espaço
solidario
Obra Diocesana de Promoção Social
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
pessoas a sentirem pessoas
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Obra Diocesana de Promoção Social
Obra
em 3D
dignidade,
determinação
e dinamismo
Sumário
04 - Editorial
Manuel Amial
05 - Mensagem do Bispo do Porto
Sua Revª. D. Manuel Clemente
06 - U
m Abraço Solidário
Américo Ribeiro
14 - Prémio Infante Dom Henrique
31 - Dia do Idoso
Manuel Amial
16 - Ânimo na missão sociocaritativa
João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho
32 - Na Linha da Frente
Cónego Rui Osório
17 - Prémio Pessoa 2009
Maria Teresa Souza-Cardoso
34 - Poderá ser Natal todos os dias
Conselho de Administração
Frei Bernardo Dominguez
Homenagem ao Padre Lino Maia
08 - No Bem pelo Bem
Conselho de Administração
Padre Lino Maia
09 - Sentido de Vida, Sentido
de Amor
18 - Natal dos filhos dos
Colaboradores
João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho
Professor Daniel Serrão
20 - Ceia de Reis
10 - Força altruísta
27 - Formação Profissional
D. João Miranda
12 - Vestindo corações de afectos
João Alves Dias
João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho
36 - Ano 2009 - Ano do Conhecimento
e da Competência
Conselho de Administração
João Miguel Pratas
Bernardino Chamusca
11 - P
or um Mundo mais fraterno
35 - Parcerias … são acolhidas de
coração aberto!
37 - Festa da Solidariedade
João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho
Mónica Taipa de Carvalho
Campanha de recolha de
alimentos do Banco Alimentar
contra a Fome
38 - X XII Encontro Nacional da
Pastoral da Saúde
Conselho de Administração
João Miguel Pratas
O Natal dos meus desejos
Elvira Almeida
13 - E
nsinar a sorrir
D. João Lavrador
28 - Testemunho do Amor de Deus
Manuel Tavares
39 - Mensagens Espaço Solidário…
Ficha Técnica
Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Belmiro Teixeira, Manuel Amial
Direcção/Redacção: Manuel Pereira Amial
Propriedade/editor: Obra Diocesana de Promoção Social
Colaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ana Rita Mota, Andreia Vasconcelos, Ângelo Santos, Aurora Rouxinol, Belmiro Teixeira,
Bernardino Chamusca, Chefe Hélio Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D.
Manuel Martins, Dra. Maria Barroso Soares, Elvira Almeida, Filipa Martins, Filomena Semana, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias,
João Pratas, Manuel Amial, Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Isabel Cristina Vieira, Maria
Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Monsenhor Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho,
Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Paulo Lapa, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão,
Professor Francisco Carvalho Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Sara Cardoso, Susana Carvalho e Teresa Carvalho.
Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, Lda.; www.lusoimpress.com
Periodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706;
Registo ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas,
Fundação Voz Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da Juventude
Sede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO
Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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Manuel Amial
QUE O ESPÍRITO
DE NATAL INUNDE A
TERRA INTEIRA!
Obra Diocesana de Promoção Social
Editorial
Estamos em plena quadra festiva de Natal e Ano Novo.
Em tempos de crise de valores e de dificuldades económicas é urgente repensar a nossa postura, face aos apelos consumistas que diariamente nos toldam
a vista e o discernimento.
Tenhamos uma atitude responsável, sejamos comedidos nos gastos supérfluos e olhemos mais à nossa volta envolvendo, com espírito de ajuda e solidariedade, aqueles que mais precisam.
É tempo de ser solidário e de pensar nos outros, especialmente naqueles a
quem a sorte da vida não bafejou.
E às vezes basta um pequeno gesto, uma pequena dádiva, um sorriso, uma
palavra amiga!
Quem sabe, satisfazer uma necessidade tão simples como dar “um pouco
de farinha”, “oferecer a camisa mais velha do bragal”, como dizia a grande poetisa
Fernanda de Castro no seu belo poema AMIGO.
“AMIGO, Aqui me tens: É sina minha.
Venho outra vez pedir-te o Pão e o Sal.
Só peço o que te sobra: Amor e Pena.
É o Dia de Natal que se avizinha ….
Com uma esmola tão grande e tão pequena,
Ouves, Amigo? O Dia de Natal.
Podes, Amigo, suprimir a dor
Arranca do teu peito a erva daninha.
Abre as portas às pombas do pombal.
De tantas vidas murchas em botão.
Eu só te peço um pouco de farinha.
Abre de par em par o coração.
A camisa mais velha do bragal.
Verás que em pleno Inverno dará flor.”
Que o espírito de Natal inunde os nossos corações, que as crianças tenham
o carinho, o amor e a felicidade que precisam e que no mundo inteiro haja felicidade
e paz, sãos meus votos.
Manuel Amial
Natal 2009.
Mensagem
D. Manuel Clemente
Bispo do Porto
Dezembro está cheio de Natal.
Mas nem sempre o “Natal” que por aí se vê está
cheio do Deus Menino, que é o seu verdadeiro conteúdo e
significado.
E o que mais importa é que em todas as comemorações feitas e em todas as festas preparadas, seja mesmo
o Natal de Jesus a realizar-se agora, como há 2000 anos
começou a acontecer.
Natal quer dizer “nascimento”.
Nascimento de Deus no mundo, com a humanidade
que recebeu da Virgem Maria.
Em Jesus – menino e depois crescido, morto e ressuscitado – é Deus que está connosco e precisamente
como quis estar: numa criança recém-nascida, numa
sagrada família, no trabalho oficinal de Nazaré da Galileia, no anúncio dum reino de paz, justiça, verdade
e caridade, na entrega da vida por todos, na sua presença ressuscitada que o faz estar connosco todos os dias
e para sempre.
Nós, os cristãos sabemos isto e só isto queremos: reconhecer
Jesus no dia a dia e corresponder à sua presença como o fizeram sua
Mãe, Nossa Senhora, São José, seu pai adoptivo, os pastores, os magos,
os verdadeiros discípulos.
Por isso estamos com Ele na oração e estamos com Ele no serviço dos irmãos, sobretudo dos mais pobres com que Ele se identificou
e identifica.
Em cada Centro da Obra Diocesana há um presépio vivo,
onde se acolhe e acompanha Jesus presente nos outros.
Assim sim, há um Natal autêntico e cristão.
O que nos interessa e não acaba a 26 de Dezembro…
Santo e feliz Natal para todos!
+ Manuel Clemente
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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Obra Diocesana de Promoção Social
Momento do Presidente
Américo Ribeiro
Presidente do Conselho de Administração da ODPS
Um Abraço Solidário
Todos os momentos, todas as
do da inversão do problema, já que uma
melhor para todos passa pela mu-
circunstâncias são oportunos e precio-
solução eficaz e desejada, raramente, é
dança de valores actuais da socie-
sos para se realizar, para se conceder
possível.
dade. Passa ainda pela apropriação e
espaço, tempo e bem…
Na tentativa de melhoramento,
internacionalização de novos conceitos
Para além de rumos e acções,
na perspectiva da perfeição, a principal
na construção de novos valores. Con-
que contribuam para a sustentabilidade
incumbência do ser humano é amar os
ceitos de cumplicidade, cooperação,
do Planeta, defesa da biodiversidade,
outros, mas amá-los como a si próprio,
dentre outros.
visando a construção de um mundo
canseira difícil e penosa, começando,
Grande parte da população
melhor, para hoje e para o amanhã, pre-
naturalmente, pelos que lhe são mais
constituinte da sociedade portuguesa,
parando a vida das gerações futuras, a
próximos e estabelecendo priorida-
felizmente, não fica indiferente a situa-
qual deverá constituir inquietação cons-
des, numa progressão de pensamen-
ções de precariedade social e, de forma
tante e redunda em dever e em consci-
to, projecto e realização, não obstante
pronta e responsável, demonstra a sua
ência ecológica e social, afigura-se ou-
considerar e agir em favor dos que se
solidariedade e altruísmo, através de
tra grande preocupação: a atenção que
encontram mais distantes, atendendo
gestos, de atitudes e de práticas apre-
nos merecem as pessoas mais desfavo-
à universalidade, havendo diversos for-
ciáveis aos olhos dos homens e, muito
recidas, mais vulneráveis, cujo percurso
matos para o conseguir.
mais, aos olhos de Deus.
Nesta visão, os que mais ne-
A Obra Diocesana de Pro-
cessitam de atenção, carinho, afecto,
moção Social é uma instituição da
As situações de fragilidade hu-
esperança… de modo a encontrarem
Igreja e também da comunidade ci-
mana, pobreza, solidão, maus-tratos,
motivações para viver, deverão ocupar
vil, que procura e pretende estar sem-
abandono familiar… que encontramos,
o lugar cimeiro.
pre atenta aos sinais dos tempos, aos
existencial oscila entre o desconforto e
o mal-estar.
sistematicamente, na nossa sociedade
E há tanto a descobrir!
sinais humanos, acudindo, socorrendo e
são reflexos do modelo de civilização,
Tanto a efectivar!
chamando a si, de diferentes maneiras e
que se foi construindo ao longo dos
Tanto a construir!
com carácter efectivo, as necessidades
tempos. Tal cenário social carece, ur-
Se aproveitarmos bem o tempo,
permanentes e contingências de tantas
gentemente, de mãos apoiantes e de
nos momentos menos ocupados pelas
pessoas carenciadas, desenvolvendo
braços acolhedores para que o deses-
funções e encargos, que desempenha-
uma actividade de grande mérito social.
pero não seja agudizado com o decor-
mos na vida familiar e profissional, po-
Esta realidade assume proporções ele-
rer dos anos. Esta constatação tem de
deremos encaixar um pouco do nosso
vadas, presentemente, comprometendo
ser encarada por todos e considerada
espaço de acção em favor de quem
as comunidades e solicitando apelos.
como responsabilidade social e como
tanto padece. O primeiro acto poderá
Aproveito para referenciar, com
responsabilidade cristã, cabendo a
alcançar uma tarefa habitual e enrique-
enlevo, elogio, alegria e gratidão as
cada cidadão e a cada cristão oferecer
cerá a pessoa que a pratica, repercutin-
mãos caridosas de muitos amigos e
algo de si, dar o seu contributo, me-
do-se no bem colectivo.
benfeitores da ODPS, que procuram
nor ou maior, isso não importa, no senti-
A esperança de um mundo
apoiar esta boa causa, acolhendo-a,
ferentes petições para surtir o efeito
e consoladoras, o trabalho realizado,
pretendido.
incluindo neste o que tem formato vo-
Neste projecto, quatrocentos
luntário de quem dirige, de quem vai
colaboradores assumem grandes res-
caminhando com vontade de servir e de
ponsabilidades, procurando dar-se e
se dar, ultrapassando barreiras de polí-
dar de si o melhor, pela dedicação,
ticas governamentais, de quem vai de-
sensibilidade, proficiência e profis-
vastando adversidades, vislumbrando a
sionalismo. Sendo os principais obrei-
pretensão do fazer bem pelo bem.
ros, pois estão no campo, semeando
Muitas dessas mãos carido-
e colhendo, conseguem em cada dia,
sas, que fazem acontecer a generosi-
encontrar as melhores respostas para
dade, que promovem capacidades de
os diferentes casos e situações e isso
dar e elos sociais, não são portuen-
contém experiência, vivência e amor.
ses, param noutros pontos do país,
Os anos vão decorrendo e a
mas conhecendo a Instituição, conside-
Obra Diocesana de Promoção Social vai
ram-na também prioritária na sua dispo-
acumulando montes de histórias com os
nibilidade solidária e isso é, obviamente,
mais assimétricos enredos. Histórias
digno de grande apreço por tão bonito
lindas e tristes, histórias grandes
exemplo!
e pequenas… mas todas elas, logica-
É indubitável que esta Obra
mente, concorrem para engrandecer a
merece o reparo e o acolhimento
sua História e dizer, bem alto, algo muito
de todos os corações humanos, in-
útil sobre a construção de um mundo
dependentemente, da situação geográ-
mais justo, de um mundo mais fraterno.
fica, latitude e longitude terrestres, mas
sim pelo que oferece, pelo que fomenta
em termos sociais e humanos.
E neste quadro ou contexto vão
surgindo factos e situações que concorrem para esse tom, para essa densidade, o que apraz registar.
Todo o trabalho multidimensional desenvolvido na nossa Instituição
é de grande importância, pois procura
corresponder às necessidades, aos
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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passa pela mudança de valores actuais da sociedade.
interesses e às características das di-
jando, com palavras aconchegantes
A esperança de um mundo melhor para todos
oferecendo donativos e encora-
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Obra Diocesana de Promoção Social
Padre Lino Maia
No bem pelo bem
Com uma matriz indelevelmente
cristã, a história da cultura portuguesa
mas muito especialmente a favor dos
uma forma responsável, assim partici-
mais carenciados.
pando gratuitamente na construção de
demonstra que, em determinados mo-
Enquanto pioneira e permanen-
um Mundo melhor, onde o sorriso que
mentos da sua vida, nas nossas comu-
te referência, simultaneamente, a Obra
fazem nascer ou renascer é a expres-
nidades, confrontadas com certos de-
Diocesana tem promovido e permitido
são da esperança que ousam sonhar e
safios, sempre apareceram e continuam
a possibilidade de emergência e desen-
partilhar.
a aparecer voluntários e organizações,
volvimento de uma nova consciência
Com os seus doze centros so-
com generosidade e com alguma origi-
social, como expressão de um serviço
ciais em actividade, a Obra Diocesana
nalidade, a responder, nomeadamente
que traduz o sentido do coração e da
está directamente presente num total de
com respostas sociais.
gratuitidade na vida da comunidade.
onze bairros sociais e pugna por objec-
A comprová-lo estão as múltiplas
Implementada por pessoas al-
tivos como apoio a crianças e jovens, à
formas de associações ou fundações
tamente responsáveis e atentas, a Obra
família e à integração social e comuni-
criadas para cumprir os mais diversos
orgulha-se da sua eclesialidade, osten-
tária, educação e formação profissional
tipos de objectivos. No total, mais de
ta a sua matriz cristã, valoriza as suas
dos cidadãos, protecção dos cidadãos
quatro mil! São as associações de pro-
origens e o seu suporte, e, contando
na velhice e invalidez e em todas as si-
tecção ou de solidariedade, os centros
todavia com um extenso grupo de com-
tuações de falta ou diminuição de meios
de bem-estar (sociais, sociais culturais
petentes colaboradores, é dirigida ex-
de subsistência ou de capacidade para
ou sociais paroquiais), infantários, ins-
clusivamente por voluntários.
o trabalho e na resolução dos proble-
titutos, misericórdias, movimentos de
apoio, obras, veneráveis ordens...
Exemplo disso, também, é a
Obra Diocesana de Promoção Social.
É uma eloquente expressão
mas habitacionais das populações.
do exercício da cidadania, da caridade
Alguma da moderação e da
e da solidariedade e é a consolidação
harmonia social e muito do desenvolvi-
da importância do contributo de todos
mento pessoal e comunitário das comu-
Nascida nos anos sessenta de
e de cada um na causa comum. É a
nidades onde ela desenvolve a sua ac-
uma convergência de vontades de pes-
afirmação de que não há inclusão sem
ção muito lhe ficam a dever, ajudando a
soas solidárias e responsáveis – Bispo
envolvimentos colectivos e é a prova do
perceber que o ideal de Juvenal “Mens
Diocesano, Governador Civil e Presi-
exercício do princípio da subsidiarieda-
sana in corpore sano” (necessidade de
dente da Câmara – e inicialmente “con-
de como princípio inspirador de uma
um espírito equilibrado em um corpo
cebida” para desenvolver a sua acção
prática de boas práticas, próximas e de-
equilibrado), em grande parte, está bem
preferencialmente nos bairros sociais, a
senvolvimentistas.
presente na acção da Obra Diocesana.
Obra Diocesana tem contribuído deci-
Os seus dirigentes são exclu-
sivamente para a consolidação de um
sivamente voluntários, que por uma
novo tipo de sociedade, constituída a
decisão espontânea, apoiada em moti-
partir da base ou, se quisermos, a partir
vações e opções pessoais, têm como
de comunidades concretas e tem des-
ponto de chegada o altruísmo, a des-
pertado ou consolidado as vontades
coberta de que a acção ganha força e
singulares para o sentido da partilha
sentido em função das necessidades
dos bens a favor de todos os homens
do outro. Fazem-no livremente e de
No bem e pelo bem…
Professor Daniel Serrão
Sentido de Vida, Sentido de Amor
Gostei do tema que me foi
tros que vão querer atingir o mesmo
a via do individualismo radical pós-
dado para desenvolver nesta minha
patamar de sucesso. As longas filas de
moderno que acabará com o próprio
participação no espaço solidário que é
milhares de candidatos a um “casting”
Estado Social e com o seu esquema
o desta Revista da Obra Diocesana de
de qualquer das nossas televisões, dá
de previdência por solidariedade de
Promoção Social porque a Obra pre-
a medida do alastramento desta ideo-
todos os cidadãos, mas os resulta-
tende dar um sentido à Vida usando o
logia entre os nossos jovens de ambos
dos não estão a ser brilhantes e as
amor como meio de acção.
os sexos. Muitas vezes, como no caso
reformas estão ameaçadas pela re-
Dar sentido à vida daqueles
das jovens, incitadas e apoiadas pe-
cusa das novas gerações a pagarem
que, por causas muito diversas, con-
los Pais, que querem ter uma filha que
parte do seu rendimento para apoiar
sideram que a sua vida não tem mais
seja uma estrela de sucesso. O mes-
outros cidadãos no futuro. Cada um
sentido e não vale a pena ser vivida, é
mo direi dos milhões de Euros pagos
quer fazer a sua previdência pessoal,
uma tarefa que só pode ter sucesso se
a um jovem jogador de futebol que dá
assegurando a sua reforma a partir
for alimentada pelo amor que quem aju-
pontapés com a maior eficácia que a
dos seus rendimentos e ignorando as
da tem pelo que carece dessa ajuda.
dos pontapés dos outros.
necessidades dos outros cidadãos. E
No Século passado desen-
Mas a pós-modernidade é
os Bancos estimulam estas formas de
volveu-se uma ideologia, que alguns
uma ameaça terrível porque ela as-
individualismo que é bem patente nos
chamam de pós-moderna, na qual a
senta num erro radical: não está a per-
anúncios de planos de reforma que
exaltação do eu individual e o primado
ceber que o Homem é um ser social
publicam nos jornais.
da autonomia da pessoa, foram pro-
que só se realiza na relação com os
Mas nós, os que confiamos
postos pelos teóricos e assumidos por
outros. Como ser individual ele é inviá-
nos ensinamentos de Cristo, sabemos
muitos, como os primeiros de todos os
vel e corre para a morte.
que é a via do amor pelos outros, da
valores. Nesta linha, a procura do su-
Também não está a reconhe-
Caritas que Bento XVI identificou com
cesso individual é o primeiro objectivo,
cer que a lei do relacionamento hu-
a própria essência de Deus, que dá
passando por cima dos outros porque
mano é a do amor, como eros e como
sentido à vida; porque ela é, então,
se o indivíduo é um fim em si próprio
ágape, e não a do poder, a da violên-
vida comunitária, vida de relação, vida
e o seu bem é o valor máximo, pode-
cia ou, pior ainda, a da indiferença.
de partilha
mos usar os outros como meios para
atingir esse fim.
Esta ideologia, que sobrevaloriza a autonomia da pessoa individual,
O que dá sentido à vida indivi-
A ODPS está apoiada neste
dual é a partilha com a vida do outro.
sustentáculo. E por intermédio das
Partilha respeitosa, interessada, au-
suas ajudas concretas e materiais,
têntica e afectiva.
indispensáveis, o que está a dizer às
é mais do que egocêntrica porque é
Não se trata de um relaciona-
pessoas e à Sociedade é que o amor
egolátrica. Faz da pessoa individual
mento desinteressado e distante, mas
pelos que precisam é que é o motor de
um deus, ao qual tudo deve ser sub-
sim de relacionamento empático, em
todas as acções. São gestos e servi-
metido. A ânsia de sucesso pessoal
que um eu, compassivo e bom, se de-
ços que levam consigo a humilde ofer-
que as televisões alimentam é uma
bruça sobre outro eu que carece de
ta de amor comunitário.
prova da aceitação da “religião” do eu,
atenção, companhia e ajuda.
do ego, exposto à “adoração” dos ou-
O Estado Social tentou travar
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
Oxalá
todos
compreendam
assim a mística da Obra.
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Obra Diocesana de Promoção Social
Bernardino Chamusca
Força Altruísta
Duas mil, quatrocentas e no-
dádiva, dar no anonimato de um gesto
venta e oito toneladas de alimentos
colectivo, dar sem medir o que resta,
foram quanto os Bancos Alimentares
dar mais de si do que do seu, tal é o
Contra a Fome recolheram nos dias
grande altruísmo que entendemos
28 e 29 de Novembro passado. Aque-
como uma virtude humanista de gran-
le número significa cerca de 40% mais
de efeito na sociedade.
do que em idêntica campanha reali-
O altruísta não necessita de
zada em 2008, o que, em tempos de
propagandear as suas acções, prefere
crise (e não só económica como, mui-
que outros façam a gestão das suas
to mais, de valores humanistas), é um
dádivas, aparece raramente em públi-
feito notável.
co, deixa que outros inseridos nas es-
No fundo, este resultado mos-
truturas criadas para a solidariedade
tra a inata vontade de dar as mãos aos
distribuam o que coloca à disposição
que mais precisam que vive aconche-
dos carenciados.
gada no íntimo das mulheres e homens
Neste sentido, citando Flávio
de boa vontade. O que é ainda mais
Gikovate, autor brasileiro, o altruísta
relevante se atendermos ao facto de a
pode, com propriedade, experimen-
dádiva não ter destinatário conhecido,
tar o genuíno prazer de dar, já que
ficar reduzida (ou, melhor, engrandeci-
não existe o risco colocar em xeque
da) por dar a quem não se conhece.
aquele que recebe, pois a sua dádiva,
Que a tua mão direita não
sem destinatário conhecido, não tem
saiba o que faz a esquerda… as-
o dom de aplacar os seus eventuais
sim é a caridade.
sentimentos de culpa. Isto é, quem dá
Por coincidência ou não, a li-
para acalmar a sua consciência gosta
turgia da Igreja Católica, num dos do-
de mostrar que dá e ser reconhecido
mingos anteriores tinha apresentado
como esmoler, o que pode conduzir a
como modelo de altruísmo a viúva de
uma certa vaidade. Porém, o que dá
Sarepta que, questionada pelo profe-
sem saber a quem, e só esse, é o her-
ta Elias para lhe dar de comer, ofere-
deiro da máxima franciscana que nos
ceu a última farinha à sua disposição
diz “é dando que se recebe”.
e com um pingo de azeite (o último!)
cozinhou uma parca refeição para o
profeta poder continuar sua missão.
Teve, segundo a Escritura, a devida
recompensa.
Dar sem olhar a quem, dar
sem pretender reconhecimento pela
D. João Miranda
Por um mundo mais fraterno
Não há melhor incentivo e melhor modelo, para construir um mun-
As nossas “estalagens” torna-
núria e agora não têm coragem de ir
rão o mundo à nossa volta mais frater-
pedir…
do mais fraterno, do que regressar ao
Se o problema é grande de
no, se se apresentarem de rosto lavado
retrato de S. Lucas sobre a Primeira
mais para um pequeno grupo, tem de
e fidalgo, de coração aberto e se, den-
Comunidade de cristãos, descrito nos
se ir ter com o Prefeito da cidade ou
tro delas, se respirar amor e paz. É bem
actos dos Apóstolos. É certamente
aldeia ou bater à porta de uma Institui-
difícil às vezes. Mas contamos sempre
uma imagem ideal e idealizada, talvez
ção maior e capaz. O Bom Samaritano
com a Graça de Deus e a Fortaleza do
nunca atingida. Mesmo assim, serve
levou o homem ferido na estrada e rou-
Espírito que fazem maravilhas. Nada
de ponto de apoio e de referência su-
bado pelos ladrões à ESTALAGEM. E
disto se constrói só com dinheiro. Tudo
blinhada, sobretudo porque é, para os
pagou as despesas.
isto se faz com AMOR. Deus é caridade
cristãos, Palavra de Deus. E diz assim:
Uma das ESTALAGENS actuais
e Amor. Então esteja Deus presente em
Eles mostravam-se assíduos ao ensina-
na cidade do Porto é a Obra Diocesana
nossos corações e nas nossas casas e
mento dos Apóstolos, à comunhão fra-
dos Bairros camarários. As Obras so-
tudo será bem mais fácil!
terna, à fracção do pão e às orações…
ciais, para tornarem o mundo mais fra-
O voluntarismo é um bem pre-
Reuniam-se e punham tudo em
terno, não podem “institucionalizar-se”
cioso que muito pode fazer a bem dos
comum: vendiam as suas proprie-
de mais no seu quotidiano. São Pesso-
outros. Mas pode levar-nos à tentação
dades e bens e dividiam-nos entre
as, são irmãos, são pobres aqueles a
de que somos nós quem tudo faz. Po-
todos, segundo as necessidades de
quem atendem. Normalmente chama-
demos erguer monumentos de pedra,
cada um (Actos 2, 42.44).
se-lhes “utentes”. Mas esse é um nome
erguer casas e mais obras, levantar
que despersonaliza. Estamos entre ir-
Torres de Babel que desafiam o pró-
mãos. Se não, lá se vai a fraternidade.
prio Deus. Se esse for o cimento das
Um mundo fraterno não cai do
Céu já feito nem cai feito das decisões
dos areópagos nacionais ou interna-
A Igreja não pode responder a
nossas obras, mais tarde ou mais cedo
cionais. É obra das nossas mãos, sus-
todas as carências dos habitantes de
cairão por terra, mesmo que a pedra
tentada pela graça de Deus. O mundo
aldeias e cidades. É ao Estado que
e o cimento se mantenham de pé. A
fraterno começa no meu coração, na
compete resolver as questões sociais.
Obra não é nossa, é de Deus. Sem Ele,
minha casa, na tua casa, na nossa fre-
Mas a Igreja aquilo que fizer deve ser
damos espectáculo mas não aquece-
guesia, na nossa empresa, na nossa
de qualidade no atendimento, no aco-
mos os corações. Disso é que precisa
Instituição, na nossa cidade.
lhimento, no carinho, no respeito pela
o mundo actual, tanto ou mais do que
de dinheiro e Bancos.
Juntando muitos grãos é que
justiça social dos seus funcionários, na
se enche o celeiro. Onde haja dois ou
atenção à situação de cada pessoa. A
três de coração unânime, facilmente se
Igreja não deve dar espectáculo e muito
descobre ao lado ou bem perto uma
menos apresentar um rosto de peque-
chaga social, um irmão ferido, uma
no burguês. Há muitas formas de pou-
pessoa com fome. Às vezes é preciso
par e ser discreto, sobretudo quando
ir à procura, porque debaixo de telhas
os bens não são nossos. Bem-aven-
há hoje muitos pobres envergonhados.
turados os pobres em espírito, porque
Nunca passaram por situações de pe-
deles é o reino dos Céus!
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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Obra Diocesana de Promoção Social
João Alves Dias
Vestindo corações de afectos
“ E quem é o meu próximo?
Centro de Convívio numa cave do
ternal da Igreja e fez-se coração junto
Jesus então disse: Um homem
bloco 19. Foi a primeira realização no
dos mais desprotegidos.
descia de Jerusalém a Jericó e caiu
bairro que se tornou pólo gerador de
Este coração foi crescendo, à
despojado nas mãos de ladrões, que
Comunidade. Era lá que os moradores
medida que a obra, qual árvore ben-
o despojaram. (…) Qual destes três te
se encontravam para tomar um café
fazeja, foi estendendo os seus ramos
parece ter sido o próximo daquele ho-
ou assistir aos programas da televi-
pelos muitos bairros da Cidade. Diver-
mem que caiu nas mãos dos ladrões?
são. Os corações foram-se vestindo
sificaram-se os serviços, multiplica-
Respondeu o doutor: Aquele que usou
de afectos… e as amizades foram-se
ram-se os trabalhadores, os utentes,
de misericórdia.” Lc 10, 29-37
cruzando e enraizando.
os amigos mas o mesmo coração
O sacerdote responsável pela
continua a animar e a ritmar todo o
seu trabalho.
A Obra Diocesana, desde o
Obra, foi viver para uma casa do blo-
seu início, fez-se “próxima” daqueles
co 15. Passou a ser um vizinho entre
Como me congratulo com o
que tinham sido despojados das suas
vizinhos. Normalmente, usava uma
carinho que a Obra dedica à Terceira
casas, dos seus amigos, dos seus ni-
capa sobre a batina eclesiástica. As
Idade! Quem passou a vida a acon-
chos afectivos de convivência. E fez-se
crianças acotovelavam-se debaixo da
chegar os outros bem merece o nosso
junto deles para com eles humanizar
sua capa. Algumas delas eram bem
afecto.
os novos espaços habitacionais.
traquinas… O sacerdote a todas afa-
Quanto me alegro, volvidos
A Obra escolheu o Bairro do
gava. Quantos, ainda agora, já com
mais de 45 anos, ver como a Obra
Cerco do Porto para iniciar o seu tra-
mais de cinquenta anos, recordam
Diocesana cresceu e como continua a
balho junto das populações: porque
com saudade esses passeios debaixo
vestir de afectos o coração de quantos
era um dos maiores bairros e porque
da capa.
nela trabalham ou dela beneficiam.
estava, à data, a ser ocupado por fa-
A “Casa dos Rapazes”, lugar
Receber é bom. Dar é melhor.
mílias vindas das mais diversas partes
de convívio dos jovens, tornou-se
Dar-se é ainda melhor. Dar-se com ter-
da cidade. Famílias que se sentiam to-
mais um pólo fazedor de “proximida-
nura e alegria é SUBLIME.
talmente desenraizadas e onde o vizi-
de”. Ainda hoje são muitas as amiza-
nho não conhecia o do lado. Era essa
des que permanecem. Quantos casa-
a política da época: desfazer as co-
mentos nasceram dos encontros dos
munidades humanas que viviam nas
jovens nas muitas actividades que a
ilhas, dispersando-as pelos múltiplos
Obra desenvolvia. Os afectos fizeram-
bairros da Cidade.
se “Amor” e uniram corações para
É sintomático que, nas primei-
toda a vida.
ras reuniões que, bloco a bloco, a Obra
A “Sala de Estudo”, e o “Jardim
realizou para detectar as principais ne-
Infantil” e as “Colónias de Férias”…
cessidades do bairro, tenha surgido,
Quanta afeição se foi gerando. Como
à cabeça, o desejo de um espaço de
diz o ditado popular: “Quem meus fi-
convívio. Assim nasceu a “Comissão
lhos beija, minha boca adoça…”
do Centro de Convívio” que abriu um
A Obra nasceu do espírito ma-
+João Lavrador
Bispo Auxiliar do Porto
Ensinar a sorrir
Percorrendo as notícias da comunicação social, deparamo-nos com
humano. Também aqui é necessário
criança ou idoso, em qualquer cultura,
ensinar a sorrir.
raça ou cor, a sorrir.
tantas situações de destruição, mortes,
Abrindo as portas das nossas
Os cristãos sabem quem é
burlas, homicídios, ódios, separações,
instituições de apoio social deparamo-
Este que todos esperam. É Jesus
violações e mal-tratos, abandono e so-
nos com crianças e idosos que, espe-
Cristo. Sabem-no por experiência da
lidão, de abusos ecológicos, numa pa-
lhando-nos o sorriso do bem encontra-
alegria única e incomparável que Ele
lavra, atentados à dignidade humana.
do, ensinam-nos o caminho que nos
produz nas suas vidas. Impõe-se-lhes
Neste contexto, urge ensinar um novo
leva ao encontro de tantos outros que
a obrigação de a comunicar aos que
estilo, mudança de comportamentos e
esperam de nós o laço contagiante do
dela têm necessidade. É responsabi-
de atitudes, urge ensinar novos mode-
sorriso que transmite a alegria de viver.
lidade de todos os cristãos de dar as
O profeta Isaías, reconhecendo
mãos aos que solidariamente ensinam
los que ajudem as pessoas a sorrir.
Colocando-nos numa atitude
a situação de miséria e de escravidão
a sorrir através de gestos generosos,
de olhar atento aos rostos das pesso-
do seu povo, mas, também, ilumina-
de carinho e de amor, mas sobretudo
as que se cruzam connosco na rua, ou
do pela revelação de Deus que o ama
de ensinar o caminho para o encontro
em lugares públicos, dominam os tra-
infinitamente, sente que é chamado
com Aquele que se fez um de nós para
ços de tristeza, de preocupação e de
a proclamar uma Boa Notícia que se
nos ensinar a sorrir de modo profundo
desconfiança. Perante estas situações,
traduzirá em compromisso concreto
e sem entraves.
importa actuar solidariamente para
por restaurar a alegria e a libertação
Esta é a grande aprendizagem
reconstruir rostos que façam a experi-
do povo eleito de Deus. Ele mesmo
que a celebração do Natal produz na
ência da alegria e ensinar os corações
afirma: «O Espírito do Senhor repousa
humanidade e esta é a responsabilida-
a lançar impulsos de felicidade que se
sobre mim, porque o Senhor me un-
de que o nascimento de Jesus exige
contemplem no semblante dos nossos
giu, enviou-me a levar a boa nova aos
dos cristãos.
irmãos.
que sofrem, a curar os corações des-
Que as palavras de Paulo
Situando-nos na cultura e na
pedaçados, a anunciar a amnistia aos
«Alegrai-vos sempre no Senhor, repi-
sociedade que nos envolve e da qual
cativos, e a liberdade aos prisioneiros,
to alegrai-vos» (Fil.4,4) encontrem eco
partilhamos, sentimos que em variadas
a proclamar um ano da graça do Se-
no coração dos que seriamente estão
posições legislativas ou de confronto
nhor (…) a consolar os tristes, a dar aos
abertos à vinda de Deus e se transfor-
social, de fracturação de modelos de
amargurados de Sião uma coroa em
mem em missão perante todos os que
vida e de mutilação ética, transpare-
vez de cinzas, o óleo da alegria em vez
esperam sinais sensíveis do nascimen-
ce uma existência sem abertura para
de luto, a glória em vez de desespero»
to de Jesus Cristo, para que também
o futuro, movendo-se à volta da sua
(Is.61, 1-3).
eles sorriam!
própria frustração perante o presente
Os olhos dos nossos contem-
Para toda a comunidade da
e sem significado para a vida. Perante
porâneos estão colocados em Alguém
Obra Diocesana faço votos de vivência
tal cultura, sociedade e modelo de ser
que, para muitos desconhecido, lhes
de um santo Natal.
pessoa, importa o esforço, a lucidez e
venha oferecer o que Isaías profeti-
a coragem para apresentar um futuro
camente anuncia. Isto é, Alguém que
aberto e transcendente digno do ser
ensine cada homem, mulher, jovem,
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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14
Obra Diocesana de Promoção Social
Manuel Amial
Obra Diocesana recebeu Prémio Infante Dom Henrique
O reconhecimento da sociedade civil pelo trabalho solidário da Obra Dioce-
to do Porto Palácio Hotel, na presença
sana de Promoção Social chegou no passado dia 12 de Dezembro pela mão dos
de cerca de 400 pessoas, entre confra-
responsáveis da Confraria das Tripas à Moda do Porto.
des, confreiras e convidados.
A Confraria no âmbito da sua intervenção, decidiu atribuir o Prémio Infante
O Presidente da Direcção da
Dom Henrique 2009, este ano na sua quinta edição, na categoria “Instituição” à
Confraria, Chefe Hélio Loureiro, abriu o
Obra Diocesana de Promoção Social.
jantar saudando todos os presentes e
Intervenção cívica que, segundo a própria confraria, “visa honrar a univer-
de um modo especial os galardoados,
salidade do Infante e os valores da liberdade, justiça, igualdade, fraternidade, Coe-
numa intervenção plena de afectos,
rência, partilha, que impregnam o incomensurável alcance da sua expansão e aos
lembrando a quadra natalícia que se
quais, humildemente, a Confraria se devota, na defesa, preservação e promoção da
atravessa e os valores das gentes do
Alma Tripeira e do seu valor”.
Porto e das suas tradições.
O Júri que atribuiu este galardão foi presidido pelo Professor Helder Pa-
A locutora Jacinta Oliveira, da
checo, escritor e professor, tendo como vogais a Dra. Raquel Loureiro, professora
Rádio Renascença, foi a apresentadora
e deputada à Assembleia da República, D. Maria do Céu Pinto, Coordenadora Co-
de serviço, também ela uma portuense
mercial da “Revista de Vinhos”, Dr. Arnaldo Araújo, Delegado de Saúde Médica do
e uma aficionada da Alma Tripeira.
Porto e Hélio Loureiro, Chefe de Cozinha do Porto Palácio Congress & SPA.
O Presidente do Júri, Prof. Hel-
O Júri decidiu também atribuir o prémio a outra Instituição, ao Espaço T, na
der Pacheco, falou sobre a decisão do
categoria “Solidariedade” e ainda a cinco personalidades nas seguintes categorias:
Júri e da sua relevância para contrariar a
Manuel Poças Pintão (Gastronomia), Miguel Vieira (Inovação), Luísa Dacosta (Lite-
tendência para a ingratidão e o esqueci-
ratura), Alcino Soutinho (Escultura/Pintura) e D. Manuel Martins (Carreira/Persona-
mento por parte da sociedade potuense
lidade).
em relação a quem nela se distingue,
A entrega dos prémios Infante Dom Henrique aos galardoados foi feita du-
tendo referido o contributo da confra-
rante o jantar que a Confraria realizou no passado dia 12 de Dezembro, na sala Por-
ria para relevar o mérito dizendo que
Chefe Hélio Loureiro;
Dra. Ana Maria Príncipe apresentou a ODPS;
Panorâmica dos convivas;
“Quem faz o que pode, faz o que deve”.
que o prémio recebido também a eles se deve e dedica.
A receber o Prémio Infante Dom
Américo Ribeiro entendeu também relevar o valor do reconhecimento como
Henrique em nome da Obra Diocesana
um estímulo para quem faz o seu melhor todos os dias, ajudando a dar a felicidade
de Promoção Social esteve o seu Pre-
e a esperança a quem dela precisa, e, também considerá-lo como um impulso para
sidente do Conselho de Administração,
fortalecer esse trabalho, cada vez mais difícil mas, também por isso, aliciante para
Américo Ribeiro.
quem não vira a cara aos desafios.
A apresentação da instituição
O Presidente da Obra Diocesana aproveitou a oportunidade para desejar
galardoada foi feita pela Dra. Ana Maria
os maiores sucessos à Confraria, felicitar os restantes galardoados distinguidos,
Príncipe, que historiou o seu nascimen-
destacando a personalidade de D. Manuel Silva Martins e o seu trabalho pastoral e
to e o seu crescimento e a relevou ao
de intervenção social.
papel importante que hoje desempenha
na cidade do Porto.
Um momento cultural de rara beleza encerrou a cerimónia, com os protagonistas do projecto “Two Pianists” – Luís Magalhães e Nina Shumann – ambos
Américo Ribeiro, em nome da
professores de piano no Departamento de Piano da Universidade de Stellenbosch
Obra Diocesana, agradeceu o galardão
na África do Sul, que interpretaram um extracto de uma peça musical do russo
recebido e disse sentir-se muito honra-
Sergi Rachmaninoff.
do com a distinção e, acima de tudo,
O jantar teve animação musical do conceituado conjunto “Bruce Brothers”
feliz pelo reconhecimento do trabalho
até de madrugada, num ambiente de amizade e confraternização a todos os títulos
solidário que a Obra vem realizando na
louvável, graças à arte de bem receber do Porto Palácio Hotel, unidade hoteleira
cidade do Porto ao longo destes últimos
que também vem acolhendo anualmente, no mês de Maio, os jantares de benefi-
45 anos.
cência da Obra Diocesana.
Um trabalho feito com amor ao
próximo por muitos colaboradores ao
serviço da Instituição, considerando
Américo Ribeiro agradeceu homenagem;
Galardão atribuído à ODPS;
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
Actuação do “Two Pianists”
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Obra Diocesana de Promoção Social
Cónego Rui Osório
Jornalista e Pároco da Foz do Douro
Ânimo na missão sociocaritativa
De 1971 a 1974 passei fugaz-
a pastoral litúrgica. Estas perderiam vi-
tudo perdido. É mais uma razão para
mente pelo Instituto Superior de Serviço
gor sem a prática daquela. A Igreja, no
que profissionais e voluntários cumpram
Social do Porto como professor de Teo-
mistério de Cristo, não vive para si, mas
com honra a missão sociocaritativa, na
logia do Trabalho e Teologia do Desen-
para o mundo a quem deve anunciar
animação das realidades temporais. É o
volvimento. Era a altura, em Portugal, da
Cristo e o Evangelho. Da prática efec-
caso da Obra Diocesana de Promoção
chamada Teologia do Genitivo: Teologia
tiva da caridade, faz parte a defesa e a
Social, que bem pode ser exemplar nes-
das Realidades Terrestres, Teologia Po-
promoção da dignidade humana e dos
te tempo de “Missão 2010 – correspon-
lítica, Teologia do Trabalho e Teologia
direitos de homens e mulheres que que-
sabilidade para a nova evangelização”,
do Desenvolvimento, entre outras. Uma
rem realizar-se com qualidade de vida.
levando a luz do Evangelho a quem tem
moda que se foi desvanecendo por falta
O trabalho brioso dos profissionais e o
vida difícil nos bairros do Porto, desper-
de a aprofundamento, sistematização
papel generoso dos voluntários podem
tando-lhes a esperança.
e consistência. Havia, porém, nesses
ajudar e muito.
tempos de renovação eclesial, quando
Assisti, logo a seguir à Revolu-
também se desejava a transformação
ção de Abril, que nos garantiria a de-
da sociedade portuguesa, muita gene-
mocracia, à perda da identidade cristã
rosidade. Tudo isso se enquadrava bem
daquele Instituto de Serviço Social. Não
na moderna Doutrina Social da Igreja,
creio que se tenha ganho muito com
de que D. António Ferreira Gomes se
isso. A sua orientação cristã, fiel às suas
tinha revelado profeta.
origens, poderia ser, ainda hoje, a sua
Foi o antigo Bispo do Porto, D.
mais-valia. Foi pena que não houvesse
António Ferreira Gomes, quem teve a
quem, e dos mais responsáveis da di-
ideia de fundar, no Porto, o Instituto de
recção do Instituto, soubesse dialogar
Serviço Social. Para a sua fundamenta-
com os mais reivindicativos. Foram pou-
ção jurídica, em 1956, já tinha sido cria-
cos os que deram a cara para assegu-
da a Associação de Cultura e Serviço
rar alguma tranquilidade. Fui um deles,
Social.
nesses tempos abrasivos, com o meu
Quando cheguei ao Instituto já
prezado amigo padre José Maria Cabral
muitas assistentes sociais tinham-se en-
Ferreira. Depois, que remédio, o Institu-
tusiasmado com as suas experiências
to seguiria o seu rumo, aquém de alter-
nos bairros sociais do Porto que tanto
nativa credível que justificasse ter cor-
viriam e continuam a beneficiar, há mais
tado o cordão umbilical que o ligava à
de 40 anos, da prestigiante e meritória
Igreja. Não conseguiu a sua integração
Obra Diocesana de Promoção Social.
no ensino superior oficial e acabaria por
Foi no Instituto que mais me convenci que a pastoral sociocaritativa não
reger-se pelo Estatuto de Ensino Superior Particular e Cooperativo.
deve ser o parente pobre, se e quando
Quando a Igreja fica sem as suas
comparada com a pastoral profética e
instituições, não quer dizer que esteja
Conselho de Administração
Prémio Pessoa 2009
distingue D. Manuel Clemente
O Prémio Pessoa 2009 foi atribuído a Sua Excelência Reverendíssima,
Reverendíssima D. Manuel Clemente.
Com uma capacidade de co-
D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, Patrono da Obra Diocesana de Promoção
municação extraordinária e um elevado
Social.
O Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social en-
sentido de equilíbrio e ponderação, Sua
Reverendíssima impõe-se como um
viou a seguinte mensagem de felicitações:
Foi com profunda satisfação e um imenso orgulho que o Conselho de Ad-
novo paradigma de intervenção social
ministração da Obra Diocesana de Promoção Social tomou conhecimento da atri-
da Igreja, promovendo um diálogo aber-
buição do Prémio Pessoa 2009 a Sua Reverendíssima.
to e inteligente dos desafios que todos
Esta pertinente distinção a uma figura ímpar da Igreja e da sociedade portu-
enfrentamos.
guesa constitui um justo reconhecimento por todo o trabalho desenvolvido por Sua
Conselho de Administração
Homenagem
ao Rev. Pe. Lino Maia
No passado dia 27 de Novembro, o Pe. Lino Maia, Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, pároco de Aldoar (Porto), responsável pelo Centro Social de São Martinho de Aldoar e Assistente Eclesiástico
da Obra Diocesana de Promoção Social foi alvo de uma meritória homenagem por
parte do Rotary Clube de Vila do Conde.
Este clube de serviço atribuiu a distinção de mérito profissional a uma
pessoa que em toda a sua vida tem seguido a máxima rotária “Dar de si antes
de pensar em si”. Numa comovente homenagem à obra e à pessoa do Pe. Lino
Maia, vários foram os testemunhos pessoais e profissionais que demonstraram
a motivação, o empenho e a dedicação de uma vida que se tem pautado pelo
bem-fazer à comunidade.
neste tributo.
Num agradável jantar, realizado num restaurante no concelho natal do Pe.
PARABÉNS ao Senhor Padre
Lino Maia, muitos foram os amigos que nessa noite se juntaram para participar
Lino Maia pelo seu louvável percurso
nesta justa homenagem.
e por todos os projectos que pretende
O Conselho de Administração da Obra Diocesana fez-se representar
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
concretizar!
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18
Obra Diocesana de Promoção Social
João Miguel Pratas
Director do Economato, Logística e Manutenção
Nutricionista
Mónica Taipa de Carvalho
Directora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Advogada
Festa de Natal dos Filhos dos Colaboradores
No mês em que se celebra o Natal, o Conselho de Administração da Obra
abruptamente interrompida por aquela
Diocesana encerra o seu calendário anual de actividades com uma tarde de festa e
que viria a ser a estrela da tarde – o Pa-
diversão dirigida aos filhos dos colaboradores da Instituição.
lhaço Pintarolas.
A Festa de Natal tornou-se já uma tradição, sendo aguardada com muita
A partir deste momento, as gar-
expectativa pelos mais jovens, mas também pelos seus pais que aproveitam para
galhadas foram uma constante, pois
partilhar alguns momentos de convívio.
nem os miúdos, nem os graúdos con-
Mais uma vez, a festa realizou-se no auditório da Casa Diocesana – Semi-
seguiram ficar indiferentes ao humor in-
nário de Vilar. Na sua quarta edição, as crianças foram acolhidas por um simpático
teligente, perspicaz e permanente desta
palhaço malabarista que, ao acompanhar os mais pequenos, ia desvendando as
personagem, que depressa solicitou a
surpresas que os aguardavam. Também à entrada, o já famoso grupo de percussão
presença do Presidente no palco. Em
“A Obra a Rufar” exibiu toda a força e energia que os jovens músicos incutem em
curtos minutos, o Senhor Américo Ri-
todas as suas actuações.
beiro agradeceu a presença de todos,
Depois desta recepção todas as crianças puderam escolher um leque de
elogiou os pais que perceberam que
actividades lúdicas variadas que incluíam realização de teréres, desenhos e pintura
esta era a festa dos seus filhos e, como
colectiva e muitos pulos e saltos no leão insuflável que muito divertiu os meninos.
tal, não deixaram de lhes proporcionar
Logo após a entrada no auditório, o grupo “A Obra a Rufar” continuou a sua
uma tarde de alegria e diversão. Disse
actuação, tendo inclusivamente recrutado o nosso Presidente para animar a festa,
ainda “venham sempre, pois enquan-
tocando um dos tambores.
to formos Conselho de Administração
Finda a actuação destes jovens, a música não parou, tendo continuado
com o talento das “Vozes Trinadas”. Este grupo presenteou a audiência com uma
reinterpretação de vários temas da música popular portuguesa. A última música foi
sempre faremos o esforço para oferecer
aos vossos filhos esta festa”.
Com a participação de alguns
dos elementos do público, o Pintarolas
consegui, habilmente, contar uma bonita história infantil, onde não faltou um
príncipe, uma princesa, uma fada e até
um “mauzão”.
Finda a história, chegou o momento mais desejado por todas as
crianças. Era o momento da entrega
das prendas, acompanhada de um saquinho de chocolates e uma fotografia
com o Pai Natal. Quase 200 crianças
subiram ao palco com uma alegria contagiante, correndo para a sua prenda
que rapidamente desembrulharam.
A festa terminou com uma palavra de encerramento do Senhor Presidente que desejou a todos um santo
Natal e um feliz 2010.
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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Obra Diocesana de Promoção Social
João Miguel Pratas
Director do Economato, Logística e Manutenção
Nutricionista
Ceia de Reis 2010
em tempo de reflexão, de gratidão e de reconhecimento
Como já é tradição, o quadragé-
cesana, os seus Órgãos de Gestão, a
Porto, Prof.ª Doutora Guilhermina Rego;
simo sexto ano de vida da Obra Dioce-
Liga dos Amigos, entidades religiosas
do Director Adjunto do Instituto da Segu-
sana começou com uma das iniciativas
e civis, beneméritos, amigos e fornece-
rança Social – Centro Distrital do Porto,
mais emblemáticas da Instituição – a
dores da Instituição reuniram-se, sob a
Dr. Luís Vale; e da Vice-Presidente da
Ceia de Reis.
presidência de Sua Excelência Reveren-
Comissão de Coordenação e Desenvol-
díssima D. João Miranda, Bispo Auxiliar
vimento Regional do Norte, Prof.ª Douto-
da Diocese do Porto.
ra Ana Teresa Lehmann.
No passado dia 9 de Janeiro, a
grande família da Obra Diocesana reuniu-se na Quinta do Vieira, em Paranhos,
na cidade do Porto.
Os colaboradores da Obra Dio-
Destacamos a presença da Ve-
Ilustres foram também as pre-
readora do Pelouro do Conhecimento e
senças do Presidente da Cáritas Portu-
Coesão Social da Câmara Municipal do
guesa, Prof. Doutor Eugénio da Fonseca;
ta, mais assídua, mais dinâmica e mais
do Presidente da Confederação Nacio-
Conselho de Administração, Sr. Américo
nal das Insti-tuições de Solidariedade,
Ribeiro. Seguiu-se o Momento de Re-
atenciosa”. Relembrou que esses par-
Pe. Lino Maia; do Presidente da União
flexão, no qual foi lido o texto “Coração
ceiros, “que foram os protagonistas na
Distrital das Instituições Particulares de
Agradecido!” de autoria da Confhic.
criação desta Obra, há quarenta e cin-
Solidariedade Social – Porto, Prof. Artur
Ainda antes do jantar, decorreu
co anos, são os principais responsáveis
Carvalho Borges; e do Presidente do
o primeiro momento musical da noite,
pela sua vida, pela sua continuidade,
Banco Alimentar Contra a Fome – Porto,
a cargo d’ “A Obra a Rufar”. Este grupo
pela sua eficiência. Possuem responsa-
Eng. Rui Leite de Castro.
de crianças do ATL da Obra Diocesana
bilidades acresci-das na medida em que
Os Professores Doutores Daniel
transformou-se, em pouco mais de um
têm o dever e a obrigação de defender e
Serrão e Francisco Carvalho Guerra ma-
ano, numa referência da nossa Institui-
preservar o que os seus antepassados
nifestaram o seu apreço pela Instituição,
ção. Com os seus bombos, e sob a di-
fundaram”.
marcando presença na Ceia de Reis.
recção de Ângelo Santos, estes jovens
Em relação à Câmara Munici-
O Dr. Barros Marques, Presiden-
alegraram todos aqueles que os ouvi-
pal do Porto, o Senhor Presidente disse
te da Cáritas Diocesana do Porto; o Pe.
ram, que ficaram sensibilizados pelo seu
que esperava o “cumprimento integral
Dr. Manuel Correia Fernandes, Director
empenho e criatividade.
do acordo com o protocolo feito com a
da Voz Portucalense; o Cón. Fernando
No Momento do Presidente do
Obra Diocesana e que se comecem a
Milheiro Leite; e vários representantes
Conselho de Administração, o Sr. Amé-
ver, com a brevidade requerida, passos
das Juntas de Freguesia da cidade esti-
rico Ribeiro começou por recordar o ano
completos nesse sentido”.
veram igualmente presentes. O Sr. Jorge
que tinha passado e alertar para as difi-
Magalhães representou a Liga dos Ami-
culdades que se avizinham em 2010.
À Segurança Social solicitou a
contratualização de mais Acordos de
Neste contexto, frisou que os
Cooperação, em particular na resposta
A Ceia de Reis teve início com a
parceiros da Obra Diocesana devem
social de Apoio Domiciliário. Cimentou
Invocação proferida pelo Presidente do
ter uma “intervenção ainda mais direc-
esta pretensão com a garantia de que
gos da Obra Diocesana.
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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Obra Diocesana de Promoção Social
a Obra Diocesana reúne “condições hu-
sente a sociedade e age em favor da so-
No Espaço do Reconhecimen-
manas e físicas para alargar o campo de
ciedade, clamando pela justiça, pela fra-
to, foi homenageado um dos grandes
cobertura a famílias carenciadas e espe-
ternidade e pela igualdade na liberdade”.
Amigos da Obra Diocesana e uma das
ciais, que ainda não possuem este carinho, afecto e amor”.
No programa da Ceia de Reis,
figuras de destaque do panorama inte-
seguiram-se três momentos importan-
lectual do país – o Prof. Doutor Francisco
Carvalho Guerra.
Por fim, apelou à Diocese do
tes: o Espaço da Gratidão, o Espaço do
Porto para a continuidade do estímulo,
Agradecimento e o Espaço do Reconhe-
da motivação, do acompanhamento e
cimento.
da colaboração.
No Espaço da Gratidão, o Con-
Depois destes bonitos e emotivos momentos de homenagem, decorreu a intervenção de D. João Miranda,
Bispo Auxiliar do Porto.
Seguidamente, dirigiu uma pala-
selho de Administração homenageou
vra ao Banco Alimentar Contra a Fome
as colaboradoras que completaram 25
Sua Excelência Reverendíssima
– Porto. Salientou que este parceiro de-
anos ao serviço da Instituição. Cada uma
começou por felicitar todos aqueles que
sempenha um “papel importantíssimo
foi presenteada com a imagem de Nossa
foram agraciados naquela noite e saudar
na vida da Obra Diocesana, pois não
Senhora, uma peça em cristal, ex-líbris
o Conselho de Administração, as várias
estima, nem mede a sua participação,
da Instituição.
entidades presentes e todos os colaboradores da Obra Diocesana.
apenas pretende ajudar, ajudar, ajudar, o
O Espaço do Agradecimento
que permite formatar um exemplo mara-
trouxe um justo tributo a um dos be-
Disse que “os Reis significam a
vilhoso”. Também nesta linha, enalteceu
neméritos da Obra Diocesana – o Sr.
manifestação de Jesus para aqueles que
e reconheceu os muitos amigos e ben-
Estêvão Gomes de Araújo, o qual, na
vieram de longe. A Obra Diocesana tra-
feitores da Obra Diocesana.
companhia da sua esposa, Sr.ª D. Virgí-
balha todos os dias sem se manifestar;
O Senhor Américo Ribeiro ter-
nia Araújo, recebeu a imagem de Maria
nas suas casas, com as crianças, com
minou o seu discurso declarando que
pelas mãos de Sua Reverendíssima, D.
os adolescentes, com os idosos”. Sua
a Obra Diocesana “está na sociedade,
João Miranda.
Reverendíssima afirmou que, naquela
noite, a Obra Diocesana se manifestou,
eterno talento, o Conselho de Adminis-
Carvalho Guerra dirigiu-se aos presen-
continuando a ser “uma Obra de Amor,
tração agraciou todos os convidados
tes dizendo que tinha sido apanhado de
capaz de dar cor à vida e recriar o mun-
com uma lembrança – um exemplar do
surpresa, mas que essa tinha sido uma
do com a beleza dos seus gestos”. Refe-
livro “Sacerdotes em Cristo”.
surpresa muito agradável.
riu que era precisamente isso que a Obra
Aquela edição, publicada pela
No seu discurso, e dirigindo-se
Diocesana fazia, “recriando o mundo, o
Paulus Editora, reúne os depoimentos
aos colaboradores da Instituição, agra-
nosso mundo humano, o nosso mundo
de doze sacerdotes que foram convida-
deceu a acção que desenvolvem na
social, o mundo dos mais pobres”.
dos a dar o seu testemunho, exprimindo
cidade do Porto, questionando “o que
Por fim, desejou que “a Obra
as motivações da sua vocação para a
seria desta cidade se a Obra não existis-
Diocesana continue a ser a Obra discre-
vida religiosa. Um desses testemunhos é
se?” e “quantas pessoas não morreriam
ta, que faz o Bem, sem às vezes saber a
precisamente de Sua Reverendíssima D.
se a Obra Diocesana não existisse?”.
quem, e faz o Bem e sempre por amor”.
Manuel Clemente, Bispo do Porto.
Terminou, pedindo a todos que
O programa continuou com o se-
Por outro lado, aquele livro tem
“amem sempre para terem a alegria in-
gundo momento musical da noite, desta
também uma forte componente solidá-
terior que o Amor nos traz quando servi-
feita a cargo do Grupo Coral dos Avós
ria, dado que parte das suas receitas
mos os outros”.
da Obra Diocesana. Este grupo, dirigido
revertem a favor de dois seminários em
pela Sr.ª D. Maria de Jesus Góis, cantou
Moçambique.
Seguiu-se a intervenção da Prof.ª
Doutora Ana Teresa Lehmann, que pres-
as Janeiras a todos os presentes, cele-
O período das intervenções ini-
tou “homenagem ao generoso e magní-
brando, também desta forma, o Anún-
ciou-se com a palavra do Prof. Doutor
fico trabalho que todos os dias [é realiza-
cio, aquele que é o tema do primeiro mês
Francisco Carvalho Guerra.
do] em prol dos mais necessitados e em
da Missão 2010.
Visivelmente sensibilizado pela
prol da cidade e da região”.
Depois deste momento, em que
homenagem que lhe tinha sido prestada
Transmitiu o seu testemunho
os nossos “Avós” demonstram o seu
alguns momentos antes, o Prof. Doutor
pessoal, dizendo que “conhecia a Obra
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
23
24
Obra Diocesana de Promoção Social
muito superficialmente, até ao momen-
pessoas que mais precisam, levando-
Enfatizou a importância da acção
to em que vi, in loco, aquilo que vocês
lhes precisamente a magia, o amor e o
social, da inclusão social e da igualdade
fazem”. Referiu que fez questão de co-
afecto.
de oportunidades, assegurando que es-
nhecer, na prática, as iniciativas e vários
A encerrar este momento, a
tes temas constituíam uma preocupação
dos espaços da Obra Diocesana, tendo
Prof.ª Doutora Guilhermina Rego afir-
central do Pelouro do Conhecimento e
ficado “deveras sensibilizada”.
mou que a acção social é uma aposta
da Coesão Social.
Concluiu dizendo que era impor-
do município do Porto e reconheceu que
Depois de uma noite plena de
tante que todos conhecessem a grande-
é funda-mental e determinante o envol-
momentos de dádiva, de testemunho,
za da Instituição, elogiando o esforço, a
vimento de toda a comunidade, sendo
de alegria e de partilha, o Senhor Amé-
generosidade e a entrega diária de todos
instrumental a existência de parcerias e o
rico Ribeiro encerrou a Ceia de Reis, re-
aqueles que servem a Obra Diocesana.
estabelecimento das mesmas, com vista
conhecendo que aquela tinha sido uma
a um bom aproveitamento dos recursos
noite de sucesso, que a todos enrique-
disponíveis.
ceu interiormente, e que esse sucesso
O Dr. Luís Vale foi o próximo a
usar da palavra. Referindo-se aos Reis
Magos e à magia que lhes está subja-
Neste âmbito, a Senhora Verea-
se deveu à presença de todos – colabo-
cente, elogiou o papel de todas as Ins-
dora afirmou que “a Câmara Municipal
radores e convidados – o que motiva e
tituições Particulares de Solidariedade
dará, no ano de 2010, cumprimento ao
dá felicidade a quem serve a Obra Dio-
Social. Reportando-se à Obra Diocesana
protocolo estabelecido [com a Obra Dio-
cesana.
em particular, enalteceu o seu trabalho,
cesana], tal como o tem vindo a fazer
“belíssimo e importantíssimo”, junto das
desde 2003”.
Invocação
Momento de Reflexão
Coração Agradecido!
Os três Reis Magos, do Oriente, depois de uma longa e difícil viagem, concretizaram o seu objectivo:
encontraram o Menino Jesus para O
adorarem e Lhe prestarem a sua homenagem.
Eles personificam os Povos da
Terra, unidos por laços fraternos, no
ideal de servir e amar.
À semelhança dos Reis Magos, também nós queremos enfrentar
as adversidades, com perseverança
e esperança, acreditando que o Bem
só se conquista pela transformação
da nossa energia, em solidariedade
e paz, numa simbiose, equilibrada e
harmoniosa, de sentimentos e procedimentos.
Invocamos o Menino Jesus
para que Ele ajude a cada um de nós
na viagem da vida, de forma a sermos
colaboradores, substanciais, nesse ideal de amor, ser-vindo!
Américo Ribeiro
Hoje, Senhor, vimos agradecer
O entrançado trabalho que a nossa vida supõe,
Para o acolher e querer continuá-lo,
Com os recursos de que dispomos.
Graças, Senhor,
Por todos aqueles que, pelo seu modo de ser, nos completam
Pelos que, compreensivos, sabem escutar-nos
Pelos que, com a sua bondade, nos tornam mais simples
Pelos que, ao corrigir-nos, nos fazem caminhar.
Graças pelos que, com o seu desacordo,
Acendem a verdade na nossa vida.
Graças pelos que, nos animam a lutar,
E nos alentam no caminho.
Graças pelos que, ao escutar-nos, nos acolhem,
E ajudam a descobrir-Te em cada momento.
Graças Senhor, pelos que, com constância,
Anunciam a Boa Notícia que és TU!
Acolhe a prece de um coração agradecido
Porque és em nós, sentido e luz
Graças, porque nos permites celebrar a vida como dom
E torná-la dádiva para os outros.
Confhic
Intervenção do Presidente do Conselho de Administração
Boa noite!
Saúdo todos com muito carinho
e enorme amizade.
Mais um ano decorreu, e bem
depressa. De novo juntos, física e, decerto, espiritualmente, e envoltos de alegria,
para celebrarmos a Festa dos Reis, a nossa Ceia de Reis!
Segundo o Evangelho de São
Mateus, os Reis Magos ofereceram,
ao Menino Jesus, ouro, incenso e mirra,
os presentes mais significativos e mais
apropriados, daquela época, para tão
Insigne Menino. Com os olhos neste lindo e proeminente exemplo e fazendo
algum paralelismo, a Obra Diocesana
também quer oferecer, e, efectivamente,
o seu presente com o máximo de brilho e
afeição e que ele seja o melhor, o mais
adequado, consoante os tempos e as
necessidades.
É nesta expectativa e esperança
que a sua vida vai prosseguindo e criando superiores contornos.
Num espírito festivo recordamos
um ano preenchido de serviço, um ano
de missão, de cumprimento das metas,
que se preconizaram, projectaram e monitorizaram, o qual engloba e expressa
momentos lindos e ternos, passagens,
que transmitem feitos importantes, episódios, extraordinariamente ricos, no campo da justiça social.
Um novo ano inicia e para que
aconteça outro sorriso no sector laboral
e balanço feliz, marcando dever bem
cumprido, não podemos deixar de ser
realistas e pensar que a agenda das preocupações ficará mais volumosa.
O 2010 trará, conforme a previsão, infelizmente, enormes dificuldades,
distribuídas por diversos segmentos, tornando-se urgente começar já a estruturar
os diferentes blocos. Porém, salvaguardase, não invalida a grande esperança,
que sempre acompanha o trajecto de
cada anuidade!
Então, caberá aos parceiros uma
intervenção ainda mais directa, mais assídua, mais dinâmica e mais atenciosa.
Estou convicto, estamos muito confiantes,
por-que acreditamos nas pessoas, não
obstante os obstáculos por que também
estão a passar, pois esta Instituição colabora na construção da verdadeira cidadania e não pode passar despercebida
essa sua intenção, essa sua fulcral função
social.
Esses parceiros, que foram os
protagonistas na criação desta Obra,
há quarenta e cinco anos, são os principais responsáveis pela sua vida, pela
sua continuidade, pela sua eficiência.
Possuem responsabilidades acrescidas
na medida em que têm o dever e a obrigação de defender e preservar o que os
seus antepassados fundaram com vínculo
e aperfeiçoamento no futuro próximo e
longínquo.
No que concerne à competência da Câmara Municipal do Porto, esperamos o cumprimento integral do acordo
com o protocolo feito com a Obra Diocesana e que se comecem a ver, com
a brevidade requerida, passos completos
nesse sentido.
A palavra é um compromisso de
honra. Este princípio de lealdade deixa
a certeza de que a atribuição de verbas
para dois mil e dez será sustentada no
rigor e na equidade.
Relativamente à Segurança Social, compete-lhe a obrigatoriedade na
abertura de mais acordos, fundamentalmente, no Apoio Domiciliário, facilitando, favorecendo e concorrendo para a
manutenção e melhoria, tanto quanto
possível, de uma Instituição credível, capaz de socorrer com eficácia manufacturada com qualidade em toda a sua
acção diversificada e multifuncional.
Reunimos condições humanas e
físicas para alargar o campo de cobertura a famílias carenciadas e especiais,
que ainda não possuem este carinho,
afecto e amor.
Nós queremos ir mais longe e
contamos convosco.
No que respeita à Diocese, é
essencial a continuidade do estímulo, da
motivação e de toda a sua acção directa
e eloquente, envolvendo o acompanhamento e a colaboração que só a mesma
sabe fazer.
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
Cabe aqui lembrar e enaltecer,
sem reservas, um parceiro, que não estando comprometido na mesma linha
dos acima mencionados, desempenha
um papel importantíssimo na vida da
Obra Diocesana, pois não estima, nem
mede a sua participação, apenas pretende ajudar, ajudar, ajudar, o que permite
formatar um exemplo maravilhoso.
Evidentemente que estou a referirme ao Banco Alimentar Contra a Fome
- Porto.
A mais expressiva e alargada
gratidão!
Aproveito também para referenciar, com enaltecimento, elogio, alegria
e reconhecimento as mãos caridosas de
muitos amigos e benfeitores da Obra
Diocesana, que procuram apoiar esta
boa causa, acolhendo-a, desde há já
alguns anos (início de 2006), oferecendo
donativos e encorajando, com palavras
acon-chegantes e consoladoras, o trabalho realizado, incluindo neste o que tem
for-mato voluntário de quem dirige, de
quem vai caminhando com vontade de
servir e de se dar, ultrapassando barreiras
de políticas governamentais, de quem vai
devastando adversidades, vislumbrando
a pretensão do fazer bem pelo bem.
Muitas dessas mãos caridosas,
que fazem acontecer a generosidade,
que promovem capacidades de dar e
elos sociais, não são portuenses, param
noutros pontos do país, mas conhecendo
a Instituição, consideram-na também prioritária na sua disponibilidade solidária
e isso é, obviamente, digno de grande
apreço!
No quadro do bom funcionamento, agrupam-se todos os colaboradores, num total de quatrocentos e dez.
Estes já o demonstram há muito
tempo, mas têm de procurar, sem limites, deixem-me dizer assim, formar uma
equipa, com os máximos requisitos, cujo
profissionalismo patenteie, irrepreensivelmente, referência pela competência, qualidade, modernização, união, articulação
e coordenação perfeitas, que perfilham.
Isso será sempre a alma do sucesso nas diferentes frentes em que se
posiciona e actua tão indispensável Instituição.
Acredito em todos vós e sei que
isto será a realidade da nossa Instituição.
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26
Sempre vivi, através de forma
muito profunda e sentida, os problemas
sociais relacionados com os mais vulneráveis: índices de pobreza, velhice,
abandono familiar, enfim, sofrimento e
carência.
Estes fenómenos inquietantes
moveram-me, desde muito novo, e, por
tal, associei-me a organizações para colaborar, para dar o meu contributo.
Neste seguimento, entregueime à Obra Diocesana, assim como os
restantes membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, com
gratuidade, transparência, motivação, rigor, responsabilidade, paixão, inovação
e total disponibilidade, desde 2004, terminando no próximo mês de Dezembro o
segundo mandato.
Muito investi, muito dei, mas muito
recebi e a riqueza de conteúdos de consciência e memórias encher-me-ão, continuamente, de alegria e tranquilidade.
Apenas uma nota importante:
quem nos vier substituir terá, forçosamente, que se pautar por estes valores.
Eles sustentam um trabalho assente na verdade e na lealdade, que chama
a si a confiança e a dimensão distintiva,
que é o bem.
É, pois, o bem que semeia, em
cada dia, a Obra Diocesana é o bem
que faz aproximar os saberes estabilizados das boas práticas, onde se abraçam
a generosidade e a caridade e isso
leva-nos, todos a reforçar a consideração
por esta Instituição como eixo central do
bem.
Está na sociedade, sente a sociedade e age em favor da sociedade,
clamando pela justiça, pela fraternidade e pela igualdade na liberdade.
Neste Ano Europeu, que agora
inicia, contra a Pobreza e Exclusão Social, ela saberá dar exemplo vivo de
como se dão as mãos para colaborar
no projecto, que fomenta a qualidade
de vida, o bem-estar social e a igualdade de oportunidades para todos,
reforçando a solidariedade humana e
a sensibilidade actuante.
Desejo a todos um ano com muita paz e favorável à felicidade, em que
as realizações previstas encontrem a sua
plena concretização.
Obrigado!
Obra Diocesana de Promoção Social
Espaço da Gratidão
Colaboradoras que completaram 25 anos ao serviço da Obra
Diocesana
Helena Florêncio, Zélia Alves, Isabel Cristina Vieira, Maria das Dores Dias, Maria do Carmo Silva,
Lurdes Pereira, Lurdes Oliveira e Madalena Carvalho
O trabalho dignifica o ser humano
e assume papel social muito importante.
O trabalho desenvolvido na Obra
Diocesana reveste-se de dedicação, sensibilidade e espírito missão, pois a sua abrangência envolve pessoas a cuidarem de pes-
soas especiais.
25 Anos de serviço, um quarto de
século, onde a entrega marca particularidade, merece ser destacado, enaltecido.
Parabéns e muita força para o futuro!
Espaço do Reconhecimento
Prof. Doutor Francisco Carvalho Guerra
As pessoas boas sabem apreciar
o Meio que os rodeia, o Mundo que as
envolve.
Admiram, com olhos de ver, com
delicadeza e beleza, as cores, os elementos da natureza, os gestos, os actos que
enfatizam de generosidade a Vida!
São precursores no sentido daqueles contribuírem, de forma indelével,
para anseios corporizados em realizações de solidariedade humana… aqui,
ali, acolá!
A beneficência é um mobilizador
que define o ser bom e inspira as várias
capacidades do homem como pessoa.
Não será preciso dizer que o Senhor Professor Doutor Francisco Carvalho
Guerra é um modelo neste quadro.
Poderei acrescentar apenas que
gera felicidade à sua volta e dita carinho
em todas as suas intervenções, quer sejam
em linguagem verbal falada ou escrita.
Em nome da Obra Diocesana,
em nome de todos, o nosso mais alargado reconhecimento pelo que é, pelo que
diz, pelo que faz.
A imagem de Maria é a lembrança que pretende exprimir esse nosso, esse
meu reconhecimento!
Parabéns!
Espaço do Agradecimento
Senhor Estêvão Gomes de Araújo
O agradecimento é uma atitude
afável, envolta de sentimento, que faz experimentar a alegria no que reconhece e
para quem é reconhecido.
Sr. Estêvão Gomes Araújo e Esposa D. Virgínia
Meus prezados e particulares Ami-
gos, Senhor Estêvão Gomes de Araújo e
sua Esposa D. Virgínia, um alargado e profundo agradecimento por tanta generosidade, que têm oferecido a esta Instituição.
As boas acções identificam quem
a pratica e quando revelam solidariedade
para com os mais desfavorecidos, confirmam experiência feliz.
Um dos tesouros da vida é possuir
um coração, que dê um lugar privilegiado
à caridade.
Obrigado por esse coração!
A nossa lembrança expressa esse
obrigado!
Mónica Taipa de Carvalho
Formação Profissional
Ao longo do ano de 2009, o Conselho de Administração conseguiu, uma
Todas estas acções de forma-
vez mais, cumprir o seu objectivo de dotar todos os colaboradores da Instituição
ção decorreram em horário laboral. O
dos devidos conhecimentos técnicos e práticos. Para tal, delineou um intensivo
cumprimento deste calendário envol-
calendário de formação que totalizou quase 800 horas.
veu um elevado espírito de compro-
Este ano, as áreas formativas abrangidas foram as seguintes:
misso por parte de todos os formandos, que conseguiram conciliar o seu
• Sistema de gestão da qualidade (SGQ) – atendimento e serviço ao clien-
desempenho profissional com as várias
te e avaliação da satisfação de clientes, monitorização e desempenho do SGQ,
formações, sempre com o firme propó-
auditores internos da qualidade, gestão da qualidade por processo;
sito de amanhã serem melhores.
• Práticas de cozinha, sistema de gestão de segurança alimentar;
• Primeiros socorros;
• Estimulação precoce, animação na infância, necessidades educativas
especiais, prestação de cuidados a idosos, animação na terceira idade;
• Transporte colectivo de crianças.
João Miguel Pratas
Campanha de recolha de alimentos
do Banco Alimentar contra a Fome
Em 28 e 29 de Novembro decorreu mais uma campanha de recolha de
(Amial), no Porto, bem como o transporte dos donativos angariados no Conti-
alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome.
Cerca de 27 mil voluntários participaram nesta campanha.
nente de Vila Nova de Gaia.
Ao longo do fim-de-semana ficaram encarregues pela recolha dos géneros
A Obra Diocesana contribuiu
alimentares nos estabelecimentos comerciais, seu transporte, pesagem e sepa-
ainda com alimentos para o almoço dos
ração.
voluntários que se encontravam nas insA nível nacional, os alimentos recolhidos irão apoiar mais de 1650 institui-
talações do Banco Alimentar.
ções de Solidariedade Social e, por via destas, cerca de 267 mil pessoas. No Porto,
Para o sucesso desta campa-
o Banco Alimentar angariou 443 toneladas de alimentos, o que representou um
nha foi decisivo o apoio, disponibilidade
acréscimo na ordem dos 20% em relação à campanha homóloga de 2008. Estes
e empenho destes voluntários, que me-
alimentos serão distribuídos por 400 instituições do distrito.
recem o nosso sincero agradecimento.
Uma das instituições beneficiadas por estes donativos é a Obra Diocesana
Estes alimentos irão ser uma
de Promoção Social. Dentro deste espírito de partilha, a Instituição esteve presente,
mais-valia para a acção social da Obra
de corpo e alma, nesta campanha.
Diocesana em prol da população mais
Uma equipa de voluntários assegurou a recolha das dádivas no Pingo Doce
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
desfavorecida.
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Obra Diocesana de Promoção Social
Manuel Tavares
Testemunho do Amor de Deus
Há cerca de um ano estivemos
Sermos velhos não nos iguala
Bem-aventurados aqueles que
aqui reunidos a propósito da idade
ou reduz aos trapos que já não servem
olham para a velhice e para a doença
que avança sem dar satisfações e das
para nada senão para ocupar espaço
como uma oportunidade aberta ao
doenças que nos ocupam a vida toda
ou incomodar.
exercício daquilo que de melhor há em
– celebrando a vida e o seu princípio e
fim: Deus.
Mais velhos ou gastos e mais
frágeis ou sofridos - somos uma vida
Estarmos doentes não nos as-
cada um: a fraternidade – ou seja, da-
semelha ou curva como o caracol que
quilo que aos olhos de Deus nos apro-
se fecha ao exterior e mirra até ao fim
xima e faz parte do seu desígnio para o
por dentro da sua própria casca.
Homem e para o Mundo: o Amor.
inteira e completa entre o pé que custa
Homens e mulheres como
Apesar de mais velhos e doen-
a arrastar e a cabeça que o faz mexer
quaisquer outros, não somos uma
tes - não somos nem mais nem menos
ou abandona à incapacidade.
“ilha”, ainda que rodeada de gente
do que os outros. Porventura seremos
por todos os lados - ou seja, não esta-
mais, até – e mais não porque seja-
mos sós, nem somos sós.
mos melhores ou superiores, mais in-
Somos, entre as fraquezas do
corpo e as forças do espírito, uma luta
entre o que nos puxa para baixo e o
Queiramos ou não, a nossa
teligentes ou mais honestos, mais co-
que nos obriga a andar direitos e de
velhice e doença são estado que bole
rajosos ou “duros de roer”, mais ricos
cara erguida - ainda que com recur-
com quem nos rodeia entre a família
ou vitoriosos, mais novos ou menos
so a uma muleta, a uma bengala ou a
e os estranhos tocados pela imagem
doentes, mas apenas porque temos
uma cadeira de rodas que substituam
que projectamos.
a oportunidade de enfrentar e vencer
a força dos ossos e dos músculos, ou
E bole porque o nosso estado
desafios, impedimentos, dificuldades
a um qualquer creme ou perfume que
incomoda, amedronta, preocupa, cria
e limitações que reclamam bastante
nos ajude a enganar as engelhas que
insegurança e lembra que aquilo que
mais, diferente e até melhor da nossa
se abrem sempre que temos de fazer
nos tocou em sorte também lhes pode
capacidade, determinação, energia e
um esforço maior.
vir a calhar.
vontade de viver para além do que é
Estamos velhos – uns mais,
outros menos.
Estamos doentes - uns pior,
outros melhor.
E bole porque a nossa velhice
ou doença os faz solidários e peregrinos a nosso lado na caminhada difícil
ou dolorosa que estamos a fazer.
normal.
A velhice e a doença dãonos outra dimensão da vida.
O importante não é uma mesa
Uns ficando prisioneiros des-
Coitados daqueles que olham
farta, mas a companhia ainda que à
sas situações e outros usando esses
para a velhice e para a doença como
volta de um mero pedaço de boroa e
limites para abrir horizontes num dia
uma mancha viscosa que é preciso
meia dúzia de azeitonas; não é uma
a dia que custa a obrigação de estar-
esconder ou pôr a um canto antes que
sala de mobílias raras onde falta quem
mos vivos – vivos para nós; vivos
contamine o resto do tecido humano e
dê uso às cadeiras a nosso lado; não
para quem nos aprecia a vida e
social que se julga imune às rugas, às
é um quarto cheio de tudo mas vazio
dela partilha; e principalmente vi-
fracturas e ao deficiente funcionamen-
de presença, atenção e cuidado; não é
vos para o projecto com que Deus
to de peças da fabulosa máquina que
uma florida varanda virada a sul onde
nos fez vir ao mundo e só Nele tem
também somos – e somos porque
o frio das ausências queima mais do
sentido.
Deus nos quis à sua semelhança.
que o sol; não é uma vistosa janela
que olha para a falta de uma palavra,
…”há alturas em que o sinto (a Deus) tão fortemente em mim, alturas em
um gesto, um alento; não é uma car-
que o sei tão longe. O cancro, por exemplo: o Henrique, que é um homem de fé,
teira recheada mas incapaz do copo
diz que me salvei porque nasci com um sistema imunitário fenomenal. Palavras
de água que se oferece e do cobertor
dele. No meu modesto entender esse sistema imunitário fenomenal tem um nome,
que se estende sobre as pernas no
(…Deus …) e esse nome entendeu que eu ainda era necessário aqui”.
inverno; não é um telefone de milhen-
Que nos dizem estas palavras? – que para Lobo Antunes nunca esta-
tas funções que raro emite o som da
mos sós ou desamparados, principalmente nas horas mais duras, graças à pre-
presença, da preocupação e da ternu-
sença activa de Deus…
ra; não é um casaco de pele rara que
E que presença é essa senão Amor?!...
substitui o toque dos dedos solícitos,
Amor de Deus que se oferece a todo o momento e de várias maneiras,
a respiração das palavras disponíveis
e o beijo ou abraço do carinho.
Ser mais velho e estar doente convidam à inteligência e ao bom
senso que dispensam azedumes e
desesperos, queixinhas e lamúrias – e
através do que damos e do que recebemos.
Amor de Deus que apenas nos solicita que estejamos de cabeça livre e
de coração disponível – que sejamos, como no tempo da rega, a terra sulcada
pela água que passa e leva força e vida.
Amor de Deus que é uma realidade e evidência até para quem se diz
não cristão.
reclamam a força interior que nos faz
Como José Régio - escritor que deixou vasta colecção de crucifixos aos
capazes de apreciar a rosa apesar dos
museus de Portalegre, cidade onde viveu e foi professor, e de Vila do Conde, onde
seus espinhos, ou de cuidar do jardim
nasceu e passou os últimos anos da sua vida.
apesar das minhocas, das toupeiras e
dos insectos, ou de tratar do quintal
José Régio que no livro intitulado “Biografia”, de 1929, publicou o poema
“Ignoto Deo”, ou “Desconhecido Deus”:
apesar dos desencontros do calor e
do frio que muitas vezes secam a seiva
“Desisti de saber qual é o teu nome,
das raízes e matam os frutos prestes a
Se tens ou não tens nome que te demos,
amadurecer.
Ou que rosto é que toma, se algum tome,
Estar velho ou doente dá-nos
teu sopro tão além de quanto vemos.-----
capacidades que antes não desenvol-
Desisti de te amar, por mais que a fome
vemos de tão ocupados que andáva-
Do teu Amor nos seja o mais que temos.
mos com a lufa-lufa do dia a dia - ou
Desisti de te achar no quer que seja,
porque só agora estamos em condi-
De te dar nome, rosto, culto ou igreja …
ções de preferir e apreciar o que re-
- Tu é que não desistirás de mim!
almente vale a pena ou é mesmo importante.
Quem quer andar e não con-
Que concluirmos das palavras de José Régio – senão que, mesmo que a
gente não o queira, o Amor de Deus não nos abandona?!
segue, por velhice ou doença, pode
E se José Régio – que não era crente embora se afirmasse religioso - diz
ter dúvidas e certezas - como António
e garante que o Amor de Deus é uma realidade, independentemente da nossa
Lobo Antunes, médico psiquiatra e es-
proximidade ou distância, de fecharmos os olhos, de taparmos os ouvidos, ou de
critor que confessou em crónica publi-
virarmos as costas – que diremos nós que nos consideramos cristãos?
cada na revista “Visão” do passado dia
1 de Outubro de 2009:
“A minha relação com Deus
Cristãos que todos os dias podemos acordar e adormecer, se o quisermos, na presença de Deus invocado por uma simples prece ou lembrança:
Senhor, obrigado pelo dia que me dás …
tem sido sempre tumultuosa, cheia de
Senhor, fica comigo hoje – que não me sinto lá muito bem, que tenho
desacordos e discussões: longos perí-
um tratamento difícil, que não posso estar sentado ou deitado durante muito
odos em que me afasto, alturas em que
tempo, que vou fazer uns exames de diagnóstico complicado, que estou cheio
me aproximo, amuos, quase insultos,
de dores…
discussões. (…mas …) Creio firmemente que nos livros que escrevo, é Ele
que guia a minha mão e não passo de
um instrumento da Sua vontade”.
Senhor, ajuda-me a aguentar este calor que me incomoda, enerva, deprime, amolece … Senhor, obrigado pela sombra que refresca e descansa …
Senhor, dá força àqueles que me amam, que de mim cuidam, que comigo se preocupam, que por mim se interessam …
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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Obra Diocesana de Promoção Social
Senhor, lembra-te daqueles que nesta hora mais precisados estão do
teu alívio …
Apostólica Romana definido e aprovado pelo Concílio Ecuménico Vaticano II
Que maravilha, Senhor, o pôr do sol … a vinda da lua ao entardecer … as
que decorreu entre 11 de Outubro de
primeiras estrelas do céu … o orvalho da manhã … o cheiro da terra molhada …
1962 e 8 de Dezembro de 1965, por
as cores da natureza …o chilreio dos pássaros…
inspirada iniciativa do Papa João XXIII
Donde, Senhor, senão de ti, nos chega tanta beleza, tanta harmonia?!...
(que um conhecido poeta português,
Embora a minha memória de hoje não vá muito além do “Pai Nosso” e do
Manuel Alegre, chamou de “o avô do
“Avé, Maria”, essa fraqueza não me impede de rezar - de conversar com Deus, de
século XX” - tanta a abertura, simpli-
estar em contacto com Deus, de sermos companheiros no trabalho e no descan-
cidade, ternura e grandeza com que
so, na alegria e na tristeza, quando estamos sós ou com outros…
abriu os braços da Igreja ao Mundo).
Esse encontro só acontece porque acredito que Deus é Amor e que esse
E se Régio e Antero dis-
Amor é uma omnipresença que nos acompanha, convida e desafia - omnipresen-
seram que é impossível fugir ao
ça tanto maior e tanto mais viva quanto assentarmos, dentro de nós, que todos
Amor de Deus e que só no Amor
os nossos momentos e circunstâncias devem abrir as portas e as janelas ao Amor
de Deus temos sossego – que an-
de Deus.
damos nós, cristãos, a dizer do Amor
Como Antero de Quental - uma grande figura de intelectual português
de Deus com a nossa velhice, a nossa
que no século XIX sofreu intensamente as injustiças e indignidades económicas e
doença, a nossa vida, o nosso dia a
sociais do seu tempo, e as dúvidas e inquietações da sua própria alma desejosa
dia? a nossa família? os nossos médi-
de voar mais alto – podemos descansar no Amor de Deus.
cos, enfermeiros, assistentes sociais,
Descansar no sentido de confiar e não de ficarmos quietos à espera que
Deus faça por nós aquilo que a nós cabe fazer.
Escreveu Antero, para “Sonetos Completos” que publicou em 1886:
terapeutas, auxiliares e outros profissionais e colaboradores dos serviços
de apoio aos idosos e aos doentes?
Que andamos nós a dizer e
Na mão de Deus, na sua mão direita,
a fazer do Amor de Deus?
E que andamos a dizer de
Descansou afinal o meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Nossa Senhora, a “Cheia de Graça,
Desci a passo e passo a escada estreita.
Mãe de Misericórdia”, cujo olhar Ante-
Como as flores mortais, com que se enfeita
ro de Quental viu “de piedade” mais do
A ignorância infantil, despojo vão,
que “de tristeza”:
Depus do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita. ---
“Um místico sofrer … uma ventura
Como criança, em lôbrega jornada,
Feita só de perdão, só da ternura
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E da paz da nossa hora derradeira…
E atravessa, sorrindo vagamente,
…”visão triste e piedosa!
Selvas, mares, areias do deserto …
Fita-me assim calada, assim chorosa…
Dorme o teu sono, coração liberto,
E deixa-me sonhar a vida inteira”.
Dorme na mão de Deus eternamente.
Sonhar o quê, perguntareEm resumo, que nos diz Antero de Quental nesse soneto?
mos?
Que devemos livrar o nosso coração – a nossa vida - de ilusões enga-
Perdão, ternura e paz –
nadoras, da ignorância que não nos deixa ser livres, dos ideais imperfeitos, das
ou seja, o que compõe o Amor
paixões transitórias, das areias aparentemente seguras mas cheias de traiçoeiros
de Deus.
buracos à espera dos nossos pés incautos…
Obrigado, Senhor, pelo Amor
E devemos fazer isso, no entendimento de Antero, para quê?
que nos dás e que nos permite estar
Para, libertos ou limpos de coração, podermos ter a paz e a segurança
vivos para além das limitações da ida-
que só é possível no Amor de Deus.
de e das dificuldades da doença.
Citando José Régio e Antero de Quental, lembrei dois homens que, ao
Obrigado, Senhor, pelos que
contrário de nós, não se tinham como cristãos e nessa medida não se sen-
estamos aqui e pelos que não vieram
tiam parte do “povo de Deus em movimento” – novo conceito da Igreja Católica
mas contam com o teu Amor.
João Miguel Pratas
Director do Economato, Logística e Manutenção
Nutricionista
Mónica Taipa de Carvalho
Directora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Advogada
Dia do idoso
O primeiro dia do mês de Outubro é sempre aguardado com muita
Diocesana, superiormente dirigido pelo
no. Em simultâneo, esta visita permitiu
Reverendo Diácono Freitas Soares.
que as novas instalações deste Centro
expectativa pelos seniores da Obra Dio-
Numa cerimónia pautada pela
cesana, pois nessa data celebra-se o
devoção a Santa Teresinha do Menino
Dia Internacional do Idoso.
Social, recentemente concluídas, fossem
benzidas por Sua Reverendíssima.
Jesus, concelebraram os Senhores Có-
O almoço decorreu num clima
Naquilo que é já uma tradição as-
negos Amadeu Ferreira da Silva e Fernan-
de alegria e partilha em que se pode
sumida pelo Conselho de Administração,
do Milheiro Leite e os Senhores Padres
apreciar o convívio inter-geracional e os
neste dia toda a Obra se reúne para ho-
Domingos Oliveira e José Carlos Rosa.
talentos teatrais e musicais dos idosos
deste Centro Social.
menagear os mais idosos. Como já vem
Após a magnífica celebração,
sendo hábito, Sua Reverendíssima D.
foi possível testemunhar a satisfação
Na sua intervenção, o Presidente
Manuel Clemente, Bispo do Porto, pre-
no rosto dos quase 500 idosos, que
do Conselho de Administração, Senhor
sidiu a uma Eucaristia na Sé Catedral da
entretanto se dirigiram aos respectivos
Américo Ribeiro, enalteceu a vivacidade
nossa cidade, que se encontrava repleta
Centros Sociais para usufruírem de um
daqueles para quem a Obra Diocesana
de clientes dos Centros Sociais da Insti-
almoço-convívio.
é a razão da sua existência e agrade-
tuição, bem como dos colaboradores que
D. Manuel Clemente e os restan-
ceu a presença de D. Manuel Clemente,
tes convidados almoçaram no Centro
bem como a sua inexcedível dedicação
Os cânticos da celebração fo-
Social de Fonte da Moura, que, este ano,
à Instituição.
ram entoados pelo Grupo Coral da Obra
foi escolhido para acolher o nosso Patro-
diariamente zelam pelo seu bem-estar.
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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Obra Diocesana de Promoção Social
Maria Teresa de Souza-Cardoso
Educadora de Infância
Na Linha da Frente
Nós, as Crianças
A 9 de Maio de 1843, o Bispo
protagonistas da Missão 2010.
de Nancy, D. Charles de Forbin-Janson,
E nesta caminhada que inicia-
consciente da miséria em que viviam as
mos temos já reflexões muito interessan-
crianças na China, propôs às crianças de
tes de algumas das nossas crianças:
balho, a honra, a justiça, a solidariedade,
a tolerância e o amor sejam o mote.
Proclamada em 1994 pela Organização das Nações Unidas (ONU) como
“O Jesus é o Rei do amor…”
“A mais pequena democracia no cora-
dia e oferecessem um vintém por mês
“Quando estava na barriga da
ção da sociedade” a Família é o seu nú-
por forma a minorar o sofrimento dos
minha mãe olhei para o Céu e vi o Jesus
cleo fundamental e só com ela e a partir
pequeninos chineses. Foi esta a origem
a nascer”, “Quando eu estava no Céu
dela, nos construímos e desenvolvemos.
de um movimento de solidariedade en-
conheci Jesus, mas já não me lembro
E sendo uma realidade conatural à pes-
tre as crianças do mundo inteiro, a que
dele; estive no Céu antes de nascer “ou
soa humana, o Mundo precisa e sempre
chamou Obra da Santa Infância, e que
ainda “Sinto o Jesus à minha beira” e “O
continuará a precisar da Família.
actualmente, sob o lema “crianças aju-
mais importante do Natal é o Presépio”,
Aqui devemos ter em atenção
dam crianças”, já se encontra presente
são testemunho do empenho com que
as sábias palavras que, também, nos di-
em mais de 150 países de todos os con-
passaram a assumir a transmissão da
rigiu Sua Santidade o Papa Bento XVI: “
tinentes beneficiando, a sua acção, mi-
mensagem da amizade com Jesus.
Queridos pais! Gostaria de vos convidar
Paris, que rezassem uma Ave-Maria por
lhões de crianças em todo o mundo.
O Presépio passou também a
vivamente a ajudar as vossas crianças a
De igual forma e face ao chama-
transmitir-lhes novas mensagens, pois
crer, convidar-vos a acompanhá-las no
mento para a Nova Evangelização, pro-
para além da alegria do nascimento do
seu caminho rumo à primeira Comunhão,
tagonizado pela Missão 2010, foi tam-
Deus menino, descrita por S. Lucas na
um caminho que continua também de-
bém, despertada nas crianças da Obra
notícia dada pelo Anjo aos pastores:
pois, a acompanhá-las no seu caminho
Diocesana uma consciência Missioná-
“Anuncio-vos hoje uma grande alegria
rumo a Jesus e com Jesus. Peço-vos,
ria, que está a fazer com que as hostes
que é para toda a gente!” (S. Lucas 2.10),
acompanhai as vossas crianças à Igreja
da nossa Missão passem a contar, com
passaram a olhar para a Sagrada Família
para participar na Celebração Eucarística
mais umas largas centenas de peque-
com outros olhos e a lembrarem-se das
do Domingo. Vereis que isto não é tempo
nos mas entusiastas Missionários.
suas próprias famílias, dos seus Pais.
perdido; ao contrário, é o que mantém a
Assim como Sua Santidade o
E nunca como agora foi tão im-
Família verdadeiramente unida dando-lhe
Papa Bento XVI escreveu uma carta às
portante para as nossas crianças, cres-
o seu centro. O Domingo torna-se mais
crianças, dizendo que a amizade com
cerem num ambiente familiar responsá-
bonito, toda a semana se torna mais bo-
Jesus é um dom tão belo que ninguém
vel, onde o amor seja o motor do seu
nita. E, por favor, rezai juntos também em
o pode guardar para si mesmo, e que
funcionamento e onde a matriz cristã es-
casa: à mesa e antes de dormir. A oração
quem o recebe tem necessidade de
teja sempre presente, por forma a conse-
leva-nos não somente para Deus, mas
transmiti-lo aos outros, fazendo com
guir ultrapassar esta crise de valores que
também uns em direcção aos outros. É
que o dom, partilhado, se multiplique,
nos assola de forma bem mais dramática
uma força de paz e de alegria. A vida em
também as crianças da nossa Obra,
que a actual crise económica. São cada
Família torna-se mais cordial e adquire um
sempre abertas a novos desafios, es-
vez mais necessárias famílias que sai-
alívio mais amplo, se Deus estiver presen-
tão a assumir-se como verdadeiros
bam educar, para uma vida onde o tra-
te, e experimenta-se esta Sua proximida-
de na oração. (…) Caros Educadores! Pe-
sempre pautada pelo superior interesse
vindo a ser explicados, estão já a iniciar
ço-vos de coração para manter presente
das crianças, a todos os outros Colabo-
a sua vida de pequenos Missionários.
na Escola a busca de Deus, daquele Deus
radores e até aos outros clientes, os ido-
que em Jesus Cristo se tornou visível para
sos (os nossos Avós), que demonstram
nós. (…) Ajudai-os a compreender que
um particular carinho e encanto pelas
todas as respostas que não chegam até
visitas das, também suas, crianças.
Deus são demasiado curtas.”
Como já escreve a Mariana,
uma das nossas crianças:
“Se eu pudesse mudar o mundo eu dizia às pessoas para amarem
Como testemunha uma Educa-
os amigos e para não baterem neles.
Nunca é pois demais realçar
dora da Obra Diocesana: “ Porque gos-
Acabava a guerra e também acabava
a importância do verdadeiro entrosa-
tam as crianças de frequentar a nossa
com a injustiça. Dizia às pessoas para
mento que tem que existir entre Esco-
Instituição, de correr para nós e gritar o
não serem egoístas e pensarem mais
la e Família, por forma a proporcionar
nosso nome? Porque nos dedicam ges-
nas outras pessoas que não têm roupa,
à criança uma verdadeira educação. A
tos de ternura e dividem connosco os
comida nem pessoas para as amarem.
função da Escola, dando continuidade
seus afectos para além das suas casas e
Bastava só um sorriso ou um sorriso
ao papel da Família, é dar amor, é dar
das suas famílias? Porque correm à nos-
enorme para que o planeta fosse mais
carinho, é ensinar, é ouvir, é aconselhar,
sa volta e enchem o nosso dia de voltas e
feliz e que as pessoas começassem a
tendo sempre presente a responsabili-
reviravoltas, apoiam os nossos projectos
amar as pessoas que não tinham nem
dade acrescida de servirmos, também,
e traçam os seus percursos de vida?
sequer um tostão nem um cêntimo e
de modelo para as nossas crianças.
Porque se enganam e em vez
também acabava com a vida má que
E como nem todas as crianças
de nos chamarem pelo nosso nome nos
algumas pessoas não tinham a vida que
da Obra Diocesana têm o melhor am-
chamam “mãe” e dizem carinhosamen-
elas queriam.”
biente familiar, são redobrados todos
te “ai, enganei-me!...?
Nestes dias que nos aproxi-
os esforços que temos que fazer, para
(…) O constante desafio que vi-
mam do Natal, saibamos todos viver o
colmatar as maiores necessidades de
venciamos dia após dia, aproxima-nos
verdadeiro sentido desta quadra festiva
atenção, de carinho e de amor.
e vai conferindo sentido ao percurso de
– que a causa verdadeira da nossa ale-
Mas é gratificante verificar que na
vida e desenvolvimento das crianças e, de
gria é o nascimento de Jesus e a Sua
Obra Diocesana, na nossa Obra, todos
tudo o que as crianças não dizem ou se
presença no meio dos homens; Jesus
temos um especial carinho pelas crian-
esquecem de dizer, temos que ter consci-
que sempre manifestou um afecto ex-
ças: desde o nosso Presidente, Senhor
ência do absoluto projecto de afectos que
traordinário pelas crianças e que disse
Américo Ribeiro, que sempre que visita
oferecemos como Instituição.”
aos Apóstolos: “Deixai vir a Mim as
os Centros marca as crianças pela ale-
Contamos pois nas nossas filei-
criancinhas, não as afasteis, pois a
gria, interacção, dinamismo e carinho
ras, com a preciosa ajuda das crianças
quem é como elas pertence o Rei-
que lhes demonstra, passando pelos Di-
da Obra Diocesana que, encantadas
no de Deus” (Mc 10,14).
rectores de Serviço com uma actuação
com os novos desafios que lhes têm
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
Um Santo e Feliz Natal
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34
Obra Diocesana de Promoção Social
Frei Bernardo Domingues
Poderá ser Natal todos os dias
É Natal cada vez que enxuga-
dilacera e encontra um pouco de do-
necessidades e as nossas capacida-
mos uma lágrima nos olhos de uma
çura pelo acolhimento compreensivo
des objectivas.
criança, de um desgarrado da vida
e a paciência de escuta atenta e fra-
tornando-me pessoa acolhedora, pró-
terna.
Há Natal todos os dias, meu
irmão, porque o Natal é o Amor huma-
Há Natal nos olhos do pobre
nado para humanizar a vida de todos.
É Natal cada vez que depomos
que vamos visitar ao hospital, na soli-
Lê, medita e aplica S. Mt. C. 5 e 25
as armas de inveja, do ciúme e tenta-
dão do seu leito de dor, no isolamento
incarnando progressivamente a ver-
mos compreendermo-nos, acolher-
da prisão e promovemos a reconcilia-
dade, a honestidade, a competência,
mo-nos diferentes e complementares
ção dos desavindos.
a equidade, solidária e democrática,
xima e solidária.
Há Natal no coração de todos
pelo diálogo leal.
É Natal cada vez que parali-
os que convidamos discretamente
sarmos uma guerra surda e abrirmos
para a felicidade de partilha do que
os braços, oferecemos e acolhemos o
temos e somos, propondo sem impor
perdão, tornando-me pessoa de paz
opiniões pessoais, sobre o ser e o vi-
activa.
ver com qualidade.
É Natal cada vez que obriga-
Há Natal nas mãos daquele
mos a miséria a recuar uns passos
que hoje compartilha o pão e amizade
pela nossa intervenção oportuna par-
promovendo a reconciliação e adapta-
tilhando o que temos e somos em vista
ção ao real da vida possível.
Há Natal quando o mendigo
de equidade.
É Natal quando no nosso ínti-
esquece os ultrajes e humilhações e já
mo, ultrapassando as ofensas, somos
não sente a fome de pão e compreen-
verdadeiramente irmãos reconciliados
são pela desgraça sofrida sem culpa.
Há Natal quando lutamos por
perdoando e pedindo perdão com ver-
mais verdade, justiça e paz, sem ferir
dade.
É Natal quando surge, final-
o amor que inclui perdão, dado e aco-
mente a esperança dum amor real,
lhido, para desenvolver o acolhimento
duradoiro e incondicional criando um
misericordioso.
Há Natal quando sorrimos a
contexto de “pessoas comunitárias”
no dar e no receber.
todos, com bondade e estimulamos
É Natal quando se calam as
os outros para o trabalho honesto e
mentiras e se dá lugar à verdade e fe-
competente, propondo caminhos de
licidade da partilha sem preconceitos
sucesso de ser em si e por si com re-
aprendendo e ensinando pelo teste-
alismo.
munho da vida coerente.
Há Natal quando vemos em
É Natal quando no fundo da
cada pessoa, o rosto de uma irmã,
nossa vida, aliviamos o sofrimento que
que é ajudada segundo as respectivas
para bem servir a tempo e horas.
João Miguel Pratas
Director do Economato, Logística e Manutenção
Nutricionista
Mónica Taipa de Carvalho
Directora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Advogada
Parcerias... são acolhidas de coração aberto!
Fundação Vítor Baía 99
Campanha Insucesso Escolar
Soares da Costa
Circo de Natal
no Coliseu do Porto
Modelo Continente
Hipermecados
A Fundação Vítor Baía 99 asso-
Num gesto de dádiva, genero-
ciou-se a um conhecido grupo óptico
Repetindo o gesto amigo, nobre
sidade e carinho pelas crianças mais
com vista à realização de um exame of-
e caridoso do ano transacto, a construto-
carenciadas, a Modelo Continente
talmológico e, em caso de necessidade,
ra Soares da Costa ofereceu mais de um
presenteou todos os meninos da Ins-
à dádiva de um par de óculos. Esta cam-
milhar de bilhetes para uma sessão de
tituição com um CD da Leopoldina.
panha, inserida no âmbito do combate
Circo de Natal para todas as crianças da
Este simpático boneco, que constitui
ao insucesso escolar, beneficiou crianças
Obra Diocesana de Promoção Social.
já uma referência no Natal de muitas
com idades compreendidas entre os 5 e
os 16 anos.
Foram rostos felizes e maravi-
crianças serviu de mote a um CD com
lhados que ocuparam a emblemática
músicas e um jogo que abordava o
tema da reciclagem.
A Obra Diocesana foi uma das
sala do Coliseu do Porto, assistindo às
instituições seleccionadas pela Fundação,
tropelias dos palhaços, aos truques de
tendo sido abrangidas cerca de 80 crian-
magia e a todos os outros momentos
ças clientes dos nossos Centros Sociais.
circenses.
O nosso reconhecimento à Fun-
Por toda a alegria que proporcio-
dação Vítor Baía 99 pela sua dedicação à
nou às nossas crianças, um sincero agra-
educação e formação dos mais jovens.
decimento à Soares da Costa pelo seu
empenho em apoiar as causas sociais.
Amigos em crescendo!
Descrição
Abel Ribeiro - Electrodomésticos e Mobilias, Lda.
Albino de Almeida Fernandes, Pe.
A.A.M.J. Padaria e Pastelaria, Lda.
A.A.P.S.
Acácio Ribeiro de Freitas, Pe.
Animécio Abranches Ferreira Maia
António Neves Ribeiro Coutinho
Armando José Fonseca Pinto,Dr.
Aurora de Jesus Oliveira Barbosa
Bio Transmontano - Com. Dist. Prod. Alimentares, Lda.
Bruno Alexandre Dias Ferreira
Celestino Oliveira Martins Portela, Dr.
Distribui, Com. Dist. Produtos Alimentares, Lda.
Domingos Gomes Oliveira
D.F.M.V.
Estevão Gomes de Araújo
Helena do Amaral Cardoso
Horácio Magalhães, Lda.
J.A.G.
Contribuição
100,00 €
50,00 €
500,00 €
20,00 €
100,00 €
100,00 €
25,00 €
300,00 €
10,00 €
1.137,00 €
1.000,00 €
50,00 €
750,00 €
73,00 €
60,00 €
1.000,00 €
20,00 €
500,00 €
50,00 €
Descrição
José António G. Lima Ribeiro Bastos, Padre
J.S.S.
J.P.R.
Junta Freguesia de Guisande
Just All Design - Sociedade Unipessoal, Lda.
Libório Almeida Pimpão
M.A.C.C.
M.M.C.M.
Margarida Pereira Gomes
Maria das Boas Novas
Maria de Jesus Pinto, Enf.
Maria Helena Vidigal Pinto da Silva Torres, Dra.
M.S.F.A.
Moreira & Carneiro
PT - Imobiliária
S.P.P.
Sandra Rolo
Stand ASLA, S.A.
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
35
Contribuição
100,00 €
20,00 €
300,00 €
35,00 €
2.853,00 €
250,00 €
50,00 €
20,00 €
21,00 €
600,00 €
540,00 €
300,00 €
60,00 €
2.700,00 €
3.130,00 €
6,00 €
461,88 €
2.500,00 €
36
Obra Diocesana de Promoção Social
Conselho de Administração
Ano 2009 – Ano do CONHECIMENTO e COMPETÊNCIA
- Realização da Ceia de Reis
- Reunião Geral de Colaboradores
- Passeio Anual dos Colaboradores com destino à Zona Centro do País
- Reuniões de Trabalho com a finalidade de serem projectadas as valências de “Lar de Idosos e Unidade de
Cuidados Integrados”
- Abertura das valências de Infância (creche, pré-escolar e ATL) no mês de Agosto
- Actividade Desportiva Masculina
- Visita de Sua Excelência O Presidente da República, Senhor Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva à Obra Diocesana com a recepção no Centro Social da Pasteleira
- Participação no Simpósio “Reinventar a Solidariedade” levado a efeito na FIL em Lisboa
- Organização e realização do Jantar de Beneficência com o apoio inexcedível do Chef Hélio Loureiro
- Participação no Conselho Local Acção Social do Porto (CLAS)
- Realização do Dia da Obra com o tema “Magia das Gerações”
- Criação do Grupo de crianças e de jovens da ODPS denominado “A Obra a Rufar”
- Realização de diversas acções de formação destinadas aos colaboradores da Instituição: atendimento e serviço ao cliente
e avaliação da satisfação de clientes; monitorização e desempenho do sistema de gestão da qualidade; auditores internos
da qualidade; gestão da qualidade por processo; práticas de cozinha; sistema de gestão de segurança alimentar; primeiros
socorros; estimulação precoce; animação infância; necessidades educativas especiais; prestação de cuidados a idosos;
animação 3ª idade; transporte colectivo de crianças
- Continuidade do Projecto de Certificação de Qualidade
- Continuação da implementação do sistema HACCP
- Actividade Desportiva Feminina
- Visita da Vice-Presidente da CCRDN, Prof.ª Doutora Ana Teresa Lehmann, a espaços da Obra Diocesana
- Desenvolvimento e implementação do plano de contingência para a Gripe A
- Conclusão das obras do Centro Social de Fonte da Moura
- Espaço Solidário – Edição de Quatro Números
- Organização, pela primeira vez, da iniciativa “Férias com Obra” destinada aos clientes das valências de Infância
- Concretização de obras de manutenção e melhoramento nos diversos espaços da Obra Diocesana
-E
laboração do Projecto e Programa a levar a efeito pela ODPS na Missão 2010 promovida por Sua Reverendíssima D. Manuel Clemente, Bispo do Porto
- Distribuição de donativos de roupa e calçado a agregados familiares carenciados
- Parceria com Universidade Católica na área da Saúde – Criação de Gabinete de Enfermagem e Plano de Acção em cada
Centro Social
- Presença no XXII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde em Fátima
- Participação nas Acções promovidas pela REAPN, CNIS e UDIPSS do Porto
- Participação na Festa da Solidariedade, em Viseu, promovida pela CNIS
- Comemoração do “Dia do Idoso” com a celebração da Eucaristia, na Sé Catedral, presidida por Sua Reverendíssima D.
Manuel Clemente, Bispo do Porto
- Parceria com a “Fundação Vítor Baía” com a realização de Rastreio Oftalmológico e concessão de um par de óculos a cerca
de 80 crianças
- Participação na homenagem ao Rev. Padre Lino Maia, promovida pelo Rotary Clube de Vila do Conde
- Parceria com a Empresa “Soares da Costa” que proporcionou a todas as crianças da nossa Instituição uma tarde de Circo
- Realização da Festa de Natal para os Filhos dos Colaboradores
- Participação na “Arca de Natal” organizada pela Câmara Municipal do Porto
-H
omenagem pública efectuada à Obra Diocesana promovida pela Confraria Gastronómica das Tripas à Moda
do Porto com a atribuição do Prémio Infante D. Henrique
João Miguel Pratas
Director do Economato, Logística e Manutenção
Nutricionista
Mónica Taipa de Carvalho
Directora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Advogada
Festa da Solidariedade
Pelo terceiro ano consecutivo,
de duas mil pessoas vindas de todo o
de pagamento da sua comparticipação.
realizou-se a Festa da Solidariedade,
país, entre utentes, funcionários e ami-
Nenhum trabalhador de IPSS viu encer-
uma iniciativa da Confederação Nacio-
gos que quiseram juntar-se à iniciativa.
rado o seu posto de trabalho por efeito
da crise”.
nal das Instituições de Solidariedade
Vieira da Silva, o então Ministro
(CNIS). Este ano, a Festa decorreu em
do Trabalho e da Solidariedade subiu ao
O Padre Lino Maia disse ainda
Viseu, no dia 19 de Setembro.
palco ao lado do presidente da CNIS,
que o sector solidário precisa de um “re-
A Obra Diocesana esteve re-
Padre Lino Maia. O dirigente solidário
conhecimento” elucidativo e “um aval ao
presentada por mais de 120 pessoas,
salientou a acção de milhares de Ins-
trabalho que fazem, ao que representam
entre idosos e colaboradores, marcan-
tituições espalhadas por todo o país e
e aos valores que promovem”.
do assim presença nesta importante e
do papel que têm tido numa altura de
Ao longo da Festa foi divulgado
emblemática iniciativa para a divulgação
crise social e económica. “Encerraram
que a cidade de Castelo Branco acolhe-
e valorização das IPSS.
empresas, aumentou o desemprego,
rá a 4ª edição da Festa da Solidariedade, em 2010.
Inserida no recinto da Feira de S.
foram atingidas muitas famílias e muitas
Mateus, a Festa contou com a presença
pessoas. Não encerrou nenhuma IPSS.
de uma centena de Instituições e mais
Nenhum utente foi despedido por falta
Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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Obra Diocesana de Promoção Social
Elvira Almeida
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Conselho de Administração
Pastoral da Saúde
XXII Encontro Nacional
O Natal dos meus desejos
da solidariedade que convida à doação de órgãos, quer em vida, quer
Tomara que Jesus nascesse
no dia Um de cada ano
para alegrar os corações
do crente e do profano
e trazer-lhes o gosto pela bondade!
pós-morte, como forma privilegiada
de caridade”;
- “Elaborar material de informação que dê notícia das muitas situações clínicas em que a transplanta-
No dia dois vivermos, de novo,
o “ser” Natal
e cada alma a uma outra estar unida,
recitando orações de louvor ao bem, à vida,
em apelo à sã fraternidade!
ção de órgãos proporciona às pessoas
que eram doentes quer a cura das
suas limitações quer a qualidade de
vida que sempre desejaram ter”;
Numa iniciativa da Comissão
- “Sugerir aos núcleos paro-
Nacional da Pastoral da Saúde decor-
quiais da Pastoral da Saúde já pre-
reu entre os dias 30 de Novembro e 3
sentes em muitas comunidades cris-
de Dezembro, no Centro Pastoral Pau-
tãs que criem grupos de dadores de
lo VI, em Fátima, o seu XXII Encontro
sangue e, simultaneamente, grupos
Nacional.
que se proponham estudar as situ-
Este ano, a reunião foi subordi-
ações em que muitas pessoas se
nada ao tema “Transplante de Órgãos
podem tornar dadores de sangue e
– Doação para a Vida”. Ao longo dos
dadores de órgãos em vida ou depois
quatro dias de trabalhos muitas fo-
da morte”;
ram as figuras ilustres da teologia, da
- “Valorizar o papel dos cape-
medicina e das ciências sociais que
lães e outros agentes de assistência
ofereceram os seus conhecimentos,
espiritual e religiosa, nos hospitais e
partilhando opiniões e pontos de vista
centros de transplante, em diálogo in-
com cerca de 600 participantes.
terdisciplinar com as equipas técnicas
Ficou bem patente que a Igre-
e participando, nomeadamente, no
ja Católica tem acompanhado a evo-
apoio espiritual e humano a dar aos do-
lução científica, reconhecendo que o
entes em proximidade de transplante,
transplante de órgãos tem permitido
às suas famílias e, ainda, aos dadores
dar mais saúde e mais qualidade de
de órgãos quando necessário, saben-
vida a muitos doentes.
do que razões da natureza espiritual
A Pastoral da Saúde reconhe-
e religiosa podem, por vezes, ajudar
ce o trabalho que se está a fazer em
a vencer dificuldades infundadas quer
Portugal para responder ao progresso
quanto à transplantação, quer quanto
da medicina em ordem aos transplan-
à doação de órgãos”.
tes de órgãos, o que tem permitido a
vida a milhares de pessoas.
Como conclusões deste Encontro foi decidido:
- “Apoiar a reflexão, nas comunidades cristãs, escolas, paróquias e movimentos sobre a cultura
A Obra Diocesana de Promoção Social esteve presente neste Encontro, tendo sido representada por
membros do Conselho de Administração, Directores de Serviço e Técnicos
de Serviço Social.
No dia três seria a vez
de em comunhão com o mais pobres,
tirar da nossa alma gestos nobres
de entreajuda,
partilhando tudo o que nos sobra!
A Luz, que é nossa guia, nos saúda
e mostra-nos que o bem feito
se redobra
quando volta à nossa casa…
Dia quatro era dia de acendermos uma brasa
e dar nosso aconchego
a quem carece.
Servir um alimento,
distribuir amor,
dar agasalho, murmurar uma só prece…
ou o que fosse para fazer alguém feliz…
Dia cinco, se continuarmos a seguir esta matriz
que educa e ilumina
a nossa mente,
teríamos Natal ainda a seis,
onde o sorriso dum coração contente
ajudaria a celebrar com devoção
este que é consagrado aos Santos Reis…
No sétimo dia de cada calendário,
outras ideias de carinho, doação
sublimes melodias…
hinos celestiais
chegariam a nós, para os vivermos,
certamente!
E por mais 300 e tal dias
desfiando-se, em paz, este Rosário
haveria só Natais,
de mão dada na mão…
E a oito, nove e dez…assim, sucessivamente!
Dezembro de 2009
a
riz
!
espaço
solidario
mensagens recebidas sobre o novo
Um bom Amigo, com um óptimo
exemplo e pleno de originalidade!
Agradeço a gentileza do envio do postal de
Boas Festas, carinho que, sensibilizado, retribuo, com votos de uma vida longa, estável e
próspera, para V.Exª. e família e para a Instituição que sabiamente dirige.
O quotidiano resiste às boas mudanças, insiste, teimosamente, em mostrar apenas a sua
face negra e, hoje, sorrir e ser feliz é um estado
de alma cada vez mais difícil de se sentir. Serão os impulsos de solidariedade como aqueles que a Obra Diocesana de Promoção Social
consegue transmitir, que fazem com que as
pessoas se lembrem que, apesar dos pesares, valerá a pena prosseguir, mesmo que a
esperança seja quase, para grande fatia das
pessoas, o seu único projecto de vida.
NATAL é, de facto, amor, mas, sobretudo,
“encontro e reencontro” da paz, da tolerância, da harmonia e do perdão.
Vale a pena viver o NATAL e só é pena não
podermos viver sempre.
A Obra Diocesana, à imagem de quem o preside, luta por fazê-lo todos os dias. Determinada, rigorosa, leal, consistente e sem equívocos, avança, progride, firme na sua função
inexorável de bem fazer. E, então, eu, porque
tenho o privilégio de o conhecer, sou, ainda,
sabedor que a Obra Diocesana garante, também, qualidade, profissionalismo e excelência, no serviço que presta à comunidade.
Uma excelente forma de cuidar de “si” é olhar
o “outro”, mas, para isso, será preciso estar
atento e, cada vez mais, são menos os que
o conseguem.
Parabéns!
Junto um cheque de € 73,00 como donativo para a Instituição.
Consegui-o, ao longo de 365 dias, desde 3 de Dezembro de 2008 até à mesma
data deste ano, com o exclusivo objectivo de colaborar com V.Exas.
Dispor, diariamente, de 20 cêntimos, foi
uma forma hábil de contribuir, sem “ferir” os ditames do meu orçamento.
em tudo a Revista respira qualidade e dá
inspiração a quem a lê.
…
As nossas homenagens aos responsáveis,
que nos privilegiam com a sua Amizade.
Rui Taveira
Dra. Isabel Cristina
Obra Diocesana de Promoção Social - Centro Social Rainha D. Leonor
Queríamos expressar, na pessoa de Vexa,
os nossos mais sinceros agradecimentos, a
todos os colaboradores desse Centro, pela
abnegação, dedicação e carinho com que
sempre trataram a nossa querida mãe e avó.
Estamos certas que lá no Céu, onde a Prazeres se encontra, não se esquecerá de rezar por todos nós e de pedir ao Senhor que
faça com que muitos corações semelhantes
aos das pessoas do Centro que a acompanharam, proliferem neste mundo que, muitas
vezes, nos parece andar alheado dos valores
humanos.
Mais uma vez o nosso bem hajam e que a
Obra continue a sua missão de apoio a todos
os que dela necessitem, sem olhar a condições sociais ou credos religiosos.
Porto, 2009.Setembro.29
Maria Alberta Canizes – Christine Joannie Canizes Paiva
A vós,
Adriana, Fernanda, Cristina, Madalena, Liliana, Cecília, Elisabete, Fátima e Paulo,
Os meus eternos agradecimentos pela dedicação, carinho, preocupação, amizade
e muito, muito amor que durante dois anos
“mimaram” a minha Mãe.
Salientarei o extremo profissionalismo e competência de todos vós, a quem a Mãe chamava
carinhosamente de “meus anjos da guarda”.
Em memória de sua alma, gostaria de propor
à “Obra Diocesana” um louvor para todos estes funcionários que, exemplarmente, cumpriram a sua bonita, mas árdua tarefa.
…
Mais uma vez, obrigada e um BEM HAJAM.
Porto, 21 de Outubro de 2009
Célia Martins, Filha de Adélia Maria Brandão Menezes Oliveira
Festas Felizes. Com Amizade
Domingos Gomes Oliveira
Bons Amigos,
A Ana Maria e eu agradecemos mais uma edição do “Espaço Solidário”.
A Revista tem tanta qualidade nos seus conteúdos, que seria injusto destacar entre o
que vem apresentado. No lay out, no papel,
na informação corrente e nas actividades,
Prezado e Bom Amigo Américo Ribeiro,
Aproxima-se mais um Natal e vem-nos à memória tanta gente a precisar de ajuda e é bom
que alguém se lembre delas já que durante
o Ano inteiro Deus sabe como sobrevivem a
tantas carências com que se defrontam.
Nesta altura é costume nós darmos um sinal
dessa preocupação com muitas dessas pessoas para quem a vida é madrasta.
Infelizmente os tempos que correm ajudam-
nos pouco, no entanto temos grande vontade de partilhar um pouco do que temos.
No caso da Obra Diocesana de Promoção
Social, que o meu querido Amigo tão bem
dirige, temos um grande apreço e admiração
pelo seu trabalho e de toda a sua Equipa, que
tanta e tanta gente ajudam.
Sabemos também do grande empenho de
S. Eminência Reverendíssima D. Manuel
Clemente, Bispo do Porto, que consigo faz
uma extraordinária dupla a liderar um grande
equipa, que merece o nosso maior respeito
e apreço pelo trabalho que realizam durante
todo o Ano para quem mais precisa.
…
Desejando um Santo e Feliz Natal para si, família e toda essa fantástica Equipa Solidária,
bem como um Novo repleto de felicidades.
Com amizade,
Abel Ferreira Ribeiro e Família
Felicito-o vivamente pela maravilhosa obra
que vêm realizando, cujo caminho acompanho através do Boletim que tem tido a gentileza de me enviar.
Para si, para todos os que o acompanham
e os que são beneficiários da vossa acção,
formulo votos de um Natal Feliz e um Ano
Novo com mais Paz e Amor.
Celestino Oliveira Martins Portela, Dr.
Sou mãe de duas crianças a frequentar esta
instituição e venho por este meio agradecer
a todos os colaboradores (educadoras, auxiliares, cozinheiras, enfermeira, empregadas
de limpeza, administrativa e outros) que ao
longo de 5 anos (período que a minha filha
começou a frequentar esta instituição) fizeram e continuam a fazer pelas crianças que
frequentam a Obra, têm vindo a fazer um trabalho excelente com as crianças e os pais.
Quero ainda salientar a prestação da auxiliar CELESTE, que este ano está na sala dos
bebés.
A Celeste tem sido fantástica, pois é uma
pessoa sempre alegre, divertida, competente
e que a meu ver tenta elucidar os pais de tudo
o que se passa à volta dos nossos filhos e
sobre as actividades em que eles estão inseridos. São colaboradores assim que as crianças precisam e as crianças agradecem.
Fica aqui este meu reparo, pois não devemos apenas mencionar o que está mal, ou o
que não gostamos.
Devemos também dizer e salientar o que
gostamos e o trabalho excelente que a
“equipa” tem feito.
MUITO OBRIGADA.
Mónica Oliveira
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Ano IV . n.º17 . Trimestral . Dezembro 2009
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