmacêutica na Qualidade e dedicação aos doentes.
INFARMED prepara nova campanha de informação
Quota de genéricos atinge novo máximo
acordo com os últimos dados revelados pelo INFARMED.
Em termos de embalagens vendidas, os genéricos registaram um
crescimento de 28,2%, o que corresponde a uma quota de 10,78%.
O grupo fármacoterapêutico com
O INFARMED vai organizar uma nova campanha de promoção dos medicamentos
genéricos
maior representatividade foi o dos
antidislipidémicos, com 20,8% no
total de consumo de genéricos em
valor e 9,5% em volume.
As substâncias activas de maior
consumo, em valor, foram a sinvastatina, o omeprazol e a pravastatina com 36,2%. Já em volume,
as substâncias no topo da lista foram a nimesulida, a sinvastatina e
o omeprazol, com 23,7%. Para
manter estes resultados, o INFARMED anunciou também a intenção
de organizar uma nova campanha
de promoção de genéricos. Nas
acções estarão incluídas a criação
de um gestor do medicamento genérico, uma maior facilitação na
submissão de autorização de introdução no mercado e a criação de
um indicador genéricos/outros
medicamentos na avaliação de desempenho dos centros de saúde
e consultas hospitalares.
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ROF
A quota de mercado dos medicamentos genéricos voltou a assumir
uma tendência de crescimento,
tendo atingido no mês de Fevereiro os 17,04%, em valor – um
crescimento de 29% relativamente a igual período de 2006 –, de
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Regional
Formação promovida pela Secção Regional do Porto
Curso de “Biologia Molecular” actualiza conhecimentos
A Secção Regional do Porto (SRP)
da Ordem dos Farmacêuticos (OF)
realizou, entre 7 e 22 de Março,
um curso subordinado ao tema
“Biologia Molecular”. Leccionado
pelos professores da Universidade
Fernando Pessoa, João Carlos
Sousa e José Cabeda, a formação
pretendeu proporcionar uma actualização de conhecimentos e aquisição de novos conceitos naquela
área, tendo contado com uma
elevada participação.
Foram abordadas neste curso as
noções básicas da genética microbiana e humana, bem como técnicas e aplicações da genética na
saúde humana. O programa debruçou-se sobre questões relacionadas
com a natureza da cromatina, designadamente a constituição química dos ácidos nucleicos, estrutura
em dupla hélice do ADN, estrutura
da cromatina, tipos de RNA e sua
estrutura e tipos de material genético na célula. Por outro lado, foram
focadas as noções básicas da replicação, transcrição e tradução.
O curso “Biologia Molecular” fez
ainda uma abordagem às técnicas
de estudo genético sem e com amplificação de ácidos nucleares.
A acção de formação decorreu nas
instalações da SRP e foi creditada
pela OF com 3 CDP mediante avaliação e 2 CDP sem avaliação.
Acção de formação vai na terceira edição
“Vírus e Cancro” foram temas de mais um curso
Coordenado pelo investigador em
Oncologia Molecular do Instituto
de Oncologia do Porto, Rui Medeiros, a Secção Regional do Porto (SRP) da Ordem dos Farmacêuticos (OF) levou a cabo, uma
vez mais, o curso “Vírus e Cancro”. A terceira edição decorreu
durante os meses de Fevereiro e
Março e contou com a participa-
ção de mais quatro formadores:
Daniela Pinto e Hugo Sousa, ambos mestres de Oncologia do Instituto de Ciências Biomédicas Abel
Salazar, Raquel Catarino, mestre
de Genética Molecular da Universidade do Minho e Ana Coelho,
licenciada em Bioquímica pela
Universidade do Porto. O curso,
que decorreu nas instalações da
SRP e foi creditado pela OF, esteve dividido em cinco módulos:
noções básicas sobre virologia
geral, uma análise aos vírus em
oncologia, a demonstração de
alguns tipos de vírus, a perspectiva do vírus como um agente infeccioso oportunista e, finalmente, a prevenção e o diagnóstico
precoce.
PEDIDO PARA O NOVO CARTÃO DE SÓCIO OF
ROF
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28
Internacional
Moçambique – Simpósio assinala aniversário
Dez anos a formar farmacêuticos
A Ordem dos Farmacêuticos, o Instituto Superior de Ciências e Tecnologias de
Moçambique e a PharmaPortugal organizaram, em Maputo, um simpósio
comemorativo dos dez anos da licenciatura em Farmácia naquele país.
O simpósio reuniu em Moçambique diversas personalidades com responsabilidades na implementação e coordenação da
licenciatura em Farmácia
para o funcionamento do curso ou
na cedência de docentes para leccionar algumas disciplinas. Este
processo de cooperação promovido pela OF permitiu a qualificação
de quase meia centena de farmacêuticos moçambicanos, colmatando uma lacuna de formação
avançada na área farmacêutica
existente até então no país.
Para assinalar esta importante
data no calendário farmacêutico
moçambicano, o ISCTEM, a OF e
a PharmaPortugal organizaram
um simpósio dedicado ao “Valor
Acrescentado da Intervenção Farmacêutica”, reunindo na capital
moçambicana um conjunto de personalidades e entidades que estiveram e estão envolvidas no curso
de Farmácia em Moçambique.
O evento contou com a participação do ministro da Saúde de Moçambique, Paulo Ivo Garrido, que,
deste modo, demonstrou o seu
apoio à existência de uma formação graduada de farmacêuticos
no país. Ivo Garrido enalteceu o
papel que o ISCTEM tem vindo a
desempenhar na formação e qualificação de farmacêuticos moçambicanos, contribuindo, deste modo,
para o desenvolvimento do sector
farmacêutico no país.
75
ROF
H
á dez anos atrás, um protocolo assinado entre a Ordem dos Farmacêuticos
(OF) e o Instituto Superior de Ciência e Tecnologia de Moçambique
(ISCTEM), direccionado, particularmente, para a colaboração nas
áreas pedagógica e científica, criava as condições para o aparecimento de uma primeira licenciatura em Farmácia naquele país.
No entanto, ao longo destes anos,
muitas outras entidades se envolveram neste processo, seja ao
nível da estruturação do conteúdo
programático da licenciatura, na
criação de condições logísticas
29
Internacional
Meia centena
de farmacêuticos já formados
Após a sessão de abertura marcada pela intervenção do ministro da
Saúde, o Reitor do instituto, Leopoldo Costa, e o coordenador do
curso de Farmácia, Maurício Barbosa, recordaram o caminho percorrido ao longo da última década
e convidaram alguns ex-alunos a
apresentarem os seus testemunhos
sobre a mais-valia da formação que
receberam no ISCTEM e o seu contributo em termos profissionais.
Ainda durante a manhã, houve
também oportunidade para o representante da APIFARMA, Thebar
Miranda, apresentar o projecto
PharmaPortugal e as diferentes
parcerias na área da Saúde. Após
um almoço-convívio onde os participantes puderam trocar experiências sobre a intervenção farmacêutica nos países lusófonos,
coube ao Bastonário da Ordem dos
Farmacêuticos de Portugal, José
Aranda da Silva, introduzir o tema
da acessibilidade, qualidade e segurança dos medicamentos, um
assunto que foi abordado pelo vice-presidente do INFARMED, Hélder
Mota Filipe, por Suraya Nhanlá, do
Departamento Farmacêutico do
Ministério da Saúde de Moçambique, por José Guimarães Morais,
na qualidade de membro da Comissão de Avaliação de Medicamentos (CAM), e pelo farmacêutico Feliciano Maurício, do Hospital
Central de Moçambique.
O evento terminou com a realização de um painel moderado pelo
presidente do Conselho para a
Cooperação da Ordem dos Farmacêuticos, João Silveira, onde
os professores das Faculdades
de Farmácia das Universidades
de Coimbra e Porto, Margarida
Caramona e Sousa Lobo, respec-
tivamente, explicaram as valências
do farmacêutico e o seu âmbito
de intervenção na sociedade, enquanto especialista do medicamento. No final da sessão a farmacêutica Bijal Modi traçou os
grandes desafios da Farmácia em
Moçambique para os próximos
anos: a formação de mais profissionais, a intervenção do farmacêutico nos processos de regulamentação do sector e a criação
de condições adequadas para o
funcionamento do circuito do medicamento.
De referir apenas que a Ordem
dos Farmacêuticos irá também
realizar uma cerimónia comemorativa deste 10.º aniversário da
licenciatura em Farmácia no ISCTEM, no Salão Nobre da Ordem
dos Farmacêuticos, uma sessão
que contará com a presença do
ministro da Saúde de Moçambique, Paulo Ivo Garrido.
Cooperação farmacêutica reforçada
Ordem vai coordenar licenciatura em Farmácia em Angola
O Reitor da Universidade Agostinho Neto recebeu os membros da Direcção
Nacional da Ordem dos Farmacêuticos
ROF
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30
O Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, José Aranda da Silva,
deslocou-se a Angola para um conjunto de encontros com representantes das autoridades angolanas
ligadas ao Ensino e à Saúde. A visita contribuiu para estreitar os
laços de cooperação entre farmacêuticos lusófonos e reforçar o
empenho dos farmacêuticos portugueses no desenvolvimento de
iniciativas de cooperação em saúde neste país.
A criação de uma licenciatura em
Farmácia foi uma das iniciativas
acordadas numa reunião conjunta
entre a Ordem dos Farmacêuticos,
o Reitor da Universidade Agostinho
Neto, a Associação Angolana de
Profissionais de Farmácia (Assofarma) e representantes do Ministério da Saúde.
Respondendo ao repto das autoridades angolanas para a criação
da primeira licenciatura pública em
Farmácia em Angola, a Ordem dos
Farmacêuticos, em conjunto com
as autoridades angolanas, está já
a preparar um plano curricular da
licenciatura, que contará com o
apoio de alguns docentes das diversas Faculdades de Farmácia
portuguesas.
Este reforço da cooperação lusófona dos farmacêuticos portugueses surge na sequência de diversas
iniciativas já em curso, envolvendo
actividades de apoio à formação
pré e pós-graduada, iniciativas promotoras de melhores condições de
acesso, qualidade e segurança dos
medicamentos e o desenvolvimento de cuidados de saúde nos países
de língua oficial portuguesa.
Avenue de Tervueren 300, B-1150 Brussels, Belgium
International Office
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Tel +32 2 743 1542 – Fax +32 2 743 1550
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(Include country code)
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Branch: 1 Hospital
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1 Disease Management
1 Drug Delivery
1 Drug Utilisation
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1 Education
1 Endocrinology
1
1
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1
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1
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1
Geriatrics
HIV/AIDS
Hospital Pharmacy
Infectious Diseases
Integrated Care
Managed Care
Medicine Information
Neurology
Nutrition
Oncology
Paediatrics
Pharmaceutical Care
Pharmacoeconomics/Outcomes
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Pharmacology
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Pharmacotherapy
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Primary Care
Pulmonary
Regulatory Affairs
Substance Abuse/Toxicology
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Fax: +32 2 743 1550
Acesso a informação científica e actividade formativas
Parceria OF e Sociedade Europeia de Farmácia Clínica
A parceria entre a Ordem dos Farmacêuticos (OF) e a Sociedade
Europeia de Farmácia Clínica (ESCP)
visa a creditação, para efeitos de
revalidação da carteira profissional,
de conferências e outras acções
de formação organizadas pela
ESCP, uma das associações líderes
na oferta de actividades educativas
e científicas para farmacêuticos e
investigadores na área da saúde.
Os seus encontros científicos anuais
constituem uma oportunidade para
actualizar conhecimentos, trocar
experiências com colegas e conhecer a realidade de outros países.
A cada quatro anos, a ESCP organiza uma conferência em conjunto
com a sua congénere norte-americana, o American College of Clinical Pharmacy, além de apoiar
regularmente projectos de investigação e dinamizar grupos de interesse especial (Special Interest
Groups - SIGs) em numerosas áreas,
como a farmacocinética, a oncolo-
gia, a geriatria, a farmacoepidemiologia, a farmacoeconomia e a informação sobre medicamentos.
Fruto desta parceria, os membros
da OF beneficiam de um desconto
de 15% na inscrição anual na ESCP,
possibilitando o acesso a informação sobre a prática profissional e
investigação em farmácia clínica e
cuidados farmacêuticos, através
da revista Pharmacy World & Science – uma revista científica indexada
no Medline e noutras bases de
dados bibliográficas (os membros
da ESCP recebem a revista na morada indicada e o acesso on-line a
todos os números anteriores – e
sobre farmacoterapia, através do
Pharmacotherapy Self-Assessment
Programme (PSAP) – uma fonte
de referência para os farmacêuticos nos EUA –, além de poder beneficiar de inscrições a preços
reduzidos nos eventos organizados
pela ESCP e aceder ao seu site e
newsletter.
Para se tornar membro desta Sociedade Científica deverá preencher
e enviar o formulário de inscrição
da pág. 31 por fax ou por correio
para o número ou morada indicados.
Farmácia foi tema de campanha presidencial francesa
Candidatos defenderam sector farmacêutico regulado
medicamentos, evocando os casos de sobredosagem de paracetamol verificados nos EUA e Reino
Unido para sugerir o conceito de
“medicação assistida”, ao invés
de “automedicação”. Sarkozy garante que dará “opção de escolha
aos farmacêuticos franceses de
poderem administrar a sua empresa”, opondo-se à liberalização
do capital total das farmácias.
Na mesma linha de raciocínio,
Ségolène Royal defende também
a exclusividade da farmácia na
dispensa de medicamentos, revelando não ser sua intenção alterar
o actual modelo em vigor no País.
“O princípio do farmacêutico proprietário da sua farmácia é útil
para a proximidade da oferta e
para evitar devaneios capitalistas”,
disse a candidata socialista em
entrevista à revista da FSPF. Ségolène Royal revela ainda que se
deve manter uma política de desenvolvimento do mercado de medicamentos genéricos.
François Bayrou insiste, por sua
vez, no princípio de que “o medicamento não é um produto de
consumo qualquer”, justificando
assim um reforço do papel do
farmacêutico. “Só o farmacêutico,
graças às verificações que efectua
e aos conselhos que fornece no
momento da dispensa, garante a
boa qualidade do tratamento”,
realça Bayrou.
No que se refere ao candidato
Jean-Marie Le Pen, também existe uma forte rejeição à venda de
medicamentos nas grandes superfícies, sob pena dos farmacêuticos
perderem a sua independência.
Le Pen considera inaceitável a
constituição de cadeias de farmácias, “cujas acções serão apenas
motivadas pelos dividendos”.
76
ROF
Os quatro candidatos à presidência francesa – Nicolas Sarkozy,
Ségolène Royal, François Bayrou
e Jean-Marie Le Pen – têm ideias
semelhantes sobre o sector farmacêutico gaulês. A manutenção
da venda exclusiva de medicamentos nas farmácias e a oposição à
liberalização da sua propriedade
foram alguns princípios que geraram consensos durante a campanha eleitoral.
Em entrevistas concedidas à última edição da revista da Federação
dos Sindicatos dos Farmacêuticos
Franceses (FSPF), nenhum dos
candidatos que se apresentaram
a sufrágio demonstrou ter intenção de alterar nenhum dos pilares
fundamentais da actividade farmacêutica em França.
Nicolas Sarkozy defende a manutenção de um “monopólio dos farmacêuticos” sobre a venda de
33
Análises Bromatólogicas
Hidrológicas e Toxicológicas
CNF 2007 – Sessões Paralelas
Preservar a Saúde Pública
Os temas em discussão durante a Sessão Paralela do Congresso Nacional dos
Farmacêuticos dedicada área das Análises Bromatológicas, Hidrológicas e
Toxicológicas evidenciaram os novos horizontes da intervenção farmacêutica.
O exercício profissional neste domínio incide sobre aspectos relacionados com a
garantia da qualidade do objecto da análise, exigindo um forte sentido de
responsabilidade pelo impacto que pode vir a ter para a Saúde Pública
E
ROF
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34
stando o primeiro dia do
Congresso Nacional dos Farmacêuticos (CNF) 2007
reservado, quase exclusivamente,
às Sessões Paralelas de cada área
profissional, coube aos Colégios e
Grupos Profissionais da Ordem dos
Farmacêuticos (OF) promover os
debates em torno das grandes
questões que afectam o exercício
da profissão na sua respectiva área
de intervenção. No que se refere
ao Grupo Profissional de Análises
Bromatológicas, Hidrológicas e
Toxicológicas (GPABHT) houve a
preocupação de abordar temas
revestidos de actualidade, começando, desde logo com a problemática da Obesidade Infantil.
Na intervenção inicial, a cargo de
Cristina Padez, do Departamento
de Antropologia da Universidade
de Coimbra, foi apresentado um
estudo nacional que demonstra
que cerca de 30% das crianças
entre os 7 e os 9 anos têm excesso de peso ou obesidade. Esta especialista defendeu, por isso, a
urgência de uma intervenção, através de um programa alargado e
interdisciplinar, para combater e
prevenir os valores actuais. Neste
sentido, foi sugerido o envolvimento das autoridades, das escolas,
dos profissionais de saúde, da indústria alimentar, dos media e dos
próprios familiares, uma vez que
os seus hábitos constituem um
importante factor de risco para
este aumento tão acentuado da
prevalência de obesidade infantil
nas últimas décadas.
No painel seguinte, Manuela Rebordão, do Laboratório de Análises
Clínicas do Hospital Militar de Belém, debruçou-se sobre as Alergias
Irene Silveira e Manuel Veríssimo formaram o painel reservado à Geriatria
Alimentares, começando por efectuar a sua distinção face à hipersensibilidade alimentar. De acordo
com esta especialista, as manifestações clínicas de uma alergia alimentar estão correlacionadas com
a idade e podem envolver múltiplos
órgãos ou sistemas, predominando, no entanto, o gastrointestinal,
o muco-cutâneo e o respiratório.
Manuela Rebordão explicou o mecanismo imunológico de resposta
alérgica, caracterizado pela produção de anticorpos IgE ou pelo
envolvimento de outras células e
mediadores do sistema imunitário.
A especialista em Análises Clínicas
pela OF efectuou também uma
análise sobre os alimentos mais
frequentemente envolvidos na sensibilização a alérgicos de origem
animal e vegetal e revelou que as
estimativas internacionais indicam
que 8% da população pediátrica e
2% da adulta é afectada por fenómenos de alergia alimentar.
Diagnóstico
e tratamento de alergias
A terminar a sua intervenção, Manuela Rebordão falou sobre o diagnóstico das alergias, que se baseia na história clínica detalhada,
no estudo das IgE específicas, na
execução de testes cutâneos por
picada e em provas de provocação alimentar, e sobre o seu tratamento, onde a terapêutica farmacológica não é habitualmente
utilizada – apenas em casos de
anafilaxia –, assentando sobretudo na não ingestão dos alimentos
identificados. No entender desta
especialista, os avanços crescentes no conhecimento da estrutura
Agentes provocam
lesões no genoma
Os Genotóxicos foram outro dos
temas em destaque, com o investigador do Centro de Investigação
em Genética Molecular Humana,
Nuno Oliveira, a identificar alguns
agentes físicos e químicos que induzem lesões no genoma humano,
um dos principais objectivos da
Toxicologia Genética. Nesta sessão
ficou demonstrado que a avaliação
do potencial mutagénico destes
agentes tem aplicação transversal
a todos os campos de intervenção
dos farmacêuticos: avaliação da
segurança dos medicamentos, novos alimentos, aditivos alimentares,
poluentes ocupacionais e ambientais e contaminantes de alimentos.
Nuno Oliveira apresentou alguns
ensaios laboratoriais específicos
para avaliação dos genotóxicos,
bem como os resultados de uma
investigação sobre a genotoxicidade da acrilamida, presente em
vários alimentos de consumo humano.
Ana Sanches Silva, da Faculdade
de Farmácia da Universidade de
Compostela, efectuou uma prelecção em torno das interacções
entre as embalagens e os alimentos. Esta farmacêutica começou
por explicar que a embalagem,
colocando-se entre o produto embalado e o seu ambiente, tem
como missão fundamental reduzir
ao mínimo a incidência de factores externos, protegendo, portanto, a integridade do produto e
conservando a sua qualidade e
características nutritivas, sensoriais e sanitárias. A União Europeia (UE) está a desenvolver uma
regulamentação relativa aos materiais em contacto com alimentos, procurando que não sejam
transferidos componentes aos alimentos em quantidades que possam representar um perigo para
Fernando Ramos, coordenador do
GPABHT, moderou um painel sobre
Novos Alimentos
Temas abordados:
Obesidade Infantil
Alergias Alimentares
Genotóxicos
Embalagem de Alimentos
Geriatria, Alimentação
e Medicamentos
Novos Alimentos
a saúde humana ou provocar modificações ou alterações das características organolépticas.
O projecto de investigação financiado pela UE, denominado FoodMigrosure, visa assegurar a segurança alimentar e evitar alguns
escândalos que saltaram para a
praça pública,
Análise dos
alimentos funcionais
No painel dedicado à Geriatria,
Alimentação e Medicamentos,
Manuel Veríssimo, do Hospital da
Universidade de Coimbra, defendeu a necessidade de formação
na área da geriatria, especialmente no que diz respeito ao relacionamento da nutrição com a acção
de medicamentos. Os objectivos
desta ciência, refere o especialista, são o favorecimento de um
envelhecimento saudável e a preservação da qualidade de vida,
onde a alimentação exerce um
papel fundamental. Manuel Veríssimo explicou os tipos de interacção entre medicamentos e alimentos, que podem gerar alterações
ao nível da biodisponibilidade e da
toxicidade. Assim, o especialista
defendeu que o mau estado nutricional pode comprometer o metabolismo dos fármacos e que o
tratamento medicamentoso pode
ter um efeito deletério no estado
nutricional.
O último orador da Sessão Paralela reservada às Análises Bromatológicas, Hidrológicas e Toxicológicas foi o farmacêutico espanhol
Montaña Câmara Hurtado, da
Universidade Complutense de Madrid. Na opinião deste especialista, os novos alimentos funcionais
merecem maior atenção do farmacêutico, em particular pela sua
reclamação de propriedades de
saúde e pela sua correlação com
terapêuticas instituídas.
O objectivo do desenvolvimento de
novos alimentos visa, por um lado,
uma maior resistência face a agentes exteriores como os insectos
e herbicidas, e, por outro, conseguir produções superiores, tanto
em qualidade como em quantidade e contendo mais ingredientes
ou determinados aminoácidos
mais benéficos para a saúde ou
até mesmo a obtenção de alimentos funcionais. Ou seja medicamentos que afectam positivamente o funcionamento do organismo,
promovendo um efeito fisiológico
ou psicológico distinto do valor
nutricional tradicional, podendo
mesmo dar-se o caso da substância não ter qualquer valor nutritivo. Nesta última intervenção, Montaña Hurtado perspectivou o
futuro desta área distinguindo a
evolução tecnológica e agronómica, com efeitos ao nível da genética e biodisponibilidade, da massificação dos alimentos funcionais,
naturalmente mais saudáveis e
com maior valor nutritivo.
76
ROF
dos alergénios alimentares, da
sua clonagem e produção biotecnológica, a par da engenharia genética, permitem perspectivar a
produção de alimentos não alergénicos, bem como o desenvolvimento de terapêuticas capazes
de manipular a resposta imunológica.
35
Análises
Clínicas
CNF 2007 – Sessões Paralelas
Tendências actuais do analista clínico
Os profissionais presentes nas Sessões Paralelas reservadas às Análises Clínicas
presenciaram um conjunto de apresentações com grande actualidade no exercício
profissional do farmacêutico analista clínico. A identificação de polimorfismos
genéticos, as novas potencialidades do Boletim Analítico decorrentes do uso das
novas tecnologias de comunicação e o reconhecimento da especialidade no espaço
europeu foram temas que suscitaram amplo debate entre a assistência
A
ROF
76
36
s Sessões Paralelas dedicadas às Análises Clínicas começaram por focar o Papel
do Laboratório Clínico na Medicina
Personalizada, com particular relevo para a farmacogenómica. Os
especialistas espanhóis Pedro Martinez, Francisco Ruiz Espejo e Isabel Tovar, do Hospital Virgen de la
Arrixaca, falaram sobre a diversidade individual do genoma, enquanto responsável pela modificação
da resposta a alguns medicamentos. Segundo referiram, há medicamentos que funcionam bem em
alguns doentes, que são ineficazes
noutros e que, noutros ainda, causam reacções adversas. Assim, a
informação genética é um contributo de elevada importância para
a melhoria de ajustes terapêuticos
e para a prevenção de efeitos
secundários. Estes especialistas
espanhóis acrescentaram que a
identificação laboratorial do polimorfismo genético, nomeadamente dos genes da família CYP450,
é um meio eficaz para caracterizar a resposta individual, principalmente no que aos medicamentos
antidepressivos e antipsicóticos
diz respeito. No entanto, para que
este trabalho tenha os resultados
na relação custo-benefício é extremamente importante que seja realizado num clima de estreita colaboração entre os clínicos e os
laboratórios de análises clínicas
que realizam estas determinações.
No segundo painel do dia os analistas clínicos presentes no Auditório II do Centro de Congressos
de Lisboa assistiram a duas interessantes intervenções sobre a
Fase Pós-Analítica, sobre as ques-
Os especialistas em Análises Clínicas debateram problemas como o reconhecimento da própria especialidade nos países da União Europeia.
Temas abordados:
Papel do Laboratório Clínico na Medicina Personalizada
Fase Pós-Analítica, o Boletim Analítico
Farmacêutico Analista Clínico na Europa
tões relacionadas com o próprio
Boletim Analítico, como o formato,
os parâmetros, os valores de referência ou os prazos de entrega
aos utentes. Neste capítulo, o líder de um grupo de investigadores
do Instituto de Engenharia Electrotécnica e Telemática de Aveiro,
João Paulo Cunha, apresentou a
Rede Telemática Saúde (RTS),
como plataforma para a troca de
informação clínica. Segundo este
orador, as novas formas de comu-
nicação electrónica de informação
clínica colocam um conjunto de
oportunidades e desafios ao Boletim Analítico, mas também levantam novas questões que ainda estão em aberto, como o acesso, a
segurança e a confidencialidade
dos dados que nele constam.
A RTS, explicou João Paulo Cunha,
ainda está na infância, mas as
suas potencialidades fazem com
que o projecto não seja abandonado. Permite, por exemplo, o aces-
so a todo o histórico de análises
clínicas proveniente de diversas
instituições, além do envio electrónico do Boletim dos prestadores
(públicos ou privados) para o médico requisitante.
Confidencialidade
numa perspectiva legal
A questão do acesso aos processos clínicos por parte dos farmacêuticos analistas clínicos foi abordada pelo Juiz Desembargador
Auxiliar do Tribunal da Relação do
Porto, Joaquim Gomes. Começando por realçar a legislação que foca
esta problemática, o magistrado
sublinhou que o tratamento dos dados de validação biopatológica está
sujeito ao regime de informação de
saúde e protecção de dados. No
entanto, o estatuto de autonomia
do farmacêutico especialista em
Análises Clínicas permite-lhe veicular
ao utente não só os resultados do
Boletim Analítico sempre que não
tenha havido requisição médica,
mas também quando considerado
pertinente prestar essa informação,
designadamente por aquele não revelar qualquer patologia ou por ser
necessário tomar providências urgentes.
No painel da tarde desta Sessão
Plenária, intitulado “Farmacêutico
Analista Clínico na Europa”, Pedro
Martinez e Jean Pierre Molgatini,
dois especialistas oriundos de Es-
Cristina Marques, do Colégio da Especialidade em Análises Clínicas, introduziu
a temática de Medicina Personalizada
panha e França, testemunharam
o desempenho profissional dos
analistas clínicos nestes países e
os requisitos e procedimentos para
a atribuição do título de especialidade. Na Europa estima-se a existência de 20 mil laboratórios privados e 15 mil públicos, envolvendo
17 mil farmacêuticos e 10 mil médicos, num universo de 45 mil especialistas. Nas experiências apresentadas a formação da
especialidade é ministrada exclusivamente a nível hospitalar, através
da abertura de concursos anuais
e em instituições com idoneidade
reconhecida para tal. No final da
apresentação, o especialista francês Jean Pierre Molgatini reforçou
a ideia de que o reconhecimento
da especialidade no espaço europeu, através da Directiva
36/2005/CE em transposição,
deverá observar o disposto em relação à definição de plataformas
comuns, que ao nível dos analistas
clínicos deverá ocorrer no âmbito
do European Confederations of Clincal Chemistry and Laboratory Medicin (EC4).
Ordem e associação profissional espanhola assinam protocolo
Acordo promove formação de analistas
clínicos ibéricos
76
Clínicos, que ocorrerão, de forma alternada, em Portugal
e Espanha, estando a primeira edição prevista para nosso
país durante o próximo ano.
ROF
A Ordem dos Farmacêuticos (OF) e a Associação Espanhola de Farmacêuticos Analistas (AEFA) rubricaram um acordo
durante o Congresso Nacional dos Farmacêuticos 2007
comprometendo-se a levar a cabo acções comuns no âmbito
das análises clínicas, as quais visam, como objectivo central, a formação contínua, a participação em programas
de qualidade e a criação de comissões científicas
conjuntas.
Na assinatura do protocolo, o Bastonário da OF, José Aranda da Silva, e o presidente da AEFA, Santiago Martinez del
Olmo, felicitaram a conclusão das negociações e enalteceram o alargamento das ofertas de formação que este acordo vem possibilitar aos farmacêuticos analistas clínicos
ibéricos.
As duas instituições acordaram também a organização
bienal da Jornadas Ibéricas de Farmacêuticos Analistas
37
Assuntos
Regulamentares
CNF 2007 – Sessões Paralelas
O impacto da nova legislação
Três temas centrais preencheram os três painéis das Sessões Paralelas reservadas
à área dos Assuntos Regulamentares: a avaliação económica de novos medicamentos,
a protecção dos dados individuais dos doentes e o circuito dos medicamentos
dispensados fora das farmácias. Especialistas de vários quadrantes contribuíram
para uma análise multidisciplinar destas temáticas
Diversos parceiros do sector farmacêutico participaram no painel sobre Avaliação Económica do Medicamento de Uso
Exclusivo Hospitalar
O
ROF
76
38
primeiro painel da Sessão
Paralela dedicada à área
dos Assuntos Regulamentares abordou um tema de elevada actualidade e transversalidade:
a Avaliação Económica do Medicamento de Uso Exclusivo Hospitalar,
tendo sido convidados a participar
nesta discussão um conjunto de
representantes de vários agentes
envolvidos no circuito do medicamento. Pela parte da entidade reguladora, Isaura Vieira, da Direcção de Economia do Medicamento
e Produtos de Saúde do INFARMED, explicou os mecanismos,
procedimentos e critérios da instituição para avaliação prévia da
introdução de novos medicamentos para uso humano em meio
hospitalar. Esta especialista realçou a necessidade de efectuar estudos de comparação com todas
as alternativas terapêuticas disponíveis, analisando a sua eficácia,
a segurança, a maior conveniência
posológica e a melhor relação custo-efectividade. No entanto, foram
questionadas as desigualdades de
tratamento e de iniquidade de acesso para doentes, devido ao facto
da decisão do INFARMED necessitar de validação pelas Comissões
de Farmácia e Terapêutica hospitalares.
Na intervenção seguinte, o economista Carlos Gouveia Pinto afirmou
que a imparável espiral de despesas e custos de saúde veio justificar a necessidade de avaliar o impacto económico da introdução no
mercado de fármacos inovadores.
Para este especialista, a avaliação
deve assentar na comparação entre custos e consequências, e incrementar a eficiência utilizando
uma abordagem normativa, hierarquizando as alternativas. Gouveia Pinto explicou ainda os diferentes tipos de estudos de avaliação:
minimização de custos, custo-efectividade, custo-utilidade e custo-benefício.
Consequências na prática
profissional
Durante este painel Jorge Félix,
da empresa Exigo, Olga Freitas,
dos Serviços Farmacêuticos do
Hospital Curry Cabral, e Maria
José Fernandes, da Schering
Plough, testemunharam o impacto destes novos procedimentos na
prática profissional. Jorge Félix
exemplificou alguns casos de avaliação económica da terapêutica
farmacológica, como é o caso do
cancro colorrectal; Olga Freitas
Os especialistas em Assuntos Regulamentares sublinharam a importância da
farmacovigilância
Temas abordados
Avaliação Económica do Medicamento de Uso Exclusivo
Hospitalar como Factor de Decisão.
Protecção de Dados Individuais.
Informação e Vigilância de Medicamentos Dispensados
Fora dos Canais Tradicionais.
saúde, também o farmacêutico e
o seu sigilo profissional devem constituir garantias do correcto tratamento de dados sensíveis de saúde protegidos legalmente.
Os MNSRM fora
das farmácias
O programa da Sessão Paralela
de Assuntos Regulamentares terminou com uma discussão sobre
“Informação e Vigilância de Medicamentos Dispensados Fora dos
Canais Tradicionais”. Regina Carmona e Mónica Galo, do INFARMED, sublinharam que a informação relativa aos medicamentos
dispensados fora dos canais tradicionais é normalmente efectuada
ou supervisionada por profissionais
com formação técnico-científica,
não sendo, portanto, diferenciada
devido ao local onde é prestado.
A farmacovigilância dos medicamentos dispensados fora dos canais tradicionais tem pressupostos
e responsabilidades claramente
definidos na legislação, sendo estes similares aos aplicáveis a todos
os locais de dispensa de medicamentos. Continua a existir a
necessidade de melhorar a informação e farmacovigilância de
medicamentos, incluindo os Medicamentos Não Sujeitos a Receita
Médica dispensados fora dos canais tradicionais.
Neste painel participaram ainda
Beatriz Gaminha, do IPAM, e Maria
João Pisco Almeida, do Carrefour,
demonstrando a experiência adquirida pela empresa desde que foi
permitida a venda de MNSRM fora
das farmácias. Estas especialistas
sugerem o cumprimento das Boas
Práticas já implementadas noutros
países europeus, como a notificação espontânea de reacções adversas de utentes ou a consulta de
sítios da Internet de instituições independentes e credíveis com informação sobre as condições tratáveis
por automedicação.
76
ROF
explicou, por sua vez, as diferentes competências da farmácia hospitalar neste processo; a responsável da Schering Plough evidenciou
os principais problemas que mais
preocupam quem tem de submeter dossiers de avaliação prévia de
medicamentos. No entender de
todos estes especialistas, a avaliação económica destes medicamentos é uma ferramenta fundamental de decisão visando a
eficiência, não constituindo, no entanto, uma solução por si só. Neste contexto, sublinhou-se que a
urgência de utilização de alguns
medicamentos deve ser assegurada mediante Autorização de
Utilização Excepcional, enquanto
decorre a avaliação. Em última
análise, torna-se também necessário desenvolver um trabalho conjunto e célere entre os envolvidos
(autoridades regulamentares, farmacêuticos hospitalares, indústria
e economistas da saúde) para garantia de transparência, objectividade, celeridade e a partilha de
conhecimento e informação que
garantam o melhor resultado para
o doente.
No painel seguinte, dedicado à
“Protecção de Dados Individuais”,
os oradores João Pimenta, da empresa J. Pereira da Cruz, S.A.,
e Luís Novais Lingnau da Silveira,
da Comissão Nacional de Protecção de Dados, abordaram os aspectos regulamentares do tratamento de dados e informação
clínica dos doentes. Logo à partida, foi sublinhado que a alteração
de padrões sociais, com a banalização de utilização de ferramentas
informáticas e o conceito de aldeia
global, apresentam hoje desafios
à garantia da privacidade dos cidadãos. No que se refere ao tratamento de dados em saúde, de elevada sensibilidade, são exigidos o
cumprimento de requisitos específicos que, contudo, são de grande variabilidade entre os diferentes
Estados europeus, e cujo diferencial se acentua entre continentes.
Os especialistas nesta matéria consideram as áreas da prescrição
electrónica, investigação clínica e
farmacovigilância exemplos de áreas de saúde que exigem uma atenção especial no tratamento de dados. Enquanto profissional de
39
Distribuição
Farmacêutica
CNF 2007 – Sessões Paralelas
O mercado nacional das devoluções
de medicamentos
Durante a Sessão Plenária dedicada à área da Distribuição Farmacêutica foi
apresentado um estudo pioneiro no nosso país sobre as devoluções de medicamentos,
tendo por base informação disponibilizada pelos agentes de distribuição grossista.
De acordo com os dados apresentados, um por cento dos medicamentos que
entram em circulação são devolvidos, sendo o prazo de validade o principal motivo
identificado
O tema da codificação de medicamentos gerou um amplo debate entre oradores e congressistas
A
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40
Distribuição de Produtos de
“Cadeia Condicionada” foi o
tema do primeiro painel da
Sessão Paralela dedicada à temática da Distribuição Farmacêutica.
Jorge Pereira, da empresa OCP
Portugal, e João Cristóvão Martins, dos Laboratórios Azevedos
explicaram os requisitos regulamentares para o exercício da actividade de distribuição por grosso de
medicamentos, em particular, os
procedimentos de armazenamento e distribuição de medicamentos
com determinadas especificidades,
como os estupefacientes, os psicotrópicos, os inflamáveis, os químicos ou de temperatura controlada e sujeitos à cadeia do frio,
entre outros. De acordo com es-
tes especialistas, a legislação publicada em 2006 reconhece algumas particularidades da actividade
de distribuição de medicamentos,
contudo, existe ainda uma necessidade de adaptação às práticas
específicas deste sector, até porque, na opinião dos oradores, a
simplificação das exigências
documentais não afecta a garantia
de manutenção da segurança na
cadeia do medicamento.
Estudo inédito sobre
devoluções
No painel seguinte, intitulado “Devolução – A Logística Inversa” e
onde participaram Jorge Félix, da
Exigo Consultores, e José Augusto
Silveira, da Alliance Unichem, foi
dado a conhecer o primeiro estudo sobre as devoluções do mercado dos medicamentos relativo ao
ano de 2006 através da informação obtida junto de 73% do mercado da distribuição. Os resultados
mais relevantes de uma primeira
análise revelam que as devoluções
de medicamentos representam
1,1% em valor (PVA) do mercado
e 0,9% em número de embalagens. O prazo de validade é o motivo principal das devoluções, com
87,3% em número de embalagens
e 90,9% em valor. Os medicamentos de uso humano representam
72% do número de embalagens
devolvidas e destas, 28% são genéricos, salientando-se que a sua
A sessão Paralela de Distribuição Farmacêutica contou com a participação de diversos responsáveis de empresas
do sector grossista
Agentes analisam sistemas
de codificação
O tema da codificação do medicamento, sendo uma matéria
transversal a todos os parceiros
do medicamento, contou com as
diferentes abordagens de representantes da entidade reguladora,
Temas abordados:
Distribuição de Produtos de “Cadeia Condicionada”.
Devolução – A Logística Inversa.
Tendências Europeias na Codificação de Medicamentos.
da indústria farmacêutica, dos
grossistas e das farmácias – Vítor
Mendonça, do INFARMED, Cristina Lopes, da APIFARMA, José
Amorim, da Fecofar, Hermínio Tavares, da Groquifar, e Vítor Segurado, da Associação Nacional das
Farmácias.
A discussão iniciou-se com a apresentação do especialista francês
Alain Rodergues, da Associação
Europeia de Distribuidores Farmacêuticos, que veio afirmar que
qualquer opção na escolha de um
sistema de codificação deve ter
não só em conta os custos de implementação e operacionais, mas
também as próprias características do medicamento a monitorizar. Em seguida, cada um dos
operadores demonstrou as suas
preocupações sobre a codificação
de medicamentos. Em relação ao
código 39, não há conhecimento
de que tenha havido qualquer incidente com o uso do medicamento que lhe seja atribuível, pelo que
se considera que dá resposta po-
sitiva às necessidades que o mercado português tem sentido no
âmbito da segurança do medicamento. De acordo com os especialistas, a rastreabilidade e o
controlo de lote podem ser assegurados pelo código 39, não sendo necessário recorrer a soluções
mais recentes e também mais caras. Além disso, advertem, não é
através do código do medicamento que se combate a contrafacção.
Assim, se houver necessidade de
con trolar e monitorizar outras
características do medicamento,
dever-se-á explorar ao máximo as
capacidades do actual código 39
através, por exemplo, de um código complementar e/ou estendido, como aliás a legislação em vigor prevê, mas que ainda não foi
implementado. Esta é a melhor
solução tendo em conta uma evolução no sentido do aumento das
capacidades de utilização do código sem aumento de custos, defenderam muitos dos profissionais
presentes nesta sessão.
76
ROF
quota de mercado foi de 9,7%.
O estudo indica também que há
uma grande disparidade no tempo
de regularização das devoluções
pelos laboratórios, tendo-se evidenciado que, da amostra total, 25%
são regularizadas em 70 dias, 50%
em 150 dias e 20% em mais de
365 dias, resultados que fazem o
investigador questionar as implicações comerciais e financeiras.
Para além da legislação em vigor
sobre devoluções, foi feita uma
análise detalhada das condições
para aceitação de devoluções impostas por vários laboratórios, da
qual se destaca: a não concordância com a legislação em alguns
casos; a grande disparidade de
critérios de laboratório para laboratório; e a falta de clareza da informação. Para bem de todos os
parceiros, concluiu-se a necessidade urgente de obter o consenso
para harmonizar este processo,
simplificando-o e tornando-o mais
célere.
41
Farmácia
Comunitária
CNF 2007 – Sessões Paralelas
A intervenção farmacêutica num
quadro de mudança
O enquadramento legal da actividade profissional dos farmacêuticos comunitários
tem vindo a sofrer profundas alterações. Valorizar a sua intervenção no sistema de
saúde, estimular a complementaridade entre os profissionais de saúde e promover
iniciativas de informação e desenvolvimento profissional foram algumas prioridades
mencionadas durante as Sessões Paralelas de Farmácia Comunitária
Durante as Sessões Paralelas de Formação Comunitária foram apresentados diversos testemunhos do valor de
intervenção farmacêutica no sistema de saúde
Painel I – Como Pode o
Farmacêutico Mudar num
Ambiente em Mudança
ROF
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42
Debate moderado pelo presidente
da Secção Regional do Porto da
Ordem dos Farmacêuticos (OF),
José Mingocho, onde intervieram
os farmacêuticos espanhóis Laura
Obiols Albiñana, Miguel Ángel Gastelurrutia e Eleonora Feletto, das
Universidades de Londres, Granada e Sydney. Laura Obiols apresentou o desenho de uma grelha de
avaliação de competências para
farmacêuticos e um conjunto de
normas que considera assegurarem um desenvolvimento profissional e uma actualização de conhecimentos adequada às exigências
práticas; Miguel Ángel procurou
identificar barreiras à mudança e
à implementação e disseminação
dos serviços farmacêuticos; en-
quanto Eleonora Feletto defendeu
o desenvolimento de ferramentas
e guidelines facilitadoras da gestão
da mudança.
Mesa Redonda Da Educação
e Prática Passiva para a
Competência: o Papel da Ordem,
das Organizações Profissionais
e das Universidades
Fernando Ramos, presidente da
Secção Regional de Coimbra da OF,
foi o moderador de uma mesa redonda que contou com a participação de Charlie Benrimoj, da Pharmaceutical Society of Australia.
No seguimento de outras intervenções deste especialista no nosso
país, reafirmaram-se os princípios
de uma intervenção farmacêutica
orientada para o doente, uma
perspectiva do exercício profissional que envolve um reajustamen-
to de políticas, estratégias e prática profissional.
Filipa Alves da Costa, do Instituto
Superior de Ciências da Saúde Egas
Moniz, e Ivana Silva, do Pharmaceutica Group of the European
Union (PGEU), lançaram o debate
sobre o papel das universidades e
organizações profissionais na qualificação e preparação dos farmacêuticos.
Painel II – Qualificação
Profissional: Novas
Intervenções do
Farmacêutico Comunitário
Com moderação a cargo da presidente do Grupo Profissional de
Farmácia de Oficina (GPFO), Helena Martinho, a intervenção inicial
neste painel coube a Afonso Cavaco, da Faculdade de Farmácia da
Universidade de Lisboa (FFUL).
Painel III –
Complementaridade
Profissional na Prestação de
Cuidados
O último painel da sessão de Farmácia Comunitária foi moderado
por Gabriela Plácido, membro do
GPFO. Nas apresentações de Filomena Cabeça, Directora dos
Serviços Farmacêuticos do Centro
Os oradores procuraram fomentar o diálogo entre profissionais de saúde
como forma de melhorar os cuidados de saúde às populações
Hospitalar das Caldas da Rainha,
e Fernando Miranda, Director Técnico da Farmácia Motta, ficou demonstrado que a complemen taridade das intervenções dos
profissionais de saúde é fundamental para centrar a intervenção
no doente. Contudo, é necessário
garantir o respeito mútuo das
competências de cada profissional, um reconhecimento do contributo de cada profissão e o estabelecimento de eficazes pontes
de comunicação.
Nas intervenções seguintes, o coordenador da Missão para os Cuidados de Saúde Primários, Luís
Pisco, defendeu que os farmacêuticos, tal como os enfermeiros,
psicólogos, nutricionistas ou outros prestadores de cuidados não
podem substituir os médicos, mas
podem e devem suplementar os
médicos. Na sua opinião, os far-
macêuticos devem ser reconhecidos como elementos importantes
das equipas de cuidados de saúde
primários, contribuindo para uma
utilização óptima dos medicamentos.
No final da sessão, a médica do
Centro de Saúde de Vila Franca
de Xira, Rosa Galego, evidenciou
os ganhos em saúde na colaboração efectiva e adequada entre farmacêuticos e médicos, considerando que existe vontade em
formar equipas na comunidade,
trocar conhecimentos e experiência. Neste contexto, Ana Margarida Levy apre sentou uma plataforma de comunicação entre
médicos e farmacêticos (MGFARM),
encarada como uma rede aberta
ao diálogo entre as duas actividades profissionais, abordando os
interesses comuns, as divergências
e as preocupações.
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ROF
Na sua opinião, a actual situação
de utilização e acesso a medicamentos via Internet, a nível internacional, apresenta riscos elevados
para os cidadãos, nomeadamente
em relação à sua utilização abusiva, às ausências de validação de
prescrição e de responsabilização
do profissional de saúde.
Nas intervenções seguintes, Fernando Fernandéz-Llimós, da Universidade de Granada, explicou a
importância e eficácia da Revisão
da Terapêutica na obtenção de
melhores resultados em saúde;
Bruno Sepodes, também da FFUL,
expôs algumas questões associadas à iatrogenia medicamentosa,
no contexto dos efeitos adversos,
erros de medicação, interacções
e fraca adesão à terapêutica,
nomeadamente em fármacos inovadores. João Alves, do Hospital
de São José, mencionou os grupos de fármacos com maior representatividade hospitalar, as suas
particularidades, as especificidades da sua dispensa e as competências necessárias do farmacêutico comunitário para dispensa
destes medicamentos no ambulatório, realçando o seu contributo
na farmacovigilância activa.
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