TRABALHO, ESPORTE E LAZER: PRÁTICAS
EQÜESTRES NO RODEIO
Camila Mariane de Souza
Bolsista Fundação Araucária
Orientadora Profª Drª Miriam Adelman
Metodologia: É qualitativa e consiste em estudo etno
gráfico com observação participante e entrevistas
com os/as participantes da realidade social
analisada, a fim de constituir “histórias” de vida, de
homens e mulheres pertencentes a faixa etária a
partir dos 30 anos, participantes e expectadores dos
rodeios, pensando em termos sociológicos, como
estilo de vida, lazer, gênero e sociabilidades.
Resultados/Discussão: Podemos afirmar que os espaços sociais
dos rodeios e CTG’s possuem elementos socioculturais em
transição, não são espaços predominantemente “masculinos” e
estão além da concepção de ‘rural e urbano’ tradicionais.
Conforme Hall (2003), há uma “hibridização” da cultura ao
investigarmos trânsitos entre elementos socioculturais do urbano
e do rural, pois estes se readequam em meio a realidades
contemporâneas, complexas e múltiplas. Contudo predomina
nesses espaços a ‘homossociabilidade’, isto é, espaços de
sociabilidade entre homens em espaços públicos, de acordo com
Sedgwick (1985). Como um local frequentado por muitas
pessoas, a diversidade cultural se acentua, como um complexo
movimento cultural com raízes no tradicionalismo gaúcho,
entendido como movimento urbano que procura recuperar os
valores rurais do passado e reviver um passado campeiro, de
acordo com Oliven (2006). O conceito sociológico de lazer é
entendido aqui como o postulado por Dumazedier (1962): um
conjunto de ocupações nas quais os indivíduos podem se
entregar de livre vontade para repousar, divertir, recrear e entreter
ou para desenvolver a sua formação desinteressada.
Referências:
DUMAZEDIER, Joffre. Sociologia empírica do lazer.
HALL, Stuart; SOVIK, Liv. Da Diáspora: Identidades e
Mediações Culturais.
OLIVEN, Ruben George. A parte e o todo: a
diversidade cultural no Brasil-nação.
Conclusões: Até o momento, estando munidos de breves
informações e necessitando de mais inserções a campo de
modo aprofundado, nos cabe esboçar algumas considerações,
tendo como base a literatura acerca do tema e as poucas
inserções a campo. Por se tratar ainda apenas de uma
entrevista ‘piloto’ realizada até agora, generalizações não se
mostram eficazes,
Introdução/Objetivos: A presente pesquisa, em
desenvolvimento, integra um projeto mais amplo no
qual objetiva-se um estudo etnográfico do mundo
dos rodeios associados aos Centros de Tradições
Gaúchas(CTGs) e a cultura “campeira” do sul do
Brasil e, seus desdobramentos no Paraná. Buscase, especificamente, compreender os significados
do lazer no rodeio, para homens e mulheres,
praticantes e expectadores do esporte “campeiro”,
além de identificar diferenças de gênero quanto à
distribuição/acesso ao ‘tempo livre’.
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Trabalho, Esporte e Lazer: Práticas eqüestres no rodeio