Este destacável faz parte integrante da edição n.º 258 de Setembro de 2010 do Jornal O Correio da Linha
Editorial
F
UMA EQUIPA - UM PROJECTO
oi há 50 anos, precisamente no dia 4 de
Outubro de 1959, que
teve início, em Meleças, o Colégio Vasco
da Gama com 48 alunos.
Cinquenta anos volvidos após
a sua fundação, olhamos para
esta obra e sentimos um misto
de saudade, de reconhecimento e de desafio. De saudade e
reconhecimento para com todos aqueles que, ao longo de
várias gerações, conseguiram
transformar uma pequena escola naquilo que é, actualmente, o Colégio Vasco da Gama. E
neste reconhecimento estão,
como é óbvio, todos incluídos:
o nosso fundador, os professores, os funcionários, os pais
dos nossos alunos que, através
da confiança que em nós depositaram, nos deram ânimo para
prosseguir. E, necessariamente, os alunos que por aqui passaram e cuja alegria tivemos o
ensejo de constatar na última
reunião de antigos alunos, alegria essa que se reflecte na sua
forma de estar na vida e que
lhes imprime um espírito de
aluno do “C.V.G.”, que se transmite de geração em geração.
Mas, em vez de continuar com
mais referências ao passado, que não renegamos, prefiro referir o presente e manifestar, com veemência, a nossa alegria e o
nosso prazer por constituirmos uma comunidade educativa que
se organiza em equipa coesa e inovadora. Somos uma equipa,
trabalhamos para um objectivo comum. Temos um projecto. Sabemos para onde caminhar. Sentimo-nos um pouco uns dos outros e apercebemo-nos, de uma forma consciente, do todo que
formamos e em que cada um sente que, na sua função, seja ela
qual for, ninguém pode falhar, porque se um falhar é o todo que
também falha.
O Colégio é hoje para todos nós um grande DESAFIO, desafio
que não nos permite estar demasiado agarrados ao passado. O
ontem já lá vai, o hoje é efémero; portanto, o nosso desafio é, de
facto, o futuro. E o futuro é uma incógnita, mas, de certeza, que
não poderá ser igual ao hoje e, muito menos, ao ontem.
Actualmente, somos cerca de mil. Durante este ano, recordámos
os momentos mais significativos desta nossa caminhada, alicerçada numa força redobrada da nossa vivência no presente e na
preparação de um futuro promissor.
A escola dos nossos dias não se compadece com rotinas, com conceitos ultrapassados. A escola dos nossos dias tem que se abrir
para novos paradigmas. E o mais importante, a partir de agora,
não é o antes do cinquentenário, mas o depois dos 50 anos.
E se até aqui soubemos sempre dignificar o CVG, elevando-o até
ao patamar de excelência que hoje tem e que é reconhecido, não
podemos continuar a viver dos louros conquistados. E daí a necessidade de pensarmos no trabalho que precisamos de realizar,
nesta casa que tem, indubitavelmente, bons alicerces, mas que
carece de um reforço constante, de um empenho, de uma dedicação, sem limite.
Nunca é demais salientar a importância de que se revestiu para
nós este ano lectivo. São 50 anos dedicados à mais nobre das
causas – a Educação. Conscientes de que Educar não é repetir
palavras, é criar ideias, é encantar... conscientes de que é preciso preparar os nossos jovens não só para o êxito, mas também
para o fracasso, já que a vida é uma longa estrada que tem curvas imprevisíveis e derrapagens inevitáveis... é preciso dizer aos
nossos jovens que «as flores mais belas surgem sempre depois
do Inverno mais rigoroso».
É este o nosso lema, conscientes de que, cada vez mais, o desafio
da aprendizagem é o desafio de uma vida. Precisamos, por isso,
de criar condições para que os nossos alunos possam reflectir
sobre o seu próprio modo de construir o saber, crescendo em
auto-conhecimento, em auto-confiança e motivação. Cinquenta anos do CVG: porque criada, vivida e partilhada por pessoas, também a nossa escola atravessou diversas etapas. No entanto,
mantivemos sempre vivo o ideal do nosso fundador: contribuir para
a formação / educação dos jovens que em nós confiaram, garantir o
seu desenvolvimento integral e harmonioso. Rumo ao futuro, é nossa responsabilidade, usando a experiência adquirida, conservando
claras as metas definidas e encontrando os caminhos de excelência
para as atingirmos.
A Direcção
Colégio Vasco da Gama
INÁCIO CASINHAS, DIRECTOR DO COLÉGIO
“SEMPRE A DISTRIBUIR SONHOS”
Passou já meio século desde que o
pedagogo João António Nabais fundou o Colégio Vasco da Gama (CVG),
hoje considerada uma das mais bem
sucedidas instituições de ensino
particular da Área Metropolitana de
Lisboa. Criatividade, inovação, qualidade e rigor são alguns dos adjectivos com que podemos definir o CVG,
dirigido há mais de 20 anos por Inácio Casinhas.
Correio da Linha (CL) - Como surgiu a
ideia de há 50 anos criar no concelho de
Sintra um colégio particular?
Inácio Casinhas (I.C.) - Este Colégio
nasceu em Lisboa com apenas 4 alunos.
Nessa altura, ainda não havia, em Portugal, gabinetes privados de Psicologia e
foi então que o Dr João António Nabais,
regressado de Lovaina, onde tirou a sua
especialização, decidiu montar, por sua
conta e risco, o primeiro gabinete privado de Psicologia Aplicada à Educação.
Conhecedor de que havia alunos com
capacidades e inteligência, mas que não
conseguiam ter resultados escolares satisfatórios, levou-os para casa, num andar junto à Praça de Touros, no Campo
Pequeno, e aí deu-lhes explicações para,
posteriormente, os propor a exame.
Os resultados obtidos tornaram-se conhecidos e, a determinada altura, começou tanta gente a afluir ali, que ele
entendeu que aquele espaço era exíguo
e veio, com alguns alunos, dar uma volta
pela zona saloia, à procura de um novo
espaço.
Assim, em 4 de Outubro de 1959, nasceu,
em Meleças, o Colégio Vasco da Gama,
com 48 alunos.
CL - E porque optaram por Meleças?
I.C. – Embora inicialmente tivessem procurado outros espaços, por exº, o sítio
onde funciona actualmente o GOE (Grupo
de Operações Especiais), ou uma quinta
perto da Praia das Maçãs, este foi o local
escolhido, por ser aquele que melhores
condições reunia para se poder abrir uma
escola com um mínimo de despesas.
CL - Porquê a alusão ao navegador Vasco da Gama no nome do Colégio?
I.C. – Inicialmente o Colégio era para se
chamar Alexandre Herculano, em memória de um grande escritor português,
que o Dr João Nabais muito apreciava. Contudo, ao dirigir-se ao Ministério
para obter o alvará que possibilitasse
a abertura do Colégio, foi informado de
que não poderia dar-lhe esse nome, em
virtude de já existir um, em Queluz, e
não ser permitido haver dois na mesma
zona com igual designação. Foi então
que uma funcionária do Ministério, que
acabámos por adoptar como madrinha,
lhe sugeriu o nome de Vasco da Gama.
Daí a razão, por que comemoramos a 20
de Maio a nossa festa de aniversário, dia
que assinala a chegada deste navegador
à India.
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
CL – Que infra-estruturas tinha o Colégio, quando se mudou para Sintra?
I.C. – Na altura existia apenas um edifício
que, entretanto, foi restaurado e renovado, que tinha sido construído pelo dono
de um café em Lisboa, que aqui pretendeu fazer uma pousada.
Com pequenas adaptações, o Dr Nabais
conseguiu transformar esse edifício em
internato e recebeu alguns jovens que vinham da província. De inicio havia apenas
lugar para rapazes, até porque na altura
não era permitido o ensino misto. As turmas eram muito pequenas, não tinham
mais de 10 alunos e o ensino era personalizado, chegando até, se fosse necessário,
cada aluno ter um professor à sua disposição, o que encarecia a mensalidade.
Tudo o mais, que agora existe, fazia parte dos terrenos da denominada Quinta
Grande do Marquês de Pombal, que ia
daqui até Rio de Mouro.
Naturalmente o Colégio foi-se alargando
e o Dr Nabais comprou depois um terreno onde se construiu o edifício que hoje
é destinado ao 3º ciclo e que, na altura,
era o edifício principal.
CL - Ao longo dos anos, o Colégio foise expandindo não só territorialmente,
mas também nas suas infra-estruturas
físicas, no número de alunos, professores e auxiliares...
I.C. – Sim. Neste momento o Colégio tem
cerca de 1000 alunos, 80 professores e
70 funcionários. Penso que, embora o
alvará nos permita ir até 1200 alunos,
para as infra-estruturas actuais não nos
aconselham ir além dos 1000.
Face à crise que se sente actualmente,
lançámos a educação pré-escolar em
2009/2010, começando com duas turmas
e alargando este ano a mais uma. Temos
agora crianças que podem fazer o seu
percurso escolar nesta casa a partir dos
3 anos e completar aqui a sua escolaridade básica.
Não temos secundário,
por opção, já que entendemos que, após estarem
aqui 9/10 anos, os jovens
precisam de vivenciar outras experiências. Levam
daqui valores fundamentais impregnados, que
depois poderão utilizar na
vida e que, certamente, os
ajudarão a enfrentar os
obstáculos que encontrarem.
CL - Que valores são esses?
I.C. – Os valores que fazem
parte do nosso projecto
educativo e que não são muito diferentes dos valores que qualquer escola, que
se preze, defende. Refiro-me não só à
criatividade, à integridade ou à solidariedade, mas também a outros que são
fundamentais tais como a paz, a alegria
ou o bem-estar. Ao longo destes 50 anos
conseguimos impor esses princípios que
marcam hoje esta casa e que são tão ou
mais importantes que as aprendizagens
académicas. É que estas passam com o
tempo, já que o que hoje é verdadeiro,
amanhã já está ultrapassado, enquanto
os valores são intemporais. O mais importante não é tanto aprender o que está
nos livros, mas ensiná-los e estimulá-los
a pesquisar e a fazer as suas próprias
aprendizagens, a reflectir e a organizar
o seu próprio pensamento. É também
importante ensinar-lhes o silêncio, porque eles vivem hoje dilacerados interiormente e distraídos com o ruído de tantas
diversões que os cercam.
CL - Onde haja uma linguagem própria...
I.C. – Exactamente. Temos que ter cuidado, porque a linguagem do professor
nem sempre é a mesma dos alunos. A
escola deles não é a nossa escola. Os
alunos regra geral, não estão habituados
a trabalhar, porque já têm tudo facilitado.
A nossa juventude não tem a pedagogia
do trabalho, pelo que se torna necessário incutir-lhes outros valores. Há tempo
para fazer um pouco de tudo, seja brincar, rir, correr ou estudar.
CL - Disse em tempos que é contra os
trabalhos de casa? Porquê?
I.C. – Porque muitos pais só vêem os trabalhos de casa como uma forma de os
filhos não estarem sempre agarrados
ao computador ou à televisão. Acho que
o importante é sabermos tirar proveito
desses meios, que podem ser importantíssimos, se bem aproveitados.
Hoje a escola, para a maioria dos jovens
é uma “seca”; encaram-na apenas como
uma forma de estarem reunidos com os
amigos e interessam-se por tudo, menos pelo trabalho. Por isso é fundamental que os ensinemos a trabalhar!
Tão importante como as aprendizagens
é o aspecto cultural e, nesse ponto, uma
escola com 50 anos vive uma série de
valores diferente do que vive uma que
tenha um ou dois anos. Contudo, para
Colégio Vasco da Gama
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
levar os alunos a aprender, é preciso que o professor conquiste a
confiança deles, o que não significa que tenha de haver indisciplina
nas aulas. Antes pelo contrário,
essa confiança é necessária para
que se estabeleça uma relação
muito próxima entre ambos, que
contribua para que o aluno, quando tiver uma dificuldade, saiba
que pode contar com os seus professores.
Todos estamos conscientes dos
inúmeros problemas que existem
nos dias de hoje e que afectam os
nossos jovens, pelo que é importante que eles saibam que têm, no
professor, um amigo com quem podem
desabafar.
A disciplina é indispensável, mas apostamos mais na responsabilidade que no
castigo.
CL - O que diferencia este de outros colégios particulares? E das escolas do
ensino público?
I.C. – Antes de mais a relação muito forte
que estabelecemos com os alunos e que
é uma palavra-chave do nosso projecto
educativo, documento oficial revisto há
cerca de três anos, onde perdura uma
das frases que o nosso fundador utilizava: “o Colégio deve ser a continuação da
família”.
Temos procurado seguir essa missão,
nunca nos substituindo à família, mas
procurando manter com ela uma relação
muito intensa no intuito de resolver em
conjunto os problemas e o enriquecimento cognitivo de cada aluno.
Continuamos empenhados na manutenção de um ensino personalizado que
possa contribuir para que cada um dê
sempre o seu máximo, procurando que
o ensino seja sempre criativo e estimulante.
Setembro 2010
O nosso fundador dedicou 30 anos da
sua vida a criar e tirar o maior proveito
de materiais, sobretudo vocacionados
para a Matemática e para a Leitura. No
primeiro ciclo, os alunos constroem a
Matemática começando por laborar na
base dois e não na dez, que
é a mais complicada.
Sempre tivemos uma preocupação constante com a
inovação e a experimentação e temos tido resultados
muito positivos, porque a
aprendizagem se torna mais
aliciante.
Apostamos também na cultura e o nosso auditório funciona como um verdadeiro
centro cultural. Há matérias que são dadas a partir
de uma peça de teatro, de
uma conferência ou de uma
conversa tida ali com os
alunos.
Do auditório, a matéria é
depois transportada para a sala de aula,
já com os conceitos fundamentais assinalados.
CL - Além das actividades escolares, este Colégio é também
rico em actividades de complemento educativo...
I.C. – Indubitavelmente. Um dos
aspectos que mais defendemos
é a existência de diversas actividades de complemento educativo, porque quando uma entidade
empregadora pretende admitir
uma pessoa, preocupa-se cada
vez menos com a nota que o aluno teve e cada vez mais com as
competências adquiridas, e não
há dúvida que estas actividades
dotam o aluno de destreza, criatividade e competitividade, de muita utilidade para o seu futuro.
O horseball, a natação, o ténis, por
exemplo, são algumas das actividades aqui existentes e que muito
contribuem para que os alunos adquiram competitividade, organização, auto-estima, etc.
CL - De que forma tem procurado
chamar os encarregados de educação a participar na vida escolar
do Colégio?
I.C. – A família vem regularmente à
escola, até porque o nosso planeamento anual contempla e facilita
essa participação. E vem porque
querem estar presentes e ter informações sobre os seus filhos. É
comum as famílias pedirem para ver o
Colégio e para falar com o director antes de matricularem os filhos. A porta do
meu gabinete está sempre aberta para
os receber.
É frequente falarmos através de e-mail,
do telefone, da caderneta do aluno e em
reunião. Salvo raras excepções, são os
pais que vêm propositadamente ao Colégio para saber o que se passa. Semanalmente, cada director de turma tem,
no seu horário, um tempo para receber
os pais e, mensalmente, a última segunda-feira de cada mês é destinada para
os pais virem ao colégio e poderem falar
com todos os professores.
No inicio do ano lectivo, há reuniões destinadas aos Encarregados de Educação
dos alunos dos diversos ciclos, onde são
dadas a conhecer as linhas de orientação pedagógica definidas para esse ano
lectivo e onde podem conhecer todos os
professores e ter um primeiro encontro
com os Educadores no pré-escolar, com
os professores titulares de turma no 1º
ciclo e com os directores de turma no 2º
e 3º ciclos.
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
Há representantes dos Pais no Conselho
da Escola, há Encontros de Educação
destinados aos Pais e a sua participação
em festas é sempre um motivo de encontro e de relação.
CL - O Colégio está a comemorar 50
anos de existência, e de que forma têm
vindo a assinalar este meio século de
vida?
I.C. – Começámos por constituir uma comissão, que foi dando ideias que foram
sendo transpostas para o papel. Escolhemos as actividades que entendemos
que teriam maior realce e iniciámos o
ano (dia 7 de Outubro) com uma Sessão
de Abertura, em que foram colocados, a
nascente e a poente do Colégio, um placard com os principais eventos que iríamos organizar ao longo do ano lectivo.
Um dos momentos mais importantes da
comemoração foi o “Concerto da Primavera”, que é algo muito comum nos países nórdicos, nomeadamente na Finlândia, onde a chegada da Primavera é assinalada com euforia. Este concerto foi um
êxito, que deixou as famílias encantadas
e que deu aos alunos a oportunidade de
conhecerem os talentos dos colegas de
outros ciclos. Aliás, o evento correu tão
bem que todos são unânimes em reconhecer que será de continuar no futuro.
Em 20 de Maio, dia do Colégio, organizámos uma cerimónia simbólica de chegada do facho, que se manteve aceso
durante algumas horas e que foi também pretexto para um abraço de solidariedade entre todos os elementos da
comunidade educativa, ao som do hino
do Colégio.
antigos alunos, evento que já realizámos
durante vários anos, mas que desta vez
trouxe muita gente, incluindo 5 ou 6 alunos dos mais antigos.
As comemorações terminaram a 9 de
Julho com uma festa dedicada aos funcionários e professores e onde foram
condecorados todos os elementos com
mais de 25 anos ao serviço do Colégio.
CL – Que novos desafios se perfilam a
breve prazo para esta instituição?
I.C. – Como deve calcular, uma casa como
esta tem de estender sempre o seu olhar
a novos horizontes. Temos de deixar de
A 1 de Junho (dia Mundial da Criança)
teve lugar uma Sessão Solene que possibilitou a recepção às entidades oficiais,
tendo estado presentes entre outros, o
Presidente da Câmara de Sintra, Dr Fernando Seara e antigos Ministros da Educação.
Outro evento importante
foi a realização de uma
feira e torneio medievais,
que nos transportaram a
uma época diferente.
De referir também a representação feita pelos
alunos do 2º ciclo intitulada “A viagem, concretização de dois sonhos”,
onde através de dez quadros profundamente ilustrados, acompanhámos
a caminhada de Vasco da
Gama e do nosso Colégio.
A 3 de Julho teve lugar
um almoço - convívio de
ser um lugar fechado, passando a nossa
imagem para o exterior de uma forma
mais aberta.
Por vezes interrogamo-nos: Será a escola que puxa pela sociedade ou a escola é
o reflexo da sociedade? Acredito mais na
2ª hipótese, quando defendo a primeira.
Por isso há que abrir cada vez mais a
instituição, e já o fizemos este ano com
a comemoração dos 50 anos.
CL – De que forma o fizeram?
I.C. – De várias maneiras, como por
exemplo, permitindo que colégios que
não dispõem de auditório ou salão, viessem aqui fazer as suas festas de final de
ano. O agrupamento dos professores da
Damaia veio aqui fazer a sua última reunião de professores.
Achamos que é importante este intercâmbio entre os nossos professores e os
professores do ensino público. A escola
tem que se abrir, tem que derrubar muros e os nossos professores têm que ir lá
fora falar da nossa experiência e apren-
Colégio Vasco da Gama
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
der com a experiência dos outros, para
que tenhamos, cada vez mais, a escola
de excelência que ambicionamos.
A escola de equitação já faz todos os
anos dois intercâmbios internacionais,
um com Espanha e o outro com Inglaterra.
A nossa biblioteca também está aberta à
população, embora ainda não haja o hábito de a população usufruir dela.
CL - Considera que ainda vigora a ideia
de que o colégio privado está fechado
entre as suas paredes?
I.C. – Não vejo o problema por esse prisma, uma vez que este Colégio foi sempre
uma instituição muito aberta à população. Conheço a maioria dos Presidentes
dos Conselhos Executivos das Escolas
Públicas e tanto eu entro nessas escolas como eles entram aqui. Praticamen-
CL - Este Colégio tem
recebido o apoio necessário por parte
das entidades locais,
nomeadamente a Câmara Municipal?
I.C. – Sem dúvida.
Sintra tem mostrado
ser uma autarquia
muito cooperante e
receptiva.
Quando
o actual presidente
assumiu a Câmara,
questionei-o por que
razão as escolas públicas recebiam cerca
de 200 contos para
projectos e as privadas não? O Sr Presidente prometeu que
o apoio seria largado a todo o ensino e
assim fez. No ano seguinte, os colégios
te todos os professores deste Concelho
conhecem a nossa escola através de acções de formação que aqui são organizadas pelo Centro de Formação.
Como é um Colégio pago, há
sempre a ideia de um certo elitismo, mas creio que esse pensamento existe mais na mente
dos pais e dos alunos. Considero que é uma escola intercultural e não creio que, hoje em
dia, haja a mentalidade de que
o ensino privado é melhor que
o público, porque público somos todos nós, já que estamos
a prestar um serviço para todos.
E é importante perceber que há
boas e más escolas públicas tal
como há boas e más escolas
privadas.
também já podiam apresentar projectos
e os que ganhavam o concurso recebiam
a verba atribuída pela edilidade.
Setembro 2010
Posso dizer-lhe que tanto o Presidente
Fernando Seara como o Vice-Presidente Marco Almeida têm sido figuras presentes. Eles sabem que têm as portas
abertas e vêem visitar-nos sempre que
lhes aprouver. Inclusivamente, no início
do ano lectivo, o Sr Presidente quis aqui
colocar cerca de 200 alunos que sobraram das escolas oficiais, mas o Ministério não autorizou, optando por resolver
o problema, colocando pré-fabricados
para esses alunos.
A edilidade tem demonstrado resolver os
problemas a bem e, por isso, não tenho
nada a apontar.
CL - Há quantos anos dirige o Colégio
Vasco da Gama?
I.C. – Há mais de 20 anos! Antigamente
havia uma direcção tripartida, que tinha
como director o Dr Nabais, mas no alvará
constavam ainda os nomes do Dr Silvério
e o meu. Mais tarde, o Dr Silvério foi para
o ensino oficial e, quando há cerca de 20
anos o Dr Nabais faleceu, assumi eu a
Direcção do Colégio. Penso que está na
altura de chamar mais uma ou duas pessoas para haver uma direcção colegial.
CL - Sente que a história recente desta instituição reflecte a
sua liderança?
I.C. – Todas as lideranças têm
que ser fortes, por isso defendo a ideia de que todos têm que
ser lideres em qualquer instituição. Não podemos esperar
que seja o director a fazer e a
decidir tudo. Numa casa como
esta, cada um tem a sua função
e deve cumpri-la. Se um professor não souber impor respeito
e a sua autoridade a um aluno,
passando o problema para a direcção, nunca mais terá pulso
sobre ele.
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
É inegável que a minha liderança tem uma marca: uma
marca de compreensão e da
defesa dos direitos do aluno,
e quem viu o Colégio há 20
anos e o vê agora, apercebese que muita coisa está diferente, porque tem havido não
só preocupação de renovar o
parque escolar, mas também
o de estar a par das metodologias mais actuais.
Para isso é imprescindível
uma liderança permanente
e forte, sempre assessorada
por uma coordenação muito
actuante.
Sempre me preocupei em escolher coordenadores a quem
dou autonomia e poder de decisão, embora tenhamos reuniões semanais (todas as quartas-feiras), onde avaliamos e
reflectimos sobre questões prementes,
onde definimos linhas de actuação coerentes e onde tomamos as decisões que
é preciso tomar.
CL - Recebeu recentemente a Medalha
de Mérito Municipal. Encarou esse gesto como um acto individual ou por ter
sido nos últimos anos o
rosto mais visível do Colégio?
I.C. - As duas coisas. Há
a medalha de prata que
foi atribuída à escola no
tempo em que era presidente a Dra. Edite Estrela, enquanto esta, de
grau ouro, foi personalizada no director pelo trabalho realizado. Em todo
o caso, não guardo os
louros só para mim, porque um director sem uma
boa equipa não é nada.
No entanto, sinto-me
honrado com a distinção
porque reflecte o mérito
do trabalho desenvolvido
ao longo de muitos anos.
Quando era mais novo, tinha duas paixões: o ensino e a advocacia. Venho de
uma terra, Lamego, onde por qualquer
coisinha havia uma rixa e eu recordo-me
de ir, ainda miúdo, para
o Tribunal de Lamego
ouvir aqueles advogados
pomposos e ficava entusiasmado com aquilo. Mas hoje não estou
arrependido de não ter
ido para Direito, porque
educar e orientar as
crianças é um trabalho
muito desafiante.
CL - Gerir um complexo
escolar onde estão cerca de mil alunos é um
trabalho sem fim...
I.C. - É um trabalho árduo,
sim. O próximo ano lectivo já
está pensado, já discutimos
o que resultou bem e o que
é necessário mudar e depois
é necessário verificar que há
diversas sensibilidades numa
escola como esta. Há as sensibilidades dos professores,
dos funcionários, dos alunos
e dos pais. É difícil reunir
tudo isto e chegar a um consenso, porque os interesses
podem não ser antagónicos
mas não são complementares. Os pais querem que os
filhos passem, mas o facto
de eles estarem num ensino
pago não lhes garante nada.
Passam se souberem e não porque os
pais pagam. Já os professores queixamse sempre que os alunos estudam pouco
e que, como têm maus resultados, merecem ser chumbados. Eu sou de opinião que não se deve chumbar um aluno
e defendo esta tese em qualquer parte
do mundo. Temos que diagnosticar os
seus problemas e transformá-los, dando ao aluno mais apoio e motivando-o.
Os exemplos que tenho no colégio mostram-me que, salvo raras excepções,
quando um aluno é reprovado, no ano seguinte volta a ter os mesmos problemas
e as mesmas negativas, quando não tem
mais. Esta tese é actualmente defendida
em muitos países nórdicos que, ao invés
de o chumbarem, auxiliam o aluno logo a
partir do momento em que este começa
a fraquejar, proporcionando-lhe estratégias que o levam a atingir os objectivos
pretendidos.
Colégio Vasco da Gama
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
CL - De que forma é feita a segurança de
todos quantos aprendem nesta unidade
de ensino?
I.C. – Face aos múltiplos problemas que
afectam a sociedade actual, a segurança é um elemento importantíssimo
no Colégio Vasco da Gama. Ela é feita
através de porteiros e de um segurança
que anda durante todo o dia no perímetro do colégio. Há também elementos
de segurança que vão dando algumas
voltas pelas redondezas e, apesar de
sermos um colégio onde toda a gente
entra e toda a gente sai, também somos um colégio onde toda a gente é
controlada. Entram diariamente nesta escola mais de 500 viaturas e nunca tivemos problemas, não só porque
os pais são cuidadosos, mas também
porque os alunos são treinados para
não percorrer determinados espaços.
A segurança é boa, está a funcionar,
já por duas vezes tentaram assaltar o
multibanco contíguo à escola mas em
ambas as vezes não foram bem sucedidos, porque de noite também temos um
guarda-nocturno que, juntamente com
alguns cães, asseguram a segurança
do perímetro escolar.
CL - Como vê o actual estado de ensino nacional e, em particular, do ensino
particular?
I.C. – Não gosto de enveredar pelo campo da política, mas há coisas que são de
consenso público. Quando se opta por
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Setembro 2010
uma política que se baseia só em números, o resultado não pode ser bom.
Quando se pretendem implementar medidas e não se ouvem os professores que
são os principais atingidos e que, da sua
experiência, muito se poderia aproveitar,
o resultado é aquele a que todos assistimos. Esperamos que a actual Ministra
consiga, através do diálogo, solucionar
os principais problemas com que se debate o nosso ensino: avaliação de professores, concursos, etc, etc.
CL - Falta um pedagogo à educação nacional?
I.C.- Penso que sim. Falta uma
pessoa com visão do mundo e,
sobretudo, uma visão do futuro.
Neste campo gostaria de referenciar dois nomes de exMinistros da Educação: Veiga
Simão e Roberto Carneiro. O
primeiro, um promotor da reforma da Educação; o segundo,
um impulsionador de projectos
bem pensados, mas que não
teve continuidade.
É urgente definir uma linha de
actuação bastante consensual,
de modo a que mesmo que haja
uma mudança de governo, essa
linha se mantenha e prossiga
sempre de acordo com os objectivos traçados.
Penso que neste momento, a
burocracia constitui um impedimento a que a Escola consiga
realizar, na sua plenitude, o papel que lhe compete.
CL - Concorda com a criação de mega agrupamentos?
I.C. – Concordo que se agrupem escolas de pequenas aldeias, onde era muito reduzido o numero de alunos. Penso
que é benéfico para as crianças terem
oportunidade de conviver com mais
pessoas, que é mais motivante para
os professores e que representa uma
redução de despesas, tão necessária
para o País.
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
Acho, contudo, que antes de se constituírem estes mega - agrupamentos, se
pense maduramente nos prós e contras
que eles podem trazer e que não se tomem decisões em cima do joelho, decisões essas, que poderão ser prejudiciais
e poderão acarretar graves problemas.
CL – Que modelo defende?
I.C. – Um modelo que partisse de um esqueleto onde estivessem definidas certas linhas directivas, mas que atribuísse autonomia às escolas para poderem
ir em frente com projectos pessoais. A
descentralização impõe-se.
CL - Falava há pouco de facilitismo,
acredita que hoje em dia é mais difícil
diferenciar os bons dos maus alunos?
I.C. – Penso que a palavra facilitismo é
uma dessas palavras feitas, que encontrou eco por parte de alguns actores, mas
que não corresponde à realidade. É ver o
número de reprovações que se constatam
nas pautas de exame,
para se deduzir que não
há facilitismo.
Há professores a trabalhar muito bem;
há projectos interessantes; há vontade de
vencer.
Embora defenda que
não deve haver reprovação, não sou apologista do facilitismo.
Acho que temos que
exigir de cada aluno o
máximo que ele possa dar, proporcionando-lhe, como é óbvio,
todos os meios para a
sua realização pessoal.
CL - Em termos disciplinares, entende
que os professores estão hoje demasiado «amarrados» para actuar perante
actos de indisciplina?
I.C. - Não é por impormos mais castigos
que iremos melhorar a indisciplina. Isso
consegue-se através da exigência flexível mas, ainda assim, disciplinadora. Há
que ter pulso firme, mas já lá vai o tempo em que se encostavam os miúdos
à parede de costas para a turma ou
até de joelhos. Hoje em dia, essas
atitudes não fazem qualquer sentido
e não é pelo excesso de castigos ou
suspensões que se muda a maneira de estar de um jovem perante a
escola. É preciso responsabilizá-lo
e exigir-lhe mais, não indo pelo caminho do facilitismo. É preciso motivá-lo e fazê-lo acreditar nas suas
potencialidades.
CL - Que mensagem quer deixar
à comunidade escolar do Colégio
Vasco da Gama?
I.C. - Espero que saibamos estar
sempre à altura dos desafios que se
nos colocam. Apesar das dificuldades que o Mundo atravessa, seja na
fome ou no desemprego, temos que
ter sempre criatividade para resolver
os obstáculos que se nos deparam.
Os desafios que se põem à Nação e
ao Ensino são grandes. Nós sabemos
quais as nossas principais lacunas e
o que há para fazer e, por isso, defendo que se devia dar mais autonomia
às escolas e deixá-las trabalhar. Temos que estar numa renovação formativa constante. Cada um tem de
saber o que está a fazer e fazê-lo da
melhor maneira possível. Isto é um
grande desafio, porque as crianças
são diferentes, as metodologias são
diferentes, o Mundo é diferente, pelo que
tanto professores como funcionários têm
que estar preparados para vencer os desafios que enfrentam no seu quotidiano.
Só desejamos que daqui a 50 anos, estejamos onde estivermos, o Colégio Vasco
da Gama continue a vencer as dificuldades, pois esta casa já tem criados os alicerces para nunca se desmoronar.
Colégio Vasco da Gama
11
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
C
DO SONHO À REALIDADE
om cerca de mil alunos, da Educação Pré-Escolar ao
9º ano, o Colégio Vasco da Gama foi fundado em 1959
pelo Dr. João António Nabais.
Dirigido actualmente pelo Dr. Inácio Casinhas, continuador da linha pedagógica do seu fundador, o Colégio prossegue hoje um caminho alicerçado no passado e projectado no futuro.
Nascido de um sonho ao longo dos anos, novos edifícios foram
surgindo, outros foram-se remodelando e dando ao Colégio o
aspecto atraente e alegre que hoje tem. Em 09 de Setembro de
2009 acolheu os primeiros alunos da Educação Pré-Escolar.
O seu crescimento foi concomitante com a evolução de novas
tecnologias:
Em 1981 foi instalado um circuito fechado de televisão com 12
terminais e, em 1996, chegou a ligação à Internet. Em 2006 deu-se início à substituição dos quadros pretos clássicos por quadros interactivos.
Professores e alunos sempre puderam usufruir de uma pedagogia renovada, baseada na experimentação e inovação.
Além do estipulado pelo Ministério da Educação, os alunos
aprendem também através de metodologias próprias: a Matemática, através do Calculador Multibásico e Cubos-barra de Cor
e a Leitura, através do método fonovisual.
Actividades de Complemento Educativo
Situado numa quinta com cerca de 4,5 hectares, perto de Sintra, num local de agradáveis espaços verdes, o Colégio Vasco da
Gama dá grande destaque às actividades de
complemento educativo.
Dentro das instalações,
existe uma Escola de
Equitação (com cerca de
40 cavalos e póneis), uma
Escola de Ténis e uma
piscina meia olímpica
(construída em 1972).
A equipa de Horseball
Colégio Vasco da Gama
foi campeã nacional sénior em 2004, 2007 e
2009 e venceu a Taça de Portugal Sénior em 2007 e 2009, entre
outras conquistas.
O Clube de Natação Colégio Vasco da Gama é a equipa com maior
número de títulos nos Campeonatos Nacionais de Juvenis: 11 títulos. Destaque ainda para o aluno do 9º ano Diogo Sousa, sete
vezes Campeão Nacional de Juvenis, que foi eleito pela Federação Portuguesa de Natação como o nadador do mês de Março
de 2010.
Os alunos podem também usufruir de aulas de Teatro, Ballet,
Futebol, Dança, Ginástica Acrobática, Judo, Karaté, Pintura em
tela, Mind Lab, Inglês, Guitarra e Clube de Robótica e Informática, entre outras.
Localizado junto à saída de Mira Sintra/Meleças/Rio de Mouro,
da nova auto-estrada A16 e ao lado da estação de comboio de
Mira Sintra/Meleças, o Colégio dispõe de autocarros próprios e
outros alugados, servindo os concelhos de Sintra, Mafra, Oeiras,
Cascais, Amadora e Lisboa.
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
Colégio Vasco da Gama
13
Setembro 2010
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
O MEU ADEUS
E
ntrei para o Colégio Vasco da Gama, para o 2º ano, em
Setembro de 2002. Agora, em Julho de 2010, oito anos
mais tarde, termino o 9º ano. Estudei oito anos nesta
Escola, oito anos que, a meu ver, se traduzem numa
linha recta ascendente, devido, não só, às matérias que
aprendi, mas sobretudo aos princípios e valores que adquiri nesta
Casa. Princípios que, no futuro, se aplicados, farão de mim um
Grande Homem.
Durante todo este percurso no Colégio Vasco da Gama, passei por
muitos momentos, mas aquele que mais me marcou começou em
Setembro de 2009, numa aula de Geografia, quando, entre amigos, surgiu uma ideia; ideia essa
que, devido ao apoio
de toda uma equipa,
tornei num projecto;
projecto esse a que
chamámos Associação de Estudantes.
Porém era apenas
isso, um projecto;
havia que torná-lo
numa realidade, e,
apesar das dúvidas a
propósito do sucesso
desse projecto, fundámos a Associação
de Estudantes do Colégio Vasco da Gama.
Contudo, agora que se
tornara uma realidade,
tínhamos de a manter,
e, sendo a primeira
Associação de Estudantes, não tínhamos
referências onde nos
basear. Não obstante, graças ao esforço
de toda uma equipa e
ao apoio do Colégio,
nasceram projectos, de entre os quais destaco o Jornal
Impresso: um jornal escolar integralmente
elaborado por alunos, que teve uma excelente aceitação e todas as edições tiveram
uma elevada procura.
Em Junho de 2010, o fim do ano aproximava-se e tínhamos de garantir a continuidade
do projecto, pelo que, realizámos eleições,
vencidas pela Lista K, encabeçada por Maria Ana Correia, que, estou certo, desempenhará um excelente trabalho ao longo
do próximo ano lectivo, assim como toda a
sua equipa. Despeço-me agora desta Casa
e agradeço a todos aqueles que me apoiaram e também àqueles que não o fizeram,
pois permitiram-me que aprendesse a ultrapassar os entraves, os obstáculos, e as
fronteiras fechadas.
Caminhemos juntos para o Futuro.
João Terrinha
Primeiro Presidente
da Associação de Estudantes
Colégio Vasco da Gama
15
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
percorrendo tantas memórias revendo os
locais. Sou um antigo aluno, tendo ainda
chegado a conhecer o Dr. António Nabais.
A minha estadia no colégio foi de 9 anos,
tendo já concluído, se não me falha a memória, há cerca de 12 anos.
O Colégio com as suas características
marcou todos os que lá passaram. Hoje,
como Homem, recordo muito dos valores
que aí sempre me foram incutidos, valores
e bases que me deram uma bela oportunidade de concluir um secundário com sucesso e uma faculdade com brio. Sou hoje
enfermeiro, trabalho já há alguns anos,
mas com orgulho digo “andei no Vasco da
Gama”. (…) Gostava de partilhar igualmente que, dentro de poucos dias, terei um
jantar convívio com colegas do colégio. Registo que se torna inequívoco que aqueles
9 anos significaram muito para todos nós.
Significado que a união e os valores que
nos rodearam numa fase crucial da nossa
formação perduram. Junto-me com pessoas que conheço há quase 20 anos, tendo
o seu nascimento acontecido nas salas da
1ª classe. (…)»
Tiago Pinheiro
(Antigo Aluno do Colégio)
ANTIGOS ALUNOS RECORDAM
«Fui aluno do Colégio Vasco da Gama entre Outubro de 1970 e Junho de 1974, ano
em que fiz o 5º Ano.
Essa experiência, pela sua intensidade,
sobrepôs-se às demais que tive noutras
escolas que frequentei, criando no meu
espírito, onde permanece, o sentimento
de ter sido o Colégio Vasco da Gama, o
único estabelecimento de ensino que frequentei.
De entre os vários valores que o Colégio
me ajudou a consolidar, destaco a noção de
respeito pelas coisas dos outros, que tanto
tem contribuído, ao longo da minha vida,
na criação e reforço de boas amizades.»
Eduardo Maria Lagoa Ribeiro de Almeida
(Aluno do Colégio entre 1970 e 1974)
«Satisfaz-me muito verificar que o Colégio evoluiu em todas as vertentes, desde a
qualidade do ensino às instalações, assumindo-se como um local de referência de
ensino na região de Lisboa. (…) Aproveito
para felicitá-lo pela magnífica continuação da obra do ilustre Dr. João Nabais (…)
e pela importância que o colégio teve nas
nossas vidas ao nível da formação, transmissão de valores e personalidade.»
Ricardo Gonçalves Saraiva
(Aluno do Colégio entre 1978 e 1983)
16
Setembro 2010
«A minha experiência como aluna do Colégio Vasco da Gama foi bastante enriquecedora e fundamental para o meu percurso quer pessoal quer profissional.
Dos 5 anos no Colégio relembro, com
grande satisfação, valores como a disciplina, o respeito, a consideração, a admiração e a amizade entre os colegas e os
professores.
Estes valores e princípios de educação
trans­mitidos pelo seu fundador - Dr. João
Na­­bais - foram essen­ciais para a minha
formação e estiveram sempre pre­sentes,
os quais pro­curo transmitir tam­bém aos
meus filhos, ambos alunos do Colégio, e
de quem espero que os pratiquem ao longo da sua vida.
Gostava de acrescen­tar que esta cum­pli­­
cidade e afecto per­­­­maneceram nos qua­se
30 anos que pas­saram, o que leva a que,
ainda hoje, seja acarinhada por esta Instituição e que seja com muita alegria que
participe nas suas actividades.»
Ana Margarida Carvalho
(Aluna do Colégio entre o ano
lectivo 1977/78 e 1981/82)
«Um destes dias percorria a internet, sem
destino específico, e acabei por desaguar
na página do Colégio Vasco da Gama.
Perdi-me olhando as várias fotografias e
FICHA TÉCNICA
Criatividade e Design
Rua Prof. Mota Pinto, Loja 4
2780-275 Oeiras
Tel. 21 443 00 95 | Telm. 91 326 35 67
www.ocorreiodalinha.pt
Propriedade: Vaga Litoral
Publicações e Edições, Lda.
Matr. Nº 12018
Cons. Reg. Com. Oeiras
Capital social: 5 000 €
N. C. 504285092
Depósito Legal N.º 27706/89
Registo na I.­C.S. N.º 114185.
Textos: Pedro Quaresma
e Colégio Vasco da Gama
Fotos: CL e CVG
Execução Gráfica, Impressão e Acaba­
mento: MX3 - Artes Gráficas Rua Alto do
Forte - Sintra Comercial Park - Fracção
Q - Armazém 16 - 2635-446 Rio de Mouro
- Tel.: 21 917 10 88
Tiragem: 15 mil exemplares
Setembro 2010
RECORDANDO
1
3
2
5
4
6
1
Dr. Nabais explicando a utilização de novos materiais
2
Uma aula de equitação (volteio)
3
Uma visita do Dr. João de Deus Pinheiro (ex-Ministro da Educação)
4
Dr. Nabais na mesa da presidência dando um curso de línguas
5
Prof.ªs Lurdes Sardinha e Fátima Casinhas explicam “Programas Próprios“ ao Dr. Roberto Carneiro (ex-Ministro da Educação)
6
Alunos representam uma peça de teatro em Belém
7
Entrega de prémios a um atleta
8
Professores em formação
7
8
50 Anos de trabalho dedicado ao serviço da educação merecem uma
comemoração muito especial. Em actividades culturais, desportivas,
pedagógicas e lúdicas, as 50 velas do bolo de aniversário foram sendo sopradas durante o ano lectivo 2009/2010.
07 de Outubro de 2009: Início das
comemorações dos 50 anos do Colégio
20 de Maio de 2010: Dia do Colégio
Na cerimónia, onde foi apresentado o Programa das Comemorações do Cinquentenário, o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Dr. Fernando Seara, exortou
alunos, professores e restantes elementos da comunidade educativa a continuarem o seu trabalho rumo à excelência que
todos reconhecem a esta instituição: «um
dos expoentes da educação e da cultura
do concelho de Sintra».
23 de Março: Concerto da Primavera
O 1ºConcerto da Primavera teve lugar no
auditório Dr. João António Nabais. Todos
os pais e encarregados de educação foram convidados a assistir ao desfile de
talento musical dos nossos alunos.
22 e 23 de Abril: Viagem de Vasco
da Gama à Índia
Os alunos de Teatro do 8º Ano, capitaneados pela professora Margarida Hortas,
chegaram à Índia. Uma viagem belíssima,
inundada de luz, cor, som, e que impressionou os espectadores.
08 de Maio: Festa Religiosa
Neste dia, recebemos a visita do Sr. Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo,
que, numa altura em que preparava a visita do Papa a Portugal, conseguiu arranjar tempo para se associar ao nosso 50º
aniversário.
Durante a cerimónia, que decorreu no auditório, alguns alunos celebraram a Festa
da Palavra, enquanto os mais velhos receberam o sacramento do Crisma. Foi,
sem dúvida, um momento importante na
nossa instituição de inspiração cristã, que
muito nos orgulhou.
18
Setembro 2010
Este dia foi dedicado aos alunos. Logo
pela manhã, chegou ao Colégio a tocha
olímpica. Depois do discurso do Director,
realizou-se o abraço ao Colégio, ao som
do Hino do CVG. Um momento que ficará para sempre na nossa memória e que
contou com a participação de toda a comunidade educativa.
A manhã foi preenchida com actividades
desportivas e culturais e, à tarde, os alunos do 3º Ciclo mostraram os seus dotes
na iniciativa Decl(Amar) Os Lusíadas.
22 de Maio: Feira e Torneio Medieval
Os protagonistas desta actividade que,
no dia 22 de Maio, reviveram os festejos
do casamento de D. João I são alunos e
professores do 7º e 8º anos e a Escola de
Equitação do CVG. Para a concretização
deste projecto contaram com a valiosa
parceria da Companhia Livre e com a ajuda do grupo Bicateatro.
Depois da pesquisa histórica, procedeuse à montagem da feira e recriação de
justas. Os conteúdos da disciplina de História voaram até ao presente e materializaram-se. A Companhia Livre, associação
que se dedica ao estudo
da História Medieval da
Península Ibérica, conferiu rigor e enriqueceu
as actividades desenvolvidas.
01 de Junho de 2010:
Inauguração da
exposição alusiva aos
50 anos e Sessão Solene
A Sessão Solene que assinalou a comemoração
dos 50 anos foi marcada
para o Dia da Criança e
foram elas que abriram
as actividades do dia, ao
construírem o logótipo
“50 anos”. Antes disso, o
Sr. Presidente da Câmara
Municipal de Sintra inaugurou a exposição
alusiva aos 50 anos, onde todos os convidados puderam
recordar como tudo começou: desde os materiais dos
Programas Próprios, à primeira impressora do Colégio… De destacar a presença
de dois antigos Ministros da
Educação: Dr. David Justino
e Dr. João de Deus Pinheiro,
bem como do Sr. Arcebispo
de Évora, D. José Alves, amigo do fundador do Colégio.
As comemorações prosse-
guiram, no auditório, na presença de alunos, encarregados de educação, professores e diversas personalidades, que foram
recebidas ao som do piano, tocado pelo
aluno Filipe Fernandes, do 9º ano. Após
o discurso inaugural, proferido pelo Dr.
Inácio Casinhas, os alunos do grupo de
teatro abrilhantaram a sessão com uma
breve representação sobre a passagem de
Vasco da Gama pelo temido Cabo das Tormentas. Pudemos ainda apreciar a voz de
Neuza Cardoso, aluna do 9ºano, que deliciou os convidados com uma brilhante
interpretação de “A Canção do Mar”.
De seguida, várias personalidades partilharam alguns momentos marcantes da
sua vida, ligados à história e ao fundador
desta obra: o Dr. João Nabais.
Foram detentores da palavra, durante a
cerimónia, Dr. Inácio Casinhas, Director
do Colégio; Dr. Silvério, um dos professores que, conjuntamente com o nosso Dr.
João António Nabais, deram os primeiros
passos na realização do seu sonho; Dr.
Furtado Mateus, primeiro médico a colaborar com o Colégio; Dr. Rui Pereira,
deputado e encarregado de educação; D.
José Alves, Arcebispo de Évora, amigo do
Dr. Nabais; e Dr. Fernando Seara, Presidente da Câmara Municipal de Sintra.
No final, o Coro do Colégio, constituído
por alunos e professores, entoou o Hino
do C.V.G., orquestrado pelo Dr. Manuel
Manso e com letra da Dra. Ermelinda
Grilo.
No âmbito das comemorações do 50º aniversário, foram editados um CD e um DVD
com músicas tradicionais portuguesas e
com o hino do CVG, temas interpretados
por alunos e professores do Colégio.
18 de Junho: A Viagem: concretização
de dois sonhos
O trabalho desenvolvido pelos alunos do
2º Ciclo nas aulas de Área de Projecto
culminou com a representação para pais,
alunos e professores da peça “A viagem”.
Num dos momentos altos deste ano
lectivo, os alunos usaram figurinos desenhados pelos professores de EVT e
interpretaram músicas compostas propositadamente pelo professor de Música.
HINO DO COLÉGIO VASCO DA GAMA
Refrão
É nobre o teu ideal,
Colégio Vasco da Gama
Neste nosso Portugal
És um Colégio de fama.
Sempre foste pioneiro
Mantém viva a tua chama,
P’ra seres sempre o primeiro,
Colégio Vasco da Gama.
Estes teus anos de vida
Ao lado da juventude,
Constituem tua lida,
Vivida em plenitude.
Foste semente nascida
De um belo sonho d’amor.
Teus muros deram guarida
A um grande sonhador.
Para que possas brilhar
Tens tantos, tantos obreiros
Qu’em constante labutar
São, por vezes, milagreiros.
És escola de sucesso
Onde reina a alegria,
Acompanhas o progresso
Hora a hora, dia a dia.
Colégio Vasco da Gama
19
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
os momentos de maior
relevância vividos durante estes 50 anos de existência do Colégio Vasco
da Gama. Momento inolvidável de cor, movimento
e história.
19 de Junho: Baile
de Finalistas
É já uma tradição na nossa escola: os alunos do
9º ano despedem-se de
quem os viu crescer ao
longo de vários anos no
tradicional baile de finalistas, que este ano contou com a actuação de um
grupo musical, composto
por alunos do Colégio. Ainda vão ouvir falar dos LUNATIC ABUSE!
que constatamos o considerável aumento
de inscrições no Encontro de Antigos Alunos que realizamos anualmente, no primeiro Sábado de Julho.
Este ano, tivemos a honra de contar com
a presença de vários alunos que frequentaram o Colégio em 1959. Alguns deles
partilharam com os presentes o momento
em que com o fundador visitaram as actuais instalações pela primeira vez.
09 de Julho: Festa de encerramento
das Comemorações
03 de Julho: Encontro de Antigos Alunos
Foi uma verdadeira retrospectiva dos
principais acontecimentos da viagem de
Vasco da Gama à Índia, em paralelo com
Inácio Casinhas
Director
20
Setembro 2010
Costuma dizer-se que «o bom filho à casa
torna». É por isso com enorme satisfação
Sandra Pacheco
Coordenadora
do Pré-escolar e 1.º Ciclo
A noite era de festa. Não é todos os dias
que comemoramos 50 anos! O ginásio
acolheu os 160 colaboradores do Colégio que, depois de um jantar, assistiram
a uma noite de fados e à entrega de diplomas e troféus aos colaboradores com
mais de 25 anos de serviço. E, felizmente,
são muitos!
Joaquim Pereira
Administrador
Conceição Piedade
Coordenadora do 3.º Ciclo
50 ANOS COLÉGIO VASCO DA GAMA
MENSAGENS DE FELICITAÇÕES
Concurso de Mascotes
Casa Civil do Presidente da República:
Exmo. Sr. Dr. Inácio Casinhas, Director do Colégio Vasco da Gama:
Acuso a recepção e agradeço o amável convite dirigido a Sua Excelência o Presidente da
República para estar presente na Sessão Solene das comemorações dos 50 anos do Colégio Vasco da Gama o qual infelizmente, por motivos de agenda, não poderá ser aceite.
Aproveito a oportunidade para felicitar o Colégio pelo seu aniversário e formular votos
da continuação de muito êxito. Com os melhores cumprimentos, também pessoais
O Chefe da Casa Civil, José Manuel Nunes Liberato
Câmara Municipal de Sintra:
Porque a vida é como uma caminhada, cada aniversário que se cumpre é como um
passo em frente a saudar! Novos projectos, novos desafios e uma vida longa, são os
votos que vos queremos formular! Ao Colégio Vasco da Gama pela comemoração do seu
aniversário.
O Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Marco Almeida
Colégio Manuel Bernardes
O “Concurso de Mascotes” aberto a todo o
2º Ciclo, da responsabilidade/orientação
da Área de Projecto, desafiava os alunos a
criar uma mascote do Colégio. A vencedora do concurso foi a aluna Joana Moreira,
do 5º ano, turma E, tendo sido também
atribuídas duas Menções Honrosas aos
alunos Bernardo Leal e Filipa Marques,
ambos do 5º ano, turma B.
Concurso Literário
Os vencedores do “Concurso Literário”,
aberto aos alunos do 3º Ciclo, foram os
alunos: Rodrigo Garcia, do 9º ano, turma
B, Beatriz Barata, do 7º ano, turma C, e
Marta Rodrigues, do 9º ano, turma A.
Gil Nabais
Administrador
Em meu nome e de toda a comunidade do Colégio Manuel Bernardes de Lisboa, vimos
confraternizar com todos os presentes para comemorar este dia inolvidável dos 50 anos
do Colégio Vasco da Gama formulando votos de muitas felicidades e progressos para o
bem de todos quantos frequentam o ensino particular em Portugal. Sendo impossível
estar presente neste acto solene vai um abraço do sempre amigo ao dispor.
Ludovino Mendonça
Meu Caro Casinhas,
Ter estado nas comemorações dos 50 anos do Colégio Vasco da Gama constituiu, para
mim, um acto que muito me alegrou (…). Apreciei o formato e o conteúdo das comemorações: máxima dignidade e equilíbrio. “Prata da casa” a trabalhar. Impecável organização. Por isto, muitos parabéns. Votos de felicidades para ti e para o Colégio.
Gonçalves Sapinho
(…) É para mim uma grande honra associar-me a tão distinto evento de uma instituição
que é uma referência do ensino em Portugal.
Teresa Lopes
Administradora
Manuel Pina
Manuel Manso
Coordenador 2.º Ciclo
Ermelinda Grilo
Assessora da direcção
Colégio Vasco da Gama
21
O
UM HINO AO SONHO
Colégio Vasco da Gama é a materialização de um projecto que, há 50 anos, um homem sonhou como o prolongamento do ambiente familiar. O Dr. João António
Nabais, mestre e pedagogo, fundou uma escola que
soube dar resposta aos problemas do seu tempo. Nasceu assim o Colégio Vasco da Gama, uma comunidade educativa,
preocupada com a formação de cidadãos conscientes, dotados de
competências cognitivas, psicomotoras e sócio-afectivas.
Privilegiamos a qualidade da relação humana e pedagógica, a
fim de que os jovens se sintam pessoas e saibam compreender
o valor da amizade, da solidariedade e da liberdade. O aluno está
sempre no centro da nossa escola e tudo é pensado a partir dele,
dando-lhe a palavra e o direito a questionar sempre que sintam
vontade ou necessidade para o fazer. É preciso aproveitar e manter a curiosidade inata que trazem. A nossa escola tem procurado dar sentido às suas inquietações e constitui-se um espaço
de pertença de cada um. Procuramos corresponder às grandes
expectativas que trazem dentro de si, implementando práticas
significativas e estruturantes. O nosso auditório é o espaço cultural onde confluem várias culturas e onde se constrói o real tornando-o conhecimento.
O Colégio lançou recentemente um DVD que surge como mais
um projecto em que pretendemos mostrar aquilo que somos:
partilha, emoção, estimulação, revelação, uma procura incessante da essência das coisas.
Somos um Colégio do presente, preocupado com o futuro, mas
sem renegar o passado.
«Somos, a cada momento, a eterna novidade do Mundo». (Alberto Caeiro)
22
Setembro 2010
TRANSPORTAMOS
OS ALUNOS
Colégio Vasco da Gama
A nossa frota de transporte tem diversas viaturas
para as suas exigências com capacidade para transportar funcionários e administrativos de empresas
com segurança e comodidade, tanto em circuitos
pequenos como em deslocações de grande trajecto, com profissionais experientes, viaturas próprias
equipadas para transportar alunos das escolas
Tel./Fax: 21 426 41 16
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RUA JOÃO CHAGAS, N.º 143, LINDA-A-VELHA
24 Setembro 2010
Telm.: 96 560 29 79
www.f-irmaos.pt
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