HISTÓRIA 1
LIVRO 2
Resoluções das atividades
Sumário
Aula 9 – Evolução social de Roma, crise e fim do Império Romano ................. 1
Aula 13 – A Igreja Medieval .............................................................................. 5
Aula 10 – A cultura greco-romana..................................................................... 2
Aula 14 – Baixa Idade Média ............................................................................. 6
Aula 11 – Germânicos, bizantinos e árabes ...................................................... 3
Aula 15 – Cultura medieval ............................................................................... 7
Aula 12 – O feudalismo na Europa Ocidental ................................................... 4
Aula 16 – Renascimento cultural ....................................................................... 8
Aula 9
Evolução social de Roma, crise e fim do
Império Romano
Atividades para sala
ção de renda nas mãos dos patrícios, mantendo o povo
afastado das decisões do governante. As constantes apresentações de lutas só eram possíveis graças ao grande
luxo de escravos, vindos das diversas frentes de batalhas
do expansionismo romano.
01 E
Na Roma Antiga, embora tenha variado ao longo do
tempo, conforme airma a alternativa correta, os critérios
que determinaram a escravização foram basicamente o
nascimento, a guerra e o direito civil. A condição à qual
estava submetido o escravo era a de ser “propriedade”
do seu senhor; sendo assim, o dono de um escravo tinha
sobre ele o direito de vida e morte.
02 B
O modo de produção que norteou a Antiguidade Clássica
foi a escravidão, deixando claro que a base eram os escravos, obtidos de várias maneiras.
03 C
02 A
A citação faz referência ao período de guerras civis que
enfraqueceram as instituições republicanas e propiciaram
o surgimento do império.
03 D
O governo romano anexou vastos territórios e, juntamente
a esse fato, tornou milhões de pessoas escravas, pelos
meios existentes (por dívida, prisioneiros de guerra etc.).
Simultaneamente, a classe dos homens novos, ou equestres, ascendeu socialmente em Roma, passando a buscar
maior participação política.
04 B
Os textos fazem referência ao conceito de isonomia, típica
da democracia ateniense, e à existência do Tribunato da
Plebe, uma magistratura criada na República Romana.
04 B
A escravidão nas sociedades da Antiguidade não implicava necessariamente na realização de trabalhos que exigiam grande esforço físico. Na Roma Antiga, por exemplo,
a grande quantidade de escravos permitia a um senhor
destinar alguns deles para tarefas bastante especíicas,
como as de administrador de negócios ou de pedagogo.
Conforme o texto, quando a legislação era transmitida
oralmente, as classes superiores “manipulavam a justiça
de acordo com seus interesses”. Dessa forma, quando a
legislação passou a ser escrita, as classes inferiores tiveram
o acesso às leis ampliadas.
05 D
O texto retrata o século II a.C., época em que se deu a
tentativa de reforma agrária liderada por Tibério Graco,
tribuno da plebe, que pretendia a distribuição de parte
das terras públicas à plebe romana.
Atividades propostas
06 E
01 E
As lutas de gladiadores, bem como o atletismo e encenações teatrais, izeram parte da chamada “política do pão e
circo”, ocorrida no Império Romano e que tinha por objetivo desviar a atenção da plebe sobre a grande concentra-
O período destacado foi marcado pelo apogeu do expansionismo romano, época do império, quando Roma
dominava todos os territórios ao redor do Mediterrâneo,
incluindo a Palestina. O mosaico de animais representa a
quantidade e diversidade desses territórios.
Pré-Universitário
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HISTÓRIA 1
LIVRO 2
03 B
07 B
Em meio à crise do escravismo, a partir do século III, o
sistema de colonato tornou-se a solução para o problema
da falta de mão de obra e da retração da produção agrícola no Império Romano. Devido ao im das conquistas, a
quantidade de escravos que adentrava o império diminuiu
drasticamente, contribuindo para uma crise na produção
de alimentos, o que deteriorou a situação econômica de
proprietários de terra e arrendatários. Os escravos, bem
como os trabalhadores livres, foram substituídos gradativamente pelos colonos, que, por um lado, tinham o status
superior ao do escravo, uma vez que não eram mais uma
mercadoria, mas, por outro lado, estavam presos à terra.
A história de Roma pode ser analisada de forma lendária,
como abordou Virgílio, ou histórica, na qual Roma fora fundada para ser uma cidade com proteção reforçada para
evitar fortes invasões.
04 D
O Direito Romano é o principal legado deixado para a
Modernidade. Toda a base do Direito atual provém de
normas jurídicas romanas e princípios bem deinidos por
seus juristas.
Atividades propostas
08 A
O governo de Otávio Augusto (27 a.C.-14 d.C.) caracterizou-se pela interrupção temporária da expansão militar de
Roma, depois que duas legiões romanas foram destruídas
na Germânia (9 d.C.). Entretanto, o examinador confundiu
Pax Romana com Pax Augusta: a primeira, iniciada por
Augusto, continuou até ao século III e se caracterizou pela
segurança existente dentro do Império; já a segunda refere-se à suspensão das guerras externas e deixou de vigorar
no governo dos sucessores de Augusto.
09 B
Ambas se vinculavam a expansões imperialistas e militares
que dominavam outros povos e os escravizavam, sobretudo no caso romano.
10 B
A falta de guerras e o cristianismo, que libertou muitos
escravos, fruto de atos de piedade de seus senhores,
mudaram a história de Roma, abrindo espaço para a decadência do sistema tradicional e para a queda do Império
Ocidental.
01 D
A família romana era excessivamente patriarcal, reservando à mulher um papel secundário na hierarquia social.
02 D
O texto deixa claro a relação direta entre a compreensão
da vida natural e a presença e vontade dos deuses. Os
deuses gregos se assemelhavam aos homens não apenas
na forma, mas nas diferentes possibilidades de intervenção sobre a vida social.
03 B
O termo draconiano até hoje é usado para fazer alusão
às punições mais severas, tendo profunda ligação com a
sistemática que deu bases futuras aos preceitos democráticos.
04 E
O texto remete à figura do filósofo Sócrates e de sua base
de pensamento, que não previa muito a escrita, mas sim
os diálogos sempre ricos de conteúdo e de problemáticas
para aprimorar o homem.
Aula 10 A cultura greco-romana
05 A
Atividades para sala
01 D
O teatro, na sociedade grega da época, possuía dimensão
pedagógica e levava o espectador ao desenvolvimento da
crítica e da relexão sobre si mesmo e sobre os valores de
sua pólis.
Heródoto foi o principal cronista grego da Antiguidade,
considerado como o “pai da História”. Suas obras retratavam de forma racional o desenvolvimento das sociedades,
destacando o comportamento humano. Tucídides escreveu a História da Guerra do Peloponeso, um dos mais
importantes eventos do Período Clássico, envolvendo,
principalmente, as duas mais importantes pólis gregas,
Atenas e Esparta.
06 B
02 B
A mitologia grega é riquíssima, exprime os principais valores cultuados pelos gregos da época e serve de base para
vários temas inerentes ao cotidiano na Grécia Antiga.
2
A cultura grega valorizava a virilidade guerreira ao mesmo
tempo em que depreciava o trabalho manual, tido como
uma atividade reservada para camadas sociais inferiores,
Pré-Universitário
HISTÓRIA 1
LIVRO 2
daí por que os relatos enfatizavam os feitos heroicos e
não o trabalho cotidiano, geralmente feito por escravos e
estrangeiros.
07 B
A Ilíada é um extenso poema que possui uma grande quantidade de personagens da mitologia grega. Homero assumia que seus ouvintes estavam familiarizados com esses
mitos, o que pode causar confusão ao leitor moderno.
A Odisseia está centrada principalmente no herói grego
Ulisses (Odisseu) e sua longa viagem para casa depois da
queda de Troia. Odisseu leva dez anos para chegar à sua
terra natal, Ítaca, depois da Guerra de Troia, que também
havia durado dez anos. Em sua ausência, Penélope, sua
esposa, juntamente com seu ilho, Telêmaco, são obrigados a lidar com um grupo de homens interessados em se
casar com ela, imaginando que Odisseu não retornaria.
08 B
03 C
Uma característica marcante da civilização árabe é a tolerância demonstrada com os povos dominados e a convivência pacíica. Como exemplo, tem-se a estadia dos árabes
durante sete séculos na Península Ibérica.
04 A
Os árabes não tinham grupos políticos importantes e eram
divididos politicamente em cidades e tribos rivais. As pregações de Maomé, ainda em Meca, desagradavam à elite
governante da cidade, que controlava o comércio e obtinha grandes lucros com a peregrinação à cidade. Essa elite
temia que o monoteísmo acabasse com a prática da peregrinação e afetasse o comércio, daí as perseguições que
resultaram na Hégira.
Atividades propostas
01 B
Os sucessores de Alexandre izeram o que puderam para
manter o helenismo vivo: gregos e macedônios foram
encorajados a emigrar para as novas cidades. Alexandria,
no Egito, teve um destino brilhante devido aos cuidados
dos ptolomaicos.
O islamismo se desenvolveu durante a Idade Média e
alcançou uma signiicativa expansão territorial tanto ao
Oriente como ao Ocidente (Península Ibérica). Essa expansão foi motivada por fatores ligados à busca por terras férteis e à religião.
09 A
Trata-se de uma questão de interpretação de texto, que
não exige maiores conhecimentos históricos. Percebe-se
na leitura o crescente imperialismo romano, que ocorre a
partir das Guerras Púnicas, cujo impacto cultural é percebido pelo uso da arte como instrumento propagador das
façanhas militares.
10 E
A épica grega atingiu seu auge com a Ilíada e a Odisseia
que, acredita-se, foram escritas por Homero.
02 A
O princípio da Jihad remonta à Guerra Santa para expansão do islamismo pelo mundo.
03 E
Além de aspectos teológicos, a questão envolveu também
aspectos políticos e econômicos ligados ao fortalecimento
do poder autocrático dos imperadores bizantinos.
04 E
Aula 11 Germânicos, bizantinos e árabes
A cultura árabe foi importante para o Ocidente notadamente na arquitetura, por meio da qual esse povo deixou
vários legados para os ocidentais.
Atividades para sala
05 C
01 E
A iconoclastia não aceitava a veneração de santos na
forma de imagens, o que abalou as bases da Igreja Católica no Oriente, ocasionando o Cisma do Oriente ocorrido
em 1054.
A peregrinação a Meca é uma das cinco obrigações
de um iel muçulmano. Os muçulmanos denominam de
pilares do islamismo aquilo que no Ocidente se denomina
obrigação. Importante notar que são dispensados da
peregrinação aqueles que não possuem condições físicas
ou inanceiras.
02 C
Primeiramente, os bárbaros penetraram no Império
Romano como mão de obra, ou seja, por meio de entradas pacíicas. Posteriormente, sendo atacados por outros
povos, invadiram o Império através de incursões violentas.
06 C
O Corão é considerado o texto supremo do islã, escrito
por Maomé sob a orientação direta e revelada de Alá
(Deus).
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HISTÓRIA 1
LIVRO 2
07 B
03 B
Destaca-se a tolerância dos árabes muçulmanos nesse
período, diante da convivência com diversos povos. Na
Península Ibérica, intelectuais árabes traduziram diversas obras de autores gregos e romanos e, dessa forma,
contribuíram para a difusão da cultura clássica na Europa
medieval.
08 B
Os quatro primeiros califas (632-661) haviam conquistado
o Oriente Próximo, do Irã ao Egito. Damasco caiu em 635;
Jerusalém, Antioquia e Basra, em 638, a Pérsia (637-650), e
o Egito (639-642). De 661 a 750, os omíadas de Damasco
continuaram a expansão territorial do califado para o leste
(Afeganistão) e para o oeste (África do Norte e Espanha).
09 B
A diversidade ilosóica levava os bizantinos a travarem longos debates sobre questões metafísicas e pouco práticas
– daí a origem do termo discussão bizantina ou bizantices.
10 B
Aluno de Platão, Aristóteles discorda de uma parte fundamental da ilosoia do mestre. Platão concebia dois mundos existentes: aquele que é apreendido por nossos sentidos – o mundo concreto –, em constante mutação; e outro
mundo – abstrato –, o das ideias, acessível somente pelo
intelecto, imutável e independente do tempo e do espaço
material. Aristóteles, ao contrário, defende a existência de
um único mundo: este em que vive a humanidade. O que
está além da experiência sensível não pode ser nada.
Aula 12 O feudalismo na Europa Ocidental
Atividades para sala
01 B
Além do predomínio do teocentrismo, o patriarcalismo era
reinante na sociedade medieval, colocando a mulher em
um papel secundário.
04 C
A vida do camponês medieval era marcada pela submissão social e pela exploração econômica, por meio da
qual, além de estar preso à terra em que vivia, também
era devedor de uma série de obrigações ligadas ao pagamento de impostos e ao trabalho gratuito para os nobres.
Atividades propostas
01 D
A vida do servo no sistema feudal era marcada pela opressão, obediência e alta tributação.
02 B
Os fragmentos remetem às condições dos camponeses
medievais sujeitos às obrigações feudais perante seus
senhores, portanto, marcados pela exploração e privação
material.
03 C
A doação de senhorios era comum entre a nobreza e
estava na base das relações entre suseranos e vassalos
durante a Idade Média.
04 E
O feudalismo consiste em um conjunto de práticas envolvendo questões de ordem econômica, social e política.
Entre os séculos V e X, a Europa Ocidental sofreu uma
série de transformações que possibilitaram o surgimento
dessas novas maneiras de se pensar, agir e se relacionar.
05 A
As relações de suserania e vassalagem, estabelecidas entre
dois nobres, eram eventualmente entre iguais (do ponto
de vista social), estabelecidas em comum, dada a necessidade em determinado momento. O nobre que concedia algo (proteção ou terras) era denominado suserano, e
aquele que devia obrigações ao outro por ter recebido um
beneicio era considerado vassalo, devedor de obrigações
costumeiras, como a defesa militar.
02 E
Qualquer instrumento utilizado pelos servos, ou até
mesmo benfeitorias nas posses do senhor, era motivo para
cobrança de um tributo servil conhecido como banalidade.
4
O termo feudalismo designa um sistema complexo, de relações sociais variadas que envolvem duas camadas sociais
ou internas à mesma classe. Em seu interior se desenvolveu a relação de suserania e vassalagem, que envolvia nobres – portanto membros de uma mesma camada
social – em situações distintas, sendo considerado suserano aquele que concedia um benefício e vassalo aquele
que recebia esse benefício e passava a ter certas obrigações para com o suserano, o que caracterizava a ideia de
assimetria na relação. No entanto, vale ressaltar que são
elementos da mesma classe e é incorreta a ideia de que
vassalos são servos. Como são indivíduos que pertencem
à mesma classe, essa relação é considerada horizontal.
Pré-Universitário
HISTÓRIA 1
LIVRO 2
06 E
a) (F) A ligação entre o servo e o senhor feudal era de
cunho econômico, e não religioso.
b) (F) A expressão patronagem refere-se ao clientelismo
romano, sendo que as relações servis eram de trabalho e tributação, diferentemente dos clientes
plebeus em Roma.
c) (F) O exército do feudo era formado por cavaleiros
proissionais, e não por servos.
d) (F) Os senhores eram os donos das terras, único meio
de subsistência; por isso os servos dependiam
deles, e não o contrário.
e) (V) Apesar de toda a exploração, o servo não era um
escravo e detinha alguns direitos.
07 D
A cavalaria era uma instituição cultural relativa apenas aos
elementos da nobreza, assim como a relação de suserania e
de vassalagem. As cruzadas podem ser vistas como o maior
exemplo de belicosidade envolvendo centenas de nobres
de diversas regiões da Europa. A preparação e disposição
para o combate estava presente na formação do cavaleiro
desde a infância do nobre. Combater invasores, defender
as donzelas e a Igreja eram ideais dessa formação.
08 E
O texto do dicionário faz menção à organização social da
Idade Média, na qual o clero seria responsável por rezar, os
nobres deveriam guerrear e os camponeses deveriam trabalhar para sustentar essa ordem estamental. No período
pré-revolucionário, houve a contestação desse sistema
social, pois não havia apenas camponeses “carregando”
o Estado francês, mas também trabalhadores urbanos
(sans-culottes) e a burguesia, alguns dos grupos responsáveis pela Revolução Francesa.
02 C
A Igreja condenava a usura como um pecado terrível por
ser tida como sinal de ambição desmedida e de “roubo a
Deus”.
03 D
O mecanismo de veneração aos santos pela Igreja Católica
deriva da inluência do politeísmo romano, que deu à
Igreja a oicialidade e com ela iniciou uma fase de crescimento e apogeu político.
04 A
O teocentrismo foi a ideologia predominante na Idade
Média e deu à Igreja uma primazia que vai conduzi-la ao
topo do poder na sociedade medieval.
Atividades propostas
01 D
A Igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até servos. Os monges
viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção
espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo
rezando e copiando livros e a Bíblia.
02 C
Quando surgiram as primeiras ordens religiosas na Europa
Ocidental, os regulamentos impunham algumas condições
severas aos monges reclusos, como o celibato, o silêncio e
o trabalho árduo dentro dos mosteiros, o que não deixava
de ser inédito à época, pois o serviço braçal era pouco
valorizado pelas classes dominantes.
09 E
A grande característica da nobreza feudal era o comportamento guerreiro, que ressaltava valores ligados à honra,
bravura e fé.
10 B
Os camponeses viviam como servos ligados à terra, oprimidos e com uma alta carga tributária a cumprir.
Aula 13 A Igreja Medieval
Atividades para sala
03 E
As estruturas que se desenvolveram e formaram o feudalismo agregaram aspectos de origem bárbara – como o
valor dado ao militarismo e ao guerreiro – com elementos
de origem romana – como o cristianismo. Dessa forma, a
cultura da camada elitizada, a nobreza, prezava a formação de cavaleiro como elemento fundamental. Desde a
infância, os homens da elite aprendiam a lutar e cavalgar,
ao mesmo tempo em que eram formados pelos valores
morais da Igreja Católica, que propunha o uso da força
para a defesa da Igreja, das donzelas e dos oprimidos, justiicando ideologicamente a cultura bélica da nobreza.
04 A
01 D
O clero regular era fechado, enclausurado e produtor de
cultura no interior dos mosteiros medievais, verdadeiros
“cofres de guardar conhecimento”, que eram administrados pelas várias ordens religiosas existentes na Europa.
“Que nenhum cristão mate outro cristão”, essa foi a palavra de ordem do bispo de Narbona, lançada em 1054, que
serviu para estimular ainda mais a implantação da “Paz
de Deus”. A sociedade europeia, no que Marc Bloch chamou de a primeira fase do feudalismo, era essencialmente
guerreira, violenta e turbulenta.
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HISTÓRIA 1
LIVRO 2
05 B
02 A
Muitos estudiosos acreditam que o sucesso desta nova
religião deve muito à simpliicação operada em Jerusalém, e que, com essa revolução, liderada principalmente
por Paulo de Tarso, a qual contradizia a tradição judaica,
estavam reunidas as condições necessárias para a expansão dessa nova fé.
06 B
Dentro dos mosteiros medievais estavam concentrados
o domínio e a produção cultural da Idade Média, dando
a essas instituições poderes semelhantes à estrutura
externa, onde nobreza e clero detinham o poder por meio
do monopólio do conhecimento.
07 D
O texto desenvolve uma linha de argumentação que estabelece relação entre as hierarquias ordenadas por Deus
para o funcionamento da natureza, de modo que o funcionamento da própria sociedade justiica o predomínio
social e político da nobreza e do clero sobre as demais
classes sociais.
A partir da Baixa Idade Média, o crescimento das cidades
esteve articulado à reativação do comércio. O aumento
populacional e a consequente crise do sistema feudal,
somados às cruzadas, tornaram as cidades importantes
centros mercantis e bancários, nos quais eram efetuadas as trocas de mercadorias que circulavam pelas rotas
comerciais e também o excedente da produção agrícola.
Essa reativação da atividade mercantil levou também à
uma reativação das práticas monetárias, dando aos bancos
um papel importante nesse novo peril econômico que a
Europa passava a viver.
03 A
O inal da Idade Média é caracterizado por um processo
de transformações socioeconômicas que envolveram as
cidades. Se durante a Alta Idade Média a cidade manteve-se isolada, durante a Baixa Idade Média ela tendeu a
crescer impulsionada por maior circulação de mercadorias provenientes do Oriente. O renascimento comercial e
urbano possibilitou o surgimento da burguesia e das raízes
do processo de acumulação de capital.
04 D
08 E
As universidades medievais surgiram a partir da intensiicação das corporações de estudantes, mestres e
aprendizes.
O inicio da Baixa Idade Média foi marcado por uma série
de transformações demográicas e tecnológicas que alteraram a feição do feudalismo europeu.
Atividades propostas
09 B
Por meio do texto, busca-se justiicar e legitimar a sociedade feudal com suas distinções de classes e poder social.
10 B
O catolicismo medieval procurava difundir a ideia de se
obter a salvação por meio da prática das boas ações e
boas obras, relacionadas a contribuições pecuniárias à
Igreja.
Aula 14
O início do conlito decorre da tentativa do rei inglês de
disputar a sucessão do trono francês com base em laços
maternos, o que não era permitido. Após o início do conlito, marcado por batalhas e períodos de tréguas, as duas
monarquias passaram a disputar o domínio da região de
Flandres.
02 A
A partir do século XI, tem início um período de paz, tranquilidade e expansão de diversos setores da vida na
Europa Ocidental, graças ao im das invasões, à melhoria
das técnicas agrícolas e à ausência de catástrofes climáticas e epidemias. Nesse contexto, houve um aumento da
produção agrícola, um importante crescimento demográico, uma retomada das atividades comerciais, o crescimento das cidades e o surgimento da burguesia.
Baixa Idade Média
Atividades para sala
01 E
Interpretação de texto que destaca a intensa religiosidade
do período. A visão teocêntrica de mundo determina
que a compreensão da vida humana se dê apenas como
expressão da vontade de Deus. No entanto, as demais
alternativas podem induzir o estudante ao erro, pois a
lepra era contagiosa e se manifestava tanto entre camponeses como entre nobres.
6
01 C
03 D
Muitos autores consideram que a Baixa Idade Média
representou o momento de transição do feudalismo para
o capitalismo, marcada pela formação da burguesia, crescimento das cidades e do comércio, alterando a forma das
relações socioeconômicas entre os indivíduos. Para pre-
Pré-Universitário
HISTÓRIA 1
LIVRO 2
servar sua inluencia, a Igreja Católica desenvolveu a teoria
do preço justo e impôs limites ao lucro, mesmo porque
estava sob controle de elementos da velha nobreza. O
movimento cruzadista acabou por conciliar diversos interesses, mesmo que, aparentemente, contraditórios.
04 A
Nessa questão, é preciso icar atento para o período denominado renascimento comercial e urbano, entre os séculos
XI e XIII, que é caracterizado por inúmeros acontecimentos;
entre eles se destacam: o Cisma do Oriente (1054); as
cruzadas (1096-1270); reativação e criação de novas rotas
de comércio; surgimento de um novo agente social, o
burguês; expansão demográica. Tal cenário foi repleto
de problemas de ordem social e moral, levando e/ou forçando a Igreja a tentar instituir um controle maior sobre as
populações – o “espiritual” conduzindo o “terreno”.
05 D
As cruzadas religaram Ocidente e Oriente, a partir da reabertura do Mar Mediterrâneo. Nesse contexto, a troca cultural foi grande, com os ocidentais tendo contato com as
inovações tecnológicas empreendidas pelos muçulmanos.
06 A
Muitas das moléstias medievais encontraram no ambiente
urbano, que se expandia, um campo fértil para se proliferar, devido à ausência de sistemas de saneamento, abastecimento seguro de água potável e controle de pragas,
como os ratos. Com a concentração cada vez mais intensa
de habitantes nas cidades, em condições precárias de
higiene, a transmissão de doenças infecciosas cresceu na
Europa em ins da Idade Média.
10 A
A Baixa Idade Média é caracterizada por um conjunto
de mudanças nas estruturas tradicionais do feudalismo.
Época de renascimento comercial e urbano, quando novas
atividades se desenvolvem, principalmente, com a reabertura do Mar Mediterrâneo, permitindo o surgimento de
uma camada de mercadores que, por viverem nos burgos,
foram chamados de “burgueses”.
Aula 15 Cultura medieval
Atividades para sala
01 E
As catástrofes naturais, as epidemias e mesmo as guerras
eram motivos de airmação, por parte da Igreja Católica,
de que seriam castigos divinos, reforçando o pensamento
teocêntrico dominante naquela época.
02 C
Como o próprio texto deixa claro, “sobre ele [o corpo] se
aplicam os castigos puriicadores que expulsam os pecados [da alma]”. O texto airma também que “o corpo
denuncia as particularidades da alma” e ”suporta a prova
da água ou do ferro em brasa”.
Segundo a Igreja Católica pregava na Idade Média europeia, o controle comportamental, que poderia gerar pecados para a alma, era feito através de castigos corporais,
que serviam para puriicar a alma e livrar dos pecados.
03 D
07 D
O texto destaca que a peste negra chegou primeiramente
às cidades portuárias da Itália e somente depois atingiu
o interior e outras regiões da Europa. A doença já era
grave nas regiões do Oriente Próximo, e a intensiicação
do comércio (dada a “reabertura” do Mediterrâneo na
Baixa Idade Média) abriu as portas não apenas para maior
contato com povos árabes e para novas mercadorias, mas
também para ratos e doentes, que rapidamente espalharam a doença pelas cidades litorâneas.
Quando surgiu o renascimento cultural, os pensadores
renascentistas denominaram o período anterior de Idade
Média, muitas vezes chamada de Idade das Trevas.
04 E
A instituição de maior destaque durante o Período Medieval
foi a Igreja Católica, que ditou regras e atuou com muito
poder nas várias esferas sociais vigentes.
Atividades propostas
08 D
As relações entre os cavaleiros eram pautadas pelas hierarquias sociais reconhecidas e legitimadas pela Igreja.
09 A
O processo citado no texto está relacionado com o
aumento demográico europeu após o século XI, baseado
na incorporação de novas técnicas de produção agrícola.
01 D
A partir do século XII, diversos agentes sociais reivindicariam o conhecimento de habilidades que só eram possíveis com o domínio da leitura e da escrita. Paralelamente,
a burguesia também fazia semelhante reivindicação com o
intuito de calcular seus lucros, elaborar contratos e redigir
letras de câmbio.
Pré-Universitário
7
HISTÓRIA 1
LIVRO 2
02 B
As primeiras universidades foram surgindo de forma
espontânea e agregavam indivíduos de diferentes origens.
Com relação a essa imensa diversidade, é importante ressaltar que o conhecimento cientíico produzido pelos árabes e bizantinos também foi de fundamental importância
para o desenvolvimento dos primeiros cursos a serem
lecionados.
ainal, apesar de parte da sociedade medieval participar
de festividades pagãs e cristãs, a Igreja constantemente
condenava as primeiras e aos poucos conseguiu discipliná-las e integrá-las aos seus rituais.
08 A
A arquitetura gótica caracterizava-se pela suntuosidade,
elegância nos traços, muita luz e inspirações espirituais
dos seus idealizadores.
03 C
O estilo gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente
na França, durante a Baixa Idade Média, e é identiicado
como a “arte das catedrais”. A partir do século XII, a
Europa conheceu transformações importantes, caracterizadas pelo desenvolvimento comercial e urbano e pela
centralização política, elementos que atestam as transformações do mundo feudal. No entanto, a arraigada cultura
religiosa e o movimento cruzadista preservavam o papel e
a importância da Igreja Católica na sociedade.
04 A
A concepção de um período histórico denominado “Idade
das Trevas” ainda é presente na atualidade, porém ela é
rejeitada pela maioria dos historiadores. Estudos ressaltam
os avanços alcançados no período, como o desenvolvimento da cartograia e o progresso no domínio marítimo,
e não apenas os problemas enfrentados pela sociedade
europeia.
05 E
Durante a Idade Média, mais especiicamente no período
da Baixa Idade Média, houve um grande intercâmbio entre
as civilizações ocidentais (Europa) e as civilizações orientais (árabes muçulmanos). Tal intercâmbio foi possibilitado,
principalmente, pelo advento das cruzadas, uma tentativa
cristã de tirar Jerusalém das mãos muçulmanas.
Não houve contato entre a Europa Ocidental e os demais
povos citados durante a Idade Média.
06 A
Santo Agostinho construiu argumentações capazes de
sustentar e explicar as verdades religiosas. Algum tempo
depois, Santo Tomás de Aquino, professor da Universidade
de Paris e um dos mais importantes doutores da história da
Igreja, reuniu o saber medieval na obra Summa Theologica.
07 A
O trecho do texto selecionado pelo enunciado deixa margens para dúvidas na resolução da questão, pois relata
apenas o fato de que homens e mulheres medievais gostavam de participação de festas tanto de origem pagã
quanto cristã. Porém, esse trecho se encerra sem a discussão da visão da Igreja em relação a essa contestação, obrigando então que a questão seja resolvida por eliminação,
8
09 B
A Escolástica pode ser entendida como o conjunto de
doutrinas ilosóico-teológicas cultivadas nas escolas e universidades medievais. Os traços característicos da Escolástica são os seguintes:



pensamento dos gregos subordinado à Teologia (o
Direito era pensado a partir da Teologia, pois Deus é o
seu fundamento);
defesa da Igreja contra as instituições seculares;
método lógico-formal. Com Tomás de Aquino tem-se
a nova escolástica dominicana, baseada na Teoria de
Aristóteles sobre a Justiça, valendo-se dos ensinamentos do Direito Romano.
10 D
Antes de ser adotado pela Igreja Católica como uma festa
oicial (590 d. C.), o Carnaval era uma comemoração pagã
marcada pela sexualidade e pelo consumo excessivo de
álcool. Nas cidades medievais, inclusive, a festa desaiava
o grande poder feudal da Igreja Católica.
Aula 16 Renascimento cultural
Atividades para sala
01 E
O movimento iluminista criticava o clericalismo, o dogmatismo, o mercantilismo e o absolutismo.
02 B
Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, ou Sandro
Botticelli, pintor e retratista do Renascimento, participou
da pintura da Capela Sistina juntamente com Michelangelo.
Ele foi protegido pela família dos Médicis e do monge
beneditino Girolamo Savonarola.
A temática pagã, presente no quadro e no cristianismo,
é frequente nas obras do Renascimento. Botticelli, um
dos maiores pintores do período, foi exclusivamente pintor, diferentemente de outros expoentes da época, como
Leonardo da Vinci, com trabalhos e estudos em diversas
áreas, como Anatomia, Arquitetura, Engenharia e obras
em esculturas.
Pré-Universitário
HISTÓRIA 1
LIVRO 2
03 A
O Renascimento era caracterizado pela adoção de valores
clássicos, como o racionalismo, o hedonismo, o experimentalismo, o antropocentrismo e o ecletismo.
04 B
Com o advento da literatura renascentista, as línguas
nacionais ganharam espaço em detrimento do latim, língua oicial da Igreja Católica.
Atividades propostas
01 C
Do ponto de vista cultural, o “mundo moderno” foi arcado
pelo Renascimento, ou seja, pela retomada de valores
da cultura clássica greco-romana, como o racionalismo,
o antropocentrismo e o individualismo, em contraponto
às concepções medievais e clericais de conhecimento do
Universo e do homem.
02 C
A questão estabelece como correta a opção que apresenta
os dois conceitos fundamentais de cada um dos períodos
históricos, a Idade Média, na qual se desenvolveu o teocentrismo, devido à forte inluência da Igreja Católica,
como instrumentos de contenção dos conlitos sociais,
enquanto no período da Renascença, Idade Moderna, o
conceito fundamental é o antropocentrismo, colocando o
homem como o centro da preocupação e do novo paradigma cultural, social e econômico.
03 D
A divina comédia é a obra-prima de Dante Alighieri, que
a iniciou provavelmente por volta de 1307, concluindo-a
pouco antes de sua morte em 1321. Escrita em italiano, a
obra é um poema narrativo rigorosamente simétrico e planejado que narra uma odisseia pelo Inferno, Purgatório e
Paraíso, descrevendo cada etapa da viagem com detalhes
quase visuais.
04 B
O texto se refere às cidades europeias da época moderna
e a prática do mecenato, principalmente nos séculos XV e
XVI, quando se deu o desenvolvimento do renascimento
cultural. A prática do mecenato, de origem romana, deu-se por diversas razões, materiais ou religiosas, e signiicou
principalmente o apoio inanceiro aos artistas ou a centros
de desenvolvimento cultural, sendo um dos mais famosos
a Academia de Florença, mantida pela família Médici.
05 C
Apesar de cristãos, os humanistas se preocuparam em
compreender o ser humano com base em novas pers-
pectivas, deinidas pelo racionalismo, valorizando o individualismo. A ideia básica do renascimento cultural está
associada ao resgate da cultura clássica greco-romana. No
século XVI, o movimento da Reforma, denominada de Protestante, incorpora elementos originados com o Renascimento, destacando-se a visão crítica de mundo e o próprio
individualismo; assim, os reformadores foram combatidos
pela Igreja Católica com maior vigor a partir da Contrarreforma.
06 E
O termo renascimento é comumente aplicado à civilização europeia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além
de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse
período muitos progressos e incontáveis realizações no
campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. Características gerais:
 racionalidade;
do ser humano;
 dignidade
rigor
cientíico;
 ideal humanista;
 reutilização das artes greco-romana.

07 C
Os dois autores são considerados marcos do movimento
renascentista, ao longo da Idade Moderna. Nesse período,
as características nacionalistas se desenvolveram ou se
aprofundaram. Apesar de a região italiana não ter se uniicado politicamente, o Renascimento resgatou a cultura
antiga romana, dando maior unidade cultural à Península.
No caso espanhol, a formação da nação ocorreu no inal
século XV, porém a uniicação política não eliminou as divisões internas nem as inluências de origem árabe. Nesse
sentido, pode-se entender a importância de um grande
autor que seja considerado como “espanhol” e, ao ser
difundido em todo o país, gerar forte inluência linguística
para maior padronização.
08 B
O termo renascentista remete à Idade Moderna,
momento em que uma nova visão de mundo se desenvolveu ao mesmo tempo em que a burguesia e o comércio
estavam em expansão. A cultura renascentista resgatava
valores greco-romanos em contraposição à visão medieval
ainda predominante na sociedade e, dessa maneira, revalorizou a razão, estimulando a relexão e o senso crítico,
com novas descobertas cientíicas, assim como uma nova
arte, que reletia não apenas a adoção de novas técnicas,
mas a valorização do ser humano e de sua vida cotidiana.
09 C
I. (F) A disseminação das informações foi propiciada pela
criação da imprensa de tipos móveis, e não houve
um aparato estatal de cunho centralizador a estabelecer a censura, a qual tinha cunho religioso.
Pré-Universitário
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HISTÓRIA 1
LIVRO 2
II. (F) A Igreja Católica não ensinou a população em geral
a ler e interpretar os seus dogmas; somente os
membros do clero possuíam essas condições.
III. (V) O método cientíico moderno consiste na experimentação, na observação e no raciocínio lógico-matemático.
IV. (V) A preservação da cultura greco-romana foi realizada pelos bizantinos e islâmicos. O modelo antropocêntrico foi utilizado para o cálculo que objetiva
proporções exatas.
10 C
O renascimento cultural resgatou os valores da cultura
clássica greco-romana, destacando o antropocentrismo,
o racionalismo e o individualismo. No entanto, vale destacar que a religiosidade não foi desprezada, e um dos
maiores artistas da época, Michelangelo, esteve vinculado
a obras sacras, patrocinado pelo papa. Na pintura, o uso
da perspectiva foi a grande novidade, dando a ideia de
profundidade.
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Historia 1 Vol. 2