História da comunicação.
“ A linguagem é nossa via de
acesso ao mundo e ao
pensamento, ela nos envolve e
nos habilita, assim como a
envolvemos e a habilitamos”
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Marilena Chaui.
História da comunicação.
Apresentação Profª Elisângela.
Como nos relacionamos com a linguagem
no nosso cotidiano?
2
A importância social da linguagem

“Dizer que somos seres falantes significa dizer que temos e
somos linguagem, que ela é uma criação humana (uma
instituição sociocultural) , ao mesmo tempo que nos cria
como humanos ( seres sociais e culturais). Ter experiência
da linguagem é ter uma experiência espantosa: emitimos e
ouvimos sons, escrevemos e lemos letras, mas, sem que
saibamos como, experimentamos sentidos, significados,
significações, emoções, desejos, idéias”.
Marilena Chaui (filósofa brasileira). Convite à Filosofia
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Objetivo – compreender pontos
relevantes da História da Comunicação
para construir uma reflexão sobre a
importância desse processo na vida do
homem, dentro dos seguintes aspectos:





Somente o ser humano é uma “animal político”; ( Aristóteles)
Somente ele é dotado de linguagem;
Os outros animais possuem voz (phone) e, com ela, exprimem dor e
prazer;
O ser humano possui a palavra (logos) e , com ela, exprime o bom e o
mau, o justo e o injusto.
Exprimir e possuir em comum esses valores é o que torna possível a vida
social e política e, dela, somente os homens são capazes.
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
Comunicação - campo de questões sobre a
linguagem (leva em conta o homem na sua
história – relaciona a linguagem à sua
exterioridade.)
6
 Não há neutralidade nem mesmo no uso mais
aparentemente cotidiano dos signos – o
simbólico é irremediável e permanente, não
podemos ter a ilusão de sermos consciente de
tudo.
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 Há imprevisibilidade na relação do sujeito com o
sentido (há interferência do inconsciente, da
ideologia).
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A linguagem é linguagem porque faz sentido. E a
linguagem só faz sentido porque se inscreve na história.
Há uma determinação histórica que faz com que só
alguns sentidos sejam lidos e outros não.
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 O homem não é isolável nem de seus
produtos (cultura), nem da natureza.
Na perspectiva da AD tomar a palavra é
um ato social com todas as suas
implicações: reconhecimento, relações
de poder, constituição de identidade,
atribuição de sentidos.
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Chegou o
café
Parmalat
O café à
altura do
nosso leite.
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 A AD teoriza a
interpretação - considera
que a leitura é produzida: o
leitor não apreende
meramente um sentido que
está no texto, ele atribui
sentido(s) ao mesmo.
12
 Formação ideológica é o conjunto de atitudes,
crenças, valores, representações – a realidade é
sempre apercebida de forma pessoal pelo sujeito.
13
LEIA:
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Uma das diferenças marcantes entre o ser
humano e os outros animais é a faculdade
da linguagem.
A linguagem é a faculdade muito antiga da
espécie humana e, segundo os estudiosos,
deve ter precedido os elementos mais
rudimentares daquilo que, em Antropologia,
é conhecido sob o nome de cultura
material.
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 Linguagem é o sistema de signos capaz
de representar, por meio de alguma
substância significante( som, cor, imagem,
gesto), significados básicos que resultam
de uma interpretação da realidade e da
construção de categorias mentais que
representem os resultados dessa
interpretação.
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Quando nascemos os discursos já estão em
processo e nós é que entramos nesse processo.
Eles não se originam em nós. Todo discurso
nasce em outro.
As palavras significam pela história e pela língua. O
que é dito em outro lugar também significa em
“nossas palavras”.
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 Formulação dos discursos - (formações
discursivas) –Entre os exemplos de linguagem
cabe destacar as línguas naturais(Inglês, Chinês,
Francês, Português, Russo, Guarani...que são
sistemas de signos lingüísticos.
Os signos lingüísticos são os elementos de
significação nos quais se baseiam as línguas.
 Nossos sentidos são construídos sobre essa
memória de que não detemos o controle.
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 As formações discursivas são formações
componentes das formações ideológicas.
 O sujeito ao produzir linguagem também está
reproduzindo nela e retoma sentido(s)
preexistentes.
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 As palavras podem mudar de sentido ao
passarem de uma formação discursiva
para outra.
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LEIA:
21
Almeida Júnior –
Moça - 1870
 Na reflexão sobre leitura, alguns fatos se
impõem em sua importância:
a) leitura, tanto quanto a escrita, faz parte do
processo de instauração do(s) sentido(s);
b) o sujeito leitor tem suas especificidades,
suas formações discursivas, suas história;
c) há múltiplos e variados modos de leitura.
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Se a linguagem funciona desse modo, o que é
importante considerar durante a nossa práxis?
Abrir uma perspectiva de trabalho (uma
prática comunicativa) considerando que a
linguagem não se dá como evidência ,
oferece-se como lugar de descoberta . Lugar
de discurso. Lugar de utilizar as várias
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linguagens.
Leitura no Cotidiano
Nada existe
Se não percebo,
Olho, mas não vejo!
O que eu vejo
E como eu olho
É que transformam o meu
olhar
Em ver, ler, perceber...
Em amar, em viver!
Ver com olhos amáveis
Ler com amor
Viver vivendo
Sentindo
Lendo
Amando
O que se vê!
Olhar a cidade
Sentir as pessoas
Ler tudo
Ver melhor
Viver mais!
Norman Rockwell, Regra de ouro, 1961.
Leia!
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25
É na
palavra que as coisas se
manifestam. O poder está na
palavra.
O homem precisa se comunicar...
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Aula nº 1Comunicação - Elisângela