Helena Donato
Estudos bibliométricos
uma nova competência para
as bibliotecas
Março 2006
Lisboa
1
Introdução


Estudos bibliométricos baseados em
dados procedentes de publicações
científicas, experimentaram grande
desenvolvimento nos últimos anos
nos países mais avançados
Em Portugal não temos
conhecimento de estudos deste tipo,
pelo menos na área da biomedicina
Março 2006
Lisboa
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Bibliometria
Ciência que permite a análise
quantitativa e qualitativa da
produção científica através da
avaliação da literatura produzida
Março 2006
Lisboa
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Estudos Bibliométricos
Baseiam-se na análise estatística de dados
quantitativos e qualitativos procedentes da
literatura científica
Constituem ferramenta essencial para estudo
da actividade investigadora
fornecem
dados interessantes sobre a situação
científica de um país ou tema de
investigação
Permitem avaliar rendimento da actividade
científica e o seu impacto na sociedade
Março 2006
Lisboa
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Indicadores Bibliométricos
Aplicam-se fundamentalmente a
artigos científicos por considerar
que estes são a manifestação
mais elaborada de um
investigador e permitem o seu
reconhecimento profissional,
reflectindo a bibliografia a
actividade científica
Março 2006
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Objectivos
Este estudo centra-se :
Na contribuição dos autores
portugueses na produção científica
internacional na campo específico da
patologia mamária
Na análise da produção científica
correspondente ao período de 1995 a
Julho de 2005
Março 2006
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Objectivos (cont.)
Com informação compilada
calcularam-se os seguintes
indicadores:
Quantitativos
Qualitativos
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Indicadores Quantitativos
Índice de produtividade das instituições
Índice de colaboração
Localização geográfica
Crescimento da produção nacional em
publicações internacionais
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Indicadores Qualitativos ou de
Impacto
A influência e a visibilidade da produção
científica (Factor de Impacto)
Os indicadores bibliométricos mais
utilizados para medir a actividade
científica baseiam-se no número de
citações recebidas pelos trabalhos
publicados, assim como no impacto das
revistas onde foram publicados.
Março 2006
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Journal Citation Reports (JCR)
Para aceder ao prestígio das revistas ou qualidade
de publicação usámos o indicador chamado
Factor de Impacto (FI) publicado anualmente
no JCR, secção do SCI e calculado pelo Institute
for Scientific Information (ISI)
O JCR categoriza as publicações por áreas
específicas, estabelecendo ranking de prestígio
Utilizámos o FI tal como figura no JCR de 2004
Março 2006
Lisboa
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Março 2006
Lisboa
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Factor de Impacto (FI)
FI desenvolvido na década de 1960 por E
Garfield e IH Sher, a partir da análise
das citações ganhou aceitação como
medida quantitativa da qualidade das
revistas
FI de uma revista num determinado ano é
a razão simples do número de citações
recebidas pelos artigos publicados por
uma revista nos 2 anos anteriores,
relativo ao número total de artigos
publicados nos mesmos 2 anos
Março 2006
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Factor de Impacto (FI)
FI =
citações em 2004 de artigos publicados
em 2002 e 2003
artigos publicados em 2002 e 2003
Ex:
Março 2006
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Factor de Impacto (FI)
FI constitui na actualidade um
dos poucos meios, senão o
único, para avaliar a influência
de uma revista no mundo
científico internacional.
Apesar das indubitáveis
limitações ganhou aceitação por
parte da comunidade científica
Março 2006
Lisboa
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Cuidado com uso do Factor de
Impacto (FI)
Não se pode comparar FI de diferentes áreas
Favorece áreas com um número elevado de
investigadores, quanto mais investigadores
maior a possibilidade de citar revistas
Ex: maior FI na categoria “Obstetrics &
Gynecology” é de 4.194. Em “Oncology” o CA
Cancer J Clin o 1º do ranking desta categoria tem
44.515, significará que “Oncology” é 10X mais
importante que “Obstetrics & Gynecology”?
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Cuidado com uso do Factor de
Impacto (FI)
Disciplinas diferentes têm práticas de citação
distintas
Revistas gerais dada a sua abrangência têm
vantagem em relação às revistas de
especialidades
Revistas de investigação têm melhor posição
que as clínicas:
trabalhos clínicos citam artigos de investigação mas o
inverso não se verifica
trabalhos clínicos são muito lidos e usados para
melhorar diagnóstico, tratamento, mas raramente são
citados
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Cuidado com uso do Factor de
Impacto (FI)
Tamanho da revista é importante, quanto mais
artigos contém mais baixo pode ser o seu FI
O tipo de artigos pode influenciar o FI, revistas que
publicam artigos de revisão têm FI superiores
Maior disponibilidade tende a aumentar o FI, dá
maior visibilidade
Artigos fracos e controversos podem aumentar FI
O FI pode ser manipulado por autores e editores,
através da auto-citação
Março 2006
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Factor de Impacto (FI)
Apesar das numerosas críticas que recebe, o
FI converteu-se numa espécie de carta de
apresentação das revistas científicas.
Um indicador de qualidade, porque se baseia
no reconhecimento do seu valor pela
comunidade científica através da citação
Ferramenta mais utilizada pela comunidade
científica internacional para avaliar a
qualidade de um trabalho científico ou
prestígio de uma revista
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Lisboa
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Recolha de Dados
O estudo foi realizado utilizando as Bases de
Dados
Medline (NLM -interface de pesquisa
PubMed)
Science Citation Index (ISI)
também utilizámos para estabelecer comparações
IndexRMP
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Pesquisas nas BDs seleccionadas
Recolhemos todos os documentos
publicados em revistas nacionais e
estrangeiras entre 1995 e Julho 2005
sobre a nossa temática em que a
instituição de pelo menos um autor é
portuguesa
Considerámos todos os artigos
independentemente da sua tipologia
(revisões, ensaios clínicos, cartas, editoriais…)
Março 2006
Lisboa
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Resultados
Durante o período estudado
obtiveram-se 232 artigos nas
pesquisas efectuadas na Medline e
no Science Citation Impact sobre
o tema proposto em que figure pelo
menos uma instituição portuguesa
como autora
Março 2006
Lisboa
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Resultados
Medline
 122 artigos nacionais
 13 publicados em revistas portuguesas
SCI
 183 artigos nacionais
 Desses 183, 73 são repetidos com Medline
Medline + SCI = 232 artigos
Março 2006
Lisboa
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Resultados
A Contribuição científica
portuguesa na produção
científica internacional no campo
específico da patologia mamária
durante o período estudado,
teve um crescimento de 200%
Março 2006
Lisboa
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Evolução da produção de Artigos Científicos
1995 / 2005 Jul.
45
254 %
40
200 %
35
30
25
20
39
33
15
20
10
5
11
6
24
19
28
27
2003
2004
15
10
0
1995
Março 2006
1996
1997
1998
1999
2000
Lisboa
2001
2002
2005
24
Resultados
Quanto aos idiomas de publicação
dos documentos são:
93,5% em inglês
5,6% em português
0,9% em espanhol
Março 2006
Lisboa
25
Distribuição Geográfica da produção de
Artigos
26%
59%
15%
Norte
Março 2006
Centro
Lisboa
Sul
26
Distribuição por Sectores Institucionais
61%
140
120
38%
100
80
1%
60
Universidades
Hospitais
Universidades
0
89
140
3
Outros
Março 2006
Hospitais
20
Outros
40
Lisboa
27
Distribuição por Instituições
10
14
c/ 1 Artº
c/ 2 Artº
H.S.João
H.STA Maria
HUCoimbra
IPO Coimbra
IPO Lisboa
IPO Porto
IPATIMUP
16
36
42
72
Março 2006
6
16
Lisboa
28
Total de 116 artigos pesquisados em Revistas Nacionais
13,7%
2,5%
10,3%
5,2%
6,0%
7,7%
3,4%
11,2%
6,9%
16,3%
5,2%
6,0%
IPATIMUP
IPO Porto
IPO Lisboa
IPO Coimbra
HUCoimbra
H.STA Maria
H.S.João
c/ 2 Artº
c/ 1 Artº
Mat.Bissaya Barreto
C.H.Vila Gaia
H.Pulido Valente
Março 2006
Lisboa
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Produtividade dos Autores Portugueses
Quanto à distribuição por autores:
8 autores (6,6%) são responsáveis por
35% dos documentos, contribuindo
com mais de 5 trabalhos
85 autores (70,2%) contribuíram com
um só artigo
Março 2006
Lisboa
30
Produtividade dos Autores Portugueses
Nº ART
85
80
40
15
Março 2006
12
Lisboa
35 %
dos Documentos
31
Análise Temática
Março 2006
Lisboa
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Colaboração Internacional
Internacional
4
EUA
12
Japão
1
Europa
43
Canadá
1
Brasil
14
Austrália
2
0
10
20
30
Europa: Itália, Inglaterra, França, Holanda, Finlândia,
40
50
Alemanha,
Noruega, Suíça, Espanha, Bélgica, Grécia.
Março 2006
Lisboa
33
Evolução da Colaboração Internacional
18
16
14
12
10
8
16
15
6
11
4
7
6
5
2
2
2
1995
1996
0
Março 2006
1
1997
10
2
1998
1999
2000
Lisboa
2001
2002
2003
2004
2005
34
Co-autoria
Em biomedicina a regra é a co-autoria nos
trabalhos, os autores portugueses
seguem essa tendência internacional
Só 3,9% dos documentos encontrados são
assinados por um só autor
Taxa de co-autoria tende a aumentar ao
longo dos anos
Pequeno aumento no número médio de
autores por documento
Março 2006
Lisboa
35
Análise Qualitativa dos Resultados
Análise de dados qualitativos procedentes
da literatura científica permite avaliar:
O rendimento da actividade científica e o seu
impacto na comunidade
A repercussão do conjunto da produção
científica portuguesa na área da patologia da
mama determinada pelo número de citações
obtidas pelos artigos publicados
Março 2006
Lisboa
36
Análise Qualitativa dos Resultados
232 artigos encontrados, 201 (86,6%) são
publicados em revistas com FI atribuído
81 desses 201 artigos não obtiveram citações
Os 120 artigos que são citados, são-no 1.856
vezes (média de 25,5 citações por artigo)
Artigos de 2004/05 dada a sua actualidade, não é
ainda possível determinar com segurança se
obterão citações
Trabalhos efectuados em colaboração
internacional recolheram maior número de
citações
Artigos de investigação são mais citados que os
clínicos
Março 2006
Lisboa
37
Análise Qualitativa dos Resultados
Publicações estrangeiras seleccionadas
pelos produtores de ciência nacionais
para publicarem os seus trabalhos gozam
de prestígio internacional, tendo um FI
elevado
Março 2006
Lisboa
38
Categorias do JCR mais utilizadas
24,4%
140
120
100
80
60
40
20
0
29,2%
7,2%
123 30
65
55
19
11,4%
87
4
10
c
do
En
s
ic
&
&
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ab
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et
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nc
O
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Março 2006
Lisboa
39
Publicamos ainda em 25 revistas de 17
categorias diversas
Categorias Diversas
25
Revistas
Março 2006
Publica-se em
17
Lisboa
40
Factor de Impacto FI
6.500
6.000
5.500
5.000
4.500
4.000
3.500
3.000
2.500
ol
h
at
P
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ol
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C
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J
D
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P
J. .Pa
.J
M
A
Na categoria PATHOLOGY publicamos em 8 das revistas com maior FI
41
Lisboa
Março 2006
Março 2006
Lisboa
42
Março 2006
Lisboa
43
Março 2006
Lisboa
44
Conclusão
Produção científica portuguesa na
área da patologia da mama durante os
anos de 1995 – Julho de 2005
constituiu 2,7 % do total dos artigos
biomédicos elaborados por instituições
portuguesas e publicados em revistas
tratadas nas Bases de dados que
consultámos
Março 2006
Lisboa
45
232
( 2,7% )
Sector 1
Sector 2
8524
Março 2006
Lisboa
46
Conclusão
Contribuição portuguesa na
produção científica internacional na
área da patologia mamária durante
o período estudado é de 0,25 %
Março 2006
Lisboa
47
Portugal publica 0,25%
232 ( 0,25% )
92.800 publicações
Produção científica mundial em patologia mamária
Março 2006
Lisboa
48
Conclusão
Literatura científica portuguesa
nesta área sofreu um aumento
considerável nos últimos 10 anos,
a nível quantitativo (200%), mas
também a nível qualitativo
Março 2006
Lisboa
49
Conclusão
Aumento qualitativo (evolução positiva da investigação
portuguesa na área)
Crescente visibilidade da investigação
avaliada pelo incremento
experimentado no número de artigos
publicados em revistas internacionais de
prestígio, publicação em revistas bem
posicionadas no ranking da sua
categoria
Incremento da colaboração Internacional
Março 2006
Lisboa
50
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Jornadas APDIS 2006 HelenaDonato