Entrevista FÁBIO MEIRELLES quer política para que a agropecuária possa enfrentar e superar desafios Presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fábio de Salles Meirelles, defende, nesta entrevista, a criação pelo Governo de uma política agrícola definida para toda a cadeia produtiva, adequada às características da atividade rural e planejada para médio e longo prazo. “Essa é a única forma da agropecuária brasileira aumentar a produção, tanto em volume como em qualidade, cumprindo seu compromisso com o abastecimento e a segurança alimentar, além de continuar contribuindo com a geração de emprego e renda para o país”, diz Meirelles, que preside também a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. Atuando há mais de 50 anos na representação da classe rural, Meirelles, que é produtor de café e cana e criador de bovinos e eqüinos, focaliza, ainda, outros assuntos, com destaque para o relativo à crise de rentabilidade que afeta os produtores. Por: Adeildo Lopes Cavalcante RBR – Pode adiantar qual é, em linhas gerais, o seu programa de trabalho à frente da CNA? FÁBIO MEIRELLES - Diante da complexidade dos desafios a serem enfrentados pelos diversos segmentos que compõem a atividade agropecuária brasileira, a CNA propõe ao Executivo uma política agrícola consistente de médio e longo prazo. Por esse motivo trabalha com prioridades que possam ser alcançadas respeitando os ciclos de expansão e desenvolvimento inerentes à própria atividade. Trabalhamos, nesse momento, com metas definidas para o período mínimo de quatro anos, entre 2007 e 2010. Entre essas prioridades, podemos citar a redução das diferenças regionais, minimizando os desequilíbrios entre as diversas regiões produtivas do País. Para atingir esta meta é de fundamental importância a união dos diversos níveis do sistema de representação sindical do setor rural, os sindicatos rurais nos municípios e as federações da agricultura nos Estados. Fortalecidas, essas entidades poderão atuar em conjunto com associações, cooperativas e outras representações no efetivo acompanhamento do crescimento da agricultura energética no Brasil. Um controle mais rigoroso da sanidade animal e vegetal está entre as prioridades, principalmente, por ser um fator determinante para a competitividade do produto brasileiro e para o acesso a mercados. Hoje, as exigências nas áreas de segurança alimentar têm se tornado barreiras não-tarifárias à penetração dos produtos do agronegócio do Brasil em mercados importantes, como Estados Unidos e Japão. Não podemos esquecer de questões ainda pendentes de solução definitiva, como o endividamento rural e a necessidade de um seguro rural eficiente, que atenda efetivamente o produtor. A CNA está elaborando um estudo para mapear a real capacidade de pagamento dos produtores. Dessa forma, esperamos negociar um reescalonamento das dívidas, que possa ser honrado 4 Business Rural pelos produtores. Outro gargalo que contribui decisivamente para a redução da rentabilidade do negócio rural é a ineficiência da infra-estrutura e da logística de escoamento da produção agropecuária. Quanto mais precárias forem as estradas, quanto menos viáveis forem as ferrovias e hidrovias, quanto mais inoperantes forem os portos, maiores serão os custos da atividade e menor será a competitividade do produto brasileiro. RBR – Quais os principais problemas que os produtores enfrentam atualmente? FÁBIO MEIRELLES - O setor vem atravessando uma crise de rentabilidade nos últimos anos. Mesmo com boa safra e produtividade, somadas à normalidade climática Um controle mais “ rigoroso da sanidade animal e vegetal está entre as prioridades ” em praticamente todo o País, o produtor não conseguiu ter boa rentabilidade. Este é o gargalo do processo produtivo. Se não houver o fortalecimento da cadeia produtiva do agronegócio, o produtor rural não poderá manter a produção e muito menos aumentar a produtividade, dificultando a sua permanência no campo. Na verdade, vários processos impediram que a lucratividade ficasse com o produtor. Fornecedores de insumos, indústrias de equipamentos, máquinas, implementos e defensivos se anteciparam à eventual melhoria de faturamento na atividade agropecuária e ampliaram os seus preços para ter mais lucratividade. É importante ressaltar, no entanto, que faturamento é diferente de lucro. Houve uma transferência real de recursos do produtor para as indústrias de insumos, o que ajudou a corroer um pedaço da lucratividade da atividade rural. Se o setor não investisse em tecnologia para aumentar sua produtividade, estaria em situação ainda mais complicada. O câmbio também tem impacto na produção rural. Isso ocorre de duas formas: nos insumos e nos preços do produto vendido. No caso dos insumos, com a apreciação do real, os preços dos fertilizantes e defensivos deveriam sofrer uma redução, o que não vem acontecendo. Embora o câmbio não contribua para diminuir o custo de produção, tem prejudicado no preço de venda dos produtos brasileiros, classificados, em sua maioria, como commodities, cotadas em dólar, como soja, café, milho, algodão e carne. O impacto cambial tem, de certa forma, anulado o efeito positivo da valorização dos preços internacionais das commodities, que estão acima da média histórica. Esse aumento dos preços está ligado ao aumento da demanda da China e da Índia por commodities, além da nova procura por produtos agrícolas para uso na bioenergia. O outro percalço enfrentado pelo produtor é a questão da infra-estrutura. Quanto mais deficientes e precários forem o transpor te e a logística, menos o produtor recebe. O custo do escoamento da produção fica mais alto, diminui a qualidade do produto e somam-se as perdas que ficam pelo caminho. A infra-estrutura afeta tanto na entrega de insumos ao produtor, quanto no transpor te dos produtos das fazendas aos centros consumidores ou por tos para expor tação. Não se trata de transferência de renda, como acontece com os insumos. Neste caso, ninguém ganha. Para que haja uma melhoria nesta área, o Governo deve aplicar recursos ou criar regras claras e seguras para que o setor privado invista e tenha lucro suficiente para amor tizar esse investimento. Outro ponto impor tante é o oligopólio da indústria de insumos que existe no Brasil. O Governo deveria deliberar para permitir a impor tação de insumos pelo produtor. Na Argentina, os preços de defensivos agrícolas são cerca de 40% menores que no Brasil, o que tira a competitividade do setor frente a outros países. Na China, os mesmos insumos são vendidos por um quinto do preço praticado no Brasil. dígitos por ano. Outro fator importante é a redução da oferta de soja e algodão por parte dos Estados Unidos, em função da ampliação das áreas de milho para atender à nova demanda por etanol. Estes aspectos continuarão impactando positivamente os preços no ano que vem. O grande problema é até quando e até quanto o câmbio no Brasil continuará apreciado, corroendo parte do aumento dos preços internacionais dos produtos brasileiros. RBR – Quais as principais reivindicações da CNA junto ao Governo? O setor agropecuário não pode depender da flutuação dos preços das commodities e da conjuntura econômica do País. É preciso trabalhar por uma nova dimensão de agricultura sustentável. As perspectivas para a safra 2007/08 são positivas, desde que possamos sensibilizar os responsáveis pela política econômica quanto às necessárias prorrogações das dívidas dos produtores, lembrando que, entre outros fatores, a política cambial, com a valorização do Real, tem promovido os desequilíbrios entre o custo de produção e a renda do setor produtivo. FÁBIO MEIRELLES – Como citei anteriormente, talvez o ponto mais importante seja a necessidade do Governo criar uma política agrícola definida para toda a cadeia produtiva, adequada às características da atividade rural e planejada para médio e longo prazo. Essa é a única forma da agropecuária brasileira aumentar a produção, tanto em volume como em qualidade, cumprindo seu compromisso com o abastecimento e a segurança alimentar, além de continuar contribuindo com a geração de emprego e renda para o País. Dessa forma, o produtor poderá ter mais segurança, condições de produzir e manter-se no campo. É preciso trabalhar por uma nova dimensão de agricultura sustentável – baseada na produção de bioenergia, grãos e crédito de carbono. A sustentabilidade da economia brasileira se baseia na geração de empregos e novas atividades econômicas, no fortalecimento das técnicas no setor produtivo rural, na abertura constante do mercado externo e na paz no campo, para que perdurem e aumentem os investimentos na produção. Segundo uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil deve torna-se, até 2015, o maior produtor agrícola do mundo. O Fapri (Instituto de Pesquisa de Políticas Alimentares e Agrícolas) prevê que as importações mundiais de grãos devem crescer em mais 36 milhões de toneladas até 2015 e as carnes mais de quatro milhões de toneladas. O Brasil certamente exercerá um papel importante no suprimento desse crescimento da demanda mundial por alimentos. RBR – As exportações do agronegócio vão bem. O mesmo ocorre, no mercado interno, com os setores ligados a essas exportações? RBR – O agronegócio sofreu nos últimos anos uma crise muito séria devido à queda da produção. Essa situação perdura? RBR – Como analisa o acordo sobre etanol assinado entre o Brasil e os Estados Unidos por ocasião da visita do presidente daquele país ao nosso país? FÁBIO MEIRELLES - Tudo indica que os preços internacionais para o próximo ano continuarão firmes. O mercado comprador se manterá impulsionado pelas importações de soja em grão e de algodão pela China, cuja economia deve permanecer crescendo dois FÁBIO MEIRELLES – É verdade que as exportações vêm crescendo bem desde alguns anos atrás, mas a agricultura brasileira passou uma profunda crise de renda nos últimos dois anos e só em 2007 começou a se recuperar. É preciso notar que as exportações têm um efeito indireto no setor, e mais indireto ainda para os produtores. Para os agricultores, o que define a rentabilidade de suas atividades são os preços dos insumos contra O setor vem “ atravessando uma crise de rentabilidade nos últimos anos ” os preços do que produzem. O que nós observamos que nesses dois anos os custos chegaram a níveis muito altos e o produtor não conseguia nem pagar as suas contas com o que recebia pela sua produção. Estamos vendo uma melhora nos preços agrícolas e isso tem ajudado o produtor rural. Mas é preciso lembrar que os custos ainda estão em patamares elevados, de modo que essa melhora é boa para os agricultores, mas não o suficiente para pagar todas as contas adquiridas durante a crise. Esse prejuízo acumulado é traduzido também no pesado endividamento que o setor tenta negociar hoje. FÁBIO MEIRELLES – Quanto mais rápido o mercado de biocombustíveis se consolidar, melhor para o Brasil. Somos líderes em termos de competitividade e custo na produção de etanol, também seremos na produção de biodiesel, portanto, teremos condições de ter uma participação considerável no mercado de biocombustíveis. O Brasil tem vocação para isso e está muito avançado em termos tecnológicos. A iniciativa do Governo de buscar, junto com os EUA, a organização do mercado de etanol é sem dúvida importante e estratégica para o futuro de nossas exportações. Mas para não podemos “perder o bonde”, precisamos buscar a abertura de novos mercados, maiores investimentos em P&D (pesquisa e desenvolvimento) e infra-estrutura logística, sempre com parceiros com objetivos econômicos, e não políticos e ideológicos. Apesar de as matérias-primas utilizadas pelo Brasil e pelos Estados Unidos serem diferentes, os norte-americanos estão avançados nas pesquisas sobre utilização de celulose para produção de álcool. A incorporação dessa tecnologia é importante par ao Brasil por causa da utilização do bagaço de cana, que pode representar um aumento de até 30% na produção de álcool por hectare de cana. RBR - Vários técnicos e autoridades, no Brasil e no exterior, dizem que, por causa do etanol, importantes regiões agrícolas do Brasil vão se transformar em verdadeiros “tapetes-verde” devido ao avanço do cultivo da cana, causando sérios problemas, como desmatamento, êxodo rural e exploração de mão-de-obra escrava. Como analista esse quadro? FÁBIO MEIRELLES - A CNA e os produtores rurais são os maiores defensores da natureza e do equilíbrio ambiental, pois, sem isto, não há produção agropecuária sustentável. A fazenda, antes de qualquer coisa, é a casa do produtor e de quem lá trabalha. Todavia, temos que ver as questões ambientais também pelo lado prático e técnico. Temos assistido muitos excessos e uma tentativa de responsabilizar os produtores rurais pelos problemas ambientais, mas esta rotulagem é descabida. No caso da cana-de-açúcar, a expansão dessa cultura tem se dado em áreas de pastagem. Para produzir 21 bilhões de litro de álcool o Brasil ocupa uma área de 3,5 milhões hectares, uma extensão menor que os 220 milhões de hectares de pastagens disponíveis para o uso. Ou seja, temos área para plantar cana sem derrubar uma árvore sequer. Sobre as acusações de exploração do trabalhador e êxodo rural, é importante ressaltar que o setor de cana empresa mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. No meio rural, é a atividade que mais emprega e também a que paga os melhores salários. As cidades do interior do País que possuem maior Índice de Desenvolvimento Humano correspondem às regiões onde o cultivo da cana é predominante. A cultura de cana-de-açúcar trouxe grande evolução para diversos municípios, como no interior de São Paulo, Sertãozinho, Ribeirão Preto, Piracicaba. Casos isolados não podem ser generalizados para um setor que tem o maior índice de formalização do trabalho, atingindo quase 100%, e é monitorado por uma fiscalização rigorosa. Além disso, com o aquecimento do mercado mundial de biocombustíveis, os produtores brasileiros têm uma preocupação sócioambiental, pois querem exportar. Business Rural 5 Mensagem ao Leitor C A R TA S Rio Genética O grande destaque desta edição é a entrevista do presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fábio de Salles Meirelles, na qual ele defende a criação pelo Governo Federal de uma política agrícola definida para toda a cadeia produtiva, adequada às características da atividade rural e planejada para médio e longo prazo. Atuando há mais de 50 anos na representação da classe rural, Meirelles é produtor de café e cana e também criador de bovinos e eqüinos. Além da entrevista do presidente da CNA, focalizamos os novos rumos do agronegócio e os resultados das exposições nacionais eqüinas (Mangalarga Marchador, Mangalarga Paulista, Pampa, Campolina etc.). Não deixe de ler também os artigos dos nossos colaboradores e as seções sobre raças eqüinas e bovinas e o mercado agropecuário. Por fim, registramos aqui a homenagem prestada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) ao nosso repórter/redator Adeildo Lopes Cavalcante e à Revista Business Rural “pelo exemplar desempenho ao promover a integração entre nossa instituição e a Sociedade, disseminando o conhecimento e fomentando o debate das idéias”, nas palavras do reitor Carlos Sigueyuki Sediyama. Caros editores: Leitor assíduo da Revista Business Rural, gostaria de, através dessa prestigiosa publicação, parabenizar o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Agricultura pela criação e lançamento do Rio Genética, programa que tem por fim melhorar a qualidade e produtividade dos rebanhos bovinos de corte e de leite do estado. A iniciativa atende antiga reivindicação dos criadores, pois cria, entre outras coisas, condições financeiras que permitem aos produtores adquirir animais (matrizes e reprodutores) e material genético (sêmen e embriões) que ficam bem em conta para eles. No caso de tourinhos (de corte) melhoradores de plantéis, o Rio Genética vem em boa hora, abrindo caminho para acelerar a produção desses animais, pois há uma grande carência deles no estado. Luiz Adilson Bon, e ex-presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Estado do Rio de Janeiro e titular da Fazenda Ventania Agronegócio Pedro Silva Montelli, de Mirassol, interior do Estado de São Paulo, nos escreve para dizer que leu e gostou da matéria “Agronegócio reage e volta a crescer depois de dois anos de crise”, publicada na edição 22. Diz que se interessou pelo texto por estar levantando informações para escrever uma monografia sobre agronegócio e solicita indicações de outras fontes para se aprofundar no assunto. Nota da Redação: Caro Pedro, uma fonte para obtenção de informações completas sobre o assunto é a Associação Brasileira de Agribusiness. Seu endereço: Av.Paulista 1754 - 14º - Conj.147 e 148 - São Paulo – SP - CEP:01310920 - e-mail abag@abag. com.br - tel.:/fax.: (11) 3285-3100 Pesagro-Rio/sugestões O Reitor da UFV Carlos Sigueyuki Sediyama, Clovis Q. Ferreira e Márcia Fernandes da Revista Business Rural, Viviane Novaes da Rede Globo, José Paulo Martins do setor de jornalismo da UFV e Adeildo Lopes Cavalcante redator da Revista Business Rural. A homenagem, que se estendeu a outros meios de comunicação social, como o Programa Globo Rural, e ao jornalista José Paulo Martins (da equipe de divulgação da UFV), foi realizada na Biblioteca Central da UFV logo após a cerimônia de inauguração das novas instalações da Divisão de Rádio e Televisão e de lançamento da expansão do sinal da TV Viçosa para os 20 municípios que integram a microrregião de Viçosa. A homenagem e a cerimônia contaram com a participação do Ministro das Comunicações, Hélio Costa, e do Reitor da UFV, além de diversas autoridades municipais, estaduais e federais, entre elas o prefeito de Viçosa, Raimundo Nonato Cardoso, e o presidente da Câmara Municipal de Viçosa, José Antônio Gouveia. A UFV foi eleita a terceira melhor instituição de ensino superior do país no ranking do novo Índice Geral dos Cursos (IGC) do Ministério da Educação que mede a qualidade da graduação e pós-graduação universitária. Por tradição, a área de Ciências Agrárias é a mais desenvolvida na UFV, sendo conhecida e respeitada no Brasil e no Exterior. Por isso, a homenagem prestada pela instituição ao nosso jornalista e à nossa revista é uma grande honra para nós e, também, um incentivo para que possamos continuar a nossa missão de bem informar a Sociedade. Olavo Fernandes Maia Filho Clovis Queiroz Ferreira PRODUÇÃO EDITORIAL E COMERCIAL CNPJ 40.254.195/0001-10 www.businessrural.com.br EDITORES Olavo Fernandes Maia Filho Clovis Queiroz Ferreira JORNALISTA RESPONSÁVEL Adeildo Lopes Cavalcante (Reg. Jorn. Prof. Nº 12 488 - MTPS) [email protected] (21) 2491-1496 [email protected] DIREÇÃO DE ARTE Lincoln Simões EDIÇÃO DE ARTE Lincoln Simões Marcelo Rezende Prezados editores: Tendo em vista a importância da Revista Business Rural para o agronegócio fluminense e brasileiro, a Coordenadoria de Difusão de Tecnologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio) recomenda, como sugestão de pauta, algumas tecnologias que por certo serão do interesse dos leitores da revista. Dentre elas podemos recomendar (a) o credenciamento pelo Ministério da Agricultura para o Laboratório de Biologia Animal realizar o exame de brucelose, como já acontece com a anemia infecciosa eqüina. Esse procedimento é de grande importância para a saúde animal no estado; (b) recomendação das variedades Catuaí, Palma Dois, Acuauã e Catucaí como as mais indicadas para a produção de café adensado na região Norte fluminense, que possibilita alta produtividade em curto prazo e maior retorno econômico ao produtor; (c) produção de sementes olerícolas de cultivares tradicionais, adaptadas às diferentes regiões do estado, e com certificação orgânica; (d) criação de galinhas caipiras por pequenos produtores do município de Magé, possibilitando a colocação da produção de ovos e carne no mercado sem atravessadores; (e) estudo de cultivares de oleaginosas, tais como gergelim, girassol, nabo forrageiro e pinhão manso, com vista à extração de óleo para produção de biodiesel; e (f) realização de análises de leite provenientes de 24 usinas beneficiadoras do estado com objetivo de proporcionar ao consumidor maior garantia do produto que vai para o mercado. Atenciosamente, Alexandre Moretti - Jornalista Nota da Redação: Agradecendo as sugestões, informamos ao caro jornalista que elas serão temas de futuras matérias em nossa revista. COLABORADORES Kate M. C. Barcelos / Marisa Iório Corrêa da Costa Alessandra Crossara / Nancy Dy Hirsch Pesagro-Rio / EMBRAPA Mandioca e Fruticultura Tropical Universidade Federal de Viçosa ABCCAN / ABCZ / ABCCC / ABCCMM / ABCMangalarga / ABQM / ABCPampa Texto Assessoria de Comunicações FOTOGRAFIA Luciane Reis / Waldyr Ribeiro / Nilo Coimbra Carlos Queiroz / Roberto Pinheiro / Hamilton Silvester Januário martins / Flavio Duarte / Marcia Fernandes / Célio Péricles Os artigos assinados, anúncios e as fotos neles inseridas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da Revista Business Rural. A Revista Business Rural é editada e comercializada pelos atuais editores através de contrato de sessão de direitos da Business Empreendimentos REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Av. Armando Lombardi, 165 - cob 2 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - Telefax: (21) 2491-1496 - [email protected] 6 BBuussi inneessss RRuurraal l Business Rural 7 Agronegócio Novos rumos do agronegócio brasileiro O Congresso foi aberto pelo presidente da SNA, Octavio Mello Alvarenga (o quarto da esq. para dir.) Motor da economia brasileira desde 1990 e que tem nas exportações sua principal fonte de faturamento, o agronegócio é a atividade econômica que mais cresce no país atualmente. Entretanto, para continuar crescendo – pelo menos no nível atual – medidas importantes terão que ser adotadas. Entre elas destacam-se: (a) abertura de novos mercados externos e incorporação de novos produtos à pauta das exportações; e (b) melhorias na infraestrutura e logística para que a produção possa chegar aos locais de embarque de forma mais rápida e com preços mais competitivos no mercado. Essa foi uma das conclusões a que se chegou ao final das palestras e debates do 9° Congresso de Agribusiness, promovido pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) e que teve por tema Oportunidades e Risco do Agronegócio. Patrocinado pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (seção do Rio de Janeiro), o encontro, realizado no Rio de Janeiro, no auditório da Confederação Nacional do Comércio, reuniu representantes de importantes órgãos do governo 08 B u s i n e s s R u r a l federal, dirigentes de grandes empresas e especialistas (pesquisadores e analistas) ligados ao agronegócio. O congresso, no qual foram discutidos temas, como novos mercados e produtos, agroenergia, qualidade de produtos, câmbio, inovações tecnologias, negociações internacionais, custo de produção, gestão financeira e problemas relacionados à logística e infra-estrutura, teve como ponto alto de sua programação a palestra do ex-ministro da Agricultura do atual governo, Roberto Rodri- Verdadeiro gigante da economia brasileira, o agronegócio precisa, para continuar crescendo, abrir novas frentes de negócios no exterior (mercados e produtos) e introduzir melhorias na infra-estrutura e logística do país para um melhor escoamento da produção. Essa foi uma das conclusões a que se chegou ao final das palestras e debates do 9º Congresso de Agribusiness, realizado no Rio de Janeiro, na Confederação Nacional do Comércio, pela Sociedade Nacional da Agricultura Por: Adeildo Lopes Cavalcante gues, que focalizou o tema Panorama Internacional do Agronegócio. PANORAMA INTERNACIONAL Munido de gráficos e tabelas Roberto Rodrigues, que concilia atualmente os cargos de presidente do Conselho Superior de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e de Coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, chamou a atenção, em sua palestra, para a importância do agronegócio na economia brasileira informando que ele responde por mais de 90% do saldo da balança comercial do país. Hoje, segundo palestrante, o Brasil é um dos maiores exportadores de produtos agropecuários do mundo, sendo líder nas exportações de carne (bovina e de frango), açúcar, café e suco de laranja), e já começa a se destacar, nas vendas externas, em outros produtos, como os orgânicos e flores. “As perspectivas para esses produtos são muito boas e, no caso dos orgânicos, basta lembrar que há anos há 10 Nacional de Agroenergia. Hoje, temos onze ministérios cuidando do assunto, além de órgão como a Embrapa e Petrobrás, mas não conversam entre si. O Proálcool foi um sucesso porque tinha uma estratégia”. EDUCAÇÃO E INFRA-ESTRUTURA O congresso foi aberto pelo presidente da SNA, Octávio Mello Alvarenga e sua programação compreendeu, além da palestra do ex-ministro Roberto Rodrigues, cinco painéis. No primeiro painel, que teve como tema “Agronegócio como Negócio de Risco”, o representante da Fundação Getúlio Vargas, professor Antônio Freitas, destacou o papel da educação na formação de mão-de-obra qualificada e sua importância na competividade do país não só no setor agrícola. Afirmou que, enquanto no exterior há uma “massificação da educação” no Brasil apenas cerca de 10% dos jovens de 18 a 24 anos têm acesso a ela. A seu ver, o setor educacional brasileiro é “elitista”, por sua oferta limitada de instituições de ensino. anos as vendas eram de U$ 20 milhões e nos próximos anos deverão pular para US$ 60 milhões”, disse ele. “A agricultura tem duas enormes responsabilidade, que são a produção de alimentos e bionergia. Temos condições excepcionais para garantir um lugar de destaque no cenário mundial nestas duas frentes” disse, Rodrigues. A seu ver, deficiências na infra-estrutura e recursos insuficientes para a pesquisa estão entre os obstáculos ao pleno desenvolvimento da agropecuária brasileira. “O futuro chegou, as oportunidades estão aí, mais não temos uma estratégia”, alertou. Focalizando as tendências mundiais, o palestrante disse que elas mostram que existe uma preocupação crescente com a saúde e meio ambiente. “Quem não rastrear ou certificar produtos vai ficar fora do mercado”, declarou. A mudança do fluxo comercial também foi destacada por Rodrigues. “Hoje, China, Rússia e Irã estão entre os cinco países com os quais o Brasil mais faz negócios e há dez anos eles não estavam no mercado. Precisamos estar atentos às oportunidades. Novos parceiros serão países da África e Ásia devido ao aumento da população”. Finalizando sua palestra disse Rodrigues: “nós temos uma chance única, não apenas de sermos celeiro do mundo, mas dínamo do mundo. No entanto, qual é a estratégia que se tem? Alguém sabe? Temos discurso, mas não temos recurso. Por isso, no que tange à agroenergia, no final desse congresso, estou sugerindo a criação de uma Secretaria A diretora de trading da Agenco do Brasil, Sandra Marchiori, analisando o mercado o de soja, citou um exemplo que mostra a necessidade urgente de investimentos em infra-estrutura (estradas, ferrovias e portos): o custo para transportar uma tonelada de soja de Mato Grosso para o porto de Santos é de U$ 90,00, idêntico ao do transporte da mesma tonelada do Brasil para a China. Segundo ela, no Brasil, os custos com o transporte aumentam o preço da soja entre 25% e 35% até que o produto alcance o porto. O coordenado do painel foi o gerente de produção da área agrícola do Grupo André Maggi, Pedro Valente. COOPERATIVAS E ETANOL O tema do segundo painel foi “Expansão do Agronegócio Brasileiro” e, nele, foi ressaltada a importância das cooperativas. Evandro Ninaut, da Organização das Cooperativas do Brasil, informou que os cooperados respondem por 35% da produção nacional e mais de 81% tem 100 hectares. “As cooperativas multiplicam a capacidade de investimento e reduzem os custos para os pequenos agricultores”, afirmou. Outros assuntos chamaram a atenção no painel, entre eles o sobre energia. Carlos Ópice Leão, diretor de Novos NeB u s i n e s s R u r a l 09 Há necessidade urgente de investimentos em infra-estrutura (estradas, ferrovias e portos) para expansão dos negócios gócios da Brenco – Companhia Brasileira de Energia Renovável focalizou o trabalho de sua empresa, que opera na construção de pólos de produção de energia renovável a partir da cana-de-açúcar. Segundo ele, “o etanol é a alternativa viável para uso comercial em grande escala, com menor custo”. Mesmo assim, disse que o setor precisa superar alguns obstáculos, como a falta de confiança no suprimento, cumprimento de contratos e barreiras tarifárias. Falaram ainda no painel: o diretor da área de Agribusiness do banco UBS Pactual, José Vitta e o representante da Federação da Agricultura de Mato Grosso, Amado de Oliveira Filho. 10 B u s i n e s s R u r a l CARNE BOVINA O terceiro painel teve por tema “Novos Mercados e Novos Produtos”. Nesse painel, o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, falou sobre a diversificação do mercado, citando como exemplo a carne bovina. “Em 2000 foram 56 os países-destinos das exportações e, em 2007, esse número elevou-se para 108”. Segundo ele, o cenário internacional continua favorável ao agronegócio brasileiro, com a abertura de novas possibilidades de mercado, inclusive com relação à Índia e à China. Castro também chamou a atenção para a importância de se agregar valor aos produtos, e informou que “a exporta- O etanol foi um dos temas do Congresso ção de produtos básicos voltou aos mesmos índices de 1986, em torno de 30%”. Sobre carne falou também o presidente da Câmara Setorial da Carne Bovina do Estado de São Paulo, Constantino Ajismato Júnior. Disse que Brasil atu- almente vende carne para 450 países, e elogiou a organização dos frigoríficos, fazendo menção à gestão do exministro da Agricultura Pratini de Moraes à frente da ABIEC. Por outro lado, criticou a falta de seriedade no tocante à rastreabildade e certificação das propriedades produtoras no país. Segundo ele, é necessário ao Brasil “planejar, criar marcas, fazer marketing, cumprir as leis, promover alianças e realizar acordos bilaterais” Falaram ainda no quanto painel Marcos Antônio Suplicy, da Suplicy Cafés Especiais, a diretora do Planeta Orgânico, Maria Beatriz Costa, e a representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Edna de Cássia Carmelio, consultora em biocombustíveis da Secretaria de Agricultura Familiar. AGROENERGIA Participaram também desse painel: Arlindo Moura, diretor-presidente da SLC Agrícola, e especialistas de comércio exterior relativo ao Japão, CoAs ferrovias desempenham papel-chave no réia do Sul e Índia. escoamento da produção PESQUISA E ALIMENTOS FUNCIONAIS “Agregando Valor aos Produtos” foi o tema do quarto painel, o qual teve como destaque a participação do pesquisador Eliseu de Andrade Alves, um dos fundadores e primeiro presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Segundo ele, “graças às pesquisas, o Brasil não só superou os riscos de ser um grande importador de alimentos, como conseguiu desenvolver tecnologias de ponta para vários setores. Entretanto, corre o risco de perder espaço para os Estados Unidos e países da Europa e até para nações emergentes como a China e a Índia”. “Só continuaremos na condição de competidores se houver um investimento maciço em tecnologia. Pensa-se erroneamente, que os referidos países não têm terras para expandir a produção. Mas a expansão da produção, daqui para frente, não vai ocorrer mais com base em recursos naturais. O incremento da produção, no mundo inteiro, terá por base a produtividade da agricultura”, disse ele. Em seguida, falou Eduardo Wongtschowski, diretor da América do Sul, da Solae Company Brazil, que abordou a expansão do conceito de “alimentos funcionais”, explicando que “os mesmos incorporam substâncias antes não disponíveis em suas composição”. O palestrante informou que a soja é um dos alimentos mais pesquisados, já que possui um teor de proteína de 36%. “Contudo, por muitos anos, os consumidores do Ocidente rejeitaram o produto devido ao seu sabor amargo, mas o desenvolvimento de novas tecnologias vem contornando esta característica”, disse ele. O diretor também mostrou vários exemplos de alimentos que contêm soja, como bebidas e substitutos de carne. O quinto painel versou sobre agroenergia e teve como um dos seus palestrantes o ex-ministro da Agricultura Luiz Carlos Guedes Pinto, vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil. Ele focalizou o que, ao seu ver, são os pontos frágeis do país frente ao mercado interno e externo. Em sua opinião, fatores como água, pobreza, energia, meio ambiente e alimentação, seus problemas e soluções, são estratégicos na posição do Brasil no mundo. “não temos projeto de futuro, nem privado nem público”, afirmou. Observou que, embora tenham sido apontadas ótimas perspectivas, não haveria estratégias para implementá-las. Lembrando as perdas de 35% dos produtores de cana em 2007, comparadas ao do ano anterior, o palestrante ressaltou a importância de avanços nas certificações ambientais, regulamentação fundiária, ferramentas de crédito e seguro rural e políticas agrícolas em geral. Com descontração, conclamou os jovens a passarem por um “curso de escutatória” em vez de apenas oratória, sempre abertos a novas idéias. Os usineiros paulistas, que respondem por cerca de 60% da produção nacional de álcool e açúcar, foram represen- tados pelo diretor executivo da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Única), Eduardo Leão de Sousa. Para se defender de críticas, ele disse que 100 das 150 usinas do estado tinham até 2013 para acabar com os resíduos da cana, mas assumiram este compromisso agora. “A redução traz benefícios sociais e econômicos”, afirmou. Essa decisão aconteceu depois de uma negociação com o governo paulista. O acordo prevê a adoção de dez itens, como uso adequado de agrotóxicos, recuperação de áreas degradadas, conservação do solo e controle da água. Em seguida, falou o gerente de Desenvolvimento de Novos Projetos da Petrobrás, Gilberto Ribeiro de Carvalho. Ele falou sobre as vantagens de utilização do biodiesel, destacando o plano da empresa para a comercialização do etanol. Depois de informar que a empresa investe no momento US$ 1,5 bilhão em biocombustíveis e que exporta atualmente 4,75 milhões de métricos cúbicos de etanol, adiantou que a Petrobrás deverá concluir, no segundo semestre de 2008, os estudos referentes à construção do alcoolduto ligando o interior de Goiás (Senador Canedo) ao porto de São Sebastião, em São Paulo. “Essa instalação, acrescentou, permitirá o transporte de 800 milhões de litros de álcool por ano. No entanto, a empresa já trabalha em outra variante, que interligará o interior de São Paulo com o litoral do Rio de Janeiro, passando pelo interior de Minas Gerais. Com isso, a capacidade de exportação se elevará para 4 bilhões de litros por ano”, finalizou. Sobre agroenergia falaram também o presidente da Brasil Ecodiesel, Jório Dauster, o presidente da Ethanol Trading, Roberto Giannetti Fonseca, e o diretor de Relações com os Investidores da Infinity Bio-Ernergy, Rodrigo Aguiar. 12 B u s i n e s s R u r a l A infro-estrutura deficiente do sistema rodoviário impede o bom escoamento da produão. MEIO AMBIENTE O ultimo painel do 9º Congresso do Agribusiness versou sobre “O agronegócio e o meio ambiente” e contou com a presença do secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Xico Graziano, que defendeu a sustentabilidade no meio rural. “O grande desafio agropecuária nacional será a produção de modo sustentável, seguindo os moldes de uma agenda ambiental”, disse o palestrante. Segundo ele, para se adaptar aos novos tempos, os agricultores da atualidade deverão também ser ecologistas. “Há uma conscientização crescente que a questão ambiental é a grande barreira da comercialização. Lá fora, não comprarão o nosso biodiesel se não forem respeitadas as questões ambientais”, afirmou. S O C I A I S 1. O ator Francisco Cuoco e seu filho Diogo, ladeando o Deputado Federal Leonardo Picciani no Leilão da Fazenda Monte Verde no Copacabana Palace - RJ 2. O criador Luiz Roberto de Menezes Soares, titular da Fazenda Santa Mônica, com a família no leilão Ópera e Bilara no Copacabana Palace no Rio de Janeiro. 3. A apresentadora de televisão Liliana Rodrigues e amiga Regina Lemos Gonçalves em evento agropecuário no Rio de Janeiro-RJ. 4. O jornalista Adeildo Lopes Cavalcante, redator da Revista Business Rural, recebendo placa de homenagem das mãos o Reitor da Universidade de Viçosa-MG Roberto Sigueyuki Sediyama, com o Ministro das Comunicações Helio Costa. 5. José Eugênio Dutra Câmara Filho (Dudu) com a família, e o amigo Marco Livrão prestigiando o Leilão 5 Estrelas em Itaipava - Petrópolis – RJ. 6. Paula e Inês Couto da Fazenda das Flores com Raquel Maia do Haras Repol, na Exposição Nacional do Cavalo Campolina em Belo Horizonte-MG. 7. O Casal Ricardo Ferreira Santos e Kátia Brito foram ao Rodeio de Jaguariúna-SP e foram muito bem recepcionados pelos anfitriões João Luiz e Carla Venâncio e pelo casal Luiz Garcez e Sandra Garcez. 8. O ex-Ministro Pratini de Moraes atual presidente da ABIEC e Clovis Ferreira, editor da Revista Business Rural, quando do 9º Congresso do Agronegócio promovido pela SNA no Rio de Janeiro-RJ. 9. O Sr. Olavo Maia (Dinho) editor da Revista Business Rural com os amigos Silvino Cavalcante, João Carlos Costa e o Sr. Carlos Aguiar do Haras Morada do Condor no Leilão 5 Estrelas em Itaipava- Petroplois-RJ. 10. O Sr. Selvi José Carboni titular da Churrascaria Pampa Gril com amigo no Leilão Brahman in Concert no Copacabana Palace no Rio de Janeiro-RJ. 11. O Sr. Nestor Rocha (ao centro) com Vinicius e amigos, prestigiou o 1º Leião da Fazenda São Sebastião em Barra do Pirai RJ promovido pelo amigo Herman Jankovich. 12. O Casal Márcia e Clovis Queiroz Ferreira da Revista Business Rural, ladeando o Ministro das Comunicações Helio Costa na cerimônia de lançamento da expansão de sinal da TV Viçosa-MG. 13. Maria Eunice Monteiro de Mesquita do Haras Hibipeba com a Campeã Potra Master Nacional 2008, Hinah da Hibibepa, em Belo Horizonte-MG. 14. O Deputado Estadual Jorge Picciani, seu filho Felipe (Faz. Monte Verde) e Paulo Horto (Programa Leilões) fazendo a abertura do Leilão de Prenhezes, realizado no restaurante Tizziano no Rio de Janeiro. 15. Alexandre Todeschini com o Sr. Herman Jankovich promotor do 1º Leilão da Fazenda São Sebastião entregando aos felizes ganhadores a chave da moto sorteada entre os compradores presentes no evento. 14 B u s i n e s s R u r a l 16 B u s i n e s s R u r a l F l o r i c u l t u r a Beleza que gera bons negócios “Enfeites da vida”, no dizer do poeta, as flores são atualmente um bom negócio para os produtores devido ao seu crescente uso na ornamentação de eventos, como congressos e festas, e embelezamento de ambientes. Aquecidos, os negócios do setor exibem uma marca importante: a exportações de flores e plantas ornamentais em 2007 foram recordes, gerando uma receita para o país de cerca de US$ 35 milhões de dólares Por: Adeildo Lopes Cavalcante Gerando renda e emprego para um grande número de pessoas em vários estados e dólares para o país através das exportações, a floricultura é um dos negócios agrícolas que mais crescem no Brasil. Exemplos: no Estado do Rio de Janeiro o setor cresceu 30% nos últimos três anos e nas exportações do país as vendas de flores e plantas ornamentais foram recorde em 2007, gerando cerca de US$ 35 milhões (sobre a floricultura fluminense e as exportações do país leia mais adiante). A floricultura compreende o cultivo de flores, folhagens e plantas ornamentais (para corte, vasos, jardins, ornamentação e paisagismo) e movimenta anualmente cerca de R$ 2 bilhões, segundo levanta- 18 B u s i n e s s R u r a l mento do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), entidade que congrega representantes dos diversos segmentos da floricultura, como produção, atacado, varejo, paisagismo, ensino e pesquisa. REGIÕES PRODUTORAS De acordo com o presidente do Ibraflor, Kees Shoenmaker, o cultivo de flores e plantas ornamentais no país ocupa uma área de aproximadamente 4,5 mil hectares. A região Sudeste lidera a produção nacional, mas outras regiões que não tinham tradição na floricultura comercial, como o Nordeste, implantaram pólos destinados às exportações e obtêm bons resultados. A região Centro-Oeste investe para abastecer seu próprio mercado consumidor, enquanto no Norte a flora tropical exótica começa a ser explorada. O Sul se destaca por ser a região que mais consome flores no país. A área cultivada com flores e plantas ornamentais está assim distribuída: 50,4% para mudas; 28,8% para flores de corte; l3,2% para flores envasadas; 3,1% para folhagens em vasos; 2,6% para folhagens de corte; e l,9% para outros produtos da floricultura. O principal estado produtor é São Paulo, que responde por aproximadamente 70% do cultivo. Cerca de 40% desse cultivo está concentrado no município de Holambra, onde a maioria dos habitantes, estimada em 10 mil pessoas, exer- ce alguma atividade relacionada ao setor O município tornou-se o principal pólo florícola do Brasil e referência para produtores e profissionais do agronegócio da floricultura, tanto do Brasil como de outros países da América Latina, interessados em conhecer as tendências do mercado, trocar experiências e realizar negócios. EMPREGOS Em todo o Brasil estima-se que cerca de 5 mil produtores dedicam-se à floricultura, entre grandes, médios e pequenos. A maior parte da atividade é desenvolvida por pequenas propriedades, com área média de cultivo de um hectare e meio. Para os produtores, o setor gera um faturamento estimado em US$ 400 milhões de dólares por ano. No varejo, o faturamento é estimado em US$ 1,3 bilhão de dólares por ano. Acredita-se que floricultura gera atualmente cerca de 160 empregos, espalhados por toda cadeia produtiva, que envolve o setor agrícola, a distribuição, o comércio varejista e os segmentos de apoio. COMERCIALIZAÇÃO Até pouco tempo, as flores e plantas ornamentais eram encontradas apenas nas floriculturas Entre as medidas tomadas para fomentar o consumo interno estão a ampliação e a diversificação dos pontos de EXPORTAÇÕES BATEM RECORDE A maior parte do cultivo é feita a céu aberto (71% da produção). As estufas representam 26% e as plantações em tela apenas 3%. Rosas, a flor preferida dos consumidores vendas. O consumo de flores e plantas ornamentais ainda é muito baixo no país, não ultrapassando US$ 7,00 por habitante/ano, valor dez vezes menor que a média dos países da Europa (US$ 70,00). Esses países são os que mais importam flores e plantas ornamentais de nosso país Heliconea, sucesso na Guandu Flores Crisâtemos: liderança nas vendas Hoje, muitas espécies de flores podem ser adquiridas nos supermercados, que são cada vez mais atuantes neste segmento, e nos gardens centers, espécie de shopping centers de flores, estabelecimentos que passaram a operar com sucesso em nosso país. Dentre “as flores que enfeitam a vida”, no dizer do poeta, a rosa, em suas várias tonalidades, é a flor preferida do consumidor nacional. O setor da floricultura que mais se destaca é o das exportações. E uma prova disso ocorreu em 2007, quando as vendas de flores e plantas ornamentais se elevaram a US$ 35,28 milhões, resultado 9,18% superior ao de 2006, refletindo a crescente procura por esses produtos pelo mercado internacional. O grupo que mais se destacou foi o de mudas de plantas ornamentais, respondendo por 41,99% das vendas (o país que mais importou foi a Holanda). Nesse grupo, as mudas de crisântemos lideraram as vendas. O segundo grupo (bulbos, tubérculos, rizomas e similares) foi o que mais vendeu. Sua participação foi de 39,79%. Nesse grupo, a Holanda também se destacou como o principal comprador. Já o último grupo (flores e botões frescos de corte para buquês e ornamentações), teve uma participação de 10,49%. Nesse grupo, as flores mais exportadas foram as de clima temperado, entre ela as rosas. PRODUÇÃO CRESCE 30% NO ESTADO DO RIO Um dos estados em que a floricultura mais se desenvolve, o Rio de Janeiro registrou, nesse setor, nos últimos três anos, um crescimento de 30%, sendo que, no período, a área plantada que era de 764 hectares em 2004 passou para 1000 hectares hoje. A informação é da Secretaria estadual de Agricultura que, através do Programa Florescer, vem incentivando os produtores a ampliar sua produção. A coordenadora do Florescer, Nazaré Dias, chama atenção para o fato de que o mercado de flores tropicais cresce a cada ano e informa que o maior produtor desse tipo de flores está no Rio de Janeiro. Incentivado pelo Florescer, José Luiz Vital Dias, proprietário da Guandu Flores Tropicais, possui uma área de 20 hectares dedicada ao cultivo de helicônias, antúrios, bastão do imperador, entre outras espécies. Antes de ser implantado o Programa Florescer existia apenas uma associação de floricultores. O estado conta hoje com dez associações, entre elas a Tropical-Rio, Aflorj, Floralta, Aproflor e Itaflores, demonstrando o crescimento do setor. São 55 municípios envolvidos com a floricultura, nos quais atuam 686 produtores (33% em Nova Friburgo, 22% no Rio, 18% em Bom Jardim e 12% em Petrópolis). B u s i n e s s R u r a l 19 Engenharia agrícola Novo equipamento para irrigação: barato, eficiente e de fácil operação Por Adeildo Lopes Cavalcante Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa- UFV, em Minas Gerais, liderados pelo professor Rubens Alves de Oliveira, do Departamento de Engenharia Agrícola, desenvolveram um equipamento que representa uma alternativa viável para superar as dificuldades enfrentadas por agricultores familiares e médios produtores na aquisição de equipamentos utilizados no manejo da água de irrigação. Trata-se do Irrigâmetro, cuja patente está depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial em nome da UFV. O Irrigâmetro é um equipamento de fácil operação e seu custo é estimado em apenas R$1.590,00, muito aquém dos aparelhos de irrigação disponíveis no mercado. Permite computar a efetividade da chuva e fornecer prontamente ao produtor a informação desejada, ou seja, o tempo de irrigação ou a velocidade de deslocamento do sistema de irrigação, sem a necessidade de fazer cálculos. Ao desenvolver o aparelho, os pesquisadores levaram em conta o fato de, no Brasil, a agricultura irrigada demandar cerca de 70% da água usada nas diversas atividades humanas. Na maioria das áreas irrigadas é comum observar ausência de manejo racional da água, geralmente resultando em aplicação excessiva, com desperdício de água e energia, além da ocorrência de problemas ambientais, ou em deficiência hídrica para as plantas, com baixa produtividade e prejuízos econômicos ao produtor. Práticas adequadas de irrigação contribuem para aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos produtos agrícolas, para minimizar o uso de água e preservar os recursos hídricos. Segundo professor Rubens, o Irrigâmetro é um aparelho que aglutina toda a ciência relacionada com o manejo da irrigação no que se refere às características da cultura, do solo, do clima e do sistema de irrigação, visando otimizar o uso da água na agricultura irrigada. “Essa otimização, diz ele, é importante para a sociedade como um todo, tanto do ponto de vista ambiental, economizando água e energia e evitando degradação do meio ambiente, quanto do ponto de vista social, ao possibilitar a incorporação principalmente do pequeno irrigante ao processo de manejo da água de irrigação. Do ponto de vista econômico, o aparelho possibilita aumento da renda do produtor rural, pela redução de custos e pelo aumento da produtividade das culturas, disponibilizando alimentos de melhor qualidade”. Quando e quanto – “O manejo da irrigação consiste em determinar o momento de irrigar e o tempo de funcionamento de um equipamento de irrigação, ou a sua velocidade de deslocamento, com a finalidade de aplicar volume de água necessária ao pleno desenvolvimento da cultura” , explica o professor Rubens. “No caso do Irrigâmetro, prossegue, a tecnologia empregada é única no mundo, na medida em que introduz grande simplicidade no manejo da água, ao responder às duas questões básicas 20 B u s i n e s s R u r a l Professor Rubens Alves de Oliveira, coordenador das pesquisas do manejo da irrigação, disponibilizando prontamente ao produtor o momento de irrigar e a lâmina de água necessária à cultura, indicando o tempo de irrigação ou, no caso de uso de pivô central ou sistema linear, a velocidade de rotação do equipamento. Em condições de manejo da irrigação com uso do Irrigâmetro, o produtor não precisa ter conhecimento técnico, nem preencher tabelas, adquirir computador e programa computacional. Não necessita, sequer de efetuar cálculos, pois são muito complexos para a quase totalidade dos irrigantes brasileiros. No caso de ocorrência de chuva, a lâmina precipitada é medida e computada facilmente pelo operador do Irrigâmetro, sabendo-se, em seguida, se ela foi suficiente ou não para suprir o déficit hídrico até então existente no solo, também sem a necessidade de fazer cálculos”. O pesquisador destaca a facilidade de operação do equipamento: consiste simplesmente em aber tura e fechamento de válvulas nele existentes, obedecendo-se a uma seqüência predefinida. É um aparelho preciso e de alta versatilidade, podendo ser ajustado para fornecer diretamente a evaporação, a evapotranspiração de referência ou a evapotranspiração da cultura, em qualquer estádio de seu desenvolvimento. Além disso, pode ser usado no ensino básico e médio, possibilitando que os professores de ciências mostrem aos estudantes a ocorrência e a quantificação de fenômenos naturais, tais como evaporação e transpiração vegetal. Pode ser usado como instrumento facilitador da relação ensino-aprendizado nos níveis técnico e superior nas áreas de Meteorologia, Hidrologia e Ciência da Irrigação. Abrigo para bezerras reduz mortalidade Trata-se de um alojamento individual para bezerras em fase de aleitamento para uso pelos produtores de leite. Aperfeiçoada pela Embrapa Pecuária Sudeste, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, o abrigo – batizado de “casinha tropical” – atende às condições básicas para o alojamento eficiente dos animais, levando em consideração as características do nosso clima tropical. Possui estrutura em madeira, com suporte para balde de água, comedouro e fenil em seu interior, sem paredes laterais, favorecendo a ventilação e o controle da umidade, fatores importantes para redução da incidência de pneumonias e diarréias, doenças comuns em bezerros criados em ambientes mal arejados e úmidos. A instalação apresenta “pé direito” alto (l,5 m) em relação aos abrigos tradicionais, o que contribui para a redução da temperatura interna. Dispensa cama ou es- trado, utilizado no bezerreiro coletivo, devido à facilidade com que pode ser transferida de um local para outro, evitando a umidade provocada pelo acúmulo de fezes e usina. É importante que os abrigos sejam colocados sobre terrenos bem drenados. A bezerra é mantida presa por corrente e coleira, facilitando o manejo. Para contatos: (16) 3361-5611 O equipamento (derriçadora) foi desenvolvido pela Embrapa Instrumentação Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, em parceria com a Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (com sede em Guaxupé, SP), considerada a maior cooperativa privada de café do mundo. Portátil, a derriçadora pode colher café, pelo processo de vibração para derrubada dos frutos (em pano no chão), numa velocidade 5 vezes su- riça e secagem) representa 60% dos custos de produção. O equipamento pode ser utilizado em qualquer sistema de lavouras. Outra vantagem é que poderá entrar em locais onde as máquinas convencionais não podem chegar. Projetada para uso quando os frutos estiverem em estágio avançado de maturação, com poucos frutos verdes, a derriçadora pesa 7 quilos e opera com motor Máquina colhe mais café e reduz custos perior à colheita manual e reduzir o custo de produção em pelo menos 10%. Com a derriçadora, os produtores poderão obter café de melhor qualidade e, conseqüentemente, melhores preços. A colheita manual (arruação, der- de 0,7 HP (a gasolina). Ela é dotada de 6 varetas plásticas, as quais se movimentam paralelamente, aproximando-se e afastando-se, sem interrupção. Elas derrubam os frutos quando em contato com os ramos dos cafeeiros. Produção de álcool combustível na fazenda Já é possível produzir álcool combustível nas propriedades rurais para atender as necessidades delas, das famílias e até mesmo colocar o excesso no mercado, sem provocar danos ao meio ambiente. Para tanto, foi desenvolvida na Universidade Federal de Viçosa, localizada no município do mesmo nome, na Zona da Mata de Minas Gerais, uma mini-destilaria de baixo custo e de fácil operação. Além de movimentar motores e tornar possíveis outras serventias, como iluminação, o álcool pode ser utilizado como insumo na agroindústria. A mini-destilaria, resultado de um projeto coordenado pelo pesquisador Juarez Souza e Silva, é constituída de um evaporador e uma campânula. A mistura vai sendo aquecida gradualmente por fornalha ou outro dispositivo anexo, e à medida que percorre o labirinto do evaporador, começa a desprenderem-se vapores mais ricos em álcool. Para o direcionamento desses vapores faz-se uso de uma campânula edificada na parte superior do evaporador. O vapor condensado na coluna retorna através de um funil para o início da destilação, somando energia térmica para o aquecimento inicial do processo de destilação, que enriquece os vapores da mistura, gerando maior concentração alcoólica. B u s i n e s s R u r a l 21 PECUÁRIA LEITEIRA Panorama das Raças Primeiro leilão do Programa Rio Genética faz sucesso Com o fim de melhorar a produtividade e qualidade do rebanho de gado de corte e de leite do Estado do Rio de Janeiro o governo fluminense, lançou, através da Secretaria de Agricultura, o Programa Rio Genética e, para executá-lo, planejou diversas ações, entre elas a realização de leilões de genética superior, sendo que o primeiro leilão envolvendo bovinos leiteiros aconteceu em 30/05/2008 em Conceição de Macabu, no Norte fluminense. O evento (1° Leilão Rio Genética) fez parte da programação da XXIV Exposição Agropecuária e Industrial e do XXXI Concurso Leiteiro daquele município e foram realizados no período de 28 de maio a 01 de junho de 2008. Realizado pela Business, o leilão reuniu produtores de todo o estado e, nele, foram comercializados 49 lotes, formados por fêmeas Girolando e tourinhos Gir, Girolando, Holandês e Guzerá. Do total dos lotes, 39 eram de criadores selecionados pelo Programa Rio Genético para fornecimento de material genético e 10 da Pesagro-Rio, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria estadual de Agricultura. Com o recinto do leilão lotado, os lances fo- Leilão da Embrapa bate recorde e mostra que setor leiteiro vive boa fase Refletindo a boa fase pela qual passa o mercado de produtos lácteos do Brasil, o 19° Leilão da Embrapa Gado de Leite, uma das unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, foi considerado pelos organizadores do evento um grande sucesso. Foram comercializados no remate – realizado no dia 24/05/2008 em Coronel Pacheco (MG) 57 lotes no valor de R$ 423.507,00. Do total dos lotes – oriundos do rebanho daquela unidade de pesquisa – 36 eram fêmeas (arrematadas por R$ 271.327,00) e 25 machos (vendidos por R$ 152.180,00). O preço médio de cada tourinho ficou em torno de 26 Business Rural R$ 6.000,00. Já as fêmeas foram arrematadas por cerca de R$ 8.500,00 cada. Em comparação com 2007, o preço dos machos aumentou 103% e os das fêmeas 69%. “O faturamento total desse leilão foi 86% maior do que o do ano passado”, diz o supervisor da área de orçamento e finanças da Embrapa Gado de Leite. Segundo ele, estes números fazem do 19° Leilão de Gado o maior já realizado pela Embrapa Gado de Leite. O bovino recordista de preço foi a vaca “CNGPL Aerowood Xaja”, arrematada por R$ 19.250,00. O tourinho de maior valor foi o “CNGPL Carson Boston”, comercializado por R$ 10.041,50. ram muito disputados, obtendo-se a média de R$ 2.900,00 mil por animal. O lote mais valorizado, a fêmea Girolando Favorita, saiu por R$ 9.100,00 para a Fazenda Nova Modelo Santa Edwiges (ela pertencia ao criador Luiz Manoel Linhares) A média obtida no leilão, segundo o secretário de Agricultura Christino Áureo, “representa a metade do preço que o produtor pagaria no mercado por um animal do mesmo padrão”. “Além disso, acrescenta, quem adquiriu animal no leilão, o fez em condições vantajosas, pois contou com financiamento do Banco do Brasil, para pagamento em oito anos e juros de 0,5 a 6,75% ao ano”. Segundo o secretário, “promover a aproximação de quem tem animais de qualidade para vender daqueles que desejam adquirir esses produtos para melhorar seus rebanhos é um dos objetivos do Rio Genética. Nessa relação, os animais acabam sendo comercializados por um preço justo tanto para quem vende como para quem compra”. Na opinião de Christino, “adquirir animais de alto padrão genético para melhoria do rebanho e aumento da produtividade de leite não é mais privilégio de poucos”. Vaca Guzerá bate recorde mundial de produção de leite Trata-se da vaca Nação da Taboquinha, da Fazenda Taboquinha, em Itambacuru (MG) e o feito ocorreu na Exposição Agropecuária Estadual de Minas Gerais (Superagro), edição 2008. Com uma produção diária de 42,12 litros, ela obteve o título de Grande Campeã do III Torneio Leiteiro Guzerá Superagro 2008, que fez parte da agenda de eventos daquela mostra, promovida pela Secretaria de Agricultura de Minas Gerais. Com essa produção, segundo o veterinário Marcos Melo, da Fazenda Taboquinha, Nação da Taboquinha bateu o recorde mundial da raça. “O Guzerá comprovou, assim, a sua enorme aptidão leiteira”, diz Melo, explicando que “o Guzerá é uma raça zebuína orginária da Índia, rústica, de grande porte e de dupla aptidão (carne e leite)”. LEILÃO – Outro destaque da Superagro 2008 foi o leilão de gado Guzerá e Guzolando (mistura de Guzerá com Holandês). No remate, foram vendidos 59 lotes (vacas, touros, bezerros e novilhas) no valor de R$ 257 mil, com média de R$ 4.350,00 por lote. Espaço Girolando Presidente: Nova diretoria assume Associação Nacional em bom momento para o leite Por: Adeildo Lopes Cavalcante Em solenidade bastante prestigiada, que contou com a presença de mais de 200 pessoas, entre autoridades, dirigentes de entidades rurais e criadores de várias partes do país, tomou posse, em 21/01/2008, a nova diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando para o triênio 2008-2010. Tendo na presidência o criador de Girolando José Donato Dias Filho a diretoria (veja a composição ao lado) assume num momento em que a pecuária do setor atravessa uma boa fase, com preços mais compensadores para José Donato Dias Filho 1º Vice-presidente: Fernando Antônio Brasileiro Miranda 2º Vice-presidente: Maurício Silveira Coelho 3º Vice-presidente: Nelson Ariza 4º Vice-presidente: Jonadan Hsuan Mim Ma José Donato Dias Filho os produtores devido, principalmente, ao incremento das exportações brasileiras de produtos lácteos. José Donato, que antes de ser eleito para o cargo, exercia a função de vicepresidente da associação, destacou em seu discurso a importância da raça Girolando por ser (ela) a base da pecuária leiteira do país e prometeu que vai se empenhar, durante seu mandato, para proporcionar o melhor aos associados em termos de serviço e apoio técnico, especialmente no que diz respeito ao Teste de Progênie e Controle Leiteiro. Teste de progênie da raça Girolando Unir alta produtividade das raças de gado europeu com a rusticidade das raças zebuínas é o objetivo de todo produtor brasileiro de gado. Por isso, em 1989, através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi implantado o Programa Girolando com o objetivo de promover a consolidação da raça Girolando por meio de diretrizes de cruzamentos e do melhoramento genético. Na época, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando observou a necessidade de criar um plano de trabalho com o objetivo principal de identificação e seleção dos melhores touros Girolando para serem utilizados como reprodutores, especialmente por meio de in- 28 Business Rural DIRETORIA seminação artificial. Daí a importância do Teste de Progênie, que começou a ser implantado a partir de 1995, através de uma parceria entre a Associação e a Embrapa Gado de Leite (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) com o fim de avaliar geneticamente touros Girolando com base no desempenho de suas filhas, através do controle leiteiro. A avaliação do primeiro grupo de touros testados foi publicada no início de 2004. Desde então, a cada ano, oito touros são testados, aumentando a oferta de material genético de qualidade no mercado brasileiro.Um conquista importante do Programa Girolando é que ele permite aos criadores, inclusive os pequenos, te- 1º Diretor Administrativo: Milton de Almeida Magalhães Júnior 2º Diretor Administrativo: Maria Inêz Cruvinel Rezende 1º Diretor Financeiro: Marcelo Machado Borges 2º Diretor Financeiro: Eugênio Deliberato Filho Relações Institucionais e Comerciais: Carlos Eduardo Ferreira Conselho Fiscal: Guilherme Marquez de Rezende Maria Delcira de Queiroz Alves Silvio de Castro Cunha Junior Suplentes Conselho Fiscal: Eduardo Jorge Milagre Francisco Isidoro Dias Ferreira Vitor Sérgio de Andrade Acêdo Conselho Consultivo: Valdir Henrique Silva Antônio José Junqueira Villela Joaquim Luiz Lima Filho Mário Roberto Ewbank Seixas Roberto Antônio Pinto de Melo Carvalho Suplentes do Conselho Consultivo: Gabriel Donato de Andrade Inocêncio Gomes de Oliveira José Olavo Borges Mendes Leonardo Moura Vilela Rodrigo Sant`Anna Alvim rem acesso a sêmen dos melhores reprodutores, melhorando o desempenho dos rebanhos e, conseqüentemente, a rentabilidade dos seus negócios. Para saber mais, contatar a Superintendência Técnica do Girolando pelo telefone 34-3331-6000 ou pelo e-mail [email protected]. Panorama das Raças Feicorte 2008, mais uma edição de sucesso PECUÁRIA DE CORTE Expozebu 2008 fatura mais de R$ 66 milhões nos leilões Importante termômetro da pecuária de corte brasileira, a Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), em sua edição de 2008, foi sucesso total. Organizada pelo Agrocentro, a feira – que teve uma agenda variada de assuntos ligados ao agronegócio do setor –, registrou um faturamento de R$ 10 milhões em negócios (somente em leilões) e contou com cerca de 20 mil visitas, entre pecuaristas, empresários, especialistas, estudantes do Brasil e do exterior. Passaram pelas pistas da Feicorte cerca de 3.600 bovinos, das raças Nelore, Nelore Mocho, Simental, Simbrasil, Brahman, Tabapuã, Santa Gertrudis, Caracu, Caracu Mocho, Bonsmara, Senepol, Angus, Canchim, Limousin, Wagyu, Guzerá e a estreante Sindi, além de 400 ovinos e caprinos (ovinas Dorper, White Dorper, Santa Inês, Texel e caprinas Boer e Anglonubiana). Ao todo, foram realizados 19 leilões, com exemplares de elite das raças Nelore, Brahman, Guzerá, Wagyu, Canchim, Angus, Santa Gertrudis, Simental, Simbrasil e Senepol (bovinas), Santa Inês (ovina) e Quarto de Milha, Paint Horse e Appaloosa (eqüinas). Cientes do aquecimento do mercado de corte e do qualificado público presente à feira, cinco instituições financeiras - Nossa Caixa, Banco do Brasil, Votorantim Financeira, Banco do Nordeste e Bolsa de Mercadorias & Futuros – marcaram presença no evento, orientando os interessados sobre investimentos e apresentando diversas opções de linhas de crédito. 32 Business Rural Maior feira de gado zebu do mundo, a Expozebu, Exposição Internacional das Raças Zebuínas, apresentou, na edição de 2008, resultados expressivos, destacando-se os relativos aos leilões. Foram comercializados, em 47 pregões, 1.598 animais no valor de R$ 66.491.000,00 (o de 2007 foi de R$ 60.000.000,00), com média por cabeça de R$ 42.860,00. O animal mais valorizado foi a vaca Poetisa ED Arrojo TE, negociada no leilão 20ª Noite do Nelore Nacional. Ela teve 80% de sua posse arrematada por R$1.820.000,00 pelo criador Valter Gama Terra (a matriz pertencia à Agropecuária Mine). Duas fêmeas foram negociadas nos leilões com valores acima de R$ milhão. A primeira foi Obela FIV AJJ (50% de sua posse foi adquirida pelo consórcio formado por João Carlos Di Gênio, Fazenda Mata Velha e Fazenda Quilombo). O animal, negociado no leilão Elo da Raça, pertencia ao criador Antônio José Junqueira Vilela. O outro animal foi a fêmea Nama TE K, que pertencia à Nelore Ouro Fino. Negociada no leilão 20ª Noite do Nelore Nacional, ela saiu por R$ 1.134.000,00 para a Nelore Doma. Os dados sobre as vendas dos animais foram fornecidos pelas leiloeiras encarregadas dos remates: Leinorte, Remate, Programa, Atual, Nova Leilões e Novasat Leilões. Espaço Brahman Brahman será tema de congresso brasileiro e latino-americano em 2009 no Rio de Janeiro Uma das raças bovinas de corte que mais crescem no país, o Brahman será tema, em 2009, no Rio de Janeiro, de um importante encontro técnico e de negócios (Brahman Show Rio 2009), o qual compreenderá três eventos: 1º Congresso Brasileiro e Latino-Americano da Raça Brahman, Exposição Internacional da Raça Brahman e Feira de Produtos e Serviços para a Pecuária. Promovido pela Associação dos Criadores de Brahman do Brasil-ACBB e organizado pela Fagga Eventos, o Brahman Show Rio 2009 acontecerá entre 4 e 8 de fevereiro no Riocentro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Para participar do Congresso, delegações de 15 países da América Latina, além da Filipinas, Austrália e Namíbia, já confirmaram presença no evento. “Queremos aumentar a comercialização de genética entre os países latino-americanos”, diz o presidente da ACBB, José Amauri Dimarzio e informa: “para tanto, vamos debater no congresso as barreiras sanitárias e não-sanitárias que impedem o fluxo do comércio pecuário na América Latina, além dos novos rumos do agronegócio mundial. Para isso, o evento contará com rodadas de negócios a fim de estreitar relações comerciais entre os países participantes”. DIRETORIA/NBR O Brahman Show também contará com palestras que focalizarão os diferentes aspectos e elos da cadeia produtiva da carne bovina, além do agronegócio de maneira geral. Além de exposição de genética e julgamentos, evento contará com a participação de empresas dos mais variados setores da pecuária, com destaque para as dos ramos de equipamentos, tecnologias, genética, insumos, nutrição e saúde animal. Para maiores informações: Touro de criador fluminense é sagrado campeão em prova de desempenho da CRV Lagoa Considerada uma das maiores centrais de genética bovina da América Latina, a CRV anunciou o resultado final do teste de performance para formação de touros, realizado no Confinamento Savegnago, em Sertãozinho (SP), entre os meses de abril e outubro de 2008. A prova reuniu animais das raças Nelore, Nelore Mocho, Brahman. Guzerá, Tabapuã, Aberdeen Angus, Red Angus, Santa Gertrudis e Senepol, sendo que, na raça Brahman, saiu campeão o touro MR PROS 259 POI, que obteve 14,06 pontos.O animal é de propriedade de Leonardo Dutra Parente Martins, titular da Fazenda Prosperidade, localizada no estado do Rio de Janeiro. A prova reuniu 470 animais de 140 criatórios da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal e, nela, foram avaliadas 12 características: peso, ganho médio diário, perímetro escrotal, conformação, precocidade, musculosidade, umbigo, temperatura, área de olho de lombo (AOL), espessura de gordura subcutânea (EGS), marmoreio e tipo. O gerente de produto Corte Zebu da CRV Lagoa e responsável pelo Centro de Performance da empresa, Ricardo Abreu, se disse satisfeito com o desempenho dos animais durante os 200 dias de confinamento. “Vale lembrar, explica ele, que a ponderação do índice de cada raça foi feita pelo co- 34 B u s i n e s s R u r a l mitê técnico da associação de cada raça. Essa ponderação privilegiou os animais equilibrados e harmônicos”. TESTE DE PERFORMANCE – Tratase de um método de seleção em que o animal é avaliado em seu desempenho (várias características), numa prova de confinamento, com duração de 180 dias. Podem participar touros desmamados PO (puro de origem). O teste tem por objetivos: * Disponibilizar a pequenos, médios e grandes criadores a avaliação de seus animais num teste; * Identificar animais jovens superiores para posterior colocação no mercado na forma de leilão no final do teste; e * Servir como fonte de touros jovens para teste de progênie no programa PAINT (melhoramento genético de bovinos de corte), da CRV Lagoa. Presidente - Aldo Valente (UberBrahman) Vice-presidente Cláudio Caiado Júnior (Brahman Transmontana) Diretor administrativo Roberto Sardinha Júnior (Brahman Rubi) Diretor financeiro André Vicente (Brahman Zapp) Diretor de Marketing Carlos Príncipe (Brahman do Príncipe) Núcleo Brahman Rio (NBR) tel.: (21) 2232-5640 [email protected] Expobrahman 2008 faz sucesso e fatura R$ 4 milhões A ExpoBrahman, em sua edição de 2008, foi sucesso total. Principal evento da raça, a mostra reuniu, entre os dias 13 e 19 de outubro, em Uberaba (MG), cerca de 700 animais que representam o que há de melhor em genética do Brahman no país. Nos cinco leilões realizados dentro da programação da mostra obteve-se o expressivo faturamento de cerca de R$ 4 milhões com a venda de animais. Nas pistas de julgamento, o destaque foi o Grande Campeonato Machos, vencido por Mister Texas TE 129, de propriedade de Demes Albertoni, titular da Fazenda Ranch III, localizada em Goiás. “Esta foi uma vitória da genética diferenciada da raça Brahman, pois o animal expressa todas as qualidades positivas em termos de produtividade e eficiência reprodutiva”, destaca Demes. O Reservado Grande Campeão foi Mister Querença 3000, da Querença Empresa Rural. “A V Expobrahman foi um sucesso, com público duas vezes maior que a edição do ano passado e genética de altíssima qualidade. A pecuária nacional tem investido muito em animais capazes de produzir carne de melhor qualidade e a exposição mostrou que a raça tem potencial para contribuir muito com a cadeia produtiva”, destaca o presidente da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil-ACBB, José Amauri Dimarzio. No encerramento do evento, Dimarzio reforçou ainda o perfil produtivo a raça que, “além da oferta de carne, destaca-se pela rusticidade e adaptabilidade às condições brasileiras, o que favorece o seu crescimento em todo território nacional”. O título de Melhor Criador e Melhor Expositor da ExpoBrahman 2008 ficou com a Querença, de Inhauma e Uberaba (MG). “É muito gratificante esse resultado, em especial porque a disputa foi muito acirrada e o nível dos animais bastante elevado. Ele coroa o trabalho de toda uma equipe comprometida e sólidos investimentos para que a raça se consolide ainda mais no país”, ressalta Moisés Fernandes Campos, vicepresidente da ACBB e diretor da Querença. A V ExpoBrahman também encerrou o Ranking Nacional Brahman 2007/2008. O Melhor Expositor Nacional é a J4 Agropecuária e o Melhor Criador a Querença. CRV Lagoa - Considerada uma das maiores centrais de genética bovina da América Latina, a CRV Lagoa (com sede em Sertãozinho-SP), oferece desde 1971 produtos e serviços de melhoramento genético animal. Conta com sêmen convencional e sexado de touros nacionais e importados e de ovinos e caprinos em sua bateria, além de oferecer programas e serviços, como o PAINT e o Centro de Performance Lagoa, entre outros. MISTER TEXAS TE 129, Grande Campeão da V Expobrahman DIRETORIA DA ACNB Triênio 2008/2011 Presidente: Vilemondes Garcia de Andrade Filho 1º Vice Presidente: Helder Henrique Galera ACNB: 54 anos de bons serviços à raça Nelore Como parte do seu programa de trabalho a ANCB desenvolve ações visando preservar, fomentar e divulgar a raça Nelore através da valorização de sua carne e do melhoramento genético, auxiliar no desenvolvimento da pecuária nacional e contribuir para o fornecimento de produtos saudáveis na alimentação. Para isso, promove e dá apoio a uma série de iniciativas que visam evidenciar as qualidades da raça e estimular o desenvolvimento da pecuária nacional. PROJETOS * Desde 1993, a entidade promove o Ranking Nacional da ACNB com o objetivo de estimular a divulgar o progresso genético da raça. Com esse mesmo fim, apóia a Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores na operacionalização do Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore – PMGRN Nelore Brasil. * Em 1999, iniciou uma nova linha de trabalho, estendendo sua atuação aos criadores de gado comercial e assumindo um novo desafio: desenvolver uma marca para a carne do Nelore. Assim teve início a promoção dos abates técnicos que subsidiaram o desenvolvimento 3º Vice Presidente: Helder Henrique Galera 4º Vice Presidente: Luiz Carlos Marino 5º Vice Presidente: José Luiz Niemeyer dos Santos Diretor Secretário Geral Felipe Carneiro Monteiro Picciani Diretor 1º Secretário Roberto Alves Mendes foto: ACNB Fundada em 7 de abril de 1954 e com sede na capital do Estado de São Paulo, a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil-ANCB é uma entidade que tem por finalidade integrar criadores e pecuaristas em torno de um objetivo comum: fortalecer e defender a raça Nelore que representa cerca de 80% do rebanho de corte nacional, estimado em 170 milhões de cabeças (a população bovina brasileira é de 205 milhões de cabeças aproximadamente). 2º Vice Presidente: Alice Maria Barreto Prado Ferreira Reprodutor de genética superior e deram origem ao Programa de Qualidade Nelore Natural – PQNN. * Desde 2001, a marca (Nelore Natura, Boi de Capim, Carne Saudável) leva a marca do pecuarista até a mesa dos consumidores brasileiros. Após o início das operações do PQNN, os abates técnicos passaram a ter a função de mapear o desempenho frigorífico da raça Nelore no país e orientar os seus participantes quanto aos parâmetros de melhor liquidez de mercado. Passaram então a ser organizados sob a forma de um campeonato: Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças. * A oficialização dos leilões Nelore, promovidos no país, é outra iniciativa da ACNB. A chancela de Leilão Oficial tem por fim o fortalecimento e valorização da raça. * O projeto mais recente da ACNB foi a instituição da Universidade do Boi e da Carne, um órgão de difusão de tecnologias destinadas ao aprimoramento, fortalecimento e expansão da raça Nelore. Titular da Fazenda Boi Verde, em Avaré (SP), onde possui um plantel de 420 animais Nelore PO, Vilemondes, foi um dos fundadores do Núcleo dos Criadores de Nelore de Avaré e Região. Alice Ferreira – criadora de Nelore nas suas fazendas Quilombo e Perdizes, em 38 Business Rural Diretor 1º Tesoureiro José Odemir Spaggiari Diretor 2º Tesoureiro José Carlos Romanelli A festa de fim de ano e a entrega dos prêmios do Ranking Nelore-Rio 2008 e do Ranking ACNB Regional RJ 2007/2008 se realizará no dia 09/12/08, no Clube Monte Líbano, com início às 19 horas. O show de encerramento será com Escola de Samba Unidos do Viradouro. Vencedores do Ranking Nelore-Rio 2008 Melhores Expositores 1° - Augusto José Ariston 2° - Fernando Fiúza Diz 3° - Pecuária Unit Santa Clara Ltda. Melhores Criadores 1° - Pecuária Unit Santa Clara 2° - Fernando Fiúza Diz 3° - Faz. N.M. Santa Edwiges C.R.Ltda. ACNB tem novo presidente Melhores Fêmeas 1° - Vala I TE FMT 2° - Membeca I do Seridó 3° - Espanholina WF Diz Melhores Machos foto: Fabio Fatori / ACNB Aproximar ainda mais a entidade do dia-a-dia do nelorista é um dos objetivos do novo presidente da ACNB, Vilemondes Garcia de Andrade Filho, à frente do órgão. Ele substitui no cargo Alice Maria Barreto Prado Ferreira, primeira mulher a presidir o órgão. Na pecuária desde 1987, Vilemondes foi indicado para o cargo pela ACNB devido, principalmente, ao seu vínculo administrativo com órgão (na gestão anterior foi seu 2° Secretário). Sua posse e dos demais membros da Diretoria ocorreu em 17/04/2008. Diretor 2º Secretário Luiz Antônio Felippe Alice Maria Barreto Prado Ferreira e Vilemondes Garcia de Andrade Filho Indaiatuba (SP) e Campo Grande (MS) – deixa a presidência da ACNB, mas não se desligará da diretoria, ocupando o cargo de 2° Vice-Presidente. 1° - Ferrari TE Casseribu 2° - Espanhol FIV WF Diz 3° - Ijanu FIV JWW Melhores Matrizes 1° - Opinião FC. 2° - Damara da Edwiges. 3° - Bilara I JWW Prêmio Expositor Revelação Ricardo Campos Salgado Prêmio Criador Revelação Olavo Monteiro de Carvalho OVINOS/CAPRINOS Pecuária Por: Adeildo Lopes Cavalcante OVINOCAPRINOCULTURA: bons negócios na certa Um dos setores da pecuária que oferecem boas perspectivas para se ganhar dinheiro atualmente é a ovinocaprinocultura (criação de ovinos e caprinos). A razão é que há crescente procura pelos produtos do setor, principalmente carne, e a oferta não atende essa procura, gerando a necessidade de se investir no aumento da produção para atender à demanda 40 Business Rural FALTA DE PRODUTOS VANTAGENS Em vista das oportunidades ofereciO fato de o Brasil apresentar produdas pelo mercado, muitos produtores reção insuficiente para atender à demanda e solveram aumentar a produção, enquanto baixo consumo de produtos ocorre apesar um bom número de pessoas passou a inde o país possuir um dos maiores rebanhos vestir no setor de criação. Uma das vantade ovinos e caprinos do mundo. Segundo gens da criação de ovio último levantamento nos e caprinos é que são do Instituto Brasileiro de animais com pouca exiGeografia e Estatística gência de espaço físico (IBGE), datado de 2006, e pastagem: o local onde o país dispõe atualmente se colocaria um bovino de cerca de 16 milhões adulto pode receber, por de ovinos e de 10,5 miexemplo, até nove ovilhões de caprinos. Por nos. Além disso, o interser o rebanho nacional valo entre partos é menor insuficiente para suprir do que nos bovinos (a fêa demanda de carne, o mea passa nove meses Brasil tem importado o em gestação). No ovino e produto de outros pano caprino, a gestação é íses, como o Uruguai, de cinco meses, ou seja, para complementar as Ovino da Raça Dorper a prolificidade é maior, o necessidades internas. que significa que, em curto espaço de temA falta de produtos não se restringe po, o rebanho é multiplicado. apenas à carne. A caprinocultura leiteira, Foto: Marcia Gouthier / ASN Setor que tem por atividade principal a produção de carne, leite, pele e lã, a ovinocaprinocultura (criações de ovinos e caprinos) é um dos setores da pecuária que oferecem atualmente perspectivas para realização de bons negócios em vários estados, entre eles o Rio de Janeiro (sobre a atividade nesse estado leia mais adiante). Isto se deve a dois fatores: crescente procura pelos produtos do setor, principalmente carne, e oferta insuficiente para atender essa procura, o que gera a necessidade de se investir no aumento da produção para atender à demanda. Prova desse desequilíbrio entre a produção e a procura, no caso da carne, carro-chefe do setor, está em dado levantado pela Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (ARCO): hoje a produção nacional gira em torno de 172 mil toneladas por ano, enquanto o consumo é de cerca 2004 mil toneladas/ano. O número referente ao consumo, no entanto, não significa que ele seja alto no país. Segundo estudos especializados, o Brasil consome apenas 0,7 quilos de carne ovina e caprina por pessoa/ano, metade do consumido pelo México (1,4 quilos) e Argentina (l,5 quilos). Comparado com o índice da Nova Zelândia, 39,7 quilos, o maior do mundo, nosso índice de consumo é insignificante. por exemplo, apresenta um déficit de quatro toneladas por ano na produção, que hoje é de 22 mil toneladas. Ou seja: cerca 15% da demanda de leite de cabra são importados de outros países. Outro ponto positivo é o custo reduzido em comparação com o de bovinos, devido à prolificidade e à menor exigibilidade de espaço. Outra vantagem: o custo de matrizes e de reprodutores é inferior ao dos bovinos. Por outro lado, tanto no mercado interno quanto no externo, há uma demanda insatisfeita por produto do setor, o que gera a possibilidade de incremento da ovinocaprinocultura para suprimento desses mercados. Fontes: IBGE, Ministério da Agricultura e o Agrocentro, empresa promotora da Feira Internacional de Caprinos e Ovinos, evento realizado anualmente no país. CNA REATIVA COMISSÃO DE OVINOS E CAPRINOS ACOCERJ E RIOCAPRI APÓIAM O SETOR NO ESTADO DO RIO Expositores: Diego Vasconcelos, Thiago Inojosa, Marambaia Agropecuária Ltda., Pergentino de Vasconcelos e Toli Ovinos. Contando com o apoio da Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos do Estado do Rio de Janeiro-ACOCERJ e da Associação dos Caprinocultores do Estado do Rio de Janeiro - RIOCAPRI (ver detalhes sobre essas entidades abaixo), a ovinocaprinocultura, no Rio de Janeiro, evolui para se transformar em importante atividade da economia do estado. Hoje o segmento reúne, em diferentes regiões do território fluminense, um rebanho de aproximadamente de 75 mil animais, sendo 45 mil de ovinos e o restante de caprinos. A ovinocultura está voltada principalmente para a produção de carne e entre as raças mais criadas estão a Santa Inês deslanada (sem lã) e a Dorper. Quanto à caprinocultura, preodomina, no setor, a produção leiteira, sendo que as raças mais exploradas são: Saanen, Alpina, Toggenburg e Anglo-nubiana. Uma das finalidades da Exposição consiste em, através de avaliações de conformação e de produção, detectar animais de alta qualidade, os quais servirão como referência no que diz respeito ao melhoramento genético do rebanho ovino. ACOCERJ – Nos últimos quatro anos a ACOCERJ vem pro- Criadores: Thiago Inojosa, Marambaia Agropecuária Ltda., Diego Vasconcelos, Toli Ovinos e Pergentino de Vasconcelos. Leilão - Da agenda da Exposição fez parte um leilão de animais das raças Santa Inês e Dorper, no qual foram comercializados 40 lotes no valor de R$ 178.000,00. Além do leilão, foram vendidos animais nas baias. Nos dois ambientes, leilão e baias, o faturamento chegou a R$ 250.000,00 aproximadamente. Durante a Exposição foi dada conhecer uma notícia importante para a ovinocultura de corte fluminense: o credenciamento do Frigorífico Municipal de Campos para abate de ovinos com inspeção estadual. RIOCAPRI – Essa entidade, criada em 1999 e com sede no município de Resende, tem por objetivo, segundo sua diretoria, “promover o desenvolvimento harmonioso e sustentando da caprinocultura no Estado do Rio de Janeiro”. movendo diversos eventos com o fim de difundir a atividade no território fluminense, destacando-se a Exposição Especializada de Ovinos (a mais importante do estado), realizada anualmente em Campos, em parceira com o SEBRAE-RJ, Fundação Rural de Campos e Secretaria Municipal de Agricultura de Campos. Além de pesquisar e estudar assuntos de interesse dos caprinocultores associados e divulgar a caprinocultura, cabe à RIOCAPRI executar o Serviço de Registro Genealógico das Raças Caprinas (SRGC) no estado, por subdelegação da Associação Brasileira de Criadores de Caprinos (ABCC). A edição 2008 (a quarta) reuniu 79 participantes (23 expositores e 56 criadores) dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe e contou com 580 animais das raças Santa Inês, Dorper e Lacaune, dos quais 180 foram à pista de julgamento (somente a raça Santa Inês foi a julgamento). Saíram vencedores dos julgamentos: A caprinocultura fluminense começou a despontar como atividade econômica a partir de 1980 e hoje exibe as algumas conquistas importante, como a Queijaria Escola de Nova Friburgo, que vem atraindo novos investimentos para a atividade e fortalecendo produtores já existentes, incentivados pela garantia de compra do leite produzido por eles. Desativada há seis anos, a Comissão voltou a funcionar no ano passado e, no início das atividades, elaborou um plano para curto, médio e longo prazo. É objetivo do órgão fomentar iniciativas de organizações de associações e cooperativas para fortalecimento da cadeia produtiva do setor. “Todos os entraves da cadeia têm que ser estudados”, diz o presidente da Comissão, Edilsom Maia, afirmando que “o setor vive um bom momento, pois há procura de carne e pouca oferta do produto” . E acrescenta: “Precisamos unir os esforços para nos tornarmos uma atividade econômica estável, pois nossa produção ainda é muito doméstica e há uma longa distância entre os produtores e frigoríficos”. Ele chama a atenção para o fato de que há pouca informação sobre o mercado, o que dificulta o desenvolvimento da atividade. “Todos os anos muitos produtores investem no setor e, por falta de informações, muitos acabam desistindo, abandonando a criação de ovinos e caprinos”, diz. B u s i n e s s R u r a l 41 Nutrição Animal Bovinos Produtos químicos e biológicos viabilizam uso da silagem de cana na alimentação do gado A fermentação alcoólica presente na silagem de cana-de-açúcar que inviabiliza o uso desta na alimentação de bovinos já pode ser reduzida a um nível que permite o emprego do alimento, com sucesso, na dieta dos animais. Basta, para isso, que se aplique, nele, aditivos (produtos químicos e biológicos) para controle da fermentação. A conclusão resulta de pesquisas realizadas na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo, entre elas a desenvolvida pelo pesquisador Patrick Schmitd com animais de corte das raças Nelore e Canchim Por: Adeildo Lopes Cavalcante Embora sejam a base da alimentação do gado de corte e de leite, as pastagens não produzem, principalmente nos períodos secos do ano, forragem suficiente e de boa qualidade para atender às necessidades nutricionais dos animais. Nesses períodos, devido à estiagem, o alimento fica escasso e, em muitas fazendas, chega a faltar. Em conseqüência disso, o gado emagrece, perde peso e passa a produzir menos carne e leite, afetando a lucratividade dos produtores. Diante dessa situação, os produtores, para reforçar a dieta dos animais, fazem uso de outros alimentos, como silagem (forragem conservada em depósitos próprios, chamados silos). Nesse contexto, destacam-se pesquisas sobre silagem de canade-açúcar realizadas na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz–Esalq (Campus Piracicaba), vinculada à Universidade de São Paulo. Nos estudos, conduzidos no Departamento de Zootecnia, ficou comprovado que esse alimento pode ser empregado com sucesso na dieta do gado de corte e de leite desde que se aplique, nele, aditivos químicos e biológicos para controle da fermentação alcoólica, provocada por leveduras que convertem os açúcares da forra- 42 Business Rural Cana picada para posterior colocação no silo gem em álcool. Essa providência minimiza as perdas de silagem, preserva o valor nutritivo do alimento e faz com que ele seja mais palatável e digestível. GADO DE CORTE Dentre os estudos recentes realizados na Esalq sobre nutrição de bovinos destaca-se o desenvolvido pelo pesquisador Patrick Schmidt envolvendo o emprego de aditivos em silagem de cana para gado de corte. Para a realização do estudo, ele partiu da constatação, conforme assegura em entrevista à Revista Business Rural, de que a pesquisa com silagem de cana no Brasil visa, em primeiro lugar, obter aditivos que impeçam a produção de álcool no silo. “Para isso, explica, os aditivos devem ser eficientes em impedir o crescimento e a atividade das leveduras presentes na cana-de-açúcar”. E prossegue: “Na minha pesquisa, com a qual obtive o título de Doutor em Nutrição Animal em tese defendida junto ao Departamento de Zootecnia da Esalq sob a orientação do professor Luiz Gustavo Nussio, destacamse dois ensaio com animais Nelore e Canchim, nos quais foram testados os aditivos benzo ato de sódio (químico) e Lactobacillus buchneri (bacteriano). Ambos se mos- traram bastante favoráveis à preservação da cana-de-açúcar no silo, não deixando o material perder qualidade em função do crescimento de leveduras. Num dos ensaios (confinamento), silagens aditivadas com a bactéria L. buchneri proporcionaram ganho de peso de 200 gramas por dia a mais que silagens feitas sem aditivos”. A silagem aditivada, segundo o pesquisador, tem um custo maior que a silagem sem aditivos. Em média, os aditivos custam entre R$ 6,00 e R$ 9,00 por tonelada de cana. “Contudo, esclarece, se corretamente utilizados, eles promovem menores perdas no processo de ensilagem (13% contra os 30% na silagem sem aditivos) e maior ganho de peso nos animais. Assim, os dados obtidos nos ensaios desenvolvidos na Esalq mostram custo de produção de 12% inferior para silagens aditivadas, em relação à silagem de cana sem aditivos”. GADO DE LEITE Embora o foco de seus estudos tenha sido silagem de cana aditivada para gado de corte, o pesquisador Patrick Schmidt aproveita a oportunidade para informar que o Departamento de Zootecnia da Esalq obteve, em outros estudos, bons resultados ADITIVOS: MAIS QUALIDADE E MENOS PERDAS Bem preparada com aditivos indicados pela Esalq, a silagem de cana pode fazer parte da lista de silagens de boa qualidade e econômicas feitas com outros produtos, como o milho (a silagem mais usada pelos produto- res). A busca de fontes de alimentação mais econômicas é muito importante, pois a alimentação responde por cerca de 60% dos custos de produção dos animais. O pesquisador Patrick Schmidt chama a atenção, por outro lado, que a silagem nunca terá a qualidade da forragem fresca que deu origem a ela. Por isso, é importante melhorar a qualidade e minimizar as perdas na ensilagem, utilizando-se aditivos no processo de preparo do alimento. SILAGEM O ANO TODO PARA O GADO Cultivada em praticamente todas as regiões do país, a cana é muito utilizada na alimentação do gado, na forma fresca (picada no cocho), principalmente nos períodos secos do ano, quando apresenta elevada produção de forragem e quando há escassez de pastagens. O uso da silagem dessa forrageira apresenta vantagens com o uso desse alimento em ensaios com vacas holandesas em lactação, envolvendo silagem de cana aditivada e rações contendo silagem de milho. “As produções de leite apuradas nos ensaios apresentaram diferenças insignificantes (24,4 quilos/dia para silagem de cana aditivida e 25,5 quilos/dia para silagem de milho), mostrando que, se bem feita, a silagem de cana aditivada pode ser utilizada, como volumoso, para vacas de alta produção”, diz o pesquisador, que atualmente é professor da Universidade Estadual Paulista–Unesp), na unidade que a instituição mantém no município de Registro. “Com base em minhas pesquisas e em outros estudos realizados pela Esalq, podemos dizer que a instituição já domina a tecnologia de produção e uso da silagem de cana aditivada, afirma o Schmidt, adiantando que essa tecnologia (disponível ao produtor), vem sendo aplicada em muitas fazendas de pecuária com resultados bastante satisfatórios”. SILAGEM, ENSILAGEM E SILOS A silagem resulta da ensilagem (técnica de conservação, em silos, de forragem em estado verde). Obtém-se o alimento pela fermentação controlada de plantas com certo grau de umidade. Usada principalmente para bovi- importantes: além de poder ser utilizada durante o ano inteiro, não depende, para seu preparo, do tempo, como acontece com a fenação; torna as forragens armazenadas mais palatáveis e digestíveis; possibilita o aproveitamento de toda a planta e permite manter, por hectare, um maior número de animais durante o ano todo. nos, a silagem não é indicada para cavalos e bezerros pequenos. Os silos freqüentemente utilizados são os horizontais, do tipo trincheira ou de superfície. Há também os silos cilíndricos verticais, do tipo cisterna (os menos usados porque são de lida mais difícil). Tese premiada – Devido à sua importância principalmente para o produtor, a tese defendida por Schmidt na Esalq e que resultou dos seus estudos foi destaque na Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia (edição 2007), realizada em Jaboticabal (SP). No encontro o trabalho foi premiado como a melhor Tese de Doutorado defendida no Brasil em 2006. Maiores informações podem ser conseguidas com o Grupo de Qualidade e Conservação de Forragens da Esalq/ USP, através do prof. Luiz Gustavo Nussio ([email protected]), ou diretamente com o prof. Patrick Schmidt na Unesp/Campus de Registro (telefone 13-3828-2900 ou pelo e-mail [email protected]). B u s i n e s s R u r a l 43 Reprodução Animal Comercialização de clones: novidade na pecuária de corte Por: Adeildo Lopes Cavalcante Visando reduzir custos e aumentar a rentabilidade das criações de bovinos de corte busca-se cada vez mais, nas áreas de alimentação, manejo e genética, meios para tornar isto possível, melhorando o nível técnico das fazendas .Na área da genética, uma alternativa que disponta diz respeito à clonagem de bovinos de corte a partir de um programa iniciado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Um dos grandes objetivos do programa é produzir clones comerciais de alto padrão genético e de custos acessíveis para fornecimento a pecuaristas que aderirem ao programa. Com o emprego dos clones em cruzamentos com animais de seus rebanhos, os produtores poderão melhorar a produtividade dos animais e, em conseqüência, a rentabilidade dos seus negócios. Um dos meios que poderá ser usado, nos cruzamentos, é a inseminação artificial, técnica empregada, com sucesso, na pecuária em todo o Brasil. 44 Business Rural Uma novidade está para surgir na pecuária: a produção de clones de bovinos de corte de genética superior para fornecimento a produtores. O objetivo é melhorar a produtividade e a qualidade das criações e, conseqüentemente, a renda dos produtores. É o que prevê parceria formada entre a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia – órgão de pesquisa do governo federal – e a empresa Brasif, através da Fazenda Mata Velha, em Uberaba (MG) PARCERIA “O programa tem por base uma parceria entre a Embrapa e a Brasif Participações e Administração, que mantém a Fazenda Mata Velha, em Uberaba (MG). Trata-se de uma das mais importantes propriedades que atuam no melhoramento e difusão da genética da raça Nelore no país”, explica, em entrevista à Revista Business Rural, o chefe geral do Cenargen, José Manuel Cabral de Sousa Dias. Em maio de 2006, a Brasif e a Embrapa assinaram contrato para melhoramento e validação das técnicas de clonagem e prestação de serviço de produção de clones para os criadores interessados. Segundo o titular do Cenargen, “a pareceria é inédita no Brasil e foi for- mada para que a demanda de clonagem de bovinos possa ser atendida de forma efetiva pela Brasif, usando os conhecimentos e tecnologias geradas pela Embrapa. A empresa pública tem certas limitações que, às vezes, dificultam a prestação de serviços com a presteza que convém às empresas particulares”. “Os primeiros experimentos advindos dessa parceria, prossegue José Manuel, estão sendo realizados no Campo Experimental do Cenargen, em Brasília, no Distrito Federal. São experimentos que visam melhorar as técnicas de clonagem, de modo a aumentar a produção de clones e número de prenhezes a partir de embriões clonados implantados nas receptoras”. “Na Fazenda Mata Velha, informa o dirigente do Cenargen, está em construção um laboratório específico para a produção in vitro de embriões (técnica conhecida com PIVE) e de clones bovinos e, de acordo com a programação estabelecida, a parceria entre a Embrapa e a Brasif deve ser consolidar até o final de 2008 com o nascimento dos clones que usarão material genético doado por matrizes de alto padrão genético doado por matrizes da Fazenda Mata Velha”. Inseminação artificial: uma das técnicas modernas que poderá ser usada “A partir daí, adianta o chefe geral do Cenargen, o laboratório passará a atender à demanda pela produção de cópias de animais de alto valor ge- CLONAGEM: CONQUISTAS DA EMBRAPA Pioneira nas pesquisas de clonagem bovina na América Latina, a Embrapa, através do Cenargen, começou a se destacar nessa área a partir de 2001, quando obteve o primeiro clone do Brasil – a bezerra da raça Simental Vitória. Este clone, que está prestes a completar seis anos de vida sem apresentar nenhum sintoma de envelhecimento precoce, já foi mãe da bezerra Glória, nascida em 2004 e do bezerro Galante, nascido em 2006, ambos gerados por inseminação artificial. “O nascimento dos filhos de Vitória responde a importantes questões sobre fecundidade e habilidade materna do clone e abre ótimas perspectivas para a clonagem comercial”, diz José Manuel Cabral de Sousa Dias. O segundo clone produzido pela equipe do Cenargen foi Lenda da Embrapa, gerada em 2003 a partir de células de nético da própria Fazenda Mata Velha e de outras propriedades interessadas em multiplicar e difundir o seu material genético. A expectativa é que até uma vaca holandesa que havia morrido antes da coleta das células que originaram o clone. Lenda da Embrapa, por inseminação artificial, gerou Fábula, que nasceu em 2005 e que atualmente, com mais de um ano de idade, tem desenvolvimento normal, demonstrando o potencial reprodutivo e a habilidade materna da fêmea clonada. Outro experimento de clonagem foi realizado a partir de uma vaca Junqueira, raça que foi muito importante em passado recente, mas que atualmente está em risco de extinção. Dois clones, as bezerras Porã e Potira, nasceram em 2005, constituindo-se em uma real possibilidade de multiplicar o número de animais dessa raça no país. A partir desse experimento, pode-se antever que a clonagem poderá ser utilizada também, no futuro, para salvar bovinos e outros mamíferos em risco de extinção. o final de 2008, a técnica de clonagem esteja devidamente dominada e o laboratório se encontre em pleno funcionamento”. B u s i n e s s R u r a l 45 E s p o r t e s EM JAGUARIÚNA, SILVANO ALVES E ANTONIO JUCELINO SÃO OS CAMPEÕES DO CIRCUITO CRYSTAL DE RODEIO Pedro Muylaert vence GP do Internacional de Saltos do Rio O conjunto paulista Padro Muylaert/Vidou venceu o Grande Prêmio, de 1,50m, do Internacional de Saltos do Rio de Janeiro, na Sociedade Hípica Brasileira. O conjunto foi o mais rápido com 55s41, desbancando os favoritos. O carioca Stephan Barcha/Krissnee Du Defey foi o vice- campeão com 57s05 e pista limpa, seguido Poe Hércules Gadelha e Ocana, 54s21 e quatro pontos. Final do campeonato que tem a maior premiação do país no esporte aconteceu, durante o Jaguariúna Rodeio Festival Além dos competidores que ficaram em primeiro lugar, receberam prêmios em dinheiro todos os 21 finalistas da noite e também os animais e tropas que se destacaram ao longo do campeonato. O melhor touro foi Praieiro de Neto Oger/ 3 B. Já Panther da tropa de Luiz Preto foi o melhor cavalo. Os proprietários receberam R$ 50 mil e R$ 30 mil respectivamente. A boiada que mais se destacou ao longo do Circuito foi a de Neto Oger. Já o prêmio de tropa campeã ficou com a Cia. Vale da Piedade Crystal. Eles receberam R$ 30 mil cada. No geral, a final do Circuito distribuiu R$ 600 mil livres de impostos. Felipe Amaral é o Campeão do Troféu Roberto Marinho 2008 Foto: Divulgação Uma final emocionante que reuniu as maiores estrelas do rodeio nacional consagrou os competidores Silvano Alves de Almeida, de Pilar do Sul (SP) e Antonio Jucelino da Costa, de Tietê (SP) campeões do Circuito Crystal de Rodeio 2007/2008. Silvano foi o vencedor do campeonato na modalidade touro encerrando o Circuito com 920 pontos. O competidor levou para a casa o prêmio de R$ 300 mil e uma fivela de ouro cravejada com rubis com valor estimado de R$ 20 mil. Já na modalidade cavalo cutiano Antonio Jucelino conquistou o bi-campeonato com 580 pontos no ranking geral da competição. Jucelino recebeu pelo feito o prêmio de R$ 100 mil e a fivela de R$ 20 mil. O Circuito Crystal-2007/2008 teve 14 etapas que foram realizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás . em Cajamar, Fernandópolis, Barretos (Festa dos Campeões), Araçoiaba da Serra e Paranaíba, além de ter sido vice-campeão em Rio Verde. Os campeões do Circuito Os dois competidores campeões fazem parte do Top Team Crystal, time de grandes estrelas do rodeio, considerado a seleção brasileira do esporte. Além do bi-campeonato do Circuito Crystal, Antonio Jucelino coleciona outros grandes títulos no rodeio brasileiro. Entre os títulos que sustenta está o de bi-campeão de Barretos e campeão em Jaguariúna e Americana. Já ganhou 27 motos, 2 caminhonetes e 12 carros em rodeios pelo Brasil. Silvano Alves de Almeida, o campeão na modalidade touro, é considerado uma das maiores revelações do rodeio nos últimos tempos. Com apenas 20 anos, ele já foi campeão Vencedores da etapa Com 341 pontos conquistados em quatro dias de montarias Silvano Alves Almeida foi o vencedor na modalidade touro da etapa do Circuito realizada em Jaguariúna. Já nas montarias em cavalo cutiano houve empate entre Antonio Jucelino e Jair Honório com 309 pontos. Sobrou emoção no GP Troféu Perpétuo Roberto Marinho, que encerrou as comemorações do 70o Aniversário da Sociedade Hípica Brasileira. Na pista com obstáculos a 1m45, desenhada por Guilherme Nogueira Jorge, apenas nove dos 38 conjuntos não cometeram falta e ficaram dentro do tempo No segundo percurso, o jovem Felipe Amaral, de 18 anos, montando Aliança do Brasil Rastaman GMS desbancou os favoritos e foi o mais rápido em 43s73, com uma pista perfeita. O segundo posto foi para José Roberto Reynoso Fernandes Filho/Gina Jmen Sanol Dog Protecnina, em 44s55, seguido por Fábio Leivas da Costa e Lancelot Domar, em 46s46, ambos sem faltas Responsável pela nota: Imprensa CBH Foto: ABHIR Hipismo Rural: criado e praticado por brasileiros 46 46 B u s i n e s s R u r a l Descober to e praticado unicamente por brasileiros, o Hipismo Rural buscou sua inspiração nas áreas rurais e fazendas como uma brincadeira, que logo desenvolveu-se com bases do adestramento e criação de regras próprias, levando esse espor te a um crescimento contínuo de cavaleiros e amazonas praticando, competindo, criando novos talentos e consagrando animais. cluindo competições de Resistência, Steeple chase, Cross e Picadeiro. O Hipismo Rural compõe-se de um conjunto de provas realizadas em dois dias, in- Mais informações pelo site da ABHIR www.abhir.com.br Alinne Moniz e White Boy - Hipica Vidotto O Hipismo Rural é caracterizado por mostrar o trabalho do cavalo em espaço fechado (como dentro de um curral), tendo o animal que fazer as figuras de baliza, tambor, salto de obstáculos e recuos. Hoje, as provas são disputadas em sete categorias: Escola, Mini-Mirim, Nível I, Intermediária, Master, Performance e Força livre. By Nancy Dy Hirsch Querida Angélica, A festa começa daqui a pouco. A cidade é Ribeirão Preto, interior de São Paulo e o local é o Parque de Exposições. O momento é o anticlímax da 27ª. Exposição Nacional do Cavalo Árabe. Os nove dias -de oito a dezesseis de novembro - com certeza vão se estender, uma vez que nossos visitantes estrangeiros sempre programam visitas aos haras e centros de treinamento. O picadeiro coberto vai receber a serragem colorida, as bandeiras dos países criadores da raça e dos estados brasileiros vão tremular no teto, o pavilhão verde e amarelo vai reinar sobre elas. Neste momento, ao invés dos relinchos dos cavalos, os sons que predominam são dos martelos e das furadeiras. Mas isso muda em breve. Estimamos a presença de mil animais entre os daqui e aqueles que vêm da Europa e das Américas. O público vai se distribuir pelas mesas e camarotes, portando seus catálogos e suas expectativas: para cada modalidade de prova há apenas um campeão, uma guirlanda exuberante, um troféu na cor ouro. É tempo de colheita em 2008. Tudo aquilo que se plantou e cultivou nos dois últimos anos vai ser mostrado na maior exposição do Árabe. O investimento e o incentivo às modalidades esportivas trazem para as pistas não só as tradicionais competições de Western e English Pleasure, como também as de enduro, de maneabilidade, de salto e de apartação de gado. Foi com entusiasmo que os amantes dessas provas viram suas atividades receberem premiações importantes e o número de concorrentes aumentar em muito ao longo desse ano. A poeira vai subir nos dois dias em que a pista de areia recebe os aguardados sessenta conjuntos para a prova de maneabilidade e os duzentos intrépidos apartadores de gado. Oitenta quilômetros de trilhas serão cobertos por aproximadamente cem cavalos e seus cavaleiros, desafiando as intempéries no enduro. Tal participação só comprova a capacidade atlética do Árabe, o cavalo criado nas areias do deserto, cultivado com a sabedoria do passado, aprimorado com a visão no futuro e consagrado no presente. do todo, que exporta em média duzentos cavalos anualmente para destinos que incluem criadores tradicionais da raça como os Estados Unidos, a Europa e o Oriente Médio. Escolha aqueles pelos quais você vai torcer e boa sorte. Nancy de Lustoza Barros e Hirsch “Nancy é criadora desde 1991, arquiteta, jornalista e autora do livro Passo Trote Galope. ”http://passotrotegalope.blogspot.com Encontro-me como o repórter que precisa enviar a matéria para o jornal, que já vai ser impresso, mas o jogo de futebol que ele está cobrindo ainda não terminou. Quando esta revista for para o prelo ainda não terei os resultados da Nacional, mas quem quiser acompanhar as premiações pode ir ao site da Associação de criadores (www.abcca.com. br) e verificar, entre outras coisas, o que os juízes colocaram em suas planilhas de avaliação sobre a conformação dos animais nas provas de halter. Aguardamos você para celebrar conosco este plantel respeitado pelo mun- Para comprar este livro ligue: Tel: (21) 2491-1496 B u s i n e s s R u r a l 47 TREINAMENTO - eqüinos Trabalhos Especiais: Combatendo as resistências do cavalo ( parte 2 ) Como já tratamos na edição, anterior o cavalo pode apresentar dois tipos de resistência ao trabalho, seriam elas as resistências de peso, força e a conjuga conjugação das duas. Na matéria anterior trata tratamos da primeira, hoje falaremos sobre a resistência de força e a conjugação da resistência de peso e força. Um cavalo, mesmo adestrado, pode apresentar na prática, resistências voluntárias ou não na sua marcha para frente ou nas mudanças de direção. Figura: Reação do cavalo segundo direcionamento de forças ( direção da tensão das rédeas). A- Se a mão do cavaleiro estiver mais baixa que a boca do cavalo, este reagirá “puxando” para cima e invertendo o pescoço; B-Se a mão do cavaleiro estiver mais alta que a boca do cavalo, este responderá a esta ação reagindo para baixo alongando a borda dorsal do pescoço e arredondando a base do pescoço podendo também flexionar a nuca. Cabe ao cavaleiro determinar o momento certo de ceder (após a descontração do maxilar) para que a ação permaneça benéfica, o exagero da ação de mãos (principalmente se associada a outros tipos de enredeamentos especiais) sem o uso correto das pernas impulsionando o cavalo para frente, pode acarretar no encapotamento do animal. (Figura : adaptação de Licart, 1989) 48 B u s i n e s s R u r a l Na resistência de força o cavalo, apesar de manter seu conjunto de frente (posição de cabeça e pescoço) altos, pode forçar as mãos do cavaleiro se opondo as ações de mãos deste, como uma força de inércia. Neste momento, se o cavaleiro não se opuser a esta reação o cavalo não atenderá satisfatoriamente aos comandos, podendo até disparar, por ser mais pesado e mais forte. Existe, contudo, um meio para dominá-lo nestes casos. Trata-se do emprego da vibração, popularmente conhecida como dedilhar, associada à alternância do direcionamento da ação das rédeas. Isto consiste em variar a intensidade da tensão das rédeas, aumentando e diminuindo esta intensidade com a movimentação dos dedos (o que pode ocorrer de duas formas: resistindo e variando o direcionamento das rédeas e/ou dedilhando a mesma, geralmente uma de cada vez ) sem perder o contato (ajuste de rédeas feito pelo cavaleiro) e por meio de uma elevação e abaixamento das mãos. O cavalo, por conseqüencia, não poderá manter uma resistência constante sobre esta ação móvel. Ele experimentará, ao fim de um tempo, subtrair-se à ação de mãos “abrindo” a boca, ou melhor, mastigando o bridão (embocadura), isto é: descontraindo seu maxilar. Neste exato instante de submissão do cavalo o cavaleiro deve ceder (aliviar a pressão das rédeas, mas sem soltá-las por completo), para recomeçar logo em seguida a vibração, novamente, caso o cavalo volte apresentar a resistência de força. A descontração do maxilar (vibração, dedilhar) deve ser obtida com o direcionamento da tensão das rédeas executado de baixo para cima (CUIDADO! Estamos falando de movimento, ou seja, aplicar direcionamento de uma ação de força através das mãos do cavaleiro e não deixar as mãos mais baixas que o bocado), por dois motivos: 1- O cavalo reage segundo o direcionamento de forças. Tipo ação e reação, logo, se sua mão estiver mais baixa que a boca do cavalo, este reagirá “puxando” para cima e invertendo o pescoço; Se sua mão estiver na altura da boca do cavalo este reagirá horizontalmente alongando o pescoço para frente; e se sua mão estiver mais alta o cavalo respon- Dra. Kate M. C. Barcelos CRMV/RJ - 7281 - Médica Veterinária-CRMV-RJ 7281 - Mestre em Medicina Veterinária (Clínica e Reprodução-UFF) - Instrutora ENA-ABCCMM e Técnica ABCCMM (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador) - Instrutora do SENAR-RJ (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) -Juíza Nacional de Adestramento da CBH (Confederação Brasileira de Hipismo) - Instrutora de Adestramento Clássico e de Adestramento Específico para Cavalos Marchadores. www.katebar.com derá esta ação reagindo para baixo alongando a borda dorsal do pescoço e arredondando a base do pescoço podendo também flexionar a nuca. Este último resultado é o mais desejável, haja vista que queremos destruir uma resistência de força de um cavalo que está “puxando” as rédeas para cima (invertido, ponteiro). 2- Quando a mão do cavaleiro atua de baixo para cima, assim que o cavalo cede a ação desejada, as rédeas se afrouxam ligeiramente permitindo uma recompensa a esta ação de “obediência” do cavalo. Por estes motivos um princípio a ser seguido é que a mão do cavaleiro esteja sempre ligeiramente mais alta que a horizontal da boca ( mais precisamente da comissura labial) do cavalo. As reações conjugadas de peso e de força podem ocorrer, por exemplo: quando o cavalo força as rédeas para baixo obrigando a mão do cavaleiro suportar o peso de sua cabeça e de seu pescoço (geralmente fugindo da ação de mãos do cavaleiro se “debruçando” fortemente sobre o bocado), ocorre simultaneamente uma resistência de peso e força, sendo necessário combate-las em separado, uma após a outra, iniciando sempre pela resistência de peso. Logo, se um cavalo equilibrado pode apresentar este tipo de reação, muito mais forte será sentida esta reação num cavalo em início de treinamento (sem equilíbrio). Assim sendo, devemos combater a conjunção dessas resistências separadamente, primeiramente destruindo a resistência de peso através das meias paradas (edição anterior no. 22) e em seguida a resistência de força pela vibração (descontração do maxilar). Assim, o cavalo torna-se equilibrado conseguindo manter a posição correta de seu pescoço/cabeça e, torna-se obediente, já que não mais força a mão do cavaleiro, dito assim em atitude, ou seja, com a colocação do conjunto cabeça-pescoço na posição ideal para cada modalidade esportiva, para cada fase de treinamento e para cada tipo e amplitude de andamento do cavalo. MANGALARGA MARCHADOR Panorama das Raças Ranking Nacional Mangalarga Marchador 2008 Melhores Criadores - Marcha Batida Melhores Reprodutores Marcha Batida Melhores Criadores - Marcha Picada 1º 1º - Elo Kafé da Nova 2º - Seiko LJ 3º - Greco do Yuri 4º - Cabuçu da Selva Morena 5º - Kondor do Passo Fino 6º - Favacho Estanho 7º - Radar de Anchieta 8º - Original do Passo Fino 9º - Nobre de Três Corações 10- Larante D.M.O 1º Sérgio Ricardo Della Crocci Haras Serena SP 2 º Nelson Luiz Feital Haras das Minas Gerais – MG 3 º Yuri Semansky Engler Haras Yuri – MG 4 º Paulo Guilherme M.L. Ribeiro Haras Conforto – SP 5 º Ronaldo Ribeiro Tavares Haras Três Corações - MG 6º Haras Santa Esmeralda Ltda. Haras Santa Esmeralda – MG 7 º Luiz Carlos Bueno Ferreira Haras Passo Fino – SP 8 º João Carlos Hartz Haras Porto Palmeira – RS 9 º Pedro Passos Júnior Haras Lumiar – DF 10 º Eao Emp. Agrop. e Obras S/A Haras EAO – BA Melhores Expositores - Marcha Batida 1 º Nelson Luiz Feital Haras das Minas Gerais - MG 2º Yuri Semansky Engler Haras Yuri – MG 3º João Carlos Hartz Haras Porto Palmeira – RS 4º Magdi Shaat Haras El Far - MG 5º Eao Emp. Agrop. e Obras S/A Haras EAO - BA 6º Luiz Carlos Bueno Ferreira Haras Passo Fino – SP 7º Haras Santa Esmeralda Ltda. Haras Santa Esmeralda - MG 8º Ronaldo Ribeiro Tavares Haras Três Corações – MG 9º Renata Scafuto R. Mello Guerra Haras Terra Vermelha – DF 10º Agropecuária FK Free Ltda Haras FK Free – RJ Melhores Reprodutrizes Marcha Batida 1º - Sparta do Berna 2º - Rosa de Ituverava 3º - B.H. Lua 4º - Helga da Mandassaia 5º - Cuca Café da Panorama 6º - Frida F.K 7º - Vaidosa da Selva Morena 8º - Dançarina da Gamboa 9º - Laglória Moema 10- P.G.P. Hortelã Melhores Machos - Marcha Batida 1º - Laglória Titã 2º - Tupiniquim da Esperança 3º - Ximango Caxambuense 4º - Grecco do Yuri 5º - Demolidor Tandy Melhores Fêmeas – Marcha Batida 1º - Lislie Estrela do Oriente 2º - Delta do Caito 3º - Brasa da Encruzilhada 4º - Lua Negra M.U.G 5º - Pérola do Corumbá Melhores Castrados – Marcha Batida 1º - Dominante do Bosque da Embaúba 2º - Urgente Kafé 3º - Dólar da UDM 4º - Silverado da Ogar 5º - Zurique da Água Vermelha Gabriel Donato de Andrade Haras Calciolândia – MG 2º Pio Guerra Junior Haras Cavalgada – PE 3º Severino Sérgio Estelita Guerra Haras Pedra Verde – PE 4º Fazenda Monjolinho Ltda Haras da Marcha – SP 5º José Alfredo do Reis II Haras Porteira de Tábua - MG 6º Abelardo dos Reis Beltrão Haras Lagoa da Serra - PE 7º Paulo Romeu Assunção Gontijo Haras Diadorim - DF 8º Riocon Faz. Reunidas Rio de Contas Fazendas Reunidas Rio de Contas - BA 9º José Felix C. de Oliveira Siqueira Fazenda Santa Marina - PE 10º Délcio Eduardo Graciano Costa Haras Planalto – BA Melhores Expositores - Marcha Picada 1º Rogério Bivar Simonetti Haras Água Boa – RN 2º João Vita Fragoso de Medeiros Haras Cascatinha – PE 3º José Felix C. de Oliveira Siqueira Fazenda Santa Marina - PE 4º Cláudio da Rocha Pascoal Filho Haras Caluli - PE 5º Paulo Augusto R. de Moura Chácara Belmonte - PE 6º Paulo Romeu Assunção Gontijo Haras Diadorim - DF 7º Pio Guerra Junior Haras Cavalgada - PE 8º Marco Aurélio Duarte Fazenda Harmonia - GO 9º Armando Pedrosa do Nascimento Haras Pedrosa - PE 10º Erinaldo Rodrigues da Silva Haras SERS - PE Melhores Reprodutores Marcha Picada 1º - Lampeão HO 2º - Haity Caxambuense 3º - Lágloria Imbú 4º - Zorro LJ 5º - Palhaço da Ituverava Melhores Reprodutrizes Marcha Picada 1º - S.P. Imbuia 2º - Samira do Porto Azul 3º - Hargus Monalisa 4º - Dinastia da Pedro Verde 5º - Terra Dura do Pau da Rola Melhores Machos Marcha Picada 1º - Graveto E.A.O 2º - Elfo do Porto Azul 3º - Horto da Pedra Verde 4º - Gomo E.A.O 5º - Catuni Tókio Melhores Fêmeas Marcha Picada 1º - Nordeste Aeromoça 2º - Usina da Preferência 3º - Bandeira Anri 4º - Textor Opa 5º - Zona da Marcha Melhores Castrados Marcha Picada 1º - Elegante da Terra do Sol 2º - Otimista F.D.A 3º - Soberbo Barbosa Uno Versalles 4º - Caxias OS 5º - Ultrason da Lagoa da Serra ACCMMERJ – Marchador Rio Diretoria para o biênio 2008/2010 Presidente: Felipe de Araújo Machado (Haras Golden Horse) Vice-Presidente: Kleber Bernardes da Silva (Haras Mandassaia) Diretores: Washington Barbosa de Araújo (Haras Lucky) Nelson dos Anjos Cabral Jr. (Haras dos Anjos) Philippe de Gruber Jourdan (Haras Don Philippe) Armando Marcos Alves Lavoura (Haras Leque Azul) Cláudio Sobral de Castro Caiado Jr (Haras Guaratiba) Associação dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador do Estado do Rio de Janeiro B u s i n e s s R u r a l 49 foto: Letícia Wieliwieck Panorama das Raças Retrospectiva e evolução das Pelagens em 2008 Por: Marisa Iorio Corrêa da Costa aqueles que deram continuidade ao trabalho realizado por Sebastião de Almeida Prado, criador de um dos pilares da raça, o pampa Capitel. Dentre muitos, podemos destacar antigos criadores como Aracy Marques Araujo, Armando de Moraes Barros, José Luiz Pires de Campos, José Maria Fráguas e mais recentemente Jamir Alves de Oliveira, que nunca deixou de acreditar na pelagem Pampa de Preto, quando uma vez, como ele sempre diz, teve seu trabalho de seleção elogiado pelo finado “papa” da raça José Osvaldo Junqueira. Marisa Iório é criadora de cavalos da raça Mangalarga e Pampa há mais de 20 anos (Haras Lagoinha-Jacareí/SP). Tel: (12) 3956-6934 / 3956-1403 - e-mail: [email protected] www.haraslagoinha.com.br Que raça de cavalos possui uma diversidade de pelagens aliada a um cômodo andamento, docilidade, rusticidade, resistência , cuja utilização versátil abrange o espor te, passeios e serviços em geral (lida de gado)? A partir do ano de 2002, por iniciativa do então presidente Reginaldo Bertholino, mas ainda sem uma representação de uma diretoria específica para esse campo de atuação, foram iniciados os julgamentos de pelagens (Baia, Tordilha, Alazã Sopa de Leite, Rosilha, Castanha, Preta/ Zaina e Pampa), separadamente por campeonatos dentro da pelagem em questão. Com certeza é o cavalo Mangalarga. Para chegar a esse patamar desde o início de sua seleção até por volta dos anos “80”, tivemos a contribuição objetiva de inúmeros exemplares, cujas escolhas sempre foram fundamentadas inicialmente nos padrões funcionais, depois morfológicos e de andamento, jamais nos critérios que excluíssem as “Pelagens” desse contexto. Somente viemos a solidificar esse segmento “pelagens” com a inserção da diretoria no ano de 2004. Podemos observar que inúmeros formadores de nossa raça, são na maioria das pelagens que hoje denominamos de “exóticas” por serem uma raridade. Naquele ano, tivemos como representante o criador Ivan Eduardo Zurita, que trabalhou intensamente pela solidificação desse novo nicho de criação e mercado. Se verificarmos apenas no pedigree do pilar da raça Colorado, encontraremos sua mãe Prenda (Tordilha), seu pai Fortuna V (Castanho) e ao longo de sua árvore genealógica, Jóia da Chamusca (Pampa de Preto), Baião da Chamusca (Amarilho), Telegrama Velho (Tordilho), Baio Escuro (Preta) entre tantos outros. Nessa época, Zurita conseguiu patrocínios de grandes empresas e com prêmios significativos incentivou os criadores e expositores das diversas pelagens a participarem de exposições a nível nacional. Podemos dizer que efetivamente o trabalho de seleção das pelagens reinicia-se nessa época. E porque então, estamos convivendo a mais de 25 anos com essa “discriminação” ? Hoje, o trabalho da diretoria de pelagens, está focado no melhoramento da raça, pois ainda necessitamos trabalhar arduamente para um maior crescimento zootécnico dos espécimes existentes em cada uma das diversas pelagens. Realmente fica difícil de aceitar, pois não se consegue achar razões concretas, para se fundamentar uma posição tão negativa com relação as pelagens exóticas. Será somente o gosto pessoal ? Ou no passado, fomos direcionados a ter esse entendimento ? Se observarmos as estatísticas ano a ano desde a implantação desse novo segmento (2002) até os dias de hoje, verificamos um crescimento significativo tanto com relação ao número de expositores (97%), como no aumento de animais inscritos (94%). Podemos citar, de forma prejudicial para raça, a perda de uma grande fatia de mercado que, gostando da pelagem pintada e por falta de opções nacionais, tiveram como alternativa, procurar fora do território nacional uma outra raça que possuía a pelagem como diferencial e desta maneira, a raça Paint Horse entrou no Brasil. Podese imaginar quantos associados devemos ter perdido. Outra observação importante de crescimento, pode ser verificada, na XXX Exposição Nacional da raça Mangalarga, agora em 2008. Com 103 expositores participantes dessa mostra, 73 expositores participaram dos diversos campeonatos de pelagem. Desta forma, podemos chegar a uma avaliação que 70,87 % dos expositores da nacional da raça, tomaram parte em algum campeonato de pelagem e apenas 29,13% participaram somente do julgamento tradicional, predominantemente da pelagem alazã. Mas isso não para por aí. Diversos criadores que tinham como meta principal o andamento marchado, uniram-se para a fundação da ABC Pampa no início da década de 90. Essa iniciativa deu grande impulso para a pelagem pampa. E lá, a marcha trotada também tem seu espaço. É muito importante a soma de esforços pela valorização das pelagens. Assim, seguramente, teremos muitos criadores filiados as duas associações o que agregará mais valor e ainda maior reconhecimento da grande comodidade de nosso andamento. Foto: Marisa Iorio Não devemos esquecer nesse difícil momento, Mais um dado interessante é com relação ao número de animais inscritos. O total geral foi de 300 inscrições, sendo desse montante 149 animais de pelagem diferenciada. Considerando-se que, diversos animais participaram dos dois campeonatos, podemos inferir que 49,66% das inscrições da nacional da raça, foram de animais de pelagem diversificadas. Mesmo levando-se em conta o desconto dado para quem inscreveu animais nos dois julgamentos, a importância econômica das pelagens para viabilização do evento é algo inquestionável. A respeito do futuro, devemos realizar um bom trabalho de base agora, pois as ações de hoje, resultarão em resultados positivos mais a longo prazo. Taiwan do Pec Grande Campeão Nacional Mangalarga e Andamento - Pelagem Pampa 2008 Dentro desse pensamento, podemos destacar o intenso trabalho realizado pela Diretoria de Pelagens nesta gestão, citando as seguintes ações realizadas: · I Encontro de Temas e Conceitos da Raça Mangalarga para novos sócios. Podemos destacar nesse encontro as palestras de : · Gerenciamento de Haras · Conceitos de Morfologia · Manejo e Alimentação · Procedimentos Técnicos e Operacionais da ABCCRM · História da Raça Mangalarga A preocupação dessa diretoria é grande com relação aos novos sócios, pois a grande maioria são também criadores de animais de pelagens. · Implantação do sistema de Julgamento seqüencial. Essa inovação de julgamento em seqüência da categoria Geral e de Pelagem, teve como principal objetivo proporcionar uma maior integração entre os criadores e o público presente. · Grande Campeonato Geral de Andamento Pelagens. Foi também instituído nessa diretoria, mais um Grande Campeonato de Andamento para machos e fêmeas, pois entendemos que o andamento seja o primeiro e principal fator de união das diferentes pelagens ao longo de sua seleção. Esse campeonato também existe normalmente nas exposições regionais da raça. · Preservação da Categoria de 12 a 18 meses . Apesar de uma medida contestada por muitos, essa diretoria achou de suma importância a continuidade dessa categoria, por entender que além de significar um grande incentivo para o criador iniciante ávido em logo apresentar seus primeiros produtos, também possibilita a realização de uma orientação técnica desde o início da criação, na medida em que propicia um maior período de tempo para a evolução de seus exemplares. Precisamos recuperar o tempo perdido para que num futuro não muito distante possamos disputar de igual para igual qualquer campeonato da raça. · Premiação diferenciada para o animal de Pelagem no final da Copa de Andamento . Como no caso das Copas de Andamento, não possuímos julgamentos de campeonatos diferenciados por classe de pelagens. Por esse motivo, instituímos a premiação para a melhor performance de animal de pelagem (macho e fêmea) de andamento, no encerramento de todas as etapas. Inúmeras iniciativas ainda estão por serem desenvolvidas nesse setor. É entendimento de muitos que as prioridades estão centradas na realização cada vez mais intensa de estudos específicos (técnicos e científicos), para que nossos técnicos e juízes possam aperfeiçoar ainda mais a orientação aos criadores, de forma a que estes possam direcionar seus criatórios, objetivando que se alie uma maior qualidade zootécnica à já exuberante beleza das pelagens diferenciadas. Panorama das Panorama das Raças Raças XV ENAPAMPA EXPOSIÇÃO NACIONAL DO CAVALO PAMPA LOCAL: BELO HORIZONTE ESTADO: MG PROMOTORA: TRÊS BARRAS PROMOÇÕES E EVENTOS PERIODO: 09/08/2008 a 16/08/2008 ARBITRO DE MORFOLOGIA: ANDRÉ LUIZ FERREIRA SILVA ARBITRO DE MARCHA: BENEDITO CARLOS DA SILVA ARBITRO DE MORFOLOGIA: TEÓFILO SOARES DE ALMEIDA ARBITRO DE MORFOLOGIA: HÉLIO BERNARDO PLAZZI LAZZERI ARBITRO DE MARCHA: DIEGO RODRIGUES VITRAL ARBITRO DE MARCHA: ALOÍSIO RIBEIRO DINIZ RESULTADOS FÊMEAS CAMPEÃ DENTE DE LEITE M. BATIDA ESTRELA DO SAARA RES CAMP.: ELITE DO NILO CAMPEÃ MIRIM M. BATIDA ORA ORA JOCAMAN RES CAMP.: DELICADA JP CAMPEÃ POTRO(A) M. BATIDA DEUSA JP RES CAMP.:DINASTIA DO CABRAL CAMPEÃ JUNIOR M. BATIDA DIVISA DO NILO RES. CAMP.: NEGAÇA JOCAMAN CAMPEÃ JUNIOR MAIOR M. BATIDA CELEBRIDADE DO NILO RES CAMP.: JÓIA DOIS IRMÃOS CAMPEÃ ÉGUA JOVEM M. BATIDA NIGÉRIA DO VALE DA PRATA RES CAMP.:FLAUTA GOLDEN HORSE CAMPEÃ ÉGUA M. BATIDA LABAREDA JOCAMAN RES CAMP.: BABALOO DO NILO CAMPEÃ ÉGUA SÊNIOR M. BATIDA IRONIA JOCAMAN RES CAMP.: JOGADORA JOCAMAN CAMPEÃ ÉGUA MASTER M. BATIDA ARPA DO CAFÉ RES CAMP.: XURI JOCAMAN CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA JOVEM M. BATIDA NIGÉRIA DO VALE DA PRATA RES CAMP.:FLAUTA GOLDEN HORSE CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA M. BATIDA LABAREDA JOCAMAN RES CAMP.: BEBEL BOA ESPERANÇA CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA SÊNIOR M. BATIDA JOGADORA JOCAMAN RES CAMP.: IRONIA JOCAMAN CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA MASTER M. BATIDA ARPA DO CAFÉ RES CAMP.: ALEGRIA DA MORRO ALTO GRANDE CAMPEÃ JOVEM M. BATIDA DEUSA JP RES CAMP.: JÓIA DOIS IRMÃOS GRANDE CAMPEÃ M. BATIDA LABAREDA JOCAMAN RES CAMP.: ARPA DO CAFÉ CAMPEÃ DAS CAMPEÃES DE AND. M. BATIDA ARPA DO CAFÉ RES CAMP.: LABAREDA JOCAMAN RESERVADO(A) CAMPEÃO(Ã) PROGÊNIE DE PAI M. BATIDA MÁQUINA JOCAMAN CAMPEÃ DENTE DE LEITE M. PICADA CALIFÓRNIA DO RAV RES CAMP.:CAMPINA DO RAV 56 B u s i n e s s R u r a l 56 CAMPEÃ POTRA M. PICADA IDOLATRADA DA GINGA CAMPEÃ JUNIOR MAIOR M. PICADA ÁGUIA DO RAV CAMPEÃ ÉGUA JOVEM M. PICADA HORTÊNCIA DA GINGA CAMPEÃ ÉGUA M. PICADA GATA NEGRA DA GINGA RES CAMP.:ADMA DO BRAGA FILHO CAMPEÃ ÉGUA SÊNIOR M. PICADA CONQUISTA DO BELLARÔ RES CAMP.:ESMERALDA DO LAVY CAMPEÃ ÉGUA MASTER M. PICADA FADIGA ASALEIXO RES CAMP.: SETE COPAS CAHJI DA JS CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA JOVEM M. PICADA HORTÊNCIA DA GINGA CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA M. PICADA Animal: GATA NEGRA DA GINGA RES CAMP.: ADMA DO BRAGA FILHO CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA SÊNIOR M. PICADA CONQUISTA DO BELLARÔ RES CAMP.: ESMERALDA DO LAVY CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA MASTER M.PICADA FADIGA ASALEIXO RES CAMP.: SETE COPAS CAHJI DA JS GRANDE CAMPEÃ JOVEM M. PICADA CALIFÓRNIA DO RAV RES CAMP.: CAMPINA DO RAV GRANDE CAMPEÃ M. PICADA GATA NEGRA DA GINGA RES CAMP.: FADIGA ASALEIXO CAMPEÃ DAS CAMPEÃES DE AND. M. PICADA GATA NEGRA DA GINGA RES CAMP.: FADIGA ASALEIXO CAMPEÃ DENTE DE LEITE M. DE CENTRO CAIANA DO RAV RES CAMP.: CHEROKEE DO RAV CAMPEÃ MIRIM M. DE CENTRO ALEGORIA GM VALE DO SOL CAMPEÃ POTRO(A) M. DE CENTRO BELLAMI DO RAV RES CAMP.: BRIDA DO RAV CAMPEÃ JUNIOR MAIOR M. DE CENTRO MANUELI DE SÃO JOÃO RES CAMP.: AZEITA DO RAV CAMPEÃ ÉGUA JOVEM M. DE CENTRO CAPRICHOSA DA LAGOA GRANDE RES CAMP.: BIANCA JP CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA JOVEM M. DE CENTRO CAPRICHOSA DA LAGOA GRANDE RES CAMP.: BIANCA JP CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA M. DE CENTRO SONATA DO ZEL RES CAMP.: XARAZADE DO RAV CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA SÊNIOR M. DE CENTRO CINDERELA RM RES CAMP.: MUTRETA DO CAFÉ GRANDE CAMPEÃO(Ã) JOVEM M. CENTRO BELLAMI DO RAV RES CAMP.: ALEGORIA GM VALE DO SOL GRANDE CAMPEÃO(Ã) M. CENTRO ESTAMPA DO CARDEAL RES CAMP.: CAPRICHOSA DA LAGOA GRANDE CAMPEÃ DAS CAMPEÕES DE AND. M. DE CENTRO CAPRICHOSA DA LAGOA GRANDE RES CAMP.: SONATA DO ZEL CAMPEÃ PROGÊNIE DE MÃE M. DE CENTRO ESTAMPA DO CARDEAL RES CAMP.: ONÇA PORTO PALMEIRA CAMPEÃ DENTE DE LEITE M. TROTADA JORNADA RM RES CAMP.: ISABELE DA PIRATININGA CAMPEÃ MIRIM M. TROTADA XUYEN DO PEC RES CAMP.: X CAN DO PEC CAMPEÃ POTRO(A)M. TROTADA XANADÚ DO PEC RES CAMP.: XAVANTINA DO PEC CAMPEÃ JUNIOR M. TROTADA HISTÓRIA RM RES CAMP.: VENICE DO PEC CAMPEÃ JUNIOR MAIOR M. TROTADA VERONA DO PEC RES CAMP.: VALÊNCIA DO PEC CAMPEÃ ÉGUA JOVEM M. TROTADA GABI RM RES CAMP.: EMBALADA F1 CAMPEÃ ÉGUA M. TROTADA TANZÂNIA DO PEC RES CAMP.: ESTIMADA RM CAMPEÃ ÉGUA SÊNIOR M. TROTADA CARIOCA RM RES CAMP.: JERUSA MNS CAMPEÃ ÉGUA MASTER M. TROTADA VARSÓVIA M.A.F RES CAMP.: OTTAWA DO PEC CAMPEÃ ÉGUA M. DE CENTRO SONATA DO ZEL RES CAMP.: XARAZADE DO RAV CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA JOVEM M. TROTADA GABI RM RES CAMP.: GÁLIA RM CAMPEÃ ÉGUA SÊNIOR M. DE CENTRO ESTAMPA DO CARDEAL RES CAMP.:CINDERELA RM CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA M. TROTADA TANZÂNIA DO PEC RES CAMP.: ESTIMADA RM CAMPEÃ ÉGUA MASTER M. DE CENTRO BOAZUDA DA GINGA RES CAMP.: MUTRETA DO CAFÉ CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA SÊNIOR M. TROTADA CARIOCA RM RES CAMP.: JERUSA MNS DIRETORIA E CONSELHOS ELEITOS PARA O TRIÊNIO 2008 / 2011 Completado o processo eleitoral para o triênio 2008 / 2011, a administração empossada da ABCPAMPA terá a seguinte composição: Diretor Presidente Aroldo Rodrigues da Silva; Diretor Vice Presidente André Aparecido de Oliveira; Diretor Financeiro Álvaro Luiz de Queróz Santi; Diretor Administrativo Alessandra Schneider de C. C. Pires; Diretor Social Aderbal Jurema Júnior; Diretor de Marketing Waldemir Teixeira Veloso; Diretor de Qualificação do Cavalo Pampa – João Luiz Pereira Laviola; Diretor Criador Jovem Antônio Leandro dos Santos Filho. Conselho Deliberativo: Gustavo Vasconcelos Moreira, Carlos Henrique de Queiróz Gontijo, Olaff da Costa Machado, José Carlos Manetta, José Nadi Néri, João Luiz Pereira Laviola, Mário de Figueiredo Campos Filho, Luiz Carlos Moreira Jabour, Waldemir Teixeira Veloso. Membros Natos:Aroldo Rodrigues da Silva; Eduardo Aparecido de Oliveira, Ricardo Antônio Vicintin. Conselho Consultivo: Adeildson D’Aparecida Duarte, João Carlos Couto Lóssio Filho, Clovis Renato Soares de Almeida, Rúbia Valéria Almeida de Rezende. Suplentes: Edson Luiz Daldon, Bernardo de Vasconcelos Moreira, Luiz Augusto Batista, Bruno Bello Vicintin. Membros Natos:Aroldo Rodrigues da Silva; Eduardo Aparecido de Oliveira, Ricardo Antônio Vicintin. Conselho Fiscal: Gustavo Varandas Ladeira, Eduardo Henrique Souza de França, Tiago Hilkner Venegas. Suplentes: Mário Rafael Magalhães, Adriana Bello Vicintin Vasconcellos, Severino Batista da Silva. P A M PAMPA P A CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA MASTER M. TROTADA VARSÓVIA M.A.F RES. CAMP.: OTTAWA DO PEC CAMPEÃO JUNIOR MAIOR M. BATIDA DESERTO DO SAARA RES. CAMP.: JORNAL DOIS IRMÃOS CAMPEÃO POTRO M. DE CENTRO BOTO DO RAV RES. CAMP.:BUG DO RAV CAMPEÃO DOS CAMPEÕES DE AND. M. TROTADA RADAR JL RES. CAMP.:DANÚBIO BOA ESPERANÇA GRANDE CAMPEÃ JOVEM M. TROTADA XANADÚ DO PEC RES. CAMP.:VERONA DO PEC CAMPEÃO CAVALO JOVEM M. BATIDA NARAYAN DO VALE DO PRATA RES. CAMP.: MINUETO JOCAMAN CAMPEÃO JUNIOR MAIOR M. DE CENTRO ESTILO DA LUA FORTE RES. CAMP.: ALADIM DO RAV CAMPEÃO PROGÊNIE DE PAI M. TROTADA MONTEBLANCO DO PEC RES. CAMP.: MONTEBLANCO DO PEC CAMPEÃO CAVALO JOVEM M. DE CENTRO ECLIPSE J.P.H CAMPEÃO DENTE DE LEITE TROTE ZAZIR DO PEC RES. CAMP.: ZARKI DO PEC GRANDE CAMPEÃ M. TROTADA VARSÓVIA M.A.F RES CAMP.: TANZÂNIA DO PEC CAMPEÃ DAS CAMPEÃS DE AND. M. TROTADA VARSÓVIA M.A.F RES. CAMP.: GABI RM CAMPEÃ PROGÊNIE DE PAI M. TROTADA XUYEN DO PEC RES. CAMP.:VENICE DO PEC CAMPEÃ PROGÊNIE DE MÃE M. TROTADA BOA CHANCE DA GINGA RES CAMP.: OTTAWA DO PEC CAMPEÃ DENTE DE LEITE TROTE ZARA DO PEC RES CAMP.: IEMANJÁ DA GINGA CAMPEÃ POTRA TROTE XANTHI DO PEC RES CAMP.: BELA DO RAV CAMPEÃ JUNIOR TROTE VITÓRIA DO PEC CAMPEÃ JUNIOR MAIOR TROTE JUTALYNA DO JAÓ RES CAMP.: AFRA DO RAV CAMPEÃ ÉGUA JOVEM TROTE JACY DO JAÓ CAMPEÃ ÉGUA TROTE DESLUMBRANTE DA GINGA CAMPEÃ ÉGUA SÊNIOR TROTE RES CAMP.:SASHA DO FUNCHAL CAMPEÃ ÉGUA MASTER TROTE TALIENNA A.F RES CAMP.: ÍNDIA DO RAV CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA TROTE DESLUMBRANTE DA GINGA CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA SÊNIOR TROTE ANA BELLA DA ENSEADA RES CAMP.: SASHA DO FUNCHAL CAMPEÃ DE ANDAMENTO ÉGUA MASTER TROTE TALIENNA A.F RES CAMP.: ÍNDIA DO RAV GRANDE CAMPEÃ JOVEM TROTE ZARA DO PEC RES CAMP.: XANTHI DO PEC GRANDE CAMPEÃ TROTE ANA BELLA DA ENSEADA RES CAMP.:TALIENNA A.F CAMPEÃ DAS CAMPEÃS DE AND. TROTE TALIENNA A.F RES CAMP.: JACY DO JAÓ CAMPEÃ PROGÊNIE DE MÃE TROTE ROSITA A.F. RES CAMP.: ARARA DO RAV CAMPEÃ DE MANEABILIDADE E PRECISÃO TANZÂNIA DO PEC RES. CAMP.: TANZÂNIA DO PEC RESERVADA CAMPEÃ ÉGUA COMPLETA GABI RM MELHOR CABEÇA FÊMEA JOVEM HISTÓRIA RM MELHOR CABEÇA FÊMEA ESTRELINHA DA GINGA MACHOS CAMPEÃO DENTE DE LEITE M. BATIDA PÉ QUENTE JOCAMAN RES. CAMP.: MINISTRO DOIS IRMÃOS CAMPEÃO MIRIM M. BATIDA ESPECIAL DO NILO RES. CAMP.: ORA-PRONOBIS JOCAMAN CAMPEÃO POTRO(A) M. BATIDA ORIXÁ JOCAMAN RES. CAMP.: DUELO DO NILO CAMPEÃO JUNIOR M. BATIDA ECLIPSE DA MORRO ALTO RES. CAMP.:ROMEIRO JJ.B TOODAY CAMPEÃO CAVALO M. BATIDA COBRE VN RES. CAMP.: BONITO DA TRAITUBA CAMPEÃO CAVALO SÊNIOR M. BATIDA CARNAVAL SÃO LOURENÇO RES. CAMP.: JURUNA JOCAMAN CAMPEÃO CAVALO M. DE CENTRO Animal: XODÓ DO RAV RES. CAMP.: NOTÁVEL J.B.F. CAMPEÃO CAVALO MASTER M. DE CENTRO OPALA DA CASA NOVA CAMPEÃO CAVALO MASTER M. BATIDA ASTRO DA CASA NOVA RES. CAMP.: CAXAMBU DE CAXAMBU CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO JOVEM M. DE CENTRO ECLIPSE J.P.H CAMP. DE ANDAMENTO CAVALO JOVEM M. BATIDA MINUETO JOCAMAN RES. CAMP.: NARAYAN DO VALE DO PRATA CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO M. DE CENTRO NOTÁVEL J.B.F. RES. CAMP.: XODÓ DO RAV CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO M. BATIDA COBRE VN RES. CAMP.: BONITO DA TRAITUBA CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO MASTER M. DE CENTRO OPALA DA CASA NOVA CAMPEÃO DE AND. CAVALO SÊNIOR M. BATIDA CARNAVAL SÃO LOURENÇO RES. CAMP.: JURUNA JOCAMAN CAMP. DE ANDAMENTO CAVALO MASTER M. BATIDA ASTRO DA CASA NOVA RES. CAMP.:CAXAMBU DE CAXAMBU GRANDE CAMPEÃO JOVEM M. BATIDA ORIXÁ JOCAMAN RES. CAMP.: PÉ QUENTE JOCAMAN GRANDE CAMPEÃO M. BATIDA COBRE VN RES. CAMP.: CARNAVAL SÃO LOURENÇO CAMPEÃO DOS CAMPEÕES DE AND. M. BATIDA COBRE VN RES. CAMP.: CARNAVAL SÃO LOURENÇO CAMPEÃO PROGÊNIE DE PAI M. BATIDA FANTOCHE DO RANCHO PAMPA RES. CAMP.: XPTO JOCAMAN CAMPEÃO DENTE DE LEITE M. PICADA CAPRICHO DO RAV RES. CAMP.: FESTIVAL DA LAGOA GRANDE CAMPEÃO POTRO M. PICADA BULGARI DO RAV CAMPEÃO CAVALO JOVEM M. PICADA CRAVO DO BOM JARDIM CAMPEÃO CAVALO M. PICADA GALEÃO BRUMAR RES. CAMP.: VANADIO DO RAV CAMPEÃO CAVALO SÊNIOR M. PICADA UAÇAI AMERUJ RES. CAMP.: ORFEU JB CAMPEÃO CAVALO MASTER M. PICADA OURO PRETO DO LAGO AZUL CAMP. DE ANDAMENTO CAVALO JOVEM M. PICADA CRAVO DO BOM JARDIM CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO M. PICADA GALEÃO BRUMAR RES. CAMP.:VANADIO DO RAV CAMP. DE ANDAMENTO CAVALO SÊNIOR M. PICADA UAÇAI AMERUJ RES. CAMP.: ORFEU JB CAMP. DE ANDAMENTO CAVALO MASTER M. PICADA OURO PRETO DO LAGO AZUL GRANDE CAMPEÃO(Ã) JOVEM M. PICADA CAPRICHO DO RAV RES. CAMP.:CRAVO DO BOM JARDIM GRANDE CAMPEÃO(Ã) M. PICADA GALEÃO BRUMAR CAMPEÃO DOS CAMPEÕES DE AND. M. PICADA GALEÃO BRUMAR RES. CAMP.:CRAVO DO BOM JARDIM CAMPEÃO DENTE DE LEITE M. DE CENTRO CENTAURO DO RAV GRANDE CAMPEÃO JOVEM M. CENTRO BOTO DO RAV RES. CAMP.: CENTAURO DO RAV GRANDE CAMPEÃO M. CENTRO XODÓ DO RAV RES. CAMP.:OPALA DA CASA NOVA CAMP. DOS CAMPEÕES DE AND. M. DE CENTRO OPALA DA CASA NOVA RES. CAMP.: NOTÁVEL J.B.F. CAMPEÃO PROGÊNIE DE PAI M. DE CENTRO ÍNDIO DE PASSA TEMPO RES. CAMP.: ÍNDIO DE PASSA TEMPO CAMPEÃO DENTE DE LEITE M. TROTADA ZURICH DO PEC RES. CAMP.: JAGUAR RM CAMPEÃO MIRIM TROTE XINOIBLANCO DO PEC RES. CAMP.: JORLAN DO JAÓ CAMPEÃO POTRO TROTE XAXIM DO PEC RES. CAMP.: CAPITÃO V. DO RAV CAMPEÃO JUNIOR MAIOR TROTE VIGO DO PEC RES. CAMP.: ÍDOLO DA GINGA CAMPEÃO CAVALO JOVEM TROTE FISCAL A.F. CAMPEÃO CAVALO TROTE SAGRES DO PEC RES. CAMP.: CACIQUE DA GINGA CAMPEÃO CAVALO SÊNIOR TROTE QUEBEC DO PEC CAMPEÃO CAVALO MASTER TROTE FEITIÇO ALP CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO JOVEM TROTE FISCAL A.F. RES. CAMP.: CACIQUE DA GINGA CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO TROTE SAGRES DO PEC RES. CAMP.: CACIQUE DA GINGA CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO SÊNIOR TROTE QUEBEC DO PEC CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO MASTER TROTE FEITIÇO ALP CAMPEÃO MIRIM M. TROTADA XAPURI DA SADEK RES. CAMP.: IMPACTO RM GRANDE CAMPEÃO JOVEM TROTE VIGO DO PEC RES. CAMP.: XINOIBLANCO DO PEC CAMPEÃO POTRO M. TROTADA XINGU DO PEC RES. CAMP.: ASTRO DA SADEK GRANDE CAMPEÃO TROTE QUEBEC DO PEC RES. CAMP.: SAGRES DO PEC CAMPEÃO JUNIOR M. TROTADA MAGO DA SADEK RES. CAMP.: MÁGICO DO EFI CAMPEÃO DOS CAMPEÕES DE AND. TROTE QUEBEC DO PEC RES. CAMP.: SAGRES DO PEC CAMPEÃO JUNIOR MAIOR M. TROTADA VIETNAN DO PEC RES. CAMP.: VILLAGE DO PEC CAMPEÃO PROGÊNIE DE PAI TROTE COMANCHE DU FLAVÃO RES. CAMP.: ÍNDIO DE PASSA TEMPO CAMPEÃO CAVALO JOVEM M. TROTADA DANÚBIO BOA ESPERANÇA RES. CAMP.: GUARDIÃO RM RESERVADO CAMPEÃO -DE MANEABILIDADE E PRECISÃO GALEÃO BRUMAR CAMPEÃO CAVALO M. TROTADA SATURNO DO PEC RES. CAMP.: FORRÓ RM CAMPEÃO CAVALO COMPLETO GALEÃO BRUMAR RES. CAMP.: SAGRES DO PEC CAMPEÃO CAVALO SÊNIOR M. TROTADA QUANBLANCO DO PEC RES. CAMP.: COBIÇADO DA SPEDICAR MELHOR CABEÇA MACHO JOVEM BLINDADO DO NILO CAMPEÃO CAVALO MASTER M. TROTADA JARAGUÁ DA SANTA FILOMENA RES. CAMP.: JABURU CW DO PEC CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO JOVEM M. TROTADA DANÚBIO BOA ESPERANÇA RES. CAMP.: GUARDIÃO RM CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO M. TROTADA RADAR JL RES. CAMP.: FORRÓ RM CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO SÊNIOR M. TROTADA QUANBLANCO DO PEC RES. CAMP.: COBIÇADO DA SPEDICAR CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO MASTER M. TROTADA JARAGUÁ DA SANTA FILOMENA RES. CAMP.: JABURU CW DO PEC GRANDE CAMPEÃO JOVEM M. TROTADA VIETNAN DO PEC RES. CAMP.: ZURICH DO PEC GRANDE CAMPEÃO M. TROTADA DANÚBIO BOA ESPERANÇA RES. CAMP.: GUARDIÃO RM MELHOR CABEÇA MACHO GALEÃO BRUMAR CASTRADOS CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO CASTRADO M. BATIDA BANDIDO DA SPEDICAR RES. CAMP.: HORIZONTE JW CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO CASTRADO M. PICADA SUPREMO DE ANTARES RES. CAMP.: URÂNIO DO RAV CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO CASTRADO M. DE CENTRO XODÓ HARAS DA MONTANHA CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO CASTRADO M. TROTADA CALAHARY DA GINGA RES. CAMP.: SAVOY DO PEC CAMPEÃO DE ANDAMENTO CAVALO CASTRADO TROTE ECAP DO PEC RES. CAMP.: TEATRO V DO RAV fonte: ABCPampa 57 B u s i n e s s R u r a l 57 Panorama das Raças Competidor da Prova da Bandeja MELHORES CRIADORES 2008 1º Agroban Emp. Agropastoris Ltda 2º Agropecuária Hibipeba Ltda 3º Irasa Industrias Reunidas Aliança S/A 4º Reinaldo Monteiro 5º Top Campolina Agropecuária Ltda 6º Agropecuária Porto Rico Ltda 7º Henrique Oswaldo G. Berardinelli 8º J.H.R. Agropecuária Ltda 9º Luiz Pacheco Drumond 10º Paulo Pereira Couto 11º Severino Pinheiro Vidal 12º Mima Agropecuária Ltda 13º Carolina Simões Tavares 14º Criatório Jad 15º Josué Rodrigues Nelson Grassi Melo Franco 16º Reynaldo Zapalá Pimentel 17º Vic Agropecuária Ltda 18º Cláudio Roberto Gomes da Cunha 19º Marcos Amaral Teixeira Pontos 1372,25 1044,407 608,78 563,87 538,92 444,11 254,49 224,55 219,56 194,61 189,62 183,133 169,66 159,68 154,69 154,69 139,72 134,73 124,75 119,76 MELHORES EXPOSITORES 2008 1º Agroban Emp. Agropastoris Ltda 2º Agropecuária Hibipeba Ltda 3º Irasa Ind. Reunidas Aliança Ltda 4º Reinaldo Monteiro 5º Agropecuária Porto Rico Ltda 6º Criatório JAD 7º Severino Pinheiro Vidal 8º Luiz Augusto do Amaral Filho 9º Roberto da Rocha Mascarenhas 10º Vera Regina Ache Annechino 11º Henrique Oswaldo G. Berardinelli 12º Evandro Meirelles Santos 13º Top Campolina Agropecuaria Ltda Cristiano Barbosa de Azevedo 14º Luiz Pachedo Drumond 15º Mima Agropecuária Ltda 16º Paulo Pereira Couto 17º Josué Rodrigues 18º Reynaldo Zapalá Pimentel 19º Rodrigo Batista Trindade Pontos 1452,09 1009,47 593,81 558,88 424,15 424,15 364,27 319,36 289,42 259,48 254,49 244,51 229,54 229,54 219,56 208,083 194,61 189,62 164,67 159,68 Campeconato Potra Pré-Mirim Campeã: Leopoldina Top Reservada: BMW de Santa Anna Campeonato da Raça Jovem Campeã: Hinah da Hibipeba Reservada: Safira do Chiribiribinha Campeonato Cavalo Jovem Campeão: Zeus da Mima Reservado: Oratório do Pinval Campeonato Marcha Cavalo Jovem Campeão: Valente do Porto Rico Reservado: Herói das Minas Gerais Campeonato Potra Mirim Campeã: Confiança Lua Reservada: Nobreza de São Judas Campeonato da Raça Adulta Campeã: Vitória da Fronteira Reservada: Opção do Oratório Campeonato Cavalo Adulto Campeão: Nairobe Mandala Reservado: Panthon do Oratório Campeonato Marcha Cavalo Adulto Campeão: Astral do G.D.F. Reservado: Apogeu da Raça Campeonato Potra Jovem Campeã: Tieta do Chiribiribinha Reservada: Moderna de São Judas Campeonato Marcha Égua Jovem Campeão: Ventania do Porto Rico Reservado: Sabará da Maranata Campeonato Cavalo Sênior Campeão: Geodo Top Reservado: Tri Campeão Campeonato Marcha Cavalo Sênior Campeão: Honorato de São Judas Reservado: Estoril da Hibipeba Campeonato Cavalo Graduado Campeão: Granfino do L.P.D. Reservado: Soberano J.H.R. Campeonato Marcha Cavalo Graduado Campeão: Apolo do Berimbau Res.: Umbú da Barra do Guaicuí Campeonato Cavalo Master Campeão: X.Q. de Santa Rita Reservado: Oceano da Conceição Campeonato Marcha Cavalo Master Campeão: Pávulo do M.M. Reservado: Cacique do R. Cunha Campeonato Melhor Cabeça Jovem Campeão: Sol do Oratório Reservado: Juve da Hibipeba Campeonato Cavalo Jovem de Marcha Castrado Campeão: Vic Navegante Reservado: Recibo do M.M. Campeonato Potra Maior Campeã: Adana do Pégasus Reservada: Cora da JAD Campeonato Potra Júnior Campeã: Tamis do Chiribiribinha Reservada: Raiz do Oratório Campeonato Potra Graduado Campeão: Safira do Chiribiribinha Reservado: Sagrada do Chiribiribinha Campeonato Potra Master Campeã: Hinah da Hibipeba Reservada: Herança de Santa Rita Campeonato Égua Jovem Campeã: Pintura do Oratório Reservada: Ita Top Campeonato Égua Adulta Campeã: Shakuri R4 de Potyretá Reservada: Querida do Chiribiribinha Campeonato Égua Sênior Campeã: Vitória da Fronteira Reservada: Opção do Oratório Campeonato Égua Graduada Campeão: Gazela do Planeta Reservado: Eca da Hibipeba Campeonato Égua Master Campeã: Bela da Hibipeba Reservada: Quimera J.H.R. Campeonato Melhor Cabeça Jovem Campeã:Cednna do Ouro Verde Reservada: Pintura do Pinval Campeonato Marcha Égua Adulto Campeão: Ana Laura do Lancaster Reservado: Aventura da Raça Campeonato Marcha Égua Sênior Campeão: Jóia de Halabara Reservado: Buana do Aporã Campeonato Marcha Égua Graduada Campeão: Madona do Cerradão Reservado: Karina da Serra da Campina Campeonato Marcha Égua Master Campeão: Ipanema do Renardi Reservado: Notícia do Campo Campeonato Potro Pré-Mirim Campeão: Quarupe de Atibainha Reservado: Juve da Hibipeba Campeonato Potro Mirim Campeão: Jaabe da Hibipeba Reservado: Jupter da Hibipeba Campeonato Potro Jovem Campeão: Moleque de São Judas Reservado: Q.F. das Flores Campeonato Melhor Cabeça Sênior Campeão: Oásis das Flores Reservado: Sabre J.H.R. Camp. Melhor Conjunto de Progênie Pai Campeão: Neruda do Chiribiribinha Reservado: Design da Hibipeba Campeonato da Raça Jovem Campeão: Moleque de São Judas Reservado: Q.F. das Flores Campeonato da Raça Adulto Campeão: Geodo Top Reservado: Granfino do L.P.D. Campeonato Cavalo Sênior de Marcha Castrado Campeão: Portento do Porto Rico Reservado: Mogno do Oratório Marcha Picada Campeão (ã): Dakota do Barulho Reservado (ã): Grafite do Guirol Castrado Padrão Campeão: Querubim da Dona Flor Reservado: Radiante da Dona Flor fonte: ABCCCampolina Campeonato Potro Maior Campeão: Topázio do Chiribiribinha Res.: Jorgan do Monte Real Campeonato Potro Júnior Campeão: Venquiten da Conceição Reservado: Friburgo II dos Verdes Campos Campeonato Melhor Cabeça Sênior Campeã: Fayola da Hibipeba Reservada: Tentação do Dallas Campeonato Potro Graduado Campeão: Tamarim do Chiribiribinha Reservado: Premier do Pinval Camp. Melhor Conjunto de Progênie Mãe Campeã: Loucura do Chiribiribinha Reservada: Loucura do Chiribiribinha Campeonato Potro Master Campeão: Sertão do Chiribiribinha Reservado: Átila de Pirassirica Foto: Roberto Pinheiro Foto: Márcia Fernandes Resultado da Nacional Campolina 2008 CAMPOLINA Ranking 2008 MELHORES EXPOSITORES 1º Agroban Emp. Agropastoris Ltda / Haras Chiribiribinha 2º Agropecuária Hibipeba Ltda 3º Irasa Ind. Reunidas Aliança S/A 4º Severino Pinheiro Vidal 5º Top Campolina Agropecuária Ltda 6º Reinaldo e Ronaldo Monteiro 7º Vera Regina Ache Annechino 8º Marcos Amaral Teixeira 9º Agropecuária Porto Rico Ltda 10º Luiz Pacheco Drumond 11º Criatório Jad 12º Evandro Meirelles Santos 13º J.H.R. Agropecuária Ltda 14º Bartolomeu Medeiros de Souza Filho 15º Carolina Simões Tavares 16º Juarez Assis dos Santos 17º Eustáquio Soares Maia 18º Vic Agropecuária Ltda 19º Nelson Grassi Melo Franco 20º Josué Rodrigues MELHORES CRIADORES 1º Agroban Emp. Agropastoris Ltda Haras Chiribiribinha 2º Severino Pinheiro Vidal 3º Irasa Ind. Reunidas Aliança S/A 4º Agropecuária Hibipeba Ltda 5º Reinaldo e Ronaldo Monteiro 6º Top Campolina Agropecuária Ltda 7º Vera Regina Ache Annechino 8º Criatório JAD 9º Evandro Meirelles Santos 10º Campanário Agropecuária Ltda 11º Paulo César de Queiroz Rocha 12º Marcos Amaral Teixeira 13º Roberto da Rocha Mascarenhas / Henrique Arruda 14º Luiz Augusto do Amaral Filho 15º Agropecuária Porto Rico Ltda 16º Ivan Alfredo Casali 17º Cristiano Barbosa de Azevedo 18º Condomínio Haras Rio Grande 19º Hugo Silva Fontes 20º Luiz Pacheco Drumond FÊMEAS 1º Safira do Chiribiribinha 2º Sagrada do Chiribiribinha 3º Opção do Oratório 4º Hinah da Hibipeba 5º Pintura do Oratório 6º Jandira Top 7º Gazela do Planeta 8º Tamis do Chiribiribinha 9º Hadija de São Judas 10º Bela da Hibipeba 11º Eca da Hibipeba 12º Vitória da Fronteira 13º Alteza de Halabara 14º Tieta do Chiribiribinha 15º Orquídea do Oratório 16º Tentação do Dallas 17º Lua do Oratório 18º Adana do Pégasus 19º Quiana Mandala 20º Shakuni R4 de Potyretá Pontos 5356,35 3106,99 2710 2634,79 2527,53 2350,81 953,94 914,71 778,68 509,47 460,79 455,05 441,98 424,33 405,14 402,55 398,89 378,79 360,42 347,77 Pontos 5504,79 4205,09 2685,86 2551,86 2529,71 2248,95 1984,57 1576,72 1165,31 1008,42 942,28 836,51 773,92 724,46 713,23 634,90 552,91 484,02 481,82 435,64 Pontos 573,07 448,17 446,55 381,43 349,7 325,45 293,62 288,26 275,4 263,8 249,91 249,5 241,3 220,89 188,06 176,63 168,39 154,71 146,5 133,4 MATRIZES 1º Loucura do Chiribiribinha 2º Galla Top 3º Estrela do Oratório 4º Pintura de Santa Rita 5º Herança do Pinval 6º Santa Maria Paisagem 7º Ocala da Conceição 8º Milonga do Chiribiribinha 9º Importância do Repol 10º Damborita da Hibipeba 11º Ferrari do Camparal 12º Cuíca Top 13º Senzala do Solar 14º Viação de Sans Souci 15º Chana da Hibipeba Pontos 786,66 209,83 111 107,54 74 67,66 62,85 58,69 44,49 43,25 39,25 38,7 36,65 25,9 25,54 MARCHA PICADA 1º Dakota do Barulho 2º Grafite do Guirol 3º Jangada do Nagladir 4º França da Maranata 5º Centauro do Barulho 6º Queima Polaris 7º Palácio da Barra do Guaicuí 8º Santa Maria Rainha 9º Natan do G.T.S. 10º Luneta do Renardi 11º Impacto do Bandarra 12º Garbo do Bandarra 13º Nevada de Oxossi 14º Inca Top 15º Aquarela do Barulho Pontos 195,2 89,1 78,3 72,6 53,4 50,1 31,4 28,6 24,4 22,4 18,8 18,4 18 16,8 15,7 MARCHA FINAL 1º Apolo do Berimbau 2º Ana Laura do Lancaster 3º Nairobe Mandala 4º Ventania do Porto Rico 5º Meteoro do Pinval 6º Dengoso de Sete Lagoas 7º Quindo do M.M. 8º Jóia do Halabara 9º Luna do Pinval 10º Valente do Porto Rico 11º Estoril da Hibipeba 12º Santa Maria Marquesa 13º Pávulo do M.M. 14º Opa do Pinval 15º Nero do Pinval Pontos 717,95 517,85 259,25 254,1 215,05 214,68 187,36 186,8 181,79 178,4 173,4 162,58 159,34 159,13 148,82 MACHOS 1º Moleque de São Judas 2º Premier do Pinval 3º Geodo Top 4º Panthon do Oratório 5º Topázio do Chiribiribinha 6º Hiato Top 7º Nairobe Mandala 8º Sertão do Chiribiribinha 9º Oratório do Pinval 10º Tri Campeão 11º Baal da Hibipeba 12º Eliab da Hibipeba 13º Granfino do L.P.D. 14º Mustang de São Judas 15º Ouro do Pinval Pontos 632,70 446,74 427,00 410,60 373,80 331,25 316,80 290,05 276,65 232,90 222,20 212,37 210,28 207,10 203,50 CASTRADOS PADRÃO 1º Querubim da Dona Flor 2º Gorki do Camparal 3º Ocidente da Conceição 4º Radiante da Dona Flor 5º Mogno do Oratório Pontos 86,05 60,9 46,3 40,75 26,7 MARCHA PICADA 1º Dakota do Barulho 2º Grafite do Guirol 3º Jangada do Nagladir 4º França da Maranata 5º Centauro do Barulho 6º Queima Polaris 7º Palácio da Barra do Guaicuí 8º Santa Maria Rainha 9º Natan do G.T.S. 10º Luneta do Renardi Pontos 195,2 89,1 78,3 72,6 53,4 50,1 31,4 28,6 24,4 22,4 REPRODUTORES 1º Neruda do Chiribiribinha 2º É Top 3º Geodo do Oratório 4º Albatróz do Oratório 5º Desacato da Maravilha 6º Design da Hibipeba 7º O.P. de Santa Rita 8º Baal da Hibipeba 9º Cale da Hibipeba 10º Xá da Serrazul 11º Iluminado do Oratório 12º Zapata de Santa Rita 13º Olodum da Mima 14º Geodo Top 15º Milenium do Repol Pontos 710,82 215,84 189,97 180,25 152,35 124,75 112,9 39,5 35,97 35,75 35,2 24 19,96 13,35 12,89 MELHOR CABEÇA FÊMEA 1º Pintura do Pinval 2º Fayola da Hibipeba 3º Delicada da Moenda 4º Tentação do Dallas 5º Cednna do Ouro Verde 6º Mariah de São Judas 7º W.G. de Santa Anna 8º Obra do Pégasus 9º Querida do Chiribiribinha 10º Candura da Jad 11º Tieta do Chiribiribinha 12º Alteza de Halabara 13º Santa do Oratório 14º Vaidosa da Fronteira 15º Terra II do Chiribiribinha Pontos 100,55 68,5 52,8 50,05 49,9 46,3 36,75 33,7 27,55 25,8 20,45 19,75 18,2 17,9 17,6 MELHOR CABEÇA MACHO 1º Moleque de São Judas 2º Oásis das Flores 3º Sol do Oratório 4º X.Q. de Santa Rita 5º Sarampo II do Camparal 6º Forasteiro de São Judas 7º Sol do Oratório 8º Rubí do Oratório 9º Zeus do Atalho 10º Juve da Hibipeba 11º Sabre J.H.R. 12º Panthon do Oratório 13º Topázio do Chiribiribinha 14º Halley da Barraca 15º Hamon da Hibipeba Pontos 58,75 49,9 49,9 42,4 34,6 31,5 27,5 26,7 25,8 24,95 24,95 22,9 22,8 21,3 20,85 fonte: ABCCCampolina Bi o te c n o l o g i a Nova técnica permite preservar material genético de garanhões Muitas vezes o inesperado realizar a fertilização, mas também pode acontece e garanhões importantes, ser congelado, o que torna possível o seu para os quais ainda não existe armazenamento para uso futuro. uma reserva genética, acaA partir dessa descoberbam sofrendo uma fatata, o congelamento de sêlidade. Nessas horas, men oriundo do epidídimo é comum que os protem sido realizado em diprietários e profissioferentes espécies: cães1, nais que trabalham com gatos2 e eqüinos3. Será o animal se perguntem: detalhada a seguir a téco que é possível fazer nica que possibilita, por para salvar material gemeio do congelamento, nético de um garanhão armazenar o restante de que acaba de morrer ou sêmen alojado no testículo que tem sua capacidade após a morte ou castração reprodutiva comprometida indesejada de um garapor um acidente? Foto ilustrativa de um escroto nhão, possibilitando a sua eqüino dissecado A utilização de bioutilização futura. tecnologias modernas, como o congelamento de sêmen e, mais recentemenCOLETA E TRANSPORTE te, a clonagem de eqüinos, tem sido funDOS EPIDÍDIMOS damental para a preservação do valioso Na maioria das vezes, o momento potencial genético de alguns garanhões. e o local da castração ou morte do aniO presente artigo irá abordar a primeira mal não são adequados à manipulação dessas hipóteses, que permite o aproveie congelamento das amostras do epidíditamento do sêmen armazenado no testímo, o que torna necessária a retirada dos culo de garanhões. testículos, sua refrigeração e envio para Já se sabia que sêmen de garacentros especializados. nhões, antes de ser ejaculado, fica armazenado em uma aérea específica do testículo chamada epidídimo. Porém, o que foi posteriormente comprovado é que este sêmen, mesmo quando extraído artificialmente, não só se encontra apto a 104 Business Rural Esse procedimento, sempre que possível, deve ser realizado antes ou imediatamente após a morte do animal. Uma vez retirados, os testículos devem ser lavados externamente com solução de Rin- Alessandra Crosara, médica veterinária especializada em reprodução Eqüina. Formada p/ Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Tel. (22) 8818-7413 [email protected] ger Lactato (soro utilizado na coleta de embriões) e acondicionados em sacos plásticos (ou até mesmo em luvas de palpação, que podem ser utilizadas em uma emergência). Vale ressaltar que os testículos deverão ser retirados juntamente com o cordão espermático, que deverá ser ligado, por meio de pontos cirúrgicos, para evitar o extravasamento de sangue e de sêmen. Quanto ao transporte, devem ser feito em uma caixa de isopor com gelo reciclável e jornal, evitando assim o seu contato direto com as fontes de resfriamento. Após a chegada no laboratório, os testículos/epidídimos são lavados novamente e depois separados um do outro. A partir daí, inicia-se a extração dos espermatozóides do epidídimo. Uma amostra dos espermatozóides obtidos é avaliada para verificar se estes estão íntegros antes de encaminhá-los para o congelamento. Botucatu (SP), são extremamente importantes e animadores. Utilizando sêmen de epidídimo congelado, os pesquisadores obtiveram 12 prenhezes de 18 éguas inseminadas, atingindo um índice 66,6%. Este sucesso no incremento dos índices de fertilidade parece estar diretamente relacionado com os recentes avanços ocorridos nos meios usados para o congelamento de sêmen, que promovem a melhoria da sua fertilidade. O desenvolvimento dessa técnica com certeza irá permitir que o material recolhido em situações críticas, como as descritas acima, possa ser utilizado com melhores resultados. CONCLUSÃO Botijões de nitrogênio para armazenamento de sêmen As amostras de sêmen oriundas de sejam realizados por um profissional esepidídimos refrigerados a 5 graus Celpecializado. sius durante 24 horas têm FERTILIDADE apresentado boa congelabilidade em diferentes esDO SÊMEN pécies, inclusive em eqüiDO EPIDÍDIMO nos. A partir desse momento, a técnica de conAlguns dos relatos disgelamento e descongelaponíveis na literatura sobre mento dos espermatozóia fertilidade de sêmen condes extraídos dos epidídigelado oriundo dos epidídimos será a mesma adotamos são muito baixos: 17% da para o congelamento (Baker & Gardier, 1957); 18% de sêmen oriundo de ejae 8% (Morris et.al., 2002). culados. Entretanto, resultados Espermatozóide coletado Por fim, deve-se dizer do epidídimo equino obtidos atualmente pela que os testículos também equipe de pesquisadopodem ser processados no próprio hares coordenada pelo Professor Frederico ras, desde que se possua a infra-estrutuOzanan Papa, na Faculdade de Medicira necessária e os procedimentos acima na Veterinária e Zootecnia da UNESP, em Como visto acima, existem duas últimas oportunidades para se salvar o material genético de um garanhão que acaba de morrer. Uma é o envio de uma biopsia de pele para um banco de células objetivando no futuro a clonagem deste individuo e a outra é o congelamento do sêmen armazenado no epidídimo, que também pode ser utilizada caso haja a necessidade de castração não desejada do animal. Ambas as opções requerem que as amostras sejam coletadas com a maior rapidez possível após a morte (ou castração) e transportadas de acordo com os procedimentos acima descritos para um centro clínico adequado. A adoção desses procedimentos com certeza irá permitir a obtenção de um material de boa qualidade e que poderá ser utilizado no futuro, minimizando assim o trauma decorrente de uma das piores coisas que pode acontecer em um haras, que é a perda súbita e inesperada de um garanhão importante. 1Martins et. al., 2006; Hewitt et al., 2001 2Tebet et. al., 2006; Axner et. al., 2004 3Barker and Gardier, 1957, Johnson et al., 1980 B u s i n e s s R u r a l 105 CAMPOLINA Panorama das Raças BALANÇO OFICIAL DA 28ª SEMANA NACIONAL DO CAMPOLINA Fots: Roberto Pinheiro A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina – ABCCCampolina, realizou de 03 a 13 de setembro a 28ª Semana Nacional do Cavalo Campolina, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte O evento foi dividido em duas etapas, sendo que a primeira aconteceu de 03 a 07, quando foi realizada a tradicional Cavalgada Histórica Campolina, cujo trajeto foi de Buarque de Macedo/MG a Passa Tempo/MG, totalizando 105 km. Na segunda etapa ocorreram os concursos, julgamentos, provas e leilões. No total o evento que contou com a presença de 5500 visitantes, reuniu cerca de 900 animais pertencentes a 125 expositores vindos de todo o país. Em constante expansão, o mercado do cavalo Campolina acompanha a evolução da própria raça. Com os anos, tornou-se altamente valorizada e é comercializada em leilões ou diretamente nos haras e exposições que, muitas vezes, funcionam como porta de entrada para novos criadores e proprietários. Com isso, consegue aliar um mercado promissor com os prazeres proporcionados pela criação de cavalos. No ano de 2007 os criadores da raça campolina realizaram 27 leilões. Neste ano, os leilões de elite da raça têm atingido excelentes médias e demonstram a liquidez dos criatórios que trabalham com o melhor da genética, morfologia e marcha. Foto panorâmica da apresentação dos animais na Nacional Campolina 2008 Durante a 28ª Semana Nacional do Cavalo Campolina foram realizados 6 leilões distintos e uma feira de animais que contaram com a participação de compradores dos estados da Ba- hia, Amazonas, Pernambuco, Goiás, Tocantins, São Paulo e Paraná, além de Minas Gerais. Os resultados dos remates foram: LEILÃO RAÇA E COR – Realizado em 08/09, este leilão vendeu 33 lotes de animais de pelagens pampa e policromáticos pela média de R$ 21.727,00 cada. LEILÃO SHOW DE EMBRIÕES – Ocorrido em 09/09, o remate comercializou 34 lotes de embriões das melhores matrizes da raça ao preço médio de R$ 17.135,00 por lote. LEILÃO HERDEIROS DA RAÇA – Remate realizado no dia 10/09, e vendeu 32 animais jovens com genética superior, ao preço médio de R$ 23.456,00. LEILÃO TROPA DE ELITE – Este leilão ocorreu no dia 11/09 e comercializou 41 lotes de reprodutores e matrizes de extrema qualidade, ao preço médio de R$ R$ 30.321,00. LEILÃO RAÇA NACIONAL 2008 – No dia 12/09, este remate vendeu 33 lotes, entre machos e fêmas, ao preço médio de R$ 37.000,00. 9º LEILÃO HIBIPEBA – O último leilão da 28ª Semana Nacional do Cavalo Campolina, realizado no dia 13/09 vendeu 32 lotes pelo preço médio de R$ 35.900,00. Durante o evento o público vibrou com as provas funcionas e maneabilidade e pôde assistir as atividades paralelas como as provas de Musicalidade e Velocidade da marcha e do Cavalo Conforto, que visam avaliar o nível de adestramento e andamento dos animais. Estas provas buscam reunir as mais condizentes características morfológicas, de andamento marchado e cômodo da raça, como forma de colaborar para a evolução dos Cavalos Campolina, obtendo assim um animal ideal para sela e lazer. Fonte: Três Barras Resultados Nacional Campolina Pampa - 2008 Melhores Expositores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 CLAUDIO R. GOMES DA CUNHA LUIZ PACHECO DRUMOND IVAN ALFREDO CASALI OSMAR DA SILVEIRA MORAES HUGO SILVA FONTES NELSON JOSE PAES FORTES FERES TADEU DE ALMEIDA LIMA LUIZ OTAVIO DE SOUZA OLIVEIRA EUSTAQUIO SOARES MAIA PAULO SEIXAS DE OLIVEIRA NILTON DE PAULA AVELAR 10 SHANNA HARROUCHE GARCIA HARAS DO PRETO E BRANCO 11 CRIATORIO JAD-HARAS LTDA 12 CAMPANARIO AGROPECUARIA LTDA AILANA SILVA MENDES PENIDO Melhores Criadores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 112 CLAUDIO R. GOMES DA CUNHA NELSON JOSE PAES FORTES FERES OSMAR DA SILVEIRA MORAIS TADEU DE ALMEIDA LIMA EUSTAQUIO SOARES MAIA PAULO SEIXAS DE OLIVEIRA LUIZ OTAVIO DE SOUZA OLIVEIRA NILTON DE PAULA AVELAR EDDY CAETANO PACHECO PEREIRA LUIZ PACHECO DRUMOND CRIATORIO JAD-HARAS LTDA GLACIOMAR E DIRCEU MACHADO JUAREZ ASSIS DOS SANTOS TOP CAMPOLINA AGROP. LTDA. VIC AGROPECUARIA LTDA. Business Rural Campeonato da Raça Jovem Pampa Campeã Campeão NOBRE DO ATALHO RANCHO BOA VISTA – BARBACENA/MG Res. Campeão VEZUVIO 5 ESTRELAS HARAS 5 ESTRELAS – BARBACENA/MG Campeã POLACA DA ÁGUA SANTA HARAS HF – RIO DE JANEIRO /RJ Res. Campeã GAYA DE NAHEY HARAS NAHEY- CONGONHAS /MG HARAS DO BARULHO – CACHOEIRAS DE MACACU/RJ FAZ. BOA ESPERANCA - SÃO JOÃO DEL REI/MG Campeã HAMORRA DO PANTALEÃO FAZ. AGUA SANTA - ANTONIO CARLOS/MG Res.Campeã SHERAZADE DA LAGOA NEGRA Campeonato da Raça Adulto Pampa Campeonato Potra Jovem Pampa HARAS DO PRETO E PAMPA - BOM JARDIM/PE GANG DO BARULHO Res.Campeã HAMORRA DO PANTALEÃO FAZ. ÁGUA SANTA - ANTONIO CARLOS/MG Campeonato Potro Jovem Pampa Campeão IVANHOE DO BARULHO HARAS DO BARULHO – CACHOEIRAS DE MACACU/RJ Res.Campeão FENÔMENO DO LIBERTAS Campeão UIRAPURU J DA 3F HARAS LPD – RIO DE JANEIRO/RJ Res.Campeão QUINDIM D’TAL HARAS D’TAL – MIGUEL PEREIRA /RJ Campeã BARBERA DO TRIO FAZ. SANTA ANNA – PASSOS/MG Res.Campeã HAMORRA DO PANTALEÃO FAZ. ÁGUA SANTA – ANTONIO CARLOS/MG Campea TIMIDA DO REPOL HARAS CAMPANARIO - CAPIM BRANCO/MG Res.Campeã THAYLA DO REPOL Camp. Melhor Cabeça Jovem Pampa Campeonato Égua Jovem Pampa Campeão FENÕMENO DO LIBERTAS FAZ. BOA ESPERANÇA – SÃO JOÃO DEL REI/MG Res. Campeão NOBRE DO ATALHO RANCHO BOA VISTA – BARBACENA/MG Campeã CHALANA DA JAD HARAS CRIATÓRIO JAD – ITUPEVA/SP Res.Campeã J-GRIFFE TOP HARAS TOP – NOVA FRIBURGO/RJ Camp. Melhor Cabeça Sênior Pampa Campeão UIRAPURU J DA 3F HARAS LPD – RIO DE JANEIRO/RJ Res.Campeão FREVO DO BARULHO HARAS DO PRETO E BRANCO – BOM JARDIM/PE HARAS DO REPOL - CONSELHEIRO LAFAIETE/MG Campeonato Cavalo Jovem Pampa Campeão QUINDIM D’TAL HARAS D’TAL - MIGUEL PEREIRA/RJ Res.Campeão OTELO DO NAGLADIR HARAS NAGLADIR - BICAS/MG Campeã BARBERA DO TRIO FAZ. SANTA ANNA – PASSO/MG Res.Campeã MANCHETE DO PEGASUS HARAS FAG - DIVINOPOLIS/MG Campeonato Potro Junior Pampa Campeão NOBRE DO ATALHO RANCHO BOA VISTA - BARBACENA/MG Res.Campeão VESUVIO 5 ESTRELAS HARAS 5 ESTRELAS - BARBACENA/MG Campeonato Potra Junior Pampa Campeã POLACA DA AGUA SANTA HARAS H.F. - RIO DE JANEIRO/RJ Res.Campeã GAYA DE NAHEY HARAS NANEY - CONGONGAS/MG Campeonato Cavalo Sênior Pampa Campeão UIRAPURU J DA 3F HARAS L.P.D. - RIO DE JANEIRO/RJ Res.Campeão HEBREU DA AGUA SANTA HARAS UNIAO - ESMERALDAS/MG Campeonato Égua Sênior Pampa Concurso de Marcha Cavalo Jovem Pampa Campeão GAVIÃO DO BARULHO HARAS DO BARULHO – CACHOEIRAS DE MACACU/RJ Res.Campeão HEROI DAS MINAS GERAIS CRIAT. MINAS GERAIS - TIRADENTES/MG Marcha Cavalo Sênior Pampa Campeão QUINDO DO M.M. HARAS MODELO - GUAPIMIRIM/RJ Res.Campeão GIGOLO DAS AGUAS FERREAS AGUAS FERREAS - BOM JARDIM/RJ Marcha Égua Jovem Pampa Campeã FERRARI DO BARULHO HARAS HA - ITAUNA/MG Res.Campeã BELEZA J DA 3F FAZ. CHAPARRAL - CACHOEIRAS DE MACACU/RJ Marcha Égua Sênior Pampa Campeã BENFICA DO BARULHO HARAS DO BARULHO – CACHOEIRAS DE MACACU/RJ Res.Campeã SERENATA DO LIBERTAS FAZ. BOA ESPERANCA - SÃO JOÃO DEL REI/MG fonte: ABCCCampolina 112 Business Rural Haras Destaque Haras Hibipeba: Hibipeba é 10 - 10 Anos do Criatório Hibipeba Criatório padrão da Raça Campolina Contando com campeões nas pistas de competição e na reprodução nos seus trabalhos de cruzamentos, o Haras Hibipeba, importante criatório de Campolina do Estado do Rio de Janeiro chegou ao que há de melhor nessa raça, o que lhe confere a condição de referência em Campolina no Brasil. 144 Business Rural Por: Adeildo Lopes Cavalcante Fotos: Flavio Duarte e cedidas pelo criatório Situado no município de São Sebastião do Alto, na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, o Haras Hibipeba possui atualmente um plantel padrão de Campolina e, por isso, é referência na raça no Brasil. Contando com animais melhoradores de plantéis de renome, o haras vem obtendo, graças a um competente trabalho de seleção genética, o que há de melhor em animais de competição e reprodução, muitos deles premiados em importantes eventos da raça. Tanto é que, em reconhecimento à trajetória de sucesso do Hibipeba, a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina concedeu ao haras, por oito vezes consecutivas (período entre 1999-2000 e 2006-2007) o titulo de Melhor Criador do Ranking Nacional , além de vários títulos conquistados como Melhor Expositor. Além dessas conquistas, o criatório tem recebido outras premiações em importantes eventos da agropecuária nacional, como a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (PR). Na edição 2008 dessa mostra (48ª), o Hibipeba foi distinguido, por oito vezes consecutivas, com o prêmio The Best, em reconhecimento ao seu trabalho em favor do aprimoramento, fortalecimento da raça Campolina no Brasil. EQUIPE DO HARAS HIBIPEBA O Haras Hibipeba também investiu alto contratando profissionais do mais alto gabarito e com isso formou, com certeza, uma das mewlhores equipes da Raça Campolina para disputar forte nas melhores pistas do país. Acima: Alexandre, Jucélio, Egilmar(21), Genésio e Marquinho. Abaixo: Baiano, Mimi, Dinho e Marco Antonio (Gaguinho) Plantel e manejo Criando animais que estão sempre no patamar de excelência do padrão Campolina: beleza e andamento, o haras desenvolve suas atividades na localidade de Valão do Barro, 2º distrito do município de São Sebastião do Alto. Em uma área de 60 alqueires, dotada de 55 baias e 40 piquetes, toca-se um plantel de mais de 100 animais, entre reprodutores, matrizes, potras e cavalos de sela e de concurso de marcha. O manejo dos animais (alimentar, sanitário e reprodutivo) está a cargo de uma equipe liderada pelo médico veterinário Fernando José R. Queiroz. No caso de animais destinados a exposições e leilões, eles recebem ração balanceada comercial, feno de alfafa e têm acesso a piquetes de capim tifton. Já os animais de reprodução, são mantidos em piquetes de capim angola ou tifton. O manejo sanitário compreende: vacinação anual de todo o plantel contra a raiva e tétano, imunização estratégica contra a gripe eqüina (todo plantel); já as éguas em reprodução são vacinadas anualmente contra aborto e doenças causadas por vírus. O manejo compreende ainda a vermifugação, aplicada, a cada três meses, em todos os animais. Por fim, as práticas reprodutivas. Além da inseminação artificial em que se utiliza sêmen a fresco e resfriado e do controle das matrizes (através de exames de ultrassonografia), faz-se uso da técnica de transferência e congelamento de embriões. Design da Hibipeba Cale da Hibipeba HISTÓRIA DE SUCESSO A história de sucesso do Hibipeba baseia-se principalmente num trabalho de seleção animal, no qual são utilizados, nos cruzamentos, campeões da raça nas pistas e na reprodução (garanhões e matrizes). Dentre os garanhões destacam-se: * Cale da Hibipeba * Geodo do Oratório * Design da Hibipeba As matrizes (doadoras de embriões) são, entre outras: * Bela * Eva * Ekika * Egaer * Capitu * Eça * Fábula * Fayola Geodo do Oratório Eva da Hibipeba 146 Business Rural Capitu da Hibipeba Bela da Hibipeba Eça da Hibipeba Ekika da Hibipeba Fábula da Hibipeba Egaer da Hibipeba Fayola da Hibipeba Business Rural 147 Outros destaques são os machos que estão começando na reprodução: Feron da Hibipeba, Egaek da Hibipeba, Eliab da Hibipeba e Fayad da Hibipeba. Há que se destacar, ainda, a nova geração do criatório: Haira, Hadarah, Hibipeba, Gaya e Gayana, entre outras. Feron da Hibipeba Eliab da Hibipeba Hadarah da Hibipeba 148 Business Rural Fayad da Hibipeba Haira da Hibipeba Gayana da Hibipeba Gaya da Hibipeba PELAGENS DIFERENCIADAS Além de animais de pelagem monocromátricas, o Hibipeba possui em seu plantel excepcionais doadoras de embriões das pelagens Pampa (Artilheira do Momento e Fascinação de Sans Souci) e Negra (Lolita da Filó, Helena dos Gaúchos, Fada do RF e Princesa da Czardas . Esses animais fazem parte de um novo investimento do haras. Hibipeba da Hibipeba Artilheira do Momento LEILÕES E EXPOSIÇÕES Como parte do seu programa de trabalho o Hibipeba participa das principais exposições e leilões da raça e não deixa de apresentar seus produtos nesses eventos. Assim, o criatório participa de mostras realizadas nos estados do Rio de Janeiro (Itaipava, Cordeiro e Campos, entre outras); Minas Gerais (Barbacena, Belo Horizonte, Pará de Minas, Itabira, São João Del Rey, Conselheiro Lafaiete, Governador Valadares etc.); São Paulo (Indaiatuba, Jacareí etc.); Bahia (Salvador) e Alagoas (Maceió), entre outras. do Nordeste. O Hibipeba começou a participar de exposições em 1998, ou seja, no mesmo ano de sua instalação e, a partir de então, vem se destacando nesses eventos. ntos e m i o Dep HARAS CHIRIBIRIBINHA - RJ O Haras Hibipeba é, sem dúvida alguma, um dos mais importantes criatórios de todos os tempos da raça Campolina. Nesses seus dez anos de existência conquistou feitos ímpares que foram marcos importantes. Deu e continua a dar a sua grande contribuição à raça, através de Geodo do Oratório, o garanhão 100%, que também contribuiu na evolução do Chiribiribinha. Charles Marx HARAS MANDALA-RJ Falar da Agropecuária Hibipeba é, ao mesmo tempo, contar um pouco da recente evolução da raça Campolina e reviver o carinho de uma amizade. Pioneiros na seleção genética de qualidade através de técnicas reprodutivas das mais modernas, e muita dedicação, rapidamente alcançaram o status de mais premiado criatório da década. Ao longo de toda essa trajetória, os papos de cocheira, os debates de beira de pista, as visitas mútuas e outros muitos momentos em que Norival e Rober- FAZENDA INGLATERRA -RJ Tudo começou na Fazenda Oratório. O acidente que curtiu a fibra dos irmãos, diferentes entre si, mas igualmente inteligentes e vibrantes, fê-los iniciar seu criatório de cavalos Campolina em meio a uma convivência (de criadores, pensadores, conhecedores, comerciantes etc.) da qual souberam aprender muito rapidamente, com sua vocação e experiência agropecuária. Dessa linha, nasceu o Albatroz do Oratório que, depois, mudou conceitos e trouxe na sua prole, para a raça Campolina, o que mais lhe faltava naquela altura: raça com estrutura e equilíbrio. Depois, dividiram o criatório do Oratório, marcando o início da Hibipeba; e, em seguida, começou uma seqüência nunca imaginada de títulos, exposições, leilões, produtos – uma evolução galopante (ou “marchante”...) que influiu de forma marcante e definitiva na evolução da raça. to exercitam como poucos a arte de receber os amigos nos proporcionam grandes momentos e muito aprendizado. Nada expressa melhor essa alegria em receber bem e a vontade de aprimorar a raça do que o Leilão Hibipeba. Evento dos mais esperados do ano, é sempre a oportunidade de viver uma excelente noite de entretenimento e reforçar o plantel com muita raça. Obrigada a toda família Hibipeba pelos ensinamentos e pela amizade. Vera Regina Ache Annechino CRIATÓRIO JAD - SP Gosto de conhecer as histórias dos que conseguiram chegar ao pódio, mas confesso que a minha maior busca é pelas entrelinhas, a grande sacada, ou seja, o que levou o negócio ao patamar atual, quanto se errou para chegar ao sucesso e o preço que foi pago por esses erros. Só que a maioria das pessoas prefere esconder essas informações. Justamente, por isso, concordo com aquela história do ‘’não esconda sua idéia’‘; só assim ela se tornará visível e de sucesso. Então, no processo para formar o Haras São Judas e Criatório JAD, tive que sair de uma idéia zerada e buscar um referencial. Onde procurar? A idéia que me ocorreu foi: com quem está no 150 Business Rural pódio, é claro. E dessa maneira bati às portas da Agropecuária Hibipeba, lá em Valão do Barro/RJ, tendo como meu fiel escudeiro Pedro Silvio Assis. Para minha surpresa, eu encontrei uns “cariocas” que também acreditam que nada se consegue sozinho; compartilharam informações, experiências diversas e puderam de todas as maneiras me aconselhar. dos dos amantes mais recentes do cavalo Campolina. Quem não conhece o tipo dos animais com origem neste criatório? Apesar de ainda não termos um animal “true-type”, aqueles são os que mais se assemelham com o que há de vir. Quem não viveu, com o Rober to e Norival Siqueira, momento admiráveis de glória sem pompa? Acredito que não houve, que me lembre, um caso igual de sucesso permanente desde o início, como o do criatório Hibipeba. Isso não foi um golpe de sorte, pois desde as primeiras compras de exemplares para a formação do plantel tiveram coragem de arriscar e, depois do sucesso, a competência e tenacidade de continuar a investir e arriscar, com o objetivo de evoluir. Não vou enumerar os exemplares Hibipeba que se destacaram, pois tornaria este texto longo e enfadonho – todos são conheci- HARAS ATIBAINHA-SP Falar da Hibipeba é falar da dedicação, da vontade, do profissionalismo, da capacidade, do conhecimento, em fim, do amor ao cavalo Campolina de dois irmãos que se uniram com espírito de grandes conhecedores para dar continuidade à expansão de uma raça maravilhosa que é nosso Campolina. É do conhecimento de todos nós criadores e admiradores do cavalo, a evolução do nosso cavalo após a era Hibipeba, em que o sucesso comprova tudo isto. Carlos Roberto e Norival Siqueira me mostraram que é possível uma proximidade dos empreendedores de primeira viagem com aqueles que já estão na estrada há tempos. Não tiveram orgulho, nem pudor em falar abertamente de seu aprendizado, muito bem sucedido, por sinal, no mundo Campolina. Do jeito mais amigável possível, mas sendo muito profissionais, eles relataram o quanto investiram e bateram cabeça para conseguir a “Evolução Técnica” da raça, coroada por títulos, prêmios e reconhecimento. Eu encontrei o que estava buscando, meu referencial de criador. E entrei para esse seleto time dos que trocam Eu posso testemunhar que convivi, convivo e admiro o trabalho destes incansáveis campolinistas, ora um, ora outro à frente, por força das exigências de seus negócios, mas sempre levados com competência, vocação e garra. A coragem deles de participar desde o início dos melhores movimentos da raça encurtou o caminho para o topo da qualidade, e com isso, da excelência dos resultados. Foi o que fez e faz a diferença: a coragem de “topar”, antes de outros, com o risco de resultado incerto, mas acertado. E o mais importante: são amigos leais, sinceros e queridos, e por eles, guardo com carinho no meu peito um lugar incondicional. Francisco Inglês Eu, particularmente criando e admirando o Campolina há 21 anos, já vi muito amor pela raça, mas igual ao do Roberto e do Norival, quem sabe um dia. Família Hibipeba, obrigado pela opor tunidade que foi dada ao Haras de Atibainha. Obrigado por: Feiticeiro do Oratório, Geodo do Oratório, Hera do Oratório, Taça de San Souci, Carola da Hibipeba, Cainara da Hibipeba. Fayola da Hibipeba, Ferrara da Hibipeba. Josué Rodrigues 100% de propriedade por cotas de participação e poder por sabedoria. Hoje tenho algumas representantes que formaram a base do criatório Hibipeba. Viação de Sans Souci e Estrela do Oratório, integram nosso plantel de doadoras. E Geodo do Oratório é um dos reprodutores usados no nosso processo de melhoramento. A marca Hibipeba fazendo parte da minha história. A frase que fica de Carlos Roberto e Norival para mim é essa: avalie seu desprendimento do poder e sua capacidade de percepção para identificar as novas oportunidades; isso poderá fazer toda a diferença. E os Hibipebas, como são carinhosamente chamados, sabem fazer isso com maestria. Nelson Jorge / Afonso Davo HARAS PASTOREIO - RJ É verdade que Cassiano Campolina criou a raça Campolina a partir do Monarca, filho de um garanhão da raça Andaluz com a égua Medéia, entrando assim para a história da eqüinocultura brasileira e nos presenteando com esse magnífico cavalo. O ano era 1870 e da lá para cá muitos criatórios participaram de forma significativa na evolução da raça, desenvolvendo um tipo morfológico de cavalo de sela mais lapidado, mais refinado e de linhas harmoniosas. Não poderíamos deixar de mencionar a enorme contribuição que o Haras Hibipeba, dos irmãos Roberto e Norival Siqueira, deu à raça Campolina, como conseqüência de um trabalho sério e FAZENDA CHAPARRAL-RJ O Hibipeba se perpetuou na criação do cavalo Campolina, a meu ver, primeiro: pela paixão de dois irmãos e a lealdade à raça; segundo: ao preservar a raça como prioridade no seu criatório, não deixando de aprimorar a dedicado. Percebe-se o grande amor de Roberto e Norival pelo Cavalo Campolina, o qual os levou, por oito vezes consecutivas, ao título “The Best”, o principal prêmio da agropecuária brasileira. Não seria leviano afirmar que nos principais criatórios do país existe um representante do sangue Hibipeba contribuindo de forma decisiva na fixação das características morfofuncionais, valorizadas ainda pela beleza zootécnica dos animais Hibipeba. Assim como Cassiano Campolina, os irmãos Siqueira estão escrevendo seus nomes na história da eqüinocultura brasileira. Que Deus os abençoe e que continuem a fazer esse excelente trabalho em prol da raça Campolina. Wagner Fontes Aranha marcha. Tanto é que levou para o seu criatório um dos maiores marchadores (Iluminado de Alfenas) para dar prosseguimento ao trabalho e, com certeza, obteve um grande resultado, haja vista os êxitos em pista que vem apresentando. Joel Garcia HARAS ESTORIL-MG Falar do Haras Hibipeba, por ocasião da comemoração dos seus dez anos de existência, tendo à sua frente os meus prezados amigos Roberto e Norival Siqueira, é sempre um motivo de alegria e satisfação para todos nós que temos tido o privilégio de desfrutar do seu convívio. Homens competentes, dedicam-se às suas atividades com afinco, principalmente na criação do nosso cavalo Campolina, ao qual emprestaram toda a sua inteligência, ampliando o seu Haras, dotando-o de todas as condições necessárias a um grande criatório. Com o seu dinamismo, vêm participando, com sucesso, de todos os principais eventos, quer como criadores, quer como expositores, promovendo leilões, divulgando a raça em memoráveis acontecimentos sociais, que a todos cativam, numa integração salutar. Os resultados que aí são obtidos, além de muito positivos, concorrem para unir cada vez mais a comunidade campolinista. Assim, na comemoração do décimo aniversário de suas atividades, não podíamos deixar de prestar-lhes as nossas homenagens e cumprimentá-los pelo belo trabalho que vêm realizando, desejando a continuidade desse sucesso, o que acreditamos seja também o espírito de todos os criadores da raça Campolina. Parabéns, portanto, pois bem merecem todo o nosso apreço e consideração. Arthur Biagioni HARAS LAGARTIXA-MG A história da raça Campolina é entrelaçada por nomes de criadores que indiscutivelmente marcaram de maneira forte e irreversível o desenvolvimento da raça. Nos tempos de hoje, sabendo do lugar que o nosso cavalo ocupa, devemos a esses criadores reconhecimento e gratidão. FAZENDA LAGOA NEGRA - MG Com tantos títulos e premiações em tão pouco tempo, trata-se de algo raro em criações de cavalo os inúmeros resultados positivos alcançados tanto nas pistas quanto no mercado. A partir de uma excelente base, a qual os irmãos Roberto e Norival também foram co-responsáveis por ela, souberam fazer a alquimia correta que desdobrou em tanto sucesso. Tendo como reprodutor principal Geado do Oratório, e usando grandes reprodutores como OP de Santa Rita e Iluminado de Alfenas em éguas base, na maioria filhas de Albatroz do Oratório, conseguiram um criatório onde raça e marcha se uniram na excelência. As personalidades cativantes dos irmãos Roberto e Norival, também contribuíram muito para este sucesso. Empreendedores e audaciosos, souberam ler corretamente o produto que tinham e têm em mãos, e a através do uso de um ma- RANCHO MATA NOVA-SP Escrever sobre o Haras Hibipeba é antes de tudo escrever sobre amigos. O que dizer de um Haras que com apenas 10 anos de vida e já a partir do seu primeiro ano conquistou todos os títulos, inicialmente como melhor expositor e posteriormente como melhor criador. Seus leilões alcançam recordes de preço e de venda. Alguns dirão que seu sucesso vem de terem iniciado com uma tropa já selecionada e formada. É verdade, mas este não é o seu grande diferencial, muitos herdeiros de grandes e antigos criadores estão aí para desmentir. A criação de cavalos tem sido comparada à de um artesão, especificamente um ourives. Descobrir uma pedra bruta, reconhecer seu valor, sua pureza, saber lapidá-la e transformá-la numa jóia rara é o que diferencia um artesão, um criador de cavalo, dos demais. O sucesso de um artesão não está ligado apenas à sua arte, mas também à sua capacidade de mostrá-la e vendê-la. É este diferencial que transforma um bom artesão em um empresário de sucesso. O empreendedor é o que sabe o que produzir, como produzir, para quem produzir e como comercializar e valorizar seu produto. E a história continua a ser escrita. O Haras Hibipeba vem participando ativamente dessa história Há dez anos o trabalho que desenvolve se destaca e se torna referência de produtos de altíssimo nível, tendo em vista os parâmetros desejáveis da raça. Nacionalmente, o Haras Hibipeba tor- rketing honesto, da presença maciça em todas as pistas onde tem campolina, e da promoção de um leilão anual que se transformou no grande evento do calendário de leiloes da raça, conseguiram ainda mais a sustentabilidade do criatório Hibipeba. Ambos os irmãos, sempre cordiais e receptivos, encantam pela lealdade, generosidade e honestidade em suas relações de amizades e comerciais, e isto também é fundamental no sucesso constante de um criatório de cavalos. A Hibipeba pelo que representa hoje no contexto da raça, se transformou em algo mais do que um criatório, mas pelo que simboliza, se transformou numa legitima grife da raça campolina. Meus parabéns e meu abraço ä família Hibipeba. “E com muito carinho.” José Eugenio Dutra Câmara Filho (Dudu) O Haras Hibipeba revoluciou nossa raça, principalmente por esta capacidade de empreender. Soube o que fazer com a pedra bruta que recebeu e transformá-la numa jóia rara. Sua primeira atitude foi a de buscar um reprodutor como o Iluminado de Alfenas, promovendo não apenas um choque de sangue em sua tropa, mas também e principalmente buscando o andamento marchado hoje muito valorizado. Teve a sorte e o mérito em acreditar e apostar em seu garanhão Geodo do Oratório e no seu filho Design da Hibipeba Atitudes como esta muitos tiveram alcançado ou não o sucesso, mas o que realmente revolucionou e passou a ser modelo para muitos criadores foi sua atitude profissional no manejo, na reprodução e na comercialização de seus animais. Não tiveram preconceito em buscar os melhores profissionais disponíveis na reprodução, adestramento, equitação, maquiagem e apresentação. Investiram em treinamento de sua mão de obra, valorizaram o trabalho e foi exatamente na união do trabalho com a genética que lograram o sucesso que são hoje. HIBIPEBA, sinônimo de profissionalismo, empreendedorismo e competência. Luiz Augusto do Amaral Filho nou-se sinônimo de empreendimento de sucesso. Pessoalmente, admiro o Haras Hibipeba e me sensibilizo com a seriedade e profissionalismo com que conduzem o trabalho, o qual se reflete positivamente na raça como um todo. Francisco Azevedo Business Rural 151 HARAS SÃO JUDAS TADEU - RJ Quando ouvimos o nome do Haras Hibipeba pela primeira vez, nos soou meio estranho. Porém, nos despertou algo diferente: era um nome em que, nele, havia um sentimento que iria marcar época. Passado algum tempo, tivemos o prazer de nos tornarmos amigos e parceiros dos ti- HARAS VERDES CAMPOS - RJ Amigos, raciocinem comigo e vejam se tenho ou não razão. Fosse hoje o ano de 1978 ou de 1988, só haveria um único assunto nessa época do ano, em nosso meio do cavalo: quais seriam os prováveis campeões nacionais de nossa raça Campolina? Quantos viriam de Minas, do Rio ou da Bahia? O grande da raça teria o sufixo Gas, Passatempo, Rancho 70 ou Santa Rita? Naqueles tempos tambem os governos caíam, havia relatos de crimes horrendos nos noticiários, morriam presidentes e atores famosos. E mais: craques aos montes despontavam nos times de várzea e astronautas iam e vinham do espaço num piscar de olhos. Ainda assim nada desviava nossa atenção dos cavalos, naqueles dias de frio. O assunto era um só: a Macapê e a Nacional Campolina. Gastavam-se quilômetros de palavras em especulações infindáveis nos fins-de-semana na fazenda Chaparral. E nada mais importava para o criador do cavalo Campolina. tulares da Hibipeba. Desde então, o Haras São Judas Tadeu passou a seguir a mesma linha de raciocínio da Hibipeba. Nos especializamos no modelo de trabalho criado por seus proprietários e adquirimos deles, na época, duas matrizes (Inédita e Estrela do Oratório). A partir daí, começamos uma nova fase em nosso criatório, incorporando ao plantel outros animais, como Baal da Hibipeba, Viação e Devassa da cada um nutria o único e mesmo sonho, a criação de cavalos. E como hão de morrer, os três, com o nome Campolina gravado no coração, cada um rendeu fidelidade ao mesmo desejo dos demais. Daí que, com a dissensão, um irmão foi para um lado e dois se uniram e partiram para outro, em busca de novo sufixo para a tropa que havia sido dividida. Uma nova potencialidade estava se liberando no mundo dos cavalos marchadores. Assim foi que o ano de 1998 trouxe no ventre, entre muitos nomes, este que jamais será esquecido: Hibipeba. Logo, logo o criatório tornou-se uma força da natureza. Digo isso porque, em suas primeiras exposições, a Hibipeba foi capaz de fazer ventar, chover, trovejar e relampejar ao mesmo tempo. Pois bem, passemos agora aos dias atuais deste ano de 2008. Ninguém fala dos cavalos de marcha da Vera e do Severino, das potras do Neruda, do sumiço repentino das pistas do JHR e do Leonardo Campos, da ascensão definitiva do criatório da dupla Rei-Ro. Até os juízes, com seus erros e acertos controvertidos, conseguiram cair no total esquecimento. As pessoas nem mesmo se preocupam com os centavos que levam no bolso, já que tudo tornou-se secundário. De fato, a Hibipeba já nasceu adulta. De maneira inédita, em seu primeiro ano de vida, trocou as fraldas por faixas e mais faixas de campeã nacional. De cabo a rabo, ganhou tudo também nos oito anos seguintes. Apenas um assunto persiste em não se calar: a dissensão que se abateu sobre o haras dos dois irmãos Siqueira, Roberto e Norival. E isso não apenas em nosso meio. Nos botequins de todo o país, nas pensões do interior de Minas, nas carrocinhas de maçã do amor dos parques de exposições, nas filas de cinema do Rio, nas ladeiras do Pelourinho, enfim, por onde haja um simples mortal que se dedique à eqüinocultura, o assunto é um só: os irmãos Hibipeba. Até que há poucos dias ouviu-se falar em discórdia também no criatório dos dois irmãos Siqueira. O disse-que-disse surgiu de repente, vindo não se sabe de onde. Começou, então, entre os criadores, um corre-corre jamais visto. Cada um de nós procurava saber do outro que gesto, palavra ou expressão de ódio teria tido a força de deflagrar tamanha crise. Em vão, tentamos imaginar que bate-boca, por mais homicida que fosse, seria capaz de gerar tamanha dissidência entre os irmãos. A ponto de colocar em risco um dos criatórios mais importantes de toda a história do cavalo Campolina. Antes de prosseguir, é bom que se diga que todo criador de cavalos, vivo ou morto, seja ele amante do Árabe, do Mangalarga, do Inglês de corrida, do Andaluz, inclusive os donos dos pangarés da praça Xavier de Brito, na Tijuca, todos – repito, agora no plural – gostariam de pelo menos por um instante, por um dia que seja, ser proprietário do sufixo Hibipeba. Mesmo que esse sonho se realizasse em dias de Carnaval, Natal ou Ano Novo... não importa! E se alguém entre nós cair na bobagem de dizer que não sente inveja da tropa dos dois irmãos Siqueira, sabe lá Deus que castigo lhe estará reservado, no Juízo Final, por tamanha mentira. A bem da verdade, a Hibipeba nem sempre foi Hibipeba: antes era Oratório. Até que um dia houve uma desavença por lá. Então veio a primeira separação. Cada um dos três irmãos poderia ter seguido caminhos diferentes na vida. Certamente freqüentariam o sucesso da mesma maneira como ministros de Estado, cantores de ópera, veterinários, relações públicas, vendedores de churros, personal trainers, sei lá... Mas não: em seus travesseiros 152 Business Rural Eu que o diga: durante toda esta última década, ao terminar cada exposição, realizada de norte a sul do país, eu telefonava às pressas para um amigo e perguntava: – “E aí, quem ganhou?”. E ele: – “A Hibipeba!”. Era sempre a mesma resposta, sempre a Hibipeba. De minha parte, deixei todas as especulações de lado para concluir que apenas a paixão, esse sentimento exagerado de amor que ambos carregam no peito e que, ao transbordar, acaba salpicando o coração do outro, seja ele parente ou não, explicaria tamanha divergência. Se até entre os mais fervorosos namorados e amantes existem atritos e discussões, que dizer entre irmãos que vivem, trabalham, competem, amam e choram juntos... Eu, que convivo amiúde com ambos, asseguro-lhes que não vi entre eles qualquer atrito de ódio fratricida, tão comum na literatura. Ao contrário, insisto que, em verdade, apenas o amor desmesurado seja o principal motivo. Nada disso teria acontecido, não fosse a paixão pelo cavalo, esse objeto de desejo que, por gerações infindas, sempre seduziu os homens, levando-os até o limite da discórdia, inclusive entre irmãos. Hibipeba, entre outros. Como se vê, a base do nosso plantel saiu da Hibipeba. O Haras São Judas tem muito orgulho de ter iniciado o marco de sua criação com a família Hibipeba de nossos amigos Norival, Roberto e Breno Siqueira Ronaldo e Reinaldo Monteiro Amigos, vejam se tenho ou não razão: a paixão que sentimos pelo Campolina não passa de mero fetiche, que se apodera de nossa alma simples de homens ligados à terra. Justo esse amor grandioso é que desperta nossos sentimentos mais primitivos. Daí vivermos, volta e meia, às turras uns com os outros. Não me queiram mal, mas é possível que o cavalo expresse apenas a pujança e a beleza que gostaríamos de possuir. São eles que nos tornam campeões e, como conseqüência, vaidosos ao extremo. No fundo, representam os garanhões que gostaríamos de ser. O resto... é resto! Agora, peço aos senhores que pensem comigo de maneira diferente. Assim como o Fluminense e o Flamengo, também o Oratório e a Hibipeba foram gerados no ressentimento. Daí suas glórias. Ninguém conseguirá apagar da memória o parentesco entre ambos dissidentes. Também nós e as gerações futuras jamais esqueceremos o parentesco óbvio entre a Hibipeba e o criatório que poderá nascer a partir de agora. Potencialidades criativas inimagináveis estarão mais uma vez se liberando em busca do novo. E isso será excelente para nossa raça. Portanto, ansiamos apenas por saber que novo nome o ano de 2009 trará em seu ventre. Contudo, não podemos descartar a possibilidade de que um dos irmãos, seja o Norival ou o Roberto, decida abrir mão da parte que lhe cabe, fazer as malas e partir em busca tão somente do esquecimento. Por que não? Seja quem for que realize tal gesto, em verdade, estará preservando a si próprio e ao outro de qualquer dolo, inevitável onde exista competição. – “Mesmo em se tratando de jogadores do mesmo time e, sobretudo, irmãos de sangue?” – perguntariam os senhores. E eu responderia não sei quantas vezes: – “Sim!”... Ainda há mais: aquele que se permitir dar esse passo, possivelmente o fará com o intuito de colocarse acima de qualquer coisa que possa estar acima de uma ética que não seja essencialmente fraternal. Não é nenhum crime mostrar indiferença àquilo que possa parecer importante aos olhos dos outros, em nome de algum valor individual e nobre. Eu bem sei que, aquele que se adiantar em nome dessa ética, necessitará, além de ousadia, também de uma vontade sobre-humana para abrir mão de um objeto tão grandioso e apaixonante como o cavalo. Não é fácil tornar-se um homem comum, capaz de cultivar o gosto pelas pequenas coisas em nome de abandonar qualquer narcisismo para purificar o espírito. Mas se isso realmente acontecer, de imediato, eu também me adiantarei para estender a mão, seja a um ou a outro, por sua coragem e honradez, oferecendo-lhe minha amizade desinteressada. Certamente teremos mil e uma coisas a conversar, o que antes não conseguíamos fazer, devido à excessiva paixão pelos cavalos, que afinal nos torna a todos cegos e surdos Evandro Meirelles Santos Fotos: Januário Martins Fotos: Nilo Coimbra Fotos: Nilo Coimbra INFORME PUBLICITÁRIO Piso de Borracha Vedovati ganha a preferência dos criadores Criador de Santa Catarina recomenda o estrado Estrado de borracha traz maior conforto para os animais, previne doenças de casco e alergias de pele e respiratórias, é fácil de limpar e ainda ajuda a diminuir o estresse dos animais estabulados. Tratar de cavalos que permanecem grande parte do tempo estabulados exige muita atenção com a higiene e o conforto dos animais. As tradicionais camas de serragem, areia, maravalha, muito utilizadas no passado, estão cedendo lugar para os estrados de borracha. Eles são superiores na praticidade, durabilidade, na economia de tempo e mão-de-obra, e o que é melhor, na disponibilidade. Os estrados representam uma verdadeira evolução. Eles foram adotados inicialmente pelos criadores do exterior, e agora, ganham a cada dia a confiança dos criadores brasileiros. Os estrados de borracha Vedovati são utilizados hoje nos mais reconhecidos haras e centros de treinamento de animais do País. São fabricados com a mesma matériaprima de pneus. Foram desenvolvidos e projetados para suportarem o peso do animal e proporcionarem conforto e higiene. Os estrados dispensam o uso de serragem, são altamente resistentes e duráveis, possuem “pés” ou pinos na parte inferior que funcionam como um amortecedor, além de permitir a drenagem de líquidos sob o estrado. No Sítio Vô Bráulio, de Gaspar, Santa Catarina, um centro de treinamento deixa os cavalos das raças quarto de milha e crioulo imbatíveis para disputarem provas de Rédea e Prova de Laço. Lá, o proprietário Carlos Alberto Wanzuiti construiu duas pistas de treinamento e instalou o piso de borracha Vedovati em 18 baias. Ele enumera as vantagens do investimento realizado há cinco anos: “Faz quase quarenta anos que lido com cavalos e posso afirmar que o piso de borracha representa uma verdadeira inovação para nós, criadores. Ele funciona José Divino Neves, o Rio Negro, como um verdadeiro “sapato ortopédico” para da dupla sertaneja “Rio Negro e o animal porque descansa, evita o estresse do Solimões” utiliza o Piso Vedovati cavalo que fica isolado na baia e longe da natu- há 6 anos em sua fazenda reza. É um verdadeiro relaxante devido ao conforto que proporciona, pois dá a sensação para o animal de estar em cima de uma mola que amortece o atrito com o chão. Isso sem falar na facilidade de limpeza, muito superior a qualquer outro sistema de cama”. Criadores elogiam durabilidade Maior facilidade O médico Cláudio Machado Rocha, há dois anos, adquiriu os estrados de borracha Vedovati. O estrado é usado nas cocheiras, no canil e no caminhão que transporta os animais quarto de milha da fazenda Haras Claro, de Caucaia, no Ceará. Os animais quarto de milha, linhagem de corrida, participam das principais exposições agropecuárias e campeonatos do País. Ele aderiu ao estrado de borracha por acreditar que o produto previne contra a umidade e o mau cheiro: “O estrado funciona como um verdadeiro amortecedor, uma borracha ortopédica, que ajuda na prevenção de ferimentos dos animais e mantém a cocheira e o animal limpos; além disso, por ser macio, evita doenças de casco. Mas, o piso de borracha previne também doenças de pele e fungos.” Outro que destaca as vantagens da utilização do estrado é o juiz aposentado Ataíde Assis Ataíde, dono do Haras D´Luca, da cidade de Antonio Dias, em Minas Gerais. Ele cria pôneis e afirma que desde que comprou os estrados de borracha, há cinco anos, aposentou de vez a serragem de maravalha que utilizava como cama para as baias. “O piso de borracha traz maior facilidade para limpeza das baias, higiene, e o fato de não ter que utilizar mão-de-obra para adquirir e transportar a serragem é uma grande vantagem, isso sem falar no que eu economizo com o frete.” Nestes cinco de anos de uso, ele disse que só tem elogios para a durabilidade do produto: “Além de prático, a durabilidade é excelente. Neste tempo todo, não apresentou desgaste algum, está em perfeitas condições de uso.” Tanta dedicação com o conforto e bem-estar dos pôneis está rendendo a ele vários prêmios, entre eles, o do atual Campeão da raça pônei, conquistado por Cravo LM do Recreio, que pertence ao plantel do Haras D´Luca. O criador de cavalo árabe de Belo Horizonte, Silvio Barbosa Neto, também viu no estrado de borracha a solução para resolver problemas de mau cheiro e moscas que rondavam as instalações das seis cocheiras que construiu ao lado da casa dele, em um condomínio fechado de Belo Horizonte. Há três anos, ele instalou os estrados nas baias e disse que as reclamações dos vizinhos terminaram: “Acabou a história de coloca cama, tira cama. Construí uma fossa asséptica, um piso de cimento com ralo que recolhe a urina e as fezes. Por cima vai o estrado. Agora, ninguém reclama mais”, disse aliviado o criador. Ele destaca também a sanidade dos animais que deixaram de apresentar problemas de desgaste de casco ou alergias. Silvio Barbosa Neto é proprietário do Rancho Arabco, um centro de treinamento de cavalos árabes situado em Nova Lima, grande Belo Horizonte, e entre os destaques do seu plantel está Keynn de Fuego, que já garantiu a conquista em 2002 do Campeonato Nacional Western Sênior. Outra criadora de cavalo árabe, Vera Lafer Lerch Cury, de Sapucaí Mirim - MG, avalia os aspectos positivos como a praticidade do estrado que ela considera muito bom. Antes, o piso de borracha utilizado na Fazenda e Haras Boa Vista, propriedade da família era importado, agora com a fabricação nacional a criadora afirma que tudo ficou mais fácil e barato proporcionar esta comodidade ao haras. Mais praticidade na Hospedaria As sete baias da Hospedaria para Cavalos de Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, há um ano e meio ganharam o piso de borracha Vedovati. A mudança foi um investimento que trouxe um retorno muito bom, como declara o proprietário Marco Aurélio Belezza Carvalhido: “Foi a melhor coisa que já inventaram para criadores de cavalo”, afirma. Ele instalou o piso em sete baias e vê como uma das vantagens o fato do empregado não perder tempo para buscar areia ou palha para colocar na cocheira. Além disso, destaca a agilidade na manutenção e limpeza com máquina de esguicho a jato. “Nunca mais tive problemas com relação à alergia respiratória e no olho. Isso sem falar que os animais não apresentam problemas no casco. Recomendo o estradopara todos os criadores que visitam a hospedaria”. Mais sanidade O médico veterinário Jonas Carbonari, de São Paulo, especializado em eqüinos afirma que o estrado de borracha é uma excelente alternativa para prevenir problemas de casco dos animais, porque facilita o manejo e destaca a facilidade de limpeza quando comparadas às camas tradicionais: “O estrado precisa de limpeza periódica. Locais onde ficam armazenados animais estabulados devem ser limpos até duas vezes por dia. A grande vantagem de abolir todas as camas tradicionais é livrar o cavalo do pó e, com isso, prevenir doenças respiratórias e de pele.” Declara ainda que as vantagens com a praticidade e facilidade de higienização compensam investimento. Instalação Os estrados são fornecidos em placas e são instalados soltos sobre o piso de cimento com desnível (caída), de aproximadamente 2%, para uma saída para drenagem (ralo). Em caso de recortes, eles são facilmente realizados com estilete ou faca. Outras informações: (18) 3917-4669 / (18) 8139-2052 www.novavedovati.com.br - Presidente Prudente - SP Eqüinocultura C avalo atleta: bem hidratado, sucesso nos esportes (ÚLTIMA PARTE) Tendo como tema reposição de água e eletrólitos (como sódio e potássio, por exemplo) em cavalos desidratados, trazemos nessa edição a última parte da matéria “Cavalo atleta: bem hidratado, sucesso nos esportes”, iniciada na edição nº 21. Elaborada pela veterinária Ana Paula Delgado da Costa e pelo veterinário Fernando Queiroz de Almeida, respectivamente, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a matéria destina-se a todos aqueles que estão empenhados em preparar animais para que possam ter sucesso nas pistas de competição. Foto: Tenente Eduardo Schlup Por: Adeildo Lopes Cavalcante AVALIAÇÃO DO ANIMAL A desidratação em cavalos é uma ocorrência clínica comum, principalmente em cavalos atletas mal condicionados ou sem treinamento adequado. A desidratação também é freqüente em cavalos com cólica ou que apresentam falhas no consumo ou eliminação excessiva de água e eletrólitos pelo organismo. O reconhecimento e tratamento adequado da desidratação tornamse fundamental para o restabelecimento da saúde dos eqüinos. A reposição de água e eletrólitos (fluidoterapia) tem como objetivos restabelecer os volumes sangüíneos, a hidratação dos tecidos estimulando o funcionamento de órgãos e a correção de desequilíbrios eletrolíticos e ácido-base (acidose ou alcalose). O primeiro passo para uma correta fluidoterapia é uma boa avaliação do cava- 192 Business Rural lo pelo veterinário para estabelecer o estado clínico geral do mesmo. A avaliação clínica vai determinar o tipo e a gravidade da desidratação, a quantidade de solução de reposição hidroeletrolítica (soro) que o animal necessita, a velocidade de administração dessa solução e a via de administração. As avaliações clínicas que se destacam são: determinação de peso corporal, freqüência cardíaca, freqüência respiratória, temperatura corporal, tugor cutâneo (grau de hidratação da pele), tempo de preenchimento capilar (tempo de refluxo sangüíneo na mucosa oral), motilidade intestinal (movimentação das alças intestinais) e reflexo anal (reflexo de contração da musculatura anal). A associação dos resultados dessa avaliação nos permite determinar, dentre outros fatores, a quantidade de soro necessária para a reposição. Por exemplo, um cavalo de 500 kg que perde 50 kg durante uma competição perde aproximadamente 45 litros de água corporal, tendo em vista que 90% da perda de peso é devido à perda de água. Em um outro tipo de avaliação, estimase o grau de desidratação em porcentagem, associando-se dados das avaliações clínicas e laboratoriais (ver Quadro). Então, multiplica-se o grau de desidratação pelo peso vivo do animal. Com isso, é possível estabelecer a quantidade de soro necessária. Como exemplo, pode-se citar um cavalo de 500 kg com 10% de desidratação. Esse animal precisará receber 50 litros de soro para restabelecer a hidratação. A esse cálculo deve ser adicionada a taxa de manutenção da hidratação diária que é de aproximadamente 50 ml/kg/dia para um animal em repouso. Caso haja perdas contínuas durante o tratamento devido à diarréia (por exemplo) essa perda deve ser estimada e o volume de líquido perdido adicionado ao cálculo de reposição. HIDRATAÇÃO ORAL OU POR SONDA Foto: Tenente Eduardo Schlup Estabelecendo-se a quanDETERMINAÇÃO DO GRAU DE DESIDRATAÇÃO EM CAVALOS tidade de soro necessária para reposição do cavalo, o próxi- Desidratação Classificação TC1 TPC2 Hematócrito PP3 mo passo é determinar a cons(%) (s4) (s) (%) (g/dl) tituição da solução. Se possí5-7 Leve 2-3 1-2 40-50 6,5-7,5 vel, deve-se realizar a coleta de A hidratação oral ou via sonda 8-10 Moderada 3-5 2-4 50-65 7,5-8,5 sangue para auxiliar na determinasogástrica (inserida no estôma>10 Severa >5 >4 >65 >8,5 nação da necessidade de repogo, via narina do animal) é o método 1-Turgor Cutâneo; 2-Tempo de Preenchimento Capilar; 3-Concentração de sição de água e de alguns elemais seguro e barato de tratamento total de Proteínas Plasmáticas; 4-Tempo em segundos trólitos, como o sódio (Na+), o da desidratação, mas seu uso só é cloreto (Cl-), o potássio (K+) e o indicado em cavalos com motilidacálcio (Ca++), favorecendo, com isso, a deeletrolíticas orais antes, durante ou após alde e capacidade de absorção intestinal norterminação da necessidade de correção de gumas competições, respeitando-se o regumais, sendo imprescindível uma boa avaliadesequilíbrios ácido-base (acidose ou alcalolamento da competição. É importante desção clínica por parte do veterinário. Quando se) e a definição da constituição da solução. tacar que o uso de solução intravenosa gea necessidade de reposição é imediata ou a Cavalos de enduro, por exemplo, tendem a ralmente não é permitido durante algumas função intestinal está alterada a utilização da apresentar alcalose no final da prova devicompetições, podendo a mesma ser utilizada via intravenosa é a mais recomendada. A utido à perda excessiva de eletrólitos pelo suor. após as provas ou em animais eliminados da lização da via intravenosa requer cuidados Já os cavalos de corrida tendem a apresencompetição. como a higiene local e a escolha de cateter tar acidose pela produção excessiva de ácido lático durante o exercício. Logo, para cavalos de enduro ou que realizam atividade física de intensidade baixa a moderada e de longa duração são recomendadas soluções NaCI a 0,9% enriquecidas com cloreto de potássio ou as soluções de Ringer Simples. Os cavalos de corrida ou em atividade física intensa e de curta duração, por sua vez, devem receber solução de Ringer Lactado. O uso de bicarbonato de sódio deve ser realizado com cautela, sendo o mesmo recomendado apenas nos casos de acidose metabólica grave. Os eletrólitos de maior importância para a reposição são o Na+, o Cl-, o K+ e o Ca++. A reposição desses eletrólitos pode ser feita utilizando-se pastas eletrolíticas, adicionando-os à alimentação ou em soluções Avaliação clínica de um cavalo em competição Business Rural 193 A associação de fluidoterapia oral e intravenosa é uma boa opção principalmente quando grande quantidade de solução de reposição é necessária ou se o tempo de tratamento é longo. O cavalo deve ser reavaliado pelo veterinário vário vezes durante o tratamento para estabelecer se há necessidade de mudanças no protocolo de tratamento. Para garantir a saúde e o sucesso na fluidoterapia do cavalo, a avaliação e o acompanhamento de um médico veterinário experiente torna-se fundamental. SUPERBURRO: novidade no mundo dos eqüinos Fotos: UFRJ Eqüinocultura adequado para reduzir o risco de infecção local e inflamação da veia jugular (veia grossa do pescoço). A velocidade de administração da solução pode variar de 10 a 20 ml/kg/hora. No caso da solução oral, esta pode ser dada a cada 45 a 60 minutos em um volume total de 8 a 10 litros por administração até o restabelecimento do estado de hidratação, respeitando-se ainda a velocidade de esvaziamento gástrico e a capacidade de absorção intestinal. A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais – vêm obtendo, dentro de um projeto inédito no âmbito de universidades públicas do país, o chamado superburro, resultado do cruzamento entre o jumento Pêga e éguas da raça Bretã. Os superburros são muares mais pesados, com mais força para tração de carroças com cargas mais pesadas. Superburro, UFRRJ (Seropédia-RJ) * Ana Paula Delgado da Costa Médica Veterinária, Doutora em Produção Animal. Setor de Clínica e Cirurgia dos Animais Domésticos/ Hospital Veterinário - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) Av. Alberto Lamego, 2000 - Parque Califórnia Campos dos Goytacazes - RJ - CEP 28013-600 E-mail: [email protected] * Fernando Queiroz de Almeida Médico Veterinário, Doutor em Nutrição Animal. Professor Adjunto da UFRRJ Instituto de Veterinária – Univers. Fed. Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), BR 465, km 7 - Seropédica - RJ E-mail: [email protected] 194 B u s i n e s s R u r a l Jumento Pêga e égua Bretã, UFRRJ Os superburros, segundo os pesquisadores, são capazes de tracionar uma carga igual a 15% de seu peso vivo, durante a jornada diária de cinco horas de trabalho. Comparados com os eqüinos, os muares têm tendência a uma maior recuperação de peso e um menor consumo de água após uma jornada de trabalho de 4 horas por dia. Os muares são animais de tração, rústicos e resistentes a terrenos acidentados e temperaturas altas. Resultam do cruzamento de jumentos e jumentas com cavalo e éguas de diversas raças, gerando burros e mulas. Entre essas raças está a Bretã, originária da França, que apresenta machos de grande porte, com aptidão para trabalhos pesados. Business Rural 195 Fique por dentro Dez estados e o Distrito Federal voltam à condição de livres de aftosa com vacinação Além do Distrito Federal, dez estados, entre eles o Rio de Janeiro, voltaram, a partir de 27 de maio último, à condição de livres de febre aftosa com vacinação por decisão da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A medida, tomada durante a 76ª Sessão Geral Plenária da entidade, em Paris, abre caminho para que o Brasil possa exportar mais carne bovina (hoje o país é o maior fornecedor mundial desse produto). A decisão da OIE beneficia, além do Rio de Janeiro, os estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Sergipe e .Tocantins. Esses estados perderam a condição de livres de aftosa com vacinação em 2005 devido à ocorrência, naquele ano, de focos da doença no Mato Grosso do Sul e no sul do Paraná. Além desses estados, mais três possuem o status de livres de aftosa com vacinação da OIE: Rio Grande do Sul, Rondônia e Acre. Santa Cantarina é o único estado que detém a condição de livre de aftosa sem vacinação. Censo do IBGE mostra a realidade atual do setor agropecuário (73,2%) e redução de 8,5% do pessoal ocupado. Elaborado com informações coletadas em 5,2 milhões de estabelecimentos espalhados por todo o país, o Censo cobre o período entre 1996 e 2006. Os dados apurados em 2006, comparados aos de 1996, revelam que a área de lavouras no Brasil cresceu 83,5%, a de pasto diminui 3% e o número de propriedades rurais aumentou 7,1%. Na área de lavouras, o maior aumento foi verificado na região Norte (275,6%). Nas demais regiões – Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul – os aumentos foram de, respectivamente, 114,7%; 95,6%; 50% e 48,8%. O Censo aponta, também, substituição das áreas de pastagens por lavouras, especialmente em razão do progressivo avanço do Brasil no mer- 196 B u s i n e s s R u r a l PECUÁRIA – Entre 1996 e 2006, a pecuária cresceu em direção à região Norte, chegando ao leste do Pará, em Rondônia e no noroeste do Maranhão, bem como em trechos ao longo do Rio Amazonas e de alguns afluentes, desde o norte do Pará, seguindo em direção do Acre cado mundial de produção de grãos e da elevação do nível técnico da pecuária. As estatísticas do Censo mostram aumento nos principais rebanhos: bovinos (11%), suínos (14,9%) e aves Já nas áreas onde a pecuária já era desenvolvida, sobretudo, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, do Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, o Censo constatou aumento do nível técnico da atividade. No item ocupação de pessoas, o levantamento apurou redução de 8,5% Organnact lança novos produtos para melhorar desempenho de equinos Empresa que atua na fabricação de suplementos probióticos, vitamínicos minerais e aminoácidos para equinos, bovinos, suínos, cães e gatos, a Organnact, com sede em Curitiba (PR), lançou no mercado seis novos suplementos nutricionais para eqüinos: ATP Gel, Beta M, Creocin, Bloodmax, Seroveg Pré-Race e Seroveg All Day Os produtos destinam-se a animais anêmicos e nervosos, para melhoria no desempenho atlético, no manejo diário e nos transportes. O ATP Gel, desenvolvido especialmente para cavalos atletas, é, segundo a empresa, o único produto nacional que contém trifosfato de adenosina puro. Apresentado em dose única, o produto deve ser administrado oralmente. BALAIO DE NOTÍCIAS • Governador inaugura laticínio no município de Itabapoana - RJ Fundada em 1948, a Cooperativa Agropecuária Vale do Itabapoana (Cavil), em Bom Jesus do Itabapoana, Nororoeste Fluminense, passou a contar, em sua estrutura, com uma unidade para fabricação de produtos lácteos (iogurte, queijo, manteiga e requeijão em barra). O laticínio foi inaugurado pelo governo Sérgio Cabral em ato no qual que se fez acompanhar do secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, entre outras autoridades No laticínio foram investidos R$ 3 milhões e metade do leite produzido pela Cavil (30 mil litros) será destinada à fabrica- A Tortuga, empresa que atua no setor de nutrição e saúde animal, iniciou a divulgação da campanha “Na Seca, se não for Tortuga é conversa pra boi dormir” visando conscientizar sobre a importância dos cuidados com a nutrição de bovinos durante o período da seca, quando há redução da quantidade e qualidade das pastagens e o animal corre o risco de perder peso caso não seja assistido por um programa nutricional adequado. • A Merial Saúde Animal contratou novos profissionais para sua ção dos lácteos, ficando o restante para ser negociado com a CCPL e a Parmalat, entre outros compradores. Contando com 950 produtores associados, sendo 75% deles no Estado do Rio e o restante no Espírito Santo, a Cavil capta leite nos municípios fluminenses de Bom Jesus de Itabapoana, Campos Itaperuna e, em território capixaba, nos municípios de Mimoso do Sul, São José dos Calçados e Guaçuí, entre outros. Silo-tubo: nova forma de armazenar silagem A Sinueto Genética e Tecnologia, localizada em Curitiba (PR), lançou uma linha completa de máquinas silo-tubo para armazenagem de silagem. O sistema silotubo é composto por uma máquina que embute a silagem dentro de um tubo de plástico flexível com diâmetro de de 2m a 3m X 60m a 75m de comprimento. Um dos destaques da nova tecnologia é um modelo com tubo de 2 metros de diâmetro e 60 de comprimento. Ele tem capacidade de ensilar duas vezes mais que os equipamentos conhecidos e elimina perdas de 15 a 25% (níveis que ocorrem nos processos convencionais de ensilagem). divisão de serviços genéticos (IGENITY®). O objetivo da empresa é avançar no promissor mercado de marcadores moleculares, os quais revelam o potencial genético dos animais para determinadas características produtivas. A Merial já tem, disponível, marcadores para gado de corte e leite. Para contatos: 0800 8888484 ou no site www.igenity.com.br. • As vendas de sêmen de reprodutores da raça Brahman aumentaram de 149.219 doses, em 2003, para 183.975 doses, em 2007, crescendo 23%, informa levantamento oficial da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), acrescentando que esse foi maior crescimento obtido por uma raça de corte no período. • A Fort Dodge Saúde Animal está colocando à disposição dos pecuaristas 2 sites de dois dos seus principais produtos destinados ao controle de parasitos que atacam os animais: Onyx (www. onyx.ind.br) e Cydectin (www.cydectin.com.br). Os sites mostram como fazer o controle eficiente de parasitos internos e externos. Outra decisão da empresa: lançou um manual que traz aspectos importantes do controle da bactéria Salmonella Enteritidis que ataca matrizes e frangos de corte, causando grandes prejuízos aos produtores. • Atuando no setor de micronutrientes para nutrição vegetal, O modelo compreende três versões: com esteira, com moinho laminador de grãos, e com esteira com e laminador. “Nas três alternativas, explica o proprietário da Sinueto, Julio César, além de silagens, a máquina pode armazenas materiais alternativos (como glúten de milho, borra de malte, fécula de mandioca, resíduos cítricos), bem como grãos secos (como milho, sorgo, girassol, arroz e trigo)”. Para contatos: (41) 3339-3310 ou pelo e-mail [email protected]. o Grupo Produquímica marcou presença na edição 2008 da Hortitec, referência dos setores de horticultura e fruticultura na América Latina. Na ocasião, apresentou sua ampla gama de soluções tecnológicas quanto a solo, sais solúveis para fertirrigação, fertilização foliar e fertilização de liberação controlada. Na edição de 2007, a Hortitec contabilizou a participação de 21 mil pessoas e de 330 empresas expositoras, gerando um volume de negócios de R$ 60 milhões. • A Syngenta e a Inve fecharam parceria para distribuição do produto Quantum Fitase, enzima bacteriana produzida com tecnologia da Syngenta para utilização em rações para aves e suínos. O produto libera fósforo existente nos grãos, reduzindo o custo das rações (o fósforo é um dos nutrientes que mais encarem a ração). • A Ouro Fino Saúde Animal lançou o brinco Na Mosca com ação repelente contra a mosca-dos-chifres, praga causadora de sérios prejuízos à pecuária bovina. O produto (para gado de leite e de corte), tem nova formulação, além de um dispositivo de segurança para garantir a fixação do brinco na orelha do animal durante o cinco meses recomendados para a utilização do produto. Outra novidade é o alicate aplicador (Fockink) que acompanha o produto. Lesgilação agrária Governo cria contrato de trabalho rural por pequeno prazo Por: Adeildo Lopes Cavalcante Atendendo reivindicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o governo criou, através da Medida Provisória (MP) nº 410, de 28 de dezembro de 2007, o contrato de trabalho rural de pequeno prazo. Segundo as novas regras, as contratações de natureza temporária – com duração de até dois meses – poderão ser feita por meio de um contrato escrito, sem necessidade de anotação na Carteira Profissional de Trabalho e Previdência Social ou em Livro de Registro de Empregado. A remuneração e os direitos devem ser calculados dia a dia e pagos diretamente ao trabalhador mediante recibo. Segundo o presidente da Comissão Nacional de Relações de Trabalho e Previdência Social da CNA, Rodolfo Tavares, a decisão do governo atende a um antigo pleito dos produtores rurais e contribui para reduzir a informalidade no campo. “A medida possibilita a prestação de serviço sem burocracia, garantindo os direitos trabalhistas e previdenciários”, explica Tavares. Caso o período de prestação se estenda além de dois meses, a relação temporária se converte em contrato de trabalho por prazo indeterminado. A CNA recomenda que produtores e trabalhadores formalizem o contrato escrito, pois este documento facilitará a comprovação junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) no momento da solicitação de benefício ou aposentadoria. O 198 Business Rural contrato deve mencionar que é celebrado com base na MP nº 410 e, por cautela, deve ter a assinatura de duas testemunhas e reconhecimento de firma. A MP equipara o acesso aos benefícios da aposentadoria e pensões rurais do segurado individual (trabalhador sem vínculo empregatício) e do segurado obrigatório (trabalhador com vínculo empregatício) ao do segurado especial. JUSTIFICATIVA A MP nasceu da necessidade de inclusão previdenciária de uma categoria de trabalhadores que exercem atividades de natureza temporária. Esses trabalhadores sofrem com impossibilidade de comprovação de vínculos trabalhista e da contribuição previdenciária, que requer comprovação do exercício da atividade rural, desde 1991, para que se possa usufruir do beneficio da aposentadoria por idade, sendo para o setor rural, aos 60 anos para o homem e 55 anos para a mulher. Até junho de 1991 os trabalhadores rurais eram amparados pelo Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (PRO-RURAL), bastando comprovar o exercício da atividade rural para ter acesso. A partir de julho daquele ano os trabalhadores foram incorporados ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS), sendo assegurado a eles os mesmos direitos dos trabalhadores urbanos. Nesse período, porém, não houve a formalização das relações de trabalho. Assim, esses traba- lhadores que eram contatados para prestarem serviços de natureza temporária, sem registro formal, acabaram ficando sem amparo previdenciário. Levando em conta essa realidade, a MP criou a modalidade de contrato de trabalhador rural por pequeno prazo, permitindo que o produtor rural, pessoa física, contrate mão-de-obra por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano. Maiores informações podem ser obtidas com o Sr. Rodolfo Tavares, na Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (da qual é presidente): Av. Rio Branco, 135 - sala 910 - Rio de Janeiro CEP 20.040.006 - fone (21) 3380-9500 e-mail [email protected] A C I D E N T E S : FA LTA P R E V E N Ç Ã O “É grande o número de estabelecimentos rurais que não cumprem as regras básicas de prevenção à saúde e à segurança do trabalhador rural”, informa o chefe do Departamento de Saúde e Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Rinaldo Marinho. Segundo ele, “o setor sucroalcooleiro é o que apresenta o maior número de multas. O cultivo de cana-de-açúcar, café, laranja e a criação de gado de corte são os setores que mais foram autuados pela fiscalização do ministério”. “O ministério fiscalizou em 2007 (até setembro) 7,81 mil propriedades. O resultado é surpreendente: agentes registraram 4,56 mil irregularidades. O número de infrações da NR31 (Norma Regulamentadora número 31) ainda é bastante alto e o que se espera é que à medida que a norma for se tornando mais conhecida o nú- mero de infrações caia bastante”, explica Marinho. As irregularidades mais freqüentes são as de simples solução, que pesam pouco no bolso do empregador. De acordo com o ministério, é comum encontrar nos estabelecimentos rurais trabalhadores sem equipamentos de proteção individual, como calçados e bonés, e também locais adequados para alimentação e higiene. Haras Bandeirantes Criatório investe em mais uma raça: CLYDESDALE Localizado no Estado do Rio de Janeiro, o Haras Bandeirantes faz sucesso na sua criação de animais de tração das raças Bretão e Percheron e resolve investir em outra raça de tração – Clydesdale – e já começou a formar o plantel, importando os primeiros animais dos Estados Unidos Por: Adeildo Lopes Cavalcante - Fotos: Flavio Duarte Bem-sucedido na sua criação de eqüinos de tração das raças Bretão e Percheron, o Haras Bandeirantes resolveu ampliar as atividades nesse importante setor da eqüinocultura e passou a investir em outra raça: Clydesdale, originária da Escócia. Para tanto, já começou a formar o plantel, importando os primeiros animais dos Estados Unidos para fins de criação, reprodução e fixação da raça no Brasil. Especializado em adestramento, o criatório, loca200 B u s i n e s s R u r a l lizado em Vargem Grande, na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, dedica-se ao aprimoramento de animais de tração para diversos fins – como condução de charretes – e também de montaria, pois esta característica é muito importante em animais das raças Bretão e Percheron. Tasha CHEGADA DOS ANIMAIS Os animais chegaram dos Estados Unidos no dia 06 de junho de 2008. São sete animais: dois garanhões campeões em pista: Toll Gate Trademark (castanho) e Tartan Atticus (negro); e cinco fêmeas, sendo três castanhas e duas negras. Transportados de avião, os animais desembarcaram no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, interior do Estado de São Paulo, onde chegaram em perfeitas condições de saúde. No dia seguinte foram levados, de caminhão, para a sede do Haras, em Vargem Grande, no Rio de Janeiro. Toll Gate Trademark Tartan Atticus PERFIL DA RAÇA Uma das maneiras de se distinguir o cavalo Clydesdale dos demais está na pelagem. Ele é dotado de manchas brancas pelo corpo, sobretudo na sua frente e nos membros inferiores. Em movimento, sua ação é larga e compassada; quem observar por trás verá a ranilha das patas bem elevadas em ação. As pelagens mais comuns na raça são: zaina, castanha, negra e, raramente, alazã e tordilha. O branco é visto nas faces e pernas e, frequentemente, no corpo. O julgamento não discrimina a pelagem com traços de ruana ou rosilha, sendo considerados dentro do padrão também. Quicken Mabel As características gerais do Clydesdale são comuns aos animais de tração: pescoço forte e arqueado, cernelha alta, conjunto dorso/anca curto, espádua quase vertical e membros anteriores diretamente sob os ombros. Os ossos são largos e poderosos, a musculatura compacta e potente. Possui pêlos grandes e sedosos, que vão dos joelhos e jarretes até a coroa dos cascos, chamando a atenção para a elegante elevação das patas (trote). O Clydesdale mede 1,75 m de altura e seu peso varia entre 850 e 1000 quilos. Garanhões castrados podem superar os 1000 quilos de peso. B u s i n e s s R u r a l 201 Basicamente, o Clydesdale é resultado do sangue da raça Berbere de linhagens distantes e separadas entre si por séculos. Os escoceses cruzaram seus cavalos (originários da Escócia), descendentes dos Berberes pré-históricos, com animais nórdicos, sobretudo com garanhões importados da região continental de Flandes. Com a abertura de estradas que permitiam a circulação de veículos de tração, os escoceses da localidade de Lanarkshire, que é banhado pelo rio Clydesdale, resolveram desenvolver uma raça de tração para escoar a produção de carvão de suas minas ali loca- Foto: budweiser.com ORIGEM E FINALIDADES dweiser, aparece em vários comerciais da marca e animais Clydesdale desfilam em vários parques de Orlando, nos Estados Unidos. Por lá são chamados de Budweiser Clydesdales. Diamond Dollywodd Tasha PERSPECTIVAS lizadas. Logo, os agricultores também aderiram à nova raça, que recebeu o nome do rio. Com o passar do tempo, o cavalo transpôs as fronteiras da Escócia, sendo introduzido no Reino Unido a partir do século 18. Dali ele começou a ganhar espaço em outros países, . como Estados Unidos e Brasil (a raça Campolina tem sangue do Clydesdale). Parecido com o Shire (raça nativa do Reino Unido), porém com pernas mais longas, o Clydesdale foi selecionado especialmente para transportar todo e qualquer tipo de carga pesada no Sudeste da Escócia, na metade do século XVIII. É um animal ativo e forte, de temperamento disposto e equilibrado. O Clydesdale é um animal muito ativo, inteligente e de estilo; serve para executar serviços pesados, como também para realizar apresentações, ou simplesmente para montaria Devido à solidez dos seus cascos, é utilizado até em tração pesada urbana. A raça é o símbolo da Cervejaria Bu- A principal característica do Haras Bandeirantes é o adestramento e seu plano de trabalho tem por fim principalmente a criação e seleção de animais de sangue frio (linfáticos), como são os casos dos das raças Bretão, Percheron e Clydesdale. Esses animais aprendem com mais facilidades que os de sangue quente, pois são mais atenciosos. Vale ressaltar que o criatório é referência em cursos especializados na formação de profissionais em doma racional e adestramento no Brasil, sendo que, muito destes profissionais com cursos concluídos estão atuando em diversos outros criatórios no Rio de Janeiro e em outros estados. Uma vez formado o plantel de Clydesdale do Haras Bandeirantes, parte dos animais, a exemplo do que ocorre com animais Bretão e Percheron, será usado nas exposições agropecuárias das quais o criatório participa e nas apresentações que realiza em sua sede... Está nos planos do Haras disponibilizar animais dessa raça para outros criadores que se interessarem pela compra. Além disso, o criatório pretende importar outras raças de tração que não existem no Brasil. Com a introdução de sangue novo de animais de alta qualidade nos rebanhos de eqüinos de tração de nosso país, será possível abrir um novo horizonte para esse importante segmento da eqüinocultura nacional em termos de negócios (comercialização de animais e material genético) e de melhoramento animal.