A IMUNIZAÇÃO É DEFINIDA COMO A AQUISIÇÃO DE PROTEÇÃO
IMUNOLÓGICA CONTRA UMA DOENÇA INFECCIOSA.
Imunização ativa x passiva
A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune da criança, ao entrar em contato
com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes
(linfócitos T). Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma
vida.Os dois meios de se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a
vacinação .
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A imunização passiva é obtida pela transferência à criança de anticorpos produzidos por um
animal ou outro homem. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, que,
contudo, é temporária, durando em média poucas semanas ou meses. A imunidade passiva natural é
o tipo mais comum de imunidade passiva, sendo caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe
para o feto através da placenta. Essa transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2 meses de
gestação, de modo a conferir uma boa imunidade à criança durante seu primeiro ano de vida. A
imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas principais: a imunoglobulina
humana combinada , a imunoglobulina humana hiperimune e o soro heterólogo . A transfusão de
sangue é uma outra forma de se adquirir imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de
produtos sanguíneos (i.e. sangue total, plasma, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas,
etc) contêm anticorpos.
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Classificação das vacinas
1- Vacinas vivas atenuadas
Compostas de microrganismos vivos atenuados em laboratório, que devem ser capazes de
multiplicarem-se no organismo hospedeiro para que possa ocorrer a estimulação de uma resposta
imune. Essa resposta imune ao microrganismo atenuado é idêntica a produzida pela infecção
natural, pois o sistema imune é incapaz de diferenciar entre uma infecção pelo microrganismo
vacinal e o microrganismo selvagem. A multiplicação do microrganismo vacinal não costuma ser
capaz de causar doença. Exemplos de vacinas vivas atenuadas: Sarampo , caxumba , rubéola , pólioSabin , febre amarela, varicela, BCG .
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2- Vacinas inativadas
Compostas de microrganismos inativados, o que significa que estes não mais se encontram
vivos, logo incapazes de multiplicarem-se. A resposta imune à vacina inativada é principalmente
humoral , com pouca ou nenhuma imunidade celular. Exemplos de vacinas inativadas: DPT
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(tríplice),hepatite A, hepatite B , raiva , pólio- Salk , pneumococo, meningococo, influenza ,
haemophilus do tipo-b, febre tifóide, cólera.
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Número de doses de uma vacina
As vacinas vivas atenuadas geralmente produzem imunidade prolongada com uma única
dose; exceção à vacina oral da poliomielite .As vacinas inativadas requerem múltiplas doses para
produzir imunidade e, eventualmente, necessitam de uma dose de reforço para a manutenção da
imunidade.
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Intervalo entre doses de uma mesma vacina
Não existe um intervalo máximo entre as doses de uma mesma vacina. Assim sendo, apesar
de cada vacina possuir seu próprio intervalo de tempo recomendável entre as doses, no caso desse
intervalo ter sido ultrapassado, não existe a indicação de se reiniciar nova vacinação e deve-se
administrar as doses subseqüentes da vacina.
Por outro lado, a não obediência do intervalo mínimo permitido entre as doses pode implicar
em redução da eficácia da vacina.
Aplicação simultânea e não simultânea de diferentes vacinas
Não existe contra-indicação a administração simultânea de quaisquer vacinas. A única
exceção a essa regra fica por conta da administração simultânea das vacinas da febre amarela e
cólera , que devem ser separadas por um período mínimo de 3 semanas.
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A administração não-simultânea de diferentes vacinas deve seguir os seguintes intervalos entre elas:
•
Duas vacinas vivas atenuadas- Esperar 4 semanas
•
Febre amarela e cólera- Esperar 3 semanas
•
Todas as outras- Sem restrições
Observação: A vacina oral da poliomielite não precisa ser separada por 4 semanas de outra vacina
viva atenuada
Interferência da presença de anticorpos na resposta à
vacinação
A multiplicação dos microrganismos nas vacinas vivas atenuadas é necessária para que
ocorra a resposta imune. A presença de anticorpos circulantes pode resultar numa inibição dessa
multiplicação e, conseqüentemente, numa imunização ineficiente.
A administração de vacinas vivas atenuadas x anticorpos :
•
Se a vacina foi administrada antes- Esperar 2 semanas antes deadministrar o anticorpo
•
Se o anticorpo foi administrado antes- Esperar > 3 meses antes de administrar a vacina
Observação: A vacina oral da poliomielite não é afetada por anticorpos, possivelmente porque o
vírus pólio multiplica-se no trato GI.
Reações adversas das vacinas
As reações locais são as mais freqüentes e incluem dor, edema e eritema no sítio de
injeção. Essas reações geralmente são leves e auto-limitadas, no entanto, em raras ocasiões, podem
se tornar graves (reações de Arthus).
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As reações sistêmicas incluem febre, mal-estar, rash cutâneo, mialgias, cefaléia e anorexia.
Esses sintomas usualmente ocorrem 1-2 semanas após a administração de vacinas vivas atenuadas e
são considerados como uma “doença” leve provocada pela multiplicação do microrganismo da
vacina.
As reações alérgicas são as mais graves, inclusive colocando a vida da criança em risco, porém,
felizmente, são muito raras.
Contra-indicações à vacinação
1-Contra-indicações gerais à vacinação:
•
Alergia grave a uma dose prévia da vacina
•
Alergia grave a um dos componentes da vacina
•
Doença aguda moderada à grave
Observação: As vacinas contra o sarampo, caxumba, influenza (gripe) e febre amarela não
são recomendadas a indivíduos alérgicos à proteína do ovo de galinha.
2-Contra-indicações às vacinas vivas atenuadas:
•
Gravidez
•
Imunossupressão
•
Transfusão recente de produtos sanguíneos
3-Contra-indicações à vacinação BCG:
•
Todas relativas às vacinas vivas atenuadas
•
Criança com peso < 2 Kg (impossibilidade técnica da aplicação ID )
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4-Contra-indicações à vacinação DPT (devido ao componente pertussis ):
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•
Encefalopatia nos 7 dias pós-vacinação
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•
Convulsões nas 72 horas pós-vacinação
•
Choro persistente e inconsolável, com 3 horas ou mais de duração
VAC NAS
Indicações de vacinas
Calendário básico de vacinação na infância:
Ao nascer
1 mês
2 meses
4 meses
6 meses
9 meses
15 meses
4 a 6 anos
10 a 11 anos
>12 anos
BCG e Hepatite B
Hepatite B
Pólio, DPT, Haemophilus influenza tipo-b
Pólio, DPT, Haemophilus influenza tipo-b
Pólio, DPT, Haemophilus influenza tipo-b, Hepatite B
Sarampo, Febre amarela ( nas áreas endêmicas )
Pólio ( reforço ), DPT(reforço ),MMR
Dpt(segundo reforço) e MMR (reforço)
dT ( reforço )
dT de 10 /10 anos ( reforço )
Vacinação e infecção pelo HIV
Não se deve aplicar vacinas vivas em crianças imunossuprimidas pelo HIV (ou por qualquer
outra etiologia) devido possibilidade aumentada da ocorrência de multiplicação descontrolada dos
microrganismos vacinais e reações adversas graves.
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Observação: A vacinação oral da poliomielite está contra-indicada às crianças que possuem um
contactante domiciliar imunossuprimido, pois existe o risco da criança expelir o vírus vacinal no
ambiente e, com isso, o indivíduo imunossuprimido desenvolver poliomielite paralítica.
As vacinas do sarampo e varicela , apesar de serem vacinas vivas atenuadas, estão indicadas
às crianças HIV positivas assintomáticas ou levemente imunossuprimidas, em virtude destas duas
doenças representarem infecções graves em pacientes HIV positivos.
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Indicações de imunização passiva
•
Imunoglobulina humana combinada: Possui indicação na profilaxia pós-exposição da
hepatite A e sarampo.
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•
Imunoglobulina humana hiperimune: Profilaxia pós-exposição da hepatite B, tétano e
varicela .
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Soro heterólogo: Tratamento da difteria , profilaxia da raiva e tétano.
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.< http://pt.wikipedia.org/wiki/Imuniza>
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