GESTÃO DE QUALIDADE NA MEDIÇÃO DE GÁS NATURAL EM UMA EMPRESA
DE PETRÓLEO
Edison de Oliveira Moreira
Universidade Federal Fluminense – Macaé (RJ)
Ailton da Silva Ferreira
Universidade Federal Fluminense – Macaé (RJ)
Denise Cristina de Oliveira Nascimento
Universidade Candido Mendes – Campos dos Goytacazes (RJ)
Mauro Silva Florentino
Universidade Federal Fluminense – Volta Redonda (RJ)
Resumo:
A partir dos conceitos de gestão da qualidade total é possível manter um sistema adequado às
normas e leis referentes a este ramo industrial que está em constante crescimento e tem uma
série de desafios a serem superados devido ao intenso investimento para expandir a matriz
energética nacional. Este trabalho é analisar e propor melhorias na normatização pertinente a
medição de gás natural no sentido de confrontar sua aplicação nas organizações, apresentando
as melhores práticas de gestão de qualidade de forma a garantir a eficiência e a confiabilidade
deste processo. A metodologia constitui-se em analisar fluxos de trabalhos como que servem
de base para a certificação. Concluí-se que o presente estudo foi capaz não somente de
analisar os principais fluxos de um processo de melhorias de gestão da qualidade, bem como,
demonstrar um principio de algumas rotinas auferidas a uma certificação da qualidade em
uma empresa da bacia de campos que possibilita a detecção da não conformidade e potencias
para os processos.
Palavras Chaves: Qualidade, Petróleo, Energia.
ABSTRACT:
From the concepts of management of the total quality it is possible to keep an adequate
system to the norms and referring laws to this industrial branch that is in constant growth and
has a series of challenges to be surpassed due to the intense investment to expand the national
energy matrix. This work is to analyze and to consider improvements in the pertinent
normatização the natural gas measurement in the direction to collate its application in the
organizations, presenting best the practical ones of management of quality of form to
guarantee the efficiency and the trustworthiness of this process. The methodology consists in
analyzing flows of works as that they serve of base for the certification. I concluded that the
present study it was capable to not only analyze the main flows of a process of improvements
of management of the quality, as well as, to demonstrate one I begin of some gained routines
to a certification of the quality in a company of the basin De Campos who makes possible the
detention of conformity and does not harness for the processes.
Keywords: Quality, Oil, Energy.
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
1. Introdução
O conceito de qualidade existe desde os primórdios, devido ao desejo do homem de construir
de acordo com suas próprias expectativas. Os artesãos no período na época do Renascimento
procuravam a perfeição em seus produtos, tanto para seus clientes quanto para sua própria
satisfação (LACHE & SHRIVASTAVA, 1994).
Posteriormente já se percebia a necessidade de criação de um departamento exclusivo para a
coordenação da qualidade, com o objetivo de preparar e ajudar a administrar esse programa
nas empresas. A implementação dependia do estabelecimento de padrões, avaliação de
desempenho, agir quando necessário e planejar aprimoramentos. Era primordial dar ênfase a
toda a cadeia de produção, desde o projeto até o mercado, tendo a contribuição de todos os
grupos funcionais para impedir falhas de qualidade, mudando a ênfase da correção para a
prevenção de defeitos (ADAM & FOSTER, 2000).
Na era da qualidade total, o foco principal das empresas passou a ser o cliente, pois o produto
ou serviço a ser concebido deveria existir a partir de seus desejos e interesses. Para isso era
necessário desenvolver a confiabilidade e a capacidade do produto de receber manutenção
satisfatoriamente, abrangendo áreas como o marketing, engenharia, suprimentos, engenharia
de processos, produção, inspeção e testes, expedição, instalação e assistência técnica
(CARVALHO, 2005; YAHYA & GOH, 2000).
O objetivo deste trabalho é analisar e propor melhorias na normatização pertinente a medição
de gás natural no sentido de confrontar sua aplicação nas organizações, apresentando as
melhores práticas de gestão de qualidade de forma a garantir a eficiência e a confiabilidade
deste processo. Nos próximos tópicos serão tecidos um embasamento sobre a gestão da
qualidade pertinente e importante para a analise a ser postulada posteriormente da empresa e
dos resultados finais.
2. Um breve histórico da Gestão da qualidade
Existe um intenso movimento em busca da qualidade, e este processo ainda está longe do fim.
Para as empresas, a qualidade se tornou uma condição de sua preexistência ao longo dos
tempos. Isso ocorreu em três grandes fases: a era da inspeção, era do controle estatístico e a da
qualidade total (CAMPOS, 1992; ZUTSHI & SOHAL 2006).
Nos Estados Unidos e Europa, desde o inicio do século, foram utilizados diversos conceitos
ao longo dos anos, sempre em evolução contínua. Já no Japão, o enfoque foi dado
principalmente no pós 2ª guerra mundial, a partir do momento que o país produzia bens nãoconfiáveis e de qualidade inferior. Diversas abordagens foram utilizadas, sendo as principais
realizadas por Crosby, Deming, Feigenbaum, Juran, entre outros (CHAN & WONG, 1996).
No início do século XX a existência de um departamento da qualidade era rara. O objetivo das
empresas era cumprir prazos e garantir lucratividade. A qualidade poderia ser obtida, porém
seria necessário muito trabalho e alto custo. Este século pode ser conhecido como o da
produtividade, mas isso ocorreu de forma interligada à qualidade (CURKOVIC, SROFE,
MELNYK, 1995).
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Considerada o início da era moderna da qualidade, as inspeções introduziram na sociedade
produtiva as primeiras tentativas de controle da qualidade da produção. Cabia ao operário
controlar seu próprio serviço e garantir a qualidade do que produziam. Os inspetores, que
eram os gerentes e supervisores da produção, comparavam os produtos com as especificações
e tentavam diagnosticar se algum deles estava defeituoso antes de ser negociado para o
consumidor (DOUGLAS, COLEMAN, ODDY, 2003 ; TAN, 2000).
O Japão, tentando se recuperar no pós-guerra, organizou uma verdadeira revolução no sistema
produtivo para se tornar competitivo no mercado. Com a estratégia de importar a matériaprima para realizar seu processamento criando bens acabados e efetuar sua venda, os
japoneses encontram um obstáculo com relação à fama de produtos de baixa qualidade. Para
ajudar a resolver este problema, eles recorreram a palestras como as realizadas por Deming e
Juran, estudiosos norte americano que implementaram um nova visão de gestão de qualidade
(FRANCESCHINI, GALETTO, CECCONI, 2006).
3. A Historia da normatização e sua importância
As normas contribuem para a solução de problemas repetitivos existentes ou potencias. Têm
como objetivos principais a simplificação, segurança, proteção ao consumidor, eliminação de
barreiras comerciais, comunicação e economia (GRAEL & OLIVEIRA, 2007). São
classificadas como normas técnicas aquelas de características voluntárias e condensadas.
Já as que são de caráter obrigatório através de atos normativos e portarias do governo são
chamadas de regulamentos técnicos. Existem diversos tipos de normas como as de
procedimentos, especificação, padronização, ensaio, classificação, terminologia e simbologia
(GRÜNBAUM, 2007).
Elas estão separadas em quatro níveis conforme abrangência: internacional, que tem como
exemplo a ISO e IEC; regional, MERCOSUL e CONPANT; nacional, ABNT, DIN, ANSI,
AFNOR, JIS; empresa, referente à norma das próprias empresas. A certificação ISO no Brasil
é realizado por Organismos de Certificação Credenciados (OCC), credenciados e
supervisionados pelo INMETRO que também coordena laboratórios, inspetores e auditores
para atividades de certificação (GARVIN, 1992; ZENG, 2005).
A ISO, cuja sigla significa International Organization for Standardization, é uma entidade não
governamental criada em 1947 com sede em Genebra - Suiça. O seu objetivo é promover, no
mundo, o desenvolvimento da normalização e atividades relacionadas com a intenção de
facilitar o intercâmbio internacional de bens e de serviços e para desenvolver a cooperação
nas esferas intelectual, científica, tecnológica e de atividade econômica (LACHE &
SHRIVASTAVA, 1994).
Segundo Mizuno (1993) a série de normas pode ser encarada como um modelo para a
construção de um sistema de gestão de qualidade, para sistematização de controle que
permitam garantir um nível de cumprimento aceitável de metodologias adequadas, bem como
oferecer garantiras quanto ao respeito pelas especificações e limites legais.Os modelos
normatizadores são (PALADINI,2005) :
ISO 9000, Sistema de Gestão da Qualidade – Fundamentos e Vocabulário.
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Este modelo estabelece um ponto de partida para o entendimento das normas e define os
termos fundamentais usados na Família ISO 9000.
ISO 9001, Sistema de Gestão da Qualidade – Requisitos.
Este modelo contém requisitos para serem utilizados para atender eficazmente os requisitos de
clientes e regulamentares aplicáveis para gerar e aumentar satisfação do cliente.
ISO 9004, Sistema de Gestão da Qualidade – Diretrizes para melhorias de desempenho.
Este modelo fornece as diretrizes para a melhoria da performance do sistema de gestão de
qualidade, aumentando eficiência e produtividade e otimizando os custos operacionais.
ISO 19011, Diretrizes sobre auditorias em sistemas de gestão da qualidade e/ou ambiental.
4. A Normatização ISO 9000
A ISO 9000 é uma série de cinco normas internacionais sobre gerenciamento e garantia da
qualidade. Ela é uma exigência dos fornecedores a obtenção de certificação como uma
demonstração de sua qualificação e garantia de melhor atendimento aos requisitos contratuais,
concretizando um melhor relacionamento fornecedor-cliente, através do esforço da empresa
em implementar controles para assegurar qualidade da produção e expedição, reduzindo
desperdício, tempo de parada de máquinas e ineficiência de mão de obra, gerando aumento de
produção e atendimento aos prazos de entrega (RAVI, 2000).
A ISO 9000 destaca-se por ser um guia de boas práticas industriais voltadas para a qualidade,
mas que não garantem seu sucesso ou competitividade, apesar de ajudar na implantação de
sistemas para este fim (RATH,2008).
O departamento de qualidade de identifica problemas e gerenciar a interação dos processos. A
denominação da norma NBR ISO 9001 para tal é abordagem de processos. Vide na figura 01,
a representação do modelo de gestão implementado pela linha (RAUSAND,1992;
REED,2000) .
Figura 01: Modelo geral de Gestão da Qualidade
Fonte: Adaptado Reed, 2000
As entradas e saídas do processo eram tangíveis ou/e intangíveis, por exemplo, equipamentos,
energia, informação, recursos financeiros, etc. Para preencher os requisitos solicitados por um
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
processo foram alocados recursos adequados, sendo importantes para a formação do manual
da qualidade (STASHEVSKY & ELIZUR,2000)
Para que o modelo de gestão seja coerente com as políticas existe o manual de qualidade que
é um documento que especifica o sistema de gestão de qualidade de uma organização. O
manual descreve o sistema de gestão de qualidade adotado na organização, servindo como
uma guia para a implementação e manutenção do sistema (SUN,2000).
5. A empresa
A Empresa foi criada em 12 de junho de 1998, de acordo com a legislação que reestruturou o
setor de petróleo no Brasil. Essa sua expertise garante-lhe os títulos de maior armadora da
América Latina e principal empresa de logística e transportes do País, atuando como elemento
estratégico para impulsionar o desenvolvimento econômico e social.
Como estratégia a empresa vem dando prioridade aos investimentos em projetos de expansão
e modernização da sua frota marítima e das instalações de dutos e terminais. Dessa forma, a
empresa se prepara para fazer frente ao desafio do aumento de produção gerado pela
conquista da auto-suficiência. Além de estar atenta às oportunidades criadas pelos novos
caminhos que se abrem no setor energético brasileiro.
A empresa armazena e transporta petróleo e derivados, biocombustíveis e gás natural aos
pontos mais remotos do Brasil. A companhia é considerada também a maior processadora de
gás natural do País, com capacidade de processamento de quase 15 milhões m³/dia e, até
2011, 23 milhões m³/dia. Essas operações gigantescas fazem da Empresa maior empresa de
navegação da América Latina, líder no setor de logística de transporte de combustíveis .São
bilhões de litros de combustíveis que passam anualmente por uma rede de 7.178 mil km de
oleodutos, 6.641 mil km de gasodutos, 20 terminais terrestres, 27 terminais aquaviários e uma
frota de 52 navios-petroleiros.
Devido às vantagens econômicas, ambientais e de segurança, o consumo de gás natural foi
ampliado significativamente nos últimos anos. E crescerá ainda mais. Estima-se que o
aumento médio anual entre 2009 e 2013 será de 6%. A participação do gás natural na matriz
energética nacional deverá atingir 12% até 2012. Naquele ano, a expectativa é de que o
fornecimento do produto chegue a 134 milhões de m³/dia, sendo 114 milhões de m³/dia
movimentados pelos gasodutos da Empresa.
6. Analise do processo de qualidade na Medição do gás natural
Com o objetivo de apresentar uma estrutura do Processo de Medição e Qualidade de Gás
Natural, segue abaixo algumas definições das atividades, ferramentas e responsáveis
relacionados às funcionalidades e atribuições da mesma.
Visando atender aos requisitos do mercado e focada na satisfação dos clientes, a empresa deve
atuar de acordo com uma Política de Gestão da Qualidade observando os seguintes objetivos:
qualidade na entrega dos produtos quanto a prazos, quantidade e especificações; excelência
operacional; melhoria contínua da eficácia dos processos.
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Já as atividades relacionadas ao processo de qualidade do gás natural visam atender as
determinações da resolução ANP Nº 16, de 17 de junho de 2008, que estabelece a
especificação do gás natural, de origem nacional ou importada, a ser comercializado em todo
o território nacional, consoante às disposições contidas no regulamento Técnico ANP nº
2/2008, parte integrante de tal portaria.
Para definir e detalhar a forma de monitoramento e tratamento de falhas no processo de
medição e qualidade de gás natural procura-se manter o foco na confiabilidade dos sistemas,
instrumentos e equipamentos, e na qualidade dos serviços e do atendimento ao cliente.
Durante o transporte de gás é realizado o monitoramento dos volumes medidos, de forma a
identificar falhas de medição a fim de evitar erros na alocação dos serviços de transporte. Os
desvios de calibração também são monitorados para auxiliar a identificação de possíveis
medições inconsistentes.
A detecção das falhas no processo de medição e qualidade do gás natural deve ser realizada
de forma pró-ativa, mas pode ser identificada e informada por outros agentes envolvidos no
processo de transporte do gás.
Para este fim, e realizado um acompanhamento interno com o monitoramento da qualidade do
gás nos pontos de entrega e recebimento dos gasodutos, observando o gás injetado nas
instalações de transporte.
Existe também um acompanhamento externo, com a divulgação de boletins de conformidade
do gás natural movimentado nos sistemas de gasodutos. O sistema de gestão da medição
(SGM) é um desdobramento do SGI (Sistema de Gestão Integrada), previsto na norma ISO
9001:2000. Assim as auditorias realizadas no SGM referente ao segmento gás natural dão-se
com base nos seguintes processos: calibração e de inspeção; de instalações e de gestão.
As auditorias nos processos de calibração e de inspeção ocorrem com o acompanhamento
pelo carregador de todos os serviços de calibração e inspeção dos sistemas de medição e
qualidade realizados.
As auditorias nos processos de instalações e de gestão realizadas anualmente pelo carregador,
nas instalações de campo e no processo de gestão de medição e qualidade do gás natural.
O controle do processo distribui-se através de 9 (nove) itens de controle geram indicadores de
desempenho que visam, em última análise, a otimização do processo a partir do
monitoramento do desempenho dos seguintes sub-processos: performance dos sistemas de
medição; gerenciamento de falhas; especificação do gás; calibração de instrumentos;
manutenção das instalações; certificação de volumes; atendimento ao cliente, conforme
mostra a fig 02.
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
TRANSPETRO/DGN/LOG/MED – GESTÃO DO PROCESSO DE MEDIÇÃO E QUALIDADE DO GÁS NATURAL
MACROFLUXO DO PROCESSO DE MEDIÇÃO E QUALIDADE
FORNECEDORES
TRANSPETR/DGN/LOG/MED
INPUTS
OUTPUTS
CLIENTES
CFCO
Calibração
e Inspeção
dos Sistemas
de M ed. & Qual.
Ge renciamento
da Calibração
Consolidação
Resultados de
Calibração
Relatórios & LV’s
M anutenção
dos Sistemas
de M ed. & Qual.
CPAC
CFCO
M onitoramento
e Tratamento
de Falhas nos
Sistemas de
M ed. & Qual.
Aquisição de
Arquivos de
Audit Trail
dos CVs
Gerenciamento
da M edição
Controle Falhas
de M ed & Qual.
Gerenciamento
da Qualidade
CQGN
M e d-Gas-Transp
TRANSPETRO/DTO/OL EO/OP
/CONTROL/SCADA
BD SCADA
Ativo (XIS)
Execução
dos Serviços
do Processo
de M edição e
Qualidade
Ge renciamento
de Auditorias
Certificação
da M edição para
Informação ao
Carregador
Plano de Ação
para Desvios
de Calibração
(PADC)
M QD
AUDITORIA
DE M EDIÇÃO
Plano de Ação
para Pendências
de Auditoria
(PAPA)
Atendimento ao
Cliente / Correio
Eletrônico
RM M s-MED
DIÁRIOS
RM M s-FAT
SEM ANAIS
M QD
SUP./SOL.
& PCL
CONTROLE
DE GÁS
PCL
CONTROLE
DE GÁS
GM S
OasysGas
Interface Access
Certificação
da M edição para
Faturamento do
Transporte
TRANSPETRO
/DGN/
LOG/CLIENTES
Gestão Itens
de Controle
de M &Q
Controle Falhas
de M ed & Qual.
Control. Serv. de
Calibração M&Q
RM M s-FAT
M ENSAIS
Gestão do
Processo
Web-Medição
Programa de
Treinamento
Processo M &Q
TRANSPETRO
/DGN
Figura 02: O processo de Gestão da qualidade
Fonte: Própria
A estrutura do processo permite uma visão geral, garantindo que todos os empregados tenham
informações sobre as operações que ocorrem em diversos setores, contribuindo para o
funcionamento global da empresa. Neste caso especifico, existem três setores específicos,
como mostra a figura 03:
Medição e
Qualidade
Controlar
Calibração dos
Sistemas
Monitorar Falhas
de Medição
e Qualidade
Tratar Falhas na
Medição
e Qualidade
Certificação da
Medição
Figura 03: A estrutura do processo de Gestão da qualidade
Fonte: Própria
Para manter a eficiência das medições, o controle das calibrações é essencial, pois além de ser
uma exigência normativa, garantindo a certificação da medição, conforme fig 04.
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
GE-LPGN/LGN
TRANSPETRO/DGN/GAS/OP/MALHAS
Cronograma
Data de
Execução
Novembro
Cronograma
de Calibr ação
das Malhas
Instrumento
Preparar
Cronograma
Anual de
Calibr ação
Legislação
Contrato de
Ser viço de
Transporte
Cronograma
Pr epar ado
Malhas
15 de
Dezembro
CMQ
Data de
Execução
Cronograma
de Calibr ação
das Malhas
Consolidar
Cronograma
Dr ive Público
Data de
Execução
Instrumento
Cronograma
de Calibr ação
Consolidado
Cronograma
Consolidado
Planilha Única de
Calibr ação
(Certificado de
Calibr ação e Cálculo
de Incerteza)
Carregador
Instrumento
Executar
Calibr ação
Malhas
Calibr ação
Executada
Planilha Única de
Calibr ação
(Certificado de
Calibr ação e Cálculo
de Incerteza)
Med-Gas
-Transp
Confirmar
Execução da
Calibr ação
CMQ
Calibrações
Confirmadas
Med-Gas
-Transp
Controlar
Serviços
de Calibr ação
CMQ
Controle de
Resultados
da...
Resultados de
Calibr ação
Controle de
Serviços de
Calibr ação
Indicadores de
Calibr ação
Serviços
Controlados
Med-Gas
-Transp
Disponibilizar
Controles
Apresentação
dos
Resultados
Resultados de
Calibr ação
RBM
(CMQ/Malhas)
Malhas
Controles
Disponibilizados
CMQ
Controle de
Serviços de
Calibr ação
Analisar Serviço
de Calibr ação
Controle das
Faixas de
Calibr ação
Necessidade
de Abertura de
RTA
Med-Gas
-Transp
Controle de
Resultados das
Calibrações
Necessidade
de Tr oca do
Instrumento
Necessidade
de Revisão
dos Prazos de
Calibr ação
Ser viço de
Calibr ação
Apr ovado
Monitorar Falhas
de Medição
e Qualidade
Figura 04: O processo de Gestão da qualidade
Fonte: Própria
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
O controle das calibrações destaca-se pela diversidade de agentes envolvidos, o que envolve a
logística de transporte para os locais da realização dos serviços. Por este motivo é feito um
cronograma anual, para que todas as Malhas possam ter um acompanhamento das calibrações.
O monitoramento das falhas pode ocorrer internamente ou externamente, de forma constante,
sendo desejável que o primeiro caso aconteça antes que o cliente tenha que comunicar algum
tipo de inconsistência na medição, conforme mostra a fig 05.
Monitorar Falhas
de Medição
e Qualidade
Reclamação
Cliente
(Medição)
Encaminhada
CMQ
Registrar
Reclamação
Medições
Inconsistentes
Identificadas
Controle de
Registros de
Reclamação de
Cliente
Reclamação
Registr ada
SGM S
Verificar
Solicitação do
Cliente
PLT
CMQ
Reclamação
Não
Procedente
Reclamação
Procedente
CMQ
CMQ
Obter Valores Via
Medição Audit
Trail
Rede
Corporativa
Responder
Re clam ação Não
Procedente
EMAIL
Falhas não
Encontr adas
DIP
Falha
Inexistente
Med Audit Trail
Faltante ou
Falha
Gerenciar
Qualidade de
Atendimento
Instrumento
DIP
Comunicar ao
Carregador
Medições
Inconsistentes
Tipo de Falha
CMQ
Data
Comunicação
Efetuada
Med Audit Trail
Obtida
Carregador
Informar o
Procedimento de
Corr eção
CMQ
Procedimento
de Correção
de Falha
Procedimento
Recebido
Tr atar Falha
CMQ
Falha Tr atada
Gerenciar
Qualidade de
Atendimento
Cer tificação da
Medição
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Figura 05: Monitoramento de Falhas
Fonte: Própria
A comunicação para tratamento da falha é encaminhada por e-mail ou telefone e é registrada.
Caso ela seja procedente, será realizada uma investigação de todo o processo, valores serão
recuperados e resultados de calibrações reavaliados. Confirmando-se a inconsistência nos
valores todos os envolvidos serão devidamente comunicados e serão informados quanto aos
procedimentos para correção, conforme fig 06.
Tratar Falhas na
Medição
e Qualidade
Monitorar Falhas
de Medição
e Qualidade
Falha Tratada
Medições
Consistentes
CMQ
CMQ
Atualizar
Medição
Modificar
Período
Fechado
SGMS
PLT
Medição
Corrigida
Medição
Certificada
Alterada
SGMS
Confirmar
Certificação
CMQ
Medição
Certificada
Alocação
Figura 06: Analise e correção
Fonte: Própria
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Após a completa análise dos processos, ocorre a certificação da medição. Caso tenha ocorrido
alguma falha, neta etapa ela será atualizada. A partir deste momento, será feita a alocação
para prestação de contas referente aos valores registrados atualizados.
5. Conclusão
Concluí-se que o presente estudo foi capaz não somente de analisar os principais fluxos de
um processo de melhorias de gestão da qualidade, bem como, demonstrar um principio de
algumas rotinas auferidas a uma certificação da qualidade em uma empresa da bacia de
campos que possibilita a detecção da não conformidade e potencias para os processos, com o
plano de ação eficaz para eliminação da causa raiz dos desvios da empresa e sim de delinear
todos os passos necessários, de forma objetiva, para implementação de sistema de gestão de
qualidade em empresas do mesmo segmento.
Referências
ADAM E.E; FOSTER S.T. Quality improvement approach and performannce multise
analysis within a firm. Journal of Quality Management, v.5, p.143-158, 2000.
CARVALHO, Marly Monteiro et al . Gestão da Qualidade: teoria e casos. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2005, p. 5 – 6.
CAMPOS, Vicente Falconi, TQC - Controle da Qualidade Total (No Estilo Japonês). Belo
Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1992
CHAN, E. S. W.; WONG, S. C. K. Motivations for ISO 14000 in the hotel industry. Tourism
Management, v. 27, n. 3, p. 481-492, 2006.
CURKOVIC, S.; SROFE, R.; MELNYK, S. Identifying the factors which affect the decision
to attain ISO 14000. Energy, v. 30, n. 88, p. 1387-1407, 2005.
DOUGLAS, A.; COLEMAN, S.; ODDY, R. The case for ISO 9000. The TQM Magazine, v.
15, n. 5, p. 316-324, 2003.
FRANCESCHINI, F.; GALETTO, M.; CECCONI, P. A worldwide analysis of ISO 9000
standard diffusion. Benchmarking: an international journal, v. 13, n. 4, p. 523-541, 2006.
GRAEL, P. F. F.; OLIVEIRA, O. J. A study on the integration of ISO 9001 and 14001
management systems in a Brazilian furniture. In: PRODUCTION AND OPERATIONS
MANAGEMENTSOCIETY - POMS, 18, 2007. Proceedings…
GRÜNBAUM, N. N. Identification of ambiguity in the case study research typology: what is
a unit of analysis?. Qualitative Market Research: an international journal, v. 10, n. 1, p. 78-97,
2007.
GARVIN D.A. Gerenciando a qualidade. São Paulo: Qualitymark, 1992.
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
LACHE, M. K.; SHRIVASTAVA, B. A. Defining Failure of Manufacturing & Equipment.
In: ANNUAL RELIABILITY AND MAINTAINNABILITY SYMPOSIUM, 1994.
Proceedings... p. 69-75
MIZUNO, S. Gerência para melhoria da qualidade: As sete novas ferramentas de controle da
Qualidade. Rio de Janeiro: LTC, 1993.
PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade: teoria e casos. Rio de Janeiro: Campus.
2005.
RAVI K.. Quality and Work Force Management: From Manufacturing Managers' Perspective.
Journal of Quality Management, v.4, n.. 2, p. 147-166, 2000.
RATH, F. Tools for developing a quality management program: proactive tools (process
mapping, value stream mapping, fault tree analysis, and failure mode and effects analysis).
International Journal Radiation Oncology Biology Physics, v. 71, n. 1, p. 187–190, 2008.
RAUSAND, M. & OIEN, K. The basic concepts of failure analysis. Reliability Engineering
and System Safety, 1996.
REED. R. et al. Total quality management and sustainable competitive advantage. Journal of
Quality Management, v.5, p.5-26, 2000.
STASHEVSKY S., ELIZUR S.. The effect of quality management and participation in
decision-making on individual performance. Journal of Quality Management, v.5, p.53±65,
2000.
SUN, H. Total quality management, ISO 9000 certification and performance improvement.
International Journal of Quality and Reliability Management, v. 17, n. 2, p. 168-179, 2000.
TAN, L. P. Implementing ISO 14001: is it beneficial for firms in newly industrialized
Malaysia?. Journal of Cleaner Production, v. 13, p. 397-404, 2005.
YAHYA, S.; GOH, W. The implementation of an ISO 9000 quality system. International
Journal of Quality e Reliability Management, v. 18, n. 9, p. 941-966, 2001.
ZENG, S. X. et al. Towards implementation of ISO 14001 environmental management
systems in selected industries in China. Journal of Cleaner Production, v. 13, n. 7, p. 645-656,
2005.
ZUTSHI, A.; SOHAL, A. S. Integrated management system: the experiences of three
Australian organizations. Journal of Manufacturing Technology Management, v. 16, n. 2, p.
211-232, 2006.
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
Download

gestão de qualidade na medição de gás natural em uma