Após seguidos meses em queda, pela queda na população disposta a participar do
Mercado de Trabalho (População Economicamente Ativa), a taxa de desemprego subiu pelo
4º mês consecutivo em Porto Alegre. Os dados de outubro mostram:

Taxa de desocupação: 4,6% na Grande Porto Alegre, e 4,7% no Brasil;

Variação frente a setembro/13: +1,6 p.p. na Grande Porto Alegre, e -0,5 p.p.
no Brasil

Média-móvel em 12 meses: 3,6% na Grande Porto Alegre, e 4,8% no Brasil.

Variação frente a setembro/14, na média: 0 p.p. na Grande Porto Alegre, e 0,6 p.p.
5,9%
4,7%
5,2%
4,9%
4,0%
4,6%
jun/12
jul/12
ago/12
set/12
out/12
nov/12
dez/12
jan/13
fev/13
mar/13
abr/13
mai/13
jun/13
jul/13
ago/13
set/13
out/13
nov/13
dez/13
jan/14
fev/14
mar/14
abr/14
mai/14
jun/14
jul/14
ago/14
set/14
out/14
3,0%
Brasil
Fonte(s): IBGE.
Elaboração: AE/CDL Porto Alegre
Porto Alegre
Em termos de valores pagos, os rendimentos médios efetivamente recebidos
continuam com crescimento acima da inflação – mas em menor velocidade:

Porto Alegre: aumento de 3,7% frente a setembro/13 - R$ 2.100 contra R$
2.026;

Brasil: aumento de 4,5% frente a setembro/13 - R$ 2.129 contra R$ 2.037.

Renda do Trabalho (massa salarial): aumento de 3,5% na Grande Porto
Alegre, e 4,4% no Brasil – também frente a setembro/13.
Conforme destacamos nas notas antes da greve do IBGE, a taxa de desemprego
continua em patamares historicamente baixos pela redução na oferta de trabalhadores no
mercado.
4,9%
1,2%
1,0%
1,5%
-0,4% 0,0%
-0,1%
-0,4%
-0,1%
Brasil
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
out/13
set/13
ago/13
jul/13
jun/13
mai/13
abr/13
mar/13
-2,7%
Porto Alegre
Fonte(s): IBGE.
Elaboração: AE/CDL Porto Alegre
Entretanto, o Mercado de Trabalho já dá sinais de esfriamento por três motivos:

para o Brasil, a taxa de desemprego manteve-se relativamente estagnada
nos últimos 6 meses – sempre próxima a 4,8% e 5%;

para Porto Alegre, a taxa parou de cair em junho (frente a igual período
de 2013) – e desde então subiu de 3,6% para 4,9%;

o número de Pessoas Ocupadas no Brasil se mantém em queda – o que
não se reflete em aumento generalizado na taxa de desemprego pela
redução maior na População Economicamente Ativa (pessoas ocupadas
ou que procuram ocupação).
Nesse cenário onde o Mercado de Trabalho não se encontra mais robusto como no
passado recente a renda das famílias ligada aos trabalhos passa a ser pressionada:

em Porto Alegre, o acumulado em 12 meses da massa de salários
desacelerou de 6,4% para 4,3% - contra igual período de 2013;

para o Brasil, a desaceleração foi de 3,9% para 3,2%;
Nossa hipótese para a maior desaceleração que ocorre em Porto Alegre está ligada
ao seu Mercado de Trabalho mais apertado até meados deste ano. Desta forma, com uma
menor taxa de desemprego, os rendimentos cresciam mais aceleradamente nessa região
que no resto do país. Logo, a desaceleração acaba sendo mais forte pelo esgotamento mais
rápido da capacidade das empresas em concederem aumentos reais mais elevados.
11,0%
6,4%
8,3%
4,6%
4,3%
Brasil
3,2%
ago/14
jun/14
2,9%
abr/14
fev/14
dez/13
out/13
ago/13
jun/13
abr/13
fev/13
dez/12
out/12
ago/12
jun/12
abr/12
fev/12
dez/11
out/11
ago/11
jun/11
abr/11
fev/11
3,9%
Porto Alegre
Fonte(s): IBGE.
Elaboração: AE/CDL Porto Alegre
Portanto, com a continuidade da desaceleração das economias brasileira e gaúcha é
plausível esperar que o Mercado de Trabalho continue a desaquecer durante o restante de
2014 – excluindo-se os efeitos sazonais.
Contudo, dadas as restrições na capacidade de produção de nossa economia – que
não devem ser alterar até o final do ano – o ritmo desse desaquecimento deve ser lento.
Portanto, não descartamos que o resultado ao final de 2014 para esse mercado se
mantenha entre os cenários Base e Pessimista.
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Desemprego sobe pela quarta vez em Porto Alegre