CANDIDATURA A REITOR DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
MANUEL JOSÉ DOS SANTOS SILVA
Programa de Acção
Março 2009
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
1. INTRODUÇÃO
1.1 O PORQUÊ DE UMA CANDIDATURA NO ÂMBITO DE UM NOVO QUADRO JURÍDICO
Foi em Setembro de 1975 que tomei como opção de vida participar no desafio que me foi lançado
pelo Dr. Duarte Simões, de construir uma instituição de ensino superior no interior do país, de
forma a contribuir para o seu desenvolvimento cultural, técnico-científico, social e económico. Ao
longo das últimas décadas, a minha vida foi totalmente condicionada e dedicada à Instituição que
hoje é a Universidade da Beira Interior (UBI).
Tive o privilégio de acompanhar e participar com todos quantos se empenharam na criação e
expansão da UBI, em particular os que exerceram cargos dirigentes. Uma memória cujos
testemunhos significativos me impuseram o dever de prosseguir e ir mais longe, de modo a que
desta forma lhes pudesse prestar a devida homenagem. Ao Dr. Duarte Simões e ao Prof. Cândido
Passos Morgado aqui fica o meu bem-haja pelo que fizeram por mim e pela Instituição.
Em Novembro de 1995, altura em que apresentei, pela primeira vez, a minha candidatura a Reitor,
demonstrei a minha total disponibilidade para liderar e continuar a participar na construção de
uma Instituição de qualidade, que constituísse o factor decisivo para a transformação e progresso
da região em que está inserida, e que, simultaneamente, se afirmasse no panorama universitário.
A todos os que têm contribuído para a edificação e realização da UBI, em particular para aqueles
que me têm acompanhado mais de perto e à Instituição, o meu muito obrigado.
Propunha-me então contribuir para aperfeiçoar um modelo de gestão descentralizado e
participado, fomentar a qualidade de ensino e promover a formação de docentes, desenvolvendo
programas de pós-graduação, incrementando a investigação através da afectação de meios
humanos e materiais, dando formação e estabilidade na carreira ao corpo docente, desenvolver
acções de forma a promover e melhorar a imagem da UBI, enfim, trabalhar para fazer da
Universidade da Beira Interior um espaço privilegiado de encontro de culturas, uma comunidade
aberta ao meio envolvente, procurando, com perseverança, parcerias nacionais e internacionais.
Julgo que, com o conhecimento e experiência adquiridos, ao nível nacional e internacional, no
âmbito do ensino superior, poderei estar em boas condições para continuar a liderar e a pugnar
pelo desenvolvimento e afirmação da UBI, da região e do país.
Estou consciente da situação de instabilidade que se atravessa ao nível nacional e internacional e
dos constrangimentos financeiros existentes e impostos, em particular ao ensino superior e à nossa
Instituição. Na realidade, os próximos anos serão anos difíceis, que nos impõem grandes e
importantes desafios. Serão esses desafios que me movem para continuar a lutar, como sempre
fiz, pelo desenvolvimento e afirmação da UBI e sua influência na área geográfica em que se
insere.
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
1.2 CONTEXTO E EVOLUÇÃO DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
A UBI tem na sua origem o Instituto Politécnico da Covilhã, criado no âmbito da Reforma Veiga
Simão, em 1973 (Decreto-Lei nº 402/73, de 11 de Agosto), e cuja actividade se iniciou com a
tomada de posse da sua Comissão Instaladora, a 10 de Outubro de 1974, tendo as actividades
lectivas regulares sido iniciadas em 1975.
Em 1979, o Instituto Politécnico da Covilhã transformou-se em Instituto Universitário da Beira
Interior (Lei nº 44/79, de 11 de Setembro) e este em Universidade da Beira Interior, em 30 de
Abril de 1986 (Decreto-Lei nº 76-B/1986).
Para além dos aspectos legais e estatutários, a jovem Instituição tem-se transformado, ao longo
dos últimos anos, numa Universidade orientada para a produção do saber, através da investigação,
sem esquecer a sua difusão e transferência para a sociedade e a dinamização cultural.
A introdução de novas metodologias de aprendizagem tem sido uma constante, promovendo a
formação de professores, e incluindo, em simultâneo, novas tecnologias de informação e
comunicação e a aprendizagem por via da experimentação, através da disponibilização de meios
laboratoriais e informáticos.
O grande desafio até ao momento foi o desenvolvimento de uma universidade no interior do País
que oferecesse formação nas mais variadas áreas do saber. Para tal, foi necessário fixar um corpo
docente, dar-lhe a oportunidade de se qualificar, e construir uma estrutura física de qualidade
que permitisse o desenvolvimento da missão da Instituição. Dispondo já hoje destes dois
elementos, em qualidade e em quantidade, e de um terceiro, talvez o mais importante, que é a
criação do saber, que caracteriza a instituição universitária, há que desenvolver ainda mais este
último e fazer com que a produção científica aumente.
A UBI localiza-se numa vasta área do território nacional, denominado por interior, que representa
cerca de 80% da sua totalidade, mas cuja população já não atinge os 20%. De Norte a Sul desta
vasta região em franca desertificação, restam as cidades onde existe ensino superior.
É esse o caso da Covilhã, embora a UBI estenda a sua zona de influência não só a esta cidade, mas
a um eixo de desenvolvimento um pouco mais amplo, que vai da Guarda a Castelo Branco. Esta
região, dita da Beira Interior, compreendida entre os rios Douro e Tejo, é uma região de fronteira,
que cobre uma área de 7819 km2 e que representa cerca de 9% da superfície continental de
Portugal.
A baixa densidade populacional da região e o decréscimo da taxa de natalidade penalizam imenso
a Instituição, nomeadamente na captação de alunos. Assim, cerca de 80% dos alunos da UBI são
deslocados, provenientes de todo o território nacional, com uma certa prevalência do Norte
litoral. Isto faz com que, sob o ponto de vista do recrutamento de alunos, a UBI seja a
Universidade mais nacional do país.
2
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
Numa época em que tanto valor se dá à mobilidade dos alunos, o facto de aqui se encontrarem
estudantes das mais variadas regiões do país e mesmo do mundo, constitui uma certa vantagem
para a sua educação. Também os números relativos à mobilidade ERASMUS são significativos, assim
como a internacionalização do corpo docente, que foi sempre uma característica da Instituição.
Tivemos, ao longo dos últimos anos, a preocupação de nos afirmarmos pela qualidade e pela
diferença. Nós somos diferentes e sabemo-lo. Os últimos Planos de Desenvolvimento a isso
conduziram. Nós somos uma universidade aberta, com uma estratégia de desenvolvimento
definida ao nível central, mas com uma gestão descentralizada, de forma a que, numa época de
grande crescimento científico, o dinamismo cultural e a criação do saber não sofram restrições em
virtude de prescrições emanadas da cúpula. Isto está a permitir identificar áreas de interesse e
oportunidades que devem ser apoiadas.
Os novos Estatutos, publicados em 1 de Setembro de 2008, reflectem a evolução e afirmação da
UBI, mas abrem também um desafio, visando a excelência de todas as actividades a desenvolver.
Os Planos de Desenvolvimento traçados foram, todos os anos, avaliados pelos relatórios de
actividade e a avaliação e evolução tornada pública, através de vários meios, nomeadamente
através do “UBI em Números” e da página web da Universidade (www.ubi.pt).
As condições e a qualidade do ensino e da investigação têm feito com que haja, cada vez mais, um
maior número de alunos a escolher a UBI como primeira e segunda opção. A Acção Social
desempenha um papel fundamental no apoio aos alunos, nomeadamente aos mais carenciados, daí
a importância que sempre lhe temos dado.
O estudo realizado pelo CIPES sobre a “Satisfação dos Estudantes do Ensino Superior” e que, no
caso concreto da UBI, pode ser consultado no sítio da Universidade, permite fazer uma avaliação
da Instituição neste domínio. Aliás, foi sempre filosofia da UBI praticar uma política de avaliação e
acreditação ao longo do tempo, tendo participado na avaliação CRUP/FUP, na do CNAVES, na
acreditação da Ordem dos Engenheiros, etc.. A divulgação de todo o processo de
avaliação/acreditação a que esta Instituição foi submetida e no qual participou encontra-se
divulgada na página web da Instituição.
Interrompido o processo de avaliação pelo CNAVES, solicitámos uma avaliação institucional à EUA –
European University Association, cujo relatório final acaba de ser divulgado, e que será da maior
importância para o desenvolvimento futuro da UBI.
Aquando da criação da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) – Medicina, durante os anos relativos
à
implementação
do
curso,
esta
teve
sempre
uma
comissão
institucional
de
acompanhamento/avaliação que seguiu de perto o desenvolvimento do novo modelo pedagógico.
Era produzido um relatório de auto-avaliação das actividades desenvolvidas semestralmente ou
anualmente, que era enviado para a comissão em simultâneo com o plano de actividades a
desenvolver no ano seguinte. A comissão visitava a Faculdade de Ciências da Saúde e produzia as
suas recomendações.
3
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
2. PROJECÇÃO NO FUTURO
O RJIES e os novos Estatutos da UBI constituem um desafio para a implementação de novos
conceitos de gestão. A organização interna, à luz da nova lei, vai agitar, no presente ano, a
Academia, mas estou certo que, com os amplos debates que irão ter lugar, a Universidade sairá
mais forte, mais competitiva, mais atractiva, e que irá atingir os objectivos e cumprir a missão
definidos estatutariamente e contribuir de forma efectiva para a sociedade do conhecimento em
que estamos integrados.
Será, assim, possível construir, na nossa tradição de afirmação pela qualidade e pela diferença,
uma Universidade inovadora, baseada na interdisciplinaridade e na sua organização matricial.
Somos uma comunidade relativamente pequena, inserida numa região em franca desertificação e
numa cidade em que a comunidade universitária representa um terço da sua população. Devemos
converter as desvantagens da nossa localização geográfica num permanente desafio.
Para continuarmos a nossa Afirmação pela Qualidade e pela Diferença, é indispensável dedicação e
uma análise crítica dos problemas a cada momento, em que os valores éticos devem estar sempre
presentes, devendo a nossa actuação pautar-se pelos seguintes parâmetros:
Investigação
Promover o incremento na produção científica através do Instituto
Coordenador da Investigação, em substituição do Conselho Científico,
conforme estabelecido nos novos Estatutos. A criação e a produção do saber
deve fazer-se a todos os níveis e a formação deve ser conduzida em meio de
investigação.
Avaliação
Reforçar a avaliação ao nível interno e analisar as suas consequências ao nível
global. Atribuir a avaliação da globalidade das actividades da instituição a um
gabinete ou serviço a criar, o Gabinete para Avaliação da Qualidade.
Qualificação e Desenvolvimento Pessoal
Fomentar a qualificação e desenvolvimento de todos os membros da
comunidade universitária, para além do seu bem-estar.
Qualidade
Atingir os mais altos padrões de ética e qualidade, através da captação, a
todos os níveis, de talentos que permitam, nas mais diferentes áreas, lançar
desafios ao nível individual e colectivo.
4
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
Cooperação Estratégica
Tirar proveito da nossa organização matricial e da interdisciplinaridade, da
nossa ligação ao exterior, dos inúmeros convénios de parceria e da nossa
capacidade de criação a todos os níveis;
Promover a colaboração ao nível interno, entre os diferentes órgãos, agentes
e serviços.
Empreendedorismo
Fomentar o empreendedorismo na cultura da Instituição, que deve estar
sempre aberta a novas ideias, ponderá-las e aplicar com prudência os
recursos na sua implementação.
Estatutariamente, a UBI assume como compromissos e pressupostos definitivos do seu ser e
princípios do seu agir, em primeiro lugar, “O ensino de qualidade associado à investigação de
mérito internacionalmente reconhecido”, que conduzam ao cumprimento da sua missão de
“promover a qualificação de alto nível, a produção, transmissão, crítica e difusão do saber,
cultura, ciência, tecnologia, através do estudo, da docência e da investigação”.
O Programa de Acção e Estratégia de Desenvolvimento para a UBI para os próximos anos terá que
assentar nos princípios enunciados e respeitar a missão, objectivos e atribuições definidas pela Lei
e pelos Estatutos para a Instituição, de forma a conduzir às seguintes metas:
•
REFORÇO DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA;
•
DESENVOLVIMENTO DAS ÁREAS ESTRATÉGICAS DE ENSINO;
•
APROFUNDAMENTO DO MODELO MATRICIAL DO ENSINO;
•
REFORÇO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO E ACREDITAÇÃO;
•
MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO.
3 – EIXOS DO PROGRAMA
3.1 INVESTIGAÇÃO
O RJIES, ao introduzir elementos das unidades de investigação nos órgãos de governo,
nomeadamente nos conselhos científicos das unidades orgânicas, dá um sinal claro do caminho a
seguir pelas universidades.
Na UBI, o reforço da investigação científica é a primeira prioridade
deste programa de acção. Aliás, estatutariamente, ao criar-se um
Medida:
Reforçar
a
investigação científica.
5
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
Instituto Coordenador da Investigação com o objectivo de coordenar e
promover a investigação, na dependência directa do Reitor, reforçase, igualmente, o que está preconizado na lei.
Medida: Coordenar e
promover a investigação,
através
do
Instituto
Coordenador
da
Investigação.
Assim, devemos dar a maior importância e urgência à implementação desta nova unidade
orgânica. Esta oportunidade tem de ser maximizada.
Ao estarem representados no seu conselho científico todos os
responsáveis
pelos
institutos
e
unidades
de
investigação,
a
responsabilidade deste Instituto é ainda maior, pois para além de
propor a programação das actividades científicas, deve fazer a análise
crítica e a avaliação da globalidade da investigação desenvolvida na
UBI e definir a estratégia a levar a efeito, estabelecendo prioridades e
Medida: Proceder à análise
crítica e à avaliação da
globalidade da investigação
desenvolvida.
Medida: Definir a estratégia
através
do
Instituto
Coordenador
da
Investigação.
avaliando e monitorizando a produção científica realizada.
Julgo poder afirmar que o compromisso com a ciência e a investigação tem sido uma constante
da UBI. Como Universidade que é e enquadrando-se nas “research universities”, o ensino deve ser
feito em meio de investigação.
No entanto, não podemos esquecer a idade da Instituição e a prioridade que teve de ser dada à
qualificação do seu corpo docente, através da realização de doutoramentos e da concepção,
construção e equipamento das infra-estruturas. Se analisarmos a evolução do número de
doutorados nos últimos anos e a percentagem que estes hoje representam no corpo docente, os
números são bem elucidativos. As avaliações a que a UBI sempre se submeteu comprovam o
esforço feito.
A recente avaliação das unidades de investigação, tendo em consideração as características da
Instituição e a diversidade de áreas ministradas, não nos deixa ficar mal no panorama nacional.
Estamos cientes que a produção do saber é uma das atribuições mais
nobres da instituição universitária e que o seu papel é cada vez mais
importante para a sociedade do conhecimento em que estamos
integrados.
Medida:
Promover
a
produção do saber como
uma das atribuições mais
nobres
da
instituição
universitária.
A Universidade deve assumir o desenvolvimento da ciência,
promovendo a investigação fundamental, mas não pode esquecer
que, através de projectos e programas, deve também contribuir
para o crescimento da inovação e competitividade das empresas e
Medida: Contribuir para o
crescimento da inovação e
competitividade
das
empresas e instituições.
instituições que geram a riqueza e o bem-estar da sociedade.
A investigação aplicada e em consórcio deve ser incentivada em
algumas áreas do saber, sendo desejável que o investimento privado
cresça significativamente. Tudo faremos para que a produção
Medida:
Incentivar
crescimento
investimento privado
investigação.
o
do
na
6
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
científica per capita ou por doutorado aumente nos próximos anos.
Medida:
Aumentar
produção
científica
doutorado.
a
por
Os investimentos feitos, quer na qualificação dos investigadores
quer nas infra-estruturas e equipamentos, foram grandes. Mas Medida:
Fomentar
a
elaboração, por parte dos
temos de reconhecer que, passada esta fase, há que incentivar os investigadores doutorados,
investigadores e os doutores a candidatarem-se a projectos e de candidaturas a projectos
para obtenção de verbas.
programas de financiamento.
Há que organizar uma candidatura para o reequipamento científico global da UBI, a fim de fazer
face à obsolescência de certos equipamentos e à aquisição de outros, mais dispendiosos.
Os doutoramentos dos docentes, quer a nível interno quer externo,
foram realizados, muitas vezes, de acordo com os interesses dos Medida:
Organizar
a
investigação de forma a
orientadores e daí a grande dispersão de temas. No futuro, e para aumentar a massa crítica em
que possamos tornar-nos mais competitivos, deveremos organizar a torno de determinadas áreas.
investigação de forma a reunir um maior número de investigadores
em determinadas áreas, o que obriga a aumentar o recrutamento de Medida:
Aumentar
o
recrutamento dos alunos de
alunos do 3º ciclo e também a rever os critérios da sua orientação e 3º ciclo e rever os critérios da
sua orientação.
temas a desenvolver.
Articular as unidades de investigação científica e estimular a
participação na investigação de alunos do 2º ciclo pode contribuir
para um incremento da próxima geração de investigadores. Há que Medida: Seleccionar áreas e
definir áreas de investigação
seleccionar áreas de investigação, limitar - sem conter - a pluridisciplinares,
liberdade, as suas aspirações e ideais, a variedade dos temas e racionalizando-as
racionalizar e viabilizar essas áreas, através da concentração de
viabilizando-as.
e
meios materiais e humanos, de modo a formar verdadeiras equipas.
É fundamental que a UBI aposte no recrutamento de investigadores Medida:
Recrutar
investigadores doutorados através de
doutorados, através de concursos ao nível internacional e aumente o concursos internacionais.
número de pós-docs já existentes nas unidades de investigação.
Devemos aproveitar todas as medidas, programas e financiamentos Medida:
que sejam disponibilizados pelas mais deferentes entidades
Procurar financiamento através dos programas
disponíveis.
A ligação ao exterior, nomeadamente a empresas e ao Parkurbis, tem ajudado a definir áreas
prioritárias à volta das quais se constituem equipas. Porém, não basta, na Universidade, dar
atenção a este tipo de investigação mais ou menos dirigida. A investigação fundamental é
importante, exige, igualmente, meios humanos. Tendo em consideração a dimensão e localização
da UBI, a constituição de equipas interdisciplinares acabará por dar os seus resultados, permitindo
rentabilizar os recursos e atingir a massa crítica indispensável.
7
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
A comunidade científica registou uma evolução muito positiva nos últimos anos em Portugal e na
Europa, pelo que a competitividade é cada vez maior e mais difícil obter financiamento, o que
obriga a ter equipas com qualidade e dimensão.
A UBI, através do GAAPI (Gabinete de Apoio a Projectos e Investigação) e do Serviço de
Planeamento, prestou sempre auxílio à divulgação de programas, à elaboração de candidaturas e
à elaboração dos procedimentos administrativos e burocráticos para que os investigadores
tivessem mais tempo livre para as tarefas que são da sua competência.
Uma das primeiras prioridades do Instituto Coordenador deverá ser a feitura de uma análise das
áreas e da produção científica realizada e elaborar um plano estratégico que seja aceitável para a
investigação a desenvolver, estabelecendo prioridades e avaliando e monitorizando a produção
científica realizada.
Independentemente das avaliações externas às unidades de investigação e a projectos, o Instituto
deve fazer a sua própria avaliação. Ao definir o seu plano estratégico, o Instituto deve ter em
consideração as unidades já existentes e que, de alguma forma, contribuem para uma
investigação sustentável, para o desenvolvimento científico e tecnológico nos mais diferentes
domínios e também para a transferência do conhecimento para a sociedade, promoção da
inovação e criação de riqueza, mas não se pode esquecer o investigador a nível individual. A
investigação e produção de saber só pode ser feita em ambiente de liberdade e autonomia, mas,
por outro lado, a produtividade pode ser aumentada com o devido enquadramento dos
investigadores.
3.2 ENSINO E FORMAÇÃO AO LONGO DA VIDA
A UBI adequou formalmente todos os seus cursos, no âmbito do processo de Bolonha, tendo assim,
conforme preconizado a nível europeu e nacional, a formação regular organizada em três ciclos.
Se a adequação formal e legal se efectuou com rapidez, cumprindo,
com grande antecipação, os prazos legalmente impostos, graças ao
empenho, não só dos responsáveis da instituição, mas, sobretudo, do
corpo docente, o mesmo não se pode dizer na mudança de paradigma
ensino/aprendizagem preconizado. Neste domínio, impõe-se que, nos
próximos anos, se continue com a formação dos docentes através de
Medida:
Desenvolver
a
formação
de
docentes
através
de
acções
específicas.
acções específicas, como foi, por exemplo, o programa “PENSA”.
A aprendizagem centrada no aluno, mais exigente para os docentes,
implica que definam correctamente os objectivos e estratégias de
aprendizagem e a avaliação adequada, a fim de determinar os
resultados obtidos. A quantificação do trabalho dos alunos através do
sistema ECTS deve ser aperfeiçoado, de forma a que possa medir mais
Medida:
Promover
a
programação das actividades
de
ensino/aprendizagem,
incluindo a definição de
objectivos de aprendizagem
e quantificação do volume
de trabalho a realizar pelos
alunos.
8
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
rigorosamente o trabalho dos alunos.
No primeiro e segundo ciclos, os alunos devem ser preparados para
diferentes saídas profissionais, com múltiplas orientações e perfis, de
modo a acomodar a diversidade das vocações individuais e académicas
e, simultaneamente, responder às necessidades do mercado de
trabalho, exigindo-se uma sólida formação científica de base que possa
ser complementada, se necessário, com a formação ao longo da vida,
face às exigências e mudanças dos perfis exigidos. Para atingir este
Medida: Orientar os alunos
para as necessidades do
mercado.
Medida:
Garantir
uma
formação sólida nas áreas
científicas de base.
objectivo, há que auscultar os diversos sectores da sociedade e
acompanhar o percurso dos ex-alunos, através do Gabinete de Estágios e
Observatório de Emprego (GEOE).
À Universidade exige-se, nos próximos anos, uma avaliação permanente
dos programas de formação e a sua actualização contínua face às
exigências. A sequência e a harmonização dos conteúdos das diferentes
unidades curriculares que constituem um curso devem merecer a melhor
Medida:
Promover
uma
avaliação
interna
dos
programas de formação e a
sua actualização contínua.
atenção para a formação do aluno.
A introdução que tem vindo a ser feita, e que tem de ser incrementada, de novos modelos e
técnicas pedagógicas, como foi o caso da Medicina, está a ajudar à transformação de toda a
Universidade. Bolonha aconteceu, na UBI, antes do Processo de Bolonha. O modelo pedagógico da
licenciatura em Medicina (centrado no aluno, baseado na auto-aprendizagem, na integração de
conteúdos, com a aprendizagem por objectivos, no regime tutorial e no contacto precoce dos
alunos com as instituições de saúde, hospitais e centros de saúde), está ao nível dos mais evoluídos
a nível mundial, assim como a sua estrutura de suporte para a aprendizagem, experimentação e
investigação.
Na realidade, a concepção do modelo pedagógico da Medicina, o seu
desenvolvimento e implementação, a articulação com entidades
externas e até mesmo a concepção e realização de um edifício
devidamente adequado e dimensionado ao novo modelo, inteiramente
da minha responsabilidade e com o empenho de todos os
colaboradores e responsáveis da Faculdade de Ciências da Saúde, têm
merecido a melhor atenção de avaliadores e observadores externos, Medida:
Extrapolar,
na
medida do possível, o
sendo apontados como exemplo a seguir (vide relatório de avaliação modelo pedagógico aplicado
Medicina
para
as
da EUA). O modelo da FCS deve ser adequado de forma a ser na
restantes faculdades.
implementado noutras faculdades.
A
avaliação
da
qualidade
dos
programas
de
formação,
independentemente das competências atribuídas aos diferentes
Medida: Criar o Gabinete de
órgãos, conselhos científicos, pedagógicos, etc., deve ser levada a Avaliação e Qualidade.
9
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
efeito por uma estrutura independente, o “Gabinete de Avaliação e
Qualidade”, para o qual já existe projecto.
A instituição sempre deu e continuará a dar a maior atenção aos
processos de avaliação e acreditação, aos inquéritos à população Medida: Reflectir sobre os
processos de avaliação e
estudantil e aos resultados fornecidos pelo Gabinete de Estágios e acreditação com base nos
Observatório de Emprego, particularmente no respeitante às saídas
inquéritos e nos resultados.
profissionais. Na UBI criou-se uma cultura de auto-avaliação com a
participação efectiva de docentes, alunos e funcionários, mas há que
ir mais longe. Com a entrada em funcionamento da Agência de
Avaliação e Acreditação irá surgir um novo ciclo, pelo que é da maior
.
importância o Gabinete de Avaliação e Qualidade que me proponho
criar ainda antes do final do ano lectivo.
A política de boa articulação criada com as Ordens deve ser Medida:
Desenvolver
a
articulação e colaboração
reforçada. Embora a acreditação, actualmente, seja da competência com
os
organismos
profissionais.
da Agência, devemos sempre procurar junto das Ordens o selo de
qualidade indispensável para os nossos cursos e para a afirmação da Medida: Dirigir a política de
qualidade
à
eficácia
da
UBI. Toda a política dirigida à qualidade tem como objectivo a formação e da promoção do
eficácia da formação e da promoção do sucesso escolar.
sucesso escolar
Para combater o insucesso, deveremos continuar a desenvolver
metodologias que nos permitam conhecer melhor os factores que
estão na sua origem. A responsabilização dos conselhos pedagógicos,
pelas competências que lhe são conferidas estatutariamente, das
direcções dos cursos, a organização tutorial, a reorganização dos
Medida:
Desenvolver
metodologias que permitam
conhecer os factores de
insucesso.
serviços competentes e a acção e competência atribuídas ao Provedor
do Estudante muito poderão contribuir para a melhoria do sucesso
escolar.
Mas é evidente que a Universidade é constituída pelos meios humanos que ela contém e, para se
continuar na senda da melhoria da qualidade do ensino, há que contar acima de tudo com um
corpo docente qualificado e empenhado, com um corpo de funcionários tecnicamente bem
preparados e de infra-estruturas de qualidade, adequadas aos fins em vista e bem equipadas.
Também o aluno tem de ser cada vez mais responsabilizado pelo seu
processo de aprendizagem. Deve ser seguida uma pedagogia que
consagre um espaço significativo à auto-aprendizagem tutelada, a
iniciativas de pesquisa, de experimentação e de descoberta que
permitam aos alunos adquirir conhecimentos, competências e atitudes
e despertá-los para a inovação.
Medida:
Promover
a
responsabilização do aluno
pelo
seu
processo
de
aprendizagem.
Medida:
Fomentar
uma
pedagogia assente na autoaprendizagem tutelada, na
investigação
e
experimentação.
Deve promover-se o acesso à informação e o uso das novas tecnologias
10
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
da informação e comunicação. A UBI tem um dos melhores índices de
postos de trabalho informatizados por aluno a nível europeu, mas
continuaremos a fazer um esforço de melhoria, no sentido da
actualização dos equipamentos e, sobretudo, dos serviços prestados.
Medida: Garantir o acesso à
informação, a laboratórios
ateliers e oficinas.
A nova Biblioteca Central, que constitui um verdadeiro centro de informação, apesar da qualidade
oferecida e do sucesso que tem atingido, nomeadamente no âmbito da implementação do Processo
de Bolonha, continuará a merecer a nossa melhor atenção no sentido da sua actualização e do
reforço de meios de acesso à informação. Estou certo que esta infra-estrutura muito contribuirá
para a promoção da auto-aprendizagem e do sucesso escolar. Mas não podemos esquecer os mais
variados laboratórios, centros e oficinas.
Há também que continuar a proporcionar aos alunos um conjunto de
oportunidades que lhes permita conhecer e sentir, o mais cedo
possível, a sociedade que os rodeia e na qual se irão integrar no
futuro, quer através de estágios (Gabinete de Estágios), quer de uma
maior generalização de bolsas de intercâmbio, a nível nacional e
Medida: Proporcionar aos
alunos oportunidade para
conhecerem a sociedade que
os rodeia.
internacional (ERASMUS e Bolsas de Intercâmbio Luso-Brasileiras
Santander).
No que diz respeito à criação de novos cursos há que ser
extremamente cautelosos face ao decréscimo do número de
candidatos ao ensino superior. Deveremos apostar prioritariamente na
qualidade e na diferença dos novos programas formativos e apostar
fortemente na reestruturação curricular, de acordo com o Processo de
Bolonha. Há que interceder junto do Ministério da Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior no sentido da atribuição de vagas a licenciaturas já
Medida:
Promover
a
reestruturação curricular de
acordo com parâmetros que
articulem a consolidação das
áreas científicas de base com
as saídas profissionais.
Medida: Interceder junto da
tutela
no
sentido
da
atribuição
de
vagas
a
licenciaturas já criadas.
criadas e registadas, sobretudo em áreas estratégicas e em que a UBI
tem competências e meios humanos qualificados.
Os conselhos científicos e pedagógicos, tal como é preconizado no Artº
66-A do Decreto-Lei nº 107/2008 de 25 de Junho, devem anualmente
elaborar um relatório sobre a implementação do Processo de Bolonha,
que deve ser analisado pelo Gabinete de Avaliação e Qualidade antes
Medida:
Nomear
uma
comissão interna para a
elaboração
de
relatórios
sobre a implementação do
Processo de Bolonha.
da sua publicação no site da UBI.
A UBI deve também empenhar-se para que seja definida, a nível
nacional, uma verdadeira rede de Ensino Superior que evite
Medida:
Participar
na
definição de uma rede
nacional de ensino superior.
concorrências desleais, a proliferação de cursos e designações, bem
como o estabelecimento de correspondência de condições de acesso.
Deveremos continuar a insistir junto do Ministério da Ciência,
Tecnologia e do Ensino Superior para que a Faculdade de Ciências da
Medida:
Promover
a
11
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
Saúde venha a ministrar outros cursos, como previsto na Resolução do
Conselho de Ministros que a criou, promovendo-se uma rentabilização
de recursos humanos e materiais e a formação integrada de vários
profissionais na área da saúde, o que poderá vir a melhorar, em
rentabilização de recursos
humanos e materiais na FCS
e a formação integrada de
profissionais na área da
saúde.
muito, as suas condições de trabalho no futuro.
Estamos conscientes que algumas áreas, nomeadamente a das
Ciências e a das Letras, têm dificuldades na captação de alunos, mas
tudo faremos para os acolher da melhor forma e encaminhá-los na via
do
sucesso.
A
superior/secundário
articulação
são
de
programas
fundamentais
nos
e
primeiros
a
ligação
anos
das
Medida: Articular programas
de
ligação
superior/secundário
nas
áreas de Ciências Exactas e
Tecnologias.
licenciaturas.
Há que prosseguir e ser mais arrojado com as actividades de
divulgação da UBI, de forma a atrair mais e melhores alunos. Só com o
empenho de todos na melhoria das condições de ensino e
aprendizagem e na construção e divulgação de uma boa imagem da
Medida:
Implementar
estratégias que permitam
atrair mais e melhores
alunos através de actividades
de divulgação da UBI.
Universidade nas suas actividades de investigação e de ligação ao
tecido empresarial poderemos fazer com que a nossa Instituição se
afirme, de modo a que os alunos a escolham em primeira opção e se
preencham todas as vagas que oferecemos.
A UBI, estatutariamente e por tradição, organiza-se matricialmente,
de forma a que as suas faculdades, departamentos e unidades de
investigação partilhem recursos humanos e materiais, para assim não
Medida:
Aprofundar
modelo matricial.
o
só se rentabilizarem em termos de eficiência e eficácia, mas também
para promover a colaboração entre as diferentes áreas do saber e
encorajar os alunos a despertar as suas vocações, perspectivas e
ideais e aprenderem e valorizarem as ideias dos outros.
A oferta de ciclos de estudo construídos de forma interdisciplinar, interdepartamental e intrafaculdades, permite desenvolver, de forma quase única, programas de formação ligando, por
exemplo, ciência e artes, artes e humanidades, informática e artes, etc. Esta combinação permite
aprofundar a aprendizagem e o conhecimento, alarga os horizontes, desperta o espírito crítico, a
curiosidade e a criatividade, permite a formação integral dos jovens, preparando-os melhor para
assumir as suas responsabilidades ao nível social e profissional.
A EUA recomenda-nos um aprofundamento do nosso modelo matricial e é nosso objectivo fazê-lo. A
constituição do Senado e do Gabinete de Avaliação e Qualidade são fundamentais para esse
aprofundamento, uma vez que irão congregar elementos de todas as unidades orgânicas.
O nosso compromisso com esta ideologia de aprendizagem facilita os investigadores a motivarem e
recrutarem alunos nos diferentes ciclos para os seus projectos de investigação, fortalecendo o
12
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
espírito universitário da aprendizagem em meio de investigação e criação do conhecimento,
levando à constituição de equipas multidisciplinares. Desta forma, incentivamos os alunos à
experimentação, à inovação, à partilha do saber e à criação de uma estratégia para a descoberta
de coisas novas.
Queremos que o ambiente e a vida académica na Universidade
contribuam para que os alunos se empenhem e exijam deles próprios
uma maior actividade intelectual e artística, para que um dia possam
realizar-se profissionalmente. É importante incentivar os alunos e
Medida: Promover um
ambiente académico.
bom
disponibilizar-lhes meios, de forma a que possam desenvolver
actividades para além das previstas curricularmente.
Continuaremos a apoiar os núcleos dos diferentes cursos e da Associação Académica na realização
de acções que complementem a formação integral dos jovens. É importante que o talento dos
alunos se manifeste para além da sala de aula e se projecte em actividades de carácter social e
cultural.
Ao nível dos primeiros ciclos, para além da avaliação e revisão
curricular já mencionada, é importante estar atento às necessidades
da sociedade e melhorar ou criar novos cursos, não deixando de ter
Medida: Criar e adequar os
cursos tendo em atenção a
rede de ensino superior e as
necessidades da sociedade.
em atenção a racionalização da rede de ensino superior.
Temos como objectivo que os alunos da UBI contribuam para a
mudança cultural e social da região, esperando que sejam actores da
transformação em curso.
Devem-se incentivar os alunos para um complemento de formação a
adquirir nos 2ºs Ciclos, mesmo que tal se dê após uma experiência
profissional, que é sempre importante. A formação ao nível do
primeiro ciclo universitário dificilmente permite uma saída adequada
Medida: Incentivar os alunos a
aprofundar a sua formação
pela frequência de 2ºs ciclos.
ao exercício de uma profissão, salvo raras excepções.
É absolutamente necessário abolir barreiras à mobilidade e permitir
aos alunos seguir com toda a segurança para um segundo ciclo que os
prepare para o desenvolvimento da actividade de investigação ou
Medida: Abolir barreiras
mobilidade dos alunos.
à
para o exercício de uma profissão. Os segundos ciclos a criar ou a
reestruturar devem ter por base as competências e as capacidades
desenvolvidas
pelos
grupos
de
investigação
existentes
ou
a
desenvolver.
Medida: Criar segundos ciclos
tendo por base competências
e capacidades desenvolvidas
por grupos de investigação.
A participação e o contacto dos alunos, em especial os do 2º Ciclo,
com a investigação são fundamentais para a sua vida futura.
Certas áreas exigem uma articulação correcta entre os programas do
13
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
1º e 2º ciclos, pelo que é necessário uma análise aprofundada pelos
conselhos científico e pedagógico e pelo Senado. Nos ciclos de
estudo integrado que conduzem ao grau de mestre, a sequência
programática traz menos problemas, mas, quer neste caso quer nos
Medida: Possibilitar aos alunos
a
opção
de
unidades
curriculares.
anteriores, devem, na medida do possível, ser oferecidas aos alunos
opções de unidades curriculares.
A UBI sempre permitiu aos alunos, e mesmo a qualquer cidadão, a
inscrição em unidades curriculares isoladas, hoje consignadas na lei,
pelo que continuamos a incentivar tal prática, pois permite
complementar a formação em determinadas áreas de maior interesse
Medida: Promover a oferta de
inscrições
em
unidades
curriculares isoladas.
para a vida futura, respeitar vocações ou mesmo promover a
formação ao longo da vida.
A UBI sempre deu e continuará a dar a maior relevância a este tipo de formação. Durante os
últimos anos, se analisarmos os relatórios de actividades, resumidos, de certa forma, na
publicação “UBI em Números”, poderemos constatar quão importante ela foi para a qualificação
do corpo docente.
Este tipo de formação, que engloba o mestrado e o doutoramento, ao nível de graus, assim como
outras formações especializadas conferentes de diploma, está a sofrer algumas alterações com a
implementação do Processo de Bolonha. O 2º Ciclo, o mestrado, serve, sobretudo, para
aprofundar conhecimentos adquiridos no 1º Ciclo e granjear competências e capacidades
relacionadas com áreas de emprego ou fazer uma iniciação à investigação, como foi referido.
A pós-graduação deve ser encarada, cada vez mais, como um
processo de aprendizagem ao longo da vida. Deve fazer-se um
esforço
interinstitucional,
de
forma
a
promover
o
desenvolvimento de programas integrados e a atribuição de graus,
em conjunto entre diferentes instituições, sobretudo ao nível do
Medida:
Promover
o
desenvolvimento de programas
inter-universitários
e
a
atribuição de graus em conjunto
com
diferentes
instituições
nacionais e estrangeiras.
3º ciclo.
A UBI continuará a empenhar-se na realização de pós-graduações
e especializações em articulação com outras instituições de ensino
superior e em articulação com sectores empresariais, contribuindo
para a formação e reciclagem dos seus quadros, a promoção da
criação de conhecimento e inovação. Os doutoramentos em meio
Medida: Prosseguir com a
política de articulação com o
sector empresarial para a
realização de pós-graduações.
empresarial, os cursos de empreendedorismo de base tecnológica,
de termalismo, etc., entre outros, têm sido um bom exemplo.
Mas
hoje
deve
dar-se
um
relevo
muito
importante
ao
doutoramento, 3º ciclo, que é, ao fim e ao cabo, o grau que é
reservado por excelência ao ensino universitário. Só com a
Medida: Dar relevância à oferta
de 3ºs ciclos.
14
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
produção do saber e do conhecimento se pode melhorar a
qualidade do ensino, a sua competitividade e o bem-estar das
sociedades.
É absolutamente necessário que os programas de doutoramento se façam numa base
interdisciplinar e interinstitucional. A UBI possui um Gabinete de Pós-Graduação que deve evoluir
para o que hoje é designado na Europa como a “escola doutoral”.
É imprescindível que os doutorandos e jovens investigadores tenham
acesso aos investigadores de maior reputação, permitindo-lhes
trabalhar com os mais qualificados de diferentes instituições. A
internacionalização, ao nível do 3º Ciclo, e a oferta deste grau em
Medida:
Promover
a
aproximação dos jovens
investigadores aos investigadores seniores.
cooperação é fundamental, daí que seja importante desenvolver os
bons exemplos já existentes.
O
papel
da
investigação
desenvolvimento
é
tecnológico,
cada
cultural
vez
e
mais
relevante
socioeconómico
no
das
sociedades. O Doutoramento deve ser o suporte e o estímulo de
desenvolvimento e de excelência que se pretende atingir no ensino
universitário.
É
fundamental
incentivar
os
investigadores
Medida:
Promover
a
participação dos investigadores em actividades de
ensino.
a
participarem em actividades de ensino, fomentando as ligações
matriciais.
A UBI sempre se preocupou com este tema, de forma a permitir que as populações da região, e
não só, pudessem evoluir, qualificar-se ou requalificar-se. Como já foi referido, a colaboração
com a ESTEBI - Escola Superior Tecnológica da Beira Interior, através da criação de CETs, a
ligação a empresas e suas associações, como o CITEVE, o desenvolvimento do CIEBI – Centro de
Inovação Empresarial da Beira Interior e do CFIUTE - Centro de Formação e Interligação
Universidade/Tecido Empresarial no seio da UBI, a possibilidade de qualquer cidadão se inscrever
em unidades curriculares isoladas, como cursos de extensão, demonstra bem a preocupação com
esta matéria, para além da abertura ao acesso a maiores de 23 anos.
No futuro, devemos estar ainda mais abertos a captar novos
públicos, quer através da formação presencial, quer através das
novas tecnologias da informação e comunicação, que, para além de
Medida: Captar novos públicos
para formação presencial e não
presencial.
permitirem a introdução de novas metodologias pedagógicas,
facilitam a aprendizagem à distância.
3.3 A UNIVERSIDADE, A SOCIEDADE E A REGIÃO
Ao nível europeu e internacional, é hoje reconhecido que, vivendo-se na sociedade do
conhecimento, o crescimento desta depende da produção de novos saberes, da sua transmissão e
15
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
divulgação e que, no centro desta produção, está a Universidade. A UBI, pela sua localização, tem
responsabilidades a nível nacional e internacional, mas também para com a região em que se
insere. Julgo que a Comunidade envolvente muito tem ganho com a presença da Universidade. Que
seria da Covilhã e da Beira Interior sem Ensino Superior?
Nos últimos trinta anos, as novas instituições de Ensino Superior localizadas no interior do País
foram as principais responsáveis não só pelo seu desenvolvimento, travando o despovoamento, mas
também fazendo inverter o fluxo migratório de jovens que, pelo facto de permanecerem alguns
anos no interior, acabam por nele se fixar no final dos seus cursos.
A UBI continuará a dar o maior relevo à ligação ao meio, abrindo-se
cada vez mais, disponibilizando as capacidades instaladas e
Medida: Prosseguir com a
filosofia de abertura ao meio
envolvente.
colocando-as ao serviço da sociedade.
Nesse sentido, criou e participou activamente em estruturas de promoção da ligação à
comunidade, tais como o Museu de Lanifícios e Arquivo Histórico, a Biblioteca Central, o Centro de
Estudos e Desenvolvimento Regional, o Centro de Recursos de Ensino e Aprendizagem, o CFIUTE, o
Centro de Inovação Empresarial, o Cybercentro, a Escola Superior Tecnológica da Beira Interior, o
Parkurbis, etc., sem mencionar os numerosos projectos desenvolvidos em parceria com entidades
regionais, nacionais e internacionais. O relacionamento com as autarquias da região tem sido
produtivo, devendo ser incrementado.
As Universidades não podem estar isoladas do mundo que as rodeia, têm de estar conscientes da
sua inserção na sociedade, atentas ao que nela se passa, reflectindo e promovendo a sua evolução.
A Universidade deve ser uma comunidade aberta, em que se cria conhecimento, se aprende, se
promove o enriquecimento humano, devendo ser, igualmente, um espaço aprazível para se viver e
conviver, não esquecendo uma das suas missões mais nobres, que é a de preparar os jovens para
enfrentarem o futuro de uma forma responsável.
No que diz respeito à região em que se insere, mais particularmente à Beira Interior, para além da
promoção da educação no seio da investigação, iremos incrementar as nossas relações de
vizinhança e corresponder ao desafio do combate à desertificação, da melhoria das condições
económicas e sociais e da qualidade de vida, realçando os laços com as instituições e empresas da
região no sentido de dinamizar a economia e a melhoria das condições de vida.
A nossa estratégia será a de continuar a contribuir para a melhoria
das condições de saúde da região e para a diversificação da indústria
existente, encorajando e contribuindo para a fixação de empresas
baseadas no conhecimento e em novas tecnologias; a promoção de
start-ups de base tecnológica por elementos ligados à UBI; o
estreitamento de relações com o Parque de Ciência e Tecnologia; o
Medida: Contribuir para a
melhoria das condições de vida
da
região
através
do
conhecimento tecnológico.
desenvolvimento de actividades que permitam à região afirmar-se
pela inovação, etc..
16
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
Estaremos sempre disponíveis para abraçar os desafios que a região e a cidade em que estamos
inseridos nos fizerem, desde que possamos contribuir para a melhoria da qualidade de vida, para a
regulação dos problemas ambientais e para a iniciativa e políticas públicas que visam o bem
comum.
3.4 INTERNACIONALIZAÇÃO
A UBI sempre dedicou uma especial atenção às ligações com o exterior. No início da instituição,
ainda como Instituto Politécnico, não havendo em Portugal docentes doutorados em áreas que,
pela primeira vez, se ministravam no nosso País, estabeleceu protocolos com as mais reputadas
escolas para qualificação do corpo docente, e recorreu a docentes estrangeiros para ministrar áreas
disciplinares para as quais não era possível encontrar docentes em Portugal.
Mais tarde, no início dos anos 90, continuando a dificuldade de recrutar e fixar doutorados numa
região do interior, e também pela escassez que, na altura, havia em Portugal, contactámos, por
esse mundo fora, um conjunto de professores de alto prestígio, que muito dinamizaram a
investigação e a qualificação do nosso corpo docente, pela via da promoção de doutoramentos.
Ainda hoje somos a Universidade portuguesa que conta com maior percentagem de professores
estrangeiros no seu corpo docente.
No início deste século XXI, caracterizado por uma globalização,
continuaremos a dar a maior importância à internacionalização, pois
reconhecemos
que
o
nosso
futuro
será,
inevitavelmente,
caracterizado pelo aumento da globalização e integração de
indivíduos, culturas e sociedade.
Uma particular atenção deverá ser dada à União Europeia, em que
Medida: Promover a partilha
do conhecimento ao nível
global.
estamos integrados, e aos países da CPLP, mas o nosso compromisso
será o de aprender a partilhar o nosso conhecimento a nível global.
A internacionalização ao nível da União Europeia, no que respeita à
circulação de alunos através do programa ERASMUS, é significativa,
assim como de docentes. Com o Brasil, as bolsas Santander têm tido
o maior sucesso na mobilidade de alunos nos dois sentidos. Também
o número de alunos provenientes dos países da CPLP tem algum
significado, em particular Cabo Verde, mas devemos incrementar
Medida:
Incrementar
a
internacionalização ao nível
da União Europeia e dos
países da CPLP.
significativamente o seu número.
Os nossos docentes asseguram já formações regulares ao nível de
mestrado em Cabo Verde e fazemos a formação de doutores para os
PALOP, lançando as bases para parcerias ao nível da investigação que
devem ser desenvolvidas nos próximos tempos.
17
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
A colaboração e fusão do Gabinete de Estágios e Observatório de
Emprego com o Gabinete de Programas e Relações Internacionais
irão criar sinergias e fomentar a internacionalização a todos os
níveis.
Medida: Criar sinergias e
fomentar
a
internacionalização, através da fusão do
Gabinete
de
Estágios
e
Observatório de Emprego e o
Gabinete de Programas e
Relações Internacionais
Vários são os projectos e programas desenvolvidos com países da CPLP e da União Europeia, em
particular com a vizinha Espanha, em que a cooperação transfronteiriça, incentivada por programas
comunitários como o INTERREG e outros, deve continuar a ser desenvolvida. As candidaturas a
projectos europeus em parceria com elementos de outros países devem ser incrementadas.
A captação de alunos de outros países exige que, por parte do Governo, seja publicado o estatuto
do estudante internacional.
3.5 ACÇÃO SOCIAL
Numa Instituição que trabalha, em média, com cerca de 80% de alunos deslocados, o bem-estar de
toda a comunidade universitária deve estar no centro das suas preocupações. Na realidade, as
condições de vida proporcionadas aos alunos influenciam significativamente o seu sucesso escolar.
Se, por um lado, são positivos para os alunos a sua mobilidade e afastamento da região de origem,
permitindo-lhes, não só, a sua autonomização e preparação para a vida, mas também o seu
enriquecimento pessoal e cultural, através do contacto com colegas de proveniências muito
diferentes, a nível nacional e internacional, por outro, há que proporcionar-lhes o melhor ambiente
possível para a realização de todos os trabalhos e para que, ao mesmo tempo, não se sintam
deslocados e não integrados.
A acção social sempre me mereceu e continuará a merecer a melhor atenção. Para além de sermos
a instituição com maior percentagem de alunos deslocados, também somos aquela que apresenta
maior percentagem de alunos bolseiros, 37%, e destes um número significativo (47%) é da região
interior de Portugal, o que demonstra bem a pobreza de todo o interior, para além da sua
desertificação.
Os Serviços de Acção Social disponibilizam 830 camas, o que faz com que a UBI apresente a melhor
percentagem, a nível nacional, de camas por aluno, e uma das melhores do conjunto da Europa dos
15, em termos de qualidade e conforto no alojamento.
Apesar do número significativo de camas, julgo que deveremos
aumentá-lo, tendo em consideração a percentagem de alunos
deslocados e, sobretudo, pelo facto de a Faculdade de Ciências da
Saúde estar relativamente distante das residências existentes.
Prevendo-se que a Faculdade seja frequentada por cerca de 1000
Medida: Aumentar o número
de
camas
através
da
construção de uma nova
residência junto à Faculdade
de Ciências da Saúde.
18
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
alunos, fará todo o sentido cobrir 20% dessa população, pelo que já
se dispõe do terreno e anteprojecto para uma residência. Caso não
se obtenha financiamento através dos programas a que esta está
candidatada, deve tentar-se uma parceria público/privada para a sua
construção e exploração.
Para além das condições de alojamento, uma alimentação de
qualidade e equilibrada é indispensável à promoção do sucesso
escolar. As cantinas e os snack-bares têm merecido a nossa melhor
atenção, tentando aproximá-los dos locais de trabalho e de
residência.
O controlo da alimentação continuará a merecer a nossa melhor
atenção. Para além disso, seria desejável a centralização das
cozinhas, com a implementação de um sistema de catering. Ao
centralizarmos a confecção poderemos melhorar o controlo, a
qualidade, a diversidade da oferta e, sobretudo, obtermos uma
Medida: Reforçar o sector de
alimentação, implementando
um sistema de catering.
melhor racionalização na gestão, controlo de custos, enfim,
aumentar a eficiência do sistema. Já tentámos obter financiamento,
continuaremos a empenharmo-nos para tal.
O desporto e a cultura são elementos fundamentais na formação
integral de um jovem universitário, pelo que iremos tentar
incrementar as já razoáveis condições existentes, disponibilizando
Medida:
Incrementar
as
condições para a realização
de actividades desportivas e
culturais.
espaços e meios para a sua prática.
As condições de saúde da comunidade, a todos os níveis, continuarão
a merecer a nossa melhor atenção. O apoio médico e de
enfermagem, através do gabinete de apoio médico e desportivo,
Medida: Estabelecer parcerias
com entidades de saúde, para
melhorar condições de saúde
da comunidade.
continuará a merecer a nossa melhor atenção, assim como o
estabelecimento de parcerias com a ARS e Centros de Saúde.
É igualmente importante o desenvolvimento do acompanhamento sob
o ponto de vista psicológico. O desenvolvimento de um gabinete de
acompanhamento psico-pedagógico irá merecer a nossa melhor
atenção, até porque é um elemento importante para as melhores
Medida:
Implementar
o
Gabinete
de
Acompanhamento Psico-Pedagógico.
condições de vida da comunidade universitária e para a orientação e
melhoria do sucesso pedagógico.
Sendo os estudantes a principal razão do ser da Universidade, a
acção social continuará a merecer a nossa melhor atenção, em
Medida: Reivindicar orçamentos
adequados para bolsas.
particular a reivindicação do orçamento conveniente para a
19
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
atribuição de bolsas, de forma a corrigir a situação dos mais
carenciados e que não sejam razões de ordem financeira a impedi-los
de frequentar, nas melhores condições possíveis, o ensino superior.
Que ninguém fique de fora do sistema por razões dessa ordem e que não haja descriminação a esse
nível.
3.6 INSTALAÇÕES/ INFRA ESTRUTURAS
A qualidade das instalações de uma instituição é fundamental para a educação que nela se
promove. Julgo que, sob este ponto de vista, a UBI pode considerar-se um caso de sucesso a nível
nacional. Encontrando-se cerca de 80% da sua área construída instalada em edifícios recuperados,
na sua maioria antigas fábricas, residências com elas relacionadas e mesmo um Convento, deu-se
um exemplo de recuperação e preservação do património urbano, devolvendo dignidade à cidade.
Dispondo hoje de uma área construída de 163.364,85 m2, e de uma área de terrenos de 173.253, 05
m2, a UBI tem um verdadeiro património registado em seu nome.
Nos últimos anos, para além da qualificação do corpo docente, da oferta pedagógica nas diferentes
áreas do saber e da promoção da investigação, a construção de um espaço físico de qualidade,
devidamente adequado aos modelos pedagógicos praticados (curso de Medicina, por exemplo), e
convenientemente equipado, mereceu a nossa melhor atenção. Desenvolvemos um autêntico
campus
universitário
integrado
na cidade,
com
todas as
suas
vantagens,
e fizemos,
simultaneamente, da Covilhã, um campus universitário no interior do país.
Podendo dizer-se que a meta da expansão física se encontra em fase
adiantada, há que dar uma especial atenção à sua manutenção para
manter e melhorar a sua qualidade. É extremamente importante
traçar um plano de intervenção anual para se fazer a manutenção de
Medida: Traçar um plano de
intervenção anual para proceder
à manutenção do edificado da
Universidade.
fundo indispensável que evite a degradação patrimonial da
instituição.
Há, no entanto, que recuperar a parte restante do edifício II da
antiga fábrica Ernesto Cruz para as Ciências Sociais e Humanas, no
Medida: Recuperar o Edifício II
da antiga Fábrica Ernesto Cruz.
Pólo IV.
No Pólo I, seria desejável, caso haja possibilidade de um
financiamento externo adequado, adquirir e recuperar a antiga
Fábrica Francisco Mendes Alçada para a Arquitectura, e fechar-se
assim o ciclo de recuperação neste Pólo.
Medida: Adquirir e recuperar a
antiga fábrica Francisco Mendes
Alçada para o curso de
Arquitectura.
Para além da recuperação destes edifícios, haverá que fazer obras de
20
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
adaptação, por uma questão de melhor adequação ao processo
pedagógico dos cursos ministrados.
Mas não basta construir, recuperar e adequar espaços físicos, há que
equipá-los
convenientemente
para
o
desenvolvimento
das
actividades de ensino e investigação. A Medicina tem já um projecto
Medida: Adequar espaços físicos
às necessidades dos modelos
pedagógicos.
Medida: Equipar os espaços
físicos para o desenvolvimento
de actividades de ensino e
investigação.
aprovado no âmbito do QREN para continuar a equipar o seu Centro
de Investigação em Ciências da Saúde.
4. GESTÃO E GOVERNO DA UNIVERSIDADE
4.1. INTRODUÇÃO
As Universidades, em particular na Europa e em Portugal, estão a atravessar um período complexo
de mudanças e enquadramento legislativo. O novo regime jurídico, o ECDU, o financiamento, a
avaliação, a implementação do processo de Bolonha, enfim, tem havido uma grande agitação nos
últimos anos.
A Europa, através da Estratégia de Lisboa, lança um novo desafio de dinamismo às suas
universidades. A educação e a investigação constituem os elementos fundamentais para a
construção de uma nova sociedade baseada no conhecimento e na inovação. O desenvolvimento da
Europa das regiões depende da exploração do potencial existente nos domínios da ciência, da
investigação e da inovação, pelo que há que encorajar as suas universidades a atingir níveis de
excelência.
As universidades não asseguram apenas o ensino como meio essencial para o mercado do emprego,
mas são portadoras de valores científicos, culturais e sociais, difíceis de medir economicamente,
mas que constituem os fundamentos da prosperidade e bem-estar da sociedade, para além de
assegurarem a educação humanística e o desenvolvimento do espírito crítico indispensável ao
progresso de qualquer democracia.
A modernização do ensino superior europeu é considerada como o meio indispensável para o
sucesso económico da sociedade do conhecimento. À Universidade exige-se uma transformação
rápida, mas, em Portugal, esta mudança é feita num clima de redução drástica do financiamento
por parte do Estado.
A autonomia é a garantia da qualidade do ensino superior. O RJIES surgiu como uma oportunidade
de mudança e do reforço da autonomia que, entretanto, é cerceada por legislação avulsa, que é
publicada a todo o momento, para além das restrições ao financiamento.
21
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
Mas, neste clima bastante complexo de incertezas a todos os níveis, torna-se ainda mais
importante e exigente, para a sobrevivência das instituições, que elas disponham de uma
governação forte e de bons instrumentos de gestão.
4.2. IMPLEMENTAÇÃO DO RJIES E DOS NOVOS ESTATUTOS
Num clima social e económico extremamente complexo, compete ao
Reitor, nos tempos mais próximos, se possível até ao final do ano
escolar, desencadear e conduzir todos os processos que levam à
implementação do novo modelo de gestão, promovendo a realização
Medida:
Desencadear
e
conduzir a implementação do
novo modelo de gestão.
de eleições para os diferentes órgãos, unidades e subunidades
orgânicas e a publicação dos respectivos regulamentos e regimentos.
Os próximos tempos levarão a alguma agitação interna, tendo que
garantir, em simultâneo, que o ensino, a investigação e todas as
actividades da instituição sejam assegurados com a melhor qualidade
Medida: Garantir a realização
de todas as actividades da
instituição, assegurando a sua
qualidade.
possível. A articulação entre os diferentes órgãos, unidades orgânicas
e serviços é fundamental, em especial entre o Conselho Geral e o
Reitor.
Medida: Garantir a articulação
dos diferentes órgãos.
As unidades orgânicas, com os novos Estatutos, ganharam competências e uma maior autonomia,
prosseguindo-se com a descentralização da gestão anteriormente praticada.
O facto de não haver Conselho Científico e Pedagógico ao nível da Universidade, mas sim, e
apenas, ao nível das Faculdades, com competências reforçadas, pode dificultar a tarefa de
coordenação e de manutenção da coesão institucional, na sua globalidade.
O sistema matricial em que assenta a organização pedagógica e
científica exige uma liderança forte por parte da Reitoria. Há um
órgão estatutário de que o Reitor dispõe para gerir e manter a
coesão. Trata-se do Senado, onde, para além de outros elementos,
têm assento todos os presidentes das unidades orgânicas e que, como
órgão de apoio ao Reitor, poderá contribuir significativamente para a
Medida: Dar relevância ao
Senado, como garante da
manutenção
da
coesão
interna.
coordenação e manutenção da coesão institucional. O Reitor, no
respeitante às competências próprias das unidades orgânicas, irá
apoiar-se no Senado e dar-lhe a relevância que ele merece para a
manutenção da coesão interna, nomeadamente no que diz respeito
às linhas gerais de orientação no plano científico e pedagógico.
No que diz respeito à coordenação e fomento da investigação, a UBI
irá dispor do Instituto Coordenador da Investigação, na dependência
Medida:
Monitorizar
e
acompanhar
a
produção
científica, através do Instituto
22
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
directa do Reitor, que contribuirá para a elaboração dos planos para
a investigação, estabelecendo prioridades e que, simultaneamente,
fará a monitorização do acompanhamento da produção científica.
O financiamento do ensino e da investigação por entidades
diferentes exige uma coordenação mais eficaz. O Reitor porá todo o
seu empenho nesses aspectos.
Coordenador da Investigação,
que
contribuirá
para
a
elaboração de planos para a
investigação.
Medida:
Coordenar
eficazmente o financiamento
do ensino e investigação.
4.3 GESTÃO E CONTROLO FINANCEIRO
Para além das regras, auditorias, inspecções a que, por lei, estamos sujeitos, e que, como é
evidente, temos de cumprir, embora por vezes o seu número seja exagerado, temos vindo a
defender um sistema de controlo interno, através do desenvolvimento de ferramentas informáticas
e, sobretudo, da formação adequada de quadros.
Propomo-nos reforçar esta área, contando vir a recrutar um
Administrador
altamente
qualificado.
A
escolha
de
um
Medida:
Recrutar
um
Administrador
altamente
qualificado.
Administrador, com experiência e competência na área de gestão e
coordenação é fundamental.
O Conselho de Gestão deve ser concebido como uma verdadeira
direcção administrativa e financeira da UBI, mas o Administrador
deverá ter um papel importante na gestão e coordenação dos
serviços, assim como na coordenação com os secretários das
Medida:
Promover
a
coordenação entre o Conselho
de Gestão, o Administrador e as
Unidades Orgânicas.
unidades orgânicas.
A UBI tem em avançado estado de implementação um sistema de
controlo de custos totais (full-cost accounting) que iremos ter em
funcionamento pleno no próximo ano. Este sistema é uma
ferramenta de gestão indispensável que irá permitir um melhor
Medida:
Concluir
a
implementação do sistema de
controlo de custos total.
controlo de custos a todos os níveis, ensino, investigação, etc., e
permitirá reduzir despesas e rentabilizar os meios disponíveis.
Já temos o controlo dos custos de energia por edifício e por área, os
custos de manutenção das infra-estruturas, etc. O nosso sistema
matricial, ao nível do ensino, obriga-nos a determinar os tempos
efectivos dos docentes, e ajustá-los às diferentes actividades
Medida: Imputar os custos por
área.
pedagógicas, em diferentes cursos e em diferentes faculdades, de
modo a fazer uma correcta imputação de custos.
O Conselho de Gestão, com as competências que lhe são atribuídas pela lei e pelos Estatutos, terá
de conduzir a gestão, em particular no que diz respeito à parte financeira e dos recursos humanos,
com o maior rigor possível, evitando desperdícios e rentabilizando os meios disponíveis.
23
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
4.4 FINANCIAMENTO
A Reitoria da UBI terá de dedicar um esforço cada vez maior no sentido de obter os meios
financeiros indispensáveis para assegurar a realização da sua missão. É de todos bem conhecido o
clima económico, financeiro e social que se vive em Portugal e no mundo.
No que diz respeito ao financiamento dito de funcionamento ou Orçamento de Estado transferido
para as instituições de ensino superior, tem vindo a decrescer de forma drástica nos últimos anos.
Este decréscimo é acompanhado, em simultâneo, com a exigência imposta às instituições de
assumirem novas despesas com a Caixa Geral de Aposentações, aumentos salariais, qualificação de
pessoal e evolução nas respectivas carreiras, etc. No que diz respeito à UBI, esta evolução está
traduzida na publicação que, anualmente, se realiza, “UBI em Números”.
O financiamento tem a ver com sustentabilidade e sobrevivência da
instituição. È absolutamente necessário que o Governo defina regras
e uma fórmula de financiamento adequada e que, de uma vez por
todas, se elimine o clima de incerteza e instabilidade que se tem
Medida: Exigir ao Governo a
definição de regras e uma
fórmula de financiamento.
vivido nos últimos anos.
Todos sabemos o contexto difícil em que vivemos, mas, por isso
mesmo, devem definir-se metas exigentes e criar as condições para
que se possam atingir. A celebração de um contrato-programa para
assegurar um financiamento plurianual, há muito que é reivindicado
Medida: Exigir ao Governo a
celebração de um contratoprograma de financiamento
plurianual.
pela UBI e pelo CRUP e deve ter lugar, independentemente do
Regime Jurídico das Instituições.
O problema da desresponsabilização por parte do Estado no financiamento da UBI agravou-se ainda
mais pelo facto de, nos últimos três anos, a UBI ter crescido cerca de 1000 alunos, em áreas
estratégicas e custosas sob o ponto de vista da formação, como são as áreas da saúde, tendo, em
simultâneo, o financiamento por aluno decrescido em cerca de 1000 euros.
Ao Reitor irá competir-lhe empenhar-se ainda mais, junto da tutela, para que haja uma correcção
do financiamento do Estado, e atenuar as diferenças que existem neste momento entre o
financiamento por aluno em diferentes universidades.
Porei todo o empenho e saber na defesa de um financiamento justo
e, se possível, em alcançar uma descriminação positiva devido à
Medida:
Defender
um
financiamento adequado e
justo perante a tutela.
nossa localização geográfica, aliás, como é defendido no relatório da
OCDE.
24
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
O financiamento da Instituição tem várias proveniências, para além do Orçamento do Estado e das
famílias que suportam as propinas. Na realidade, as fontes de financiamento são diversificadas e,
desde logo, o financiamento da investigação é diverso da componente ensino, se bem que seja
este, na grande maioria dos casos, a assegurar a totalidade dos salários que também constituem a
maior componente do financiamento da investigação.
A implementação, em curso, de um sistema de contabilidade
analítica vai ajudar-nos a clarificar estes componentes e a reivindicar
Medida: Reivindicar orçamentos
mais justos, quer para o ensino
quer para a investigação.
um orçamento mais justo, quer para o ensino quer para a
investigação.
Mas esta Universidade sempre se caracterizou, e essa continuará a ser a nossa aposta, por
conseguir financiamentos alternativos e complementares provenientes de vários programas
comunitários, nacionais e mesmo de entidades privadas. Grande parte do património que a UBI
possui foi granjeado através de receitas próprias geradas das mais diferentes formas e provenientes
do apoio dos mais variados programas.
Nos tempos que vivemos é absolutamente necessário incrementar o
relacionamento com as empresas e instituições, não só para pôr o
saber gerado ao serviço da sociedade para a produção de riqueza,
mas também para que a Universidade possa ter um retorno
financeiro por essa via que lhe permita desenvolver as suas
Medida:
Incrementar
o
relacionamento
com
as
empresas e instituições na
procura
de
um
retorno
financeiro
que
permita
desenvolver as actividades.
actividades.
Há, neste momento, faculdades, departamentos e serviços que geram receitas significativas.
Importa incentivar tal procedimento, sem que se gere uma concorrência desleal para com as
empresas, mas se estabeleça uma parceria com elas.
A promoção e acompanhamento dos processos de candidatura a projectos de investigação e o
acompanhamento dos processos administrativos e financeiros já se fazem através do GAAPI e da
Divisão de Organização e Planeamento, na dependência do Reitor.
O GAAPI e a OTIC têm desempenhado um bom papel na procura de
financiamentos
alternativos,
no
registo
de
patentes
e
na
transferência de conhecimento para as empresas, que há que
Medida: Valorizar o registo de
patentes e obter financiamentos
pela
transferência
de
conhecimento.
incentivar. O Instituto Coordenador para a Investigação, com a
articulação dos gabinetes referidos, virá a ser um elemento
dinamizador na geração de receitas principalmente as destinadas à
Medida:
Gerar
receitas
destinadas à investigação e seu
suporte logístico.
investigação e seu suporte logístico.
No que diz respeito ao orçamento dito de funcionamento, as
despesas de pessoal não deverão ser superiores a 80%, pois corre-se o
risco de pôr em causa a qualidade do ensino e a missão da
Medida:
Implementar
um
controlo rigoroso do orçamento
no que respeita a contratações.
As despesas de pessoal não
devem ultrapassar 80% do
orçamento.
25
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
Universidade. Assim, o Orçamento do Estado transferido deve ser
aumentado de forma a poder cumprir essa meta.
Considerando o orçamento global, dever-se-á, naturalmente, caminhar no sentido de que o
orçamento de Estado transferido seja de 50% (condição imposta para a passagem a fundação),
devendo os restantes 50% ser captados a partir de fontes diversas, como já foi referido: propinas,
contratos de investigação, prestação de serviços, etc.
A diversificação das fontes de financiamento constitui um elemento
indispensável para o equilíbrio orçamental. A nível interno deverá
Medida: Diversificar as fontes de
financiamento com vista ao
equilíbrio orçamental.
aperfeiçoar-se o modelo de distribuição do orçamento pelas
faculdades.
O número de alunos não pode ser o único parâmetro a considerar. Há áreas que captam receitas
com maior facilidade, devendo haver solidariedade na sua distribuição interna e de acordo com os
custos e benefícios.
O modelo matricial da UBI, embora torne mais difícil a distribuição,
com a definição dos parâmetros e do serviço que cada docente
presta a uma determinada faculdade, mesmo sem a ela pertencer, é
Medida: Aperfeiçoar o modelo
de distribuição do orçamento
pelas faculdades.
possível definir valores aproximados. Há parâmetros internacionais
que ajudam a tal distribuição.
A responsabilização do cumprimento do orçamento atribuído a cada
faculdade, centro e serviço é indispensável para uma boa gestão. A
UBI deve manter a centralização dos custos gerais na administração,
se bem que, através da contabilidade analítica e do sistema de full-
Medida:
Responsabilizar
os
diversos
sectores
pelo
cumprimento do orçamento
atribuído.
costs, em implementação, seja possível determinar os custos reais de
cada área. Esta centralização traz economia de escala e facilita a
gestão.
4.5 PESSOAL DOCENTE
A Universidade é fundamentalmente constituída pelos meios humanos que nela geram saber, o
difundem e transferem, e por aqueles que o adquirem e se preparam para melhor exercer uma
cidadania activa. A principal preocupação nos meus mandatos como Reitor foi, e continuará a ser,
se for escolhido, para com os meios humanos. A primeira prioridade foi fixar um corpo docente
próprio numa região inóspita do interior e qualificá-lo.
O esforço efectuado pode ser observado pela evolução do número e
percentagem de Doutores que constituem o corpo docente (v. “UBI
em Números”).
26
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
Se bem que, em alguns departamentos, a percentagem seja superior
a 90%, na generalidade é cerca de 72%, pelo que há que continuar a
Medida:
Aumentar
a
percentagem
de
docentes
doutorados em algumas áreas.
fazer esforço em algumas áreas.
A avaliação da European University Association considera que a UBI tem uma situação aceitável no
domínio do corpo docente (vide Relatório). De qualquer forma, temos de reconhecer e agradecer a
disponibilidade e empenho do corpo docente para atingir os níveis de qualidade que foram
alcançados, exigindo-lhes, por vezes, uma carga pesada: a realização de investigação e respectivas
teses de doutoramento, a montagem de laboratórios, etc.
Em termos de ETI, há que reivindicar a publicação de um despacho
devidamente actualizado, para além de um orçamento adequado à
Medida: Solicitar à tutela a
publicação
de
um
novo
despacho sobre ETIs.
realidade actual da UBI.
A situação é distinta de faculdade para faculdade. Algumas ganharam alunos, outras perderam. É
importante que haja uma flexibilização da contratação de pessoal.
Em certos departamentos, os ratios estão desajustados da realidade, como na generalidade da UBI,
como acabei de referir, mas o Governo tem ignorado a correcção que se impõe. Internamente, e
graças ao modelo matricial da UBI e à boa vontade dos docentes, temos tentado corrigir algumas
carências nas áreas emergentes, com a deslocação interna de docentes.
Com o desenvolvimento das unidades de investigação, a UBI tem
vindo
a
recrutar
alguns
bolseiros
de
doutoramento
e
pós-
doutoramento, que, na medida do possível, devem colaborar na
Medida: Recrutar bolseiros de
doutoramento
e
pósdoutoramento que devem
colaborar na docência.
docência.
Espera-se, para breve, a publicação de um novo ECDU. De qualquer
forma, devemos prosseguir com a política de contratação de
docentes doutorados, através de concurso público.
Medida: Contratar exclusivamente docentes com o
doutoramento
concluído,
através de concurso público.
É igualmente desejável, em certas áreas para além da Medicina, que se contratem docentes
convidados, sempre a tempo parcial, com grande experiência profissional e que permitam
estabelecer laços com a sociedade e os meios profissionais.
Devemos fazer um esforço no sentido de atrair bolseiros de
doutoramento e pós-doutoramento para promover a investigação e
enquadrá-los no ambiente universitário, de forma a que os melhores
Medida: Atrair
doutoramento
doutoramento.
bolseiros de
e
pós-
possam, um dia, integrar a universidade.
A UBI tem um corpo docente jovem, devemos fazer tudo o que
estiver ao nosso alcance para lhes proporcionar uma evolução nas
carreiras. Assim, devemos prosseguir com a política de abertura de
Medida: Proporcionar evolução
na carreira aos docentes.
vagas para professores associados e catedráticos e reivindicar mapas
27
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
de pessoal adequados a este nível.
A avaliação dos docentes investigadores deve ser incrementada e
urge que seja publicada legislação adequada, de forma a garantir a
qualidade desejada para toda a Universidade e a premiar o mérito e
Medida: Incrementar a avaliação
dos professores nas actividades
de ensino e investigação.
a dedicação à Instituição.
É importante que os docentes sejam mobilizados e compreendam
que, para além do serviço docente, há um conjunto de actividades e
responsabilidades
que
devem
cumprir,
pelos
quais
deverão
igualmente ser avaliados, como a investigação, sempre que possível
desenvolvida no âmbito de unidades de investigação avaliadas
Medida: Mobilizar os docentes
no sentido do cumprimento das
diversas responsabilidades.
positivamente e a prestação de serviços, através de diferentes
contratos com o exterior e também pela transferência de
conhecimento.
Os docentes devem ser responsabilizados por, atempadamente,
fornecerem informações e resultados dos alunos aos Serviços
Académicos.
A UBI deve ter meios e institucionalizar formas de premiar e
reconhecer o mérito de pessoas que lhe dedicaram a sua vida.
Medida: Reconhecer e premiar o
mérito.
4.6 PESSOAL NÃO DOCENTE
No que respeita ao pessoal não docente, devemos prosseguir com a
formação adequada às funções que desempenham, de modo a
Medida: Prosseguir com as
acções de formação do pessoal
não docente.
aumentar a sua produtividade e a qualidade da prestação do serviço.
Também neste domínio a UBI terá de encontrar formas e receitas,
bem como estabelecer protocolos para assegurar as unidades
indispensáveis para o desempenho cabal das suas funções.
Medida: Assegurar as unidades
indispensáveis
para
o
desempenho cabal das suas
funções.
4.7 REESTRUTURAÇÃO DOS CENTROS E SERVIÇOS
Torna-se indispensável rever e reestruturar os centros e serviços
existentes e adequá-los às funções que hoje lhes são exigidas.
Medida: Rever e reestruturar os
centros e serviços.
Nos últimos anos fizemos um esforço de dotar os serviços de uma estrutura física adequada às suas
funções e que proporcionasse o melhor ambiente de trabalho possível a todos aqueles que nela
28
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
trabalham. Podemos citar o exemplo dos Serviços Administrativos, Académicos, Centro de
Informática, etc.
Os Serviços Administrativos estão hoje centralizados num só edifício, onde está localizado o
Gabinete do Administrador, o que permite uma racionalização dos meios e uma melhor gestão.
Os Serviços Académicos foram, igualmente, dotados de um espaço físico devidamente cuidado e
adequado, para onde irão ser transferidos todos os seus sectores, assim como os gabinetes que têm
contacto com os alunos, de modo que estes, para tratarem de qualquer assunto administrativo, se
dirijam apenas a um único local.
Mas, neste caso particular, não basta o espaço físico e os meios informáticos.
A gestão dos Serviços Académicos terá de ser alterada e melhorada
significativamente e o seu pessoal ter um melhor desempenho e
atendimento para com os utentes.
Medida: Promover acções de
formação para o pessoal dos
Serviços Académicos, no sentido
da melhoria do atendimento e
do desempenho.
A Reitoria irá seguir com maior proximidade a qualidade dos serviços
prestados. Entre outras medidas a tomar, o Vice-Reitor encarregado
dos assuntos académicos passará a dispor de um gabinete dentro do
espaço alocado a estes Serviços. A centralização de todos os sectores
Medida: Melhorar a gestão dos
Serviços Académicos, centralizando os sectores.
e a permanência da Reitoria dentro dos Serviços Académicos torna-se
ainda mais importante, dado que, com os novos Estatutos, deixa de
haver um Conselho Científico e passará a haver um por cada
Faculdade, o que exige uma coordenação mais eficaz por parte da
reitoria.
A melhoria da articulação entre Faculdades, departamentos e
docentes é indispensável para que as informações e resultados
obtidos
pelos
alunos
possam
ser
processados
e
Medida:
Promover
uma
coordenação mais eficaz por
parte da Reitoria.
divulgados
atempadamente.
O Centro de Informática é hoje um elemento indispensável ao bom
funcionamento da instituição, pelo que há que garantir uma boa
Medida: Garantir uma
gestão
do
Centro
Informática.
boa
de
gestão enquadrada por um conselho técnico.
A UBI tem um dos melhores índices de computador/aluno a nível
nacional e europeu, mas com o acesso mais fácil a computadores
pessoais, é cada vez mais importante que o Centro de Informática
centre as suas atenções nos serviços e na qualidade dos mesmos a
prestar à comunidade universitária e à instituição.
Medida: Centrar as atenções do
Centro de Informática nos
serviços
prestados
à
comunidade e na qualidade dos
mesmos.
29
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
Os Serviços de Documentação/Biblioteca deverão continuar a
merecer a nossa melhor atenção. Apesar da informação que nos
chega através das tecnologias de informação e comunicação,
continua a ser indispensável dispor da informação em suporte papel,
pelo que continuaremos com a política de aquisição de livros e
Medida: Alocar meios para a
aquisição de bibliografia.
revistas, tendo de alocar meios para tal. As bibliotecas de hoje
devem ser verdadeiros centros de informação em que esta esteja
disponível sob as diferentes formas.
Os Serviços Técnicos, terminada a fase da grande expansão física da
UBI, têm vindo a ser preparados para assegurar as tarefas de
manutenção dos edifícios.
Sempre
nos
pautamos
por
ter
instalações
de
qualidade
Medida: Traçar um plano de
intervenção
anual
para
tarefas de manutenção das
instalações.
e
devidamente cuidadas e iremos prosseguir com essa politica, apesar
das restrições financeiras. Temos vindo a reivindicar junto da Tutela
que seria importante que as instituições de ensino superior
dispusessem de um PIDDAC anual destinado à manutenção do
Medida:
Reivindicar
a
atribuição de um PIDDAC
destinado à manutenção do
património.
património.
Nos próximos tempos continuaremos a realizar estudos e a
implementar medidas para a redução de custos de exploração.
Medida: Reduzir custos com os
consumos de água e energia.
A UBI, graças ao aproveitamento de fontes de água no seu campus e à instalação de estações de
tratamento e controlo de qualidade, é hoje praticamente independente no abastecimento de água.
A instalação de equipamentos de iluminação de baixo consumo irá continuar.
Estamos localizados numa região com um clima com grandes
amplitudes térmicas, pelo que é fundamental continuar a investir e a
Medida: Investir em energias
alternativas e no isolamento
térmico de edifícios.
encontrar programas que nos ajudem a reduzir os custos de
climatização. A instalação de painéis solares para aquecimento de
água prevê-se para breve.
No que respeita ao Gabinete de Relações Públicas e Imagem, a divulgação da instituição é cada
vez mais importante para a captação de alunos, pessoal qualificado, meios financeiros, etc.. A
qualidade da instituição deve ser a nossa bandeira. Os nossos alunos e ex-alunos são os melhores
veículos para a divulgação da instituição. De qualquer forma, sabemos hoje que mais de 70% dos
nossos alunos tomam conhecimento da nossa universidade através dos meios informáticos e da
nossa página web.
Assim, devemos continuar a cuidar cada vez melhor da informação
transmitida por essa via. A actual ligação, conteúdos e imagem da
nossa página são da maior importância. Estamos numa fase de
30
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
reestruturação dos meios humanos que lhes são afectos e que iremos
prosseguir.
O
Gabinete
de
Relações
Públicas,
que
tem
a
responsabilidade deste serviço, terá de lhe dedicar toda a atenção,
para além de prosseguir com as mais variadas acções de divulgação
Medida: Prosseguir com o
desenvolvimento da página Web
e
outras
actividades
de
divulgação.
junto das escolas secundárias, organização dos dias abertos, etc.
Uma instituição que trabalha com 80% de alunos deslocados tem que dedicar a máxima atenção à
sua divulgação e da captação de novos alunos.
O Gabinete de Programas e Relações Internacionais (GPRI) irá ser
reforçado e no que concerne aos aspectos relacionados com a
mobilidade dos alunos irá funcionar em conjunto com o Gabinete de
Medida: Promover a celebração
de protocolos de cooperação
com instituições estrangeiras.
Estágios e Observatório de Emprego. O GPRI deve promover o
relacionamento e a celebração de protocolos de cooperação entre
instituições estrangeiras.
A UBI, dentro da sua politica de preservação do património urbanístico e da sua devolução a
cidade, deu a maior importância à preservação da cultura e da memória da cidade em que está
inserida. Como já referi, não há futuro sem passado. A UBI chamou a si a responsabilidade e tarefa
da preservação da actividade e cultura milenar da Covilhã, o trabalho e a transformação da lã.
O Museu de Lanifícios da UBI é, actualmente, um exemplar único que preserva não só a memória
dos lanifícios, mas constitui um património extremamente importante, a começar pelas pessoas
que a ele têm dedicado as suas vidas.
O museu polinucleado que hoje possuímos e as realizações culturais
e artísticas que leva a efeito de uma forma permanente são um dos
melhores veículos para a divulgação da UBI. O número de visitantes
tem vindo a aumentar, em especial o de estrangeiros, levando bem
Medida: Divulgar o património, a
cultura e a UBI através do Museu
de Lanifícios.
longe a imagem da UBI. Ao entrar em qualquer site relativo a museus
em qualquer parte do mundo é possível navegar até ao Museu de
lanifícios e à UBI. Por outro lado, constitui um elemento fundamental
para a promoção cultural e artística dos nossos estudantes.
5. A CULTURA E A VIDA ESTUDANTIL
Como já referimos, numa comunidade estudantil com 80% de alunos deslocados, 37% de alunos
bolseiros, a acção social tem, necessariamente, de merecer a melhor atenção para a qualidade de
vida dos jovens. Assim, o apoio ao desenvolvimento de actividades desportivas e culturais é
fundamental para a formação integral de um jovem.
A educação universitária, como tenho afirmado inúmeras vezes, não
é constituída apenas pelo trabalho pedagógico e científico. As
31
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
actividades de carácter cultural, desportivo e de complementaridade
pedagógica levadas a efeito pela Associação e seus núcleos são da
maior importância para a integração dos jovens provenientes das
mais diferentes regiões. A troca de experiências, o convívio e a
Medida: Incentivar e apoiar a
realização
de
actividades
culturais e desportivas pela
AAUBI
e
núcleos
de
estudantes.
realização em comum de actividades por alunos de diferentes áreas
pedagógicas é extremamente enriquecedora.
Por outro lado, essas actividades abertas à sociedade promovem a divulgação da cidade da Covilhã
e a integração dos estudantes na comunidade. Podemos já hoje dizer que a UBI e os seus
estudantes têm vindo a transformar a Covilhã e a região em que se insere pela dinâmica das suas
actividades artísticas, culturais e desportivas.
A qualidade da vida académica é um dos factores que distingue as
universidades mais prestigiadas em todo o mundo. A autarquia
deveria dar a melhor atenção a este actividade estudantil, pois só
contribui para o prestígio da cidade.
Medida: Procurar o apoio da
autarquia
para
o
desenvolvimento
de
actividades
culturais
e
desportivas.
A “Cidade da lã e da neve”, da mono-indústria dos lanifícios é hoje uma cidade de serviços, uma
cidade universitária, um oásis no imenso interior em plena desertificação.
Assim, continuaremos a apoiar toda esta actividade, continuando a
disponibilizar, na medida do possível, meios e espaços de estudo,
para o desenvolvimento de actividades próprias dos diferentes
núcleos. Dentro do possível, alargaremos horários de funcionamento
de bibliotecas e acesso a meios informáticos e, em casos
justificáveis, continuaremos com a política de abertura de “espaços
Medida: Disponibilizar meios e
espaços de estudo para o
desenvolvimento
das
actividades
dos
núcleos
estudantis
e
apoio
a
estudantes com necessidades
especiais.
24h”.
Não esqueceremos o apoio a estudantes com necessidades especiais, promovendo o acesso às
instalações e a disponibilização dos apoios indispensáveis.
A articulação com a Associação dos Antigos Alunos é da maior
importância para o seguimento do seu percurso profissional e para
que haja uma interacção com a UBI, através da transmissão da sua
experiência, de forma a podermos melhorar todos os nossos
Medida: Fomentar, através do
GEOE, a actualização de um
banco
de
dados
que
acompanhe
a
evolução
profissional
dos
antigos
alunos.
programas.
6. PROVEDOR DO ESTUDANTE
O RJIES e os novos Estatutos, no seu Artº 54, introduzem uma nova
figura na vida académica, a do Provedor do Estudante. Várias vezes
32
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
me tenho pronunciado sobre a oportunidade de criação desta nova
figura que, para além das competências que lhe estão atribuídas,
pode contribuir imenso para a melhoria do sucesso pedagógico dos
Medida: Contribuir para a
melhoria
do
sucesso
pedagógico dos alunos através
do Provedor do Estudante.
alunos e dos procedimentos administrativos com eles relacionados.
Como já referi noutro capítulo, há que melhorar e responsabilizar os
docentes e Serviços Académicos para uma melhor articulação e
cumprimento
dos
prazos.
O
Provedor
do
Estudante
pode
desempenhar aqui um papel extremamente importante. Embora,
Medida; Colaborar com o
Provedor do Estudante na
melhoria da vida estudantil e
dos seus interesses.
estatutariamente, o Provedor se deva articular preferencialmente
com os conselhos pedagógicos, Associação Académica e Serviços de
Acção Social, a minha disponibilidade será total para colaborarmos
na melhoria da vida estudantil e dos seus interesses.
7. CONSOLIDAÇÃO E AFIRMAÇÃO DA UBI
Após um período importante da sua existência, que teve como
principais prioridades a fixação e a qualificação do corpo docente, a
Medida: Entrar numa nova fase.
criação de cursos nas diferentes áreas do saber, o empenho na
Medida: Fomentar a introdução de
novas “boas práticas”ao nível dos
vários órgãos e serviços e dos seus
membros.
produção científica e a aprendizagem de qualidade, com a
implementação de novas metodologias pedagógicas, em particular a
aprendizagem centrada no aluno e por objectivos, não esquecendo a
construção de infra-estruturas de qualidade para o desempenho da
missão universitária, a UBI entra numa nova fase.
O facto de sermos uma universidade jovem obriga-nos a ser criativos, exigentes, abertos. Julgo
que, após a reflexão e o debate nos diferentes órgãos das estratégias propostas pelo Reitor e
depois de escolhermos um rumo em que acreditamos, saberemos promover, com sucesso, a
Instituição.
Perante os factores adversos, impostos pela localização geográfica,
pela conjuntura nacional e internacional, a UBI só poderá afirmar-se
através de um projecto próprio, com qualidade e marcadamente
Medida: Afirmar-se através de um
projecto próprio que preserve o
passado e se projecte no futuro.
diferente, de forma a tornar-se mais atractiva.
Teremos de continuar esta senda de afirmação com uma estratégia que conduza a:
- Reforço da investigação científica;
- Reforço dos processos de avaliação e acreditação a todos os níveis como factores
indispensáveis à promoção da Qualidade, criando nomeadamente o Gabinete de Avaliação
da Qualidade. A avaliação permanente dos cursos de 1º ciclo, sob o ponto de vista da
frequência, do sucesso, do abandono e da qualidade do ensino, através do Gabinete de
33
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
Avaliação de Qualidade e do Gabinete de Estágios e Observatório de Emprego, deve
permitir decidir sobre a manutenção ou encerramento dos cursos;
- Desenvolvimento de áreas estratégicas de ensino dentro da rede nacional de ensino
superior;
- Consolidação do ensino no seio da investigação, dando especial importância à pósgraduação, reforçando o conceito de escolas de doutoramento e a oferta deste tipo de
formação, em consórcio com outras instituições a nível nacional e internacional, visando a
excelência da formação;
- Aprofundamento do nosso sistema de funcionamento matricial com uma melhor
articulação entre as unidades e subunidades orgânicas e abolição de quaisquer barreiras à
mobilidade interna;
- Modernização da gestão.
Nesta sociedade em que vivemos, de mudanças extremamente
rápidas e de uma grande instabilidade a todos os níveis, a UBI terá de
demonstrar que é possível encontrar nela um espaço onde se cria
saber, se difunde e se transfere e onde, sobretudo, se vive e criam
Medida: Promover a coesão
interna
e
o
orgulho
de
pertencer à UBI.
laços que, estou certo, todos marcarão, sobretudo os alunos que nela
se formam. Que estes se sintam orgulhosos em estudar ou ter
estudado na UBI, e que isso seja uma imagem de marca que os
acompanhe pela vida fora.
Estou consciente dos tempos difíceis que vivemos e dos que virão a seguir e que serão de enorme
exigência. É imprescindível que se crie, na Universidade da Beira Interior, um bom ambiente de
cooperação a todos os níveis, entre docentes, funcionários e alunos, mas, sobretudo, entre órgãos
e unidades orgânicas.
O apoio e a colaboração do Conselho Geral é indispensável para que
o Reitor possa cumprir o seu programa e se ultrapasse a crise em que
vivemos a todos os níveis, em particular a financeira.
Medida: Obter o apoio e
colaboração
do
Conselho
Geral
como
garante
do
cumprimento do programa do
Reitor.
Agradeço a confiança e a amizade de todos aqueles que continuam a acreditar que ainda tenho
muito a dar à Instituição e me motivaram a apresentar esta candidatura. Pela minha parte, a
disponibilidade é total, como sempre foi ao longo de mais de três décadas, para continuar a lutar
pela UBI. O sucesso desta candidatura, caso venha a ser escolhido pelo Conselho Geral, só poderá
ser conseguido se todos os Ubianos, sem excepção, se empenharem neste projecto que é de todos,
de forma a que possamos contribuir para a afirmação da nossa Universidade, a nível nacional e
internacional.
Covilhã e UBI, em 2 de Março de 2009
34
CANDIDATURA A REITOR
Manuel José dos Santos Silva
INDICE
1. Introdução
1
1.1 O porquê de uma candidatura no âmbito de um novo quadro jurídico
1
1.2 Contexto e evolução da Universidade da Beira Interior
2
2. Projecção no Futuro
4
3. Eixos do programa
5
3.1 Investigação
5
3.2 Ensino e formação ao longo da vida
8
3.3 A Universidade, a sociedade e a região
15
3.4 Internacionalização
17
3.5 Acção Social
18
3.6 Instalações/ Infra-Estruturas
20
4. Gestão e governo da Universidade
21
4.1. Introdução
21
4.2. Implementação do RJIES e dos novos Estatutos
22
4.3 Gestão e controlo financeiro
23
4.4 Financiamento
24
4.5 Pessoal Docente
26
4.6 Pessoal Não Docente
28
4.7 Reestruturação dos centros e serviços
28
5. A cultura e a vida estudantil
31
6. Provedor do Estudante
32
7. Consolidação e afirmação da UBI
33
35
CANDIDATURA A REITOR DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
MANUEL JOSÉ DOS SANTOS SILVA
Curriculum Vitae
Março 2009
Curriculum Vitae
MANUEL JOSÉ DOS SANTOS SILVA
ƒ
Dados Pessoais
Manuel José dos Santos Silva nasceu a 28 de Maio de 1951, na freguesia de Valhelhas, no distrito da
Guarda, filho de José Lopes Silva e Maria Beatriz dos Santos Silva. É casado com Maria Teresa Oliveira
dos Santos Silva e tem uma filha.
ƒ
Formação Académica
Manuel José dos Santos Silva concluiu o Curso Geral dos Liceus, no Liceu Nacional da Guarda, em 1969,
com a classificação final de dezassete valores (Diploma de Distinção).
Licenciou-se em Engenharia Mecânica, pelo Instituto Superior Técnico, Lisboa, em 1975, com média de
quinze valores.
Fez estudos de Pós-Graduação em Engenharia Têxtil, na Escola Nacional Superior das Indústrias Têxteis
de Mulhouse, Universidade de Alta Alsácia, França, de 1976 a 1978.
Obteve o grau de Doutor em Engenharia Têxtil, no Instituto Universitário da Beira Interior (IUBI), em
1984, com a classificação de Aprovado com Distinção e Louvor.
Prestou Provas de Agregação em Ciências da Engenharia - Engenharia Têxtil, na Universidade da Beira
Interior (UBI), em 1994, tendo sido aprovado por unanimidade.
ƒ
Carreira Profissional
Manuel José dos Santos Silva foi professor de Física e Química, no Liceu Nacional de Camões, em
1974/75.
Iniciou a carreira docente, ao nível do ensino superior, em 1975, como Assistente eventual no Instituto
Politécnico da Covilhã (IPC) - D.R. nº 277 de 29/11/1975.
Foi Assistente no Departamento de Ciências e Tecnologia Têxteis no IPC - D.R. nº 172, a partir de
28/07/1978.
Foi Professor Auxiliar do IUBI - D.R. nº 253 de 31/10/1984.
Foi Professor Visitante na Clemson University, Estados Unidos da América, em 1984.
1
Em 1985, por decisão do Conselho Científico da UBI, ao abrigo do Artigo 75º do Decreto-Lei nº 448/79,
foi considerado que exercia as funções equivalentes às de Professor Associado.
Foi Professor Auxiliar de nomeação definitiva da UBI - D.R. nº 179, de 05/08/1989.
Foi Professor Associado da UBI - D.R. nº 259 de 09/11/1990.
É Professor Catedrático de nomeação definitiva da UBI, desde 1995 - D.R. nº 156, de 08/07/1995.
ƒ
Cargos
No âmbito do IPC/IUBI/UBI
Responsável pelo Departamento de Ciências e Tecnologia Têxteis do IPC e IUBI, entre 1978 e 1982.
Coordenador e, posteriormente, Presidente do Departamento de Ciência e Tecnologia do Papel da UBI,
entre 1983 e 1996.
Representante do IUBI na Comissão Regional da Região Centro, para o lançamento de acções de
Desenvolvimento da Beira Interior, em 1984.
Primeiro Presidente do Conselho Pedagógico da UBI, em 1986/1987.
Presidente da Comissão Organizadora do IX Encontro Nacional da Tecnicelpa, realizado na UBI em
1988.
Presidente do Conselho Directivo da Unidade Científico Pedagógica de Ciências da Engenharia da UBI,
de 1990 a 1996.
Membro da Assembleia, do Senado e do Conselho Administrativo da UBI.
Responsável pela elaboração do dossier de candidatura, implementação e execução da “ACÇÃO
ORIENTADA PARA O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO GLOBAL DA UBI”, no âmbito do Programa CIÊNCIA,
que permitiu dar um salto qualitativo à UBI no domínio das infra-estruturas para a investigação, em
1990.
Representante da UBI, por nomeação reitoral, no Grupo de Trabalho para a “IDENTIFICAÇÃO DE ÍNDICES
E NORMAS DE ELABORAÇÃO DOS PROCESSOS EM EMPREENDIMENTOS NO ÂMBITO DO ENSINO SUPERIOR”.
Coordenador dos Programas Comunitários CIÊNCIA e PEDIP, em 1990.
Vice-Reitor da UBI - D.R. nº 4 de 05/01/1991 – de 1991 a 1996.
Responsável pela criação, em 1991, da Unidade de Investigação e Desenvolvimento de Materiais
Têxteis e Papeleiros da UBI, da qual é coordenador.
2
Representante da UBI no projecto “ESTUDO DE VIABILIDADE DA REDE DE PÓLOS DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DAS BEIRAS”, no âmbito do Programa SPRINT, em 1995.
Reitor da UBI - D.R. nº 16, de 19/01/1996 -, tendo tomado posse na mesma data.
Presidente do Conselho Científico da UBI, de 1996 a 2006.
Coordenador e responsável pela criação de vários cursos na UBI, na área das Engenharias. Mais
recentemente, em 1997/1998, organizou e propôs a criação da Licenciatura em Medicina, baseada num
novo modelo pedagógico.
Reeleito Reitor da UBI - D.R. nº 15, de 19/01/2000 -, tendo tomado posse em 04/02/2000.
Reeleito Reitor da UBI - D.R. nº 22, de 27/01/2004 -, tendo tomado posse a 20/02/2006, cargo que
ocupa actualmente.
É Presidente da Fundação Nova Europa da UBI.
No âmbito do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP)
Integrou o Grupo de Trabalho para a “Avaliação das Universidades”, tendo participado na elaboração
do 1º Guião (1994).
Foi Vice-Presidente do CRUP, de 2005 a 2007.
É membro da Comissão Permanente do CRUP.
É Conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE), desde 1998, e representante do CRUP no
Conselho Nacional de Acção Social do Ensino Superior (CNASES).
É Presidente das Acções Integradas Luso-Espanholas.
Outros Cargos
Membro do Conselho de Ciência e Tecnologia da Defesa.
Vogal da Comissão Técnica da Normalização Têxtil (CT4), desde 1977.
Membro da equipa de coordenação geral do protocolo de cooperação entre o Laboratório Nacional de
Engenharia e Tecnologia Industrial (LNETI), a UBI, a EFACEC e a Empresa de Investigação e
Desenvolvimento de Electrónica, S.A.R.L. (EID), de 1984.
Membro da Comissão Instaladora do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário (CITEVE),
em 1984.
Presidente da Assembleia Geral da LUCAS, Empresa Fabril de Máquinas Têxteis, S.A., em 1984.
3
Presidente da Comissão Instaladora do Centro de Desenvolvimento Industrial do Interior – Guarda, em
1984/85, D.R. nº 151, de 04/07/1985.
Membro do Conselho Consultivo do CITEVE.
Presidente da Assembleia Geral da Adega Cooperativa da Covilhã, entre 1987 e 1996.
Principal impulsionador para a Criação do Centro de Inovação Empresarial da Beira Interior (CIEBI),
tendo sido nomeado pela Comissão das Comunidades Europeias como responsável pela sua instalação,
em 1989.
Vogal da Comissão Coordenadora de Investigação – DEFESA, da Junta nacional de Investigação
Científica e Tecnológica (JNICT), D.R. nº 104, de 06/05/1992.
Membro da Comissão Regional do Programa CIÊNCIA, tendo pertencido ao Grupo de Peritos do mesmo,
em 1992.
Coordenador do Grupo de Trabalho e responsável pela elaboração do Programa de Investigação sobre
“CIÊNCIA E TECNOLOGIAS DO PAPEL E DE NOVOS MATERIAIS DE EMBALAGEM”, no âmbito do Programa
PRAXIS XXI, Despacho nº 3/SECT/94.
Presidente da Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal,
desde 2003.
ƒ
Distinções
Troféu “Gazeta 98” na área da Educação;
Nomeado, por decreto do Primeiro-Ministro da República Francesa, em 1999, “Officier dans l’Ordre des
Palmes Académiques”, pelos serviços prestados à Cultura Francesa;
A “Ordem Internacional da Fraternidade Brasil Portugal” concedeu-lhe o Grau de Grã-Cruz da “Ordem
do Mérito do Descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral”, em Abril de 2005.
ƒ
Sociedades científicas e profissionais de que é membro
The Textile Institute (nº 468040).
Ordem dos Engenheiros (nº 17741):
Título de Engenheiro Especialista em Engenharia Têxtil, desde 1999;
Membro Sénior, desde 2004;
Membro Conselheiro, desde 2007.
4
Associação Portuguesa dos Engenheiros e Técnicos Têxteis.
Sociedade Portuguesa de Física.
Associação de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento.
Tecnicelpa (nº 1- 484/E).
Sociedade Portuguesa de Geografia.
ƒ
Prémios Científicos
Prémio da Ciência e Tecnologia da Fundação Calouste Gulbenkian - 1981.
Prémio da BOA ESPERANÇA - 1989.
ƒ
Patentes Nacionais
Nº 75790: “Método e dispositivo para medir o paralelismo de fibras têxteis”
Patente definitiva por despacho de 25/10/1985.
Nº 75791: “Método e dispositivo para medição da pilosidade de fios têxteis”
Patente definitiva por despacho de 25/10/1985.
Nº 89437: “Método de medição de entropia de produtos têxteis”
Publicado no Boletim Industrial de 07/11/1990.
ƒ
Orientação de Teses, Provas e Concursos
Manuel José dos Santos Silva orientou mais de uma dezena de teses de doutoramento e mestrado, já
concluídas, sobretudo na UBI.
Desde 1986, fez parte de júris de provas académicas (mestrado, doutoramento e agregação) não só na
UBI, mas também noutras universidades portuguesas (Universidade do Minho, Trás-os-Montes, etc.) e
noutras instituições.
Participou em dezenas de júris de concursos para Professor Associado ou Catedrático, tanto na UBI,
como noutras Universidades portuguesas.
Foi relator de vários júris para a contratação de professores estrangeiros, visitantes e convidados, no
âmbito das licenciaturas em Engenharia.
ƒ
Actividade Científica
5
Desde o início da sua formação de pós-graduação que deu uma grande importância à investigação, com
particular incidência na área dos têxteis.
Coordenou e foi responsável por vários projectos, muitos deles pioneiros pela aplicação de lasers ao
controlo de produtos têxteis e papeleiros, avaliados e financiados por várias agências nacionais e
mesmo com participação internacional.
O trabalho de investigação, para além da realização de vários protótipos e registo de patentes (vide
supra), conduziu a várias publicações científicas a nível nacional e internacional em revistas com
referees (vide infra).
A participação, com comunicações científicas, em congressos a nível nacional e internacional é
também bastante vasta (vide infra).
ƒ
Actividade Técnico-científica
Colaboração na criação de Normas Nacionais, desde 1977, no âmbito da Comissão Técnica da
Normalização Têxtil (CT4).
Concepção e construção de um aparelho para medida do paralelismo de fibras – “PARALELITEX”.
Concepção e construção de um aparelho para medida da pilosidade de fios – “PILOSITEX”.
Colaboração nos projectos de investigação que fazem parte do contrato celebrado entre o IUBI, a
Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios, o Instituto dos Têxteis e o LNETI: “Aplicação de
Lasers no controlo de qualidade de parâmetros têxteis” e “Medida de consumos energéticos na
Indústria Têxtil”.
Concepção e desenvolvimento de sistemas informáticos para a gestão da tecelagem –“TEXDATA”,
fiação –“FILDATA” e confecções, em colaboração com a EID.
Colaboração na concepção e desenvolvimento de um sistema para medição do volume de madeiras à
entrada das celuloses, através de técnicas de processamento de imagem. Projecto “TOROS”
(LNETI/PORTUCEL/UBI).
Montagem das Oficinas e Laboratórios Têxteis do IUBI, relacionados com as tecnologias de Fiação,
Tecelagem, Malhas e Controlo de Qualidade.
Montagem das Oficinas Gerais de Mecânica do IUBI.
Montagem das Oficinas e Laboratórios de Engenharia do Papel da UBI.
Desenvolvimento de um ROBOT DE CORTE DE TECIDOS POR LASER (iniciativa EUREKA), no âmbito do
protocolo de cooperação entre o LNETI, a UBI, a EFACEC e a EID - Despacho Reitoral nº 11, de
09/06/1984.
6
Participação no desenvolvimento de um sistema informático de GERAÇÃO DE PADRÕES DE TECIDOS, em
colaboração com a EID.
Participação no desenvolvimento do TEAR LUCAS, (Contrato de Desenvolvimento Industrial LNETI /
LUCAS).
Consultadoria técnica a empresas, essencialmente na área têxtil.
Elaboração de projectos de reestruturação de empresas com especial incidência na área têxtil.
Concepção e desenvolvimento de um sistema de processamento de análise de imagem para controlo de
qualidade de materiais têxteis e papeleiros.
Concepção e desenvolvimento de um sistema de medida do factor de formação do papel pela entropia
da informação.
ƒ
Actividade Pedagógica
Para além de ter sido Professor de Física e Química, no Liceu Nacional de Camões, a sua actividade
pedagógica, ao nível do ensino Superior, iniciou-se no IPC, em 1975, e prosseguiu nas instituições a que
deu origem, IUBI e UBI, em que regeu os cursos de: Desenho Técnico, Tecnologias de Fiação I, II, III,
Tecelagem I e II e Malhas.
Orientou e foi responsável por estágios e projectos nas áreas do Têxtil e do Papel.
ƒ
Publicações
As publicações de Manuel José dos Santos Silva são constituídas, na sua maior parte, por artigos de
investigação e desenvolvimento em áreas científicas, dos têxteis ao papel, destacando-se as seguintes,
publicadas em revistas internacionais com referee:
M. Santos Silva, F. Carvalho Rodrigues A. M. Martins, R. A. Schutz, C. M. Passos Morgado, “Méthode de
Mesure et Analyse de l’Évolution du Parallélisme de Fibres dans les Rubans de Peigné”,. Bulletin
Scientifique de l'Institut Textile de France, Vol. 10, nº 38, Maio de 1981.
M. Santos Silva, F. Carvalho Rodrigues, R. A. Schutz, M. Barros, “Novos métodos de Controlo de
Qualidade em Têxteis”, Prémio de Ciência e Tecnologia da Fundação Calouste Gulbenkian, 1982.
F. Carvalho Rodrigues, M. Santos Silva, C. M. Passos Morgado, “The Configuration of the Textile Yarn in
the Frequency Space. A Method of Measurement of Hairiness”, Journal of the Textile Institute, Vol.74,
nº 4 Jul/Ago, 1983.
7
M. Santos Silva, F. Carvalho Rodrigues, “Application of Laser for Measuring Fiber Orientation”, New
Technologies and Developments in I. Textiles, The Proceedings of the Textile Institute 1988 Annual
World Conference, 10 a 13 de Julho de 1988, Sydney - Austrália.
M. Santos Silva, Fernando D. Carvalho, F. Carvalho Rodrigues, Ana M. R. Gonçalves, “Measuring Timber
Truck Loads with Image Processing in Paper Mills”, Proceedings of SPIE / SPSE Symposium on Electronic
Imaging, 15 a 20 de Janeiro 1989, Los Angeles, USA.
F. Carvalho Rodrigues, F. Carvalho, J. Pinto Peixoto, M. Santos Silva, “Judging the Effectiveness of
Wool Combing by the Entropy of the Images of Wool Slivers”, Optics, Electro-Optics and Laser
Applications in Science and Engineering, 15 a 20 de Janeiro 1989, Los Angeles - USA .
F. Carvalho Rodrigues, Fernando D. Carvalho, M. Santos Silva, “The Hidden Parameter in the Textile
Processes: Informational Entropy”, J. Textile Institute - vol.80, nº4, 1989.
Pinto Peixoto, F. Carvalho Rodrigues, Fernando D. Carvalho, M. Santos Silva, “Entropia da Informação
dos Sistemas – Uma Nova Ciência e Uma Nova Tecnologia”, J, PRÉMIO DA BOA ESPERANÇA, 1989.
Fernando D. Carvalho, F. Carvalho Rodrigues, J. Pinto Peixoto, M. Santos Silva, “Zero Entropy
Reference Images”, Optical Engineering, 1989.
F. Carvalho Rodrigues, Fernando D. Carvalho, J. Pinto Peixoto, M. Santos Silva, J. Silvestre
“Application of Information Entropy to Defect Characterization in Leather”, Journal of the Society of
Leather Technologists and Chemist, vol.75 (10), 1989.
F. Carvalho Rodrigues, Fernando D. Carvalho, M. Santos Silva, J. Pinto Peixoto, “Measurement of
Randomness in Fiber Distribution in Paper Using Computer Vision”, TAPPI Journal - vol.73, (12)
Dezembro, 1990.
Gaiolas, C.; Costa, A. P.; Silva, M. S.; Belgacem, M. N., “Adsorption of cationic starch on typical
furnishes used in Portuguese papermaking industry”, Appita Journal, 52(2), 112-115, 2004.
Gaiolas, C.; Mendes, P.; Silva, M. S.; Costa, A. P.; Belgacem, M. N., “The Role of Cationic Starch in
Carbonate-Filled Papers”, Appita Journal, 58(4), 282-287, 2005.
Gaiolas, C.; Costa, A.P.; Nunes, M.; Silva, M.J.S.; Belgacem, M. N., “Influence of Combined Use of
Cationic Starch and Cationic Polyacrylamide on the Quality of Printing Paper”, Tappi Journal 5(6), 3-8,
2006.
Gaiolas C.; Costa A. P.; Santos Silva M.; Belgacem M. N., “Influence of cationic starch addition on
printing grade paper formation, Cellulose Chem. Technol., 40 (9-10), 783-790, 2006.
Miguel, Rui; Lucas, José; Carvalho, Lurdes; Silva, Manuel Santos; Manich, Albert; “Garment Abrasion
Strength Evaluation: A Comparative Methods Study”, International Journal of Clothing Science and
Technology , Vol. 19 Nº ¾, pp. 194-203, Emerald Group Publishing Limited, 2007;
8
Gaiolas, C.; Costa, A.P.; Nunes, M.; Silva, M.J.S.; Belgacem, M. N. “Cold-plasma assisted grafting of
paper”, Proceedings of IVth International Conference on Times of Polymers (TOP) and Composites,
volume 1042 p. 315-317, Ischia, Itália, Setembro 2008.
Gaiolas, C., Costa, A.P., Nunes, M.; Silva, M.J.S., Belgacem, M. N., “Grafting of paper by silane
coupling agents using cold-plasma discharges”, Plasma Processes and Polymers, 5, 444-452, 2008.
Silva, M.J.S., “The University of Beira Interior and the preservation of industrial heritage in Covilhã /
L’Université de Beira Interior et la préservation du patrimoine industriel de Covilhã”, Patrimoine de
l’industrie: resources, pratiques, cultures / Industrial Patrimony: resources, practices, cultures, no.
20, T.I.C.C.I.H. The International Committee for the Conservation of Industrial Heritage, Koinetwork
e.g.e.i. Agency for the internationalization of cultures and enterprises in partnership with I.C.O.M.O.S.
International Council for Monuments and Sites, 2008/2.
Gaiolas, C., Belgacem, M. N., Silva, L.; Thielemans, W.; Costa, A.P.; Nunes, M., Silva, M.J.S., “Green
chemicals and process to graft cellulose fibers”, Journal of Colloid and Interface Science, 330, 298302, 2009.
ƒ
Participação em Conferências e Seminários
Foi orador em várias dezenas de conferências nacionais e internacionais, em ciência e tecnologia. Com
especial incidência a partir de 1996, as suas intervenções focam temas de gestão universitária e
educação, tais como:
Santos Silva M., “A cultura de Avaliação e os novos Modelos de Ensino”, Congresso 2002, Ordem dos
Engenheiros, Coimbra, Junho de 2002.
Santos Silva M., “O Ensino da Medicina – de Hipócrates à Actualidade”, Oração de Sapiência, Boletim
Informativo, Ordem dos Médicos – Juramento de Hipócrates, Coimbra, Março/Abril de 2008.
ƒ
Livros e Teses
“MEDIDA DO PARALELISMO DE FIBRAS - INDICE DE EFICIÊNCIA DE UMA MÁQUINA”, Dissertação
apresentada no IUBI em 31/03/1984, para obtenção do grau de Doutor.
“A PILOSIDADE” Prova complementar das provas de Doutoramento, IUBI, 31/03/1984.
“MANUAL DE FIAÇÃO - A FIAÇÃO DA LÃ, FIBRAS LONGAS E OPERAÇÕES COMPLEMENTARES DE FIAÇÃO”.
M. Santos Silva, Covilhã e UBI, 1990.
Silva, M. J. Santos; Duarte, Ana Paula; Simões, Rogério; Belgacem, Naceur; Silvy, Jacques; “MATERIAIS
DOIS MIL” – “O Papel”, capítulo 8, Materiais Porosos e Celulares, (451/461), editora IST Press, 2002.
9
ƒ
Projectos de Investigação
Enumeram-se, a seguir, alguns dos muitos projectos de investigação coordenados por Manuel José dos
Santos Silva:
PRAXIS XXI – 3/3.2/ Papel/ 2312/95 – O Factor de Formação da Folha e da Qualidade do Papel (25 Julho
1997-24 Julho 2000).
PRAXIS XXI – 1/1.1/ Papel/ 1678/95 – Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia do Papel (18
Abril 1997-17 Abril 2000).
PRAXIS XXI – 3/3.2/ Papel/ 2325/95 – Produção de Pasta para Aplicações Especiais a partir de Pinho
Nacional (22 Abril 1997- 30 Junho 2000).
ƒ
Participação em Feiras Industriais
Os modelos e protótipos desenvolvidos e patenteados no âmbito da actividade científica desenvolvida
por Manuel José dos Santos Silva foram apresentados em inúmeras feiras tecnológicas, em Portugal e
no estrangeiro, entre 1979 e 1991.
10
Download

Manuel José dos Santos Silva - Universidade da Beira Interior