Ciências Sociais
Profa.Cristiane Gandolfi
Sociologia da educação: A escola e
as relações sociais
Objetivo
Imagem 1
9Conhecer os mecanismos
de sustentação da escola
por meio do olhar sociológico.
9Problematizar a validade desta
sustentação na contemporaneidade.
Sociologia funcionalista
“Não se pode chegar a uma sociologia
científica da escola sem que se tenha
renunciado a generalizações vagas, de
ordem mais normativa que científica,
relativas às escolas enquanto instituições,
consideradas como grupos, bem como de
suas diversas relações funcionais com
numerosos outros grupos, mais amplos,
que as institucionalizam de maneira mais
ou menos efetiva” (Candido, 1967, p.106).
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A escola: grupo social
Estrutura administrativa da
escola – ordenação racional.
Dinâmica do grupo escolar:
educação formal/ não-formal –
escola total.
Realidade da
escola
Vida
profunda,
espontânea,
SOCIABILIDADE PRÓPRIA
AUTONOMIA: ajustamento às
normas gerais respeitando
sua especificidade
Análise sociológica
da escola
9Escola – grupo escolar - exige
atividade combinada de seus
membros = “os que ensinam
e os que aprendem”.
Este papel social ainda
Se mantêm???
Análise sociológica
da escola
9 Funções latentes
• Modos, valores, como se dá a aprendizagem.
São os significados do que está por traz do
que se chama de currículo oculto.
• Funções manifestas
9 Matérias, disciplinas, matriz curricular.
Pelo controle social se faz toda
seleção na escola
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Escola: sociabilidade
própria
9Natureza, características, função social.
9ESCOLA não é empresa, não é família,
não é igreja...
9Escola “[é] essencialmente produto da
cooperação dos seus próprios membros,
mas cujas funções coletivas, e posições,
são parcialmente institucionalizadas por
outros grupos sociais” (Candido,p.109)
9Influência: religião, classe, políticos,
economia (valores da Sociedade)
Pausa para reflexão
9Michel Apple nos diz que, para que haja
escola democrática é necessário haver
controle. O importante é ter claro: controle
de quem e para que?
9O que você pensa
9sobre isso
Estrutura da escola
9 Grupo social com uma composição definida.
9 Organização e estrutura ainda rudimentares.
9 Dinâmica manifesta – grupo estável,
localização, população, sistema de normas e
finalidades.
9 Dinâmica interna – “desconhecida” – cultura
local – é mantida por um sistema de normas
e valores também internamente
desenvolvidos”(Candido, 1967, p.109)
9 Sociabilidade interna reflete a civilização
vigente.
3
Sociabilidade infantil
e juvenil
PASSADO
?
sociabilidade da criança e do
adolescente face a do adulto.
tipos de agrupamentos
mecanismos de seleção dos
líderes,conflito com o padrão
social desenvolvido na sociedade
com relação à educação
PRESENTE
CONFLITO GERACIONAL
Sociabilidade infantojuvenil/década de 40-60
9 Sociabilidade – resultante social da coexistência
de adultos e imaturos.
exercem um conjunto de
ADULTOS
pressões que atendem mais aos
Interesses da organização social do que
aos interesses dos imaturos que reagem à
posição dos adultos.
LATENTE – ATENUA CONFLITO
PRÁTICA
PEDAGÓGICA
CONFLITUAL – DELINQUÊNCIA
Escola – acomodação
ou desvio
9“a escola constitui um ambiente social
peculiar, caracterizado pelas formas de
tensão e acomodação entre
administradores e professores –
representando os padrões cristalizados da
sociedade – e os imaturos, que deverão
equacionar, na sua conduta, as exigências
desta com as da sua própria
sociabilidade”. (Candido, 1967, p.111)
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Escola como
grupo social
1. Formas de agrupamento
2. Mecanismos de sustentação dos
agrupamentos
A. Liderança
B. Normas
C. Sanções
D. Símbolos
Professor
1. Representa as gerações já integradas nos
valores sociais da época.
2. Idade – a comunidade atribui a alguns
membros especializados a tarefa de preparar
crianças e adolescentes.
3. Representante da experiência sociocultural
que importa preservar e transmitir.
4. Experiência de cultura representativa dos
padrões dominantes da comunidade
Alunos
9Oposição a sociabilidade dominante dos
adultos.
9Comportamento pré-social- bandos pouco
estruturados.
9Organizações estruturadas – lideranças
positivas – grêmios estudantis.
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Sustentação da escola:
culturas juvenis
9 Cultura, escola e identidades juvenis (Ensino
médio entre jovens e estudantes; parte 1)
9 Disponível em
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
DetalheObraForm.do?select_action=&co_obr
a=21877
• Duração: 5’ a 8’
Pausa para reflexão
• Como o grupo enxerga a estruturação
dos mecanismos de sustentação da
escola tendo em vista as diversas
juventudes que se encontram na escola
e suas diversas formas de expressão?
Como as adolescências e juventudes
podem se integrar a uma construção de
escola democrática em seu município?
Temáticas da sociologia
da educação
9Exclusão por dentro do sistema→status,
bens culturais, bens materiais.
9Ideologia, currículo oculto, controle, trabalho
intelectual, cultura.
9Desigualdade, classe social, gênero e etnia.
9Sistema, racionalidade.
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Sociologia e educação
9 Filósofo John Dewey: escola e sociedade
9 Século XX- Inglaterra da década de 30 e 40
– metodologia quantitativa/funcionalista.
9 1950 – França – escola de massa –
realização de enquetes educacionais, estudo
da entrada e saída dos alunos do sistema
educacional, aparelhamento das instituições
de pesquisa, situação sócio-econômica das
famílias e análise do financiamento da
educação.
Sociologia e educação
9 1950 – E.U.A. realização de enquetes
descritivas centradas na igualdade,
desigualdade, inclusão de elementos de
classe, escolaridade, classe social e
papéis sociais.
9Na escola aprende-se o necessário para a
realização da vida adulta.
9Através do pedagógico na escola exercese a seleção pela performance.
Escola –
espaço sociocultural
9 Sec. XXI – relação juventudes-mundo adulto –
culturas juvenis/sistema de ensino.
9 Disponível em
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
DetalheObraForm.do?select_action=&co_obr
a=21877
• Duração: 18’ a 20:55’
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Sociologia da educação no
Brasil
9Objetivo dos estudos do centro Brasileiro
de Pesquisas Educacionais
9“analisar, em profundidade, como a escola
primária brasileira, pensada como uma só
para todo o território brasileiro,
modificava-se em contato com as
diferentes realidades, que feição assumia
em cada lugar, que papéis efetivamente
cumpria, o que preservava em comum
com as demais(p.104)”.
Sociologia da educação no
Brasil contemporâneo
9Conhecer as culturas infantis,
adolescentes, juvenis que se encontram
na escola.
9Compreender a escola como espaço
humano – sociocultural.
9Conhecer as diversas juventudes que se
encobrem na categoria juventude.
Sociologia da educação no
Brasil
construção histórica
9 Objetivo: “fonte de alargamento do horizonte
cultural e de refinamento das formas de
consciência social” (Fernandes,1967,p.421).
9 1. diminuir a distância cultural das várias
unidades nacionais nela integrada.
8
Sociologia da educação no
Brasil
92. Atuação do Cientista Social:
objetividade do pensamento científico x
herança de colonização, ideologia,
condição do cientista social num país
subdesenvolvido. Segundo Florestan
Fernandes, essa condição “envolve-os em
complexa teia de interesses sociais aos
quais eles não podem ser indiferentes”
(1967, p.421).
Condição juvenil
9Como entender as diversas juventudes
que se encontram na escola?
9Essas juventudes constroem as mais
diversas culturas, e também se instruem a
fim de se preparar para o mundo adulto,
tal como se pensou na modernidade, ou
não?
9Como tem sido a relação educativa entre
as gerações: adulta e juvenis?
Sociologia da educação no
Brasil
9Ao longo do tempo a Sociologia foi sendo
concebida como uma Ciência Crítica ou
ainda como uma crítica altamente
exagerada.
Década de 60 – Florestan Fernandes
chamava atenção para:
91. a superação da compartimentalização
da Ciência e do funcionamento das
instituições públicas.
9
Sociologia da educação no
Brasil
92. Mesmo que haja conjugação dos
serviços públicos, criva que, esse esforço
é ilusório, enquanto não “encontrarem
condições de vida social organizada
suscetíveis de preservar ou de renovar a
espécie de melhorias que acarretarem”
(1967, p. 441).
Ethos predominante
9Escola tradicional é uma instituição
organizada por grupos homogêneos, seu
objetivo é transmitir conteúdos e
selecionar os futuros mandantes da ordem
capitalista e os obedientes a essa ordem.
9Consolidou-se pela transmissão de uma
herança social perpetuada e reforçada na
tese: há homens de pensamentos e
homens de ação.
Ethos da escola
contemporânea
9Desinstitucionalização da escola
9Espaço democrático
9Heterogêneo
9Sociocultural
9Encontro de:Infâncias,
9 adolescências
9Juventudes e adultos
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Referências Bibliográficas
9 DUBET, François. A formação dos indivíduos: a
desinstitucionalização. Revista:
Contemporaneidade e Educação. Ano III, nº 3,
mar/98.
9 FORACCHI, Marialice M. e PEREIRA, Luiz
(Org.) Educação e sociedade: leituras de
sociologia da educação. São Paulo: Nacional,
1967.
9 Revista Brasileira de Educação. (ANPED)
Juventude e Contemporaneidade. Nº 5 (maiojunho-julho de 1997).
Boa Semana!
Prof: Cristiane Gandolfi
Referência de imagens:
Imagem 1 – Disponível em: <www.metodista.br>. Acesso em: 12 jun 2007.
Imagem 2 – Disponível em: <www.metodista.br>. Acesso em: 12 jun 2007.
Todas as demais imagens são originárias de banco de imagens.
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