Mais de 360 aprovados na Receita Federal em 2006 Prof. Noely Landarin Data de impressão: 07/11/2007 67 das 88 vagas no AFRF no PR/SC 150 das 190 vagas no TRF no PR/SC 150 das 190 vagas no TRF www.conquistadeconcurso.com.br Conquiste sua vitória ao nosso lado ww w. editor amax im us.c om.br www.cursoaprovacao.com.br M A TERIA L D ID Á TIC O EXC LUSIV O PA RA A LUN O S D O C URSO A PRO V A Ç Ã O This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF. PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin LINGUAGEM Na abertura de sua obra Política, Aristóteles afirma que somente o homem é um animal político", isto é, social e cívico, porque somente ele é dotado de linguagem. Os outros animais, escreve Aristóteles, possuem voz (phone) e, com ela, exprimem dor e prazer, mas o homem possui a palavra (logos) e, com ela, exprime o bom e o mau, o justo e o injusto. Exprimir e possuir em comum esses valores é o que torna possível a vida social e política e, dela, somente os homens são capazes. Marilena Chauí, Convite à Filosofia O texto acima chama a atenção para o fato de que uma das diferenças marcantes entre o ser humano e os outros animais é a faculdade da Linguagem. Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. O ser humano utiliza diferentes tipos de linguagem, como a da música, da dança, da mímica, da pintura, da fotografia, da escultura, etc. As várias linguagens organizam-se em dois grupos: a linguagem verbal, modelo de todas as outras, e as linguagens nãoverbais. A linguagem verbal tem a palavra por unidade; as linguagens não-verbais têm outros tipos de unidade, como o gesto, o movimento, a imagem ,etc. As histórias em quadrinhos, o cinema, o teatro e a tevê, que utilizam a imagem e a palavra, são consideradas linguagens mistas. A língua pertence a todos os membros de uma comunidade. Na comunidade em que vivemos, usamos a língua portuguesa para nos comunicar e interagir com outras pessoas. Assim, quanto maior o domínio que temos da língua, maiores são as possibilidades de termos um desempenho lingüístico eficiente. Dominar bem uma língua não significa apenas conhecer seu vocabulário, é preciso também ter domínio de suas leis combinatórias. Língua é um tipo de código formado por palavras e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si. Por ser um código aceito convencionalmente, um único indivíduo não é capaz de criá-la ou modificá-la. A fala é sempre individual e seu uso depende da vontade do falante. Nem a língua nem a fala são imutáveis. A língua evolui, transformando-se historicamente. A fala também se modifica, de acordo com a história pessoal de cada indivíduo, com suas intenções, com sua formação escolar, com sua cultura, com as influências que ele recebe do grupo social a que pertence. NORMA CULTA E VARIEDADES LINGÜÍSTICAS Há situações em que a língua se apresenta sob uma forma bastante diferente daquela que nos habituamos a ouvir em nosso ambiente doméstico ou através dos meios de comunicação. Essas diferenças se manifestam em termos de vocabulário utilizado, da pronúncia, da morfologia e da sintaxe. Como citado anteriormente, isso é natural e decorre do fato de que as línguas não são sistemas invariáveis e imutáveis no Atualizada 07/11/2007 Português espaço e no tempo. Ao contrário, as línguas são sistemas dinâmicos e sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do contexto. Na escola, nas aulas de gramática, habituamo-nos a uma orientação voltada para o uso de formas consideradas "certas" (isso implica a existência de formas "erradas"). Na realidade, o objetivo dos professores é o de ensinar a norma culta da língua portuguesa, aquela variedade reconhecida pelos falantes considerada como de maior prestígio social, adequada para uso oral nas situações públicas mais formais de interlocução e para uso escrito nos textos acadêmicos, nos livros, nos jornais e revistas de grande circulação. Todas as variedades constituem sistemas lingüísticas perfeitamente adequados para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes, de acordo com os hábitos culturais de suas comunidades. Do ponto de vista lingüístico, nada há nas variedades lingüística em si que permita considerá-las boas ou ruins, melhores ou piores, feias ou bonitas, primitivas ou elaboradas. As variedades regionais e sociais As línguas variam de região para região, de grupo social para grupo social, de situação para situação. O cruzamento desses fatores torna ainda mais complexo o fenômeno da variação. Assim, temos, por exemplo, um falar gaúcho e um paulista. No falar gaúcho, podemos identificar uma variante popular e uma culta. Dentro da variedade popular gaúcha, temos um falar formal e um informal. É comum ouvirmos referência aos chamados "dialeto mineiro" , "dialeto baiano", "dialeto carioca", "dialeto gaúcho" e outros. Outra importante dimensão da variação lingüística é a social . As chamadas variedades populares são aquelas faladas pelas classes sociais menos favorecidas, enquanto as variedades cultas são normalmente associadas às classes de maior prestígio social, constituindo a referência para a norma escrita. A variação de natureza social costuma apresentar diferenças significativas em termos fonológicos ("craro" por "claro"), "muié" por "mulher") e morfossintáticos ("nós fumu" por "nós fomos") , "os menino" por "os meninos"). São essas as diferenças que costumam entrar em conflito com a norma oral e com a norma escrita dita culta. O texto a seguir exemplifica uma variedade oral, representada em uma letra de música. As mariposa As mariposa quando chega o frio fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá Elas roda, roda, roda, dispois si senta Em cima do prato da lâmpida pra discansá Eu sou a lâmpida E as muié é as mariposa Que fica dando vorta em vorta de mim Todas as noites, só pra mi beijá Boa noite, lâmpida! Boa noite, mariposa Pelmita-me oscular-lhe as alfácias? Pois não, mas rápido porque daqui a pouco eles mi apaga Adoniram Barbosa Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1 PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin As variedades estilísticas : Registros Os registros lingüísticos são as variações nos enunciados lingüísticos que estão relacionados aos diferentes graus de formalidade do contexto de interlocução, o qual se explica em termos do maior ou menor conhecimento e proximidade entre os falantes. Nas situações informais, entre familiares, manifesta-se a linguagem coloquial. Em outro extremo temos as situações formais de uso da linguagem, com palestras feitas para uma platéia desconhecida, sobre matéria científica, por exemplo. Assim, um bilhete escrito para um amigo exemplifica o contexto de uso da escrita coloquial, ao passo que um ensaio acadêmico exemplifica o contexto de uso formal da escrita. O seguinte texto exemplifica um registro informal de escrita. Juro por Deus! Se eu fosse fotógrafo de Caras, nem férias iria querer tirar! Acha que sou bobo de pagar por um pacote turístico em Porto Seguro, podendo todo o ano passar um mês no castelo da França, outro numa ilha de Angra, mais do que de graça, ganhando para isso? De vez em quando ainda rola uma viagem com a Vera Fischer para Miami ou para a Grécia com a Cristiana Oliveira! Querido Papai Noel; Quebra o galho, vai...! Tutty Vasques. A Caras de 97!, in Jornal do Brasil! Giria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em um vocabulário especialmente criado por um determinado grupo ou categoria social com o objetivo de servir de emblema para os membros do grupo, distinguindo-os dos demais falantes da língua. A gíria contribui para definir a identidade do grupo que utiliza e, por resultar em uma linguagem ininteligível, funcionando como um meio de exclusão dos indivíduos externos a esse grupo. Com caráter contestador, costuma acompanhar outros comportamentos de crítica, transgressão e/ ou contestação dos padrões sociais vigentes. Há, assim, a gíria de grupos de jovens, de surfistas, de "rappers", de "funkers", de marginais de presidiários, etc. 01.(FUVEST-SP) " '(...) - Escuta, Miguilim, uma coisa você me perdoa? Eu tive inveja de você, porque o Papaco-o-Paco fala Miguilim me dá um beijim... e não aprendeu a falar meu nome...' O Dito estava com jeito: as pernas duras, dobradas nos joelhos, a cabeça dura na nuca, só para cima ele olhava. O pior era que o corte no pé ainda estava doente, mesmo pondo cataplasma doía muito demorado. mas o papagaio tinha de aprender a falar o nome do Dito! '- Rosa, Rosa, você ensina Papaco-o-Paco a chamar alto o nome do Dito?' - 'Eu já pelejei, Miguilim, porque o Dito mesmo me pediu. mas ele não quer falar, não fala nenhum, tem certos nomes assim eles teimam de não entender...' (Guimarães Rosa) Os diminutivos e a pontuação, no texto de Guimarães Rosa, contribuem para criar uma linguagem: a) descuidada b) lógica Atualizada 07/11/2007 c) erudita d) afetiva e) enxuta 02.Leia atentamente os textos da segunda coluna e relacione-os com os itens da primeira coluna: ( a ) língua culta ( b ) regionalismo ( c ) gíria ( d ) língua popular ( e ) língua técnica ( ) "Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão. Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho. O senhor quer que eu deite logo no divã? Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro."(Luís Fernando Veríssimo) ( ) "Em células vegetais, encontramos apenas fragmentos do complexo de Golgi: fragmentos estes que recebem a denominação de dictiossomos." ( ) " Desculpa, mãe. É só o jeitão de falar. Vocês coroas também não moram no papo da gente..." ( ) "Uma das mais férteis e mais interessantes tendências do romance brasileiro tem sido o que se chamou regionalismo. Essa tendência surgiu no século XIX e deve ter alguma relação com o fato de ser o Brasil um país muito grande, ocupando mais da metade da América do Sul". ( ) Dizque um chega, logo dão terra pra ele cultivar...É lavoura de café... Dão muda já crescida, dizque dão de tudo... Ferramenta e animais..."(Jorge Amado) A seqüência correta será: a) c / d / a / e / b b) a / b / c / d / e c) b / e / c / a / d d) e / c / b / d / a e) d / e / a / c / b 03. (PUCC-SP) Observe o texto abaixo. É a resposta de uma jovem ao repórter que lhe fez a seguinte pergunta: TESTES 2 Português - O que é, para você, ser feliz? Sei lá o que te dizer sobre esse negócio de ser feliz, mas acho que, para todo mundo encontrar a felicidade, a gente tem que dizer um 'não' bem grande pras coisas ruins que acontecem pra gente na vida." Assinale a alternativa que propõe a transposição dessa frase para uma forma adequada ao Português escrito culto. a) Não sei muito bem o que dizer sobre isto que você está perguntando, o que é ser feliz?, mas acho que, talvez, precisamos, todo mundo, negar fortemente as coisas ruins que nos acontecem, para, assim, alcançar a felicidade. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin b) c) d) e) É difícil de dizer o que seja ser feliz, mas a gente tem de tentar encontrar a felicidade, dizendo "não" , com bastante energia, a tudo que acontece de ruim na vida, não só para mim, mas para todo mundo igual. Não sei exatamente o que dizer a respeito de "o que é ser feliz", mas acredito que seja necessário negar energicamente todos os aspectos ruins da vida para se alcançar a felicidade. Tenho dificuldade em falar disso que você perguntou, mas acredito que ser feliz implica em dizer "não", com muita força, às coisas ruins que apontavam para nós, para que alcances, e todo mundo também, a felicidade. Isso de "ser feliz" é complexo, e por isso não sei muito bem o que falar, mas imagino que, para todo mundo mesmo encontrar a felicidade precisam de negar veementemente os acontecimentos negativos da vida. 04. (UFES-ES) A cada situação de fala está indicada uma frase de uso. Assinale a correspondência adequada. a) Situação 1: um candidato a cargo público fala à comunidade de uma favela. Frase: Ensejo encerrar para sempre a falta de água neste logradouro. b) Situação 2: o Reitor de uma Universidade fala à comunidade acadêmica. Frase: Os professores e os demais servidores hão de convir que a escolha dos dirigentes da Universidade deve ser feita com todo cuidado e sem açodamento. c) Situação 3: um microempresário fala aos funcionários de limpeza de sua fábrica. Frase: Esta fábrica é uma das líderes em registro on line, servindo a mais de 10.000 clientes de um pool de empresas de economia mista. d) Situação 4: um médico fala a um grupo de mães indígenas. Frase: Há dois tipos básicos de depressão: a exógena e a endógena. A primeira, causada por uma grande desilusão; a segunda, sem causa externa definida. e) Situação 5: Sua Excelência, o Presidente Fernando Henrique Cardoso, fala à nação em cadeia nacional. Frase: Meus camaradas brasileiros, hão de confrontar o meu governo com todos os passados e saberão o que já fiz por este país. 05. (PETROBRÁS) "Se fosse uma nação independente, o Rio de Janeiro já teria garantido um lugar de destaque na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que há décadas dá as cartas no comércio da mercadoria mais negociada do planeta. O litoral fluminense caminha para se tornar uma das províncias petrolíferas marítimas mais importantes do mundo" . (Época,27/7/99, com adaptações) c) d) e) Assinale a opção cujo texto não constitui argumento que possa reforçar a afirmação acima. a) O álcool combustível é usado por 22% dos carros brasileiros. A moda está pegando em outros países. b) Garrafas, cadeiras, embalagens e outros produtos feitos de plástico têm hoje mais derivados de petróleo em sua composição. c) Há muitas experiências envolvendo veículos movidos a energia elétrica e até mesmo a energia solar. d) Os automóveis consomem menos combustível. Em 1978, os carros rodavam em média 7,6 quilômetros com um litro de gasolina.. Hoje, as fábricas testam carros que terão de rodar 30 quilômetros com um litro. e) Na Europa, multiplicaram-se as usinas nucleares, que substituem as termelétricas na geração de energia elétrica para casas e empresas. A questão 7 refere-se ao texto a seguir. MASSA Pô, Erundina, massa! Agora que o maneiro Cazuza virou nome num pedaço aqui na Sampa, quem sabe tu te anima e acha aí um point pra botá o nome de Madalena Tagliaferro, Cláudio Santoro, Jaques Klein, Edoardo de Guarnieri, Guiomar Novaes, João de Souza Lima, Armando Belardi e Radamés Gnattali. Esses caras não foi cruner de banda a la "Trogloditas do Sucesso", mas se a tua moçada não manjar quem eles foi, dá um look aí na Enciclopédia Britânica ou no Groves Internacional e tu vai sacá que o astral do século 20 musical deve muito a eles. Júlio Medaglia, di-jei do Teatro Municipal do R.J. 07.Lendo atentamente o texto, notamos que o maestro Júlio Medaglia utiliza uma variante lingüística que não é a sua. Assinale a alternativa que apresenta o grupo social identificado por esta variante e as marcas lingüísticas presentes no texto que permitem essa identificação: a) b) b) O texto permite inferir que, no Rio de Janeiro, há uma produção de petróleo maior ou equivalente à de pelo menos um dos países pertencentes à OPEP. A expressão "caminha para se tornar" (grifada) admite substituição gramaticalmente correta por está se tornando. Atualizada 07/11/2007 As palavras "Petróleo" , "comércio" e "província", todas paroxítonas terminadas em ditongo crescente, obedecem as mesma regra de acentuação gráfica. A utilização da expressão metafórica "dá as cartas" indica uma opção pelo registro informal da linguagem escrita culta. Mantém o respeito às exigências da modalidade escrita culta se a forma verbal do futuro do pretérito "teria" for substituída pelo imperfeito tinha. 06. Desde os anos 70, a economia mundial vem reduzindo sua dependência em relação ao petróleo. Em relação ao texto acima, assinale a opção incorreta: a) Português c) Trata-se do grupo social dos imigrantes italianos, o que pode ser percebido por termos e expressões, como "massa", "Sampa", "a la", "Trogloditas do Sucesso" e "manjar". O texto imita a maneira de falar dos malandros de baixo estrato social, o que é evidente pelo uso constante de gírias e pela conjugação errônea dos verbos. A variante utilizada por Júlio Medaglia é a dos surfistas, em especial da cidade de Santos, o que pode ser percebido pelo uso do pronome "tu" em lugar de "você" e pelas gírias em inglês. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3 PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin d) e) Júlio Medaglia imita a variante dos jovens amantes da música pop, o que pode ser percebido pelo vocábulo ("po", "massa", "pedaço", "point", "di-jei", etc), pela ortografia ("botá" , "sacá", "pra") e pela falta de concordância ( "tu vai sacá", "esses caras não foi cruner"...) O grupo social pode ser identificado por marcas lingüísticas no nível do léxico (com gírias, inclusive estrangeirismos), pela ortografia ( que reproduz erros de pronúncia) e pela falta sistemática de concordância. Trata-se, portanto, da variante popular falada da Língua Portuguesa. . (VUNESP) - Leia os trechos abaixo: I Para não perder informação alguma, capitão punha a orelha na boca de cada interlocutor. Perguntava: Mas esse dicumento não é farso? Nhor não - dizia o correio - Eu tive com o maior Chiquinho; e ele falou pra mim que a letra é dele e que vai pagar até a entrada da seca, no mais tardar. Bernardo Elis II - Bati palmas de casa! - Ô de casa! Apareceu a mulher. Está sêo Zé? Inda agorinha saiu, mas demora. Foi queimar um mel na massaranduba do pasto. Apeie e entre. Monteiro Lobato III Chegou perto do garoto e gritou (não que estivesse com raiva, mas o garoto não parava): "Escuta aqui, meu filho, se você está interessado em música, por que não estuda um pouco de técnica, teoria, harmonia, isso tudo?" "Que é que há, bicho: gritou o garoto sem parar de tocar. "Esse negócio é retórica, gargarejo, cascata. Eu tou no sensitive training e não vou contaminar minha naturalidade com conceituação fora de moda." Millor Fernandes IV Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo. Enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda a natureza. Inclusive a simples claridade da hora vedada a você, que está de olhos na maquininha. Carlos Drummond de Andrade 08. Assinale a alternativa que analisa, correta e respectivamente, o tipo de linguagem em uso em cada um dos fragmentos acima: a) I e II - popular III - gíria própria à camada social mais abastada IV - culta, escrita b) I - dialeto caipira II - formal falada III - popular, escrita IV - literária, poética 4 Atualizada 07/11/2007 Português c) I e II - popular falada II e IV - literária, culta d) I - regional, falada II - coloquial, familiar III - coloquial, com gírias próprias à faixa etária IV - escrita, culta e) I - regional, culta II e III coloquial, familiar IV - literária, coloquial 09. (UFPR ) O texto abaixo é um exemplo de linguagem oral, do Português do Brasil, em situação de informalidade. Leia: Me parece que o cara que eu falei dele pra você ontem é aquele um que o casaco é azul. Mas sei não, tinha um monte de gente no pedaço. Que alternativa(s) transcreve(m) as informações do texto citado na norma culta em sua modalidade escrita: 01. Parece-me que a pessoa sobre quem falei a você ontem é aquela cujo o casaco é azul. Mas não tenho certeza, conquanto haviam muitas pessoas no lugar. 02. Parece-me que a pessoa sobre quem falei a você ontem é aquela cujo casaco é azul. Mas não sei ao certo, porque havia muitas pessoas no lugar. 04. Parece-me que a pessoa a quem fiz referência a você ontem é aquele um que o casaco é azul. Mas não sei ao certo, por causa que haviam muitas pessoas no lugar. 08. Me parece que a pessoa de quem falei a você ontem é aquele que está vestindo um casaco azul. Mas nem tenho certeza, onde tinha muita gente. 16. Parece-me que a pessoa de quem falei a você ontem é aquela cujo casaco é azul. Porém não estou certo, pois havia muita gente no lugar. 32. Me parece que a pessoa que eu falei dela ontem para você é aquela que o casaco é azul. Mas não tenho certeza, embora tivesse assim de gente no lugar. 64. Parece-me que a pessoa cujo o casaco é azul e no qual falei ontem para você é aquela. Mas não sei com certeza, tinham muitas pessoas no lugar. Total: _________ 10. (U.F. VIÇOSA) - Suponha um aluno se dirigindo ao colega de classe nestes termos: "Venho respeitosamente solicitar-lhe se digne emprestar-me o livro". A atitude desse aluno se assemelha à atitude do indivíduo que: a) comparece ao baile de gala trajando "smoking". b) vai à audiência com uma autoridade de "short" e camiseta. c) vai à praia de terno e gravata. d) põe terno e gravata para ir falar na Câmara dos Deputados. e) vai ao Maracanã de chinelo e bermuda. 11. (U.F. VIÇOSA) - " ... a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e (...) deve ser julgada exclusivamente como tal. Das frases abaixo, aquela que, apesar de ferir claramente uma norma gramatical, desempenha perfeitamente o seu papel comunicativo é: Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin a) b) c) d) e) Perca um minuto na vida para não perder a vida num minuto. Pai, perdoar-lhes, porque eles não sabem o que fazem. Se você não se cuidar, a AIDS vai te pegar. Diz-me com quem andas, que eu direi quem és. Criança, ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! FUNÇÕES DA LINGUAGEM Ao estudarmos a comunicação, verificamos que cada ato comunicativo apresenta seis elementos: emissor, receptor, referente, canal de comunicação, mensagem e código. Partindo desses seis elementos, o lingüista russo Roman Jakobson elaborou seus estudos sobre as funções da linguagem, muito úteis para análise e produção de textos. Jakobson caracterizou seis funções da linguagem, estreitamente ligadas aos elementos de comunicação. 1.Função referencial: o referente é o objeto ou situação de que a mensagem trata. A função referencial privilegia justamente o referente da mensagem, buscando transmitir informações objetivas sobre ele. Valoriza-se, assim, o objeto ou a situação de que trata a mensagem, sem que haja manifestações pessoais ou persuasivas. È a função que predomina nos textos científicos e jornalísticos. 2.Função emotiva ou expressiva: por meio dessa função, o emissor imprime no texto as marcas de sua atitude pessoal: emoções, opiniões, avaliações. Podemos sentir no texto a presença do emissor. Essa função predomina nas cartas pessoais, na poesia confessional, nas canções sentimentais. 3.Função conativa: essa função procura organizar o texto de forma a persuadir o receptor da mensagem, seduzindo-o. Nas mensagens em que predomina essa função(como, por exemplo, a publicitária), busca-se envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar este ou aquele comportamento. Essa persuasão pode ser construída de forma sutil, utilizando artifícios de linguagem que a mascaram. 4.Função fática: essa função foi utilizada inicialmente para designar certas formas que se utilizam para chamar a atenção(verdadeiros “ruídos”, como psiu, ahn, ei).Ocorre, buscando fortalecer a eficiência do canal de comunicação. Para ela contribuem, nos textos escritos, desde a disposição gráfica sobre o papel, até a seleção vocabular e as estruturas de frase utilizadas. 5.Função metalingüística: quando a linguagem se volta sobre si mesma, transformando-se em seu próprio referente, ocorre a função metalingüística. Dessa forma, nos textos metalingüísticos a mensagem se orienta para os elementos do código, explicando-os, definindo-os ou analisando-os. É o que ocorre nos dicionários, nos textos que estudam e interpretam outros textos, nos poemas que falam da própria poesia. 6.Função poética: essa função se manifesta quando a mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras ou rítmicas, jogos de imagem ou de idéias. É capaz de despertar no leitor surpresa e prazer estético. A função poética predomina na poesia, mas pode também ser encontrada em textos publicitários, em determinadas formas jornalísticas e populares (linguagem dos cronistas e provérbios, por exemplo). (Obra consultada: DO TEXTO AO TEXTO, Ulisses Infante) Atualizada 07/11/2007 Português ESTRUTURA DAS PALAVRAS São os seguintes os elementos mórficos ou estruturais das palavras. 1. RAIZ: é o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. Geralmente monossilábica, a raiz encerra sentido lato e geral comum às palavras da mesma família etimológica. Assim, a raiz noc (do latim nocere = prejudicar) tem a significação geral de causar dano e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc. 2. RADICAL: é o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático dentro da língua portuguesa atual. CERT-o, CERT-eza, in-CERT-eza 3. TEMA: é o radical acrescido de uma vogal (chamada vogal temática). Verbos: CANTA-r, BATE-r, PARTI-r Nomes: CAÇA-dor, FINGI-mento, PERDOÁ-vel, FERVEnte 4. AFIXOS: são elementos secundários que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Chamam-se prefixos quando antepostos ao radical ou tema e sufixos quando pospostos. Prefixo In Em Inter Radical at pobr nacion Sufixo ivo ecer al 5. DESINÊNCIA: são elementos terminais indicativos das flexões das palavras. As desinências nominais indicam as flexões de gênero (masc. e femin.) e de número (singular e plural). Ex.: menin-o , menina-s. As desinências verbais indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. Ex.: ama-va, amá-va-mos 6. VOGAL TEMÁTICA: é o elemento que, acrescido ao radical, forma o tema de nomes e verbos. Nos verbos distinguem-se três vogais temáticas: a – vogal temática da 1ª. conjugação; e – vogal temática da 2ª. conjugação; i – vogal temática da 3ª. conjugação. 7. VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO : são fonemas que, em certas palavras derivadas ou compostas, se inserem entre os elementos mórficos, em geral por motivo de eufonia, isto é, para facilitar a pronúncia de tais palavras. Ex.: silv-í-cola, café-t-eira, cha-l-eira, cafe-i-cultura, gas-ô-metro. FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Em nossa língua, há dois processos gerais para a formação de palavras: derivação e composição. 1. DERIVAÇÃO: consiste em formar palavra nova (derivadas) a partir de outra já existente(primitiva). Realiza-se de quatro maneiras: Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5 PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin por sufixação: acrescentando-se um sufixo ao radical: dentista, jogador, realizar por prefixação: acrescentando-se um prefixo ao radical: incapaz, desligar, supersônico, préhistória por derivação parassintética: anexando-se, ao mesmo tempo, um prefixo e um sufixo ao radical: envergonhar (em+vergonha+ar), empalidecer (em+pálido+ecer), desalmado (des+alma+do). É importante fazer distinção: Descarregar (des + carregar) – prefixação Achatamento (achatar + mento) – sufixação Amaciar (a + macio + ar) – parassíntese por derivação regressiva: substituindo-se a terminação de um verbo pelas desinências –a, o ou –e: mudar – muda; atacar – ataque; pescar – pesca; chorar – choro; abalar – abalo. Além desses processos de derivação propriamente dita, existe ainda o da derivação imprópria, que consiste em mudar a classe de uma palavra, estendendo-lhe a significação. Os adjetivos passam a substantivos: os bons, o verde; os particípios passam a subst. ou adjetivos: um feito heróico, ente querido, filho amado; os verbos passam a substantivos: o andar, o sorrir, o viver. 2. COMPOSIÇÃO Pelo processo de composição associam-se duas ou mais palavras ou dois ou mais radicais para formar palavra nova. Pode ser : por justaposição: unindo-se duas ou mais palavras (ou radicais) sem lhes alterar a estrutura: passatempo, girassol, televisão, rodovia, sempre-viva, cor-de-rosa. Por aglutinação: unindo-se dois ou mais vocábulos ou radicais, com supressão de um ou mais de um de seus elementos fonéticos: aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora) 3. REDUÇÃO Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida: cinema (por cinematografia); foto (por fotografia), moto (por motocicleta) 4. HIBRIDISMO São palavras em cuja formação entram elementos de línguas diferentes : monocultura (mono + cultura, grego e latim); televisão (tele + visão, grego e latim); alcoômetro (álcool +metro, árabe e grego) 5. ONOMATOPÉIA São palavras que reproduzem os sons e as vozes dos seres: estralejar (chicote); gorgolejar (água); coaxar (rã); arrulhar (pombo). FIGURAS DE LINGUAGEM Figuras de Palavras 6 Atualizada 07/11/2007 Português METÁFORA: é o desvio da significação própria de uma palavra, nascido de uma comparação mental ou característica comum entre dois seres ou fatos. Exs.: Toda profissão tem seus espinhos. As derrotas e as desilusões são amargas. Murcharam-lhe os entusiasmos da mocidade. METONÍMIA: consiste em usar uma palavra por outra, com a qual se acha relacionada. Há metonímia quando se emprega: a) o efeito pela causa Os aviões semeavam a morte.(= bombas mortíferas) [as bombas = a causa; a morte = o efeito) b) o autor pela obra Nas horas de folga lia Camões. (Camões = a obra) c) o instrumento pela pessoa que o utiliza Ele é um bom garfo. (= comedor) d) o abstrato pelo concreto A mocidade é entusiasta.((mocidade = moços) Figuras de construção ELIPSE: é a omissão de um termo ou que facilmente podemos subentender no contexto. Exs.: As mãos eram pequenas e os dedos, finos e delicados(elipse verbo eram) Os corpos se entendem, mas as almas não. (não se entendem) PLEONASMO: é o emprego de palavras redundantes, com o fim de reforçar ou enfatizar a expressão. Exs.: Foi o que vi com meus próprios olhos. A mim resta-me a independência para chorar. Os impostos é necessários pagá-los. SILEPSE: é quando efetuamos a concordância não com os termos expressos, mas com a idéia a eles associada em nossa mente. A silepse, ou a concordância ideológica, pode ser: a) de gênero Exs.: Vossa Majestade está informado acerca de tudo (Vossa Majestade = o rei) “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.”(G.Rosa) b) de número Exs.: “Corria gente de todos os lados, e gritavam.”(Mário Barreto) “Minha amiga, flor tem vida muito curta, logo murcham, secam, viram húmus.”(José. J. Veiga) c) de pessoa Exs.: “Aliás todos os sertanejos somos assim.” (Raquel de Queirós) “Ficamos por aqui, insatisfeitos, os seus amigos.” (C.D. de Andrade) ANACOLUTO: é a quebra ou interrupção do fio da frase, ficando termos sintaticamente desligados do resto do período, sem função. O termo sem nexo sintático coloca-se, em geral, no início da frase para se lhe dar realce. Exs.: “Essas criadas de hoje não se pode confiar nelas.”(Aníbal Machado) Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin “Eu não me importa a desonra do mundo.” (C.C.Branco) Figuras de pensamento ANTÍTESE: consiste na aproximação de palavras de sentido oposto. Exs.: A areia, alva, está agora preta, de pés que a pisam. Como eram possível beleza e horror, vida e morte harmonizarem-se assim no mesmo quadro? EUFEMISMO: consiste em suavizar a expressão de uma idéia triste, molesta ou desagradável, substituindo o termo contundente por palavras amenas ou polidas. Exs.: Fulano foi desta para melhor. (=morreu) A senhora é moça, é normal, e se estiver em estado interessante, o seu filho pode correr perigo terrível. (=grávida) HIPÉRBOLE: é uma afirmação exagerada que visa a um efeito expressivo. Exs.: Os cavaleiros não corriam, voavam. Chorou rios de lágrimas. Estou um século a sua espera. PROSOPOPÉIA(personificação): é a figura pela qual fazemos os seres inanimados ou irracionais agirem e sentirem como pessoas humanas. Empresta-se vida e ação a seres inanimados. Exs.: Lá fora, no jardim que o luar acaricia, um repuxo apunhala a alma da solidão. O rio tinha entrado em agonia, após anos de devastação em suas margens. A Morte roubou-lhe o filho mais querido. PARADOXO(oxímoro): consiste esta figura em usar, intencionalmente, um contra-senso. Exs.: “Feliz culpa, que nos valeu tão grande Redentor!”(Santo Agostinho) Valentia covarde assaltar e matar pessoas indefesas! IRONIA: é a figura pela qual dizemos o contrário do que pensamos, quase sempre com intenção sarcástica. Exs.: “Há recessão, há desemprego, há miséria, mas tudo está sob controle de geniais economistas.”(Evandro L. e Silva) Vejam os altos feitos destes senhores: dilapidar os bens do país e fomentar a corrupção! Português Nós é que sabemos viver. Aqui é onde a ilusão se acaba. Oh! Que saudades que eu tenho. Quanto que é a conta? É freqüente o aparecimento de um QUE expletivo depois de conjunções, advérbios e expressões adverbiais. Eu não sei quando que ele vem. Obs.: Não confundir o é que com o que que indica: a) É + que (conjunção integrante) A verdade é que saíram. b) é (verbo vicário) + que (conjunção causal) Por que veio? É que teve medo.(é que= veio porque) c) é (verbo vicário) + que (conjunção integrante) “Que quer dizer este nome? É que as almas ...(É que= quer dizer que) d) é que= é o que Este livro é que lemos ontem.(é o que lemos ontem) 3. SOLECISMO É a construção (que abrange a concordância, a regência , a colocação e a má estruturação dos termos da oração) que resulta da impropriedade dos fatos gramaticais ou da inadequação de se levar para uma variedade de língua a norma de outra variedade (em geral, da norma coloquial para a norma exemplar) Eu lhe abracei. (por eu o abracei) Eu lhe amo. (por O ) Aluga-se casas. ( por alugam-se) Vendas à prazo. (por A) A gente vamos. (por vai) 4.BARBARISMO É a construção com erros de pronúncia(ortoepia), de prosódia, de ortografia, de flexões, de significado, de palavras inexistentes na língua. Contricto por contrito Gratuito por gratuito Rubrica por rubrica Cidadões por cidadãos A telefonema por o telefonema VÍCIOS E ANOMALIAS DA LINGUAGEM 5. ESTRANGEIRISMOS É o emprego de palavras, expressões e construções alheias ao idioma que a ele chegam por empréstimos tomados de outra língua. 1. CONTAMINAÇÃO SINTÁTICA “É a fusão irregular de duas construções que, em separado, são regulares”.[ED] Fiz com que Pedro viesse. (fusão de Fiz com Pedro que viesse e Fiz que Pedro viesse) 5.1.Galicismos e francesismos. a) Certos empregos da preposição A em vez de DE: incumbido a dizer moinho a vento combinação a dois equação a duas incógnitas. Caminhar por entre mares. (fusão de Caminhar por mares e Caminhar entre mares) b) Certos empregos da preposição CONTRA: pagar contra recibo por pagar com, mediante com As estrelas pareciam brilharem (fusão de As estrelas pareciam brilhar com parecia que as estrelas brilhava) c) Certos empregos da preposição DE: envelhecer de dez anos por envelhecer dez anos. Aumentar de vinte reais por aumentar vinte reais Aposento largo de três metros por aposento de (ou com) três metros de largura. 2. EXPRESSÃO EXPLETIVA OU DE REALCE É a que não exerce função gramatical: Atualizada 07/11/2007 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 7 PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin Português d)Certos empregos da preposição EM: barco em madeira por barco de madeira chão em mármore por chão de mármore capa em azul por capa azul tingir em azul por tingir de azul 10.OBSCURIDADE Sentido obscuro ou duvidoso decorrente do emaranhado da frase, da má colocação das palavras, da impropriedade dos termos, da pontuação defeituosa ou do estilo empolado. e)Expressões como: Estar ao fato de por estar ciente de Declarar a guerra por declarar guerra Pôr o acento nesse problema por enfatizar esse problema Pessoa de alguns vinte anos por pessoas dos seus vinte anos CONCURSO NCE/UFRJ f)Emprego do QUE nas orações negativas de exclusão. A mãe nada viu que seu filho por a mãe só viu o filho. O egoísta não procura que o seu bem por o egoísta não procura senão o seu bem. g)Emprego, na coordenação de orações subordinadas adverbiais, do QUE para evitar a repetição de conjunção da subordinada anterior, quando não constituída pelas chamadas locuções conjuntivas Quando me viu e que me falou por quando me viu e me falou. Obs.: Já é vernácula a substituição pelo simples QUE em: Logo que me viu e que me falou.. e)Anteposição do sujeito de orações com verbo no gerúndio e particípio. O dia amanhecendo por Amanhecendo o dia A aula terminada por Terminada a aula. f)Na flexão dos nomes e sobrenomes pluralizados pelo artigo. Os Almeida por Os Almeidas Os irmãos Paiva por Os irmãos Paivas Os Pereira de Abreu por Os Pereiras de Abreu 6.AMBIGÜIDADE Defeito da frase que apresenta duplo sentido. Exs.: Convence, enfim, o pai o filho amado. (quem convence?) Vencem os romanos os cartagineses. (quem vence?) 7.CACOFONIA OU CACÓFATO Som desagradável ou palavra de sentido ridículo ou torpe, resultante da contigüidade de certos vocábulos na frase. Exs.: cinco cada um; a boca dela; por cada mil habitantes; nunca Brito vinha aqui; não vi nunca Juca aqui. 8.ECO Concorrência de palavras que têm a mesma terminação (rima ou prosa) Exs.: A flor tem odor e frescor. Co medo, Alfredo ocultou-se no arvoredo. 9.HIATO Seqüência antieufônica de vogais Ex.: Andréia irá ainda hoje ao oculista. 8 Atualizada 07/11/2007 PÚBLICO - AGENTE DE POLÍCIA – LÍNGUA PORTUGUESA TEXTO – DIAGNÓSTICO O Globo, 15/10/2004 Em oito anos, o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas foram multiplicados por três, alcançando hoje a média de dez casos por dia. Considerando a importância que o turismo tem para a cidade – que anualmente recebe 5,7 milhões de visitantes de outros estados e do estrangeiro, destes, aliás, quase 40% dos que chegam ao Brasil têm como destino o Rio – é alarmante esse grau crescente de insegurança. Por maior que tenha sido a indignação manifestada pelo governo federal, são números que reforçam o alerta do Departamento de Estado americano a agências de turismo dos Estados Unidos, divulgado no início do mês, a respeito do perigo que apresentam o Rio e outras grandes cidades brasileiras. Não é exagero classificar de urgente a tarefa de fazer o turista se sentir mais seguro no Rio, considerando que os visitantes movimentam 13% da economia da cidade e que dentro de três anos teremos aqui o Pan. Parte da solução é simples: reforçar o policiamento ostensivo. A Secretaria de Segurança do Estado informa que há quase duas centenas de policiais patrulhando a orla, do Leblon ao Leme, mas não é o que se vê – nem é o que percebem os assaltantes. Muitos destes aliás, são menores de idade com que o poder público simplesmente não sabe lidar, por falta de ação integrada entre autoridades estaduais e municipais, empenhadas num jogo de empurra sobre a responsabilidade por tirá-los das ruas. O que lhes confere uma percepção de impunidade que só faz piorar a situação. Impunidade é também a sensação que resulta do deficiente trabalho de investigação policial: se não se consegue impedir o crime, sua gravação pelas câmeras da orla de pouco serve, pois não há um esquema eficaz de inteligência nem estrutura técnica adequada para seguir pistas. É fácil atribuir todos os problemas à falta de verbas. Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado. As próprias autoridades anunciam fartos investimentos em aparato tecnológico contra o crime; o retorno que deveria produzir a aplicação eficiente desse dinheiro seria o que não está acontecendo: a redução a níveis mínimos dos assaltos a turistas. 1 - O título Diagnóstico se justifica porque o texto: a) trata da insegurança como uma doença social; b) mostra as causas históricas da insegurança na cidade do Rio; c) indica o conhecimento das causas de determinado fenômeno; d) aponta os remédios para uma doença observada; e) faz uma análise científica de um problema atual. 2 - “Em oito anos, o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin foram multiplicados por três”; essa relação mostra que: a) a insegurança aumenta quando se reduz o número de turistas; b) o nº de turistas cresce, apesar dos assaltos; c) a redução do nº de turistas faz crescer a segurança; d) quanto mais aumentam os turistas, menos assaltos ocorrem; e) os turistas aumentam na mesma proporção que os assaltos. 3 - A frase do texto que apresenta uma dupla possibilidade de concordância verbal é: a) “...o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou...”; b) “...não há um esquema eficaz de inteligência nem estrutura técnica adequada para seguir pistas”; c) “...quase 40% dos que chegam...”; d) “...nem o que percebem os assaltantes”; e) “...que apresentam o Rio e outras grandes cidades brasileiras”. 4 - “...alcançando HOJE a média de dez casos por dia”; o momento a que se refere o vocábulo em maiúsculas depende da situação em que o texto se insere. O segmento textual cujo elemento em destaque NÃO representa caso idêntico é: a) “EM OITO ANOS o número de turistas do Rio de Janeiro dobrou,...”; b) “...que ANUALMENTE recebe 5,7 milhões de visitantes...”; c) “...o alerta do Departamento de Estado americano a agências de turismo dos Estados Unidos, divulgado NO INÍCIO DO MÊS...”; d) “...e que DENTRO DE TRÊS ANOS teremos aqui o Pan”; e) “...visitantes de outros estados e do ESTRANGEIRO,...”. 5 - O segmento do texto que tem o antecedente do pronome relativo que ERRADAMENTE indicado é: a) “Considerando a importância QUE o turismo tem para a cidade...” – importância; b) “...o turismo tem para a cidade – QUE anualmente recebe 5,7 milhões de visitantes...” – cidade; c) “...são números QUE reforçam o alerta do Departamento de Estado...” – números; d) “Impunidade é também a sensação QUE resulta do deficiente trabalho...” – impunidade; e) “...seria o QUE não está acontecendo...” – o. 6 - Entre o primeiro e o segundo período do texto, poderíamos inserir, com a alteração da forma do gerúndio considerando, uma conjunção (adequada ao sentido do texto) tal como: Português IV – “por falta DE AÇÃO INTEGRADA” Entre os segmentos acima, em maiúsculas, aquele que apresenta função DISTINTA da dos demais é: a) I; b) II; c) III; d) IV; e) nenhum deles. 8 - Ao dizer que “não há um esquema eficaz de inteligência”, o autor do texto se refere à(ao): a) capacidade intelectual dos policiais; b) possibilidade legal de fazer investigações; c) estrutura militar da corporação; d) disponibilidade de um serviço de informações; e) armamento de grande poder de fogo. 9 - “É fácil atribuir todos os problemas à falta de verbas”; nessa frase, o acento grave indicativo da crase resulta da união de uma preposição com um artigo, o mesmo que ocorre em: a) servir à francesa; b) ir àquela praia; c) entregar o prêmio à de vestido verde; d) dar àquele homem a condecoração; e) atribuir a culpa à que está armada. 10 - Entre os argumentos apresentados a favor do trabalho das autoridades competentes para a segurança policial do Rio de Janeiro, só NÃO está: a) instalação de câmeras na orla; b) falta de verbas; c) investimentos em aparato tecnológico; d) presença de policiais nas praias; e) policiamento ostensivo. 11 - “...informa que há quase duas centenas de policiais...”; o fato de se empregar “duas centenas” e não “duzentos” mostra, por parte da Secretaria de Segurança do Estado, a intenção de: a) valorizar a quantidade dos policiais empregados; b) demonstrar a verdade da afirmação feita; c) conservar certos modismos da linguagem militar; d) indicar a pouca importância dos assaltos cometidos; e) mostrar a imensa disponibilidade de pessoal. 12 - “Por maior que tenha sido a indignação manifestada pelo governo federal...”; tal indignação, referida no primeiro parágrafo do texto, se dirige contra: a) embora; b) já que; c) mas; d) portanto; e) se. a) a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro; b) o Departamento de Estado americano; c) o grande número de assaltos a turistas no Rio; d) o despreparo da polícia carioca; e) a redução do número de turistas que se dirigem ao Rio. 7 - I – “grau crescente DE INSEGURANÇA” II – “agências DE TURISMO III – “trabalho DE INVESTIGAÇÃO POLICIAL” 13 - “POR maior que tenha sido a indignação ...”; “...não sabe lidar, POR falta de ação integrada...”; as duas ocorrências do vocábulo em maiúsculas Atualizada 07/11/2007 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 9 PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin correspondem semanticamente respectivamente: às idéias de, a) meio – modo; b) causa – meio; c) concessão – causa; d) modo – explicação; e) explicação – concessão. 14 - No primeiro parágrafo do texto, o vocábulo RIO DE JANEIRO reaparece designado como CIDADE, a fim de se evitar a repetição de palavras idênticas; nesse caso, após uma palavra de valor específico (Rio de Janeiro), emprega-se outra de valor geral (cidade). Essa mesma estrutura se repete em: a) Rio de Janeiro – Cidade Maravilhosa; b) Rio de Janeiro – RJ; c) Rio de Janeiro – Rio; d) Rio de Janeiro – capital; e) Rio de Janeiro – berço do samba. 15 - “Considerando a importância que o turismo TEM...”;“...quase 40% dos que chegam ao Brasil TÊM como destino o Rio...”; “...dentro de três anos TEREMOS aqui o Pan...”; esses segmentos do texto mostram a ampla utilização do verbo TER no lugar de outros verbos de significação mais específica. Os verbos que poderiam substituir, respectivamente, de forma mais adequada, as formas verbais em destaque são: a) desfrutar - pretender - realizar; b) mostrar - desejar - desfrutar; c) possuir - almejar - sediar; d) apresentar - tentar - receber; e) alcançar - querer - organizar. 16 - De todos os substantivos abaixo, aquele que apresenta uma formação diferente da dos demais, a partir da palavra primitiva, é: 17 - “...técnica adequada para seguir pistas”; o substantivo cognato adequado ao verbo seguir neste caso é: a) sucessão; b) seqüência; c) seqüenciação; d) seguimento; e) seguida. 19 - “...não há um esquema EFICAZ de inteligência...”; “...deveria produzir a aplicação EFICIENTE...”; no minidicionário de língua portuguesa de A. Houaiss aparece a definição desses dois adjetivos: 1. eficiente: que realiza bem suas funções; que traz bons resultados; 2. eficaz: eficiente; seguro, infalível. Isso mostra que: a) só o primeiro está bem empregado; b) só o segundo está bem empregado; c) os vocábulos podiam trocar de posição, sem alteração de sentido; d) nenhum dos dois está bem empregado; e) deveria ser empregado somente um desses adjetivos. 20 - “Muitos destes, aliás, são menores de idade com que o poder público simplesmente não sabe lidar”; a utilização da preposição COM, nesse segmento, é devida à presença do verbo lidar. A frase abaixo em que a preposição destacada está mal empregada é: a) Feijoada é o prato DE que mais gosto; b) Esse é o problema A que me refiro; c) Não sei mais DE que estamos falando; d) Não conheço o lugar A que se dirigiu; e) Esses são os trabalhos DE que lamentaram. a) o demonstrativo destes se refere a menores de idade; b) o termo aliás corresponde semanticamente a além disso; c) o termo menores é empregado como adjetivo; d) o relativo que se prende ao antecedente menores de idade; e) a expressão poder público se refere a órgãos de governo. 22 - “É fácil atribuir todos os problemas à falta de verbas”; forma igualmente correta dessa mesma frase é: 18 - “É fácil atribuir todos os problemas à falta de verbas. Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado”; nesse segmento do texto há duas idéias, representadas nos dois períodos transcritos; o comentário correto sobre as idéias aqui representadas é: a) o autor do texto atribui à falta de verbas e à sua má aplicação os problemas com a segurança; Atualizada 07/11/2007 b) o autor do texto não acredita que a falta de verbas seja responsável pela falta de segurança, mas sim a sua má aplicação; c) o argumento de má aplicação dos recursos é utilizado pelo Estado como desculpa pelos problemas na área de segurança pública; d) a desculpa da falta de verbas é dada pelo autor do texto como uma maneira de reduzir a culpa do Estado na segurança; e) a falta de verbas é uma mentira, assim como a má aplicação de recursos, pois o que falta é inteligência, segundo o autor do texto. 21 - “Muitos destes, aliás, são menores de idade com que o poder público não sabe lidar”; o comentário INCORRETO sobre os elementos que estruturam esse segmento do texto é: a) indignação; b) aplicação; c) sensação; d) situação; e) investigação. 10 Português a) é fácil atribuir-se todos os problemas à falta de verbas; b) é fácil que se atribua todos os problemas à falta de verbas; c) é fácil que se atribuam todos os problemas à falta de verbas; d) é fácil que se atribuísse todos os problemas à falta de verbas; e) é fácil que se atribuíssem todos os problemas à falta de verbas. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin 23 - O segmento abaixo que apresenta adjetivo sem variação de grau é: a) “Por maior que tenha sido a indignação manifestada...”; b) “...é alarmante esse grau crescente de insegurança”; c) “...de fazer o turista se sentir mais seguro no Rio...”; d) “...a redução a níveis mínimos dos assaltos a turistas”; e) “Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado”. 24 - “Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado. As próprias autoridades anunciam fartos investimentos em aparato tecnológico contra o crime; o retorno que deveria produzir a aplicação eficiente desse dinheiro seria o que não está acontecendo: a redução a níveis mínimos dos assaltos a turistas”; o vocábulo que destoa dos demais quanto ao campo semântico é: a) dinheiro; b) investimentos; c) aparato; d) aplicação; e) retorno. 25 - O segmento do texto cujo elemento destacado tem seu valor semântico INCORRETAMENTE indicado é: a) “EM oito anos...” = tempo; b) “...visitantes DE outros estados...” = origem; c) “...da economia DA cidade...” = propriedade; d) “...não sabe lidar, POR falta de ação integrada...” = causa; e) “...falar EM dinheiro mal aplicado...” = oposição. 26 - “Em oito anos, o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas foram multiplicados por três, alcançando hoje a média de dez casos por dia.Considerando a importância que o turismo tem para a cidade – que anualmente recebe 5,7 milhões de visitantes de outros estados e do estrangeiro, destes, aliás, quase 40% dos que chegam ao Brasil têm como destino o Rio – é alarmante esse grau crescente de insegurança”; quanto às referências numéricas presentes nesse primeiro parágrafo do texto pode-se dizer que representam numerais de dois tipos: a) cardinais e ordinais; b) cardinais e multiplicativos; c) multiplicativos e fracionários; d) cardinais e fracionários; e) ordinais e multiplicativos. 27 A relação adequada entre, respectivamente,substantivo-adjetivo-verbo de uma mesma família de palavras e de um mesmo campo semântico é: a) média-mediático-remediar; b) policial-policiamento-policiar; c) crime-criminoso-incriminar; d) idade-idoso-identificar; e) gravação-grave-agravar. Atualizada 07/11/2007 Português 28 - O item em que a troca de posição entre substantivo e adjetivo traz nítida modificação de sentido é: a) grau crescente; b) policiamento ostensivo; c) poder público; d) fartos investimentos; e) aplicação eficiente. 29 - O segmento do texto que NÃO apresenta estrutura aditiva realizada por meio de conectores desse tipo é: a) “Em oito anos, o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas foram multiplicados por três”; b) “..recebe 5,7 milhões de visitantes de outros estados e do estrangeiro...”; c) “...que apresentam o Rio e outras grandes cidades brasileiras”; d) “...mas não é o que se vê – nem é o que percebem os assaltantes”; e) ...entre autoridades estaduais e municipais...”. 30 - O texto da prova, por sua estrutura e características, deve ser prioritariamente classificado como: a) expositivo; b) narrativo; c) informativo; d) argumentativo; e) descritivo. CONCURSO AGENTE PENITENCIÁRIO 2004 / NCE/UFRJ LÍNGUA PORTUGUESA TEXTO 1 – CIDADE DE DEUS (fragmento) Rubem Fonseca O nome dele é João Romeiro, mas é conhecido como Zinho na Cidade de Deus, uma favela em Jacarepaguá, onde comanda o tráfico de drogas. Ela é Soraia Gonçalves, uma mulher dócil e calada. Soraia soube que Zinho era traficante dois meses depois de estarem morando juntos num condomínio de classe média alta na Barra da Tijuca. Você se importa?, Zinho perguntou e ela respondeu que havia tido na vida dela um homem metido a direito que não passava de um canalha. No condomínio Zinho é conhecido como vendedor de uma firma de importação. Quando chega uma partida grande de droga na favela, Zinho some durante alguns dias. Para justificar sua ausência Soraia diz, para as vizinhas que encontra no playground ou na piscina, que o marido está viajando pela firma. A polícia anda atrás dele, mas sabe apenas o seu apelido, e que ele é branco. Zinho nunca foi preso. 01 - “...e ela respondeu que havia tido na vida dela um homem metido a direito que não passava de um canalha”; a resposta de Soraia equivale a dizer que: a) todos os homens são canalhas; b) não vale a pena viver dentro da lei; c) nem tudo na vida é perfeito; d) a vida criminosa é mais cheia de emoções; e) todos os homens são hipócritas. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 11 PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin 02 - No primeiro período do texto, o segmento uma favela em Jacarepaguá é um aposto, empregado para: a) informar algo hipoteticamente desconhecido; b) situar a ação num bairro perigoso; c) ironizar sobre o nome de Deus na designação de uma favela; d) preparar o leitor para um tema policial; e) mostrar a relação entre miséria e crime. 03 - No primeiro período, o vocábulo onde se refere a um local anteriormente citado, a favela Cidade de Deus; o item abaixo em que o mesmo vocábulo tem um antecedente anteriormente expresso é: a) A polícia não sabe onde Zinho mora; b) O local onde Zinho atua é desconhecido da polícia; c) As vizinhas desejam saber onde Zinho está; d) Zinho mora na Barra, mas onde trabalha todos ignoram; e) Onde é que Zinho se esconde? 04 - Tráfico tem como parônimo o vocábulo tráfego, com o qual não pode ser confundido; o item abaixo que está mal redigido porque houve a substituição indevida de um vocábulo por seu parônimo é: a) O criminoso foi preso em flagrante; b) Os criminosos expiam suas culpas na prisão; c) O acusado pediu despensa do depoimento; d) O prisioneiro decidiu delatar o cúmplice; e) Era iminente a prisão do grupo. 05 - “...é conhecido como Zinho na Cidade de Deus,...”; o item abaixo em que se reescreve esse segmento do texto de forma ERRADA, por alterar o seu sentido, é: a) na Cidade de Deus é conhecido como Zinho; b) é conhecido, na Cidade de Deus, como Zinho; c) conhecem-no como Zinho na Cidade de Deus; d) na Cidade de Deus o conhecem como Zinho; e) a Cidade de Deus o conhece como Zinho. 06 - O fato de Zinho sumir durante alguns dias quandochega uma partida grande de drogas na favela se explica pelo fato de: a) ser perigoso estar na favela nesse momento; b) nesse momento a polícia fica mais vigilante; c) ser necessária sua presença para os negócios; d) Zinho também ser grande consumidor de drogas; e) estar sendo perseguido pela polícia. 07 - Só NÃO se pode deduzir do que é lido no texto 1 que: a) o tráfico de drogas envolve grande quantidade de dinheiro; b) muita riqueza se deve ao tráfico de drogas; c) algumas pessoas se deixam atrair por uma vida fácil; d) o desemprego causa muitos problemas sociais; e) o tráfico de drogas não é bem visto no meio social. 08. A frase final do texto – Zinho nunca foi preso -, no contexto textual e social em que se insere, mostra: a) a agilidade do traficante; b) o despreparo da polícia; c) o insucesso do tráfico; d) a corrupção policial; 12 Atualizada 07/11/2007 Português e) a ineficiência das leis. 09 - No dia 24 de junho de 2004, saiu a seguinte notícia na primeira página do jornal O Globo: Deputados guardam R$ 1,6 milhão em casa As declarações de bens de 19 deputados estaduais revelam que eles tinham em casa um total de R$ 1,6 milhão, mesmo com o risco de assaltos e desvalorização da moeda. A leitura do texto permite observar que: a) o jornal errou ao escrever milhão no singular; b) a quantia referida corresponde à soma do dinheiro dos 19 deputados; c) houve troca na posição do R e do $; d) o autor do texto aprova a atitude dos deputados; e) os políticos desfrutam de muita segurança. 10 - No mesmo dia, uma outra manchete dizia: “Terror ameaça agora o premier do Iraque”. Deduz-se da leitura dessa notícia, no contexto atual, que: a) o premier do Iraque já foi atacado antes; b) os terroristas mataram o premier anterior; c) o terror já fez outras ameaças anteriormente; d) os terroristas vivem no Iraque; e) o Iraque era um país livre dos ataques terroristas. TEXTO 2 – O ESTATUTO DESARMAMENTO(fragmento) Luiz Garcia – O Globo, 29/06/2004 DO Foi dura luta a aprovação do Estatuto do Desarmamento. E demorou um tempão. Tudo começou com ato solene no Palácio do Planalto, quando o então presidente Fernando Henrique respondeu a uma cobrança da sociedade e assinou mensagem enviando o projeto ao Congresso. O empenho implícito na solenidade teve vida curta. A mensagem caiu na vala comum do Legislativo, onde se integrou a um renque de iniciativas sobre desarmamento, algumas a favor de guerra declaradae eficaz ao excesso de armas no país, outras fazendo o possível para que não se tivesse lei alguma; na pior hipótese, aceitavam uma lei aguada. No governo Lula, o lobby das armas sofismou e atrapalhou o quanto pôde. Mas a cobrança da sociedade acabou por prevalecer. Entretanto, seis meses após a sanção da lei criando o estatuto, ele existe pela metade. (....) Ou seja, falta muito. 11 - “Foi dura luta a aprovação do Estatuto do Desarmamento. E demorou um tempão”; esse segmento inicial diz ao leitor que: a) o Estatuto do Desarmamento está para ser aprovado há algum tempo; b) o Estatuto do Desarmamento, apesar do tempão de discussão, foi aprovado; c) foi aprovado finalmente o Estatuto do Desarmamento; d) O Estatuto do Desarmamento está a ser discutido há várias legislaturas; e) nunca vai ser aprovado o Estatuto do Desarmamento. 12 - O segundo parágrafo do texto refere-se a um momento: a) imediatamente anterior; b) imediatamente posterior; Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin c) atual, em relação ao primeiro parágrafo; d) passado há já algum tempo; e) futuro, em relação ao parágrafo anterior. 13 - “...quando o então presidente...”; “ ...onde se integrou a um renque...”; o item em que houve troca indevida entre ONDE e QUANDO é: a) Ele a conheceu na pracinha onde jogava futebol; b) Não se lembrava da adolescência, onde tudo acontecera; c) Queria saber quando viajara, pois só estava certo de que não fora nas férias; d) Não sabia quando a veria de novo; e) Ficou triste após o banho de mar, quando perdera a aliança. 14 - O vocábulo renque em “renque de iniciativas” une duas idéias: a) quantidade e alinhamento; b) variedade e desvalorização; c) confusão e quantidade; d) desvalorização e alinhamento; e) confusão e variedade. 15 - “O empenho implícito na solenidade teve vida curta”; a frase significa que: a) a solenidade foi realizada para enganar a opinião pública; b) durou muito pouco a solenidade realizada; c) o empenho explícito era maior que o empenho implícito; d) a solenidade teve vida curta porque houve pouco empenho; e) o empenho prometido na solenidade em si mesma durou pouco. 16 - Lobby é um estrangeirismo freqüentemente presente no noticiário político; seu significado mais adequado ao contexto é: a) recepção de grandes edifícios; b) ato de influenciar autoridades; c) grupo de pessoas de má-índole; d) fabricantes e comerciantes em assembléia; e) união econômica de grupos empresariais. 17 - Pôde é uma palavra que leva acento a fim de indicar ao leitor que se trata do pretérito perfeito e não da forma pode, do presente do indicativo; o vocábulo abaixo que recebe acento obrigatoriamente é: a) numero; b) egoista; c) sede; d) ate; e) segredo. 18 - Em junho de 2004 morreu o ex-governador do Rio, Leonel de Moura Brizola. Em 24 de junho, Luiz Fernando Veríssimo escrevia, nas primeiras linhas de sua crônica do jornal O Globo: “Foi a primeira morte sem aspas do Brizola. Sua “morte” em sentido figurado foi anunciada várias vezes”. Só NÃO se pode ler nesse segmento que: Atualizada 07/11/2007 Português a) Brizola era pessoa considerada bastante conhecida dos leitores; b) houve vários anúncios falsos da “morte” de Brizola; c) dentro do contexto, as “mortes” de Brizola ocorriam no plano político; d) um dos empregos das aspas é o de mostrar sentido figurado das palavras; e) vão ocorrer outras mortes sem aspas de Brizola. 19 - O colunista Ancelmo Góis fez publicar em O Globo a seguinte notícia: Greve na PF O clima é tenso na Polícia Federal. Os agentes interromperam de mãos vazias uma greve, há mês e meio, depois de atazanar a vida dos passageiros nos aeroportos. Como o governo não fez nenhuma concessão, a turma ameaça com outra greve. Promete, desta vez, a adesão dos delegados. É. Pode ser. A tensão na Polícia Federal é, segundo o texto, resultante de: a) problemas causados aos passageiros nos aeroportos; b) preparação para uma nova greve da categoria; c) tentativa de procurar a adesão dos delegados para uma nova greve; d) uma greve anterior não ter dado o resultado esperado; e) concessões insuficientes por parte do governo. 20 - A última frase do texto da notícia de Ancelmo Góis revela: a) certeza; b) alarme; c) conselho; d) opinião; e) dúvida. 21 - “Como o governo não fez nenhuma concessão, a turma ameaça com outra greve”; se reescrevermos um novo período, iniciando-se pela segunda oração, a forma INADEQUADA, mantendo-se o sentido original, será: a) a turma ameaça com outra greve, visto que o governo não fez nenhuma concessão; b) a turma ameaça com outra greve, já que o governo não fez nenhuma concessão; c) a turma ameaça com outra greve, porque o governo não fez nenhuma concessão; d) a turma ameaça com outra greve, todavia o governo não fez nenhuma concessão; e) a turma ameaça com outra greve, porquanto o governo não fez nenhuma concessão. 22. Infere-se da notícia que: a) a PF está em greve permanentemente; b) a PF não conseguiu o apoio dos delegados na última greve; c) os delegados jamais aderem à greve da PF; d) a greve da PF traz risco para os passageiros; e) nenhuma greve de funcionários recebe respostas positivas do governo. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 13 PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin 23 - “É. Pode ser”; a mesma estrutura só NÃO se repete em: Português e) sindicância – fuga. 29 - “por onde os detentos passaram”; a preposição POR, nesse segmento, tem seu uso determinado pelo verbo passar. A construção INADEQUADA, entre as que estão abaixo, é: a) Vem. Pode vir. b) Vê. Pode ver. c) Tem. Pode ter. d) Rio. Pode rir. e) Provém. Pode provir. 24 - O Jornal do Brasil publicou, no dia 4/07/2004, a seguinte notícia: Seis bandidos fogem de penitenciária Seis presos fugiram ontem, por volta das 8h, do presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão. Três deles foram recapturados pouco tempo depois no Zoológico do Rio. Um dos presos fugiu após render o agente penitenciário de seu setor com um revólver. As imagens feitas no pátio do presídio registraram a ausência, por sete minutos, do PM responsável pela guarita por onde os detentos passaram. A Secretaria de Administração Penitenciária informou que vai abrir sindicância para esclarecer se houve facilitação de fuga. O título dado à notícia, em função do que é lido no texto: a) de onde os detentos vieram; b) para onde os detentos foram; c) onde os detentos trabalham; d) até onde os detentos chegaram; e) aonde os detentos se esconderam. 30 - “Seis presos fugiram ontem, por volta das 8h, do presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão. Três deles foram recapturados pouco tempo depois no Zoológico do Rio”; o comentário correto sobre os componentes desse segmento do texto é: a) “por volta das 8h” indica um tempo preciso; b) o “pouco tempo depois” tem como ponto de referência a fuga; c) “no Zoológico do Rio” indica o momento em que foram recapturados os presos; d) a quantidade de “seis presos” é informação incorreta; e) a localização do presídio justifica o fato de os presos serem recapturados. a) resume todas as informações do texto; b) destaca algo prejudicial à imagem da polícia; c) fornece uma informação errada aos leitores; d) valoriza a esperteza dos presidiários; e) mostra a superlotação dos presídios. 25 - Em função do que é dito no texto, voltaram à prisão: a) todos os foragidos; b) nenhum dos fugitivos; c) metade dos que fugiram; d) dois dos presos fugitivos; e) quatro dos foragidos. 26 - O que mais causa estranheza na notícia é: a) o fato de um dos detentos possuir um revólver; b) abrirem uma sindicância para investigação de um fato corriqueiro; c) ter havido facilitação de fuga dos detentos; d) a recaptura dos presos ter sido imediata; e) a gravação da fuga nas imagens do próprio presídio. 27 - Segundo o que o texto sugere, a ausência do PM da guarita deve ser atribuída, além de à irresponsabilidade do militar: a) ao cansaço do militar; b) à falha administrativa do presídio; c) ao poder da corrupção; d) às necessidades de serviço; e) à reduzida quantidade de funcionários. GABARITO – VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA 01-D / 02 – B / 03 – C / 04 – B / 05 – E / 06 – B / 07 – D / 08 – D / 09 – 18 / 10 – C / 11 - C GABARITO - AGENTE DE POLÍCIA – NCE/UFRJ 01 – C / 02 – B / 03 – E / 04 – B / 05 – D / 06 – E / 07 – E / 08 – D / 09 – A / 10 – B / 11 – A / 12 – B / 13 – C / 14 – D / 15 – A / 16 – C / 17- D / 18 – B / 19 – C / 20 – E / 21 – A / 22 – C / 23 – B / 24 – C / 25 – E / 26 – D / 27 – C / 28 – C / 29 – A / 30 – D GABARITO - AGENTE PENITENCIÁRIO - NCE/UFRJ 28 - No texto, alguns vocábulos se referem à mesma realidade; estão nesse caso: a) bandidos – detentos; b) agente – PM; c) penitenciária – guarita; d) agente – preso; 14 Atualizada 07/11/2007 01 – C / 02 – A / 03 – B / 04 – C / 05 – E / 06 – C / 07 – D / 08 – B / 09 – B / 10 – C / 11 – C / 12 – D / 13 – B / 14 – A / 15 – E / 16 – B / 17 – B / 18 – E / 19 – D / 20 – E / 21 – D / 22 – B / 23 – D / 24 – B / 25 – C / 26 – A / 27 – C / 28 – A / 29 – E / 30 - B Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF/EXTENSIVA Prof. Noely Landarin Atualizada 07/11/2007 Português Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 15 This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. 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