II Encontro do Grupo de Estudos Lusófonos - Nenhum de nós passeia impune pelos
retratos – “Crime e Castigo” – Outubro 2012 - FLUP
A culpa é de deus, o castigo é do Homem - uma reflexão em torno
d’O Evangelho Segundo Jesus Cristo de José Saramago
“Por minha culpa, minha tão grande culpa”
Confissão (oração católica)
“Por minha culpa, minha tão grande culpa”, assim versa uma curta oração
católica através da qual todos os fiéis, numa só voz durante a missa, se reconhecem
pecadores publicamente e rogam a várias entidades santas que intercedam junto de deus,
com o objetivo de alcançarem a redenção pelos pecados cometidos.
Um dos pilares que sustenta a construção da moral católica é, justamente, a ideia
de pecado, uma espécie de crime contra as leis e a vontade de deus1, legislador e juiz
supremo desta instituição religiosa, a quem caberá a aplicação do castigo ao infrator, já
que, havendo um crime, automaticamente, terá de existir uma vítima e um culpado e
este último deverá ser sujeito a uma punição para que se cumpram os desígnios da
justiça. Deus, configurado pelos seus crentes como omnipresente, omnisciente,
omnipotente e expoente máximo da retidão nunca poderia deixar impune um crime. Daí
a advertência de que quase todos nós já fomos alvos num ou noutro momento das
nossas vidas: “Olha que deus castiga!”.
Tendo em conta a temática “Crime e Castigo”, mote do encontro sobre literatura
lusófona que preside ao presente texto, parece-nos interessante e pertinente olhar para O
Evangelho Segundo Jesus Cristo de José Saramago numa perspectiva do pecado (crime)
e da culpa por ele despoletada, atentando nas implicações que tal acarreta na
caracterização dos personagens e na dinâmica da narrativa.
Assim, a questão central a abordar nas seguintes linhas será a da culpabilização,
temática que atravessa toda a história do romance e que, de certo modo, contribuí
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Por uma questão de ideologia do autor, a palavra deus é minusculada por se considerar que este
vocábulo pertence à categoria morfológica dos nomes comuns, já que serve para nomear uma série de
entidades tão diferentes quanto o número de religiões existentes (monoteístas ou politaístas) que utiliza
este lexema para se referir a um ser de ordem superior independentemente de ter ou não um nome
próprio, não se encontrando, portanto, qualquer razão para a utilização da maiúscula, utilizada apenas no
caso de referência à personagem do romance que aqui se aborda.
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largamente para a subversão que Saramago faz da história do catolicismo e da
personagem de deus que figura na Bíblia cristã.
N’ O Evangelho Segundo Jesus Cristo o sentimento de culpa, não só “é um
elemento sintomático que permeia toda a narrativa” (Pinheiro, 2007:75), como é ele que
confere dinâmica à mesma (Barcellos, 2003: 6). É através da culpa que mora na
consciência dos personagens que a história se vai desenvolvendo.
Após o nascimento de Jesus, José, seu pai, comete um crime. Imbuído de um
egoísmo paternal e instintivo, José consegue salvar o seu filho do assassinato perpetrado
por Herodes, sem, porém, ter o cuidado e a solidariedade de alertar o resto das famílias
de Belém dos planos infanticidas do rei, ocasionando, assim, a morte de vinte crianças.
É o tormento causado pela consciência culpada de José, materializada num
sonho que o perturba constantemente, que o impele a procurar uma forma de perdão. No
entanto, essa procura por uma espécie de redenção moral conduzi-lo-á à morte, a qual,
em forma de sacrifício, é aceite passivamente pela personagem, mas que não serve de
expiação ao ato indigno.
Dando seguimento à história, e é aqui que se percebe a forma como a
culpabilização serve de motor à progressão da ação do romance, morrendo o pai, o filho
herda-lhe a culpa que surge novamente sob a forma de sonho agonizante, diz o texto que
“a culpa é um lobo que come o filho depois de ter devorado o pai” (Saramago, 2009:
213). Não convém esquecer que, de acordo com o dogma cristão, todos nós herdamos a
culpa do crime cometido por Adão e Eva, os supostos pais de toda a humanidade.
Posto isto, à semelhança do que acontecera com José, a culpa conduzirá Jesus
numa viagem em busca da remissão do crime e da procura da verdade acerca da sua
própria existência, de modo a “desmistificar a insondável complexidade que perpassa a
questão da culpa herdada” (Dos Santos, 2011: 15), levando-o ultimamente à
crucificação, sofrendo, assim, o mesmo destino trágico que o seu pai, pelo que, como
afirma Vanessa Pinheiro na sua tese O trágico e o demoníaco em O Evangelho Segundo
Jesus Cristo de Saramago, “dessa forma, a narrativa fecha-se de modo circular, estando
a culpa como princípio norteador dos passos do herói e de seu infortúnio final”
(Pinheiro, 2007: 76).
Mas será a culpa de José igual à culpa de Jesus?
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Com certeza que não, nem o poderia ser. Enquanto José se sente culpado, pois na
sua consciência foi uma espécie de cúmplice do crime cometido, Jesus, por seu lado,
culpabiliza-se por considerar o seu nascimento produto indigno de um ato criminoso,
tornando a sua existência no símbolo da morte de uma série de inocentes.
A este respeito, ouçam-se as palavras de Jesus que a certa altura do texto diz:
“(...) mas se a vida é uma sentença e a morte uma justiça, então nunca houve no mundo
gente mais inocente que aquela em Belém, os meninos que morreram sem culpa e os pais que
essa culpa não tiveram, nem gente mais culpada terá havido que meu pai, que se calou quando
deveria ter falado, e agora este que sou, a quem a vida foi salva para que conhecesse o crime
que lhe salvou a vida, mesmo que outra culpa não venha a ter, esta me matará.” (Saramago,
2009: 223).
Posta em claro a função da autoculpabilização na dinâmica da narrativa, surge
outra questão: Mas afinal, José e Jesus são realmente culpados?
Talvez não o sejam, já que, como se descobre no decorrer da história, apenas
cumprem os desígnios de deus, são como sublinha Salma Ferraz (1998: 67) no livro O
Quinto Evangelista, uma espécie de “bode expiatório”, logo o único delito de que
podem, eventualmente, ser acusados é de serem ingénuos e se deixarem
instrumentalizar por uma identidade que lhes é, aparentemente, superior em poder. O
dedo acusador fica, deste modo, apontado a Deus como o culpado deste crime, aliás, a
confirmação desta incriminação chega ao leitor através da voz do narrador, que declara
perante o desespero de José: “Deus não perdoa os pecados que manda cometer”
(Saramago, 2009: 161). Todavia, diz o provérbio, tipo de fraseologia tão cara a
Saramago, que “Tão ladrão é aquele que rouba, como aquele que fica à porta”, pelo que
a inocência de José fica envolta em dúvida, questão à qual se voltará mais à frente neste
texto.
É importante notar que os personagens bíblicos em contexto saramaguiano estão
desprovidos de toda e qualquer sacralização, bem pelo contrário, sofrem uma
humanização, deixam de ser figuras divinas e passam a ser homens e mulheres comuns
que revelam nos seus pensamentos e atitudes as diferentes facetas do ser humano, não
necessariamente as mais nobres.
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Sublinha-se que mesmo o Deus deste evangelho é extremamente humanizado.
Porém, Saramago confere-lhe a forma de um tipo de homem muito particular.
Como se torna perfeitamente claro no momento em que Jesus se encontra com
Deus e com o Diabo no mar e os três têm uma longa conversa de quarenta dias, numa
alusão ao episódio bíblico do período passado por Jesus no deserto, este Deus d’O
Evangelho Segundo Jesus Cristo tem um plano que pretende cumprir sem olhar a
grandes meios: ambiciona ser o deus, não só dos Judeus, mas de toda a humanidade,
ampliando assim o seu domínio por todo o mundo.
Para cumprir tal intento, Deus servir-se-á do pecado, da culpa e do castigo como
“instrumentos inexoráveis de coerção do homem” (Dutra, 2010: 42), pois será usando o
homem como peão que o seu objetivo será cumprido. Está-se, portanto, perante “um
grande estrategista, um hábil manipulador de fenômenos sociais”, como lhe chama
Robson Dutra (2010: 45).
Salma Ferraz (2012: 203), já citada anteriormente, caracteriza Deus como um ser
“dominador, cruel, patriarcal, machista, capaz de planos maquiavélicos, impiedoso e
perverso, que não se importa com os seres humanos, pelo contrário, utiliza-os para a
realização dos seus propósitos malignos, irónicos e sarcásticos, egoístas e despóticos,
um ditador que faz escolhas inexplicáveis, que se compraz com sacrifícios e tem um
gosto especial por sangue, que faz do seu próprio filho uma cobaia, traçando para ele
um destino do qual não pode fugir, um megalómano que possui como heterónimo o
próprio Diabo e mantém perigosas relações com ele”.
Diz ainda a autora que Deus “não pensa em expiação, em redenção para o ser
humano, apenas como um bom déspota e tirano, em poder e glória para si, mesmo que
isto custe a vida de milhões de pessoas” (Ibidem).
A este propósito, invoca-se a passagem em que Deus, ao longo de cento e
quarenta linhas, sadicamente e expressando algum enfadamento e desprezo, enumera
por ordem alfabética, do A ao W, uma lista macabra de mártires, descrevendo as
respetivas mortes de cada um, tudo em nome do seu projeto de dominação, valendo-lhe
no fim um comentário irónico por parte do Diabo que, perante tamanha carnificina, diz:
“É preciso ser-se Deus para gostar tanto de sangue.” (Saramago, 2009: 391).
Deste modo, concorda-se com as palavras de Wladimir Krysinski (1999: 403),
quando este afirma que esta conceção de deus por um escritor materialista, no sentido
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marxista do termo, “visa demonstrar que deus é sobretudo uma estrutura de poder, uma
superestrutra de manipulação, um edifício de desiguldade”, pelo que para esta entidade
divina o homem só poderá ter uma função subalterna e estritamente utilitária.
Partindo desta ideia, pode-se afirmar que Saramago subeverte a figura bíblica de
deus, humanizando-a, com vícios e características que são identificáveis em homens
pouco escrupulosos, mas muito ambiciosos, cujo poder serve para subjugar os mais
fracos. Por outras palavras, este ser poderoso, manipulador e tirano a que Saramago
chama Deus, poderia o leitor dar-lhe o nome que, de acordo com a sua mundividência,
considerasse adequado a tais características: ditadores, governantes, patrões, pais,
chefes, diretores, gerentes, professores, etc. Em suma, todo aquele que usa a sua posição
de domínio sob outro de forma déspota.
Averiguado Deus como o mentor do crime cometido por José e, portanto, o
verdadeiro culpado pelo infanticídio em Belém e, consequentemente, pela crucificação
de José, assim como, por todas as mortes que hão de ser executadas por seu desígnio,
incluindo a de Jesus, aliás, condição essencial para colocar em marcha o seu projeto
megalómano, seria, então, de concluir que tanto José como Jesus são afinal inocentes.
Todavia, tal assunção parece estar errada, já que não se crê que as duas
personagens sejam de todo desculpabilizadas.
É evidente a antipatia do narrador face ao egoísmo individual e à atitude covarde
de José, o que é demonstrado por uma série de finas ironias, além disso, é comum o
leitor deparar-se com José envolto num certo ridículo, seja pela situação em que se
encontra, seja pelo seu comportamento pouco virtuoso, pelo que a personagem sai, deste
modo, culpabilizada indiretamente pelo massacre em Belém.
Quanto a Jesus, embora goze de uma maior simpatia por parte do narrador, afinal
a culpa que carrega consigo foi-lhe transmitida, como se de uma espécie de legado
maldito se tratasse, ele não é tido como inocente e a sua sentença de morte não tem
tanto a ver com o crime do qual o seu pai foi acusado, mas sim com um crime
executado em nome próprio. Ainda que não corrobore com o plano de Deus e questione
a sua verdade “única, monológica, oficial e ditatorial” (Ferraz, 2012: 182), Jesus falha o
seu projeto de morrer como um revolucionário, mostrando-se incapaz de contornar a
missão imposta por Deus, que assim prova, que de facto, “o homem é pau para toda a
colher, desde que nasce até que morre está disposto a obedecer” (Saramago, 2009: 372),
palavras do próprio Deus. Em suma, como nota Wladimir Krysinski (1999: 403), “ele
[Jesus] é aquele que, pela sua submissão, ergue Deus em toda a sua majestade”, e desta
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feita, passa também a ser cúmplice de toda a empresa maquiavélica e sangrenta de
Deus.
Se, por um lado, Deus configura um tipo particular de homem, aqueles que usam
do poder para praticar atos censuráveis, por outro, também em José e em Jesus estão
representadas algumas características de pendor negativo no que respeita o caráter
humano: a covardia, o egoísmo, a submissão, a ingenuidade, a resignação face à ordem
estabelecida, no caso de esta ser prejudicial ao indivíduo e ao coletivo, a
autocomiseração, etc. José, nas palavras de Salma Ferraz (1998: 70), é alguém movido
por “uma vontade maior do que a sua, incapaz de mudar o seu próprio destino,
atormentado pelo problema da culpa, mais uma vítima dos deuses, figura pateticamente
abobalhada, pois, neste evangelho o pai de Jesus é totalmente dessacralizado,
adquirindo características próprias das frágeis figuras humanas: remorso, culpa, medo,
insegurança, covardia”.
Mesmo Jesus quando parece demonstrar compaixão perante aquele que o
conduziu à morte e já crucificado se dirige aos homens dizendo: “Homens, perdoai-lhe,
porque ele não sabe o que fez.” (Saramago, 2009: 444), uma clara subversão do texto
bíblico, mostra ter uma atitude de desistência e de aceitação ingénua do seu destino,
uma vez que, como nota Samuel Smith (2000: 12), “ele [Deus] sabe exatamente o que
está a fazer e é diabólico”, logo não haverá qualquer motivo para a concessão do
perdão.
As grandes obras de arte estão para além da sua grandiosidade estética,
atravessando o tempo e conduzindo o homem numa reflexão pessoal acerca do mundo
em que ele vive e do sistema de valores em que acredita, sobretudo no caso de se tratar
de uma história universal e intemporal vista à luz da contemporaneidade, como acontece
com este Evangelho, em que o narrador se situa sempre num tempo presente. E não terá
sido por acaso que Saramago optou por utilizar estes personagens reconhecidos
mundialmente para corporizar as facetas mais frágeis e sombrias do homem.
Lendo O evangelho Segundo Jesus Cristo no contexto do mundo presente, muito
em particular da Europa e de Portugal, imediatamente somos levados a refletir sobre os
tempos assustadores que se vivem atualmente, onde “deuses poderosos e tiranos”,
deuses como aquele que é apresentado no texto saramaguiano, movidos sabe-se lá por
que intentos obscuros, que esmagam a vontade do homem, o qual, ainda que se tente
rebelar contra a omnipotência pouco democrática dessas entidades, é sempre sacrificado
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e, por vezes, acaba por ser seduzido por um discurso demagogo, em que, tal qual como
acontece com o discurso de Deus ao mencionar aquela lista interminável de matanças,
em nome de um projeto superior, o sofrimento é louvado e o mártir é visto como um
herói. Ultimamente, os governantes têm usado e abusado deste tipo de discurso, como
forma de fazer parecer nobre uma série de condições muito pouco dignificantes da
condição humana. Não se pode acreditar que um herói em agonia e muito menos que
um herói morto seja de grande serventia, a não ser, claro está, a esses tais deuses
aviltantes, pelas razões óbvias.
Não se siga o exemplo deste José e deste Jesus, não se seja cristo face a deuses
que não existem e, ao contrário do Jesus submisso e impotente criado por Saramago,
diga-se de homem para homem: “Não lhe perdoes, porque eles sabem o que fazem”.
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