“PEATE EM CRIANÇAS COM
SÍNDROME DE DOWN: PESQUISA
DA INTEGRIDADE DAS VIAS
AUDITIVAS”
Renata D Radael I; Magali AOM. da Silva II; Alessandra R Gil III
Parecer CEP - FAMERP nº 224/2009
INTRODUÇÃO
Síndrome de Down
Resultante da presença extra de um braço
longo do cromossomo 21, caracterizando
uma trissomia do 21.
Características físicas;
Comprometimento intelectual;
Retardo no desenvolvimento das funções auditivas e
visuais.
(Thompson et al. 1993)
Thompson MW; Thompson RR; Willard HF. Genética Médica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993. p. 150-154.
INTRODUÇÃO
PEATE – Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico
Teste baseado na obtenção e registro de uma atividade
eletrofisiológica do sistema auditivo até o nível do tronco
encefálico, em resposta a uma estimulação acústica.
(Aquino, 2002)
Aplicações Clínicas:
exame objetivo;
exame não invasivo e indolor;
avaliação da sensibilidade auditiva;
integridade periférica e central do Sistema Auditivo;
prognóstico da maturação das vias auditivas.
Aquino AMCM. Eletrococleografia. In:___________. Processamento auditivo: eletrofisiologia e psicoacústica. São Paulo:
Lovise, 2002.
INTRODUÇÃO
Registro de uma série de sete ondas
durante os 13 ms após estimulação
sonora;
Ondas I, III e V – oferecem os
parâmetros mais importantes para a
interpretação dos PEATE.
Onda I – nervo auditivo
Onda III – núcleos cocleares
Onda V – lemnisco lateral superior
(Silva e Kleinhans, 2006)
Silva MFMC; Kleinhans ACS. Processos cognitivos e plasticidade cerebral na Síndrome de Down. Rev bras educ espec. 2006;
12 (1):123-138.
OBJETIVO
Verificar a integridade das vias auditivas por meio do
PEATE, diante análise das ondas I, III e V e das
interlatências I-III, III-V e I-V a 90 dBNA, em crianças
com Síndrome de Down.
MÉTODOS
Casuística 20 crianças
idade entre 3 meses e 6 anos e 11 meses
Material e Procedimentos PEATE - equipamento Bio-logic, versão 5.70, modelo 317;
estímulo Click de polaridade alternada a 90 dBNA;
faixa de frequência – 2 a 4 kHz;
limpeza da pele com pasta abrasiva e posicionamento dos eletrodos
com pasta condutiva, nas mastóides (D e E) e na fronte (fio terra e
vértice).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
1 caso (2 orelhas) - sem reprodutibilidade das ondas I, III e V a
90dBNA.
Tabela 1- Análise descritiva dos valores de latências para as ondas I,
III e V, nas orelhas, direita e esquerda, e os resultados dos testes t e
Mann-Whitney quando da comparação entre orelhas para cada uma
das latências (n=19 orelhas).
Variável Orelha
Onda I
Onda III
Onda V
n
Média
D.P. Mediana Mínimo Máximo
OD
19
1,52
0,24
1,44
1,20
1,96
OE
19
1,48
0,21
1,44
1,20
1,92
OD
19
3,55
0,24
3,56
3,20
3,88
OE
19
3,58
0,21
3,44
3,20
3,92
OD
19
5,52
0,23
5,56
5,20
5,88
OE
19
5,29
0,82
5,44
2,00
5,80
Legenda: OD- orelha direita; OE- orelha esquerda; n- número de orelhas; DP- desvio padrão; # teste
Mann-Whitney.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise descritiva dos valores de latências para as ondas I,
III e V na população estudada (n= 38 orelhas).
Tabela 2-
n = 38
Onda I
Onda III
Onda V
Média
1,50
3,52
5,41
DP
0,22
0,23
0,61
Mínimo
1,20
3,20
2,00
Máximo
1,96
3,92
5,88
Legenda: n- número de orelhas; DP- desvio padrão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise descritiva dos valores de interlatências para os
intervalos I-III, III-V e I-V , nas orelhas, direita e esquerda, e os
resultados do teste Mann-Whitney quando da comparação entre
orelhas para cada uma das interlatências (n=19 orelhas).
Tabela 3-
Variável Orelha n
I - III
III - V
I-V
Média
D.P. Mediana Mínimo Máximo
OD
19
2,02
0,24
1,44
1,20
1,96
OE
19
2,00
0,22
1,44
1,20
1,92
OD
19
1,97
0,24
3,56
3,20
3,88
OE
19
1,98
0,22
3,44
3,20
3,92
OD
19
4,00
0,23
5,56
5,20
5,88
OE
19
3,99
0,82
5,44
2,00
5,80
Legenda: OD- orelha direita; OE- orelha esquerda; n- número de orelhas; DP- desvio padrão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise descritiva dos valores de interlatências para os
intervalos I-III, III-V e I-V na população estudada (n= 38 orelhas).
Tabela 4-
n = 38
I - III
III - V
I-V
Média
2,01
1,97
4,00
DP
0,46
0,55
0,61
Mínimo
1,92
1,88
3,84
Máximo
2,16
2,00
4,20
Legenda: n- número de orelhas; DP- desvio padrão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
PEATE- Síndrome de Down X Desenvolvimento Típico
Karga e Marsh, 1986; Widen
et al., 1987; Werner et al.,
1996; Seidl et al., 1997.
Chaves (1997)
REDUÇÃO DAS
LATÊNCIAS ABSOLUTAS
E INTERLATÊNCIAS
AUMENTO DAS LATÊNCIAS
ABSOLUTAS E INTERLATÊNCIAS
Estudo: valores isolados de latências absolutas
aumentadas com interlatências preservadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O aumento das latências absolutas pode ocorrer em
função do processo de maturação das vias auditivas de
tronco encefálico, o qual continua a ocorrer mesmo após
o nascimento.
Durante os dois primeiros anos de vida mudanças
significativas continuam a ocorrer nas latências.
(Silva e Kleinhans, 2006)
Silva MFMC; Kleinhans ACS. Processos cognitivos e plasticidade cerebral na Síndrome de Down. Rev bras educ espec.
2006; 12 (1):123-138.
CONCLUSÃO
Neste estudo os valores de latência das ondas I, III e V e
interlatências I-III, III-V e I-V no PEATE apresentaram-se
predominantemente normais. Contudo, cabe ressaltar a importância
de serem realizadas novas pesquisas abordando os Potenciais
Evocados Auditivos de Tronco Encefálico em crianças portadoras de
SD com uma amostra maior para que seja possível caracterizar os
achados eletrofisiológicos da audição nesta população.
Obrigada!
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