INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE CAMPUS NATAL­CENTRAL DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL LEANDRO GOMES DOMINGOS REARBORIZAR: O OITAVO “R” NATAL­RN 2009
Divisão de Serviços Técnicos. Catalogação da publicação na fonte. IFRN / Biblioteca Sebastião Fernandes
D671r Domingos, Leandro Gomes. Rearborizar: o oitavo “R” / Leandro Gomes Domingos – Natal, 2009.
xx f. Orientador (a): Ms. Nubelia Moreira da Silva. Monografia (Graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte. Diretoria de Educação e Tecnologia de Recursos Naturais. 1. Gestão Ambiental – Monografia. 2 – Arborização Urbana – Monografia. 3. Projeto Plantando o Futuro. I. Silvia, Nubelia Moreira. II Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte. III Título IFRN/BSF CDU 502 LEANDRO GOMES DOMINGOS REARBORIZAR: O OITAVO “R” Monografia apresentada ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção título de Tecnólogo em Gestão Ambiental. Orientadora: Ms. Nubelia Moreira da Silva. NATAL­RN 2009
LEANDRO GOMES DOMINGOS REARBORIZAR: O OITAVO “R” Monografia apresentada ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção título de Tecnólogo em Gestão Ambiental. Apresenta à comissão examinadora integrada pelos seguintes membros:
A minha querida mãe
AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus por ter me dado a graça de viver e de me dar a chance de mover as engrenagens do mundo; À minha Mãe, Maria Lucia Gomes, que sempre me incentivou nos estudos sendo a verdadeira mecenas na minha formação de vida; À minha Irmã, Luanda Gomes Domingos, pelas valiosas contribuições e incentivos; À Prof a . Nubelia Moreira, minha orientadora, pela sua contribuição, idéias, orientações, e incentivos para a formação deste trabalho; À Vera Lúcia de Melo Rodrigues Filgueira, minha ex­chefe, por me receber como seu estagiário, me dando valiosas contribuições para esse estudo e por permitir usar os documentos do Projeto Plantando em Natal; Ao Rondinelle Oliveira, funcionário do setor de Arborização, por ter me esclarecido diversos assuntos do Projeto Plantando em Natal e também por ter tirado diversas dúvidas sobre o assunto em questão; Ao Prof. Josivan Cardoso por ter me dado seu relato sobre o Projeto; Ao Richard Marinho pelos seus depoimentos valiosos. Ao Professor Adalberto Trindade, mestre em biologia, por ter revisado a parte de botânica da minha monografia. Ao Pedro Gomes, estagiário e companheiro de setor, pelas dúvidas respondidas; À Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo – SEMURB bem como a Prefeitura do Natal por ter disponibilizado as Ortofotocartas além de me aceitar como estagiário;
A Todos os funcionários e estagiários do Núcleo de Educação Ambiental – NEA, local onde trabalhei, pelo convívio e vários momentos de confraternização; Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN – IFRN, antigo Centro Federal de Educação Tecnológica RN – CEFET­RN, pela formação nesses três anos de curso superior e três de ensino médio; Aos professores do IFRN, André Calado, Alexandre Rocha da Rocha, Leci Reis, Milton Aoqui, Luis Eduardo, dentre outros, que ajudaram na minha formação; Aos funcionários e terceirizados do IFRN que nos ajudou direta e indiretamente nos meus estudos. À Biblioteca do IFRN e a Biblioteca Central da UFRN pelos livros que me serviram de base para elaboração desse trabalho; À Biblioteca do Centro de Ciências Humanas, Letras e Arte (CCHLA) pelo espaço silencioso e confortável onde pude escrever vários parágrafos desse estudo; À sala de informática do Laboratório de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (LAHRISA) pelo ótimo espaço onde pude finalizar a monografia. Aos moradores pelas suas opiniões e, com isso, me dando suporte para a concretização desse trabalho; Aos meus colegas de trabalhos acadêmicos, José Lotero, Flávia Monalisa e Lígia Tomaz, pelos vários trabalhos realizados com sucesso e também pelas várias horas de convívio; Ao Robson Garcia, colega de sala do IFRN, por ter me indicado para substituí­lo no Setor de Arborização; À Karísia Franco, colega de estágio e de IFRN, pelas diversas caronas até o IFRN me livrando do Sol quente do meio dia; Ao Alessandro, meu cunhado, por ter me lavado a uma das áreas de estudo;
Aos meus amigos de Igreja por me incentivarem e acompanharem os meus estudos. MUITO OBRIGADA!
Infeliz é aquele que mata uma árvore depois de se saciar dos seus frutos (Autor desconhecido)
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 15 2 O TEMA: BASE DE UMA OBRA. ................................................................................ 18 3 PLANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA E OUTROS ASSUNTOS ............................ 26 4 PLANTANDO EM NATAL ........................................................................................... 32 4.1 O PROJETO................................................................................................................... 32 4.2 O PLANTIO E SEUS RESULTADOS............................................................................ 46 4.3 DEPOIMENTOS DOS MORADORES .......................................................................... 51 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 59 REFERÊNCIAS................................................................................................................. 62 APÊNDICE ........................................................................................................................ 67 ANEXO .............................................................................................................................. 80
RESUMO Os ambientes urbanos caracterizam­se por possuir diversos problemas ambientais. Todavia, alguns desses problemas podem ser mitigados com o plantio de árvores, pois são muitos os benefícios positivos trazidos com a adoção dessa medida. O Projeto Plantando em Natal, realizado pelo Setor de Arborização (SA), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB), realizou o plantio de mudas de árvores nativas em três regiões administrativas do município há quase três anos visando aumentar à cobertura arbórea da cidade e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos citadinos. O objetivo deste trabalho é verificar qual é o estado dessas mudas após esses anos. Para tanto, optou­se como procedimento metodológico a realização de visitas em campo. O trabalho também recolheu opiniões dos técnicos responsáveis pela execução do projeto e dos moradores que residem próximo às áreas que receberam essa intervenção e buscou­se fazer uma fundamentação teórica baseada na análise da literatura e em documentos disponíveis sobre a temática. O levantamento mostrou que sobreviveram cerca de 60% das árvores sendo que a maioria não ter recebido nenhuma forma de manutenção em boa parte dos três anos. O trabalho também discute sobre arborização urbana, plano diretor de arborização urbana, índices relacionados ao tema e conflito entre definições do que realmente seria uma área verde. Por fim, percebeu­se a necessidade de se criar maior interação entre população e poder público para que projetos dessa natureza cumpram seus objetivos. Palavr as­chave: Gestão ambiental urbana. Arborização urbana. Projeto Plantando o Futuro.
ABSTRACT The urban environments are characterized by having various environmental problems. However, some these problems can be mitigated with the planting of trees, because there are many positive benefits brought to the adoption this act. The Projeto Plantando o Futuro, of Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB), made the planting of seedlings of native trees in three administrative regions of the city almost three years ago to increase the tree cover the city and thereby improve the quality of life them. The objective of this work is to check what the status of the seedlings is after those years. Thus, we decided as a methodological procedure in the conduct of field visits. This work also had views of the technicians responsible for implementing the project and the residents who live near the areas that received the intervention and we sought to make a theoretical foundation based on the analysis of literature and documents available about the subject. The survey showed that about 60% survived the trees and although the majority had not received any form of maintenance in most three years. This work also discusses urban forestation, the director of urban forestation, indexes related to the theme and conflicting definitions of what actually would be a green space. Finally, we realized the need to create more interaction between population and public authorities for such projects meet their objective. Keywords: Urban Environment Management. Urban Forestation. Projeto Plantando o Futuro
LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1– FORMA COMO FOI MEDIDO AS ÁRVORES................................................................ 50 FOTOGRAFIA 1 – ATUAL SITUAÇÃO DA PRAÇA PARQUE DOS EUCALIPTOS............................... 20 FOTOGRAFIA 2 – EM A ÁRVORE NIM E EM B SUA FOLHA, AMBOS NA AE 12. ........................... 29 FOTOGRAFIA 3 – EVENTO NA AE 04. ..................................................................................... 34 FOTOGRAFIA 4 – PLANTIO DE MUDA NO EVENTO DA AE 04. ................................................... 34 FOTOGRAFIA 5 – EM A UM ANGICO, EM B SUA FOLHA E EM C SEU TRONCO, AMBOS NA AE 04. 36 FOTOGRAFIA 6 – EM A ÁRVORE DA AE 11 E EM B FOLHA DESSA ESPÉCIE DE OUTRO EXEMPLAR NA AE 16...................................................................................................................... 37 FOTOGRAFIA 7 – EM A EXEMPLAR DE UM IPÊ ROXO E EM B SUA RESPECTIVA FOLHA, AMBOS NA AE 04. .......................................................................................................................... 38 FOTOGRAFIA 8 – EM A ÁRVORE IPÊ AMARELO E EM B SUA RESPECTIVA FOLHADA, AMBOS NA AE 11................................................................................................................................. 39 FOTOGRAFIA 9 – EM A EXEMPLAR DE UM JUCÁ E EM B SUA RESPECTIVA FOLHA, AMBOS DA AE 02................................................................................................................................. 40 FOTOGRAFIA 10 – EM A ÁRVORE DE PAU­BRASIL NA AE 04 E EM B SUA FOLHA E VAGEM DE OUTRO EXEMPLAR DA AE 16. ........................................................................................ 41 FOTOGRAFIA 11 – EM A ESPÉCIE DE SABÃO DE SOLDADO E SUA FOLHA EM B, AMBOS DA AE 14. ..................................................................................................................................... 42 FOTOGRAFIA 12 – EM A ÁRVORE CATINGUEIRA DA AE 10 E SUA FOLHA, FLOR E VAGEM EM B DE OUTRO EXEMPLAR DA AE 13. ........................................................................................ 43 FOTOGRAFIA 13 – EM A UM CHICHÁ DA AE 13 E EM B FOLHA DE OUTRO EXEMPLAR DA AE 16. ..................................................................................................................................... 44 FOTOGRAFIA 14 – JUCÁ COM CRESCIMENTO PREJUDICADO POR NÃO POSSUIR TUTOR............... 51 FOTOGRAFIA 15 – A ESQUERDA PARTE DA PRAÇA CUIDADA POR ALGUNS MORADORES E A DIREITA PARTE DA PRAÇA SEM MANUTENÇÃO. ............................................................... 54 FOTOGRAFIA 16 – PROBLEMA DE RESÍDUO SÓLIDO NA AE 03. ................................................ 57 FOTOGRAFIA 17 – RESTOS DE TELEVISORES E QUE ESTÃO ACUMULANDO ÁGUA NA AE 10....... 58 GRÁFICO 1 – RANKING DAS ÁREAS ONDE HOUVE PERDAS DE MUDAS. ..................................... 48
GRÁFICO 2 – RANKING DAS MUDAS QUE POSSUI MAIOR RELAÇÃO DE MUDAS PLANTADAS EM RELAÇÃO ÀS RESTANTES................................................................................................ 49 GRÁFICO 3 – PLUVIOSIDADE MÉDIA NOS ÚLTIMOS ANOS......................................................... 49 GRÁFICO 4 – OPINIÃO DOS MORADORES ACERCA DO PLANTIO. ............................................... 53 GRÁFICO 5 – PORCENTAGEM DE PESSOAS QUE ADOTARAM E NÃO ADOTARAM AS MUDAS. ....... 55 GRÁFICO 6 – OPINIÃO DOS MORADORES QUE ACHARAM POSITIVO OU NEGATIVO O PROJETO. ... 56 MAPA 1 – MAPA DAS ÁREAS DE ESTUDO................................................................................ 35 MAPA 2 – LOCALIZAÇÃO DA AE 15....................................................................................... 52 QUADRO 1 – ÁREA DE ESTUDO. ............................................................................................ 33 QUADRO 2 – DADOS DAS ÁREAS ESCOLHIDAS. ...................................................................... 33 QUADRO 3 – QUANTIDADE DE ENTREVISTADOS E DIA DA ENTREVISTA. .................................. 54
15 1 INTRODUÇÃO A problemática ambiental está sendo evidenciada constantemente na mídia através dos jornais, telejornais, revista, rádios, em fim, em várias formas de comunicação, mesmo que essas mídias não sejam direcionadas exclusivamente para esse tipo de assunto. Nesse contexto, problemas como o aquecimento global, desequilíbrio ecológico e desmatamento são exemplos de fenômenos amplamente divulgados pela imprensa. Tais termos, que antes eram mais utilizados no meio científico e acadêmico, estão paulatinamente sendo incorporados ao cotidiano popular porque seus efeitos, embora em intensidade diferentes, estão atingindo a todos. Todavia, um desses efeitos, aquecimento global, pode ser atenuado localmente como a ajuda das árvores porque elas transformam o microclima local deixando­o mais agradável porque ameniza as temperaturas, isso sem citar na captura do dióxido de carbono. Tanto os estudos científicos como a vivência de qualquer cidadão comprovam os benefícios de uma boa sombra de árvore. Dentre esses benefícios destacam­se: conforto térmico, sonoro e lúmnico, redução da poluição do ar, e, em termos gerais, abrigo da fauna, manutenção dos recursos hídricos e quebra do desconforto térmico causado pelas massas edificadas. Infelizmente, todas essas benfeitorias podem ser perdidas quando as árvores cedem seus lugares para as edificações. A maneira que os arquitetos e urbanistas encontraram para manter ou trazer tais benefícios para os ambientes urbanos foi destinando parte do território das cidades para praças e canteiros, por exemplo, ou, de maneira bem mais ampla, não edificando determinados espaços. Natal, capital do Rio Grande do Norte (RN), também conhecia como “A Cidade do Sol”, possui diversos espaços destinados ao uso coletivo com a função de melhorar a qualidade de vida dos citadinos porque são espaços destinados a recreação, ao plantio de árvores, à recarga do aqüífero, a melhoria do conforto térmico, dentre outros. Alguns desses espaços foram escolhidos pelo Projeto Plantando em Natal, que foi elaborado e executado pelo Setor de Arborização (SA), em parceria com o Setor de Educação Ambiental (SEA), ambos do Departamento de Planejamento Urbanístico e Ambiental (DPUA), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB), para arborizar dezesseis áreas divididas nas Regiões Administrativas Norte, Sul e Oeste do município. Esse projeto também contou com a parceria da Companhia de Serviços Urbanos de Natal (URBANA), Exército Brasileiro e da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR).
16 Na Região Administrativa Norte foram escolhidas cinco áreas verdes e uma praça no Bairro de Pajuçara, duas praças e uma área verde no Bairro de Potengi e uma praça no Bairro de Igapó. Já na Região Administrativa Sul foram selecionadas três praças no Bairro de Ponta Negra, uma área verde no Bairro de Candelária e outra no Bairro de Capim Macio. E, por fim, na Região Administrativa Oeste foi escolhido somente uma praça que fica localizada no Bairro Cidade da Esperança. O presente trabalho analisou dez dessas áreas porque existem diversos dados sobre o dia de plantio nesses locais, a quantidade e o tipo de mudas que foram plantadas bem como o número de mudas restantes após esse dois anos e meio de projeto foi significativas e porque em boa parte dessas áreas foram realizadas entrevistas com os moradores vizinhos a esses locais após o plantio. As outras seis áreas, cinco receberam intervenções antrópicas e uma não possui dados suficientes. Muitos dos projetos executados por órgão públicos ou privados são abandonados com o passar do tempo por diversos motivos. Todavia, investigar o resultado dessas ações, mesmo após serem abandonadas, é uma boa forma de identificar quais medidas devem ser tomadas quando forem lançados novos projetos similares ou iguais, isso porque, através da análise desses resultados, é que ações preventivas podem ser encaminhadas para que novos projetos alcancem o objetivo almejado, ao invés de serem novos exemplos de fracassos. O presente estudo se baseia nessa premissa, pois analisa as várias vertentes do projeto com entrevistas com os técnicos envolvidos na elaboração e execução do projeto e dos moradores que habitam perto das áreas escolhidas. Com relação à entrevista com os moradores, foi utilizado um questionário base no qual foi respondido através de entrevista direta possibilitando coletar informações mais completas, pois as perguntas do questionário serviram como catalisador para o diálogo. Foram utilizados também diversos recursos para embasar o estudo como decibelímetro, máquina fotográfica digital, aporte teórico de revistas, monografias, dissertações, tese, livros e artigos, imagens de aéreas fornecidas pela SEMURB, além de muitos outros materiais. Uma barreira encontrada neste estudo foi a dificuldade de encontrar bibliografias diretas sobre o assunto como, por exemplo, livros, outra dificuldade foi o registro de conflitos entre definições, principalmente no conceito de área verde. Todavia, os artigos, monografias, tese e dissertações utilizados ajudaram bastante na formação de diversas ideias. Em Natal o tema ainda é pouco abordado ao contrario de cidades como São Paulo, Porto Alegre, Goiânia, Belo Horizonte, por exemplo. Algumas dessas cidades já possuem o plano de arborização, em outras palavras, o plano diretor de arborização.
17 A escolha do tema foi impulsionada por uma das diversas ações do Setor de Arborização da SEMURB no qual visitou todas as áreas citadas objetivando saber como estavam as mudas após esses dois anos e meio. Na condição de estagiário no Setor de Arborização participei dessas visitas e encontrei um nicho ainda pouco explorado, decidi com isso aprofundar mais este tema, arborização e áreas verdes, para buscar resultados mais concretos. O objetivo desse trabalho é analisar o Projeto Plantando em Natal através dos resultados encontradas após sua implementação e, com base nessas informações propor medidas para melhorar os seus resultados. Os dados do projeto que foram coletados junto ao acervo do SA ajudaram bastante na formulação deste trabalho, sem essa disponibilidade de pesquisa e permissão para utilizar esses dados este trabalho estaria inviabilizado. O título da monografia foi inspirado em uma palestra proferida pelo filósofo Leonardo Boff em dezembro de 2008 no auditório do Centro Federal de Educação Tecnológica do RN (CEFETRN), atual Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN). O tema da palestra foi Educação e Sustentabilidade, mas o palestrante também falou rapidamente do R da rearborização. O oitavo “r” é uma evolução dos 7Rs: Reduzir, Reutilizar, Reaproveitar, Reciclar, Repensar, Recusar e Recuperar, que, por sua vez, é o desenvolvimento dos 5Rs, Reduzir, Reutilizar, Reaproveitar, Reciclar e Repensar. O conteúdo deste ensaio está exposto em mais três seções, além desta inicial, as quais se inter­relacionam. O segundo capítulo discute­se a importância do Plano de Arborização Urbana (PDAU) e suas implicações, assim como se faz uma análise a respeito dos índices relacionados a áreas verdes e arborização urbana. O terceiro capítulo inicia­se descrevendo o Projeto Plantando em Natal não só com base no projeto, mas também com entrevista com algumas pessoas que participaram dessa ação. É apresentado também um catálogo com fotos e descrições das espécies plantadas e, no final desse capítulo, são discutidos tanto dos resultados das árvores que sobreviveram após esses dois anos e meio quanto às entrevistas com os técnicos e moradores. Por fim, o último capítulo trata das considerações finais onde também são expostas ideias para melhorar o projeto e as soluções para os problemas encontrados.
18 2 O TEMA: BASE DE UMA OBRA. Em música, após ser exposto o tema principal, a tonalidade e o ritmo, por exemplo, o compositor tece a trama baseado no tema principal. A exemplo do 1° movimento da 5º sinfonia de Ludwig Van Beethoven, o simples tema com apenas quatro notas, sendo as três primeiras de igual tonalidade, é exposto no primeiro compasso da obra e é através dela que toda trama será tecida. Da mesma forma não poderia falar sobre o tema deste ensaio sem antes tecer alguns comentários sobre o principal tema desta obra. Plantar uma árvore pode ser um bom gesto, mas, assim como qualquer ação, ela pode causar tanto benefícios quanto verdadeiros estragos e, até mesmo, destruir a biodiversidade local. Esse gesto, também chamado de rearborização é uma ação de extrema importância quando é realizado em ambiente urbano, pois são muitos os benefícios trazidos com essa árvore. Isso não significa que se tal gesto for repetido em meio rural a árvore possuirá menor valor e pouca significância. A questão é que um ponto verde de vida em meio ao concreto re­ traz a aquele espaço a “vida” perdida quando o verde cedeu lugar às construções. Quando uma árvore está inserida em uma cidade, quer em áreas públicas quer em particulares, ela participa do conjunto de vegetação de porte arbóreo e junto com as demais árvores citadinas tal conjunto é conceituado como arborização urbana (SBAU, 2004). É importante lembrar que esse conceito está de acordo com a Lei Complementar n. 82 de 21 de junho de 2007, a Lei Orgânica do município, na verdade a lei fez uma compilação completa do conceito da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU) (2004). Segundo Kerbauy (2004), cerca de 95% da água absorvida pelas plantas é perdido através da transpiração, os outros cinco é utilizado para o metabolismo e crescimento. Desta forma as árvores transformam o ambiente ao seu entorno deixando o ar mais úmido e, com isso, a qualidade de vida é melhor em ambientes arborizados. Kerbauy afirma que essa alta taxa de transpiração “é resultado da evolução dos estômatos e, consequentimente, das folhas, para a absorção de dióxido de carbono para a fotossíntese”. (KERBAUY, 2004. p. 30). Além desse benefício Pivetta e Silva Filho (2002) assim como Tudini (2006) destacam que as árvores em meio urbano trazem melhorias como: a) redução na velocidade dos ventos; b) amortecimento do som, amenizando a poluição sonora; c) purificação do ar através da geração de oxigênio na atmosfera;
19 d) preservação da fauna e flora; e) reduz o impacto da água da chuva no solo e do seu escoamento superficial; f) melhoria do bem está físico e psicológico do homem; g) em alguns casos, emissão de fragrância no ar. Uma única árvore pode trazer esses benefícios, mas um grupo de árvores juntas potencializa positivamente cada um dessas melhorias, principalmente no que diz respeito à mudança do clima local (GREY; DENEKE, 1978 apud ROSSET, 2005). Segundo Mock (2004), foi demonstrado que a partir de 1972 em Atlanta, Estados Unidos, houve um aumento de 9°F (12,5°C) na temperatura média da cidade ocasionado pela perda de 65% da cobertura formada pela copas das árvores na cidade. Velasco (2003, 2007), tanto na sua dissertação de mestrado quanto na sua tese de doutorado, mostra os benefícios econômicos trazidos com a arborização com base na economia de energia com refrigeração. Casas que possuem mais árvores economizam em energia elétrica, pois os refrigeradores de ar são menos utilizados. A pesquisadora utilizou uma estação meteorológica móvel para medir as temperaturas de locais que são pouco e muito arborizados na cidade de São Paulo. Em uma das conclusões de sua tese de doutorado, a pesquisadora afirmou que “a área que continha maior porcentagem de cobertura vegetal foi a que apresentou menor necessidade de refrigeração artificial” (VELASCO, 2007, p.110). Velasco (2007) também mostra que pesquisas realizadas pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos evidenciaram a economia de energia proporcionada pelas árvores pode ser significativa e naquele país uma casa arborizada chega economizar anualmente cerca de 20 a 25% de energia se for comparada a uma casa não arborizada. Hanna et al (1994 apud VELASCO 2003) afirmam ainda que uma árvore de 40 anos de vida propicia a economia de 20 dólares por ano de energia, 75 dólares na conservação de água e solo e de 50 dólares na melhoria da qualidade de ar. Ao todo, uma árvore nessas condições traz benefícios de 145 dólares por anos. Os valores são ainda maiores se fosse contabilizado a captação anual de dióxido de carbono que poderiam ser negociados nas bolsas de valores como créditos de carbono. Porém, quando uma árvore cai em cima de vários carros? De fato, os valores ganhos não poderiam cobrir os danos, mas com a criação do plano de arborização esses danos podem ser evitados – mais adiante esse assunto será comentado. Assim como a vegetação arbustiva, as árvores, classificadas como vegetação arbórea, conforme já foi citado, auxilia no controle da velocidade dos ventos (CARVALHO, M., 2001; NOWAK, 2000 apud BEALEY et al, 2007). Natal, conhecida como cidade do sol, também é
20 caracterizada por ser uma cidade no qual “as velocidades médias máximas diárias são elevadas ao longo de todo o ano, com oscilações entre 8,3 a 10,03 m/s” (NATAL, 2008, p.134). Dessa forma, as árvores no município de Natal podem auxiliar no controle dos regimes dos ventos, pois elas podem barrar as rajadas maiores evitando que outros problemas aconteçam como, por exemplo, que as casas sejam soterradas por areia. Esse problema é conhecido na literatura como erosão eólica e as árvores, além de muitos outros vegetais, são amplamente utilizadas para barrar esse tipo de erosão (ARAUJO; ALMEIDA; GUERRA, 2005). Um exemplo local desse método foi utilizado em uma área verde do Bairro de Candelária, na cidade do Natal, na década de 1980 no qual os moradores do entorno dessa área plantaram mudas de eucaliptos (Eucalyptus spp.) para que a areia não entrasse em suas casas (LIMA, 1981). O gesto dos moradores resolveu o problema (Foto 1), mas pode ter gerado outro quando introduziu uma espécie exótica na região – tema que também será comentado mais adiante. A cobertura vegetal igualmente evita outros tipos de erosão. A energia das gotas de chuva é suficiente para arrastar diversos grãos de areia, efeito splash (PEREIRA, 2008), ocasionando problemas como voçorocas, por exemplo. Logo, a preservação de árvores e gramíneas “melhoram as condições de infiltrabilidade e reduzir a velocidade do fluxo vertical” (CARVALHO et al, 2006, p. 431) no solo das gotas da chuva. Fotogr afia 1 – Atual situação da Pr aça Par que dos Eucaliptos. Fonte: Acervo do autor – Jan. 2009.
21 Para comprovar o potencial de redução da poluição sonora, realizou­se um teste com o auxílio de um decibelímetro. Tal ação teve como objetivo medir o nível de decibéis no cruzamento da Avenida Salgado Filho com a Avenida Bernardo Viera e no bosque do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). Esses locais foram escolhidos porque no referido cruzamento passam diariamente milhares de veículos automotores. Outro fato justifica a escolha desse local, foi porque o bosque do IFRN estar localizado exatamente em uma das esquinas do cruzamento entre as avenidas citadas e caracteriza­se por possuir uma massa verde densa com árvores de grande porte. A metodologia utilizada na medição baseou­se nas recomendações da Norma Brasileira (NBR) n. 10.152 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Foram coletados 17 valores a cada um minuto nos dois locais sendo as primeiras medições realizadas ente às 13h30min até as 14h10min, primeiramente no cruzamento e logo em seguida no bosque, e a segunda medição foi realizada nos mesmos locais e na mesma ordem sendo agora entre às 17h até as 17h40min. Para que o resultado final seja mais confiável foram descartados o menor e o maior dos valores coletados. Os resultados encontrados não foram o esperado, pelo menos em parte. A média aritmética das medições no local do cruzamento foi 83,48 dB (A) na primeira medição e 87, 25 dB (A) na segunda. Já o valor no bosque foi o mesmo nas duas medições, isto é, 68,39 dB (A). Este foi realmente o resultado inesperado porque, mesmo com o aumento do ruído no cruzamento, os ruídos no bosque se mantiveram estáveis, isso sem contar com a diferença do barulho nos dois locais. Contudo, os valores poderão ser maiores se as medições fossem feitas em épocas com bastante movimentos de carros, pois janeiro é o mês das férias escolares e é o mês em que boa parte das pessoas entram em férias. Todavia, o objetivo desse teste foi simplesmente medir através de um aparelho eletrônico o que já é percebido na prática. Não se buscou aprofundar nessa questão. Durante as medições e também pelo convívio no IFRN foi percebido que a qualidade do ar nos locais pesquisados apresentou uma singular diferença. Não houve nenhuma medição no local em relação a esse assunto, mas a percepção foi o indicador dessa melhoria. Segundo Bealey et al (2007), é através da fotossíntese que as árvores capturam carbono da atmosfera ajudando a reduzir o efeito estufa e melhorando a qualidade do ar. Um estudo realizado em duas cidades do Reino Unido, através de modelos estatísticos, mostraram que as árvores podem reduzir a quantidade de particulados no ar tanto em parques industriais quanto em áreas residenciais (BEALEY et al, 2007).
22 Esse teste sonoro mostrou também a importância de outro elemento bastante citado nos trabalhos de arborização urbana: as áreas verdes. O conceito de área verde foi e é muito discutido atualmente porque as definições podem gerar problemas sérios e que pode até prejudicar o meio ambiente. Todavia, antes de entrar nesse assunto é melhor mostrar o que os teóricos e a lei municipal falam sobre o mesmo. Llarden (1982 apud LOBODA; DE ANGELIS, 2005), destaca que equipamentos verdes, espaços verdes, zonas verdes e áreas verdes é qualquer espaço livre onde predomina a vegetação e correspondem aos parques, praças e jardins. Lima et al (1994), especifica melhor o conceito afirmando que é a área onde predomina a vegetação arbórea e engloba parques, jardins públicos e parques urbanos. Esses autores ainda acrescentam que se os canteiros centrais de avenidas, trevos e rotatórias exercem apenas função estética e ecológica, também devem ser considerados como áreas verdes. Lima et al (1994) ainda conceituam praça como sendo uma espécie de área livre no qual não havendo vegetação e estando impermeabilizada não pode ser considerada como área verde e também revelam que algumas cidades brasileiras consideram determinados locais como áreas verdes mesmo não existindo nenhuma árvore. Por exemplo, a famosa praça dos três poderes em Brasília seria, segundo o referido autor, somente considerada uma área livre porque ela é totalmente calçada não existindo se quer uma árvore. A Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU) (2004) antes de conceituar área verde dá o conceito de espaços livre que é todo espaço não edificado de uma cidade, quer seja público ou privado. Quando tais espaços são destinados à implantação de vegetação ou ao lazer público, são enquadrados como área verde. Esses espaços são praças, parques, jardins públicos, verde de acompanhamento viário ou verde complementar, bosques, cemitérios quando recebem tratamento paisagístico e estádios de futebol. A SBAU propõe que o sistema de áreas verde de uma cidade seja definido como: O conjunto de espaços livres formado por parques, praças, verde de acompanhamento viário, orla marítima, lacustres e fluviais, arborização de ruas, avenidas e grandes extensões de jardins privados, bem como de unidades de conservação existentes na malha urbana e proteção integral ou de uso sustentável públicas ou privadas. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 2004, p. 5). A lei orgânica do município do Natal adotou integramente tal conceito no inciso XXXVII, do artigo 06, capítulo III, porém essa mesma lei não conceitua áreas verdes tornando, com isso, difícil dizer o que seria uma área verde no município de Natal mesmo que
23 esses espaços tenham sido utilizados para o plantio de mudas. Para efeito de compreensão, o que se pode perceber em Natal é que as áreas verdes são espaços vazios que ainda não se transformaram em praças. Geralmente são locais arborizados pelos cidadãos que moram perto a essas áreas, apresentam quantidade significativa de resíduos sólidos e além de muito mato, isso quando os mesmo moradores não limpam tais espaços. Já no artigo 45, título III, capítulo V, da mesma lei, o Sistema de Área Verde do Município acrescenta alguns espaços como área de preservação permanente e espaços destinados a áreas verdes nos planos de loteamentos e condomínios no sistema de áreas verdes. Um artigo interessante desse mesmo título da referida lei é que somente o Poder Executivo poderá realizar ou delegar terceiros para podar ou transplantar árvores localizadas em logradouros públicos. Dentre os conceitos encontrados, o que pareceu ser bastante completo foi o de Cavalheiro et al (1999) no qual percebeu­se que também há uma discordância no conceito da lei. Antes de entrar na problemática, os autores dizem que a zona urbana está dividida em três sistemas: espaços em construção, espaços livres de construção e espaço de integração urbana. Pensando a respeito, o espaço de integração urbana é a unidade territorial reservada para a ligação com os outros sistemas. Desta forma, os autores não consideram os pequenos jardins de ornamentação, canteiros e rotatórias como sendo áreas verdes, mas se enquadrando no verde de acompanhamento viário e, assim como as calçadas, se enquadram na categoria de espaços construídos ou espaços de integração urbana. Para ser uma área verde, segundo os autores, o espaço tem que ter elemento fundamental de composição a vegetação; satisfazer três objetivos principais: estético, ecológico­ambiental e de lazer; a vegetação e o solo devem ocupar 70% do espaço e deve servir a população com o intuito de uso para recreação. Caso a área não atenda a esses quesitos, ela está enquadrada em como sendo espaço livre. É importante lembrar que os autores não dizem que um determinado espaço é área verde se atingir todos os quesitos ou apenas alguns. O problema que um conceito mal colocado pode gerar é quando os loteadores consideram os canteiros de seus condomínios como sendo os 20% de área verde obrigatório segundo a lei n. 4.771 de 15 de setembro de 1965, intitulada como Código Florestal. Porém, Segundo o técnico engenheiro agrônomo do Setor de Arborização (SA), o problema é que a referida lei não específica o que deve ser feito nesses 20% exigidos legalmente podendo os arquitetos seguirem a mesma linha dos loteadores, isto é, destinar os 20% para canteiros de
24 vias de circulação interna. Logo, um simples conceito de área verde pode destruir o próprio meio ambiente. Essa demasiada preocupação com o conceito de áreas verdes vai de encontro como os benefícios trazidos por esses espaços. Os benefícios são praticamente os mesmos citados das árvores em ambientes urbanos, logo, quando tais espaços são suprimidos a qualidade de vida nas cidades é desprezada. Cavalheiro e Del Picchia (1992) citam o exemplo da República Federal da Alemanha onde de 40 a 50% do seu território é constituído por espaços livres de construção, 10 a 20% são espaços de integração viária e de 40 a 50% são espaços construídos mesmo não havendo qualquer tipo de lei ou norma obrigando que se siga certa proporcionalidade. Infelizmente, o conceito proposto por, Cavalheiro et al (1999), que por sua vez, foi publicado em um boletim informativo da SBAU, não é mais adotado pela mesma organização, pois o conceito adotado pela lei, conforme já foi exposto, segue na integra o que foi proposto pela SBAU em 2004. Mesmo assim, esse conceito foi usado nos municípios de São Paulo (NUCCI, 2004 apud BUCCHERI FILHO; NICCI, 2006) e Curitiba (NUCCI et al, 2003 apud BUCCHERI FILHO; NICCI, 2006). Com base na classificação de Cavalheiro et al (1999) Nucci (2004, apud BUCCHERI FILHO; NICCI, 2006) fez um organograma que ilustra bem o caso e que se segue abaixo.
25 Município Zona Rural Zona Urbana Cobertura Vegetal Zona de Expansão Urbana Sistema de Espaços Livres Sistema de Espaços Construídos Sistema de Espaços de Integração Verde Viário Parques Parque de Vizinhança Cemitério Área para Esportes Balneários Horto Comunitário Campos Universitários Outros... Públicos Potencialmente Coletivos Privados A vegetação é um elemento fundamental de composição? Cumpre função: ecológico, estético e de lazer? Área com 70% de cobertura vegetal em solo permeável (sem laje)? Serve à população? Propicia condições para recreação? SIM NÃO Área Verde Espaço Livre
Or ganogr ama 1 – Classificação de Ver de Ur bano. Fonte: (NUCCI, 2004 apud BUCCHERI FILHO; NICCI, 2006). 26 3 PLANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA E OUTROS ASSUNTOS Segundo Chiavenato (2004, p. 192) o planejamento “é a função administrativa que define os objetivos e decide sobre os recursos e tarefas necessárias para alcançá­las adequadamente”. O planejamento na atualidade é uma responsabilidade social de qualquer órgão ou empresa. Ações bem planejadas geralmente alcançam o sucesso porque os problemas que poderiam prejudicar o bom desempenho destas, são sanados antes mesmo que ocorreram. O Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) é um excelente exemplo disso. Contudo, planejar não é simplesmente prever as decisões que serão tomadas futuramente, mas sim tomar “decisões que produzirão efeitos e conseqüências futuras” (CHIAVENATO, 2004, p.193). Goiânia, assim como Porto Alegre e Vitória, são exemplos de cidades que já possuem esse instrumento de ordenação urbana. Segundo o PDAU de Goiânia, esse instrumento é “o conjunto de métodos e medidas adotados para a preservação, manejo e expansão das árvores nas cidades, de acordo com as demandas técnicas pertinentes e as manifestações de interesse das comunidades locais” (GOIÂNIA, 2008, p.10). Antes que o PDAU seja elaborado é feito um inventário das árvores localizadas no perímetro urbano georeferenciando cada uma delas com o objetivo de saber os tipos, a quantidade, a localização, o porte e o diâmetro da copa das árvores existentes além de saber a saúde do indivíduo, se o local onde ele está causa algum transtorno como, por exemplo, se atrapalha a rede elétrica e ou se as raízes estão dificultando a circulação de pedestres. Também é levantado o Diâmetro do troco a Altura do Peito (DAP) e muitos outros dados, isso depende do objetivo de cada inventário, mas, no geral, são coletados os dados citados. Um resultado interessante encontrado graças ao inventário, que nada mais é do que um levantamento da arborização urbana, é saber quais áreas são carentes de cobertura arbórea. Logo, o PDAU irá se deter mais nessas áreas através de plantios de mudas e criação de áreas verdes, por exemplo. Quanto à criação de áreas verdes, o município pode se amparar na lei Federal n. 10.257/01, conhecida com Estatuto das Cidades, através do artigo 26, inciso VI, em outras palavras, por meio do direito de preempção. Por exemplo, o plano diretor estratégico da Cidade de São Paulo, lei 13.430/02, na seção III, diz que o município exercerá tal direito para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares quando o Poder Público necessitar de áreas para a criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes, mas também se necessitar de área para regularização fundiária, execução de programas e projetos
27 habitacionais de interesse social, constituição de reserva fundiária, ordenamento e direcionamento da expansão urbana, implantação de equipamentos urbanos e comunitários, dentre outros (SÃO PAULO, 2002). Outro importante resultado desse levantamento é a substituição de árvores que possuem problemas fitossanitários graves, isto é, apresentam cupins, formigas, lagartas, ácaros, besouros, pulgões, dentre outros. Em Porto Alegre o Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM) instruiu, através da resolução nº 05, de 28 de Setembro de 2006, o PDAU do município. Nessa resolução são tratadas a produção de mudas e plantios, manejo e conservação da arborização urbana, a poda, plano de manejo, transplantes e da vegetação em áreas privadas. No seu anexo é mostrado também como deve ser plantado a muda no que diz respeito à profundidade e tamanho da cova, distancia do meio fio, colocação de tutor e o tamanho do fuste. Quanto ao conceito de tutor e fuste, o primeiro se refere a uma estaca de madeira fixada junto a muda com o intuito de direcionar o crescimento da planta (NATAL, 2007b), já o segundo é a “porção inferior do tronco de uma árvore, desde o solo até a primeira inserção de galhos” (NATAL, 2006, Anexo I). Infelizmente, o PDAU de Porto Alegre não está disponível ao público dificultando uma análise mais aprofundada sobre esse plano. Após o levantamento é feito o diagnóstico onde são levantados diversos problemas ocasionados pela falta de planejamento na arborização urbana. A exemplo de Goiânia que, após a conclusão do seu inventário, foi diagnosticado a necessidade de se retirar 7.079 árvores das 133.061 inventariadas porque apresentavam problemas fitossanitários, isso representando 5,32% das árvores encontradas. Contudo, o inventário dessa capital só foi catalogado 14% das árvores existentes, logo e provavelmente, os valores de abate das árvores poderiam ser ainda maiores. Sanches, Costa e Silva Filho (2008) criticam o inventário de Goiânia pelo fato de seu levantamento só ter sido feito em 70 setores da capital inventariando as demais áreas através de levantamento amostral com base nos dados coletado nos 70 setores. O problema em si é que tais setores são mais centrais e são caracterizados por possuir a mesma política de arborização levando com isso a existir uma vegetação mais homogênea (SANCHES; COSTA; SILVA FILHO, 2008). A maioria das árvores de Goiânia no qual foi constada a necessidade de remoção, em torno de 54% são da espécie Monguba (Pachira aquatica Aubl.). Essa espécie ocorre naturalmente em áreas úmidas da Região Amazônica levando com isso a outro assunto bastante preocupante em se tratando de arborização urbana: as espécies exóticas. Segundo São Paulo (2004), o plantio de árvores exóticas em ambientes fragilizados, a exemplo de
28 ambientes urbanos, é na atualidade considerado a segunda maior ameaça mundial à biodiversidade. De acordo com Santos, Bergallo e Rocha (2008) uma árvore não é considerada exótica somente quando ela é introduzida em um país estrangeiro, mas sim quando ela é plantada em um bioma diferente da sua origem, logo, árvores do sul do Brasil são consideradas exóticas se forem introduzidas no bioma da caatinga e vice­versa. As árvores exóticas não trazem somente problemas de extinção da biodiversidade, mas também problemas de ordem econômica e bem estar. Segundo o PDAU de Goiânia (2008), as mongubas apresentaram grande incidência do inseto serra­pau (Euchroma gigantea ), responsável por atacar o tronco e o sistema radicular da árvore causando grande podridão das mesmas. Nas épocas chuvosas geralmente são as árvores dessa espécie que tombam, cerca de 95% das que caem, causando diversos transtornos e estragos à população. Outras espécies exóticas como flamboyants (Delonix regia ) e os fícus (Ficus benjamina ) também causam problemas em Goiânia (GOIÂNIA, 2008). Trazendo para a realidade local, o Nim (Azadirachia indica ), árvore de origem asiática, é hoje a árvore exótica mais disseminada em todo o estado do RN (Foto 2), segundo observações feitas pelo autor nas maiores cidades potiguares como Natal, Mossoró, Caicó e Currais Novos. O plantio dessa árvore é uma ótima medida para amenizar os microclimas mais quentes, pois possui crescimento rápido e copa densa, mas o Nim possui hábito muito agressivo com outras culturas (NEVES; OLIVEIRA; NOGUEIRA, 2003). Além disso, essa árvore “e seus derivados chegam a afetar mais de 400 espécies de insetos” (NEVES; OLIVEIRA; NOGUEIRA, 2003, p.9). Desta forma é possível imaginar como o Nim pode modificar todo um nicho ecológico. Outra questão acerca da biodiversidade é a adoção de diversas espécies, nativas, para o plantio. Segundo Bruno et al (2005 apud ROPPA, 2007) é recomendado que não se ultrapasse 15% do total a quantidade de determinada espécie, pois se houver algum problema com pragas essa doença se espalhará facilmente podendo ocasionar a morte de vários indivíduos levando com isso a diminuição da cobertura vegetal naquele local. Toledo Filho e Parente (1988 apud MARTO 2006) também defendem uma heterogeneidade das espécies na implantação de uma arborização urbana, uma vez que é uma forma de difundir, proteger e valorizar a flora brasileira, quando se utiliza espécies nativas, pois favorece a sobrevivência de animais que constituem importantes elementos do equilíbrio ecológico. Em relação à proteção contra eventuais fenômenos climáticos ou ataques de alguma praga ou doença, Mock (2004) aconselha que na arborização urbana deva conter no máximo
29 10% de qualquer espécie, não mais de 20% do mesmo gênero e não mais de 30% da mesma família. Fotogr afia 2 – Em A ár vor e Nim e em B sua folha, ambos na AE 12. Fonte: Acervo do autor – fev. 2009. De acordo Seara (2008) existe um Projeto de Lei nº. 2897/08 no Congresso Nacional que modifica o Estatuto das Cidades e propõe que os municípios passem a elaborar o PDAU com o objetivo de estabelecer normas sobre o plantio e a conservação de árvores nos espaços públicos das cidades. Natal foi pioneira nesse assunto, pois, antes que esse projeto de lei fosse ao congresso, já estava instituído, no artigo 45, da Lei Complementar n. 82 de 21 de junho de 2007 o qual instrui o novo Plano Diretor de Natal, a criação PDAU do município após 180 dias contados a partir da publicação da referida lei.
30 Contudo e segundo o chefe do Departamento de Planejamento Urbanístico e Ambiental (DPUA) da SEMURB, Daniel Nicolau Vasconcelos Pinheiro, em uma entrevista concedida ao jornal Tribuna do Norte, do dia 18 de dezembro de 2008, o PDAU do Município ainda não foi feito porque também o inventário florístico da cidade ainda nem se quer foi iniciado. A justificativa desse atraso, segundo esse técnico, é porque nenhuma empresa se interessou em fazer o inventário nas duas licitações que foram abertas. Felizmente e ao que tudo indica, o Plano Diretor de Arborização Urbana de Natal será concretizado na gestão 2009 ­ 2012, pois a realização desse plano foi uma das metas de campanha da prefeita eleita para esse pleito.
Por fim, uns dos assuntos bastante controversos e polêmicos quando se refere à arborização urbana é o tão falado Índice de Áreas Verdes (IAV) por habitante, mas também existem outros como o índice de cobertura vegetal e índice de árvore por habitante. O primeiro índice soma todas as áreas verdes do município e se divide pela população gerando um dado em m 2 /hab. O primeiro problema nesse indicador é o que realmente se configura como área verde. Como já foi exposto, não existe um consenso a não ser se for adotado o conceito da SBAU. Cavalheiro et al (1999) revelam que em alguns cálculos do IAV são incluídos verde urbano e cobertura vegetal, por exemplo, como área verde mostrando resultados absurdos do IAV na ordem de 50 a 90 m 2 /hab., enquanto que algumas cidades tal índice chega ser menor que 5 m 2 /hab. Fazendo um rápido cálculo para Natal e só considerando as áreas de 08 das 10 Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs) esse valor é de cerca de 50m 2 /hab., valor bem acima dos 12m 2 /hab. recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou Organização das Nações Unidas (ONU), ou ainda a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Todavia, Cavalheiro e Del Picchia (1992) dizem que esse dado bastante divulgado na mídia e por alguns estudiosos é uma farsa. De acordo com os autores, foram enviados cartas para tais instituições pedindo esclarecimento sobre esse dado e as mesmas responderam que esse índice não é conhecido. De fato, eu também fiz uma pesquisa exaustiva sobre esse assunto e nada foi encontrado, principalmente nos sites oficiais em inglês dessas organizações, também os autores que citam esse índice nunca mostram a referência de onde foi tirada a informação sobre o assunto. Também Macedo (1995 apud SILVA FILHO, 2003) abandona esse índice. Apesar do que foi exposto, a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (1996 apud HARDER; RIBEIRO; TAVARES, 2006) adotou o valor mínimo de 15m 2 /hab. de áreas
31 verdes públicas destinadas a recreação. Todavia o que seria e qual é o significado desse índice? Esse índice nada mais é do que uma tentativa de estipular um número mínimo que represente um menor valor para que haja uma qualidade de vida aceitável. Porém, cada cidade possui características próprias de clima, relevo e vegetação nativa, logo, como pode ser estipulado um valor genérico se um mesmo índice pode ser perfeito para uma cidade e insuficiente para outra? Por exemplo, cidades de clima severamente frio temperaturas mais elevadas não são um problema, pois o calor é bem vindo, mas cidades que possuem clima temperado e ou mais quente possivelmente os benefícios ocasionados pela cobertura vegetal nesses locais são bem mais relevantes e significativos. Não estou propondo a abolição de tais índices, pois eles podem nortear políticas publicas, mas acho que eles podem mascarar a realidade em determinados locais e servir mais como “eco enganação”. Um exemplo desse caso já é real em uma determinada capital brasileira O slogan de cidade mais verde do Brasil pode ser motivo de competição entre as cidades brasileiras e os meios para conseguir esse título muitas vezes são duvidosos. A referida cidade, Goiânia, conforme já foi exposto, só fez o levantamento arbóreo em 70 setores ou bairros dos 627 existentes o que corresponde somente 15,15% da área total do município. Goiânia também se apóia em outro índice, o de árvore por habitante que é simplesmente a quantidade de árvore por habitante, para se intitular como a cidade mais verde do Brasil. Todavia, os dados para esse índice não são seguros, pois são somadas as árvores catalogadas mais a quantidade estimada de árvore com base no primeiro dado mais a quantidade de mudas plantadas pela prefeitura a partir de 2005, expondo em números, 133.061 mais 516.939 mais 300.000 igual a 950.000 (novecentos e cinqüenta mil) árvores (GOIÂNIA, 2008). Logo e ciente que, por mais que as condições sejam favoráveis, não é possível que se sobrevivam 100% das mudas plantadas, esse estudo também mostrará isso. Por fim, o índice de cobertura vegetal é a mensuração, com o auxílio de imagens de satélite, da copa das árvores por habitantes. Esse índice também gera um valor em m 2 /ha. Quanto maior for esse índice possivelmente maior será também a quantidade de árvores e ou o tamanho das copas das árvores. O problema é qual é a árvore responsável por essa copa? Se os governantes quisessem aumentar esse índice nas suas cidades era só plantar várias mudas de Nim, pois os resultados, tamanho da copa das árvores, seriam o mesmo se fossem de árvores nativas, porém em curto prazo e com geração de diversos outros problemas, conforme já foi exposto.
32 4 PLANTANDO EM NATAL Neste capítulo serão abordadas a princípio as características do projeto no que diz respeito aos locais onde foi implementado, suas ações e alguns resultados gerados antes deste trabalho. Em seguida, são analisados os resultados deste estudo com bases nos dados coletados nas visitas in loco. Todo este capítulo está ilustrado com fotos e gráficos que foram gerados para fundamentar as análises. Contudo, vale relembrar que os dados brutos estão em anexos para futuras consultas se for necessário. 4.1 O PROJETO Como relatado anteriormente, o Projeto Plantando em Natal foi elaborado e executado pelo Setor de Arborização (SA) em parceria com outro setor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB), além de outras secretarias do município e do Exército Brasileiro. O objetivo desse projeto foi de arborizar dezesseis áreas divididas nas Regiões Administrativas Norte, Sul e Oeste do município. Segundo o Engenheiro Agrônomo responsável pelo projeto, a metodologia de escolha das áreas para a execução do projeto teve como primeira ação um levantamento por imagens de satélite para a identificação das áreas que apresentavam espaços disponíveis para o plantio. Após essa etapa, foi solicitado ao Setor de Cartografia e Toponímia (SCT) pertencente à mesma secretaria do SA, informações específicas sobre tais áreas. Entre as informações solicitadas configuram: se estas pertenciam ou não ao Município e se já havia algum projeto de urbanização ou construção de postos de saúde destinados para essas áreas. Com base na resposta do SCT foram feitas intervenções nas áreas escolhidas: quatro praças e seis áreas verdes na Região Administrativa Norte, duas áreas verdes e três praças na Região Administrativa Sul e somente uma praça na Região Administrativa Oeste (Mapa 1). Para facilitar o entendimento quando forem citadas as áreas, foram elaborados dois quadros e um mapa: o quadro 1 mostra a lista das áreas plantadas que foram incluídas no trabalho, o quadro 2 um resumo com a data do plantio e da sensibilização e a quantidade de mudas que foram plantadas nos locais, e o mapa de localização das áreas plantadas.
33 Número Identificação Endereço Bairro AE 02 AE 03 AE 04 AE 10 Praça Sorocaba Praça Itaituba Área Verde Praça São Simão Rua Campo Largo com Rua Ubatuba Rua Araçuaí com Rua sem denominação Rua Guadalupe com Rua Itapajé Rua Arnaldo Vieira com Campo Novo AE 11 Praça Ministro Aluízio Alves Rua Campina Grande com Rua Adolfo Gordo AE 12 AE 13 AE 14 Praça da Caixa D'água Pequena Praça Varela Barca Praça do Conjunto Alagamar AE 15 Área Verde Rua Praia de Barreta com Rua Rio Fogo Rua Jardim de Alá com Rua Praia de Cabedelo Rua da Lagosta x Rua das Algas Rua Nascimento de Castro (entre os condomínios fechados Green Wood e Green Village) Rua Mª Lama Farachis com Avenida Praia de Genipabu AE 16 Área Verde Quadr o 1 – Área de estudo. Fonte: Quadro elaborado pelo autor. Identificação Data do Plantio Data da Sensibilização N° de Mudas + 26/05/2006 26/05/2006 31/05/2006 14/07/2006 01/06/2006 03/06/2006 21/06/2006 19/05/2006 12/07/2006 25/07/2006 25/07/06 25/07/06 10/08/06 08/08/06 04/08/06 02/08/06 02/08/06 * ** 09/08/06 23 18 29 34 17 47 43 09 45 26 291
AE 02 AE 03 AE 04 AE 10 AE 11 AE 12 AE 13 AE 14 AE 15 AE 16 Total Quadr o 2 – Dados das áreas escolhidas. * Não encontrado nenhum documento que mostre se houve visita. **Não houve sensibilização após o plantio nessa área. + A sigla AE refere­se à abreviação de Área Escolhida. Fonte: Quadro elaborado pelo autor. Potengi Potengi Potengi Pajuçara Cidade da Esperança Ponta Negra Ponta Negra Ponta Negra Candelária Capim Macio Ao analisar a tabela percebe­se que a maioria dos plantios ocorreu no mês de maio, principalmente na semana do meio ambiente. É notório ressaltar que o projeto englobou mais seis áreas, porém, como uma dessas seis não há dados suficientes para o estudo e as cinco restantes foram tomadas para obras de drenagem, a presente pesquisa deteve­se nas dez áreas, como dito anteriormente. As áreas AE 04, AE 11 e AE 12, se destacam das demais porque houve muito mais que o plantio de mudas no dia do evento. A AE 04, por exemplo, alunos da rede municipal de ensino plantaram mudas, houve teatro de sensibilização ambiental, armaram tendas no local além de contar com a presença de representantes políticos e comunitários no dia do evento (Fotografia 3 e 4). 34 Fotogr afia 3 – Evento na AE 04. Fonte: Arquivos do Setor de Arborização – mai. 2006. Fotogr afia 4 – Plantio de muda no evento da AE 04. Fonte: Arquivos do Setor de Arborização – mai. 2006.
35 Mapa 1 – Mapa das áreas de Estudo.
36 Fonte: Mapa elaborado pelo autor – fev. 2009. As espécies utilizadas no plantio estão catalogadas abaixo com suas características morfológicas. Segundo o técnico biólogo do SA na época do projeto, o tamanho médio das mudas utilizadas pelo projeto foi de 1,8 metros. Todas as fotos são das mudas atualmente, desta forma e como não sobreviveu nenhum exemplar de gameleira (Ficus Calayptroceras (Miq.) Miq.), não há fotos de todos os tipos de muda . Os dados técnicos foram retirados na íntegra de Harri (2002a e b).
· Angico – Anandenanthera colubrina (Vell.) Brenan Dessa árvore foram plantadas 35 mudas. A altura de um indivíduo adulto é de 10­12 metros, com tronco de 30­50 centímetros de diâmetro. As folhas são compostas bipinadas, com 15­20 jugas; folíolos oposto, de 4­6 milímetros de comprimento, com 20­80 jugos. Flores brancas, dispostas em inflorescências terminais. Fruto legume deiscente. Fotogr afia 5 – Em A um angico, em B sua folha e em C seu tr onco, ambos na AE 04. Fonte: Acervo do autor – fev. 2009.
37
· Craibeira ­ Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. f. ex S. Moore Foram plantados 43 indivíduos dessa espécie. Altura de uma árvore adulta é de 12­20 metros, mas no cerrado a altura fica 4­6 metros. O tronco é tortuoso e revestido por casca grossa, de 30­40 centímetro de diâmetro. As folhas são compostas 3­7 foliadas (Foto 5­B), glabras, subcoriáceas, de 18­28 cm de comprimento por 4­6 cm de largura. Fotogr afia 6 – Em A ár vor e da AE 11 e em B folha dessa espécie de outr o exemplar na AE 16. Fonte: Acervo do autor – mar. E fev. 2009 respectivamente.
38
· Ipê roxo – Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. Foram plantadas 20 árvores dessa espécie. Altura de 8­12 metros nos indivíduos adultos, mas no interior da floresta a altura fica entre 20­30 metros. O tronco é de 60­90 centímetros de diâmetro. As folhas são compostas 5­folioladas (Foto 6­B); folíolos coriáceos, pubescentes em ambas as faces, de 9­18 cm de comprimento e 4­10 cm de largura. Fotogr afia 7 – Em A exemplar de um ipê r oxo e em B sua respectiva folha, ambos na AE 04. Fonte: Acervo do autor – fev. 2009.
39
· Ipê amarelo – Tabebuia serratifolia (Vahl.) G. Nicholson Dessa espécie foram plantadas 19 unidades. A altura é de 8­20 metros e o tronco é de 60­80 centímetros de diâmetro nos indivíduos adultos. As folhas são compostas 5­folioladas, mas eventualmente são 4 (Foto 7­B); folíolos glabros ou pubescentes, de 6­17 cm de comprimento por 3­7 cm de largura. Inflorescência uma panícula de corimbros, com flores amarelas. Fotogr afia 8 – Em A ár vor e ipê amarelo e em B sua respectiva folhada, ambos na AE 11. Fonte: Acervo do autor – mar. 2009.
40
· Jucá – Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var ferrea Desse tipo de árvore foram plantados 29 indivíduos. A altura de uma árvore adulta é de 10­15 metros e o tronco é curto de 40­60 cm de diâmetro. As folhas são compostas binárias de 15­19 cm de comprimento, com 5­11 pinas opostas; folíolos em número de 8­24 por pina. Fruto legume (vagem) (Fotos 8­B) indeiscente, muito dura e cor escura. Fotogr afia 9 – Em A exemplar de um jucá e em B sua respectiva folha, ambos da AE 02. Fonte: Acervo do autor – fev. 2009.
41
· Pau­brasil – Caesalpinia echinata Lam. A mais conhecida das espécies utilizadas pelo projeto. Foram plantadas 35 mudas de Pau­brasil. Planta espinhenta de 8­12 metros de altura, mas a literatura cita exemplares de até 30 metros que existiu no passado, com tronco de 40­70 centímetros de diâmetro. As folhas são compostas bipinadas de 10­15 cm de comprimento, com 5­6 pares de pinas de 8­14 centímetros de comprimento (Foto 9­B); folíolos em número de 6­10 pares por pina, de 1­2 cm de comprimento. Fotogr afia 10 – Em A ár vor e de pau­br asil na AE 04 e em B sua folha e vagem de outr o exemplar da AE 16. Fonte: Acervo do autor – ambos em fev. 2009.
42
· Sabão­de­soldado – Sapindus soponaria L. Dessa espécie de nome singular foram plantadas 15 unidades. A altura é de 5­9 metros e com tronco cilíndrico de 30­40 centímetros de diâmetro em indivíduos adultos. A Copa é densa e perfeitamente globosa. E as folhas são compostas imparipenadas com 7 folíolos glabros de 10­16 cm de comprimento por 3­4 cm de largura. Fruto drupa globosa. Fotogr afia 11 – Em A espécie de sabão de soldado e sua folha em B, ambos da AE 14. Fonte: Acervo do autor – fev. 2009.
43
· Catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul.) É uma árvore de porte médio, com 4­6 m de altura, podendo atingir 12 m. Apresenta copa irregular, com ramos verdes, com grande número de lenticelas. A casca do fuste adulto apresenta cor cinza, largando a camada superficial em lâminas, o que constitui a formação de ritidomas. Suas folhas são bipinadas, com 5­11 folíolos alternos ou opostos, oblongos, levemente ondulado. As flores são amarelas, dispostas em racimos curtos reunidos em panículas piramidais, cujo fruto é vagem séssil e coriácea, achatada, medindo 8­11 cm de comprimento, contendo 5­8 sementes, que são sacudidas a longas distâncias. É uma espécie que vegeta em lugares pedregosos e que, durante a seca, serve de alimento para o gado. A catingueira é uma das espécies de mais ampla dispersão no Nordeste semi­árido. Fotogr afia 12 – Em A ár vor e catingueira da AE 10 e sua folha, flor e vagem em B de outr o exemplar da AE 13. Fonte: Acervo do autor – ambos de fev. 2009.
44
· Chichá – Sterculia chichi A. St.­Hil. ex Turpin Foram plantadas 9 unidades dessa espécie. A altura é de 10­20 metros, com tronco provido de sapopemas basais de 40­50 centímetros de diâmetro em árvores adultas. As folhas são simples, trilobadas, coriáceas, glabras, de 15­20 centímetros. O fruto é cápsula lenhosa grande, deiscente, que ao abrir­se em três pastes forma uma estrutura semelhante a um trevo, expondo na parte interna as sementes de cor negra ainda afixada. Fotogr afia 13 – Em A um Chichá da AE 13 e em B folha de outr o exemplar da AE 16. Fonte: Acervo do autor – ambos em fev. 2009.
45
· Gameleira – Ficus calayptroceras (Miq.) Miq. A única espécie que não sobreviveu nenhum indivíduo dos 24 plantados. A altura é de 8 ­12 metros e é dotado de copa arredondada ampla e rala. O tronco curto e profundamente sulcado, de 80­120 centímetros de diâmetro, com casca quase lisa de cor grisácea. As folhas alternadas, simples, inteiras, cartáceas, ásperas na face superior e pubescentes na inferior, de margens geralmente inteiras, de 8­12 centímetros de comprimento por 6­9 centímetros de largura, sobre pecíolo glabro de 5­5,5 centímetros de comprimento com 5­8 pares de nervuras secundárias evidentes. Estípulas pubescentes, de coloração vinácea nos indivíduos novos e esverdeada nos mais velhos, de 12­15 milímetros de comprimento. Fruto sincônio (figo) globoso, de 10­15 milímetros de diâmetro, séssil, germinativo nas axilas foliares, glabro ou pubescente, de cor vermelha e amarela quando maduro. Observa­se a ausência da adoção de espécies não frutíferas não por questões de logística, mas sim porque tais árvores geram diversos problemas urbanos em locais públicos, segundo revelou o técnico engenheiro agrônomo. A começar pela sujeira causada pelos seus frutos, essas árvores podem causar danos econômicos diretos quando seus frutos danificam os carros que aproveitam da sua sombra, e indiretos quando os artefatos que as pessoas lançam para retirar o fruto atingem algum bem de valor econômico. Todavia, elas não precisam ser abolidas, mas deverão ser plantadas em ambientes propícios como, por exemplo, em terrenos privados onde a responsabilidade por algum dano recairá sobre o dono do terreno. Quanto à ação de Educação Ambiental, o tecnólogo em Meio Ambiente e na época chefe do Setor de Educação Ambiental (SEA) da SEMURB; Arquiteta técnica na época chefe do Setor de Planejamento Urbanístico e Ambiental (SPUA) da secretaria referida; e o técnico Engenheiro Agrônomo do SA, se reuniram com moradores e lideranças comunitárias nas associações dos bairros e também nas casas de alguns moradores em horários fora do expediente para falar sobre o projeto e seus objetivos. Infelizmente não foi encontrado nenhum documento dizendo em quais áreas ocorreram essas reuniões. Por incrível que pareça, segundo a arquiteta técnica, alguns moradores se posicionaram contra o projeto porque as árvores iriam deixar os locais mais escuros à noite propiciando o aumento da criminalidade além das copas das árvores servirem de local para consumo de drogas e atos lascivos ou libidinosos. Em contrapartida, os técnicos argumentavam que tais problemas dizem respeito à segurança pública e que as árvores não são problemas. Todavia, a maioria dos que estavam presentes nessas reuniões se posicionaram a favor do plantio.
46 Nos locais onde essas reuniões prévias não foram possíveis os estagiários e alguns funcionários dos Setores de Educação Ambiental e Arborização foram sensibilizar a população casa por casa no dia e após o plantio, conforme disse o técnico biólogo em um depoimento dado para o trabalho. Tais visitas tinham como objetivo saber se os residentes estavam interessados em ajudar o projeto através da adoção das mudas, quer seja aguando ou dando qualquer tipo de assistência às árvores. Depois dos plantios cada área recebeu uma placa indicando a ação no local. Segundo o biólogo, as placas só foram colocadas bem depois dos plantios por causa de questões burocrática, pois foi necessário abrir processo de licitação para a compra das mesmas. Após o plantio o Setor de Arborização ficou acompanhando todas as áreas identificando o desenvolvimento de cada muda, substituindo as que estavam mortas e dando apoio necessário para o crescimento da árvore como, por exemplo, substituindo os tutores e retirando o mato que crescia perto da muda. Infelizmente técnico biólogo revelou que esse acompanhamento durou um ano e meio e foi interrompido por falta de infraestrutura. 4.2 O PLANTIO E SEUS RESULTADOS As áreas escolhidas pelo estudo foram visitadas primeiramente em outubro de 2008 em uma das ações do Setor de Arborização gerando através dessa visita, conforme já foi exposto, o interesse e de fazer essa pesquisa. Todavia, as fotos e os demais registros desse trabalho foram feitos de novembro de 2008 até o começo de março de 2009. A princípio foram colhidas informações de cada muda como altura, comprimento da circunferência do tronco, posição geográfica e presença de tutores. Felizmente foi possível fotografar cada muda, diagnosticar se possuíam tutor e observar o seu tamanho e se apresentavam bom desenvolvimento. Assim foi possível criar um banco de imagens com mais de 1.100 fotos no qual cada uma das 172 mudas sobreviventes possui em média três fotos em anglos distintos. A ideia de se medir a alturas das árvores era para compara se houve algum crescimento vertical nos últimos anos, pois o Setor de Arborização acompanhava todas as mudas não somente verificando as condições fisiológicas de cada planta, presença de folhas e brotos novos, por exemplo, mas também medindo a alturas das mudas. Todavia, não foram
47 encontrados documentos que demonstre que todas as áreas escolhidas por este trabalho receberam esse acompanhamento. Não foi possível georreferenciar todas as mudas porque não pude ficar de posse do aparelho de GPS durante o tempo que estava sendo feito o levantamento, pois o equipamento é de uso coletivo para os alunos da Diretoria de Educação e Tecnologia de Recursos Naturais do IFRN, e porque era preciso de mais tempo e uma equipe de no mínimo duas pessoas para fazer tanto esse levantamento quanto o das medições. O objetivo de todas essas ideias era de se fazer um banco de dados georreferenciado de cada muda constando informações do dia do plantio e dos acompanhamentos, altura e estado fitossanitário da planta, em fim, todos os dados que possam ajudar no manejo arbóreo. Isso se justifica porque um projeto de arborização não termina após o plantio de mudas, mas sim somente quando as árvores deixam de ser uma muda para se tornar um indivíduo de maior porte. Mesmo assim elas ainda terão que ser acompanhadas, sendo com menos freqüência, para a poda, por exemplo. Apesar dessas barreiras, segue abaixo os resultados do levantamento, mas estão em anexo na forma de quadros os resultados brutos. Das 291 mudas plantadas foi observado que 172 delas sobreviveram após esses dois anos e meio, isso representa quase 59,31% do total. Correlacionando esse dado com o número de pessoas que disseram cuidar das mudas plantadas pelo projeto, esse dado é bastante significativo, pois pôde­se perceber que a maioria das mudas sobreviveram praticamente sem nenhuma ajuda antrópica, sem, é claro, considerar os carros que aguavam as mudas de algumas áreas no início do projeto. É notório ressaltar que essa contagem foi feita considerando somente as mudas plantadas nos dias dos plantios descartando as árvores que foram plantadas posteriormente, as mudas que substituíram as árvores mortas. Entre as áreas estudadas, a AE 04 é que mais se destaca por ter apresentado o menor número de perdas de mudas, 17,24%, conforme revela o gráfico 1. Em visita aos moradores do local para buscar respostas desse resultado, isto é, tentar entender a razão de quase todas as mudas terem sobrevivido, foi identificado, conforme uma moradora, que nenhuma pessoa, inclusive a entrevistada, cuida das árvores. Isso também foi confirmado pela ex­vice presidente do Conselho Comunitário de Panatins.
48 77,78% 73,53% 62,79% 44,44% 35,56% 34,62% 30,43% 23,53% 23,40% 17,24%
AE 14 AE 10 AE 13 AE 03 AE 15 AE 16 AE 02 AE 11 AE 12 AE 04 Gr áfico 1 – Ranking das áreas onde houve per das de mudas. Fonte: Gráfico elaborado pelo autor. Já a causa da AE14 perder tanta muda não foi possível identificar. As casas ao redor dessa área forma visitadas, mas nenhum morador apareceu para responder a entrevista. Possivelmente esse dever ter sido a razão do Setor de Arborização não ter consultado os moradores locais. Já na AE 10 descobriu­se que as mudas foram mortas por cabras que vivem naquela praça. Isso foi revelado pelos próprios moradores no momento da entrevista que gostariam que esses animais fossem removidos do local. Eles revelaram também que não falam com o dono dos animais para resolver esse impasse por medo de represálias. Como a única forma de resolver o problema sem que haja confusão entre os visinhos, decidi ligar para a linha verde da SEMURB denunciando o caso. Porém, como era necessário pelo menos saber o número da casa do morador, a denuncia provavelmente não foi atendida. Também foi possível fazer um ranking da espécie de árvore que houve maior relação de mudas plantadas com mudas sobreviventes (Gráfico 2). 0,00% 50,00% 51,43% 60% 60% 61,54% 70,37% 71,43% 74,42% 75,86% 49 Gr áfico 2 – Ranking das mudas que possui maior r elação de mudas plantadas em relação às r estantes. Fonte: Gráfico elaborado pelo autor. A provável justificativa da sobrevivência das mudas foi por causa da elevada pluviosidade nos últimos anos, a média anual ficou acima de 130 mm (Gráfico 3), e a média de chuva durante maio de 2006 a fevereiro de 2009 ficou acima de 150 mm, sendo a maior média no ano de 2008 (206,8 mm). Os dados de pluviosidade foram adquiridos do site da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). 206,8 mm
145,2 mm 131,9 mm 2006 2007 2008 Gr áfico 3 – Pluviosidade média nos últimos anos. Fonte: EMPARN, 2009. Como revelado anteriormente, não foi possível medir todas as mudas com fita métrica, mas como é necessário avaliar em que estado estão essas mudas, optou­se por adotar 50 uma metodologia subjetiva. Verificou­se através da percepção em que tamanho as árvores se enquadrariam, isto é, se possuíam menos de um metro, entre um e dois metros ou se estava acima de dois metros (Figura 1). Dessa forma foi possível diagnosticar a altura das árvores. Figur a 1– For ma como foi medido as ár vor es. Fonte: Figura elaborada pelo autor. De acordo com o levantamento verificou­se que 66,86% das mudas possuem de um a dois metros, 13,95% estavam com menos de um metro e 19,19% possuíam mais que dois metros. Segundo o técnico biólogo, a alturas das mudas que foram plantadas estava em média de 1,8 metros, conforme foi exposto, logo, por que há mudas menores que um metro? A explicação para isso é que algumas mudas sofreram vandalismo prejudicando, dessa forma, o crescimento da árvore. Em relação às espécies com maior estatura a craibeira e o jucá foram as duas espécies que apresentaram mais exemplares acima de dois metros, cada um com 4% do total. Já as que apresentaram tamanho médio, entre um e dois metros, três espécies apresentaram quantidades acima de 10%: catingueira, craibeira e pau­brasil. Isso pode parecer duvidoso porque as mudas de pau­brasil apresentam crescimento demorado, mas a explicação é porque a faixa entre um e dois metros é bastante extensa, logo, os valores seriam outros se fosse considerados intervalos de um a um e meio metros e entre um metro e meio a dois metros. Nesse levantamento foi possível verificar quais mudas possuem tutores e se eles precisam ser substituídos. O resultado encontrado é que 81% não possuem o tutor e dessa porcentagem a maioria das mudas precisam de novos tutores. Existe também uma porcentagem significativa que necessita do tutor, mais de 50%. Os valores do crescimento vertical foram influenciados justamente porque na ausência dos tutores as árvores têm maior crescimento horizontal que vertical (Fotografia 14).
51 Fotogr afia 14 – J ucá com cr escimento pr ejudicado por não possuir tutor . Fonte: Acervo do autor – fev. 2009. A última observação que se buscou no levantamento em campo foi identificar se ainda estavam nos locais dos plantios as placas que foram colocadas em cada área indicando o plantio de mudas. Verificou­se que três áreas não possuem placa, uma das placas restantes estava derrubada porque cupins comeram a madeira que a sustentava e um estar com o letreiro pouco legível por causa de ações de vândalos. Todavia, somente algumas placas estão em bom estado, somente três. 4.3 DEPOIMENTOS DOS MORADORES Conforme o quadro número 2 nem todas as áreas receberam um trabalho de sensibilização e a opinião de cada morador do entorno destas só foi coletada após o plantio. A AE 15 não necessitou dessa ação porque ela fica entre dois condomínios fechados que, por sua vez, não estão de frente a essas áreas e praticamente nenhum morador desses condomínios tem acesso a essa área (Mapa 2). Já a AE 14 não foi encontrado nenhum documento que
52 explicasse o porquê de não ter sido visitada. Neste sub­tópico será primeiramente apresentado os resultados das entrevistas realizadas em 2006 e depois a pesquisa por ocasião deste ensaio. Mapa 2 – Localização da AE 15. Fonte: Acervo do autor – fev. 2009. Segundo o técnico biólogo, as equipes se dirigiam a cada casa em duplas recolhendo a opinião das pessoas acerca da área em frente a sua casa e se elas estavam interessadas em adotar as mudas plantadas. Desta forma, não foi feito um questionário específico para os entrevistados. Essas visitas eram feitas pelos estagiários, pois o biólogo ficava orientando o funcionário do Horto Pitimbu que ficava dando serviços de manutenção nas mudas. Ao todo foi coletada a opinião de 122 pessoas nas áreas escolhidas, 81 na Região Administrativa Norte (RAN), 31 na Região Administrativa Sul (RAS) e 08 na Região Administrativa Oeste – (RAO). O gráfico 4 mostra a quantidade de pessoas que eram a favor ou contra o plantio e as que não se posicionaram.
53 Contra 3% A Favor 61% Sem Posicionamento 36%
Gr áfico 4 – Opinião dos mor ador es acerca do plantio. Fonte: Gráfico elaborado pelo autor segundo o levantamento feito pelo SEA e SA em 2006 – jan. 2009. Poucas pessoas que mencionaram ser a favor se comprometeram em cuidar das árvores, somente 26%. A maioria só disse que o projeto é bom e aceitou o plantio. Segundo a arquiteta técnica, atual chefe do SA, não basta somente plantar as árvores, é necessário manter essas plantas para que elas não morram. Desta forma, o sucesso do projeto depende também da população. Investigando afundo nas respostas que a população deu para a equipe da SEMURB, percebeu­se que muitos moradores gostariam que fosse construída uma praça no local e foi encontrado também muitas reclamações de ordem sanitária, isto é, os moradores reclamavam do lixo existente no local. A segunda entrevista especificamente feita para esse estudo foi realizada pessoalmente no período de dezembro de 2008 a início de março de 2009. Ela difere da primeira porque como metodologia optamos por elaborar um questionário totalizando 09 perguntas como o objetivo de iniciar um diálogo com cada morador. Outra diferença dessa pesquisa é que foram entrevistados menos pessoas, 44 residentes (Quadro 3). Essa quantidade reduzida se deve à dificuldade de conversar com os moradores uma vez que parte dos que residem perto das áreas de estudo não estavam em casa no momento da entrevista. Na maioria das casas na RAS só estavam presentes as secretárias domésticas. Outro destaque foi o fato de que objetivou­se entrevistar os moradores que residem em frentes as mudas que estão vivas após esses dois anos e meio. 54 Área Entrevistados Data da Entrevista AE 02 9 13/01/2009 AE 03 11 13/01/2009 AE 04 2 11/02/2009 AE 10 7 11/02/2009 AE 11 9 04/03/2009 AE 12 2 16/12/2008 AE 13 2 16/12/2008 AE 16 2 16/12/2008 Quadr o 3 – Quantidade de entrevistados e dia da entr evista. Fonte: tabela elaborada pelo autor. A explicação dessa medida foi porque buscou­se correlacionar sobrevivência das mudas e manutenção dos moradores. Todavia, foram pouquíssimas casas, por assim dizer, desprezadas, pois a maioria das residências vizinhas a essas áreas foram entrevistadas. Mesmo assim, e isso já é fato, as pessoas só mantêm as plantas que estão próximas as suas casas, muitas vezes por que foram plantadas por elas representando praticamente um anexo de seus jardins. Isso pode ser observado em qualquer praça de qualquer bairro do município onde há locais bem arborizados e outros não. Isso foi visto na prática na entrevista realizada na AE 11 no qual parte da praça está limpa e bem cuidada a outra não. A moradora que reside próximo a essa área disse que só dá manutenção na parte próxima a sua casa (Fotografia 14). Fotogr afia 15 – A esquer da par te da Pr aça cuidada por alguns mor ador es e a dir eita par te da Pr aça sem manutenção. Fonte: Acervo do autor – mar. 2009. Das 44 pessoas que foram entrevistadas somente uma não morava a mais de dois anos perto do local dos plantios e dos entrevistados 93% sabem que houve plantio perto de suas casas. Um fato interessante encontrado foi que 10% dos que sabem do plantio atribui a ação ao Exército Brasileiro demonstrando que a Prefeitura não ganhou o crédito. Também 10% dos entrevistados disseram que houve consulta a comunidade perguntando se os mesmos
55 queriam as árvores, a grande maioria, 87,5%, informaram que não foi consultado antes do plantio, os outros 2,5% se refere a uma pessoa que não soube informar. Isso demonstrou a necessidade de consultar a comunidade não somente nas associações dos bairros, mas também nas casas ao redor dessas áreas uma vez que nem sempre os moradores participantes das reuniões comunitárias moram perto das áreas contempladas e que nem sempre o morador pode ir a essas reuniões. Em relação às pessoas que disseram cuidar ou não das mudas, segue um gráfico abaixo ilustrando o resultado: Sem Resposta ‐ 7% Adotou ‐ 36% Opiniões Adversas ‐ 9% Não adotou ‐ 57%
Não soube dizer ‐ 16% Sem tempo, 9% Cuida de outras plantas ‐ 9% Não sabia que era para adotar ‐ 14% Gr áfico 5 – Por centagem de pessoas que adotar am e não adotar am as mudas. Fonte: Gráfico elaborado pelo autor. Infelizmente, a maioria dos entrevistados disseram que não dão nenhuma forma de manutenção as mudas como, por exemplo, aguar ou não deixar que pessoas depredem a planta. O surpreendente foi encontrar uma porcentagem significativa de pessoas que afirmaram não saber que era para adotar a muda, 14%. A área onde houve maior adesão, segundo a entrevista, foi a AE 02, todavia isso é pouco relevantes porque, conforme a tabela 3, a quantidade de entrevistados por área foi diferente. Quando foi indagado aos entrevistados se eles sabiam da importância de projetos de arborização para a cidade 84% disseram saber, mas somente 41% desses adotaram alguma muda. Isso mostra que, apesar dessa conscientização louvável, as pessoas não abdicam parte do seu tempo para cuidar das árvores. Contudo, as respostas dos moradores que alegaram saber da importância dos projetos de arborização foram bastante interessantes: 32% disseram que as sombras feitas pelas árvores são boas; 30% gostam das árvores por deixar o ar mais 56 puro; e 11% gostam da beleza paisagística ocasionada por elas. Isso mostra que a população pesquisada não sabe dos vários benefícios. Provavelmente se soubessem da maioria dos benefícios o número de mudas adotadas seria bem maior. Também foi perguntado aos moradores se eles acharam positivo ou negativo o projeto. O resultado pode ser mais bem visualizado no gráfico 7: Acharam Positivo; 80% Acharam Negativo; 5% Nenhuma das Opeções; 16%
Gr áfico 6 – Opinião dos mor ador es que achar am positivo ou negativo o pr ojeto. Fonte: Gráfico elaborado pelo autor. Entre as pessoas que acharam negativo o projeto, uma argumentou que com o crescimento das árvores o local irá ficar mais perigoso porque as árvores deixaram o local bastante escuro à noite, e outra disse que as árvores plantadas não possuem um bom aspecto. De fato AE 04 possui iluminação precária se comparada às outras áreas, excluindo­se a AE 15. Por fim, a última pergunta feita procurou saber o que deve ser feito para melhorar o desempenho do projeto. Das 95% pessoas que opinaram 33% acha que precisa de manutenção e ter uma pessoa para cuidar; 5% acham que a Prefeitura é quem deve cuidar do local; 14% opinaram que a área deve ser limpa e a mesma porcentagem mencionou lixo; 17% querem uma praça; 23% acham que devem ser plantadas mais árvores; e 5% opinaram que devem ser plantadas árvores frutíferas. A quantidade expressiva das pessoas que opinaram querer manutenção se deve pela imagem de abandono aparente demonstrado pela prefeitura. Isso é justificado quando alguns mencionaram que a prefeitura deveria dar cuidar do local e alguns ainda sugeriram que deveria ser colocado um jardineiro, mas isso não é o objetivo do projeto. Os que mencionaram que a área deveria ser limpa simplesmente citaram um problema sério encontrado em áreas verdes no município, a presença de resíduos sólidos. Esse 57 problema é recorrente nas áreas analisadas onde não houve nenhuma intervenção da prefeitura no sentido de urbanizá­la e o local mais grave encontrado foi a AE 03 (Fotografia 16), mas as AE 02, 04, 10 e 16 também sofrem com isso sendo com menor intensidade, porém todas as áreas sofrem com esse problema. Através das visitas pôde­se perceber visivelmente que 5 dessas áreas possuem pouco lixo, 4 uma quantidade média e uma, justamente a AE 03, possui quantidade elevada de lixo. Fotogr afia 16 – Pr oblema de resíduo sólido na AE 03. Fonte: Acervo do autor – fev. 2009. Analisando visivelmente os resíduos, isso sem nenhuma análise gravimétrica mais precisa, verificou que 70% desses resíduos são formados por restos de poda; 50% por lixo domiciliar e 20% por metralhas. De todas as áreas destaco a AE 10 cujo lixo pode ser considerado perigoso, segundo a Norma Brasileira (NBR) 10.004:2004, pois os resíduos, restos de televisões, possuem chumbo em sua composição, isso sem mencionar que são verdadeiros criadores de larvas do mosquito Aedes Aegypti (Fotografia 17).
58 Fotogr afia 17 – Restos de televisor es e que estão acumulando água na AE 10. Fonte: Acervo do autor – fev. 2009. Os 17% que disseram querer uma praça são reflexos do problema exposto anteriormente, alguns até falaram que as mudas incitaram as pessoas que despejam dejetos nas áreas a não fazer mais isso. Apesar desses gargalos, parte significativa dos entrevistados acharam que deveria ser plantado mais árvores e ainda sugeriram que deveria ser plantadas árvores frutíferas.
59 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O tema Arborização Urbana ainda é pouco estudado localmente se comparado a outros locais, mas isso poderá mudar quando a população em geral der maior valor às árvores não somente no sentido estético, mas também como uma ótima forma de amenizar o clima local. Contudo, os benefícios não só se resumem a esses quesitos. O teste feito com o decibelímetro serviu somente para ilustrar um dos benefícios ocasionados pelas árvores. Para se ter valores exatos e mais precisos recomendam­se repetir o teste em horários e épocas diferentes, caso se queira fazer um estudo técnico detalhado sobre esse tema específico. As várias definições de áreas verdes encontradas mostram como tema é polêmico necessitando de muitos cuidados quando for utilizado nos planos diretores municipais, pois, se for empregado de forma dúbia, pode gerar diversos transtornos futuros para toda a sociedade. Infelizmente, o município de Natal não conceitua o que é em si uma área verde, mesmo copiando na integra os conceitos de sistema de áreas verdes recomendados pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU). Contudo isso poderá ser resolvido com a criação da Lei sobre cobertura vegetal do município que, quando estava estagiando no Setor de Arborização, estava sedo estudada. O conceito de área verde exposto por Cavalheiro et al (1999) aparentou ser o mais completo e também porque não considera os canteiros como sendo área verde. A problemática em si circula nesse impasse: o que fazer com o 20% obrigatórios do terreno estipulado pelo código Florestal? A lei só diz que é o local para preservação, então, os arquitetos podem descontar essa porcentagem nos canteiros de circulação. Dessa forma, os benefícios citados advindos com as áreas verdes são perdidos. Espera­se que esse impasse seja resolvido também com a lei de cobertura vegetal. Os planos diretores de arborização urbana (PDAU) são uma boa forma de evitar os problemas ocasionados pelas árvores, pois esses planos impõem diretrizes que devem ser seguidas em todo o município em relação a esse tema. As capitais brasileiras que utilizam esse instrumento de gestão conseguiram diversos benefícios como, por exemplo, a cidade de Goiânia que está removendo diversas árvores que foram diagnosticadas como problemáticas. Em Natal esse instrumento pode se tornar realidade nos próximos anos caso a promessa feita pela atual gestora municipal se cumpra.
60 Em relação aos índices é preciso tomar cuidado para que eles não sejam utilizados de forma incorreta, pois valores altos desses índices podem mascarar muitas verdades e mentiras. Mais especificamente, o índice de área verde por habitante de 12 m 2 /hab., que dizem ser o recomendado pela ONU, é uma farça e deve ser esquecido, uma vez que não se sabe quais são as forma para chegar a esse valor. O Projeto Plantando em Natal foi uma ótima ideia de arborizar a cidade, mas é preciso modificar algumas ações antes de ser novamente implantado. Pelo que pude perceber e segundo a fala dos moradores é necessário saber o que os moradores almejam para as áreas perto de suas casas antes de fazer qualquer intervenção nos locais escolhidos porque, por mais que toda a sociedade usufrua daquele benefício, os locais são mais usados pela população mais próxima. A forma que essa ação foi feita demonstrou ser falha sendo necessário ser revista. O que recomendo é ouvir os moradores diretamente afetados entrevistando cada um casa por casa. Em algumas áreas os moradores gostariam mesmo é de uma praça que poderia resolver o problema dos resíduos sólidos que são colocados naquelas áreas porque, segundo os próprios moradores, as pessoas que despejam dejetos no local deixariam de fazer isso se houvesse uma praça. É interessante observar que isso foi diagnosticado tanto nas entrevistas feitas pela equipe da SEMURB quanto nas entrevistas realizadas por ocasião do estudo. A entrevista tanto com os técnicos quanto com os moradores se mostrou bastante proveitoso apesar de que não foi possível entrevistar todos os técnicos que participaram do projeto e os moradores de algumas áreas. Os motivos são diversos em ambos os casos, mas o trabalho não ficou prejudicado por causa disso. Em relação ao monitoramento e continuidade do projeto, antes de pesquisar a fundo todo o projeto a professora Nubelia Moreira já me alertou a causa da interrupção de projetos feitos pela iniciativa pública: a falta de infraestrutura. No começo do Plantando em Natal havia muitas visitas ao local, replantio de mudas que morreram, etc, segundo técnico biólogo, mas por diversos motivos o monitoramento foi encerrado. Mesmo assim, muitas mudas estão vivas até hoje apesar da maioria delas não receber nenhum cuidado da população que vive próximo a elas. Recomenda­se pelo menos recolocar os tutores nas mudas que necessitam e também amarar algumas mudas nos tutores que existem, principalmente nas mudas da AE 15. Algumas mudas estão com o crescimento não uniforme por causa desse simples problema. Com relação às condições das árvores, elas estão se desenvolvendo bem, principalmente as craibeira, os angicos, as catingueiras, alguns cichás e os jucás. As chuvas no início do ano estão ajudando nesse desenvolvimento. Todavia, os ipês amarelos são as mudas que mais
61 sofrem com a ausência prolongada da chuva. Isso foi percebido porque os registros fotográficos começaram a ser feitos nos dois últimos meses do ano de 2008, época que ainda não estava chovendo com maior freqüência. As árvores restantes, pau­brasil e ipê roxo, apresentaram resultados médios. Os problemas de resíduos sólidos nas áreas são graves e precisam ser resolvidos porque são ótimos criadores do mosquito da dengue, além de outros vetores como ratos e baratas. Seria bom também que o SA voltasse a acompanhar as mudas periodicamente para pelo menos dar uma manutenção básica, conforme foi exposto. Não acho que seja ideal replantar as mudas que morreram, mas creio ser necessário atender os anseios da população como limpar a áreas, colocar poste de iluminação, construir praças, etc. Não creio que fazer uma nova conscientização ambiental com esses moradores poderia mudar a situação atual ao ponto de mais pessoas adotarem as mudas, mas não descarto essa alternativa apesar de já saber as respostas desses moradores. A ideia de fazer um banco de dados para acompanhar o crescimento e desenvolvimento das mudas só é possível com uma equipe maior, de duas a três pessoas. Contudo aconselho que seja feito, pois servirá de base para outros projetos de arborização. Espero que as cabras que são criadas na AE 10 sejam removidas, pois esses animais estão gerando vários problemas não só para a vegetação existente no local mas também para a população que reside próximo a área. A realização deste trabalho foi consideravelmente árdua porque foi necessário fotografar todas as mudas sobreviventes diversas vezes além de entrevistar as várias pessoas que estavam envolvidas nesse projeto, isso demonstra que foi necessário visitar as áreas de estudo muitas vezes. Mesmo assim pude aprender muito tanto com os técnicos quanto a população e com os teóricos também. Por fim, essa sinfonia não pode terminar no segundo movimento, pois a obra possivelmente não conseguirá o sucesso almejado em apenas dois movimentos. Espero que outros compositores possam dar continuidade a essa peça da mesma forma que fiz. Alguns temas para o terceiro movimento já lancei ao longo deste movimento, mas isso não quer dizer que eles precisam ser ouvidos novamente. Contudo, espero que, se ela ficar inacabada, faça tanto sucesso quanto a sinfonia inacabada do compositor Franz Schubert.
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67 APÊNDICE APÊNDICE A – Questionário feito por ocasião do trabalho. N°:______Local:_____________ Morador:__________ Casa N°:__________ 1.Há quanto tempo mora nessa casa? a) Menos de dois anos;b) Mais de dois anos? 2.O senhor (a) sabe do plantio que houve há dois anos? a) Sim b) Não 3.O senhor (a) sabe dizer se houve um trabalho de consulta ou envolvimento da comunidade? a) Sim b) Não 3.1Caso sim, o senhor adotou alguma muda? Por quê? a) Sim b) Não ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 4.O senhor (a) sabe da importância de projetos de arborização para a cidade? a) Sim b) Não 5.Qual a sua opinião acerca do projeto? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 6.O senhor acha que foi positivo ou negativo o projeto? Por quê? a) Positivob) Negativo ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 7.Qual a sua opinião para melhorar o desempenho projeto? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
68 APÊNDICE B – Tabelas das mudas que foram plantadas. Mudas Plantadas N° Espécie AE 02 AE 03 AE 04 AE 10 1 Angico 2 3 3 2 Craibeira 5 3 5 3 Jucá 8 3 7 4 Pau­brasil 0 1 4 5 Catingueira 1 2 3 6 Ipê amarelo 0 1 2 7 Chichá 0 1 0 8 Sabão­de­soldado 4 2 0 9 Ipê roxo 3 2 5 10 Gameleira 0 0 0 Fonte: Tabela elaborada pelo autor com base nos acervos do Setor de Arborização. AE 11 AE 12 AE 13 AE 14 AE 15 AE 16 11 0 8 0 9 0 4 0 11 0 1 0 0 0 3 0 1 4 0 0 0 9 1 7 8 0 10 0 0 10 2 6 1 3 6 0 3 0 0 5
Quantidade 0 0 0 8 10 0 7 0 0 9 3 5 1 4 1 3 0 0 0 0 10 10 3 8 6 4 1 5 1 0 69 APÊNDICE C – Tabela das mudas que sobreviveram. Mudas Sobreviventes N° 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Espécie Angico Craibeira Jucá Pau­brasil Catingueira Ipê amarelo Chichá Sabão­de­soldado Ipê roxo Gameleira Fonte: Tabela elaborada pelo autor. AE 02 AE 03 AE 04 AE 10 1 3 6 0 1 0 0 2 3 0 0 3 2 0 2 0 1 1 1 0 2 4 5 4 3 1 0 0 5 0 0 0 0 3 2 0 4 0 0 0 AE 11 AE 12 Quantidade 3 5 4 8 1 3 2 8 0 6 3 1 0 0 0 4 0 1 0 0 AE 13 AE 14 AE 15 AE 16 5 0 3 0 4 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 5 1 6 8 0 9 0 0 0 2 5 1 2 6 0 1 0 0 0
70 AE 02 AE 02 AE 02 AE 02 AE 02 AE 02 AE 02 AE 02 AE 02 AE 02 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 AE 02 12 AE 02 11 14 13 14 15 16 17 AE 02 AE 02 AE 02 AE 02 AE 03 15 17 21 22 1 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 AE 03 AE 03 AE 03 AE 03 AE 03 AE 03 AE 03 AE 03 AE 03 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 3 6 7 8 9 10 11 13 18 1 2 3 4 6 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Craibeira Craibeira Jucá Jucá Ipê roxo Jucá Jucá Ipê roxo Ipê roxo Jucá Sabão­de­ soldado Craibeira Sabão­de­ soldado Catingueira Angico Jucá Ipê roxo Sabão­de­ soldado Craibeira Catingueira Catingueira Jucá Craibeira Jucá Chichá Craibeira Pau­brasil Ipê roxo Jucá Craibeira Jucá Craibeira Ipê amarelo Ipê roxo Pau­brasil Jucá Pau­brasil Jucá Catingueira Jucá 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 * 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ ­ 1 1 1 ­ Presença de Placa Metralha Restos de Poda Lixo Domiciliar Muito Médio Pouco Colocar Tutor 1 < X 1 ≤ X ≤ 2 X > 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Falta de Tutor Espécie Área Com Resíduo Sólido ­ 1 1 1 1 ­ 1 ­ 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ ­ 1 1 ­ 1 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 04 AE 10 AE 10 AE 10 AE 10 AE 10 AE 10 AE 10 AE 10 AE 10 AE 11 AE 11 AE 11 AE 11 AE 11 AE 11 AE 11 AE 11 AE 11 AE 11 AE 11 AE 11 AE 11 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 17 19 20 21 22 23 24 25 27 29 2 19 23 24 26 27 28 29 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Angico Pau­brasil Angico Craibeira Craibeira Catingueira Ipê roxo Ipê roxo Ipê roxo Catingueira Catingueira Chichá Chichá Pau­brasil Pau­brasil Chichá Chichá Catingueira Pau­brasil Craibeira Ipê amarelo Angico Pau­brasil Angico Craibeira Pau­brasil Ipê amarelo Craibeira Catingueira Craibeira Ipê amarelo Angico Craibeira Angico Craibeira Pau­brasil Craibeira Catingueira Catingueira Craibeira Pau­brasil Angico Ipê amarelo Catingueira Pau­brasil Angico Craibeira Pau­brasil Angico 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 * 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 * * * 1 * 1 1 * * 1 1 * 1 * * 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 * 1
1 1 1 1 1 1 ­ 1 1 ­ 1 ­ 1 1 *(restos de tv) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Altura Sofreu Vandalismo N° Local Identificação APÊNDICE D – Resultado das medições 1 ­ ­ ­ ­ 1 ­ ­ 1 ­ ­ 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 71 90 AE 12 91 AE 12 92 AE 12 18 19 20 93 AE 12 94 AE 12 95 AE 12 21 22 23 96 97 98 99 100 101 102 103 104 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 24 25 26 27 28 29 30 31 32 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 AE 12 AE 12 AE 12 AE 12 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 AE 13 33 34 36 37 10 11 13 20 22 23 28 29 33 34 37 38 40 41 42 43 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 AE 14 AE 14 AE 15 AE 15 AE 15 AE 15 AE 15 AE 15 AE 15 AE 15 AE 15 1 2 1 2 5 6 7 8 9 10 12 Sabão­de­ soldado Craibeira Craibeira Sabão­de­ soldado Pau­brasil Pau­brasil Sabão­de­ soldado Craibeira Jucá Pau­brasil Jucá Catingueira Pau­brasil Catingueira Ipê roxo Sabão­de­ soldado Jucá Catingueira Pau­brasil Catingueira Jucá Catingueira Chichá Chichá Chichá Jucá Jucá Angico Angico Angico Chichá Angico Angico Catingueira Ipê amarelo Sabão­de­ soldado Sabão­de­ soldado Catingueira Catingueira Chichá Catingueira Pau­brasil Chichá Catingueira Craibeira Craibeira 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 * 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ ­ ­ ­ 1 1 1 1 1 ­ ­ ­ ­ ­ ­ 1 1 ­ ­ 1 ­ 1 1 * 1 1 1 1 * * 1 * 1 1 1 1 1 136 AE 15 14 Pau­brasil 137 AE 15 15 Chichá 138 AE 15 16 Chichá 139 AE 15 18 Craibeira 140 AE 15 20 Chichá 141 AE 15 21 Pau­brasil 142 AE 15 22 Chichá AE 15 143 Pau­brasil 23 144 AE 15 26 Craibeira 145 AE 15 27 Chichá 146 AE 15 28 Catingueira 147 AE 15 30 Catingueira 148 AE 15 31 Craibeira 149 AE 15 32 Chichá 150 AE 15 33 Pau­brasil 151 AE 15 35 Pau­brasil AE 15 152 Catingueira 36 153 AE 15 37 Chichá 154 AE 15 39 Catingueira 155 AE 15 40 Jucá AE 16 156 2 Craibeira 157 AE 16 3 Chichá 158 AE 16 5 Catingueira 159 AE 16 6 Catingueira 160 AE 16 7 Pau­brasil 161 AE 16 9 Catingueira 162 AE 16 10 Angico AE 16 163 11 Craibeira 164 AE 16 14 Pau­brasil 165 AE 16 16 Catingueira 166 AE 16 19 Craibeira 167 AE 16 20 Catingueira 168 AE 16 21 Craibeira 169 AE 16 22 Catingueira 170 AE 16 23 Craibeira 171 AE 16 24 Angico AE 16 172 25 Jucá Fonte: Tabela elaborada pelo autor. * Possui tutor.
1 1 1 1 1 1 1 1 * * * 1 * * * * 1 * 1 1 1 1 * 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 * * * 1 1 1 1 * 1 1 1 * 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ 1 ­ 1 1 1 1 72 APÊNDICE E – Tabela do gráfico 1 Espécie Angico Craibeira Jucá Pau­brasil Catingueira Ipê amarelo Chichá Sabão­de­soldado Ipê roxo Gameleira Total Fonte: Acervo do autor. Mudas Plantadas 35 43 29 35 52 10 27 15 20 24 290 Mudas Sobreviventes 18 32 22 25 32 5 19 9 10 0 172
% de Vivas 51,43 74,42 75,86 71,43 61,54 50,00 70,37 60,00 50,00 0,00 73 APÊNDICE F – Tabela do gráfico 2 Local Mudas Plantadas AE 02 23 AE 03 18 AE 04 29 AE 10 34 AE 11 17 AE 12 47 AE 13 43 AE 14 9 AE 15 45 AE 16 26 Total 291 Fonte: Acervo do autor.
Mudas Sobreviventes 16 10 24 9 13 36 16 2 29 17 172 % de Vivas 69,57 55,56 82,76 26,47 76,47 76,60 37,21 22,22 64,44 65,38 74 APÊNDICE G – Tabela do gráfico 6 Adotou Muda Sem Resposta Não Adotou ­ Cuida de outras plantas Não Adotou ­ Sem tempo Não Adotou ­ Opiniões Adversas Não Adotou ­ Não soube dizer Não Adotou ­ Não sabia que era para adotar Fonte: Acervo do autor.
16 3 4 4 4 7 6 36% 7% 9% 9% 9% 16% 14% 75 APÊNDICE H – Valores do decibelímetro N° 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1° Medição 2° Medição Cruzamento Bosque Cruzamento Bosque 74,1 63,1 74,6 65,9 75,8 63,5 78 66,5 78,1 65,5 83 66,7 78,3 65,9 83,5 67,1 79,2 67,2 83,6 67,6 80,3 67,5 85 67,8 82,3 67,8 86,1 68,1 82,3 68 86,9 68,2 83,4 68,4 87,2 68,4 84,9 68,8 87,7 68,8 85,3 70 88,2 68,9 85,8 70,1 88,6 68,9 86,4 70,2 88,9 69,2 86,6 70,4 89,9 69,6 88 70,6 95,5 69,9 95,5 71,9 96,6 70,2 95,9 74,2 97 72 Médias 83,48 Fonte: Acervo do autor.
68,39 87,25 68,39 76 AE 12 1 AE 12 2 AE 13 3 AE 13 4 AE 16 5 AE 16 6 AE 03 7 AE 03 8 AE 03 9 AE 03 10 AE 03 11 AE 03 12 AE 03 13 AE 03 14 AE 03 15 AE 03 16 AE 03 17 AE 02 18 AE 02 19 AE 02 20 AE 02 21 AE 02 22 AE 02 23 AE 02 24 AE 02 25 AE 02 26 AE 04 27 AE 04 28 AE 10 29 AE 10 30 AE 10 31 AE 10 32 AE 10 33 AE 10 34 AE 10 35 AE 11 36 AE 11 37 AE 11 38 AE 11 39 AE 11 40 AE 11 41 AE 11 42 AE 11 43 AE 11 44 Fonte: Acervo do autor.
Ana Paula Maria do Socorro Eurico Marílha Empregada Lurdes Segunda Paulo Alencar Luciano Júlio Cesar Josefan Maria José Solange Rosângela Taisiane Antônio Paulo Tereza Graça Gledes Cavalcante Roseane Cleide Thiago Rucia Aldo Lília Patrícia Luzia Domingos Núbia Jodete Joselha Salete Raquel Rosiana Alessandra Ednalva Anderlândia Vera Dalva Lucia Sebastiana Maria Pereira Jasmin Não Houve consulta da Comunidade Sim houve consulta da Comunidade Não sabe do Plantio Sim, sabe do plantio Morador Quantidade Especificação APÊNDICE I – Respostas das perguntas 3 e 3.1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ ­ ­ 1 1 1 1 1 1 77 N° APÊNDICE J – Respostas das perguntas 4 e 5 do questionário Morador 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 Ana Paula Maria do Socorro Eurico Marílha Empregada Lurdes Segunda Paulo Alencar Luciano Júlio Cesar Josefan Maria José Solange Rosângela Taisiane Antônio Paulo Tereza Graça Gledes Cavalcante Roseane Cleide Thiago Rucia Aldo Lília Patrícia Luzia Domingos Núbia Jodete Joselha Salete Raquel Rosiana Alessandra Ednalva Anderlândia Vera Dalva Lucia Sebastiana Maria Pereira Jasmin Fonte: Acervo do autor. Sabe da Importância dos Não sabe da Importância dos Projetos de Arborização Projetos de Arborização Opinião Acerca do Projeto ­ 1 Mais e mais em outros cantos 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ ­ Não conhece Gás carbônico, etc. Sombra, Ar mais limpo Bom, Manutenção Sombra, oxigênio Sombra, plantar árvores com frutos, Fica bonito, melhor que deserto Limpar o ar; a favor, Mais bonito Há necessidade de Plantar umas árvores sempre Sombra; melhorar o ar Está muito quente, mais ventilado, árvores frutíferas ­ Tem que ter, com planta é melhor, Clima fica bom Sombra Faz sombra Bom para a cidade, mundo por causa do aquecimento global Mas não sabe o porquê, sombra é bonito Sombra Melhora o clima, ar, gosta das plantas Importante, qualidade do ar, bonito Bom para o ar, mais pelo gosto, ornamento,quentura Oxigênio, para tudo bom Bom em sombra; ótimo mais ventilado Bom ­ Melhorar o meio ambiente Coisa boa é importante É bonito, faz bem a saúde, diminui a quentura Ar puro, sombra Bom, respirar, ar puro Neutralizar os gases emitidos; bom se a população ajudasse Mais sombra Bom para a Natureza Bom é interessante Bom a arborização é boa, ar puro Bom porque sem as árvores seria pior Faz sombra e enfeite É bom porque era muito quente, tem sobra Muda o visual da rua Pela sombra, local mais ventilado Aquecimento global
78 APÊNDICE K – Resposta da pergunta 6 do questionário N° Morador Na sua opinião, o projeto foi positivo? Na sua opinião, o projeto foi negativo? 1 Ana Paula 2 Maria do Socorro 3 Eurico 4 Marílha 5 Empregada 6 Lurdes 7 Segunda 8 Paulo Alencar 9 Luciano 10 Júlio Cesar 11 Josefan 12 Maria José 13 Solange 14 Rosângela 15 Taisiane 16 Antônio 17 Paulo 18 Tereza 19 Graça 20 Gledes Cavalcante 21 Roseane 22 Cleide 23 Thiago 24 Rucia 25 Aldo 26 Lília 27 Patrícia 28 Luzia 29 Domingos 30 Núbia 31 Jodete 32 Joselha 33 Salete 34 Raquel 35 Rosiana 36 Alessandra 37 Ednalva 38 Anderlândia 39 Vera 40 Dalva 41 Lucia 42 Sebastiana 43 Maria Pereira 44 Jasmin Fonte: Acervo do autor.
Opinião ­ 1 Mais assistidos Sem posicionamento 1 ­ Sem posicionamento Bem Deveria continuar ser feito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ Ajuda a ter menos lixo Fica bonito, melhor que deserto Mais bonito Lixo não, pra que fez Foi bom ­ Ideia boa Clima fica bom 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ Mudas 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ­ Consciência do povo Põe lixo a prefeitura tira Se não tivesse árvores seria pior Não há manutenção Quentura Sem posicionamento Sem posicionamento Melhor seria uma área de lazer; ficam as árvores Nesse local por causa da escuridão Melhora em tudo ­ Traz saúde, cortar é o mesmo que judiar com uma pessoa ­ Bom, planta faz bem a população Iniciativa de estar pensando no futuro Não sabe por que não sabia Mas para ficar abandonado fica ruim ­ ­ Porque as plantas parecem matos ­ ­ Muda o visual da rua Pela sombra, local mais ventilado Ajuda ao MA 79 APÊNDICE L – Respostas da pergunta 7 do questionário N° Morador 1 2 3 4 5 Ana Paula Maria do Socorro Eurico Marílha Empregada 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Lurdes Segunda Paulo Alencar Luciano Júlio Cesar Josefan Maria José Solange Rosângela Taisiane Antônio Paulo 18 19 20 Tereza Graça Gledes Cavalcante 21 22 23 Roseane Cleide Thiago 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 Rucia Aldo Lília Patrícia Luzia Domingos Núbia Jodete Joselha Salete Raquel Rosiana 36 Alessandra 37 38 39 40 41 42 43 44 Ednalva Anderlândia Vera Dalva Lucia Sebastiana Maria Pereira Jasmin Fonte: Acervo do autor. Qual a sua opinião para melhorar o Projeto? Não tem Mais Assistência, Manutenção Manutenção, reforma Preservar Fazer uma praça Limpar a área, não só cuidar lá na frente. Frutíferas para alimentar os pássaros e andarilhos, mais limpo Fiscalização, pessoal não destruísse Colocar um jardineiro Todos cuidassem, mais árvores que não dessem frutos Falta colocar bancos, brinquedos; uma praça não só as plantas Que o governo tome conta Conscientizar a importância da comunidade Conservação Tirar o lixo, problema sério é o lixo Conscientização Plantar mais, há lixo em todo canto Todos se juntarem Limpasse e fazer uma praça, muito lixo virou uma lixeira, não adianta só as árvores Árvores e áreas de lazer Lixo;absurdo colocar o lixo; praça de verdade; importante plantar Colocar um parque, limpasse; ser mais arrumado o local; Plantas são iguais a gente Que deixasse as árvores, colocar árvore onde não tem, lá já em muito Plantar mais, mais manutenção, conscientizar os moradores para manter Sempre vir para melhorar, manutenção, colocar uma calçada e quadra de esportes no meio, manutenção Deveria ser melhorado; procurar plantar e os outros ajudassem Lixo; politicagem; lixo dos outros; não coopera não há zelo Plantar mais Manutenção iluminação, podação Sempre tenha alguém para tomar conta Fiscalizar o local, retirar as cabras As pessoas cuidem mais, que tenha um caminhão pipa para aguar as plantas Limpeza, vir o carro pipa para aguar, as cabras estão comendo Plantar mais, ter carro que viesse aguar as plantas Maior divulgação, população ficar sabendo mais Não sabe dizer Mais cuidado, pessoa vir para cuidar, perguntar a população se elas querem uma praça, cuidar e orientar as pessoas a cuidar Alguém para cuidar pois nem todos mundo tem tempo, só plantar não adianta de nada Continuar zelando, falta alguém que mantenha Ponto de água mais próximo da plantas Precisa de vigilância Mais cuidado da Prefeitura (fazer limpeza da praça) uma pessoa Deveria acontecer em outros locais A prefeitura tem que cuidar se refere às árvores sem tutor, falta cuidado Plantar mais
80 ANEXO ANEXO A ­ Planta baixa da Praça Sorocaba (AE 02). Fonte: Acervo do Setor de Arborização.
81 ANEXO B – Planta baixa da Praça Itaituba (AE 03). Fonte: Acervo do Setor de Arborização.
82 ANEXO C – Planta baixa da Área Verde em Frente ao Fórum (AE 04). Fonte: Acervo do Setor de Arborização.
83 ANEXO D – Planta Baixa da Praça São Simão (AE 10). Fonte: Acervo do Setor de Arborização.
84 ANEXO E – Planta Baixa da Praça Aluízio Alves (AE 11). Fonte: Acervo do Setor de Arborização.
85 ANEXO F – Planta Baixa da Praça Da Caixa D’água Pequena (AE 12). Fonte: Acervo do Setor de Arborização.
86 ANEXO G – Planta Baixa da Praça Varela Barca (AE 13). Fonte: Acervo do Setor de Arborização.
87 ANEXO H – Planta Baixa da Praça em Alagamar (AE 14). Fonte: Acervo do Setor de Arborização.
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