Intervenções de Enfermagem junto a Criança Imobilizada
A criança imobilizada
A imobilidade restringe a expressão e causa ansiedade e frustação. Por essas razões as crianças
só são imobilizadas quando necessário e pelo menor tempo possível.
Efeitos fisiológicos da imobilização
Os principais efeitos da imobilização são apresentados no quadro sobre resumo de imobilização.
Eles estão relacionados direta ou indiretamete à diminuição da atividade muscular, que produz
numerosas alterações primárias em estruturas tanto musculares como ósseas com alterações
secundárias nos sistemas cardiovascular, respiratório, metabólico e renal.
As principais consequencias são as seguintes:
1. Perda significativa de força muscular, resistência e massa muscular (atrofia)
2. Desmineralização óssea resultando em osteoporose
3. Perda da mobilidade articular e contraturas
Quanto maior é parte do corpo imobilizada e mais longa é a imobilização, maiores são os riscos
da imobilidade.
(WONG, 1999)
Intervenções de Enfermagem junto a Criança Imobilizada
Quadro de resumo sobre os efeitos da imobilização
Sistema Muscular
Efeitos primários
Efeitos secundários
•Diminuição da força, tônus e resistência
musculares
•Dimnuição do retorno e dimuição do débito
cardíaco
•Diminuição do metabolismo e da necessidade
de oxigênio
•Diminuição da tolerância do exercício
•Desmerelinização óssea
•Atrofia por desuso e perda de massa muscular
•Catabolismo
•Perda de força
•Perda da mobilidade articular
•Contraturas, anquilose das articulações
•Fraqueza dos musculos das costas
•Deformidade secundárias da coluna
•Fraqueza dos músculos abdominais
•Respiração comprometida
(WONG, 1999)
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Quadro de resumo sobre os efeitos da imobilização
Sistema ósseo
Efeitos primários
Efeitos secundários
•Desmineralização óssea – osteoporose,
hipercalcemia
•Balanço do cálcio negativo
•Fraturas patlógicas
•Depósitos de cálcio
•Formação de osso extr-óssea, especilamente
no quadril, joelho, cotovelo e ombro
•Cálculos renais
•Balanço do cálcio negativo
•Distúrbio do equilíbrio eletrolítico com riso de
vida
(WONG, 1999)
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Quadro de resumo sobre os efeitos da imobilização
Metabolismo
Efeitos primários
Efeitos secundários
•Diminuição da razão metabólica
•Lentificação de todos os sistemas
•Menor ingestão de alimento
•Balanço nitrogenado negativo
•Declínio do estado nutricional
•Distúrbio da cicatrização
•Hipercalcemia
•Distúrbio do equilíbrio eletrolítico
•Menor produção de hôrmonios do estresse
•Diminuição da capacidade de ajuste físico e
enfrentamento emocional
(WONG, 1999)
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Quadro de resumo sobre os efeitos da imobilização
Sistema Cardiovascular
Efeitos primários
Efeitos secundários
•Diminuição da eficiência dos reflexos
neuromusculares ortostáticos
•Incapacidade de adptar-se prontamente à
posição ereta
•Acúmulo de sangue nas extremiades na
posição ereta
•Diminuição do mecanismo vasopressor
•Hipotensão ortostática com síncope –
hipotensão, diminuição do fluxo sanguíneo
cerebral, taquicardia
•Alteração da distribuição do volume sanguíneo
•Menor trabalho cardíaco
•Menor tolerância ao exercício
•Estase venosa
•Embolia e/ou trombose pulmonar
•Edema das partes pendentes
•Decomposição e suscetibilidade dos tecidos a
infecções
(WONG, 1999)
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Quadro de resumo sobre os efeitos da imobilização
Sistema Respiratório
Efeitos primários
Efeitos secundários
•Menor necessidade de oxigênio
•Alterações das trocas oxigênio – dióxido de
carbono e do metabolismo
•Diminuição da expansão torácica e diminuição
da capaciade vital
•Menor ingestão de oxigênio
•Dispnéia e saturação arterial de oxigênio
inadequada; acidose
•Tônus abdominal deficiente e distensão
abdominal
•Interferência na excursão diafragmática
•Retenção mecânica ou bioquímica das
secreções
•Pneumonia hipostática
•Pneumonia bacterianas e viriais
•Atalectasia
•Perda da força dos músculos respiratórios
•Tosse insuficiente
•Infecção repiratória superior
(WONG, 1999)
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Quadro de resumo sobre os efeitos da imobilização
Sistema Gastrintestinal
Efeitos primários
Efeitos secundários
•Distensão causada por tônus muscular
abdominal deficiente
•Interferência nos movimentos respiratórios
•Ausência de efeito primário específico
•Dificuldade de alimentação em decúbito
ventral; efeito da gravidade sobre as fezes pelo
colo ascendente ou tônus muscular liso mais
fraco podem causar constipação
•Anorexia
(WONG, 1999)
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Quadro de resumo sobre os efeitos da imobilização
Sistema Urinário
Efeitos primários
Efeitos secundários
•Alterações da força gravitacional
•Déficit da micção em decúbito ventral
•Distúrbio do peristaltismo uretral
•Retenção urinária nos cálices e na bexiga
•Infecções
•Cálculos renais
Sistema Tegumentar
Efeitos primários
•Ausência de efeito primário específico
Efeitos secundários
•Dimnuição da circulação e da pressão
resultando em lesões teciduais e em menor
capacidade de cicatrização
•Dificuldade na higiene pessoal
(WONG, 1999)
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Considerações de Enfemagem
Histórico de Enfermagem
A avaliação de uma criança que se encontra imobilizada em consequência de lesão
ou de doença degenerativa não inclui apenas a parte lesada, como uma fratura ou
uma articulação lesada, mas também o funcionamento de outros sistemas que
podem ser secundariamente afetados – os sistemas circulatório, renal, respiratório,
muscular e gastrintestinal. Em casos de imobilização prolongada, pode haver também
distúrbios neurológicos e alterações metabólicas nos eletrólitos (especialmente
cálcio), balanço nitrogenado e razão metabólica geral.
O histórico de enfermagem inclui tanto manifestações físicas como dados
psicossociais, pois a imobilização prolongada tem efeito profundo sobre a criança e
seus familiares. As abordagens de enfermagem são avaliadas frequentemente e
mantidas, suspensas ou modificadas de modo a atender às mudanças nos problemas
e metas.
(WONG, 1999)
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Plano de Cuidado de Enfermagem a criança que está imobilizada
Diagnósticos de Enfermagem
Mobilidade física comprometida relacionada a restrições mecânicas, incapacidade
física (especificar o nível)
Prescrição de enfermagem / justificativas
• Transportar a criança de maca, andador, carrinho, cama ou cadeira de rodas ou outro
meio para for a dos limites do quarto a fim de proporcionar a mobilização apesar das
restrições.
• Mudar a posição da criança no leito
• Mudar a posição da cama para evitar monotonia da imobilização
Resultados esperados
• A criança move-se para fora dos limites do quarto ou dentro deste
• A posição da criança é modificda quando possível
(WONG, 1999)
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Plano de Cuidado de Enfermagem a criança que está imobilizada
Diagnósticos de Enfermagem
Alto risco de integridade da pele comprometida realcionada à imobilidade,
recursos terapêuticos auxiliares.
Prescrição de enfermagem / justificativas
• Colocar a criança sob superfícies redutoras de pressão para impedir decomposição
tecidual e necrose por pressão
• Mudar a posição frequentemente a mnos que esteja contra- indicado para impedir
edema das partes pendentes e estimular a circulação
• Proteger pontos de pressão para evitar dimnuição do fluxo sanguíneo à área.
• Manter limpeza cuidadosa da pele
Resultados esperados
• A pele permance limpa e intacta sem nenhuma evidência de irritação.
(WONG, 1999)
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Plano de Cuidado de Enfermagem a criança que está imobilizada
Diagnósticos de Enfermagem
Alto risco de lesão realcionado ao distúrbio da imobilidade.
Prescrição de enfermagem / justificativas
• Ensinar o uso correto dos recursos e/ou aparelhos mobilizados para garantir a
segurança
• Auxiliar na movimentação e/ ou deambulação, conforme o necessário para garantir
segurança
• Ajudar a criança no uso do banheiro, comadre, se possível
• Implementar mediads de segurança apropriadas à etapa de desenvolvimento da
criança (especificar)
Resultados esperados
• A criança permanece sem lesões
(WONG, 1999)
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Plano de Cuidado de Enfermagem a criança que está imobilizada
Diagnósticos de Enfermagem
Déficit de atividades recreativas relacionado a distúrbio da mobilidade, distúrbio
musculoesquelético, confinamento hospitalar ou domiciliar.
Prescrição de enfermagem / justificativas
• Desenvolver com a criança atividades recrativas no leito e na enfermaria junto a
criança a fim de estimular e diminuir a ansiedade pela imobilização
Resultados esperados
• Para a criança se sentir menos apatia e ansiedade pelo tempo de imobilização no
leito.
(WONG, 1999)
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Lesões dos tecidos moles
Contusões – é um dano a tecidos moles, estruturas subcutâneas e músculos. A ruptura
desses tecidos e dos pequenos vasos sanguíneos e a resposta inflamatória acarretam
hemorragia, edema e dor associada quando a criança tenta mover a parte lesada.
Luxações – os ossos longos são mantidos próximos uns dos outros nas articulações por
ligamentos. Ocorre luxação quando a força de estresse sobre o ligamento é tão grande
que se desloca da posição normal das extremidades ósseas em oposição ou a
extremidade do osso de sua articulação.
Entorse- ocorre quando o trauma e uma articulação é tão grave que um ligamento se
rompe parcial ou totalmente ou é distendido pela força produzida à medidida que a
articulação é torcida ou puxada, o que é frequentemene acompanhado de danos a vasos
sanguineos, músculos, tendões e nervos associados.
Distensões – é uma pequena ruptura microscópica da unidade musculotendinosa e tem
características comuns às entorses.
(WONG, 1999)
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Lesões dos tecidos moles
Tratamento
R – repouso
G – gelo
C – compressão
E – elevação
G – gelo
C – compressão
E – elevação
A - apoio
Tipos de fraturas
Tranversa – cruzada, em ângulo reto com o eixo longo do osso
Oblíqua – inclinada porém em linha reta, entre a direção horizontal e
perpendicular
Espiral – inclinada e circular, contornando o corpo
(WONG, 1999)
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A criança com tração
Tipos de tração
Tração manual – aplicada à parte do corpo pela mão colocada distalmene ao
local da fratura. As enfermeiras frequentemente fazem tração manual durante
a aplicação de gesso.
Tração cutânea- aplicada diretamente sobe a superfície da apele e
indiretamene às estruturas ósseas. O mecanismo de tração é preso a pele
com material adesivo ou bandagens elásticas. Ambos os tipos são aplicados
sobre alças de tração acolchoadas e macias para distribuir o empuxo da
tração.
Tração óssea - aplicada diretamente à estrutura óssea por um pino, arame ou
barra inseridos no osso ou transversalmente a ele, distal à fratura.
(WONG, 1999)
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