Brasil
PRESBITERIANO
M aio de 2006
Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil
Rede
Presbiteriana
de Comunicação
Ano 49 / Nº 620 - R$ 1,80
A CNHP elege nova diretoria para o quadriênio 2006-2010, e quer mudar o quadro de “muitos homens na igreja e poucos na UPH”
Confederação Nacional dos Homens Presbiterianos
reúne oitocentos congressistas em Aracruz, ES
Além da espiritualidade, havia emoção no ar na abertura do XI Congresso da Confederação Nacional dos
Homens Presbiterianos, é o relato ouvido na reunião:
“Quarenta anos se passaram, e o nosso lema continua
o mesmo. Agradecemos a Deus tão importante Evento,
quando reunimos cerca de 800 homens de várias partes
do Brasil, imbuídos do mesmo espírito que nos une há
tanto tempo.” O Rev. Roberto Brasileiro, presidente do
Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, disse
na abertura: “As bênçãos que desejamos para a Igreja
Nacional fluirão a partir da igreja local, no momento em
que nossa estrutura de sociedades internas for priorizada
e valorizada, bem assim, quando os presbiterianos, de
um modo geral, amarem e se comprometerem fielmente
com a Igreja Presbiteriana do Brasil.”
O novo presidente da Confederação Nacional dos
Homens Presbiterianos (CNHP) é o Pb. Paulo Roberto
da Silveira Daflon, presbítero da Ig Presb de Vilar
Novo, em Belford Roxo, RJ, e presidente do Presbitério
Belford Roxo (PRBR).
Páginas 10 e 11
Verdade e Vida
A Igreja Presbiteriana do Brasil tem
novo programa em rede nacional de
televisão
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Mãe ganha quatro filhos
de uma só vez
Mãe e filha na direção
nacional da SAF
Ser mãe é, certamente, uma dádiva de Deus! No caso
de Nilza Santana, de Sumaré, SP, a dádiva veio em dose
quádrupla. Por meios naturais, ela tornou-se mãe de
quatro crianças. Da noite para o dia, a família aumentou
de quatro para oito pessoas.
Anita Heloísa Chagas é mãe de Eloísa Helena Alves, Presidente
e Secretária Executiva da Confederação Nacional das SAFs,
respectivamente. Pela primeira vez na história da Confederação,
mãe e filha, junto com outras mulheres, dirigem os rumos dessa
tão famosa e respeitada sociedade presbiteriana.
Nilza Santana e Antonio David Lima com
seus quadrigêmios
Anita Heloísa Chagas e Eloísa Helena
Alves, mãe e filha na direção da SAF/IPB
Judas Redivivo e Desagravado
A verdadeira história por trás da descoberta
dos manuscritos do Evangelho de Judas
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Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
Editoriais
Mães que trabalham fora
Mulheres que trabalham fora e
têm filhos pequenos costumam
ficar sobrecarregas: além da responsabilidade no emprego e do
serviço de casa, lutam contra uma
consciência de culpa.
Mas, por quê uma consciência
de culpa?! Não é fácil deixar as
crianças com outras pessoas ou
num berçário. “Qual será o futuro
dos meus filhos?”, elas se perguntam. Não é preciso ser especialista
para saber que a relação entre mãe
e filho é vital para um desenvolvimento sadio. “Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e
não deixes a instrução de tua mãe.
Porque o mandamento é lâmpada, e
a instrução, luz; e as repreensões da
disciplina são o caminho da vida.”
(Provérbios 6.20, 21, 23)
Se o trabalho fora de casa é tão
absorvente, como pode ter a mãe
tempo para instruir e disciplinar
o filho? A intenção não é criar ou
aumentar o sentimento de culpa
das mães; no entanto, não se pode
ignorar o fato de que é saudável
para as crianças, especialmente as
mais novas, ter a companhia das
mães na maior parte do dia, e também encontrá-las quando voltam
da escola.
Mas, hoje em dia, como pode a
mãe ficar sem uma profissão, sem
um trabalho? Em primeiro lugar, há
a necessidade de realização pessoal. Em segundo lugar, há a necessidade de sobrevivência. E, em terceiro lugar, as mulheres contribuem
para que mercado de trabalho seja
melhor e mais justo. Em certas
áreas, as mulheres podem ser mais
eficientes que os homens.
É preciso repensar, pois nem sempre a necessidade de realização pessoal encontra resposta no ambiente
de trabalho. Algumas mulheres têm
descoberto que, muitas vezes, só se
realizam no lar e junto da família.
A concorrência, o materialismo e o
consumismo, impostos pela sociedade, precisam ser questionados e
rejeitados.
Quase sempre o pai fica mais
ausente de casa que a mãe. Mesmo
quando a mãe trabalha fora, ainda
encontra tempo para cuidar dos
filhos e dispensar-lhes carinho.
Timóteo, um dos líderes no começo
da Igreja Cristã, herdou de sua mãe
uma fé sólida, apesar do pai ser um
homem pagão. Eunice transmitiu
ao filho sua crença no Deus Eterno.
Ela é lembrada nas palavras de
Paulo a Timóteo: “Dou graças a
Deus... pela recordação que guardo
de tua fé sem fingimento, a mesma
que, primeiramente, habitou em tua
avó Lóide e em tua mãe Eunice...”
(1 Timóteo 1.5). Eunice cuidou
muito bem do seu filho Timóteo,
e transmitiu a ele sua fé cristã,
mesmo sem a cooperação do pai.
A mãe envolve o filho com amor,
infunde nele confiança e coragem
para enfrentar a vida, e transmite
a ele sua fé; por isso sua presença é tão necessária. As mães que
trabalham fora têm lá suas razões:
se deixarem o emprego, correm o
risco de, no futuro, não poderem
voltar. Ainda assim, pode-se reavaliar a vida, conversar honestamente
sobre o assunto com o marido ou
com alguma amiga; nem sempre os
valores da vida são aqueles ditados
pela televisão.
As mães devem procurar viver
uma vida de comunhão com Deus,
pedindo a Ele sabedoria para administrar bem o pouco tempo que têm
com os filhos; assim, a vida poderá
ser vivida com intensidade, sem
sentimento de culpa e sem ansiedade desnecessária quanto ao futuro.
Mãe, não desista de seus sonhos!
Hernandes Dias Lopes
Muitos sonhos, que parecem
impossíveis, tornam-se realidade. Ana, mãe de Samuel,
desejava um filho, mas era
estéril e sofria com as zombarias de sua rival Penina.
Mesmo assim, Ana não mergulhou seu coração nas águas
turvas da incredulidade; ao
contrário, derramou a sua alma
diante de Deus.
Ana tinha conflitos. Também
nós os temos. Como crer no
amor de Deus e, ao mesmo
tempo, conviver com a frustração de nossos sonhos? Por que
Deus adia a realização dos nossos sonhos mais legítimos? Por
que Ana era estéril, sendo uma
mulher tão piedosa e amada
de seu marido? Por que Deus
lhe negava o desejo de afagar
um rebento? Ainda que tivesse
um problema insolúvel, Ana
não desistiu e creu. Buscou a
Deus em oração; pediu, chorou, suplicou e implorou, ajoelhada aos pés dAquele que tem
poder para atender a todos os
pedidos. Ana não abriu mão de
seus sonhos, ainda que todas
as circunstâncias lhe parecessem desfavoráveis. Prevaleceu
a fé que Ana tinha em Deus.
Ela concebeu e deu à luz, não
apenas a um filho, mas a um
grande profeta: Samuel.
À luz de 1 Samuel 1.1-28,
aprendemos porque Deus
adia a realização dos nossos
sonhos:
Para nos ensinar que o Deus
da bênção é melhor que as
bênçãos de Deus – A nossa
maior necessidade não é de coisas, mas de Deus. Poderíamos
ter todas as bênçãos de Deus,
mas, sem o próprio Deus,
essas bênçãos não preencheriam o vazio de nossa vida.
Deus adia os nossos sonhos
para que Ele ocupe o primeiro
lugar em nosso coração. Os
sonhos adiados, via de regra,
nos levam à presença de Deus,
ao altar da oração (vv. 10, 12,
15).
Para nos ensinar que devemos consagrar a Ele o melhor
que Ele nos tem dado – Ana
não teve dificuldade em dedicar a Deus seu filho Samuel,
porque sabia que ele veio de
Deus, era de Deus, e devia ser
consagrado a Deus.
Para nos ensinar que os
Seus planos são maiores que
os nossos – O sonho de Ana
foi adiado porque não era os
planos de Deus. Os planos de
Deus para ela eram maiores.
Ela queria ser mãe e ter nos
braços um filho, mas Deus
queria um profeta, juiz e sacerdote. O propósito de Deus era
que Samuel trouxesse Israel
de volta à Sua presença. Às
vezes, ficamos impacientes
EXPEDIENTE
Órgão Oficial da
Brasil PRESBITERIANO
Uma publicação da
Ano 49, nº 620 – Maio de 2006
www.ipb.org.br
Rua Maria Antônia, 249, 1º andar, CEP 01222-020, São Paulo – SP
Telefone: 0(XX)11 3255 7269
E-mail: [email protected]
Gunnar Bedicks Jr. – Presidente
Gilson Alberto Novaes - Secretário
Alcides Martins Jr. – Titular
José Augusto Pereira Brito – Titular
Carlos Veiga Feitosa – Titular
Sílvio Ferreira Jr. – Titular
Clineu Aparecido Francisco – Diretor Administrativo-financeiro
André Mello – Diretor de Produção e Programação
Conselho Editorial:
Augustus Nicodemus Lopes
Celsino Gama
Evaldo Beranger
Gilson Alberto Novaes
Hernandes Dias Lopes
Vivaldo da Silva Melo
Secretaria de Atendimento ao Assinante: (19) 3741 3000 / 0800 119 105
Rede Presbiteriana
de Comunicação
Revisão e editoração: Elione Fernandes Ramos
Gama (E-mail: [email protected])
Textos: Letícia Ferreira ([email protected]) e
Martha de Augustinis (e-mail: [email protected])
Caroline Santana ([email protected])
Diagramação: Aristides Neto
Impressão: Folhagráfica
com Deus, pensando que Ele
se esqueceu de nós, ou que é
indiferente ao nosso clamor.
Nessas horas, precisamos saber
que Deus não está longe, nem
indiferente, mas trabalhando
em nosso favor para realizar
por nós algo maior e melhor.
Os pensamentos de Deus são
maiores do que os nossos pensamentos. Devemos abdicar
dos nossos para agarrarmo-nos
aos dEle.
Para nos ensinar que Ele é
soberano e faz todas as coisas
no seu tempo, e segundo à
Sua vontade – Deus é livre
e Soberano. Ele age, não de
acordo com a nossa agenda,
mas conforme o seu propósito.
Depois de desmamado, Ana
devolveu Samuel ao Senhor,
para que servisse no Templo,
e entoou um cântico: “O meu
coração se regozija no Senhor,
a minha força está exaltada
no Senhor... Não há santo
como o Senhor; porque não há
outro além de ti; e Rocha não
há, nenhuma como o nosso
Deus...” (1 Sm 2.10).
Deus realizou um sonho que
parecia impossível: deu a Ana
Samuel, e mais “três filhos e
duas filhas”. Para Deus não há
sonhos impossíveis!
Hernandes Dias Lopes é pastor
da Igreja Presbiteriana de Vitória, ES,
escritor e apresentador do programa
Verdade e Vida da IPB.
Assinaturas
Para qualquer assunto
relacionado a assinaturas do BP,
entre em contato com:
Luz para o Caminho
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Jardim IV Centenário
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Brasil PRESBITERIANO
Opinião
3
Seu recado
Equilíbrio Necessário
Milton Ribeiro
T
odo cristão sincero tem
um profundo desejo de
obedecer a Deus e viver
em conformidade com os Seus
mandamentos. Jesus diz: “Errais,
não conhecendo as Escrituras
nem o poder de Deus.” (Mt
22.29) Nessa afirmação, entendemos que o diagnóstico de Deus
a respeito da principal fonte do
“erro” dos líderes religiosos de
seu tempo era o desconhecimento: 1) das Escrituras, e 2) do
poder de Deus. Assim, também, o
“erro” na vida pessoal do cristão
e na vida da Igreja provém disso.
Observando certas passagens
bíblicas, percebemos uma preocupação do Espírito Santo em
que haja, em nós, um equilíbrio
santo e abençoado entre conhecimento e poder. Conhecimento,
neste caso, é o conjunto de verdades essenciais à fé e à vida cristã,
reveladas nas Escrituras. Poder
refere-se ao aspecto sobrenatural
da nossa fé: a intervenção milagrosa de Deus para que creiamos
e tenhamos vitórias sobre a carne
e sobre o mundo.
A evidência disso está presente
na própria encarnação de Jesus:
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça
(poder) e de verdade (conhecimento)...” (Jo 1.14). Paulo escreve aos Coríntios, dizendo: “...os
judeus pedem sinais, como os
gregos buscam sabedoria; mas
nós pregamos a Cristo... poder
de Deus e sabedoria de Deus”
(1 Co 1.22-24). Parte da Igreja
Evangélica está tremendamente
ligada às manifestações miraculosas do poder de Deus, como
condição de crença e fé, como os
judeus, apontados por Paulo, buscavam sinais, algo que lhes fosse
palpável, tangível. A exortação
de Paulo, no entanto, reprova a
necessidade do sinal para balizar
a fé. A própria definição de Fé:
“...convicção de fatos que se não
vêem” (Hb 11.1) nos aponta para
esta realidade. Contudo, Deus
continua, hoje, a agir miraculosamente com poder, tudo de acordo
com a Sua Soberania. A ação de
Deus é livre. Ele realiza o que
quer e quando quer; o problema
está ligado ao fato de condicionarmos nossa fé a fatos ou
a sentimentos. Ligar-se somente à manifestação do “poder”
gera desequilíbrio. E buscar só
“sabedoria” também gera desequilíbrio. Nós, da chamada Igreja
Tradicional, prezamos e amamos o estudo das Escrituras e da
sua Verdade. A própria Palavra
nos alerta para a necessidade de
conhecermos as doutrinas bíblicas. A Palavra nos consola, exorta e edifica. O problema é quando
nos apegamos apenas ao conhecimento intelectual da verdade,
e nos esquecemos que a nossa fé
é algo sobrenatural. A sabedoria,
somente como um mero acúmulo de conhecimento religioso
ou teológico, leva-nos à aridez
espiritual.
O apóstolo Pedro encerra a
sua Segunda Epístola, dizendo:
“Antes, crescei na graça e no
conhecimento de Nosso Senhor
e Salvador Jesus...” (2 Pe 3.18).
Crescimento, não apenas no
conhecimento, mas, também, na
graça. Graça e verdade juntas.
O equilíbrio de que tanto precisamos.
Milton Ribeiro é pastor da Igreja
Presbiteriana Jardim de Oração,
Santos, SP, advogado e presidente
do Sínodo Litoral Paulista. E-mail:
[email protected]
Nossos filhos cresceram
Bianca Lemos
de Almeida Pinheiro
Q
Maio de 2006
uando nossos filhos são
pequenos temos a sensação de que eles nunca
irão crescer. Parece
muito distante a idéia deles se
tornarem adultos. Só que, num
piscar de olhos, eles crescem e,
aí, quando nos damos conta já
estão namorando, indo à faculdade, defendendo suas próprias
idéias, e outras coisas mais. Só
assim tomamos consciência de
que isso, de fato, aconteceu.
E quando um filho sai de casa
e vai estudar em outra cidade? O
espanto parece ser ainda maior.
O filho mais velho “bateu asas
e voou”. Agora, mora com um
colega, faz sua própria comida,
lava sua roupa, precisa, sozinho,
organizar suas coisas, e tem até
uma conta no banco. Mas em
casa não fazia nada disso, “pobrezinho”, a mamãe fazia tudo.
O filho que tanto cuidávamos e
protegíamos cresceu e agora tem
que cuidar de si mesmo. Mas
essa nova fase da vida lhe trará
amadurecimento para enfrentar
a vida e reconhecimento do que
os pais faziam, e ainda fazem,
por ele. O que conta agora é o
que nós fizemos dele e por ele,
antes de sair de casa. O que conta
agora são os princípios e as instruções que passamos para ele.
O que conta agora são as lições
de cidadania e os valores de um
verdadeiro cristão –- valores que
recebeu enquanto esteve em casa.
Nossos “olhos” não estão mais
sobre ele, mas confiamos em
Deus, o Único que pode guardar
e cuidar dele, sempre.
As super-mães tentam super
proteger seus filhos e impedir
que saiam de casa e sofram
decepções. Mas é necessário, e
importante, que os filhos vivam
suas próprias histórias, lembrando de tudo o que aprenderam
enquanto viviam junto à família. Há um provérbio na Bíblia
que diz que devemos ensinar “a
criança no caminho em que deve
andar, e ainda quando for velho
não se desviará dele”. Palavras
sábias do rei Salomão. Se, de
verdade, ensinamos nossos filhos
a trilhar os caminhos de Deus,
podemos estar seguros de que
eles se sairão muito bem na vida.
E os pais que ainda têm seus
filhos pequenos devem ler e reler
a Palavra de Deus em busca dos
seus ensinamentos.
Bianca Lemos de Almeida
Pinheiro é publicitária.
Jornal Brasil Presbiteriano
“O Jornal Brasil Presbiteriano
está cada dia melhor, falta apenas
investir numa entrega mais rápida.”
Salvador Santana – pastor da Ig
Presb Filadélfia (Fernandópolis,
SP)
“Gostaria de parabenizar a iniciativa do Brasil Presbiteriano em
adotar um encarte de classificados.
Já utilizei desse recurso e estimulo
os irmãos de várias regiões a fazer
uma experiência. Boas idéias são
sempre bem vindas e bem recebidas.”
Floramante Dias Gonçalves – pastor da Ig Presb de Torre de Pedra
(Torre de Pedra, SP)
“Como leitor do Brasil
Presbiteriano por vários anos, gostaria de sugerir algumas melhorias
para o nosso Jornal: (1) seria interessante que todo mês fosse pautado um assunto polêmico relativo à
IPB; (2) Classificados: no caso do
Brasil Presbiteriano não há sentido
para tal aplicação, vez que encontrar interessados/demanda para os
anúncios oferecidos a nível nacional não é fácil e foge ao escopo do
ministério pastoral previsto biblicamente e acatado pela IPB; (3) o jornal poderia conter uma coluna com
a movimentação/transferência dos
pastores da IPB. (4) os Presbitérios
e Sínodos realizam atividades/eventos que poderiam ser objeto de
reportagens, com seus registros e
anúncios; (5) Diversificação de
articulistas; (6) Notícias das sociedades internas e autarquias da IPB:
atualmente as sociedades internas e
autarquias da IPB têm suas próprias
revistas (bimestral ou trimestral).
Talvez fosse mais proveitoso, economicamente e em nível de incremento de marketing, que o Brasil
Presbiteriano agregasse seções bem
elaboradas a respeito das sociedades internas, mensalmente, o que
eliminaria a necessidade da publicação das revistas.”
Wellinto Tesch Sabaini – IPB em
Mata da Praia (Vitória, ES)
Nota da Redação – A resolução
CE-SC/IPB-2001 proíbe o Brasil
Presbiteriano de publicar assuntos
polêmicos que não tenham sido
deliberados pelo Supremo Concílio
da IPB.
Pastores jubilados
“Sobre o artigo na página dois
do jornal BP do mês de março, de
Nathanael Oliveira Neves, de S.
João da Boa Vista (SP), é muito
triste e lamentável que pastores jubilados, após anos e anos
de árduo trabalho ministerial e
pastoral, encontrem-se atualmente esquecidos, abandonados, com
problemas financeiros, alguns
ainda a beira da pobreza extrema,
com problemas de saúde etc. Devese ter grande respeito e consideração pelos pastores veteranos, não
deixando-os que vivam no esquecimento e muito menos na miséria.”
Samuel Maçon Jr. – Ig Presb de
Monte Sião (Monte Sião, SP)
ImpactoFazenda2006
“Na condição da presidente da
Confederação Sinodal do Trabalho
Masculino, Curitiba, gostaria de
anunciar os resultados do trabalho
“ImpactoFazenda2006” realizado
na cidade de Fazenda Rio Grande,
região metropolitana de Curitiba,
na qual mais de cem voluntários
estiveram empenhados nas mais
diversas modalidades profissionais,
à guisa de atender à população
carente da região.”
Emmanuel Carlos – CSUPH
(Curitiba, PR)
Blog do Rev. Rubens Pires do
Amaral Osório
“Após mais de 50 anos de ministério em São Paulo, estou morando
em São José dos Campos, SP, cuidando de minha esposa que sofreu
um derrame há 1 ano e meio.
Com o intuito de divulgar meu
pensamento e profundo amor pelo
Evangelho, inaugurei o seguinte
blog http://revrubensosorio.blogspot.com de forma que qualquer
pessoa possa ler e comentar meus
escritos.”
Rubens Pires do Amaral Osório
– pastor presbiteriano (São José dos
Campos, SP)
ERRAMOS
Diferentemente do que foi
publicado na página B5 da edição de abril do BP, na referência
ao autor do artigo “O exílio da
ética”, o atual pastor efetivo da
IP da Gávea é o rev. Leonardo
Sahium, empossado em dezembro do ano passado, e não o rev.
Marcos Azevedo.
O “Seu Recado” recebe colaborações pelo correio: Rua Maria Antônia, 249, 1º andar, CEP 01222-020,
São Paulo, SP, por fax: 11-3255-7269 e por e-mail: [email protected]. As cartas devem ser
concisas e conter nome, endereço completo e assinatura, exceto quando for e-mail.
O Brasil Presbiteriano se reserva o direito de selecionar cartas e publicar trechos.
4
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
Consultório Bíblico
As Confissões Reformadas
Anátema
Odayr Olivetti
P
ergunta: “Que quer
dizer Paulo quando
afirma que gostaria de
ser anátema em Romanos 9.14?”
Resposta:
1. O apóstolo está falando
sobre a rejeição de Israel –
Israel rejeitado por Deus porque rejeitou Seu Filho.
2. Paulo estava disposto a
sacrificar sua felicidade eterna,
se com isso Israel fosse salvo.
Revelou verdadeira “paixão
pelas almas”.
3. Dois exemplos parecidos,
um bíblico, outro da história
da igreja: (1) Moisés. Depois
que o povo cometeu o terrível pecado de trocar Deus
por um bezerro de ouro, diante do rigor da justa reação
de Deus, Moisés intercedeu
repetidamente por seu povo,
chegando ao ponto de dizer a
Deus: “Agora, pois, perdoa-lhe
o pecado; ou, se não, risca-me,
peço-te, do livro que escreveste” (Êx 32.32). – Deus disse
não. (2) Na história da igreja:
O grande reformador escocês
John Knox clamava ardorosamente pela salvação do seu
povo. Consta que ele orou:
“Dá-me, Senhor, a Escócia, ou
morro!” Dar-lhe a Escócia era
entregá-la ao domínio salvífico do Senhor Jesus Cristo.
– Custou, mas a Reforma, que
restabeleceu a genuína pregação de Cristo e Seu Evangelho,
acabou sendo vitoriosa naquele país, substituindo o jugo
despótico e idolátrico de Roma
pelo jugo manso e suave de
Jesus.
É necessário que os cristãos
desenvolvam paixão pelas
almas dominadas pelas trevas
do pecado e de Satanás. Toda
vez que você for tentado a criticar os pecadores, substitua a
crítica por fervente oração pela
conversão deles.
Pergunta: “Que significa
o terceiro céu de que fala o
apóstolo Paulo?”
Resposta:
Quanto a vários céus, o conceito comum e geral estabelece
a seguinte gradação:
1°. céu: A atmosfera em que
voam as aves e se formam as
nuvens;
2°. céu: O firmamento, onde
vemos corpos celestes (planetas, cometas, astros, estrelas);
3°. céu: A habitação de Deus,
dos anjos e dos remidos do
Senhor.
O terceiro céu é o mesmo
paraíso a que o apóstolo se
refere no versículo 4. Para esse
céu ou paraíso o apóstolo foi
arrebatado, sem saber se no
corpo ou fora do corpo. Em
Atos 22.17, provavelmente
relatando a mesma experiência, o apóstolo diz: “...sobreveio-me um êxtase”.
Paraíso é palavra grega que
fora do Novo Testamento tem
vários sentidos, mas o Novo
Testamento sempre se refere
ao céu (o lugar da habitação de
Deus e Seus santos – anjos e
homens: Lc 23.43; 2 Co 12.4;
Ap 2.7
Notável é que o apóstolo
Paulo não saiu logo propalando
a gloriosa experiência que teve.
Somente após cerca de catorze
anos ele relatou essa experiência. Sua preocupação não era
pregar experiências pessoais e
milagres, mas o Evangelho (1
Co 9.16), ou seja, “Jesus Cristo,
e este crucificado” (1 Co 2.2),
ou seja, “Cristo Jesus como
Senhor” (2 Co 4.5). – Quando
Deus operou alguns milagres
em meu ministério, uma crente
fervorosa me disse: “O senhor
precisa divulgar isso!” – Eu
respondi: “Fui chamado para
pregar o Evangelho, não para
pregar milagres”. Paulo demorou catorze anos para fazer
breve referência à maravilhosa experiência que teve; só
conto o que contei vinte e seis
Declaração Sinodal de Berna (1532)
anos após algumas das experiências de milagres operados
por Deus em meu ministério,
que já chega aos cinqüenta e
dois anos, pela misericordiosa
graça de Deus.
Pergunta: “Como entender
o espaço físico para a distribuição das tribos de Israel no
acampamento (Nm 2)?”
Resposta:
O espaço físico não era problema, porque Israel estava
no deserto, e no deserto permaneceu durante toda a sua
longa peregrinação, antes de
entrar em Canaã. O espaço era
amplíssimo. Assim foi a distribuição das tribos:
Norte: Dã (62.7
00); Aser (41.500); Naftali
(53.400); Total: 157.600.
Sul: Rúben (46.500); Simeão
(59.300); Gade (45.650); Total:
151.450.
Leste: Judá (74.600); Issacar
(54.400); Zebulom (57.400);
Total: 186.400.
Oeste: Efraim (40.500);
Manasses (32.200); Benjamim
(35.400); Total: 108.100.
A tribo de Levi (sacerdotes
e levitas) foi distribuída em
torno do tabernáculo, mais
perto deste, os meraritas ao
norte (6.200), os coatitas ao
sul (8.600), Moisés e Arão ao
leste, e os gersonitas a oeste
(7.500).
Naturalmente, os israelitas
habitavam em tendas. Um
ponto interessante é que no
cântico de Balaão, a ele imposto pelo Espírito de Deus, ele
exclamou: “Quão belas são
as suas tendas, ó Jacó!” (Nm
24.2,5, NVI).
Quem dera podermos dizer
das “tendas” dos filhos e filhas
de Deus nos dias de hoje, no
sentido espiritual: Quão belas
são as suas tendas, ó cristãos!
Odayr Olivetti é pastor presbitriano,
ex-professor de Teologia Sistemática
do Seminário Presbiteriano de
Campinas, escritor e tradutor.
E-mail: [email protected]
Alderi Souza de Matos
A
A Reforma foi introduzida na cidade e no cantão de Berna em 1528,
através de um debate público
promovido pelas autoridades
civis no qual foram aprovadas
as Dez Conclusões ou Teses
de Berna. Essa foi a primeira
formulação do tipo suíço de
fé reformada que obteve aceitação além dos limites de um
único cantão, exercendo influência em partes da Suíça e do
sul da Alemanha.
Quatro anos mais tarde, em
1532, controvérsias surgidas
entre o governo e os pregadores levaram à realização do
Sínodo de Berna, que reuniu
230 pastores – todo o clero
da região. O reformador da
cidade, Berchtold Haller
(1492-1536), buscou o apoio
de Estrasburgo, que respondeu
através de Wolfgang Fabricius
Capito (1478-1541). Capito,
cujo sobrenome de nascimento
era Köpfel, havia ficado viúvo
em 1531 e no ano seguinte casou-se com a viúva do
reformador Ecolampádio, de
Basiléia. Ele e Martin Bucer
foram os compiladores da
Confissão
Tetrapolitana
(1530). Agora, atendendo ao
apelo de Haller, Capito redigiu a Declaração Sinodal de
Berna, também conhecida
como o Consenso de Berna
ou Artigos e Admoestações do
Sínodo de Berna.
Esse importante documento
confessional reformado é composto de 45 longos parágrafos
sobre questões de doutrina e
ordem eclesiástica, repletos de
citações bíblicas. O texto tem
a forma de uma instrução de
pastores a pastores no qual se
faz uma associação de teologia
prática, bíblica e doutrinária.
Após ser livremente adotada pelos pastores da cidade
e região, essa declaração foi
aprovada e promulgada pelas
autoridades, que acrescentaram
um prefácio epistolar. Trata-se,
portanto, de uma série de instruções pastorais, não sendo
um documento de natureza
polêmica.
O final da introdução em
forma de epístola afirma o
seguinte: “Se qualquer coisa
nos for apresentada por nossos pastores ou outras pessoas
que possa nos levar para mais
perto de Cristo e, no poder
da Palavra de Deus, ofereça
maior apoio à amizade comum
e ao amor cristão do que as
idéias aqui apresentadas, nós
a aceitaremos alegremente e
não obstruiremos o curso do
Espírito Santo. Pois ele não
está dirigido para trás, para
a carne, mas sempre para a
frente, para a imagem de Jesus
Cristo, nosso Senhor”. Karl
Barth comenta que essa afirmação refletia o entendimento
de que as confissões eram propostas provisórias, passíveis de
aperfeiçoamento ou substituição, e não autoridades finais e
inquestionáveis.
Algumas características dessa
declaração são as seguintes: é
um conjunto de instruções e
exortações a pastores acerca
dos seus deveres ministeriais,
especialmente a exposição
das Escrituras; apresenta um
entendimento conciliatório a
respeito da Ceia do Senhor; dá
ênfase a maior separação entre
a Igreja e o Estado; reflete um
antinomismo cristocêntrico,
dando mais destaque à graça
do que à lei; revelando a influência de Bucer, insiste no poder
regenerador do Espírito Santo,
mediante o qual o cristão é
capacitado para um viver ético.
O texto tem um tom emotivo
que confere a todo o documento uma vivacidade e fervor não
encontrados geralmente nas
confissões reformadas. Isso o
tornou especialmente caro ao
conde Nicolau Zinzendorf e
a outros membros da tradição
pietista.
Alderi Souza de Matos é pastor
presbiteriano e historiador oficial da
IPB. E-mail: [email protected]
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
5
Apologética O que há de novo no Evangelho de Judas?
Judas Redivivo e Desagravado
Augustus Nicodemus Lopes
C
umprindo o ritual que
acontece todos os anos
na época da Páscoa, a
grande mídia acaba de
veicular mais uma matéria bombástica diretamente relacionada
com o Cristianismo. Trata-se da
tradução de um manuscrito copta
do século IV que, supostamente,
conteria uma tradução do evangelho apócrifo grego de Judas, cuja
origem é estimada em meados do
século II. A restauração e a tradução do manuscrito copta foram
anunciadas no dia 6 de abril, pela
National Geographic Society, em
Washington.
A veiculação pela mídia vai na
mesma linha de propaganda e
especulações anticristãs, voltadas
mais diretamente contra a Igreja
Católica Romana, e que acaba respingando nos protestantes, especialmente nas igrejas históricas.
No ano passado foi o Evangelho
de Tomé. Em anos mais recentes,
uma suposta sepultura de Jesus,
uma inscrição antiga contendo o
nome de Tiago, irmão de Jesus, e
outras “descobertas” arqueológicas, “fizeram a festa” da mídia.
Ninguém deve se assustar pensando que essa atitude é um fenômeno atual. Nos primórdios do
Cristianismo, escritores pagãos
como Celso e Amiano Marcelino
publicaram material atacando as
Escrituras e o Cristianismo. A ignorância dos articulistas, o preconceito anticristão, a busca do sensacionalismo, tudo isso contribui para
que a publicação do manuscrito
copta receba uma atenção muito
maior que a devida.
Não quero ser mal compreendido. Como pesquisador e estudioso do Novo Testamento, estou
sempre aberto para descobertas
arqueológicas e novas pesquisas
que nos tragam subsídios para
melhor entender o mundo do Novo
Testamento e a sua mensagem.
Creio que a publicação do evangelho de Judas contribui para nossa
compreensão do Gnosticismo e da
seita dos Cainitas, autora do documento. Contudo, estou acostumado
a assistir, anos a fio, a exploração
sensacionalista dessas descobertas.
Lembro-me bem da descoberta dos
Manuscritos do Mar Morto e das
polêmicas e questões, inclusive
legais, que envolveram a tradução
e a publicação dos primeiros rolos.
A imprensa da época especulava
que os Manuscritos representariam
o fim do Cristianismo, pois traria
informações que contradiriam o
Evangelho. Os anos se passaram
e verificou-se a precipitação da
imprensa. Os rolos, na verdade,
tiveram o efeito contrário, confirmando a integridade e autenticidade do texto massorético do Antigo
Testamento.
Com o objetivo de esclarecer e
trazer alguma sobriedade na avaliação da publicação, faço as seguintes observações sobre a publicação
do texto do manuscrito.
1. Não se trata da descoberta do
Evangelho de Judas. O mesmo já
é um velho conhecido da Igreja
cristã. Elaborado em meados do
século II, provavelmente na língua
grega, era conhecido de Irineu, um
dos pais apostólicos. Na sua obra
Contra as Heresias, Irineu o menciona explicitamente, como sendo
uma obra espúria produzida pelos
gnósticos da seita dos Cainitas. No
século V, o bispo Epifânio critica
o Evangelho de Judas por tornar
o traidor em um feitor de boas
obras.
2. Não se trata também da descoberta de um manuscrito, antes
desconhecido, contendo essa obra.
Acredita-se que o único manuscrito conhecido, escrito em copta, foi
descoberto em meados da década
de 1950, e, depois de uma longa
peregrinação nas mãos de colecionadores, bibliotecas, comerciantes
de antigüidades e peritos, chegou
às mãos das autoridades. Sua existência foi anunciada ao mundo em
2004. Trata-se de um códice com
25 páginas de papiro, envoltas em
couro, das 62 páginas do códice
original. Somente essas 25 páginas
foram resgatadas pelos especialistas. A tradução que vem a lume
agora é dessas páginas.
3. O que é de fato novo é a tradução do texto desse apócrifo, texto
até então desconhecido. Contudo,
o ponto central que a mídia tem
destacado com sensacionalismo já
era conhecido mediante as citações
de Irineu e Epifânio, ou seja, que
esse evangelho procura reabilitar
Judas da pecha de traidor, transformando-o em vítima e herói.
Na década de 80, saiu o romance
“Eu, Judas”, de Taylor Caldwell,
publicado pelo Círculo do Livro,
onde essa versão revisada de Judas
foi difundida.
4. Várias matérias publicadas na
mídia dizem que Judas Iscariotes é
o autor desse evangelho. Contudo,
não existe prova alguma disso.
Segundo o relato dos quatro
Evangelhos canônicos, Judas suicidou-se após a traição. Como poderia ser o autor dessa obra? Irineu,
no século II, atribuía a autoria do
evangelho de Judas aos Cainitas,
uma seita gnóstica. No códice descoberto, e agora publicado, não
consta somente o evangelho atribuído a Judas, mas duas obras a
mais: a “Carta a Filipe”, atribuída
ao apóstolo Pedro, e “Revelação de
Jacó”, relacionado com o patriarca
hebreu. A presença do evangelho
de Judas em meio a essas duas
obras apócrifas é mais uma prova
da autoria espúria desse evangelho.
Chega a ser irritante o preconceito da mídia, que sempre veicula
matérias que negam a autoria tradicional dos Evangelhos canônicos,
mas que, rapidamente, atribui a
Judas Iscariotes a autoria desse
apócrifo.
5. Evangelhos apócrifos e pseudepígrafos eram comuns nos primeiros séculos da era cristã. O
Evangelho de Judas é mais um
deles. Outros, mais conhecidos,
são o Evangelho aos Hebreus, o
Evangelho de Tiago, o Evangelho
de Maria Madalena, o Evangelho
de Filipe, o Evangelho de Tomé,
entre outros. O texto desses apócrifos já é conhecido de longa data.
Judas, contudo, somente agora
vem à lume.
6. O manuscrito que agora foi
traduzido não data do século II,
mas do século IV. Especula-se que
é uma tradução para o copta de
uma obra mais antiga, escrita em
grego, que, por sua vez, dataria de
meados do século II. Daí a inferir
a autoria de Judas Iscariotes, que
morreu na primeira parte do século I, vai uma grande distância. A
seita dos Cainitas, segundo Irineu
Trechos do evangelho apócrifo de Judas
JESUS OFERECE SABEDORIA SECRETA A JUDAS
“Sabendo que Judas estava refletindo sobre algo elevado, Jesus
lhe disse: ‘Afasta-te dos outros, e eu te contarei os mistérios do
Reino. É possível para ti alcançá-lo, mas sofrerás muito. Pois outra
pessoa vai tomar teu lugar, para que os Doze [apóstolos] possam
outra vez chegar à completude com seu deus.”
O MESSIAS PREVÊ A ASCENSÃO DE JUDAS
“Jesus respondeu, dizendo: ‘Tu te tornarás o décimo-terceiro, e
serás amaldiçoado pelas outras gerações – e virás a governá-las.
Nos últimos dias eles hão de amaldiçoar tua ascensão à geração
sagrada’.”
JESUS PREDIZ A TRAIÇÃO
“Mas a todos excederás. Porque tu sacrificarás o homem que
me veste.”
JUDAS TRAI O MESTRE
“Os sumo sacerdotes deles murmuravam porque [Jesus] tinha
ido para o quarto de hóspedes para rezar. Mas alguns escribas o
estavam vigiando para prendê-lo durante a prece, porque tinham
medo do povo, já que ele era considerado por todos um profeta.
Eles se aproximaram de Judas e disseram: ‘O que estás fazendo
aqui? És discípulo de Jesus’. Judas lhes respondeu como desejavam. E recebeu algum dinheiro e o entregou a eles.”
O texto completo do evangelho de Judas se encontra disponível no site da
National Geographic Society, no link:
http://www9.nationalgeographic.com/lostgospel/_pdf/GospelofJudas.pdf
em Contra as Heresias, era especialista em reabilitar personagens
bíblicas malignas, como Caim, os
sodomitas e Judas. A produção de
um evangelho reabilitando o traidor se encaixa perfeitamente no
perfil da seita.
Ao final, pesando todos os fatos
e filtrando o sensacionalismo e o
preconceito anticristão, a publicação do evangelho de Judas em
nada contribuirá para nosso conhecimento do Judas Iscariotes histórico, apenas para nosso maior
conhecimento das crenças gnósticas do século II. Não representa
qualquer questionamento sério do
relato dos Evangelhos canônicos,
cuja autoria e autenticidade são
muito mais bem atestadas, datam
do século I, e receberam reconhecimento e aceitação universal pelos
cristãos dos primeiros séculos.
Augustus Nicodemus Lopes
é pastor presbiteriano, escritor
e Chanceler da Universidade
Presbiteriana Mackenzie. E-mail:
[email protected]
6
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
Data comemorativa
Mãe ganha, de uma só vez, quatro filhos
A dádiva de ser mãe
DA REDAÇÃO
S
er mãe é, certamente,
uma dádiva de Deus! No
caso de Nilza Santana,
de Sumaré, SP, a dádiva veio
em dose quádrupla. Por meios
naturais, ela tornou-se mãe de
quatro crianças. Da noite para
o dia, a família aumentou de 4
para 8 pessoas.
Deus, em sua infinita bondade, ofereceu à mulher a incumbência de gerar filhos; assim,
a maternidade deve ser encarada como uma parceria que
Ele ofereceu à humanidade, na
tarefa de preservar e dar continuidade à raça humana. Em
certos relatos bíblicos, a figura
da mãe é de grande importância. Por exemplo: Deus não
precisaria escolher o ventre de
Maria para trazer seu Filho ao
mundo, mas assim o fez. Por
meio dela, Jesus nasceu para
ser o Salvador e Redentor de
toda a humanidade.
Mãe especial
A história de Nilza Santana e
Antonio David Lima começou
em Jequié, na Bahia. Lá, eles
se conheceram e se casaram.
Tempos depois, vieram para
a cidade de Nova Odessa, no
interior de São Paulo.
Como membros da Igreja
Batista Nova Jerusalém, na
cidade de Sumaré (próxima a
Nova Odessa), eles levavam
uma vida tranqüila ao lado
dos dois filhos: Bárbara, de
16 anos, e Joabe, de 12 anos.
Mas a tranqüilidade do casal
foi acometida com uma notí-
surgiram: “Como seria a gestação?” “E os bebês, como
cuidar de todos eles?” A
gestação de Nilza foi
cheia de cuidados por
parte da família, médicos e amigos. No dia 3
de setembro de 2004, após
uma cesariana bem sucedida, nasceram Amanda, Cauã,
Cailane e Alana (esta última
Amanda, Cauã, Cailane e Alana
tade todas as recomendações
médicas; e, mesmo sabendo
dos riscos que corria, sempre
demonstrou tranqüilidade. Sua
presença no hospital causava
alvoroço, pois todos queriam
saber como ela estava. E um
parto que deveria ser como
qualquer outro, transformouse num evento curioso.
Para os médicos que acom-
Nilza, mulher tranqüila apesar das dificuldades
cia que mudou, radicalmente,
toda a vida da família. Nilza
fez um teste de gravidez e
descobriu que esperava quatro
bebês. Então, as preocupações
Antonio David Lima, salário de 700 reais para
sustentar uma família de oito pessoas.
com apenas 950 gramas).
Os quadrigêmeos permaneceram no Hospital Estadual
de Sumaré por 56 dias, até
ganharem o peso ideal.
A gestação
Aos dois meses de gestação, Nilza procurou o Hospital
Estadual de Sumaré para se
submeter a uma ultra-sonografia, que indicou gravidez
de gêmeos. Os obstetras que
cuidavam dela solicitaram
mais uma outra ultra-sonografia e, dessa vez, ficaram
surpresos, pois descobriram
que não havia duas crianças
no útero de Nilza, e, sim, três.
Mas, durante o pré-natal, mais
exames foram feitos e nova
supresa: Nilza estava grávida
de 4 bebês.
Nilza foi uma paciente exemplar, que acatava com boa von-
panharam Nilza e fizeram seu
parto, o dia 3 de setembro de
2004 marcou a vida deles, e,
até hoje, falam disso com disfarçada emoção.
A família hoje
Mesmo quem está distante,
pode imaginar o que aconteceu
com a rotina da família: Joabe,
hoje com 14 anos, cuida dos
irmãozinhos, enquanto Nilza
A origem do Dia das Mães
Apesar de haver outros registros, foi Anna Jarvis quem
conseguiu que o Dia das Mães fosse oficializado. Em
1914, então o presidente Woodrow Wilson, dos Estados
Unidos, estabeleceu que esse dia deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. Em breve
tempo, mais de 40 países adotaram a data. Mas, infelizmente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para ela.
A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse
um dia lucrativo para os comerciantes. “Não criei o dia as
mães para ter lucro”, disse furiosa a um repórter, em 1923.
Neste mesmo ano, ela entrou, sem sucesso, com um processo para cancelar o Dia das Mães.
Anna passou praticamente toda a vida lutando para que
as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na
maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar
a causa adiante. Dizia que as pessoas não agradecem
freqüentemente o amor que recebem de suas mães. “O
amor de uma mãe é diariamente novo”, afirmou certa vez.
Por anos seguidos, Anna recebeu cartões comemorativos
vindos de todo o mundo. Em 1948, Anna Jarvis morreu aos
84 anos de idade.
No Brasil, o primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre,
no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente
Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de
maio.
Brasil PRESBITERIANO
Entrevista
Maio de 2006
7
Mãe e filha falam da experiência da família e de liderança
Tal mãe, tal filha
Suely Montalvão Rédua
DE NITERÓI
Q
lava, passa, cozinha e prepara
as mamadeiras. Para se ter
uma idéia, as quatro crianças
consomem 180 litros de leite
por mês. À tarde, Bárbara,
a filha mais velha, assume a
guarda dos pequeninos. O
chefe da casa, Antônio, trabalha de segunda a segunda,
e tenta suprir o gasto básico da família; mas a quantia
que ele ganha como pedreiro (2 salários mínimos) não
tem sido suficiente. Apesar de
tudo, Nilza acredita que ela e o
marido ganharam um presente
uando o assunto é
Sociedade Auxiliadora Feminina, Anita
Heloísa Chagas e
Eloísa Helena Alves praticamente falam de sua própria família. Anita é mãe
de Eloísa, e as duas fazem
parte da direção nacional do
trabalho feminino da Igreja
Presbiteriana do Brasil.
Anita é Presidente, e Eloísa
é a Secretária Executiva da
Confederação Nacional das
SAFs. Pela primeira vez na
história da Confederação,
mãe e filha, junto com outras
mulheres, dirigem os rumos
dessa tão famosa e respeitada sociedade presbiteriana.
Em homenagem ao Dia
das Mães, o JBP fez uma
entrevista com elas:
“Quando somos eleitas,
desejamos contar com
irmãs leais, fiéis e
companheiras; quando
uma delas é mãe, ou
filha, a cumplicidade é
bem maior.”
de Deus: “Foi uma surpresa
maravilhosa e a gente gostou
muito. Se Deus deu as crianças para nós, algum motivo
Ele teve; por isso, eles foram
bem recebidos.”
Os interessados em ajudar
a família de Nilza podem
contribuir, depositando qualquer quantia no Banespa:
Agência 0545, Conta-corrente 60/600682-2, em nome de
Antonio David Lima.
COM ELLIS MARINA
E EDISON SOUSA
JBP – Pela primeira vez
na IPB, temos mãe e filha
na direção da Confederação
Nacional de SAFs. Isto muda
alguma coisa?
Anita e Eloísa – Mudar
não é bem o termo, acrescentar, sim. Acrescentar um
bom exemplo a ser seguido. Quando somos eleitas,
desejamos contar com irmãs
leais, fiéis e companheiras;
quando uma delas é mãe, ou
filha, a cumplicidade é bem
maior.
JBP – Como foi o começo
de vocês na SAF?
Anita – Há 23 anos, eu me
converti e logo tornei-me
sócia da SAF. Fui Presidente
várias vezes da SAF Sinai e
da SAF Icaraí. Na Federação
Niterói, fui Presidente
durante 3 anos, e na Sinodal
Leste Fluminense, por 6
anos. E se for da vontade
de Deus, ficarei 4 anos na
Confederação Nacional.
Anita Heloísa Chagas,
presidente da
Confederação Nacional
das SAFs
Eloísa – Na adolescência,
conheci Jesus e integrei-me
na Mocidade, onde participei da reorganização da
Confederação Nacional de
UMPs. Fui eleita Secretária
Executiva, e, depois,
Presidente (1990-1994). Ao
sair da UMP, imediatamente comecei a participar da
SAF; também fui Presidente
de SAF e de Federação,
e Secretária Executiva da
Confederação Sinodal.
JBP – Com tanta violência
em nosso país, como é educar filhos? Omitir ou falar a
verdade?
Anita – Lidando tanto
tempo com educação, tendo
3 filhos e 4 netos, fica a
certeza do que diz o sábio
rei Salomão, em Provérbios
27.5: “Melhor é a repreensão
franca do que o amor encoberto.” A omissão deixa, às
vezes, conseqüências irreparáveis. É importante considerar também que o NÃO é
tão valioso quanto o SIM.
Eloísa – A Bíblia é minha
bússola e por ela eu me
oriento. A relação com meus
filhos é pautada na verdade
e em limites bem estabelecidos e claros.
JBP – Mães bonitas, bem
vestidas, inteligentes, competentes... como é isto?
Anita – É saudável estarmos contentes com nós mesmas, e gratas a Deus pelo
que somos. Afinal, somos
feitura de suas mãos.
“A Bíblia é minha
bússola e por ela eu me
oriento. A relação com
meus filhos é pautada
na verdade e em limites
bem estabelecidos e
claros.”
JBP – Como vocês avaliam este tempo na direção de todas as SAFs do
Brasil?
Anita e Eloísa – É um
tempo de muita responsabilidade. Tempo, também, de
lembrarmos que, agora, não
somos só as servas Anita e
Eloísa, mas representamos
cerca de 60.000 auxiliadoras; tudo o que fizermos será
revertido a favor ou contra a
Confederação. Nosso pedido é que Deus nos ajude
sempre.
JBP – Qual é a fórmula
do sucesso como mãe, filha,
educadora, empresária,
crentes fiéis... É fácil estar
sempre bem humorada?
Anita e Eloísa – Se aprendemos a administrar nosso
tempo, colocando as prioridades no lugar das urgências, torna-se fácil alcançar
as pessoas que vivem ao
nosso redor. Temos algumas
dificuldades, mas as facili-
Eloísa Helena Alves,
secretária executiva
da Confederação
Nacional das SAFs
dades vêm em maior escala.
JBP – As famílias estão
ficando menores, e a diferença de idade entre as
gerações tem aumentado.
Esse distanciamento provoca conflitos?
Anita – Se respeitamos os
mais jovens, ouvindo-os,
certamente nós, que temos
maior vivência, seremos
encaradas como pessoas que
podem contribuir para que o
lar seja um lugar agradável
e de paz. A Confederação
Nacional estará trabalhando, nesse quatriênio, um sub
tema intitulado “FAMÍLIA,
uma pequena igreja: abrigo, escola e santuário”. Ao
minimizarmos os conflitos,
seremos mais felizes.
8
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
História IPB
Igrejas celebram seus aniversários e contam suas histórias
Igreja Presbiteriana do Sinai, em Niterói, Rio de Janeiro
Igreja presbiteriana de Bom Conselho, PE
Uma história que começou em 1959
75 anos de evangelização
A história da Igreja Presbiteriana
do Sinai, em Niterói, RJ, começou em 1959 quando, a convite
de um casal recém-chegado da
Igreja Presbiteriana da Vila da
Penha, Rio de Janeiro, alguns
crentes, que residiam na Rua
Riodades e adjacências, resolveram reunir-se, aos domingos,
na casa do irmão Orick da Silva
Bastos, para cantar hinos e estudar a Bíblia. O trabalho cresceu e,
em setembro de 1959, foi organizada a Escola Dominical, com a
presença de mais de 200 pessoas,
sendo a cerimônia presidida pelo
Rev. Antônio Elias, hoje pastor
Emérito da Igreja Presbiteriana
Betânia de Icaraí. A Congregação
Presbiteriana foi organizada pela
Primeira Igreja Presbiteriana de
Niterói, e seu templo inaugurado
no segundo domingo de maio
de 1965. No dia 1.º de maio de
1966, a Congregação foi organizada em igreja e recebeu o
nome de Igreja Presbiteriana do
Sinai, com 54 membros comungantes e 33 não comungantes.
A Comissão Organizadora da
Igreja era composta pelo Rev.
Uzias Britto, Rev. Aproniano
Wilson Macedo, e pelo presbítero Sebastião de Souza Coelho.
Estiveram presentes o Rev. João
Gomes Netto, Presidente do
Presbitério de Niterói e o Rev.
Felipe Dias, que foi o primeiro
pastor da igreja.
O primeiro pastor eleito foi o
Rev. Gedeão de Paula, que pastoreou a igreja quase 14 anos.
A igreja crescia, novos membros eram recebidos por profissão de fé e batismo, e alguns,
ainda hoje, fazem parte da igreja,
servindo-a há mais de 39 anos.
A Igreja Presbiteriana do Sinai
tem oferecido líderes para a IPB:
Rev. Gedeão de Paula (Secretário
da Mesa do Supremo Concílio);
Anita Heloísa Chagas (presidente da CNS); Eloísa Helena
Alves (presidência da CNM e
atualmente secretária executiva
da CNS); Rev. Ashbell Simonton
Rédua (membro da CNE), entre
outros.
Nesse período de 40 anos de
organização, um movimento doutrinário diferente, liderado por
um presbítero, dividiu a igreja; os
que deixaram a igreja formaram
a Igreja Presbiteriana Renovada
da Riodades, ficando apenas 38
membros fiéis. Com muita luta
e com a fidelidade desses irmãos
ao Senhor, a igreja voltou a crescer e vive um tempo de alegria e
novos projetos de evangelização,
sob o pastorado do Rev. Ashbell
Simonton Rédua.
Igreja Presbiteriana do Sinai vive um tempo de alegria
Templo da Ig Presb de Bom Conselho, PE
Em 1929, o casal João José de
Oliveira Campos e dona Maria
Oliveira cederam sua casa para
os primeiros cultos evangélicos
na cidade de Bom Conselho,
Pernambuco. Os primeiros cultos foram dirigidos pelos missionários norte-americanos Dr.
Taylor e Dr. Nevelly, vindos de
Garanhuns para evangelizar a
cidade.
Em 1930, a pequena congregação transferiu-se para a Rua Sete
de Setembro, tendo como líderes os senhores Manoel Baptista
de Macedo e José Campos de
Oliveira. Esse primeiro grupo foi
duramente perseguido por católicos radicais, e Manoel Baptista
de Macedo foi expulso da cidade, voltando tempos depois.
Em 15 de março de 1931, a
congregação foi organizada em
igreja. O atual templo, situado à
Praça Dantas Barreto, foi inaugurado em 1946, quando contava
com um número significativo de
membros. Dentre seus membros,
foram ordenados nove pastores.
São eles: Rev. Zenas Campos,
Rev. João Campos, Rev. Cilas
Campos, Rev. Elias Sabino, Rev.
Abel Cordeiro, Rev. Manoel
Cavalcante, Rev. Jason Oliveira
dos Anjos, Rev. Eronides
Baptista e o Rev. Raimundo
Soares. Dentre os presbíteros
destacamos o trabalho do Presb.
Genésio Cordeiro de Moura, que
exerceu o presbiterato durante 42
anos: foi um grande líder local,
deixando um grande exemplo
de humildade e serviço. Foram
organizadas diversas congregações ao logo dos anos, como
Pedra de Fogo, Monte Alegre,
Cohab, Terezinha e Ebenezer.
Esta última já foi organizada em
igreja.
Atualmente, a igreja, com 243
membros (133 comungantes),
pastoreada pelo Rev. Alexander
Oliveira Paes, prossegue em sua
missão de adorar a Deus, pregar
o evangelho, fazer discípulos e
educar para a vivência cristã.
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
Ig Presb de Petrópolis, Rio de Janeiro
Igreja Presbiteriana de Monte Mor, São Paulo
47 anos de evangelização
45 anos de organização
A Ig Presb de Petrópolis
comemorou, nos dias 4 e 5 de
março, mais um ano de organização. O Rev. André Luis
Silva de Albuquerque e o Rev.
Addy Felix de Carvalho foram
os pregadores dos cultos de
gratidão. Participaram, também, o coral da igreja local e
o conjunto de jovens (ministério de louvor), registrando-se a
presença de quase 50 visitantes
de diversas igrejas evangélicas
da cidade.
A Ig Presb de Petrópolis é
Seu início foi em 25 de setembro de 1926, num Ponto de
Pregação, sob a responsabilidade da Igreja Presbiteriana de
Santa Bárbara d’Oeste. Em 24
de maio de 1931, o Ponto de
Pregação passou a ser responsabilidade da Igreja Presbiteriana
de Campinas. Em 9 de outubro
de 1938, foi comprado um terreno no largo Santa Cruz (hoje
Praça da Bandeira) e, em 26 de
novembro de 1939, o templo foi
inaugurado. Em 1953, o Ponto de
Pregação passou à Congregação
Presbiteriana de Monte Mor, e,
finalmente, em 20 de maio de
1961, a Congregação foi organizada em Igreja Presbiteriana de
Monte Mor, com 50 membros
maiores e 48 membros menores.
Os primeiros líderes da Igreja
Presbiteriana foram os presbíteros: Henrique Clemente,
Alfredo Emke e Lázaro Pacheco.
Diáconos: Orlando Pacheco,
Ademar Clemente e Augusto
jurisdicionada pelo Presbitério
Serrano, do Sínodo Serrano
Fluminense, e é o único trabalho presbiteriano numa cidade de, aproximadamente, 350
mil habitantes. Com cerca de
180 membros, é pastoreada,
desde dezembro de 2005, pelo
Rev. Addy Felix de Carvalho,
atual vice-presidente do PSNO
e Secretário Presbiterial do
Trabalho Feminino. O templo
sede fica situado no centro histórico da cidade, à Rua João
Caetano, 210.
Igreja Presbiteriana de Ibiá, Minas Gerais
84 anos de história
A Igreja Presbiteriana de Ibiá,
Minas Gerais, celebra 45 anos
de organização eclesiástica,
porém, são 84 anos de história.
Em 1923, o Rev. Eduardo Lane
realizou um culto na casa do Sr.
José Jerônimo de Oliveira, certamente o primeiro convertido da
cidade. A partir de 1937, o evangelista Armando Bonilha, o Rev.
João Wei e o evangelista Ângelo
Escarell deram seqüência à evangelização na cidade. Em 1948,
o evangelista Saulo Afonso
Miranda assumiu a liderança.
No dia 14 de maio de 1961,
a Congregação Presbiteriana
de Ibiá foi organizada em igreja local. O pastor efetivo na
ocasião era o Rev. Joaquim
Lourenço Correia. Os seguintes pastores serviram à igreja
nos anos subseqüentes: Jaime
Afonso Ferreira; Jucelino Alves
de Araújo, Benjamim Chagas,
Jairo Costa, José Antônio dos
Santos, Jefferson Luís Dimbarre,
Saulo Pinheiro, José Cleber
Calixto e Alírio Pereira da Silva.
A cidade de Ibiá possui cerca de
20 mil habitantes e está situada na
micro região do Alto Paranaíba.
A Igreja Presbiteriana de Ibiá
tem cerca de 150 membros e
é atualmente pastoreada pelo
Rev. Josiel Gonçalves de Matos.
9
Igreja Presbiteriana de Monte Mor, SP
Rutul. Os pastores que deram
assistência espiritual foram:
Erasmo Braga, José Borges dos
Santos Júnior, Felipe Landes,
Américo Justiniano Ribeiro,
Renato Ribeiro dos Santos,
Nephtali Vieira Júnior, Milton
Oton de Alburquerque Leitão,
Osvaldo Soares de Campos,
Valdíveo Farias, Darci Pereira,
Besaliel Fausto Botelho, Ueslei
Fatareli. Atualmente a Igreja é
pastoreada pelo Rev. Antônio
Luiz João e conta com 138 membros comungantes. Possui uma
congregação no Jardim Paviotti
e um trabalho social no Jardim
Moreira.
Igreja Presbiteriana de Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais
Celebra 33 anos e arrecada 700 kg em alimento
Rev. Hernandes ora pela cidade, representada pelo prefeito: Ronaldo Carvalho
Templo da Igreja Presbiteriana de Ibiá
No dia 24 de março, a Igreja
Presbiteriana de Santa Rita do
Sapucaí, MG, celebrou 33 anos
de organização eclesiástica
com um Culto em ações de
graça, no auditório da Escola
Técnica de Eletrônica da cidade. O pregador convidado foi
o Rev. Hernandes Dias Lopes,
presidente da CNE e pastor
da 1.ª Igreja Presbiteriana de
Vitória, ES. Segundo o pastor
da igreja, Rev. Luiz Henrique
Filho “a entrada era um quilo
de alimento não perecível – o
auditório estava repleto, com
cerca de 850 presentes. Foram
arrecadados mais de 700 kg
de alimento e distribuídos à
SACC (Sociedade de Amparo
à Criança Carente) ASILO,
APAE (Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais) e
JUNTA DIACONAL.
Em um momento da liturgia, o Rev. Hernandes orou
pela cidade e pelo prefeito, que
compareceu à cerimônia. A
mensagem “Destinados para a
glória”, uma exposição bíblica
de Romanos 8.26-28, emocionou e edificou a todos os presentes.
10
Brasil PRESBITERIANO
Maio d e 2 0 0 6
Congresso
Brasil PRESBITERIANO
Superando as expectativas, oitocentos homens se encontram em Aracruz, ES,
para o XI Congresso da Confederação Nacional dos Homens Presbiterianos
A
no: 1966. Cidade: Campinas, SP. Reportamo-nos
ao 1.º Congresso Nacional
de Homens Presbiterianos.
Lema: “E vos farei pescadores de
homens” — um profundo significado que aponta para a verdadeira missão do homem presbiteriano: a busca do ser humano com
todos os seus defeitos, angústias,
desesperanças e pecados.
Ano 2006. Cidade: Aracruz, ES.
Lugar: SESC de Praia Formosa.
Quarenta anos já se passaram.
Abre-se o 11º Congresso Nacional
de Homens Presbiterianos. Cerca
de oitocentos homens presbiterianos, vindos das várias regiões do
Brasil, aguardam com expectativa
o evento. Conosco, o Presidente
do Supremo Concílio, Rev.
Roberto Brasileiro, e, também
seu Secretário Executivo, Rev.
Ludgero Bonilha Morais, a liderança da CNHP, Presb. Haroldo
Peyneau, Presb. Adonias Campos,
Vice-presidentes, Secretários,
a Presidente da Confederação
Nacional do Trabalho Feminino,
Sr.ª Anita Heloísa Chagas, o
Secretário Geral do Trabalho de
Adolescentes, Rev. Haveraldo
Ferreira Júnior, e a liderança
do Estado do Espírito Santo,
Presidente do Sínodo Central
Espiritosantense, Rev. Paulo
César de Figueiredo Lacerda. A
festa é nossa, mas é também para
a honra e glória ao Senhor. Hinos
de louvor são entoados, orações
de gratidão são elevadas aos céus,
os estandartes das Confederações
e Federações desfilam pelo recinto. A emoção é grande, a mensagem do Rev. Roberto cala fundo
em nossos corações. O Espírito
de Deus está entre nós. Somos
mais que vencedores!
Quarenta anos se passaram, e o
nosso lema continua o mesmo.
Agradecemos a Deus tão importante Evento, quando reunimos
cerca de 800 homens de várias
partes do Brasil, imbuídos do
mesmo espírito que nos une há
tanto tempo. Queremos lembrar,
aqui, as palavras de apreço do
Rev. Roberto Brasileiro: “As bênçãos que desejamos para a Igreja
Nacional fluirão a partir da igreja
local, no momento em que nossa
estrutura de sociedades internas
Rev. Roberto Brasileiro,
mensagem de abertura
for priorizada e valorizada, bem
assim, quando os presbiterianos,
de um modo geral, amarem e se
comprometerem fielmente com a
Igreja Presbiteriana do Brasil.”
A UPH é parte indispensável
dessa estrutura, e, a despeito das
dificuldades, vem exercendo um
ministério valioso para a vida de
nossa Igreja e para a expansão
do Reino de Cristo no Brasil. Os
Homens Presbiterianos têm sido
peças fundamentais, vasos de
honra nas mãos do Senhor, para
abençoar toda a Igreja. Homens
valorosos como os presbíteros
Haroldo Peyneau e Adonias
Campos, que, com espírito empreendedor e dinamismo, lançaram
propostas de grande relevância
para as nossas UPH’s, tais como:
Acerte o Alvo; Homem, levanta
e clama; Cartilha da UPH. Mais
de 50.000 de O Novo Testamento
evangelístico já foram distribuídos, e foi consolidada a Revista
Proposta, com tiragem média de
2.000 por edição. Por tudo isso,
damos graças a Deus.
Palavra do Secretário Geral
“Os Homens Presbiterianos
engajados em suas UPH´s vêm
confirmando a cada dia o entendimento claro de sua posição
de liderança, e a necessidade
de consagração de vida para
o fortalecimento da família e
um crescimento saudável da
Igreja Presbiteriana do Brasil.
Foi um quadriênio muito abençoado, onde os ensinamentos
aprendidos com o nossa tema
Sacerdócio Real e seus subtemas Sacerdócio Santo, na
Família, na Igreja e Universal,
nos capacitou a sermos melhores
servos, no cotidiano de nossas
vidas. Mas o grande desafio
continua sendo o de fazer todos
os Homens Presbiterianos de
nossas Igrejas acreditarem no
trabalho em UPH e se aliarem a
nós no fortalecimento de nossas
Igrejas. Temos muita expectativa para esse próximo quadriênio, com a Graça de Deus e
muita obediência, o Trabalho
Masculino da IPB haverá de se
consolidar definitivamente, para
Honra e Glória do nosso Deus.
Ore cada vez mais pela liderança do Trabalho Masculino.”
Pb. Haroldo Peyneau, Secretário
Geral do Trabalho Masculino
da IPB.
Revista Proposta - UPH
“Creio que os objetivos da
Revista Proposta – UPH foram
11
Confederação Nacional dos Homens
Presbiterianos elege nova diretoria
XI Congresso de UPHs
LIDIEL SCHERRER
DO CNHP DE ARACRUZ, ES
Maio d e 2 0 0 6
DA REDAÇÃO
alcançados e damos graças a
Deus por isso. Reporto-me aos
idos de 1999 quando recebemos
a incumbência de colaborar na
Revista Proposta mais aprendendo do que tendo a dar. Muitos
foram os que estiveram conosco
ao longo desses anos colaborando para o êxito da revista.
Desde o pessoal competente e
prestativo da CEP até o nosso
presidente, o amado Pb. Adonias
Campos, com quem a convivência tornou-me um ser humano melhor, um crente melhor,
aprendi com o amado a beleza
da simplicidade do olhar singelo. Novos horizontes virão,
novos desafios nos esperam,
mas a vontade de vencer continua a mesma. No quadriênio
2002 – 2006 foram 16 edições,
48.000 exemplares e média de
2.000 assinantes. Cumprimos
nosso dever. Por isso louvamos
a Deus.” Pb. Júlio Cícero Prates
e Silva, Secretário de Imprensa
Preletores do XI
CONGRESSO DA CNHP
Rev. Roberto brasileiro silva,
presidente do Supremo Concílio
da IPB, pastor da Ig. Presb. do
Bairro Constantino, Patrocínio,
MG; Rev. Guilhermino Cunha da
Silva, pastor da Catedral Presb.
do Rio de Janeiro, RJ; Dr. Heber
Carlos de Campos, professor do
Centro de Pós-graduação Andrew
Jumper; Rev. Hernandes Dias
Lopes, presidente da Comissão
Nacional de Evangelização e
pastor da Primeira Ig. Presb.
de Vitória, Vitória, ES; Rev.
Jedeias de Almeida Duarte, pastor da Ig. Presb. Jardim Pérola,
Governador Valadares, MG, presidente do Sínodo Rio Doce.
Colaboração: Júlio Cícero Prates
e Silva e Wagner José Martire
NOVA DIRETORIA DA CNHP QUADRIÊNIO 2006-2010
Presidente: Pb. Paulo Roberto da Silveira Daflon
Secretário Executivo: Pb. Luiz Carlos Soares
1º Secretário: Pb. Marcos de Almeida
2º Secretário: Pb. José Roberto Albrecht
Tesoureiro: Pb. Rui Carlos de Mattos Griffo
Vice - Pres. Região Sudeste: Pb. Wagner José Martire, SP
Vice - Pres. Região Sul: Pb. Benaí Augusto de Souza, PR
Vice - Pres. Região Centro Oeste: Pb. Marco Antonio Martins, DF
Vice - Pres. Região Nordeste: Pb. Murilo Costa, PA
Vice - Pres. Região Norte: Pb. Eli Teixeira Pascoal
O novo presidente da Confederação Nacional dos Homens
Presbiterianos (CNHP) é o Pb. Paulo Roberto da Silveira Daflon,
aposentado, casado há 30 anos com Nilcéia da Costa Daflon, pai
de três filhos, presbítero da Ig Presb de Vilar Novo, em Belford
Roxo, RJ, e presidente do Presbitério Belford Roxo (PRBR). Após
sua eleição no XI Congresso da CNHP, em Aracruz, ES, ele deu a
seguinte entrevista ao Brasil Presbiteriano:
JBP – Essa eleição para presidente da CNHP foi uma surpresa
para o Sr., ou foi um acontecimento previsto?
Daflon – Foi uma meia surpresa. Já abrigava no meu coração o
desejo de candidatar-me à presidência da Confederação Nacional.
Eu era praticamente desconhecido fora da minha região, mas
contei com o carinho, a simpatia e o testemunho daqueles que
conhecem o meu trabalho.
JBP – A UPH é uma das sociedades internas da Igreja
Presbiteriana do Brasil mais questionada. Há igrejas que não têm
e não querem a UPH. O que o Sr. pensa em fazer para mudar esse
quadro?
Daflon – Quando me perguntaram na comissão de candidatos se
eu pretendia mudar alguma coisa no trabalho da CNHP, eu disse
que pretendia acrescentar. Meu plano de trabalho é o fortalecimento das UPHs. UPHs fortes, federações fortes, sinodais fortes.
Pretendo usar os meios de comunicação da IPB, suas agências,
revistas, o jornal oficial, e tudo o que estiver à nossa disposição para um trabalho, uma chamada ao crescimento das UPHs,
convocando pastores e presbíteros para essa verdadeira cruzada.
Usar nossos secretários, atividades da mesa, fazer uma chamada
nacional, convergindo para o fortalecimento das UPHs, mudando
o quadro de um enorme número de homens nas igrejas e poucos
nas UPHs.
JBP – A liderança dos oficiais dentro da IPB é toda masculina;
assim, numa igreja média, de dez a quinze homens que poderiam
liderar a UPH, a maioria já está no Conselho e na Junta Diaconal.
Ou seja, muitos já estão bem ocupados. Com a escassez de tempo,
dizem: “Já estou muito ocupado e não tenho tempo para me
envolver com uma sociedade interna em particular.” Como o Sr.
vê essa situação?
Daflon – Essa é uma realidade. Eu sei que os homens com perfil
de liderança já estão envolvidos nos Conselhos e Juntas Diaconais,
porém, é preciso fazer com que compreendam que o Conselho e
a Junta são órgãos de administração da igreja, um trabalho direcionado ao cuidado do rebanho, envolvimento com os problemas
das pessoas, a doutrina, as causas sociais, mas a UPH é um local
adequado para tratarem de si mesmos, é uma força de integração.
É preciso desafiá-los a encontrar tempo e ter na UPH um local de
comunhão e busca dos interesses dos homens, e uma forma de
discutir seus problemas e necessidades. A UPH é um local onde os
homens podem se conhecer melhor e interagir com outros homens
presbiterianos, de outras igrejas presbiterianas.
JBP – Agora eleito, o que o Sr. pretende fazer imediatamente?
Daflon – A princípio, estamos convocando a diretoria para, no dia
30 de maio, tomar posse da documentação que temos, pensar na
reunião da executiva, montar os planos para o quadriênio, nomear
assessores, cuidar dos planos e estratégias, enfim, arregaçar as
mangas para o desafio que é fazer crescer o trabalho masculino na
Igreja presbiteriana do Brasil.
Contatos com o presidente da CNHP:
Telefone residencial: 21-2662-2216; celular: O21-9775-4822;
e-mail: [email protected]
12
Maio de 2006
Brasil PRESBITERIANO
Aconteceu
Pedaladas & Comunhão
Passeio de bicicleta se transforma em
evangelização
O grupo Night Bikers, da Igreja Presbiteriana
das Graças, em Recife, PE, reúne vários
ciclistas que, além do passeio e exercício
(uma vez por semana) cria novas amizades
e promove comunhão e evangelização.
Tudo começou com as pedaladas aos
sábados; e, com o crescimento do grupo,
surgiu a idéia de compartilhar o passeio
com outras pessoas de diferentes igrejas. A
idéia inicial foi de Silvio Romero, Humberto
Santos Jr., Heber Carlos e Walace Minelle.
O encontro acontece todas as segundasfeiras (saída em frente à Igreja Presbiteriana
das Graças, às 20h45).
Segundo Sílvio Romero, líder do grupo, o
roteiro é variável, mas o trajeto é sempre
entre 25 e 30 km. Existe a parada no meio
do percurso para descanso e bate-papo. “A
idéia inicial era promover comunhão entre
as igrejas. Com o interesse de várias pessoas não evangélicas, decidimos evangelizar durante o passeio. Fazemos convites
para programações na igreja, distribuição
de Bíblias, panfletos etc.”.
Sílvio Romero e Rev. Sávio
Para o Rev. Sérgio Saeger Victalino de
Mello, pastor da igreja, o Night Bikers, além
de evangelizar, passa uma imagem positiva
do povo evangélico na cidade: “Mostra que o
crente passeia, anda de bicicleta, diverte-se,
e mantém o seu amor por Jesus. O grupo
tem crescido e atrai pessoas até mesmo de
outras cidades; algumas pessoas já participam de outras atividades da igreja e se
interessam em conhecer mais a Cristo.”
Contatos: http://nightbikers.multiply.com
Paradas para descanso e
evangelização
Inaugurada mais uma Igreja
Presbiteriana no Paraná
O sonho de implantar uma igreja na cidade
de Sabáudia, PR, começou no ano de 1966.
Porém, a tentativa não foi adiante. Crentes
provenientes da Ig Presb de São João da
Cristina, MG, instalaram-se na zona rural de
Pau D´Alho, e ali construíram um templo. A
partir de então, o Senhor levantou o evangelista Ailton Batista do Santos, um simples
agricultor, para expandir o presbiterianismo
na área urbana.
A nova congregação na cidade cresceu
e foi pastoreada pelos reverendos Aníbal
Pereira Filho, Rogério da Costa (titular) e
Aloísio Antônio Lopes (auxiliar), da igreja
mãe. Nos anos de 2004 e 2005, desenvolveu-se um trabalho de estruturação, visando a organização da igreja, e, no dia 19 de
fevereiro, o Rev. Aloísio assumiu a direção da congregação, que foi organizada
em igreja pelo presbitério Norte Novo do
Paraná (PNNP).
Hoje, a Ig Presb de Sabáudia tem feito diferença na cidade. Participa da coordenação
do programa governamental de distribuição
de leite, ampara os filhos de mulheres que
precisam trabalhar (projeto Crescer Melhor),
além de se envolver nas programações cívicas, culturais e sociais do município. O prefeito da cidade de Sabáudia, Almir Batista
do Santos, faz parte do rol de membros da
igreja. É bacharel em teologia e diácono
em disponibilidade. Todas as segundasfeiras, de manhã, o Rev. Aloísio dirige uma
devocional na prefeitura, e, às terças-feiras,
numa fábrica da cidade.
Presbitério de Volta Redonda
evangeliza população local
No dia 13 de abril, às 17 horas, as igrejas que compõem o Presbitério de Volta
Redonda fizeram entrega de folhetos na
Vila e imediações da Praça Brasil, em Volta
Redonda. Os membros das igrejas aproveitaram a ocasião para convidar pessoas a
ouvirem uma mensagem especial do Rev.
George Canelhas, pastor da Ig Presb da
Lapa, em São Paulo. O culto evangelístico
foi realizado no auditório da Universidade
Federal Fluminense, às 19 horas, e o tema
da mensagem foi “O verdadeiro sentido
da Páscoa”. O evento contou ainda com
a participação do Quarteto da 2.ª Igreja
Presbiteriana de Volta Redonda e de um
Coral formado por diversos irmãos das IPBs
do Presbitério de Volta Redonda.
Uma nova igreja no sul da Bahia
Uma nova igreja presbiteriana foi organizada nos dias 11 e 12 de março de 2006,
em Coaraci, BA. A Comissão organizadora foi a mesma Comissão Executiva do
Presbitério de Itabuna: Presb. Vicente Lúcio
Gouveia de Deus – Presidente; Presb.
Rosalvo Borges Barreto – Vice-presidente;
Rev. Gerson Teixeira Cruz – 1.º Secretário;
Rev. Arnou Sena Lôbo – Secretário de
Atas; Rev. Idelfonso Trindade – Tesoureiro;
Presb. Sidney Silva dos Santos – Secretário
Executivo. O preletor oficial foi o Rev. Marcos
Antônio Almeida Paixão, pastor da Igreja
Presbiteriana Memorial de Governador
Valadares.
Há 11 anos, o trabalho presbiteriano
teve início em Coaraci, na residência do
casal Presb. Deosdete Mendes de Jesus e
Anadélia Marques Teixeira de Jesus, com
apenas quatro pessoas. Em janeiro de
1996, o evangelista Waldérico Santana
Filho assumiu o trabalho, já com 25 membros. Hoje, entre membros comungantes,
não comungantes e congregados, existem
cerca de 280 pessoas. Os irmãos agora
estão trabalhando para a construção do
templo, na certeza de que, brevemente,
estarão realizando outra festa, sua inauguração.
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
13
Aconteceu
Celebração do Dia do Homem
Presbiteriano
Confederação do Sínodo de
Piratininga
A Confederação Sinodal do Trabalho
Masculino do Sínodo Piratininga celebrou,
no dia quatro de fevereiro, no templo da
Igreja Presbiteriana de Vila Mariana, SP,
um culto em ações de graça pelo Dia
do Homem Presbiteriano. O Presb. Júlio
Cícero Prates e Silva, secretário de imprensa da Confederação Nacional dos Homens
Presbiterianos (CNHP), disse: “Além da
beleza das vozes do Coral Masculino de
Cantores Evangélicos, que emocionou os
presentes, fomos abençoados pela mensagem profética do Rev. Lindberg Clemente
de Moraes, que fez um paralelo entre o
comportamento do homem e seu relaciona-
de Lacerda (Presidente da Confederação
Sinodal); e da Confederação Nacional
dos Homens Presbiterianos: Pb. Adonias
Campos (Presidente), Pb. Lidiel Scherrer
(Sec. Executivo), Pb. Júlio Cícero Prates
e Silva (Sec. de Imprensa) e Pb. Haroldo
Peyneau (Secretário Geral do Trabalho
Masculino da IPB).
Público no templo da Ig. Presb. de
Vila Mariana, SP
mento com as coisas do mundo e a igreja.”
A celebração teve a presença da liderança
do Sínodo Piratininga: Rev. Gecy Soares
de Macedo (Presidente), Rev. Eliezer B.
Marra (Sec. Sinodal) e Pb. José Lélis
Em Limeira, SP, rua ganha nome de
Rev. Josias Rosa
A Câmara de Vereadores da cidade de
Limeira, SP, aprovou lei, promulgada posteriormente pelo prefeito Pedrinho Kuill,
que dá nome de Rev. Josias Rosa (ministro presbiteriano que trabalhou em vários
presbitérios de Minas Gerais, São Paulo e
Espírito Santo) à rua da entrada principal
do Bairro Jardim Lagoa Azul.
Memória e Saudade
Suênia Keilla Carneiro Ximenes
Suênia Keilla Carneiro Ximenes foi chamada à presença de Deus, após um longo sofrimento, no dia oito de abril. Suênia era muito
querida na Igreja Presbiteriana do Brasil,
onde ocupava a presidência do Conselho
de Hinologia, Hinódia e Música. Era muito
atuante na sua Igreja Presbiteriana da
Madalena, no Recife. Deixa viúvo o Presb.
Leonardo Ximenes e três filhos, Leonardo
Jr., Rev. Luciano e Leandro. Os ofícios fúnebres foram realizados na Igreja da Madalena
e na Primeira Igreja Presbiteriana de João
Pessoa; falaram, nessas ocasiões, os Revs.
os Revs. Edijéce Martins, Marcos Lins e
Luciano Ximenes.
Suênia Keilla Carneiro Ximenes
Falecimento do Presb. Arteme Lopes
No dia 8 de março, faleceu o presbítero
Arteme Lopes. Nascido em 7 de janeiro de
1941, em Sodrelândia, distrito de Trajano
de Morais, Rio de Janeiro, mudou-se ainda
adolescente para Alto Rio Novo, em 1957.
Converteu-se ao evangelho na igreja local
e, em abril de 1959, realizou sua pública
profissão de fé com o Rev. Antônio Nunes de
Carvalho. Sua eleição para presbítero aconteceu aos 24 anos de idade. Por seus 41
anos de atividade como presbítero, recebeu
o título de Presbítero Emérito. Deixa esposa,
dona Denilda Eler e cinco filhos.
Rev. Josenir Gomes da Silva
O Rev. Josenir Gomes da Silva, faleceu
em 12 de dezembro de 2005, a três anos da
sua jubilação, depois de um longo e intenso
trabalho pastoral na Igreja Presbieriana do
Brasil
Era de um espírito de muita generosidade,
compaixão, paciência, serviço e humildade.
Considerava que o plano de Deus para a
sua vida era soberano. No atendimento às
pessoas, era ímpar, incansável, dedicado.
Visitador, levava o consolo do Senhor aos
corações. Foi o braço que Deus usou para
reconstruir muitos relacionamentos. Com
sua facilidade enorme em perdoar, estava
sempre pronto a fazer algo de novo, com o
objetivo de aproximação e harmonia.
Nascido em Cuiabá, estado do Mato Grosso,
filho do presbítero José Gomes da Silva e
Judith Soares de Lima Gomes. Converteu-
se aos 18 anos e logo fez profissão de fé.
Casou-se com Carmen Alves Gomes da
Silva. Cursou o JMC em Jandira, SP e depois
o Seminário Presbiteriano de Campinas,
sendo ordenado em 14 de janeiro de 1968
aos 30 anos. Pastoreou, ao longo dos seus
37 anos de ministério sagrado, as igrejas
central de Corumbá (Mato Grosso do Sul);
Igreja Central de Campo Grande e do Bairro
Amambaí; Araraquara, SP; Ribeirão Preto,
SP; em Sertãozinho, SP, pastoreou concomitantemente sete trabalhos congregacionais,
incentivando assim, quando presidente do
Sínodo do Oeste de São Paulo, o trabalho de
expansão das igrejas, e a Igreja Jardim das
Oliveiras na cidade de São Paulo. Pastoreou
ainda a igreja Presbiteriana do Boqueirão,
PR; Ibaté; Bariri; Itapeva e Araçatuba novamente no estado de São Paulo. Foi diretor
e capelão do colégio agrícola presbiteriano
do Buriti, em Chapada dos Guimarães no
Mato Grosso. Foi também diretor do Colégio
Estadual do Rio Branco em Campo Grande,
MS.
Rev. Josenir, Juzi para os íntimos, morreu
a três anos da sua jubilação, que estava
sendo preparado com zelo por aqueles que
o amava, esposa, filhos, parentes, amigos e
igreja local. Mas o Senhor desejou diferentemente e o levou para Si. A ele se aplicam as
palavras de Paulo: “Combati o bom combate,
completei a carreira, guardei a fé.”
14
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
Ação Social
Promover a assistência social, educacional, a ética cristã, a paz, a cidadania e
valores morais com base bíblica
Ig Presb de Prudente inaugura Projeto Semear
Luiz Carlos dos Santos
DE PRESIDENTE PRUDENE
O
Projeto Semear, inaugurado nas dependências da Congregação
da Igreja Presbiteriana no
Jardim Panorama em Álvares
Machado, SP se propõe a
atender crianças carentes
de 7 a 12 anos que estejam
matriculadas na Rede Pública
de Ensino, residentes no Jd.
Panorama e Pq. dos Pinheiros
e oferecer alimentação e
reforço escolar.
O Projeto Semear foi
inaugurado
oficialmente no último dia 18 de, na
Congregação Presbiteriana
do Jd. Panorama em Álvares
Machado, um culto público de ações de. Estiveram
presentes membros da
Igreja Presbiteriana Central
de Presidente Prudente, da
Congregação do Jd. Itaipu
e da Igreja Presbiteriana de
Vila Geni que apoiam financeiramente e com voluntários o projeto. Autoridades
convidadas pela diretoria do
Semear, como o Sr. Antônio
Silva (Secretário de Educação
de Álvares Machado - representando o prefeito), o Sr.
Antônio Pereira (Presidente
da Associação de Moradores
dos bairros Panorama e
Pinheiros), o Sr. Alcir Naudi
(representante do Rotary
Club de Álvares Machado),
e demais representantes de
Instituições ligadas à comunidade Machadense, bem como
pais e crianças beneficiadas
pelo Projeto, além de convidados da comunidade local.
A festividade de inau-
Crianças se preparando para a tarefa escolar
guração teve um culto de
ações de graças, dirigido
pelo Rev. Ismael Andrade
Leandro Jr. (pastor titular da
Igreja Presbiteriana Central
de Pres. Prudente); a palavra ao Sr. Francisco Lázaro
Dorigão Peres (Presidente da
Diretoria do Projeto Semear e
Presbítero da IPB Prudente),
que explicou os objetivos
do Semear; apresentação
dos demais membros da
Diretoria: Sr. Paulo Sérgio
Medeiros (Vice-Presidente),
Sr. Jurandir José dos Santos
(Primeiro Secretário), Sra.
Berta Lúcia Alves de Oliveira
(Segundo Secretário), Sr.
Mauro Anderson Delfim
(Primeiro Tesoureiro), Sr.
Marcos Rogério de Oliveira
(Segundo
Tesoureiro),
todos membros da Igreja
Presbiteriana Central de
Presidente Prudente.
Como convidada palestrante a Sra. Valéria Gomes
de Andrade, Presidente do
Projeto Esperança da Igeja
Presbiteriana de Dracena,
que já conta com dez anos
de existência, falou sobre os
desafios da ação social cristã.
O Projeto Esperança serviu
de inspiração para os fundadores do Projeto Semear. No
final do culto o Rev. Ismael
declarou oficialmente o início do Projeto Semear. Em
seguida, após o culto houve
um pequeno coquetel para os
presentes.
Profas. Marta e Simônica (hora do lanche)
O Projeto Semear foi criado pela Igreja Presbiteriana
Central
de
Presidente
Prudente, o qual já tem seu
Estatuto Social devidamente
registrado em Cartório, bem
como já está em posse do
seu CNPJ cadastrado junto a
Receita Federal. A Diretoria
do Projeto tomou todas as
providências necessárias
para que o Projeto tivesse
seu início no dia 20 de março
(segunda-feira) com tudo
legalizado.
O Projeto Semear pretende
promover a assistência social
e educacional, promover a
ética cristã, a paz, a cidadania e valores morais universais. Todas estas áreas serão
tratadas com bases bíblicas,
“pois cremos que a Bíblia “é
inspirada por Deus e útil para
o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça.” Diz o Rev.
Ismael.
O Projeto Semear funciona nas dependências
da Congregação da Igreja
Presbiteriana no Jardim
Panorama (Álvares Machado/
SP), de segunda à sexta-feira,
das 13h00 às 17h00 e seus
objetivos principais são:
Atender crianças carentes
de 7 a 12 anos que estejam
matriculadas devidamente na
Rede Pública de Ensino, residentes no Jd. Panorama e Pq.
dos Pinheiros; oferecer além
de alimentação, reforço escolar, princípios de cidadania
e ética cristã. O Projeto dispõe de uma professora, uma
auxiliar e algumas voluntárias para, de início, atender a
quinze crianças.
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
15
Notícias
Missões na Espanha
Nossos missionários na Espanha, Rev.
Everton e Nayra, contam, de Sevilla, que foi
realizado um culto especial em sua igreja.
Felizes, eles dizem: “Havíamos pedido as
orações dos irmãos em favor da realização desse culto, e Deus nos respondeu de
maneira maravilhosa, pois esperávamos 30
pessoas, mas tivemos 37 no total. Após o
culto, a igreja ofereceu um grande almoço.
Foi uma verdadeira alegria e o encontro, que
começou às 11 horas da manhã, foi até às
5 horas da tarde.” O pregador do culto foi o
presbítero Ignacio, da igreja de Huelva, onde
Rev. Everton faz os atos pastorais. Irmãos da
igreja, ajudados por Nayra (no violão) dirigiram o louvor. Dentre os visitantes, estiveram
presentes um nigeriano, que desmonstrou
interesse em freqüentar os cultos.
Outra boa notícia é que o Rev. Everton e sua
esposa receberam a visita do Presidente e da
Tesoureira da Fundação “Sevilla Acoge”, que
trabalha com imigrantes deste 1985, e foi a
primeira associação criada na Espanha, sem
Culto na Ig Presb de Sevilla
fins lucrativos. Os visitantes viram a possibilidade de utilizar o salão de culto para algumas
de suas atividades, deram aos missionários
ótimas sugestões de como conseguir alimento para as famílias carentes, e como ter mais
acesso às associações do bairro. “Contar
com o apoio de uma Fundação espanhola é
uma bênção, pois precisamos de apoio para
conseguir espaço e credibilidade na sociedade. É um processo lento, mas confiamos que
Deus está à nossa frente e estamos seguros
de que a Sua vontade será realizada”, disse
o Rev. Everton.
Rev. Everton Pita Tavares
[email protected]
Missões na Itália
Encontra-se na Itália, desde o ano de 2005,
na cidade de Torino, o Rev. Humberto William
Arisa de Oliveira e sua família. De lá, ele
escreve: “O que vemos aqui na Itália são
algumas igrejas evangélicas agonizantes,
representadas por 0.9% da população; 95%
dos municípios não têm igreja evangélica
identificada. O catolicismo conserva traços
medievais, quanto a festas e domínio político/
territorial, sem atuação espiritual viva, o que
não venham para a Europa, pois a situação
aqui é tão difícil quanto no Brasil.”
Rev. Humberto William Arisa de Oliveira
Email: [email protected]
Missões entre os índios
As notícias sobre o campo missionário entre
os índios brasileiros chegam de Manaus, por
meio do Rev. Ronaldo Lidório:
Os missionários Cácio e Elisângela, que viajavam pelo Rio Negro, foram vítimas de um
naufrágio. Mas, pela graça de Deus, foram
salvos e passam bem. Flávio e Mara estão
retomando o trabalho no Cuieiras e vendo
as possibilidades de início da construção
da casa missionária. Márcio e Isaura estão,
Rev. Humberto e família
transformou a nação em um país secularizado, materialista e praticamente ateu.”
Torino é uma metrópole com quase dois
milhões de habitantes, e enfrenta grandes
necessidades, decorrentes da sua posição
geográfica e proximidade com países do
leste europeu. Milhares de imigrantes intensificam os problemas religiosos e sociais da
cidade (drogados e depressivos, além da
prostituição – grande número de brasileiras).
Rev. Humberto precisa de nossas orações
para: 1) Continuar trabalhando para legalizar
o trabalho Presbiteriano na Itália; 2) Realizar
três retiros com o grupo; 3) Viajar ao Brasil,
em maio, para pedido de visto (passagem e
gastos com a documentação necessária); 4)
Necessidade de se ter um visto religioso (a
parte importante da legalização do trabalho
da IPB na Itália); 5) Continuar o aprendizado
da língua e da cultura; 6) Crescimento do
grupo, especialmente pelo italiano, Franco,
recém-convertido, e Leonardo, que estava
afastado e voltou a se reunir com eles; 7) Por
sua família.
Rev. Humberto ainda nos informa o seguinte: “Muitos imigrantes vêm para a Itália alimentados pela esperança de riqueza, e acabam enfrentando situações de miséria e
desespero... Aconselho aos ‘sonhadores’ que
Rev. Ronaldo Lidório
agora, dando os primeiros passos para a ida
à Inglaterra. Chico e Rose reassumiram os
trabalhos em São Gabriel e iniciaram o estudo da língua.
Jacinto e Felícia continuam firmes no propósito do trabalho com os Tariano, no Negro.
Jaime e Cleidinha gostariam de se envolver
com um trabalho pioneiro de plantio de igrejas. Iraque e Silvéria continuam cooperando
ativamente com o campo, auxiliando no trabalho em Manaus.
Em lenta recuperação da queda que sofreu,
Rev. Ronaldo está trabalhando para alugar
um escritório e preparar a base para o novo
momento de expansão do campo, com a
chegada de vários novos missionários nestes
2006/2007.
Ronaldo Almeida Lidório
E-mail: [email protected]
16
Maio de 2006
Missões TV
Brasil PRESBITERIANO
Além do Gente que Crê, e dos programas de Luz Para o Caminho, a IPB lança, em
rede nacional, o Programa Verdade e Vida
IPB lança mais um programa em rede nacional
L
uz Para o Caminho,
um ministério da Igreja
Cristã Reformada e da
Igreja Presbiteriana do Brasil,
produz vários programas de
rádio que são veiculados em
cerca de cem emissoras, e,
com o patrocínio de igrejas locais; produz o programa Cada Dia, veiculado na
BAND Minas e outras emissoras e num esforço sem precedentes, a Rede Presbiteriana
de Televisão (RPC) colocou
no ar o Gente que Crê, um
programa de dois minutos Pb. Daniel Sacramento (à direita) entrevista o
em rede nacional, que, ao Rev. Adão Carlos do Nascimento
ser veiculado, gera milhares
JBP – Sempre houve vonta- recursos?
de chamadas. A Comissão
Numa iniciativa da Comissão
Nacional de Evangelização de de se ter um programa de
TV
da
Igreja
Presbiteriana
Nacional
de Evangelização, a
(CNE), estimulada pela
Mesa do Supremo Concílio, do Brasil em rede nacional Mesa do Supremo Concílio
em cooperação com a RPC, de televisão, por que somente entrou em entendimento
colocou no ar, pela REDE agora isso se tornou possí- com a Rede Presbiteriana de
Comunicação e alocou uma
TV, em cadeia nacional, o vel?
Creio que, finalmente, a verba inicial para um prograprograma Verdade e Vida. O
Rev. Hernandes Dias Lopes, igreja amadureceu essa idéia ma em rede nacional. A verba
presidente da CNE, falou ao e decidiu investir nesse pro- foi suficiente apenas para um
Brasil Presbiteriano sobre jeto. A igreja hoje está, eu programa de meia hora na
creio, mais consciente e com- Rede TV. Mas nossa expecessa iniciativa.
prometida com essa bandeira tativa é de que os membros
de proclamação do evangelho da igreja se mobilizem e conpela mídia. Sempre houve tribuam para que essa iniciabarreiras de custo, produção e tiva se amplie. Há milhares
formato do programa. Depois de presbiterianos que contride várias tentativas, o nosso buem para outros programas
presidente, Rev. Roberto evangélicos na TV. Poderiam,
Brasileiro, disse em uma de agora, sustentar o seu próprio
nossas reuniões: “Temos o programa, por que não?
JBP – Como é o programa
desejo, a visão, algum recurso, e o programa de TV e por que o modelo escolhinão sai. Alguém tem que se do?
O programa tem como
dispor a fazer”. Houve um
silêncio entre os presentes. prioridade a proclamação
Levantei minha mão e disse: do evangelho, e que alcance
“Eu faço”. Sabia do desafio e também os membros (edifidos inúmeros compromissos cação e consolo); o programa
que tenho, mas aqui estamos tem uma exposição da Bíblia,
de pelo menos 15 minutos,
nós com o programa no ar.
JBP – De onde vêm os pois acreditamos que a Bíblia
tem a resposta para os problemas das pessoas e do nosso
país. O programa não está
centrado numa pessoa, mas
na palavra de Deus.
JBP – Qual é a diferença
entre o Verdade e Vida e o
Gente que Crê, também em
rede nacional e da IPB?
Ambos atendem ao mesmo
propósito, mas o Verdade e
Vida, além de um horário
definido, podendo assim ser
assistido pelos membros da
igreja, e estes podem convidar outros a ouvir, tem mais
tempo para uma exposição
ou uma iniciativa que vai
permanecer por um longo
tempo?
Estou seguro de que é uma
iniciativa que vai permanecer
por um longo tempo. A igreja
deve dar passos para frente
e nunca parar ou recuar. A
proclamação do Evangelho
é a missão da igreja, e a
mídia é o instrumento mais
eficaz para se alcançar o
maior número de pessoas. Os
recursos estão nas mãos do
povo de Deus. Alguém disse
que “quando a obra de Deus
é feita do modo de Deus,
Rev. Hernandes, presidente da CNE
mais aprofundada da Bíblia.
O Gente que Crê, por ser
curto, é transmitido num
horário mais nobre, sendo
assistido por uma audiência
muito maior e que, às vezes,
não pararia para ouvir uma
mensagem bíblica maior.
Mas a semente é lançada da
mesma forma e o nome da
Igreja Presbiteriana do Brasil
se torna mais conhecido,
nacionalmente.
JBP – O programa Verdade
e Vida é um projeto curto
não faltarão os recursos de
Deus”. Quando as igrejas e
seus membros tiverem convicção de que a IPB está
avançando na evangelização,
eles serão mais solícitos em
responder financeiramente.
Quem deseja contribuir
para o Verdade e Vida
pode depositar sua contribuição na seguinte conta:
Banco do Brasil
Agência 4442-3
Conta 7000-9
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
CEP
Os lançamentos da Casa Editora Presbiteriana – Editora Cultura Cristã
Uma perspectiva cristã sobre
a homossexualidade
De todo o teu entendimento
Gene Edward Veith, Jr.
Editora Cultura Cristã – 2006,
144 páginas.
Valdeci da Silva Santos
Editora Cultura Cristã – 2006,
80 páginas.
Em qual área é mais difícil ser crente atualmente? Em qual área o Cristianismo é
mais desafiado? Veith aborda o desafio de
se viver como crente numa cultura intelectualmente hostil a Deus, sem se adotar um
isolacionismo fácil e inadequado, mas sem
também nadar de braçada na corrente do
pensamento e das idéias da nossa época.
Num livro destinado a estudantes e em geral
a crentes que pensam, o autor discorre
sobre o que ele chama de experiência de
Daniel e seus amigos na Universidade da
Babilônia, extraindo princípios de conduta e
em seguida ampliando-os a aplicando-os de
modo extremamente útil para o crente hoje.
Grupos de leitura na igreja poderão discutir esse livro, especialmente estudantes do
Ensino Médio e Universitários.
A maioria dos homossexuais e seus simpatizantes não liga a mínima para a Bíblia.
Mas, para espanto dos crentes, há os defensores de um chamado movimento gaycristão, prontos para brandir versículos e
interpretações bíblicas que supostamente
tornariam os cristãos simpatizantes com
gays e lésbicas. Esse trabalho mostra que
se trata, obviamente, de um erro; expõe o
ensinamento bíblico sobre o homossexualismo e a responsabilidade da igreja nessa
área. Trata-se de publicação extremamente
oportuna.
Excelente livro para estudos e debates nas
UPAs e UMPs (sem esquecer, é claro, as
SAFs e UPHs!).
Jonathan Edwards e o
avivamento brasileiro
Luiz Roberto França de Mattos
Editora Cultura Cristã – 2006,
208 páginas.
Existe um avivamento brasileiro? Podemos
classificar desse modo o crescimento da
igreja evangélica nos últimos tempos? Aliás,
como avaliar avivamentos em geral? O saudoso Rev. Luiz Mattos preparou um cuidadoso trabalho que muito poderá ajudar a
liderança presbiteriana. Partindo da experiência histórica e da análise insuperável de
Jonathan Edwards, Mattos ofereceu aos
líderes da IPB um material de valor inestimável pela sua relevância e aplicação atual.
Excelente ferramenta para uso das lideranças locais, Conselhos de igrejas e presbitérios.
17
18
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
Vida Cristã
Anote tudo o que gastar — é preciso saber onde vai o dinheiro
Dívidas – Como sair dessa prisão?
endividados se tornam entre os que se compro- corajosamente contra o
alvos fáceis de comentá- metem e ficam por fia- endividamento; lutar para
or que fazemos dívi- rios maldosos. Quem gasta dores de dívidas, pois se não cair nas armadilhas
das? Urgência? Algo o que não tem, e avaliza as não tens com que pagar, do mercado de consumo.
de extrema impor- dívidas de outros, transfor- por que arriscas perder a E quem está endividado
tância? Gastos excessi- ma-se em objeto de piadas. cama de debaixo de ti?” deve desejar, ardentemenvos no cartão de crédito? Diz a Bíblia: “Não estejas (Pv 22.26). É preciso lutar te, se livrar das dívidas,
Dinheiro emprestado de
agiotas? Financeiras?
Verdadeiras ciladas estão
UGESTÕES PARA SE LIVRAR DAS DÍVIDAS
à nossa volta, estimulando-nos a gastar aquilo que
1. Faça um cuidadoso levantamento de sua renda mensal, veja qual o total
não temos: cartazes, mala
direta, panfletos, comerde sua dívida, e converse com a família;
ciais tentadores no rádio e
2. Anote tudo o que gastar — é preciso saber onde vai o dinheiro;
na TV, oferta de emprés3. Procure os credores e negocie uma forma melhor de pagamento;
timos, cartões de crédito
sem burocracia, consór4. Pague primeiro o que tiver juros mais altos;
cios, compras parceladas,
5. Dê satisfação a quem você deve;
até mesmo de alimentos.
6. Não faça novos empréstimos para pagar dívidas;
Jesus, falando a respeito
7. Pare de gastar — comer fora, pegar vídeos em locadora, ir ao cinema,
da abnegação que devemos ter no serviço a Ele,
teatro, shows — tudo isto você poderá fazer quando não estiver mais
chama a nossa atenção
endividado;
para a necessidade de pla8. Pare de comprar o que é supérfluo e desnecessário;
nejamento: “Pois qual de
vós, pretendendo construir
9. Corte TV a cabo e Internet banda larga, até pagar todas as dívidas;
uma torre, não se assenta
10. Desligue o telefone e só utilize o celular em casos de necessidade;
primeiro para calcular a
11. Inutilize os cartões de crédito;
despesa e verificar se tem
12. Encerre sua conta bancária;
os meios para a concluir?”
(Lucas 14.28).
13. Proponha à família reduzir gastos com alimento, água e luz;
A frase mais comum de
14. Verifique a possibilidade de novas rendas para a família;
quem entra em dívidas é:
15. Venda em brechós as roupas e calçados que a família não usa mais;
“Não sei onde vai o meu
dinheiro!” Pois é preci16. Não troque o carro, se ele ainda estiver em bom estado, ou venda o
so saber! Cortar despesas,
carro e liquide as dívidas — carro é uma fonte de consumo sem fim;
controlar, planejar... Deus
17. Não gaste por antecipação;
não quer ver seus filhos
18. Evite ir a festas em que você e sua família nem serão notados;
descontrolados, angustiados, dando um péssimo
19. Viva com simplicidade;
testemunho, por se mete20. Faça um esforço para guardar cada centavo que sobrar
rem em dívidas que não
(dê valor às moedas — elas também são dinheiro);
podem pagar.
Satanás quer nos enver21. Mesmo endividado, ou em aperto financeiro, não feche seu coração ao
gonhar e enfraquecer o
necessitado, e volte a ser liberal com o trabalho da igreja.
nosso testemunho. Crentes
Rodinon Botelho dos Santos
P
21 S
buscar aconselhamento e
forças no Senhor.
O profeta Isaías pergunta:
“Por que gastais o vosso
dinheiro naquilo que não
é pão?” (55.2). O contexto
aqui é graça, mas também
nos adverte a administrar
bem o nosso dinheiro, e
a pensar no que é prioritário na hora de gastar.
Quem está endividado precisa tomar medidas radicais. No destaque, dou 21
sugestões ou dicas. Cada
um deve fazer as adaptações ao seu caso particular.
Jesus nos ensinou a sermos simples como as
pombas e prudentes como
as serpentes. (Mt 10.16).
Peça perdão ao Senhor pela
sua negligência, pela cobiça, pela falta de sabedoria,
e, com humildade, confesse a loucura de gastar
além do que você ganha.
O Salmo 107 fala do Deus
que liberta os presos da
aflição, quando a Ele clamam. Quem está endividado é prisioneiro de credores, de bancos, do mercado
de consumo, e precisa se
libertar! — “...Quebrou-se
o laço, e nós nos vimos
livres” (Sl 124.7). Deus
nos chamou para a liberdade! A liberdade em Cristo
em todas as áreas. Busque
a ajuda de Deus e saia
dessa prisão!
Rodinon Botelho dos Santos é
pastor da Ig. Presb. da Paz, de Montes
Claros, MG
E-mail: [email protected]
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
19
Artigo
Castelos de areia
Eurípedes da Conceição
G
osto de observar os
castelos construídos
na areia — são verdadeiras obras de arte. Gosto,
também, de olhar as rochas
que seguram as violentas
ondas do mar. Castelos construídos pelas mãos hábeis
do homem... Rochas edificadas pelas mãos poderosas
de Deus... Obras dignas de
admiração!
Um dia, decidi, bem de
manhã, voltar à praia para
ver novamente os castelos
da tarde anterior; mas não
encontrei castelo algum.
Uns haviam sido destruídos
pela maré, outros, pisoteados
durante a noite. E as rochas?
Ah! As rochas estavam lá.
Resistiram à força das ondas,
como vinha acontecendo
há milhares de anos. Então
pensei na diferença entre as
obras de Deus e as obras dos
homens: as divinas permanecem, as humanas se desfazem.
Muitas coisas em nossa
vida são construídas sobre
areia: amizades que perdu-
ram, enquanto convenientes,
relacionamentos firmados
por interesses, e empregos
que nos escravizam, tomando nosso tempo e impedindo-nos de buscar o que é
valioso. Um homem conversava comigo sobre os últimos
acontecimentos na empresa
onde trabalha. Centenas de
pessoas haviam sido demitidas. Suspirando aliviado, ele
comentou: “Desta vez eu fui
poupado, mas ainda me sinto
inseguro.”
Como enfrentar tudo isto?
O apóstolo Paulo fala das
dificuldades, mudanças, tribulações, tristezas e angústias, e do perigo de perdermos tudo o que construímos
durante uma vida inteira.
Mas afirma que “...[em] todas
estas coisas... somos mais
que vencedores, por meio
daquele que nos amou” (Rm
8.37). As ondas podem vir,
podemos ser pisoteados, mas,
ainda assim, permanecemos
firmes.
Paulo continua: “Porque
eu estou bem certo de que
“[nada] poderá separar-nos
do amor de Deus, que está
em Cristo Jesus...” (Rm 8.3839). Deus jamais se divorcia
de nós. Ele não nos abandona, não nos trai e não nos
demite. Ele provou o seu
amor para conosco “pelo fato
de ter Cristo morrido por nós,
sendo nós ainda pecadores...”
(Rm 5.8).
Nossos castelos estão desmoronando? Deus enviou seu
Filho, a Rocha Eterna, para
solucionar este problema.
Eurípedes da Conceição é pastor
da Ig. Presb. da Tijuca, RJ
E-mail: [email protected]
Artigo
Presbiteriano – tradicional e reformado
Rilvan Stutz
E
m 2001, escrevi um
artigo intitulado “Sou
presbiteriano, sim!” Na
época, já percebia que algo não
andava bem, e tomaria corpo
com impressionante rapidez.
Algumas igrejas começavam
a ser “diferentes”. Comentei
que o que estava acontecendo
não deveria ser um problema,
mas, sim, motivo de alegria.
Afinal, ser presbiteriano é,
também, respeitar as diferenças, mantendo as diretrizes
e toda sua genuína formação
bíblica e reformada.
Ser membro de uma igreja
é um ato democrático livre:
cada um toma o rumo que
lhe convém e segue o ensino
que teve durante toda a vida.
Observava, em épocas passadas, certos costumes contrários à tradição presbiteriana
que aprendi. Enfim, existem
diferenças. Lutar para mudar
algo é sempre trabalhoso e
perigoso! Lutar contra o que
já é constituído, formado, não
é uma posição sempre correta — precisamos ter cuidado
com “mudanças”, pois cabe
aos concílios, no caso dos
presbiterianos, rever qualquer
situação com uma ação necessária, principalmente no que
diz respeito às mudanças.
Aprendi na igreja a respeitar sua doutrina e a conhecer a constituição; estudei
a Confissão de Fé e tomei
conhecimento de um manual
interno das sociedades; tudo
isto me ajudou a dar valor
à Igreja Presbiteriana e a
entender o verdadeiro papel
de um conselho de igreja, de
um presbitério e do Supremo
Concílio. Assim, tornei-me
um presbiteriano tradicional e
reformado.
Em tempos passados, havia
maior preocupação com a
ordem e a reverência nos cul-
tos. Os hinos tradicionais, o
coral sempre presente, quartetos e solos que nos emocionavam e nos edificavam muito...
A juventude do passado dava
mais valor ao estudo bíblico.
A juventude de hoje se interessa mais por conjuntos, enfim,
pela música contemporânea.
Confesso que sinto uma grande preocupação com o rumo
da música na igreja; não apenas a qualidade da melodia
e da letra, mas o volume, às
vezes, exagerado, que faz, em
alguns templos, com que pessoas se retirem no chamado
“momento de louvor”.
Seria possível reconquistarmos uma liturgia genuinamente reformada? A IPB tem
os seus Princípios de Liturgia.
No seu capítulo III, Art. 8.º,
diz que “O culto público consta ordinariamente de leitura
da Palavra de Deus, pregação, cânticos sagrados, orações e ofertas”. Estas normas
são bem flexíveis, e a responsabilidade pela liturgia é
do pastor. Assim, dependendo da linha que este adota,
acaba contrariando aqueles
que gostariam de uma liturgia
mais austera, com hinos tradicionais e um ritual definido.
Alguns anseiam por mudanças, mas tais mudanças são
praticamente impossíveis no
país, pois são várias as tendências. O que se considera
sempre, em termos de presbitérios, sínodos e Supremo
Concílio, é se a igreja mantém
sua doutrina presbiteriana; a
liturgia fica mais ou menos
livre, ao gosto de cada um.
Este grande dilema aborrece os membros mais antigos,
que gostariam de ver a igreja
com uma liturgia mais solene
e nada podem fazer. O som
de elevadíssimos decibéis
se espalhou por tantas igrejas que, mesmo numa cidade
grande, onde existem outras
igrejas presbiterianas, não se
tem aonde ir.
Por outro lado, a igreja que
não abre espaço para a música
contemporânea vai perdendo
membros para as igrejas mais
liberais (nesta área), e é grande a evasão de presbiterianos
para igrejas não tradicionais.
Que
podemos
fazer?
Continuar orando para que
alcancemos a edificação, a
comunhão e a união! Esperar
que a igreja encontre um consenso, na certeza de que ela é
de Cristo. Ele mesmo há de
aparar as arestas. Continuarei
perseverante na minha escolha: sou membro da igreja! Sou presbiteriano, sim!
Tradicional e reformado!
Rilvan Stutz é diácono em disponibilidade da Catedral Presbiteriana do Rio
de Janeiro e relator da Rede Nacional
dos Direitos Humanos (RNDH – Setor
Jurídico da Câmara dos Deputados
Federais, em Brasília).
Email: [email protected]
20
Brasil PRESBITERIANO
Maio de 2006
Personalidade
O interesse dos pastores pelo Brasil Presbiteriano aumenta o número
de assinaturas
Gilberto Camargo, agente número um do Brasil
Da redação
O
Agente do Brasil
Presbiteriano é um
membro da igreja que
incentiva as pessoas e famílias
da sua comunidade a assinar e
ler o jornal, órgão oficial da IPB.
Segundo o ANUÁRIO IPB 2005,
há 2.210 igrejas presbiterianas
em todo o Brasil, mas os Agentes
do Brasil Presbiteriano não chegam a dez por cento desse número. Como motivar os presbiterianos a ler seu próprio jornal?
Qual é o trabalho do Agente?
Por que os pastores não estimulam os membros de sua igreja
a fazer uma assinatura? Sobre
estes assuntos, entrevistamos o
AGENTE NÚMERO UM do
Brasil Presbiteriano: Gilberto
Camargo.
Gilberto é presbítero da Igreja
Presbiteriana de Americana, SP,
representante comercial, casado
e pai de três filhas.
JBP – Há quanto tempo, e o
que levou o Sr. a ser agente do
Brasil Presbiteriano?
Gilberto Camargo – Sou
Agente do Brasil Presbiteriano
desde 1975. Fui agente na Ig
Presb de Vila Paula, em São
Caetano do Sul; depois, na Ig
Presb de Valinhos, SP, e, hoje,
na Ig Presb de Americana, SP.
Eu amo minha igreja, e o Brasil
Presbiteriano é seu órgão oficial.
Quero que os membros da minha
igreja estejam informados do que
Gilberto Camargo, agente número um:
90 assinaturas
está acontecendo.
JBP – Quais as dificuldades
que o Sr. encontra para realizar
seu trabalho de agente?
Gilberto Camargo – As pessoas dizem que não têm tempo para
ler jornal. Sempre digo que é um
exemplar por mês; pode ser lido
durante o mês e há artigos excelentes. Tento motivar as pessoas.
Qual é a prioridade das pessoas
hoje em dia? Futebol? Novelas?
E o que acontece na igreja? Não
há interesse? Só o consultório
bíblico e as notícias do trabalho
missionário já valem ler o jornal.
JBP – O Sr. não se sente desmotivado em ser agente do Brasil
Presbiteriano?
Gilberto Camargo – Não.
Tenho amor e sou dedicado a
esse trabalho. As pessoas têm
preguiça de ler, e muitas já partem do pressuposto que o jornal
não é bom ou não tem valor.
Hoje, o jornal está chegando pontualmente, mas houve um tempo
em que atrasava muito.
JBP – No Brasil, o Sr. é o maior
agente do Brasil Presbiteriano.
O Sr. pretende manter esta posição?
Gilberto Camargo – Estamos
com 90 assinaturas em minha
igreja. Minha meta é que cada
família assine o jornal. Sei que é
difícil, mas não desisto. Sempre
solicito à Luz Para o Caminho
(que cuida das assinaturas e da
distribuição do jornal para a RPC)
que me envie alguns exemplares
avulsos. Coloco-os nas mãos de
quem ainda não é assinante e
cobro depois a assinatura. Mas
Agentes do Brasil Presbiteriano com maior número de assinaturas
1 Gilberto Oliveira Camargo
2 Hermas Nicoletto
3 Daniel Luiz Novaes Machado
4 Adermantino Ferreira Leitão
5 André Gonçalves Xavier
6 Paulo da Silva
7 Ernesto Barbosa Machado
8 Cefas Bertuci Emerick
9 Clélio Dal Santo
10 José Fernando da Silva
11 Loyde Wenzel de Paula
90
63
44
42
38
36
33
32
31
31
31
Ig Presb de Americana, SP
Ig Presb de Limeira, SP
Ig Presb da Vila Mariana, São Paulo, SP
1.ª Ig Presb de Cachoeiro de Itapemirim, ES
Ig Presb de Patos de Minas, MG
Ig Presb da Vila Paulicéia, Santo André, SP
Ig Presb de Campo Limpo Paulista, SP
Ig Presb Nove de Abril, Barra Mansa, RJ
Ig Presb da Vila Formosa, São Paulo, SP
2.ª Ig Presb de Goiânia, GO
Ig Presb de Piracicaba, SP
sei que há igrejas maiores que a
nossa, e se houver algum agente
dedicado, logo, logo, perco este
posto.
JBP – Que sugestão o Sr. daria
ao Jornal Brasil Presbiteriano
e às igrejas para aumentar o
número de leitores.
Gilberto Camargo – Quando
cheguei em Americana, perguntei quem era o agente do Brasil
Presbiteriano, e o procurei para
fazer minha assinatura. Para
minha surpresa, embora nomeado pelo Conselho, ele não tinha
nenhum assinante. Ele me disse,
na época, que ninguém queria
o jornal. Perguntei-lhe se podia
ajudá-lo a conseguir assinantes,
e ele concordou de imediato. De
cara, consegui 11 assinaturas:
uma para mim, e as outras batalhei até conseguir quem ficasse
com elas. No ano seguinte, o
Conselho nomeou-me agente e,
hoje, temos 90 assinaturas. Se o
agente não acreditar no jornal e
no seu valor para a igreja, será
um agente sem assinaturas. E o
problema maior é que há pastores
que não acreditam no jornal e
não incentivam os membros de
suas igrejas a assinar e ler. Minha
dica é que quando o Conselho
nomear o agente, nomeie junto
um membro que tenha admiração
pelo jornal e interesse que as pessoas o leiam.
SEJA VOCÊ TAMBÉM UM
AGENTE DO BRASIL PRESBITERIANO!
QUEM É O AGENTE?
O Agente do Brasil Presbiteriano é um membro da igreja
que incentiva as pessoas e famílias de sua comunidade a se
interessar mais pelos trabalhos, dificuldades e realizações da
Igreja Presbiteriana do Brasil em todo o País. O Agente é, muitas vezes, a ponte de ligação entre sua igreja e presbitério com
a redação do jornal. Ele manda notícias, artigos, assim como
sugestões, apreciações e críticas que recebe dos leitores.
O Agente divulga o Brasil Presbiteriano, faz assinaturas e distribui mensalmente os jornais.
COMO SER UM AGENTE?
Para ser um Agente do Jornal Brasil Presbiteriano é preciso
ter, em seu nome, um mínimo de 10 assinaturas.
COMO FUNCIONA?
O Agente recebe um pacote de jornais e distribui gratuitamente. O Agente estimula os membros a assinarem o jornal, recebe o pagamento, e faz sua própria lista de assinantes. Novas
assinaturas podem ser feitas em qualquer mês. O Agente faz
a remessa do pagamento e recebe (todo mês) os jornais a
serem distribuídos aos seus assinantes. Essa distribuição pessoal gera contatos e novas assinaturas.
QUAIS OS BENEFÍCIOS?
O Agente do Brasil Presbiteriano recebe um desconto especial
de 30% sobre o valor das assinaturas e sobre qualquer produto de Luz Para o Caminho. Essa é uma pequena compensação pelo trabalho voluntário que ele realiza.
QUER SER UM AGENTE DO BRASIL PRESBITERIANO?
Ligue para 0800-119-105 (a ligação é gratuita). Luz Para o
Caminho é uma agência da Igreja Presbiteriana do Brasil que,
em parceria com a RPC, cuida das assinaturas e remessas do
jornal Brasil Presbiteriano.
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