Portal Batista - JESUS: PLENAMENTE HUMANO
Escrito por Redação CBB
Seg, 30 de Junho de 2014 09:38 - Última atualização Seg, 30 de Junho de 2014 09:52
JESUS: PLENAMENTE HUMANO
(Lucas 3.23-38)
Hoje em dia, há um interesse muito grande pela árvore genealógica. Há alguns direitos que
são adquiridos, caso se consiga provar sua ascendência. As cotas raciais estão em pleno
funcionamento para as universidades públicas e, em breve, no serviço público. Se uma pessoa
prova, por sua ascendência, que ele é negro ou índio, certamente poderá aproveitar o benefício
destas leis. A humanidade sempre se preocupou com a questão da genealogia. Na época de
Jesus, também havia esta preocupação. No Novo Testamento, dois evangelhos apresentam a
genealogia de Jesus: Mateus e Lucas. Elas são idênticas até o rei Davi e divergem depois. Há
várias explicações para isto. Uma delas é que a genealogia de Mateus segue a linhagem de
José e a de Lucas, a linhagem de Maria. A genealogia de Jesus encontra-se em Lucas
3.23-38
.
Jesus começa o seu ministério com cerca de 30 anos de idade (v. 23). Somente Lucas nos dá
esta informação. O que fez Jesus até os 30 anos?
Alguns livros apócrifos dos séculos II e III (lembre-se que os quatro evangelhos, que estão na
Bíblia, foram escritos no século I) dizem que Jesus fez viagens neste período ou fez milagres
ou amaldiçoou pessoas. Nada disto é verdadeiro. A única informação deste período é sua visita
ao templo quando tinha 12 anos (Lucas 2.41-50). Mas, o que podemos inferir do período que
vai do seu nascimento até os 30 anos?
1º) Parece-me que seu pai José morreu pois não há mais menção dele nos evangelhos,
apenas de Maria. Se ele estivesse vivo, seria estranho falar apenas dela numa sociedade
patriarcal. Se isto aconteceu, Jesus, como filho mais velho, assumiu a liderança de sua família.
2º) No evento do templo aos 12 anos, dá para perceber que Jesus tinha consciência de quem
era (o Deus-Homem) e qual sua missão. Certamente, ele preparou-se para a missão através
do estudo das Escrituras e da comunhão com o Pai Celestial.
3º) Não fez nada de especial neste período, nem mesmo um simples milagre ou algo que
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chamasse a atenção. Quem o conhecia, ao vê-lo agora pregando e curando, diz assombrado:
“não é este o filho de José?” (Lucas 4.22). Aos 30 anos, deixa a família com seus irmãos e
inicia sua missão com seu batismo. O que se observa é que, antes da sua missão, Jesus
assumiu os compromissos normais da vida: cuidou de sua família, aprendeu uma profissão e
trabalhou para ganhar o pão de cada dia, adorava a Deus Yahweh, era sociável e amigo.
Coisas de ser humano. No v. 23, diz-se que “ele era, como se pensava, filho de José”. Numa
sociedade patriarcal, Lucas diz o nome de seu pai. Mas, observe que era como se pensava.
Lucas e seus leitores sabem que ele era, naturalmente, filho de Maria apenas. José é seu pai
por adoção. Mas, o pai adotivo José foi melhor para ele do que a grande maioria de pais
naturais. Na sua maneira humana de ser, José (e também Maria) tem semelhanças com o Pai
Celestial. José e Jesus devem ter sido tão ligados que ele ficou conhecido como “o filho do
carpinteiro José”. José representa os pais que amam e educam seus filhos. Nos v. 23-38, há
uma longa lista de nomes de ascendentes de Jesus. A partir desta genealogia, quero destacar
quatro verdades sobre Jesus Cristo:
1ª) Jesus é o Messias/Cristo por ser descendente do rei Davi. Em 2º Samuel 7.16, Deus
prometeu a Davi que sua dinastia e seu reino permaneceriam para sempre. Esta promessa é
cumprida em Cristo Jesus que reinará para sempre. Como Messias, ele veio para restaurar
espiritualmente o povo de Israel e salvar os gentios;
2ª) Jesus é israelita por ser descendente de Abraão. Um dia, Deus disse a Abraão que todos
os povos da Terra seriam abençoadas por causa dele e de sua descendência (Gênesis 12.3).
Jesus faz parte de toda a história que Deus construiu com o povo de Israel no Antigo
Testamento. Ele é o ápice desta história para abençoar todos os povos;
3ª) Jesus é humano por ser descendente de Adão. Jesus é um de nós, humanidade. Ele é o
segundo Adão que veio consertar o erro do primeiro. Falando a Eva, após o pecado, Deus
disse que um descendente dela feriria a cabeça de Satanás. Finalmente, temos um homem
que é capaz de derrotar o Diabo e libertar a todos os outros de suas garras;
4ª) Jesus é o Filho de Deus. Ele não é apenas um filho de Deus como todos os homens se
julgam ser. Ele é o único Filho de Deus. Por sua divindade, ele é o eterno Filho de Deus Pai.
Por sua humanidade, ele também passa a fazer parte da criação que ele mesmo fez. Isto
demonstra o grande amor que o Senhor Jesus tem por estas criaturas tão fracas e
desprezíveis, que somos nós, os humanos. Bendito eternamente seja Jesus Cristo!
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