Por: Yango Joãozinho da Goméia Zélio de Moraes Mãe Bida D`Yemanjá HOMENAGEM A YALORIXÁ TÉTÉ D. YANSÃ Nasceu em Salvador em 19 de junho de 1916 Faleceu no Rio de Janeiro 2 de março de 2006) - foi Iyakekerê da Casa Branca do Engenho Velho em Salvador e Iyalorixá em sua Casa no Rio de Janeiro. Juliana Silva Baraúna, Yakekerê do Templo do Engenho Velho. Sacerdócio; sua feitura como Yaô, primeiro degrau na hierarquia do Candomblé, aconteceu em 23 de outubro de 1933, quando ela tinha apenas 16 anos de idade. Yá Juliana Silva Baraúna - Mãe Teté - nasceu na Rua dos Marchantes, nº 42, bairro do Carmo, na cidade Mãe Aninha de Salvador, em 19 de junho de 1916, filha de Maria José da Silva e Lino Silva Baraúna. Sua educação Iorubana provém do lado materno. Dona Maria José da Silva, costureira de profissão, era “Abiã” da Casa Branca, sendo possuída pelo Orixá “Oni Dadá”. Dona Maria Efigênia da Conceição, sua avó materna, era feita por Africanos, isto é, iniciada por Sacerdotes nativos de África e seu Orixá era “Oxá Oforu”, um dos muitos títulos de Oxalá. Ainda na sua linha avuncular e digna de menção registra-se Tia Santana, sua bisavó, cujo Orixá era Iansã, sob o nome de “Oyá Funkê”. Luiz da Consta que sua mãe, Dona Maria José da Silva, Muriçoca tinha o privilégio de celebrar cerimônias do seu santo em casa. Quando a certa altura de sua vida religiosa, Dona Maria José da Silva foi para a Casa Branca, estava grávida de mãe Teté. Em razão disso, Mãe Teté ao nascer, por força dos papéis rituais desempenhados por sua mãe na atividade religiosa, teve o seu berço muitas vezes arranjado entre os “pepelés” do templo. A iniciação de Dona Juliana Silva Baraúna, Mãe Teté, no Sacerdócio da tradição dos Orixás se deu por volta dos 16 anos aos 17 anos, quando foi guiada na camarinha por Dona Adélia de Xangô, sendo que fê-la Sacerdotisa “Oin Funké”, Mãe Maximiana Maria da Conceição, a famosa Yalorixá Tia Massim. Na cerimônia Joaquim Motta de sua Sagração Sacerdotal foi “Ebami” Tia Totonha, D`Obaluwayê “Axogun” o Senhor Marco e “Alabé”, também um outro Senhor Marco. Por volta de 1962, no mesmo dia em que 10 z REVISTA ODARA Nº 14/15 Maria Deolinda Odé foi confirmada Yalorixá do Axé Ilê Iyá Nassô Oká, Mãe Teté foi feita Yakekerê desse templo. Mãe Teté, de profissão bordadeira aprendida no Colégio Azevedo Fernandes, no Pelourinho, seguindo uma tradição das velhas negras da Casa Branca, vencedoras de fato no Mercado Santa Bárbara, tornouse por algum tempo quitandeira, vendendo acarajé, cocada, bolos de milho e de carimâ, manauê de milho e arroz, sarapatel etc., nos bairros do Uruguai e do Machado. Dona Juliana Silva Baraúna, Mãe Teté, tem um único filho, Antônio Silva Passos IN MEMORIAN. Deixando dois netos CARLINHO E CLÁUDIO. Muitos freqüentadores dos templos africanos afirmam que Mãe Teté, quando possuída pelo seu Orixá Oyá , é a Iansã mais bonita jamais vista. Dentre os traços mais relevantes da sua personalidade, forjada na cultura Iorubana, está o equilíbrio com que desempenhava as suas funções Sacerdotais, atenta a um só tempo ao particular e ao genérico, ao próximo e ao distante. Era enérgica e doce, sempre. Súbito, transmuda-se numa sedutora irresistível. Estarão de corpo presente participando dessa festa religiosa tão rara na história dos cultos afro-brasileiros, da celebração, em vida, de uma Yalorixá, que há meio século exerce o Sacerdócio no templo Afro-Brasileiro mais antigo do País. Com justo orgulho e como representante do meu povo nesta Casa, registro as homenagens que devemos à nossa eminente Sacerdotisa e unimos a nossa voz à voz coletiva da raça negra. Axé, Mãe Teté! Tenho orgulho de ter sido iniciado por esta grande Yalorisá no dia 10/03/1980 e tendo minha saída no dia 22/03/1980 na Rua: BEBERIBE, 390A em Guadalupe no RJ. Tendo como madrinha DE ORUNKÓ MÍMI DE NANA DA CASA DE SEU CABOCLO VENTA DE AXÉ. A QUEM POSSA INTERESSAR TENHO COMEÇO MEIO E FIM DENTRO DO CULTO AO ORISÁ. Iyá Ciata D`Oxum Guilherme D`Ogum Gaiaku Gamo Lokosse Mãe Senhora