PCR para detecção de proteína animal em rações e seus componentes Os primeiros surtos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (Bovine Spongiform Encephalopathy – BSE), conhecida como “Doença da Vaca Louca”, ocorreram a partir de 1986 no Reino Unido. A epidemiologia da doença está relacionada com a alimentação do gado com componentes de origem animal contaminadas com o agente infeccioso. A partir de 1996, uma variante da Doença de CreutzfeldtJakob, desordem neurológica degenerativa em humanos causada pela exposição ao agente da BSE, levou 43 pessoas à morte no Reino Unido (Myers, 2001). Para o controle da disseminação da doença, mais de 4 milhões de bovinos com idade superior à 30 meses foram sacrificados no Reino Unido. Programas de alimentação animal foram instituídos na Europa, Estados Unidos (regulado pelo FDA – Food and Drug Administration) e nos demais centros. Diversas leis foram criadas proibindo o uso de rações contendo proteína animal na alimentação de animais destinados ao consumo humano e determinando restrições à importação de animais alimentados com proteína animal. A técnica estabelecida pelo FDA como padrão na detecção de proteína animal em rações é a microscopia por sedimentação, capaz de detectar a presença de farinha de carne e ossos em concentrações de 0,1%. Entretanto, esta técnica se baseia na identificação de fragmentos de ossos presentes na ração e não permite a identificação da espécie envolvida (Krcmar, 2003). No Brasil, a Instrução Normativa Nº 8 de 25 de Março de 2004 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento proíbe a produção, comercialização e utilização de produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua composição proteínas e gorduras de origem animal, incluindo a cama de aviário, os resíduos de suínos e qualquer produto derivado destes, com exceção do leite e produtos lácteos, da gelatina e do colágeno preparados a partir de couros e peles. Surgiu então a necessidade do controle das rações utilizadas na alimentação animal, buscando a identificação de seus componentes com técnicas que permitam detectar a presença de proteína animal em quantidades mínimas, determinando a origem desta proteína. Técnicas de biologia molecular evidenciam DNA de origem animal em rações e seus componentes, permitindo a identificação da espécie envolvida, com elevada especificidade e sensibilidade. A Simbios desenvolveu modalidades de análise utilizando o gene citocromo B do DNA mitocondrial como alvo, que apresenta múltiplas cópias por célula (50 a 100) – motivo pelo qual é utilizado por diversos autores, que destacam sua utilização para aumentar a sensibilidade de detecção (Matsunaga, 1999; Herman, 2001). O gene apresenta alto grau de variação entre as espécies de vertebrados, não estando presente em plantas. E com base nas modificações nas sequências do gene, é possível realizar a distinção entre diferentes espécies (Krcmar, 2003; Herman, 2001; Matsunaga, 1999). Os procedimentos utilizados nos testes foram desenvolvidos a partir do protocolo validado na Europa (Krcmar, 2001), seguindo a mesma proporção de amostra por volume de reagentes e a mesma quantidade de amostra amplificada por reação. Os testes de detecção tem o objetivo de avaliar a presença de material derivado das espécies alvo em amostras de rações e em seus componentes (farinhas de origem animal). 1. Detecção de DNA de origem bovina Especificidade - Resultados positivos para amostras de sangue bovino e negativos para ovinos, caprinos, equinos, suínos, galinha e peru. Sensibilidade - 0,031% de proteína animal de bovinos em rações ou componentes. 2. Detecção de DNA de suínos Especificidade - Resultados positivos para amostras de sangue suíno e negativos para ovinos, caprinos, equinos, bovinos, galinha e peru. Sensibilidade - 0,025% de proteína animal de suínos em rações ou componentes. 3. Detecção de DNA de galinha e peru Especificidade - Resultados positivos para amostras de sangue de galinha e peru e negativos para bovinos, ovinos, caprinos, equinos e suínos. Sensibilidade - 0,125% de proteína animal de galinha ou peru em rações ou componentes (resultado utilizando amostra de farinha de vísceras, em amostra de farinha de penas, sensibilidade de 8%). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bottero et al. Development of a PCR Assay for the Detection of Animal Tissues in Ruminants Feeds. Journal of Food Protection. 2003, 66, 2307-2312. Herman, L. Determination of the animal origin of raw food by species-specific PCR. Journal of Dairy Research. 2001, 68, 420 - 436. Krcmar, P., Rencova, E. Identification of Bovine-Specific DNA in Feedstuffs. Journal of Food Protection. 2001, 64, 117-119. Krcmar, P., Rencova, E. Identification of Species-Specific DNA in Feedstuffs. Journal of Agricultural and Food Chemistry. 2003, 51, 7655-7658. Matsunaga et al. A quick and simple method for the identification of meat species and meat products by PCR assay. Meat Science, 1999, 51, 143 - 148. Myers et al.. Validation of a Polymerase Chain Reaction Method for the Detection of Rendered Bovine-Derived Materials in Feedstuffs. Journal of Food Protection. 2001, 64, 564-566. Myers et al. Characterization of a Polymerase Chain Reaction-Based Approach for the Simultaneous Detection of Multiple Animal-Derived Materials in Animal Feed. Journal of Food Protection. 2003, 66, 1085-1089. Tajima et al. PCR Detection of DNAs of Animal Origin in Feed by Primers Based on Sequences of Short and long Interspersed Repetitive Elements. Biosci. Biotechnol. Biochem. 2002, 66, 2247-2250. Detecção de DNA de origem animal em rações e seus componentes Preços 1. Detecção de DNA de origem bovina - Preço da análise individual .................................................................................................................. R$ 132,00 2. Detecção de DNA de suínos - Preço da análise individual .................................................................................................................. R$ 132,00 3. Detecção de DNA de galinha e peru - Preço da análise individual .................................................................................................................. R$ 132,00 4. Detecção de DNA de origem bovina, suína, de galinha e peru - Preço da análise conjunta ................................................................................................................... R$ 330,00 Prazo para entrega dos resultados .............................................................................................................................................................7 dias úteis. Material para análise ............................................................................................ 0,100 kg de ração ou de seu(s) componente(s). Importante - As amostras são previamente homogeneizadas, fracionadas e processadas sempre em duplicatas. - Cada amostra deverá ser remetida identificada e acompanhada de ficha de encaminhamento, caracterizando-a para a emissão do laudo de análise – modelo a seguir ou solicite por email – [email protected] Cachoeirinha,dez/2014. Solicitação de Análises código marque "X" bov sui modalidade Detecção de DNA de bovinos Detecção de DNA de suínos gap Detecção de DNA de galinhas e perus bsg Detecção de DNA de bovinos, suínos, galinhas e perus Razão Social CNPJ/CPF Inscrição Estadual Endereço Resp. envio da amostra Identificação da amostra Data envio da amostra Data de fabricação/preparo Ingredientes (especificar) Validade da Amostra Endereço de email Fone Fax Observações Para preenchimento da Simbios Data de entrada da amostra Observações Observações Importantes A representatividade do lote depende de uma boa amostragem e é de responsabilidade de quem encaminha a amostra para o teste. A quantidade mínima para teste é de 0,1 kg de ração ou de seu componente. Identifique criteriosamente a amostra - para cada, deverá corresponder uma ficha de encaminhamento. As amostras devem ser enviadas para: SIMBIOS BIOTECNOLOGIA Rua Caí, 541 - Bairro Vila Princesa Izabel 94940-030 - Cachoeirinha - RS