Rede de Monitoramento da
Qualidade do Ar
O Que é Rede de Monitoramento do Ar?

A Rede de monitoramento do Polo está em seu oitavo ano de
operação, tendo sido inaugurada oficialmente em 31 de maio de
1994.

Sua implantação foi um dos condicionamentos estabelecidos pelo
CEPRAM – CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE, na sua
Resolução 620, de 21 de julho de 1992, publicada após a análise
do Estudo de Impacto Ambiental efetuado para analisar a
ampliação das empresas instaladas no Pólo.

A CETREL desenvolveu o projeto, efetuou a instalação e opera a
Rede de Monitoramento do Ar do Pólo, por ser a empresa que já
executa outras atividade relacionadas à proteção ambiental na
área do Pólo, tais como o tratamento de efluentes líquidos
industriais, tratamento e disposição de resíduos perigosos, etc.
2
O que a Rede Monitora?

Os poluentes convencionais: material particulado (Hi-Vol e PM10),
dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio (NO e NO2), monóxido de
carbono e ozônio, legislados pela Resolução CONAMA – Conselho
Nacional de Meio Ambiente - 03/1990.

Os não convencionais : VOCs legislados pela Resolução CEPRAM
2878 de 2001, e metais (Chumbo, Cromo, Cobre, Ferro, Níquel,
Arsênio, Mercúrio).

Parâmetros meteorológicos: Velocidade e direção do vento,
temperatura, umidade, precipitação pluviométrica, radiação solar e
pressão.

A rede inclui também o Radar Acústico que mede os parâmetros
meteorológicos nas camadas superiores da atmosfera, e fica
localizado na Cetrel.
3
Local das Estações e Poluentes Monitorados
ESTAÇÃO Nº
TIPO
1 – CÂMARA
Completa
2 – GRAVATA
Simples
3 – COBRE
Simples
4 – SÍTIO
Simples
5 – LAMARÃO
Completa
6 – BALNEÁRIO Simples
7 – ESCOLA
Completa
LOCALIZAÇÃO
POLUENTES
MONITORADOS
Entre a Câmara e a Prefeitura de SO2, NOx, CO, MP e
Camaçari
Orgânicos
Escola Helena C. Magalhães SO2
(Camaçari)
Estação Elevatória do Cobre
SO2, O3, MP e
Orgânicos
Lamarão do Passé
SO2
Escola Josiane Santos (Lamarão
do Passé)
"Sociedade Amigos de Dias
D’Ávila"
Escola Prof. Anfrísia Santiago
(Nova Dias D’Ávila)
Hospital Geral de Camaçari
SO2, NOx, O3, MP e
Orgânicos
SO2
SO2, O3, MP e
Orgânicos
8 - H. GERAL
Completa
SO2, NOx, CO, O3, e
Orgânicos
Obs.: As 4 estações completas monitoram também parâmetros meteorológicos.
4
PARÂMETROS METEOROLÓGICOS MONITORADOS
ESTAÇÃO
ESCOLA
LAMARÃO
HOSPITAL
CÂMARA
PARÂMETRO
Temperatura
Umidade relativa
Direção e Velocidade do vento
Temperatura
Umidade relativa
Radiação Solar
Precipitação
Direção e velocidade do vento
Pressão atmosférica
Temperatura
Radiação Solar
Umidade Relativa
Precipitação
Direção e velocidade do vento.
Direção e velocidade do vento
5









Pólo

RLAM



SALVADOR
LEGENDA
 - Estação de Monitoramento do Ar
N
NNW
NW
WNW
W
18%
16%
14%
12%
10%
8%
6%
4%
2%
0%
NNE
NE
ENE
E
WSW
ESE
SW
SE
SSW
SSE
S
Estação de Monitoramento
8
Métodos de Análise

SO2 – FLUORESCÊNCIA NO ULTRAVIOLETA - contínuo e automático

NOX – QUIMIOLUMINESCÊNCIA - contínuo e automático

O3 – FOTOMETRIA NO ULTRA VIOLETA - contínuo e automático

CO – INFRA VERMELHO ASSOCIADO A FILTROS DE CORRELAÇÃO contínuo e automático

COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS – cromatografia gasosa c/ trap
criogênico como interface; a amostragem é feita a cada 15 dias, durante 24
horas. As amostras destinadas a análise de voláteis nas estações de
monitoramento do ar, são coletadas em recipientes especiais denominados
"SUMMA CANISTERS" , e injetadas no cromatógrafo através de um
Concentrador Criogênico.

MATERIAL PARTICULADO – HI-VOL ou AMOSTRADOR DE GRANDES
VOLUMES, amostragem é feita a cada 6 dias, durante 24 horas.

PM10 – Este equipamento é semelhante ao HI-VOL, porém monitora apenas
as partículas menores que 10 micra. As amostragem são feitas durante 24
horas, a cada 6 dias.
9
VOC’S MONITORADOS
ATRAVÉS DE CANISTER´S
Lim. Detec Padrões VOC'S
(ppbv)
Ambientais (ppb)
1,1 Dicloroetano
2,10
10240
1,1 Dicloroeteno
2,80
61
1,1,1 Tricloroetano
2,00
1750
1,1,2 Tricloroetano
1,60
102
1,1,2 Triclorotrifluoretano
3,30
5000
1,1,2,2 Tetracloroetano
1,20
5
1,2 Dibromoetano
1,30
100
1,2 Diclorobenzeno
1,30
125
1,2 Dicloroetano
1,30
50
1,2 Dicloroeteno
1,80
1000
1,2 Dicloropropano
1,60
NP
1,2 Diclorotetrafluoretano
4,60
NP
1,2,4 Triclorobenzeno
4,20
278
1,2,4 Trimetilbenzeno
1,90
1420
1,3 Diclorobenzeno
1,50
526
1,3 Dicloropropeno (cis)
1,60
NP
1,3 Dicloropropeno (trans)
1,40
NP
1,3,5 Trimetilbenzeno
2,00
125
1,4 Diclorobenzeno
1,60
50
COMPOSTOS
Lim. Detec Padrões VOC'S
(ppbv)
Ambientais (ppb)
Benzeno
1,90
5
Bromometano
7,80
NP
Cloreto de Metileno
3,70
250
Cloreto de Vinila
3,10
25
Clorobenzeno
1,80
50
Cloroetano
5,10
NP
Clorofórmio
2,00
53
Clorometano
2,00
NP
Diclorodifluormetano
7,20
NP
Estireno
1,00
250
Etilbenzeno
1,60
500
Hexaclorobutadieno
3,70
NP
m-p-Xilenos
2,90
1230
o-Xileno
1,40
1230
Tetracloreto de carbono
2,10
25
Tetracloroeteno
1,90
125
Tolueno
1,50
250
Tricloroeteno
1,90
250
Triclorofluormetano
2,90
3900
COMPOSTOS
10
Monitoramento de VOCs
Objetivos da Rede

Os principais objetivos da implantação da REDE DE
MONITORAMENTO DO AR são:
– Avaliar a qualidade do ar de acordo com os requisitos fixados pelo
CONAMA, pelo CEPRAM e pelas normas técnicas nacionais e
internacionais, principalmente na áreas urbanas densamente
povoadas localizadas próximo ao polo (Camaçari, Dias D'Ávila e
Lamarão do Passe).
– Orientar as empresas no sentido de melhorar ou manter seus
níveis de emissão, através de ajuste de processo, matéria prima,
instalação de equipamentos de controle, etc.
– Determinar o planejamento e controle da poluição atmosférica e
seu acompanhamento;
– Avaliar a eficiência das medidas corretivas implantadas.
12
Recursos

A Rede foi quase totalmente financiada pelas empresas do Pólo, e os
investimentos envolvidos foram de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de
Reais), para a aquisição dos equipamentos e montagem da Rede. Foi feito
também um pequeno empréstimo no BNDES. Além disto a cada ano são
pagos também pelas indústrias do Pólo, os custo operacionais e
eventualmente os investimentos que se façam necessário.

O custo operacional anual é rateado entre as empresas, tendo como base
as emissões atmosféricas de cada empresa e os investimentos
necessários para monitorar cada um dos poluentes medidos.
O
orçamento é previamente discutido com as empresas, em geral no mês de
setembro, e deve ser aprovado por todas elas.

Todas as empresas localizadas no Polo participam dos custos, mesmo
aquelas que não emitem uma carga significante de poluentes, pagam 0,25
% dos custos da Rede.

A CETREL administra o orçamento da Rede, aprovado pelas empresas a
cada ano. A prestação de contas é feita através de reuniões mensais com
todas as empresas, e de relatórios trimestrais, contendo todos os gastos
efetuados e receitas, que são enviados para todas as empresas
associadas.
13
Manutenção

Este é um aspecto de extrema importância, e a CETREL, após ter
se capacitado ao longos dos últimos anos, com profissionais da
área de instrumentação e eletrônica que se dedicaram aos
equipamentos, em treinamentos na sede da empresa fabricante
dos equipamentos, e nas visitas anuais do mesmo. Por este
motivo a CETREL atualmente é a responsável pela manutenção
não somente da RMA do Pólo Petroquímico de Camaçari, como
também de outras redes de monitoramento do ar, até mesmo fora
do estado.

A CETREL mantém um estoque das peças de reposição mais
necessárias, e este estoque é renovado anualmente.

O índice de disponibilidade dos equipamentos da rede foi de 95 %
em 2001.
14
Controle de qualidade dos Dados

Para garantir a qualidade dos dados são tomadas
várias medidas:
– Manutenção dos equipamentos
 Manutenção preventiva mensal em toda a Rede
 Manutenção Semestral
 Manutenção anual geral
– Calibração dos equipamentos
– Análise diárias
discrepâncias.
dos
resultados
para
avaliar
15
Resultados de 2001: Introdução



O ano de 2001 foi um ano meteorológico, relativamente sem chuvas,
desfavorável á depuração dos poluentes atmosféricos, principalmente
nos meses junho, julho, agosto e setembro. A investigação de
qualidade do ar deverá permitir o conhecimento dos níveis de um
número crescente de indicadores em todos os pontos e para todos os
momentos.
A investigação deverá se apoiar sobre as medições automáticas e
contínuas feitas nas estações, campanhas de medições periódicas de
processamento estático dos resultados e de modelos físico matemáticos de previsão do comportamento de atmosfera e de
dispersão de poluentes, que permitem calcular as concentrações dos
poluentes nos locais e nos momentos onde não é possível a medição
propriamente dita. A RMA do Pólo petroquímico de Camaçari já dispõe
de alguns desses meios e deverá atuar no sentido de incrementar a
sua capacitação.
Uma etapa já realizada foi a consolidação do uso do modelo
matemático de dispersão ISCST-3 ( Industrial Source Complex Short
Term) já intensamente utilizada no estudo de reavaliação da RMA no
ano de 2001 e apresentado em anexo.
16
Dióxido de Enxofre - SO2




Com relação aos anos anteriores, observou-se uma redução
considerável na intensidade (velocidade) do vento medida na Estação
Lamarão , principalmente no 3 Trimestre, embora no 2 trimestre esta
intensidade foi também observada, embora em menor escala.
Houve também um aumento da incidência de calmaria no 2 e 3
trimestres de 2001, nesta estação . A combinação desses dois fatos
contribuíram para este aumento de concentração de SO2 nas estações
Sítio e Lamarão e em menor grau no Cobre.
Na Estação Hospital observou-se também um aumento considerável
na concentração de SO2 nos meses de maio a novembro, ou seja, no
período mais quente do ano , para dispersão atmosférica.
Com relação as emissões observou-se também um aumento de carga
de SO2 emitida pela Acrinor, o que tem contribuído para o redução da
qualidade do ar nesta estação.
17
Médias Mensais de SO2
Estação Lamarão
25
1995
SO2 (ppb)
20
1996
1997
15
1998
10
1999
2000
5
2001
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Estação Hospital
25
1995
SO2 (ppb)
20
1996
1997
15
1998
10
1999
2000
5
2001
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
18
Média anual de SO2 - 1995 a 2001
O gráfico a seguir mostra a tendência das médias anuais referentes
ao período de 1995-2001, onde observa-se que em 2001 registrouse uma concentração média anual inferior ao ano anterior.
TENDÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO MÉDIA ANUAL DO SO2
MEDIDO NA RMA - 1995 A 2001
Concentração Média Anual(ppb)
4,5
4,0
4,1
Padrão de concentração média anual = 30,5 ppb (Conama 03/90)
3,4
3,5
3,4
3,2
3,0
3,0
2,5
2,3
2,1
2,0
1,5
1,0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
19
Ozônio - O3



O ozônio ultrapassou o padrão horário de 81,6 ppb estabelecido pelo
CONAMA 003/90 durante 25 ocasiões diferentes no ano 2001, embora
em apenas um dia, o padrão tenha sido ultrapassado em 06 (seis)
horários diferentes, como mostra a .
Quanto ao vento, no momento dos ventos, não se observa direções
predominantes, ao contrario foram detectados ventos provenientes de
várias direções, que permitem sugerir possíveis fontes de precursores
de Ozônio:
– A cidade de Salvador – quando o vento sopra do Sul, Sudeste ou
Leste.
– A Refinaria Landulpho Alves – quando a direção é de Oeste e de
Sudoeste.
– As rodovias próximas a Camaçari, principalmente a BR 324 –
quando a direção é Norte.
Observou-se ainda eventos de Ozônio, na Estação Cobre, com ventos
oriundos do quadrante Nordeste, onde não se pode Inferir as fontes
precursoras de Ozônio.
20
Ozônio - O3


Do ponto de vista meteorológico, as trajetórias dos gases precursores
nem sempre são retilíneos e deve-se considerar também que grande
parte dos eventos foram observados de manhã, bem cedo, sugerindo
que o Ozônio foi transportado de um dia para o outro. Para melhor
compreensão destes processos são necessários mais estados sobre
os precursores do Ozônio, inclusive o inventário de seus precursores e
a utilização de modelos fotoquímico de dispersão e modelos
meteorológicos para determinação das trajetórias do poluente.
Comparando os resultados obtidos para Ozônio no período de 1995 a
2001, apresentados na , e verifica-se também, a exemplo do que
ocorreu com os outros poluentes (SO2, CO e NO2), uma tendência de
aumento das concentrações medidas no ano de 2001, provavelmente
resultante do aumento de produção nas empresas do Pólo com
conseqüente aumento de consumo de combustíveis. É necessário
exercer maior controle sobre as emissões atmosféricas, para evitar
uma maior deteorização de qualidade do ar na região de influência do
pólo.
21
Ozônio - O3
O3 (ppb)
Estação Hospital
550
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Estação Lamarão
O3 (ppb)
210
180
1995
150
1996
1997
120
1998
90
1999
60
2000
30
2001
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
22
Monóxido de Carbono-CO
A mesma tendência de aumento das concentrações de CO observada
no ano anterior, continuou a chamar a atenção no ano de 2001 na
estação Hospital. Observa-se que as concentrações máximas de CO
detectadas nas continuam abaixo do padrão de qualidade do ar de
35,0 ppm, para o período de 1 hora. O maior pico ocorreu na estação
no mês de maio, mesmo período do ano anterior.
Estação Hospital
15
1995
12
CO (ppm)

1996
1997
9
1998
6
1999
2000
3
2001
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
23
Dióxido de Nitrogênio - NO2
Nas estações estações Hospital e Lamarão, observou-se um
comportamento diferente dos anos anteriores, principalmente no
segundo e terceiro trimestres.
NO2 (ppb)
Estação Lamarão
300
270
240
210
180
150
120
90
60
30
0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Estação Hospital
NO2 (ppb)

300
270
240
210
180
150
120
90
60
30
0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
24
Parâmetro Meteorológicos
Estação Hospital
Pressão (hPa)
1010

1005
1000
995
990
JAN
FEV
MAR
1995
ABR
1996
MAI
JUN
1997
JUL
1998
AGO
1999
SET
2000
OUT
NOV
DEZ
OUT
NOV
DEZ
OUT
NOV
DEZ
2001
Os parâmetros
meteorológicos
seguiram, em geral, o
comportamento médio
dos últimos anos.
Estação Hospital
Temperatura ( oC)
34
32
30
28
26
24
22
20
JAN
FEV
1995
MAR
1996
ABR
MAI
1997
JUN
1998
JUL
1999
AGO
2000
SET
2001
Estação Hospital
Rad. Solar (W/m2)
800
700
600
500
400
300
200
100
JAN
FEV
1995
MAR
1996
ABR
1997
MAI
JUN
1998
JUL
1999
AGO
2000
SET
2001
25
Parâmetro Meteorológicos
Estação Hospital
Umidade Relativa (%)
100
90
80
70
60
JAN
FEV
MAR
1995
ABR
1996
MAI
JUN
1997
JUL
1998
AGO
1999
SET
OUT
2000
NOV
DEZ
NOV
DEZ
NOV
DEZ
2001
Estação SUDIC
Precipitação (mm)
500
400
300
200
100
0
JAN
FEV
1995
MAR
ABR
1996
MAI
1997
JUN
1998
JUL
1999
AGO
SET
2000
OUT
2001
Velocidade do Vento (m/s)
Estação Hospital
6
5
4
3
2
1
0
JAN
FEV
1995
MAR
1996
ABR
1997
MAI
JUN
1998
JUL
1999
AGO
2000
SET
OUT
2001
26
Material Particulado: HI-VOL

Verifica-se que em 2001, houve uma redução nos níveis de material
particulado, com relação ao ano de 2000
Comparando o comportamento das concentrações médias
geométricas mensais, para cada estação medida de MP, com o
comportamento de precipitação pluviométrica de área, observa-se que
2001 foi um dos anos menos chuvosos dentre os últimos sete anos,
em que a precipitação ficou a baixo da média desses anos, nos meses
de abril, maio, junho e novembro, isto se reflete no aumento das
concentrações de MP nas estações analisadas.
HI-VOL - ESTAÇÃO LAMARÃO
80
70
Concentração (µg/m3)

1995
60
1996
50
1997
1998
40
1999
30
2000
20
2001
10
0
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
27
Material Particulado: PM10
Através da análise do comportamento mensal observa-se um aumento
significativo na concentração de partículas inaláveis nos primeiros
cinco meses de 2001, em relação aos anos anteriores.
PM10 - ESTAÇÃO LAMARÃO
60
50
1995
1996
40
µg/m 3

1997
1998
30
1999
2000
20
2001
10
0
JAN
FEV
MAR
ABR
MAIO
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
28
Ocorrência de poluentes orgânicos na região de influência do Pólo
COMPOSTOS
Padrões
(ppb)
Número de
Ocorrências
LD
Número de
Ultrapassagens
1,1 Dicloroetano
1,1 Dicloroeteno
1,1,1 Tricloroetano
1,1,2 Tricloroetano
1,1,2 Triclorotrifluoretano
1,1,2,2 Tetracloroetano
1,2 Dibromoetano
1,2 Diclorobenzeno
1,2 Dicloroetano
1,2 Dicloroeteno
1,2 Dicloropropano
1,2 Diclorotetrafluoretano
1,2,4 Triclorobenzeno
1,2,4 Trimetilbenzeno
1,3 Diclorobenzeno
1,3 Dicloropropeno (cis)
1,3 Dicloropropeno (trans)
1,3,5 Trimetilbenzeno
1,4 Diclorobenzeno
Benzeno
Bromoetano
Cloreto de Metileno
Cloreto de Vinila
Clorobenzeno
Cloroetano
Clorofórmio
Clorometano
Diclorodifluormetano
Estireno
Etilbenzeno
Hexaclorobutadieno
m-p-Xilenos
o-Xileno
Tetracloreto de carbono
Tetracloroeteno
Tolueno
Tricloroeteno
Triclorofluormetano
10240
61
1750
102
5000
5
100
125
50
1000
NP
NP
278
1420
526
NP
NP
125
50
5
NP
250
25
50
NP
53
NP
NP
250
500
NP
1230
1230
25
125
250
250
3900
---------------2
47
1
-----7
13
--------------------7
---------------4
-----42
-----33
7
----------16
-----5
-----1
-----4
4
----------51
-----69
2,63
2,72
2,40
2,15
3,30
1,34
1,30
1,05
1,29
2,11
0,93
2,13
3,47
0,65
1,66
0,72
1,28
1,69
0,98
0,93
2,89
2,49
3,10
1,53
2,00
2,34
5,29
2,23
9,72
2,16
1,18
3,93
1,50
2,17
1,75
1,64
1,95
2,59
-------------------------1
-----------------------------------------------------------------1
-------------------------------------------------------------------------------------------
Conc. Máxima % acima do
(ppb)
padrão
---------------16,91
38,64
22,32
-----4,62
9,67
--------------------19,58
---------------20,07
-----7,02
-----17,76
21,06
----------31,50
-----29,62
-----9,07
-----14,63
3,56
----------34,89
-----182,79
-------------------------346,4%
------------------------------------------------------------40,4%
-------------------------------------------------------------------------------------------
Número total de amostragens
em 2000 = 91
Obs.: NP - Não foi proposto um
limite para estes compostos,
devido a falta de informações
sobre
os
mesmos,
nas
legislações de outros países que
foram consultados.
29
Conclusões

Comparando-se os resultados obtidos pela R.M.A ao longo dos
últimos seis anos, observou-se que a qualidade do ar no ano
2000, na área de influência do Pólo Petroquímico de Camaçari, foi
menos favorável que nos anos anteriores. Alguns poluentes
apresentaram as maiores concentrações já registradas no ano
2000, desde a instalação da R.M.A em 1995. Os resultados
descritos a seguir comprovam esta tendência:
– ano de 2001 foi um dos anos menos chuvosos desde 1994, ano em que
iniciava a apuração da RMA, isto tem influencia na qualidade do ar, na
região de influência do Pólo, principalmente no primeiro semestre de 2001,
quando as concentrações dos poluentes foram mais elevadas.
– Uma análise de concentração de SO2 versus direção do vento, para a zona
urbana de camaçari, referentes aos anos de 2000 e 2002, demonstraram
que a direção do vento tem uma importância fundamental na formação de
episódios de poluição a referida cidade.
– É preciso um maior acompanhamento dos ventos por parte das empresas
do Pólo, para minimizar as emissões nos níveis críticos, de que os ventos
se dirigirem ao pólo, para Camaçari.
30
Conclusões



Através de avaliação de qualidade do ar medida em 2001, e na
comparação com os anos anteriores, observa-se uma tendência
de determinação de qualidade do ar, na região de influ6encia do
Pólo, para todos os poluentes de uma maneira geral,
especialmente por NOx, PM 10 e CO.
Recomenda-se um maior controle destas emissões, e expandir a
RMA, conforme a tabela de reavaliação. Bem como, manter
direção e velocidade do vento em todas as outras estações da
RMA, inclusive na nova estação de Leandrinho.
Para auxiliar na prevenção de episódios de poluição recomendase a adoção de técnicos de modelagem matemática que permitam
a previsão dos ventos na região de influência do Pólo, com
antecedência de 6 a 72 horas, objetivando auxiliar na tomada de
decisões por parte das industrias, emitindo os sérios incômodos
causados recentemente à população. O Software MMS –
Mesoscale Model já vem sendo usado em outros países, e poderá
também ser usado na RMA para este fim.
31
Disseminação dos Resultados

Os resultados são enviados mensalmente para:
– todas as empresas associadas ao programa de monitoramento do ar
Pólo
– COFIC – Comitê de Fomento Industrial do Pólo
– CRA – Centro de Recursos Ambientais
– Associações Comunitárias das cidades vizinhas ao Pólo

Anualmente é elaborado um relatório contendo todos os
resultados obtidos sobre a qualidade do ar e meteorologia no ano
anterior, e divulgado também para os mesmos destinatários.

Algumas empresas solicitam também os dados diariamente. Caso
seja detectada alguma concentração de poluentes fora do normal,
as empresas do Pólo Petroquímico, CRA e COFIC são
imediatamente avisadas.
32
Comentários Finais

A Rede encontra-se instalada e em operação rotineira desde
Maio/94.

Os resultados obtidos até o momento estão dentro dos padrões
CONAMA 003/94, exceto para o ozônio e SO2, que tem em
algumas ocasiões ultrapassado os padrão do CONAMA 003/90.

A carga de poluentes emitidas pelas empresas é checada
periodicamente.

Um dos objetivos principais da rede é orientar as empresas no
sentido de reduzir as cargas.

Os dados gerados pela rede são enviados para as empresas do
Pólo mensalmente.

A análise mensal dos parâmetros meteorológicos permitiu a
identificação do período mais crítico para dispersão atmosférica,
que engloba os meses de maio a setembro, períodos semelhantes
ao longo dos anos de operação da Rede.
33
Comentários Finais

De um modo geral essa análise mostrou que a circulação local do
vento de superfície modifica a sua direção e a velocidade sobre a
região de influência do Pólo, em função da topografia e das
alterações no ciclo climatológico sazonal da atmosfera;

A qualidade do ar tem sido classificada como "boa", desde 1994,
ou seja, a concentração dos poluentes tem se mantido sempre
abaixo dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 003/90, para os
poluentes, SO2, CO, NO2 e MP. Entretanto o SO2 apresentou
picos de concentração bastante elevados em algumas ocasiões.

Com relação aos compostos orgânicos voláteis, poluentes não
legislados no país, detectou-se que a concentração de alguns
destes poluentes, tende a se elevar no período entre abril a
setembro, devido as condições meteorológicas desfavoráveis à
dispersão;
34
Comentários Finais

À partir de 1996 foi intensificado o monitoramento de poluentes
orgânicos na área de influência do Pólo.

Embora a medição dos parâmetros meteorológicos, no nível da
superfície horizontal, seja bastante representativa do
comportamento do regime microclimático local, em 1997 foi
adquirido um radar acústico, com o objetivo de efetuar medições
do perfil vertical do vento, e da altura da camada de mistura, para
melhor interpretar os resultados obtidos através da Rede de
monitoramento do ar. Observa-se ainda que o vento muda de
direção com a altura, principalmente no regime de microescala em
zona costeira.
35
Download

Parâmetros meteorológicos