ESPECIALIZAÇÃO
ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO
1
Anatomia Funcional
Docente: Alexandre Silva
BIBLIOGRAFIA
CLARKSON, H. M.;GILEWICH, G. B. –
Avaliação músculo esquelética. (s.l.): Editora
Manole,1991.
 GUYTON & HALL; Tratado de Fisiologia médica,
11ª Edição, Saunders, Rio de Janeiro, 2006.
 HALL.,
J., Biomecânica Básica, Editora
Guanabara Koogan S. A. 3ª Edição Rio de Janeiro
2000.
 HAMIL., J. Knutzen, K., Bases biomecânicas do
movimento humano, Editora Manole 1999.
 HOOEMAN, Shirley, P. – Enfermagem de
Reabilitação: Aplicação e processo. 2ªed. Loures:
Lusociência, 2000.

2
BIBLIOGRAFIA
NORKIN, C; LEVANGE, Joint structure &
Function: A Comprehensive Analysis, F. A. Davis
Company Philadelphia, 1992.
 KAPANDGI, I.Fisiologia articular, volume 1, 2, e
3 Paris, Libraire Manole 1987.
 ROMNEN, Bruce (et al.) – Traumatismo do
sistema musculo esqulético. Vol II. São Paulo:
Editora Manole, 2000.
 SEELEY, S. T. Anatomia e Fisiologia, 6ª edição,
Lusociência 2003.
 SOARES, José M. C.; APPEL, Hans – Joachim –
Adaptação muscular ao exercicio fisico (s. i.):
Livros Horizontes, 1992.

3
CONCEITOS BÁSICOS

Anatomia
É a ciência que estuda a estrutura do corpo a partir do qual se
desenvolve o conhecimento sobre o movimento Humano.

Anatomia Funcional
È o estudo dos componentes do corpo necessários para obter
ou desempenhar um movimento ou função.
4
CONCEITOS BÁSICOS
Massa (m): Quantidade de matéria que compõe
um corpo.
 Força (F): é o impulso ou uma tracção agindo
sobre um corpo. Pode ainda ser considerado como,
o produto da massa do corpo pela aceleração
desse corpo que resulta da aplicação da força
(F=m.a).

5
CONCEITOS BÁSICOS
Mecânica
Estudo das forças que actuam sobre os
objectos e os seus efeitos no movimento, no
tamanho, no formato e na estrutura do
corpo.
Biomecânica
Estudo das forças que agem sobre e no corpo
humano e seus efeitos no movimento, no
tamanho, no formato e na estrutura do corpo.
6
RAMOS DA BIOMECÂNICA
A
cinemática e a cinética são subdivisões do
estudo biomecânico.
A
Cinemática é o estudo da descrição do
movimento, incluindo considerações de tempo,
espaço e velocidade ( ex. grau de coordenação
demonstrado por um indivíduo, aspecto do
movimento).
A
Cinética é o estudo das forças associadas com
o movimento.
7
FORMAS DE MOVIMENTO

Movimento linear: Movimento uniforme, onde todas as
partes do corpo movimentam-se na mesma direcção e
com a mesma velocidade ( M=m.v)
Rectilíneo (ex. um motociclista)
Movimento linear
Curvilíneo(ex. Salto de um esquiador)
8
FORMAS DE MOVIMENTO

Movimento angular: é a rotação de um corpo
sobre uma linha central imaginária conhecida por
eixo
de
rotação,
que
é
orientado
perpendicularmente ao plano no qual se processa
a rotação, (ex. um ginasta na barra, todo o corpo
roda segundo um eixo de rotação).
9
ANÁLISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINEMÁTICA

Posição Anatómica de
Referência:
posição
erecta vertical com os pés
ligeiramente afastados e
os braços pendendo ao
lado do corpo, com as
palmas das mãos voltadas
para a frente. Posição
considerada como ponto
de partida para os
movimentos
dos
segmentos corporais.
10
ANÁLISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINEMÁTICA

Plano transversal ( eixo
vertical ): plano no qual
ocorrem
movimentos
horizontais do corpo e
dos Seg. corporais (ex.
pronação e supinação
antebraço e adução e
abdução horizontal do
ombro)
11
ANÁLISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINEMÁTICA

Plano sagital / AP ( eixo
frontal ): plano no qual
ocorrem movimentos para
a frente a para trás do
corpo e dos Seg. corporais
(ex. flexão, extensão do
ombro ou dorsiflexão e
flexão plantar).
12
ANÁLISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINEMÁTICA

Plano frontal / Coronal
(eixo sagital): plano no
qual ocorrem movimentos
laterais do corpo e dos
Seg. corporais ( ex.
abdução e adução anca ou
inversão e eversão do pé)
13
ANALISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINÉTICA
Cinética Linear : relaciona-se com as três leis de
newton no movimento linear:
1ª Lei de Newton: Para mover um objecto do
repouso ou para mudar a maneira como este se
move é necessário mudar o padrão de forças que
actuam sobre o objecto.
 2ª Lei de Newton: Qualquer mudança na
velocidade de um objecto resulta numa mudança
no movimento linear desse objecto.
 3ª Lei de Newton: Os objectos em contacto
exercem forças iguais e opostas entre si. Para
qualquer acção existe uma reacção igual e oposta.

14
ANALISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINÉTICA

Cinética angular:
Envolve o conceito de grau
de estabilidade de um
objecto – que é o risco
desse objecto se tornar
instável em relação á sua
base
de
sustentação
normal.
Depende
das
dimensões da base de
sustentação em relação á
altura
do
centro
de
gravidade
do
objecto,
acima da sua base normal
de sustentação, ( no corpo
humano
situa-se
aproximadamente em L5 e
S1).
15
ANALISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINÉTICA
16
CENTRO DE GRAVIDADE


Objecto de forma regular: o centro de gravidade
está no centro geométrico
Objecto de forma irregular: o centro de gravidade
está dentro ou fora do próprio objecto.

Cada segmento do nosso corpo contribui para o peso
total do nosso corpo. O movimento desses segmentos em
relação a outro altera a distribuição do peso do corpo e
consequentemente o centro de gravidade ( ex.: a marcha)
17
ALTERAÇÕES DO CENTRO DE
GRAVIDADE
18
ANALISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINÉTICA

Diagrama
livre:
de
corpo
Trata-se
de
um
diagrama que mostra
todas as forças que
agem
sobre
um
determinado objecto.
19
ANALISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINÉTICA

Torque: Efeito rotatório de uma força.

Quando uma força excêntrica rodar ou tender a rodar
um objecto sobre um determinado eixo, o torque é
definido como o produto da força e a distância
perpendicular entre a linha de acção da força e o eixo
de rotação.
T(Torque) = F.d
20
ANALISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINÉTICA

Quando T=0, produz
um movimento de
translação.

Quando
T>0
um
movimento de rotação
sobre um eixo.
21
TORQUE DE UMA ARTICULAÇÃO
22
ANALISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINÉTICA
 Exemplo:
quando nos deparamos com uma
lesão no joelho. Ao pedir movimento ao
atleta vamos resistir ao seu movimento
próximo da articulação lesada provocando
um torque que é necessário ser vencido. À
medida que o doente evolui, a resistência
aplicada ao doente distancia-se da
articulação lesada, no entanto aplica-mos
a mesma força. Aumentando o momento
de braço de força e mantendo a força
constante, aumentamos o torque que o
individuo precisa vencer.
23
ANALISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINÉTICA
 Momento
resultante:
Quando um objecto recebe a influência
de duas ou mais forças que o rodam
num eixo, a sua direcção e velocidade de
rotação são determinadas pelo momento
resultante, ou seja, pelo efeito global
dos momentos exercidos pelas varias
forças.
24
ANALISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINÉTICA
Equilíbrio
(estática): quando a
força resultante e o momento
resultante que agem sobre o
objecto são zero.
Desequilíbrio (dinâmica): quando a
resultante das forças ou momentos
de forças aplicadas apresenta
magnitude.
25
ANALISE DO MOVIMENTO HUMANO
CINÉTICA

Vários tipos de equilíbrio:
26
ALAVANCAS

Classificam-se em três sistemas:
1ª classe: Alavanca interfixa.
O fulcro está entre o braço de esforço e o braço de
resistência.
b.esf = b.res
2ª classe: Alavanca interresistentes.
O braço de resistência está entre o fulcro e o braço de
esforço.
b.esf >b.res
3ª classe: Alavancas interpotentes.
O braço de esforço está entre o fulcro e o braço da
resistência.
b.esf < b.res
27
ALAVANCAS
Vantagem Mecânica (VM): é uma medida de
eficiência em termos de quantidade de esforço
necessária para superar uma resistência.
Assim,
VM = b.esf =1, alavanca interfixa
b.res
VM = b.esf >1, alavanca interresistente
b.res
VM = b.esf <1, alavanca interpotente
b.res
28
CLASSIFIQUE AS ALAVANCAS
29
CLASSIFIQUE AS ALAVANCAS
30
CLASSIFIQUE AS ALAVANCAS
31
CLASSIFIQUE AS ALAVANCAS
32
ARTICULAÇÕES: ESTRURURA E FUNÇÃO

As articulações são classificadas em 2 categorias:

Sinartroses ( articulações não sinoviais )

Diartroses ( articulações sinoviais )
33
ARTICULAÇÕES NÃO SINOVIAISSINARTROSES
 O
material que une os
componentes ósseos é fibroso
ou cartilaginoso
 A união entre os ossos do
crânio ( suturas )
34
ARTICULAÇÕES NÃO SINOVIAISSINARTROSES

A união entre a tíbia e o
perónio pela membrana
interóssea ( sindesmose )
35
ARTICULAÇÕES NÃO SINOVIAISSINARTROSES

A sínfise púbica e as articulações intervertebrais são
exemplos de uma sinartrose cartilagínea.
36
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS - DIARTROSES
 A estabilidade
de uma articulação deste tipo é
proporcionada por:

Superfícies articulares

Cápsula fibrosa

Membrana sinovial

Líquido sinovial

Ligamentos
37
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS - DIARTROSES
Cápsula Fibrosa


Possui receptores articulares que informam o
sistema nervoso central (SNC), do posicionamento
da articulação
Membrana Sinovial


Produção de líquido sinovial importante para a
lubrificação da articulação e redução do atrito
Cartilagem Articular


Camada protectora de tecido que cobre as
extremidades ósseas, serve para distribuir a carga,
reduz a fricção, aumenta a estabilidade articular
38
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS DIARTROSES
 Ligamentos

Podem ser classificados como extracapsulares
e intra-articulares. São importantes na
limitação fisiológica de uma articulação,
possuem terminações nervosas importantes
nos mecanismos reflexos e na percepção do
movimento e da posição.
 Liquido

sinovial
Tem como função a lubrificação e nutrição da
cartilagem articular.
39
CLASSIFICAÇÃO E MOVIMENTO DAS
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
1. Articulações planas ou artrodias
O movimento neste tipo de articulação não ocorre
sobre um eixo e é denominado não axial, consistindo
de duas superfícies planas que deslizam uma sobre a
outra para permitir o movimento. Por exemplo as
articulações
intermetacárpicas
e
algumas
intercarpicas.
40
CLASSIFICAÇÃO E MOVIMENTO DAS
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
2.Trocleartroses(articulações em dobradiça )
São articulações que restringem o
movimento a um plano, isto é, são
uniaxiais. Possuem fortes ligamentos
colaterais. Por exemplo as articulações
dos dedos.
41
CLASSIFICAÇÃO E MOVIMENTO DAS
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
3. Articulações em pivô (trocoides):
São uniaxiais, tendo um pivôt ósseo num
anel osteoligamentar, permitindo a
rotação somente em torno do eixo em
pivôt. Por exemplo o atlas sob a apófise
odontoide do axis ou rádio sob o cúbito.
42
CLASSIFICAÇÃO E MOVIMENTO DAS
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
4. Condilartrose ou articulações elipsóides:
São biaxiais, com uma face oval convexa e
uma elíptica (concava). Exemplo as
articulações
rádio-carpicas
e
metacarpofalangicas.
43
CLASSIFICAÇÃO E MOVIMENTO DAS
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
5. Articulações selares:
Também biaxiais, têm faces concavo-convexas;
cada uma é mais convexa em direcção particular,
mas em ângulos rectos a esta, elas são concavas
ao máximo. Por exemplo a articulação carpometacarpica do polegar e calcaneo cuboidea.
44
CLASSIFICAÇÃO E MOVIMENTO DAS
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
6. Enartroses ou articulações esferoides:
São formadas pela recepção de uma “cabeça” num
“cálice” oposto. Estas são multiaxiais com 3 graus
de liberdade. Como o exemplo da articulação
gleno-umeral e coxo-femural.
45
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