Dra. Adriana Q. Sarmento
Diarréia Crônica
Definição:
Ocorre por um período superior a
30 dias ou 3 ou mais episódios de
diarréia nos últimos 60 dias.
Diarréia Crônica
Principais causas:
 Doença celíaca
 Alergia a proteínas da dieta
 Gastroenteropatia eosinofílica
 Doença inflamatória intestinal
 Enteropatia ambiental
 Colites Infecciosas
 A ganglionose
 Pseudo – obstrução crônica
 Síndrome de cólon irritável
 Sobrecrescimento bacteriano do
intestino delgado
Diarréia Crônica
Principais causas:
 AIDS
 Imunodeficiências
 Drogas, radiação, disfunções psiquiátricas
 Insuficiência pancreática exócrina
 Hepatopatias
 Síndrome do intestino curto
 Enteropatia perdedora de proteína
 Mucoviscidose
 Intolerância a dissacarídeos /
Monossacarídios
Diarréia Crônica
Principais causas:
 Deficiência congênita de lactase
 Cloridorréia congênita
 Doença inclusão das microvilosidades
 Acrodermatite enteropática
 Diarréia perdedora de sódio
 Parasitoses intestinais (estrongilodiáse,
entamoeba histolytica , cryptosporidium
Giardíase)
Diarréia Crônica
Diagnóstico:
Anamnese:
1 – História clinica
 Característica das evacuações
 Dieta
 Sintomas associados
 Doenças prévias
 História familiar
Diarréia Crônica
2 - Exame físico:
 Exame físico minucioso
 Avaliação nutricional
Diarréia Crônica
3 – Exames laboratoriais:
 Hemograma.
 Anemia microcitica e hipocrômica
 Anemia megaloblástica (não é freqüente).
 Ionograma
 Proteínas totais e frações
 Transferrina / ferretina / ferro sérico
 Triglicerídeos / colesterol (Má – absorção
de gordura e ácidos biliares)
Diarréia Crônica
3 – Exames laboratoriais:
 Cálcio / fósforo / zinco
 VHS / PCR (doença inflamatória
intestinal)
 Exame nas fezes (PH menor que 5,5,
má – absorção HC)
 Eletroforese de proteínas
 pANCA, ASCA (DC)
Diarréia Crônica
3 – Exames laboratoriais:
 Clinetest (má – absorção HC)
 Sangue oculto e leucócitos (colite /
tumores
 Parasitológico
 Elisa fecal (antígeno específico de giárdia)
Diarréia Crônica
3 – Exames laboratoriais:
D – xilose (pentose)
Diminuída por lesão da mucosa do
intestino delgado.
98% de especificidade e 91% de
sensibilidade.
1° colhe a urina em jejum, depois ingere a
pentose com água e colhe o sangue com
60’ e 120’ e por 5 horas colhe a urina.
Diarréia Crônica
3 – Exames laboratoriais:
Método: Espectofotometria.
Valores na criança: 20mg/dl – não absorvida
21 – 30mg/dl – pobre absorção
30mg/dl – boa absorção
 Está diminuída nos pacientes com
supercrescimento bacteriano.
 D - xidose normal não exclui totalmente uma
mucosa intestinal comprometida.
Diarréia Crônica
Teste do H2 expirado
 Para diagnosticar má – absorção HC ou
supercrescimento bacteriano.
 Ingere 2glkg (HC) Mx 50gr
 As amostras de hidrogênio são coletadas
a cada 30’ por 3 horas
 Teste positivo: H + acima de 20ppm.
Diarréia Crônica
Teste de sobrecarga de açúcares
 Diagnóstico de má – absorção de HC.
 2g / kg do HC em jejum.
 1° amostra: colhe em jejum
 Amostra: 30’, 60’ e 120’ são coletados de sangue.
Valores na criança: (em relação ao basal )
30 mg / 100ml – normal
20 – 30mg / 100ml – duvidoso
20mg / 100ml – anormal
Importante: alteração das fezes, após a sobrecarga.
Diarréia Crônica
Dosagem de gordura nas fezes:
 Van de Kamer (quantitativo)
Consumir 100gr gordura / dia – colher as fezes por
72hs.
Esteatorréias: Leve: 7 – 15g / dia
Moderada: 16 – 25g / dia
Severa: 25g / dia
Normal: < 5g / dia
5 – 7g / dia: sugestivo
Diarréia Crônica
Teste com sudan III (qualitativo)
Coloração nas fezes: 6 – 15g lipídios nas fezes
(róseo ou vermelho)
Normal + : Leve
Aumentada ++: Moderada
Muito Aumentada +++: Acentuada
 Não exclui esteatorréia.
 Avalia: Triglicérido da dieta e produtos da
lipólise.
Falso negativo 25 %
Falso positivo: em uso de óleo mineral ou
contaminação com óleo das fezes.
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Esteatócrito (semiquantitativo)
Valores normais:
0 – 1mês – 4,04 %
1 – 3m – 1,38 %
3 – 72m – 0,29 %
Acima 2,1% indica: esteatorréia acima 10g / dia.
Esteatócrito ácido (Acidificação das fezes)
Valores normais: 2,8 % a 4,8 %.
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Pesquisa de Alfa – 1 – antitripsina
 Permeabilidade anormal ou a obstrução
ao fluxo linfático.
 É encontrada no plasma na fração alfa – 1
– globulina.
 Valores normais: < 0,7mg / gr de fezes
secas
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Dosagem de eletrólitos no suor:
 Coletar 50 – 100mg de suor de pele
(iontoforese com pilocarpina)
 Cloro > 60mEq / L (2 dosagens
independentes) é compatível com fibrose
cística
 Sódio é cerca de 10 a 15mEq / L mais baixo
que o cloro.
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Testes Sorológicos:
Anticorpo antigliadina (IgA / IgG =>
Doença celíaca
Anticorpo Antiendomísio (IgA / IgG)
Anticorpo Tranglutaminase tecidual /
humano
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Testes Sorológicos:
FAN – Doença celíaca
Enteropatia auto – imune
HLA – Dr, DQ – Doença Celíaca
Doença de Crohn
Anticorpo anti – HIV – AIDS
Imunoglobulinas séricas – Deficiência
seletiva IgA e outras e imunodeficiências.
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Exame Radiológicos
 Rx simples de abdome:
 Dilatação de alças / níveis líquidos (má –
absorção)
 Rx contrastado com bário
 Endoscopia digestiva alta com biopsia de
intestino delgado
 Colonoscopia com biopsia (íleo terminal e cólon)
Aspirado do conteúdo intestinal
 Fazer cultura e microscopia para parasitos
(super crescimento bacteriano).
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BIOÉTICA