Reciclagem do Lixo Eletrônico
Ricardo MP Coelho
Lixo Eletrônico
São Resíduos de Aparelhos Elétricos Eletrônicos (RAEE) chamados popularmente no Brasil de
“sucata de informática”, “lixo eletrônico” ou “lixo tecnológico” e, no exterior, WEEE (Waste
Electrical and Electronic Equipment), Electronic waste ou e-Waste.
A União Européia implementou em janeiro de 2003 um sistema de responsabilidades ambientais,
descrito na Diretiva 2002/96/EC e que foi adaptada e efetivada em leis de muitos países, no Brasil
leis semelhantes devem ser aprovadas com incentivo para a reciclagem de sucata de informática.
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São Resíduos de Aparelhos Elétricos Eletrônicos (RAEE) chamados popularmente no Brasil de
“sucata de informática”, “lixo eletrônico” ou “lixo tecnológico” e, no exterior, WEEE (Waste
Electrical and Electronic Equipment), Electronic waste ou e-Waste.
A União Européia implementou em janeiro de 2003 um sistema de responsabilidades ambientais,
descrito na Diretiva 2002/96/EC e que foi adaptada e efetivada em leis de muitos países, no
Brasil leis semelhantes devem ser aprovadas com incentivo para a reciclagem de sucata de
informática.
Devido ao fato de aparelhos elétricos e eletrônicos conterem muitos componentes considerados
tóxicos e não biodegradáveis, os fabricantes passaram a ser responsabilizados pelo recebimento
e reciclagem dos seus produtos sem custo para o consumidor final.
Com a responsabilização dos fabricantes a reciclagem do lixo eletrônico ganhou escala,
empresas especializadas foram criadas para receberem os equipamentos obsoletos entregues
pelos consumidores, promovendo uma parceria para o reaproveitamento das matérias primas.
Na mesma época a União Européia implantou a Restrição ao Uso de Substâncias Nocivas
(RoHS – Restriction of Hazardous Substances) na fabricação de equipamentos eletrônicos, pela
qual os fabricantes são obrigados a retirar (ou reduzir ao mínimo) da composição de seus
produtos os elementos chumbo, mercúrio, cádmio, cromo com valência 6, bifenilas polibromadas
(PBB) e éter difenilo polibromado (PBDE), estes últimos empregados como agentes retardantes
de chamas em peças plásticas.
O rápido avanço da tecnologia e o baixo custo de aquisição levam anualmente à substituição de
milhões de aparelhos, resultando num crescimento deste problema em todo o mundo.
Compõem o lixo eletrônico os seguintes equipamentos:
* Informática e comunicações (monitores, PC’s, impressoras, telefones, fax etc.)
* Eletrônica de entretenimento (televisores, aparelhos de som, leitores de CD etc.)
* Equipamentos de iluminação (sobretudo lâmpadas fluorescentes)
* Grandes aparelhos caseiros (fogões, geladeiras etc.)
* Pequenos aparelhos caseiros (torradeiras, aspiradores etc.)
* Esportes e lazer (brinquedos eletrônicos, equipamentos de ginástica etc.)
* Aparelhos e instrumentos médicos
* Equipamentos de vigilância
Estes produtos podem ser uma fonte valiosa para a reciclagem de matérias primas, quando tratados
apropriadamente; caso contrário, são altamente tóxicos.
Atualmente no Brasil as iniciativas para a reciclagem da sucata de informática, surgem do interesse
das indústrias conscientes das suas responsabilidades ambientais, outras vezes parte de um mercado
em final de vida de reaproveitamento de peças.
Neste contexto a desmanufatura de equipamentos obsoletos é a única alternativa viável, devido ao
custo do processo, a tendência é que haja a cobrança para a coleta e retirada do lixo eletrônico.
Ativa Reciclagem Ltda. é uma empresa 100% nacional, situada em Guarulhos – SP, especializada na
Prestação de Serviço de Reciclagem de Lâmpadas, Reatores e CRT.
Com processos próprios baseados na vanguarda européia e norte americana, promovemos também a
reciclagem da Sucata de Informática compreendida pela Desmanufatura e Descaracterização de
Resíduos de Aparelhos Elétricos e Eletrônicos, de acordo com normas de segurança exigidas pelo
cliente.
Licenciados pela Cetesb, cumprimos rigorosamente as legislações ambientais brasileiras e os padrões
e normas da ABNT. Acompanhamos as avançadas diretivas das normas ambientais mundiais WEEE –
Waste of Electric and Electronic Equipment (em português, RAEE – Resíduos de Aparelhos Elétricos e
Eletrônicos).
Na maioria das vezes, a Legislação Brasileira determina o cuidado com elementos tóxicos ou
contaminantes tão somente em sua forma singular, tornando-se omissa quanto ao aparelho que dispõe
do resíduo perigoso em sua estrutura. Observe que os reatores para lâmpadas contêm resinas e
capacitores com óleo Ascarel e DEHP, que são exemplos de perigo ambiental e da indefinição da
legislação em tratar textualmente reatores como resíduos perigosos, o mesmo acontece com o monitor
de computador e televisor, que em seu interior abriga chumbo e fósforo.
Reciclagem da Sucata de Informática no Mundo
A desmanufatura permite recuperar metais, plásticos, vidros e outros componentes, além de
metais preciosos de difícil separação que exigem alto grau tecnológico de metalurgia. Entretanto,
são encontrados diversos elementos contaminantes, como fósforo, chumbo, cromo, cádmio e
mercúrio, que requerem tratamento especial.
Existem soluções técnicas simples ou extremamente caras para o tratamento da sucata de
informática, porém problemas relacionados à escala de custos, logística, legislação e cultura,
dificultam o trabalho da reciclagem.
A agência de proteção ambiental dos Estados Unidos (EPA) alerta que 75% dos computadores
em desuso nos Estados Unidos ainda estão armazenados em garagens e armários à espera de
serem reutilizados, reciclados ou simplesmente jogados fora. Um típico monitor de PC pode
conter até 25% do seu peso em chumbo, por isso alguns estados dos EUA desenvolveram
políticas que proíbem o descarte de qualquer lixo eletrônico, principalmente CRT’s (tubos de
imagem), nos aterros sanitários. Devido às fracas leis ambientais e trabalhistas, países da Ásia e
África recebem e-waste muitas vezes ilegalmente, e usam métodos de incineração e eliminação
descontrolada que, por conta do elevado grau de toxicidade de substâncias como o chumbo,
mercúrio e cádmio, acabam por gerar graves problemas ambientais e de saúde pública.
Reciclagem no Brasil
A legislação brasileira trata os resíduos pelo elemento contaminante e determina o seu tratamento,
porém apenas alguns manufaturados dispõem de normas legais de descarte, como pilhas e baterias,
que são recebidos pelos fabricantes sem custo para o consumidor. A maioria dos produtos ainda não
dispõe de leis específicas e tem seu custo ambiental pago pelo usuário.
Por conta da desinformação resíduos tóxicos como monitores e reatores são vendidos como sucata e
o que não é reaproveitado; vidro chumbo, fósforo, capacitor de ascarel e DHEP, vão parar no aterro
sanitário.
Entendemos que a reciclagem de informática ou RAEE é imprescindível para o Brasil, sendo
preciso definir se esta reciclagem será financeiramente positiva, neutra ou negativa para o
gerador do resíduo. Nesta análise deve-se considerar o valor dos materiais recicláveis versus
a complexidade da desmanufatura e o grau de toxicidade dos elementos contidos no resíduo
e o custo ambiental de tratamento. “Portanto, não adotamos o conceito de lixo eletrônico ou,
inversamente, a idéia de que reciclagem deve sempre fornecer receita ao gerador do
resíduo”.
A Ativa Reciclagem divulga abertamente para consulta na Internet seus modelos de
separação e identificação de matérias-primas e materiais tóxicos, muitas vezes ocultos em
aparelhos elétricos e eletrônicos aparentemente inofensivos. Assim, esperamos demonstrar
a responsabilidade dos geradores e a necessidade da reciclagem ambientalmente
correta de aparelhos que contenham em sua estrutura resíduos perigosos.
Nossa missão é desmanufaturar e devolver à cadeia produtiva a matéria-prima dela
originária. Havendo algo manufaturado, este pode ser desmanufaturado e depois
remanufaturado; assim nada se perde e a natureza agradece.
Conte sempre com a Ativa Reciclagem.
Assinaturas a Serviços de Telecomunicações no Brasil
Milhões de Unidades
140
105
70
35
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Ano
Densidade de Telefonia Fixa
Celulares em Serviço
Assinatura de TV a Cabo
Aparelhos Eletro-Eletrônicos nos Lares do Brasil
Milhões de Unidades
60
40
20
0
2001
2002
2003
2004
2005
Ano
Fogão
Televisão
Geladeira
Rádio
Máquina de Lavar Roupa
PC
PC com internet
Freezer
2006
Produção de Energia - Brasil (2000-2006)
40
300
30
Termoelétricas (MW)
3
Petróleo (milhões de m )
20000
15000
10000
250
20
200
150
10
100
5000
0
50
0
0
1998
2000
2002
2004
Ano
Hidroeletricas
Petroleo
Termoelétricas
Dependeicia Externa (Petróleo)
2006
-10
2008
80000
60000
40000
20000
0
Hidroelétricas - MW
350
Percentual (%) de dependência externa - Petróleo
25000
Existe contaminação com metais pesados na represa da Pampulha?
Raízes
Cd 0,9 ppm
Pb 13,8 ppm
Zn 47,5 ppm
Cd 0,007 ppm
Pb 0,08 ppm
Zn 170,5 ppm
Cd 0,9 ppm
Pb 13,0 ppm
Zn 101 ppm
Músculos
Cd = 0,2-0,4 ppm
Pb = 6,6-7,0 ppm
Zn = 7,0-13,0 ppm
Fígado
Cd = 0,5-0,7 ppm
Pb = 77,8- 104,1 ppm
Zn = 127,0-669,5 ppm
Museu de Arte
Cd = 1,7 ppm
Pb = 64,4 ppm
Zn = 296,8 ppm
Metais traços
Organismo
Cd
Pb
Zn
Eichhorina crassipes
E.crassipes
0,9
13,0
101,2
Typha latifolia
caule/folhas
0,6
9,0
43,7
estolao
0,2
3,8
93,6
Sagitaria. Montevidensis
Graminea
raiz
0,9
13,8
47,5
flores/sementes
0,5
12,8
172,5
caule/folhas
8,8
12,8
172,5
raiz
1,2
13,5
38,9
caule/folhas
0,4
8,8
73,8
Zooplâncton
Tilápia Rendalii
Sedimentos
< 0,007
< 0,08
170,5
Músculos
0,2-0,4
6,6-7,0
7,03 – 13,3
Fígado
0,5-0,7
77,8-104,1
127,02 – 669,5
Museu Arte
1,7
64,4
296,8
Iate Tênis Clube
0,8
55,4
159,0
ETAF Copasa
1,0
55,7
142,0
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Reciclagem do Lixo Eletrônico - Ecologia e Gestão Ambiental