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A assinatura formal do Acordo
Estratégico de Colaboração para o
lançamento do novo hospital, cujo
texto integral faz parte desta
edição, veio pôr ponto final nas
dúvidas que ainda subsistiam
sobre a capacidade do Estado em
honrar promessas sucessivamente
adiadas, mas inegavelmente justas.
Não posso deixar de iniciar esta crónica sem uma referência
obrigatória ao hospital de Loures. A assinatura formal do Acordo
Estratégico de Colaboração para o lançamento do novo hospital,
cujo texto integral faz parte desta edição, veio pôr ponto final nas
dúvidas que ainda subsistiam sobre a capacidade do Estado em
honrar promessas sucessivamente adiadas, mas inegavelmente justas.
A presença do ministro Luís Filipe Pereira na cerimónia foi muito
mais do que protocolar, num claro compromisso público com o
projecto, cujo concurso público será lançado até ao final de Junho.
Na sequência do acordo, Loures criou já a Comissão de
Acompanhamento do Hospital, que tem como missão principal
centralizar todos os contactos com o Ministério da Saúde no âmbito
da sua implementação.
Um ano depois de aprovado o primeiro Plano de Actividades
do actual Executivo, surgem os dados de gestão relativos à execução
municipal de 2002, um exercício marcado por factores condicionantes
externos e internos, o que não impediu que se concluíssem projectos
emblemáticos para o concelho, como é o caso da Escola EB1/JI de
Loures, e se lançassem algumas iniciativas estruturantes, bem
simbolizadas no estudo do novo edifício municipal, a edificar no
Casalinho de Tinalhas, que será, num futuro não muito distante, a
face moderna da cidade de Loures.
Nesta edição damos conta, também, das primeiras aprovações
no âmbito do RAME – Regime de Apoio Municipal à Criação e
Beneficiação de Equipamentos Colectivos –, expressão prática do
empenho da Autarquia, embora sem a dimensão que todos
desejaríamos, em apoiar pequenas obras e projectos locais resultantes
do esforço organizado das colectividades e associações concelhias
em satisfazer necessidades básicas da população.
Por último, mas de primeira importância, abrimos as páginas da
revista municipal a um tema que faz parte das preocupações
quotidianas dos cidadãos: a Segurança. A oportunidade surgiu com
a divulgação do Relatório Interpretativo do Observatório de
Segurança do Concelho e com a entrega ao Governo da candidatura
à criação da Polícia Municipal, levando-nos ao contacto com o dia-a-dia
das forças de segurança que actuam no território, verdadeiro serviço
público à comunidade, que infelizmente nem sempre suscita o
merecido reconhecimento por parte dos poderes instituídos.
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2
Carlos Teixeira
3
Saúde
Saúde
Luís Filipe Pereira
«Um dia muito importante para Loures»
“Tencionamos, ainda este
semestre, lançar o primeiro
concurso internacional e
durante o segundo semestre
lançar mais outro concurso”,
afirmou Luís Filipe Pereira,
ministro da Saúde.
HOSPITAL
Concurso público avança em Junho
Um sonho próximo da realidade
Foi assinado entre a Câmara e o
Ministério da Saúde, no passado
dia 9 de Abril, o Acordo
Estratégico de Colaboração
com vista à construção
do Hospital de Loures.
O presidente da Câmara, Carlos
Teixeira, e a presidente da Administração
Regional de Saúde de Lisboa e Vale do
Tejo, Ana Borja Santos, assinaram o
documento na presença do ministro da
Saúde, Luís Filipe Pereira.
A cerimónia teve honras de
transmissão on-line através do sítio da
Autarquia: www.cm-loures.pt.
Esta nova unidade hospitalar será
dotada das valências de maternidade,
pediatria e serviço de urgência. Terá cerca
de 400 camas e servirá mais de 300 mil
utentes dos concelhos de Loures,
Odivelas e Sobral de Monte Agraço.
Consagrada neste Acordo Estratégico está também a construção dos
centros de Saúde de Santo António dos
Cavaleiros, a iniciar ainda este ano, e de
Sacavém – Quinta do Mocho, com início
previsto para 2004.
4
Criada Comissão
de Acompanhamento
do Hospital
Taxa de natalidade justifica
hospital no concelho
No seu discurso, Carlos Teixeira
afirmou que “Loures é, em termos
populacionais, o quinto maior concelho
do País e o terceiro da Área Metropolitana
de Lisboa”, sendo, segundo estatísticas
recentes, aquele que “apresenta a maior
taxa de natalidade no contexto nacional,
o que o posiciona como destinatário
natural e de pleno direito deste tipo de
equipamento público, justificando há
muito a existência de uma unidade
hospitalar.”
Os responsáveis municipais e
ministeriais, e os muitos convidados
presentes, foram depois visitar os
terrenos, cedidos pelo Município, onde
vai ser construído o futuro hospital.
Prevista na cláusula décima do
referido protocolo esta Comissão de
Acompanhamento reporta directamente ao presidente da Câmara,
relacionando-se funcionalmente com
todos os vereadores com competências
delegadas nas áreas pertinentes à sua
actividade.
Tem como missão genérica
centralizar todos os contactos com o
Ministério da Saúde e as concessionárias, no âmbito da implementação
do projecto, sendo responsável pela
promoção de todas as diligências
relacionadas com a adequada execução do Acordo Estratégico.
Na Comissão, coordenada pelo
engenheiro Jorge Baptista, adjunto do
presidente, têm assento os responsáveis dos Departamentos de Planeamento Estratégico, Administrativo,
Administração Urbanística, Obras
Municipais, Direcção de Projecto do
Plano Director Municipal e, por parte dos
Serviços Municipalizados, as Divisões de
Águas, Esgotos e Resíduos Sólidos.
Sem revelar datas para a construção
do futuro hospital, o titular da pasta da
Saúde foi peremptório ao colocar Loures
nos primeiros lugares da “grelha de
partida”. Ao longo do seu discurso foi
possível perceber que não faltará muito
para que comece a ganhar forma uma das
mais antigas reivindicações da população
do concelho: “Temos todos de concordar
que no concelho de Loures se faz sentir a
falta de um hospital. As assimetrias na
distribuição destes equipamentos são
evidentes e, sistematicamente, a
população deste concelho recorre a
unidades localizadas no centro de Lisboa,
com os inevitáveis problemas de trânsito
e deslocação.
Urgia dar uma resposta a esta
situação, daí a ideia de lançarmos as
chamadas parcerias público-privadas, que
são altamente vantajosas: antes de mais
permite-nos lançar este novo
equipamento, o que de outra forma não
poderíamos fazer.
Apesar da concepção, da construção,
exploração e financiamento deste
equipamento poderem ser feitos por
entidades privadas, isso não é importante
para o público, visto que este hospital vai
estar integrado na rede nacional de
unidades hospitalares e será de acesso
generalizado e tendencialmente gratuito,
como qualquer outro hospital do Serviço
Nacional de Saúde.”
Acordo com o Governo confirma
Santo António dos Cavaleiros
vai ter Centro de Saúde
A construção do Centro de Saúde
vai ser uma realidade, estando
mesmo inscrita em Plano de
Actividades para 2003 uma verba
de um milhão e 250 mil euros
para esse fim.
Como já tínhamos avançado na
edição de Março da Loures Municipal,
encontram-se em apreciação algumas
peças fornecidas pela ARSLVT das
diversas especialidades do projecto que,
como refere o vereador João Pedro
Domingues, “remonta a 1997, precisando o respectivo caderno de encargos
de ser enquadrado com a legislação actual,
mais exigente e específica, condição
imprescindível para o lançamento da
obra”. Segundo o responsável pelo
Departamento de Obras Municipais, “foi
assumido pela ARS que toda a
documentação em falta seria entregue até
ao final do mês de Maio. O que, a
acontecer, permitiria à Câmara aprovar o
projecto e proceder de imediato à abertura
de concurso público durante o mês de
Junho”.
Expressamente referido no ponto
2.2 do Acordo Estratégico de Colaboração com o Ministério da Saúde para
o lançamento do novo hospital de
Loures, assinado no passado dia 9 de
Abril, não restam dúvidas sobre a sua
construção, mas, apesar de tudo, João
Pedro Domingues deixa um alerta: “fica
assim bem claro que não cabem a este
Município quaisquer responsabilidades
no suposto atraso do lançamento do
concurso”.
5
Relatório de Actividades
Relatório de Actividades
Esforço de reequilíbrio financeiro
>Diminuição das despesas correntes,
assente na redução da aquisição de bens e
serviços, em 4 milhões de euros, e na
redução significativa nos custos com
trabalho extraordinário;
>Aumento das receitas correntes em
1,1 milhões de euros, devido, sobretudo,
ao crescimento dos impostos directos,
das taxas e das multas, e à venda de bens
e serviços:
>Crescimento acentuado da receita
estrutural, quando comparada com a
despesa estrutural;
>Redução do investimento realizado
suportado por recurso exclusivo à
poupança estrutural (endividamento
líquido negativo, em 1,1 milhões de
euros);
>Penalização da taxa de execução
devido à não concretização do projecto
da Sociedade de Gestão Urbanística
(SGU), a qual equivale a cerca de 40% da
dotação do Plano de 2002.
Gestão 2002
Reequilíbrio financeiro e intervenção social
O relatório de gestão –
aprovado por maioria, com
os votos contra do PSD, na
Câmara, e com 37 votos
a favor e 13 contra na
Assembleia Municipal –
revela que 2002 foi um ano
de acerto de contas.
Pagaram-se dívidas,
reduziram-se despesas e,
face às limitações
existentes, foi inevitável
privilegiar o investimento
selectivo, com aplicação
prioritária nas áreas sociais
previstas no Plano de
Actividades.
Escola EB1 JI de Loures
6
O novo executivo municipal
confrontou-se com factores condicionantes
que limitaram o exercício de 2002 e que
importa ter presentes na análise do primeiro
ano de exercício: a implementação do novo
Plano de Contabilidade (POCAL) na
gestão financeira do Município, bem como
a aprovação tardia do Orçamento e Plano
de Actividades de 2002, causaram alguns
entraves a nível operacional e as reconhecidas
dificuldades financeiras que derivam da
actuação conjugada de vários “factores” – o
montante de dívidas assumidas que transitaram de 2001 (15,7 milhões de euros),
o impacte do acentuado abrandamento
da actividade económica, nas receitas e os
constrangimentos orçamentais impostos
pelo Governo aos municípios –, exigiam
medidas de gestão adequadas ao pretendido reequilíbrio financeiro da
Autarquia.
Para evitar situações de ruptura ou
de instabilidade laboral e social,
salvaguardou-se o controlo global da
dívida, a manutenção das transferências
de verbas que constituíam compromissos institucionais assumidos e as
actividades de maior relevância social.
Planear e regular
a gestão municipal
>Actualização e reformulação do
diagnóstico Socio-Económico do
Concelho e análise prospectiva do Modelo
de Desenvolvimento. Estes dados,
constituem a base para o arranque formal
da elaboração do Plano Estratégico do
Município, validando o enquadramento
da futura Agência de Desenvolvimento
Local.
>A revisão do Plano Director
Municipal conheceu uma nova dinâmica,
através do reforço de meios e da
articulação crítica com o Plano Regional
de Ordenamento do Território da Área
Metropolitana de Lisboa
>Implementação de regulamentação
em várias áreas de actuação do Município:
comunicações e transportes municipais;
intervenções no subsolo; publicidade e
ocupação do espaço público com
equipamento e mobiliário urbano;
ocupação da via pública.
>Acompanhamento do processo de
alterações decorrentes da descentralização
de novas competências para os
municípios, já iniciado pelo Governo –
com vista à modernização organizacional.
Em 2002, foi já possível intervir a nível
da Fiscalização, da Direcção de Projecto
para as Áreas Urbanas de Génese Ilegal, e
na criação de um grupo de trabalho para
a criação do novo Edifício-Sede
Municipal.
>Na área da Saúde, destaca-se a
conclusão da aquisição dos terrenos
necessários à construção do Hospital de
Loures e o início formal das negociações
com o Governo, salvaguardando a inclusão
do hospital do concelho no grupo dos
hospitais com arranque prioritário.
>A aceleração do processo de
legalização das AUGI constituiu um
passo significativo a nível da Habitação.
Atribuíram-se sete alvarás e finalizaram-se os processos relativos à legalização de
um número significativo de bairros.
>Na área da Educação e do
Desporto, iniciou-se a construção do
pavilhão desportivo da escola secundária
da Portela, concluiu-se a escola EB1 JI de
Loures e deu-se continuidade à
remodelação e ampliação da escola básica
integrada de Fanhões.
>A criação do Observatório de
Segurança, protocolado com a
Universidade Católica, e a entrada em
funcionamento do grupo de trabalho
que está na génese da Polícia Municipal
são actividades que se distinguem no
âmbito da Protecção Civil.
>Na área do património e da qualificação urbana, destaca-se o início dos arranjos exteriores à Igreja Matriz de Loures.
>Relançamento das relações com o
tecido empresarial concelhio, através de
um Fórum Empresarial que serviu para
catapultar o Clube de Empresários de
Loures.
>A capacidade negocial do executivo
concelhio com o Governo, o Metro e a
Carris, para a integração do concelho no
projecto do Metro Ligeiro de Superfície
Algés/Odivelas/Loures, com inclusão
prioritária do troço Loures – Odivelas,
no cronograma de execução da obra.
>Dinamizou-se o relacionamento
institucional com os munícipes através
do lançamento da revista Loures Municipal
e a abertura do novo espaço de
Atendimento Municipal/Loja do
Cidadão, no Carrefour de Loures, do
Gabinete de Atendimento à Juventude,
em Santo António dos Cavaleiros, e do
novo Gabinete de Intervenção Local, em
Camarate, que constituem instrumentos
privilegiados para dar continuidade ao
diálogo entre a Autarquia e os cidadãos.
Imagem virtual do metro de superfície
7
Opinião
Opinião
Prioridade aos equipamentos escolares
e rapidez nos processos urbanísticos
Passado um ano sobre a aprovação do primeiro
Plano de Actividades e Orçamento da
responsabilidade do novo executivo,
a Loures Municipal reserva algumas das suas
páginas para os vereadores com pelouros na
Câmara de Loures transmitirem a sua opinião
sobre o balanço síntese do ano e sobre as
perspectivas que têm para o corrente ano.
Títulos da responsabilidade da redacção
Modernização administrativa
e oferta turística diferenciada
Borges Neves (PS)
Vereador responsável pelas Finanças,
Planeamento e Controlo de Gestão, Turismo,
Património Municipal e Modernização Administrativa
No domínio da Gestão Financeira,
foi preciso fazer face aos constrangimentos resultantes do défice de 3,5
milhões de contos herdado da
administração anterior, através da
implementação de uma adequada política
de gestão dos débitos a fornecedores, de
modo a evitar rupturas de Tesouraria e
de fornecimento de bens e serviços.
Neste âmbito, foi ainda implementado um programa integrado de
contenção das despesas correntes, com
particular incidência nas comunicações,
reprografia, segurança e limpeza; e
promoveu-se a aplicação do Euro e do
POCAL, com sucesso apreciável.
Em 2003 prevê-se a introdução de
um Sistema Integrado de Controlo de
Gestão.
No vertente da Modernização
Administrativa, foi apresentado o
projecto de concentração dos serviços
municipais num único edifício central,
visando a produtividade e a racionalização dos recursos humanos e
materiais do Município e redução da
despesa corrente em cerca de 4 milhões
de euros (800 000 contos) anuais.
Foram entretanto criadas as bases de
trabalho para o lançamento em 2003 de
novos projectos de modernização
administrativa e de Qualidade Total, em
8
áreas piloto, nomeadamente na
reorganização dos processos do
Expediente Geral, com o DAU.
Nos Sistemas de Informação
concretizaram-se os seguintes objectivos:
racionalização dos recursos informáticos
disponíveis; reforço da capacidade de
apoio aos mais de 900 utilizadores
municipais; conclusão da implementação
integrada do POCAL; consolidação da
sua funcionalidade e alargamento a novas
áreas da actividade municipal
(Património, Aprovisionamento,
Oficinas e Obras Municipais); remodelação do sistema de gestão documental.
Em 2003 será apresentado o projecto
integrado na Rede Nacional de Cidades e
Regiões Digitais, a candidatar ao POSI –
– Programa Operacional da Sociedade da
Informação, em conjunto com as
Câmaras Municipais da Amadora e de
Odivelas, que tem como objectivos
principais: universalizar o acesso dos
cidadãos às novas tecnologias; criar um
portal regional, patrocinado pelas
autarquias, e integrar as juntas de freguesia
na rede informática municipal.
Na área da Fiscalização Municipal,
deu-se início ao processo da sua
reorganização, procurando interromper
o ciclo de clandestinidade e criar condições
para a legalização de situações que se
arrastam há muitos anos, prevenindo em
simultâneo o aparecimento de novos
casos.
Em 2002, no sector do Turismo,
houve necessidade de reposicionar as
actividades municipais num contexto de
mudança e de reavaliar os projectos de
investimentos em infra-estruturas
hoteleiras e turísticas em Sacavém, Santa
Iria de Azóia, Prior Velho, Lousa, Loures,
e Santo Antão do Tojal e outros, em
parceria com associações de turismo,
nomeadamente com a Associação de
Turismo de Lisboa – Projecto PITER-AML).
A qualificação e especialização do
produto turístico moderno levou-nos a
novas abordagens: Procurement de novos
parceiros e reflexão sobre projectos
inovadores ( Hotel-Escola; Golfe; Parque
Diversões; Cidade do Cinema).
Foi ainda apresentada uma candidatura ao PIQTUR.
A procura de respostas institucionais
para algumas interrogações de âmbito
estratégico levou-nos a organizar um
seminário, subordinado à temática “Que
turismo para Loures?”, envolvendo
diversas entidades públicas e privadas,
nacionais e estrangeiras.
Para 2003, planeiam-se iniciativas de
grande impacto local, tendo por referência a elaboração do Plano de Desenvolvimento Turístico do Concelho, centrado
no Turismo de Natureza como factor
diferenciador da oferta e das novas
necessidades do mercado – Desporto
Aventura; Património/Cultura; Ecologia; e Gastronomia, bem como a
execução de parcerias temáticas com
entidades externas.
Em associação a esta estratégia está a
captação de eventos de projecção nacional,
em torno de pólos de atractividade
reconhecida, como são o Parque da
Cidade em Loures e o Parque do Tejo,
em Sacavém. Estamos também
fortemente empenhados no relançamento da tradição carnavalesca na cidade
de Loures, assumindo este evento como
o de maior projecção na Área Metropolitana de Lisboa.
João Pedro Domingues (PS)
Vereador responsável pelas Obras Municipais
e Gestão Urbanística
O trabalho desenvolvido foi
francamente positivo, apesar do estado
das finanças municipais que fomos
encontrar.
Encargos de mais de 17 milhões de
euros e um Plano de Actividades iniciado
só em Maio de 2002 obrigaram a um
esforço redobrado e muito empenho no
desenvolvimento do referido Plano de
Actividades.
Em relação aos pelouros que me
foram atribuídos – Administração Urbanística, com a revisão do Plano Director
Municipal, Obras Municipais, Espaços
Verdes, Transportes e Oficinas –, o balanço que faço apresenta os seguintes
aspectos:
No que se refere às Obras
Municipais, foi dada grande importância
à construção de diversos equipamentos
escolares, parte deles já com projectos
iniciados em anos anteriores, mas não
concretizados.
A EB1/JI de Loures (construção de
raiz), a remodelação/ampliação das EB1
de Lousa e de Santa Iria e ainda o
lançamento das obras das EB1 de
Fanhões e de Sacavém marcaram de
forma positiva o ano de 2002. As
remodelações nas cozinhas/refeitórios de
várias escolas do primeiro ciclo do ensino
básico, em articulação com o DSC, foram
igualmente muito importantes.
Em termos de Administração
Urbanística, foi introduzida uma nova
dinâmica no “famoso DAU”, com a
integração de novas chefias, dando
particular atenção aos inúmeros processos
que se arrastavam, alguns há largos anos.
Procurou-se, com esta iniciativa, criar um
novo relacionamento com os munícipes,
que tinham processos em apreciação.
Projectos de pequena dimensão, mas
de extrema importância para os seus
promotores, bem como projectos de
grande dimensão como o Infantado,
Loures Business, Parreirinha e outros,
foram finalmente resolvidos.
O PDM encontra-se em fase de
desenvolvimento, tendo-se adjudicado o
Plano Verde e a Carta de Ruído, peças
fundamentais para a execução da
proposta final.
No que se refere ao Departamento
de Transportes e Oficinas, elaborou-se o Regulamento Municipal, de modo
a uniformizar critérios e optimizar a
utilização das viaturas municipais.
Por fim, direi, dado que fui o
coordenador desse grupo de trabalho,
que o primeiro ano de mandato ficou
igualmente marcado pelo reforço do
Protocolo de Delegação de Competências
nas juntas de freguesia, para as quais foi
transferido um total de 750 mil euros
para o conjunto das 18 freguesias.
Em termos futuros, e no curto/médio prazo, posso referir como necessidades a construção do Hospital e a
vinda do eléctrico de superfície até Loures
(projectos em que o Município participa
em parceria).
A construção do Centro de Saúde de
Santo António dos Cavaleiros, a
construção dos pavilhões gimnodesportivos de Sacavém, Santa Iria,
Unhos e Bobadela, o alargamento da via
de ligação do Infantado ao centro de
Loures, a construção do viaduto do
MARL, são algumas das intervenções que
procurarei levar a cabo. No DAU, a
conclusão dos Planos de Urbanização de
Santo António, Unhos e Loures
Nascente são alguns dos grandes
objectivos do presente ano.
Apoio escolar às famílias
e prioridade aos jovens
Ricardo Leão (PS)
Vereador responsável pela Educação, Juventude e Desporto
A concretização dos objectivos a que
nos propusemos neste primeiro ano de
mandato ficou prejudicada pela difícil
situação financeira em que o Município
se encontrava, o que nos obrigou a um
esforço suplementar de criatividade e
selecção: criatividade para encontrar
parceiros que permitissem realizar os
projectos com menos custos para o
Município, selecção por forma a canalizar
os recursos disponíveis para algumas
áreas especificas consonantes com a
concretização dos objectivos eleitorais
propostos pelos autarcas do PS, e que
mereceram a confiança dos munícipes.
Na área da Educação, a aposta principal
e decisiva foi a implementação do serviço
de apoio à família, no prolongamento
de horário dos jardins-de-infância das 15
até às 18 horas e no fornecimento de
refeições aos alunos – serviço este que
alargamos de três para 28 escolas e
continuamos a trabalhar para ver este
número aumentar no corrente ano.
Na área da Juventude, potencializámos e criámos novas estruturas de
apoio aos jovens do concelho, elegemos
a juventude como uma das grandes
opções da política municipal.
No âmbito do Desporto, foi um
desafio, num contexto financeiro difícil,
apostar fortemente na promoção desta
área, quer na escola, quer na população
mais idosa. Conseguimos, ainda,
projectar o Município de Loures como
um espaço privilegiado para grandes
acontecimentos desportivos. É
importante referir que implementámos
um regulamento de apoio ao Associativismo, fomentando o desenvolvimento de novas parcerias com o
Município.
As recentes dificuldades colocadas
pelo Governo à captação de receitas das
autarquias não nos desmotivaram,
continuamos a trabalhar para que os
munícipes de Loures continuem a sentir
a mudança.
9
Opinião
Opinião
Inovar no apoio associativo
e preservar o património cultural
António Pereira (PS)
Vereador responsável pelos Recursos Humanos,
Actovidades Económicas, Cultura e Acção Social
Durante o ano de 2002, a Divisão
de Actividades Económicas desenvolveu a sua actividade no âmbito da
promoção e consolidação de parcerias
entre a Câmara Municipal de Loures e os
Agentes Económicos.
Deu-se especial relevo à divulgação
dos serviços de atendimento ao público,
nomeadamente o SACE, SIAI, CIAC e
PAC.
Salienta-se ainda a continuidade dos
projectos de desenvolvimento local, no
âmbito de dinamização e cooperação
empresarial.
Na área respeitante à Divisão de
Dinamização Comunitária, a grande
aposta foi na reformulação dos critérios
de apoio ao movimento associativo,
transformando-os em regulamentos,
mais objectivos, mais imparciais e mais
reguladores da actividade das mesmas,
com um consequente equilíbrio e
equidade.
No GARSE (Gabinete de Assuntos
Religiosos e Sociais Específicos) a aposta
é, foi e será sempre de uma dinâmica
local, constituída por parcerias públicas e
privadas, evidenciando uma preocupação
constante em apoiar as minorias
socialmente excluídas, numa sociedade
cada vez mais desigual e multifacetada.
Nos parques de Montachique e
Quinta de S. José tem sido preocupação
dotá-los de novas valências, em estudo,
pondo-as em prática ainda durante o ano
de 2003.
Foram, no âmbito do Património
Cultural, cumpridos os objectivos
cometidos a esta unidade orgânica: no
que respeita à Rede Municipal de Museus,
foram recebidas distinções a nível
europeu – Prémio Luigi Micheletti, 2002,
Fórum Europeu de Museus, para o
Museu de Cerâmica de Sacavém e, a nível
Novas metodologias
e melhor logística
nacional, com o prémio APOM (Associação Portuguesa de Museologia) para o
Melhor Serviço de Extensão Cultural,
2002, para o Museu Municipal de Loures,
Quinta do Conventinho.
O mesmo empenho se aplica
relativamente às diferenciadas intervenções no Património Arqueológico,
desde a preparação de protocolos com o
IPPAR para a Defesa e Valorização das
Linhas de Defesa de Torres Vedras, à
intervenção local em Frielas, Almoínhas;
ao funcionamento de todas as componentes pedagógicas e científicas que se
exigem a este tipo de equipamentos.
Relativamente ao funcionamento da
Biblioteca Municipal José Saramago,
Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares
e outras formas de promoção e animação
da Leitura e do Livro, foram igualmente
observados todos os princípios instituídos quer a nível do próprio Município
– Projectos na Área da Leitura – quer
referentes ao Protocolo celebrado com o
Instituto Português do Livro e das
Bibliotecas e DREL, no âmbito Rede de
Bibliotecas Escolares.
Dantas Ferreira (CDU)
Vereador responsável pela Habitação
10
A Divisão de Aprovisionamento é
a unidade orgânica da Câmara Municipal
de Loures que trata da aquisição de bens
e serviços quer para satisfação de
necessidades pontuais, quer para
armazenamento com vista à satisfação de
necessidades frequentes.
Tanto o primeiro como o segundo
caso exigem uma organização capaz de
dar resposta, em tempo útil, às múltiplas
solicitações, que vão desde concursos
públicos para fornecimento de
transportes escolares, vigilância e
segurança, limpeza, etc., à aquisição de
materiais e equipamentos, tais como:
produtos alimentares, materiais de
construção civil, materiais e equipamentos
de escritórios, etc.
visionamento é a gestão dos materiais
em stock, a qual tem como objectivo
garantir um bom armazenamento dos
materiais e equipamentos com condições
para serem manuseados e fornecidos
eficazmente.
Neste capítulo, conclui-se pela
necessidade premente de melhorar
alguns armazéns, nomeadamente o
armazém n.º 1 (Pedreira de Montemor),
cuja remodelação no essencial está
concluída. Por outro lado, estamos a
proceder à transferência do armazém n.º 9
(Economato) de um primeiro andar, com
poucas condições de atendimento, para
o piso térreo junto ao armazém n.º 6
(Material Escolar).
A aposta na formação e actualização
profissional nos sectores mais sensíveis
(Stocks e Compras), bem como a
melhoria das condições de trabalho e
reestruturação de procedimentos, já
equacionadas nos armazéns, contribuirão em definitivo para uma
melhoria significativa desta Divisão, logo
que as condições o permitam.
Ambiente saudável
para um desenvolvimento sustentado
Intervenção social e preservação
do património habitacional
A acção da Divisão Municipal de
Habitação (DMH) esteve no essencial
centrada em duas vertentes: no plano da
intervenção social e da salvaguarda do
património edificado municipal. No
primeiro caso, tem vindo a ser garantido,
através dos Gabinetes de Intervenção
Local (GIL), numa gestão de proximidade, o acompanhamento dos
agregados familiares residentes nos
bairros municipais, visando a sua
integração plena. Nesse sentido, uma
particular atenção continua a ser prestada
aos problemas económicos e sociais, bem
como às questões respeitantes à saúde e
às relações de vizinhança.
Em paralelo com o trabalho de
correcção de situações irregulares
(ocupações ilegais, regularização de dívidas,
etc.), actualização dos rendimentos
familiares e correcção dos valores das
respectivas rendas, especial cuidado tem
merecido igualmente a gestão dos bairros,
através, nomeadamente, da organização
José Manuel Abrantes (CDU)
Vereador responsável pelo Aprovisionamento
Tais materiais e equipamentos
destinam-se a todas as unidades
orgânicas da Câmara Municipal de
Loures, juntas de freguesia, colectividades, escolas e outras entidades do
concelho.
Com a publicação do Decreto-Lei
n.º 54-A/99, de 22 de Fevereiro – Plano
Oficial de Contabilidade das Autarquias
Locais (POCAL), houve a necessidade de
introduzir alterações significativas nos
procedimentos internos da Divisão e
desta com as outras unidades orgânicas
da Câmara.
Nos procedimentos internos da
Divisão, houve necessidade de adaptar
os métodos e os recursos humanos às
exigências a que o novo enquadramento
legal obriga. Nos procedimentos
externos, houve a necessidade de
sensibilizar as outras unidades orgânicas
para uma programação com tempos mais
alargados, devido à carga de procedimentos que o referido POCAL exige.
Um outro aspecto importante da
actividade da Divisão de Apro-
dos seus moradores em representantes de
lotes e do desenvolvimento de contactos
com as associações locais.
Quanto à intervenção no património, por sua vez, para além das medidas
tendentes a regularizar e regulamentar a
utilização dos fogos atribuídos, a DMH
tem providenciado a sua manutenção e
reabilitação, em ordem a melhorar as
condições de habitação, a qualidade de
vida, dos residentes e a qualificação do
espaço urbano.
Para além do prosseguimento destas
linhas de trabalho, assumidas como uma
prioridade da sua acção – e atendendo a
que em matéria de realojamentos a Câmara
Municipal está de mãos atadas pelo
bloqueio ao financiamento imposto pelo
Governo –, a DMH tem em curso o
processo de informatização em rede da
estrutura dos seus serviços e a
reformulação das unidades de realojamento, bem como a adaptação de
espaços comerciais para concessionar.
Rui Pinheiro (CDU)
Vereador responsável pelo Ambiente
O ambiente é uma das vertentes
essenciais na melhoria das condições de
vida das populações e um suporte
indispensável a todas as políticas de
desenvolvimento sustentado.
Foi tendo em conta esta realidade que
o Departamento do Ambiente definiu
como prioridades:
> o aumento dos níveis de eficácia da
sua intervenção;
> a gestão criteriosa de equipamentos;
> o incremento do diálogo com as
juntas de freguesia, as estruturas
associativas e os agentes locais;
> o estabelecimento de parcerias com
ONG e Universidades em áreas de
especial incidência técnico-científica;
> a implementação de um Sistema de
Gestão Ambiental nos serviços do
Município;
> o reforço das acções de educação e
sensibilização ambientais;
> a intensificação do combate às
infracções ambientais, e a recuperação
ambiental e paisagística de antigas
pedreiras e lixeiras;
> a abordagem integrada do ambiente
urbano;
> a realização de iniciativas de
preser vação do ambiente, do
património natural e de reabilitação
dos recursos naturais;
> a concretização do Plano Municipal
de Intervenção na Floresta (PMIF) e
o aumento da área florestada;
> a protecção dos recursos cinegéticos e
o ordenamento da pastorícia;
> o incremento das acções de controlo
da qualidade e segurança alimentar;
> a preocupação com a saúde e o bem-estar animal;
> o lançamento das bases para a
implementação da Agenda 21 Local.
Em Agosto de 2002, o DAMB
assumiu a responsabilidade da gestão do
Parque Urbano de Santa Iria de Azóia,
espaço onde o Departamento tem
dinamizado um vasto conjunto de
actividades de promoção de boas práticas
ambientais e a iniciativa “Conversas com
Ambiente – Ouvir para Intervir”, no
âmbito da qual tem sido possível uma
abordagem especializada dos principais
problemas ambientais e um diálogo
profícuo com os munícipes.
Para além destas prioridades a que
daremos continuidade, outras se
colocam, nomeadamente, o desenvolvimento das energias renováveis,
o prosseguimento da recuperação
ambiental da bacia hidrográfica do rio
Trancão, a criação de uma rede de
pistas cicláveis, a auto-sustentabilidade do Parque Urbano de Santa
Iria de Azóia e o funcionamento
pleno do Centro de Educação
Ambiental e, finalmente, a implementação da Agenda 21 Local.
11
Urbanismo
Urbanismo
Plano de Pormenor da Zona Nascente
< Lisboa
Imagem virtual do futuro edifício-sede da Câmara Municipal de Loures
Rua
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Novo Edifício Municipal
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A nova face
da cidade
de Loures
Loures é actualmente
um concelho em mudança,
resultante, em parte, da melhoria
das acessibilidades, mas
também de ideias e projectos
que lhe dão dimensão.
Para o seu adequado
desenvolvimento são necessários
instrumentos de planeamento
urbanístico que regulem as
dinâmicas existentes.
Enquanto sede de concelho e centro
administrativo, a cidade de Loures vai ver
reforçada a sua centralidade. Para isso
contribui a elaboração do Plano de
Pormenor da Zona Nascente de Loures,
a cargo da equipa coordenada pelo
arquitecto Manuel Tainha, que conferirá
capacidade operativa ao processo de
consolidação urbana.
A área de intervenção deste plano tem
uma superfície de 46,7 hectares, estendendo-se desde a Rua da República
(Estrada Nacional 8) até perto do rio de
Loures. Confinando com o núcleo antigo,
12
esta zona integra espaços expectantes para
os quais se verifica uma acentuada pressão
urbanística.
A futura “baixa” de Loures
Os objectivos do Plano de Pormenor
da Zona Nascente de Loures integram-se num programa mais vasto que fará
parte da futura área urbana composta por
Santo António dos Cavaleiros, Loures e
Infantado.
Destes objectivos destacam-se: o reforço
da centralidade da cidade através da criação
de uma área urbana de qualidade; a criação
de espaços qualificados para o sector terciário;
a reformulação do trânsito e perfil da Rua
da República; o reforço dos espaços de
sociabilidade colectiva; a construção de um
centro cultural e de um novo mercado; a
criação de zonas de estacionamento
automóvel; o desenvolvimento de um
modelo de circulações e de transportes
públicos intra-urbanos; a existência de
edifícios habitacionais de qualidade; o
aproveitamento das panorâmicas da zona
de cota elevada; a articulação com o núcleo
antigo.
O plano
em números
46,7 ha
Área de intervenção
612
Número de novos fogos previstos
2 830 habitantes
População global máxima
60,6 habitantes/ha
Densidade populacional prevista
17 ha
Área urbanizável
8
Número de agregados a realojar (PER)
102 000 m2
Área de construção total a propor
25 000 m2
Área máxima para actividades
76 000 m2
Área máxima para habitação
Novo edifício municipal avança para Nascente
O estudo de dimensionamento do
projecto de edificação do novo edifício-sede da Autarquia para instalação dos
serviços municipais, a localizar no
Casalinho de Tinalhas, na cidade de
Loures, disponibiliza uma área de
construção de 14 280 metros quadrados
e outra idêntica para 570 lugares de
estacionamento em subsolo, tendo um
custo estimado de 22 milhões e 850 mil
euros.
A concentração da maioria dos
ser viços municipais, actualmente
dispersos por vários locais, representará
uma poupança anual de 3,5 milhões de
euros.
Aguarda-se agora pela conclusão das
negociações com os proprietários dos
terrenos a afectar ao projecto, pela opção
quanto ao modelo de financiamento, e
pelos ajustamentos no Plano de Pormenor da Zona Nascente de Loures,
definindo a localização como área de
equipamentos e outros usos de interesse
público.
Estima-se em cinco anos o período
necessário para a construção do edifício,
após a compatibilização de todas estas
vertentes.
Casalinho de Tinalhas
13
Habitação
Acessibilidades
PER
Deputados visitam
Quinta do Mocho
Deputados José Junqueira,
Edite Estrela e Pedro Moutinho,
acompanhados pelo presidente,
Carlos Teixeira
Uma representação da Assembleia da
República, liderada pela deputada Edite
Estrela, visitou a Quinta do Mocho, em
Sacavém, no passado dia 1 de Abril.
Acompanhada pelo presidente da
Câmara e pelo vereador Dantas Ferreira,
a visita permitiu à Comissão Parlamentar
das Obras Públicas, Transportes e
Comunicações conhecer in loco uma das
maiores operações do Programa Especial
de Realojamento (PER) na Área
Metropolitana de Lisboa e avaliar do seu
impacte.
O PER da Quinta do Mocho é um
projecto inacabado da sua versão original,
faltando alguns equipamentos colectivos,
como a escola, a esquadra da polícia, a
farmácia e o centro de saúde, embora,
neste último caso, o Acordo Estratégico
de Colaboração assinado com o
Ministério da Saúde preveja para 2004 o
início da sua construção.
Condicionalismos financeiros,
decorrentes das limitações orçamentais
no capítulo do endividamento municipal,
e obstáculos legais criados pelo Tribunal
de Contas, numa área tão sensível como
é a habitação social, preocupam o
Parlamento, que pode vir a legislar nesta
matéria.
Governo promete solução
O Instituto Nacional de Habitação
(INH) prometeu dar continuidade ao
Programa Especial de Realojamento
(PER), assumindo as despesas das
autarquias que não tenham capacidade de
endividamento e que tenham compromissos, em 2003, para a aquisição de
fogos.
De acordo com a Secretaria de Estado
da Habitação, vai ser criado um mecanismo
para viabilizar a continuação do PER,
permitindo às autarquias o pagamento
faseado dos empréstimos contratados
para aquisição dos fogos ao INH.
IGAPHE pretende entregar imóveis às câmaras
São alguns milhares os imóveis que o Governo vai começar a transferir para os municípios,
no âmbito do processo de extinção do Instituto de Gestão e Alienação do Património
Habitacional do Estado (IGAPHE). Com um valor patrimonial próximo dos 40 milhões de euros,
estes imóveis destinam-se, maioritariamente, a habitação.
Esta transferência significa que passarão a ser as câmaras municipais a ter a
responsabilidade pela gestão e manutenção dos imóveis. Em caso de venda, é aconselhável,
mas não obrigatório, segundo a Secretaria de Estado da Habitação, que a verba obtida seja
aplicada em projectos de habitação social. Neste momento são 26 os municípios abrangidos
por esta transferência de património, embora o programa preveja a entrega de imóveis a
muitos mais.
O presidente Carlos Teixeira já fez saber ao IGAPHE não estar disponível para assumir
compromissos sem que seja feita uma análise ponderada sobre os efeitos e consequências
dessa iniciativa governamental.
14
Carlos Teixeira, acompanhado pelo presidente da CP, Crisóstomo Teixeira, e pelo engenheiro Óscar Amorim
Infra-estruturas ferroviárias
CP visita
concelho
de Loures
Os apeadeiros de Santa Iria de Azóia,
Bobadela e Moscavide e a estação de
caminhos-de-ferro de Sacavém foram
visitados pelo presidente da CP,
Crisóstomo Teixeira, pelo presidente da
Câmara, Carlos Teixeira, e pelo vereador
do urbanismo, João Pedro Domingues,
acompanhados pelos respectivos
presidentes das juntas de freguesia e por
técnicos da CP e do Município.
O objectivo desta visita foi fazer o
levantamento de situações que merecem
a atenção quer da CP, quer da REFER
(Rede Ferroviária Nacional), verificando
in loco as intervenções previstas para
breve. Questões como segurança,
iluminação, acessos e ordenamento do
estacionamento foram alguns dos
problemas para os quais se procuram
soluções adequadas. Cerca de 18 meses é
o tempo que a CP prevê para a realização
das obras.
Apeadeiro de Santa Iria de Azóia
A comitiva na estação de Sacavém
15
Comemorações
Comemorações
Major-general Carlos Camilo
“Continuo
a sonhar com
um país melhor”
As comemorações oficiais
do 29.º aniversário do 25 de Abril
tiveram como convidado de
honra, o major-general
Carlos Camilo, à data um dos
militares que fizeram Abril.
16
Penso que ainda há muita coisa por
fazer. As portas, essas, continuam
abertas no sentido da construção
positiva do nosso país e da vida em
sociedade. O que foi importante foi o
25 de Abril abrir essas portas. O que
aspiro é que este país consiga resolver
os problemas com que se depara.
Ainda hoje, continuo a sonhar com
um país melhor.
momento da celebração de um acto
histórico”.
Para Carlos Teixeira, os ideais de Abril
continuam vivos: “Temos de projectar
novos horizontes, novas utopias por
cumprir, ou seja, a construção do nosso
futuro no mundo. É esse o nosso
objectivo e é também minha profunda
convicção que, em conjunto, o
cumpriremos.”
Fernando Queirós – PS
Eugénia Coelho – CDU
“É preciso lembrar sempre que a liberdade faz-se todos
os dias. Esta, estamos em crer, será a melhor homenagem
aos homens e às mulheres que fizeram Abril, aos notáveis
mas especialmente aos anónimos.”
“O poder local democrático é uma conquista de Abril.
Honrá-la com a nossa prática, rigor, eficiência, respeito
pela diferença de opinião e dedicação em prol das
populações é um dever e não um privilégio.”
Paulo Guedes da Silva – PSD
João Varandas – CDS/PP
“Tenho de deixar aqui de forma expressa uma palavra
de apreço ao papel desempenhado pelas Forças Armadas
na conquista da democracia e na garantia da sua
manutenção. Viver Abril é celebrar o povo. O povo que
lágrimas generosas derramou sobre o mar salgado da vida.”
“As instituições democraticamente eleitas, que são de
todos e para todos, foram criadas na data histórica que
aqui comemoramos. É cada vez mais necessário realizar
obra com menos promessa e mais eficácia. Esta foi uma
das mensagens que nos deixou Abril.”
Significa reviver momentos que
foram importantes quer a nível pessoal
quer a nível do próprio país. Estou
sempre disponível para recordar esta
data mas sempre numa perspectiva de
futuro, ou seja, é bom refrescar a
memória mas desde que essa memória
não se esgote nela mesma. Não basta,
portanto, olhar para aquilo que
fizemos. É preciso saber para onde
queremos ir.
“As Portas que Abril Abriu” já
estão de facto abertas, ou
ainda há muitas por abrir?
Recordar Abril e perspectivar o futuro
Perante uma plateia interessada, o
Museu da Cerâmica de Sacavém acolheu
a sessão solene da celebração da revolução
dos cravos, marcada por discursos oficiais
dirigidos para a reconstrução social e
económica de Portugal. A presidente da
Assembleia Municipal, Maria Irene
Veloso, quis deixar presente que “o poder
local democrático que passámos a ter é
algo que devemos a Abril e este é o
O que significa para si
relembrar o 25 de Abril?
Com mais de quarenta anos
dedicados à vida militar,
o major-general
Carlos Camilo
foi uma referência discreta,
mas actuante no MFA.
A partir de 73, participou
activamente nas reuniões
conspirativas que foram a
antecâmara da Revolução.
Na madrugada do dia 25 de
Abril foi o responsável pela
segurança da unidade que
comandava e pela ligação
com as forças que ocuparam
o Quartel-General de Lisboa e
o Rádio Clube Português.
Com um currículo militar
riquíssimo, onde se destacam
as Medalhas de Mérito
Militar e a Cruz da Ordem da
Liberdade, Carlos Camilo
não esquece os anónimos que
fizeram a revolução.
Tinha consciência do impacte
que iria ter a revolução que
preparavam?
Entrei no movimento por uma
questão meramente corporativa, em
Julho de 1973, sem ter ainda qualquer
intenção de derrubar o regime. Somente
com o desenvolvimento de todas as
reuniões e discussões que se seguiram
é que fui assumindo um outro tipo de
consciência. Só quando cheguei ao dia
25 de Abril é que tive a perspectiva de
que era importante derrubar o regime
e criar condições de democracia em
Portugal. Por isso resolvi decidir-me a
utilizar a ferramenta profissional de que
dispunha, ou seja a força, porque me
convenci que não havia outra forma de
resolver o problema, para que este país
tomasse o seu destino nas suas
próprias mãos.
É importante referir que não era
possível fazer o 25 de Abril sem os
milhares de homens que, hoje, não
estão na ribalta. Não se esqueçam que
sem os anónimos não era possível
fazer-se o que se fez.
Exposição
A Fábrica
e Sacavém
Um dos mais aclamados
fotógrafos portugueses,
Eduardo Gageiro, “regressou” à
sua terra natal com uma
exposição que é, em si mesma,
uma obra de arte.
Depois da Medalha Municipal de
Honra, que recebeu em 2002, a Câmara
de Loures presta, desta forma, mais uma
sentida homenagem a um dos seus mais
ilustres munícipes.
Juntar, em pleno Museu da Cerâmica
de Sacavém, a sessão solene do aniversário
do 25 de Abril e uma exposição de
Eduardo Gageiro é, por várias razões,
um acto de inteira justiça. Antes de mais
porque Eduardo Gageiro, um dos
melhores fotógrafos portugueses de
sempre, nasceu e cresceu em Sacavém,
porque trabalhou na antiga Fábrica da
Loiça e porque foi lá que aprendeu a
fotografar. Foram as imagens dos
operários que, como ele próprio diz, o
inspiraram para que o seu trabalho
surgisse de uma forma mais humana,
incisiva e crítica. Depois, porque o 25 de
Abril e Gageiro se confundem, a nível de
fotografia, numa imagem só. Nessa
histórica madrugada, ele estava lá a
fotografar as tropas de Salgueiro Maia nos
momentos mais críticos da confrontação
militar.
Os invisuais não foram esquecidos
nesta exposição, pois fotografias em
relevo fazem com que através do tacto
também se possa entender a história de
uma cidade, das suas gentes e da sua vida.
17
Pessoas e lugares
Pessoas e lugares
“Os meus
ideais ficaram
marcados
no meu
trabalho”
Aos 68 anos, Eduardo Antunes
Gageiro assume-se como
um fotógrafo que sempre
procurou a diferença
e a ruptura com
o socialmente instituído.
Com um passado riquíssimo,
onde se destaca a sua
passagem pela Presidência da
República (foi o fotógrafo
oficial durante os mandatos
presidenciais do general
Ramalho Eanes), Gageiro, em
entrevista à Loures Municipal,
deixa expressa a sua vontade
em continuar e assume que a
fotografia será sempre a
paixão da sua vida.
Com centenas de prémios
conquistados por esse mundo
fora, vários livros publicados
e fotografias marcantes,
nomeadamente as que dizem
respeito ao 25 de Abril, este
sacavenense acredita que
Loures é uma terra “com um
futuro risonho pela frente”.
Como avalia a fotografia
portuguesa dos anos 50?
Nessa altura estava muito na moda a
chamada “fotografia de salão”, muito
rebuscada, onde perdurava o pôr do Sol,
as paisagens idílicas, entre outras. Sem
ter noção disso, penso que fui fazendo
uma ruptura com esse quadro social
instituído. Talvez por isso mesmo, a
partir dos dezasseis anos comecei a entrar
em concursos de fotografia e ganhei
imensos prémios a nível nacional e
internacional. O primeiro prémio que
ganhei, em 1955, foi num concurso
organizado pelo Sindicato dos
Empregados de Escritório do Distrito
de Lisboa. Escusado será dizer que causei
sensação devido à minha tenra idade.
Começou então
o fotojornalismo...
Eduardo Gageiro
De que forma surge a
fotografia na sua vida?
O meu pai tinha um pequeno
estabelecimento comercial em frente à
antiga Fábrica da Loiça de Sacavém e eu,
ainda muito novo, aprendi a conviver
com os operários da fábrica.
A partir de certa altura, o meu pai
decidiu que a minha progressão
profissional deveria de passar pela própria
fábrica.
18
Primeiro fui paquete e depois
empregado de escritório neste enorme
complexo industrial mas, como é óbvio,
devo ter sido o pior empregado de
escritório do mundo, pois não tinha
aptidão para a profissão.
Mas a verdade é que foi esse facto que
me marcou toda a vida: a partir dos doze,
treze anos, comecei a ganhar sensibilidade
para determinados factos, como por
exemplo ver, à saída da fábrica, os seus
antigos operários a pedirem esmola. Essa
tenha transformado num dormitório de
Lisboa, é a minha cidade. Tem um museu
lindíssimo, uma frente ribeirinha que,
infelizmente, se continua a degradar, mas
mantém alguns encantos, principalmente
para as pessoas que aqui nasceram e foram
criadas.
Embora em algumas alturas da
minha vida, principalmente quando
trabalhei no Século Ilustrado e na
Presidência da República, não tenha tido
muito tempo disponível, penso que ao
longo dos últimos cinquenta anos, fui
fotografando a cidade e as suas gentes de
uma forma contínua.
visão marcou-me e, como o meu irmão
Armando tinha uma pequena máquina
fotográfica de plástico, que felizmente
ainda guardo de recordação, iniciei-me na
fotografia tentando registar os rostos, os
olhares e as expressões de toda essa
miséria social.
Mais tarde, alguns amigos emprestaram-me melhores máquinas fotográficas e, com a ajuda de alguns colegas
que me iam dando algumas dicas a nível
estético e técnico que me fizeram evoluir
bastante.
Embora seja um autodidacta, penso
que cedo mostrei que tinha alguma
qualidade, já que ia conseguindo registar
os momentos certos e captando os
olhares mais profundos de uma
determinada situação.
É verdade. Também por essa altura
comecei a trabalhar para uma revista de
Vila Franca de Xira chamada Vida
Ribatejana. Como tinha a tal imagem de
marca um pouco diferente dos fotógrafos
da altura, tive muita aceitação e, em 1957,
fui trabalhar para o Diário Ilustrado.
Como não tinha grande experiência,
comecei por trabalhar no laboratório e,
só mais tarde, é que comecei a ser
requisitado para fazer trabalhos de
entrevistas onde me esmerei para mostrar
serviço. Algum tempo depois havia
jornalistas que já me escolhiam
preferencialmente a mim para fazer
alguns trabalhos. A partir daí, com altos
e baixos, não mais parei e a fotografia e o
fotojornalismo acompanharam-me ao
longo de toda a minha vida.
Num “flash” da sua memória o
25 de Abril é o seu grande
momento?
Com o 25 de Abril aparece o
Eduardo Gageiro mais
institucional: o fotógrafo oficial
da Presidência da República e
da Assembleia da República.
Como é que conseguiu ligar a
sua irreverência profissional às
regras rígidas da fotografia
protocolar?
Depois da Revolução convidaram-me para fazer fotografias para um
catálogo oficial da Assembleia da
República. As pessoas, nessa altura, já me
conheciam bem, especialmente pelo
trabalho que fiz durante a própria
revolução. Mais tarde, necessitaram de um
fotógrafo para determinadas sessões
parlamentares mais importantes, e foi daí
que veio o convite para trabalhar para esse
órgão do Poder Central. Era um trabalho
de “bate-chapas”, que não fazia com
grande prazer, embora fosse necessário
do ponto de vista financeiro. Fui ficando
e só agora, com o Governo actual, é que
prescindiram dos meus serviços e foram
contratar o fotógrafo oficial do partido
do Governo.
É o mais importante, quer a nível
profissional, quer a nível pessoal. Até aí
sempre tive medo de morrer sem ver esse
dia e fiquei com a sensação que, depois da
Revolução, poderia morrer feliz. É claro
que, para mim, que vivi os momentos
mais importantes ao lado do meu amigo
Salgueiro Maia, o 25 de Abril teve um
impacto tremendo. Fiz algumas fotos
marcantes, como aquela em que na sede
da PIDE o soldado retira a fotografia do
Salazar, e estive presente nos momentos
mais dramáticos, como o encontro das
tropas no Terreiro do Paço.
Tive a felicidade de ter boas
Armando Mesquita, encarregado
da secção de escultura da Fábrica
da Loiça de Sacavém
informações e depois a coragem de estar
presente. Nestas condições o importante
é não ter muito medo, pois algum todos
têm, e o factor sorte também é decisivo.
Depois é saber aproveitar e viver o
momento.
Qual a fotografia mais
marcante da sua vida?
Tenho algumas fotografias
importantes, como uma que tirei
aquando da tomada de reféns durante
os Jogos Olímpicos de Munique, em
1972, ou aquela na sede da PIDE, que já
referi.
Se tivesse de escolher alguma, talvez
optasse por uma em que o Salgueiro Maia
cerra os dentes e morde o lábio e que foi
tirada na altura em que a tropas de
Cavalaria 7, fiéis ao Governo, optam por
aderir à Revolução. Mais tarde ele disseme que esse foi o momento em que se
apercebeu que a Revolução triunfara.
É um saudosista ou procura
acompanhar o
desenvolvimento?
Sacavém e a Fábrica da Loiça.
Duas imagens marcantes
para si...
Como é o concelho de Loures
pelos olhos de Eduardo
Gageiro?
A fábrica hoje já não me diz nada.
São apenas recordações de um tempo
diferente, e só tenho pena de tudo ter
acabado da forma como foi, com dramas
familiares de milhares de pessoas.
Continuo a falar com antigos trabalhadores, e tratam-me sempre com
grande carinho, pois recordam-se dos
bons tempos que passámos. Quanto à
cidade, embora não seja muito bela e se
Embora tenha nascido aqui,
infelizmente conheço pouco da região
saloia. Ainda assim vejo esta zona
como uma terra de gente boa, fraterna
e muito próxima da sua terra. Como
optimista que sou, olho para Loures
como uma terra com muitas
potencialidades e com um futuro
risonho pela frente.
Tenho alguma dificuldade de aderir
ao digital, em termos de fotografia,
porque gosto muito do cheiro do
laboratório. Essa continua a ser uma
paixão. No entanto, como autodidacta
que sempre fui, a inovação e a
modernidade fazem parte da minha
maneira de ser. Tento sempre procurar e
acompanhar a criação e a novidade. Tive
uma vida cheia de emoções, guardo em
minha casa um espólio assinalável que
mais tarde será entregue ao Museu da
Cerâmica de Sacavém, mas não me vejo
como um saudosista.
19
Educação
Movimento Associativo
Lar Infanta D. Maria, em Lousa,
será contemplado com verbas
para remodelação do edifício
Regime de Apoio Municipal à Criação e Beneficiação de Equipamentos
Primeiros apoios já atribuídos
Conselho Municipal de Educação
Agentes
educativos
integrados
Embora já existisse, desde
1999, legislação prevendo a
constituição de instâncias
municipais que superintendessem matérias referentes
à educação, somente em
Janeiro do corrente ano foi
regulamentada a transferência
efectiva e formal de tais
competências para os
municípios.
Cumprindo os apertados prazos
governamentais que fizeram com que
apenas 30 por cento dos municípios
portugueses cumprissem este desiderato,
a Câmara de Loures criou o Conselho
Municipal de Educação (CME), órgão que
tem por objectivo promover a coordenação
da política educativa a nível concelhio,
articulando a intervenção de diversos
agentes educativos e parceiros sociais,
analisando o sistema educativo em vigor e
propondo alterações de forma a encontrar
maiores padrões de eficiência e eficácia.
O Conselho Municipal de Educação
vem criar uma plataforma de discussão
entre os inúmeros parceiros envolvidos
no processo educativo que pretendem
encontrar soluções para questões de vital
importância como são as políticas sociais,
formação profissional, emprego, saúde,
desenvolvimento de projectos escolares,
transportes e alimentação escolares, apoio
a crianças com necessidades educativas
especiais, segurança, requalificação do
parque escolar, entre outras.
De entre os diversos organismos
com assento no CME, destacam-se, para
além da Câmara Municipal e da Direcção
Regional de Educação, associações de
pais, associações de professores dos
diversos níveis de ensino, associações de
estudantes, associações de solidariedade
social, Segurança Social, forças de
segurança, centros de saúde, centros de
emprego e serviços públicos da área da
juventude e desporto.
Reunindo com uma periodicidade
mínima anual de quatro vezes, o CME
vai promover a sua primeira reunião
ainda durante o corrente ano escolar.
Refeições nas escolas
Alargamento de serviços
é uma realidade
O apoio alimentar aos mais novos,
especialmente aos mais carenciados, tem
tido um forte incremento nos últimos
anos. Tratando-se de um dos factores
mais importantes para o sucesso escolar,
a Autarquia empenhou-se na implementação do programa de alimentação
escolar a preços reduzidos, que no ano
de 2002 abrangia apenas três jardins-de-infância e duas escolas básicas e que hoje
20
contempla já mais de 22 mil alunos,
divididos por 12 escolas do ensino básico
e 16 jardins-de-infância. O custo mensal
da alimentação nos refeitórios escolares
está directamente relacionado com o
rendimento per capita das famílias dos
alunos, variando entre os 10,44 e os 53
euros, no caso dos jardins-de-infância, e
dos 12,81 até aos mesmos 53 euros para
as escolas básicas.
Num esforço financeiro
assinalável, o Município irá
ceder terrenos e comparticipar
obras de construção e
beneficiação de equipamentos
colectivos num montante
superior a 800 mil euros.
Depois de, nos anos de 2001 e 2002,
terem dado entrada na Câmara dezenas
de processos de candidaturas ao RAME,
foram agora conhecidas, após deliberação
da Reunião de Câmara do dia 29 de Abril,
as instituições que serão contempladas
com cedência de terrenos, e verbas para a
construção de sedes sociais e remodelação
de outros equipamentos colectivos.
Distribuídas por sete freguesias do
concelho, as entidades em causa
promovem actividades no âmbito do
apoio à terceira idade, infância e
toxicodependência, bem como em áreas
diversas como o desporto, a cultura e o
recreio. Das candidaturas propostas, três
referem-se a obras de remodelação de
instalações já existentes (Lar Infanta D.
Maria, Associação Luís Pereira da Mota e
Grupo União Lebrense), uma
corresponde à aquisição de lojas na
Quinta do Mocho para funcionamento
de creche e ATL (CSEPDC), enquanto as
restantes prevêem a construção, de raiz,
de sedes sociais e espaços para
desenvolvimento de actividades diversas.
As instituições beneficiadas, todas
elas com um trabalho comunitário digno
de registo nas mais diversas áreas, têm
agora um ano para confirmar a sua
intenção de prosseguir com as obras
propostas, depois de conhecerem os reais
apoios que irão auferir.
Apoio financeiro
Entidade Promotora
Freguesia
Objectivo
Valor atribuído
CREACIL – Cooperativa de Reabilitação,
Educação e Animação de Crianças
Santo António
dos Cavaleiros
Construção de instalações
para centro ocupacional e ATL
20 000,00 euros
Associação Carnaval de Loures
Loures
Equipamento social e pavilhão para construção
e manutenção de carros alegóricos
25 000,00 euros
Centro Unitário de Reformados, Pensionistas
e Idososde Santa Iria de Azóia
Santa Iria de Azóia
Construção de centro de dia
20 000,00 euros
Associação Luís Pereira da Mota
Loures
Remodelação de imóvel para
tratamento de toxicodependentes
40 000,00 euros
Grupo União Lebrense
Santo Antão do Tojal
Remodelação da sede e construção
de recinto polivalente para festas
7 000,00 euros
Cooperativa Socio-educativa
para o Desenvolvimento Comunitário
Sacavém
Aquisição de espaço para creche e ATL
20 000,00 euros
Lar Infanta D. Maria
Lousa
Remodelação do edifício do lar
20 000,00 euros
Associação Pró-Infância “O Saltarico”
Santo António
dos Cavaleiros
Construção de instalações
para creche e ATL
30 000,00 euros
TOTAL
182 000,00 euros
Cedência de terrenos
Entidade Promotora
Freguesia
Objectivo
Valor atribuído
Cooperativa de Solidariedade Social
“Os Amigos de Sempre”
São João da Talha
Construção de lar, centro de dia
e espaço jovem
137 568,46 euros
Associação Carnaval de Loures
Loures
Equipamento social e pavilhão para construção
e manutenção de carros alegóricos
78 810,07 euros
Associação Cultural e Recreativa
da Milharada e Sete Casas
Loures
Construção de polidesportivo
130 435,65 euros
Grupo Desportivo União
Alegria Estacalense
Santa Iria de Azóia
Construção de sede
246 705,44 euros
Corpo Nacional de Escutas
São João da Talha
Construção de sede
31 424,27 euros
TOTAL
624 943,89 euros
21
Juventude
Juventude
Mês
da
Juventude
1.º Festival
de Verão
Exposições
Durante todo o mês de Março, os Gabinetes
de Atendimento à Juventude (GAJ)
receberam grande parte das exposições
promovidas pela Artessetera, que mostrou
ao concelho trabalhos de pintura, gravura e
fotografia.
Na edição anterior, a Loures Municipal fez ofollow-up do que aconteceu na 1.ª quinzena do
Mês da Juventude. Agora, deixa aqui o testemunho do que entretanto se realizou.
A Câmara de Loures
associou-se à Rádio
Cidade na organização
do 1.º Festival de Verão
que irá ocorrer nos dias
14 e 15 de Junho,
no Parque da Cidade,
em Loures.
Serão dois dias de
grandes espectáculos
que contarão com uma
dezena de bandas que
são do agrado
de todos.
Destaque também para a exposição de
joalharia de Bruno Precatado, que esteve
patente na Galeria Municipal de Loures, na
qual o artista demonstrou todo um
impressionante trabalho na forma de moldar
valiosos materiais como o ouro e a prata.
“Poesom”
“In Concerto”
Integrado na rubrica “Outros Cenários”, das comemorações do Mês
da Juventude, realizou-se na capela da Quinta do Conventinho, a
21 de Março, um recital de poesia e música pela associação artística
Artessetra. Sedeada em Santo António dos Cavaleiros, a Artessetra
tem como bases essenciais a arte e a interligação das suas principais
vertentes: o público e o artista.
A 28 de Março, a vila de Bucelas ouviu In Concerto,
uma jovem banda local.
14 de Junho
20h00
Boss AC
UHF
Ez Special
Paulo Gonzo
Pólo Norte
15 Junho
10h00
Exposição de Tuning
e Car Áudio
Parede Escalada
Tiro com Arco
BTT
Paint Ball
20h00
Santos & Pecadores
Adiafa
Cabeças no Ar
Delfins
Pedro Abrunhosa
Entrada livre
Karaoke
A grande adesão manifestada pelos alunos
da Escola Preparatória Gaspar Correia, da
Portela, demonstra bem a popularidade
deste tipo de manifestações culturais entre
a juventude.
22
Debate
“Dedos de Linho”
A aculturação tribal nas sociedades contemporâneas foi o tema do
debate que ocorreu no Museu da Cerâmica. A discussão, centrada
na celebração do corpo, enquanto instrumento para marcar a
diferença e a individualidade de cada um, contou com a participação
do vereador Ricardo Leão, do padre José Luís Borga, do sociólogo
Vítor Ferreira e dos tatuadores Natasha e Fontinha.
O Museu da Cerâmica acolheu, no dia 31 de Março,
um outro recital de poesia e guitarra apresentado
também pela Artessetra, com a denominação “Dedos
de Linho”.
Torneio de Futebol 5
Equipas mistas disputaram o Torneio de
Futebol 5, organizado pela Juventude
Mariana Vicentina, realizado na tarde de 29
de Março, no Parque Desportivo 1.º Maio,
no Catujal.
Gabinete de Atendimento à Juventude
GAJ de Loures muda de instalações
O Gabinete de Atendimento à Juventude (GAJ) de Loures mudou de instalações.
Desde 30 de Maio está localizado na Rua do Mercado, no antigo edifício do Tribunal
de Trabalho. Os contactos telefónicos são: 219 820 717 ou 219 821 468.
23
Actividades económicas
Não gostam de grandes
mediatizações sobre o seu trabalho,
mas esforçam-se por criar uma
imagem positiva junto das
populações, desenvolvendo relações
de proximidade com os munícipes e
de sensibilização dos mais jovens para
as suas actividades.
Aceite a proposta que a direcção
da revista Loures Municipal formalizou, encararam a nossa presença
afavelmente e com normalidade,
dando conta do que nos esperava na
qualidade de observadores privilegiados das acções de vigilância e
fiscalização.
Embora parcos em comentários
sobre temas que a opinião pública se
habituou a referenciar – desde as
carências de espaço e a falta de
equipamentos até à gestão dos
recursos humanos –, mantêm, sempre,
um elevado sentido de responsabilidade profissional e de noção do
dever cívico de proteger as
populações.
Há muito que a Autarquia se
preocupa com o estado de conservação e adequação de algumas das
instalações. Apesar da construção das
esquadras da PSP em Santo António
dos Cavaleiros e Sacavém, e do
quartel da GNR em São João da Talha,
urge a tomada de decisão política
sobre novos equipamentos para
Loures, Camarate e Bucelas, a
construir em terrenos cedidos pelo
Município.
Ainda recentemente, o presidente
da Câmara, Carlos Teixeira, abordou
o Ministério da Administração
Interna no sentido de sensibilizar a
tutela para estas prioridades, que
muito podem contribuir para o bem-estar dos profissionais da PSP e da
GNR e para o reforço da segurança
no concelho.
Forças de Segurança
Serviço público
e dever cívico
1.ª Mostra do Concelho
Invest Loures
A promoção e divulgação das
potencialidades do concelho de Loures e a
captação de investimento são os objectivos
que norteiam a realização da Invest Loures,
mostra organizada pela Divisão de
Actividades Económicas, que vai reflectir
sobre várias áreas de intervenção, como o
desenvolvimento socio-económico,
24
turismo, habitação, urbanismo, saúde,
integração social, dinamização cultural,
ambiente, juventude, educação, obras
municipais, desporto.
A Invest Loures vai realizar-se entre
23 e 27 de Julho no Pavilhão Paz e
Amizade, em Loures, e contará, nos cerca
de cinquenta stands com representações da
Câmara Municipal de Loures, empresas
municipais, sector privado e associações
do concelho, entre outros agentes.
Os visitantes da Invest Loures
podem ainda participar no fórum sobre
investimento no concelho, a realizar no
dia 25 de Julho, pelas 17h30, na
Biblioteca Municipal de Loures.
À lupa
À lupa
os comandantes de posto reportam-me
o número de elementos necessários para
passar à acção. É claro que todas estas
informações são confidenciais e são
tratadas entre graduados.
Como avalia a situação da
escassez de efectivos e das
condições logísticas de que
dispõe?
Forças de Segurança
Capitão Paulo Silvério
Todo um concelho
para patrulhar
Assumindo-se Loures como um dos
maiores concelhos do País quanto ao
número de habitantes (segundo os
últimos sensos, possui sensivelmente
200 mil pessoas) seria previsível uma
desmultiplicação de homens e de
entidades a nível da segurança.
Polícia de Segurança Pública (PSP) e
Guarda Nacional Republicana (GNR)
têm áreas de jurisdição bem definidas e
dividem entre si a responsabilidade de
patrulhar toda esta imensa área com forte
densidade populacional, embora sejam
coadjuvados, sempre que necessário, com
as intervenções da Guarda-Fiscal, Brigada
de Trânsito e, nos casos mais graves, com
a Polícia Judiciária.
No caso da GNR, apenas o
Destacamento Territorial de Loures, com
sede na cidade com o mesmo nome, tem
jurisdição no concelho. Com três postos
no território (Loures, São João da Talha e
Bucelas) e mais o posto de Caneças, já no
concelho de Odivelas, a GNR tem um
contingente de 142 militares para uma área
superior a 140 quilómetros quadrados.
Quanto à PSP, as forças dividem-se e
26
há duas divisões que tutelam o concelho.
A Divisão de Loures, que também abarca
uma área que envolve todo o concelho
de Odivelas, à excepção da freguesia de
Caneças, tem sob sua guarda as esquadras
de Loures e de Santo António dos
Cavaleiros. Com 92 profissionais nas
duas esquadras referidas, têm de dar
resposta às solicitações de duas freguesias
com mais de 35 mil habitantes.
Como comandante de Destacamento tenho de ser ambicioso e nunca
posso estar satisfeito com o número de
efectivos e com as condições logísticas que
tenho. Começo por dizer que, se
tivéssemos mais meios humanos, o
trabalho tornar-se-ia mais eficiente. Isso
é uma realidade. No entanto, com os
meios que tenho, considero que a
população não vive num clima de
insegurança. Quanto à logística, penso
que a melhoria das instalações dos postos
de Loures e Bucelas é um anseio mais
que válido. As portas dos postos estão
abertas à população, e quem nos visitar
poderá confirmar que as condições nestes
dois locais estão mais que ultrapassadas.
«A nossa principal motivação
é a gratidão do cidadão»
A outra divisão, com sede nos Olivais
(Lisboa), comporta uma área que vai da
Apelação a Chelas, e tem nos seus quadros
cerca de 470 elementos. Só para o
concelho de Loures, no qual tem duas
esquadras (Sacavém e Moscavide), estão
afectos cerca de 140 homens e mulheres,
que patrulham uma área de 15
quilómetros quadrados na qual residem
cerca de 80 mil pessoas.
Loures pode orgulhar-se de ter
um jovem e eficiente capitão à
frente dos destinos da
GNR no concelho.
Paulo Silvério reconhece os
problemas logísticos com que se
debate a GNR, mas tem uma visão
positiva da segurança
no concelho de Loures.
Loures é um concelho inseguro?
todas as ocorrências que se passaram nas
últimas 24 horas na área de intervenção
do Destacamento de Loures. Essas
ocorrências são comunicadas ao escalão
superior para serem analisadas e então é
decidido qual o tipo de actuação que
iremos fazer. Definidas as prioridades,
Com todos estes problemas
como é que a Guarda continua
a motivar homens para
incorporar a organização?
Não há dinheiro nem outras
condições materiais que substituam a
gratidão que recebemos por parte do
cidadão quando desempenhamos uma
acção para o bem da sociedade. Essa é a
nossa principal motivação. É essa noção
que os militares têm, a noção da utilidade
para a sociedade, que os faz continuar.
Quartel da GNR de Loures
A nível comparativo, estamos ao nível
dos outros concelho da Área Metropolitana de Lisboa que, por si só, é uma
zona complicada do País. Penso que
Loures não é um concelho inseguro e
que o trabalho das forças de segurança
tem sido muito positivo.
Como são definidas as
prioridades de actuação?
Tudo começa com um documento
que é por nós elaborado que, internamente, designamos de SITREP
(Situation Report). Aí estão definidas
27
À lupa
À lupa
Sem nada de especial a assinalar,
seguimos para Bucelas.
3h11, Bucelas
À entrada de Bucelas, os homens da
GNR estão já no fim do seu “turno da
noite”. Uma noite que foi igual a muitas
outras, havendo a salientar alguns
condutores com excesso de álcool.
Visitamos o posto local, que se encontra
em péssimas condições e onde nem
existe parqueamento de viaturas, que
assim, têm de ficar estacionadas na via
pública. As poucas obras de beneficiação
em curso são feitas com a “prata da casa”.
3h41, Loures
Regressamos à base de operações e é
feito um primeiro balanço. Entre detidos,
autos levantados e material apreendido,
há uma sensação de dever cumprido.
GNR
Acção e razão no “turno da noite”
Acompanhar um turno das
patrulhas da Guarda Nacional
Republicana é, por si só,
uma aventura.
De espírito aberto, uma equipa
da Loures Municipal seguiu
de perto o que é ser agente
da autoridade em Portugal.
De operações stop a rusgas,
damos conta de uma realidade
pouco conhecida da maioria
dos portugueses.
17 de Maio, 23h45,
Posto da GNR de Loures
O ambiente agitado que se vive antes
do início de uma longa noite de trabalho
é já uma imagem de marca. Mais de duas
dezenas de homens aprontam-se para sair
da sede do Destacamento Territorial de
Loures. No comando, o capitão Paulo
Silvério dá as últimas instruções. Esta
noite as ordens são para fazer operações
stop em Caneças, Catujal, São João da
Talha e Bucelas. Estamos numa sexta-feira e todos sabem que, ao fim-de-semana, o álcool corre nas gargantas de
28
condutores inconscientes, pelo que estas
operações servem, antes de mais, como
forma de prevenção.
A normalidade é interrompida com
a chegada de um detido por posse de
haxixe. Na balança electrónica surge o
número 1.5 – um grama a mais do que é
permitido. Depois desta ocorrência,
fomos ao encontro da primeira brigada
que se encontrava em Caneças.
18 de Maio, 00h27, Caneças
Mais de uma dezena de homens já
iniciaram o trabalho. São mandados parar
infractores às regras do código da estrada,
potenciais condutores embriagados e
veículos em situação irregular. Mas se
alguém pensa que haverá pouco risco
neste tipo de operações, que se desengane.
Pouco antes de sairmos de Caneças, um
agente é quase atropelado por um
indivíduo que não parou na operação
stop. De facto, pode-se tornar bem
perigoso uma mera operação rotineira.
Mas os homens sabem bem disso e
estão prevenidos.
2h10, São Sebastião de Guerreiros
Com a chegada de alguns reforços,
os primeiros homens entraram no bar.
Apercebemo-nos que o grupo que causou
problemas já tinha abandonado o local.
Alguns clientes são revistados e o dono
é novamente avisado de que os horários
são para cumprir. Depois deste pequeno
momento de alguma emoção, a razão
impera.
Com pedagogia, os agentes explicam
a todos os presentes, alguns deles mais
alterados devido ao consumo de álcool,
quais as razões desta acção. Sanado o
incidente, vamos acompanhar a brigada
que está situada em Santa Iria de Azóia.
2h43, Santa Iria de Azóia
As horas passam e cada vez é mais
provável encontrar condutores na ressaca
dos bares e das discotecas de Lisboa. O
álcool é o grande problema e aparece um
condutor que, no teste do balão, acusa
1.47, pelo que será levantado um auto.
Se pensarmos nos riscos que
correm, nos ordenados baixos que
auferem, nas difíceis condições que lhes
estão destinadas e na constante sensação
de indiferença por parte dos poderes
instituídos, a vida de um guarda
nacional republicano não é fácil. Se a
imagem desta instituição é, por vezes,
abalada por escândalos que fazem as
primeiras páginas de jornais, é bom que
se dignifique a sua imagem salientando
o seu lado bom. É preciso pensar que,
se temos segurança nas ruas e nas nossas
casas, isso deve-se a homens e mulheres
como estes que, no anonimato, protegem determinadamente os cidadãos.
Contrafacção de roupa
GNR atenta ao fenómeno
1h22, Catujal
Depois de uma rápida viagem,
chegámos ao Catujal. A zona é
problemática e, nesta operação, está um
agente com uma espingarda bem visível,
como precaução. É apreendida uma
máquina de jogo ilegal e são levantados
alguns autos por excesso de álcool. Uma
chamada telefónica pede a comparência
da GNR em São Sebastião de
Guerreiros. Um grupo de jovens
provocava desacatos num bar.
Uma dos crimes mais generalizados por todo o País, a
contrafacção de roupa, tem tido uma pronta e eficaz resposta
por parte da GNR. Em Loures esse crime também é uma
realidade e a Loures Municipal teve oportunidade de se
deslocar ao posto de Caneças para verificar isso mesmo.
Atulhada em três divisões do quartel, encontravam-se
camisas, sapatos e toalhas de praia das mais variadas
marcas.
Embora se possa pensar que a maioria destas peças de
roupa e calçado se aprestavam para serem vendidas em
feiras e mercados, a verdade é que a qualidade da
falsificação tem vindo a melhorar e, nalguns casos, são
mesmo vendidas em lojas aos preços correntes das
verdadeiras.
29
À lupa
À lupa
complicada. Tem uma população muito
diversificada, muitos imigrantes das mais
variadas partes do mundo e um tipo de
construção de habitações, em torre, que
dificulta a actuação da polícia.
É o problema da vida citadina...
Comissário Bento Pedruco
«Loures é o lugar mais calmo
de toda a área da Divisão»
Desde Novembro de 2002 que
comanda a Divisão de Loures
da PSP. O comissário Bento
Pedruco mostra, em breves linhas,
uma visão muito positiva da
segurança no concelho de Loures.
Com toda a dimensão da
Divisão que comanda, como é
que se definem missões e
dispositivos para uma
determinada actuação?
Para quem chega de novo é normal
que pareça um esforço enorme mas,
como funcionamos já com um
mecanismo muito bem estruturado,
torna-se bem mais fácil. Quando há
necessidade de se fazer uma operação,
temos a Secção de Operações que a
planeia, elabora a directiva operacional,
envia para cada uma das esquadras, o
comandante selecciona os meios que tem
e, no mesmo dia e à mesma hora, toda a
gente está pronta a iniciar o trabalho.
Como classifica Loures em
termos de segurança?
Embora só esteja a comandar a
Divisão de Loures há menos de um ano,
sou residente no concelho de Odivelas
há mais de trinta, pelo que tenho uma
vasta experiência no que concerne a
matérias de segurança nesta área. Diria
que a cidade de Loures será talvez o lugar
mais calmo e sossegado de toda a área da
Divisão. Quanto a Santo António dos
Cavaleiros, a situação é um pouco mais
Sem dúvida. Num edifício de 8 ou
10 andares há pessoas que passam anos
sem conhecer os seus vizinhos. Até para
notificar alguém é complicado, pois as
pessoas, mesmo conhecendo o
indivíduo, não sabem o seu nome. Para
além disso, é mais difícil controlar as
pessoas em áreas citadinas, pois os factos
dispersam-se sem conhecimento por
parte da população. Quando se juntam
pessoas, geram-se conflitos com mais
facilidade, há maior tendência para a
ociosidade, logo mais conflitos
potenciais e vivências à custa de
determinadas habilidades.
Como encontrou a Divisão a
nível de efectivos e logística?
Poderíamos pensar que, com mais
gente, iríamos mais além. Deste modo, a
nossa actuação é mais limitada. Diria que
são os suficientes para assegurar o
mínimo do serviço.
Quanto às instalações, a maioria delas
são muito fracas para aquilo que hoje se
entende que deve ser uma esquadra.
Quanto à sede da Divisão de Loures, ela
está em condições muito deficientes.
Estamos situados num prédio de
habitação adaptado e falta-nos uma série
de condições logísticas que fazem com
que, por exemplo, a nossa Secção de
Investigação Criminal tenha de estar
sedeada em Odivelas. Ainda assim, penso
que, daquilo que conheço do País,
podemos considerar que, quanto a
pessoal e logística, estamos num nível
médio alto.
Esquadra de Loures
Chegar mais perto da população
Embora as medidas “impostas” superiormente como o programa
“Escola Segura” continue a ter excelentes resultados, a esquadra de
Loures foi mais longe e desenvolveu, ela mesma, outras actividades
complementares. É o caso do programa “Aproximação com a
Comunidade Escolar”, que visa levar os mais jovens a conhecer as
instalações da PSP e levar os agentes às escolas de Loures. Palestras
e demonstrações de actividades policiais são os exemplos mais
marcantes das acções desenvolvidas. Um outro programa,
denominado “Programa de Prevenção”, levou crianças a fazerem de
polícias em mini-operações stop e conduziu os mais jovens a
conhecer as instalações do Corpo de Intervenção da PSP na Ajuda.
30
PSP
Velocidade e álcool na linha da frente
A estrada continua a ser uma
“caixinha de surpresas” para
quem a tem de controlar.
Numa noite de trabalho,
encontra-se de tudo um pouco.
Numa acção concertada entre as
esquadras de Odivelas, Loures e Santo
António, mais de três dezenas de agentes
da Divisão de Loures da PSP estavam nas
ruas dos dois concelhos. Em Loures,
comandados pela subcomissária Paula
Monteiro, os homens e mulheres da PSP
tinham ao seu dispor um radar de
controlo da velocidade. A velocidade
máxima da via é de quarenta quilómetros
horários, mas o radar estava preparado
para disparar alguns quilómetros acima da
velocidade permitida. Meia hora depois
de chegarmos, apareceu o primeiro
prevaricador que circulava a 73 km/h, no
interior de uma localidade. O radar dispara
o seu poderoso flash e segue-se a
identificação, o controlo dos documentos
da viatura, a informação do motivo da
paragem e a coima. O processo é simples,
rápido e preciso.
Embora estivéssemos numa noite de
terça-feira, o álcool também faz a sua
aparição. Surge o primeiro automobilista
com 1,4 gramas de álcool no sangue.
Segundo a lei, é crime. Será detido e
presente a tribunal. Até ao fim da noite
ainda serão identificados mais alguns
condutores com taxa de alcoolémia
superior ao permitido. Nem com todas
as acções de prevenção os portugueses
aprendem. É pena.
Deixamos Loures e vamos
acompanhar os homens de Santo
António dos Cavaleiros. Joaquim Horta,
subcomissário da esquadra de uma das
maiores freguesias do concelho, comanda
um grupo de mais de uma dezena de
agentes. Aqui não há radar, mas
continuam a encontrar-se prevaricadores.
Álcool, documentos falsos e viaturas sem
seguro ou com a inspecção por efectuar.
Perto do fim da noite, uma comunicação
via rádio leva dois agentes a pôr cobro a
uma situação de distúrbios na via pública
perto da Cidade Nova. Um grupo de
jovens, alguns deles já identificados pela
PSP por outras situações pouco
abonatórias, confraterniza na rua. Vozes
ao alto, um carro a projectar música que
incomoda os moradores. Os agentes
chegam e tentam dispersar o grupo, que
reage mal quando vê a máquina
fotográfica.
Sanado o problema, faz-se o balanço
da noite. Foi calma. Faltou a habitual
violência doméstica, os desacatos entre
grupos e os roubos de casas e viaturas.
De tudo isto e muito mais é feita a vida
de um agente da PSP. Zelar pela segurança
de todos é um dever, ser cordial e humano
nas relações estabelecidas com os cidadãos
é uma virtude. É bom encontrar quem
põe o bem comum acima dos seus
interesses pessoais.
31
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a nível da Divisão, que implicam menos
pessoal administrativo. Esse trabalho, a
ser efectuado no terreno, implica também
um aumento do número de operacionais.
Está prevista, há muitos anos, a criação
de uma Divisão para Camarate, o que
melhoraria muito a eficiência do nosso
trabalho. No entanto, a criação dessa
Divisão teria de ser acompanhada com a
entrada de novos agentes. Se a população
aumenta, o número de agentes também
deve crescer. Gostava de ter um polícia à
porta de cada cidadão e fico triste e
desencorajado quando passo no
concelho de Loures e vejo que é
impossível cobrir com policiamento toda
a área da Divisão.
Comissário Nuno Anaia
«O policiamento de proximidade
tem dado excelentes resultados»
Comanda desde Setembro do ano
passado a Divisão dos Olivais, que
abarca grande parte da zona
oriental do concelho de Loures.
Nuno Anaia, um jovem e
promissor comissário da PSP,
defende uma maior interligação da
polícia com a sociedade para se
combater a insegurança
com eficiência.
temos uma área eminentemente citadina;
nas restantes freguesias do concelho de
Loures, uma zona mista entre ruralidade
e espaços de habitação. Não temos
nenhum bairro onde se possa dizer que
a polícia não entre. O que temos é bairros
de realojamento e bairros de génese ilegal
que se podem considerar problemáticos
e que também trazem problemas para
outros bairros contíguos.
Como caracteriza
a área geográfica
sob responsabilidade
da Divisão dos Olivais?
Esta caracterização torna
o trabalho mais difícil...
Poderia dizer que superintendemos
uma área mista: no concelho de Lisboa e
nas freguesias da Portela e Moscavide,
É verdade. A nova filosofia não se
prende com a eliminação da abertura de
novas esquadras, como se tem vindo a
dizer, mas sim com um misto de abertura
de esquadras e a criação de novas unidades
A zona oriental do concelho
de Loures é uma zona
problemática para a PSP?
Infelizmente penso que sim,
sobretudo devido à falta de integração
da segunda e terceira geração de
imigrantes. Penso que a nossa política
do policiamento de proximidade tem
dado excelentes resultados, como é
reconhecido pelas forças políticas da região.
O problema é que para se fazer esse tipo
de policiamento, especialmente nos
bairros mais complicados, é preciso um
número muito elevado de agentes. Com
o advento dos programas de intervenção
comunitária, o trabalho a efectuar torna-se mais fácil pois há outras instituições
que também ajudam neste trabalho de
inserção social. É bom saber, também,
que não existem gangs organizados em
Loures. O que temos é alguns confrontos
entre bairros e entre etnias, especialmente
junto da população escolar. Mas tudo
isto só se resolve se oferecermos a essa
gente novas ocupações de cariz social,
cultural, recreativo e desportivo.
Hooliganismo
Euro 2004 em preparação
Embora muitos pensem que o combate ao hooliganismo só se faz nos estádios, os mais
atentos ao fenómeno sabem que é nos locais de diversão nocturna que os problemas
surgem com mais frequência.
Conhecedor dessa situação, Nuno Anaia sabe que a zona do Parque das Nações e do
Passeio Ribeirinho de Sacavém pode ser um foco de problemas: “Em relação ao Euro a única
coisa que garanto é que o polícia português está tão bem preparado como o seu congénere
de qualquer outro país europeu. Depois temos características próprias, como a flexibilidade,
que nos fazem ser muito capazes para contornar problemas relacionados com a concentração
de grandes massas humanas. Penso que a grande aposta vai ser nas equipas de intervenção
rápida, capazes de uma intervenção mais “musculada”, se necessário. No entanto, também
é necessário que sejam criados, por parte do Governo, alguns normativos que reforcem
excepcionalmente o nosso poder, bem com restringir as movimentações em algumas zonas
da cidade de Lisboa e dos arredores.”
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Policiamento de proximidade
Idosos e comerciantes são prioridades
Depois dos excelentes resultados
obtidos com a “Escola Segura”, PSP e
GNR lançaram mais dois programas
denominados “Idosos em Segurança” e
“Comércio Seguro”, que se inserem no
chamado policiamento de proximidade.
No caso dos idosos, as autoridades
destacam alguns elementos para
acompanhar os “menos jovens” nas
deslocações a bancos e terminais
Multibanco, especialmente nos dias do
levantamento das pensões sociais.
Por outro lado, há uma especial
atenção a lares, centros de dia e espaços
verdes, mais utilizados pela terceira idade.
Quanto ao programa “Comércio
Seguro”, lançado em 2000, depois de
feito o levantamento dos estabelecimentos comerciais existentes, os
agentes deslocam-se a estes locais frequentemente, tentando sensibilizar os
proprietários para os cuidados a ter e, em
caso de tentativa ou consumação de
assalto, quais os passos a dar.
Operação Férias
Cães perigosos
Inovação
Avisar as autoridades
é fundamental
Nova arma
novos problemas
As tecnologias
já chegaram
Com o Verão e as férias a baterem à
porta dos portugueses, as autoridades
deparam-se com um outro problema:
assalto a residências. Por isso mesmo os
alertas mantêm-se: avise vizinhos e forças
de segurança da sua ausência. Como
refere o Comissário Pedruco, “Em caso
de contacto fazemos uma vigilância mais
apertada às casas das pessoas que vão de
férias. Sabemos quais são os vizinhos ou
familiares que visitam a residência durante
a ausência do proprietário e, mesmo em
caso de assalto, o facto de avisar a polícia
é importante, para contactar mais
rapidamente o proprietário.” Já sabe, é
melhor prevenir que remediar.
Nos últimos anos tem surgido um
fenómeno preocupante no concelho de
Loures: os cães de guerra. As raças PittBull, Rotweiller e Doberman são as mais
vistas e as lutas entre estes animais
também têm sido assumidas pela
comunicação social como prática
permanente. GNR e PSP estão atentas
ao problema e, desde que surgiu a nova
legislação que veio cobrir o vazio legal
existente, a actuação das forças de
segurança tem sido mais efectiva.
Açaimes, licenças e vacinação actualizada
são imprescindíveis e, aos proprietários
desses animais, fica um aviso: lançar cães
como arma contra agentes é crime.
A Guarda Nacional Republicana e a
Polícia de Segurança Pública são máquinas
pesadíssimas, pelo que qualquer processo
de inovação tecnológica envolve elevados
custos.
Ainda assim, é interessante verificar
que a tecnologia do século XXI vai
facilitando o trabalho de todos.
Telemóveis, Internet, POS – um
aparelho que liga a polícia à base de dados
da Direcção-Geral de Viação –, novos
radares, câmaras de vídeo, enfim, uma
panóplia de novos e sofisticados meios
ao dispor das forças da autoridade que
tornam bem mais difícil a vida dos
prevaricadores.
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Um dia
com a
Escola Segura
A revista Loures Municipal
acompanhou, no dia 27 de Maio,
uma ronda com o agente João
Borrego, da PSP, e pôde constatar
a excelente relação que existe
com os conselhos executivos das
escolas, com os alunos e com os
funcionários.
Programa Escola Segura
Amigos para além de tudo
Implementado no concelho de
Loures em 1996, o programa
Escola Segura é garantido pela
Polícia de Segurança Pública
(PSP) e pela Guarda Nacional
Republicana (GNR) nas suas
respectivas áreas de intervenção.
É vasto e complexo o universo das
ocorrências com que têm de lidar os
agentes da Escola Segura: furtos no
interior e no exterior das escolas,
agressões, ameaças, assaltos às instalações,
toxicodependência, vandalismo e
abandono escolar são alguns dos
problemas com que se debatem
diariamente.
Fazendo um verdadeiro trabalho de
equipa, as forças policiais que têm a
responsabilidade de levar a bom porto
este programa trabalham em estreita
colaboração com as escolas, a segurança
social, as juntas de freguesia, a Câmara,
os bombeiros e as colectividades.
Apesar de os meios humanos e
materiais serem insuficientes, face ao
grande número de escolas e de alunos, e
consequentemente de solicitações, os
bons resultados obtidos por este
programa, no concelho de Loures,
demonstra que, com empenho e
profissionalismo, é possível encontrar
metodologias e estratégias adequadas
para minimizar e resolver os problemas
que vão surgindo.
Os números
da Escola Segura
61 escolas
13 085 alunos
1522 professores
440 auxiliares
Acção de sensibilização
Sinais e regras de trânsito
O programa Escola Segura tem múltiplas vertentes. No dia 28 de
Maio, os alunos do 1.º Ano da Escola EB1 de Lousa aprenderam com
os agentes da Guarda Nacional Republicana o significado de alguns
sinais e de algumas regras de trânsito.
Os sinais de trânsito, limites de velocidade, sentido obrigatório,
aproximação de bandas sonoras e as normas básicas do
atravessamento das passadeiras, na perspectiva de peões e
automobilistas, foram alguns dos ensinamentos aprendidos pelos
mais pequenos e que, provavelmente, nunca mais esquecerão.
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A nossa ronda começou bem cedo,
por volta das 8h30 da manhã, na Escola
EB 2,3 João Villaret, em Loures. A
chegada do carro da Escola Segura é
sempre motivo para uma efusiva e
acalorada recepção. Os mais pequenos
fazem fila para cumprimentar o agente
de serviço e estranham a presença do
fotógrafo e do jornalista.
O primeiro local visitado foi o
Conselho Executivo. Ali se trocaram
opiniões acerca de alguns alunos mais
problemáticos e da segurança da escola.
Depois, seguimos para a Escola EB
2,3 Luís de Sttau Monteiro, ainda em
Loures. Uma vez mais, a recepção foi
espontânea e acolhedora, demonstrando
que todos têm uma grande estima e
amizade pelos agentes da Escola Segura.
Prosseguimos pela Escola EB 1 N.º 6
da Póvoa de Santo Adrião – porque as
áreas de intervenção das forças de
segurança não seguem as fronteiras
geográficas dos concelhos –, passou pela
Escola Secundária José Cardoso Pires e
terminou na Escola EB 2,3 Maria Veleda,
ambas em Santo António dos Cavaleiros.
Nesta última escola, realizou-se uma
reunião preparatória da simulação de
uma operação stop a levar a cabo pelos
alunos do 5.º Ano da Escola Maria
Veleda, na manhã do próximo dia 17 de
Junho, em vários locais de Santo
António dos Cavaleiros, com o objectivo
de sensibilizar os automobilistas para a
prevenção rodoviária.
No final da nossa ronda, pudemos
concluir que existe uma imagem muito
positiva deste programa por parte de
todos os intervenientes no processo
educativo, resultante da rápida resposta
dada pelos agentes às solicitações que lhes
são feitas, da alegria e simpatia presentes
no trabalho, bem como da
disponibilidade para colaborar com as
várias entidades.
Para além de contribuírem para
aumentar os índices de segurança, os
agentes do programa Escola Segura são,
de facto, considerados verdadeiros
amigos.
Prevenção Rodoviária
A esperança está nos mais novos
Estando Portugal na cauda da Europa no que toca aos números da sinistralidade
rodoviária, a esperança reside essencialmente nos mais novos. Por isso, GNR e
PSP desdobram-se em acções de sensibilização. Os resultados são bons e, por
vezes, são as crianças que obrigam os adultos a cumprir as regras do código.
Para o comissário Nuno Anaia a solução é simples: “Penso que só apreendendo
viaturas e cartas de condução e tornando mais caras as segundas vias é que as
pessoas vão pensar duas vezes no que estão a fazer.” Já o capitão Paulo Silvério
acredita nos mais novos: “É um problema muito preocupante mas a próxima
geração já irá encarar a segurança rodoviária de outra forma.”
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Polícia Municipal
Candidatura em curso
Quinta das Sapateiras, local do futuro quartel da PML
Atendendo a que o concelho de
Loures apresenta, nos últimos anos, um
desenvolvimento significativo – com
especial relevo para o aumento da
densidade populacional e para o
crescimento urbano –, houve necessidade
de encontrar soluções que contribuíssem
para aumentar as condições de segurança
e fiscalização no território concelhio.
Com a criação da Polícia Municipal
de Loures (PML), cuja candidatura está
em apreciação no Ministério da
Administração Interna, pretende-se
actuar na área da fiscalização em matéria
de edificação e urbanização, parque
habitacional, comércio, saúde pública,
averiguações e intimações, circulação
rodoviária e estacionamento de
veículos, defesa da natureza, do
ambiente e dos recursos cinegéticos,
criminalidade, ruído, bem como apoiar
o trabalho já desenvolvido pelas forças
de segurança.
Por outro lado, a presença da Polícia
Municipal nas ruas do concelho terá ainda
uma acção dissuassora da criminalidade.
Conselho Municipal de Segurança
Segurança é preocupação de todos
A crescente preocupação com as
questões de segurança e de exclusão social
obriga à participação de todos os sectores
da sociedade na procura de soluções para
os problemas existentes.
O Conselho Municipal de Segurança
(CMS) é uma entidade de âmbito
municipal com funções de natureza
consultiva, de articulação, informação e
cooperação. Tem como objectivo
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contribuir para aprofundar o
conhecimento da situação de segurança
na área do Município, através da consulta
entre todas as entidades que o
constituem, formulando propostas de
solução para os problemas de
marginalidade e segurança dos cidadãos.
Promove, ainda, discussões sobre as
medidas a adoptar no combate à
criminalidade e à exclusão social.
Dados do Relatório Interpretativo
do Observatório de Segurança
A criação da Polícia Municipal é
considerada como “importante” ou “muito
importante” por 80% dos residentes no
concelho, com dezoito ou mais anos.
Capitão Paulo Silvério – GNR
As diversas forças de segurança têm
de trabalhar em conjunto e não em
concorrência, até porque as competências
são completamente diferentes. Por tudo
isso considero que será muito útil para o
concelho a criação da Polícia Municipal.
Comissário Bento Pedruco – PSP Loures
É uma medida muito positiva. Penso
que será uma polícia mais vocacionada
para os problemas do foro municipal o que
libertará alguns agentes da PSP para
actuar na área criminal.
Comissário Nuno Anaia – PSP Olivais
É bastante interessante. Acima de tudo
irá libertar a polícia para outras áreas,
enquanto a polícia municipal ficará mais
ligada ao trânsito e à venda ambulante.
Posso dizer que a Polícia Municipal libertar-me-ia cinco agentes por cada turno de
seis horas, o que é muito.
Observatório de Segurança
Primeiro relatório já está disponível
Este conselho é constituído por
dezenas de pessoas, oriundas de vários
sectores da sociedade civil, incluindo
representantes de todos os órgãos da
administração local, bombeiros,
Ministério Público, forças policiais,
assistência social, escolas, instituições de
saúde e de solidariedade social, bem como
representantes de entidades de âmbito
económico, patronal e sindical. A Câmara
fornece o apoio logístico necessário ao
funcionamento do CMS.
No âmbito das suas atribuições,
compete ao CMS dar pareceres sobre a
evolução dos níveis de criminalidade e a
capacidade operacional das forças de
segurança; acompanhar e apoiar as acções
de prevenção da toxicodependência e de
análise da incidência social do tráfico de
droga que, pela sua particular vulnerabilidade, se revelem de maior
potencialidade criminógena e mais
carenciadas de apoio à inserção. Na
reunião de 28 Maio, o CMS apreciou em
primeira mão o relatório interpretativo
do Observatório de Segurança acerca da
vitimação e segurança no concelho de
Loures, tendo aprovado a realização de
um novo estudo sobre a segurança da
juventude escolar.
O Centro de Estudos e Sondagens
de Opinião da Universidade
Católica realizou um estudo
acerca da “vitimação e segurança
no concelho de Loures”, na
sequência do protocolo assinado
entre o Município e aquela
universidade.
2000 (17,5%), quer à ocorrida em Almada
em 2001 (15%). Num contexto europeu,
estes valores são inferiores à generalidade
das áreas urbanas de outros países.
Os inquiridos consideram a sua
freguesia de residência mais segura do
que a generalidade do concelho. A nível
da freguesia de residência, as mulheres
tendem a ser mais inseguras que os
homens. A insegurança aumenta com a
idade, com a exposição à violência, com
o facto de ter sido vítima de um delito e
com a taxa de vitimação em habitações
na zona de residência.
Sentimentos de insegurança no concelho de Loures
A informação necessária à realização
deste estudo foi recolhida entre Setembro
e Outubro de 2002, através de um
inquérito à população do concelho com
idade igual ou superior a 18 anos, que
compreendeu 2260 entrevistas.
O estudo incidiu sobre três tipos de
delitos associados aos sentimentos de
insegurança dos cidadãos: contra pessoas,
viaturas e residências. Foi estimado que
18 por cento dos inquiridos sofreram
pelo menos um dos tipos de delitos
considerados, durante o ano de 2001,
mas apenas 12,5 por cento foram
vitimados no concelho de Loures.
Problema
Percentagem
dos inquiridos
que o identificaram
Droga
56
Falta de segurança
30
Desemprego
28
Pobreza
27
Saúde pública
13
Falta de civismo
13
Crime
11
Loures mais seguro que Lisboa
Degradação de costumes
4
A vitimação de 12,5 por cento em
Loures é inferior quer à de Lisboa, em
Outro
3
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Desporto
Desporto
Aeróbica e Fitness
Torneio Nacional
em Loures
Abertura oficial
Escolinha
de Futsal
O Pavilhão Feliciano Rosa Bastos, em
Loures, foi o local escolhido para a
realização, a 13 de Abril, do Torneio
Nacional de Aeróbica Desportiva e
Fitness, tendo contado com a presença de
várias dezenas de atletas.
Com apoio da Divisão de Desporto
da Câmara e coordenação do Departamento de Aeróbica da Federação
Portuguesa de Ginástica, este evento
enquadra-se na perspectiva de
alargamento e diversificação da oferta
desportiva aos munícipes do concelho,
criando condições para dar a conhecer
novas vertentes do fenómeno desportivo.
No âmbito do protocolo celebrado
entre a Câmara e o Sport Lisboa e
Benfica, realizou-se, a 12 de Abril
no Pavilhão Paz e Amizade, em
Loures, a abertura oficial da
“Escolinha de Futsal“, a primeira
do género no País.
Numa primeira fase, a “Escolinha de
Futsal” será composta por duas classes
de jovens atletas com idades entre os 6 e
os 12 anos, sendo a formação ministrada
pelos professores João Pinto e Pedro
Henriques. As inscrições e a respectiva
formação são gratuitas.
Na apresentação pública da
“Escolinha de Futsal” estiveram
presentes, pela parte da Câmara, o
presidente, Carlos Teixeira, e o vereador
Ricardo Leão; pela parte do Benfica, o
director do futsal, Luís Moreira, e o
treinador da equipa sénior, Alípio Matos,
e ainda o seleccionador nacional da
modalidade, Orlando Duarte.
Esta iniciativa vem no seguimento
do protocolo de cooperação assinado em
finais de 2002 entre a Câmara e o Sport
Lisboa e Benfica, com vista ao
desenvolvimento desta modalidade no
concelho de Loures.
Torneio de Futebol
do Concelho de Loures
Casa Pia
arrebata
troféu
O Casa Pia, ao vencer na final o
Sacavenense por duas bolas a
zero, foi o grande vencedor do II
Torneio de Futebol do Concelho
de Loures para o escalão de
iniciados, que decorreu em
Loures e no Catujal, entre 18 e 20
de Abril.
As oito equipas inscritas para esta
prova (Bobadelense, Loures, Sacavenense, Santa Iria, Águias de Camarate,
Pinheiro de Loures, Vitória de Setúbal e
Casa Pia) deram provas de um futebol
de alto nível, com especial incidência para
as formações que arrebataram os primeiros postos da tabela classificativa – Casa
Pia, Sacavenense e Loures.
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3.º Festival
Desporto Sénior
Participaram cerca de trezentos idosos
no 3.º Festival de Desporto Sénior,
realizado a 17 de Maio, no Pavilhão
Feliciano Bastos, em Loures. Um dia
cheio de actividade com marcha, golfe,
jogos tradicionais, danças de salão, ténis-de-mesa, badmington, basquetebol,
corfebol, voleibol e petanca, a animação
cultural, levada a cabo pela banda
“O menino é lindo”, o desfile dos
praticantes, cuja jovialidade física e
espiritual garantiu à exibição grande
dinâmica e criatividade, e finalmente a
demonstração das classes de Lousa,
Apelação, Sacavém, Santo António dos
Cavaleiros, Bobadela, Portela, Moscavide,
Santa Iria e Loures. Para Junho, está
agendado um convívio no Parque
Municipal do Cabeço de Montachique.
Presente no encontro, o presidente
da Câmara, Carlos Teixeira, reiterou a
aposta nesta iniciativa que, disse,
“representou um investimento
municipal com custos directos na ordem
dos 150 mil euros. Temos que saber
distinguir as nossas riquezas. A Autarquia
aposta em dois grupos diferentes: os
jovens e os idosos, porque são quem está
mais desprotegido, os que se encontram
na faixa intermédia, são capazes de criar
as suas próprias dinâmicas”.
“Quero deixar expresso o meu
respeito, simpatia e admiração pelo que
fazem, pelo que são, pelo que foram e
pelo significado que dão ao nosso
concelho”, acrescentou.
Atletismo
Colectividades
continuam a correr
Após uma emocionante fase de
apuramento, onde o Sacavenense se
superiorizou ao Loures na luta pelo
acesso à grande final por apenas três golos
de vantagem no cômputo dos jogos
disputados, as partidas decisivas
deixaram boas recordações ao público
presente no Campo José da Silva Faria
que, em pleno Domingo de Páscoa, não
deixou de marcar presença em elevado
número.
No jogo decisivo, os “gansos”
mostraram a sua superioridade ao marcar
dois golos na etapa complementar, e
levaram para Pina Manique o tão
almejado troféu, que o vereador do
desporto da Câmara de Loures, Ricardo
Leão, pessoalmente entregou.
Classificação final
1.º – Casa Pia A. C.
2.º – S. G. Sacavenense
3.º – G. S. Loures
4.º – S. C. Pinheiro de Loures
5.º – Vitória de Setúbal
6.º – Águias de Camarate
7.º – C. F. Santa Iria
8.º – A. D. Bobadelense
Mais de três centenas de atletas, em
representação de dezenas de colectividades do concelho de Loures e do
distrito de Lisboa, encontram-se a
disputar a 19.ª edição do Troféu “Corrida
das Colectividades do Concelho de
Loures”, em atletismo.
A última prova disputada, a 14.ª
Corrida dos Jogos do Tejo, decorreu no
magnífico cenário da zona ribeirinha do
Tejo, na zona de Via Rara, freguesia de
Santa Iria de Azóia, e contou com cerca
de duas centenas de atletas, em
representação de 18 equipas.
39
Instantâneos
Instantâneos
Até ao final do ano, mais de dois mil alunos de todos os
níveis do ensino básico e ainda do secundário vão ser alvo de
uma campanha de sensibilização no âmbito da educação sexual.
Este projecto, organizado pelo Gabinete de Saúde da Câmara,
tem por objectivos a prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis, a diminuição dos casos de gravidez precoce, a
explicação dos diversos métodos contraceptivos e ainda
proporcionar aos alunos novos conhecimentos quanto a temas
que a sociedade denomina como “tabus”, nomeadamente a
menstruação, o primeiro acto sexual e a homossexualidade,
entre outros, de forma a desmistificar algumas ideias erradas
que têm passado de geração em geração.
As manhãs de sábado e domingo de Maio, Mês do Coração,
foram dedicadas à saúde. Numa iniciativa que contou com a
participacão de gente de todas as idades, o Gabinete de Saúde
convidou os munícipes a fazerem desporto, monitorizados
por um professor de educação física, em três parques do
concelho – Parque da Cidade de Loures, Jardim Autárquico da
Portela e Parque Urbano de Santa Iria de Azóia.
Depois de realizados os exercícios físicos, foi medida a
tensão arterial a todos os participantes, de forma a diagnosticar
e prevenir problemas de saúde, ou não fosse esta uma iniciativa
que se insere no projecto municipal de prevenção de doenças
cardiovasculares.
O bairro Mato do Antão conquistou o direito de ter
iluminação pública nos seus arruamentos. O momento foi
assinalado com uma cerimónia, na qual estiveram presentes os
residentes bem como Carlos Teixeira, presidente da Câmara, e
parte da equipa técnica que acompanha a recuperação do bairro.
Chegando a ser classificado como área urbana de génese ilegal
irrecuperável, Mato do Antão dispõe de quarenta e seis
habitações, onde residem cento e trinta e cinco pessoas, que
estão a congregar esforços no sentido de inverter esta classificação.
A Câmara está a avaliar a possibilidade de alteração do
enquadramento jurídico do bairro e de integrar a sua recuperação
no âmbito da revisão do Plano Director Municipal.
Realizou-se, no passado dia 29 de Março, no Parque Urbano
de Santa Iria de Azóia, mais um encontro integrado no ciclo
de debates denominado “Conversas com Ambiente: ouvir
para intervir”. Fernando Catarino, professor catedrático da
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, conduziu a
reflexão em torno da questão “Que verde temos no espaço
urbano?”
Confirmou que a fronteira entre o espaço urbano e o rural
vai-se esbatendo cada vez mais mas que, no contexto
metropolitano em que Loures se encontra, a mancha verde
ainda é significativa, as zonas rurais ainda persistem, não se
tratando apenas de “microjardins”.
Educação Sexual
Saúde
AUGI
Conversas com Ambiente
Aprender
para prevenir
Coração Campeão
anima idosos de Loures
Iluminação pública
chega a Mato do Antão
O rural e o urbano:
onde fica a fronteira
Jornada de Saúde Comunitária
Ano Europeu das Pessoas com Deficiência
Ambiente
Projecto de Intervenção Comunitária da Apelação
O ambiente e a saúde
pública em discussão
A Casa da Cultura de Sacavém acolheu, a 7 de Abril, a 1.ª
Jornada de Saúde Comunitária, inserida na comemoração do
Dia Mundial da Saúde. Organizada pela Associação de
Promotores de Saúde, Ambiente e Desenvolvimento Sociocultural, com o apoio do Gabinete de Saúde da Câmara, a jornada
visou a discussão de questões ligadas ao ambiente e suas
repercussões na saúde pública, à defesa dos direitos da criança, à
violência doméstica e criminalidade, entre outras. Na sessão de
encerramento, que contou com Jorge Baptista, adjunto do
presidente da Câmara, ficou expresso o empenho do Município
em combater estes e outros males que ainda afligem muitos
cidadãos.
40
Autocarro europeu
passou por Loures
Projectos
florestais
O Ano Europeu das Pessoas com Deficiência ficou marcado
pela deslocação de um autocarro por vários países da Europa
comunitária, incluindo a cidade de Loures, onde esteve a 8 de
Abril. A iniciativa, promovida pelo Fórum Europeu das Pessoas
com Deficiência, contou com a colaboração da Confederação
Nacional de Organismos de Deficientes (CNOD) e do Gabinete
de Saúde da Câmara, e permitiu a divulgação do trabalho das
instituições que lidam com deficientes, pautando--se por uma
mostra de alguns materiais promocionais, como vídeos e
folhetos informativos, e por uma campanha de sensibilização
dirigida a crianças, com o objectivo de cimentar a importância
da defesa dos direitos dos deficientes.
O Departamento do Ambiente organizou, a 14 de Maio,
uma visita aos projectos florestais da Quinta de Baixo e do
Vale, situados em Bucelas, que contou com a presença do
vereador Rui Pinheiro. A área do projecto da Quinta de Baixo é
de 6,21 ha, integralmente arborizados com pinheiro manso,
carvalho cerquinho e cipreste-do-buçaco, e a do Vale é de 3,52 ha,
dos quais 2,09 ha arborizados com pinheiro manso, cipreste-do-buçaco e folhosas diversas. Os projectos foram financiados
pelo IFADAP, em 70 por cento a fundo perdido, ao abrigo do
programa RURIS – Florestação da Terras Agrícolas para a Quinta
de Baixo, e de 80 por cento pelo programa Agro –
Desenvolvimento Sustentável das Florestas para o Vale.
Formação
de voluntários
Formar voluntários que dêem acompanhamento e apoio
social aos idosos com mais de 65 anos de idade, autónomos e
em situação de isolamento, residentes na freguesia da Apelação,
foi o objectivo da acção de formação realizada pelo Gabinete de
Assuntos Religiosos e Sociais Específicos da Câmara, em
colaboração com o Projecto Apelarte, Centro de Saúde de
Sacavém, Casa de Santa Tecla e a instituição privada de
solidariedade social Ajuda de Mãe.
Esta acção de formação, realizada aos sábados entre Outubro
de 2002 e Abril de 2003, no Centro Comunitário da Apelação,
permitiu a formação de sete jovens, que a concluíram com
aproveitamento.
41
Instantâneos
Instantâneos
A Gigajoga é uma iniciativa da Divisão de Desporto da
Câmara, dirigida aos alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico,
que conta com modalidades como futebol de rua, gincana de
destreza motora, escalada, orientação, caminhada e jogos de
equipa.
O arranque desta iniciativa decorreu a 25 de Março, no campo
de futebol do Sacavenense, com o futebol de rua. Cerca de 180
crianças de 11 escolas mostraram algumas habilidades dignas
de futuros craques.
Nos dias 4 e 18 de Junho, a Gigajoga continua no Parque
Municipal do Cabeço de Montachique com actividades ao ar
livre.
Uma das maiores manifestações desportivas do concelho
de Loures, o Inter-Escolas, teve o seu epílogo no final do mês
de Maio. Depois das provas de selecção que decorreram nas
escolas públicas dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e ainda no
Secundário, os melhores executantes deram provas das aptidões
físicas nas modalidades de futsal, basquetebol, voleibol,
andebol, ténis-de-mesa, orientação, ginástica, atletismo e xadrez.
A grande adesão de crianças e jovens a esta iniciativa, mais
de cinco mil só na fase final, demonstra bem a importância do
Inter-Escolas no contexto do desenvolvimento do desporto
escolar, para além de ser uma das formas de descobrir novos
talentos para o desporto nacional.
O Museu Municipal da Quinta do Conventinho, em Santo
António dos Cavaleiros, e o Museu da Cerâmica de Sacavém,
celebraram, a 18 de Maio, o Dia Internacional dos Museus.
As famílias fizeram a festa formando equipas que
participaram num divertidíssimo jogo.
Primeiro o aquecimento, depois de olhos vendados partese à aventura, num tanque com “cobras e crocodilos”, no final,
a grande guerra... dos balões.
A iniciativa contou com a participação de várias dezenas de
pessoas de todas as idades que, aproveitando a quente tarde de
Primavera, entraram na brincadeira e visitaram os Museus.
A Área de Extensão Cultural dos Museus de Loures
organizou, uma vez mais, a comemoração do Dia Mundial da
Terra. Inicialmente marcado para dia 22 de Abril no espaço
verde do Museu do Conventinho, o evento foi adiado para dia
29, em virtude do mau tempo.
Esta iniciativa, subordinada ao tema “Os Gigantes de Vento”
e destinada às crianças das escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico,
jardins-de-infância, instituições privadas de solidariedade social e
externatos, teve como principal objectivo a feitura de moinhos
de papel, tal como aqueles que outrora se vendiam em feiras e
arraiais. Brinquedos simples que fazem a felicidade das crianças.
Desporto
Gigajoga
para o 1.º Ciclo
Inter-Escolas
Mais de cinco mil
a praticar desporto
Dia Internacional dos Museus
Dia Mundial da Terra
“Magic the Gathering”
Natação
Dia Mundial do Livro
Conventinho
Museus de Loures
recebem famílias
Campeonato Nacional
em Loures
Adaptação
ao Meio Aquático
Ler e aprender
na biblioteca
O Campeonato Nacional de Magic The Gathering 2003
realizou-se, a 3 e 4 de Maio, no Pavilhão Paz e Amizade, com o
apoio da Câmara e da Junta de Freguesia de Loures, e contou
com a participação de 96 jogadores de todo o país. A nova
equipa nacional, composta por Tiago Chan (campeão nacional),
Rodrigo Caseiro (2.º lugar) e Pedro Bailadeira (3.º lugar), vai ter
a oportunidade de defender as cores nacionais no campeonato
do mundo de Magic, que se realiza na Alemanha. O Magic The
Gathering é um jogo de estratégia e fantasia, sob a forma de
cartas ilustradas coleccionáveis, fácil de aprender e com jogadores
de todas as idades e nacionalidades.
As piscinas de Loures acolheram no passado dia 12 de Abril
mais um festival do Projecto de Adaptação do Meio Aquático
(AMA). Esta iniciativa tem como principais objectivos a
promoção da expressão físico-motora, a criação de hábitos
desportivos, a melhoria da integração dos alunos na escola e o
respectivo sucesso escolar.
O Projecto AMA iniciou-se em 1993, e daí para cá tem sido
um êxito junto da comunidade educativa. Destinado aos alunos
do primeiro ciclo do Ensino Básico, representa um valioso
contributo para o desenvolvimento físico e psicológico dos
mais pequenos.
A Biblioteca Municipal José Saramago recebeu as
comemorações do Dia Mundial do Livro, celebradas a 23 de
Abril. O vereador António Pereira, responsável pelo pelouro,
acompanhou o programa, que constava de uma inovadora
exposição intitulada Os Meus Monstros, apoiada pelo Instituto
Português do Livro e das Bibliotecas. As crianças foram os reis
da festa já que, depois de participarem activamente na exposição,
tiveram a oportunidade de escutar contos infantis e ainda de
percorrer todo o espaço deste equipamento cultural através do
chamado Jogo da Descoberta da Biblioteca, o qual pretendia conferir
um carácter lúdico à exploração de um equipamento
tradicionalmente marcado pela solenidade e imponência.
42
Os Gigantes
de Vento
Formação profissional
de museologia
O Museu Municipal de Loures – Quinta do Conventinho
organizou, no passado 10 de Maio, um debate sobre formação
profissional na área do património e dos museus, onde
estiveram Ana Mascarenhas e Fernando Antunes, da Escola
Profissional do Freixo (Marco de Canavezes) e do Instituto
Politécnico de Tomar, respectivamente.
Esta acção visou potenciar a definição de estratégias para o
crescimento e desenvolvimento da área da museologia e do
património, designadamente a nível da estruturação de quadros
de pessoal, organização interna, formação profissional,
promoção e divulgação do trabalho efectuado e captação de
investimentos, entre outras matérias.
43
Instantâneos
Instantâneos
As casas da Cultura de Sacavém e da Apelação receberam,
entre 5 e 12 de Abril, o Open de Capoeira, organizado pelo
Gabinete de Assuntos Religiosos e Sociais Específicos da
Câmara, em parceria com a Associação Portuguesa de Capoeira
e apoio da Junta de Freguesia da Apelação, que visou o
intercâmbio entre várias escolas da modalidade. Originária do
Brasil, a capoeira não se limita a ser uma arte, uma dança ou
uma actividade desportiva, é, sobretudo, um meio de promover
a integração social, contribuindo para a assunção de valores e de
condutas responsáveis. Em Portugal, existem mais de vinte
mil praticantes e o projecto Apelarte conta já com cerca de 60
jovens da Apelação.
GARSE
No passado dia 22 de Maio, foi apresentado publicamente
o Roteiro Turístico de Loures, para que todos conheçam
melhor o património, museus, itinerários, gastronomia,
festas, artesanato e o tão característico enoturismo da região
de Bucelas.
A cerimónia, que decorreu nas instalações do Gabinete de
Turismo, contou com a presença do presidente, Carlos Teixeira,
e dos vereadores Borges Neves (Turismo) e Ricardo Leão
(Educação), que deixaram patente a vontade do Município em
apostar mais nesta área, designadamente no apoio à construção
de novas unidades hoteleiras e no reforço da cooperação com
os investidores que também o pretendam fazer.
Os Bombeiros Voluntários de Moscavide completaram, a
23 de Março, 76 anos de existência. Do programa da cerimónia
comemorativa do aniversário constou o hastear das bandeiras,
logo pela manhã, seguido de uma cerimónia religiosa e da
recepção às entidades convidadas.
Da parte da tarde destaca-se a formatura geral, com entrega
de medalhas da Liga dos Bombeiros, e de capacetes e machados
aos novos bombeiros, através da prestação de juramento e
exercícios de demonstração.
No final realizou-se um beberete de confraternização.
A Junta de Freguesia de Sacavém organizou, com apoio da
Câmara, os II Jogos Florais da cidade, que tiveram o seu
momento alto a 11 de Abril no auditório do Museu da Cerâmica,
através da entrega de prémios aos vencedores e da leitura dos
trabalhos distinguidos nas modalidades de poesia livre, quadra
popular e conto.
Para além de representar um desafio à criatividade, revelando
poetas escondidos, esta iniciativa serviu também para a
apresentação do livro de poemas “Como o Voo da Garça”, de
Joaquim Marques.
Open
de Capoeira
Roteiro Turístico
apresentado
Turismo
Bombeiros Voluntários de Moscavide
II Jogos Florais da cidade de Sacavém
Concerto-Conferência
“Lisboa
em Camisa”
BTT
Os caminhos
da noite
Santa Casa da Misericórdia
Câmara cede
espaço
Idosos
Loures
cidade amiga
O antigo cinema dos Bombeiros de Loures foi palco, no dia
21 de Abril, de um concerto-conferência pelo maestro António
Vitorino d’Almeida, intitulado “Lisboa em Camisa”.
Organizado pela Escola Secundária de São João da Talha com
apoio da Autarquia, o evento dividiu-se em dois momentos.
O primeiro, o concerto, foi composto por temas interpretados
por um conjunto de música de câmara de alunos da Escola de
Música do Conservatório Nacional, dirigido pelo maestro
António Costa. O segundo, consistiu numa conferência sobre
a criação musical, dada pelo maestro António Vitorino
d’Almeida.
Mais de duas dezenas de ciclistas participaram no passeio
nocturno de BTT, prova organizada pela Divisão de Desporto
da autarquia.
Os jovens aventureiros concentraram-se no Sobral de Monte
Agraço e pedalaram até ao Parque Municipal do Cabeço de
Montachique, num percurso que ligou diversos fortes que fazem
parte das famosas Linhas de Torres.
Esta foi mais uma demonstração de vigor atlético, desta vez
marcado pelas características nocturnas do evento onde, uma
vez mais, o convívio e a confraternização foram as notas
dominantes.
Foi inaugurada, a 25 de Maio, a sede da Santa Casa da
Misericórdia de Loures, situada na Rua de Angola, n.º 7, em
Loures. O espaço, cedido pelo Município em regime de
comodato, pretende ser um pólo dinamizador das actividades
da instituição. Francisco Pereira, provedor da Santa Casa de
Loures, destacou a importância do momento: “Embora já
existamos há seis anos, só agora temos condições para fazermos
um trabalho condigno no apoio aos mais desfavorecidos que é
a nossa principal missão.” Já Carlos Teixeira deu especial ênfase
à política municipal de apoio a estas instituições: “Com este
espírito de solidariedade, esperamos que esta instituição secular
continue a dar respostas no combate à pobreza no concelho.”
Os utentes do Centro de Dia de Loures organizaram, a 23
de Abril, um espectáculo de teatro e música que encheu o antigo
cinema dos Bombeiros de Loures. A história de Loures foi
tema da peça que abordou algumas das alterações ocorridas ao
longo dos tempos. Divertido e bem representado, o espectáculo
Loures, cidade amiga, da autoria de Carla Franco em colaboração
com vários utentes, mostrou como é possível ocupar os tempos
livres dos idosos com actividades que ajudam a manter activos
o corpo e o espírito. A Autarquia garantiu apoio logístico, no
âmbito dos projectos seniores, desenvolvidos junto das
instituições do concelho que trabalham com idosos. Depois
do êxito, ficamos à espera do próximo trabalho.
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76 anos
ao serviço do próximo
De poeta
e louco...
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Exposições
Agenda
Castelo de Pirescoxe
Gravura, serigrafia, calcografia e xilogravura
“Um dia vou ser como tu”
dos alunos do 12.º ano do curso de artes visuais e do curso tecnológico
de artes e ofícios da Escola Secundária José Afonso – Loures
23 de Maio a 20 de Junho
Projecto escolar de um grupo de alunos que pretendem demonstrar
os seus conhecimentos técnicos, estéticos e artísticos, adquiridos
no contexto do ensino da arte nesta escola.
Artes Plásticas
Quadrante (Associação de artistas plásticos de Loures e Odivelas)
27 de Junho a 18 de Julho
O regresso da Quadrante ao concelho com mais uma exposição
que mostra bem a qualidade dos artistas plásticos da nossa terra.
Galeria Municipal de Loures
Pintura
“Ontem eles amanhã nós”
Alunos do 10.º ano da Escola Secundária José Afonso de Loures
16 de Maio a 27 de Junho
À semelhança do trabalho exposto em Pirescoxe, também em Loures
alunos da Escola José Afonso mostram os seus trabalhos, embora aqui
a pintura seja a tónica dominante.
Porcelana e Cortinas em corda
Luísa Rodrigues e Alda Rodrigues
2 a 14 de Julho
A porcelana, uma das mais seculares formas de arte em todo o mundo,
e a curiosa construção de cortinas usando as cordas como material
são as marcas desta exposição organizada pelo Gabinete de Turismo da Câmara.
Azulejaria, cerâmica e vitral
João Espiga, Manuela Espiga e Maria do Carmo Azevedo
17 a 30 de Julho
Também organizada pelo Gabinete de Turismo, esta exposição mostra
trabalhos únicos utilizando como base materiais ancestrais.
Museu da Cerâmica de Sacavém
Fotografia
“A Fábrica e Sacavém pelos olhos de Eduardo Gageiro”
Até 21 de Março de 2004
A cidade de Sacavém e sua fábrica de loiça são retratadas
com mestria por um dos mais destacados fotógrafos portugueses.
Museu da Quinta do Conventinho
“Fortes, Fortins e Redutos”
Até 15 de Outubro
Um retrato sobre os reflexos das Invasões Francesas na história
do concelho de Loures, especialmente no que concerne à defesa
da cidade de Lisboa. Um convite a conhecer as “Linhas de Torres”
e episódios da história militar, cultural e social a elas associadas.
“Notas sobre o comércio de antigamente”
Até 15 de Outubro
Esta exposição, que abrange um período cronológico compreendido
entre 1930 e 1960, relembra algumas das formas como circulavam
e se consumiam os bens, num tempo tão próximo e já tão distante do nosso.
Biblioteca Municipal José Saramago
“100 imagens, 100 legendas – O Século XX Português”
26 de Julho a 6 de Agosto
Exposição baseada na série produzida pela SIC (Século XX Português)
organizada em colaboração com o Centro Português de Fotografia.
Grupo Musical e Recreativo da Bemposta
“Pesos e Medidas”
Até 3 de Agosto
A tradição de bem-pesar mercadorias, quando tudo era vendido avulso...
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Festas do Concelho
Desporto e Juventude
23 a 27 de Julho
Invest Loures – Mostra do Concelho de Loures
Pavilhão Paz e Amizade – Loures
(Inauguração oficial dia 23 de Julho às 18 horas)
10 de Junho
Inauguração do Complexo Desportivo da Bobadela
Bairro da Petrogal
26 de Julho
Aniversário do Concelho – Cerimónias Oficiais
Pavilhão Feliciano Bastos (Loures)
Quinta do Conventinho (Santo António dos Cavaleiros)
Festival de Verão
14 e 15 de Junho
1.º Festival de Verão – Rádio Cidade
Parque da Cidade – Loures
14 de Junho – 20h00
Boss Ac, UHF, Ez Special,
Paulo Gonzo e Pólo Norte
15 Junho – 10h00
Exposição de Tuning e Car Áudio
Parede Escalada, Tiro com Arco, BTT e Paint Ball
20h00
Santos & Pecadores, Adiafa, Cabeças no Ar,
Delfins e Pedro Abrunhosa
Cultura
14 e 15, 21 e 22, 28 e 29 de Junho
Fase final do Torneio de Futebol 7 da CM Loures
Parque Desportivo da Bobadela
28 e 29 de Junho
Parque Aventura
Parque Urbano de Santa Iria de Azóia
4 a 6 de Julho
Penta Jovem
Pavilhão Paz e Amizade (dia 4 – 18h)
Pavilhão Feliciano Bastos (dia 5 – 9.30 e 17h)
Piscina de Loures (dia 5 – 12.30h)
Paços do Concelho (dia 6 – 19h)
20 a 26 de Julho
XII Gymnaestrada Mundial – Lisboa 2003
Parque das Nações – Lisboa
Corrida das Colectividades
22 de Junho – 9 horas
1.ª Corrida dos Caminhos do Freixial
Freixial (Bucelas)
14 de Junho – 15 horas
Torneio de Jogos de Guerra da Época Napoleónica
(iniciativa no âmbito da exposição Fortes, Fortins e Redutos)
Museu Municipal da Quinta do Conventinho
29 de Junho – 9 horas
5.ª Milha Urbana “Fonte das Almoinhas”
Mealhada (Loures)
Escola em Palco
6 de Julho – 9 horas
Corrida de Aniversários
Apelação
26 de Junho
“Lisboa, ontem como hoje”
Clube de Teatro da Escola EB 2,3 Gaspar Correia
Local: Centro Social e Cultural da Portela
Ambiente
1 a 8 de Junho
Semana do Ambiente e da Bicicleta
Parque Urbano de Santa Iria de Azóia
Errare humanum est
A última edição da Loures Municipal informa, por lapso, na
página 13, que o corso carnavalesco de Loures contou com a
participação de dez colectividades e associações quando a
formulação correcta deveria ser de treze grupos. Na mesma
peça, surge ainda uma referência a um dos participantes do
grupo de amigos Renascer da Tradição, cujo nome é Franquelino
e não Francelino. Gratos à munícipe Dulce Silva pela atenção
dispensada à leitura da revista, permitindo rectificar estes lapsos,
pelos quais apresentamos as nossas desculpas.
20 de Julho – 9 horas
10 km de Loures
Pavilhão Paz e Amizade (Loures)
Turismo
20 a 29 de Junho
Festival do Caracol Saloio
Parque da Cidade – Loures
15 de Junho – 10 horas
Visite o Nosso Concelho
Passeio entre o Antigo e o Moderno (Loures, Fanhões, Bucelas)
22 de Junho – 9 horas
Dia Mundial do Carocha
Passeio Ribeirinho – Sacavém
13 de Julho – 9h30m
Na Rota do Património
(Loures, Sete Casas, Santo Antão do Tojal, Fanhões,
Santa Iria de Azóia, Sacavém)
Inscrições: Gabinete de Turismo
Rua da República, 70 – Loures (Tel: 21 983 93/04)
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Forças de Segurança