REPORTAGEM
Spott e HDS
lança um novo sistema de line array
A capital mineira foi palco da apresentação do novo line array HDS Power
Tech 2122. O evento contou com a presença de vários profissionais do
áudio mineiro. Duas bandas e um DJ participaram para evidenciar os
diversos tipos de propostas musicais que o equipamento pretende atender.
O
evento foi realizado no dia 27 de março na Estação do
Conde, espaço conhecido por ser muito utilizado para
realização de shows em Belo Horizonte-MG, e conseguiu reunir os principais profissionais de áudio de Minas Gerais
para a apresentação do line array HDS, que teve o apoio da
Snake e da Hot Sound, e cerca de 200 pessoas entre profissionais que atuam na área de áudio e iluminação e proprietários de
locadoras da região.
O P.A. foi montado para demonstração utilizando caixas da
Speed Som, que foi a primeira locadora a adquirir o sistema.
Segundo Alexandre Abrange, um dos sócios da Spott e um dos
idealizadores do sistema, infelizmente, no dia do evento, o local
escolhido havia sofrido inúmeras modificações estruturais e
acabou gerando grande prejuízo à acústica interna, impossibilitando uma perfeita audição do sistema.
Equipamento novo no mercado, sinal de algumas dúvidas e
perguntas por parte do público presente. As principais questões
foram a respeito da configuração interna da caixa e sobre o
posicionamento do sistema. Alexandre e a equipe da Spott tiveram que inclinar o sistema um pouco para o centro para diminuir as reflexões sonoras, pois o local era cercado por vidro e concreto, o que fez com que a inteligibilidade do som melhorasse,
gerando alguns pontos de cancelamento.
Para Edilson Portes, da empresa de locação Sansom, localizada em Manhuaçu-MG, a qualidade é boa, porém, achou que
são caixas pesadas e grandes. Já Dênio Costa, da DGC Áudio,
de Belo Horizonte, reconheceu a coragem e iniciativa da realização do evento. “É importante a união entre fabricantes e projetistas para que projetos como este se concretizem”, opinou.
Sobre o HDS Power Tech 2122
O sistema é indicado para sonorização ao ar livre ou em ambientes fechados de música ao vivo ou mecânica, e em locais
que necessitem de grande pressão sonora e ampla cobertura
Palco montado para receber bandas e um DJ que participaram do evento realizado pela Spott para demonstrar o novo line array HDS
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REPORTAGEM
Luiz Henrique, técnico do Jota Quest, explica as
configurações do sistema
tema de line array, sendo que a Spott já
conhecia outros projetos de caixas acústicas de Luiz. A empresa mostrou interesse e se colocou à disposição para
comercializar e organizar o evento para
apresentação do sistema.
acústica. O projeto é de responsabilidade
de Luiz Henrique Moreira (engenheiro
de som da banda Jota Quest) e a comercialização e distribuição do sistema são de
responsabilidade da Spott Som & Luz.
No final de 2006, Luiz Henrique foi
trabalhar na Spott como consultor de
áudio e na oportunidade comentou com
a direção que havia desenvolvido um sis-
“Estamos fazendo um
trabalho pós-evento
para colocar o sistema
em shows de artistas
nacionais para
demonstração e
sugestões de outros
profissionais”
O engenheiro começou o projeto das
caixas há mais ou menos dois anos. Nesse
período, foram construídos dois protótipos da caixa e três de guia de onda, até
Especificações técnicas
HDS Power Tech 2122
Duas vias
MF 2x12” V-Shape acoplados à corneta
HF 2x2” em linha acoplados a guia de onda
Resposta de freqüência
100 Hz a 20 kHz
Sensibilidade axial
ML 106 dB 1w/1mt
MH 113 dB 1W/1mt
Resposta de freqüência
ML 100 Hz a 1250 Hz
MH 1250 a 20 kHz
Impedância nominal
ML 4 Ohms
MH 4 Ohms
Potência de programa musical
ML 2400 W
MH 300 W
Ângulo de cobertura
90° H / 5° V
Dimensões
Altura frontal: 45,5 cm
Altura traseira: 39,0 cm
Largura: 95,0 cm (com estrutura Fly)
Profundidade: 68,0 cm (com os pés)
Peso: 79 kg
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REPORTAGEM
Profissionais de áudio e gerentes de locadoras mineiras estiveram presentes no evento
que se chegasse ao resultado final desejado: o atual modelo Power Tech 2122. “O
sistema foi desenvolvido para atender a
locadoras que buscam um sistema prático,
eficiente, robusto e de baixo custo”, disse.
A prioridade de Luiz Henrique na pesquisa e na elaboração das caixas foi desenvolver um sistema que produzisse um
elevado SPL, clareza de resposta, boa dispersão sonora e que tivesse uma ótima re-
“Estou utilizando para
processamento das
caixas o DMS 8 da
HotSound, que no
sistema trabalha em
três vias, no qual faço
todas as correções
necessárias”
lação custo-benefício. Segundo o engenheiro, as configurações das novas caixas
foram elaboradas pensando no tipo de
equipamento que atende os riders dos clientes. “Estamos fazendo um trabalho pósevento para colocar o sistema em shows
de artistas nacionais para demonstração e
sugestões de outros profissionais sobre possíveis melhorias”, explicou Luiz, projetista
eletroeletrônico e engenheiro de áudio.
O tipo de tecnologia que foi usada
para que se levasse em consideração nitidez, cobertura homogênea, pressão e re-
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sistência nas caixas foram vários softwares e equipamentos para medição,
como LMS, Boxplot, SIA Smartlive,
Spectralab, EASE e o aparelho Audio
Toolbox. Além disso, Luiz Henrique
também fez testes auditivos em campo.
Em relação aos transdutores, são os da
marca Snake, porque, segundo Luiz, foram os componentes adequados às características do sistema com excelente
resposta sonora, largo range dinâmico,
ampla faixa de resposta e com a melhor
relação custo-benefício do mercado.
Sobre a configuração, cada caixa é
composta por dois alto-falantes de 12”,
montados em formato V-Shape 90º,
acoplados a uma corneta plana, e dois
drivers acoplados a dois guias de onda
montados em linha alinhados por um
plug de fase. A caixa trabalha em duas
vias com a faixa de resposta que vai de
100 Hz a 20 kHz com ângulo de cobertura de 90º horizontal x 5º vertical por caixa. “Estou utilizando para processamento
das caixas o DMS 8 da HotSound, que
no sistema trabalha em três vias (contando com o sub), no qual faço todas as correções necessárias para o melhor rendimento do sistema”, finaliza o engenheiro, com 18 anos de dedicação ao áudio.
O projeto final foi testado e utilizado
pela locadora Speed Som (que foi a primeira locadora a adquirir o sistema) na
sonorização do carnaval de rua da cidade de Abaeté-MG, em 2007, e ficou disponível para comercialização a partir do
evento de lançamento.