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Eletrolipólise e Carboxiterapia para redução de gordura localizada
Marcela Alves Lucio¹
[email protected]
Dayana Priscila Maia Mejia²
Pós-graduação em Reabilitação em Dermato Funcional – Faculdade Cambury
Resumo
A gordura localizada pode aparecer mesmo em pessoas sem excesso de peso. A unidade
anatômico-funcional do tecido adiposo é o adipócito. Os adipócitos são as maiores células do
organismo e seu volume pode variar muito durante um período de balanço energético
calórico positivo. A eletrolipólise é destinada ao tratamento das adiposidades e ao acúmulo
de ácidos graxos localizados, através da aplicação de vários pares de agulhas de acupuntura
no tecido subcutâneo, ligadas a corrente de baixa intensidade. O uso da eletrolipólise se
mostrou eficaz para a redução de adiposidade localizada. A Carboxiterapia constitui-se de
uma técnica onde se utiliza o gás carbônico medicinal (Dióxido de Carbono ou CO2)
injetado no tecido subcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos como melhora da
circulação e oxigenação tecidual. Consiste na infusão controlada de gás carbônico medicinal
na pele e no tecido adiposo com o objetivo de aumentar a perfusão tecidual periférica. O gás
carbônico não causa efeitos adversos e/ou secundários no tecido conectivo e estrutura
nervosa, pois, a quantidade utilizada é inferior a produzida pelo organismo. Ambos os
tratamentos apresentados são invasivos, realizados apenas por profissionais capacitados. A
Eletrolipólise e Carboxiterapia podem ser aplicados associados com outros tratamentos,
para obtenção de resultados rápidos e eficazes.
Palavras-chaves: Eletrolipólise, Gordura localizada, Carboxiterapia.
1.0 Introdução
Existem muitos métodos de conseguir perder gordura corporal, seja com exercícios, dietas,
massagens modeladoras ou cirurgias. Mas hoje em dia já existem técnicas invasivas, através
de aparelhos, que não necessitam de intervenção cirúrgica, que auxiliam na diminuição de
gordura localizada. Este estudo aborda duas técnicas de fisioterapia dermatológica invasiva
que são de grande auxilio para tal. São: a Eletrolipólise e a Carboxiterapia.
O excesso de adiposidade corporal e a ação hormonal podem levar ao acúmulo de tecido
gorduroso em determinadas partes do corpo. No homem, o local mais acometido é o abdômen
e na mulher é a região do quadril. (GUIRRO &GUIRRO, 2002).
O tecido adiposo é uma forma especializada do tecido conjuntivo, formado por células
chamadas de adipócitos. O excedente das reservas nutricionais resultante de uma ausência de
equilíbrio entre a ingestão de nutrientes e a necessidade diária de nutrientes fica contido no
interior dos adipócitos sob a forma de triglicerídeos(SCORZA e BORGES,2008)
A função primordial do tecido adiposo é a de ser o principal deposito de ácidos graxos, sob a
forma de triglicerídeos, sendo este o maior reservatório energético. A unidade anatômicofuncional do tecido adiposo é o adipócito. (SCORZA et all,2008)
A gordura corporal que foi armazenada é a fonte mais abundante de energia potencial do
corpo e para que ela seja disponibilizada é necessário que ocorra a lipólise (ASSUMPÇÃO,
2006).
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Pós-graduanda em Fisioterapia em Dermato Funcional. Biocursos Manaus-AM.
²Orientadora, MSc. em Aspectos Bioeticos y Jurídicos de La Salud pela Universidad Del Museo Social Argentino, docente do
Biocursos, Manaus – AM.
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São as maiores células do organismo e seu volume pode variar muito durante um período de
balanço energético calórico positivo. (SCORZA et all,2008)
O excesso de gordura pode existirmesmo em pessoas sem excesso de peso, o que explica a
presença de gordura localizada mesmo em mulheres aparentemente magras. (AZEVEDO et
al, 2008)
O tecido adiposo representa um reservatório de energia, principalmente em períodos de jejum
prolongado, para proteção contra o frio ou quando o organismo esta sujeito a atividade física.
A eletrolipólise é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e acumulo de acisos
graxos localizados (ASSUMPÇÃO et all,2006)
o tecido adiposo é constituído basicamente por lipídeos e que contém ou são derivados de
ácidos graxos sob a forma de triglicerídeos, onde cada triglicerídeo é constituído por 3
moléculas de ácidos graxos esterificado sem glicerol. O aumento do AMPc por meio da ação
do CO2, ativando a Adenilciclase, resulta numa ação lítica sobre o tecido adiposo(SCORZA e
BORGES,2008)
A eletrolipólise é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades localizadas, através
da aplicação de vários pares de agulhas de acupuntura no tecido subcutâneo, ligadas a
corrente de baixa intensidade(GARCIAL et all,2006)
O excesso de adiposidade corporal e a ação hormonal podem levar ao acúmulo de tecido
gorduroso em determinadas partes do corpo. No homem, o local mais acometido é o abdômen
e na mulher é a região do quadril. A gordura localizada pode aparecer mesmo em pessoas sem
excesso de peso, o que explica a presença de adiposidade mesmo em mulheres aparentemente
magras (GUIRRO &GUIRRO, 2002).
A eletrolipoforese consiste em aplicar, por meio de agulhas finíssimas corrente elétrica logo
abaixo da pele, na junção derme-hipoderme. O aparelho utiliza uma corrente elétrica
bidirecional com pulsos de baixa frequência, curta duração e componente galvanica nula,
aplicada por meio de eletrodos percutâneos.(AZEVEDO et al, 2008)
As principais indicações da eletrolipoforese são gordura localizada, lipodistrofiaginóide,
lipodistrofia localizada e após lipoaspiração, como complemento da cirurgia. São
consideradas contra-indicações da terapia os casos de insuficiência cardíaca, insuficiência
renal, paciente com marcapasso, trombose venosa profunda, estado epilético, gravidez, áreas
tumorais, em pacientes em uso de anticoagulantes e corticosteróides, dermatites, dermatoses,
feridas.(ASSUMPÇÃO,2006)
O processo de eletrolipólise é considerado invasivo aliado a efeitos sistêmicos devido ao
longo tempo de duração de 50 minutos(GUIRRO,2002)
Em 1932, na Estação Termal do Spy de Royat, na França, o CO2 foi utilizado em portadores
de arteriopatias periféricas. Os pacientes eram submetidos a banhos secos ou de imersão em
água carbonada. Em 1953, após 20 anos de experiência, o cardiologista Jean Baptiste Romuef
publicou os resultados do uso terapêutico por via subcutânea(FERREIRA et all)
Carboxiterapia constitui-se de uma técnica onde se utiliza o gás carbônico medicinal (Dióxido
de Carbono ou CO2) injetado no tecido subcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos
como melhora da circulação e oxigenação tecidual.O CO2 é um gás inodoro, incolor, e
atóxico. É o produto endógeno natural do metabolismo das reações oxidativascelulares,
produzido no organismo diariamente em grandes quantidades e eliminado pelos pulmões
durante a respiração(SCORZA e BORGES,2008)
A carboxiterapia tem eficácia comprovada sobre a melhora da elasticidade cutânea,
adiposidade localizada e as arteriopatias, por meio de seu efeito vaso motor com melhora da
circulação local e da perfusão tecidual e reorganização das fibras elásticas e colágenas. O
efeito Bohr no tecido proporciona aumento da temperatura local e como consequência
aumento da microcirculação local e aumento da drenagem veno-linfática, devido à afinidade
do CO2 pela hemoglobina e aumento da pressão parcial de oxigênio resultando numa melhora
3
da captação do oxigênio para os tecidos, ou seja, ocorre uma hiperoxigenação do tecido .
(PACHECO et all,2011).
A carboxiterapia tem sido empregada para correção de irregularidades pós lipoaspiração, ou
mesmo, no pré-operatório para melhorar a vascularização de retalhos cirúrgicos(ROUSSO et
all,2013)
Segundo COFFITO(2012), publicou o acordão nº293/2012 que regulariza a prática da
Carboxiterapia por profissionais fisioterapeutas, desde que sob algumas condições: apresentar
documentos que comprovem a devida habilitação para atuar com a técnica, ter concluído
curso teórico-prático de primeiros socorros, ter contrato com serviço de emergência/urgência
que garanta a remoção do cliente para unidades especializadas e aplicar princípios de
biossegurança no local de trabalho.
Especialistas da área afirmam que não existem muitas contra-indicações e que também não
existem importantes reações adversas sistêmicas descritas sendo, portanto, um método seguro,
de fácil execução e amplamente utilizado na Europa, México e EUA. (CORRÊA et all,2008)
2.0 Eletrolipólise
A eletrolipólise é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e acúmulos de ácidos
graxos localizados. Caracteriza-se pela aplicação de microcorrente especifica de baixa
frequência que atua diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídeos acumulados, que
consequentemente produz sua destruição e favorece sua posterior eliminação(SCORZA et all)
A estimulação elétrica provoca diversas modificações fisiológicas no adipócito, dentre elas, o
incremento do fluxo sangüíneo local, aumentando o metabolismo celular e facilitando a
queima de calorias(GARCIAL et all,2006)
O
fluxo da corrente elétrica através do tecido conjuntivo desenvolve uma diferença de potencial
de ação entre os eletrodos que é proporcional à resistência elétrica do tecido. Esta diferença de
potencial altera a permeabilidade da membrana celular, por meio da alteração da sua
polarização.(AZEVEDO et al, 2008)
Quando se utiliza uma corrente especifica de baixa freqüência durante a eletrolipólise,
produz-se uma estimulação do sistema simpático, e como conseqüência ocorre à liberação de
catecolaminas com aumento do AMP cíclico (adenosinamonofosfato) intraadipocitário, e
aumento da hidrólise dos triglicerídeos. Em conjunto, e como conseqüência de todos os
efeitos mencionados, se induz um aumento do catabolismo local, que se traduz clinicamente
em uma redução do panículo adiposo. (FREDERICO)
Na aplicação utiliza-se agulha de acupuntura no tecido subcutâneo, a fim de servirem como
condutoras da corrente elétrica que irá estimular a lipólise. O campo elétrico que se origina
entre as agulhas, provoca em nível local uma série de manifestações fisiológicas que são
responsáveis
pelo
fenômeno
da
eletrolipólise.
(SCORZA
et
all,2008)
A passagem da corrente elétrica entre os tecidos provoca calor localizado (hiperemia), o que
causa uma reação antiinflamatória e vasodilatadora; com o incremento da circulação,são
intensificadas as trocas celulares, a nutrição,a eliminação de toxinas e produtos da degradação
de gordura. O estímulo elétrico da corrente de baixa freqüência promove o estímulo de fibrilas
do tecido conjuntivo, o que resulta na melhora da tonicidade da pele (AZEVEDO et al, 2008)
O procedimento deve ser associado a um balanço calórico negativo para que os ácidos graxos
disponibilizados pela eletrolipólise sejam utilizados como fonte de energia (ASSUMPÇÃO
,2006).
A eletroestimulação associada às agulhas de acupuntura no tratamento da adiposidade
abdominal tem uma ação sistêmica. As correntes galvânicas têm três ações: ação
antiinflamatória, por resposta metabólica e por diminuição de edemas; ação
vasodilatadora,por estimulação dos nervos e vasos e, enfim, hidrolipolítica. A destruição dos
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adipócitos estaria vinculada aos produtos tóxicos que se formam no contato dos eletrodos.
(AZEVEDO et al, 2008)
A ação da eletrolipoforese na lipólise estimula a ação do Sistema Nervoso Autonômico
Simpático, ocasionando a liberação de catecolaminas, que ativam os receptores adrenérgicos,
levando à liberação de adenilatociclase, ocorrendo a conversão intracelular de ATP em AMP
cíclico, levando à lipólise. Os objetivos do tratamento com eletrolipólise são o aumento da
atividade celular, lipólise dos tecidos, incremento da circulação sanguínea, linfática e
otimização do metabolismo(AZEVEDO et al, 2008)
2.1 Efeito Fisiológico
Efeito Joule: descreve uma corrente elétrica que ao circular pelo condutor, realiza um trabalho
que produz calor ao atravessar o mesmo. O aumento de temperatura, que é produzida na
eletropoforose, não atinge tecido orgânico, visto que se trata de uma corrente com uma
intensidade muito pequena, porém, suficiente para contribuir para instalação de uma
vasodilatação e consequente aumento de fluxo na região. Desta forma é estimulado o
metabolismo celular local, ou seja, facilita a queima de calorias e melhora o trofismo celular
(SORIANO et all ,2000)
O segundo efeito é o efeito eletrolítico, no
qual a eletrolipólise gera um campo elétrico
que induz o movimento iônico promovido pela passagem da corrente elétrica no tecido,
modificando a polaridade das membranas e consumindo energia celular. (BORGES e
GARDENGHI)
A ação hidro-lipolítica da corrente se inicia com a estimulação do sistema nervoso simpático,
provocando a liberação dos hormônios epinefrina e noraepinefrina pela supra-renal. Ambos se
ligam aos receptores beta-adrenérgicos presentes na membrana celular dos adipócitos,
provocando reações bioquímicas que vão culminar com a ativação da enzima triglicerídeo
lipase sensível a hormônio, a qual hidrolisa os triacilgliceróis(GARCIAL et all,2006)
O terceiro é o efeito circulatório, com o ligeiro aumento da temperatura provocado pelo efeito
joule, produzirá uma vasodilatação ativando a microcirculação, e com isso as fibras de tecido
conjuntivo subcutâneo são também favorecidas, devido à drenagem linfática e sanguínea que
ocorre no local estimulado. (BORGES e GARDENGHI)
O outro efeito neuro-hormonal é gerado a partir da estimulação
elétrica de baixa freqüência que produz uma estimulação
artificial no sistema nervoso simpático, e com isso ocorrerá à
liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) com o
aumento do AMP cíclico intradipocitário, e aumento da
hidrólise dos triglicerídios potencializando a lipólise dos
triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos. (BORGES e
GARDENGHI)
Como resultado, há liberação de glicerol e ácidos graxos. Os ácidos graxos livres são
transportados pela albumina no plasma até as células, onde são oxidados para a obtenção
deenergia. O glicerol, por sua vez, é transportado pelo sangue até o fígado e pode ser usado
para formar triacilglicerol(GARCIAL et all,2006)
Além disso, em elevados níveis plasmáticos de insulina e glicose, a triglicerídeo lípase
sensível a hormônio torna-se inativa, acarretando na não-hidrólise dos
triacilgliceróis(GARCIAL et all,2006)
A ação lipolítica deste tipo de eletroestimulação inicia-se com a
estimulação do sistema nervoso simpático, onde duas enzimas
lipolíticas principais Lipase sensível a hormônio (LSH) e
lipoproteína lipase (LPL) atuam respectivamente no interior do
adipócito e nas lipoproteínas ricas em triglicérides (TG). A ação
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da LSH causa liberação do glicerol livre e ácido graxo livre
(AGL) na circulação sistêmica. A LPL atua liberando o glicerol
e ácido graxo (AG) na circulação principalmente pela ação sobre
as lipoproteínas de densidade muito baixas. O ácido graxo é
captado pelo tecido adiposo produzindo TG. Os AGL são
captados pelo músculo e fígado pra serem oxidados (obtenção
de energia), parcialmente oxidação (produção de corpos
cetônicos) ou resterificados pra formarem triglicérides
novamente.(BORGES e GARDENGHI)
Essas mudanças fisiológicas organismo ocorrem devido ao efeito Joule que pelo trabalho
produz calor, estimulando o metabolismo celularlocal, facilitando a queima de calorias; o
efeito eletrolítico pela geração de um campo elétrico induzindo o movimento iônico e
modificando a polaridade da membrana celular, o que faz aumenta o consumo de energia pela
célula; efeito circulatório pelo aumento da temperatura ocorre uma vasodilatação, ativando a
microcirculação, o que favorece a drenagem linfática e sanguínea local; efeito neurohormonal no qual ocorre uma estimulação artificial do sistema nervoso simpático resultando
no aumento da hidrólise de triglicerídeos.( REMLINGER et all,2009)
2.2 Técnica de aplicação
A técnica de aplicação empregada com a eletrolipólise foi com o uso de 8 agulhas de
acupuntura por sessão, fazendo a função de eletrodo, medindo 60 mm de comprimento por
0,3 mm de diâmetro, introduzidas ao nível do panículo adiposo subcutâneo da região
abdominal, respeitando-se uma distância de 5 cm entre elas. (FREDERICO)
O aparelho de eletrolipólise foi regulado com freqüência de 15Hz, com tempo ON de 50ms e
tempo OFF de 50ms; temporizador de 20 minutos para onda C e 10 minutos para onda E; a
intensidade foi regulada de acordo com a tolerância da paciente. Preconizou-se a freqüência
de 15Hz por proporcionar menor desconforto às pacientes e, também, por esta freqüência ser
indicada em tratamentos que objetivam a nutrição celular e o tratamento dos estágios I, II e III
da adiposidade localizada. (AZEVEDO et al, 2008)
Nesta técnica, aplica-se uma microcorrente de baixa freqüência (por volta de 20Hz), que atua
nos adipócitos, produzindo sua desnutrição e favorecendo sua posterior eliminação. A
eletrolipólise se aplica por meio de finíssimas agulhas implantadas no panículo adiposo ou
por intermédio de eletrodos sobre a superfície cutânea(FRANKEN et all,2011)
A eletrolipólise é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades localizadas, através
da aplicação de vários pares de agulhas de acupuntura finas (0,25) e longas (5 a 15 cm) no
tecido subcutâneo, ligadas a uma corrente elétrica de baixa intensidade e baixa freqüência (em
torno de 25 Hz). Sendo que a onda é alternada, quadrada que atuam diretamente na membrana
dos adipócitos e dos lipídios acumulados, que conseqüentemente produz sua destruição e
favorece sua posterior eliminação. È também chamado de eletrolipoforese. (BORGES e
GARDENGHI)
Cada sessão levou, em média, 50 minutos, sendo 20 minutos para preparação da paciente,
colocação das agulhas, e 30 minutos para o uso do equipamento de eletrolipólise.
(AZEVEDO et al, 2008)
As agulhas utilizadas para a técnica foram do tipo descartável, utilizadas emacupuntura e
fabricadas em aço inoxidável e esterilizadas com óxido de etileno. O tamanho utilizado foi de
0,25mm
x
30mm.
(AZEVEDO
et
al,
2008)
O tratamento com a eletrolipólise, portanto, precisa ser acompanhado necessariamente de
dieta e/ou exercícios físicos, para que os ácidos graxos sejam utilizados como fonte de
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energia. Se o paciente não tiver um balanço calórico negativo, eles não são consumidos e
retornam para o meio intracelular(GARCIAL et all,2006)
3.0 Carboxiterapia
Na década de 30 na Itália e na França, a administração do CO2 pela via subcutânea tornou-se
terapêutica freqüente, o que colaborou para a criação das Sociedades Italiana e Americana de
Carbossiterapia, as quais elaboraram estudos multicêntricos confirmando o método na
terapêutica nas disfunções estéticas (BRANDI, ET AL, 2001).
O uso medicinal do dióxido de carbono (CO2) não é novo. Em 1932, na Estação Termal do
Spy de Royat, na França, o CO2 foi utilizado em portadores de arteriopatias periféricas. Os
pacientes eram submetidos a banhos secos ou de imersão em água carbonada. Em 1953, após
20 anos de experiência, o cardiologista Jean Baptiste Romuef publicou os resultados do uso
terapêutico por via subcutânea. O tema permaneceu por quatro décadas no esquecimento,
sendo retomado nas décadas de 1980 e 1990, com alguns trabalhos direcionados para a
cirurgia vascular.(FERREIRA et all)
Consiste na infusão controlada de gás carbônico medicinal na pele e no tecido adiposo com o
objetivo de aumentar a perfusão tecidual periférica. Há um aumento de fluxo induzido pela
hipercapnia local e maior disponibilidade do oxigênio tissular, pois a hemoglobina tem maior
afinidade pelo o gás carbônico. Além disso, melhora os parâmetros da microcirculação sem
oferecer toxicidade. (SCORZA et all,2008)
Para Brandi, et al (2001) em sua pesquisa com o uso por injeção subcutânea de CO2,
verificou o aumento da perfusão tecidual, aumento da pressão parcial de oxigênio e redução
da circunferência (efeito lipolítico). Realizaram avaliações histopatológicas das áreas tratadas,
ficando evidente: aumento da espessura da pele, fratura da membrana do adipócito e
preservação total do tecido conectivo, incluindo-se estruturas vasculares e nervosas.
O gás carbônico não causa efeitos adversos e/ou secundários no tecido conectivo e estrutura
nervosa, pois, a quantidade utilizada é inferior a produzida pelo organismo. Portanto, os
sintomas secundários da carboxiterapia são: dor local, pequenos hematomas ou equimoses
que desaparecem em 30 minutos, podendo ocorrer um aumento da temperatura local devido à
velocidade do fluxo limiar do paciente. (BRANDI at all,2001)
O gás carbônico é um metabólico presente na circulação sanguínea, e a quantidade de gás
injetado durante o tratamento está abaixo do volume produzido pelo organismo. Além disso,
pacientes submetidos a injeções subcutâneas de CO2 não mostraram nenhum dano em seu
tecido conectivo, vascular e estrutura nervosa(SCORZA e BORGES,2008)
Segundo Brandi et all,(2001) durante o procedimento, ocorre um aumento de fluxo induzido
pela hipercapnia local e maior disponibilidade do oxigênio tissular, já que a hemoglobina tem
maior afinidade pelo o gás carbônico.
O adipócito recebe os ácidos graxos que foram acondicionados em quilomícrons. Estes
quilomícrons entram nacirculação venosa e são eliminados na periferia pela hidrólise do
triacilglicerol catalisado pela enzima lipoproteína lípase (LPL). A hidrólise do triacilglicerol
armazenado é ativada pelos hormônios lipolíticos (Adrenalina e Noradrenalina) quepor sua
vez ativam a Adenil-ciclase, para formar AMP cíclico (AMPc) que irá ativar a lípasehormônio-sensível na hidrólisedotriacilglicerol para então liberar ácidos graxos livres e
glicerol do adipócito e caírem na circulação capilar. (SCORZA e BORGES,2008)
O dióxido de carbono é transportado no sangue fisicamente dissolvido, quimicamente
combinado a aminoácidos de proteínas séricas, e como íons bicarbonato. É aproximadamente
20 vezes mais solúvel no plasma que o oxigênio. Cerca de 5 a 10% do dióxido de carbono
total transportado pelo sangue é fisicamente dissolvido(LEVITZKY,2004)
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O mecanismo de ação do gás carbônico é, sobretudo, na microcirculação vascular do tecido
conectivo, promovendo uma vasodilatação e um aumento da drenagem veno-linfática. Com a
vasodilatação, melhora-se o fluxo de nutrientes, entre eles, as proteinases necessárias para
remodelar os componentes da matriz extracelular e para acomodar a migração e reparação
tecidual(CORRÊA et all,2008)
Segundo Scorza(2008)A carboxiterapia é considerada uma técnica segura, mas devemos
atentar para algumas contraindicações: infarto agudo do miocárdio, angina instável,
insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, tromboflebite aguda, gangrena, infecções
localizadas, epilepsia, insuficiência respiratória, insuficiência renal,gravidez, distúrbios
psiquiátricos
3.1 Efeito Bohr
Outros mecanismos de atuação incluem fratura direta da membrana adipocitária e alteração na
curva de dissociação da hemoglobina com o oxigênio (efeito Bohr), promovendo assim uma
verdadeira ação lipolítica oxidativa. (CORRÊA atall,2008)
A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio depende do pH do meio, a acidez estimula a
liberação de oxigênio diminuindo assim esta afinidade. Além disso, o aumento da
concentração de dióxido de carbono (CO2) no meio também abaixa a afinidade por oxigênio.
A presença de níveis mais altos de CO2 e prótons (H+) nos capilares de tecidos em
metabolismo ativo promove a liberação de O2 da hemoglobina, o efeito recíproco ocorre nos
capilares dos alvéolos do pulmão, a alta concentração de O2 libera CO2 e H+ da
hemoglobina. (SCORZA e BORGES,2008)
É analisado pela curva de dissociação da oxiemoglobina em resposta às alterações das
concentrações de CO2 e de íons de hidrogênio (H+). Quanto mais gás carbônico nós
disponibilizamos no tecido, mais hemoglobinas carreadas com oxigênio (HbO2) vão chegar
,por via circulação sanguínea. Pelo fato de a hemoglobina ter maior afinidade com a molécula
de CO2 vai ocorrer liberação da molécula de O2 para os tecidos e captação da molécula de
CO2 que será transportada e eliminada pela expiração, isso caracteriza o efeito Bohr. A
presença de níveis altos de CO2(proporcionada pela carboxiterapia) e íons de H+
potencializam as reações químicas que ocorrem dentro dos eritrócitos e, consequentemente, o
aporte de O2 tecidual.(SCORZA &JAHARA,2010)
Conforme Levitzky (2004), explicado pelo fato da desoxiemoglobina ser um ácido mais fraco
que a oxiemoglobina, isto é, a desoxiemoglobina aceita mais prontamente o íon hidrogênio
liberado pela dissociação do acido carbônico e,consequentemente, permite que mais dióxido
de carbono seja transportado sob aforma de íon bicarbonato. A associação de íons de
hidrogênio com aminoácidos dahemoglobina diminui a afinidade da hemoglobina pelo
oxigênio. Com o aumento datemperatura e da concentração de CO2 que causa uma alteração
estrutural na Hb,que libera mais O2 para o plasma e, com isso para os tecidos.
(LEVITZKY,2004)
Quando ocorre a diminuição do pH sanguíneo a curva desvia para a direita e com isso diminui
afinidade da hemoglobina pelo oxigênio e quando aumenta o pH sanguíneo ocorre o aumento
na afinidade da hemoglobina pelo O2. Quando ocorre uma alcalinidade no tecido a curva
desvia para a esquerda; já uma acidez a curva desvia para a direita e isto melhora a captação
do oxigênio nos pulmões e facilitam a liberação nos tecidos (NAKAGAWA; BARBABÉ,
2006)
De acordo com Scorza e Borges(2008), ocorre um aumento significativo da concentração de
oxigênio (O2) local após a infusão subcutânea de CO2, assim ocorre um aumento da pressão
parcial de O2. Há diminuição da afinidade da hemoglobina pelo O2 na presença de gás
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carbônico disponibilizando mais oxigênio às células, favorecendo o metabolismo dos tecidos
da região tratada (potencialização do efeito Bohr).
O monóxido de carbono interfere com a função de transporte de O2 do sangue ao combinar-se
com a Hb para formar carboxihemoglobina. O CO2 possui 240 vezes mais afinidade pela Hb
do que o O2(PACHECO et all, 2011)
O efeito da PCO2 pode ser atribuído a sua ação sobre a concentração de H+. Um desvio para
a direita significa mais descarregamento de O2 a uma dada Po2 em um capilar tecidual. Um
músculo exercitando-se é acido hipercarbico e quente e ele se beneficia com o
descarregamento aumento de O2 dos seus capilares(PACHECO et all, 2011)
O efeito Bohr refere-se ao deslocamento da curva de saturação da hemoglobina e ao
subsequente aumento da pressão causado pelo aumento da tensão de CO2
(PCO2)(PACHECO et all, 2011)
3.2 Efeitos fisiológicos
A resposta inflamatória diante uma “agressão” física é imediata e atua no sentido de destruir,
diluir ou bloquear o agente agressor, mas, por sua vez, desencadeia uma série de eventos no
tecido conjuntivo vascularizado, inclusive no plasma, nas células circulantes, nos vasos
sangüíneos e nos componentes extra vasculares do tecido conjuntivo, com o objetivo de
cicatrizar e reconstituir o tecido lesado.(SCORZA E BORGES,2008)
Segundo Scorza e Borges (2008), após o “trauma” provocado pela agulha e a injeção de gás,
há um processo inflamatório e migração dos fibroblastos para a região agredida e sua
posterior proliferação estimulando a síntese de colágeno e de outras moléculas do tecido
conjuntivo, como a fibronectina,glicoproteína encontrada no sangue, associada a vários
processos biológicos como adesão e diferenciação celular, reparação de tecidos, servindo
como substrato para enzimas fibrinolíticas e da coagulação.
O CO2 é um potente vasodilatador, ocasionando aumento do fluxo sanguíneo no local de sua
aplicação. Com a infusão do gás, ocorre uma distenção tecidual, com um importante aumento
da concentração de oxigênio local. Além disso, provoca ativação de barorreceptores28,
corpúsculos de Golgi e Paccini devido a esta distenção tecidual e conseqüente liberação de
substâncias “alógenas” quais sejam a bradicinina, catecolamina, histamina e serotonina.
(SCORZA E BORGES,2008)
Scorza e Borges (2008) comprovaram que há um aumento da espessura da derme,
evidenciando estimulo à neocolagenase, provocado pela Carboxiterapia, também a
preservação total do tecido conjuntivo, bem como estruturas vasculares e nervosas, ou seja,
um rearranjo das fibras colágenas.
3.3 Técnica de aplicação
A prática de carboxiterapia no tratamento de gordura localizada também envolve a injeção de
soro fisiológico no local a ser tratado antes da injeção do gás. O soro fisiológico em contato
com o gás carbônico forma uma reação química(CO2 + H2O _ H2CO3 _ H+ + HCO3), com
liberação de íons H+, proporcionando um meio ácido no local da aplicação. Essa acidez
tecidual confere um aumento da oxidação lipídica através da ativação das lipoproteínas
lípases (LPL),potencializando o poder de queima da gordura(SCORZA e BORGES,2008)
Na técnica de carboxiterapia, infundimos o gás carbônico por meio de uma agulha fina no
tecido subcutâneo. O organismo, por causa da lesão provocada pela agulha e pelo gás,
desencadeia um processo inflamatório com o objetivo de cicatrizar e reconstituir o tecido
lesado.Decorrente do processo de reparação, ocorre proliferação de vasos sanguíneos
(Angiogênese) e fibroblastos (Fibrogênese).Segundo alguns autores, no local de infusão do
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sanguíneo.(SCORZA & JAHARA ,2010)
Segundo Scorza e Borges(2008), o fluxo e o volume total de gás infiltrado usados na
carboxiterapia são controlados com equipamentos apropriados. Existe um aparelho que foi
elaborado para administração subcutânea do CO2, com total controle sob a velocidade e
volume de gás infiltrado. Tem aprovação nas normativas da Comunidade Européia desde
2002 (CE 0051). É descrito como dispositivo médico, classe IIb, apresenta padrões de
qualidade e segurança e tem aprovação de comercialização e uso pelo FDA americano como
equipamento de uso médico ambulatorial.
O aparelho liga-se a um cilindro de ferro por meio de um regulador de pressão de gás
carbônico e é injetado por via de um equipo (sonda) com uma agulha pequena (agulha
insulina- 30 G1/2) diretamente através da pele do paciente. (SCORZA e BORGES,2008)
O soro fisiológico pode potencializar o efeito lipolítico da carboxiterapia, por proporcionar
um meiomais ácido pela formação de íons de hidrogênio (H+). Em contato com o gás
carbônico, o soro forma uma reação química com a liberação de íons hidrogênio, responsável
pela acidez do meio, aumentando o poder de queima na região. (SCORZA e BORGES,2008)
Com o auxílio de uma seringa, injeta-se em torno de 1ml de soro fisiológico por ponto,
distribuídos por toda a área aleatoriamente e em seguida aplica-se o gás carbônico.(SCORZA
e BORGES,2008)
Estudos de Scorza e Borges(2008) mencionam que os efeitos secundários apresentados pela
carboxiterapia se limitam em dor no local da)aplicação, bem como pequenos hematomas ou
equimoses devido às várias punturas e sensação de crepitação devido à formação de
umenfisema local que desaparece no máximo em 30 minutos.
Scorza e Borges(2008), na sua pratica relatou que no momento e após a aplicação do gás,
houve aumento da temperatura no local da aplicação do gás, hiperemia e dor localizada,
ambas de curta duração. Também relatou que há uma sensação de ardor e peso/fadiga no
membro onde foi infundido o gás carbônico logo após sua aplicação.
No Brasil, atualmente, existem diversas marcas e modelos de aparelhos, registrados pela
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e sua aplicação oferece conforto e
segurança. (SCORZA e BORGES,2008)
De acordo com Scorza e Borges (2008) , se encontram aparelhos com parâmetros de 20 e 80
ml/min. Mas também, há equipamentos que disponibilizam fluxos até 150 ml/min. Com
relação ao volume total administrado, este gira em torno de 600 ml a 1000 ml, podendo
atingir 3000 ml nos casos de grandes depósitos de gordura.
4.0 Metodologia
A pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica de caráter avaliativo e abordagem
descritiva composta de livro de acervo particular, através de artigos publicados,
compreendidos entre os anos 2000 a 2013.
Também foram realizadas pesquisas em sites de busca Scielo, Bireme, Fisiowebgates,
Biblioteca virtual da saúde, Google scholar, e sites específicos de publicação científica com as
seguintes palavras chaves :Eletrolipólise, gordura localizada,carboxiterapia. Nos quais as
publicações encontradas foram analisadas de acordo com o conteúdo e palavras chaves
correlacionadas com este estudo.
Os critérios para inclusão dos artigos para o estudo de revisão de literaturas foram os que se
enquadraram na data proposta, e os que se relacionavam eletrolipólise e carboxiterapia como
meio de tratamentopara a sintomatologia prescrita.
Para realizar o estudo foram excluídos artigos de experimentação animal. Também foram
excluídos publicações que não estavam na data proposta e os que não possuíam literatura que
pudessem correlacionar com o estudo.
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5.0 Discussão
De acordo com Azevedo et all(2008), os resultados obtidos na cirtometria em seus estudo
mostrou que a eletrolipólise sendo associada ou não ao trabalho aeróbico apresenta resultados
favoráveis ao término de 10 sessões. (AZEVEDO et al, 2008)
Segundo Garcial et all, (2006), o uso da eletrolipólise se mostrou eficaz para a redução de
adiposidade localizada provenientes de seqüela pós-lipoaspiração, uma vez que houve
redução de 19,86% do tecido adiposo local e melhora significativa no aspecto estético
daregião afetada E, atestou que a microcorrente pode ser utilizada como instrumento
potencializado da eletrolipólise com agulhas.(GARCIAL et all,2006)
De acordo com Borges e Gardenghi ,o método percutâneo mostrou uma maior eficácia que
comparados ao método transcutâneo, que apresentou resultados mais discretos. E que
associado a uma atividade física e/ou dieta, a eletrolipólise tem melhores resultados.
Confirmando que eletrolipólise é eficaz na redução das adiposidades abdominais
localizadas.O sistema neuro-hormonal influi sobre a lipólise: a estimulação do sistema
simpático à ativa, enquanto a estimulação parassimpática diminui. (FREDERICO)Devido à
melhora do caráter lipídico gerado pela eletrolipólise, pode-se concluir que há diminuição de
risco cardiovascular, uma vez que o LDL-colesterol diminui e o HDL colesterol aumenta,
gerando uma menor afinidade dos vasos pelas placas ateroscleróticas, também pode ser
detectado discreta redução da massa corporal, diminuição da perimetria da região tratada e do
índice de massa corporal(FREDERICO)
Segundo Assumpção (2006), tendo em vista que a eletrolipólise é realizada com aparelhos
que emitem correntes de baixa frequência, a TENS é considerada um recurso eficaz para a
realização desta técnica.
No trabalho realizado por Brandi, et al (2001), a carboxiterapia foi utilizada em 48 mulheres
com idade de 24 a 51 anos de idade, e os resultados apontaram uma redução na circunferência
da gordura localizada em coxa, joelho e/ou abdômen submetidas ao gás carbônico e melhora
da microcirculação e na ação lipolítica, um aumento no fluxo sanguíneo e pressão arterial
femoral, bem como, uma melhoria nos perímetros e teste ergométrico.
Segundo os estudos de Corrêa et all(2008)foi demonstrado que o uso da carboxiterapia no
FEG obteve respostas positivas. Istopode ser confirmado através da análise estatística onde
40,47% apresentaram a redução dos graus do FEG. Outro aspecto relevante foi à melhora de
33,78% na escala analógica visual da dor, sendoassim favorável ao comprometimento das
participantes para conclusão dos estudos.
Verificamos que a técnica de carboxiterapia é considerada um recurso seguro, sem efeitos
adversos ou complicações importantes, tanto locais, como sistêmicas, visto que o produto
comumente utilizado (CO2) possui cerca de 99,9% de pureza, próprio para uso terapêutico.
(SCORZA e BORGES,2008)
A utilização se estende da celulite (lipodistrofiaginoide) à flacidez e estrias, às cicatrizes
inestéticas e ao tratamento complementar nas lipoaspirações para reduzir as irregularidades e
diminuir o aspecto "enrugado" da pele, pela melhora da elasticidade cutânea. Esses benefícios
decorrem da promoção de vasodilatação arteriovenosa local, do aumento do fluxo sanguíneo
regional, do aumento das drenagens sanguínea e linfática e da lipólise, resultando, por conta
dessas ações, maior disponibilidade de oxigênio para o tecido, aumento no turnover de
colágeno e redução da quantidade de tecido adiposo. (FERREIRA et all)
Segundo Brandi etall(2001), em seus estudos, mostrou que através de injeção de gás
carbônico, há um aumento da perfusão tecidual, aumento da pressão parcial de oxigênio
(PO2) e a redução da circunferência das áreas tratadas. Bem como aumento da espessura da
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pele, fratura da membrana do adipócito e preservação total do tecido conjuntivo, incluindo
estruturas vasculares e nervosas.
A técnica de carboxiterapia é considerada um recurso seguro, sem efeitos adversos ou
complicaçõesimportantes, tanto locais, como sistêmicas, visto que o produto comumente
utilizado (CO2) possui cerca de 99,9% depureza, próprio para uso terapêutico.(SCORZA e
BORGES,2008)
Corrêa et all(2008) acredita que a carboxiterapia é uma terapia segura e sem grandes contra
indicações, constituindo-se portanto, num recurso fisioterapêutico dermato-funcional ao
alcance daqueles que possuem capacidade técnica para o manuseio do equipamento e do gás
carbônico.
6.0 Conclusão
Existem muitos tratamentos com o objetivo de diminuição de medidas corporais. Com o
passar dos anos descobriram técnicas para dar um auxilio na perca do excesso de gordura
corporal. Ambos os tratamentos apresentados são tratamentos invasivos, realizados por
profissionais capacitados. De acordo com evidências apresentadas a eletrolipólise mostra-se
eficaz para diminuição de gorduras localizadas, além de outras patologias como
fibroedemageloide, e em pós- cirúrgicos de lipoaspiração auxiliando na correção de contornos
corporais.
A Carboxiterapia, conforme resultados de trabalhos realizados, também é uma técnica que
tem apresentado excelentes resultados destruindo o tecido adiposo, realizando assim
diminuição na gordura corporal.
A pesquisa realizada foi focada para diminuição de gordura corporal, mas as pesquisas
também apontam a carboxiterapia eficaz para outras afecções, como estrias, FEG, para
rejuvenescimento, rugas, entre outros.
Observa-se que o paciente realiza o tratamento com a terapia que lhe causa menos dor e
desconforto, ou fazem uma terapia combinada, revezando sessões com Eletrolipólise e/ou a
Carboxiterapia. E também utilizando a eletrolipólise para diminuição de medidas,e a
carboxiterapia para, por exemplo, estrias.
Os estudos apontam que ainda é escassa a existência de obras literárias abordando sobre os
assuntos explorados, sendo necessários mais pesquisas abrangendo os métodos. Podemos
também ressaltar, que o método de Eletrolipólise e Carboxiterapia podem ser aplicados
associados com outros tratamentos dermatológicos,uma dieta balanceada e exercícios físicos
específicos, para obtenção de resultados rápidos e eficazes.
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Eletrolipólise e Carboxiterapia para redução de