Região Metropolitana de Belo Horizonte e o Setor Saúde Reunião IBEDESS 21/07/2009 Helvécio Miranda Magalhães Júnior Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação de Belo Horizonte A Questão Metropolitana A questão metropolitana tem recebido destaque na formulação da política de desenvolvimento urbano nacional e estadual. Vários têm sido os esforços na busca da compreensão da complexa dinâmica regional dos aglomerados metropolitanos. A desigualdade sócio-econômica, as taxas de crescimento acentuadas nos municípios periféricos, o sistema de transporte, a saúde, a habitação, o saneamento, os recursos hídricos e a preservação ambiental são alguns dos desafios que estão colocados para as administrações públicas e para a sociedade. Destaca-se a grande dificuldade em resolver os problemas apenas no âmbito municipal. A Região Metropolitana de Belo Horizonte Composta por 34 municípios. Gestão metropolitana: buscar o desenvolvimento social e econômico sustentável, através da gestão integrada das funções públicas de interesse comum. Principais funções públicas de interesse comum: Habitação Transporte/Sistema Viário Saneamento Meio Ambiente Segurança Organização Territorial Saúde Desenvolvimento sócio-econômico A Gestão Metropolitana Objetivos do atual arranjo institucional: Constituir um arranjo de gestão metropolitano: a) que permitisse uma participação mais adequada do Estado e dos municípios no processo decisório, conforme suas dimensões política e econômica; b) que o processo decisório se pautasse pelas soluções negociadas e pactuadas; c) que incorporasse as experiências de gestão participativa da sociedade (conselhos, orçamentos participativos e outras) construída na década de 1990, refletindo as preocupações do Estatuto das Cidades; d) que permitisse a construção de um novo sistema de planejamento da Região Metropolitana de BH. A Gestão Metropolitana Principais pontos da emenda constitucional 65/2004 e das leis complementares 88 e 89/2006: EM CADA REGIÃO METROPOLITANA: 1. uma Assembléia Metropolitana 2. um Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano 3. uma Agência de Desenvolvimento, com caráter técnico e executivo 4. um Fundo de Desenvolvimento Metropolitano 5. um Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado A Região Metropolitana de Belo Horizonte Eixos de Ocupação da RMBH Eixo Leste • Direção : Sabará • Ocupação predominante: Moradia • Sem crescimento identificado • Há potencial de crescimento, mas não foram registradas ações que induzam esse crescimento EIXO LESTE Eixos de Ocupação da RMBH Eixo Sul • Direção : Nova Lima • Consolidação da ocupação comercial: Savassi, Belvedere e Nova Lima (6 pistas) •Grande expansão residencial: Buritis, Belvedere e Nova Lima •População residente de alta renda • Maior uso do transporte individual (crescente) •Perspectivas: intensificação da ocupação por residências e serviços para população de alta renda EIXO SUL Eixos de Ocupação da RMBH Eixo Oeste • Direção : Contagem/Betim EIXO OESTE • Ocupação industrial e de serviços consolidada e em crescimento • Maior uso do transporte coletivo sobre o automóvel Eixos de Ocupação da RMBH EIXO NOROESTE Eixo Noroeste • Direção : Contagem/Neves • Estagnação populacional • Grande potencial de ocupação (prolongamento da Av. Pedro II) • Equilíbrio entre entre uso de transporte coletivo e auto. Eixos de Ocupação da RMBH Eixo Norte • Direção : Confins • Ocupação predominante: Moradia • Intenso e crescente uso do transporte coletivo • Em processo de acentuada transformação urbana EIXO NORTE Estratégia de Desenvolvimento para BH As transformações oriundas dos investimentos realizados e previstos para a RMBH serão indutoras de uma nova dinâmica na estrutura urbana do município, criando a necessidade de estabelecer novas estratégias desenvolvimento sustentável. para seu A Rede 10 uma rede de dez cidades conurbadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, cujo objetivo é articular novas formas de trabalho para a solução de problemas comuns, tendo por base um conceito moderno de administração – negociador, flexível e compartilhado – que permita conseguir, com a máxima qualidade e eficiência, os objetivos da coesão social e territorial, a sustentabilidade, o desenvolvimento social e econômico e o reforço da dimensão cívica e democrática de suas populações e administrações municipais. Sub-grupo de trabalho que integra e reforça as iniciativas em curso de implementação do sistema de gestão da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Rede 10 – Para Quê? Para criar comitês temáticos para discussão de problemas e temas comuns. Para canalizar esforços e compartilhar recursos técnicos, políticos e financeiros voltados para a melhoria das condições de vida da população metropolitana. Para criar melhores condições de integração no âmbito metropolitano, orientada por um mesmo projeto de futuro. Para promover as transformações necessárias visando a criação das condições favoráveis ao desenvolvimento econômico e social, a sustentabilidade e o aprofundamento da gestão democrática. A Rede 10 –Municípios Conurbados A Rede 10 – Dimensão territorial MINAS GERAIS Região Metropolitana de BH Área Conurbada de BH (Área Metropolitana) 853 municipios 34 municipios 10 municipios 587 mil km2 9.459,10 Km2 2.775 Km2 6,9% do território nacional 5.031.438 de habitantes 19,8 de habitantes (10%) 4.533.358 de habitantes 33,8 habitantes/km2 522,15 habitantes por Km2 1.633,64 habitantes/ Km2 10% do PIB do país 34% do PIB do Estado 31% do PIB do Estado A Rede 10 – Indicadores IDH 0,839 elevado PNUD/2000 Belo Horizonte PIB R$ 32.725.361 mil (BR: 4º) R$ 13.636,02 0,775 médio PNUD/2000 Betim PIB per capta IDH PIB R$ 36.882,00 0,773 médio PNUD/2000 Brumadinho PIB per capta IDH PIB R$ 17.689,00 0,789 médio PNUD/2000 Contagem PIB per capta IDH PIB R$ 16.080,00 0,729 médio PNUD/2000 Ibirité PIB per capta IDH PIB R$ 3.844,00 0,821 elevado PNUD/2000 Nova Lima PIB per capta IDH PIB R$ 22.672,00 0,749 médio PNUD/2000 Ribeirão das Neves PIB per capta IDH PIB R$ 2.565,00 0,773 médio PNUD/2000 Sabará PIB per capta IDH PIB R$ 5.234,00 0,754 médio PNUD/2000 Santa Luzia PIB per capta IDH PIB R$ 5.375,00 0,747 médio PNUD/2000 Vespasiano PIB per capta IDH PIB PIB per capta R$ 7.028,00 R$ 14.447.525 mil (BR: 20º) R$ 551.745 mil R$ 9.542.361 mil (BR: 27º) R$ 643.543 mil R$ 1.630.061 mil IBGE/2005 R$ 798.682 mil IBGE/2005 R$ 687.750 mil IBGE/2005 R$ 1.152.433 mil IBGE/2005 R$ 662.261 mil IBGE/2005 A Rede 10 – Âmbito Temático 1. Mobilidade (Santa Luzia); 2. Desenvolvimento Econômico – Geração de Emprego e Qualificação (Ribeirão das Neves); 3. Saúde (Belo Horizonte); 4. Política Ambiental – Saneamento e Resíduos Sólidos; Planos Diretores e Limites entre Municípios (Betim); 5. Segurança (Vespasiano). 6. Habitação ( Belo Horizonte) 7. Cultura e Turismo RMBH - Saúde GRS Belo Horizonte população - leitos CTI/clínica médica: expectativa e existentes(SUS)* Município Belo Horizonte Betim Brumadinho Contagem Ibirité Nova Lima Ribeirão das Neves Sabará Santa Luzia Vespasiano REDE 10 GRS BH População 2.412.937 415.098 31.965 608.650 148.535 72.207 329.112 120.770 222.507 94.191 4.455.972 5.092.825 CTI expectativa 483 83 6 122 30 14 66 24 45 19 891 1.019 CTI % da existente expectativa 527 109,2% 89 107,2% 0 0,0% 45 37,0% 8 26,9% 2 13,8% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 1 5,3% 672 75,4% 690 67,70% *Fontes de dados Municípios/população GRS: www.saude.mg.gov.br, atualizado 14/11/2007 Leitos existentes: datasus.gov.br em 15/01/2008 CNES: CTI = CTI adulto + infantil + neonatal + unidades intermediárias CLM = clínica geral + especialidades clínicas (não incluídos crônicos e pediátricos em geral) Expectativa de leitos: portaria 1101/GM de 12/06/2002 para CTI: média aritmética entre limites inferior e superior citados na portaria (2,5 a 3,0 leitos por 1000 habitantes multiplicado por 4 a 10% para expectativa de CTI para Clínica Médica: 0,78 leitos por 1000 habitantes (valor médio citado na portaria 1101) CLM expectativa 1.882 324 25 475 116 56 257 94 174 73 3.476 3.972 CLM % da existente expectativa 1.706 90,6% 131 40,5% 16 64,2% 88 18,5% 1 0,9% 16 28,4% 41 16,0% 90 95,5% 30 17,3% 29 39,5% 2.148 61,8% 2.363 59,50% CODECOM – Bases Legais Lei nº 7.638, de 19/01/1999 – Cria o Programa de Incentivo à Instalação e Ampliação de EmpresasPROEMP, o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte-FUMDEBH e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico-CODECOM Decreto n.º 10.053, de 05/11/1999 – Aprova o Regimento Interno do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico-CODECOM Decreto n.º 12.290, de 18/01/2006-Dispõe sobre a composição do CODECOM CODECOM – Atribuições Estabelecer a Política de Desenvolvimento Econômico do Município de Belo Horizonte Estabelecer as condições de funcionamento e operacionalização do PROEMP e do FUMDEBH Orientar e assessorar o Prefeito Municipal de Belo Horizonte na coordenação do inter-relacionamento dos setores público, privado e comunidade científica e tecnológica Orientar e apoiar a localização racional de novos estabelecimentos empresariais no município Reativação do CODECOM Espaço de diálogo altamente qualificado, que possibilita a realização de alianças estratégicas para promover e consolidar o desenvolvimento econômico no município de Belo Horizonte. CÂMARAS TEMÁTICAS: Saúde e biotecnologia; Inovação, Ciência e Tecnologia; Infraestrutura urbana; Tecnologia da Informação; Desburocratização; Turismo; Comércio; Emprego e Qualificação Profissional; Meio Ambiente; Moda; Integração Metropolitana Reativação do CODECOM 1. 2. 3. 4. SMPL FECOMÉRCIO Câmara Técnica de IBEDESS/Diretoria Saúde e Biotecnologia Santa Casa de Belo do Horizonte Conselho de Desenvolvimento 5. UNIMED/BH Econômico de Belo Horizonte 6. AMMG CODECOM 7. SEBRAE 8. Nova Central Sindical de Trabalhadores 9. SINDUSFARQ/FIEMG 10. SMSA/BH 11. SES 12. Outras sugestões RMBH e BH- O setor saúde Principais questões a serem enfrentadas: CONSTRUÇÃO EFETIVA DE UMA REDE METROPOLITANA DE SAÚDE (pública e privada) Diagnóstico das insuficiências quantitativas e qualitativas da atenção. Ex: rede de urgência e emergência, leitos de terapia intensiva, qualidade da atenção, estrutura hospitalar com vistas a acreditação, dengue, gestão do conhecimento, etc Projetos concretos de intervenção do poder público e do setor privado ( gestão articulada) Sustentabilidade econômica de toda a cadeia produtiva: poder público como indutor e mediador Nichos de crescimentos possíveis do setor: REDE DE EXCELÊNCIA INTERNACIONAL!