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CONHECIMENTO MATERNO SOBRE ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTARCOMPARAÇÃO ENTRE MÃES ou CUIDADORES DE CRIANÇAS ATENDIDAS EM
UMA UNIDADE PÚBLICA E EM UMA PARTICULAR
MATERNAL KNOWLEDGE ABOUT COMPLEMENTARY FEEDINGCOMPARISON BETWEEN MOTHERS or CAREGIVERS OF CHILDREN
ASSISTED IN A PUBLIC AND A PARTICULAR UNIT
LUANA ÉVELIN DE OLIVEIRA CUNHA
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais- Unileste-MG
E-mail: [email protected]
ANNA ELIZA DUARTE SOARES
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais- Unileste-MG
E-mail: [email protected]
GEUSLIANE AIALA DA COSTA
Aluna Bic- Junior
E-mail: [email protected]
ERING JÚNIOR BARROS COELHO
Docente pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais-Unileste-MG
E-mail: [email protected]
NILMA MARIA VARGAS LESSA
Docente do curso de Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais-UnilesteMG
E-mail: [email protected]
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NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 11, p. 945-965, ago./dez. 2012.
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RESUMO
A alimentação complementar deve ser oferecida a criança após os seis meses, entretanto é
comum a introdução desses alimentos antes ou após o período adequado, podendo causar
alterações indesejáveis. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar o conhecimento sobre
alimentação através de uma pesquisa descritiva transversal, quanti-qualitativa cuja amostra foi
composta por mães ou cuidadores de crianças atendidas em uma unidade de saúde privada e
uma pública de um município do Leste de Minas Gerais. Os dados foram coletados através de
um questionário semi-estruturado adaptado. Os resultados mostraram que apesar das mães ou
cuidadores atendidas em ambos os serviços relatarem não ter nenhuma dúvida sobre a
alimentação complementar, as mesmas tiveram número considerável de erros em questões
relacionadas à alimentação das crianças antes e após o sexto mês. Observou-se uma maior
porcentagem de acertos nas respostas do que erros, tanto no serviço privado quanto no serviço
público. Conclui-se que houve diferença estatisticamente significante somente na questão
referente ao período de aleitamento exclusivo, considerando p= 0, 014, porém, não houve
associação estatisticamente significante para as demais questões analisadas.
Palavras-chave: alimentação complementar, crianças, leite materno.
ABSTRACT
The complementary feeding should be offered the child after six months, however, it is
common for the introduction of these foods before or after the appropriate period of time, may
cause undesirable changes. This study aimed to assess the knowledge about nutrition through
a descriptive cross-sectional quantitative and qualitative sample comprised whose mothers or
caregivers of children enrolled in a private health facility and a public one municipality of
eastern Minas general. The date were collected through a questionnaire adapted semistructured. The results showed that although mothers or caregivers in assisted reporting both
services reporting have no doubt about the complementary feeding, they had considerable
number of errors in issues related to feeding the children before and after the sixth month.
There was a greater percentage than errors, both in private and in public service service. There
was a higher percentage of correct responses than errors, both in private and in public service.
It was concluded that there was statistically significant only in the matter relating to the
period of exclusive breastfeeding, taking p = 0, 014, however, no association was statistically
significant for the other issues discussed.
Key words: complementary feeding, children, breast milk.
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INTRODUÇÃO
Não há dúvida de que o leite materno é o alimento principal na alimentação de
crianças menores de dois anos de idade. O aleitamento materno apresenta vantagens tanto
para a mãe quanto para a criança. Para mãe, a amamentação oferece proteção contra o câncer
de ovário e mama e para a criança, incluem-se proteção das vias respiratórias e do trato
gastrointestinal contra doenças infecciosas. Além disso, o leite materno promove o ganho de
peso ideal, sendo livre de qualquer contaminação o que promove a proteção imunológica e
estimula o vínculo afetivo entre mãe e filho (BRECAILO et al., 2010).
Alimentação complementar é definida como alimentação no período em que outros
alimentos ou líquidos são oferecidos à criança, em adição ao leite materno (WHO, 1998
citado por MONTE; GIUGLIANI, 2004). Deve-se iniciar com alimentos ricos em energia,
proteínas e micronutrientes, sendo isentos de contaminação e em qualidade e quantidade
apropriadas à criança (SILVA; GUBERT, 2010).
Após os seis meses, deverão ser oferecidos, alimentos em consistência pastosa,
preparados especialmente para a criança, chamados de alimentos de transição. Deve-se
aumentar a consistência gradativamente, até chegar à alimentação da família, a partir do
oitavo mês de idade (MONTE; GIUGLIANI, 2004).
A introdução da alimentação complementar em tempo oportuno apresenta muitos
benefícios, que idealmente, não deve ser iniciada antes dos seis meses, pois pode conduzir a
malefícios (BRUNKEN et al., 2006).
A introdução precoce de alimentos complementares diminui o tempo de duração do
aleitamento materno, além disso interfere na absorção de nutrientes importantes presentes no
leite materno, tais como ferro e zinco, bem como reduz a eficácia da lactação na prevenção de
nova gravidez (MCNEILLY; GLASIER; HOWIE, 1985 citado por MONTE e GIUGLIANI,
2004). Observa-se que a introdução precoce da alimentação complementar tem-se associado
com o desenvolvimento de doenças atópicas como as alergias (MONTE; GIUGLIANI, 2004).
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No entanto, a introdução tardia também é desfavorável, visto que, não atende as
necessidades energéticas do lactente e leva a desaceleração do crescimento da criança,
aumentando assim o risco de desnutrição e deficiência de micronutrientes (SALDIVA, 2007).
Portanto, conhecer sobre a alimentação complementar contribui para o desenvolvimento
adequado do bebê.
Dentro desse contexto, a presente pesquisa teve como objetivo analisar o conhecimento
sobre alimentação complementar entre as mães ou cuidadores de crianças (responsáveis legais
pela criança) atendidas em uma unidade básica de saúde (UBS) e uma clínica particular.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa descritiva transversal, quanti-qualitativa, desenvolvida em
uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e em uma Clínica Particular de Pediatria, sendo ambos
os serviços do município de Minas Gerais.
Os dados foram coletados pelas alunas pesquisadoras no período de agosto a setembro
de 2011, nos estabelecimentos citados, por meio de um questionário semi estruturado
adaptado aos objetivos da pesquisa baseado em Barros e Seyffarth, (2008) aplicado às mães
ou cuidadores após esclarecimento sobre a pesquisa, e da assinatura Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido, segundo a Resolução nº. 196 de 10 de outubro de 1996, do Conselho
Nacional de Saúde.
Como critérios de inclusão, foram consideradas mães ou cuidadores com idade maior
que 18 anos, que estiveram presentes nas unidades de saúde nas datas de coleta dos dados
com crianças menores de um ano. Foi considerado com critério de exclusão da pesquisa mães
ou cuidadores que não possuíam crianças que se enquadravam na faixa etária definida,
aquelas que não aceitaram participar da pesquisa e que não assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídos todos os questionários com pelo menos
uma questão em branco.
O questionário continha questões fechadas sobre característica socioeconômica da
família, perfil das mães ou cuidadores, tempo de amamentação, uso da alimentação
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complementar pela criança, o melhor cardápio a ser oferecido após os seis meses, introdução
do leite de vaca antes do seis meses e se com essa introdução houve aparecimento de diarreia,
além de uma questões abertas para conhecer as principais dúvidas que as mães ou cuidadores
tinham sobre a alimentação complementar. Essas dúvidas foram catalogadas, e as mais
frequentes foram apresentadas nos resultados.
Os dados foram analisados empregando-se estatística descritiva e inferencial. Para
análise estatística foi utilizado o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS),
versão 11.0 e Microsoft Excel. As variáveis qualitativas foram descritas através de frequência
absoluta e relativa. Para verificar a associação entre as variáveis qualitativas aplicou-se o teste
qui-quadrado. O nível de significância adotado foi de 5%.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Caracterização da População
Foram entrevistadas 51 mães ou cuidadores, sendo excluídos 3 questionários por
não terem sido preenchidos corretamente, totalizando 48 entrevistadas, sendo 35 na UBS e 13
na clínica particular. A distribuição das crianças, segundo o gênero, foi de 48,6% para o
gênero masculino atendidos na UBS e 53,8% desse mesmo sexo para aqueles atendidos na
clínica particular, e do gênero feminino foi de 51,4% na UBS e 46,2% na clínica particular.
Em um estudo realizado por Santos et al., (2007) onde o objetivo foi avaliar a
alimentação de lactentes entre cinco e oito meses e verificar o tipo de orientação recebida
pelas mães quanto a prática da alimentação complementar, observou-se que a maioria das
mães entrevistadas eram jovens (80,2%), com idade variando de 15 a 29 anos. Comparando
com o presente estudo, a idade predominante na UBS foi de 31 a 35 anos (20%) e na clínica
particular foi de 26 a 30 (38,5%).
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Tabela 1- Caracterização sócio- demográfica de mães e ou cuidadores de crianças de um
serviço público e um serviço particular.
Características
Serviço Público
Serviço Privado
Idade
18 a 20
21 a 25
26 a 30
31 a 35
36 a 40
> 40
N
6
6
6
7
5
5
%
17,1
17,1
17,1
20
14,3
14,3
N
0
3
5
3
2
0
%
0
23,1
38,5
23,1
15,4
0
Estado Civil
Solteira
Casada/Amasiada
Desquitada
8
25
1
22,9
71,4
2,9
2
11
0
15,4
84,6
0
Divorciada
1
2,9
0
0
Fundamental Incompleto
Fundamental Completo
5
7
14,3
20
0
0
0
0
Médio Incompleto
Médio Completo
Superior Incompleto
Superior Completo
4
16
1
2
11,4
45,7
2,9
5,7
0
9
2
2
0
69,2
15,4
15,4
2
7
19
6
5,7
20
54,3
17,1
4
2
7
0
30,8
15,4
53,8
0
Escolaridade
Renda Familiar
Acima de 5 salários
Acima de 3 até 5 salários
Mais que 1 até 3 salários
1 salário mínimo
Fonte: dados da pesquisa
Destaca-se na clínica particular, a não existência de entrevistadas com idade entre 18
a 20 anos e maior que 40 anos, e na UBS houve participação de seis mães e/ou cuidadores
com idade entre 18 a 20 anos (17,1%) e cinco (14,3%) maiores que 40 anos. Com relação à
escolaridade, destaca-se nesse estudo que, tanto na UBS quanto na clínica particular, houve
predominância no ensino médio completo, sendo dezesseis (45,7%) na UBS e nove (69,2%)
na clínica particular, porém, no estudo de Santos et al., (2007) a predominância no nível de
escolaridade foi acima de 8 anos estudados (61,4%).
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Principais dúvidas das mães e/ou cuidadores
Ao avaliar as principais dúvidas das mães ou cuidadores atendidas na UBS sobre
alimentação complementar, destacaram-se as seguintes questões: “introdução o leite de vaca”
(2,9%), “alimento é adequado para crianças com intolerância à lactose” (2,9%), “momento
ideal para se oferecer frutas e legumes” (2,9%), “após os seis meses, mesmo que a criança só
queira o peito, é obrigada a oferecer outros alimentos” (2,9%), “pode-se introduzir suco no 4º
mês” (2,9%), “temperar os alimentos com temperos em cubinhos” (2,9%). Observou-se que,
vinte e nove mães ou cuidadores (82,9%) não relataram ter dúvidas com relação à alimentação
complementar. Com relação às dúvidas das mães ou cuidadores atendidas na clínica
particular, apenas uma (7,7%) relatou ter dúvida com relação a que tipos de temperos utilizar
para preparar a refeição da criança, e doze (92,3%) relataram não ter dúvidas sobre a
alimentação complementar (Tabela 2).
Barros e Seyffarth (2008), ao realizarem um estudo onde as mães ou cuidadores
expressaram seus conhecimentos prévios e suas duvidas, também observaram que as mesmas
possuem dúvidas. Além disso, detectaram que há uma influencia positiva em atividades
educativas sobre alimentação complementar.
Introdução Precoce de Alimentos
Para a alimentação das crianças menores de dois anos de idade, o aleitamento materno
é um dos fatores principais, sendo capaz de suprir as necessidades da criança até os seis
meses, e após essa idade deve ser complementado com alimentos adequados para atender as
necessidades nutricionais e para prevenir a morbimortalidade infantil (CAMINHA et al.,
2011). Observou-se nesse estudo um predomínio de mães que não ofereceram aleitamento
materno exclusivo até os seis meses em ambos os serviços. Na UBS, observou-se que das
trinta e cinco mães ou cuidadores, dezesseis (45,7%) ofereceram o aleitamento materno
exclusivo, e dezenove (54,3%) complementado. Na clínica particular, das treze mães e/ou
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cuidadores entrevistadas, uma (7,7%) ofereceu o aleitamento materno exclusivo, e doze
(92,3%) complementado (Figura 1).
Sena et al. (2007) ao discutir dados da população brasileira, descreve sobre a
prevalência do aleitamento materno, onde a maioria das crianças (87,3%) são amamentadas
no primeiro mês de vida, com um decréscimo da proporção para 77,5% aos 120 dias, e para
68,6% aos 180 dias. Os maiores percentuais de prevalência são encontrados nas regiões Norte
e Centro-Oeste nas diferentes idades. No Brasil, o percentual de crianças alimentadas
exclusivamente com leite materno é baixo já no primeiro mês de vida (47,5%). Na idade de
20 dias, a proporção estimada foi de 17,7% e, aos 180 dias, 7,7%. A região Sul destaca-se
com as maiores prevalências para todas as idades.
Figura 1- Tipo de aleitamento até os seis meses de idade de crianças atendidas em uma
unidade básica de saúde e uma clínica particular, no período de agosto e setembro de 2011.
Fonte: dados da pesquisa
Legenda: AME= Aleitamento Materno Exclusivo/ AMC= Aleitamento Materno Complementado
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Com relação à idade recomendada para a criança ser amamentada exclusivamente,
verifica-se que quatorze (40%) e seis (46,2%) mães ou cuidadores atendidas na UBS e clínica
particular, respectivamente, relataram ter que amamentar até os seis meses de idade. Porém,
dez (28,6%) das entrevistadas atendidas na UBS, relataram ter que amamentar até os dois
anos de idade ou mais, e cinco (38,5%) das que foram entrevistadas na clínica particular,
relataram ter que amamentar até os dois anos de idade. Este resultado indica que muitas mães
da amostra deste estudo, atendidas na rede particular de saúde, introduzem outros alimentos
antes dos seis meses de vida da criança por questões pessoais e profissionais e não por falta de
conhecimento.
Segundo Organização Mundial da Saúde, o aleitamento materno exclusivo é
recomendado nos primeiros seis meses de vida, sem nenhuma complementação. Após esse
período, o leite materno não é mais suficiente para suprir as necessidades nutricionais, sendo
necessário iniciar a alimentação complementar, mantendo o leite materno até os dois anos de
idade ou mais (GARCIA; GRANADO; CARDOSO, 2011).
Principais respostas das mães ou cuidadores sobre alimentos complementares
introduzidos e utensílios utilizados
Em estudo realizado por Corrêa et al., (2009), observou-se que das 516 crianças
pesquisadas, 413 (80%) receberam frutas e 400 (77,5%) receberam suco natural antes de
completarem seis meses de forma associada ao aleitamento materno e 190 (36,8%) crianças
receberam leite modificado em substituição ao aleitamento materno.
No entanto, no presente estudo, observou-se introdução de alimentos variados,
distintos dos alimentos do estudo de Corrêa et al. (2009), tais como água, iogurte, legumes,
papinhas, etc. Na UBS foi relatado por uma (5,3%) mãe e/ou cuidador oferecer água, uma
(5,3%) oferecer iogurte, duas (10,5%) ofereceram papinhas, quatro (21,1%) ofereceram leite
de vaca antes do sexto mês, enquanto na clínica particular houve relatos que uma (8,3%)
ofereceu legumes e duas (15,4%) papinhas (Tabela 2).
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Tabela 2 – Tipo de alimento introduzido no cardápio da criança menor de seis meses atendidas em
uma unidade básica de saúde e em uma clínica particular.
Alimentos que foram
introduzidos
UBS
Clínica Particular
N
%
N
%
Iogurte
1
5,3
0
0
Leite de vaca
4
21,1
0
0
Nan
8
42,1
2
16,7
Frutas
2
10,5
4
33,3
Água
1
5,3
0
0
Papinha
2
10,5
2
16,7
Suco
1
5,3
2
16,7
Legumes
0
0
1
8,3
Leite Aptamil
0
0
1
8.3
Fonte: dados da pesquisa
Até os dois anos de idade, a alimentação adequada é fundamental para promover o
crescimento e o desenvolvimento apropriado da criança. O leite materno deve ser a única
fonte alimentar para crianças até seis meses, pois sozinho supre todas as necessidades da
criança. A introdução de novos alimentos na dieta da criança é uma etapa crítica que pode
conduzir ao déficit nutricional e a enfermidades sendo que a carne deve ser introduzida desde
o primeiro momento, para garantir biodisponibilidade de ferro, e deverá ser moída e ou
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triturada (VITOLO, 2003 apud LOFGREN, 2008; PASSANHA; CERVATO-MANCUSO;
SILVA, 2010).
Verificou-se nesse estudo que, das mães ou cuidadores atendidas na UBS, dez
(28,6%) acham que devem oferecer primeiro chás e sucos, vinte e três (65,7%) acreditam que
deve ser oferecido legumes ou frutas, duas (5,7%) acredita ter que oferecer feijão, enquanto
nenhuma ofertaria carne. Em relação às mães e/ou cuidadores atendidas na clínica particular,
sete (53,8%) ofertaria chás e sucos, seis (46,2%) legumes e frutas, porém, nenhuma ofertaria
feijão e carnes (Tabela 3).
Estudo realizado por Salve e Silva (2009) revela que das 17 mães participantes da
pesquisa, três (17,6%) ofereceram água ou chás a criança, dez (58,8%) ofereceram fórmula
artificial, duas (11,8%) ofereceram leite UHT (Ultra High Temperature) integral e apenas
duas (11.8%) mães iniciaram a introdução de alimentos complementares da criança com
alimentos da família, ou seja, alimentos comumente utilizados pelos familiares, com exceção
do leite não materno.
Ao comparar o presente estudo com os dados de Salve e Silva (2009) observou-se
que a oferta de chás e sucos foi mais alta nesse estudo, sendo que, no estudo de Salve e Silva
(2009) não observou a introdução de legumes e frutas.
As frutas, legumes e verduras são as principais fontes de minerais, fibras e
vitaminas, porém esses alimentos são pouco aceitos inicialmente pela criança devido a sua
preferência pelo alimento doce. Esses alimentos devem ser ofertados um de cada vez e em
forma de purê ou papa (BRASIL, 2002). A oferta de legumes e frutas foi mais prevalente nas
entrevistadas atendidas na UBS do que as que foram atendidas na clínica particular (Tabela
3).
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Tabela 3 - Respostas das mães e/ou cuidadores atendidas em uma unidade básica de saúde ou
em uma clínica particular, no período de agosto e setembro de 2011 sobre alimentos que
devem ser oferecidos após o aleitamento exclusivo até os seis meses.
Alimentos
oferecidos
Unidade Básica de Saúde
Clínica Particular
N
%
N
%
Chás e Sucos
10
28,6
7
53,8
Legumes ou Frutas
23
65,7
6
46,2
Feijão
2
5,7
0
0
Carne
0
0
0
0
Fonte: dados da pesquisa
Com relação à resposta sobre os utensílios utilizados para ofertar o alimento para a
criança, destaca-se que o mais utilizado é a mamadeira, constando 60% na UBS, nas quais as
idades que mais se destacaram com utilização deste utensílio foram 1 mês, 8 meses e 11
meses, e 69,2% na clínica particular destacando que a alimentação foi ofertada com este
utensílio em crianças de 1 mês. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a mamadeira deve
ser evitada, pois pode atrapalhar a amamentação e é importante fonte de contaminação, além
disso, outro risco é a oferta de dieta muito diluída, o que pode não oferecer energia suficiente
para a criança (BRASIL, 2002).
É observado em nosso meio, que o número de crianças amamentadas ainda é
pequeno, sendo comum a introdução precoce de outros alimentos. Em substituição ao leite
materno, o leite de vaca é frequentemente utilizado sendo que suas proteínas são os primeiros
antígenos alimentares com os quais o lactente tem contato, o que o torna o principal alimento
envolvido na gênese da alergia alimentar nesta idade. Os sintomas mais frequentes
manifestam-se no trato gastrointestinal, trato respiratório e pele incluindo em suas
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manifestações clínicas urticária, prurido, vômito, diarréia, náusea, dor abdominal,
angioedema, broncoespasmo e constipação intestinal, dentre outras (CORTEZ et al., 2007).
Segundo Vieira et al., (2004), o principal argumento contra a oferta de alimentos
complementares antes do sexto mês de vida foi o aumento do risco de eventos de infecções
gastrintestinais. Em relação à resposta sobre a introdução do leite de vaca antes do sexto mês,
foi relatado que dez (28,6%) mães ou cuidadores da UBS ofertaram o leite de vaca e dessas,
duas crianças apresentaram diarréia, enquanto na clínica particular não houve nenhum relato
de oferta de leite de vaca antes do sexto mês (Tabela 4).
Tabela 4 - Resposta de mães e ou cuidadores atendidas em uma unidade básica de saúde e em
uma clínica particular, no período de agosto e setembro de 2011, sobre oferta de leite de vaca
antes do sexto mês de idade da criança.
UBS
Clínica Particular
N
%
N
%
Sim
10
28,6
0
0
Não
25
71,4
13
100
N
%
N
%
Sim
2
20
0
0
Não
0
80
0
0
Se sim, houve o
aparecimento de
diarreia.
Fonte: dados da pesquisa
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A introdução de alimentos industrializados, já no primeiro ano de vida, leva a uma
formação de hábitos alimentares inadequados, que com o passar do tempo ficam
incorporados. É possível imaginar que possa haver uma tendência de aumento do consumo
destes alimentos a partir do segundo ano de vida, quando a mãe, preocupada com a
inapetência da criança, devido à desaceleração do crescimento, adquire os alimentos que a
criança solicita, por já estar habituada desde os primeiros meses de vida e ter por eles maior
preferência. Esta alimentação inadequada pode ser um dos fatores determinantes do aumento
da obesidade infantil, que já é visto como motivo de preocupação na saúde pública
(SPINELLI; SOUZA; SOUZA, 2011).
Tabela 5 - Resposta de mães e ou cuidadores atendidas em uma unidade básica de saúde ou
em uma clínica particular, no período de agosto e setembro de 2011 sobre oferta de alimentos
industrializados antes do sexto mês de vida da criança.
Alimentos industrializados
UBS
Clínica Particular
Refrigerante
N
%
N
%
Sim
4
11,4
1
7,7
Não
31
88,6
12
92,3
N
%
N
%
Sim
2
5,7
3
23,1
Não
33
94,3
10
76,9
N
%
N
%
Sim
12
34,3
3
23,1
Não
23
65,7
10
76,9
N
%
N
%
13
37,1
3
23,1
22
62,9
10
76,9
Suco industrializado
Açúcar, mel, melado ou
adoçante
Bolacha, biscoito recheado
e/ou salgadinho
Sim
Não
Font Fonte: dados da pesquisa
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Diferença das repostas sobre alimentação complementar da unidade básica de saúde e
clínica particular
Observou-se ao analisar as respostas das perguntas sobre alimentação complementar
que houve uma maior porcentagem de acertos das respostas, tanto na clinica particular
(55,1%) quanto na UBS (56,9%). Entretanto, ao avaliar algumas perguntas específicas,
observou-se que, em relação ao questionamento sobre utensílios que devem ser utilizados
para ofertar alimentos à criança, houve menor porcentagem de acerto em ambos os serviços,
podendo destacar um baixo conhecimento dos utensílios para a melhor oferta dos alimentos,
sendo 92,3% de erro na clínica particular e 77,2% na UBS. Contrariamente a este estudo, em
Barros e Seyffarth (2008) observou-se maior percentual de acerto em relação a utilização de
utensílios.
Com relação às respostas sobre até que idade a criança deve ser amamentada, houve
maior porcentagem de erro, podendo destacar a UBS com 71% e clínica particular com 62%.
A porcentagem de acertos nessa questão foi muito baixa, sendo 29% na UBS e 38% na clínica
particular, enquanto no estudo realizado por Barros e Seyffarth (2008), houve maior
proporção de acerto da compreensão da idade recomendada pelo Ministério da Saúde para o
aleitamento materno (Figura 2).
Figura 2- Respostas das mães ou cuidadores atendidas em uma unidade básica de saúde ou em
uma clínica particular, no período de agosto e setembro de 2011 sobre até que idade se
recomenda a amamentação exclusiva.
Fonte: dados da pesquisa
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NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 11, p. 945-965, ago./dez. 2012.
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Ao realizar a análise inferencial das respostas de mães e/ou cuidadores da UBS e
clínica particular, percebeu-se que houve associação estatisticamente significante em apenas
uma questão (1%) referente ao período de aleitamento exclusivo (p= 0, 014). Ou seja, nessa
resposta houve diferença de conhecimento entre os dois serviços. Porém, não houve
associação para as demais questões analisadas, tais como: alimentos que devem ser oferecidos
primeiro, utensílio que deve ser utilizado para oferecer alimento á criança, como deve ser a
comida das crianças, dentre outras (Tabela 6).
Tabela 6 – Comparação das respostas das mães e/ou cuidadores atendidas em uma unidade
básica de saúde e em uma clínica particular, no período de agosto e setembro de 2011.
Questões Referentes á alimentação complementar
Unidade Básica
de Saúde
Clínica
Particular
Total
Valor
P
0,014*
N
%
n
%
Certo
16
94,1
1
5,9
17
Errado
19
61,3
12
38,7
31
Certo
24
80,0
6
20,0
30
Errado
11
61,1
7
38,9
18
Certo
21
65,6
11
34,4
32
Errado
14
87,5
2
12,5
16
Certo
28
77,8
8
22,2
36
Errado
7
58,3
5
41,7
12
Certo
7
63,6
4
36,4
11
Errado
28
75,7
9
24,3
37
Certo
8
88,9
1
11,1
9
Errado
27
69,2
12
30,8
39
Período de aleitamento exclusivo
Alimentos que devem ser oferecidos primeiro
0,154
Melhores alimentos para criança de 6 meses e 1 ano
0,108
Como a comida deve ser oferecida no início
0,189
Melhor cardápio para o almoço da criança
0,430
Utensílio que deve ser utilizado
0,232
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NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 11, p. 945-965, ago./dez. 2012.
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Questões Referentes á alimentação complementar
Unidade Básica
de Saúde
N
Tempero que podem ser utilizados
Clínica
Particular
%
n
%
N
%
n
Total
Certo
29
69,0
13
31,0
42
Errado
6
100,0
-
-
6
Certo
23
65,7
12
34,3
35
Errado
Até que idade que se recomenda a
amamentação
12
92,3
1
7,7
13
5
35,7
14
Valor P
Melhor momento para oferecer água a criança
9
Certo
64,3
26
76,5
8
23,5
34
Certo
10
66,7
5
33,3
15
Errado
25
75,8
8
Certo
29
70,7
12
29,3
41
Errado
6
1
14,3
7
Errado
0,065
0,388
Como os alimentos devem ser oferecidos
24,2
0,511
33
De que forma a comida é oferecida
85,7
0,410
Introdução do leite de vaca antes do sexto mês
Certo
27
67,5
13
Errado
8
100
-
32,5
-
40
0,06
8
*p ≤ 0,05
CONCLUSÃO
Conclui-se que, apesar da maioria das mães e/ou cuidadores de ambos os serviços
relatarem poucas dúvida sobre a alimentação complementar, houve erros em questões
relacionadas à alimentação das crianças antes e após o sexto mês, relatando informações não
condizentes com o que é correto.
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NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 11, p. 945-965, ago./dez. 2012.
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Observou-se que na unidade básica de saúde e na clínica particular, a maioria das
mães ou cuidadores ofereceram a alimentação complementar precocemente. Dentre os
alimentos oferecidos os mais predominantes na UBS foram o leite modificado, leite de vaca,
frutas, papinhas, água, suco e iogurte. Na clínica particular foram predominantes frutas, sucos,
legumes, papinhas e leite modificado.
Detectou-se uma maior porcentagem de acertos do que erros, tanto na clinica
particular quanto na UBS, segundo análise dos questionários.
Dentre os utensílios utilizados para ofertar o alimento para a criança, destaca-se que o
mais utilizado é a mamadeira, sendo essa importante fonte de contaminação.
Quando questionadas sobre a introdução de alimentos industrializados, tanto na UBS
quanto na clínica particular, a maioria das mães e ou cuidadores responderam não ofertarem
refrigerantes, suco industrializados, alimentos adoçados com açúcar, mel, melado ou adoçante
e bolacha, biscoito recheado e/ou salgadinho.
Quando comparadas as respostas das mães e/ou cuidadores da UBS com as da clínica
particular, houve associação estatisticamente significante somente na questão referente ao
período de aleitamento exclusivo (p=0,014) não havendo associação estatisticamente
significante para as demais questões analisadas. Pode-se constatar então, que não há diferença
entre os conhecimentos de alimentação complementar ente mães e/ou cuidadores atendidas
em ambos os serviços.
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_______________________________________________________________________________________963
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_______________________________________________________________________________________964
NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 11, p. 945-965, ago./dez. 2012.
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Disponível em: < http://www.nutricao.uerj.br/monografia/2007/esther.pdf >.
_______________________________________________________________________________________965
NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 11, p. 945-965, ago./dez. 2012.
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