TÍTULO DA PALESTRA
(Org. por Sérgio Biagi Gregório)
28/03/2012
Desertores
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Desertores
Introdução
Quem pode ser considerado
desertor do Espiritismo?
O espírita sincero pode ser
chamado de desertor?
Quais são as consequências
da deserção da tarefa
mediúnica?
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Desertores
Conceito
Desertor é aquele que abandona um
partido, uma causa.
Na política, um desertor é uma pessoa que
abandona um estado ou entidade política.
Todas as grandes ideias têm apóstolos
fervorosos; têm, também, os seus
desertores.
Allan Kardec diz que o Espiritismo não fugiu
à regra.
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Desertores
Considerações Iniciais
A deserção de um objetivo pode ocorrer
em qualquer momento de nossa vida.
Podemos fugir de nossas
responsabilidades
familiares, sociais e
profissionais.
Diante de Lei de
Deus, porém,
nada fica impune.
Fugindo de um problema, que deveríamos solucionar,
somos obrigados a sofrer as consequências desse
ato, quer seja nesta existência, quer seja na próxima.
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Deserções Espíritas
• As Deserções no Início do Espiritismo
No início,
houve
equívoco
quanto à
natureza e
aos fins do
Espiritismo.
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As brincadeiras de
salão, a curiosidade e
o querer entrar em
comunicação com os
Espíritos foram as
primeiras formas que
os Espíritos superiores
acharam para poder
chamar a atenção
sobre o fenômeno
mediúnico.
Desertores
Quando os
Espíritos sérios
e moralizadores
tomaram o lugar
dos Espíritos
brincalhões, os
adeptos das
brincadeiras
desertaram.
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Desertores
Deserções Espíritas
• A Deserção na Fase da Adivinhação
Muitas pessoas, movidas pelo espírito
comercial de ganhar dinheiro na especulação
do maravilhoso, acabaram desertando porque
os Espíritos não vinham ajudá-las a
enriquecer.
Não dando certo o
que vaticinavam,
denegriam o
Espiritismo.
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Esta fase também foi útil,
porque separou os
Espíritas sérios dos
aproveitadores.
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Deserções Espíritas
• Deserção dos Entusiasmados Febris
Por princípio, devemos
desconfiar dos
entusiasmados febris,
porque, na grande
maioria, são fogos de
palha que ditam
louvores sobre alguma
coisa que ainda não
conhecem.
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Desertores
Passada a fase de
deslumbramento,
caem na real e
verificam que estão
longe da
circunspeção, da
seriedade e da
abnegação que se
exige de todo o
praticante sincero.
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Deserções Espíritas
• Há Deserção entre os Espíritas Convictos?
Não.
Allan Kardec fala de fraquezas humanas, como o orgulho e
o egoísmo.
Acha que há desfalecimentos, em que a coragem e a
perseverança fraquejaram diante de uma decepção.
Ele diz: "Entre os adeptos convictos, não há deserções, na
lídima acepção do termo, visto como aquele que desertasse,
por motivo de interesse ou qualquer outro, nunca teria sido
sinceramente espírita". (Kardec, 1975, p. 249 a 253)
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Anotações sobre Deserções
• Mensagem aos Médiuns
O Espírito Emmanuel, no capítulo 9, "Mensagem aos
Médiuns", do livro Emmanuel, psicografado por Francisco
Cândido Xavier, diz que os médiuns não são os
missionários na acepção comum do termo;
"são almas que fracassaram desastradamente, que
contrariaram sobremaneira, o curso das leis divinas, e que
resgatam, sob peso de severos compromissos e ilimitadas
responsabilidades, o passado obscuro e delituoso".
Pela misericórdia divina, receberam a bênção da
mediunidade para poderem redimir os seus erros do
passado...
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Anotações sobre Deserções
• Compromisso Esquecido
Alberto Nogueira pedira para encarnar com lepra, abandono dos entes
queridos, extrema penúria e cegueira.
Diante deste pedido, os benfeitores falaram: "Você encarnará são, mas
com uma condição, será médium".
Passados 36 anos, os benfeitores esperavam que ele estivesse
colaborando num determinado Centro Espírita.
Precisando dos seus préstimos, encontram-no em sua casa lendo um
jornal do dia, em larga espreguiçadeira.
Conclusão: "Aquele espírito valoroso que pedira lepra, cegueira, loucura, idiotia,
fogo, lágrimas, penúria e abandono, a fim de desagravar a própria consciência,
no plano físico, depois de acomodar-se nas concessões do Senhor, esquecera
todas as necessidades que lhe caracterizavam a obra de reajuste e preferia a
ociosidade, enquadrado em pijama, com medo de trabalhar“.
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Anotações sobre Deserções
• Desertores
Desertores são igualmente:
Os que armazenam o pão, sem proveito justo, convertendo cereais em cifrões
vazios;
Os que pregam virtudes religiosas e sociais, acolhendo-se em trincheiras de
usura;
Os que transformam as chaves da Ciência em gazuas douradas;
Os que matam o tempo para que o tempo não lhes dê responsabilidade;
Os que não sentem necessidade de trabalhar;
Deserção! Deserção! Se trazemos semelhante chaga, corrigenda para nós!...
E se a vemos nos outros, compaixão para eles!... (Xavier, s.d.p., capítulo 34)
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Mensagem Pós-Túmulo de Allan Kardec
• Recordação da Época em que Esteve Encarnado
Lembra-nos da sua convicção sobre os princípios
fundamentais do Espiritismo.
Tendo uma visão mais acurada, acha que tanto a
benevolência, a boa-vontade e o devotamento de alguns,
como a má-fé, a hipocrisia e as maldosas manobras dos
outros, servem para fortificar o edifício doutrinário.
Ele afirma: "Nas mãos das potestades superiores, que
presidem a todos os progressos, as resistências
inconscientes ou simuladas, os ataques visando semear o
descrédito e o ridículo, se tornam elementos de
elaboração".
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Mensagem Pós-Túmulo de Allan Kardec
• Ódio, Inveja, Ciúme
O charlatanismo e a superstição quiseram apropriar-se do
Espiritismo.
A verdade, porém, veiculada pelo Espiritismo provoca ódio,
inveja e ciúme nos outros credos que, não podendo atacar a
doutrina, acabam por atacar a pessoa.
Segundo o seu relato, isso o deixou triste, mas não impediu
que continuasse na sua obra grandiosa, que foi disseminar a
vida espiritual, dentro de uma lógica científica, filosófica e
religiosa.
Em vista disso, ele diz: "Os testemunhos de simpatia e de
estima, que recebi dos que me souberam apreciar,
constituíram a mais estimável recompensa que eu jamais
ambicionara".
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Mensagem Pós-Túmulo de Allan Kardec
• Imploração da Misericórdia Divina
Allan Kardec censura levemente os que criticaram o
Espiritismo, sem estudá-lo.
Para aqueles que se debruçaram sobre os seus princípios e,
não contentes de se lhe apartarem do seio, contra ele voltaram
todos os seus esforços, suas críticas são mais severas.
Ele diz: "É, sobretudo, para os desertores dessa categoria que
devemos implorar a misericórdia divina, pois que apagaram
voluntariamente o facho que os iluminava e com o qual podiam
esclarecer os outros. Eles, por isso, logo perdem a proteção
dos bons Espíritos e, conforme a triste experiência que temos
feito, bem depressa chegam, de queda em queda, às mais
críticas situações!"
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Conclusão
Todos nós estamos sujeitos à
deserção.
Cabe-nos rogar aos bons
Espíritos para que a nossa
mente seja iluminada, a fim de
darmos continuidade em nossa
tarefa mediúnica.
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Bibliografia Consultada
KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed. Rio de Janeiro: FEB,
1975.
XAVIER, F. C. Emmanuel (Dissertações Mediúnicas), pelo
Espírito Emmanuel. 9. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1981.
XAVIER, F. C. Estante da Vida, pelo Espírito Irmão X. 3. ed. Rio
de Janeiro: FEB, 1974.
XAVIER, F. C. Seara dos Médiuns, pelo Espírito Emmanuel, Rio
de Janeiro: Feb, s.d.p.
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