Contactos Úteis >Presidência Paços do Concelho Praça da Liberdade – Loures Telefone: 21 982 98 00 José Branco >Acção Social Rua Manuel Augusto Pacheco, 5 – 2.º – Loures Telefone: 21 984 91 60 >Actividades Económicas Rua Dr. Manuel de Arriaga, 4 – 2.º – Loures Telefone: 21 982 69 60 – 21 982 30 95/6 Editorial >Ambiente Rua do Funchal, 49 – Loures Telefone: 21 984 82 00 >Áreas Urbanas de Génese Ilegal Rua Ilha da Madeira, 4 – 2.º – Loures Telefone: 21 982 99 00 >Biblioteca Municipal José Saramago Rua 4 de Outubro, 19 – Loures Telefone: 21 982 62 31 >CIPI – Centro de Informação à População Idosa Rua da República, 70 – Loures Telefone: 21 983 68 03 >Educação/Desporto/Juventude Rua Fria (Casa do Adro) – Loures Telefone: 21 984 87 00 FICHA TÉCNICA Director Carlos Teixeira Director adjunto Jorge Andrew Coordenação Divisão de Informação e Relações Públicas Redacção Sónia Figueiredo Carlos Gomes Miguel Sancho Revisão Jorge Reis Amado Fotografia Fernando Zarcos José Branco Arquivo fotográfico Paula Santos Isabel Martins Edite Frazão Grafismo e paginação António Baldeiras Montagem e Impressão Sogapal, SA. Propriedade Câmara Municipal de Loures Praça da Liberdade 2674-501 LOURES Telefone 21 983 80 35 Telefax 21 982 02 71 www.cm-loures.pt [email protected] Distribuição gratuita Periodicidade: bimestral Tiragem: 75 000 exemplares Depósito legal n.º 183565/02 ISSN 1645-5088 >Gabinete de Apoio ao Consumidor – GAC/CIAC Rua Dr. Manuel de Arriaga, 10 r/c – Loures Telefone: 21 982 30 62/28 54 >Gabinetes de Atendimento à Juventude Loures Rua do Mercado (antigo Tribunal do Trabalho) – Loures Telefone: 21 982 07 17 Sacavém Quinta do Património Rua S. G. Sacavenense, Lote 27 – Sacavém Telefone: 21 941 06 89 Santo António dos Cavaleiros Largo Francisco Moraes – Santo António dos Cavaleiros Telefone: 21 988 18 90/1 >Gesloures – Piscinas e Parques Desportivos Rua António C. Bernardo (Piscina Municipal de Loures) – Loures Telefone: 21 982 67 00 >Gestão Urbanística Rua Ilha da Madeira, 4 – Loures Telefone: 21 982 99 00 >Habitação Rua Frederico Tarré,Imagem 3 – Loures simulada Telefone: 21 984 88 00 >LouresParque Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 4 – 1.º – Loures Telefone: 21 982 17 81 >Museu da Cerâmica de Sacavém Urbanização do Real Forte – Sacavém Telefone: 21 940 98 00/9 >Museu Municipal da Quinta do Conventinho Quinta do Conventinho – Santo António dos Cavaleiros Telefone: 21 983 96 00 >Obras Municipais Rua da República, 106 – Loures Telefone: 21 982 78 00 >Parque Municipal do Cabeço de Montachique Cabeço de Montachique – Fanhões Telefone: 21 985 61 52 >Parque Urbano de Santa Iria de Azóia Santa Iria de Azóia Telefone: 21 955 25 21 >Posto de Atendimento ao Cidadão (PAC) Centro Comercial Carrefour – Espaço de Atendimento Municipal Telefone: 21 982 62 60/1 >Protecção Civil Rua de Goa, 16 (Alvogas) – Loures Telefone: 21 984 96 00 (24 horas por dia) A assinatura formal do Acordo Estratégico de Colaboração para o lançamento do novo hospital, cujo texto integral faz parte desta edição, veio pôr ponto final nas dúvidas que ainda subsistiam sobre a capacidade do Estado em honrar promessas sucessivamente adiadas, mas inegavelmente justas. Não posso deixar de iniciar esta crónica sem uma referência obrigatória ao hospital de Loures. A assinatura formal do Acordo Estratégico de Colaboração para o lançamento do novo hospital, cujo texto integral faz parte desta edição, veio pôr ponto final nas dúvidas que ainda subsistiam sobre a capacidade do Estado em honrar promessas sucessivamente adiadas, mas inegavelmente justas. A presença do ministro Luís Filipe Pereira na cerimónia foi muito mais do que protocolar, num claro compromisso público com o projecto, cujo concurso público será lançado até ao final de Junho. Na sequência do acordo, Loures criou já a Comissão de Acompanhamento do Hospital, que tem como missão principal centralizar todos os contactos com o Ministério da Saúde no âmbito da sua implementação. Um ano depois de aprovado o primeiro Plano de Actividades do actual Executivo, surgem os dados de gestão relativos à execução municipal de 2002, um exercício marcado por factores condicionantes externos e internos, o que não impediu que se concluíssem projectos emblemáticos para o concelho, como é o caso da Escola EB1/JI de Loures, e se lançassem algumas iniciativas estruturantes, bem simbolizadas no estudo do novo edifício municipal, a edificar no Casalinho de Tinalhas, que será, num futuro não muito distante, a face moderna da cidade de Loures. Nesta edição damos conta, também, das primeiras aprovações no âmbito do RAME – Regime de Apoio Municipal à Criação e Beneficiação de Equipamentos Colectivos –, expressão prática do empenho da Autarquia, embora sem a dimensão que todos desejaríamos, em apoiar pequenas obras e projectos locais resultantes do esforço organizado das colectividades e associações concelhias em satisfazer necessidades básicas da população. Por último, mas de primeira importância, abrimos as páginas da revista municipal a um tema que faz parte das preocupações quotidianas dos cidadãos: a Segurança. A oportunidade surgiu com a divulgação do Relatório Interpretativo do Observatório de Segurança do Concelho e com a entrega ao Governo da candidatura à criação da Polícia Municipal, levando-nos ao contacto com o dia-a-dia das forças de segurança que actuam no território, verdadeiro serviço público à comunidade, que infelizmente nem sempre suscita o merecido reconhecimento por parte dos poderes instituídos. >Recursos Humanos Rua Dr. Manuel de Arriaga, 7 – Loures Telefone: 21 984 84 00 >Serviços Municipalizados de Água e Saneamento Rua Ilha da Madeira, 2 – Loures Telefone: 21 984 85 00 Piquete – Telefone: 21 983 95 00 >Turismo Rua da República, 70 – Loures Telefone: 21 983 93 00 2 Carlos Teixeira 3 Saúde Saúde Luís Filipe Pereira «Um dia muito importante para Loures» “Tencionamos, ainda este semestre, lançar o primeiro concurso internacional e durante o segundo semestre lançar mais outro concurso”, afirmou Luís Filipe Pereira, ministro da Saúde. HOSPITAL Concurso público avança em Junho Um sonho próximo da realidade Foi assinado entre a Câmara e o Ministério da Saúde, no passado dia 9 de Abril, o Acordo Estratégico de Colaboração com vista à construção do Hospital de Loures. O presidente da Câmara, Carlos Teixeira, e a presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Ana Borja Santos, assinaram o documento na presença do ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira. A cerimónia teve honras de transmissão on-line através do sítio da Autarquia: www.cm-loures.pt. Esta nova unidade hospitalar será dotada das valências de maternidade, pediatria e serviço de urgência. Terá cerca de 400 camas e servirá mais de 300 mil utentes dos concelhos de Loures, Odivelas e Sobral de Monte Agraço. Consagrada neste Acordo Estratégico está também a construção dos centros de Saúde de Santo António dos Cavaleiros, a iniciar ainda este ano, e de Sacavém – Quinta do Mocho, com início previsto para 2004. 4 Criada Comissão de Acompanhamento do Hospital Taxa de natalidade justifica hospital no concelho No seu discurso, Carlos Teixeira afirmou que “Loures é, em termos populacionais, o quinto maior concelho do País e o terceiro da Área Metropolitana de Lisboa”, sendo, segundo estatísticas recentes, aquele que “apresenta a maior taxa de natalidade no contexto nacional, o que o posiciona como destinatário natural e de pleno direito deste tipo de equipamento público, justificando há muito a existência de uma unidade hospitalar.” Os responsáveis municipais e ministeriais, e os muitos convidados presentes, foram depois visitar os terrenos, cedidos pelo Município, onde vai ser construído o futuro hospital. Prevista na cláusula décima do referido protocolo esta Comissão de Acompanhamento reporta directamente ao presidente da Câmara, relacionando-se funcionalmente com todos os vereadores com competências delegadas nas áreas pertinentes à sua actividade. Tem como missão genérica centralizar todos os contactos com o Ministério da Saúde e as concessionárias, no âmbito da implementação do projecto, sendo responsável pela promoção de todas as diligências relacionadas com a adequada execução do Acordo Estratégico. Na Comissão, coordenada pelo engenheiro Jorge Baptista, adjunto do presidente, têm assento os responsáveis dos Departamentos de Planeamento Estratégico, Administrativo, Administração Urbanística, Obras Municipais, Direcção de Projecto do Plano Director Municipal e, por parte dos Serviços Municipalizados, as Divisões de Águas, Esgotos e Resíduos Sólidos. Sem revelar datas para a construção do futuro hospital, o titular da pasta da Saúde foi peremptório ao colocar Loures nos primeiros lugares da “grelha de partida”. Ao longo do seu discurso foi possível perceber que não faltará muito para que comece a ganhar forma uma das mais antigas reivindicações da população do concelho: “Temos todos de concordar que no concelho de Loures se faz sentir a falta de um hospital. As assimetrias na distribuição destes equipamentos são evidentes e, sistematicamente, a população deste concelho recorre a unidades localizadas no centro de Lisboa, com os inevitáveis problemas de trânsito e deslocação. Urgia dar uma resposta a esta situação, daí a ideia de lançarmos as chamadas parcerias público-privadas, que são altamente vantajosas: antes de mais permite-nos lançar este novo equipamento, o que de outra forma não poderíamos fazer. Apesar da concepção, da construção, exploração e financiamento deste equipamento poderem ser feitos por entidades privadas, isso não é importante para o público, visto que este hospital vai estar integrado na rede nacional de unidades hospitalares e será de acesso generalizado e tendencialmente gratuito, como qualquer outro hospital do Serviço Nacional de Saúde.” Acordo com o Governo confirma Santo António dos Cavaleiros vai ter Centro de Saúde A construção do Centro de Saúde vai ser uma realidade, estando mesmo inscrita em Plano de Actividades para 2003 uma verba de um milhão e 250 mil euros para esse fim. Como já tínhamos avançado na edição de Março da Loures Municipal, encontram-se em apreciação algumas peças fornecidas pela ARSLVT das diversas especialidades do projecto que, como refere o vereador João Pedro Domingues, “remonta a 1997, precisando o respectivo caderno de encargos de ser enquadrado com a legislação actual, mais exigente e específica, condição imprescindível para o lançamento da obra”. Segundo o responsável pelo Departamento de Obras Municipais, “foi assumido pela ARS que toda a documentação em falta seria entregue até ao final do mês de Maio. O que, a acontecer, permitiria à Câmara aprovar o projecto e proceder de imediato à abertura de concurso público durante o mês de Junho”. Expressamente referido no ponto 2.2 do Acordo Estratégico de Colaboração com o Ministério da Saúde para o lançamento do novo hospital de Loures, assinado no passado dia 9 de Abril, não restam dúvidas sobre a sua construção, mas, apesar de tudo, João Pedro Domingues deixa um alerta: “fica assim bem claro que não cabem a este Município quaisquer responsabilidades no suposto atraso do lançamento do concurso”. 5 Relatório de Actividades Relatório de Actividades Esforço de reequilíbrio financeiro >Diminuição das despesas correntes, assente na redução da aquisição de bens e serviços, em 4 milhões de euros, e na redução significativa nos custos com trabalho extraordinário; >Aumento das receitas correntes em 1,1 milhões de euros, devido, sobretudo, ao crescimento dos impostos directos, das taxas e das multas, e à venda de bens e serviços: >Crescimento acentuado da receita estrutural, quando comparada com a despesa estrutural; >Redução do investimento realizado suportado por recurso exclusivo à poupança estrutural (endividamento líquido negativo, em 1,1 milhões de euros); >Penalização da taxa de execução devido à não concretização do projecto da Sociedade de Gestão Urbanística (SGU), a qual equivale a cerca de 40% da dotação do Plano de 2002. Gestão 2002 Reequilíbrio financeiro e intervenção social O relatório de gestão – aprovado por maioria, com os votos contra do PSD, na Câmara, e com 37 votos a favor e 13 contra na Assembleia Municipal – revela que 2002 foi um ano de acerto de contas. Pagaram-se dívidas, reduziram-se despesas e, face às limitações existentes, foi inevitável privilegiar o investimento selectivo, com aplicação prioritária nas áreas sociais previstas no Plano de Actividades. Escola EB1 JI de Loures 6 O novo executivo municipal confrontou-se com factores condicionantes que limitaram o exercício de 2002 e que importa ter presentes na análise do primeiro ano de exercício: a implementação do novo Plano de Contabilidade (POCAL) na gestão financeira do Município, bem como a aprovação tardia do Orçamento e Plano de Actividades de 2002, causaram alguns entraves a nível operacional e as reconhecidas dificuldades financeiras que derivam da actuação conjugada de vários “factores” – o montante de dívidas assumidas que transitaram de 2001 (15,7 milhões de euros), o impacte do acentuado abrandamento da actividade económica, nas receitas e os constrangimentos orçamentais impostos pelo Governo aos municípios –, exigiam medidas de gestão adequadas ao pretendido reequilíbrio financeiro da Autarquia. Para evitar situações de ruptura ou de instabilidade laboral e social, salvaguardou-se o controlo global da dívida, a manutenção das transferências de verbas que constituíam compromissos institucionais assumidos e as actividades de maior relevância social. Planear e regular a gestão municipal >Actualização e reformulação do diagnóstico Socio-Económico do Concelho e análise prospectiva do Modelo de Desenvolvimento. Estes dados, constituem a base para o arranque formal da elaboração do Plano Estratégico do Município, validando o enquadramento da futura Agência de Desenvolvimento Local. >A revisão do Plano Director Municipal conheceu uma nova dinâmica, através do reforço de meios e da articulação crítica com o Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa >Implementação de regulamentação em várias áreas de actuação do Município: comunicações e transportes municipais; intervenções no subsolo; publicidade e ocupação do espaço público com equipamento e mobiliário urbano; ocupação da via pública. >Acompanhamento do processo de alterações decorrentes da descentralização de novas competências para os municípios, já iniciado pelo Governo – com vista à modernização organizacional. Em 2002, foi já possível intervir a nível da Fiscalização, da Direcção de Projecto para as Áreas Urbanas de Génese Ilegal, e na criação de um grupo de trabalho para a criação do novo Edifício-Sede Municipal. >Na área da Saúde, destaca-se a conclusão da aquisição dos terrenos necessários à construção do Hospital de Loures e o início formal das negociações com o Governo, salvaguardando a inclusão do hospital do concelho no grupo dos hospitais com arranque prioritário. >A aceleração do processo de legalização das AUGI constituiu um passo significativo a nível da Habitação. Atribuíram-se sete alvarás e finalizaram-se os processos relativos à legalização de um número significativo de bairros. >Na área da Educação e do Desporto, iniciou-se a construção do pavilhão desportivo da escola secundária da Portela, concluiu-se a escola EB1 JI de Loures e deu-se continuidade à remodelação e ampliação da escola básica integrada de Fanhões. >A criação do Observatório de Segurança, protocolado com a Universidade Católica, e a entrada em funcionamento do grupo de trabalho que está na génese da Polícia Municipal são actividades que se distinguem no âmbito da Protecção Civil. >Na área do património e da qualificação urbana, destaca-se o início dos arranjos exteriores à Igreja Matriz de Loures. >Relançamento das relações com o tecido empresarial concelhio, através de um Fórum Empresarial que serviu para catapultar o Clube de Empresários de Loures. >A capacidade negocial do executivo concelhio com o Governo, o Metro e a Carris, para a integração do concelho no projecto do Metro Ligeiro de Superfície Algés/Odivelas/Loures, com inclusão prioritária do troço Loures – Odivelas, no cronograma de execução da obra. >Dinamizou-se o relacionamento institucional com os munícipes através do lançamento da revista Loures Municipal e a abertura do novo espaço de Atendimento Municipal/Loja do Cidadão, no Carrefour de Loures, do Gabinete de Atendimento à Juventude, em Santo António dos Cavaleiros, e do novo Gabinete de Intervenção Local, em Camarate, que constituem instrumentos privilegiados para dar continuidade ao diálogo entre a Autarquia e os cidadãos. Imagem virtual do metro de superfície 7 Opinião Opinião Prioridade aos equipamentos escolares e rapidez nos processos urbanísticos Passado um ano sobre a aprovação do primeiro Plano de Actividades e Orçamento da responsabilidade do novo executivo, a Loures Municipal reserva algumas das suas páginas para os vereadores com pelouros na Câmara de Loures transmitirem a sua opinião sobre o balanço síntese do ano e sobre as perspectivas que têm para o corrente ano. Títulos da responsabilidade da redacção Modernização administrativa e oferta turística diferenciada Borges Neves (PS) Vereador responsável pelas Finanças, Planeamento e Controlo de Gestão, Turismo, Património Municipal e Modernização Administrativa No domínio da Gestão Financeira, foi preciso fazer face aos constrangimentos resultantes do défice de 3,5 milhões de contos herdado da administração anterior, através da implementação de uma adequada política de gestão dos débitos a fornecedores, de modo a evitar rupturas de Tesouraria e de fornecimento de bens e serviços. Neste âmbito, foi ainda implementado um programa integrado de contenção das despesas correntes, com particular incidência nas comunicações, reprografia, segurança e limpeza; e promoveu-se a aplicação do Euro e do POCAL, com sucesso apreciável. Em 2003 prevê-se a introdução de um Sistema Integrado de Controlo de Gestão. No vertente da Modernização Administrativa, foi apresentado o projecto de concentração dos serviços municipais num único edifício central, visando a produtividade e a racionalização dos recursos humanos e materiais do Município e redução da despesa corrente em cerca de 4 milhões de euros (800 000 contos) anuais. Foram entretanto criadas as bases de trabalho para o lançamento em 2003 de novos projectos de modernização administrativa e de Qualidade Total, em 8 áreas piloto, nomeadamente na reorganização dos processos do Expediente Geral, com o DAU. Nos Sistemas de Informação concretizaram-se os seguintes objectivos: racionalização dos recursos informáticos disponíveis; reforço da capacidade de apoio aos mais de 900 utilizadores municipais; conclusão da implementação integrada do POCAL; consolidação da sua funcionalidade e alargamento a novas áreas da actividade municipal (Património, Aprovisionamento, Oficinas e Obras Municipais); remodelação do sistema de gestão documental. Em 2003 será apresentado o projecto integrado na Rede Nacional de Cidades e Regiões Digitais, a candidatar ao POSI – – Programa Operacional da Sociedade da Informação, em conjunto com as Câmaras Municipais da Amadora e de Odivelas, que tem como objectivos principais: universalizar o acesso dos cidadãos às novas tecnologias; criar um portal regional, patrocinado pelas autarquias, e integrar as juntas de freguesia na rede informática municipal. Na área da Fiscalização Municipal, deu-se início ao processo da sua reorganização, procurando interromper o ciclo de clandestinidade e criar condições para a legalização de situações que se arrastam há muitos anos, prevenindo em simultâneo o aparecimento de novos casos. Em 2002, no sector do Turismo, houve necessidade de reposicionar as actividades municipais num contexto de mudança e de reavaliar os projectos de investimentos em infra-estruturas hoteleiras e turísticas em Sacavém, Santa Iria de Azóia, Prior Velho, Lousa, Loures, e Santo Antão do Tojal e outros, em parceria com associações de turismo, nomeadamente com a Associação de Turismo de Lisboa – Projecto PITER-AML). A qualificação e especialização do produto turístico moderno levou-nos a novas abordagens: Procurement de novos parceiros e reflexão sobre projectos inovadores ( Hotel-Escola; Golfe; Parque Diversões; Cidade do Cinema). Foi ainda apresentada uma candidatura ao PIQTUR. A procura de respostas institucionais para algumas interrogações de âmbito estratégico levou-nos a organizar um seminário, subordinado à temática “Que turismo para Loures?”, envolvendo diversas entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras. Para 2003, planeiam-se iniciativas de grande impacto local, tendo por referência a elaboração do Plano de Desenvolvimento Turístico do Concelho, centrado no Turismo de Natureza como factor diferenciador da oferta e das novas necessidades do mercado – Desporto Aventura; Património/Cultura; Ecologia; e Gastronomia, bem como a execução de parcerias temáticas com entidades externas. Em associação a esta estratégia está a captação de eventos de projecção nacional, em torno de pólos de atractividade reconhecida, como são o Parque da Cidade em Loures e o Parque do Tejo, em Sacavém. Estamos também fortemente empenhados no relançamento da tradição carnavalesca na cidade de Loures, assumindo este evento como o de maior projecção na Área Metropolitana de Lisboa. João Pedro Domingues (PS) Vereador responsável pelas Obras Municipais e Gestão Urbanística O trabalho desenvolvido foi francamente positivo, apesar do estado das finanças municipais que fomos encontrar. Encargos de mais de 17 milhões de euros e um Plano de Actividades iniciado só em Maio de 2002 obrigaram a um esforço redobrado e muito empenho no desenvolvimento do referido Plano de Actividades. Em relação aos pelouros que me foram atribuídos – Administração Urbanística, com a revisão do Plano Director Municipal, Obras Municipais, Espaços Verdes, Transportes e Oficinas –, o balanço que faço apresenta os seguintes aspectos: No que se refere às Obras Municipais, foi dada grande importância à construção de diversos equipamentos escolares, parte deles já com projectos iniciados em anos anteriores, mas não concretizados. A EB1/JI de Loures (construção de raiz), a remodelação/ampliação das EB1 de Lousa e de Santa Iria e ainda o lançamento das obras das EB1 de Fanhões e de Sacavém marcaram de forma positiva o ano de 2002. As remodelações nas cozinhas/refeitórios de várias escolas do primeiro ciclo do ensino básico, em articulação com o DSC, foram igualmente muito importantes. Em termos de Administração Urbanística, foi introduzida uma nova dinâmica no “famoso DAU”, com a integração de novas chefias, dando particular atenção aos inúmeros processos que se arrastavam, alguns há largos anos. Procurou-se, com esta iniciativa, criar um novo relacionamento com os munícipes, que tinham processos em apreciação. Projectos de pequena dimensão, mas de extrema importância para os seus promotores, bem como projectos de grande dimensão como o Infantado, Loures Business, Parreirinha e outros, foram finalmente resolvidos. O PDM encontra-se em fase de desenvolvimento, tendo-se adjudicado o Plano Verde e a Carta de Ruído, peças fundamentais para a execução da proposta final. No que se refere ao Departamento de Transportes e Oficinas, elaborou-se o Regulamento Municipal, de modo a uniformizar critérios e optimizar a utilização das viaturas municipais. Por fim, direi, dado que fui o coordenador desse grupo de trabalho, que o primeiro ano de mandato ficou igualmente marcado pelo reforço do Protocolo de Delegação de Competências nas juntas de freguesia, para as quais foi transferido um total de 750 mil euros para o conjunto das 18 freguesias. Em termos futuros, e no curto/médio prazo, posso referir como necessidades a construção do Hospital e a vinda do eléctrico de superfície até Loures (projectos em que o Município participa em parceria). A construção do Centro de Saúde de Santo António dos Cavaleiros, a construção dos pavilhões gimnodesportivos de Sacavém, Santa Iria, Unhos e Bobadela, o alargamento da via de ligação do Infantado ao centro de Loures, a construção do viaduto do MARL, são algumas das intervenções que procurarei levar a cabo. No DAU, a conclusão dos Planos de Urbanização de Santo António, Unhos e Loures Nascente são alguns dos grandes objectivos do presente ano. Apoio escolar às famílias e prioridade aos jovens Ricardo Leão (PS) Vereador responsável pela Educação, Juventude e Desporto A concretização dos objectivos a que nos propusemos neste primeiro ano de mandato ficou prejudicada pela difícil situação financeira em que o Município se encontrava, o que nos obrigou a um esforço suplementar de criatividade e selecção: criatividade para encontrar parceiros que permitissem realizar os projectos com menos custos para o Município, selecção por forma a canalizar os recursos disponíveis para algumas áreas especificas consonantes com a concretização dos objectivos eleitorais propostos pelos autarcas do PS, e que mereceram a confiança dos munícipes. Na área da Educação, a aposta principal e decisiva foi a implementação do serviço de apoio à família, no prolongamento de horário dos jardins-de-infância das 15 até às 18 horas e no fornecimento de refeições aos alunos – serviço este que alargamos de três para 28 escolas e continuamos a trabalhar para ver este número aumentar no corrente ano. Na área da Juventude, potencializámos e criámos novas estruturas de apoio aos jovens do concelho, elegemos a juventude como uma das grandes opções da política municipal. No âmbito do Desporto, foi um desafio, num contexto financeiro difícil, apostar fortemente na promoção desta área, quer na escola, quer na população mais idosa. Conseguimos, ainda, projectar o Município de Loures como um espaço privilegiado para grandes acontecimentos desportivos. É importante referir que implementámos um regulamento de apoio ao Associativismo, fomentando o desenvolvimento de novas parcerias com o Município. As recentes dificuldades colocadas pelo Governo à captação de receitas das autarquias não nos desmotivaram, continuamos a trabalhar para que os munícipes de Loures continuem a sentir a mudança. 9 Opinião Opinião Inovar no apoio associativo e preservar o património cultural António Pereira (PS) Vereador responsável pelos Recursos Humanos, Actovidades Económicas, Cultura e Acção Social Durante o ano de 2002, a Divisão de Actividades Económicas desenvolveu a sua actividade no âmbito da promoção e consolidação de parcerias entre a Câmara Municipal de Loures e os Agentes Económicos. Deu-se especial relevo à divulgação dos serviços de atendimento ao público, nomeadamente o SACE, SIAI, CIAC e PAC. Salienta-se ainda a continuidade dos projectos de desenvolvimento local, no âmbito de dinamização e cooperação empresarial. Na área respeitante à Divisão de Dinamização Comunitária, a grande aposta foi na reformulação dos critérios de apoio ao movimento associativo, transformando-os em regulamentos, mais objectivos, mais imparciais e mais reguladores da actividade das mesmas, com um consequente equilíbrio e equidade. No GARSE (Gabinete de Assuntos Religiosos e Sociais Específicos) a aposta é, foi e será sempre de uma dinâmica local, constituída por parcerias públicas e privadas, evidenciando uma preocupação constante em apoiar as minorias socialmente excluídas, numa sociedade cada vez mais desigual e multifacetada. Nos parques de Montachique e Quinta de S. José tem sido preocupação dotá-los de novas valências, em estudo, pondo-as em prática ainda durante o ano de 2003. Foram, no âmbito do Património Cultural, cumpridos os objectivos cometidos a esta unidade orgânica: no que respeita à Rede Municipal de Museus, foram recebidas distinções a nível europeu – Prémio Luigi Micheletti, 2002, Fórum Europeu de Museus, para o Museu de Cerâmica de Sacavém e, a nível Novas metodologias e melhor logística nacional, com o prémio APOM (Associação Portuguesa de Museologia) para o Melhor Serviço de Extensão Cultural, 2002, para o Museu Municipal de Loures, Quinta do Conventinho. O mesmo empenho se aplica relativamente às diferenciadas intervenções no Património Arqueológico, desde a preparação de protocolos com o IPPAR para a Defesa e Valorização das Linhas de Defesa de Torres Vedras, à intervenção local em Frielas, Almoínhas; ao funcionamento de todas as componentes pedagógicas e científicas que se exigem a este tipo de equipamentos. Relativamente ao funcionamento da Biblioteca Municipal José Saramago, Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares e outras formas de promoção e animação da Leitura e do Livro, foram igualmente observados todos os princípios instituídos quer a nível do próprio Município – Projectos na Área da Leitura – quer referentes ao Protocolo celebrado com o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e DREL, no âmbito Rede de Bibliotecas Escolares. Dantas Ferreira (CDU) Vereador responsável pela Habitação 10 A Divisão de Aprovisionamento é a unidade orgânica da Câmara Municipal de Loures que trata da aquisição de bens e serviços quer para satisfação de necessidades pontuais, quer para armazenamento com vista à satisfação de necessidades frequentes. Tanto o primeiro como o segundo caso exigem uma organização capaz de dar resposta, em tempo útil, às múltiplas solicitações, que vão desde concursos públicos para fornecimento de transportes escolares, vigilância e segurança, limpeza, etc., à aquisição de materiais e equipamentos, tais como: produtos alimentares, materiais de construção civil, materiais e equipamentos de escritórios, etc. visionamento é a gestão dos materiais em stock, a qual tem como objectivo garantir um bom armazenamento dos materiais e equipamentos com condições para serem manuseados e fornecidos eficazmente. Neste capítulo, conclui-se pela necessidade premente de melhorar alguns armazéns, nomeadamente o armazém n.º 1 (Pedreira de Montemor), cuja remodelação no essencial está concluída. Por outro lado, estamos a proceder à transferência do armazém n.º 9 (Economato) de um primeiro andar, com poucas condições de atendimento, para o piso térreo junto ao armazém n.º 6 (Material Escolar). A aposta na formação e actualização profissional nos sectores mais sensíveis (Stocks e Compras), bem como a melhoria das condições de trabalho e reestruturação de procedimentos, já equacionadas nos armazéns, contribuirão em definitivo para uma melhoria significativa desta Divisão, logo que as condições o permitam. Ambiente saudável para um desenvolvimento sustentado Intervenção social e preservação do património habitacional A acção da Divisão Municipal de Habitação (DMH) esteve no essencial centrada em duas vertentes: no plano da intervenção social e da salvaguarda do património edificado municipal. No primeiro caso, tem vindo a ser garantido, através dos Gabinetes de Intervenção Local (GIL), numa gestão de proximidade, o acompanhamento dos agregados familiares residentes nos bairros municipais, visando a sua integração plena. Nesse sentido, uma particular atenção continua a ser prestada aos problemas económicos e sociais, bem como às questões respeitantes à saúde e às relações de vizinhança. Em paralelo com o trabalho de correcção de situações irregulares (ocupações ilegais, regularização de dívidas, etc.), actualização dos rendimentos familiares e correcção dos valores das respectivas rendas, especial cuidado tem merecido igualmente a gestão dos bairros, através, nomeadamente, da organização José Manuel Abrantes (CDU) Vereador responsável pelo Aprovisionamento Tais materiais e equipamentos destinam-se a todas as unidades orgânicas da Câmara Municipal de Loures, juntas de freguesia, colectividades, escolas e outras entidades do concelho. Com a publicação do Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de Fevereiro – Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL), houve a necessidade de introduzir alterações significativas nos procedimentos internos da Divisão e desta com as outras unidades orgânicas da Câmara. Nos procedimentos internos da Divisão, houve necessidade de adaptar os métodos e os recursos humanos às exigências a que o novo enquadramento legal obriga. Nos procedimentos externos, houve a necessidade de sensibilizar as outras unidades orgânicas para uma programação com tempos mais alargados, devido à carga de procedimentos que o referido POCAL exige. Um outro aspecto importante da actividade da Divisão de Apro- dos seus moradores em representantes de lotes e do desenvolvimento de contactos com as associações locais. Quanto à intervenção no património, por sua vez, para além das medidas tendentes a regularizar e regulamentar a utilização dos fogos atribuídos, a DMH tem providenciado a sua manutenção e reabilitação, em ordem a melhorar as condições de habitação, a qualidade de vida, dos residentes e a qualificação do espaço urbano. Para além do prosseguimento destas linhas de trabalho, assumidas como uma prioridade da sua acção – e atendendo a que em matéria de realojamentos a Câmara Municipal está de mãos atadas pelo bloqueio ao financiamento imposto pelo Governo –, a DMH tem em curso o processo de informatização em rede da estrutura dos seus serviços e a reformulação das unidades de realojamento, bem como a adaptação de espaços comerciais para concessionar. Rui Pinheiro (CDU) Vereador responsável pelo Ambiente O ambiente é uma das vertentes essenciais na melhoria das condições de vida das populações e um suporte indispensável a todas as políticas de desenvolvimento sustentado. Foi tendo em conta esta realidade que o Departamento do Ambiente definiu como prioridades: > o aumento dos níveis de eficácia da sua intervenção; > a gestão criteriosa de equipamentos; > o incremento do diálogo com as juntas de freguesia, as estruturas associativas e os agentes locais; > o estabelecimento de parcerias com ONG e Universidades em áreas de especial incidência técnico-científica; > a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental nos serviços do Município; > o reforço das acções de educação e sensibilização ambientais; > a intensificação do combate às infracções ambientais, e a recuperação ambiental e paisagística de antigas pedreiras e lixeiras; > a abordagem integrada do ambiente urbano; > a realização de iniciativas de preser vação do ambiente, do património natural e de reabilitação dos recursos naturais; > a concretização do Plano Municipal de Intervenção na Floresta (PMIF) e o aumento da área florestada; > a protecção dos recursos cinegéticos e o ordenamento da pastorícia; > o incremento das acções de controlo da qualidade e segurança alimentar; > a preocupação com a saúde e o bem-estar animal; > o lançamento das bases para a implementação da Agenda 21 Local. Em Agosto de 2002, o DAMB assumiu a responsabilidade da gestão do Parque Urbano de Santa Iria de Azóia, espaço onde o Departamento tem dinamizado um vasto conjunto de actividades de promoção de boas práticas ambientais e a iniciativa “Conversas com Ambiente – Ouvir para Intervir”, no âmbito da qual tem sido possível uma abordagem especializada dos principais problemas ambientais e um diálogo profícuo com os munícipes. Para além destas prioridades a que daremos continuidade, outras se colocam, nomeadamente, o desenvolvimento das energias renováveis, o prosseguimento da recuperação ambiental da bacia hidrográfica do rio Trancão, a criação de uma rede de pistas cicláveis, a auto-sustentabilidade do Parque Urbano de Santa Iria de Azóia e o funcionamento pleno do Centro de Educação Ambiental e, finalmente, a implementação da Agenda 21 Local. 11 Urbanismo Urbanismo Plano de Pormenor da Zona Nascente < Lisboa Imagem virtual do futuro edifício-sede da Câmara Municipal de Loures Rua da R epú blica Novo Edifício Municipal s ela Buc ra/ lvei Ma > A nova face da cidade de Loures Loures é actualmente um concelho em mudança, resultante, em parte, da melhoria das acessibilidades, mas também de ideias e projectos que lhe dão dimensão. Para o seu adequado desenvolvimento são necessários instrumentos de planeamento urbanístico que regulem as dinâmicas existentes. Enquanto sede de concelho e centro administrativo, a cidade de Loures vai ver reforçada a sua centralidade. Para isso contribui a elaboração do Plano de Pormenor da Zona Nascente de Loures, a cargo da equipa coordenada pelo arquitecto Manuel Tainha, que conferirá capacidade operativa ao processo de consolidação urbana. A área de intervenção deste plano tem uma superfície de 46,7 hectares, estendendo-se desde a Rua da República (Estrada Nacional 8) até perto do rio de Loures. Confinando com o núcleo antigo, 12 esta zona integra espaços expectantes para os quais se verifica uma acentuada pressão urbanística. A futura “baixa” de Loures Os objectivos do Plano de Pormenor da Zona Nascente de Loures integram-se num programa mais vasto que fará parte da futura área urbana composta por Santo António dos Cavaleiros, Loures e Infantado. Destes objectivos destacam-se: o reforço da centralidade da cidade através da criação de uma área urbana de qualidade; a criação de espaços qualificados para o sector terciário; a reformulação do trânsito e perfil da Rua da República; o reforço dos espaços de sociabilidade colectiva; a construção de um centro cultural e de um novo mercado; a criação de zonas de estacionamento automóvel; o desenvolvimento de um modelo de circulações e de transportes públicos intra-urbanos; a existência de edifícios habitacionais de qualidade; o aproveitamento das panorâmicas da zona de cota elevada; a articulação com o núcleo antigo. O plano em números 46,7 ha Área de intervenção 612 Número de novos fogos previstos 2 830 habitantes População global máxima 60,6 habitantes/ha Densidade populacional prevista 17 ha Área urbanizável 8 Número de agregados a realojar (PER) 102 000 m2 Área de construção total a propor 25 000 m2 Área máxima para actividades 76 000 m2 Área máxima para habitação Novo edifício municipal avança para Nascente O estudo de dimensionamento do projecto de edificação do novo edifício-sede da Autarquia para instalação dos serviços municipais, a localizar no Casalinho de Tinalhas, na cidade de Loures, disponibiliza uma área de construção de 14 280 metros quadrados e outra idêntica para 570 lugares de estacionamento em subsolo, tendo um custo estimado de 22 milhões e 850 mil euros. A concentração da maioria dos ser viços municipais, actualmente dispersos por vários locais, representará uma poupança anual de 3,5 milhões de euros. Aguarda-se agora pela conclusão das negociações com os proprietários dos terrenos a afectar ao projecto, pela opção quanto ao modelo de financiamento, e pelos ajustamentos no Plano de Pormenor da Zona Nascente de Loures, definindo a localização como área de equipamentos e outros usos de interesse público. Estima-se em cinco anos o período necessário para a construção do edifício, após a compatibilização de todas estas vertentes. Casalinho de Tinalhas 13 Habitação Acessibilidades PER Deputados visitam Quinta do Mocho Deputados José Junqueira, Edite Estrela e Pedro Moutinho, acompanhados pelo presidente, Carlos Teixeira Uma representação da Assembleia da República, liderada pela deputada Edite Estrela, visitou a Quinta do Mocho, em Sacavém, no passado dia 1 de Abril. Acompanhada pelo presidente da Câmara e pelo vereador Dantas Ferreira, a visita permitiu à Comissão Parlamentar das Obras Públicas, Transportes e Comunicações conhecer in loco uma das maiores operações do Programa Especial de Realojamento (PER) na Área Metropolitana de Lisboa e avaliar do seu impacte. O PER da Quinta do Mocho é um projecto inacabado da sua versão original, faltando alguns equipamentos colectivos, como a escola, a esquadra da polícia, a farmácia e o centro de saúde, embora, neste último caso, o Acordo Estratégico de Colaboração assinado com o Ministério da Saúde preveja para 2004 o início da sua construção. Condicionalismos financeiros, decorrentes das limitações orçamentais no capítulo do endividamento municipal, e obstáculos legais criados pelo Tribunal de Contas, numa área tão sensível como é a habitação social, preocupam o Parlamento, que pode vir a legislar nesta matéria. Governo promete solução O Instituto Nacional de Habitação (INH) prometeu dar continuidade ao Programa Especial de Realojamento (PER), assumindo as despesas das autarquias que não tenham capacidade de endividamento e que tenham compromissos, em 2003, para a aquisição de fogos. De acordo com a Secretaria de Estado da Habitação, vai ser criado um mecanismo para viabilizar a continuação do PER, permitindo às autarquias o pagamento faseado dos empréstimos contratados para aquisição dos fogos ao INH. IGAPHE pretende entregar imóveis às câmaras São alguns milhares os imóveis que o Governo vai começar a transferir para os municípios, no âmbito do processo de extinção do Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado (IGAPHE). Com um valor patrimonial próximo dos 40 milhões de euros, estes imóveis destinam-se, maioritariamente, a habitação. Esta transferência significa que passarão a ser as câmaras municipais a ter a responsabilidade pela gestão e manutenção dos imóveis. Em caso de venda, é aconselhável, mas não obrigatório, segundo a Secretaria de Estado da Habitação, que a verba obtida seja aplicada em projectos de habitação social. Neste momento são 26 os municípios abrangidos por esta transferência de património, embora o programa preveja a entrega de imóveis a muitos mais. O presidente Carlos Teixeira já fez saber ao IGAPHE não estar disponível para assumir compromissos sem que seja feita uma análise ponderada sobre os efeitos e consequências dessa iniciativa governamental. 14 Carlos Teixeira, acompanhado pelo presidente da CP, Crisóstomo Teixeira, e pelo engenheiro Óscar Amorim Infra-estruturas ferroviárias CP visita concelho de Loures Os apeadeiros de Santa Iria de Azóia, Bobadela e Moscavide e a estação de caminhos-de-ferro de Sacavém foram visitados pelo presidente da CP, Crisóstomo Teixeira, pelo presidente da Câmara, Carlos Teixeira, e pelo vereador do urbanismo, João Pedro Domingues, acompanhados pelos respectivos presidentes das juntas de freguesia e por técnicos da CP e do Município. O objectivo desta visita foi fazer o levantamento de situações que merecem a atenção quer da CP, quer da REFER (Rede Ferroviária Nacional), verificando in loco as intervenções previstas para breve. Questões como segurança, iluminação, acessos e ordenamento do estacionamento foram alguns dos problemas para os quais se procuram soluções adequadas. Cerca de 18 meses é o tempo que a CP prevê para a realização das obras. Apeadeiro de Santa Iria de Azóia A comitiva na estação de Sacavém 15 Comemorações Comemorações Major-general Carlos Camilo “Continuo a sonhar com um país melhor” As comemorações oficiais do 29.º aniversário do 25 de Abril tiveram como convidado de honra, o major-general Carlos Camilo, à data um dos militares que fizeram Abril. 16 Penso que ainda há muita coisa por fazer. As portas, essas, continuam abertas no sentido da construção positiva do nosso país e da vida em sociedade. O que foi importante foi o 25 de Abril abrir essas portas. O que aspiro é que este país consiga resolver os problemas com que se depara. Ainda hoje, continuo a sonhar com um país melhor. momento da celebração de um acto histórico”. Para Carlos Teixeira, os ideais de Abril continuam vivos: “Temos de projectar novos horizontes, novas utopias por cumprir, ou seja, a construção do nosso futuro no mundo. É esse o nosso objectivo e é também minha profunda convicção que, em conjunto, o cumpriremos.” Fernando Queirós – PS Eugénia Coelho – CDU “É preciso lembrar sempre que a liberdade faz-se todos os dias. Esta, estamos em crer, será a melhor homenagem aos homens e às mulheres que fizeram Abril, aos notáveis mas especialmente aos anónimos.” “O poder local democrático é uma conquista de Abril. Honrá-la com a nossa prática, rigor, eficiência, respeito pela diferença de opinião e dedicação em prol das populações é um dever e não um privilégio.” Paulo Guedes da Silva – PSD João Varandas – CDS/PP “Tenho de deixar aqui de forma expressa uma palavra de apreço ao papel desempenhado pelas Forças Armadas na conquista da democracia e na garantia da sua manutenção. Viver Abril é celebrar o povo. O povo que lágrimas generosas derramou sobre o mar salgado da vida.” “As instituições democraticamente eleitas, que são de todos e para todos, foram criadas na data histórica que aqui comemoramos. É cada vez mais necessário realizar obra com menos promessa e mais eficácia. Esta foi uma das mensagens que nos deixou Abril.” Significa reviver momentos que foram importantes quer a nível pessoal quer a nível do próprio país. Estou sempre disponível para recordar esta data mas sempre numa perspectiva de futuro, ou seja, é bom refrescar a memória mas desde que essa memória não se esgote nela mesma. Não basta, portanto, olhar para aquilo que fizemos. É preciso saber para onde queremos ir. “As Portas que Abril Abriu” já estão de facto abertas, ou ainda há muitas por abrir? Recordar Abril e perspectivar o futuro Perante uma plateia interessada, o Museu da Cerâmica de Sacavém acolheu a sessão solene da celebração da revolução dos cravos, marcada por discursos oficiais dirigidos para a reconstrução social e económica de Portugal. A presidente da Assembleia Municipal, Maria Irene Veloso, quis deixar presente que “o poder local democrático que passámos a ter é algo que devemos a Abril e este é o O que significa para si relembrar o 25 de Abril? Com mais de quarenta anos dedicados à vida militar, o major-general Carlos Camilo foi uma referência discreta, mas actuante no MFA. A partir de 73, participou activamente nas reuniões conspirativas que foram a antecâmara da Revolução. Na madrugada do dia 25 de Abril foi o responsável pela segurança da unidade que comandava e pela ligação com as forças que ocuparam o Quartel-General de Lisboa e o Rádio Clube Português. Com um currículo militar riquíssimo, onde se destacam as Medalhas de Mérito Militar e a Cruz da Ordem da Liberdade, Carlos Camilo não esquece os anónimos que fizeram a revolução. Tinha consciência do impacte que iria ter a revolução que preparavam? Entrei no movimento por uma questão meramente corporativa, em Julho de 1973, sem ter ainda qualquer intenção de derrubar o regime. Somente com o desenvolvimento de todas as reuniões e discussões que se seguiram é que fui assumindo um outro tipo de consciência. Só quando cheguei ao dia 25 de Abril é que tive a perspectiva de que era importante derrubar o regime e criar condições de democracia em Portugal. Por isso resolvi decidir-me a utilizar a ferramenta profissional de que dispunha, ou seja a força, porque me convenci que não havia outra forma de resolver o problema, para que este país tomasse o seu destino nas suas próprias mãos. É importante referir que não era possível fazer o 25 de Abril sem os milhares de homens que, hoje, não estão na ribalta. Não se esqueçam que sem os anónimos não era possível fazer-se o que se fez. Exposição A Fábrica e Sacavém Um dos mais aclamados fotógrafos portugueses, Eduardo Gageiro, “regressou” à sua terra natal com uma exposição que é, em si mesma, uma obra de arte. Depois da Medalha Municipal de Honra, que recebeu em 2002, a Câmara de Loures presta, desta forma, mais uma sentida homenagem a um dos seus mais ilustres munícipes. Juntar, em pleno Museu da Cerâmica de Sacavém, a sessão solene do aniversário do 25 de Abril e uma exposição de Eduardo Gageiro é, por várias razões, um acto de inteira justiça. Antes de mais porque Eduardo Gageiro, um dos melhores fotógrafos portugueses de sempre, nasceu e cresceu em Sacavém, porque trabalhou na antiga Fábrica da Loiça e porque foi lá que aprendeu a fotografar. Foram as imagens dos operários que, como ele próprio diz, o inspiraram para que o seu trabalho surgisse de uma forma mais humana, incisiva e crítica. Depois, porque o 25 de Abril e Gageiro se confundem, a nível de fotografia, numa imagem só. Nessa histórica madrugada, ele estava lá a fotografar as tropas de Salgueiro Maia nos momentos mais críticos da confrontação militar. Os invisuais não foram esquecidos nesta exposição, pois fotografias em relevo fazem com que através do tacto também se possa entender a história de uma cidade, das suas gentes e da sua vida. 17 Pessoas e lugares Pessoas e lugares “Os meus ideais ficaram marcados no meu trabalho” Aos 68 anos, Eduardo Antunes Gageiro assume-se como um fotógrafo que sempre procurou a diferença e a ruptura com o socialmente instituído. Com um passado riquíssimo, onde se destaca a sua passagem pela Presidência da República (foi o fotógrafo oficial durante os mandatos presidenciais do general Ramalho Eanes), Gageiro, em entrevista à Loures Municipal, deixa expressa a sua vontade em continuar e assume que a fotografia será sempre a paixão da sua vida. Com centenas de prémios conquistados por esse mundo fora, vários livros publicados e fotografias marcantes, nomeadamente as que dizem respeito ao 25 de Abril, este sacavenense acredita que Loures é uma terra “com um futuro risonho pela frente”. Como avalia a fotografia portuguesa dos anos 50? Nessa altura estava muito na moda a chamada “fotografia de salão”, muito rebuscada, onde perdurava o pôr do Sol, as paisagens idílicas, entre outras. Sem ter noção disso, penso que fui fazendo uma ruptura com esse quadro social instituído. Talvez por isso mesmo, a partir dos dezasseis anos comecei a entrar em concursos de fotografia e ganhei imensos prémios a nível nacional e internacional. O primeiro prémio que ganhei, em 1955, foi num concurso organizado pelo Sindicato dos Empregados de Escritório do Distrito de Lisboa. Escusado será dizer que causei sensação devido à minha tenra idade. Começou então o fotojornalismo... Eduardo Gageiro De que forma surge a fotografia na sua vida? O meu pai tinha um pequeno estabelecimento comercial em frente à antiga Fábrica da Loiça de Sacavém e eu, ainda muito novo, aprendi a conviver com os operários da fábrica. A partir de certa altura, o meu pai decidiu que a minha progressão profissional deveria de passar pela própria fábrica. 18 Primeiro fui paquete e depois empregado de escritório neste enorme complexo industrial mas, como é óbvio, devo ter sido o pior empregado de escritório do mundo, pois não tinha aptidão para a profissão. Mas a verdade é que foi esse facto que me marcou toda a vida: a partir dos doze, treze anos, comecei a ganhar sensibilidade para determinados factos, como por exemplo ver, à saída da fábrica, os seus antigos operários a pedirem esmola. Essa tenha transformado num dormitório de Lisboa, é a minha cidade. Tem um museu lindíssimo, uma frente ribeirinha que, infelizmente, se continua a degradar, mas mantém alguns encantos, principalmente para as pessoas que aqui nasceram e foram criadas. Embora em algumas alturas da minha vida, principalmente quando trabalhei no Século Ilustrado e na Presidência da República, não tenha tido muito tempo disponível, penso que ao longo dos últimos cinquenta anos, fui fotografando a cidade e as suas gentes de uma forma contínua. visão marcou-me e, como o meu irmão Armando tinha uma pequena máquina fotográfica de plástico, que felizmente ainda guardo de recordação, iniciei-me na fotografia tentando registar os rostos, os olhares e as expressões de toda essa miséria social. Mais tarde, alguns amigos emprestaram-me melhores máquinas fotográficas e, com a ajuda de alguns colegas que me iam dando algumas dicas a nível estético e técnico que me fizeram evoluir bastante. Embora seja um autodidacta, penso que cedo mostrei que tinha alguma qualidade, já que ia conseguindo registar os momentos certos e captando os olhares mais profundos de uma determinada situação. É verdade. Também por essa altura comecei a trabalhar para uma revista de Vila Franca de Xira chamada Vida Ribatejana. Como tinha a tal imagem de marca um pouco diferente dos fotógrafos da altura, tive muita aceitação e, em 1957, fui trabalhar para o Diário Ilustrado. Como não tinha grande experiência, comecei por trabalhar no laboratório e, só mais tarde, é que comecei a ser requisitado para fazer trabalhos de entrevistas onde me esmerei para mostrar serviço. Algum tempo depois havia jornalistas que já me escolhiam preferencialmente a mim para fazer alguns trabalhos. A partir daí, com altos e baixos, não mais parei e a fotografia e o fotojornalismo acompanharam-me ao longo de toda a minha vida. Num “flash” da sua memória o 25 de Abril é o seu grande momento? Com o 25 de Abril aparece o Eduardo Gageiro mais institucional: o fotógrafo oficial da Presidência da República e da Assembleia da República. Como é que conseguiu ligar a sua irreverência profissional às regras rígidas da fotografia protocolar? Depois da Revolução convidaram-me para fazer fotografias para um catálogo oficial da Assembleia da República. As pessoas, nessa altura, já me conheciam bem, especialmente pelo trabalho que fiz durante a própria revolução. Mais tarde, necessitaram de um fotógrafo para determinadas sessões parlamentares mais importantes, e foi daí que veio o convite para trabalhar para esse órgão do Poder Central. Era um trabalho de “bate-chapas”, que não fazia com grande prazer, embora fosse necessário do ponto de vista financeiro. Fui ficando e só agora, com o Governo actual, é que prescindiram dos meus serviços e foram contratar o fotógrafo oficial do partido do Governo. É o mais importante, quer a nível profissional, quer a nível pessoal. Até aí sempre tive medo de morrer sem ver esse dia e fiquei com a sensação que, depois da Revolução, poderia morrer feliz. É claro que, para mim, que vivi os momentos mais importantes ao lado do meu amigo Salgueiro Maia, o 25 de Abril teve um impacto tremendo. Fiz algumas fotos marcantes, como aquela em que na sede da PIDE o soldado retira a fotografia do Salazar, e estive presente nos momentos mais dramáticos, como o encontro das tropas no Terreiro do Paço. Tive a felicidade de ter boas Armando Mesquita, encarregado da secção de escultura da Fábrica da Loiça de Sacavém informações e depois a coragem de estar presente. Nestas condições o importante é não ter muito medo, pois algum todos têm, e o factor sorte também é decisivo. Depois é saber aproveitar e viver o momento. Qual a fotografia mais marcante da sua vida? Tenho algumas fotografias importantes, como uma que tirei aquando da tomada de reféns durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, ou aquela na sede da PIDE, que já referi. Se tivesse de escolher alguma, talvez optasse por uma em que o Salgueiro Maia cerra os dentes e morde o lábio e que foi tirada na altura em que a tropas de Cavalaria 7, fiéis ao Governo, optam por aderir à Revolução. Mais tarde ele disseme que esse foi o momento em que se apercebeu que a Revolução triunfara. É um saudosista ou procura acompanhar o desenvolvimento? Sacavém e a Fábrica da Loiça. Duas imagens marcantes para si... Como é o concelho de Loures pelos olhos de Eduardo Gageiro? A fábrica hoje já não me diz nada. São apenas recordações de um tempo diferente, e só tenho pena de tudo ter acabado da forma como foi, com dramas familiares de milhares de pessoas. Continuo a falar com antigos trabalhadores, e tratam-me sempre com grande carinho, pois recordam-se dos bons tempos que passámos. Quanto à cidade, embora não seja muito bela e se Embora tenha nascido aqui, infelizmente conheço pouco da região saloia. Ainda assim vejo esta zona como uma terra de gente boa, fraterna e muito próxima da sua terra. Como optimista que sou, olho para Loures como uma terra com muitas potencialidades e com um futuro risonho pela frente. Tenho alguma dificuldade de aderir ao digital, em termos de fotografia, porque gosto muito do cheiro do laboratório. Essa continua a ser uma paixão. No entanto, como autodidacta que sempre fui, a inovação e a modernidade fazem parte da minha maneira de ser. Tento sempre procurar e acompanhar a criação e a novidade. Tive uma vida cheia de emoções, guardo em minha casa um espólio assinalável que mais tarde será entregue ao Museu da Cerâmica de Sacavém, mas não me vejo como um saudosista. 19 Educação Movimento Associativo Lar Infanta D. Maria, em Lousa, será contemplado com verbas para remodelação do edifício Regime de Apoio Municipal à Criação e Beneficiação de Equipamentos Primeiros apoios já atribuídos Conselho Municipal de Educação Agentes educativos integrados Embora já existisse, desde 1999, legislação prevendo a constituição de instâncias municipais que superintendessem matérias referentes à educação, somente em Janeiro do corrente ano foi regulamentada a transferência efectiva e formal de tais competências para os municípios. Cumprindo os apertados prazos governamentais que fizeram com que apenas 30 por cento dos municípios portugueses cumprissem este desiderato, a Câmara de Loures criou o Conselho Municipal de Educação (CME), órgão que tem por objectivo promover a coordenação da política educativa a nível concelhio, articulando a intervenção de diversos agentes educativos e parceiros sociais, analisando o sistema educativo em vigor e propondo alterações de forma a encontrar maiores padrões de eficiência e eficácia. O Conselho Municipal de Educação vem criar uma plataforma de discussão entre os inúmeros parceiros envolvidos no processo educativo que pretendem encontrar soluções para questões de vital importância como são as políticas sociais, formação profissional, emprego, saúde, desenvolvimento de projectos escolares, transportes e alimentação escolares, apoio a crianças com necessidades educativas especiais, segurança, requalificação do parque escolar, entre outras. De entre os diversos organismos com assento no CME, destacam-se, para além da Câmara Municipal e da Direcção Regional de Educação, associações de pais, associações de professores dos diversos níveis de ensino, associações de estudantes, associações de solidariedade social, Segurança Social, forças de segurança, centros de saúde, centros de emprego e serviços públicos da área da juventude e desporto. Reunindo com uma periodicidade mínima anual de quatro vezes, o CME vai promover a sua primeira reunião ainda durante o corrente ano escolar. Refeições nas escolas Alargamento de serviços é uma realidade O apoio alimentar aos mais novos, especialmente aos mais carenciados, tem tido um forte incremento nos últimos anos. Tratando-se de um dos factores mais importantes para o sucesso escolar, a Autarquia empenhou-se na implementação do programa de alimentação escolar a preços reduzidos, que no ano de 2002 abrangia apenas três jardins-de-infância e duas escolas básicas e que hoje 20 contempla já mais de 22 mil alunos, divididos por 12 escolas do ensino básico e 16 jardins-de-infância. O custo mensal da alimentação nos refeitórios escolares está directamente relacionado com o rendimento per capita das famílias dos alunos, variando entre os 10,44 e os 53 euros, no caso dos jardins-de-infância, e dos 12,81 até aos mesmos 53 euros para as escolas básicas. Num esforço financeiro assinalável, o Município irá ceder terrenos e comparticipar obras de construção e beneficiação de equipamentos colectivos num montante superior a 800 mil euros. Depois de, nos anos de 2001 e 2002, terem dado entrada na Câmara dezenas de processos de candidaturas ao RAME, foram agora conhecidas, após deliberação da Reunião de Câmara do dia 29 de Abril, as instituições que serão contempladas com cedência de terrenos, e verbas para a construção de sedes sociais e remodelação de outros equipamentos colectivos. Distribuídas por sete freguesias do concelho, as entidades em causa promovem actividades no âmbito do apoio à terceira idade, infância e toxicodependência, bem como em áreas diversas como o desporto, a cultura e o recreio. Das candidaturas propostas, três referem-se a obras de remodelação de instalações já existentes (Lar Infanta D. Maria, Associação Luís Pereira da Mota e Grupo União Lebrense), uma corresponde à aquisição de lojas na Quinta do Mocho para funcionamento de creche e ATL (CSEPDC), enquanto as restantes prevêem a construção, de raiz, de sedes sociais e espaços para desenvolvimento de actividades diversas. As instituições beneficiadas, todas elas com um trabalho comunitário digno de registo nas mais diversas áreas, têm agora um ano para confirmar a sua intenção de prosseguir com as obras propostas, depois de conhecerem os reais apoios que irão auferir. Apoio financeiro Entidade Promotora Freguesia Objectivo Valor atribuído CREACIL – Cooperativa de Reabilitação, Educação e Animação de Crianças Santo António dos Cavaleiros Construção de instalações para centro ocupacional e ATL 20 000,00 euros Associação Carnaval de Loures Loures Equipamento social e pavilhão para construção e manutenção de carros alegóricos 25 000,00 euros Centro Unitário de Reformados, Pensionistas e Idososde Santa Iria de Azóia Santa Iria de Azóia Construção de centro de dia 20 000,00 euros Associação Luís Pereira da Mota Loures Remodelação de imóvel para tratamento de toxicodependentes 40 000,00 euros Grupo União Lebrense Santo Antão do Tojal Remodelação da sede e construção de recinto polivalente para festas 7 000,00 euros Cooperativa Socio-educativa para o Desenvolvimento Comunitário Sacavém Aquisição de espaço para creche e ATL 20 000,00 euros Lar Infanta D. Maria Lousa Remodelação do edifício do lar 20 000,00 euros Associação Pró-Infância “O Saltarico” Santo António dos Cavaleiros Construção de instalações para creche e ATL 30 000,00 euros TOTAL 182 000,00 euros Cedência de terrenos Entidade Promotora Freguesia Objectivo Valor atribuído Cooperativa de Solidariedade Social “Os Amigos de Sempre” São João da Talha Construção de lar, centro de dia e espaço jovem 137 568,46 euros Associação Carnaval de Loures Loures Equipamento social e pavilhão para construção e manutenção de carros alegóricos 78 810,07 euros Associação Cultural e Recreativa da Milharada e Sete Casas Loures Construção de polidesportivo 130 435,65 euros Grupo Desportivo União Alegria Estacalense Santa Iria de Azóia Construção de sede 246 705,44 euros Corpo Nacional de Escutas São João da Talha Construção de sede 31 424,27 euros TOTAL 624 943,89 euros 21 Juventude Juventude Mês da Juventude 1.º Festival de Verão Exposições Durante todo o mês de Março, os Gabinetes de Atendimento à Juventude (GAJ) receberam grande parte das exposições promovidas pela Artessetera, que mostrou ao concelho trabalhos de pintura, gravura e fotografia. Na edição anterior, a Loures Municipal fez ofollow-up do que aconteceu na 1.ª quinzena do Mês da Juventude. Agora, deixa aqui o testemunho do que entretanto se realizou. A Câmara de Loures associou-se à Rádio Cidade na organização do 1.º Festival de Verão que irá ocorrer nos dias 14 e 15 de Junho, no Parque da Cidade, em Loures. Serão dois dias de grandes espectáculos que contarão com uma dezena de bandas que são do agrado de todos. Destaque também para a exposição de joalharia de Bruno Precatado, que esteve patente na Galeria Municipal de Loures, na qual o artista demonstrou todo um impressionante trabalho na forma de moldar valiosos materiais como o ouro e a prata. “Poesom” “In Concerto” Integrado na rubrica “Outros Cenários”, das comemorações do Mês da Juventude, realizou-se na capela da Quinta do Conventinho, a 21 de Março, um recital de poesia e música pela associação artística Artessetra. Sedeada em Santo António dos Cavaleiros, a Artessetra tem como bases essenciais a arte e a interligação das suas principais vertentes: o público e o artista. A 28 de Março, a vila de Bucelas ouviu In Concerto, uma jovem banda local. 14 de Junho 20h00 Boss AC UHF Ez Special Paulo Gonzo Pólo Norte 15 Junho 10h00 Exposição de Tuning e Car Áudio Parede Escalada Tiro com Arco BTT Paint Ball 20h00 Santos & Pecadores Adiafa Cabeças no Ar Delfins Pedro Abrunhosa Entrada livre Karaoke A grande adesão manifestada pelos alunos da Escola Preparatória Gaspar Correia, da Portela, demonstra bem a popularidade deste tipo de manifestações culturais entre a juventude. 22 Debate “Dedos de Linho” A aculturação tribal nas sociedades contemporâneas foi o tema do debate que ocorreu no Museu da Cerâmica. A discussão, centrada na celebração do corpo, enquanto instrumento para marcar a diferença e a individualidade de cada um, contou com a participação do vereador Ricardo Leão, do padre José Luís Borga, do sociólogo Vítor Ferreira e dos tatuadores Natasha e Fontinha. O Museu da Cerâmica acolheu, no dia 31 de Março, um outro recital de poesia e guitarra apresentado também pela Artessetra, com a denominação “Dedos de Linho”. Torneio de Futebol 5 Equipas mistas disputaram o Torneio de Futebol 5, organizado pela Juventude Mariana Vicentina, realizado na tarde de 29 de Março, no Parque Desportivo 1.º Maio, no Catujal. Gabinete de Atendimento à Juventude GAJ de Loures muda de instalações O Gabinete de Atendimento à Juventude (GAJ) de Loures mudou de instalações. Desde 30 de Maio está localizado na Rua do Mercado, no antigo edifício do Tribunal de Trabalho. Os contactos telefónicos são: 219 820 717 ou 219 821 468. 23 Actividades económicas Não gostam de grandes mediatizações sobre o seu trabalho, mas esforçam-se por criar uma imagem positiva junto das populações, desenvolvendo relações de proximidade com os munícipes e de sensibilização dos mais jovens para as suas actividades. Aceite a proposta que a direcção da revista Loures Municipal formalizou, encararam a nossa presença afavelmente e com normalidade, dando conta do que nos esperava na qualidade de observadores privilegiados das acções de vigilância e fiscalização. Embora parcos em comentários sobre temas que a opinião pública se habituou a referenciar – desde as carências de espaço e a falta de equipamentos até à gestão dos recursos humanos –, mantêm, sempre, um elevado sentido de responsabilidade profissional e de noção do dever cívico de proteger as populações. Há muito que a Autarquia se preocupa com o estado de conservação e adequação de algumas das instalações. Apesar da construção das esquadras da PSP em Santo António dos Cavaleiros e Sacavém, e do quartel da GNR em São João da Talha, urge a tomada de decisão política sobre novos equipamentos para Loures, Camarate e Bucelas, a construir em terrenos cedidos pelo Município. Ainda recentemente, o presidente da Câmara, Carlos Teixeira, abordou o Ministério da Administração Interna no sentido de sensibilizar a tutela para estas prioridades, que muito podem contribuir para o bem-estar dos profissionais da PSP e da GNR e para o reforço da segurança no concelho. Forças de Segurança Serviço público e dever cívico 1.ª Mostra do Concelho Invest Loures A promoção e divulgação das potencialidades do concelho de Loures e a captação de investimento são os objectivos que norteiam a realização da Invest Loures, mostra organizada pela Divisão de Actividades Económicas, que vai reflectir sobre várias áreas de intervenção, como o desenvolvimento socio-económico, 24 turismo, habitação, urbanismo, saúde, integração social, dinamização cultural, ambiente, juventude, educação, obras municipais, desporto. A Invest Loures vai realizar-se entre 23 e 27 de Julho no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, e contará, nos cerca de cinquenta stands com representações da Câmara Municipal de Loures, empresas municipais, sector privado e associações do concelho, entre outros agentes. Os visitantes da Invest Loures podem ainda participar no fórum sobre investimento no concelho, a realizar no dia 25 de Julho, pelas 17h30, na Biblioteca Municipal de Loures. À lupa À lupa os comandantes de posto reportam-me o número de elementos necessários para passar à acção. É claro que todas estas informações são confidenciais e são tratadas entre graduados. Como avalia a situação da escassez de efectivos e das condições logísticas de que dispõe? Forças de Segurança Capitão Paulo Silvério Todo um concelho para patrulhar Assumindo-se Loures como um dos maiores concelhos do País quanto ao número de habitantes (segundo os últimos sensos, possui sensivelmente 200 mil pessoas) seria previsível uma desmultiplicação de homens e de entidades a nível da segurança. Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR) têm áreas de jurisdição bem definidas e dividem entre si a responsabilidade de patrulhar toda esta imensa área com forte densidade populacional, embora sejam coadjuvados, sempre que necessário, com as intervenções da Guarda-Fiscal, Brigada de Trânsito e, nos casos mais graves, com a Polícia Judiciária. No caso da GNR, apenas o Destacamento Territorial de Loures, com sede na cidade com o mesmo nome, tem jurisdição no concelho. Com três postos no território (Loures, São João da Talha e Bucelas) e mais o posto de Caneças, já no concelho de Odivelas, a GNR tem um contingente de 142 militares para uma área superior a 140 quilómetros quadrados. Quanto à PSP, as forças dividem-se e 26 há duas divisões que tutelam o concelho. A Divisão de Loures, que também abarca uma área que envolve todo o concelho de Odivelas, à excepção da freguesia de Caneças, tem sob sua guarda as esquadras de Loures e de Santo António dos Cavaleiros. Com 92 profissionais nas duas esquadras referidas, têm de dar resposta às solicitações de duas freguesias com mais de 35 mil habitantes. Como comandante de Destacamento tenho de ser ambicioso e nunca posso estar satisfeito com o número de efectivos e com as condições logísticas que tenho. Começo por dizer que, se tivéssemos mais meios humanos, o trabalho tornar-se-ia mais eficiente. Isso é uma realidade. No entanto, com os meios que tenho, considero que a população não vive num clima de insegurança. Quanto à logística, penso que a melhoria das instalações dos postos de Loures e Bucelas é um anseio mais que válido. As portas dos postos estão abertas à população, e quem nos visitar poderá confirmar que as condições nestes dois locais estão mais que ultrapassadas. «A nossa principal motivação é a gratidão do cidadão» A outra divisão, com sede nos Olivais (Lisboa), comporta uma área que vai da Apelação a Chelas, e tem nos seus quadros cerca de 470 elementos. Só para o concelho de Loures, no qual tem duas esquadras (Sacavém e Moscavide), estão afectos cerca de 140 homens e mulheres, que patrulham uma área de 15 quilómetros quadrados na qual residem cerca de 80 mil pessoas. Loures pode orgulhar-se de ter um jovem e eficiente capitão à frente dos destinos da GNR no concelho. Paulo Silvério reconhece os problemas logísticos com que se debate a GNR, mas tem uma visão positiva da segurança no concelho de Loures. Loures é um concelho inseguro? todas as ocorrências que se passaram nas últimas 24 horas na área de intervenção do Destacamento de Loures. Essas ocorrências são comunicadas ao escalão superior para serem analisadas e então é decidido qual o tipo de actuação que iremos fazer. Definidas as prioridades, Com todos estes problemas como é que a Guarda continua a motivar homens para incorporar a organização? Não há dinheiro nem outras condições materiais que substituam a gratidão que recebemos por parte do cidadão quando desempenhamos uma acção para o bem da sociedade. Essa é a nossa principal motivação. É essa noção que os militares têm, a noção da utilidade para a sociedade, que os faz continuar. Quartel da GNR de Loures A nível comparativo, estamos ao nível dos outros concelho da Área Metropolitana de Lisboa que, por si só, é uma zona complicada do País. Penso que Loures não é um concelho inseguro e que o trabalho das forças de segurança tem sido muito positivo. Como são definidas as prioridades de actuação? Tudo começa com um documento que é por nós elaborado que, internamente, designamos de SITREP (Situation Report). Aí estão definidas 27 À lupa À lupa Sem nada de especial a assinalar, seguimos para Bucelas. 3h11, Bucelas À entrada de Bucelas, os homens da GNR estão já no fim do seu “turno da noite”. Uma noite que foi igual a muitas outras, havendo a salientar alguns condutores com excesso de álcool. Visitamos o posto local, que se encontra em péssimas condições e onde nem existe parqueamento de viaturas, que assim, têm de ficar estacionadas na via pública. As poucas obras de beneficiação em curso são feitas com a “prata da casa”. 3h41, Loures Regressamos à base de operações e é feito um primeiro balanço. Entre detidos, autos levantados e material apreendido, há uma sensação de dever cumprido. GNR Acção e razão no “turno da noite” Acompanhar um turno das patrulhas da Guarda Nacional Republicana é, por si só, uma aventura. De espírito aberto, uma equipa da Loures Municipal seguiu de perto o que é ser agente da autoridade em Portugal. De operações stop a rusgas, damos conta de uma realidade pouco conhecida da maioria dos portugueses. 17 de Maio, 23h45, Posto da GNR de Loures O ambiente agitado que se vive antes do início de uma longa noite de trabalho é já uma imagem de marca. Mais de duas dezenas de homens aprontam-se para sair da sede do Destacamento Territorial de Loures. No comando, o capitão Paulo Silvério dá as últimas instruções. Esta noite as ordens são para fazer operações stop em Caneças, Catujal, São João da Talha e Bucelas. Estamos numa sexta-feira e todos sabem que, ao fim-de-semana, o álcool corre nas gargantas de 28 condutores inconscientes, pelo que estas operações servem, antes de mais, como forma de prevenção. A normalidade é interrompida com a chegada de um detido por posse de haxixe. Na balança electrónica surge o número 1.5 – um grama a mais do que é permitido. Depois desta ocorrência, fomos ao encontro da primeira brigada que se encontrava em Caneças. 18 de Maio, 00h27, Caneças Mais de uma dezena de homens já iniciaram o trabalho. São mandados parar infractores às regras do código da estrada, potenciais condutores embriagados e veículos em situação irregular. Mas se alguém pensa que haverá pouco risco neste tipo de operações, que se desengane. Pouco antes de sairmos de Caneças, um agente é quase atropelado por um indivíduo que não parou na operação stop. De facto, pode-se tornar bem perigoso uma mera operação rotineira. Mas os homens sabem bem disso e estão prevenidos. 2h10, São Sebastião de Guerreiros Com a chegada de alguns reforços, os primeiros homens entraram no bar. Apercebemo-nos que o grupo que causou problemas já tinha abandonado o local. Alguns clientes são revistados e o dono é novamente avisado de que os horários são para cumprir. Depois deste pequeno momento de alguma emoção, a razão impera. Com pedagogia, os agentes explicam a todos os presentes, alguns deles mais alterados devido ao consumo de álcool, quais as razões desta acção. Sanado o incidente, vamos acompanhar a brigada que está situada em Santa Iria de Azóia. 2h43, Santa Iria de Azóia As horas passam e cada vez é mais provável encontrar condutores na ressaca dos bares e das discotecas de Lisboa. O álcool é o grande problema e aparece um condutor que, no teste do balão, acusa 1.47, pelo que será levantado um auto. Se pensarmos nos riscos que correm, nos ordenados baixos que auferem, nas difíceis condições que lhes estão destinadas e na constante sensação de indiferença por parte dos poderes instituídos, a vida de um guarda nacional republicano não é fácil. Se a imagem desta instituição é, por vezes, abalada por escândalos que fazem as primeiras páginas de jornais, é bom que se dignifique a sua imagem salientando o seu lado bom. É preciso pensar que, se temos segurança nas ruas e nas nossas casas, isso deve-se a homens e mulheres como estes que, no anonimato, protegem determinadamente os cidadãos. Contrafacção de roupa GNR atenta ao fenómeno 1h22, Catujal Depois de uma rápida viagem, chegámos ao Catujal. A zona é problemática e, nesta operação, está um agente com uma espingarda bem visível, como precaução. É apreendida uma máquina de jogo ilegal e são levantados alguns autos por excesso de álcool. Uma chamada telefónica pede a comparência da GNR em São Sebastião de Guerreiros. Um grupo de jovens provocava desacatos num bar. Uma dos crimes mais generalizados por todo o País, a contrafacção de roupa, tem tido uma pronta e eficaz resposta por parte da GNR. Em Loures esse crime também é uma realidade e a Loures Municipal teve oportunidade de se deslocar ao posto de Caneças para verificar isso mesmo. Atulhada em três divisões do quartel, encontravam-se camisas, sapatos e toalhas de praia das mais variadas marcas. Embora se possa pensar que a maioria destas peças de roupa e calçado se aprestavam para serem vendidas em feiras e mercados, a verdade é que a qualidade da falsificação tem vindo a melhorar e, nalguns casos, são mesmo vendidas em lojas aos preços correntes das verdadeiras. 29 À lupa À lupa complicada. Tem uma população muito diversificada, muitos imigrantes das mais variadas partes do mundo e um tipo de construção de habitações, em torre, que dificulta a actuação da polícia. É o problema da vida citadina... Comissário Bento Pedruco «Loures é o lugar mais calmo de toda a área da Divisão» Desde Novembro de 2002 que comanda a Divisão de Loures da PSP. O comissário Bento Pedruco mostra, em breves linhas, uma visão muito positiva da segurança no concelho de Loures. Com toda a dimensão da Divisão que comanda, como é que se definem missões e dispositivos para uma determinada actuação? Para quem chega de novo é normal que pareça um esforço enorme mas, como funcionamos já com um mecanismo muito bem estruturado, torna-se bem mais fácil. Quando há necessidade de se fazer uma operação, temos a Secção de Operações que a planeia, elabora a directiva operacional, envia para cada uma das esquadras, o comandante selecciona os meios que tem e, no mesmo dia e à mesma hora, toda a gente está pronta a iniciar o trabalho. Como classifica Loures em termos de segurança? Embora só esteja a comandar a Divisão de Loures há menos de um ano, sou residente no concelho de Odivelas há mais de trinta, pelo que tenho uma vasta experiência no que concerne a matérias de segurança nesta área. Diria que a cidade de Loures será talvez o lugar mais calmo e sossegado de toda a área da Divisão. Quanto a Santo António dos Cavaleiros, a situação é um pouco mais Sem dúvida. Num edifício de 8 ou 10 andares há pessoas que passam anos sem conhecer os seus vizinhos. Até para notificar alguém é complicado, pois as pessoas, mesmo conhecendo o indivíduo, não sabem o seu nome. Para além disso, é mais difícil controlar as pessoas em áreas citadinas, pois os factos dispersam-se sem conhecimento por parte da população. Quando se juntam pessoas, geram-se conflitos com mais facilidade, há maior tendência para a ociosidade, logo mais conflitos potenciais e vivências à custa de determinadas habilidades. Como encontrou a Divisão a nível de efectivos e logística? Poderíamos pensar que, com mais gente, iríamos mais além. Deste modo, a nossa actuação é mais limitada. Diria que são os suficientes para assegurar o mínimo do serviço. Quanto às instalações, a maioria delas são muito fracas para aquilo que hoje se entende que deve ser uma esquadra. Quanto à sede da Divisão de Loures, ela está em condições muito deficientes. Estamos situados num prédio de habitação adaptado e falta-nos uma série de condições logísticas que fazem com que, por exemplo, a nossa Secção de Investigação Criminal tenha de estar sedeada em Odivelas. Ainda assim, penso que, daquilo que conheço do País, podemos considerar que, quanto a pessoal e logística, estamos num nível médio alto. Esquadra de Loures Chegar mais perto da população Embora as medidas “impostas” superiormente como o programa “Escola Segura” continue a ter excelentes resultados, a esquadra de Loures foi mais longe e desenvolveu, ela mesma, outras actividades complementares. É o caso do programa “Aproximação com a Comunidade Escolar”, que visa levar os mais jovens a conhecer as instalações da PSP e levar os agentes às escolas de Loures. Palestras e demonstrações de actividades policiais são os exemplos mais marcantes das acções desenvolvidas. Um outro programa, denominado “Programa de Prevenção”, levou crianças a fazerem de polícias em mini-operações stop e conduziu os mais jovens a conhecer as instalações do Corpo de Intervenção da PSP na Ajuda. 30 PSP Velocidade e álcool na linha da frente A estrada continua a ser uma “caixinha de surpresas” para quem a tem de controlar. Numa noite de trabalho, encontra-se de tudo um pouco. Numa acção concertada entre as esquadras de Odivelas, Loures e Santo António, mais de três dezenas de agentes da Divisão de Loures da PSP estavam nas ruas dos dois concelhos. Em Loures, comandados pela subcomissária Paula Monteiro, os homens e mulheres da PSP tinham ao seu dispor um radar de controlo da velocidade. A velocidade máxima da via é de quarenta quilómetros horários, mas o radar estava preparado para disparar alguns quilómetros acima da velocidade permitida. Meia hora depois de chegarmos, apareceu o primeiro prevaricador que circulava a 73 km/h, no interior de uma localidade. O radar dispara o seu poderoso flash e segue-se a identificação, o controlo dos documentos da viatura, a informação do motivo da paragem e a coima. O processo é simples, rápido e preciso. Embora estivéssemos numa noite de terça-feira, o álcool também faz a sua aparição. Surge o primeiro automobilista com 1,4 gramas de álcool no sangue. Segundo a lei, é crime. Será detido e presente a tribunal. Até ao fim da noite ainda serão identificados mais alguns condutores com taxa de alcoolémia superior ao permitido. Nem com todas as acções de prevenção os portugueses aprendem. É pena. Deixamos Loures e vamos acompanhar os homens de Santo António dos Cavaleiros. Joaquim Horta, subcomissário da esquadra de uma das maiores freguesias do concelho, comanda um grupo de mais de uma dezena de agentes. Aqui não há radar, mas continuam a encontrar-se prevaricadores. Álcool, documentos falsos e viaturas sem seguro ou com a inspecção por efectuar. Perto do fim da noite, uma comunicação via rádio leva dois agentes a pôr cobro a uma situação de distúrbios na via pública perto da Cidade Nova. Um grupo de jovens, alguns deles já identificados pela PSP por outras situações pouco abonatórias, confraterniza na rua. Vozes ao alto, um carro a projectar música que incomoda os moradores. Os agentes chegam e tentam dispersar o grupo, que reage mal quando vê a máquina fotográfica. Sanado o problema, faz-se o balanço da noite. Foi calma. Faltou a habitual violência doméstica, os desacatos entre grupos e os roubos de casas e viaturas. De tudo isto e muito mais é feita a vida de um agente da PSP. Zelar pela segurança de todos é um dever, ser cordial e humano nas relações estabelecidas com os cidadãos é uma virtude. É bom encontrar quem põe o bem comum acima dos seus interesses pessoais. 31 À lupa À lupa a nível da Divisão, que implicam menos pessoal administrativo. Esse trabalho, a ser efectuado no terreno, implica também um aumento do número de operacionais. Está prevista, há muitos anos, a criação de uma Divisão para Camarate, o que melhoraria muito a eficiência do nosso trabalho. No entanto, a criação dessa Divisão teria de ser acompanhada com a entrada de novos agentes. Se a população aumenta, o número de agentes também deve crescer. Gostava de ter um polícia à porta de cada cidadão e fico triste e desencorajado quando passo no concelho de Loures e vejo que é impossível cobrir com policiamento toda a área da Divisão. Comissário Nuno Anaia «O policiamento de proximidade tem dado excelentes resultados» Comanda desde Setembro do ano passado a Divisão dos Olivais, que abarca grande parte da zona oriental do concelho de Loures. Nuno Anaia, um jovem e promissor comissário da PSP, defende uma maior interligação da polícia com a sociedade para se combater a insegurança com eficiência. temos uma área eminentemente citadina; nas restantes freguesias do concelho de Loures, uma zona mista entre ruralidade e espaços de habitação. Não temos nenhum bairro onde se possa dizer que a polícia não entre. O que temos é bairros de realojamento e bairros de génese ilegal que se podem considerar problemáticos e que também trazem problemas para outros bairros contíguos. Como caracteriza a área geográfica sob responsabilidade da Divisão dos Olivais? Esta caracterização torna o trabalho mais difícil... Poderia dizer que superintendemos uma área mista: no concelho de Lisboa e nas freguesias da Portela e Moscavide, É verdade. A nova filosofia não se prende com a eliminação da abertura de novas esquadras, como se tem vindo a dizer, mas sim com um misto de abertura de esquadras e a criação de novas unidades A zona oriental do concelho de Loures é uma zona problemática para a PSP? Infelizmente penso que sim, sobretudo devido à falta de integração da segunda e terceira geração de imigrantes. Penso que a nossa política do policiamento de proximidade tem dado excelentes resultados, como é reconhecido pelas forças políticas da região. O problema é que para se fazer esse tipo de policiamento, especialmente nos bairros mais complicados, é preciso um número muito elevado de agentes. Com o advento dos programas de intervenção comunitária, o trabalho a efectuar torna-se mais fácil pois há outras instituições que também ajudam neste trabalho de inserção social. É bom saber, também, que não existem gangs organizados em Loures. O que temos é alguns confrontos entre bairros e entre etnias, especialmente junto da população escolar. Mas tudo isto só se resolve se oferecermos a essa gente novas ocupações de cariz social, cultural, recreativo e desportivo. Hooliganismo Euro 2004 em preparação Embora muitos pensem que o combate ao hooliganismo só se faz nos estádios, os mais atentos ao fenómeno sabem que é nos locais de diversão nocturna que os problemas surgem com mais frequência. Conhecedor dessa situação, Nuno Anaia sabe que a zona do Parque das Nações e do Passeio Ribeirinho de Sacavém pode ser um foco de problemas: “Em relação ao Euro a única coisa que garanto é que o polícia português está tão bem preparado como o seu congénere de qualquer outro país europeu. Depois temos características próprias, como a flexibilidade, que nos fazem ser muito capazes para contornar problemas relacionados com a concentração de grandes massas humanas. Penso que a grande aposta vai ser nas equipas de intervenção rápida, capazes de uma intervenção mais “musculada”, se necessário. No entanto, também é necessário que sejam criados, por parte do Governo, alguns normativos que reforcem excepcionalmente o nosso poder, bem com restringir as movimentações em algumas zonas da cidade de Lisboa e dos arredores.” 32 Policiamento de proximidade Idosos e comerciantes são prioridades Depois dos excelentes resultados obtidos com a “Escola Segura”, PSP e GNR lançaram mais dois programas denominados “Idosos em Segurança” e “Comércio Seguro”, que se inserem no chamado policiamento de proximidade. No caso dos idosos, as autoridades destacam alguns elementos para acompanhar os “menos jovens” nas deslocações a bancos e terminais Multibanco, especialmente nos dias do levantamento das pensões sociais. Por outro lado, há uma especial atenção a lares, centros de dia e espaços verdes, mais utilizados pela terceira idade. Quanto ao programa “Comércio Seguro”, lançado em 2000, depois de feito o levantamento dos estabelecimentos comerciais existentes, os agentes deslocam-se a estes locais frequentemente, tentando sensibilizar os proprietários para os cuidados a ter e, em caso de tentativa ou consumação de assalto, quais os passos a dar. Operação Férias Cães perigosos Inovação Avisar as autoridades é fundamental Nova arma novos problemas As tecnologias já chegaram Com o Verão e as férias a baterem à porta dos portugueses, as autoridades deparam-se com um outro problema: assalto a residências. Por isso mesmo os alertas mantêm-se: avise vizinhos e forças de segurança da sua ausência. Como refere o Comissário Pedruco, “Em caso de contacto fazemos uma vigilância mais apertada às casas das pessoas que vão de férias. Sabemos quais são os vizinhos ou familiares que visitam a residência durante a ausência do proprietário e, mesmo em caso de assalto, o facto de avisar a polícia é importante, para contactar mais rapidamente o proprietário.” Já sabe, é melhor prevenir que remediar. Nos últimos anos tem surgido um fenómeno preocupante no concelho de Loures: os cães de guerra. As raças PittBull, Rotweiller e Doberman são as mais vistas e as lutas entre estes animais também têm sido assumidas pela comunicação social como prática permanente. GNR e PSP estão atentas ao problema e, desde que surgiu a nova legislação que veio cobrir o vazio legal existente, a actuação das forças de segurança tem sido mais efectiva. Açaimes, licenças e vacinação actualizada são imprescindíveis e, aos proprietários desses animais, fica um aviso: lançar cães como arma contra agentes é crime. A Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública são máquinas pesadíssimas, pelo que qualquer processo de inovação tecnológica envolve elevados custos. Ainda assim, é interessante verificar que a tecnologia do século XXI vai facilitando o trabalho de todos. Telemóveis, Internet, POS – um aparelho que liga a polícia à base de dados da Direcção-Geral de Viação –, novos radares, câmaras de vídeo, enfim, uma panóplia de novos e sofisticados meios ao dispor das forças da autoridade que tornam bem mais difícil a vida dos prevaricadores. 33 À lupa À lupa Um dia com a Escola Segura A revista Loures Municipal acompanhou, no dia 27 de Maio, uma ronda com o agente João Borrego, da PSP, e pôde constatar a excelente relação que existe com os conselhos executivos das escolas, com os alunos e com os funcionários. Programa Escola Segura Amigos para além de tudo Implementado no concelho de Loures em 1996, o programa Escola Segura é garantido pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e pela Guarda Nacional Republicana (GNR) nas suas respectivas áreas de intervenção. É vasto e complexo o universo das ocorrências com que têm de lidar os agentes da Escola Segura: furtos no interior e no exterior das escolas, agressões, ameaças, assaltos às instalações, toxicodependência, vandalismo e abandono escolar são alguns dos problemas com que se debatem diariamente. Fazendo um verdadeiro trabalho de equipa, as forças policiais que têm a responsabilidade de levar a bom porto este programa trabalham em estreita colaboração com as escolas, a segurança social, as juntas de freguesia, a Câmara, os bombeiros e as colectividades. Apesar de os meios humanos e materiais serem insuficientes, face ao grande número de escolas e de alunos, e consequentemente de solicitações, os bons resultados obtidos por este programa, no concelho de Loures, demonstra que, com empenho e profissionalismo, é possível encontrar metodologias e estratégias adequadas para minimizar e resolver os problemas que vão surgindo. Os números da Escola Segura 61 escolas 13 085 alunos 1522 professores 440 auxiliares Acção de sensibilização Sinais e regras de trânsito O programa Escola Segura tem múltiplas vertentes. No dia 28 de Maio, os alunos do 1.º Ano da Escola EB1 de Lousa aprenderam com os agentes da Guarda Nacional Republicana o significado de alguns sinais e de algumas regras de trânsito. Os sinais de trânsito, limites de velocidade, sentido obrigatório, aproximação de bandas sonoras e as normas básicas do atravessamento das passadeiras, na perspectiva de peões e automobilistas, foram alguns dos ensinamentos aprendidos pelos mais pequenos e que, provavelmente, nunca mais esquecerão. 34 A nossa ronda começou bem cedo, por volta das 8h30 da manhã, na Escola EB 2,3 João Villaret, em Loures. A chegada do carro da Escola Segura é sempre motivo para uma efusiva e acalorada recepção. Os mais pequenos fazem fila para cumprimentar o agente de serviço e estranham a presença do fotógrafo e do jornalista. O primeiro local visitado foi o Conselho Executivo. Ali se trocaram opiniões acerca de alguns alunos mais problemáticos e da segurança da escola. Depois, seguimos para a Escola EB 2,3 Luís de Sttau Monteiro, ainda em Loures. Uma vez mais, a recepção foi espontânea e acolhedora, demonstrando que todos têm uma grande estima e amizade pelos agentes da Escola Segura. Prosseguimos pela Escola EB 1 N.º 6 da Póvoa de Santo Adrião – porque as áreas de intervenção das forças de segurança não seguem as fronteiras geográficas dos concelhos –, passou pela Escola Secundária José Cardoso Pires e terminou na Escola EB 2,3 Maria Veleda, ambas em Santo António dos Cavaleiros. Nesta última escola, realizou-se uma reunião preparatória da simulação de uma operação stop a levar a cabo pelos alunos do 5.º Ano da Escola Maria Veleda, na manhã do próximo dia 17 de Junho, em vários locais de Santo António dos Cavaleiros, com o objectivo de sensibilizar os automobilistas para a prevenção rodoviária. No final da nossa ronda, pudemos concluir que existe uma imagem muito positiva deste programa por parte de todos os intervenientes no processo educativo, resultante da rápida resposta dada pelos agentes às solicitações que lhes são feitas, da alegria e simpatia presentes no trabalho, bem como da disponibilidade para colaborar com as várias entidades. Para além de contribuírem para aumentar os índices de segurança, os agentes do programa Escola Segura são, de facto, considerados verdadeiros amigos. Prevenção Rodoviária A esperança está nos mais novos Estando Portugal na cauda da Europa no que toca aos números da sinistralidade rodoviária, a esperança reside essencialmente nos mais novos. Por isso, GNR e PSP desdobram-se em acções de sensibilização. Os resultados são bons e, por vezes, são as crianças que obrigam os adultos a cumprir as regras do código. Para o comissário Nuno Anaia a solução é simples: “Penso que só apreendendo viaturas e cartas de condução e tornando mais caras as segundas vias é que as pessoas vão pensar duas vezes no que estão a fazer.” Já o capitão Paulo Silvério acredita nos mais novos: “É um problema muito preocupante mas a próxima geração já irá encarar a segurança rodoviária de outra forma.” 35 À lupa À lupa Polícia Municipal Candidatura em curso Quinta das Sapateiras, local do futuro quartel da PML Atendendo a que o concelho de Loures apresenta, nos últimos anos, um desenvolvimento significativo – com especial relevo para o aumento da densidade populacional e para o crescimento urbano –, houve necessidade de encontrar soluções que contribuíssem para aumentar as condições de segurança e fiscalização no território concelhio. Com a criação da Polícia Municipal de Loures (PML), cuja candidatura está em apreciação no Ministério da Administração Interna, pretende-se actuar na área da fiscalização em matéria de edificação e urbanização, parque habitacional, comércio, saúde pública, averiguações e intimações, circulação rodoviária e estacionamento de veículos, defesa da natureza, do ambiente e dos recursos cinegéticos, criminalidade, ruído, bem como apoiar o trabalho já desenvolvido pelas forças de segurança. Por outro lado, a presença da Polícia Municipal nas ruas do concelho terá ainda uma acção dissuassora da criminalidade. Conselho Municipal de Segurança Segurança é preocupação de todos A crescente preocupação com as questões de segurança e de exclusão social obriga à participação de todos os sectores da sociedade na procura de soluções para os problemas existentes. O Conselho Municipal de Segurança (CMS) é uma entidade de âmbito municipal com funções de natureza consultiva, de articulação, informação e cooperação. Tem como objectivo 36 contribuir para aprofundar o conhecimento da situação de segurança na área do Município, através da consulta entre todas as entidades que o constituem, formulando propostas de solução para os problemas de marginalidade e segurança dos cidadãos. Promove, ainda, discussões sobre as medidas a adoptar no combate à criminalidade e à exclusão social. Dados do Relatório Interpretativo do Observatório de Segurança A criação da Polícia Municipal é considerada como “importante” ou “muito importante” por 80% dos residentes no concelho, com dezoito ou mais anos. Capitão Paulo Silvério – GNR As diversas forças de segurança têm de trabalhar em conjunto e não em concorrência, até porque as competências são completamente diferentes. Por tudo isso considero que será muito útil para o concelho a criação da Polícia Municipal. Comissário Bento Pedruco – PSP Loures É uma medida muito positiva. Penso que será uma polícia mais vocacionada para os problemas do foro municipal o que libertará alguns agentes da PSP para actuar na área criminal. Comissário Nuno Anaia – PSP Olivais É bastante interessante. Acima de tudo irá libertar a polícia para outras áreas, enquanto a polícia municipal ficará mais ligada ao trânsito e à venda ambulante. Posso dizer que a Polícia Municipal libertar-me-ia cinco agentes por cada turno de seis horas, o que é muito. Observatório de Segurança Primeiro relatório já está disponível Este conselho é constituído por dezenas de pessoas, oriundas de vários sectores da sociedade civil, incluindo representantes de todos os órgãos da administração local, bombeiros, Ministério Público, forças policiais, assistência social, escolas, instituições de saúde e de solidariedade social, bem como representantes de entidades de âmbito económico, patronal e sindical. A Câmara fornece o apoio logístico necessário ao funcionamento do CMS. No âmbito das suas atribuições, compete ao CMS dar pareceres sobre a evolução dos níveis de criminalidade e a capacidade operacional das forças de segurança; acompanhar e apoiar as acções de prevenção da toxicodependência e de análise da incidência social do tráfico de droga que, pela sua particular vulnerabilidade, se revelem de maior potencialidade criminógena e mais carenciadas de apoio à inserção. Na reunião de 28 Maio, o CMS apreciou em primeira mão o relatório interpretativo do Observatório de Segurança acerca da vitimação e segurança no concelho de Loures, tendo aprovado a realização de um novo estudo sobre a segurança da juventude escolar. O Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica realizou um estudo acerca da “vitimação e segurança no concelho de Loures”, na sequência do protocolo assinado entre o Município e aquela universidade. 2000 (17,5%), quer à ocorrida em Almada em 2001 (15%). Num contexto europeu, estes valores são inferiores à generalidade das áreas urbanas de outros países. Os inquiridos consideram a sua freguesia de residência mais segura do que a generalidade do concelho. A nível da freguesia de residência, as mulheres tendem a ser mais inseguras que os homens. A insegurança aumenta com a idade, com a exposição à violência, com o facto de ter sido vítima de um delito e com a taxa de vitimação em habitações na zona de residência. Sentimentos de insegurança no concelho de Loures A informação necessária à realização deste estudo foi recolhida entre Setembro e Outubro de 2002, através de um inquérito à população do concelho com idade igual ou superior a 18 anos, que compreendeu 2260 entrevistas. O estudo incidiu sobre três tipos de delitos associados aos sentimentos de insegurança dos cidadãos: contra pessoas, viaturas e residências. Foi estimado que 18 por cento dos inquiridos sofreram pelo menos um dos tipos de delitos considerados, durante o ano de 2001, mas apenas 12,5 por cento foram vitimados no concelho de Loures. Problema Percentagem dos inquiridos que o identificaram Droga 56 Falta de segurança 30 Desemprego 28 Pobreza 27 Saúde pública 13 Falta de civismo 13 Crime 11 Loures mais seguro que Lisboa Degradação de costumes 4 A vitimação de 12,5 por cento em Loures é inferior quer à de Lisboa, em Outro 3 37 Desporto Desporto Aeróbica e Fitness Torneio Nacional em Loures Abertura oficial Escolinha de Futsal O Pavilhão Feliciano Rosa Bastos, em Loures, foi o local escolhido para a realização, a 13 de Abril, do Torneio Nacional de Aeróbica Desportiva e Fitness, tendo contado com a presença de várias dezenas de atletas. Com apoio da Divisão de Desporto da Câmara e coordenação do Departamento de Aeróbica da Federação Portuguesa de Ginástica, este evento enquadra-se na perspectiva de alargamento e diversificação da oferta desportiva aos munícipes do concelho, criando condições para dar a conhecer novas vertentes do fenómeno desportivo. No âmbito do protocolo celebrado entre a Câmara e o Sport Lisboa e Benfica, realizou-se, a 12 de Abril no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, a abertura oficial da “Escolinha de Futsal“, a primeira do género no País. Numa primeira fase, a “Escolinha de Futsal” será composta por duas classes de jovens atletas com idades entre os 6 e os 12 anos, sendo a formação ministrada pelos professores João Pinto e Pedro Henriques. As inscrições e a respectiva formação são gratuitas. Na apresentação pública da “Escolinha de Futsal” estiveram presentes, pela parte da Câmara, o presidente, Carlos Teixeira, e o vereador Ricardo Leão; pela parte do Benfica, o director do futsal, Luís Moreira, e o treinador da equipa sénior, Alípio Matos, e ainda o seleccionador nacional da modalidade, Orlando Duarte. Esta iniciativa vem no seguimento do protocolo de cooperação assinado em finais de 2002 entre a Câmara e o Sport Lisboa e Benfica, com vista ao desenvolvimento desta modalidade no concelho de Loures. Torneio de Futebol do Concelho de Loures Casa Pia arrebata troféu O Casa Pia, ao vencer na final o Sacavenense por duas bolas a zero, foi o grande vencedor do II Torneio de Futebol do Concelho de Loures para o escalão de iniciados, que decorreu em Loures e no Catujal, entre 18 e 20 de Abril. As oito equipas inscritas para esta prova (Bobadelense, Loures, Sacavenense, Santa Iria, Águias de Camarate, Pinheiro de Loures, Vitória de Setúbal e Casa Pia) deram provas de um futebol de alto nível, com especial incidência para as formações que arrebataram os primeiros postos da tabela classificativa – Casa Pia, Sacavenense e Loures. 38 3.º Festival Desporto Sénior Participaram cerca de trezentos idosos no 3.º Festival de Desporto Sénior, realizado a 17 de Maio, no Pavilhão Feliciano Bastos, em Loures. Um dia cheio de actividade com marcha, golfe, jogos tradicionais, danças de salão, ténis-de-mesa, badmington, basquetebol, corfebol, voleibol e petanca, a animação cultural, levada a cabo pela banda “O menino é lindo”, o desfile dos praticantes, cuja jovialidade física e espiritual garantiu à exibição grande dinâmica e criatividade, e finalmente a demonstração das classes de Lousa, Apelação, Sacavém, Santo António dos Cavaleiros, Bobadela, Portela, Moscavide, Santa Iria e Loures. Para Junho, está agendado um convívio no Parque Municipal do Cabeço de Montachique. Presente no encontro, o presidente da Câmara, Carlos Teixeira, reiterou a aposta nesta iniciativa que, disse, “representou um investimento municipal com custos directos na ordem dos 150 mil euros. Temos que saber distinguir as nossas riquezas. A Autarquia aposta em dois grupos diferentes: os jovens e os idosos, porque são quem está mais desprotegido, os que se encontram na faixa intermédia, são capazes de criar as suas próprias dinâmicas”. “Quero deixar expresso o meu respeito, simpatia e admiração pelo que fazem, pelo que são, pelo que foram e pelo significado que dão ao nosso concelho”, acrescentou. Atletismo Colectividades continuam a correr Após uma emocionante fase de apuramento, onde o Sacavenense se superiorizou ao Loures na luta pelo acesso à grande final por apenas três golos de vantagem no cômputo dos jogos disputados, as partidas decisivas deixaram boas recordações ao público presente no Campo José da Silva Faria que, em pleno Domingo de Páscoa, não deixou de marcar presença em elevado número. No jogo decisivo, os “gansos” mostraram a sua superioridade ao marcar dois golos na etapa complementar, e levaram para Pina Manique o tão almejado troféu, que o vereador do desporto da Câmara de Loures, Ricardo Leão, pessoalmente entregou. Classificação final 1.º – Casa Pia A. C. 2.º – S. G. Sacavenense 3.º – G. S. Loures 4.º – S. C. Pinheiro de Loures 5.º – Vitória de Setúbal 6.º – Águias de Camarate 7.º – C. F. Santa Iria 8.º – A. D. Bobadelense Mais de três centenas de atletas, em representação de dezenas de colectividades do concelho de Loures e do distrito de Lisboa, encontram-se a disputar a 19.ª edição do Troféu “Corrida das Colectividades do Concelho de Loures”, em atletismo. A última prova disputada, a 14.ª Corrida dos Jogos do Tejo, decorreu no magnífico cenário da zona ribeirinha do Tejo, na zona de Via Rara, freguesia de Santa Iria de Azóia, e contou com cerca de duas centenas de atletas, em representação de 18 equipas. 39 Instantâneos Instantâneos Até ao final do ano, mais de dois mil alunos de todos os níveis do ensino básico e ainda do secundário vão ser alvo de uma campanha de sensibilização no âmbito da educação sexual. Este projecto, organizado pelo Gabinete de Saúde da Câmara, tem por objectivos a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, a diminuição dos casos de gravidez precoce, a explicação dos diversos métodos contraceptivos e ainda proporcionar aos alunos novos conhecimentos quanto a temas que a sociedade denomina como “tabus”, nomeadamente a menstruação, o primeiro acto sexual e a homossexualidade, entre outros, de forma a desmistificar algumas ideias erradas que têm passado de geração em geração. As manhãs de sábado e domingo de Maio, Mês do Coração, foram dedicadas à saúde. Numa iniciativa que contou com a participacão de gente de todas as idades, o Gabinete de Saúde convidou os munícipes a fazerem desporto, monitorizados por um professor de educação física, em três parques do concelho – Parque da Cidade de Loures, Jardim Autárquico da Portela e Parque Urbano de Santa Iria de Azóia. Depois de realizados os exercícios físicos, foi medida a tensão arterial a todos os participantes, de forma a diagnosticar e prevenir problemas de saúde, ou não fosse esta uma iniciativa que se insere no projecto municipal de prevenção de doenças cardiovasculares. O bairro Mato do Antão conquistou o direito de ter iluminação pública nos seus arruamentos. O momento foi assinalado com uma cerimónia, na qual estiveram presentes os residentes bem como Carlos Teixeira, presidente da Câmara, e parte da equipa técnica que acompanha a recuperação do bairro. Chegando a ser classificado como área urbana de génese ilegal irrecuperável, Mato do Antão dispõe de quarenta e seis habitações, onde residem cento e trinta e cinco pessoas, que estão a congregar esforços no sentido de inverter esta classificação. A Câmara está a avaliar a possibilidade de alteração do enquadramento jurídico do bairro e de integrar a sua recuperação no âmbito da revisão do Plano Director Municipal. Realizou-se, no passado dia 29 de Março, no Parque Urbano de Santa Iria de Azóia, mais um encontro integrado no ciclo de debates denominado “Conversas com Ambiente: ouvir para intervir”. Fernando Catarino, professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, conduziu a reflexão em torno da questão “Que verde temos no espaço urbano?” Confirmou que a fronteira entre o espaço urbano e o rural vai-se esbatendo cada vez mais mas que, no contexto metropolitano em que Loures se encontra, a mancha verde ainda é significativa, as zonas rurais ainda persistem, não se tratando apenas de “microjardins”. Educação Sexual Saúde AUGI Conversas com Ambiente Aprender para prevenir Coração Campeão anima idosos de Loures Iluminação pública chega a Mato do Antão O rural e o urbano: onde fica a fronteira Jornada de Saúde Comunitária Ano Europeu das Pessoas com Deficiência Ambiente Projecto de Intervenção Comunitária da Apelação O ambiente e a saúde pública em discussão A Casa da Cultura de Sacavém acolheu, a 7 de Abril, a 1.ª Jornada de Saúde Comunitária, inserida na comemoração do Dia Mundial da Saúde. Organizada pela Associação de Promotores de Saúde, Ambiente e Desenvolvimento Sociocultural, com o apoio do Gabinete de Saúde da Câmara, a jornada visou a discussão de questões ligadas ao ambiente e suas repercussões na saúde pública, à defesa dos direitos da criança, à violência doméstica e criminalidade, entre outras. Na sessão de encerramento, que contou com Jorge Baptista, adjunto do presidente da Câmara, ficou expresso o empenho do Município em combater estes e outros males que ainda afligem muitos cidadãos. 40 Autocarro europeu passou por Loures Projectos florestais O Ano Europeu das Pessoas com Deficiência ficou marcado pela deslocação de um autocarro por vários países da Europa comunitária, incluindo a cidade de Loures, onde esteve a 8 de Abril. A iniciativa, promovida pelo Fórum Europeu das Pessoas com Deficiência, contou com a colaboração da Confederação Nacional de Organismos de Deficientes (CNOD) e do Gabinete de Saúde da Câmara, e permitiu a divulgação do trabalho das instituições que lidam com deficientes, pautando--se por uma mostra de alguns materiais promocionais, como vídeos e folhetos informativos, e por uma campanha de sensibilização dirigida a crianças, com o objectivo de cimentar a importância da defesa dos direitos dos deficientes. O Departamento do Ambiente organizou, a 14 de Maio, uma visita aos projectos florestais da Quinta de Baixo e do Vale, situados em Bucelas, que contou com a presença do vereador Rui Pinheiro. A área do projecto da Quinta de Baixo é de 6,21 ha, integralmente arborizados com pinheiro manso, carvalho cerquinho e cipreste-do-buçaco, e a do Vale é de 3,52 ha, dos quais 2,09 ha arborizados com pinheiro manso, cipreste-do-buçaco e folhosas diversas. Os projectos foram financiados pelo IFADAP, em 70 por cento a fundo perdido, ao abrigo do programa RURIS – Florestação da Terras Agrícolas para a Quinta de Baixo, e de 80 por cento pelo programa Agro – Desenvolvimento Sustentável das Florestas para o Vale. Formação de voluntários Formar voluntários que dêem acompanhamento e apoio social aos idosos com mais de 65 anos de idade, autónomos e em situação de isolamento, residentes na freguesia da Apelação, foi o objectivo da acção de formação realizada pelo Gabinete de Assuntos Religiosos e Sociais Específicos da Câmara, em colaboração com o Projecto Apelarte, Centro de Saúde de Sacavém, Casa de Santa Tecla e a instituição privada de solidariedade social Ajuda de Mãe. Esta acção de formação, realizada aos sábados entre Outubro de 2002 e Abril de 2003, no Centro Comunitário da Apelação, permitiu a formação de sete jovens, que a concluíram com aproveitamento. 41 Instantâneos Instantâneos A Gigajoga é uma iniciativa da Divisão de Desporto da Câmara, dirigida aos alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico, que conta com modalidades como futebol de rua, gincana de destreza motora, escalada, orientação, caminhada e jogos de equipa. O arranque desta iniciativa decorreu a 25 de Março, no campo de futebol do Sacavenense, com o futebol de rua. Cerca de 180 crianças de 11 escolas mostraram algumas habilidades dignas de futuros craques. Nos dias 4 e 18 de Junho, a Gigajoga continua no Parque Municipal do Cabeço de Montachique com actividades ao ar livre. Uma das maiores manifestações desportivas do concelho de Loures, o Inter-Escolas, teve o seu epílogo no final do mês de Maio. Depois das provas de selecção que decorreram nas escolas públicas dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e ainda no Secundário, os melhores executantes deram provas das aptidões físicas nas modalidades de futsal, basquetebol, voleibol, andebol, ténis-de-mesa, orientação, ginástica, atletismo e xadrez. A grande adesão de crianças e jovens a esta iniciativa, mais de cinco mil só na fase final, demonstra bem a importância do Inter-Escolas no contexto do desenvolvimento do desporto escolar, para além de ser uma das formas de descobrir novos talentos para o desporto nacional. O Museu Municipal da Quinta do Conventinho, em Santo António dos Cavaleiros, e o Museu da Cerâmica de Sacavém, celebraram, a 18 de Maio, o Dia Internacional dos Museus. As famílias fizeram a festa formando equipas que participaram num divertidíssimo jogo. Primeiro o aquecimento, depois de olhos vendados partese à aventura, num tanque com “cobras e crocodilos”, no final, a grande guerra... dos balões. A iniciativa contou com a participação de várias dezenas de pessoas de todas as idades que, aproveitando a quente tarde de Primavera, entraram na brincadeira e visitaram os Museus. A Área de Extensão Cultural dos Museus de Loures organizou, uma vez mais, a comemoração do Dia Mundial da Terra. Inicialmente marcado para dia 22 de Abril no espaço verde do Museu do Conventinho, o evento foi adiado para dia 29, em virtude do mau tempo. Esta iniciativa, subordinada ao tema “Os Gigantes de Vento” e destinada às crianças das escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, jardins-de-infância, instituições privadas de solidariedade social e externatos, teve como principal objectivo a feitura de moinhos de papel, tal como aqueles que outrora se vendiam em feiras e arraiais. Brinquedos simples que fazem a felicidade das crianças. Desporto Gigajoga para o 1.º Ciclo Inter-Escolas Mais de cinco mil a praticar desporto Dia Internacional dos Museus Dia Mundial da Terra “Magic the Gathering” Natação Dia Mundial do Livro Conventinho Museus de Loures recebem famílias Campeonato Nacional em Loures Adaptação ao Meio Aquático Ler e aprender na biblioteca O Campeonato Nacional de Magic The Gathering 2003 realizou-se, a 3 e 4 de Maio, no Pavilhão Paz e Amizade, com o apoio da Câmara e da Junta de Freguesia de Loures, e contou com a participação de 96 jogadores de todo o país. A nova equipa nacional, composta por Tiago Chan (campeão nacional), Rodrigo Caseiro (2.º lugar) e Pedro Bailadeira (3.º lugar), vai ter a oportunidade de defender as cores nacionais no campeonato do mundo de Magic, que se realiza na Alemanha. O Magic The Gathering é um jogo de estratégia e fantasia, sob a forma de cartas ilustradas coleccionáveis, fácil de aprender e com jogadores de todas as idades e nacionalidades. As piscinas de Loures acolheram no passado dia 12 de Abril mais um festival do Projecto de Adaptação do Meio Aquático (AMA). Esta iniciativa tem como principais objectivos a promoção da expressão físico-motora, a criação de hábitos desportivos, a melhoria da integração dos alunos na escola e o respectivo sucesso escolar. O Projecto AMA iniciou-se em 1993, e daí para cá tem sido um êxito junto da comunidade educativa. Destinado aos alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico, representa um valioso contributo para o desenvolvimento físico e psicológico dos mais pequenos. A Biblioteca Municipal José Saramago recebeu as comemorações do Dia Mundial do Livro, celebradas a 23 de Abril. O vereador António Pereira, responsável pelo pelouro, acompanhou o programa, que constava de uma inovadora exposição intitulada Os Meus Monstros, apoiada pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas. As crianças foram os reis da festa já que, depois de participarem activamente na exposição, tiveram a oportunidade de escutar contos infantis e ainda de percorrer todo o espaço deste equipamento cultural através do chamado Jogo da Descoberta da Biblioteca, o qual pretendia conferir um carácter lúdico à exploração de um equipamento tradicionalmente marcado pela solenidade e imponência. 42 Os Gigantes de Vento Formação profissional de museologia O Museu Municipal de Loures – Quinta do Conventinho organizou, no passado 10 de Maio, um debate sobre formação profissional na área do património e dos museus, onde estiveram Ana Mascarenhas e Fernando Antunes, da Escola Profissional do Freixo (Marco de Canavezes) e do Instituto Politécnico de Tomar, respectivamente. Esta acção visou potenciar a definição de estratégias para o crescimento e desenvolvimento da área da museologia e do património, designadamente a nível da estruturação de quadros de pessoal, organização interna, formação profissional, promoção e divulgação do trabalho efectuado e captação de investimentos, entre outras matérias. 43 Instantâneos Instantâneos As casas da Cultura de Sacavém e da Apelação receberam, entre 5 e 12 de Abril, o Open de Capoeira, organizado pelo Gabinete de Assuntos Religiosos e Sociais Específicos da Câmara, em parceria com a Associação Portuguesa de Capoeira e apoio da Junta de Freguesia da Apelação, que visou o intercâmbio entre várias escolas da modalidade. Originária do Brasil, a capoeira não se limita a ser uma arte, uma dança ou uma actividade desportiva, é, sobretudo, um meio de promover a integração social, contribuindo para a assunção de valores e de condutas responsáveis. Em Portugal, existem mais de vinte mil praticantes e o projecto Apelarte conta já com cerca de 60 jovens da Apelação. GARSE No passado dia 22 de Maio, foi apresentado publicamente o Roteiro Turístico de Loures, para que todos conheçam melhor o património, museus, itinerários, gastronomia, festas, artesanato e o tão característico enoturismo da região de Bucelas. A cerimónia, que decorreu nas instalações do Gabinete de Turismo, contou com a presença do presidente, Carlos Teixeira, e dos vereadores Borges Neves (Turismo) e Ricardo Leão (Educação), que deixaram patente a vontade do Município em apostar mais nesta área, designadamente no apoio à construção de novas unidades hoteleiras e no reforço da cooperação com os investidores que também o pretendam fazer. Os Bombeiros Voluntários de Moscavide completaram, a 23 de Março, 76 anos de existência. Do programa da cerimónia comemorativa do aniversário constou o hastear das bandeiras, logo pela manhã, seguido de uma cerimónia religiosa e da recepção às entidades convidadas. Da parte da tarde destaca-se a formatura geral, com entrega de medalhas da Liga dos Bombeiros, e de capacetes e machados aos novos bombeiros, através da prestação de juramento e exercícios de demonstração. No final realizou-se um beberete de confraternização. A Junta de Freguesia de Sacavém organizou, com apoio da Câmara, os II Jogos Florais da cidade, que tiveram o seu momento alto a 11 de Abril no auditório do Museu da Cerâmica, através da entrega de prémios aos vencedores e da leitura dos trabalhos distinguidos nas modalidades de poesia livre, quadra popular e conto. Para além de representar um desafio à criatividade, revelando poetas escondidos, esta iniciativa serviu também para a apresentação do livro de poemas “Como o Voo da Garça”, de Joaquim Marques. Open de Capoeira Roteiro Turístico apresentado Turismo Bombeiros Voluntários de Moscavide II Jogos Florais da cidade de Sacavém Concerto-Conferência “Lisboa em Camisa” BTT Os caminhos da noite Santa Casa da Misericórdia Câmara cede espaço Idosos Loures cidade amiga O antigo cinema dos Bombeiros de Loures foi palco, no dia 21 de Abril, de um concerto-conferência pelo maestro António Vitorino d’Almeida, intitulado “Lisboa em Camisa”. Organizado pela Escola Secundária de São João da Talha com apoio da Autarquia, o evento dividiu-se em dois momentos. O primeiro, o concerto, foi composto por temas interpretados por um conjunto de música de câmara de alunos da Escola de Música do Conservatório Nacional, dirigido pelo maestro António Costa. O segundo, consistiu numa conferência sobre a criação musical, dada pelo maestro António Vitorino d’Almeida. Mais de duas dezenas de ciclistas participaram no passeio nocturno de BTT, prova organizada pela Divisão de Desporto da autarquia. Os jovens aventureiros concentraram-se no Sobral de Monte Agraço e pedalaram até ao Parque Municipal do Cabeço de Montachique, num percurso que ligou diversos fortes que fazem parte das famosas Linhas de Torres. Esta foi mais uma demonstração de vigor atlético, desta vez marcado pelas características nocturnas do evento onde, uma vez mais, o convívio e a confraternização foram as notas dominantes. Foi inaugurada, a 25 de Maio, a sede da Santa Casa da Misericórdia de Loures, situada na Rua de Angola, n.º 7, em Loures. O espaço, cedido pelo Município em regime de comodato, pretende ser um pólo dinamizador das actividades da instituição. Francisco Pereira, provedor da Santa Casa de Loures, destacou a importância do momento: “Embora já existamos há seis anos, só agora temos condições para fazermos um trabalho condigno no apoio aos mais desfavorecidos que é a nossa principal missão.” Já Carlos Teixeira deu especial ênfase à política municipal de apoio a estas instituições: “Com este espírito de solidariedade, esperamos que esta instituição secular continue a dar respostas no combate à pobreza no concelho.” Os utentes do Centro de Dia de Loures organizaram, a 23 de Abril, um espectáculo de teatro e música que encheu o antigo cinema dos Bombeiros de Loures. A história de Loures foi tema da peça que abordou algumas das alterações ocorridas ao longo dos tempos. Divertido e bem representado, o espectáculo Loures, cidade amiga, da autoria de Carla Franco em colaboração com vários utentes, mostrou como é possível ocupar os tempos livres dos idosos com actividades que ajudam a manter activos o corpo e o espírito. A Autarquia garantiu apoio logístico, no âmbito dos projectos seniores, desenvolvidos junto das instituições do concelho que trabalham com idosos. Depois do êxito, ficamos à espera do próximo trabalho. 44 76 anos ao serviço do próximo De poeta e louco... 45 Exposições Agenda Castelo de Pirescoxe Gravura, serigrafia, calcografia e xilogravura “Um dia vou ser como tu” dos alunos do 12.º ano do curso de artes visuais e do curso tecnológico de artes e ofícios da Escola Secundária José Afonso – Loures 23 de Maio a 20 de Junho Projecto escolar de um grupo de alunos que pretendem demonstrar os seus conhecimentos técnicos, estéticos e artísticos, adquiridos no contexto do ensino da arte nesta escola. Artes Plásticas Quadrante (Associação de artistas plásticos de Loures e Odivelas) 27 de Junho a 18 de Julho O regresso da Quadrante ao concelho com mais uma exposição que mostra bem a qualidade dos artistas plásticos da nossa terra. Galeria Municipal de Loures Pintura “Ontem eles amanhã nós” Alunos do 10.º ano da Escola Secundária José Afonso de Loures 16 de Maio a 27 de Junho À semelhança do trabalho exposto em Pirescoxe, também em Loures alunos da Escola José Afonso mostram os seus trabalhos, embora aqui a pintura seja a tónica dominante. Porcelana e Cortinas em corda Luísa Rodrigues e Alda Rodrigues 2 a 14 de Julho A porcelana, uma das mais seculares formas de arte em todo o mundo, e a curiosa construção de cortinas usando as cordas como material são as marcas desta exposição organizada pelo Gabinete de Turismo da Câmara. Azulejaria, cerâmica e vitral João Espiga, Manuela Espiga e Maria do Carmo Azevedo 17 a 30 de Julho Também organizada pelo Gabinete de Turismo, esta exposição mostra trabalhos únicos utilizando como base materiais ancestrais. Museu da Cerâmica de Sacavém Fotografia “A Fábrica e Sacavém pelos olhos de Eduardo Gageiro” Até 21 de Março de 2004 A cidade de Sacavém e sua fábrica de loiça são retratadas com mestria por um dos mais destacados fotógrafos portugueses. Museu da Quinta do Conventinho “Fortes, Fortins e Redutos” Até 15 de Outubro Um retrato sobre os reflexos das Invasões Francesas na história do concelho de Loures, especialmente no que concerne à defesa da cidade de Lisboa. Um convite a conhecer as “Linhas de Torres” e episódios da história militar, cultural e social a elas associadas. “Notas sobre o comércio de antigamente” Até 15 de Outubro Esta exposição, que abrange um período cronológico compreendido entre 1930 e 1960, relembra algumas das formas como circulavam e se consumiam os bens, num tempo tão próximo e já tão distante do nosso. Biblioteca Municipal José Saramago “100 imagens, 100 legendas – O Século XX Português” 26 de Julho a 6 de Agosto Exposição baseada na série produzida pela SIC (Século XX Português) organizada em colaboração com o Centro Português de Fotografia. Grupo Musical e Recreativo da Bemposta “Pesos e Medidas” Até 3 de Agosto A tradição de bem-pesar mercadorias, quando tudo era vendido avulso... 46 Festas do Concelho Desporto e Juventude 23 a 27 de Julho Invest Loures – Mostra do Concelho de Loures Pavilhão Paz e Amizade – Loures (Inauguração oficial dia 23 de Julho às 18 horas) 10 de Junho Inauguração do Complexo Desportivo da Bobadela Bairro da Petrogal 26 de Julho Aniversário do Concelho – Cerimónias Oficiais Pavilhão Feliciano Bastos (Loures) Quinta do Conventinho (Santo António dos Cavaleiros) Festival de Verão 14 e 15 de Junho 1.º Festival de Verão – Rádio Cidade Parque da Cidade – Loures 14 de Junho – 20h00 Boss Ac, UHF, Ez Special, Paulo Gonzo e Pólo Norte 15 Junho – 10h00 Exposição de Tuning e Car Áudio Parede Escalada, Tiro com Arco, BTT e Paint Ball 20h00 Santos & Pecadores, Adiafa, Cabeças no Ar, Delfins e Pedro Abrunhosa Cultura 14 e 15, 21 e 22, 28 e 29 de Junho Fase final do Torneio de Futebol 7 da CM Loures Parque Desportivo da Bobadela 28 e 29 de Junho Parque Aventura Parque Urbano de Santa Iria de Azóia 4 a 6 de Julho Penta Jovem Pavilhão Paz e Amizade (dia 4 – 18h) Pavilhão Feliciano Bastos (dia 5 – 9.30 e 17h) Piscina de Loures (dia 5 – 12.30h) Paços do Concelho (dia 6 – 19h) 20 a 26 de Julho XII Gymnaestrada Mundial – Lisboa 2003 Parque das Nações – Lisboa Corrida das Colectividades 22 de Junho – 9 horas 1.ª Corrida dos Caminhos do Freixial Freixial (Bucelas) 14 de Junho – 15 horas Torneio de Jogos de Guerra da Época Napoleónica (iniciativa no âmbito da exposição Fortes, Fortins e Redutos) Museu Municipal da Quinta do Conventinho 29 de Junho – 9 horas 5.ª Milha Urbana “Fonte das Almoinhas” Mealhada (Loures) Escola em Palco 6 de Julho – 9 horas Corrida de Aniversários Apelação 26 de Junho “Lisboa, ontem como hoje” Clube de Teatro da Escola EB 2,3 Gaspar Correia Local: Centro Social e Cultural da Portela Ambiente 1 a 8 de Junho Semana do Ambiente e da Bicicleta Parque Urbano de Santa Iria de Azóia Errare humanum est A última edição da Loures Municipal informa, por lapso, na página 13, que o corso carnavalesco de Loures contou com a participação de dez colectividades e associações quando a formulação correcta deveria ser de treze grupos. Na mesma peça, surge ainda uma referência a um dos participantes do grupo de amigos Renascer da Tradição, cujo nome é Franquelino e não Francelino. Gratos à munícipe Dulce Silva pela atenção dispensada à leitura da revista, permitindo rectificar estes lapsos, pelos quais apresentamos as nossas desculpas. 20 de Julho – 9 horas 10 km de Loures Pavilhão Paz e Amizade (Loures) Turismo 20 a 29 de Junho Festival do Caracol Saloio Parque da Cidade – Loures 15 de Junho – 10 horas Visite o Nosso Concelho Passeio entre o Antigo e o Moderno (Loures, Fanhões, Bucelas) 22 de Junho – 9 horas Dia Mundial do Carocha Passeio Ribeirinho – Sacavém 13 de Julho – 9h30m Na Rota do Património (Loures, Sete Casas, Santo Antão do Tojal, Fanhões, Santa Iria de Azóia, Sacavém) Inscrições: Gabinete de Turismo Rua da República, 70 – Loures (Tel: 21 983 93/04) 47