MANUAL DE
PROCEDIMENTOS
SÃO CAMILO
4ª Edição
Maringá
Sthampa Editora Gráfica
2013
FICHA TÉCNICA
Título
Capa
Diagramação
Tiragem
: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO
: PROJETO DO NOVO LABORATÓRIO SÃO CAMILO
: MARCIA LANG
: 1.000 EXEMPLARES
Copyright © 2013 para Laboratório São Camilo
Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização do autor.
IMPRESSÃO
TELEFAX: |44| 3302-4411
MARINGÁ - PR
[email protected]
MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO
GRUPO SÃO CAMILO
divisão
divisão
(Biologia Molecular e Genética)
Ciência em Benefício da Vida
Ciência em Benefício da Vida
divisão
divisão
Alimentos
e Água
Anatomia Patológica
e Citopatologia
Ciência em Benefício da Vida
Ciência em Benefício da Vida
divisão
divisão
Apoio a
Laboratórios
Centro Infantil
Ciência em Benefício da Vida
Ciência em Benefício da Vida
divisão
divisão
Análises de
Veterinária
Diagnóstico por Imagem
Ciência em Benefício da Vida
Ciência em Benefício da Vida
(Medicina Nuclear - Cintilografia)
EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA
O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maringá
Compromisso ético com os laboratórios apoiados.
Apresentação
Apresentação
Apresentamos aos colegas, nossos parceiros dos laboratórios apoiados, a
nova edição do nosso Manual de Procedimentos São Camilo, que traz de forma
resumida os principais tópicos sobre exames em Análises Clínicas, Biotecnologia,
Anatomia Patológica e Citopatologia, Toxicologia e Análises Veterinárias. Dados
sobre coleta, envio, interpretação e interferências são tratados de forma objetiva,
para consultas rápidas e precisas sobre os testes aqui apresentados.
João Pedro Jock Piva
CRF-Pr 17542
Diretor Laboratório de Alimentos e Água
Léo Sérgio Ruggeri-TEAC
CRF-Pr 1005
LR-CNEN
Diretor Administrativo
Karen Izumi Takeda de Sá - MSc
CRBio 50886
Sergio Piva-Med.Pat.Clin
CRM 5900
Diretor Científico
Karina Maia Ruggeri Donita
CRF-Pr 10714
Diretora de Qualidade
Valério A. Balani-MSc
CRBio 50.887
Maio 2013
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
GRUPO SÃO CAMILO MEDICINA DIAGNÓSTICA
UNIDADES DE ATENDIMENTO
MARINGÁ - PR
UNIDADE CENTRO
Centro, Rua Santos Dumont, 3430
UNIDADE CLINIPREV
Rua Ver. Primo Monteschio 436
(Exclusivo para pacientes Cliniprev)
UNIDADE PRES. KENNEDY
UNIDADE CIDADE SHOPPING
Vila Nova, Av Tuiuti 710, loja Q10
Centro, Prç. Presidente Kennedy, 16
UNIDADE HOSPITAL SÃO MARCOS(*)
(Exclusivo para pacientes internados)
UNIDADE HOSPITAL MARINGÁ(*)
(Exclusivo para pacientes internados)
UNIDADE TEIXEIRA MENDES
Zona 5, Rua Dr. Luiz Teixeira Mendes, 1981
UNIDADE ALVORADA I
J. Alvorada, Av. Pedro Taques, 1926
UNIDADE ALVORADA II
J. Alvorada, Av. Pedro Taques, 2286
UNIDADE RIO BRANCO
Zona 5, Av. Rio Branco, 886
UNIDADE INFANTIL
Centro, Rua Santos Dumont, 3385
UNIDADE MANDACARU
Mandacaru, Av. Mandacaru, 214-2
(*) unidades hospitalares com funcionamento 24 horas.
DIVISÕES
DIVISÃO DE ANATOMIA, PATOLOGIA E CITOPATOLOGIA
Zona 5 - Av. Luiz T. Mendes, 1981 - 1º Andar
DIVISÃO DE BIOTECNOLOGIA
Zona 4 - Rua Conselheiro Tobias, 57
DIVISÃO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Zona 2 - Rua Santos Dumont, 3452
DIVISÃO DE APÓIO À LABORATÓRIOS
Zona 2 - Rua santos Dumont, 3452 - 2º andar
DIVISÃO DE VETERINÁRIA
Centro - Rua Santos Dumont 3386
REPRESENTANTES
Em vários estados . Contacto com a Divisão de Apoio.
V
GRUPO SÃO CAMILO
GRUPO SÃO CAMILO MEDICINA DIAGNÓSTICA
Nossa Central de Relacionamento está estruturada em dois Serviços, que tem a finalidade de
padronizar e centralizar as informações, assim como informar com precisão. Para tanto, conta com
equipamentos de tecnologia de ponta, através de transmissão por fibra ótica e via rádio, que
proporcionam rapidez e segurança nos processos.
SEALC- Serviço de Atendimento a Laboratórios Conveniados
Estruturado para o melhor atendimento a Laboratórios apoiados.
Tel: (44) 3221-5570 - Atendimento
Tel: (44) 3221-5557 - Comercial
e-mails gerais: [email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
logí[email protected]
e-mails específicos:
a) Logística:
[email protected]
b) Gerência comercial:
[email protected]
c) Gerência técnica:
[email protected]
NOVIDADE:
NOVAS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO
A PARTIR DE JULHO DE 2010.
SEAGIMN – Serviço de Agendamento de exames de Imagem e Medicina Nuclear
(este serviço entará em funcionamento em Agosto de 2010 e terá o seu início divulgado em
tempo hábil).
Telefone: (número será divulgado em tempo hábil)
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Índice
Índice
EXAMES
Adenovirus - PCR Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1,25-Dihidroxi-Vitamina D3 (Ver Vitamina D) . . . . . . . . . . . 1
Adenovírus Pesquisa nas Fezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2,5-Hexanediona na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . 1
Adenovírus - Sorologia - Anticorpos IgG. . . . . . . . . . . . . . . . 22
17-OH-Pregnenolona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Adennovírus - Sorologia - Anticorpos IgM . . . . . . . . . . . . . . 22
17-OH-Progesterona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Aglutininas ABO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
25-OH-Vitamina D3 (Ver Vitamina D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Albumina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3-Alfa-Diol-Glucoronídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Alanina Aminotransferase-ALT (TGP)
5-Nucleotidase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
(Ver Transaminases). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Acanthamoeba SSP - Cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Aldolase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Acetilcolina-Anticorpos Anti-Receptor de . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Aldosterona sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Acetona na urina (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . . . 5
Aldosterona urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Ácido 2-Tio-Tiazolidina 4-Carboxílico . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Alfa Fetoproteína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Ácido 5-Hidroxiindolacético – (5HIAA) . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Alfa-1-Antitripsina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Ácido Cítrico Urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Alfa-1-Antitripsina fecal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Ácido Cítrico no esperma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Alfa-1-Antitripsina – Diagnóstico Molecular de Mutação . . 27
Ácido Delta Aminolevulínico (Toxicologia ocupacional) . . . 7
Alfa-1-Glicoproteína Ácida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Ácido Delta Aminolevulínico Desidratase – Ativividade
Alfa-2-Macroglobulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
(Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Alimentos Transgênicos – Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Ácido Fenilglioxílico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 8
Alumínio sérico (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 28
Ácido Fólico Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Alumínio na urina (inclui Toxicologia ocupacional) . . . . . . 29
Ácido Fólico Hemático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Amebíase – Sorologia – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Ácido Hipúrico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . 9
Amilase sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Ácido Homogentísico / Alcaptonúria . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Amilase urinária – 24 horas ou 2 horas . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Ácido Homovanílico – Urina de 24 horas . . . . . . . . . . . . . . . 10
Amilóide - Proteína. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Ácido Lático / Lactato – Plasmático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Aminoácidos totais (nitrogênio alfa-amínico) . . . . . . . . . . . 31
Ácido Lático – Prova Isquêmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Aminoácidos – cromatografia – plasma ou urina . . . . . . . . . 31
Ácido Mandélico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 12
Amônia plasmática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Ácido Metil-hipúrico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 13
Amônia urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Ácido Oxálico / Oxalato na urina de 24 horas . . . . . . . . . . . 13
AMP cíclico plasmático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Ácido Pirúvico Sérico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
AMP cíclico urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Ácidos Graxos-Pesquisa nas Fezes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Anatomia Patológica (solicitar manual específico) . . . . . . . 35
Ácidos Graxos Livres (Nefa) Séricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Androstenediona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Ácidos Orgânicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Aneuploidias dos Cromossomos - Estudo Genético. . . . . . . . 35
ÁcidoTrans-Trans Mucônico (Toxicologia Ocupacional) . . 15
Algeman-Prader-Willi-Síndrome . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Ácido Tricloracético (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 16
Anticoagulante lúpico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Ácido Úrico Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Anticorpos anti-cardiolipina (IgG, IgA ou IgM) . . . . . . . . . . 37
Ácido Úrico na urina de 24 horas ou ao acaso . . . . . . . . . . . 17
Anticorpos anti-caxumba – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Ácido Úrico no líquido sinovial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Anticorpos anti-caxumba – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Ácido Úrico – Pesquisa de cristais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Anticorpos anti-células parietais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Ácido Valpróico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Anticorpos anti-CCP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Ácido Vanilmandélico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Anticorpos anti-DNA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Acondroplasia – Diagnóstico Molecular . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Anticorpos anti-endomísio (IgG, IgA ou IgM) . . . . . . . . . . . 39
ACTH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Anticorpos anti-GAD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Actina-Autoanticorpos Anti- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Anticorpos anti-gliadina (IgA,IgG ou IgM) . . . . . . . . . . . . . 40
Adenosina Deaminase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Anticorpos anti-histona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
VII
GRUPO SÃO CAMILO
VIII
Anticorpos anti-HIV I/II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Barbituratos – Pesquisa (ver drogas de abuso – pesquisa) . . 64
Anticorpos anti-HIV confirmatório – Western Blot . . . . . . . 42
Bartonella henselae - Anticorpos Anti-IgG e IgM . . . . . . . . . 64
Anticorpos anti-ilhotas de Langerhans . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Bence-Jones – Proteína de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Anticorpos anti-insulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Benzodiazepínicos – Pesquisa (ver drogas de abuso
Anticorpos anti-mitocôndria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
– pesquisa) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Anticorpos anti-músculo liso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Benzoilecgonina (cocaína) – Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Anticorpos anti-Mycoplasma pneumoniae – IgG . . . . . . . . . 44
Beta-2-Glicoproteina I - Anticorpos IgG e/ou IgM . . . . . . . . 65
Anticorpos anti-Mycoplasma pneumoniae – IgM . . . . . . . . 44
Beta-2 - Microglobulina Sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Anticorpos anti-neutrófilos ( C-ANCA e P-ANCA) . . . . . . 45
Beta-Caroteno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Anticorpos anti-ovário – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Beta-HCG no LCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Anticorpos anti-peroxidase (TPO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Beta-HCG Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Anticorpos anti-RNP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Beta-HCG quantitativo gestacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Anticorpos anti-sarampo – IgG
Big-Prolactina (ver macroprolactina) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
(ver Sarampo – IgG sorologia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Bilirrubinas totais e frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Anticorpos anti-sarampo – IgM
Bismuto sanguíneo (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 69
(ver Sarampo – IgM sorologia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Bismuto urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 69
Anticorpos anti-SCl-70 (anti-DNA-Tropoisomerase) . . . . . 47
Biotinidase – ver teste do pezinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Anticorpos anti-SSA/RO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Blastomicose - PCR (Paracoccidioides Brasiliensis) . . . . . . 70
Anticorpos anti-SSB/LA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Blastomicose - PCR Qualit. (P. Brasiliensis) BIOMOL SC . . 70
Anticorpos anti-tireoglobulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Blastomicose – Pesquisa (Paracoccidioidomicose) . . . . . . . 70
Anticorpos anti-tirosino-fosfatase – IA2 . . . . . . . . . . . . . . . 48
Blastomicose (Paracoccidioidomicose) – sorologia . . . . . . . 71
Anticorpos anti-nucleares (FAN) – anticorpos contra
Borrelia burgdorferi – Anticorpos anti- (ver Lyme –
antígenos celulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
anticorpos para doença de) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Antifungigrama. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Borrelia burgdorferi – Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Antimulleriano - Hormônio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Borrelia burgdorferi – Cultura para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Antioxidantes Totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
BRCA1 e BRCA2 – pesquisa de mutações . . . . . . . . . . . . . 72
Antitrombina III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Brucelose – aglutinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Apolipoproteína A1 (APO A1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Brucelose – Prova lenta veterinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Apolipoproteína B (APO B) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
CA – 125 II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Apolipoproteína E – estudo genético . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
CA – 15-3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Aptidão Esportiva - Teste do Geneactn3 e Teste Plus . . . . . . 55
CA – 19-9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Aquaporina-4 - Anticorpos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
CA – 72-4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Arilsulfatase A e B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Cádmio sanguíneo (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 76
Arsênico no Sangue (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . 56
Cádmio urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . 77
Arsênico na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 57
Cálcio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
ASLO – Antiestreptolisina 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Cálcio iônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Aspartato Aminotransferase – AST (TGO)
Cálcio urinário – urina ao acaso ou urina de 24 horas . . . . . 78
(Ver Transaminases) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Calcitonina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Aspergillus Fumigatus - PCR - BIOMOL-SC . . . . . . . . . . . . 57
Cálculo Biliar - Análise Físico-Química. . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Aspergillus SPP PCR - BIOMOL-SC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Cálculos urinários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Aspergilose – Sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Canabinóides (THC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Ataxias – Estudo molecular do painel de - . . . . . . . . . . . . . . 59
Canal de Cálcio - Anticorpos Anti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
BAAR – Bacilos Álcool Ácido Resistentes – Pesquisa . . . . 59
Candida albicans ou Candida ssp - PCR QUALITATIVO . . . 81
Bacterioscopia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Capacidade de fixação do ferro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Bacterioscopia de fezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Carbamazepina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Bacterioscopia de Hansen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Carboxihemoglobina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 83
Bacterioscopia para Mycobacterium tuberculosis e outros
Cariótipo com bandeamento G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
BAAR (exclui bacilo de Hansen) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Cariótipo para pesquisa, de cromossomo X-frágil . . . . . . . . 85
Bacterioscopia para bacilo diftérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Catecolaminas plasmáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Bandas oligoclonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Catecolaminas urinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Caxumba – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Cloro / Cloretos – sangue, LCR, suor, urina . . . . . . . . . . . . 112
CCR5 - Gene - Detecção - Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Cobalto na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 113
CD4, CD8 e CD3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Cobre no sangue (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . 113
CEA – antígeno carcinoembriogênico . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Cobre na urina (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 114
Células LE – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Cocaína – Pesquisa (ver benzoilecgonina) . . . . . . . . . . . . . 114
Células orangiófilas no líquido amniótico . . . . . . . . . . . . . . 90
Coccídios – Pesquisa ( Ver Criptosporidium ssp) . . . . . . . . 115
Ceruloplasmina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Colesterol – HDL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Cetonemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Colinesterase (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 115
Chagas – doença de – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Complemento e Frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Chagas - PCR - Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Composto S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Charcot-Marie-Toothia - Síndrome - Diagnóstico Molecular 93
Contagem sedimentar de Addis-Hamburger . . . . . . . . . . . . 118
Chlamydia pneumoniae (Chlamydophila pneumoniae) –
Coombs Direto – teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Coombs Indireto – teste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
Chlamydia pneumoniae (Chlamydophila pneumoniae) –
Coprológico funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
anticorpos IgG e IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Coproporfirinas urinárias (inclui Toxicologia Ocupacional) . 121
Chlamydophila psittaci - Anticorpos IgG e IgM . . . . . . . . . . 95
Corpos cetônicos na urina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Chlamydophila psittaci - PCR Qualit. Biomol. SC . . . . . . . . 95
Corpúsculos de Heinz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Chlamydia trachomatis/Neisseria gonorrhoeae – PCR
Cortisol sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Qualitatito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Cortisol livre urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Chlamydia trachomatis – PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Cortisol salivar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Chlamydia trachomatis – pesquisa EIE . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Creatina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Chlamydia trachomatis – pesquisa IFD . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Creatinina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Chlamydia trachomatis – IgG, IgA ou IgM – sorologia . . . . 97
Creatinina urinária de 24 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Chumbo no sangue total ( toxicologia ocupacional) . . . . . . 98
Creatinina urinária – amostra ao acaso . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Chumbo urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 98
Creatinina no líquido amniótico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Ciclosporina A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Creatinina Clearance (depuração) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Cistatina C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Creatinofosfoquinase – CK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Cisticercose – sorologia (ELISA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Creatinofosfoquinase – fração MB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Cisticercose – LCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Crioaglutininas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Cistinúria – Dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Criofibrinogênio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Citograma nasal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Crioglobulinas – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Citologia conjuntival . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Cryptococcus ssp – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Citológico do líquido prostático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Criptococos – polissacarídeos – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . 131
Citologia hormonal seriada
Criptosporídeos e outros protozoários fecais . . . . . . . . . . . 131
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Citologia hormonal uma amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Cristais - Pesquisa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Citologia oncótica cérvico-vaginal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Cromatina sexual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Citológico de lesão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Cromatografia de aminoácidos – neonatal/qualitativa
Citológico de escarro / lavado brônquico . . . . . . . . . . . . . . 106
(ver Aminoácidos–cromatografia–plasma, urina) . . . . . . . . 133
Citológico de líquido ascítico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Cromo sanguíneo (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 133
Citológico de líquido sinovial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Cromogranina - A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Citomegalovírus – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Cromo na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 134
Citomegalovírus - PCR quantitativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Cromossomo Philadelphia – Translocação BCR-AL . . . . . 134
Citomegalovírus – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Cromossomo Y – microdeleções – estudo genético – PCR . 134
Citomegalovírus – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
C-Telopeptídeo - CTX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
Citomegalovírus – antigemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Cultura de escarro – qualitativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
Citomegalovírus – IgG e/ou IgM no LCR . . . . . . . . . . . . . 110
Cultura de fungos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Citomegalovírus – Avidez (IgG) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Cultura de urina (ver urina cultura com contagem
Citosol Hepático Tipo 1 - Anticorpos Anti . . . . . . . . . . . . . . 111
de colônias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Clements – Teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Cultura em geral (ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos
Clostridium difficile - Pesquisa de Toxina A e b. . . . . . . . . . 112
Especiais do Laboratório São Camilo – páginas 15 a 43) . 136
IX
GRUPO SÃO CAMILO
X
Cultura para anaeróbios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Eritropoietina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162
Cultura para BAAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
EЯЯos inatos do metabolismo – teste de triagem . . . . . . . 163
Cultura para Campylobacter ssp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
Escherichia Coli - Detec. e Genot. (Epec, Stec, Eac e Eiec)
Cultura para Coqueluche (Bordetella pertussis) . . . . . . . . . 138
Biomol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164
Cultura para Garderella vaginalis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
Escherichia Coli - PCR Qualitativo - Biomol SC. . . . . . . . . 165
Cultura para Helicobacter pylori . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
Espermograma (Semiograma ou análise do líquido
Cultura para Leptospiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140
espermático) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
Cultura para Vibrio cholerae e outros vibrios . . . . . . . . . . . 140
Estanho Urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
Cultura para Yersinia enterocolitica . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
Esteatócrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
Curva insulínica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
Estradiol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
Curva de resistência dos eritrócitos à hemólise . . . . . . . . . 142
Estriol Livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169
D-Dímero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Estrona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
D-Xilose – teste de absorção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Exame a fresco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
Dehidropiandorsterona – DHEA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Exame de urina – rotina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
Dehidroepiandrosterona Sulfato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
Fator V (Fator Lábil) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Desidrogenase lática – LDH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
Fator V de Leiden . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Dengue - Detec. e Genotipagem PCR RT - Biomol SC . . . . 147
Fator VII (Proconvertina) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177
Dengue – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
Fator VIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177
Dengue – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
Fator IX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
Dengue – pesquisa do antígeno NS1 . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
Fator X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
Deoxipiridinolina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
Fator XI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
Diazepan – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
Fator XII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179
Diclorodifenildicloroetileno Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
Fator XIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179
Diclorodifeniltricloroetano Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
Fator anti-nuclear (FAN) – (ver Anticorpos contra antígenos
Difenilhidantoína – (ver Fenitoína) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
celulares)
Difteria - Anticorpos Anti- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
Fator Du – Rh fraco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179
Digoxina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
Fator Intrínseco - Anticorpos Anti-. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
Distrofia de Becker-Duchenne – diagnóstico molecular . . 153
Fator natriurético atrial (ver pro-BNP) . . . . . . . . . . . . . . . . 180
Doença Celíaca - Perfil Genético Básico - Biomol SC . . . . 153
Fator Reumatóide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
Doença de Charcot-Marie-Tooth 1ª – diagnóstico
Fenilalanina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181
molecular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
Fenitoína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181
Doença de Gaucher – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . 154
Fenobarbital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182
Doença de Hutington – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . 154
Fenol urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . 182
Doença de Kennedy – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . 154
Ferritina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
Drogas de abuso – triagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
Ferro Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184
DST - Painel Masculino Ampliado, PCR . . . . . . . . . . . . . . . 155
Fibrinogênio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184
DST - Painel Masculino Básico, PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . 156
Fibrose cística – pesquisa microbiológica . . . . . . . . . . . . . 185
DST - Painel Masculino Intermediário. . . . . . . . . . . . . . . . . 156
Fibrose cística – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . . . . . 185
Eletroforese de hemoglobina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156
Filária – pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186
Eletroforese de lipoproteínas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
Fluoretos / Flúor na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . 186
Eletroforese de proteínas séricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
Formoldeído . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186
Eletroforese de proteínas no LCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
Fosfatase ácida próstata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
Eletroforese de proteínas urinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
Fosfatase ácida total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
Enolase neurônio específica (ENS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
Fosfatase alcalina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188
Enterovírus - PCR Qualitativo - Biomol SC. . . . . . . . . . . . . 160
Fosfatase alcalina – frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188
Enzima conversora da angiotensina (ECA) . . . . . . . . . . . . . 161
Fosfatase alcalina – leucocitária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189
Eosinófilos - Pesquisa em Muco Nasal - Ver
Fosfolípides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189
Citograma Nasal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
Fósforo sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190
Epstein-Barr vírus – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
Fósforo urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190
Epstein-Barr vírus – Sorologia IgG e IgM . . . . . . . . . . . . . 162
Frutosamina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Frutose – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191
Hepatite B - anti HBs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224
Frutose – dosagem no esperma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
Hepatite B – HbsAg (antígeno de superfície do vírus da
FSH – hormônio folículo estimulante . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
Hepatite B) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224
FTA-ABS – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194
Hepatite B – Perfil Sorológico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
FTA-ABS – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194
Hepatite C – anti-HCV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
Gabapentina – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
Hepatite C – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
Galactosúria – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
Hepatite C – PCR quantitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
Gama-Glutamil-Transferase (Gama GT) . . . . . . . . . . . . . . 196
Hepatite C – Genotipagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227
Gasometria (arterial ou venosa) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
Hepatite D – IgG e IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227
Gastrina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
Hepatite E – anticorpos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 228
Gaucher - Doença de (N370s, L444P e R463C). . . . . . . . . . 198
Herpes Plus - (HHV - 1,2,3,4,5,6,8) Biomol . . . . . . . . . . . . 228
Glicose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
Herpes Simples - 1 e 2, Deter. + Genoti. - Biomol . . . . . . . . 229
Glico-Hemoglobina (ver Hemoglobina Glicada) . . . . . . . . 200
Herpes Simples I/II - IgG e/ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230
Glicose pós-prandial ou glicose potencializada . . . . . . . . . 200
Herpes Simples - PCR, Vírus 1 e 2 - Biomol SC . . . . . . . . . 230
Glicose 6-Fosfato Dehidrogenase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200
Herpes Tipo 6, PCR (HHV-6, Roseola), Biomol . . . . . . . . . 231
Glicose 6-Fosfato Dehidrogenase – mutação 202 (G6PD) . 201
Herpes Tipo 7, PCR (HHV-7, Roseola), Biomol SC . . . . . . 231
Glicosúria – pesquisa qualitativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
Herpes Tipo 8, PCR (HHV-8, Sarcoma de Kaposi) . . . . . . . 232
Glicosúria – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
Herpes Tipo 6 e 7, PCR (HHV-6,7, Roseola), Genotipagem
Globulina Transportadora de Hormônios Sexuais – SHBG . 202
Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232
Glucagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
Hexaclorociclohexano Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
Glutationa Peroxidase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
Hexosaminidase - A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
Glutationa Redutase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204
HGH – hormônio do crescimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
Gonadotrofina Coriônica Testicular . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204
Hidatidose – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
Gordura Fecal – pesquisa ou dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . 204
Hidroxiprolina total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
Haemophilus ducreyi – Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
Hipertensão - Perfil Genético Básico para Pré-disposição . . 236
Ham – teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206
Histona – anticorpos- anti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
Haptoglobina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206
Histoplasma capsulatum - Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
Helicobacter pylori – anticorpos IgG, IgA ou IgM . . . . . . 207
Histoplasmose - PCR - Qualitativo - Biomol SC . . . . . . . . . 237
Helicobacter pylori – PCR – RT qualitativo . . . . . . . . . . . 207
Histoplasmose – sorologia para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
Hemácias dismórficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
HIV-1, PCR Qualitativo (DNA Pró-Viral) - Biomol SC. . . . 238
Hematozoários – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
HIV – anticorpos anti (ver anticorpos anti-HIV I/II) . . . . . 238
Hemocromatose – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . . . . 208
HIV – anticorpos anti- confirmatório – Western Blot
Hemocultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
(ver anticorpos anti-HIV – confirmatório – Western Blot) . 238
Hemoglobina A2 (ver Eletroforese de hemoglobina) . . . . . 209
HIV – PCR carga viral (quantitativo) . . . . . . . . . . . . . . . . . 238
Hemoglobina fetal (ver Eletroforese de Hemoglobina) . . . . 209
HIV – teste de resistência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
Hemoglobina glicada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209
HLA-B27 – PCR Tempo Real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240
Hemoglobina H (ver Eletroforese de Hemoglobina) . . . . . 212
HOMA (avaliação de modelo homeostático) (BcC e %RI) 241
Hemoglobina S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212
Homocisteína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
Hemograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212
Homocisteína – após estímulo de metionina . . . . . . . . . . . 242
- Morfologia Eritrocitária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218
Homocisteína - Mutação do Gene A1298C - Biomol SC. . . 242
Hemossedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
Homocisteína, Gene da MTHFR - Mutação
Hemossiderina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
C667T e a 1298C - PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243
Hepatite A – IgG (HVA-IgG) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
HPV – papilomavírus humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243
Hepatite A – IgM (HVA-IgM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
HTLV I/II – anticorpos anti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244
Hepatite B – HbeAg . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221
HTLV I/II PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245
Hepatite B – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221
Identificação de helmintos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245
Hepatite B – PCR quantitativo (carga viral) . . . . . . . . . . . . 222
IgA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245
Hepatite B – anti-HBc-IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222
IgA salivar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247
Hepatite B – anti-HBc-IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
IgD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247
Hepatite B – anti-HBe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
IgE total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248
XI
GRUPO SÃO CAMILO
IgE específico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249
Líquido sinovial – rotina básica (LS) . . . . . . . . . . . . . . . . . 276
IgF-1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250
Liquor (LCR) – análise de rotina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 278
IgFBP-3 (proteína ligadora de IgF-1) . . . . . . . . . . . . . . . . . 251
Listeriose – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 279
IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252
Lítio – dosagem para controle terapêutico . . . . . . . . . . . . . 280
IgG – subclasses da – (IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4) . . . . . . . 253
LKM-1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253
Lyme (Borreliose) – anticorpos para doença de –
- Propriedades principais de cada classe de
IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
imunoglobulina e das sub-classes das IgG . . . . . . . . . . . . . 255
Maconha – pesquisa de (ver tetrahidrocanabinol ou
Imunocomplexos circulantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255
drogas de abuso) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282
Imunofixação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255
Macroprolactina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282
Inclusão citomegálica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 256
Magnésio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283
Influenza A (H1N1) - PCR Qualitativo - Biomol SC . . . . . . 256
Magnésio urinário – urina de 24 horas . . . . . . . . . . . . . . . . 283
Inibidor da C1 estearase – funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257
Magnésio urinário – amostra ao acaso . . . . . . . . . . . . . . . . 284
Inibidor da C1 estearase – quantitativa . . . . . . . . . . . . . . . . 258
Malária – pesquisa de antígeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 284
Inibina - A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258
Maloilaldeído . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285
Inibina - B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258
Manganês urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 285
Insulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259
Manganês sérico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 286
Interleucina 28B (IL28-B), Polimorf. - Biomol SC . . . . . . . 259
MCAD – diagnóstico molecular da mutação . . . . . . . . . . . 286
Isopropanol na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 260
MCAD - Mutação do Gene. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286
Isospora belli – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260
MCAD – neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287
Kleinhauer – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Melanina – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287
KPC, Detecção Molecular Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Mercúrio urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 288
Lactato ( ver ácido lático) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262
Metahemoglobina (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . 288
Lactose - Det. Genética da Intolerância - Biomol SC. . . . . . 262
Metanfetamina – pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289
Lactose - Asiáticos - Det. Genética da Intolerância -
Metanefrinas urinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289
Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262
Metanol urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 290
Lamotrigina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
Metiletilbutilacetona – urinária (ver Metiletilcetona) . . . . . 290
LDH (ver dehidrogenase lática) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
Metilenotetrahidrofolato redutase – mutação . . . . . . . . . . . 290
Legionella dumoffi – PCR – qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . 263
Metiletilcetona – urinária (Toxicologia Ocupacional) . . . . 291
Legionella pneumophilla – anticorpos – IgG . . . . . . . . . . . 264
Micetomas – pesquisa de (Teste Especial) . . . . . . . . . . . . . 291
Legionella pneumophilla – anticorpos – IgM . . . . . . . . . . . 264
Micológico (ver fungos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 292
Legionella pneumophilla – PCR qualitativo
Micoplasmas – antibiograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 292
(vide Legionella dumoffi) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265
Micoplasmas (Ureaplasma urealyticum,
Leishmaniose – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265
Mycoplasma hominis) – cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
Leishmaniose – sorologia IgG e IgM humanas . . . . . . . . . 265
Microalbuminúria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
Leptospira interrogans – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . 266
Mielograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294
Leptospirose – aglutinação microscópica . . . . . . . . . . . . . . 266
Mineralograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296
Leptospirose – pesquisa em líquidos biológicos . . . . . . . . 267
Mioglobina – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297
Leucócitos nas fezes, pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267
Mioglobina na urina – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297
Leveduras – pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268
Mononucleose – anticorpos heterófilos . . . . . . . . . . . . . . . . 298
LH- hormônio luteinizante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269
Morfologia Estrita dos Espermatozóides . . . . . . . . . . . . . . . 298
LH-RH teste de estímulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270
MRSA – qualitativo ou quantitativo (Staphylococcus
Licopeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271
aureus – resistente à Meticilina) PCR em tempo real . . . . . 299
Lipase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271
Mucopolissacaridose – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300
Lípides totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272
Mycobacterium tuberculosis – EIE anticorpos totais . . . . . 300
Lipoproteína (a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272
Mycobacterium Tuberculosis, PCR Qual. - Biomol. SC . . . 301
Líquido amniótico – espectrofotometria e outros testes
XII
. . 273
Mycoplasma genitalium – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . 302
Líquido amniótico – relação lecitina/esfingomielina . . . . . 273
Mycoplasma hominis – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . 302
Líquido ascítico – rotina básica (LAsc) . . . . . . . . . . . . . . . 274
Mycoplasma pneumoniae – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . 303
Líquido pleural – rotina básica (LP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275
Mycoplasma pneumoniae – sorologia IgG ou IgM . . . . . . 303
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Neisseria gonorrhoeae – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . 304
Prolactina – teste de estímulo com TRH . . . . . . . . . . . . . . 322
Níquel urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 304
Proteína C funcional (coagulação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322
Níquel sérico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . 305
Proteínas de Bence-Jones (ver Bence-Jones – proteínas) . . 323
N-Metilformamida na urina (Toxicologia Ocupacional) . . 305
Proteína S funcional (coagulação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323
Nucleossomo - Anticorpos Anti- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305
Proteína S - Livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323
Opiáceos – pesquisa (ver Drogas de abuso) – pesquisa . . . . 306
Proteína C Reativa – quantitativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324
Osmolalidade sérica ou urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306
Proteína C Reativa ultrassensível (ver PCR ultrassensível) . . 324
Osteocalcina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306
Proteínas total e frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324
Oxalatos (ver ácido oxálico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307
Proteinúria de 24 horas / de 12 horas / e ao caso . . . . . . . . 325
Oxazepan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307
Protoporfirina livre eritrocitária (Toxicologia
Oxcarbazepina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307
Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 326
Painel de trombofilia – ver itens isolados : Fator V de Leiden,
Protrombina – mutação G20210A – PCR qualitativa . . . . . 326
Mutação G20210A do gene da Protrom-bina e Mutação do
Prova de Gilbert (restrição calórica – teste de) . . . . . . . . . . 327
gene da Metilenotetrahidrofolato redutase . . . . . . . . . . . . . 308
PSA – antígeno prostático específico – total . . . . . . . . . . . 327
Painel ginecológico Ampliato (DSTs) HPV, Detecção e
PSA – livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328
Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neiseria gonorrhoeae,
Reabsorção tubular de fósforo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328
Herpes simplex 1 e 2; Mycoplasma genitalium; Ureaplasma
Renina plasmática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
urealyticum; Trichomonas vaginalis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308
Resistência globular à hemólise (ver curva de resistência
Painel ginecológico Básico (DSTs) HPV, Detecção e
à hemólise) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
Genotipagem; Chlamydia trachomatis;
Restrição calórica – teste de (ver Prova de Gilbert) . . . . . . 329
Neiseria gonorrhoeae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308
Reticulócitos – contagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
Para-aminofenol – urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . 308
Retração do coágulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330
Papilomavírus (ver HPV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309
Risco de cárie dentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330
Paracoccidioides (ver Blastomicose) . . . . . . . . . . . . . . . . . 309
Rotavírus – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331
Paratormônio – molécula intacta (PTH) . . . . . . . . . . . . . . . 309
Rubéola IgG avidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331
Parvovírus B19 – sorologia IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . 310
Rubéola - PCV Qualitativo - Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . 332
Parvovírus B19 – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 310
Rubéola – sorologia IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 332
Parietais – anticorpos anti- células . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311
Rubéola – sorologia IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333
Pasteurella Multocida, PCR Qualita., Biomol SC Novo . . . 311
Salmonella SPP - PCR Qualitativo - Biomol SC . . . . . . . . . 333
PCR – ultrassensível (PCRus) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 312
Salmonella typhi - PCR Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334
Pentaclorofenol (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . . 312
Sangue oculto humano – ac.monoclonais – EIE . . . . . . . . . 334
Peptídeo C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313
Sangue oculto humano – complexo HB – HP . . . . . . . . . . 334
pH fecal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313
Sangue oculto – teste químico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335
Piridinolina D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314
Sarampo IgG – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335
Plaquetas (inclui morfologia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
Sarampo IgM – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336
Plaquetograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
Sarcoptes scabiei – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336
Plasmodium – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316
Selênio na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 336
Pneumococos - Anticorpos - IgG (Streptococcus
Selênio no sangue (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 337
pneumoniae) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316
Serotonina na urina (ver Ácido 5-Hidroxiindolacético) . . . 337
Pneumocystis jirovesi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316
Serotonina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337
Pneumocystis jirovesi - PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . 317
Sexagem Fetal - Teste de Amostra Materna . . . . . . . . . . . . . 338
Porfobilinogênio – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317
Sézary - Células de - Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338
Porfobilinogênio – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318
SHBG (ver globulina transportadora de
Potássio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318
hormônios sexuais) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338
Potássio urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319
Síndrome de Gilbert – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . 338
Primidona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319
Síndrome de Turner – pesquisa de cromossomo Y . . . . . . . 339
Pro-BNP – Peptídeo Natriurético Cerebral . . . . . . . . . . . . . 319
Sirio Limus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339
Progesterona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320
Sódio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339
Prolactina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321
Sódio urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 340
Prolactina – macro (ver macroprolactina) . . . . . . . . . . . . . 322
Somatomedina C ( ver IgF-1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341
XIII
GRUPO SÃO CAMILO
XIV
Sub-classes de IgG (ver IgG subclasses) . . . . . . . . . . . . . . 341
Treponema – anticorpos - ELISA IgG ou IgM . . . . . . . . . 365
Substâncias redutoras nas fezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341
Trichomonas vaginalis - PCR Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . 365
Superóxido dismutase (SOD) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341
Triclorocompostos totais na urina
T3 – Triiodotironina total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342
(Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365
T3 – livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342
Tricograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 366
T4 – livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343
Triglicérides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 368
T4 – Neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343
Tripsina neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 370
T4- tiroxina total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344
Trombofilias - Painel Ampliado - PCR - Biomol SC . . . . . . 370
Tacrolimus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344
Trombofilias - Painel Básico - PCR - Biomol SC . . . . . . . . 371
TBG (globulina transportadora de tiroxina) . . . . . . . . . . . . 345
Trypanossoma cruzi – pesquisa direta . . . . . . . . . . . . . . . . 371
Tempo de lise das euglobulinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346
Troponina T ou I - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372
Tempo de protrombina automatizado (TP) . . . . . . . . . . . . . 346
TSH – neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372
Tempo de tromboplastina parcial ativado
TSH – ultrassensível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 373
(KPTT automatizado) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347
TSH – teste do estímulo com TRH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 374
Teofilina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348
Ureaplasma ssp – (ver Micoplasmas – cultura) . . . . . . . . . 374
Testes de estímulo (Ver Manual de coleta de
Ureaplasma SPP - PCR Qualitativo - Biomol SC. . . . . . . . . 374
materiais clínicos especiais do laboratório São Camilo,
Ureaplasma parvum ou U.urealyticum – PCR
a partir da página 55) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
qualitativo (vide item abaixo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375
Teste de paternidade (investigação de paternidade) . . . . . . 349
Ureaplasma urealyticum + U.parvum – PCR qualitativo . . 375
Testosterona livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350
Uréia sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375
Testosterona total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351
Uréia urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 376
Testosterona biodisponível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353
Uréia - teste de depuração (clearance) . . . . . . . . . . . . . . . . 376
Tetrahidrocanabinol – THC (metabólito da maconha) . . . . 354
Urina cultura + contagem de colônias + antibiograma
Tiocianato urinário (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . 355
(se necessário) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377
Tireoglobulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355
Urocitograma seriado (1 a 4 amostras) . . . . . . . . . . . . . . . . 377
Tirosinúria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 356
Varfarina - Sensibilidade a - Polimorfismos . . . . . . . . . . . . . 378
Toxocaríase – sorologia – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . 356
Varicella-zoster – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 378
Toxoplasmose – IgA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357
Varicella-zoster – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379
Toxoplasmose - IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357
Vasopressina - Hormônio anti-diurético . . . . . . . . . . . . . . . . 379
Toxoplasmose – IgG avidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359
VDRL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380
Toxoplasmose neonatal - IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359
Vigabatina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380
Toxoplasmose - PCR – qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360
Vitamina A (retinol) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380
TPO – anticorpos anti peroxidase tireoidiana
Vitamina B12 (cobalamina) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381
(ver anticorpos anti-peroxidase) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360
Vitamina C (ácido ascórbico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382
Trab – anticorpos anti-receptores de TSH . . . . . . . . . . . . . 360
Vitamina D – 1,25 dihidroxi ou Vitamina D 25-Hidroxi . . 383
Transglutaminase tecidual IgA ou IgG . . . . . . . . . . . . . . . . 361
Vitamina E (tocoferol) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 384
Transaminases glutâmico oxalacética (AST) e
Waaler Rose – teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 384
glutâmico pirúvica (ALT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 361
Weil Felix – Reação de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385
Transferrina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 363
Widal – Reação de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385
Translocação BCR-ABL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 364
X-Frágil - Pesquisa - MTP-PCR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 386
Translocação BCR-ABL-PCR (P210 - transcritos
Zinco sérico (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 386
b2as;b3a2). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 364
Zinco urinário (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 386
Treponema – IFI (ver FTA-ABS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365
Zinco – Protoporfirina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . 387
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Carrazza, F.R. e Andriolo, A. – Diagnóstico Laboratorial em Pediatria, 1ª Ed. Sarvier, São Paulo, 2000.
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Henry, J.B. – Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratórios, 20ª Ed., Manole, São Paulo,
2008.
Kaushanstky, K. et al.- Williams Hematology – 8ª Ed. – MacGraw Hill – Medical, New York – USA, 2010.
Lee, G.R. et al. Wintrobe – Hematologia Clínica, 9ª Ed., Ed. Manole, São Paulo, 1ª Ed. Brasileira, 1998.
Lopes, A.C. – Tratado de Clínica Médica, 1ª Ed. Roca, São Paulo, 2006.
Martins, N.V. – Patologia do Trato Genital Inferior, 1ª Ed. Roca, São Paulo, 2005.
Melmed, S. et al. – Wlliams Textbook of Endocrinology – 12ª Ed., Saunders-Elservier, Philadelphia-USA,
2011.
Murray, P.C. – Manual Clinical Microbiology, 9ª Ed. ASM Press, Washington, D.C., 2007.
Naoum, P.C. – Doenças que alteram os exames Laboratoriais, 1ª Ed., Atheneu, São Paulo, 2009.
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Pherson, Richard, A. and Pincus, Matthew, R. – Henry's – Clinical Diagnosis and Management by Laboratory
Methods – Elservier-Saunders, Philadelphia-USA, 2011.
Schor, N. e Heilger, I.P. – Calculose Renal – Fisiopatologia, Diagnóstico, Trata-mento, 1ª Ed. Sarvier, São
Paulo, 1995.
Soares, J.L.M.F. et al – Métodos Diagnósticos – 1ª Ed. Artmed, Porto Alegre, 2002.
XV
GRUPO SÃO CAMILO
Soldin, S.J. et al – Pediatric Reference Ranger - 2ª Ed. AACC Press, Washington, D.C., 1997.
Solomon, D. e Nayar R. – Sistema Bethesda para Citopatologia Cervicovaginal, Reinter, 2ª Ed. Rio de Janeiro,
2010.
Strasinger, S.K e Di Lorenzo, M.S. – Urinálise e Fluídos Corporais - 5ª Ed. Editora LPM, Rio de Janeiro, 2009.
WHO – Laboratory Manual for the Examination and processing of human sêmen, 5ª Ed., Washington, D.C.,
2010.
Young, D.S. editor - Effects of Drugs on Clinical Laboratory Tests, 4ª Ed., AACC Press, Washington, D.C.,
1995.
Williamson, Mary, A. and Snyder L. Michael – Wallch's Interpretation of Diagnostic Tests – 9ª Ed. LippincottWilliams and Wilkins, Philadelphia, 2011.
Xavier, Ricardo, M. et al – Laboratório na Prática Médica – 2ª Ed. Artmed, São Paulo, SP. 2010.
XVI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
1,25 - DIHIDROXI-VITAMINA D3 (ver Vitamina D)
_______________________________________________________________________________________
2,5 - HEXANODIONA NA URINA (Toxicologia Ocupacional)
Sinônimo mais comum: 2,5-Hex
Material e conservação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração.
Instruções para coleta: a amostra de urina deve ser coletada em sanitário afastado do local de trabalho ao final
da jornada. Não coletar na primeira jornada de trabalho, ou conforme orientação médica. Coletar em frasco
plástico fornecido pelo laboratório.
Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.
Método: cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência: IBMP: 5,0 mg/g de creatinina.
Interferências: falhas na conservação e coleta fora do local indicado.
Indicações: monitoração laboral da exposição ao n-hexano.
Informações importantes: se houver exposição concomitante ao tolueno o laboratório deve ser avisado, pois o
tolueno inibe a depuração renal da 2,1-hexanodiona. O 2,5-Hexanodiona é metabólito do n-hexano, da
metiletilcetona e da metil n-butilcetona.
_______________________________________________________________________________________
17 - OH-PREGNENOLONA
Sinônimo mais comum: Delta 5
Material e conservação para envio: 2 mL de soro a 2-8 C.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem colher
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração, ou 2 meses sob congelamento.
Método: Radioimunoensaio.
Valores de Referência: 1 mês a 1 ano.......................................... ...: 0,14 a 5,70 ng/mL
1 ano a 13 anos .........................................: 0,10 a 1,43 ng/mL
Fases da puberdade P2 a P3.................... ...: 0,20 a 2,51 ng/mL
Fases da puberdade P4 a P5.................... : 0,30 a 2,11 ng/mL
: 0,70 a 3,70 ng/mL
Adultos: Homens................................................... : 0,38 a 3,50 ng/mL
Mulheres................................................. : 0,31 a 3,80 ng/mL
Pós-menopausa....................................... : 0,18 a 0,50 ng/mL
Interferências: utilização de medicações que interferem na regulação da córtex adrenal.
Indicações: Para o estudo das deficiências das enzimas 17,20 desmolase e da 3-beta-ol desidrogenase.
Insuficiência suprarrenal primária. Sofre pouca ação do ACTH. Usada para o diagnóstico da hiperplasia adrenal
congênita. Aumenta muito nos casos de tumores virilizantes adrenais. Podem apresentar elevações moderadas
nos casos de Síndrome de Cushing, ACTH-dependente.
Informações importantes: informar a medicação atual, DUM, sexo e idade.
_______________________________________________________________________________________
17 - OH-PROGESTERONA
Sinônimo mais comum: 17-Alfa-Progesterona
1
GRUPO SÃO CAMILO
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Colher pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes devem colher imediatamente
antes da próxima mamada. Pode-se coletar amostra basal e após aplicação E.V. lenta de ACTH, geralmente após
60 minutos, ou conforme orientação do(a) médico(a)- assistente.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Radioimunoensaio.
Valores de Referência: Mulheres: Fase Folicular .............................: 0,11 a 1,08 ng/mL
Fase Luteínica.............................: 0,95 a 5,00 ng/mL
Menopausa .............................. : 0,20 a 1,72 ng/mL
Gravidez : 1° Trimestre ............................... : 2,50 a 9,78 ng/mL
2° Trimestre ................................: 3,40 a 8,50 ng/mL
3° Trimestre .............................. .: 4,33 a 18,86 ng/mL
Anticoncepção oral ................... .: 0,18 a 2,51 ng/mL
Homens: 20-59 anos ................................. .: 0,59 a 3,44 ng/mL
Valores pediátricos (em ng/mL):
Faixa etária
Homens
Mulheres
1 a 30 dias
0,53 – 1,86 0,17 – 2,04
1 a 6 meses 0,35 – 1,57 0,25 – 1,10
6 a 12 meses 0,06 – 0,40 0,05 – 0,47
1 a 3 anos
0,02 – 0,19 0,03 – 0,51
4 a 6 anos
0,01 – 0,34 0,04 – 0,44
7 a 9 anos
0,11 – 1,45 0,13 – 1,33
10 a 12 anos
0,11 – 1,34 0,13 – 1,33
13 a 18 anos
0,18 – 2,10 0,12 - 2,50
ng/mL x 3,03 = nmol/L
Valores Neonatais:
Peso ao nascimento em gramas
≤ 1249
1250 a 1749
1750 a 2249
≥ 2250
17-OH-Progesterona Neonatal
42 ng/mL
26 ng/mL
20 ng/mL
12 ng/mL
Interferências: Lipemia pode provocar diminuições dos resultados e gonadotrofinas podem elevar os níveis
hormonais.
Indicações: Diagnóstico de deficiência de 21-Hidroxilase, cujos valores podem alcançar níveis superiores a 100
ng/mL (Hiperplasia supra-renal).
Informações Importantes: informar medicação atual, sexo, DUM e idade.
_______________________________________________________________________________________
25 - OH-VITAMINA D (ver Vitamina D)
_______________________________________________________________________________________
3 - ALFA-DIOL-GLUCORONÍDEO
Sinônimo mais comum: 3-Alfa Androstenediol Glucuronide
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem colher imediatamente
antes da próxima mamada.
VI
2
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Radioimunoensaio.
Valores de Referência:
Homens: ........................................... 3,4 a 22 ng/mL
Mulheres: - Pré-menopausa: ........... 0,5 a 5,4 ng/mL
- Pós-menopausa: .......... 0,1 a 6,0 ng/mL
- Hirsutismo: ................. 1,3 a 9,4 ng/mL
Interferências: medicamentos a base de andrógenos ou anti-andrógenos.
Indicações: É um marcador da ação androgênica periférica. Está aumentado nas mulheres com hirsutismo e nas
que apresentam a Síndrome de Ovários Policísticos.
Informações importantes: informar a medicação atual, idade, sexo, DUM e mês de gestação.
_______________________________________________________________________________________
5-NUCLEOTIDASE
Sinônimo mais usado: ribonucleotídeo fosfo-hidrolase.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro não hemolisado, enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imedia-mente antes da
próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: cinético-enzimático.
Valores de Referência: até 9 UI/mL.
Interferências: Elevações: Ácido acetilsalicílico, asparaginase, drogas que causam colestase (vide em
Fosfatase Alcalina), hemólise. Diminuições: lipemia
Indicações:
5-Nucleotidase com níveis normais em concomitância a FAL elevada:
a) Crescimento da criança e puberal.
b) Idade avançada.
c) Gravidez.
d) Osteopatias.
5-Nucleotidase elevada e FAL elevada:
a) Quadros de colestases hepáticas: (o aumento da atividade destas enzimas pode anteceder a elevação das
bilirrubinas:
1) Câncer da cabeça do pâncreas,
2) Câncer da árvore biliar,
3) Cirrose biliar primária,
4) Colestase por hepatite viral.
Informações importantes: os níveis de 5-Nucleotidase costumam ser paralelos aos da Fosfatase Alcalina
nas enfermidades hepatobiliares, mas nas osteopatias esse paralelismo deixa de existir, com níveis mais
elevados da FAL.
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ACANTHAMOEBA SSP - CULTURA
Sinônimo mais usado: cultura de amebas.
Material e conservação para coleta: a coleta é sempre realizada pelo médico oftalmologista solicitante, sob
lâmpada de fenda. Com o olho afetado anestesiado, orientar o oftalmologista para coletar no mínimo dois swabs
sobre o local da lesão (ou locais das lesões). Introduzir imediatamente os swabs no meio de cultura de transporte,
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GRUPO SÃO CAMILO
ou colocar4 a 5 gotas de salina estélil no tubo de transporte dos swabs. Para Bacterioscopia, citologia e pesquisa
de Acanthamoeba ssp, e outros parasitas que podem causar lesões corneanas, solicitar que o material seja
coletado através de raspados da córnea, feitos com lâmina de bisturi (lâmina pequena), pelo médico
oftalmologista. O material assim obtido deve ser estendido gentilmente sobre uma ou mais lâminas de
microscopia seca e esterilizada com álcool a 95%. O raspado da córnea deve ser espalhado somente em torno do
ponto que tocou a lâmina, já que estando seca, propicia a sua aderência ao vidro. A partir do ponto inicial de
contato, espalhe, sem deixar o material se romper, de modo a formar uma área estendida, uniforme em espessura.
Em seguida coloque 1 a 2 gotas de salina estéril sobre o material clínico e cubra com uma lamínula de 22 X 22
mm. As lamínulas devem ser antecipadamente esterilizadas. Lacrar a lamínula com esmalte de unha para se
evitar dessecação. Transportar em porta lâminas a temperatura ambiente. Quando e pedido médico indicar
cultura para Acanthamoeba ssp, coletar o material clínico como acima, e transferi-lo a um frasco cônico tipo
Eppendorf, com 0,2 mL de salina estéril.
Instruções para coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra: 2 dias a temperatura ambiente.
Valores de Referência: ausência de crescimento de Acanthamoeba ssp.
Indicações: confirmar suspeita clínica de infecção corneana por Acanthamoeba ssp.
Informações importantes:
A - Parasitas que podem produzir ceratites ou úlceras de córnea:
Organismos
Encephalitizonn hellen
Nosema ssp
Vittaforma cornae
Microsporidium ssp
Clínica
Ceratoconjuntivites
e conjuntivites
Ceratite
Ceratite
Úlcera de córnea
Morfologia
2 a 2,5 x 1 µm - Tubo polar com 5 a 6 espirais
3 a 5 x 1 a 3 µm - Tubo polar com 6 a 12 espirais
3 a 4,6 x 1 µ - Tubo polar com 5 a 7 espirias
3,5 a 4,5 x 1 µm - Tubo polar com 11 a 23 espirais
B - Ameba (somente em exame a fresco em microscopia de fase)
Acanthamoeba ssp
Ceratite
10 a 12 µm
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ACETILCOLINA - ANTICORPOS ANTI-RECEPTOR DESinônimo mais usado: Anti-Receptor de Acetilcolina
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima
mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: inferior a 0,2 nmol/L
Interferências: lipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: resultados não reagentes possam ocorrer nas fases iniciais, nas formas leves o oculares da Miastenia
gravis. Estes auto-anticorpos do epítopo IgG estão relacionados com o prognóstico da doença, pois valores
elevados são encontrados nas formas mais graves da Miastenia. A sua presença é constante nas formas
hiperplásicas do timo e podem estar presentes no soro de RN de mães miastênicas. Em alguns casos grupos de
HLA, como B8, DW3 e HLA1 podem estar presentes nestes pacientes. Cerca de 25 a 45% dos pacientes podem
apresentar anticorpos anti-músculo estriado, incluindo nas formas com hiperplasia tímica.
Informações importantes: variações intra-pessoais são muito comuns nestes pacientes, pois o sistema
imunológico normalmente apresenta deficiências importantes.
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VI
4
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ACETONA NA URINA (Toxicologia ocupacional )
Sinônimo mais usado: acetonúria
Material e conservação para envio: urina pós-jornada, colocada em frasco cônico com tampa de rosca, de tal
forma cheio, a não deixar espaço vazio no frasco, sob refrigeração.
Volume mínimo de 50 a 100 mL.
Instruções para coleta: coletar amostra pós-jornada de pelo menos uma semana (anotar se o indivíduo é
diabético). Coletar em frasco cônico, fornecido pelo Laboratório São Camilo. Preencher o frasco totalmente, de
tal forma a não deixar espaço vazio. Fechar muito bem a tampa.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob congelamento ou 24 horas sob refrigeração.
Método: cromatografia em fase gasosa.
Valores de Referência: I.B.P.M. 50 mg/L (ACGIH 2003).
Interferências: falhas durante a conservação e transporte, principalmente por temperatura maior que a
recomendada ou presença de ar no frasco de transporte.
Indicações: monitoração laboratorial da exposição ocupacional à acetona ou isopropanol, geralmente por
inalação (meia-vida de 6 horas). Os efeitos deletérios advindos da toxicicidade afeta principalmente o sistema
nervoso central , podendo ainda causar bradicardia, hipotermia e broncoespasmo.
Informações importantes: local de trabalho e possíveis ocorrências anormais do contato.
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ÁCIDO 2-TIO-TIAZOLIDINA 4-CARBOXÍLICO
Sinônimo mais usado: TTCA, TIOTIA
Material e conservação para envio: 5º mL de urina recente sob refrigeração
Instruções para coleta: a amostra de urina deve ser coletada em sanitário afastado do local de trabalho, ao final
da jornada diária, após completada uma semana de jornada contínua.
Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.
Método: Cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência: I.B.P.M. 5,0 mg/g de creatinina.
Interações: densidade urinária baixa, por uso de diuréticos. Alguns pesquisadores solicitam aos colaboradores
não comerem couve-flor e/ou repolho pelo menos uma semana antes do exame.
Indicações: estudo dos níveis de intoxicação pela exposição ao Dissulfeto de Carbono.
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ÁCIDO 5-HIDROXINDOLACÉTICO
Sinônimo mais comum: 5 HIAA
Material e conservação para envio: coletar urina de 24 horas. Estocar na geladeira desde a primeira amostra
coletada, que serão estocadas, em conjunto sob refrigeração.
Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: paciente deverá se submeter a regime alimentar antes e durante a coleta da urina: a)
Realizar 3 dias de dieta isenta de doces, sorvetes, tomates, abacaxi, berinjela, nozes, chocolate, banana e outros
alimentos e ingredientes que contenham Vanilina (Baunilha). b) Estão proibidos o uso de cosméticos, café,
refrigerantes do tipo cola, bebidas alcoólicas e qualquer tipo de chá. c) A medicação atual deverá ser informada, para
posterior avaliação da Comissão de Controle de Qualidade, frente aos resultados obtidos, caso não seja possível
suspensão dos medicamentos em uso. São totalmente proibidos: os xaropes (que contenham guaiacol), Paracetamol ou acetominofen, corticosteróides sistêmicos ou tópicos, Imipramina, Isoniazida, Levodopa, Metildopa,
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GRUPO SÃO CAMILO
Metenamina ou Mandelamina, salicilatos ou ácido acetil salicílico, Guanetidina, Histamina, Lítio, derivados da
nitroglicerina, oxitetraciclina, fenolftaleína, Clonidina, Dissulfiran, Morfina e derivados opióides, Reserpina e
clofibrato. d) No quarto dia iniciar a coleta de urina de 24 horas, mantendo-se a dieta também neste dia.
Coleta de urina de 24 horas: Coletar em frascos próprios, limpos, sem qualquer resíduo químico ou orgânico.
Enviar alíquota de 200 mL da urina homogeneizada. Informar o volume total da amostra de 24 horas.
- Ao levantar desprezar toda a urina no vaso sanitário, anotar a hora desta micção.
- Guardar todas as micções obtidas no período de 24 horas, colocando-as nos frascos próprios, inclusive a
primeira urina da manhã seguinte, de deverá ser coletada no mesmo horário marcado como fim da primeira
micção do dia anterior.
- Todas as micções obtidas podem ser misturadas aos frascos que estão na geladeira. Estes frascos deverão estar
sempre muito bem tampados, e estocados sob refrigeração (2 a 8 C).
- Não encostar os genitais nos frascos de coleta. Se for necessário utilize um urinol bem limpo para proceder as
coletas, guardando as urina imediatamente nos frascos refrigerados.
Estabilidade da amostra: 4 dias sob refrigeração ou um mês sob congelamento.
Método: Espectrofotométrico - UV-VIS.
Valores de Referência: Normais : até 9 mg/24 horas.
Suspeito : 10 a 14 mg/24 horas.
Sugestivo : > 14 mg/24 horas.
Interferências: substâncias e medicamentos indicados nas Instruções de Coleta.
Indicações: Confirmação de casos de Síndrome Carcinóide, com ou sem tumoração. Há uma certa correlação
entre os níveis de 5 HIAA e a intensidade das metástases.
Informações importantes: informar a utilização dos medicamentos acima indicados.
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ÁCIDO CÍTRICO URINÁRIO
Sinônimo mais comum: citratúria.
Material e conservação para envio: urina de 24 horas, com alíquotas mantidas sob refrigeração todo o tempo de
coleta. Enviar alíquota de 200 mL da urina de 24 horas, bem homogeneizada. Informar o volume total de 24
horas. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas conforme instruções descritas no exame de 5 HIAA. Evitar o
uso de frutas cítricas no período de coleta.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração e 30 dias sob congelamento.
Método: espectrofotométrico.
Valores de Referência:
Valores segundo Ambulatório de Litíase Renal da EPM.
Até 4 anos
: 0,43 a 1,15 mmol/24 horas.
5 a 6 anos
: 0,67 a 1,39 mmol/24 horas.
7 a 8 anos
: 0,81 a 1,63 mmol/24 horas.
9 a 10 anos
: 0,91 a 1,87 mmol/24 horas.
11 a 12
: 1.06 a 5,28 mmol/24 horas.
Valores adultos : 1,20 a 5,28 mmol/24 horas.
Valores segundo Ambulatório de Litíase Renal da EPM.
Schor, N, et. al Calculose Renal, pq. 172 1995, Ed. Sarvier. SP.
Ambos os Sexos:
> 1,44 mmol/24 horas > 300mg/24 horas
Interferências: uso de diuréticos pode provocar baixos níveis de citratúria.
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Indicações: estudo dos casos de nefrolitíase de repetição, já que baixos níveis de Ácido Cítrico na urina
predispõe a produção de cálculos renais.
Informações importantes: Anotar a medicação em uso e idade.
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ÁCIDO CÍTRICO NO ESPERMA / CITRATO
Sinônimo mais usado: Citrato espermático
Material e conservação para envio: 2 mL de esperma sob refrigeração. Se somente este exame for realizado,
pode-se congelar o material até o momento de transporte, que será feito sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar o material pela manhã, através de masturbação, com abstinência sexual de 3 a 5
dias.
Estabilidade da amostra: 1 dia sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotométrico .
Valores de Referência: 3,0 a 6,8 mg/mL.
Interferências: Ingestão de frutas cítricas .
Indicações: O Ácido Cítrico é um marcador espermático, com produção principalmente prostática. Elevações
ocorrem em processos inflamatórios e/ou infecciosos da próstata.
Informações importantes: período de abstinência e medicação atual.
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ÁCIDO DELTA-AMINOLEVULÍNICO - ALA-U (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: ALA-U
Material e conservação para envio: coletar e enviar um mínimo de 100 mL de urina recente, que pode ser
coletada no início ou fim da jornada de trabalho, ou coletar os dois materiais. Acrescentar Ácido Acético 8M na
proporção de 10 mL do Ácido Acético para cada litro de urina coletada. Instruir o paciente sobre os cuidados que
deve ter ao manipular os frascos de coleta. O pH final deve ficar entre 4,0 a 4,5. Proteger da luz .
É recomendado que a monitoração se inicie após um mês de exposição de forma ininterrupta. Coletar em frasco
plástico fornecido pelo laboratório.
Instruções para coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra : até 5 dias sob refrigeração.
Método: Espectrofotometria UV/Vis.
Valores de Referência: Valores de Referência ................ .: 4,5 mg/ g de creatinina
I.B.P.M ..................................... .: 10,0 mg/ g de creatinina
Interferências: uso de medicamentos como cisplatina, penicilinas, glucosaminas e exposição à amônia.
Indicações: Monitoração de pacientes ou indivíduos expostos ao chumbo. O chumbo está presente nas
indústrias de extração do chumbo, na metalurgia, na fabricação de baterias automotivas, fábrica de tintas,
vernizes, esmaltes, pigmentos, fábrica de vidros, fotocopiadoras, fábrica de munições e fábrica de jóias.
Informações importantes: dados sobre atividade profissional do paciente, com tempo de exposição, quadro
clínico, etc .
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ÁCIDO DELTA-AMINOLEVULÍNICO DESIDRATASE – ATIVIDADE (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: ALA-D
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total heparinizado sob refrigeração.
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GRUPO SÃO CAMILO
Instruções para coleta: momento da coleta não é crítico, em qualquer hora do dia, desde que coletado a partir da
4ª semana seguida de exposição, sem afastamentos maiores que 4 dias. Transportar e conservar sob refrigeração.
Evitar ingestão de sorbitol durante a coleta. Proteger da luz.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria VIS-UV.
Valores de Referência: até 20U/L
I.B.P.M : nada consta.
Interferências: hemólise, ingestão de sorbitol, terapêutica com barbitúricos, clordiazepóxido, cloroquina,
diazepam, ergotamina, hormônios femininos, etanol, hidantoína e derivados de sulfa.
Indicações: a ALA-D é uma enzima que liga 2 moléculas de ALA em uma molécula de Por-fobilinogênio,
levando a síntese dos derivados porfirínicos, na síntese do heme. A ALA-D é inibida pelo chumbo, causando uma
elevação do ALA no quadro de saturnismo. Além da ALA-D outras enzimas são inibidas pela ação do chumbo,
como a coproporfirinogênio descarboxilase e a ferro-quelastase, elevando também os níveis do
coproporfirinogênio e da protoporfirina. Essas inibições ocorrem a partir da concentração de 35 mcg/dL de
chumbo no sangue. Pode ser utilizada no diagnóstico laboratorial de porfirias e no monitoramento da exposição
ocupacional e intoxicação por chumbo.
Informações importantes: medicação atual, utilização de sorbitol.
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ÁCIDO FENILGLIOXÍLICO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: PGA
Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina coletada no final da jornada, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar urina no final da jornada, após a primeira semana de trabalho sem interrupções.
Coletar em sanitário afastado do local de trabalho, em frasco plástico fornecido pelo Laboratório. Em alguns
casos pode-se fazer a diferença entre a amostra de pré e pós-jornada.
Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.
Método: Cromatografia em fase gasosa.
Valores de Referência: I.B.P.M. 240 mg/g de creatinina (NR-7,1994,MT/Br).
Interferências: coleta em local inadequado (próximo ao local de trabalho) e bebidas alcoólicas, que inibem o
metabolismo do estireno.
Indicações: É um indicador da exposição ao estireno acima dos Índices de Tolerância Biológica. O estireno é
utilizado nas indústrias que produzem polímeros plásticos, borrachas e resinas. Seu controle biológico deve-se
as suas ações hepatotóxica e neurotóxica. Durante o metabolismo hepático, formam-se dois metabólitos
principais que são o Ácido Mandélico (80 a 85%) e o Ácido Fenilglioxílico (10 a 15%).
Informações importantes: tempo de trabalho sem interrupções e uso de bebidas alcoólicas.
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ÁCIDO FÓLICO SÉRICO
Sinônimo mais usado: folato.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: Colher pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência.
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: Valores em ng/mL:
Faixas etárias
Até 10 anos
11 a 14 anos
15 a 19 anos
Adultos
Homens
7,2 a 22,0
1,5 a 11,0
1,2 a 18,0
3,1 a 20,5
Mulheres
1,7 a 22,0
1,0 a 10,0
1,2 a 17,0
3,1 a 20,5
ng/mL x 2,26 = nmol/L
Interferências: Hemólise produz resultados falsamente elevados. Contraceptivos orais podem produzir
resultados baixos. A dieta pode influenciar nos resultados, normalizando provisoriamente resultados em
pacientes deficientes. A acentuada ferropenia pode mascarar a folatopenia.
Indicações: Classificação do tipo de anemia megaloblástica.
Informações importantes: informar a medicação atual, principalmente a administração de folatos, ferro e
vitamina B12; idade e sexo.
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ÁCIDO FÓLICO HEMÁTICO
Sinônimo mais comum: folato hemático
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA. Enviar sob refrigeração. Manter papéis
separando o tubo com o sangue e o gelo renovável.
Instruções para coleta: colher pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração.
Método: Quimioluminescência.
Valores de referência: 126,0 a 651,1 ng/mL (para nível de confiança de 97,5%)
Interferências: vide exame anterior.
Indicações: deficiências de folato nas hemácias é o exame mais fiel da comprovação real da deficiência de
folatos ou deficiência real de Vitamina B12.
Informações importantes: estudo do metabolismo de pacientes com suspeita de anemia megaloblástica.
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ÁCIDO HIPÚRICO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: A.H.
Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina de final de jornada, sob refrigera-ção.
Instruções para coleta: coletar toda urina obtida no final da jornada, coletada em sanitário afastado do local de
trabalho, após a primeira semana de trabalho sem interrupções.
Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.
Método: Cromatografia em fase gasosa.
Valores de Referência: até 1,5 g/g de creatinina ( NR-7, 1994, MT/Br)
I.B.P.M. : 2,5 g/g de creatinina ( NR-7, 1994, MT/Br)
Interferências: dietas muito ricas em ácido benzóico: alimentos com conservante de benzoatos, como massa de
tomate, sucos engarrafados, mostarda, refrigerantes, algumas frutas. Substâncias que elevam os níveis de ácido
hipúrico: alguns antidepressivos, cocaína, dietilpropiona e femprobamato. Substâncias que diminuem os níveis
de ácido hipúrico: etanol, tabaco e paracetamol.
Indicações: apesar do ácido hipúrico ser um metabólito normal, é também o principal metabólito urinário do
tolueno, que é utilizado como solventes de borrachas, óleos e tintas, indicando a sua exposição acima dos limites
de tolerância biológica.
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GRUPO SÃO CAMILO
ÁCIDO HOMOGENTÍSICO – PESQUISA
Sinônimo mais comum: Alcaptonúria – pesquisa
Material e conservação para envio: urina coletada ao acaso. Enviar sob proteção da luz, sob refrigeração.
Evitar o contacto com o ar.
Instruções para coleta: preferencialmente pela manhã. Colocar a urina em frasco âmbar ou coberto com papel
alumínio ou preto, preenchendo totalmente o conteúdo do frasco, para se evitar ao máximo o contacto com o ar.
Paciente não pode estar utilizando uma série de medicamentos (vide Interferências).
Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração, sob proteção da luz e do contacto com o ar.
Método: Teste do Cloreto Férrico, Teste da redução do Nitrato de Prata amoniacal, ou Cromatografia de Camada
Delgada, da urina, com revelação com Nitrato de Prata.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: Elevações : Ácido Ascórbico, Ácido Gentísico, Salicilatos, Aspirina, L-Dopa, Levodopa,
Melanina e Metabólitos e Fenóis.
Indicações: diagnóstico diferencial de urina escura. Pacientes com deficiência da enzima Áci-do
Homogentísico Oxidase tem acúmulo deste ácido, o que resulta em urina escura e alcalina. Esta peculiariedade
ocorre desde o nascimento, mas os quadros de artrite e a ocronose vão se manifestar na idade adulta. Diagnóstico
de Alcaptonúria.
Informações importantes: informar medicação atual, hora da coleta e data do envio.
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ÁCIDO HOMOVANÍLICO – URINA DE 24 HORAS
Sinônimo mais comum: AHV
Material e conservação para coleta: urina de 24 horas . Coletar em frasco plástico fornecido pelo Laboratório,
contendo 20 mL de HCl 6N, sendo mantido sob refrigeração durante todo o período de coleta. Enviar alíquota de
200 mL da urina de 24 horas, bem homogeneizada, sob refrigeração. Informar o volume total da amostra de 24
horas.
Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, conforme orientação já descrita. Pedir para que o paciente não
toque com os genitais no frasco de coleta. Juntar todas micções em frasco fornecido pelo Laboratório, que serão
mantidas sob refrigeração.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração, com a urina com conservante.
Método: Cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência:
3 a 6 anos ................: 1,4 a 4,3 mg/24 horas.
6 a 10 anos ................: 2,1 a 4,7 mg/24 horas.
10 a 16 anos ................: 2,4 a 8,7 mg/24 horas.
Adultos ....................... : 1,4 a 8,8 mg/24 horas.
Interferências: principalmente descongestionantes nasais, metildopa, tetraciclina, aspirina, reserpina,
levodopa, piridoxina e broncodilatadores. Os mesmos alimentos que alteram o VMA ou o 5HIAA devem ser
evitados. Bebidas alcoólicas e drogas devem ser evitadas.
Indicações: Diagnóstico de Neuroblastoma, Feocromocitoma, Ganglioneuroblastomas e Síndrome de
Riley-Day.
Informações importantes: informar idade e medicação atual.
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ÁCIDO LÁTICO / LACTATO - PLASMÁTICO
Sinônimo mais comum: Lactato
Material e conservação para envio: 2 mL de plasma fluoretado, rigorosamente sem hemólise, enviar sob
refrigeração.
Instruções para coleta: O paciente deve repousar por pelo menos 30 minutos antes da coleta. O garroteamente
deverá ser muito breve. Evitar movimentos com a mão antes de durante a coleta de sangue. Separar o plasma
imediatamente. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração, ou 5 dias sob congelamento.
Método: Espectrofotometria enzimática .
Valores de Referência:
Valores de Adultos
Plasma
:
Venoso
Arterial
mg/dL
4,5 – 19,8
4,5 – 14,4
mmol/L
0,5 – 2,2
0,5 – 1,6
Valores Pediátricos plasma venoso
Faixas etárias
mg/dL
1 a 12 meses
10 – 21
1 a 7 anos
7 – 14
7 a 15 anos
5 – 11
mmol/L
1,1 – 2,3
0,8 – 1,5
0,6 – 1,2
Valores Pediátricos – plasma arterial
Faixas etárias
mg/dL
1 a 12 meses
6,0 – 13,0
1 a 7 anos
4,5 – 8,4
7 a 15 anos
3,0 - 7,0
mmol/L
0,66 – 1,44
0,50 – 0,93
0,30 – 0,80
Interferências: Medicamentos como: Anti-retrovirais, Biguamidas, Isoniazida e Nitroprussiato de Sódio.
Etanol e Tabaco.
Indicações: indicar a presença de hipóxia tecidual anaeróbica, determinar seus níveis e seguir ou monitorar os
efeitos terapêuticos. Diagnóstico diferencial da acidose metabólica. Casos do aumento do ânion-gap, que pode
estar aumentado devido à acidose láctica.
Informações importantes: informar medicação atual, idade e sexo.
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ÁCIDO LÁTICO – PROVA ISQUÊMICA
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de plasma fluoretado, de cada tempo de coleta, rigorosamente sem
hemólise, sob refrigeração. Deixar sob congelamento até o momento do envio.
Instruções para coleta: Deixar o paciente em repouso por pelo menos 5 minutos na própria cadeira de coleta.
Medir a pressão arteril e calcular a média aritmética das pressões sistólica e diastólica, no mesmo braço onde será
feita a coleta. Seguir as instruções abaixo:
1 - Soltar o ar do aparelho de pressão (ApP) e deixar o sangue circular livremente por 3 minutos.
2 - Aplicar um escalpe heparinizado em uma boa veia do antebraço a ser coletado.
3 - Coletar a amostra basal.
4 - Fechar o escalpe.
5 - Encher de ar o manguito do ApP e deixar na pressão arterial média, por 1 (um) minuto. Pedir para o paciente
11
GRUPO SÃO CAMILO
ficar abrindo e fechando a mão, cronometrando este tempo.
6 - Após este tempo de 1 minuto, coletar a 2ª amostra.
7 - Mantendo o exercício com a mão, coletar a 3ª, 4ª e 5ª amostras, respectivamente aos 3, 4 e 5 minutos após o
início do garroteamento.
8 - No final da prova: retirar o aparelho de pressão e o escalpe. Pressionar o local onde estava o escalpe por pelo
menos 3 minutos, para se evitar hematomas.
OBS.: se ocorrer dor, cãimbras ou forte sensação de formigamento, ou se o paciente parar o exercício por
não conseguir prosseguir, anote este tempo e encerre o teste.
Nota 1: casos de fragilidade capilar e/ou plaquetopenia, podem aparecer petéquias ou hematomas no antebraço.
Alertar os pacientes que neste teste podem aparecer pequenos extravasamentos de sangue, principalmente
no local da punção e que poderão levar por volta de até 10 dias para desaparecer.
Estabilidade da amostra: vide Ácido Lático.
Método: espectrofotometria enzimática.
Valores de Referência:
Coleta:
Basal
Após isquemia com exercícios (em
pelo menos um dos tempos)
mg/dL
4,5 – 19,8
13,5 – 27,0
mmol/L
0,5 – 2,2
1,5 – 3,0
Conversão: mg/dL x 0,1199 = mmol/L
Interferências: qualquer grau de hemólise e erros na conservação do material clínico.
Indicações: diagnóstico diferencial de miopatias e processos isquêmicos. O aumento do ácido lático será
proporcional ao quadro isquêmico envolvido.
Informações importantes: quadro clínico, medicações utilizadas.
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ÁCIDO MANDÉLICO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Ácido D-alfa-hidroxifenilacético.
Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina de final de jornada sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar o volume total de urina no final da jornada, após a primeira semana de jornada,
em sanitário afastado do local de trabalho. Coletar em frasco plástico fornecido pelo Laboratório. Manter sob
refrigeração.
Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.
Método: Cromatografia em fase gasosa.
Valores de Referência:
V.R não definidos pela NR-7, 1994, MT/Br.
I.B.P.M.: a) para estireno: 0,8 g/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)
b) etil-benzeno: 1,5 g/g de creatinina (NR-7,1994,MT/Br)
Interferências: etanol.
Indicações: tanto o estireno como o etil-benzeno são metabolisados no fígado, que produz dois metabólitos: o
ácido mandélico (85%) iniciando a eliminação urinária após 6 horas da exposição e o ácido fenilglioxílico
(15%), que inicia a sua excreção urinária após 15 horas da exposição. O ácido mandélico é um indicador mais
sensível que o ácido fenilglioxílico para a exposição ambiental.
VI
12
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Informações importantes: local de trabalho, tipo de exposição, tempo de exposição e uso de bebidas alcoólicas.
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ÁCIDO METIL-HIPÚRICO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: metil-hipurato
Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina de final de jornada, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar volume total da urina de final de jornada, após a primeira semana, em sanitário
afastado do local de trabalho.
Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.
Método: cromatografia em fase gasosa.
Valores de Referência: não definido pela NR-7, 1994, MT/Br.
I.B.P.M.: 1,5 g/ g de creatinina.
Interferências: etanol.
Indicações: o xileno e derivados são utilizados nas indústrias de tintas e agentes de limpeza. É utilizado com
indicador da exposição acima dos limites biológicos permitidos.
Informações importantes: local de trabalho, tipo de exposição, tempo de exposição e uso de bebidas alcoólicas.
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ÁCIDO OXÁLICO / OXALATO NA URINA DE 24 HORAS
Sinônimo mais comum: Oxalatúria.
Material de conservação para envio: Alíquota de 200 mL de urina de 24 horas. Enviar sob
refrigeração.Informar o volume total da amostra.
Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, juntando todas as micções em frasco plástico próprio ,
mantido sob refrigeração o período todo da coleta.
Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração.
Método: Espectrofotometria UV-VIS
Valores de Referência: até 40 mg/24 horas.
Interferências: Vitamina C até 48 horas antes da coleta deve ser evitada. Deve-se evitar também, limão, laranja,
tomate, acerola, abacaxi, morango, espinafre, gelatinas, medicamentos a base de cálcio, etc.
Indicações: Determinação de estados de hiperoxalatúria primários ou secundários. Níveis muito elevados
ocorrem na intoxicação crônica ou aguda com polietilenoglicol. Estudos de quadros metabólicos ligados à
nefrolitíase.
Informações importantes : informar medicação atual, idade e sexo.
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ÁCIDO PIRÚVICO SÉRICO
Sinônimo mais usado: piruvato
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima
mamada.
Estabilidade da amostra: soro: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação. refrigeração.
Método: espectrofotométrico.
Valores de Referência: 1 a 2 mg/dL
Interferências: a) variações fisiológicas: os valores do Ácido Pirúvico é mais elevado em crianças com menos de 10
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GRUPO SÃO CAMILO
anos. Durante a digestão os seus valores se elevam. Elevações podem ocorrer após esforço físico. O Ácido
Pirúvico é formado pela degradação da glicose. Após se transformar em ácido lático, sob anaerobiose, e em
acetilcoenzima A, sob aerobiose, pela ação da enzima descarboxilase que é catalisada pela Vitamina B1.
Assim, o Ácido Pirúvico sérico é uma forma indireta de avaliar os níveis de lactato e de vitamina B1.
b) Variações Patológicas: um aumento do ácido pirúvico ocorre nos quadros de hipovita-minose B1, que se
origina na carência nutricional, cirrose, malabsorção intestinal e alcoolismo. Na maioria dos casos
associados a acometimentos neurológicos. O ácido pirúvico também se eleva (hiperpiruvicemia) nos
casos de acidose diabética e vômitos acetônicos, uremia, diastrofias musculares, ICC, deficiência de
tiamina, anemia falciforme, neoplasias, principalmente pulmonares e hepáticas e embolia pulmonar.
Indicações: avaliação de estados nutricionais teciduais (e aporte de oxigênio em tecidos), de gravidade de
alterações circulatórias, estados de estresse oxidativo, etc., (vide Interferências).
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ÁCIDOS GRAXOS - PESQUISA NAS FEZES
Sinônimo mais usado: gorduras fecais.
Material e conservação para envio: 2 a 5 gramas de fezes recentes, coletadas após 3 dias sob regime de
gorduras, como segue abaixo. Refrigerar.
Instruções para coleta: coletar as primeiras fezes do dia, após 3 dias de regime normal, com 2 colheres de
sobremesa de manteiga em cada refeição.
Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração.
Método: coloração pelo Sudan III
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: regimes ricos em gorduras.
Indicações: avaliação de pacientes com malabsorção e diarreia crônica.
Informações importantes: medicação atual, principalmente as que alteram o trânsito intestinal.
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ÁCIDOS GRAXOS LIVRES (NEFA) SÉRICOS
Sinônimo mais usado: NEFA
Material e conservação para envio: 1 mL soro sem hemólise sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imeditamente antes da
próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico.
Valores de Referência: 0,09 a 0,6 mmol/L.
Interferências: Elevações: Catecolaminas, ACTH, cortidosteróides, Jejum prolongado, glucagon e Hormônio
do Crescimento. Diminuições: Insulina(ação lipolítica), ingestão hipercalórica e medicamentos, como ácido
acetilsalicílico, citratos, clofibratos, neomicina e propranolol.
Variações patológicas: Aumentos: diabetes mellitus, feocromocitoma, hipercorticismo e hiper-tireoidiano.
Diminuições: adenoma das ilhotas pancreáticas e hipotireoidismo.
Indicações: os NEFA, representam de 5 a 7% dos ácidos graxos totais em circulação. Os ácidos graxos livres são
transportados pela albumina e representa uma forma de reserva de lípides de rápida utilização.
Informações importantes: medicamentos atuais, tipo de regime e patologias associadas.
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VI
14
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ÁCIDOS ORGÂNICOS
Sinônimo mais usado: Estudos de acidemias
Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina recente sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar amostra ao acaso
Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.
Método: Cromatografia de massa.
Valores de Referência: a metodologia pesquisa os seguintes ácidos orgânicos: Ácido Acetoxiacético, Ácido
Adípico, Ácido Etilmalônico, Ácido Glutárico, Ácido-3-hidroxibutírico, Ácido-2-hidroxiglutárico, Ácido-2hidroxivalérico, Ácido-hidróxi-3-metilglutárico, Ácido hidroxifenil lático, Ácido hidroxifenil pirúvico, Ácido
cetoisocapróico, ácido cetoisovalérico, Ácido ceto 3-metilvalérico, Ácido lático, Ácido 3-metilglutárico, Ácido
metilmalônico, Ácido orótico, Ácido Sebácico, Ácido Subérico e Ácido Pirúvico.
Interferências: não há referências
Indicações: as acidemias ou distúrbios do metabolismo dos ácidos orgânicos formam um conjunto heterogêneo
de patologias metabólicas de fundo hereditário das vias metabólicas da degradação dos aminoácidos, ácidos
graxos e carbohidratos. São patologias de acúmulo de ácidos orgânicos e derivados, que ocorre no sangue, urina,
líquidos biológicos e principalmente tecidos. O aumentos das acilcarnitinas específicas são provenientes de
quadros de acidemias orgânicas por acúmulo de ésteres de Acil-CoA em nível de mitocôndrias. Essas alterações
podem ser detectadas pelo Perfil Tandem e confirmadas pelo perfil de Acilcarnitinas quantitativo, no período
Neonatal. As acidemias mais frequentes são a propiônica (Defici12 dependente), a isovalérica, a glutárica
(déficit de Desidrogenase Glutaril-CoA) e a deficiência da 3-OH-3-metilglutaril-CoA liase. Por outro lado, a
degradação dos aminoácidos isoleucina, valina, treonina, metionina e dos ácidos graxos de número ímpar de
carbonos e ainda da cadeia lateral do colesterol resulta na formação de propionil-CoA, que por sua vez é
convertido a metilmalonil-CoA, que são introduzidos no ciclo de Krebs e são fosforilados oxidativamente. Nas
Acidúrias propiônica e metilmalônica estes produtos acabam por se acumular no sangue periférico e
principalmente nos tecidos, sendo finalmente secretados em grandes concentrações na urina dos pacientes.
Essas patologias apresentam grande variabilidade de quadros clínicos e de severidade entre os pacientes.
Nas formas mais graves os sintomas já aparecem no período neonatal que podem ser como inapetência, vômitos,
hipotonia, letargia, convulsões, coma e morte súbita. Todos apresentam cetoacidose metabólica, hiperamonemia
e hipoglicemia. Aplasia medular pode ocorrem em mais de 50% dos casos. Mesmo pacientes em tratamento
podem ter recaídas em quadros infecciosos e patologias gastrointestinais. Os sintomas são anorexia, hipotonia,
vômitos, convulsões e retardo do desenvolvimento. Quadros leves podem cursar sub-clinicamente até um
episódio súbito por quadro infeccioso. (Bibliografia-DLE).
Informações importantes: suspeita e quadro clínico.
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ÁCIDO TRANS-TRANS-MUCÔNICO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: ATTM
Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina pós-jornada, sob refrigeração.
Instruções para coleta: uma amostra de urina pós-jornada de trabalho, coletada após um mínimo de dois dias
seguidos de exposição. A portaria 34 de 20-12-2001 recomenda a coleta da urina a partir do terceiro dia seguido
de exposição. Coletar em frasco fornecido pelo Laboratório.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: HPLC
Valores de Referência 0,5 mg/g de creatinina (ACGIH/BEI)
A NR-7, 1994, MT/Br não contempla VR, segundo a portaria n° 34 de 20-12-2001. O
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GRUPO SÃO CAMILO
valor de 1,6 mg/g de creatinina correlaciona-se com uma exposição ocupacional de 1 ppm de benzeno.
Interferências: sorbitol (como aditivo de alimentos) e tabaco, que diminuem os níveis do ácido na urina.
Indicações: a determinação do ácido trans-trans-mucônico na urina é recomendado como indicador biológico
da exposição a baixas concentrações de benzeno, sendo muito mais sensível que o fenol como indicador desta
exposição.
Informações importantes: local de trabalho, uso de sorbitol como aditivo alimentar, tipo de exposição, tempo
de exposição e hábito do tabagismo.
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ÁCIDO TRICLORACÉTICO (Toxicologia ocupacional )
Sinônimo mais usado: TCA
Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina pós jornada sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar todo o volume de urina em sanitário afastado do local de trabalho ao final da
última jornada da semana. Manter sob refrigeração.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: espectroscopia UV-VIS.
Valores de Referência: Não definido pela NR-7, 1994, MT/Br
I.B.P.M. 3,5 mg/L
Interferências: fenobarbital.
Indicações: Indicador da exposição ao tetracloetileno, tricloroetileno, tricloroetano e hidrato de cloral acima do
limite de tolerância biológica.
Informações importantes: local de trabalho, tipo de exposição, tempo de exposição e uso terapêutico de
fenobarbital.
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ÁCIDO ÚRICO SÉRICO
Sinônimo mais comum: Uricosemia.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotométrico enzimático automatizado.
Valores de Referência: mcmol/L = mg/dL x 59,5
Valores em mg/dL
Faixa etária
Masculino
Feminino
0 a 12 meses
1,7 a 7,9
1,9 a 7,9
1 a 4 anos
2,2 a 5,7
1,7 a 5,1
5 a 11 anos
3,0 a 6,4
3,0 a 6,4
12 a 14 anos
3,2 a 7,4
3,2 a 6,1
15 a 17 anos
4,5 a 8,1
3,2 a 6,4
17 a 59 anos
3,7 a 9,2
3,1 a 7,8
60 a 69 anos
3,7 a 8,1
1,2 a 6,5
70 a 79 anos
3,4 a 8,1
3,4 a 9,2
80 a 89 anos
3,0 a 8,7
2,7 a 8,1
= ou > 90 anos
3,0 a 9,0
2,8 a 8,5
VI
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: Elevações: diuréticos em geral, Adrenalina, Noradrenalina, Salicilatos, Ácido Nicotínico,
Corticosteróides, agentes anti-neoplásicos, Triptofano (V.O.), Ácido Ascórbico, Metildopa e Metabólitos da
Cafeína. Diminuições: corticotrofina, Azatioprina, Ácido Etacrínico e Diuréticos mercuriais.
Indicações: Gota e outros estados de Hiperuricemia, como nas Nefrolitíase, Insuficiência Renal, Neoplasias e
doenças linfoproliferativas, toxemia gravídica e psoríase. Diabetes, Acromegalia e Sarcoidose. Pode haver
diminuições da uricemia nas Síndromes de Fanconi e Wilson.
Informações importantes:informar a medicação atual e doenças atuais.
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ÁCIDO URICO NA URINA DE 24 HORAS OU AO ACASO
Sinônimo mais comum: uricosúria
Material e conservação para envio: Alíquota de 200 ml de urina de 24 horas, sob refrigeração. Informar o
volume total da amostra coletada. Enviar sob refrigeração. Para urina ao acaso, coletar mínimo de 50 mL de urina
recente, sem horário crítico para a coleta.
Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, juntando as micções em frasco próprio, mantidas sob
refrigeração. Para urina ao acaso, vide item anterior.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico enzimático automatizado.
Valores de Referência: em mg/24 horas:
Valores para adultos:
Com dieta protéica normal
Com dieta pobre em purinas
250 – 750
< 600
Faixa etária
Pré-escolar (0 a 5 anos)
Escolar (6 a 10 anos)
Adolescentes (11 a 18 anos)
Valor médio
615
580
430
Valores Pediátricos:
Variação
32 – 1225
60 – 800
65 – 610
Urina ao acaso: 30 a 125 mg/L.
Interferências: vide Ácido Úrico sérico.
Indicações: vide Ácido Úrico sérico.
Informações importantes: medicação atual, informar volume total da urina de 24 horas.
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ÁCIDO URICO NO LÍQUIDO SINOVIAL
Sinônimo mais comum : Material e conservação para envio: Líquido sinovial enviado colhido pelo(a) médico(a) – assistente. Pode ser
enviado na seringa de coleta, com agulha lacrada com rolha de borracha , sob refrigeração .
Instruções para coleta: material enviado colhido.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria enzimática automatizada.
Valores de referência: 85 a 90 % dos valores séricos. Recomenda-se ensaiar uma amostra sérica
concomitantemente ao teste do líquido sinovial.
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GRUPO SÃO CAMILO
Interferências: vide Ácido Úrico sérico.
Indicações: Artrite gotosa, diagnóstico diferencial com pseudo-gota.
Informações importantes: informar medicação atual.
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ÁCIDO ÚRICO – PESQUIDA DE CRISTAIS DE
Sinônimo mais comum: Material e conservação para envio: líquido sinovial enviado colhido pelo(a) médico(a) – assistente. Enviar na
própria seringa com agulha lacrada com rolha de borracha. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: material enviado colhido.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.
Método: microscopia de fase com luz polarizada.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: Não há referências.
Indicações: Atrite gotosa, diagnóstico diferencial com pseudo-gota.
Informações importantes: informar medicação atual e quadros de artrite anteriores.
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ÁCIDO VALPRÓICO
Sinônimo mais comum: valproato de sódio.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. O melhor momento de coleta pode ser o imediatamente antes da
próxima dose, ou conforme orientação do(a) médico(a) – assistente. Pode-se coletar uma amostra no vale e/ou no
pico. O pico sérico ocorre entre 1 a 8 horas dependendo da apresentação farmacêutica. A meia-vida varia de 6 a
16 horas. O equilíbrio terapêutico ocorre após 2 a 3 dias de tratamento V.O..
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Valores de Referência: Concentração terapêutica mínima
: 50 µg/mL
Concentração terapêutica eficaz
: 50 a 100 µg/mL
Concentração potencialmente tóxica : > 100 µg/mL
Interferências: Interações com outras drogas anti-convulsivantes. Hiperlipemia.
Indicações: Monitoração de crises mal controladas e casos de intoxicação medicamentosa.
Informações importantes: toda a medicação atual. Nome do medicamento anti-convulsivante com Ácido
Valpróico, dia e hora da última dose, concentração da dose tomada.
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ÁCIDO VANILMANDÉLICO
Sinônimo mais usado: VMA
Material e conservação para envio: Urina de 24 horas, com HCl a 50% : adultos : 20 mL por litro de urina
coletada e, crianças: 10 mL por litro de urina coletada. ATENÇÃO LÍQUIDO CORROSIVO – não deixar ao
alcance de crianças e tomar cuidado para não encostar na pele durante a coleta. Refrigerar durante a coleta de 24
horas. Enviar sob refrigeração, alíquota de 200 mL, homogeneizada, da urina de 24 horas. Anotar o volume total
de 24 horas.
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Instruções para coleta: seguir instruções para coleta de 24 horas. Vide Material e conservação para envio.
Anotar hora do início e do fim da coleta. Paciente deve se submeter à dieta abaixo e ficar, sob conhecimento
médico, pelo menos 7 dias sem medicação (vide abaixo), antes de iniciar a coleta.
Estabilidade da amostra: com conservante ácido até 20 dias sob refrigeração.
Método: HPLC
Valores de Referência: Crianças
: ......... até 12 mg/24 horas
Adultos
: ...........até 8 mg/24 horas
Interferências:
Alimentares: elevações: chás, café, chocolate, baunilha/vanilina, banana, abacaxi, sucos de frutas, sorvetes e
refrigerantes.
Medicamentos: a) elevações: alfa-bloqueadores, antagonistas do cálcio, antidepressivos, anti-histamínicos,
anti-psicóticos, beta-bloqueadores, drogas com ação semelhante às catecolaminas,
diuréticos, inibidores da MAO, estimulantes, simpaticomiméticos, vasodilatadores,
algumas drogas, como cocaína, morfina, etc.
b) diminuições: anti-hipertensivos, agonistas dopaminérgicos, anti-psicóticos como
haloperidol, dissulfiram e metirosina.
Indicações: sendo o principal metabólito das catecolaminas (epinefrina e norepinefrina), encontra-se elevado
nos quadros com produção patológica das catecolaminas, como no Feocromocitoma, Ganglioneuroblastoma,
Neuroblastoma e Ganglioneuroma. É menos sensível que a dosagem das metanefrinas.
Informações importantes: medicamentos de uso contínuo e dieta recomendada.
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ACONDROPLASIA – DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Sinônimo mais usado: Estudo genético para Acondroplasia
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total de EDTA, coletado e mantido esterilmente, a
temperatura ambiente. Coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.
Método: PCR
Valores de Referência: ausência das mutações.
Interferências: hemólise.
Indicações: diagnóstico molecular das mutações G1138A e G1138C para Acondroplasia.
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
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ACTH
Sinônimo mais comum: Hormônio Adrenocorticotrófico
Material e conservação para envio: 1 mL de plasma de EDTA. Congelar o mais rapidamente possível. Enviar
congelado.
Instruções para coleta: Colher entre 6 e 8 horas da manhã (níveis máximos) ou às 16:00 horas (segundo pico do
dia) ou às 22:00 e às 2:00 horas (níveis mínimos). O paciente deverá repousar por 30 minutos antes da coleta.
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GRUPO SÃO CAMILO
Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Radioimunoensaio.
Valores de Referência: adultos e crianças :
8 horas : até 46 pg/mL.
16 horas : até 25 pg/mL.
23 horas : até 17 pg/mL.
Interferências: Elevações: Insulina, Levodopa, Metapirona, Vasopressina e Pirogênios. Diminuições:
Dexametasona.
Indicações: Teste de Estímulo do ACTH com Propranolol e testes de supressão com Dexametasona para ACTH
e Cortisol.
Informações importantes: informar a medicação atual.
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ACTINA - AUTOANTICORPOS ANTISinônimo mais usado: anti-Actina
Material e conservação para envio: 1 mL soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima
mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente
Interferências: Lipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: esses anticorpos podem estar presentes em pacientes portadores de Hepatite auto-imune do tipo I. A
actina em sua sub-unidade F-actina é um derivado do músculo liso. Esses anticorpos apresentam especificidade
para o componente actina do citoesqueleto e podem ser encontrados, por imunofluorescência de tecidos de ratos,
como fígado, estômago e rins. Os anticorpos anti-actina são encontrados em 50 a 85% dos pacientes com
Hepatite Auto-Imune (HAI) ou hepatite crônica ativa (HCA) e em aproximadamente 25% dos pacientes com
cirrose biliar primária (CBP). Anticorpos anti-actina podem ser detectados, em títulos baixos em até 20% da
população normal. É mais sensível e específico que os anticorpos anti-músculo liso para o diagnóstico de HAI.
Outra indicação deste exame é que cerca de 20% dos pacientes com HAI e anticorpos anti-actina não respondem
a corticoidoterapia.
Informações importantes: exames anteriores, quadro clínico e medicação atual.
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ADENOSINA DEAMINASE
Sinônimo mais comum: ADA
Material e conservação para envio: 2 mL do material coletado. (LCR, outros líquidos Biológicos). Enviar sob
refrigeração.
Instruções para coleta: Material coletado pelo(a) médico(a) - assistente. Pode ser recebido na própria seringa ,
com agulha lacrada com tampa de borracha.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. LCR pode ser congelado por até 2 meses.
Método: espectrofotométrico.
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: Sugestivo para tuberculose :
LCR ................................... : < 5 UI/L.
Liquido Plural ..................... : < 4 UI/L.
Outros líquidos................... : > 40 UI/L
Interferências: não há referências.
Indicações: A ADA é uma enzima que acelera a transformação blástica de linfócitos e macrófagos durante uma
reação imunológica. Valores elevados sugerem etiologia tuberculosa na formação ou coleção líquida com
sensibilidade de 100% e especificidade de 92% . Altos valores podem aparecer nas fases iniciais da AIDS.
Informações importantes: informar a medicação atual e quadro clínico. Não esquecer de informar o material
coletado.
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ADENOVÍRUS – PESQUISA – PCR / AGLUTINAÇÃO
Sinônimo mais usado: adenovírus por PCR
Material e conservação para envio: 3 mL de plasma de EDTA ou lavado brônquico, coletado pelo(a)
médico(a)-assistente, separados esterilmente, congelados imediatamente após a separação. Enviar sob
refrigeração. Para as fezes: coletar pelo menos 5 gramas de fezes, colocar no frasco de conservação.
Instruções para coleta: sangue: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Coleta médica para o
lavado brônquico.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento.
Método: PCR. Para as fezes a metodologia é a aglutinação com partículas de látex.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: contaminações durante a coleta ou separação dos materiais.
Indicações: Os adenovírus são responsáveis por quadros infecciosos geralmente inaparentes ou benignos,
comprometendo as mucosas dos olhos e do aparelho respiratório. Raramente atinge os tratos cardíacos, renais ou
hepáticos. O quadro ocular se manifesta principalmente por conjuntivite aguda, geralmente acompanhada de
faringite viral ou de forma epidêmica, pelo vírus tipo 8. Os quadros geralmente são agudos, febris, podendo se
desenvolver pneumonias e broncopneumonias. Quadros de diarréia podem ser concomitantes aos quadros
oculares ou respiratórios . Os testes para fezes geralmente são feitos com aglutinação do látex.
Informações importantes: medicação atual, quadros virais .
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ADENOVÍRUS – PESQUISA NAS FEZES
Sinônimo mais usado: Adenovírus nas fezes.
Material e conservação para envio: fezes recentes, sob refrigeração.
Instruções para coleta: as amostras devem ser coletadas, aleatoriamente, assim que os sinto-mas se iniciarem.
A quantidade de partículas virais vão diminuindo a partir do 8º dias de doen-ça, diminuindo a sensibilidade do
teste.
Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração, estando o frasco muito bem tampado pa-ra se evitar
evaporação e dessecação das fezes.
Método: imunocromatografia, com anticorpos monoclonais, contra antígeno Hexon, presente em todos os
subtipos de adenovírus.
Valores de Referência: teste negativo.
Interferências: número de cópias de vírus. Um resultado negativo não exclui uma possível in-fecção pelo vírus.
Indicações: A adenovirose é a segunda causa gastroenterites de origem viral em crianças (varia de 10 a 15%),
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GRUPO SÃO CAMILO
podendo ainda causar doenças respiratórias, diarreia, conjuntivite, cistite, etc. Já foram identificados 47
sorotipos de adenovírus, todos com o antígeno hexon. Os sorotipos mais frequentes, causadores de
gastroenterites são 40 e 41. Os principais sintomas são a diarreia, febre e vômitos, geralmente ocorrendo entre o
9º e o 12º dia após o contágio.
Informações importantes: tempo do aparecimento dos sintomas e medicação atual.
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ADENOVÍRUS – SOROLOGIA – ANTICORPOS IgG
Sinônimo mais usado: Adenovírus – IgG
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: adultos podem coletar em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.
Método: Enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Reagente:.................... superior a 1,1 (Índice)
Não Reagente:............. inferior a 0,9 (Índice)
Indeterminado:............ 0,9 a 1,1 (Índice)
Interferências: Lipemia e terapia com corticosteroides.
Indicações: estudo das infecções por adenovírus. Exames com resultados indeterminados devem ser repetidos,
com nova coleta, de 7 a 15 dias após o primeiro ensaio.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.
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ADENOVÍRUS – SOROLOGIA – ANTICORPOS IgM
Sinônimo mais usado: Adenovírus – IgM
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: adultos podem coletar em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio
Valores de Referência: Reagente:..................... superior a 1,1 (Índice)
Não Reagente:............. inferior a 0,9 (Índice)
Indeterminado: ............ 0,9 a 1,1 (Índice)
Interferências: Lipemia e terapia com corticosteroides.
Indicações: estudos de casos agudos de infecção por adenovírus.
Informações importantes: quadro clínico, tempo de doença e medicação atual.
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AGLUTININAS ABO
Sinônimo mais usado: iso-hemaglutininas
Material e conservação para envio: 2 mL de sangue total em EDTA e 2 mL de soro, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes pode coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
VI
22
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Estabilidade da amostra: Sangue Total em EDTA: 5 dias sob refrigeração; soro: 2 meses sob congelação ou 20
dias sob refrigeração.
Método: micro-hemaglutinação.
Valores de Referência: Isoaglutinina A : 1/16 a 1/32.
Isoaglutinina B : 1/16 a 1/32.
Interferências: transfusões sanguíneas e baixa idade.
Indicações: imunidade humoral. Pacientes que já se alimentam de cereais e leguminosas apresentam níveis
superiores a 1/16 para isoaglutininas A ou B , ou ainda A e B.
Informações importantes: idade correta do paciente, sexo, medicação atual, etc.
_______________________________________________________________________________________
ALBUMINA SÉRICA
Sinônimo mais comum: Albuminemia
Material e conservação para envio: 1 ml de soro enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: colher pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotométrico automatizado.
Valores de Referência:
Valores pediátricos (g/dL):
Neonatos
2,6 – 4,4
6 meses a 3 anos
2,9 – 4,8
3 a 9 anos
4,1 – 5,2
10 a 17 anos
4,0 – 5,4
Até 59 anos
3,4 – 5,4
60 – 69 anos
3,6 – 4,5
70 a 79 anos
3,6 – 4,5
80 a 95 anos
3,5 – 4,3
Valores para adultos (g/dL):
Interferências: Elevações: Ampicilina , Heparina sódica, Fenazopiridina e Lipemias.
Diminuições: Estrógenos, anticoncepcionais orais, Penicilina, Cefalotina, Aspirina, Sulfonamídicos e
Hiperbilirrubinemia.
Informações importantes: informar medicação atual.
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ALANINA AMINOTRANSFERASE – ALT (TGP) (ver Transaminases)
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ALDOLASE
Sinônimo mais comum: ALD
Material e conservação para envio: 1 ml de soro, enviado sob refrigeração.
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GRUPO SÃO CAMILO
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Espectrofotométrico enzimático.
Valores de Referência: Adultos : até 7,6 U/L
Crianças : RN .....................:até 19,6 U/L
10 a 24 meses......: 3,4 a 11,8 U/L
2 a 16 anos........: 1,5 a 8,8 U/L
Interferências: Elevações: Ácido Épsilon Aminocapróico, Inseticidas Órgano-Clorados e Órgano-Fosforados,
Clofibrato, Tiabenzadol, infecções intra-musculares e quadros de hemólise.
Indicações: Diagnóstico e seguimento das miopatias, como na distrofia muscular progressiva e
dermatopolimiosites. Há elevações em casos de infartos do miocárdio, hepatopatias e algumas neoplasias, como
carcinoma de próstata, carcinoma mestastático de fígado, etc. Patologias hematológicas, como anemia
megaloblástica e crise da anemia falciforme.
Informações importantes: informar medicação atual, sexo, idade .
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ALDOSTERONA SÉRICA
Sinônimo mais utilizado: Mineralocorticóide.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 8 horas. Lactentes poderão coletar
imediatamente antes da próxima mamada. O exame poderá ser feito sob as seguintes condições:
a) Dieta normossódica: 2 horas após posição ortostática ou em repouso absoluto de pelo menos 4 horas.
b) Dieta Hipersódica: teste de supressão.
c) Dieta Hipossódica: teste de estímulo.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzima Imunoensaio.
Valores de Referência: Para dieta normossódica :
Em ng/dL:
em pé:
em repouso:
4,0 – 31,0
1,0 – 16,0
Interferências: Elevações: Angiotensina, Furosemide, uso crônico de laxantes que provocam perda de Sódio,
anticoncepcionais orais, restrição de sódio e potássio e uso de Espirolactona. Diminuições: Corticosteróides,
infusão EV de solução fisiológica e uso crônico de Salasarina.
Indicações: Diagnóstico e seguimentos de casos de Hiperaldosteronismo Primário (Síndrome de ConnAdenoma secretor), Hiperaldosteronismo Pseudoprimário (Síndrome Suprarrenal Bilateral) e
Hiperaldosteronismo Secundário. Deficiências sem hipertensão, como Doença de Addison e outras formas de
Hipoaldosteronismo. Deficiências com Hipertensão, com Hipersecreção de Desoxicorticosterona, Diabetes, etc.
Informações importantes: informar a medicação atual, informar o tipo de dieta sódica, como normal, rica ou
pobre em sal (Uma dieta normal , para 2000 Kcal. Diárias, segundo a OMS, contém 2,35 g de sódio ou 6,0 g de
NaCl). Informar a forma de preparo do paciente, se coletou em pé ou deitado, o tempo de preparo e se há e qual é a
patologia associada.
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VI
24
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ALDOSTERONA URINÁRIA
Sinônimo mais comum: Mineralocorticóide urinário.
Material e conservação para envio: urina de 24 horas. Usar 20 mL /L de Ácido Acético 8 M, manter sob
refrigeração. Enviar alíquota de 200 mL da urina de 24 horas. Homogeneizar bem antes de medir o volume total,
que deve ser informado.
Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, em frasco plástico próprio, reunindo as micções em um
mesmo recipiente, mantido sob refrigeração. Não fornecer o conservante ao paciente. Este deverá ser colocado
na urina no momento que chegar ao laboratório apoiado. Como o Ácido Acético é controlado pela Polícia
Federal, os laboratórios que não tem acesso ao produto, deverão estocar, sob refrigeração a urina, e envia-la o
mais breve possível ao Laboratório São Camilo. Informar o tipo de dieta salina, se normal, hipo ou hipersódica.
Informar o volume total da amostra de urina de 24 horas.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: Enzima Imunoensaio.
Valores de Referência :
tipo de dieta salina
em mcg/24 horas
Dieta Hipossódica
17,0 – 44,0
Dieta Hipersódica
Até 6,0
Dieta Normossódica
6,0 – 25,0
Interferências: vide Aldosterona Sérica.
Informações importantes: vide Aldosterona Sérica.
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ALFA FETOPROTEÍNA
Sinônimo mais comum: AFP
Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar o sangue
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência automatizada.
Valores de Referência: Adultos (masculino e feminino): inferior a 8,4 ng/mL
Valores Pediátricos em ng/mL
Faixa Etária
Gestantes
Masculino
Feminino
0,49 a 13.343,00
0,49 a 16.672,00
1 a 12 meses
0,49 a 23,4
1 a
3 anos
0,49 a
4 a
6 anos
0 a
1 mês
Semanas
Valores de Referencia
6ª a 12ª
1,0 a
25,0
0,49 a 63,6
13ª a 18ª
1,0 a
71,0
6,54
0,49 a
9,1
19ª a 21ª
21,0 a
96,0
0,49 a
4,6
0,49 a
3,5
22ª a 27ª
51,0 a 170,0
7 a 12 anos
0,49 a
3,1
0,49 a
4,6
13 a 18 anos
0,49 a
3,2
0,49 a
3,5
Interterências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia.
Indicações: Diagnóstico e seguimento de casos de Carcinoma Hepatocelular, Coriocarcinomas, Carcinomas
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GRUPO SÃO CAMILO
Embrionários e em alguns casos de pulmão, pâncreas, cólon e estômago. Casos de doenças hepáticas graves e
casos obstétricos, como Anencefalia, tubo neural aberto, atresia de esôfago, etc. Em casos de Síndrome de Down,
há aumento da AFP no soro materno e no líquido amniótico.
Informações importantes: informar idade, mês de gestação, sexo e medicação atual.
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ALFA-1-ANTITRIPSINA SÉRICA
Sinônimo mais comum: normalmente não é utilizado sinônimos.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes poderão coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunoturbidimetria.
Valores de Referência: 0 a 1 mês . . . . . . . . : 124 a 348 mg/dL
2 a 6 meses . . . . . . : 111 a 297 mg/dL
7 meses a 2 anos . . : 95 a 251 mg/dL
3 a 19 anos . . . . . . . : 110 a 279 mg/dL
Adultos . . . . . . . . . : 78 a 200 mg/dL
Interferências: Elevações: Ácido Épsilon–Aminocapróico, Estreptoquinase, Estreptodornase, Contraceptivos
orais e injeções intramusculares.
Indicações: Transtornos inflamatórios, processos malignos, alterações hormonais, Infarto Cerebral, LES e
Tireoidite de Hashimoto, elevam os níveis da Alfa-1-Anti-Tripsina. Baixos níveis: Síndrome Nefrótica por
perdas. Diminuição da síntese: Hepatite aguda, prematuridade. Aumento do uso: Síndrome da dificuldade
respiratória e pancreatite aguda, deficiências congênitas, como Enfisema Pulmonar e Hepatite Criptogênica.
Informações importantes: informar medicação atual, idade e sexo.
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ALFA-1-ANTITRIPSINA FECAL
Sinônimos mais comuns: Anti-Tripsina fecal.
Material e conservação para envio: fezes recentes coletadas sem conservante, manter sob refrigeração. Enviar
pelo menos 5 g de fezes. Se não for possível obter a quantidade mínima necessária, manter o coletado sob
refrigeração e ajuntar o material de uma próxima coleta.
Instruções para coleta: sem conservante, sem uso de qualquer tipo de medicamentos que possam alterar o
trânsito intestinal, coletar amostra de fezes ao acaso. Imediatamente colocar sob refrigeração.
Estabilidade da amostra: até 4 dias sob refrigeração.
Método: Imunodifusão Radial
Valores de referência: até 30 mg/g de fezes secas.
Interferências: medicamentos que podem alterar o trânsito intestinal.
Indicações: diagnóstico laboratorial dos quadros de enteropatias perdedoras de proteínas, como enterite
regional, Doença de Whipple, Carcinoma gástrico, linfagectasia intestinal, hipogamaglobulinemia congênita,
gastroenteropatia alérgica, intolerância do leite de vaca e intolerância à Lactose.
Informações importantes: informar quadro clínico e medicação atual.
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VI
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ALFA-1 ANTITRIPSINA – DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE MUTAÇÃO
Sinônimo mais usado: Mutação da Alfa-1 Antitripsina
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente, a
temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.
Método: PCR
Valores de Referência: ausência de mutação.
Interferências: hemólise.
Indicações: diagnóstico molecular da mutação do gene PI – Inibidor da Protease – com detecção dos alelos
mutantes S e Z, determinantes da deficiência desta proteína.
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
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ALFA-1-GLICOPROTEÍNA ÁCIDA
Sinônimo mais comum: seromucóide.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunoturbidimetria.
Valores de Referência: Homens: 50 a 130 mg/dL
Mulheres: 40 a 120 mg/dL
Interferências: diminuições : anticoncepcionais orais, estrógenos e derivados.
Indicações: avaliação e classificação dos estados inflamatórios. Sendo uma proteína de fase aguda, está mais
elevada no início dos quadros inflamatórios. Pode estar elevada nas colagenoses, como LES, AR, ileíte de Crohn.
Neoplasias, queimaduras, traumas e infartos.
Informações importantes: informar medicação atual.
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ALFA-2 MACROGLOBULINA
Sinônimo mais usado: A2M
Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação ou 20 dias sob refrigeração.
Método: Nefelometria.
Valores de Referência: > 19 anos : 130 a 300 mg/dL
3ª idade : 120 a 350 mg/dL
Interferências: Medicamentos: anti-inflamatórios não hormonais, corticosteróides, etc,
Alterações fisiopatológicas: Aumentos: Agamaglobulinemia, ataxia-telangiestasia, bronquite crônica, cirrose
hepática, dermatite atópica, diabetes , estrógeno-terapia, gestação, Síndrome de Down e Síndrome Nefrótica.
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GRUPO SÃO CAMILO
Diminuições: artrite reumatóide em atividade, Doença de Waldenström, gastrites, infarto do miocárdio, litíase
biliar, litíase renal, Mieloma Múltiplo, pneumopatias agudas, pleuresia, tumores hepáticos primários, úlceras
gastrointestinais.
Interpretação: indicada nas alterações fisiopatológicas vistas acima. Representa aproximadamente 4% do total
das proteínas de um indivíduo normal adulto. Tem um papel importante no transporte e regulação de uma série de
substâncias, como insulina, esteróides, PSA, HGH, e ALT. Tem papel importante na regulação de processos
inflamatórios, inibindo a ação proteolítica da Plasmina, Calicreína e da Tripsina. Tem um efeito anti-trombínico
de caráter progressivo, atuando na fibrinólise de trombos. Tem um efeito moderador sobre a rejeição do feto pela
mãe, inibindo em nível placentário a transformação blástica dos linfócitos killer.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
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ALIMENTOS TRANSGÊNICOS – ANÁLISE
Sinônimo mais usado: Análise de alimentos geneticamente modificados – OGM
Material e conservação para envio: grãos, farelos, produtos primários de milho ou soja.
Instruções para coleta: coletar pelo menos um quilo de cada amostra a ser analisada, ou dos grãos, farelo, etc.
Embalar em frasco plástico bem fechado evitando umidade.
Estabilidade da amostra: até 7 dias a temperatura ambiente.
Método: PCR
Valores de Referência: modificações genéticas ausentes.
Interferências: umidade nos grãos ou sub-produtos.
Indicações: pesquisa de alimentos geneticamente modificados.
Informações importantes: dia, hora e local de coleta. Tipo de produto.
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ALUMÍNIO SÉRICO (Também para toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Al.
Material e conservação para envio: 3 a 5 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: para pacientes em hemodiálise, recomenda-se coletar nos últimos 60 minutos da sessão
de diálise. Não coletar e manipular a amostra com luvas de látex. Coletar o sangue em frasco livre de traços de
metais. Após a retração do coágulo e centrifugação, passar o soro para outro frasco livre de traços de metais, sem
gel separador. Dar preferência de transferência de tubo para tubo, com cuidado com contaminações ambientais.
Refrigerar imediatamente.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 7 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria de absorção atômica
Valores de Referência: até 10 mcg/L, segundo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Portaria n°82 de 03-012000): para pacientes com doença renal crônica:
a) para valores inferiores a 30 mcg/L: controles anuais.
b) para valores superiores a 30 mcg/L: realizar teste da Desferroxamina (DFO).
Segundo o Clinical and Analytical Handbook 2nd ed 1992 UK – ed. A.W.Walker:
< 60 mcg/L para baixo risco de toxicidade para indivíduos com IRC.
> 60 mcg/L acúmulo excessivo, risco de toxicidade em crianças.
> 100 mcg/L preocupantes- alto risco de toxicidade em crianças.
> 200 mcg/L alto risco de toxicidade em todas as faixas etárias.
VI
28
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Segundo Norbert W. Tietz 3 rd ed. P 38, 1998:
Pacientes em hemodiálise: de 20 a 550 mcg/L
Pacientes em terapia antiácida com géis de Al: até 30 mcg/L.
Interferências: contaminações durante a coleta (uso de luvas de látex).
Indicações: acompanhamento clínico-toxicológico de pacientes submetidos à hemodiálise.
- Teste de infusão da deferroxamina: os pacientes renais crônicos que são submetidos à hemodiálise podem
apresentar intoxicações por alumínio que são contidos nos líquidos de diálise e devido à ingestão de Hidróxido
de alumínio por via oral. O Alumínio provoca osteomalácia prejudicando ainda mais o hiperparatireoidismo
próprio da doença renal.
Antes da sessão de hemodiálise coletar uma amostra de sangue. Nos últimos 60 minutos da sessão de
hemodiálise aplica-se Desferol EV, na concentração de 5mg/kg de peso em soro glicosado a 5% para pacientes
não diabéticos, pacientes diabéticos devem receber em soro fisiológico. Após 44 horas após a infusão da
Desferroxamina , antes da próxima sessão de diálise coletar nova amostra de sangue para determinação do
Alumínio Sérico. Um teste positivo apresenta um aumento superior a 150 mcg/L em relação aos valores basais.
Isto representa a remoção do Al do tecido ósseo. O complexo forma a aluminoxamina que é secretado totalmente
pelas fezes e pela urina.
Informações importantes: horários das sessões de hemodiálise, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
ALUMÍNIO NA URINA (Também para toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Al na urina.
Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina sob refrigeração.
Instruções para coleta: horário de coleta não é crítico. Coletar a urina em frasco especial fornecido pelo
laboratório ou tratado com Ácido Nítrico a 5%: Deixar frasco e tampa mergulhados em solução aquosa de Ácido
Nítrico a 5% por 48 horas. Repassar em água reagente por 3 vezes, utilizando luvas de PVC. Secar sobre papel de
filtro grosso livre de Al. Refrigerar.
Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.
Método: espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: não há referência na NR-7, 1994, MT/Br
Não expostos: até 15 mcg/L
Com exposição ocupacional: até 200 mcg/L (DFG/DAT)
Interferências: contaminação do material clínico durante coleta ou manipulação.
Indicações: avaliação e seguimento laboral da exposição ao alumínio.
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AMEBÍASE – SOROLOGIA – IgG ou IgM
Sinônimo mais comum: anticorpos anti-Entamoeba histolytica.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: IgG: Hemaglutinação e IgM: imunofluorescência Indireta.
Valores de Referência: IgG: até 1/16.
IgM: até 1/10
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GRUPO SÃO CAMILO
Interferências: lipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-Entamoeba histolytica.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
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AMILASE SÉRICA
Sinônimo mais comum: amilasemia
Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Salvo casos de urgência.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotometria enzimática automatizada.
Valores de Referência: (Em U/L): Para intervalo de confiança de 97,5%
Recém-nascidos ............ : 5 a 65 U/L
Adultos ......................... : Até 100 U/L
> 70 anos ...................... : 20 a 160 U/L
Interferências: Elevações: drogas que causam constricção do esfíncter de Oddi (narcoanalgésico, betanecol,
secretina). Anticoncepcionais orais, Sulfonamídas, diuréticos tiazídicos, Oxalatos e Citratos. Antiácidos que
contenha alumínio podem interferir nos resultados.
Indicações: Diagnóstico de casos de Pancreatites, Parotiditis, obstrução ou infarto intestinal, peritonite, alguns
tumores pulmonares e ovarianos, Macroamilasemia.
Informações importantes: informar a medicação atual, quadro clínico .
_______________________________________________________________________________________
AMILASE URINÁRIA - 24 HORAS OU 2 HORAS
Sinônimo mais usado: amilasúria
Material e conservação para envio: Urina de 2 horas enviado sob refrigeração ou urina de 24 horas, enviar
alíquota de 200 mL do volume total, coletado e enviado sob refrigeração. Anotar o volume total.
Instruções para coleta: coletar urina por período cronometrado de 2 horas. Pode ser coletado no laboratório,
pedindo para o paciente desprezar a urina quando chegar ao laboratório. Oferecer um copo de água de 250 mL
para pacientes adultos e 125 mL para crianças. Cronometrar 2 horas exatas quando o paciente terminar de beber o
copo de água. Coletar todo o volume de urina de 2 horas. Orientar o paciente para não perder urina. Crianças
pequenas necessitam colocar saco coletor . Trocar o saco coletor a cada 30 minutos para se evitar perdas urinárias
. Para a urina de 24 horas, seguir o protocolo de coleta de urina de 24 horas, coletada e enviada sob refrigeração.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria enzimática.
Valores de Referência: 50 a 140 UI/hora.
Até 700 UI/24 horas
Interferências: vide Amilase Sérica.
Informações importantes: vide Amilase Sérica.
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AMILÓIDE A – PROTEÍNA
Sinônimo mais usado: Proteína Amilóide
VI
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Material e conservação para envio: 3 mL soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum é dispensável.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.
Método: Nefelometria.
Valores de Referência : < 15 mg/L
Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: Confirmação de casos de Amiloidose Primária.
Informações importantes: quadro clínico e órgãos alvos.
_______________________________________________________________________________________
AMINOÁCIDOS TOTAIS (NITROGÊNIO ALFA AMÍNICO)
Sinônimo mais usado: Nitrogênio Alfa Amínico.
Material e conservação para envio: 200 mL de alíquota de urina de 24 horas , enviada sob refrigeração.
Informar o volume total da urina de 24 horas.
Instruções para coleta: urina de 24 horas com as micções juntadas e mantidas sob refrigeração .
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: Colorimétrico
Valores de Referência: Adultos ..........: 50,0 a 200,0 mg/24 horas.
Crianças .........: 150,0 a 400,0 mg/24 horas.
Interferências: Elevações: glicina, metenamina, asparaginase, barbitúricos e diuréticos. Diminuições:
acetazolamida, mafenida, Kanamicina e Neomicina.
Indicações: Constatação de aminoacidúrias totais, tanto nas aminoacidopatias específicas como na Cistinúria,
ou generalizadas como na Síndrome de Fanconi.
Informações importantes: informar tipo de alimentação (se hiperprotéica), e informar medicação atual.
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AMINOÁCIDOS – CROMATOGRAFIA – PLASMA OU URINA
Sinônimo mais usado: cromatografia de aminoácidos.
Material e conservação para envio: urina ao acaso para os testes qualitativos ou urina de 24 horas para os testes
quantitativos. Para o envio, alíquota de 50 mL de amostras ao acaso , ou alíquota de 200 ml do volume total de 24
horas, para o teste quantitativo.
Informar o volume total da amostra de 24 horas. Enviar sob refrigeração. Plasma heparinizado enviado sob
refrigeração.
Instruções para coleta: para análise qualitativa a primeira urina da manhã é um ótimo material. Para análise
quantitativa, coletar urina de 24 horas, mantendo-se as micções juntas, em um só frasco, sob refrigeração, durante
todo o período de coleta. Não utilizar conservantes. No plasma heparinizado, coletar em jejum mínimo de 4 horas.
Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração.
Método: qualitativo: cromatografia de camada delgada em base de microcelulose. Cromatografia quantitativa:
HPLC.
Valores de Referência: Método qualitativo: são analisadas as seguintes frações:
a) Leucina e Isoleucina;
b) Fenilalanina;
c) Valina e Metionina;
d) Triptofano;
e) Ácido beta-amino isobutírico; f) Tirosina;
g) Prolina;
h) Alanina e Etanolamina;
i) Treonina e Ácido Glutâmico;
j) Homocitrulina e Hidroxiprolina;
31
GRUPO SÃO CAMILO
k) Glicina, Serina e Citrulina;
l) Ácido Aspártico e Glutamina;
m) Homocistina e Asparagina;
n) Ácido Argininosuccínico e Histidina;
o) Arginina, Lisina e Ornitina;
p) Cistationina e Cistina e
q) Cisteína e Hidroxilisina.
A análise das frações é realizada em comparação a padrões e conjuntos de soros normais. Para exames na urina
são utilizados os mesmos padrões acima e conjuntos de urinas normais para comparação qualitativa.
Na metodologia quantitativa, por HPLC, as frações são analisadas, focando-se principalmente as
aminoacidopatias mais freqüentes:
AMINOACIDOPATIA
Alcaptonúria
Aminoacidemia de cadeia
ramificada
Anomalias do ciclo da uréia.
CLÍNICA
Ocronose e artrite
Cetose com convulsão e
retardo mental
Vômitos, convulsos, letargia e
retardo mental.
Cistationúria
Assintomático
Cistinúria
Calculose Renal
Doença de Hartnup
Ataxia com retardo mental
Fenilalaninemia benigna
Assintomático
Fenilalaninemia maligna
Retardo mental com alterações psiquiátricas
Fenilcetonúria clássica
Idem
Glicinúria
Assintomático
Hiperglicinemia cetótica
Cetose, neutropenia e retardo
mental
Hiperglicinemia não-cetótica Retardo mental
Histidinemia
Defeito da fala e audição
Homocistinúria
Retardo mental e tromboembolismo
Síndrome de Fanconi
Acidose e raquitismo
Tirosinemia hereditária
Cirrose hepática e disfunção tubular renal
ACHADOS LABORATORIAIS
Ac. Homogentísico na urina.
Aminoácidos de cadeia
ramificada no plasma e urina.
Glutamina e citrulina no plasma e
urina. Aumento da amônia plasmática
Cistationina urinária
Cistina urinária
aminoácidos neutros na urina.
fenilalanina plasmática
Idem
Fenilalaninemia > 15 mg/dL.
da glicina, prolina e Hidroxiprolina
glicina e Ac. Propiônico
plasmáticos e urinários.
glicina plasmática e urinária.
Histidina no plasma e urina.
Homocistina e Metionina
plasmáticas e urinárias
Aminoacidúria total, fosfatúria e
hiperglicinemia
tirosina plasmática
No plasma os Valores de Referência são: ( em nmol/mL)
Ácido Aspártico
Ácido Glutâmico
Asparragina
Serina
Glutamina + Histidina
Glicina
Treonina
Arginina
Alanina
Tirosina
Metionina
Valina
Triptofano
Fenilalanina
Isoleucina
Leucina
Ornitina
Lisina
Taurina
VI
32
CRIANÇAS (µmol/L)
4 a 20
23 a 250
18 a 99
79 a 206
510 a 933
110 a 319
42 a 95
23 a 150
137 a 665
31 a 141
0 a 39
116 a 373
21 a 82
26 a 91
25 a 120
56 a 222
27 a 107
71 a 81
35 a 270
ADULTOS (µmol/L)
11 a 54
3 a 120
26 a 86
61 a 206
451 a 880
81 a 490
75 a 331
23 a 150
170 a 552
31 a 96
11 a 43
120 a 330
19 a 73
34 a 120
34 a 121
69 a 201
30 a 130
90 a 260
35 a 250
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: Alimentação hiperprotéica .
Indicações: estudo e diagnóstico de hiperaminoacidemias.
Informações importantes: informar o tipo de dieta habitual, principalmente proteínas.
Valores de referência para urina (material: urina ao acaso):
Como os valores são calculados em nmol/mg de creatinina e a creatinina é excretada em concentrações sempre
iguais, a urina recente, em amostra isolada, rapidamente conservada sob refrigeração apresenta melhor
conservação, sem grande crescimento bacteriano. Quando o transporte é demorado, para o laboratório, pode-se
colocar uma pedra de Timol, aproximadamente 3 g para cada 200 mL de urina coletada.
Ácido Aspártico
Ácido Glutâmico
Serina
Histidina
Glutamina
Glicina + Treonina + Arginina
Alanina
Tirosina
Triptofânio
Metionina
Valina
Fenilalanina
Isoleucina
Leucina
Ornitina
Lisina
FAIXA ETÁRIA
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
2 a 18 anos
µmol/g creatinina
0 a 120
0 a 176
362 a 1100
644 a 2430
369 a 1014
1049 a 4998
231 a 915
122 a 517
91
31 a
16 a 114
58 a 143
61 a 314
10 a 126
30 a 500
91
31 a
153 a 634
Informações importantes: medicação de uso contínuo, suspeita clínica e tipo de dieta.
_______________________________________________________________________________________
AMÔNIA PLASMÁTICA
Sinônimo mais usado: Nitrogênio amoniacal
Material e conservação para envio: 1 mL plasma em EDTA. Enviar refrigerado.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 6 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração, ou 5 dias sob congelamento.
Método : Seg. Berthelot, espectrofotométrico.
Valores de Referência:
Valores em μg/dL:
R.N. 0 a 10 dias
Até 338
R.N 10 a 30 dias
36 – 160
1 mês a 14 anos
32 – 117
Homens adultos
12 – 47
Mulheres adultas
10 – 47
Interferências: Heparina , medicamentos hepatotóxicos.
Indicações: Erros inatos do metabolismo, com alterações do ciclo da amônia. Insuficiência hepática crônica.
33
GRUPO SÃO CAMILO
Síndrome de Reye, tabagismo, nutrição parenteral, sangramento gastrointestinal, choque, choque hipovolêmico,
hemólise, etc.
Informações importantes: tabagismo, etilismo, clínica e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
AMÔNIA URINÁRIA
Sinônimo mais usado: amoniúria.
Material e conservação para envio: Urina ao acaso, se possível a primeira da manhã, sob refrigeração(10 mL
volume mínimo)
Instruções para coleta: coletar uma amostra ao acaso, se possível a primeira urina da manhã, e colocar em
frasco ou seringa lacrada, preenchendo totalmente o espaço do recipiente de transporte utilizado, não restando
espaço com ar.
Estabilidade da amostra: em frasco sem espaço vazio, 48 horas sob refrigeração ou 20 dias sob congelamento.
Método: espectrofotométrico UV-VIS.
Valores de Referência: 8,7 – 187,0 mg/dL.
Interferências: antibioticoterapia com ação sobre a flora intestinal principalmente. Dieta rica em proteínas.
Etilismo e tabagismo.
Indicações:
a) Hiperamoniúrias: fase final de gestação, acidose respiratória, hiperaldosterenisno primário, dieta rica em
proteínas e pobre em glicídios, acidose metabólica, como nos quadros de jejum, diabetes, desidratação com
diarréia e vômitos.
b) Hipoamoniúrias: Nefropatia distal, doença de Addison e alcalose metabólica ou respiratória.
Informações importantes: quadro clínico, etilismo, tabagismo, etc.
_______________________________________________________________________________________
AMP CÍCLICO PLASMÁTICO (SUSPENSO)
Sinônimo mais usado: AMPC plasmático.
Material e conservação para envio: 2 mL de plasma de EDTA, sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: RIE.
Valores de Referência: 5 a 25 nmol/L
Interferências: Elevações: Corticosteróides, Fenotiazídicos, Prostaglandinas, TSH, TRH, Xantinas, Teofilina,
Cefalosporinas e corpos cetônicos. O PTH pode ser interferente dependendo dos níveis alcançados.
Indicações: Ação do PTH nos casos de hiperparatireidismo sobre os túbulos renais, calciúria renal, em casos de
nefrolitíase, etc.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
AMP CÍCLICO URINÁRIO
Sinônimo mais usado: AMPC urinário
Material e conservação pra envio: alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sem qualquer tipo de conservante.
VI
34
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: Colher urina de 24 horas, guardando todas as alíquotas sob refrigeração durante todo o
período de coleta. Informar o volume total da coleta.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: RIE
Valores de Referência: 2,0 a 6,0 mg/24 horas.
Interferências: vide o exame anterior.
Informações importantes: vide o exame anterior.
_______________________________________________________________________________________
ANÁTOMO-PATOLÓGICO (solicitar manual especial)
_______________________________________________________________________________________
ANDROSTENEDIONA
Sinônimo mais usado: Delta 4
Material e conservação para envio: 1 mL de soro, enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: colher pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem colher
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: RIE.
Valores de Referência: Adultos: Masculino............. : 0,4 a 3,5 ng/mL
Feminino ............... : 0,3 a 2,4 ng/mL
Crianças: 1 a 12 meses ........... : até 0,80 ng/mL
1 a 5 anos ............... : até 0,51 ng/mL
6 a 12 anos ............. : até 0,68 ng/mL
Estágio sexual n° 2 a 3: Masculino ............. : 0,82 ng/mL
Feminino............... : 0,43 a 1,82 ng/mL
Estágio sexual n° 4 a 5: Masculino ............. : 0,57 a 1,50 ng/mL
Feminino ............... : 0,73 a 2,20 ng/mL
Interferências: Elevações : corticotrofina, Clomifeno, Ciproterona, Metapirona e Clonidina. Situações de
Hiperandrogenismo, tais como: A) Síndrome dos ovários policístico. B) Situações com os valores elevados até
50% dos níveis normais: tumores adrenais ou ovarianos virilizantes. C) Valores muito elevados: Puberdade
precoce masculina, Hiperplasia adrenal congênita.
Informações importantes: Medicações atuais, Data da última Menstruação.
_______________________________________________________________________________________
ANEUPLOIDIAS DOS CROMOSSOMOS – ESTUDO GENÉTICO
Nome mais usado: Material e conservação para envio: material de aborto ou restos ovulares, acompanhados de 5 mL de Sangue
Total em EDTA materno.
Instruções para coleta: jejum é dispensável. O material de aborto ou restos ovulares devem ser acondicionados
em frasco estéril com solução fisiológica e refrigerados.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.
Método: PCR com reestruturação dos microssatélites em fluorescência e genotipagem das regiões dos
35
GRUPO SÃO CAMILO
cromossomos X, Y, 13, 16, 18 e 21.
Valores de Referência: ausência de aneuploidias.
Interferências: conservação do material e tempo da morte fetal antes do abortamento.
Indicações: Este estudo não substitui, em casos de alterações estruturais, a citogenética clássica. O método é
realizado através da extração do DNA do material do abortamento, possibilitando a identificação de aneuploidias
dos cromossomos acima citados, que são os mais comumente encontrados em casos de abortamentos
espontâneos.
Interferências: amostras não padronizadas podem provocar a não amplificação do DNA.
Informações importantes: data do abortamento e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
ANGELMAN-PRADER-WILLI – SÍNDROME
Sinônimo mais usado: Síndrome de Prader-Willi-Angelman
Material e conservação para envio: 5 mL de Sangue total em EDTA, sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum dispensável.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR
Valores de Referência: ausência de deleção 15 (15q11-13).
Interferências: hemólise ou coleta com outro anticoagulante.
Indicações: Estudo de alterações genéticas da Síndrome de Angelman-Prader-Willi, de frequência de 1:25.000
na população em geral. O quadro clínico clássico consistem em hipotonia neonatal com dificuldade de sucção,
atraso neuropsicomotor, dismorfismos faciais, deficiência cognotiva, obesidade infantil, Hipogonadismo e
baixa estatura. Há perda da função ou ausência de função do cromossomo paterno 15(15q11-13), por deleção ou
por dissomia uniparental materna (paciente fica com dois genes de origem materna). Outros achados clínicos são
a microcefalia, ataxia, afonia, convulsões e riso espontâneo. No projeto genoma detectou-se que o gene
envolvido é o UBE3A do cromossomo 15 paterno.
Informações importantes: quadro clínico e medicação utilizada.
_______________________________________________________________________________________
ANTICOAGULANTE LÚPICO
Sinônimo mais usado: inibidor do KPTT (ACL)
Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado. Enviar sob refrigeração. A temperatura de envio
e chegada ao laboratório não deve ser superior a 10 ° C.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, com pelo menos 4 horas de jejum. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. A quantidade de sangue colocada no tubo de citrato de sódio, deve
ser exatamente na proporção de 1 mL de citrato de sódio para 9 mL de sangue total. Centrifugar a altíssima
velocidade por pelo menos 15 minutos, para que o plasma fique muito pobre em plaquetas. O plasma deverá ser
imediatamente congelado.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração ou 15 dias sob congelamento.
Método: coagulométrico com suplementação do KPTT.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: Uso de heparina e anticoagulantes orais. Respectivamente a heparina deve ser suspensa por 48
horas antes da coleta deste exame, e 2 semanas de suspensão dos anticoagulantes orais.
Indicações: Síndrome dos anticorpos anti-fosfolípides, obliterações venosas e arteriais, abortamentos de
VI
36
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
repetição, etc.. O ACL faz parte do grupo dos anti-fosfolípides. Deve-se sempre ter em mente, que somente um
teste de fosfolipídeos não é suficiente para se fechar este diagnóstico.
Informações importantes: medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-CARDIOLIPINA (IgG, IgA ou IgM)
Sinônimo mais usado: Anti-fosfolípides
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Colher pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem colher
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração, ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio em microplaca.
Valores de Referência: (em Unidades/mL)
Valores de referência (IgG)
Não Reagente
Inconclusivo
Reagente
Valores de referência (IgA)
Inferior a 10 GPL/mL Não Reagente
Valores de referência (IgM)
< 10 APL/mL Não Reagente
10 a 14 GPL/mL Indeterminado entre 10 a 15 APL/mL Inconclusivo
Superior a 14 GPL/mL Reagente
> 15 APL/mL Reagente
Inferior a 7,0 MPL/mL
7,0 a 10,0 MPL/mL
Superior a 10,0 MPL/mL
Interferências: Não há referências.
Indicações: A Cardiolipina é um antígeno fosfolípede, que está presente em muitos tecidos humanos,
principalmente no coração e membranas coriofetais. O aparecimento ocorre em homens predispostos a produzir
anticorpos, em mulheres grávidas, com abortamento de repetição, trombose, trombocitopenia, etc. Podem
ocorrer quadros de enxaqueca, Síndrome de Buddchiari e Froemmell, anemia hemolítica autoimune e necrose
avascular da cabeça do fêmur, etc. Níveis elevados podem ocorrer de 20 a 30 % dos níveis séricos na população
em geral.
Informações importantes: Relatar a medicação utilizada e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-CAXUMBA – IgG
Sinônimo mais usado: Caxumba IgG
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum de no mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio em microplacas.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: lipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise.
Indicações: Diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-Caxumba da classe IgG. Nos casos de
envolvimento clínico das meninges pode-se pesquisar estes anticorpos no LCR.
Informações importantes: Quadro clínico , quadro vacinal. É muito importante ser relatado o estado vacinal
dos pacientes, pois o aparecimento destes anticorpos em indivíduos não vacinados é um alerta para levantamentos de saúde pública.
_______________________________________________________________________________________
37
GRUPO SÃO CAMILO
ANTICORPOS ANTI-CAXUMBA – IgM
Sinônimo mais usado: Caxumba IgM
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio em microplaca.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise.
Indicações: Detecção de anticorpos da classe IgM, que sugerem infecção recente.
Informações importantes: quadro clínico e estado vacinal dos pacientes É muito importante ser relatado o
estado vacinal dos pacientes pois o aparecimento destes anticorpos em indivíduos já vacinados, é um alerta para
levantamentos de saúde pública.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-CÉLULAS PARIETAIS
Sinônimo mais usado: Células parietais- anticorpos.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunofluorescência indireta, utilizando cortes de estômago de ratos obtidos em crioscopia.
Valores de Referência: até 1/10 da diluição do soro.
Interferências: Lipemia, Hemólise.
Indicações: teste auxiliar para diagnóstico de gastrite atrófica com ou sem acloridria. Estes anticorpos são
encontrados em 89% dos pacientes com gastrite atrófica. Níveis elevados destes anticorpos também podem ser
encontrados em pacientes com Síndrome de Sjögren, Câncer Gástrico e úlcera gástrica. Podem ser encontrados
em até 10% de indivíduos saudáveis. Geralmente é associado à deficiências de Vitamina B12, Fator Intrínseco e
ácido clorídrico. Aproximadamente 92% dos pacientes com Anemia Perniciosa apresentam esses anticorpos,
que também podem ser encontrados em casos de Síndrome de Zollinger-Ellison.
Informações Importantes: quadro clínico , medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-CCP
Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-Peptídeo Citrulinado Cíclico
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções de coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente ...................... : < 5,0 U/ml
Reagente ............................ : >/= 5,0 U/mL
Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise.
Indicações: Os anticorpos anti-Peptídeos Citrulinados (estruturas com citrulina) são pesquisados principalVI
38
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
mente nas fases iniciais da Artrite Reumatóide, quando o Fator Reumatóide não está positivada. Alguns trabalhos
científicos demonstram que o Anti-CCP podem aparecer muitos anos antes da instalação do quadro reumático.
Na AR foram encontrados anticorpos contra componentes perinucleares que são ricos em filagrina, que é rica em
componentes de citrulina. Muitos pacientes com Artrite Reumatóide podem cursar a doença sem ter o Fator
Reumatóide positivo, porém apresentando anticorpos anti-Filagrina e anti-CCP, sendo este último muito mais
sensível e mais específico que os demais anticorpos.
Informações importantes: informar exames anteriores, medicação atual, sexo e idade dos pacientes.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-DNA
Sinônimo mais usado: Anti-DNA dupla hélice.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio em microplaca.
Valores de Referência: (em UI/mL)
Não Reagente...................
< a 15 UI/mL
Inconclusivo..................... 15 a 25 UI/mL
Reagente .......................... 25 a 200 UI/mL
Altamente Reagente .........
> a UI/mL
Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise. Terapêutica com corticosteróides pode, dependendo
de dose e tempo de tratamento, produzir resultados negativos.
Indicações: O Lupus Eritematoso Sistêmico pode cursar com níveis elevados de anti-DNA. Outras doenças
auto-imunes mais raramente apresentam positividade deste teste, e geralmente com baixos níveis séricos. Os
anticorpos anti-DNA são indicadores de atividade da doença autoimune. Torna-se positivo muito antes da
recidiva do quadro clínico.
Informações Importantes: Medicação atual, quadro clínico e idade dos pacientes.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-ENDOMÍSIO (IgA,IgG e IgM)
Sinônimo mais usado: Anticorpos anti – DC
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de no mínimo 4 horas. Lactentes podem colher
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunofluorescência indireta .
Valores de Referência: IgG : < 1/10
IgA : < 1/5
IgM : < 1/10
Interferências: Não há referências.
Indicações: Diagnóstico e Monitoração laboratorial da Doença Celíaca e da Dermatite Herpetiforme. Os
anticorpos anti-endomísio são mais específicos e sensíveis que os testes anti-gliadina. Podem estar presente em
90% dos pacientes com DC . Aproximadamente 1% das pessoas normais podem apresentar níveis baixos destes
39
GRUPO SÃO CAMILO
anticorpos. Após a suspensão da ingestão de glúten, pode-se levar de 6 a 12 meses para que os níveis séricos
comecem a cair. Entre os pacientes com DC, 2 a 10% podem apresentar deficiência de IgA.
O melhor teste para o diagnóstico da DC (padrão ouro) é a biópsia intestinal.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, regime alimentar.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-GAD
Sinônimo mais usado: Anti-Decarboxilase do Ácido Glutâmico
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de pelo menos 4 horas. Lactentes podem colher
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Positivo : > 5,0 Unidades /mL
Negativo : 5,0 Unidades /mL
Interferências: Lipemia, Hemólise e Hiperbilirrubinemia.
Indicações: A positividade dos anticorpos anti-GAD pode ser utilizada para o diagnóstico precoce do Diabetes
Mellitus em parentes (irmãos e filhos) de diabéticos, ou na monitoração de doenças neurológicas que se
desenvolvem com diabetes associada, como na Síndrome de Stiff-Mann. Pode ainda ser utilizada na pesquisa
neonatal de diabetes e nos pacientes com arranjo gênico de alelos do sistema HLA que está ligado à
possibilidade de desenvolvimento da doença. O anti-GAD pode estar presente em até 80% dos indivíduos com
intolerância (pré-diabéticos) à Glicose e diabéticos do tipo 1 e em até 10% dos indivíduos que vão desenvolver a
doença na idade adulta, com até 10 anos de antecipação. Estes anticorpos podem ser encontrados em doenças
auto-imunes, como nas tireoidites auto-imunes, Doença de Graves, vitiligo, amiloidose secundária, anemia
perniciosa e mais raramente no LES e outras doenças autoimunes.
Informações importantes: se o paciente é portador ou parente próximo de portadores de diabetes mellitus.
Medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-GLIADINA (IgA,IgG,IgM)
Sinônimo mais usado: Gliadina (IgG,IgA ou IgM)
Material e conservação de uso: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem colher
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método : imunoenzimaensaio em microplaca (ELISA):
Valores de Referência: Negativo.........................................:
< 12
Positivo ..........................................: > ou = 12
Para anticorpos da classe IgA,IgG e IgM.
Interferências: Outras doenças gastro-intestinais inflamatórias, uso de corticosteróides, presença de anticorpos
contra componentes do kit de teste.
Indicações: É relativamente freqüente a deficiência de IgA em pacientes com D.C., sendo, nestes casos, útil a
pesquisa de anticorpos da classe IgG para D.C.. Os anticorpos anti-Gliadina podem estar presentes em pacientes
com outras patologias gastro-intestinais inflamatórias. A principal indicação para pesquisa de anticorpos antiVI
40
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
gliadina da classe IgA, é para o diagnóstico de D.C. em crianças que apresentam enteropatia de leve a moderada,
uma vez, que estes pacientes podem ter resultados falso-negativos biológicos para anticorpos anti-Endomísio e
anti-Transglutaminase tecidual-IgA.
Informações importantes: Este exame pode ser utilizado como parâmetro de acompanhamento terapêutico ,
devido principalmente à retirada do glúten da alimentação, com quedas acentuadas dos níveis séricos dos
anticorpos, ou mesmo até a sua negativação. Anotar idade dos pacientes , medicação atual e regime alimentar.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-HISTONA
Sinônimo mais usado: Anti-Histona, Histona.
Material e conservação para envio: 1 ml de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses congelado.
Método: Imunofluorescência Indireta, com substrato tratado com HCl.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: O uso de Procainamida é o medicamento que mais torna este teste positivo.
Indicações: As Histonas são compostas de sub-unidades chamadas nucleossomas. Anticorpos anti-Histona
aparecem geralmente no Lúpus induzido por drogas. Cerca de 95 % dos pacientes apresentam anticorpos antiHistonas, ou anti-Nucleossomos ou anti-DNA.
Cerca de 60% dos pacientes com LES e 20% dos pacientes com Artrite Reumatóide têm anticorpos anti-Histonas
positivos.
Informações importantes: anotar medicação e idade dos pacientes.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-HIV I/II
Sinônimo mais usado: HIV sorologia
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes
da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio (M.S. 800.749.506.75) DUO, que inclui a pesquisa do antígeno p24. ELISA
(M.S.103.211.705.55) para vários antígenos recombinantes (vide resultados).
OBS.: A confirmação mediante o Western Blot test deve ser recomendada (RD 59 de 28/01/03 – ANVISAM.S. e RD 151 de 16/10/09 – ANVISA - M.S.)
Valores de Referência: Não Reagente/Negativo.
Interferências: presença de anticorpos heterófilos, lipemia, hemólise, hiperbilirrubinemia são os interferentes
mais comuns. Resultados falso-positivos podem ocorrer em pacientes que tenham anticorpos anti-HLA-DR4,
em outras imunodeficiências, mulheres multíparas, pacientes politransfundidos, pacientes com hepatite crônica
ativa alcoólica, outras viroses em atividade e pacientes pós-vacinados para gripe.
Indicações: pesquisa de anticorpos anti-HIV I/II.
Informações importantes: fornecer dados clínicos e resultados anteriores, se houver, em outros serviços. OBS:
41
GRUPO SÃO CAMILO
Segundo a RD 59 de 28/01/03 da ANVISA, M.S. e da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica deve-se sempre
colocar a seguinte observação nos casos positivos: “ Este resultado pode não ser definitivo, devendo ser
correlacionado com dados clínicos. Seu (sua) médico(a) determinará exames “confirmatórios necessários” .
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-HIV-I CONFIRMATÓRIO – WESTERN BLOT
Sinônimo mais usado: Western Blot para HIV
Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Western Blot.
Valores de Referência:
Padrões de Positividade (presença de anticorpos específicos) assim definido pela ANVISA e CDC:
1) Reatividade para p24 ou p31.
2) Reatividade para gp41 ou gp120/gp160.
De forma alternativa o CDC recomenda que pelo menos uma das duas:
P24 ou gp120/160 sejam positivas. Outros padrões, resultando em teste indeterminado podem indicar a
necessidade de repetição do teste após certo período para confirmação do teste. Na AIDS avançada pode cessar a
reatividade para o antígeno p24.
Em resumo: ( para HIV-1):
Negativo: ausência de bandas positivas, principalmente p24 e gp41.
Positivo fraco: presença de bandas p24 e/ou gp41, e gp120/gp160.
Positivo forte: presença de bandas p15,p24, p31, gp41, p53, p55, gp64, gp120 e gp160.
OBS.: a ausência de gp41 e a presença de gp36 podem ser indicativas de infecção pelo vírus HIV-2.
Interferências: sobreposições de patologias e doença avançada (estados de anergia).
Pacientes com doença em estado avançado podem não apresentar reatividade a este teste por falência do sistema
imunológico e queda acentuada na produção de anticorpos em geral. Aproximadamente 20% da população não
infectada podem apresentar resultados indeterminados para o teste Western Blot.
Indicações: teste confirmatório para anticorpos anti HIV-1.
Resultados indeterminados devem ser seguidos em função do tempo com correlação do quadro clínico,
epidemiológico e sorológico dos pacientes.
Informações importantes: informar quadro clínico e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-ILHOTAS DE LANGERHANS
Sinônimo mais usado : ICA
Material e conservação para envio: 2 ml de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes
da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunofluorescência indireta.
VI
42
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: após o uso de terapêutica com insulina exógena, é comum o aparecimento deste tipo de
anticorpo na maioria dos pacientes com DM I.
Indicações: Diagnóstico laboratorial dos casos de auto-imunidade no Diabetes mellitus do tipo I (tipo infantojuvenil). Pode ser usado na predição do DM I, em fase pré-clínica, em parentes de primeiro grau de diabéticos do tipo
I, para diagnóstico de adultos com DM I, virgens de tratamento, nos casos de hiperglicemia transitória da infância.
Informações importantes: anotar medicação de uso contínuo.
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ANTICORPOS ANTI-INSULINA
Sinônimo mais usado: Anti-insulina
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes
da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente (níveis de D.O. inferiores ao Cut-off).
Interferências: uso de corticosteróides.
Indicações: Estes anticorpos são encontrados com mais freqüência em pacientes diabéticos que fazem uso de
insulinas de vaca ou porco. Pacientes com predisposição ao DM podem raramente apresenta-los. Na maioria dos
pacientes com sorologia positiva, apresentam reações locais. A pesquisa de anticorpos da classe IgE, específicos
contra a insulina podem auxiliar no diagnóstico .
Informações importantes: informar a medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-MITOCÔNDRIA
Sinônimo mais usado: AMA
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã , em jejum de no mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunofluorescência Indireta.
Valores de Referência: até 1/10 .
Interferências: uso de corticosteróides ou qualquer outra droga imunossupressora.
Indicações: Os anticorpos anti-mitocôndria estão presentes em aproximadamente 90% dos pacientes com
cirrose biliar primária, 30 a 35% dos pacientes com hepatite crônica ativa e mais raramente em outras doenças do
fígado, como cirrose de outras etiologias, hepatites virais e induzidas por drogas, Hepatoma primário de fígado,
obstrução biliar extra-hepática e colestase crônica intra-hepática.
A presença destes anticorpos não define prognóstico, tempo de evolução, gravidade da doença, etc. Indivíduos
normais, embora raramente podem apresentar estes anticorpos presentes. Fator anti-nuclear (FAN), pesquisado
em células Hep-2 com padrão fluorescente Citoplasmático Pontilhado Reticulado, são mais sensíveis (100%) e
mais específicos (100%) que os AMA.
Informações importantes: informar hipóteses diagnósticas e medicação atual.
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43
GRUPO SÃO CAMILO
ANTICORPOS ANTI-MÚSCULO LISO
Sinônimo mais usado: ASMA, AML
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunofluorescência Indireta
Valores de Referência: Reagente até 1/10. Títulos ≥1/80 são significativos.
Interferências: medicamentos imunossupressores.
Indicações: Diagnóstico laboratorial das hepatites crônicas auto-imunes, encontrado em 87% dos pacientes, sendo
de modo isolado em 37% ou em conjunto com o Fator Anti-Nuclear, atingindo até 54%, produzindo anticorpos antiacena, anti-troponina, anti-vimetina e anti-tropomiosina. Podem ser positivos em até 10% dos pacientes com
hepatites virais crônicas, sem componente auto-imune e em até 45% dos pacientes com doenças biliares crônicas.
Como toda a pesquisa de anticorpos auto-imunes, raros pacientes com outras doenças do colágeno podem apresentar
certa positividade para o ASMA. Indivíduos normais, sem indicação de preditividade futura, podem apresentar
estes anticorpos positivos. Nos pacientes com hepatites crônicas auto-imunes podem apresentar o FAN reagente de
forma isolada em apenas 13% dos casos, cujos padrões nucleares não são específicos. Geralmente os títulos
significativos são elevados, mas sem relação com a gravidade ou prognóstico da doença.
Informações importantes: medicação atual.
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ANTICORPOS ANTI- MYCOPLASMA PNEUMONIAE - IgG
Sinônimo mais usado: Micoplasma-IgG
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio.
Valores de Referência:
Positivo
:
> 1,10
Negativo
:
< 0,90
Indeterminado : 0,90 a 1,10
Interferências: não há referências.
Indicações: Cerca de 20 a 25% das pneumonias comunitárias são produzidas pelo Mycoplasma pneumoniae.
Testes falso-positivos podem ocorrer em pacientes com infecções estreptocócicas, quadros de infecção aguda,
como meningites e encefalites.
Quadros de pancreatite aguda também podem produzir reações falso-positivas. Pacientes imunodeprimidos
podem ter resultados falso-negativos. A pesquisa de crioaglutininas tem menor sensibilidade que a procura dos
anticorpos específicos.
O M.pneumoniae está ligado a quadros de pneumonia atípica primária, traqueobronquite aguda, inflamação
timpânica aguda e faringite.
Informações importantes: medicação atual.
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ANTICORPOS ANTI-MYCOPLASMA PNEUMONIAE – IgM
Sinônimo mais usado: Micoplasma IgM
44
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabibilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio.
Valores de referência:
Positivo
:
> 1,10
Negativo
:
< 0,90
Indeterminado : 0,90 a 1,10
Interferências: Vide item anterior.
Indicações: vide item anterior.
Informações importantes: anotar medicação atual.
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ANTICORPOS ANTI-NEUTRÓFILOS (C-ANCA E P-ANCA)
Sinônimo mais usado: ANCA
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método : Imunofluorescência Indireta.
Valores de Referência: C-ANCA : Negativo
P-ANCA : Negativo
Interferências: uso de medicação imunossupressora.
Indicações: Os anticorpos anti-neutrófilos tem como alvo o citoplasma de neutrófilos e aparecem processos de
vasculites necrotizantes sistêmicas.
Existem dois padrões fluorescentes do ANCA :
a) C-ANCA – é um anticorpo anti-Pr3 ou Proteinase-3, presente frequentemente na Granulomatose de
Wergener .
b) P-ANCA – é um anticorpo anti-Mieloperoxidase e está presente em 50% dos casos de Colite Ulcerativa, 20%
de pacientes com doença de Crohn e mais raramente em casos de Vasculites Sistêmicas Necrotizantes, como
nas poliarterites microscópicas, glomerulonefrites crescênticas, Síndrome de Churg-Strauss, LES e vasculite
reumática e Colangite Primária Esclerosante.
Informações importantes: informar medicação e quadro clínico se possível.
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ANTICORPOS ANTI-OVÁRIOS – IgG
Sinônimo mais usado: Anti-Ovário.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunofluorescência Indireta.
Valores de Referência: até 1/20
Interferências: endometriose com presença de CA-125 positivo.
Indicações: Geralmente estes anticorpos agem sobre as células foliculares. Casos de infertilidade feminina
podem ser explicados pela presença destes anticorpos.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e tempo de infertilidade.
45
GRUPO SÃO CAMILO
ANTICORPOS ANTI-PEROXIDASE (TPO)
Sinônimo mais usado: Anti-TPO
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração ou 4 semanas sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: (Percentil de 97,5%) até 5,61 UI/mL
Interferências: presença de anticorpos heterófilos .
Indicações: O TPO é encontrado em 95% dos pacientes com Tireoidite de Hashimoto e 85% dos pacientes com
Doença de Graves, ambas com títulos elevados de TPO. Até 10% de indivíduos normais podem apresentar estes
anticorpos, em títulos baixos, o mesmo podendo acontecer em pacientes com carcinoma tireoidiano , adenomas e
bócio multinodular.
TPO positivo (com títulos elevados) em pacientes hipo ou eutireoidianos indicam bócio difuso ou nódulo de
tireóide com etiologia de tireoidite de Hashimoto.
TPO positivo (com títulos variáveis ) em pacientes hipertireoidianos sugere Doença de Graves ou sua
associação com a tireoidite de Hashimoto (excluindo o bócio multinodular tóxico) indicando a possibilidade de
falência tireoidiana por destruição linfocítica. Pode diferenciar Doença de Graves sem oftalmopatia dos
eutireoidianos com oftalmopatias.
Informações importantes: medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-RNP
Sinônimo mais usado: RNP
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: outras doenças auto-imunes e medicação imunossupressora.
Indicações: Estes anticorpos estão presentes no LES e na DMTC (Doença Mista do Tecido Conectivo), sendo
que nesta nosologia os títulos geralmente são muito elevados. No Fator Anti-nuclear o padrão fluorescente é o
Nuclear Pontilhado Grosso. Pode ser encontrado em pacientes com associação de doenças auto-imunes com
plasmocitomas.
Informações importantes: informar medicação atual.
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ANTICORPOS ANTI-SARAMPO – IgG (ver Sarampo - IgG - Sorologia)
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-SARAMPO – IgM (ver Sarampo - IgM - Sorologia)
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VI
46
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ANTICORPOS ANTI- SCL-70 (ANTI-DNA-TROPOISOMERASE)
Sinônimo mais usado: Anti-Escleroderma.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não reagente.
Interferências: outras doenças autoimunes concomitantes.
Indicações: diagnóstico laboratorial da Esclerose Sistêmica Progressiva Difusa. Antes de se completar o quadro
clínico, pacientes com fenômeno de Raynaud podem apresentar este anticorpo positivo.
Informações importantes: informar a medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-SSA/RO
Sinônimo mais usado: Anti-SSA/RO
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: medicação imunossupressora.
Indicações: Estes anticorpos são encontrados em 60% dos pacientes com Síndrome de Sjögren e em 35 a 40% dos
pacientes com LES. Em pacientes com LE neonatal e em pacientes com bloqueio A-V total podem apresentar estes
anticorpos.
Informações importantes: informar a medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-SSB/LA
Sinônimo mais usado: Anti-SSB/LA
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: medicação imunossupressora.
Indicações: é um teste útil para diagnóstico de LE associado a quadros de vasculite ou LE com superposição da
Síndrome de Sjögren.
Informações importantes: informar medicação atual.
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47
GRUPO SÃO CAMILO
ANTICORPOS ANTI-TIREOGLOBULINA
Sinônimo mais usado: AAT
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: até 4,11 UI/mL
Interferências: presença de anticorpos heterófilos, Hiperbilirrubinemia, Hemólise e Lipemia.
Indicações: geralmente estes anticorpos podem estar presentes na tireoidite autoimune, em pacientes com outras
doenças autoimunes, e em indivíduos idosos. Cerca de 55 % dos pacientes com tireoidite de Hashimoto e 25%
dos pacientes com doença de Graves apresentam altos títulos destes anticorpos, além de pacientes com
carcinoma de Tireóide e outras doenças tireoidianas. Cerca de 15 % de indivíduos normais podem apresentar
baixos níveis destes anticorpos.
Os anticorpos anti-Tireoglobulina podem estar associados a outros anticorpos contra estruturas da tireóide, como
o TPO, o TRAB, etc..
Informações importantes: informar a medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-TIROSINO FOSFATASE – IA2
Sinônimo mais usado: IA2
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes pode coletar imediatamente
antes da próxima coleta.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunofluorimetria
Valores de Referência: até 1,8 ng/mL
Interferências: presença de anticorpos heterófilos.
Indicações: é um exame que serve para predição, controle e diagnóstico do diabetes mellitus. Juntamente com
outros anticorpos, como o GAD, os anticorpos anti-Insulina e os anticorpos anti-ilhotas de Langerhans, forma
um arsenal de testes que auxiliam as ações diagnósticas e de controle dos pacientes, principalmente com DM I.
Informações importantes: informar medicação atual e quadro clínico ou hipóteses diagnósticas.
_______________________________________________________________________________________
ANTICORPOS ANTI-NUCLEARES (FAN) – ANTICORPOS CONTRA ANTÍGENOS CELULARES PESQUISA
Sinônimo mais usado: FAN
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunofluorescência Indireta, com padrões fluorescentes definidos conforme o III° Consenso Nacional
para a Padronização dos Laudos de FAN em células HEp-2. Testes controlados com soros padrões AF/CDC ANA
48
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
reference Sera, Atlanta,GA-USA.
Valores de Referência: são de significado clínico os valores superiores a 1/40.
Títulos baixos
: resultados até 1/80.
Títulos moderados : resultados de 1/160 a 1/320
Títulos elevados : resultados acima de 1/640
Entre indivíduos hígidos, as seguintes porcentagens de testes positivos foram encontradas : 1/40 em
aproximadamente 21%, 1/80 em 10%, 1/160 em 5% e 1/320 ou mais em 3% das pessoas sem nenhum sinal ou
sintoma de doença auto-imune. Assim, devido à alta sensibilidade do teste, todas as associações clínicas dos autoanticorpos devem ser valorizadas de acordo com a análises do quadro clínico com o sorológico, feitas pelos
médicos.
Interferências: hiperlipemia, uso de imunossupressores, pacientes fora do período de atividade da doença.
Indicações: o leque de indicações é muito grande, quando se considera os 5 compartimentos celulares, como
Nuclear, Nucleolar, Citoplasmático, Aparelho Mitótico, Placa Cromossômica Metafásica e padrões mistos.
Nuclear tipo
membrana de aspecto
contínuo
Sem PCM fluorescente : anticorpos anti-lâmina e componentes do envelope nuclear, encontradas na Cirrose
biliar primária (anticorpos anti-gp210), hepatites autoimunes (raramente associado a doenças reumáticas, e
mais raramente no LES, Esclerodermia linear e na Síndrome dos anticorpos antifosfolipídeos.Outros anticorpos
associados a esse padrão são: anti-p-62 (nucleoporina), anti-lamin A, anti-lamin B, anti-lamin A,B e C, além
do anti-LBP. Pode ser observado em indivíduos sem evidência aparente de autoimunidade, principalmente com
baixos títulos. O padrão é caracterizado por uma fluorescência em toda a membrana nuclear. Não se observa
fluorescência em nucléolos e citoplasma.
Nuclear tipo
Sem PCM e nucléolos fluorescentes : anticorpos anti-lâmina de aspecto pontilhado podendo ser encontrado
Membrana Nuclear de em raros casos de LES e Esclerodermia linear. Idem ao item anterior.
aspecto Pontilhado
Nuclear Homogêneo
Com PCM fluorescente : anticorpos anti-DNA nativo (marcador de LES) , anti-Histonas (marcador de
LES induzido por drogas, LES idiopático, artrite reumatóide, artrite idiopática juvenil) e Anti-Cromatina
(DNA/Histonas, Nucleossomo) encontrado no LES (estes anticorpos são marcadores do LES), Artrite
Reumatóide, Artrite Idiopática Juvenil (associada à uveíte), Síndrome de Felty e Cirrose Biliar Primária.
Nucleoplasma fluorescente de forma homogênea e regular.Não sendo possível distinguir a área de nucléolo,
por isso ele é considerado Não Reagente. Citoplasma normalmente não fluorescente.
Nuclear Pontilhado
Grosso
Sem PCM, nucléolos e citoplasma fluorescentes: Nucleoplasma com grânulos de aspecto grosseiro,
heterogêneos, em tamanho e brilho, sendo que sobressaem alguns poucos grânulos maiores e mais brilhantes
(1 a 6 por núcleo), que correspondem ao corpo de Cajal, rico em ribonucleo-proteínas do spliceossomo.
Nucléolos não fluorescentes. Anticorpos anti-antígeno Sm ( marcador de LES) e anti-RNP (critério
obrigatório para DMTC- doença mista do tecido conectivo), LES, Esclerose Sistêmica e AR. Pequenas
diferenças entre a morfologia das figuras de mitose podem auxiliar a diferenciação entre Sm e RNP.
Nuclear Pontilhado
Grosso reticulado.
Sem PCM,e nucléolos e citoplasma fluorescentes: tem o mesmo significado do padrão Nuclear Pontilhado
Grosso. Não é mais referido no 3◦ Consenso Brasileiro para pesquisa de autoanticorpos em células Hep-2
(FAN).
Nuclear Pontilhado
Fino
Sem PCM, nucléolos e citoplasma fluorescentes: apresenta o nucleoplasma com granulação fina. Anticorpos
anti SSA/Ro são encontrados na Síndrome de Sjögren Primária, LES, Lupus Neonatal, Lupus Cutâneo
Subagudo, esclerose sistêmica, poliomiosite e cirrose biliar primária. Anticorpos anti-SS-B/La são
encontrados na Síndrome de Sjögren primária, LES e Lúpus neonatal.
Nuclear Pontilhado
Fino Denso
Com PCM fluorescente e nucléolos não-fluorescentes. O citoplasma não é fluorescente: anticorpos antiproteína p75 (cofator de transcrição), também denominado LEDGF/p75, são encontrados em maior
freqüência na rotina ,em processos inflamatórios específicos e não-específicos, sem uma relação clínica bem
estabelecida e em doenças reumáticas auto-imunes e mas raramente em Cistites Intersticiais, Dermatite
Atópica e Asma. Muito freqüentemente presente em indivíduos sem evidências objetivas de doença
sistêmica.
Nuclear Pontilhado
Pontos Isolados
Sem PCM, nucléolos e citoplasma fluorescentes. O nucleoplasma apresenta pontos fluorescentes isolados
(podendo ser fornecida como informação adicional o número de pontos ≥ 10 ou < 10 pontos por núcleo:
anticorpos anti-p80 coilina não tem uma associação clínica definida, e anti-Sp 100 (anti p95) encontrados
em cirrose Biliar Primária e em várias outras condições clínicas.
Nuclear Pontilhado
Centromérico
Com PCM apresentando concentração característica de pontos. O nucleoplasma apresenta-se pontilhado cm
um número constante de 46 pontos. Nucléolos normalmente não fluorescentes. Anticorpos anticentrômero (proteínas Cenp-A, B e C), encontrados na Esclerose Sistêmica tipo CREST (Calcinose,
fenômeno de Raynaud, disfunção motora do esôfago, esclerodactilia e talangectasia) Cirrose Biliar Primária
49
GRUPO SÃO CAMILO
e Síndrome de Sjögren. Pode preceder a forma CREST por anos. Raramente observados em outras condições
clínicas.
Nuclear Pontilhado
Pleomórfico
Com PCM fluorescente (na fase G1 é totalmente não fluorescente, mas passa a pontilhado com grânulos que
variam de grosso, fino a fino denso a medida que a célula evolui para as fases S e G2: anticorpos anti-núcleo
de células em proliferação (PCNA) encontrados especificamente no LES.
Nucleolar Homogêneo Sem PCM e citoplasma fluorescentes. Nucléolos homogêneos e fluorescentes: Anticorpos anti-To/Th:
ocorre na esclerose sistêmica. Anticorpos anti-nucleolina : muito raro, descrito no LES, doença do enxerto
versus hospedeiro e na mononucleose infecciosa . Anticorpo anti B-23 (nucleofosmina): Esclerose
Sistêmica, alguns tipos de câncer, Síndrome do anticorpo antifosfolípides e doença enxerto versus
hospedeiro.
Nucleolar Aglomerado Com PCM fluorescente porém amorfa, com coloração delicada em volta dos cromossomos da placa
metafásica. Os nucléolos se apresentam com grumos de intensa fluorescência (como cachos de uva).
Citoplasma e núcleo não fluorescentes : Anticorpos anti-fibrilarina (U3-nRNP), encontrados na Esclerose
Sistêmica, especialmente se houver comprometimento visceral intenso, frequentemente com hipertensão
pulmonar.
VI
50
Nucleolar Pontilhado
Decoração pontilhada nucleolar e 5 a 10 pontos distintos e brilhantes ao longo da placa metafásica
cromossômica. Núcleo e citoplasma não corados: Anticorpos anti-NOR 90: atualmente descrito em outras
doenças do tecido conjuntivo, porém sem relevância clínica definida. Anticorpos anti-RNA polimerase I,
encontrados na Esclerose Sistêmica Difusa, com comprometimento visceral mais freqüente e grave, e
Anticorpos anti-ASE (anti-sense to ERCC-1): freqüentemente encontrado em associação a anticorpos
anti-NOR-90. A associação mais freqüente parece ser o LES.
Citoplasmático
Fibrilar Linear
Presença de fibras de estresses que constituem o citoesqueleto, decoradas de forma retilínea, cruzando toda a
extensão da célula e não respeitando os limites nucleares. Núcleo e nucléolos não fluorescentes. Anticorpos
anti-Actina: encontrados na hepatopatias, como Hepatite autoimune e Cirrose. Anticorpos antimiosina:
Hepatite C, Hepatocarcinomas e Miastenia Gravis. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<
1/80 ).
Citoplasmático
Fibrilar Filamentar
Decoração de filamentos com acentuação uni ou bipolar, em relação à membrana nuclear. Núcleos e
nucléolos não são fluorescentes: Anticorpos anti-Vimentina e anti-Queratina, encontrados na Doença
Hepática Alcoólica (é o anticorpo mais importante). Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<
1/80). Descrito em diversas doenças inflamatórias e infecciosas.
Citoplasmático
Fibrilar Segmentar
Apenas segmentos curtos das fibras de estresse se encontram fluorescentes. Núcleo e nucléolos não são
fluorescentes. Nas células em divisão, podemos observar eventualmente múltiplos grânulos intensamente
fluorescentes que correpondem à forma globular das proteínas do citoplasma. Anticorpos anti-Alfa
Actinina, Anti-Vinculina e anti-Tropomiosina, encontrados na Miastenia Gravis, Doença de Crohn e
Colite Ulcerativa. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80).
Citoplasmático
Pontilhado Polar
Evidencia Cisternas do aparelho de Golgi. A decoração é apenas citoplasmática em pontos agrupados de
situação perinuclear, normalmente em apenas um pólo nuclear. Núcleo, nucléolos e células em divisão não
são fluorescentes. Anticorpos antigolginas (cisternas do aparelho de Golgi) encontrados raramente no
LES, Síndrome de Sjögren Primária e outras patologias auto-imunes sistêmicas. Podem ainda ser
encontrados na Ataxia Cerebelar idiopática, Degeneração Cerebelar Paraneoplásica e infecções virais como
Epstein Barr, e pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Quando em títulos baixos ou moderados
podem não ter relevância clínica definida.
Citoplasmático
Pontilhado Pontos
Isolados
Pontos definidos de número variável por toda a extensão do citoplasma. Núcleo, nucléolo e células em
divisão não fluorescentes. Anticorpos anti-EEA 1, anti-Fosfatidilserina: não há associações clínicas bem
definidas. Anticorpos anti-GWB, encontrados na Síndrome de Sjögren Primária em outras condições
clínicas diversas. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80).
Citoplasmático
Pontilhado Fino
Denso
Fluorescência de pontos finos, densos e confluentes, chegando à quase homogeneidade. O núcleo não está
corado, mas pode ou não apresentar uma leve decoração homogênea nas áreas do nucléolos. As células em
divisão não são fluorescentes. No caso de haver fluorescência concomitante de citoplasma e nucléolo, o
padrão é classificado como misto. Anticorpos anti-PL7/PL12: são raramente encontrados na Polimiosite.
Anticorpos anti-proteína P-ribossomal: esse padrão ocorre no LES. Podem não ter significado clínico em
títulos baixos (<1/80).
Citoplasmático
Pontilhado Fino
Pontos definidos em grande número e densidade, células em divisão e nucléolo não são fluorescentes.
Anticorpos anti-Histidil tRNA Sintetase (Jo-1), encontrados na Polimiosite do adulto (melhor marcador) e
mais raramente na Dermatomiosite. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80). Outros
anticorpos anti-tRNA sintetases podem gerar o mesmo padrão.
Citoplasmático
Pontilhado Reticulado
Apresenta fluorescência em múltiplos pontos dispostos sob forma de retículo irradiando a partir da periferia
do núcleo por todo o citoplasma. Núcleo, nucléolos e células em divisão não fluorescentes. Anticorpos antiMitocôndria, que são marcadores da Cirrose Biliar Primária (M2) e mais raramente da Esclerose Sistêmica.
É relativamente comum o encontro deste padrão na ausência de anti-Mitocôndria, pois devido ao encontro
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
relativamente comum de padrão semelhante e não relacionado a anticorpos anti-mitocôndria, é fundamental
a confirmação por teste específico.
Aparelho Mitótico
tipo Centríolo.
Ponto fluorescente isolado no citoplasma em um pólo na célula em repouso (interfase) que se divide em dois e
migra ao pólo oposto do núcleo à medida que a célula entra em divisão. Anticorpos anti-alfa Enolase. Em
títulos elevados (> 1/160), sugere Esclerose Sistêmica. Em baixos títulos não tem associação clínica definida.
Aparelho Mitótico
tipo Ponte
Intercelular.
Antígenos que formam a união entre células mãe/filha ao final da telófase. Podem ser observados com
fluorescência intensa na ponte citoplasmática que sofrerá clivagem ao final da divisão celular. Anticorpos
anti-beta tubulina, encontrados no LES, Doença Mista do Tecido Conjuntivo. Podem não ter significado
clínico em títulos baixos (< 1/80). Outros anticorpos ainda não definidos podem gerar o mesmo padrão.
Aparelho Mitótico
tipo Fuso Mitótico
(NuMa 2)
Células em intérfase se encontrar não fluorescentes em todas as sua estruturas. Há decoração extensa e
grosseira nos pólos mitóticos das células em metáfase e as pontes intercelulares são positivas na telófase.
Citoplasma não fluorescente. Anticorpos anti-HsEg-5/NuMa-2 são encontrados em várias patologias
atuo-imunes. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80).
Misto do tipo
Nucleolar Homogêneo
e Nuclear Pontilhado
Grosso com Placa
Metafásica em anel.
Células com interfase apresentam o núcleo corado como pontilhado grosso e os nucléolos corados de forma
homogênea. Na metáfase há coloração ao redor da placa metafásica (decorada em anel muito característico).
Anticorpos anti-Ku, encontrados nas superposições de Polimiosite e Esclerose Sistêmica. Podem ocorrer
também no LES e na Esclerodermia.
Misto do tipo Nuclear
e Nucleolar Pontilhado
fino com placa
metafásica corada.
Células em interfase apresentam o núcleo corado de forma pontilhada fina e os nucléolos sobressaem também
com padrão pontilhado fino. Na metáfase a placa metafásica apresenta padrão pontilhado fino. Anticorpos antiDNA Topoisomerase I (Scl-70), encontrados na Esclerose Sistêmica forma difusa em que indica formas de
maior comprometimento visceral, e mas raramente na Síndrome CREST e na superposição da Polimiosite e
Esclerodermia. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80).
Misto do tipo Citoplasmático Pontilhado Fino
Denso e Nucleolar
Homogêneo
O núcleo é totalmente não corado e os nucléolos são corados fracamente. O citoplasma apresenta intensa
coloração com pontilhado muito fino e muito denso, quase homogêneo. As células mitóticas não são coradas.
Anticorpos anti n-RNP (anti-proteína P-ribossomal), considerados como marcadores do LES e mais
freqüentemente relacionado ao LES com alterações psíquicas. Parece estar associado à atividade da doença.
Misto do tipo Nuclear
Pontilhado Fino com
fluorescência do
Aparelho Mitótico
(NuMa 1)
As células em interfase apresentam o núcleo corado como um pontilhado bem fino, geralmente em altos
títulos. Células mitóticas em metáfase e anáfase apresentam colocação bem definida e delicada da região
pericentrossômica e das partes proximais do fuso mitótico. Na telófase já se vê novamente a coloração
pontilhada dos núcleos neoformados e não se vê coloração da ponte intercelular. Anticorpos anti-NuMa 1,
encontrados na Síndrome de Sjögen e em outras patologias autoimunes ou inflamatórias crônicas. Podem não
ter significado clínico em baixos títulos ou moderados (<1/80 ou < 1/160).
Misto do tipo nuclear
pontilhado fino e
nucleolar pontilhado
Células em intérfase apresentam o núcleo corado de forma pontilhada fina delicada e sobressaindo o nucléolo
corado com padrão pontilhado (pontos individuais) O citoplasma não é corado. Na metáfase, observam-se 5 a
10 pontos isolados e brilhantes na placa metafásica correspondentes às regiões organizadoras de nucléolo
(NOR). Anticorpos anti-RNA polimerase I e II: Esses dois anticorpos usualmente aparecem em
combinação, sendo a RNA polimerase I a responsável pela distribuição nucleolar e em NOR, enquanto a RNA
polimerase II responde pela distribuição nuclear. Anti-RNA polimerase I : é considerado marcador de
esclerose sistêmica e o Anti-RNA Polimerase II aparece em diversas condições autoimunes.
NOVOS PADRÕES FLUORESCENTES:
Nuclear Pontilhado Fino Apresenta um padrão fluorescente Nuclear, com placa cromossômica corada, com o mesmo padrão das
tendendo a homogêneo células comuns, tem associação clínica e identidade imunológica não definidas. Não pode ser confundida
com o padrão Nuclear Pontilhado fino denso. O quadro clínico deverá ser sempre avaliado frente a este
quadro sorológico. Neste tipo de padrão a placa de metáfase se apresenta com a estrutura pontilhada, da
mesma forma que as células fluorescente, o que não acontece nos padrões Nuclear homogêneo e Nuclear
Pontilhado fino denso, que as placas metafásicas são homogêneas.
Citoplasmático em
forma de pequenos
bastões (rods) e
círculos (rings)
Este padrão fluorescente se apresenta em forma de pequenos bastões (rods) e círculos (rings), que
aparentemente está associado à infecção pelo HCV. Como ainda não estão totalmente caracterizados, esse
novo padrão foi considerado preliminar durante o 3° Consenso Brasileiro , quando serão novamente
apreciados durante o 4° Consenso.
PCM = Placa Cromossômica Metafásica.
Referência Bibliográfica: 3◦ Consenso Brasileiro para pesquisa de autoanticorpos em células Hep-2 (FAN). Recomendações para padronização do
ensaio de pesquisa de autoanticor pos em células Hep-2, controle de qualidade a associações clínicas. Dellavance,A. et al. Revista Brasileira de
Reumatologia, 2009;49 (2): 89-109.
Informações importantes: sexo, idade, medicação atual.
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GRUPO SÃO CAMILO
ANTIFUNGIGRAMA
Sinônimo mais usado: Teste de sensibilidade aos anti-fúngicos
Material e conservação para envio: colônia isolada de Leveduras de interesse médico, sem contaminações
bacterianas e/ou fungos filamentosos, sob temperatura ambiente.
Instruções para coleta: vide item acima.
Estabilidade da amostra: até 48 horas a temperatura ambiente.
Método: Kirby e Bauer.
Valores de Referência: Sensibilidade aos anti-fúngicos utilizados.
Interferências: contaminações bacterianas e fúngicas filamentosas.
Indicações: escolha do antifúngico mais adequado para tratamento das leveduroses, principalmente produzidas
por Candida ssp e Cryptococcus ssp. São testados os seguintes anti-fúngicos: Anfotericina B, Cetoconazol,
Clotrimazol, Econazol, Fluconazol, Itraconazol, Miconazol e Nistatina.
Informações importantes: medicação atual.
Nota: as Candida ssp, podem alterar a sua sensibilidade aos anti-fúngicos. A Candida glabrata pode se tornar
resistente ao fluconazol, após o início da terapêutica. A Candida krusei é naturalmente resistente ao Fluconazol.
O Trichophyton asahii é naturalmente resistente à anfotericina B e o Cryptococcus neoformas pode se tornar
resistentes à 5 Fluoroxitosina.
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ANTIMULLERIANO – HORMÔNIO
Sinônimo mais usado: AMH
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum dispensável. Geralmente as amostras devem ser coletadas entre o 2º e o 7º dia do
ciclo ou de acordo com as instruções médicas.
Estabilidade da amostra: 2 a 3 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio (ELISA)
Valores de Referência: 1,2 a 9,6 mcg/L entre o 2º e o 7º dias do ciclo.
Interferências: lipemia.
Indicações: No homem o AMH tem grande importância quando as células de Sertoli, durante o
desenvolvimento embrionário produz a inibição do desenvolvimento dos dutos de Muller que são os precursores
da vagina, útero e trompas e que ajuda no desenvolvimento normal do trato genital masculino. A produção do
AMH nos homens ocorre durante toda a vida. No sexo feminino, os níveis de AMH são baixos até o começo da
puberdade. Após a puberdade o AMH apresenta variações durante os ciclos menstruais, caindo após a
menopausa.
No homem ele pode ajudar na avaliação da Síndrome da Persistência do Duto Mulleriano, anorquia ou ectopia
testicular e nas mulheres classificação da puberdade precoce com níveis baixos ou tardia com níveis elevados,
assim como nos casos de estados intersexuais-hemafroditismo e pode servir de marcador tumoral quando da
exerece de tecido gonadal neoplásico. Após a puberdade pode ser um bom marcador do potencial de óvulos em
pacientes que estão sendo submetidas à fertilização in vitro.
Informações importantes: suspeita clínica, idade dos pacientes e medicação utilizada.
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VI
52
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ANTIOXIDANTES TOTAIS
Sinônimo mais usado: ANTOX
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum dispensável.
Estabilidade da amostra: um mês sob congelação.
Método: espectrofotometria.
Valores de Referência: 1,3 a 1,8 mmol/L
Interferências: hemólise, lipemia e medicação anti-oxidante recente.
Indicações: avaliação dos níveis de antioxidantes séricos. Os antioxidantes são componentes que inibem a ação
de oxidação de substratos normalmente presente no corpo e protegem células e tecidos da ação dos radicais
livres.
Informações importantes: medicação atual.
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ANTITROMBINA III
Sinônimo mais usada:ATIII
Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado congelado.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob congelamento.
Método: Turbidimetria.
Valores de Referência:
Indivíduos normais : 83 a 119%
Deficiência hereditária : 27 a 45%
Os Recém-Nascidos têm valores 50% inferiores em relação aos valores de adultos.
Interferências: anticorpos heterófilos, terapia com heparina e terapia com estrógenos e progestágenos.
Variações patológicas :
Aumento dos valores : Processos inflamatórios, terapia com Penicilina G (I.M.) e uso de
anabolizantes.
Diminuições dos valores : Deficiência genéticas : Transmissão autossômica dominante com
freqüência de 1/3000. Nas doenças tromboembólicas de repetição a
freqüência chega a 3%.
Nos casos de indivíduos heterozigóticos os valores podem variar de 30 a 60% dos normais. Essas pessoas podem
desenvolver quadros de trombose nos casos de pós-parto, intervenções cirúrgicas, uso de pílulas
anticoncepcionais e tabagismo.
Deficiências adquiridas: Perda urinária por queda da seletividade glomerular (Síndrome Nefrótica), terapia com
estrógenos e progestágenos com diminuição da atividade da proteína. Diminuição da síntese da ATIII, como na
insuficiência hepática. Consumo elevado da ATIII, como nas CIVD, trombose venosa, cirurgias, partos complicados.
Terapia com Heparina, que pode diminuir a atividade da ATIII em até 30% e terapia com L-Asparaginase, que
pode diminuir a atividade da ATIII em até 40%.
Indicações: A ATIII é uma glicoproteína produzida no fígado que tem a função de inibir a coagulação. Tem uma
grande afinidade pela heparina devido a resíduos de Lisina na parte N-terminal da molécula. A associação de
ATIII-Heparina favorece o seu acesso às proteínas da coagulação que são inibidas pela Antitrombina III. A ação
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GRUPO SÃO CAMILO
efetiva da ATIII é exercida sobre a Trombina, o Fator X a, o Fator IX a, a plasmina, a calicreína e alguns fatores do
complemento que estão associados à coagulação. A deficiência hereditária ou adquirida pode causar tromboses
ou a ineficiência da ação da heparina.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e sexo.
Nota: Adeterminação da atividade da ATIII tem vantagens sobre a dosagem da ATIII, pois determina sua
atividade, mesmo na presença de moléculas inativas, casos de deficiências do tipo 2 e em casos de
presença do cafator da Heparina inibidor da ATIII. Resultados mais confiáveis devem ser realizados
na ausência de terapia com heparina, anticoncepcionais orais e L-Asparaginase.
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APOLIPOPROTEÍNA A1 (APO A1)
Sinônimo mais usado: Apo A
Material e conservação para envio : 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunoturbidimetria.
Valores de Referência: em mg/dL:
Adultos
Homens
: 110 a 170 mg/dL
Mulheres : 120 a 190 mg/dL
Valores Pediátricos:
5 a 10 anos : 104 – 160 mg/dL
11 a 15 anos : 102 – 160 mg/dL
16 a 20 anos : 102 – 165 mg/dL
Interferências: Modificações da dieta habitual, ganho de peso corporal elevado em 15 dias, atividade física nas
24 horas que antecedem a coleta.
Medicamentos: Elevações: ácido ascórbico, atenolol, captopril, carnitina, cetoconazol, cimetidina, clofibrato e
derivados, cloroquina, colestiramina, contraceptivos orais, enalapril, estrogenos em geral, fenitoína,
fenobarbital, furosemide, hidroclortiazidas, insulina, lovastatina, metformina, minoxidil, niacina, pravastatina,
prednisona, salbutamol, sinvastatina, verapamil. Diminuições: clorpropamida, danazol,
dehidroepiandrosterona, D-tiroxina, espirolactona, levonorgestrel, levotiroxina, medroxiprogesterona,
metildopa, nadolol, noretindrona, propranolol, tamoxifeno.
Indicações: Diagnóstico laboratorial de risco da doença aterosclerótica. Sendo o principal componente protéico
do HDL, participa da remoção do excesso de colesterol dos tecidos, sendo responsável pela ativação da
colesterolaciltranferase. É pois um fator de proteção arterial.
Informações importantes : medicação atual e pregressa. Atividade física , etc.
_______________________________________________________________________________________
APOLIPOPROTEÍNA B (APO B)
Sinônimo mais usado: Apo B
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Método: Imunoturbidimetria.
Valores de Referência: em mg/dL:
Valores Pediátricos:
Adultos
Mulheres : 75 a 150 mg/dL
Homens : 75 a 150 mg/dL
5 a 10 anos : 50 – 90 mg/dL
11 a 15 anos : 48 – 88 mg/dL
16 a 20 anos : 48 – 110 mg/dL
Interferências: não há referências .
Indicações: É o maior constituinte protéico das frações VLDL, LDL e Lipoproteína (a), sendo que a maior parte
está ligada ao Colesterol LDL, tornando-se assim um bom marcador de risco para doença coronariana,
principalmente aos pacientes com níveis de triglicérides elevados.
Informações importantes: medicação atual, idade e sexo dos pacientes.
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APOLIPOPROTEÍNA E – ESTUDO GENÉTICO
Sinônimo mais usado: Estudo genético da Apo E
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração.Não separar o plasma.
Colocar papel entre o frasco com o sangue e o gelo renovável.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: Extração e amplificação com primers específicos do gen da Apolipoproteína. Análise de restrição
(RFLP) com enzima Afill e Haell.
Valores de Referência: Ausência da mutação E4 que está associada à doença de Alzheimer.
Interferências: não há referências.
Indicações: As Apolipoproteína E (Apo E) é sintetizada no fígado e localizada nos quilomícrons, VLDL e HDL.
Tem um papel de regular o metabolismo de lípides e lipoproteínas, ligando-se ao LDL através de receptor específico.
Apresenta 3 alelos que em associação produzem 6 fenótipos divervos.
O principal alelo é o E3, mas o E2 está relacionado com LDL baixo e triglicérides alto. O alelo E4 está relacionado com
LDL e Colesterol Total altos. O Fenótipo E4/4 está relacionado com alto risco coronariano (IAM) em pacientes jovens.
Hiperlipidemia familiar do tipo III (disbetalipoproteinemia familiar) tem como fenótipo E2/2. Estes pacientes têm
dificuldade no metabolismo dos quilomícrons e aumento do risco cardiovascular e vasculopatia periférica.
Informações importantes: medicação anterior e atual.
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APTIDÃO ESPORTIVA – TESTE DO GENE ACTN3 e TESTE PLUS
Material e conservação para envio:
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AQUAPORINA-4 – ANTICORPOS
Sinônimo mais usado: neuromielite óptica-anticorpos IgG
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da
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GRUPO SÃO CAMILO
próxima mamada.
Estabilidade para coleta: 7 dias sob refrigeração ou 3 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não reagente.
Interferências: Lipemia e hemólise.
Indicações: A neuromielite óptica, também conhecida como Síndrome de Devic, é um processo inflamatório de
característica desmielinizante crônica do SNC, que se caracteriza por um tipo de neurite óptica e mielite aguda. O
diagnóstico diferencial entre a neuromielite óptica e a esclerose múltipla é por vezes muito difícil de ser realizado
nas fases iniciais da síndrome, principalmente nos pacientes em fase precoce, quando o tratamento é mais
efetivo. Há um paralelismo entre Neuromielite óptica e a presença de anticorpos anti-Aquaporina.
Informações importantes: quadro clínico e suspeitas químicas.
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ARILSULFATASE A e B
Sinônimo mais usado: - Mucossulfatidose A e Mucossulfatidose B.
Material e conservação para envio: 5 mL de Sangue Total heparinizado sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima
mamada. A coleta deve ser realizada nos três primeiros dias da semana e deve-se evitar a coleta em vésperas de
feriados.
Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico.
Valores de Referência: a) Arilsulfatase A: 5 a 20 nmol/hora/mg de proteína.
B Arilsulfatase B: 72 a 176 nmol/hora/mg de proteína
Interferências: lipemia e hemólise.
Indicações: pacientes com leucodistrofia metacromática, de caráter metabólica e hereditária, apresentam níveis
diminuídos da arilsulfatase A, que é uma enzima lisossômica. Em consequência é o acúmulo de galactosil sulfato
na mielina de células do sistema nervoso central, nervos periféricos e alguns outros órgãos. Alguns pacientes
podem apresentar níveis diminuídos da atividade das arilsulfatases , sem apresentar sintomas clínicos.
Informações importantes: dados clínicos, hora da coleta e medicação atual
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ARSÊNICO NO SANGUE (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Arsênico sangüíneo
Material e conservação para envio: 5 ml de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Utilizar frascos próprios sem traços de metais. Não coletar no
ambiente de trabalho. Retirar todos os EPI, incluindo aventais. Lavar as mãos e braços antes da coleta.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 5 dias sob refrigeração.
Método: Espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: não expostos: valores inferiores a 0,16 mcmol/L
mcg/L = mcmol/L x 200
Não definidos pela NR-7, 1994, MT/Br
Interferências: não comer frutos do mar por pelo menos três dias antes da coleta.
Indicações: Presentes em atividades indústriais como galvanoplastia, mineração, petroquímica, fotocopiadoras,
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
indústria da borracha, cerâmica, cimento e baterias. Composto altamente tóxico, produzindo irritações em pele e
mucosas, neurites, paralisia, anemia e câncer. A presença alterada na urina demonstra exposição recente.
Informações importantes: medicação atual e atividade profissional.
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ARSÊNICO NA URINA (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Arsênico urinário
Material e conservação para envio: Coletar uma amostra urinária no final de semana de trabalho, com volume
mínimo de 100 mL.
Instruções para coleta: vide material e conservação para envio.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: - Pessoas não-expostas: até 10 mcg/g de creatinina
(NR-7, 1994, MT/Br).
- Pessoas expostas (IBPM): < 50 mcg/g de creatinina
(NR-7, 1994, MT/Br).
Interferências: frutos do mar, que não devem ser ingeridos por três dias antes da coleta.
Indicações: Processos de intoxicações agudas e crônicas com Arsênico.
Informações importantes: medicação atual e ocupação profissional.
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ASLO – ANTIESTREPTOLISINA O
Sinônimo mais usado: ASO
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração .
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunoturbidimetria.
Valores de Referência: até 200 UI/mL
Interferências: Lipemia.
Indicações: Diagnóstico laboratorial das infecções estreptocóccicas. Títulos em elevações entre duas ou mais
determinações indicam infecção aguda. Na febre reumática 85 a 90% dos pacientes apresentam títulos elevados.
O pico sorológico ocorre entre a segunda e quarta semanas após o início da infecção. Os títulos começam a se
normalizar após 8 a 12 semanas após a cura.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual e início da terapêutica.
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ASPARTATO AMINOTRANSFERASE – AST (TGO) (ver Transaminases)
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ASPERGILLUS FUMIGATUS – PCR – BIOMOL-SC
Sinônimo mais usado: Aspergilose.
Material e conservação para envio: Escarro, lavado broncoalveolar, líquido pleural, fragmento de biópsia
(enviar em etanol), 5,0 mL de sangue total em EDTA. O material deve ser transportado refrigerado (4° C).
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GRUPO SÃO CAMILO
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: Quando houver suspeita de infecção na pele, no pulmão, ou infecção fúngica sistêmica. A
aspergilose é causada pelo fungo Aspergillus fumigatus, que causa no ser humano um grande número de doenças
alérgicas, como asma e rinite alérgica, e invasivas, sendo as doenças broncopulmonares as manifestações mais
frequentes, podendo se espalhar para o cérebro e medula. A infecção ocorre por meio da inalação dos esporos do
fungo presentes no solo, em sementes ou material fecal. A Aspergilose é geralmente benigna, mas assume
particular importância clínica em infecções sitêmicas malignas em doentes imunossuprimidos. Os diagnósticos
sorológicos podem apresentar reações cruzadas com Histoplasmose, Blastomicose e Paracoccidioidomicose, a
identificação por cultura é laboriosa e frequentemente contaminada por outros fungos, já, a detecção molecular
por PCR é rápida, sensível e específica.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
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ASPERGILLUS SPP PCR – BIOMOL-SC
Sinônimo mais usado: Aspergilose.
Material e conservação para envio: Escarro, lavado broncoalveolar, líquido pleural, fragmento de biópsia
(enviar em etanol), 5,0 mL de sangue total em EDTA. O material deve ser transportado refrigerado (4° C).
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: Vide Asperillus fumigatus, PCR.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
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ASPERGILOSE – SOROLOGIA
Sinônimo mais usado: Sorologia para Aspergilose
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunodifusão simples bidimensional segundo Oüchterlony.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: dados da literatura tem demonstrado que terapia com anti-micóticos podem negativa resultados
sorológicos ou dependendo da época da instituição o paciente pode até deixar de desenvolver anticorpos
específicos anti-Aspergillus.
Indicações: Sorologia para o diagnóstico laboratorial de infecção por Aspergillus sp.
Informações importantes: relatar medicação atual e anterior até 2 meses.
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ATAXIAS – ESTUDO MOLECULAR DO PAINEL DE Sinônimo mais usado: Painel de Ataxias.
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente, a
temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.
Método: PCR
Valores de Referência: ausência de expansão na seqüência de trinucleotídeos determinantes das mutações.
Interferências: hemólise.
Indicações: a) Ataxias autossômicas recessivas: Ataxia de Friedreich; b) Ataxias autossômicas dominantes:
Ataxias espinocerebelares SCA1, SCA2, SCA3 e SCA10.
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
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BAAR – BACILOS ÁLCOOL ÁCIDO RESISTENTES – PESQUISA
Sinônimo mais usado: Pesquisa de BAAR.
Material e conservação para envio: Vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São
Camilo.
Instruções para coleta: idem.
Estabilidade da amostra: idem.
Método: Bacterioscopia com coloração de Ziehl-Neelsen.
Valores de Referência: Ausência de BAAR nos percursos laminares.
Interferências: Indicações: Diagnóstico bacteriológico dos BAAR.
Informações Importantes: terapia específica anterior.
OBS.: Os escarros devem ser analisados logo após o período de liquefação. No Laboratório São Camilo
utilizamos Fluimucil em ampolas, na proporção de ½ ampola para cada 5 mL de escarro. O material é
homogeneizado e colocado a 37 C, em estufa, por 2 horas. Após este período colocamos o material
entre lâmina e lamínula e fazemos contagens por campo de 400 X para leucócitos e células
descamativas. Através destes dados avalia-se a qualidade do material em relação a um escore :
Neutrófilos (por campo)
Células descamativas (por campo)
0
1a9
10-24
> 25
0
-1
-2
-3
1 a 9
Escore + 1
0
-1
-2
10 a 24
Escore + 2
+1
0
-1
> 25
Escore + 3
+2
+1
0
0
Escore
Escores de valor +3 são considerados Excelentes.
Escores de valor +2 são considerados Bons.
Escores de valor +1 são considerados Regulares.
Escores de valor 0 devem ser analisados com reservas.
Escores inferiores a 0 devem ser novamente coletados – forte contaminação com saliva.
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GRUPO SÃO CAMILO
BACTERIOSCOPIA
Sinônimo mais usado: Bacterioscópico.
Materiais e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório
São Camilo.
Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo.
Estabilidade da amostra: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo.
Método: Gram, Ziehl-Neelsen, Azul Algodão, Fontana-Tribondeau , Albert Laybourn,etc.
Valores de Referência: descrição da Microbiota presente nos materiais clínicos coletados. Dependendo do
material, pode ser um exame muito útil no tratamento de certas patologias bacterianas ou fúngicas.
Interferências: antibioticoterapia anterior, local de coleta, contaminantes da Microbiota Anfibionte (normal),
etc.
Indicações: Teste de triagem e orientação para tratamento e/ou para a cultura em andamento.
Informações importantes: informar medicação prévia e atual, local e hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
BACTERIOSCOPIA DE FEZES
Sinônimo mais usado: idem
Material e conservação para envio: As fezes devem ser coletadas antes de qualquer terapia com antibióticos
orais ou sistêmicos, antidiarréicos ou contrastes radiológicos (prazo de 5 dias).
a) Evacuação :
Coletar o material em pote próprio, estéril. Sempre enviar fezes recentes. Pode-se utilizar solução salina
tamponada para manter as fezes umedecidas. Enviar sob refrigeração.
b) Swab anal: pode-se coletar swab rico em fezes, mergulhado em tampão PBS, pH=7,4.
Instruções para coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra: inferior a 24 horas sob refrigeração, em solução salina tamponada.
Método: coloração pelo método de Gram e coloração tipo Romanosky.
Valores de Referência: dependendo da idade do paciente e do tipo de alimentação, pode haver grande variação
da Flora Normal (Microbiota Anfibionte). Desde um predomínio de Lactobacillus ssp,nos lactentes ao
predomínio de Bacilos Gram-Negativos (enterobactérias). Ausência de Leucócitos, protozoários e leveduras.
Interferências: uso de antimicrobianos, antidiarréicos etc.
Indicações: Diagnóstico presuntivo de algumas infecções do trato intestinal.
a) Infecções no Intestino Delgado:
E.coli – Enteropatogênica clássica: Presença ou não de leucócitos.
E.coli – Enterohemorrágica (O157): Hemácias e Leucócitos nas fezes.
Vibrio cholerae: Raros leucócitos nas fezes (fase inicial da infecção).
Vibrio parahaemolyticus: Raros leucócitos nas fezes nas fases iniciais da infecção.
Campylobacter jejuni: Freqüentes leucócitos nas fezes .
Clostridium perfringens: Raros leucócitos nas fezes.
b) Infecções nos Intestinos delgado e grosso:
Salmonella sp.: Grande quantidade de leucócitos nas fezes.
Yersinia enterocolitica: Raros leucócitos nas fezes.
VI
60
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
c) Infecções no Intestino Grosso:
Shigella sp: Grande número de leucócitos
E.coli - Invasora: Leucócitos em número razoável.
Clostridium difficile: Raros leucócitos.
Informações importantes: informar quadro clínico .
_______________________________________________________________________________________
BACTERIOSCOPIA PARA HANSEN
Sinônimo mais usado: Pesquisa de BH
Material e conservação para envio: A coleta deve se realizar sempre nas áreas indicadas pelo(a) Médico(a) –
Assistente, geralmente da linfa das bordas das áreas de hipostesia ou anestesia, eritêmato-hipocrômicas, áreas com
madarose ou perdas de pelos, lesões de mucosa ,áreas de infiltrações difusas, placas eritêmato-infiltradas e de bordas
difusas, placas com tubérculos e nódulos, placas eritêmato-violáceas edematosas, placas de localização palmar,
plantar e periorificial., lesões pré-faveolares (eritêmato-planas com centro claro e lesões eritemato-pigmentares
ferrúgea ou pardacenta). Com o material assim obtido, são produzidos esfregaços em lâminas de microscopia, que
devem ser fixadas ao fogo, e enviadas em recipientes protetores, sem corar, a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: colher linfa, por escarificação, dos locais acima descritos e com indicação médica. Produzir
esfregaços em lâminas de microscopia.
Estabilidade da amostra: até 6 meses a temperatura ambiente, sob proteção da luz e do calor, após terem, as
lâminas fixadas ao fogo.
Método: coloração pelo método de Ziehl-Neelsen .
Valores de Referência:
De acordo com o número de microrganismos encontrados, por campo microscópico podemos ter:
Acima de 1000 BAAR por campo ou muitas globias
: Positivo 6+
11 a 100 BAAR por campo ou raras globias
: Positivo 5+
1 a 100 BAAR por campo ou raras globias
: Positivo 4+
Até 1 BAAR por campo
: Positivo 3+
Até 1 BAAR por 10 campos microscópicos
: Positivo 2+
Até 1 BAAR por 100 campos microscópicos : Positivo 1+
Ausência de BAAR por 200 campos microscópicos : Negativo
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GRUPO SÃO CAMILO
Classificação da Hanseníase:
Interferências: terapia específica ativa.
Indicações: diagnóstico laboratorial da Hanseníase.
Informações importantes: tratamento e tempo de tratamento. Casos familiares.
_______________________________________________________________________________________
BACTERIOSCOPIA PARA Mycobacterium tuberculosis E OUTROS BAAR (exclui moléstia de Hansen)
Sinônimo mais usado: Bacterioscopia para BAAR.
Material e conservação para envio: Os materiais podem ser os mais diversos possíveis, sendo os mais comuns:
Urina (primeira da manhã), escarro, sangue menstrual, LCR. Para outros materiais entrar em contacto com o
Departamento Científico do Laboratório São Camilo.
Instruções para coleta: Urina: coletar 3 amostras da primeira urina da manhã em dias seqüenciais (há
diminuição de contaminantes, facilitando o preparo das lâminas). Centrifugar a 2500 RPM imediatamente após
a coleta. Desprezar o sobrenadante. Preparar esfregaços finos em 4 lâminas. Esperar secar e fixa-las no bico de
Bunsen. Repetir o processo com as novas coletas. Enviar todas as lâminas para o laboratório, protegidas em
frascos tipo Papanicolaou ou caixa de plástico. Escarro: coletar o escarro antes do paciente se levantar pela
manhã. Se o paciente tiver dificuldade de coletar o escarro, pode-se induzi-lo com inalação por 15 minutos com
água destilada estéril. O escarro pode ser enviado ao laboratório no frasco de coleta, sob refrigeração, ou ser
submetido a liquefação com Fluimucil (0,15 mL da ampola do medicamento, para cada mL de escarro). Deixar a
temperatura de 37º C por 2 a 4 horas. Lâminas finas podem ser preparadas e fixadas ao fogo. Sangue menstrual:
coletar sangue menstrual no primeiro dia da menstruação (quando o fluxo é maior). Coletar com pipeta estéril,
tipo Pasteur, de plástico e descartável. Preparar esfregaços finos. Deixar secar a temperatura ambiente. Enviar as
lâminas, sem fixa-las. LCR: Centrifugar todo o material e preparar lâminas, fixando-as ao fogo.
Estabilidade da amostra: 5 dias para lâminas com sangue menstrual e 30 dias para materiais fixados ao fogo.
Método: coloração seg. Ziehl-Neelsen.
Valores de Referência: ausência de BAAR nos materiais clínicos.
Interferências: Materiais não significativos e terapêutica específica anterior.
Indicações: diagnóstico laboratorial para a presença de BAAR em materiais clínicos.
VI
62
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Informações importantes: descrever a coleta e informar o uso de medicações .
_______________________________________________________________________________________
BACTERIOSCOPIA PARA BACILO DIFTÉRICO
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Bacilos Diftéricos
Material co conservação para envio: Raspado de pseudomembranas da orofaringe e material da nasofaringe
(coletado com swab): preparar lâminas de microscopia, com esfregaços finos e fixa-los ao fogo, no bico de
Bunsen. Enviar a temperatura ambiente dentro de protetores de lâminas.
Instruções para coleta: vide a página 33 do Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório
São Camilo.
Estabilidade da amostra: após a fixação sob fogo, no bico de Bunsen, a lâmina pode ficar a temperatura
ambiente por até 30 dias.
Método: Colorações segundo Albert-Laybourn e Gram.
Valores de Referência: ausência de bacilos com corpúsculos ou granulações metacromáticas.
Interferências: vigência de terapia com antibióticos.
Indicações: suspeita clínica de infecção por Corynebacterium diphtherithicum (difteria).
Informações importantes: descrever a coleta e informar o uso de medicações.
_______________________________________________________________________________________
BANDAS OLIGOCLONAIS
Sinônimo mais usado: Bandas oligoclonais no LCR
Material e conservação para o envio: mínimo de 3,0 mL de LCR sem contaminação com sangue no momento
da coleta. Recomenda-se que o Neurologista que fizer a punção colete 3 frascos em seqüência, com no mínimo 5
mL cada, para que no terceiro não haja nenhuma interferência de sangue, de possível acidente de punção. Enviar
sob refrigeração. Recomenda-se a contagem de hemácias no material. Estas não podem ultrapassar a contagem
de 50 por mm³. Deve-se coletar uma amostra de soro-sangüíneo para comparação eletroforética de controle.
Instruções para coleta: além das instruções acima citadas no item “Material e conservação para envio”, deve-se
solicitar ao médico coletador que faça somente punção lombar.
Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Deve-se alertar que as bandas
oligoclonais são bastantes sensíveis aos processos de congelamento e descongelamento.
Método: eletroforese multi-separativa.
Valores de Referência: Ausência de Bandas Oligoclonais no material clínico. É relativamente comum o
aparecimento de somente uma Banda Oligoclonal da classe IgG em algumas patologias, não relacionadas à
Esclerose Múltipla, sem o correspondente aumento no soro. São bandas oligoclonais sintetizadas no ambiente
liquórico, com migração extra-tecal não sendo possível detecta-la no sangue por eletroforese.
A positividade do teste está na presença de no mínimo duas Bandas Oligoclonais, que devem estar ausentes ou em
concentrações inferiores no soro do que no LCR, provando-se a sua produção no ambiente liquórico ou intra-tecal.
Interferências: as encefalites, de qualquer etiologia e algumas doenças infecciosas, como sífilis, micoses
profundas, etc, podem cursar com a presença de Bandas Oligoclonais, mas geralmente apresentam a sua
correspondência sérica.
Indicações: diagnóstico laboratorial da Esclerose múltipla, auxiliando o clínico principalmente nos pacientes
sem quadro radiológico definido.
_______________________________________________________________________________________
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GRUPO SÃO CAMILO
BARBITURATOS – PESQUISA (vide Drogas de Abuso – Pesquisa)
_______________________________________________________________________________________
Bartonella henselae – ANTICORPOS ANTI-IgG e IgM
Sinônimo mais usado: - Bartonella IgG e/ou IgM
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da
próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação
Método: enzimaimunoensaio
Valores de Referência: IgG :não reagente: < 1/64
IgM: não reagente: < 1/32
Interferências: lipemia, hemólise e hiperlipemia.
Indicações: Diagnóstico sorológico da doença da arranhadura do gato.
Informações importantes: medicação atual, início da doença e epidemiologia.
_______________________________________________________________________________________
BENCE – JONES, PROTEÍNAS DE
Sinônimo mais usado: Proteínas de Bence – Jones.
Material e conservação para envio: Enviar alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, bem homogeneizada, sob
refrigeração. Não utilizar nenhum conservante.
Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, refrigerando durante a coleta.
Estabilidade da amostra: até 20 dias sob refrigeração. Não se deve congelar este material.
Método: método químico com diferencial de temperatura e confirmação por eletroforese focal.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: Não há referências.
Indicações: Diagnóstico laboratorial da presença de proteínas de cadeia leve (Proteínas de Bence – Jones) na
urina, para casos de Mieloma.
Informações importantes: enviar as hipóteses clínicas.
_______________________________________________________________________________________
BENZODIAZEPÍNICOS - PESQUISA - (vide Drogas de Abuso - Pesquisa)
_______________________________________________________________________________________
BENZOILECGONINA (COCAÍNA) - PESQUISA
Sinônimo mais usado: pesquisa de cocaína
Material e conservação para envio: urina recente, horário não é crítico. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: o horário da coleta não é crítico. O material deve ser coletado somente nos próprios do
laboratório , para que se tenha certeza da origem do material, não se deve permitir que o indivíduo não entre na
sala de coleta, com bolsas, frascos, sacolas , etc. Ao pegar na mão o frasco colhido, tentar perceber a temperatura
que está a urina, pois logo após a coleta, deverá estar por volta de 36°C. .
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Deve-se guardar sempre uma
amostra congelada para possíveis contra-provas.
64
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: pesquisa negativa.(Sensibilidade analítica mínima: a partir de 15 ng/mL).
Interferências: não há referências.
Indicações: diagnóstico clínico-laboratorial do uso da cocaína, para tratamento especializado. Geralmente a droga é
detectada na urina dos usuários até 48 a 96 horas após o uso ilícito, porém, o tempo em que a droga é detectada na
urina depende de alguns fatores, como tipo de usuário, se crônico ou ocasional, tipo de droga, dose, via de uso,
fatores individuais, como estado físico, idade, alimentação e dose. De uma forma geral, podemos considerar: uso
ocasional: 2 a 4 dias de permanência da droga na urina, e 10 a 14 dias para uso crônico. Em algumas universidades
foram feitas duas amostras semanais em estudantes, tanto para pesquisa de maconha , como para cocaína. Os testes
eram efetuados às segundas e quartas-feiras. Os estudantes que apresentavam positividade somente em algumas
segundas-feiras foram considerados usuários ocasionais ou de fins-de-semana. Os que apresentavam várias
pesquisas positivas às segundas e quartas-feiras, foram considerados drogaditos crônicos.
Nota: Estes testes não tem valor médico-legal e/ou pericial, por não ter posse legal. O indivíduo pesquisado
deve preencher uma autorização sua, ou de seu representante legal, declarando que foi por livre e
expontânea vontade que realizou este teste, e que em momento algum foi coagido a realizá-lo.
Informações importantes: o indivíduo pesquisado ou o seu representante legal deve informar se houve uso ou
suspeita de uso da droga, e há quanto tempo isto ocorreu. Informar todos os medicamentos que estão sendo
utilizados .
_______________________________________________________________________________________
BETA-2-GLICOPROTEÍNA I – ANTICORPOS IgG e/ou IgM
Sinônimo mais usado: Beta-2-Glicoproteína G ou M
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imedia-tamente antes da
próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente:
< 5,0 U/mL
Indeterminado: 5,0 a 8,0 U/mL
Reagente:
> 8,0 U/mL
Interferências: lipemia e hemólise.
Indicações: esses anticorpos são muito mais estáveis e apresentam mais especificidade clínica do que os
anticorpos anti-cardiolipina, para o diagnóstico laboratorial da síndrome dos anticorpos anti-fosfolipídeos.
Assim, a presença destes anticorpos estão ligados à morbidade gestacional, como abortamentos, eclampsia e préeclâmpsia e também quadros de trombose. Alguns indivíduos podem apresentar estes anticorpos sem quadro
clínico associado.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
BETA-2- MICROGLOBULINA SÉRICA
Sinônimo mais usado: Beta-2-Micro
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
65
GRUPO SÃO CAMILO
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: em ng/mL:
Adultos:
Homens .............................. : 604 - 2286
Mulheres ............................ : 607 - 2454
Crianças:
< 30 dias de vida ................ ..: 1160 - 4790
31 dias a 1 ano de vida .........: 830 – 3095
> 1 ano (valores de adultos)
OBS.: os valores de referência para adultos referem-se a mulheres não-grávidas e homens entre 20 a 70
anos, para um percentil de 97,5% populacional.
Interferências: quimioterápicos, hiperlipidemia e hiperbilirrubinemais .
Indicações: A Beta-2-Microglobulina forma parte das cadeias leves dos antígenos de Histocompatibilidade
HLA (A,B e C), que aparece nas células nucleadas, principalmente presentes nos linfócitos. Devido ao seu baixo
peso molecular 95% de sua forma livre é filtrada nos glomérulos e é reabsorvida, aproximadamente 99,9% nos
túbulos proximais. É também produzida por células mononucleares tumorais, elevando-se nos casos de
Síndromes Linfoproliferativas benignas ou malignas. Seu aumento urinário é relacionado à disfunções
tubulares. Aumentos da excreção urinária têm-se observado numa grande variedade de condições, como na
doença de Wilson, ns Síndrome de Fanconi, galactosemia congênita não tratada, nefrocalcinose, cistinose,
deficiência crônica de potássio, nefrite intersticial, doenças do tecido conjuntivo, como a AR, Síndrome de
Sjögren, exposição profissional a metais pesados como cádmio e mercúrio, infecções do trato urinário superior,
transplantes renais e nefrotoxicidade por ciclosporina, aminoglicosídeos ou cisplatina. Pode ser um bom teste
para diferenciar infecção renal alta da infecção baixa.
Elevadas concentrações no soro, na presença de função renal normal, sugerem produção ou liberação excessivas
de Beta-2-Microglobulina. Níveis elevados poderão ser encontrados em doenças linfoproliferativas, como no
mieloma múltiplo, leucemia linfóide crônica, doença de Hodgkin, outros linfomas, LES, AR, Sjögren, Doença
de Crohn, e algumas infecções virais, como as Hepatites, citomegalovírus, mononucleose, HIV, etc.
Aumenta também nos quadros de insuficiência renal aguda e crônica e no Lúpus Eritematoso Sistêmico,
independente dos níveis de função renal.
Informações importantes: informações sobre quadro clínico e medicação atual pode ajudar o laboratório.
_______________________________________________________________________________________
BETA-CAROTENO
Sinônimo mais usado: Caroteno
Material e conservação para envio: 1 mL de soro, em frasco âmbar sob congelação.
Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediata-mente antes da
próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação.
Método: espectrofotomético.
Valores de Referência: 50 a 300 µg/dL
Interferências: diminuições: alguns antibióticos, contraceptivos orais, metformina e uso crônico de óleos
minerais. Hemólise.
VI
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Indicações: seus níveis são paralelos aos da vitamina A, já que o beta-caroteno é a pró-vitamina A. Níveis
elevados são encontrados em indivíduos que ingerem grande quantidade de alimentos ricos em beta-caroteno,
como cenoura, espinafre, nas dislipidemias, diabetes mellitus e hipotireoidismo. Valores diminuídos podem ser
encontrados nos estados de carência alimentar, malabsorção, tabagismo, pós-gastrectomia e cirrose hepática.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
BETA-HCG NO LCR
Sinônimo mais usado: beta-HCG no Líquor
Material e conservação para envio: 2mL de LCR sob refrigeração.
Instruções para coleta: material coletado pelo(a) médico(a) – Assistente, por punção lombar. Se a primeira
porção vier com sangue, coletar mais um frasco. Enviar o segundo frasco ou o terceiro conforme o caso. Coletar
uma amostra de sangue para controle.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Não congelar.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: Indetectável.
Interferências: Hiperproteicorraquia, contaminação com hemácias .
Indicações: Seguimento de tumores produtores de HCG que podem apresentar metástases cerebrais. Nestes
casos, frequentemente, os valores liquóricos são maiores ou muito próximos aos valores séricos.
Informações importantes: medicação dos últimos 30 dias.
_______________________________________________________________________________________
BETA-HCG SÉRICO
Sinônimo mais usado: Beta-HCG
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Não há horário específico para coleta. A paciente deverá estar em jejum mínimo de 4 horas.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência.
Valores de referência: Resultado Inconclusivo :
20,0 a 30,0 mUI/mL
Resultado Negativo
: Inferior a 20,0 mUI/mL
Resultado Positivo
: Superior a 30,0 mUI/mL
OBS.: Os casos inconclusivos devem ser repetidos após uma semana, pois podem refletir estados
hipohormonais transitórios a serem confirmados. Os métodos utilizados pelo Laboratório São
Camilo, seguem o padrão de referência WHO-3rd – International Standard of HCG (75/537).
Os resultados devem sempre ser comparados com dados da paciente, como atraso menstrual, sintomas e história
clínica e resultados de outros testes. Níveis baixos podem não excluir a possibilidade de gestação, dependente do
atraso menstrual, principalmente.
Interferências: Medicamentos a base de HCG, como o Pregnil, Hiperlipemia, Hemólise e Hiperbilirrubinemia.
Indicações: Indicado no diagnóstico precoce da gravidez (desde 1 a 2 dias de atraso menstrual). Devido a grande
faixa de variação, o teste não tem como avaliar o tempo gestacional. De uma forma geral, mas não como regra
absoluta, os níveis de Beta-HCG podem duplicar a cada 36/48 horas.
O Beta-HCG pode ser um exame a ser utilizado como marcador tumoral de tumores trofoblásticos e outros de
produção ectópica de HCG. Os tumores testiculares serão tratados no exame GONADOTROFINA
67
GRUPO SÃO CAMILO
CORIÔNICA TESTICULAR, mais a frente.
Informações importantes: informar corretamente a Data da Última Mestruação, medicações utilizadas no
período prévio de 30 dias.
_______________________________________________________________________________________
BETA-HCG QUANTITATIVO GESTACIONAL
Sinônimo mais usado: Beta-HCG Gestacional.
Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: em UI/mL:
IDADE GESTACIONAL
1ª a 2ª semanas
2ª a 3ª semanas
3ª a 4ª semanas
4ª a 5ª semanas
5ª a 6ª semanas
6ª a 7ª semanas
7ª a 11ª semanas
11ª a 16ª semanas
16ª a 21ª semanas
21ª a 39ª semanas
Beta-HCG
25,0 a
150,0 mUI/mL
100,0 a 4.800,0 mUI/mL
1.100,0 a 31.500,0 mUI/mL
2.500,0 a 82.000,0 mUI/mL
23.000,0 a 150.000,0 mUI/mL
27.000,0 a 230.000,0 mUI/mL
20.000,0 a 290.000,0 mUI/mL
6.500,0 a 103.000,0 mUI/mL
4.700,0 a 80.000,0 mUI/mL
2.700 a 78.000,00 mUI/mL
Padrão internacional: WHO 3 rd IS HCG 75/537
OBS.: Casos que não se encaixem nestes valores acima, devem ser repetidos após uma semana da última
coleta. Dúvidas sobre a DUM, alterações fisiológicas no desenvolvimento fetal e local de nidação
podem alterar estes resultados.
Interferências: medicamentos a base de HCG (Pregnil), hiperlipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise.
Indicações: Estudo da evolução gestacional, com caráter quantitativo. Quedas abruptas dos níveis séricos
podem refletir problemas na evolução da gestação.
Informações importantes: informar a medicação atual e a D.U.M..
_______________________________________________________________________________________
BIG-PROLACTINA (VER MACRO-PROLACTINA)
_______________________________________________________________________________________
BILIRRUBINAS TOTAIS E FRAÇÕES
Sinônimo mais usado: Bilirrubinas séricas.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro protegido da luz (em tubo âmbar ou coberto com papel
alumínio), sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar no período da manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
VI
68
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
imediatamente antes da próxima mamada, com exceção de casos de urgência. Proteger da luz.
Estabilidade da amostra: até 10 dias sob refrigeração ou por 2 meses sob congelamento.
Método: colorimétrico automatizado.
Valores de Referência:
BD
BI
BT ( mg/dL)
____________________________________________________________.
Adultos
até 0, 2
até 1,0
até 1,2
____________________________________________________________.
RN
/ dias de nascidos
0-1 dia
1 a 2 dias
3 a 5 dias
____________________________________________________________.
Prematuros
até 8,0
até 10,0
até 12,0
____________________________________________________________.
A termo
até 5,0
até 7,0
até 8,0
____________________________________________________________.
BD = Bilirrubina Direta ou Conjugada
BI = Bilirribina Indireta ou Não-Conjugada
BT = Bilirrubina Total
RN = Recém – nascido
Interferências: Elevações: Quadros hemolíticos como eritroblastose fetal, hemorragias internas, drogas que
podem causar hemólise, altas concentrações de fenotiazídicos, Ácido Ascórbico, Nitritos (infecções urinárias),
antibióticos como Cefalosporinas de qualquer geração, contraceptivos, androgênios esteróides, Indometacina, Isonizida,
Metildopa, outras formulações de Dopamina e Pirazinamida. Alguns autores tem relacionado o uso de Amiodarona com
surtos de hiperbilirrubinemia e alterações concomitantes de hiperamilasemia, Hepatopatias como cirroses, neoplasias,
obstruções biliares, viroses , Síndrome de Gilbert, jejum prolongado acima de 36 a 48 horas (nos casos de Síndrome de
Gilbert, os valores da Bilirrubina Indireta torna-se bastante acentuado durante período de jejum).
Diminuições: pirídio.
Indicações: Diagnóstico de hepatopatias e quadros hemolíticos em RN por outras causas de hiperbilirrubinemias, como
icterícia fisiológica, hipotiroidismo, obstruções das vias biliares, Esferocitose, deficiência de G-6-PD, Rubéola,
Toxoplasmose, Citomegalovírus, Reabsorção de hematomas, Galactosemia, Histiocitoses, etc.
Informações importantes: anotar medicação atual, idade e sexo .
_______________________________________________________________________________________
BISMUTO SANGÜÍNEO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Bismuto no sangue
Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: População não exposta : indetectável.
População exposta
: até 240 nmol/L
Interferências: presença de outros metais pesados na circulação periférica.
Indicações: controle da saúde do trabalhador com exposição aos produtos.
Informações importantes: se o paciente é exposto, qual o horário da coleta e quanto tempo trabalha no setor em
exposição.
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BISMUTO URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Bismuto na urina
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GRUPO SÃO CAMILO
Material e conservação para envio: enviar alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Informar
o volume total da amostra.
Instruções para coleta: coleta de urina de 24 horas, em frasco plástico novo, fornecido pelo laboratório, sem
conservantes.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria de absorção atômica .
Valores de Referência: até 24 nmol/L.
Interferências: vide Bismuto Sangüíneo .
Indicações: vide Bismuto Sangüíneo.
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BIOTINIDASE – VER TESTE DO PEZINHO
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BLASTOMICOSE – PCR QUALIT. (P. brasiliensis) BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Escarro, 2,0 mL de lavado bronco-alveolar, 5,0 mL da 1ª urina da manhã,
líquido pleural, secreção de orofaringe, 1,0 mL de líquor, outros fluidos corporais, fragmentos de biópsia,
exsudado/raspado da borda da lesão. Enviar sob refrigeração.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 48 horas refrigerado.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: O fungo patogênico Paracoccidioides brasiliensis, causador da micose sistêmica, denominada paracoccidioidomicose, apresenta o fenômeno do termo-dimorfismo, crescendo na forma miceliana a 25°C e na forma
de levedura a 37°C. A forma de levedura é a infectante. Em humanos, a infecção se inicia por inalação de propágulos
do fungo, os quais aderem no epitélio alveolar pulmonar e se transformam na forma patogênica de levedura.
Informações importantes: Indicar medicamentos utilizados pelo paciente.
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BLASTOMICOSE – PESQUISA (PARACOCCIDIOIDOMICOSE)
Sinônimo mais usado: Blastomicose sulamericana-pesquisa.
Material e conservação para envio: ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São
Camilo, página 47.
Estabilidade da amostra: ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais, do Laboratório São Camilo,
Página 47.
Método: Microscópico após clarificação do material clínico.
Valores de Referência: ausência de células em gemulação múltipla, características da fase leveduriforme do
Paracoccidioides brasiliensis.
Interferências: formas incorretas de coleta e medicação anti-fúngica.
Indicações: diagnóstico laboratorial de Paracoccidioidomicose .
Informações importantes: medicação atual e localização correta do local ou locais de coleta.
VI
70
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
BLASTOMICOSE (PARACOCCIDIOIDOMICOSE) SOROLOGIA
Sinônimo mais usado: Reação de Fava Neto
Material e conservação para envio: 2 mL sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunodifusão simples, tipo Oüchterlony, para triagem. Nos casos Reagentes são realizados testes de
Imunoprecipitação em tubos, seg. Heildelberg e contra-imunoeletroforese (CIE).
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: Hiperlipemia .
Indicações: Diagnóstico e seguimento de casos de Paracoccidioidomicose (Paracoccidioides brasiliensis) ou
Blastomicose Sulamericana.
1) Casos com menos de 1 ano de evolução de formas localizadas :
a) Reação de Precipitação: Reagente em 100% dos casos. b) Imunodifusão simples ou CIE: Reagente em
66% dos casos.
2) Com mais de 1 ano de evolução de formas localizadas:
a) Reação de Precipitação: Reagente em 50% dos casos. b) Reação de Imunodifusão Simples ou Contraimunoeletroforese: Reagente em mais de 75% dos casos.
3) Paracoccidioidomicose disseminada:
a) Reação de Precipitação: Reagente em 78% dos casos. b) Reação de Imunodifusão Simples ou Contraimunoeletroforese: Reagente em mais de 98% dos casos, a maioria com títulos elevados.
Informações importantes: Informar a medicação atual.
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Bordetella pertussis IgG e IgM
Sinônimo mais usado: Bordetella IgG e/ou IgM
Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sob congelação.
Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da
próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 3 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente para ensaios de anticorpos do epítopo IgG ou IgM.
Interferências: lipemia e hemólise.
Indicações: estudo dos quadros por infecção pela Bordetella pertussis. Comprovação de viragem sorológica
após vacinação.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, estado vacinal recente.
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Borrelia burgdorferi - ANTICORPOS ANTI (VER LYME - ANTICORPOS PARA DOENÇA DE)
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Borrelia burdorferi - PESQUISA
Sinônimo mais usado: pesquisa de Borrelias no sangue periférico
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GRUPO SÃO CAMILO
Material e conservação para envio: preparar esfregaços com sangue periférico em lâminas de microscopia
novas. Corar pelo método Panótico ou fixá-las por 1 minuto no primeiro corante do teste Panótico. Deixar secar
naturalmente e envia-las a temperatura ambiente em caixas de proteção de lâminas.
Instruções para coleta: não há período e hora crítica para a coleta. Coletas digitais podem ser realizadas. Evitar
a coagulação do sangue antes de realizar os esfregaços. As coletas digitais geralmente preservam melhor a
morfologia dos espiroquetídeos.
Estabilidade da amostra: após fixadas, as lâminas podem ser estocadas a temperatura ambiente por longos
períodos.
Método: microscópico com coloração tipo Romanovsky.
Valores de Referência: ausência de espiroquetídeos no material clínico.
Interferências: níveis de bacteremia e/ou período da doença.
Indicações: diagnóstico precoce das borrelioses. A negatividade do teste não afasta o diagnóstico da doença de
Lyme.
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Borrelia burgdorferi - CULTURA PARA Sinônimo mais usado: Cultura para borreliose
Material e conservação para envio: LCR e sangue periférico, coletado em ACD (peça frasco especial para o
Laboratório São Camilo). Tanto o LCR como o sangue total em ACD devem ser enviados a Temperatura
Ambiente, sem ultrapassar os 30°C, num prazo máximo de 12 horas. As amostras devem ser protegidas da luz.
Instruções para coleta: coleta normal de LCR, se possível sem contaminação de sangue. O sangue periférico
deve ser coletado em frasco com anticoagulante ACD.
Estabilidade da amostra: vide "Material e conservação para envio".
Método: Cultura em meio anaeróbio Spirocult.
Valores de Referência: ausência de crescimento de espiroquetídeos.
Interferências: terapia com antibióticos específicos.
Indicações: suspeita de fase de bacteremia da Doença de Lyme e diagnóstico diferencial da fibromialgia.
Geralmente as borrelias são isoladas nas primeiras 3 semanas de infecção, principalmente em pacientes com
sintomas, como dermatológicos (eritema migrans), etc.
Informações importantes: medicações atuais e anteriores a data da coleta.
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BRCA1 E BRCA2 – PESQUISA DE MUTAÇÕES
Sinônimo mais usado: BRC1 e BRC2 – PCR
Material e conservação para envio: 3 tubos de sangue total em EDTA, coletados e mantidos esterilmente a
temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somentes às segundas, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatemente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.
Método: PCR e sequenciamento de DNA.
Valores de Referência: ausência das mutações.
Interferências: hemólise.
Indicações: Predisposição genética para câncer de mama e câncer de ovário, associada às mutações BRCA1
eBRCA2, em dominância autossômica.
VI
72
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
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BRUCELOSE- AGLUTINAÇÃO
Sinônimo mais usado: Sorologia para Brucelose
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método : aglutinação rápida com antígenos padronizados de Brucella abortus.
Valores de Referência: Não Reagente ou Negativo.
Interferências: terapia com antibióticos podem mascarar o aparecimentos dos anticorpos.
Indicações: diagnóstico sorológico da brucelose. O aparecimento dos anticorpos geralmente ocorre após a
segunda semana de infecção aguda , com pico máximo entre a terceira e sexta semanas. Títulos iguais ou
superiores a 1/80 são considerados sugestivos de doença ativa. Elevações de pelo menos 4 vezes aos níveis da
primeira amostra, colhidas com intervalo de 2 semanas, é diagnóstico de infecção aguda.
Sendo um antígeno gênero-específico, pode cruzar com anticorpos contra outras Brucelas . Os títulos inferiores
a 1/80 podem aparecer após período de cura e persistir por muitos anos. Podem também revelar reações cruzadas
com outros anticorpos, como em pacientes vacinados contra febre tifóide, cólera ou infecções por Yersinia
enterocolitica. Os resultados de indivíduos que trabalham diariamente com gado ou cabras devem ser
interpretados estritamente sob o quadro clínico.
Informações importantes: medicação usada, outras hipóteses diagnósticas.
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BRUCELOSE – PCR – QUALIT. – BIOMOL SC (ST OU URINA)
Sinônimo mais usado: Febre de Malta, Febre de Gilbratar, Febre Mediterrânea ou Febre Ondulante.
Material e conservação para envio: Sangue total em EDTA: 5 mL (adultos) e 2,0 mL (crianças); urina
recente (5 mL);. O material deve ser transportado refrigerado (4° C).
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Hemólise; Amostra congelada; Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e
período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).
Indicações: A Brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes espécies da bactéria Brucella: B.
abortus (gado), B. suis (suínos), B. melitensis (caprinos) e B. cannis (canino), transmitida dos animais para o
homem. É uma doença sistêmica que, nos quadros mais graves, pode afetar o sistema nervoso central, coração,
ossos, articulações, fígado, aparelho digestório. O diagnóstico para Brucelose tem sido realizado
tradicionalmente por cultura. O diagnóstico molecular por PCR pode fornecer um resultado mais sensível,
específico e rápido.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
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GRUPO SÃO CAMILO
CA – 125
Sinônimo mais usado: marcador tumoral CA – 125
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência automatizada.
Valores de Referência: em 95% dos casos os valores normais são ≤21 UI/ mL.
Interferências: com exceção de neoplasias, podem ocorrer interferências com elevações: Gestações,
Mestruação, doenças inflamatórias peritoniais, doenças inflamatórias pleurais, doenças inflamatórias
intestinais, pancreatites, peritonites, Mola Hidatiforme, Endometriose, doenças granulomatosas em geral, como
Sarcoidose, Tuberculose, etc.
Hemólise, Hiperbilirrubinemia e Hiperlipemia podem interferir na reação de Quimioluminescência.
Indicações: Avaliações de massas pélvicas e monitorações de pacientes com adenocarcinoma de ovário. Além do
adenocarcinoma de ovário, o CA-125 pode estar elevado em neoplasias do colo e corpo uterino, Trompas, Fígado e
vesícula biliar, pâncreas, estômago, Rins, Cólon e Pulmão. De forma geral o CA – 125 está presente nos
adenocarcinomas serosos e nos cistomucinosos. Correlações com a massa tumoral somente acontece nos casos de
estadiamentos III e IV. A sensibilidade do teste é muito grande, podendo seus valores se alterar em casos pósoperatórios muito antes dos sintomas reaparecerem.
Informações importantes: sexo, idade, hipóteses diagnósticas, situação de controle de neoplasias ou outras
doenças não neoplásicas, medicação atual.
OBS.: O CA 72-4 detecta carcinomas mucinosos dos ovários e a sua associação com o CA – 125 pode
representar um aumento da sensibilidade diagnóstica dos tumores ovarianos.
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CA – 15-3
Sinônimo mais usado: MCA
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência automatizada.
Valores de Referência:
Para intervalo de confiança de 97,5%
Mulheres sem patologias.................: Até 31,0 U/mL
Mulheres Pré-menopausa ................:
Até 36, U/mL
Mulheres Pós-menopausa................: 7,4 a 42,9 U/mL
Grávidas ..........................................: Até 42,6 U/mL
Grupo com Adenoma Benigno.........: Até 42,6 U/mL
Interferências: algumas doenças benignas podem cursar com valores médios de CA 15-3, como doenças benignas da
mama, Doenças inflamatórias pélvicas, gestação, lactação, infecções urinárias, doenças hepáticas, como cirrose (15%
dos casos), Hepatite crônica, infecciosa ou auto-imune, endometriose, doenças auto-imunes, principalmente no LES,
doenças granulomatosas, como Sarcoidose e Tuberculose, pancreatite crônica, etc. Lipemia, Hemólise e Bilirrubinas
podem interferir na reação quimioluminescente. Alguns casos de hipogonadismo, principalmente os tardios podem
VI
74
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
cursar com valores menores de CA 15-3. As patologias benignas geralmente apresentam valores de 25 a 50 UI/mL.
Indicações: a principal indicação para a determinação deste marcador tumoral, que é uma glicoproteína que se
encontra nas membranas dos tumores de mama, produzidas por genes chamados MUC1. Atualmente é
considerado o melhor marcador tumoral para mama. Sendo de baixa sensibilidade nas fases iniciais da doença
(15 a 35%) este marcador tumoral não deve ser utilizado para triagem ou diagnóstico do câncer de mama e
somente na monitoração do tratamento e detecção de redicivas.
Informações importantes: informar medicação atual utilizada, cirurgias recentes, medicação atual.
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CA – 19-9
Sinônimo mais usado : GI-MA.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência Automatizada.
Valores de Referência: 97,5% da população em geral tem valores ≤37 UI/mL.
Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise podem interferir na reação quimioluminescente.
Doenças benignas como doenças hepáticas, calculose biliar, cirrose, colangite intra-hepática e pancreatites e
malignas como linfoma do pâncreas, carcinoma embrionário dos testículos podem elevar os níveis deste
marcador tumoral.
Indicações: CA – 19-9 é um monosialogangliosídeo, que faz parte das glicoproteínas mucosas produzido
principalmente pelas membranas das células tumorais de carcinomas pancreáticos, do cólon, ductos biliares,
gástricos, endométrio e salina. Esse marcador também é produzido por esses tecidos normais. A sensibilidade
varia de 68 a 94% e a especificidade varia de 68 a 90% para o adenocarcinoma pancreático. Para cólon e reto a
sensibilidade é de 70% e a especificidade varia de 75 a 90% .Câncer de vias biliares podem em 80% dos casos
produzirem valores elevados do CA – 19-9. Neoplasias de endométrio, Próstata, pelve renal e mama,
cistadenocarcinomas mucinosos de ovário e adenocarcinomas uterinos, também podem ter valores elevados. A
Alfa Fetoproteína é mais específica que o CA 19-9 nos carcinomas hepáticos.
O CA 19-9 não é indicado para triagem diagnóstica entre patologias benignas e malignas do pâncreas. Quando os
valores são muito elevados , > 120 UI/mL é mais provável que a patologia seja maligna. Talvez seja o único
marcador tumoral que guarda estreita relação entre os seus valores séricos e o tamanho tumoral. É muito sensível
para detectar precocemente recidivas pós-operatórias, e essa sensibilidade é tanto maior quanto menor for o valor
da estabilização inicial pós-cirúrgica.
A associação da determinação do CEA aumenta a sensibilidade diagnóstica de recidivas nos carcinomas de
cólon e reto , e pulmão.
Aproximadamente 5% dos tumores de pâncreas não produzem este carboidrato.
Informações importantes: sexo do paciente, idade, hipóteses diagnósticas, acompanhamento cirúrgico, etc.
OBS.: o CA 72-4 diagnostica tumores mucinosos, que não são pegos pelo CA 19-9. A associação destes
dois marcadores tumorais aumenta muito a sensibilidade diagnóstica.
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GRUPO SÃO CAMILO
CA – 72 – 4
Sinônimo mais usado: TAG 72.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 20 dias sob congelamento.
Método: Eletroquimioluminescência.
Valores de Referência: até 6,9 U/mL.
Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise podem interferir na reação quimioluminescente.
Praticamente não há referências de interferências por patologias benignas.
Indicações: de uma forma mais geral é utilizado como marcador tumoral de carcinomas de ovários e gástricos.
De forma diferente dos outros marcadores, ele é uma glicoproteína mucinosa de células epiteliais. É o melhor
marcador tumoral de tumores mucinosos do ovário. A especificidade e sensibilidade nos tumores mucinosos
de ovário chega a 95%. Assim, em associação ao CA 125, que não detecta tumores mucinosos, propicia um
aumento da capacidade diagnóstica de forma muito relevante.
Aumenta também nos carcinomas gástricos e a sensibilidade fica muito elevada quando associado às
determinações do CEA de do CA 19-9.
Informações importantes: sexo, idade, medicação atual, quadro clínico, controle pós-operatório, etc.
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CÁDMIO SANGUÍNEO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Cádmio plasmático
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total heparinizado, sob refrigeração.
Instruções para coleta: horário de coleta não é crítico, em qualquer horário ou dia, desde que o trabalhador
esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas, sem afastamento maior que 4 dias . É recomendado iniciar a
monitoração após 6 meses de exposição.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.
Método: Espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: não fumantes : < 1,2 mcg/L.
fumantes
: < 3,9 mcg/L.
níveis tóxicos : > 10,0 mcg/L.
Interferências: não há referências.
Indicações: monitoração de indivíduos expostos profissionalmente ou ocupacionalmente, ou para diagnóstico
de intoxicação por este elemento. Distribuído por todo meio ambiente, por isso a exposição nem sempre é por
motivos profissionais.
As exposições podem ser divididas em: a) ocupacionais : fábrica de baterias de automóveis, galvanoplastia,
fábrica de pigmentos, esmaltes, semicondutores, retificadores, estimuladores de lasers, tinturas têxteis, fábrica
de tubos de televisão e fotografias., etc. b) exposição doméstica: medicamentos, bebidas, água potável.
A exposição aguda é de difícil diagnóstico, estas podem ser por edema pulmonar provocando dispnéia,
nefropatia tubular, com necrose tubular aguda, e sintomas digestivos e neurológicos . A exposição crônica
provoca sintomas gastrointestinais, anemia, eosinofilia, rinite, alterações das cores de dentes. Síndrome de ToniDebré-Fanconi, com hipercalciúria, hiperfosfatúria e aminoacidúria. Microfraturas ósseas com áreas de litíases
cálcicas. Osteomalácia, Síndrome respiratória com enfisema e lesão tubular renal, pode ser a continuação do
quadro agudo já descrito. Todas as alterações aparecem após um período acumulativo.
VI
76
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Uma das principais fontes de cádmio é a fumaça de cigarros, daí os fumantes terem maiores concentrações de
cádmio.
No sangue periférico o cádmio fica principalmente nos eritrócitos.
Informações importantes: anotar medicação atual, tabagismo, local de trabalho e tipo de profissão, tempo de
exposição e uso de sonda urinária.
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CÁDMIO URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: CD urinário.
Material e conservação para envio: amostra ao acaso de urina recente. O horário de coleta não é crítico. Enviar
sob refrigeração.
Instruções para coleta: 100 mL de urina em frasco novo de PVC. Manter sob refrigeração. O trabalhador deve
estar em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias. Recomenda-se o
monitoramento a partir do 6 mês de trabalho.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração .
Método: Espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: até 2,0 mcg/g de creatinina.(NR-7, 1994, MT/Br).
IBPM: 5,0 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br).
Interferências: tabagismo, utilização de sondas urinárias.
Indicações: vide o item anterior.
Informações importantes: vide o item anterior .
_______________________________________________________________________________________
CÁLCIO SÉRICO
Sinônimo mais usado: calcemia
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Espectrofotometria, com Arsenaso III
Valores de Referência: Adultos até 59 anos : 8,6 a 10,3 mg/dL.
3ª Idade : 8,6 a 10,0 mg/dL
Faixa etária
Até um ano
1 a 6 anos
7 a 11 anos
12 a 15 anos
16 a 19 anos
20 a 59 anos
60 a 69 anos
70 a 79 anos
> a 80 anos
Masculino
7,8 a 10,7 mg/dL
8,8 a 10,1 mg/dL
8,8 a 10,1 mg/dL
8,8 a 10,7 mg/dL
8,9 a 10,7 mg/dL
8,6 a 10,3 mg/dL
9,1 a 10,1 mg/dL
8,7 a 10,3 mg/dL
8,8 a 10,0 mg/dL
Feminino
7,9 a 10,7 mg/dL
8,8 a 10,1 mg/dL
8,8 a 10,1 mg/dL
8,8 a 10,6 mg/dL
8,9 a 10,8 mg/dL
8,6 a 10,3 mg/dL
8,8 a 10,3 mg/dL
9,0 a 10,4 mg/dL
8,6 a 10,2 mg/dL
Interferências:
Elevações: Proteínas séricas elevadas, coleta demorada, com hemoconcentração, Hiponatremia.
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GRUPO SÃO CAMILO
Diminuições: Hiperfosfatemia, Hemodiluição, Hipoalbuminemia e Hipomagnesemia Indicações: Diagnóstico
de disfunção da glândula paratireóide, investigação de litíase renal e investigação de alterações
neuromusculares, controles dos pacientes renais crônicos.
Alterações da fisiologia óssea: osteopenia e osteosporose.
Pancreatite crônica, síndrome da lise tumoral e alterações dos pós operatórios de tireoidectomia e
paratireoidectomia.
Informações importantes: medicamentos atuais, idade,sexo, hipóteses diagnósticas,etc.
_______________________________________________________________________________________
CÁLCIO IÔNICO
Sinônimo mais usado: Cálcio ionizado
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: íon específico – ISE.
Valores de Referência: para percentil de 95%:
< 1 mês
: 3,9 a 6,0 mg/dL
< 1 mês
: 1,0 a 1,50 mmol/L
1 a 6 meses : 3,7 a 5,9 mg/dL
1 a 6 meses : 0,95 a 1,50 mmol/L
1 a 19 anos : 4,9 a 5,5 mg/dL
1 a 19 anos : 1,22 a 1,37 mmol/L
Adultos
: 4,0 a 5,4 mg/dL
Adultos
: 1,00 a 1,35 mmol/L
Interferências: vide item anterior.
Indicações: vide item anterior.
Informações importantes: vide item anterior..
_______________________________________________________________________________________
CÁLCIO URINÁRIO – URINA AO ACASO OU URINA DE 24 HORAS
Sinônimo mais usado: calciúria
Material e consevação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração, ou alíquota de 50 mL de urina de 24
horas, sob refrigeração
Instruções para coleta: urina ao acaso coletar a qualquer momento. Refrigerar imediatamente. Urina de 24
horas: juntar todas micções em frasco grande, sob refrigeração, durante todo o período de 24 horas.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotometria com Arsenaso III.
Valores de Referência: a) Urina ao acaso: 36,0 a 216,0 mg/g de creatinina.
até 150 mg/L
b) Urina de 24 horas: (em mg/24 horas)
Adultos
9 a 17 anos
Homens: até 300
Mulheres: até 250
até 317
Nota: Em alguns casos é possível, em urinas de coleta de 2 horas, calcular a relação Cálcio Urinário e
Creatinina Urinária, para triagem de casos de osterosporose ativa, cuja relação é superior a 0,11.
VI
78
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: vide Cálcio sérico.
Indicações:
a) Hipercalciúria: secundárias às hipercalcemia e primárias: alterações na reabsorção tubular do cálcio,
corticoterapia, endocrinopatias: acromegalia, Cushing, feocromocitoma, hipertireoidismo, osteoporose.
b) Hipocalciúria: secundárias às hipocalcemias e primárias: alcalose crônica, com reabsorção óssea,
insuficiência renal crônica, osteomalácia, raquitismo, uso de diuréticos,
Informações importantes: medicação atual, horário da coleta.
_______________________________________________________________________________________
CALCITONINA
Sinônimo mais usado: Tireocalcitonina
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Radioimunoensaio.
Valores de Referência: (pg/mL)
Para faixa de confiança > 95%
Homens
até 8,4
Mulheres
até 5,0
3ª Idade
Homens
até 9,3
Mulheres
até 6,7
Interferências: hiperlipemia, hemólise e hiperbilirrubinemia.
Indicações: a principal indicação para a dosagem da calcitonina é o diagnóstico e seguimento pós-operatório de
casos de câncer da glândula tireóide, como o Carcinoma Medular da Tireóide.
Como existem outras patologias que podem cursar com níveis moderadamente elevados de Calcitonina, deve-se
proceder testes provocativos, ou com infusão de cálcio, ou injeção de pentagastrina.
a) para valores moderadamente elevados, entre 100 a 500 pg/mL:
As principais indicações clínicas destes testes para estes níveis de calcitonina são:
- Massa calcificada na tireóide.
- Hiperparatireoidismo a esclarecer
- Fácies de síndrome neuroma-mucóide.
- Feocromocitoma
- Hipercalcemia sem diagnóstico.
- Histórico familiar de Carcinoma de Tireóide, mesmo com níveis normais.
- Metástases de tumores hipercalcemiantes, como tumores de seio, intestino, Pâncreas e Pulmão.
b) Valores fortemente elevados, > 500 pg/mL:
Com estes níveis os testes provocativos são dispensáveis.
- Carcinoma medular de tireóide.
- Produção ectópica de calcitonina.
- Insuficiência Renal Crônica.
- Algumas neoplasias de mama e pulmão.
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GRUPO SÃO CAMILO
- Tumores Carcinóides
- Tumores endócrino pancreáticos.
Informações importantes: hipóteses diagnósticas, medicação atual, dados sobre a função renal, sexo e idade.
_______________________________________________________________________________________
CÁLCULO BILIAR – ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA
Sinônimo mais usado: Análise de Cálculo Biliar
Material e conservação para envio: enviar os cálculos biliares secos e sob temperatura ambiente.
Instruções para coleta: material coletado pelo médico-solicitante.
Estabilidade da amostra: indefinida a temperatura ambiente.
Método: análises físico-química para colesterol, bilirrubina, fosfatos, ferro, biliverdina, bilicianina, cálcio.
Valores de Referência: a maioria dos cálculos biliares são formados por Bilirrubinato de Cálcio e Colesterol.
Interferências: contaminações com sangue e líquidos biológicos.
Indicações: estudo da etiopatogenia da litíase biliar.
Informações importantes: data da cirurgia e tempo de estoque do material clínico.
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CÁLCULOS URINÁRIOS
Sinônimo mais usado: cálculo renal.
Material e conservação para envio: coletar o(s) cálculo(s) ou fragmentos em frasco tipo coletor de urina.
Tampar bem. Anotar o número de cálculos ou fragmentos (se possível) no rótulo do frasco. Enviar a temperatura
ambiente.
Instruções para coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra: indeterminada.
Método: químico qualitativo.
Valores de Referência: Interferências: medicamentos atuais de eliminação urinária.
Indicações: auxiliar no estabelecimento da natureza química dos constituintes, em relação aos testes
metabólicos.
Há mais de 80 tipos de cálculos renais catalogados. A sua formação está ligada à alterações metabólicas, hábitos
alimentares e ingestão líquida diária.
Os principais tipos de cálculos são:
- Oxalato de Cálcio
- Oxalato de Sódio
- Pirofosfato de Cálcio
- Cálcio associado ao ácido úrico.
- Cálculos de ácido úrico
- Fosfato de Cálcio
- Struvite (fosfato-amoniacomagnesianos)
- Cálculos de Cistina
- Cálculos medicamentosos
- Cálculos de colesterol
Informações importantes: medicamentos atuais, principalmente os de eliminação urinária.
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VI
80
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
CANABINÓIDES (THC)
Sinônimo mais usado: pesquisa de maconha (THC)
Material e conservação para envio: 10 mL de urina sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar urina até 48 após o uso da substância suspeita. Ter certeza que este material
pertence a pessoa indicada para a pesquisa. Momento da coleta não é crítico. Não aceitar materiais enviados
colhidos.
Este material não tem valor médico-legal por carecer de posse jurídica. O indivíduo pesquisado ou o seu
responsável legal deve assinar uma declaração que está coletando o material clínico sem nenhuma coação, de
livre e expontânea vontade (solicitar ao Laboratório São Camilo cópias das declarações). Medir a temperatura da
urina, imediatamente após a coleta para se evitar frude. Urinas com temperatura ambiente devem ser descartadas.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método : Imunoenzimático (triagem semi-quantitativa)
Valores de Referência: ausência de substâncias ilícitas na urina.
Este teste tem sensibilidade analítica mínima a partir de 15 ng/mL.
Interferências: Inalação passiva de THC pode provocar concentrações de até 25 ng/mL. Podem ocorrer reações
falsamente-positivas com o uso de Barbitúricos, Benzodiazepínicos e anti-inflamatórios não-hormonais.
As reações falso-negativas podem ocorrer com amostra de urina diluída, com pH muito alcalino ou muito ácido e
em casos de adulteração intencional.
Indicações: suspeita de uso ilícito de maconha, com finalidade clínica.
Informações importantes: medicamentos em uso atual, tempo entre o possível uso e o momento da coleta.
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CANAL DE CÁLCIO – ANTICORPOS ANTI
Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-canal de cálcio regulado por voltagem
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum dispensável.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação
Método: Radioimunoensaio
Valores de Referência: inferior a 23.000 fmol/L
Interferências: hemólise e lipemia
Indicações: diagnóstico da Síndrome miastênica de Lambert-Eaton ou Síndrome Imunomediada da transmissão
neuromuscular pré-sináptica, na forma neoplásica, para-neoplásica ou não para-neoplásica. Ocorre mais na
década de 40 anos, com hiporreflexia ou arreflexia com melhora após exercícios. O exame pode ajudar o controle
do paciente com imunossupressores.
Informações importantes: medicação atual.
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Candida albicans ou Candida ssp – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: Candidíase.
Material e conservação para envio: Secreção/Raspado de colo uterino, cervical, vaginal, uretral, orofaringe
(enviados em kit de coleta próprio enviados pelo laboratório ou enviar em salina refrigerado a 4°C); Fezes, urina
1º jato e de jato médio, esperma, fragmento de pele, unha, raspado de lesão específica (enviar refrigerado a 4ºC
em coletor universal).
Instruções de Coleta: Os pacientes devem estar a pelo menos 5 dias sem utilização de medicação tópica, 3 dias
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GRUPO SÃO CAMILO
de abstinência sexual e 5 dias de procedimentos médicos como US trans-vaginal, trans-retal, toque ou
colposcopia, etc. Não realizar assepsia tanto em locais externos como internos, pelo menos com 18 horas de
antecedência. Se houver pedido concomitante de citologia cérvico-vaginal pelo método de Papanicolau, a
citologia deverá ser coletada em primeiro lugar, sendo que não se deve usar lubrificantes para a introdução do
especulo. Se testes como Schiller ou aplicação de ácido acético tiver que ocorrer durante a colposcopia, deverão
ser realizados após a coleta para HPV.
Estabilidade da amostra: 3 dias, refrigerado.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Amostra congelada; Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período);
Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).
Indicações: Candida albicans é uma espécie de fungo diplóide que causa, oportunamente, alguns tipos de
infecções oral e vaginal. As infecções causadas por fungos emergiram como uma das principais causas de morte
em pacientes com algum tipo de imunodeficiência (como é o que caso dos portadores da AIDS e das pessoas que
estão passando por algum tipo de quimioterapia). O teste molecular por PCR é importante para pesquisa e
identificação do agente causal.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
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CAPACIDADE DE FIXAÇÃO DO FERRO
Sinônimo mais usado: Capacidade de ligação do ferro
Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar somente pela manhã., até às 12:00 horas, devido ao caráter circadiano que o
ferro tem. O jejum é de no mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotométrico e turbidimétrico (transferrina).
Valores de Referência:
a) Capacidade Latente de Ligação do Ferro :
140 a 280 mcg/mL
b) Dosagem da Transferrina (turbidimetria) : Homens : 170 a 340 mg/dL
Mulheres : 250 a 380 mg/dL
c) Índice de Saturação da Transferrina
: 20 a 50 %
d) Capacidade livre de fixação do ferro
: 80 a 140 mcg/dL
Interferências:
- Transferrina: - Variações Fisiológicas: (ligadas principalmente à impregnações estrogênicas) : gestação:
chega até a 50% de aumento na 2ª metade da gravidez. Com anticoncepcionais orais, este
aumento pode chegar a 30%.
- Variações Patológicas:
a) Hipertransferrinemias com diminuição da saturação: hemorragias agudas e anemias
ferroprivas;
b) Hipotransferrinemias com aumento da saturação : hemocromatose, transfusões
crônicas, porfiria cutânea tardia e processos inflamatórios crônicos. Cirrose, hepatite
aguda, atransferrinemia, síndrome nefrótica, síndromes de malabsorção, estados finais
de insuficiência hepática, anemias de infecções crônicas e doenças crônicas,
desnutrição, estados catabólicos agudos e crônicos de longa duração.
Medicamentos: Diminuições: cloranfenicol, corticotropina e cortisona. Elevações: Estrógenos.
Indicações: Diagnóstico diferencial das anemias. Avaliação do estado nutricional.
VI
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Informações importantes: medicação atual, idade, sexo e hipóteses diagnósticas.
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CARBAMAZEPINA
Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose do medicamento, ou conforme orientação
do(a) médico(a)-assistente. Pode-se coletar no pico ou vale terapêutico, isto é, 4 a 8 horas após a medicação
(pico) ou imediatamente antes da próxima dosagem (vale).
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimiluminescência automatizada.
Valores de Referência: valores terapêuticos : 4 a 12 mcg/mL.
Interferências: - Alterações ¨in vitro¨: hiperbilirrubina, Hemoglobina livre no soro, Triglicérides com
valores acima de 800 mg/dL. Hiperproteinemia.
- Alterações por interações medicamentosas: a carbamazepina diminui a ação dos seguintes
medicamentos: anticoagulantes orais, doxiciclina, diazepam e derivados, ácido valpróico,
primidona, difenilhidantoína, estrógenos e progestágenos.
- Medicamentos que aumentam a concentração sérica da carbamazepina: eritromicina, TAO,
nicotinamida e INH.
- Medicamentos que diminuem a concentração sérica da carbamazepina: fenobarbital,
primidona, difenilhidantoína e etosuximida.
OBS.: Associações da carbamazepina com antidepressivos imipramínicos favorecem crises convulsivas e
com Inibidores da MAO são totalmente contra-indicadas.
Informações importantes: medicação utilizada, concentração usada, dia e hora da última dose tomada antes da
coleta. Informar outros medicamentos tomados concomitantemente.
_______________________________________________________________________________________
CARBOXIHEMOGLOBINA (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Carbo HB
Material e conservação para o envio: 5 mL de sangue total heparinizado sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar amostra de sangue pré e pós-jornada de trabalho, após dois dias seguidos de
exposição. Proteger da luz.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria UV-VIS.
Valores de Referência: não expostos ou não fumantes:
< 1,0% ( NR-7, 1994, MT/Br).
IBPM para não fumantes expostos ao diclorometano e monóxido de carbono:
< 3,5 % (NR-7, 1994, MT/Br).
Fumantes: até 2 maços por dia : até 5%
> 2 maços por dia : 8,0 a 9,0%
Interferências: hiperlipemia, uso de azul de metileno, anilina, dapsona, naftaleno, nitratos e derivados de sulfas.
Recém natos podem ter valores superiores que adultos não expostos.
Indicações: indicador da exposição ao Monóxido de Carbono e ao Diclorometano. Pacientes que tem
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GRUPO SÃO CAMILO
persistência da HbFetal ou a presença de Hemoglobinas instáveis podem apresentar resultados de
Carboxihemoglobina elevados.
Informações importantes: diagnóstico de Hbpatias conhecidas, tipo de exposição, tempo de exposição.
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CARIÓTIPO COM BANDEAMENTO G
Sinônimo mais usado: Bandeamento G
Material e conservação para envio: coleta em qualquer horário, não há necessidade de jejum. Coletar 2 frascos
de 5 mL com Heparina. Manter a temperatura ambiente, enviar a temperatura ambiente. O envio deve ser feito o
mais rapidamente possível.
Instruções para coleta: vide item anterior e ainda pode ser feito em medula óssea, em sangue fetal, no líquido
amniótico, na placenta, restos ovulares e biópsias de trofoblastos, gônadas e cutâneas. Não colher após a quartafeira.
Estabilidade da amostra: 6 a 8 horas após a coleta.
Método: Os linfócitos são cultivados na presença de um mitógeno (fitohemaglutinina), em seguida eles são
bloqueados em metáfase pela ação da colchicina.
As células são submetidas a um choque hipotônico. Após é feito o espalhamento das células que são imediatamente fixadas. Todo o material é submetido a coloração específica. As metáfases mais conservadas são
fotografadas. O sistema é apresentado a um sistema de softwear que pareia os pares de cromossomos e classifica-os.
Valores de Referência: O prazo de resposta é geralmente superior a 1 mês. O resultado normal das células
somáticas corresponde à fórmula 46 XX para mulher e 46 XY para o homem. São 22 pares de cromossomos
autossômicos e 2 pares de cromossomos sexuais. Cada cromossomo é definido pelo seu tamanho, posição do
centrômero, faixas de material cromático, deleções, etc.
- Variações patológicas:
- Trissomia do 21 ( síndrome de Down) = 47 XY + 21.
- Trissomia do 18 = 47 XY, + 18
- Trissomia do 13 = 47 XY, + 13
- Trissomia do 8 = 47 XY, + 8
- Monossomia 5p (síndrome do chiado de gato) = 45 XY , 5p
- Síndrome de Klinefelter = 47XXY
- Síndrome de Turner = 45 X0
- Reorganizações intracromossômicas, como X frágil e intercromossômicas como fusões.
- As alterações adquiridas ocorrem por mutações clonais, como:
- Leucemia mielóide crônica = cromossomo Filadélfia (translocação 9/22)
- Leucemia linfoblástica aguda ( translocação 4/11)
- Linfoma de Burkitt ( translocação 8/14)
- Leucemias linfóides por células T ( translocação 11/14).
Interferências: as principais interferências são pré-analíticas, como morte fetal nas análises de restos ovulares,
pois é difícil precisar em que dia ocorreu a morte fetal. Uso de medicamentos, como antiblásticos, colchicina, etc.
Indicações: a) Feto ou RN :
- retardo de crescimento intra-uterino ou anomalia na ecografia.
- quadro clínico suspeito de trissomia ou monossomia .
- ambigüidade sexual (deleção ou translocação do X ou anormalidades do cromossômo Y)
b) Nos adultos:
- pais de uma criança sindrômica,
- abortamentos de repetição,
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
- esterilidade, impuberismo, amenorréia primária.
c) Na mulher grávida:
- amniocentese nas mulheres com mais de 35 anos, ou se em gravidez anterior houve
concepto com anormalidades genéticas.
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CARIOTIPO PARA PESQUISA DE CROMOSSOMO X-FRÁGIL
Sinônimo mais usado: X-Frágil
Material e conservação para ensaio: sangue total em heparina sódica, coletar um tubo com o anticoagulante
indicado. Pode-se coletar em seringa com 0,1 mL de Liquemine. O material pode ser enviado na própria seringa,
desde que se lacre bem a agulha, com rolha de borracha. Para adultos coletar 10 mL e crianças 5 mL. O tubo de
coleta tem de ser estéril. O sangue pode ser refrigerado para estocagem como para o envio. Colocar dentro da
caixa isotérmica, longe do gelo renovável, que deverá ser embrulhado com papel. Nenhuma outra forma de
coleta será aceita.
Instruções para coleta: o horário da coleta não é crítico e jejum é dispensável.
Estabilidade da amostra: enviar o material somente das terças às quintas-feiras, nunca ultrapassando 24 horas
entre a coleta e a chegada ao laboratório.
Método: Citogenético tradicional.
Valores de Referência: ausência de X-frágil.
Interferências: uso de medicamentos que alterem a divisão celular, anti-blásticos, colchicina, fitohemaglutinina, etc.
Indicações: A pesquisa do Cromossomo X-frágil está indicada para o diagnóstico da Síndrome do X-frágil ou
Síndrome de Martin-Bell, freqüente causa de retardo mental e/ou infertilidade ligada ao Cromossomo X.
Informações importantes: informar dia e hora da coleta. Informar medicação em uso e idade do paciente.
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CATECOLAMINAS PLASMÁTICAS
Sinônimo mais usado: epinefrina e norepinefrina.
Material e conservação para envio: programar a coleta, solicitando primeiramente frasco com heparina +
glutationa reduzida. Enviar plasma congelado (vide Instruções para coleta).
Instruções para coleta: Coletar pela manhã, preferencialmente entre 8 e 9 horas , com jejum mínimo de 4 horas.
Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Os pacientes devem evitar, por 24 horas
antes do teste, o uso do tabaco, café, chá mate ou chá preto, refrigerantes e medicamentos (com conhecimento do
médico-assistente). Colocar cateter heparinizado na veia do paciente. Deixar o paciente em repouso por 30
minutos. No momento da coleta descartar os primeiros 0,5 mL de sangue para tirar a heparina do cateter. Coletar
5 a 10 mL de sangue, homogeneizando-o, transferindo rapidamente para frasco de vidro, pré-congelado,
contendo 120 mcL de glutationa reduzida. Inverter o tubo fechado lentamente com alguns minutos. Centrifugar
rapidamente e separar o plasma que será imediatamente transferido para tubo de plástico (pré-congelado).
Congelar.
Estabilidade da amostra: até 20 dias sob congelamento.
Método: HPLC
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GRUPO SÃO CAMILO
Valores de Referência :
Deitado :
Em é:
:
Sentado :
Adrenalina
: Inferior a 50,00 pg/mL
Noradrenalina : 110 – 410 pg/mL
Dopamina
: Inferior a 87,00 pg/mL
Adrenalina
: Inferior a 90,0 pg/mL
Noradrenalina : 125,00 – 700,00 pg/mL
Dopamina
: Inferior a 87,00 pg/mL
Adrenalina
: Inferior a 60,00 pg/mL
Noradrenalina : 120,00 – 680,00 pg/mL
Dopamina
: Inferior a 87,00 pg/mL
Interferências: I) Terapêuticas:
a) Aumento da secreção: adrenalina, café, nifedipina, L-Dopa e nicotina.
b) Diminuição da secreção: clonidina, captopril, guanabenz, guanfacina, reserpina,
guanetidina, antidepressivos tricíclicos, dissulfiran, Inibidores da Monoaminooxidase,
haloperidol, bromocriptina, octreotida, dissulfiram e metirosina.
c) Interferências analíticas, com aumento dos valores das catecolaminas: eritromicina,
tetraciclina, salicilatos, ácido nalidíxico, propranolol e paracetamol.
II) Alimentares: banana, café, chás, baunilha, chocolate.
Indicações: A adrenalina, noradrenalina e a dopamina são catecolaminas produzidas na medular adrenal,
cérebro e sistema nervoso simpático. Seu uso clínico mais freqüente ocorre no diagnóstico de feocromocitoma,
produzindo quadros de hipertensão severa. Sensíveis a alterações pré-analíticas, principalmente pela
alimentação e produtos farmacêuticos. Valores de epinefrina superiores a 200 pg/mL e de norepinefrina
superiores a 2000 pg/mL chega a ter 85% de sensibilidade e 95% de especificidade para o diagnóstico de
feocromocitoma. Atualmente valores abaixo dos níveis mínimos têm muita importância para avaliação da
atividade da suprarrenal, principalmente para tratamentos orto-moleculares.
Informações importantes: data e hora da coleta. Relacionar toda a medicação que cada paciente tem.
_______________________________________________________________________________________
CATECOLAMINAS URINÁRIAS
Sinônimo mais usado: Catecolaminas totais e frações na urina.
Material e conservação para envio: Coletar urina de 24 horas, com HCl 50% , 20 mL por litro de urina, para
adultos e 10 mL por litro de urina coleta, para crianças, como conservante, refrigerando a urina durante a coleta.
Todas as demais orientações do item anterior são utilizadas neste processo. Antes de enviar alíquota de 100 mL da
urina de 24 horas, homogeneizar bem o material, verificar o pH que deverá ser inferior a 6,0.
Instruções de coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração se estiver convenientemente acidificada.
Método: HPLC.
Valores de Referência:
Idade
< 1 ano
1 a 2 anos
2 a 4 anos
4 a 7 anos
7 a 10 anos
10 a 15 anos
> 15 anos
VI
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Epinefrina
0,0 a 2,5
0,0 a 3,5
0,0 a 6,0
0,2 a 10,0
0,2 a 10,0
0,5 a 20,0
< 27,0
Norepinefrina Dopamina
0,0 a 10,0
Até 85,0
1,0 a 17,0
Até 140,0
4,0 a 29,0
Até 260,0
8,0 a 45,0
Até 400,0
13,0 a 65,0
Até 400,0
15,0 a 80,0
Até 400,0
< 98,0
Até 540,0
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: vide Catecolaminas Plasmáticas.
Indicações: vide Catecolaminas Plasmáticas
Informações importantes: vide Catecolaminas Plasmáticas.
_______________________________________________________________________________________
CAXUMBA – IgG ou IgM
Sinônimo mais usado: Sorologia para Caxumba
Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento
Método: ELISA.
Valores de Referência: Não Reagente.
Nota: Exames Indeterminados devem ser repetidos com nova amostra, após 15 dias da primeira coleta.
Resultados Indeterminados por pelo menos duas vezes seqüenciais são considerados, por alguns serviços,
como Reagentes.
Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise.
Indicações: Como a Caxumba tem vacina, o seu uso serve para estudo da resposta vacinal ou em relação a
quadros naturais, mais raros, devido a falha vacinal. A presença de anticorpos da classe IgM indicam infecção
primária recente, que normalmente não ocorre com os indivíduos vacinados. Os filhos de mães vacinadas ou que
tiveram infecção natural na infância, terão por seis meses a positividade para anticorpos da classe IgG. A presença
de anticorpos da classe IgM no sangue de RN indica infecção gestacional. O diagnóstico laboratorial está melhor
indicado para acometimentos extra-parotidianos.
Afeta principalmente crianças e adolescentes. Trata-se de doença contagiosa benigna, causada por um
paramixovírus, que pode ser inaparente em aproximadamente 30% dos casos. O quadro clássico é uma parotidite
que aparece 15 a 20 dias após o contágio, podendo em 25 a 45% dos casos, apresentar complicações: testículos
(orquite), pâncreas (pancreatite), tireóide (tireoidite viral), supra-renais, prostáticas e menígeas. A meningite
urliana é freqüente, com LCR límpido e com reação celular linfocitária. O doente é contagioso a partir de 2 dias
antes do quadro de parotidite até 7 dias após o fim do quadro clínico. Devido a proteção dos anticorpos maternos a
doença é rara antes de um ano de idade.
Informações Importantes: quadro clínico e vacinação anterior. É muito importante ser relatado o estado vacinal
dos pacientes pois o aparecimento de anticorpos da classe IgG em pacientes não vacinados e IgM em indivíduos
vacinados, servem de parâmetros para levantamentos de saúde pública.
_______________________________________________________________________________________
CCR5 – GENE – DETECÇÃO – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Pesquisa da deleção do Gene CCR5.
Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5
mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico).
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GRUPO SÃO CAMILO
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;
Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de
transporte).
Indicações: Diagnóstico diferencial. A presença de deleção homozigota do gene CCR5 leva à resistência à
infecção pelo HIV-1 por cepas macro/monocitotrópicas. A deleção heterozigota está relacionada com um melhor
prognóstico no paciente infectado.
Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.
_______________________________________________________________________________________
CD4, CD8 e CD3
Sinônimo mais usado: alguns usam a nomenclatura de OKT4, 8, etc.
Material e conservação para envio: coletar em heparina. Tubo de tampa verde. Enviar a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: Há horário crítico para coleta. Por volta de 12:00 horas há uma diminuição dos valores
relativos do CD4. Deste horário em diante, há um aumento discreto, hora a hora, até o pico das 20:00 horas. Desta
forma deve-se recomendar aos pacientes sempre coletar o sangue para este teste nos mesmos horários.
Estabilidade da amostra: 48 horas a temperatura ambiente, se coletado em heparina.
Método: Citometria de fluxo.
Valores de Referência:
Faixa
etária
0a 6m
6 a 12 m
12 a 18 m
18 a 24 m
24 a 30 m
30 a 36 m
> 3 anos
CD3
%
55 a 82
55 a 82
55 a 82
55 a 82
55 a 82
55 a 82
55 a 82
CD3
mm3
3500 a 5000
3400 a 4600
3200 a 3900
2800 a 3500
2300 a 3300
1900 a 3100
1000 a 3900
CD4
%
50 a 57
49 a 55
46 a 51
42 a 48
38 a 46
33 a 44
27 a 57
CD4
CD8
mm3
%
2800 a 3900 8 a 31
2600 a 3500 8 a 31
2300 a 2900 8 a 31
1900 a 2500 8 a 31
1500 a 2200 8 a 31
1200 a 2000 8 a 31
560 a 2700 14 a 34
CD8
mm3
350 a 2500
350 a 2500
350 a 2500
350 a 2500
350 a 2500
350 a 2500
330 a 1400
Relação CD4/CD8: 0 a 36 meses : 1,17 a 6,22
> 3 anos : 0,98 a 3,24
Interferências: Valores elevados : Pacientes submetidos à esplenectomia e infecção concomitante pelo HTLV-1.
Valores diminuídos: doenças crônicas e agudas intercorrentes, principalmente as que causam anergia (tuberculose, sarampo, blastomicose, etc.). Hepatites virais agudas, citomegalia aguda, Histoplasmose, Corticoterapia
crônica, doenças virais e bacterianas agudas, em geral, grandes cirurgias, Herpes simples, corticoterapia de
pulso.
Indicações: Acompanhamento da terapêutica anti-retroviral para pacientes com HIV. Avaliação da imunidade
celular dos pacientes. O CD4 é expressado por 55 a 65 % dos linfócitos T circulantes, principalmente no sub-tipo
de linfócitos auxiliares ou Helpers.
Reduções maiores que 30% entre duas determinações são altamente determinantes na decisão de mudanças na
terapêutica anti-viral. O CD8 é expressado por 25 a 35% dos linfócitos T do sub-tipo supressor/citotóxico.
Informações importantes: enviar sempre cópia do hemograma junto ao sangue. Enviar a causa da solicitação
do exame em medicação ou intercorrências clínicas concomitantes.
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88
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
CEA- ANTÍGENO CARCINOEMBRIOGÊNICO
Sinônimo mais usado: CEA
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Qumioluminescência.
Valores de Referência: (Intervalo 95%)
Fumantes:
Homens
até 6,2 ng/mL
Mulheres
Não Fumantes:
Homens
até 4,9 ng/ml
Mulheres
até 2,5 ng/ml
n° de individuos
0-3
até 3,4 ng/mL
3-5
Porcentagem (%)
5-10
>10 ng/mL
Indivíduos saudáveis
Fumantes
Não-Fumantes
Total
159
149
308
74,2%
83,2%
78,6%
18,2%
11,4%
14,9%
6,9%
5,4%
6,2%
0,6%
0,0%
0,3%
50
78
60
110
60
20
72,0%
83,3%
61,7%
47,3%
70,0%
60,0%
20,0%
10,3%
20,0%
30,0%
16,7%
15,0%
4,0%
5,1%
13,3%
15,5%
11,7%
15,0%
4,0%
1,3%
5,0%
7,3%
1,7%
10,0%
150
37
110
117
41
24,0%
62,2%
47,3%
62,4%
78,0%
10,7%
5,4%
19,1%
11,1%
7,3%
10,7%
10,8%
9,1%
10,3%
2,4%
54,7%
21,6%
24,5%
16,2%
12,2%
Doenças não-malígnas
Colite Ulcerosa
Polipose Retal
Pulmonar
Cirrose
Hepatites
Renais
Doenças Malígnas
Colorretal
Gástrica
Pulmonar
Mamária
Ovários
Interferências:
O tabagismo é o maior interferente fisiológico deste exame. Alguns serviços tem como valores de referência para
fumantes os níveis de 5 a 10 ng/mL.
Valores podem estar elevados, nas doenças acima descritas e:
Neoplasias de: Pâncreas, Fígado, Glândulas salivares, Tumores da medular tireoidiana, Testículos, Útero,
Bexiga e Melanomas. Linfomas, Diverticulites, Úlcera péptica e Doença fibrocística da mama.
Indicações: Avaliação prognóstica pré-operatória em câncer colorretal. Seguimento dos pacientes com câncer
pós-operatório, para controle de metástases.
Informações importantes: medicação atual, tabagismo, cirurgias recentes.
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89
GRUPO SÃO CAMILO
CÉLULAS LE - PESQUISA DE
Sinônimo mais usado: LE, Célula de Hargraves.
Material e conservação para envio: sangue total sem anticoagulante. Coletar em frasco 13 X 100 mm, deixar
coagular e não separar o soro. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração.
Método: segundo Hargraves modificado por Zimmer.
Valores de Referência: pesquisa negativa (ausência de células LE).
Interferências: diversas drogas terapêuticas podem provocar a formação de células LE:
a) Drogas com risco elevado de produzir testes falso-positivos:
Hidralazina e Procainamida.
b) Drogas com baixo risco de produzir testes falso-positivos :
Etosuximida, Fenitoína, Isoniazida, Lítio, Quinidina, Tiouracil, Trimetoprina e Ácido Valpróico.
c) Drogas de risco indeterminado para produzir testes falso-positivos :
Clorpromazina, D-Penicilamina, Reserpina.
Indicações: As células LE podem ser positivas em 70% dos pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES),
21% dos pacientes com Doença Mista do Tecido Conjuntivo, aproximadamente 15% dos pacientes com Artrite
Reumatóide do adulto e até 5% dos pacientes com outras doenças auto-imunes, como Síndrome de Sjögen,
Poliarterite Nodosa, Dermatopolimiosite, Espondilite Anquilosante e Artrite Reumatóide Juvenil.
Aproximadamente 1% dos indivíduos normais podem apresentar LE positivo. Logo, um teste de LE positivo não
é patognomônico de LES.
Informações importantes: informar sexo, idade e medicação atual e prévia imediata.
Por sugestão do Colégio Americano de Reumatologia, este teste foi eliminado como critério diagnóstico para LES,
sendo indicado os testes de FAN Hep-2 (anticorpos anti-nucleares) e anticorpos anti-DNA (este último mais para
indicação de atividade da doença do que para diagnóstico de doença auto-imune).
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CÉLULAS ORANGIÓFILAS NO LÍQUIDO AMNIÓTICO
Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: Líquido amniótico coletado pelo(a) médico(a)-assistente . Mínimo de 5
mL. Proteger da luz. Enviar sob refrigeração. Não deixar o frasco de coleta encostar no gelo renovável.
Instruções para coleta: responsabilidade do(a) médico(a) – assistente.
Estabilidade da amostra : até 2 dias sob refrigeração.
Método: coloração de Azul de Nilo.
Valores de Referência:
< 1 %.............. : inferior a 34 semanas de gestação
1 a 10 % ............. : de 34 a 38 semanas de gestação
10 a 50 %.............. : de 38 a 40 semanas de gestação
> 50 % .............. :
> 40 semanas de gestação
Interferências: sangue na amostra por acidente de punção.
Indicações: teste auxiliar para avaliação da maturidade fetal.
Informações importantes: intercorrências da amniocentese, tempo de gestação em semanas e data provável do
parto.
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VI
90
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
CERULOPLASMINA
Sinônimo mais usado: cobre oxidase
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes poder colher
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunoturbidimetria automatizada.
Valores de referência: 1 a 5 dias : 5,0 a 26,0 mg/dL
até 1 ano
: 14,0 a 44,0 mg/dL
1 a 3 anos
: 24,0 a 46,0 mg/dL
4 a 6 anos
: 24,0 a 42,0 mg/dL
7a 9 anos
: 24,0 a 40,0 mg/dL
10 a 13 anos : 22,0 a 43,0 mg/dL
14 a 19 anos : 14,0 a 45,0 mg/dL
Adultos
: 22,0 a 61,0 mg/dL
Interferências:
a) Medicamentosas: estrogenoterapia
b) Fisiológicas: idade e gestação (baixos níveis nos RN e altos níveis durante a gestação).
c) Alterações patológicas:
- Elevações:
Processos inflamatórios agudos e crônicos
Hepatopatias graves
Neoplasias
Tireotoxicoses
- Diminuições:
Doença de Wilson (somente 2 a 5% dos pacientes podem ter níveis normais de Ceruloplasmina ,
evidenciando defeito protéico).
Portadores sãos do gene da doença de Wilson
Hepatopatias crônicas
Hepatopatias colestáticas
Desnutrição
Síndrome Nefrótica
Malabsorção intestinal
Hipoceruloplasminemia hereditária
Indicações: suspeita da doença de Wilson
Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.
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CETONEMIA
Sinônimo mais usado: Acetonemia
Material e conservação para envio: Soro. Coletar quantidade de sangue total, sem anticoagulante, de tal forma
que não sobre espaço vazio no tubo de envio. Enviar sob refrigeração.
Instruções de coleta: salvo urgências, coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem
coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.
Método: determinação direta do beta-hidroxibutirato (BHB) por impedância específica.
91
GRUPO SÃO CAMILO
Valores de Referência: até 0,6 mmol/L.
Interferências:
a) interferências metabólicas:
- Diabetes mellitus
- Doenças do armazenamento do glicogênio.
- Glicosúria renal
b) Interferências nutricionais:
- Jejum
- Dieta hiperlipídica
c) Aumento do metabolismo (catabolismo)
- Hipertireoidismo
- Estados febris
- Gestação
- Lactação
d) Interferências medicamentosas:
- ácido acetilsalicílico (intoxicação)
- Bromossulfaleína
- Intoxicação por isopropanol
- Intoxicação por ácido valpróico
- Excesso de ácido ascórbico
O beta-hidroxibutirato é a principal cetona no sangue periférico. Na cetoacidose diabética cerca de 75% das cetonas
é representada pelo beta-hidroxibutirato. Na acidose alcoólica ele representa certa de 90%. Na ocorrência de acidose
láctica concomitante, os níveis de BHB podem até dobrar.
e) Fatores que desencadeiam a cetonemia:
1) Jejum prolongado
2) Vômitos
3) Dietas hiperlipêmicas e hipocalóricas.
4) Início do tratamento com insulina
5) Rehidratação nos casos de cetoacidose diabética.
Indicações: descompensação de casos de diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 (esta mais rara).
Acidose metabólica com ânion gap aumentado.
Alcoolismo crônico (principalmente quando da ingestão recente e excessiva de álcool).
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
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CHAGAS – DOENÇA DE – SOROLOGIA
Sinônimo mais usado: tripanosomíase sulamericana
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada. No período neonatal pode-se coletar em cartão tipo PKU no teste do pezinho MASTER.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: ELISA (enzyme linked immunoassay)
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências:
- Reações falso-positivas podem ocorrer em pacientes com Malária, Sífilis, Doenças auto-imunes, Leishmaniose
e outras doenças parasitárias.
VI
92
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Indicações: Diagnóstico sorológico da Tripanosomiase Sulamericana. A fase aguda requer a demonstração do
parasita, pois os testes sorológicos tem valor limitado nesta fase. Os níveis de anticorpos da classe IgM tornamse positivos por volta de 20 a 40 dias após o início dos sintomas. Na fase crônica a presença de anticorpos
específicos, da classe IgG e mais quadro clínico completam o diagnóstico. Esta fase apresenta parasitemia
intermitente. Os testes reagentes devem ser testados por outras técnicas antes de serem considerados
definitivamente Positivos. Segundo a literatura, somente 25% dos pacientes soro-positivos para Chagas vão
desenvolver alguma doença. Daí vem o conceito de Chagas doença e Chagas infecção.
Informações importantes: medicação atual.
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CHAGAS – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: Doença de Chagas – detecção por PCR
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração
Instruções para coleta: jejum é dispensável.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: PCR
Valores de Referência: Ausência de DNA de Tripanossoma cruzii
Interferências: hemólise
Indicações: Diagnóstico da Doença de Chagas e acompanhamento do tratamento específico, substituindo com
vantagens o xenodiagnóstico.
Informações importantes: medicação atual.
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CHARCOT-MARIE-TOOTH IA – SÍNDROME – DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Sinônimo mais usado: PCR para Síndrome de Charcot-Marie-Tooth
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum dispensável.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: PCR, como a doença é “multi-genética”, com muitos gene envolvidos as técnicas em biologia
molecular também podem variar.
Valores de Referência: pesquisa dos seguintes tipos sindrômicos e seus genes correspendentes:
Tipos
1AA
1B
1C
1D,4E e 4F
1E
1F
2Aª2
2B1
2D
2H/4ª
4D
4E
4F
X1-conexina 32
Gene
Duplicação em área específica no
Cromossomo 17 (17p11.2p2)
MPZ
LITAF
Ligada à Síndr. Dejernie -Sottas gene ERDZ
Gene PMP22Z
Gene NEFL
Gene MFN2
Gene LMNA
Gene GARS
Gene GDAP
Gene NDRG1
Gene EGR2
Gene PRX
Gene CHD7
Mutação
Mutação p.ARG148x
93
GRUPO SÃO CAMILO
Interferências: hemólise
Indicações: Esta síndrome é conhecida como Atrofia Peronial muscular, é uma neuropatia periférica
dismielinizante autossômica dominante, com sintomatologia bastante diversa. A Síndrome atinge nervos
periféricos que ligam a medula a músculos, levando a atrofia muscular, geralmente em membros inferiores
–pernas e pés. Geralmente ocorre na primeira infância por volta dos 5 anos, mas pode aparecer até aos 25 anos. As
alterações podem ser motoras e sensitivas. É a doença neuropática hereditária motora e sensitiva mais frequente,
podendo atingir 1:2500 indivíduos de diversas etnias.
Informações importantes: quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
Chlamydophila pneumoniae – PCR
Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: Swab de orofaringe, escarro, lavado bronco-alveolar, aspirado de
nasofaringe, líquido pleural e biópsia de pulmão, swab combinado de orofaringe e nasofaringe. Enviar sob
refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes de próxima mamada. Os demais materiais clínicos não tem horário crítico para coleta. Não enviar às
vésperas de feriados.
Estabilidade da amostra: 7 dias refrigerado.
Método: PCR qualitativo.
Valores de Referência: Pesquisa negativa.
Interferências: fator reumatóide pode interferir nos resultados do teste.
Informações importantes: medicação atual e prévia.
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Chlamydophila penumoniae – ANTICORPOS IgG E IgM
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: ELISA (enzyme linked immunoassay).
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: infecções por outras espécies de Chlamydia.
Indicações: diagnóstico sorológico de infecções crônicas ou agudas por C. pneumoniae. Os anticorpos da classe
IgM aparecem geralmente na terceira semana (10 a 30 dias) de doença . Os anticorpos da classe IgG surgem por volta
da sexta e oitava semana. Desta forma, um resultado Não Reagente, tanto para anticorpos da classe IgG como IgM,
não exclui o diagnóstico. Cerca de 50% dos adultos podem apresentar anticorpos da classe IgG anti- Chlamydophila
pneumoniae. Alguns pesquisadores tem relacionado a presença destes microrganismos em placas ateroscleróticas.
Informações importantes: medicação atual. Doenças concomintantes.
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VI
94
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Chlamydophila psittaci – ANTICORPOS IgG e IgM
Sinônimo mais usado: psitacose e ornitose IgG-IgM
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da
próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 3 meses sob congelação.
Método: IFI
Valores de Referência: IgG: Não Reagente: < 1/80 ; IgM: Não Reagente: < 1/10
Interferências: hemólise, lipemia.
Indicações: diagnóstico das fases sorológicas da Psitacose-Ornitose.
Informações importantes: quadro clínico, epidemiologia e medicação atual.
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CHLAMYDOPHILA PSITTACI – PCR QUALIT. – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Psitacose, Ornitose.
Material e conservação para envio: Swab de orofaringe, escarro, lavado bronco-alveolar, aspirado de
nasofaringe, líquido pleural e biópsia de pulmão; swab de combinado de orofaringe e nasofaringe; (enviados em
kit de coleta próprio enviados pelo laboratório ou enviar em salina refrigerado a 4°C).
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 3 dias, refrigerado.
Método: PCR em Tempo Real.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Amostra congelada; Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período);
Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).
Indicações: O agente causal da psitacose é a bactéria Chlamydophila psittaci, parasita intracelular obrigatório. A
transmissão para humanos dá-se por meio do contato com pássaros, sendo adquirida pela inalação do
microorganismo presente nas secreções e fezes secas dos pássaros infectados, bicadas, contato bico-boca,
manuseio de penas e tecidos infectados. Caracteriza-se por doença de início insidioso, sintomas brandos e
inespecíficos, lembrando infecção de vias aéreas superiores. Métodos para diagnósticos sorológicos estão
disponíveis, bem como a detecção por cultura, que demanda tempo. Entretanto, o diagnóstico molecular por PCR
é rápido, específico e altamente sensível.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
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Chlamydia trachomatis/Neisseria gonorrhoeae – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: Clamídia e Neisseiria - Biologia Molecular
Material e conservação para envio: Raspado cervical, vagina ou vulvul. Urina: 1º jato da manhã, secreção
uretral, secreção conjuntival, esperma (volume mínimo de 0,5 mL), etc. Solicitar kits para coleta.
Instruções para coleta: vide Manual de Coletas Especiais do Laboratório São Camilo.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR-RT
Valores de Referência: ausência de DNA das bactérias pesquisadas.
Interferências: contaminação com sangue.
95
GRUPO SÃO CAMILO
Indicações: Diagnóstico de infecções pelas bactérias em tela.
Informações importantes: local de coleta, quadro clínico e medicação atual.
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Chlamydia trachomatis – PCR
Sinônimo mais usado: Pesquisa de C.trachomatis por PCR.
Material e conservação para envio: Raspado cervical, vaginal e vulvar, urina 1º jato da manhã, secreção
uretral, secreção endocervical, secreção vaginal, secreção conjuntival, esperma. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta : a) Coleta ocular: o paciente deve comparecer ao laboratório pela manhã sem ter lavado
os olhos. Retirar, com gaze estéril o excesso de secreções. Com alça de coleta, descartável, coletar por raspagem,
material da conjuntiva inferior e tarsal, transferindo o material para o frasco de coleta. Caso o(a) paciente sentir
dor, pode-se solicitar ao oftalmologista solicitante a utilização de colírio anestésico. A sua utilização não interfere
no exame.
b) Coleta uretral masculina : o paciente deverá comparecer ao laboratório pela manhã , sem urinar, ou qualquer
outro horário desde que esteja pelo menos por 4 horas sem urinar. Pedir para o paciente fazer uma expressão de
toda a uretra peniana. Recolher este material com gaze (desde que não haja outra solicitação de exame) e
desprezar no lixo hospitalar. Com alça microbiológica estéril e descartável, proceder raspados uretrais que serão
transferidos para frasco de transporte-coleta. Caso haja solicitação médica específica, pode-se coletar a primeira
urina da manhã, todo o volume. Após a centrifugação, transferir o sedimento para o frasco de coleta.
c) Coleta uretral Feminina: com a paciente em posição ginecológica, através da vagina, proceder a expressão da
uretra. Desprezar o material expelido em gaze, a ser descartada em lixo hospitalar. A coleta de toda a primeira
urina da manhã também é uma possibilidade de material clínico, que será manipulado de forma igual à urina
masculina.
d) Secreção endocervical: com a paciente em posição ginecológica e especulo colocado, limpar com swab o
excesso de secreção da entrada do colo uterino. Com novo swab estéril, coletar o material endocervical, que
deverá ser transferido diretamente para o frasco de coleta.
Estabilidade da amostra: 7 dias refrigerado.
Método: PCR em tempo real.
Valores de Referência: pesquisa Negativa.
Interferências: não há referências.
Indicações: diagnóstico laboratorial de infecção por Chlamydia trachomatis .
Os testes por PCR apresentam uma sensibilidade que pode variar de 90 a 100%, e especificidade de 97%.
Informações importantes: relatar a medicação atual, mesmo a tópica.
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Chlamydia trachomatis – PESQUISA - EIE
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: secreções oculares, uretrais masculinas, uretrais femininas e secreções
endocervicais (Utilizar frasco de coleta especial). Seguir os dados de coleta de Material do item anterior .
Instruções de coleta: seguir as instruções do item anterior.
Estabilidade da amostra: 7 dias a temperatura ambiente.
Método: pesquisa do antígeno por enzima imunoensaio.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: como é um teste com 75% de sensibilidade e de 95% de especificidade, pode agregar um certo
número de casos falso positivos, ou falso-negativos devido a baixa quantidade de material coletado.
VI
96
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Indicações: diagnóstico laboratorial de infecção por Chlamydia trachomatis em nível de antígeno.
Informações importantes: informar medicação atual.
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Chlamydia trachomatis – PESQUISA – IFD
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: a) material ocular: coletar com alça descartável e estéril da conjuntiva
tarsal, após a retirada do excesso de secreções com gaze estéril, através da expressão das pálpebras, pelo próprio
paciente. O material obtido é transferido para uma lâmina limpa. Logo após a secagem da secreção, colocar
algumas gotas de acetona, bem em cima da secreção. Levar à geladeira e deixar evaporar toda a acetona. Colocar
as lâminas em protetor de lâmina para o envio, a temperatura ambiente. b) Secreções: seguir a forma de coleta do
item anterior. As fixações são realizadas conforme o item a.
Instruções para coleta: ver Material e conservação dos item anteriores.
Estabilidade da amostra: depois de fixadas as lâminas com os materiais clínicos, podem ficar a temperatura
ambiente por 1 mês.
Método: Imunofluorescência Direta com conjugado de anticorpos anti-Chlamydia trachomatis marcado com
fluoresceína .
Valores de Referência: pesquisa Negativa.
Interferências: Medicação específica prévia.
Indicações: diagnóstico laboratorial de infecção por Chlamydia trachomatis.
Informações Importantes: Medicação atual.
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Chlamydia trachomatis – IgA, IgG ou IgM
Sinônimo mais usado: Clamidia IgA, IgG ou IgM
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Para 2 testes enviar 3 mL e para os três testes
enviar 4 mL.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzima-imunoensaio de captura.
Valores de Referência: Não Reagente
Interferências: Medicação antibiótica prévia pode mascarar a produção de anticorpos específico. A presença de
anticorpos heterófilos ou a presença de Fator Reumatóide podem produzir resultados falso-positivos para as
provas para anticorpos da classe IgM específicos.
Indicações: Estes teste não são de uso rotineiro para diagnóstico de infecções genitais por Chlamydia
trachomatis, principalmente em adultos. A melhor indicação é para quadros sistêmicos e em neonatos. Os
anticorpos da classe IgM não são bons marcadores de infecção aguda, já que freqüentemente estão ausentes, pois
a grande maioria dos indivíduos já tiveram infecções anteriores por outras espécies ou sorovares de clamídias.
Está positiva em diagnósticos de pneumonia em neonatos e no Linfogranuloma venéreo – doenças sistêmicas.
Mulheres com síndrome abdominal, com infecções genitais altas, como salpingite ou endometrite, produzem
títulos bastante elevados de anticorpos da classe IgM. A sensibilidade deste teste para pneumonia de neonatos e
para Linfogranuloma venérea é de 100% , enquanto para infecções urogenitais é de 17 a 19%. Em relação aos
anticorpos da classe IgG anti-Chlamydia trachomatis pode ser encontrado em 100% dos casos de pneumonia e
em conjuntivites de inclusão em crianças. Como a prevalência dos anticorpos anti-Clamídias é muito alta em
97
GRUPO SÃO CAMILO
mulheres, a sua presença no sangue de neonatos pode ser devido a passagem placentária destas imunoglobulinas,
e sua importância pode ser desprezível no sangue das mulheres devido a freqüência das infecções inaparentes.
Os anticorpos da classe IgA estão ligados à fase aguda da doença, e são mais presentes nestes casos que os anticorpos da classe IgM , nas doenças sistêmicas. Nas infecções de âmbito genital a sensibilidade não passa de 60%.
Informações importantes: antibioticoterapia prévia.
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CHUMBO NO SANGUE TOTAL (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: chumbo no sangue
Material e conservação para envio: 10,0 mL de sangue total em heparina, coletado em tubo a vácuo próprio
para toxicologia (solicitar), sob refrigeração.
Instruções de coleta: coletar em tubo à vácuo heparinizado (específico para metais/toxicologia). Não centrifugar. A
coleta pode ser feita a qualquer dia e horário desde que o funcionário esteja em trabalho contínuo nas últimas 4
semanas, sem afastamento maior que 4 dias. Jejum é dispensável. Conservar e transportar sob refrigeração. A
monitoração deve ser iniciada após um mês de exposição.
Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.
Método: Espectrofotometria de absorção atômica em câmara de grafite.
Valores de Referência: até 40 µg/dL (NR-7, 1994, MT/Br)
I.B.M.P.: 60 µg/dL (NR-7, 1994, MT/Br)
Interferências: uso de tubos de coleta não apropriados.
Indicações: O chumbo nas hemácias inibe a produção da heme e pode ser inalado sob a forma de vapores,
ingerido através de bebidas ou alimentos contaminados. A sua ação toxicológica inclui toxicidade hematológica,
neurológica, renal e digestiva.
É o exame de escolha para pesquisa e controle do saturnismo, que pode ser auxiliado por outros testes, como a
dosagem do Ácido Delta Aminolevulínico urinário, que apresenta proporcionalidade à exposição ao chumbo,
ou o zinco-protoporfirina plasmática que demonstra o tempo de exposição e também a atividade da Ácido Delta
Aminolevulínico Dehidratase.
Para intoxicações infantis, pode-se utilizar a classificação de Atlanta, que utiliza o sistema de classes para
determinar a urgência e gravidade dos quadros.
Classe I
Classe IIa
Classe IIb
Classe III
Classe IV
Classe V
< 40 mcg/L: ausência de exposição
40 a 60 mcg/L: repetir a dosagem
60 a 150 mcg/L: pesquisar fonte de contaminação e
pesquisar carência marcial.
150 a 250 mcg/L: encaminhar para tratamento
250 a 450 mcg/L: tratamento clínico imediato
> 450 mcg/L: risco de neurotoxicose (encefalopatia)
Valores adaptados aos níveis de I.B.M.P. da legislação brasileira.
Informações importantes: medicação atual, profissão e local da atividade laboral.
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CHUMBO URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: chumbo na urina
Material e conservação para envio: momento da coleta não é crítico, estando o colaborador em trabalho
contínuo, ou em exposição nas últimas 4 semanas, sem afastamento maior que 4 dias. Coletar amostra de urina
VI
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
em sanitário afastado da área de trabalho, ao final da última semana de jornada. Conservar e transportar sob
refrigeração.
Instruções de coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria de absorção atômica em câmara de grafite.
Valores de Referência: CHUMBO ORGÂNICO:
< 50 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)
I.B.M.P.: 100 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)
CHUMBO INORGÂNICO:
< 40 mcg/g de creatinina (NR-7,1994,MT/BR)
I.B.M.P.: 60 mcg/g de creatinina (NR-7,1994,MT/BR)
Interferências: ambiente contaminado no local da coleta (vapores de chumbo), material de coleta inapropriado.
Informações importantes: tempo de trabalho nas últimas 4 semanas, afastamento do serviço no último mês,
idade, sexo e possíveis focos de contaminação.
_______________________________________________________________________________________
CICLOSPORINA A
Sinônimo mais usado: ciclosporina.
Material e conservação para envio: 5 mL de Sangue total em EDTA, sob refrigeração.
Instruções de coleta: Coletar com 8 horas de jejum, 12 horas após a administração do medicamento, ou
imediatamente antes da próxima dose, ou conforme orientação médica. Anotar nome da mediação, dose, dia e
hora da última tomada. Coletar de 2ª a 4ª feira. Não enviar às vésperas de feriados.
Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: Concentração terapêutica ideal
Transplante Renal
: 150 a 300 ng/mL
Transplante Cardíaco
: 150 a 400 ng/mL
Transplante Pancreático : 150 a 400 ng/mL
Transplante Hepático
: 150 a 400 ng/mL
Interferências:
Interações com outras drogas:
a) Com drogas que aumentam a toxicidade renal da Ciclosporina: Aminoglicosídeos, Anfotericina B,
Trimetoprina, Ciprofloxacina, algumas cefalosporinas, Melfalano e anti-inflamatórios não-hormonais.
b) Drogas que são potencializadas pela Ciclosporina: Quinidina e seus derivados, Teofilina e derivados,
Ácido Valpróico e derivados.
c) Drogas que potencializam o efeito da Ciclosporina: Andrógenos, Fluconazol, Imidazólicos sistêmicos,
Glicocorticóides, Antibióticos Macrolídeos (Eritromicina e derivados), Cimetidina e Anticoncepcionais
Orais.
d) Droga que tem seu efeito diminuído pela Ciclosporina: Primidona.
e) Drogas que reduzem o efeito da Ciclosporina: Anti-convulsivantes, Barbitúricos, Benzodiazepínicos,
Carbamazepina, Fenotiazínicos, Fenitoína, Progestágenos, Rifampicina e Metamizol.
f) Substâncias que não devem ser aplicadas concomitantemente à Ciclosporina: Vacinas para Sarampo,
Caxumba, Rubéola e Vacina Sabin.
g) Drogas não recomendáveis em associação à Ciclosporina: Inibidores da MAO, inibidores da HMG, CoRedutase e drogas anti-neoplásicas.
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GRUPO SÃO CAMILO
h) Associação de drogas que exigem maior monitoração dos níveis de Ciclosporina: Actinomicina-D,
Cefalosporinas de 1ª a 3ª geração, Anti-neoplásicos, diuréticos, Griseofulvina, Isoniazida e seus derivados,
Mercaptopurina, Tioguanina, Sais de ouro, Potássio, Somatostatina, Trimetoprina e correlatos.
Indicações: A Ciclosporina é uma das principais drogas imunossupressora, utilizada muito em pacientes
transplantados. Por ser potencialmente tóxica, principalmente no tecido renal, a sua dosagem tem grande
importância no acompanhamento dos pacientes que fazem uso da Ciclosporina. Os níveis mais elevados
geralmente são utilizados nas fases iniciais pós-transplante, nas primeiras semanas, sendo a dose adaptada com a
evolução clínica do paciente, principalmente em relação à função renal. O sangue total permite uma maior
estabilidade da amostra.
Informações importantes: dose e horários da medicação.
_______________________________________________________________________________________
CISTATINA C
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da
próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: Nefelometria
Valores de Referência:
RN : 1,35 a 1,90 mg/L
1 a 2 meses : 0,70 a 1,21 mg/L
1 ano : 0,50 a 0,95 mg/L
Interferências: hemólise e lipemia.
Indicações: a concentração sérica da proteína Cistatina C depende praticamente da capacidade de filtração
glomerular (CFG), independente da massa muscular e por isso do sexo ou da dieta a que está submetido o
paciente em estudo. Há uma boa e sensível correlação ente a diminuição da CFG e a elevação das taxas de
Cistatina C séricas. A elevada sensibilidade da Cistatina C, em relação aos resultados da Depuração da
Creatinina, tem capacidade de detectar antecipadamente diminuições da capacidade de filtração glomerular de
um paciente, antes de algum sinal de doença.
Informações importantes: Alguns pacientes podem apresentar elevações dos níveis de Cistatina C, sem ter
relação com a diminuição da CFG. São pacientes que tem Mieloma Múltiplo, cirrose hepática, neoplasias
malignas, alguns diabéticos com proteinúria e alguns pacientes hipertensos.
_______________________________________________________________________________________
CISTICERCOSE – SOROLOGIA (ELISA-Enzyme-linked immunoassay)
Sinônimo mais usado: Sorologia para Cisticercose.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento.
Método: ELISA (Enzyme-Linked Immunoassay).
Valores de Referência: Não Reagente/Negativo : Índice < 0,9
Indeterminado.............. : Índice 0,9 a 1,1
Reagente (Positivo) ..... : Índice
> 1,1
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
O índice é o cálculo: DO do teste DO do padrão.
Não Reagente pode ser relatado como Não Reativo e Reagente pode ser relatado com Reativo.
Interferências: lipemia e infestações por Echinocochus granulosus e Hymenolepis nana. Alguns
pesquisadores tem relatado reações falso-positivas em pacientes com infestação por Ascaris lumbricoides e
Strongiloydes estercoralis.
Indicações: diagnóstico sorológico da Cisticercose.
Informações importantes: dados clínicos.
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CISTICERCOSE –LCR
Sinônimo mais usado: Neurocisticercose
Material e conservação para envio: 2 mL de LCR coletados pelo neurologista sob refrigeração.
Instruções para coleta: não há horário crítico para coleta. A coleta ficará a cargo do(a) médico(a) – assistente.
Evitar acidente de punção.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelação.
Método: ELISA (Enzyme-Linked Immunoassay).
Valores de Referência: Não Reagente/Negativo. Muitos autores apontam como significativo a relação entre o
resultado do LCR/resultado do soro, realizados simultaneamente, como superior a 1,0 .
Interferências: pacientes com lesão cerebral única podem apresentar o teste positivo somente em 30% dos casos.
Nos casos de neurocisticercose com mais lesões, a reação imunológica pode chegar a 80% de sensibilidade.
Acidentes de punção.
Indicações : diagnóstico laboratorial da neurocisticercose.
Informações importantes: dados clínicos.
_______________________________________________________________________________________
CISTINÚRIA – DOSAGEM
Sinônimo mais usado: cistinúria
Material e conservação para envio: alíquota de 200 mL da urina de 24 horas bem homogeneizada, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, sem conservantes, sendo mantida sob refrigeração durante
a coleta e o transporte. Utilizar as instruções de coleta de 24 horas no final do manual. Informar o volume total
de 24 horas.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico
Valores de Referência: Adultos : de 20 a 100 mg/24 horas
Crianças : até 40 mg/24 horas.
mg x 4,16 = µmol
Interferências: não há referências.
Indicações: A presença de cristais de cistina na urina é considerada patológica e com suas presenças, geralmente
as concentrações de cistina são superiores a 100 mg/L. A litíase renal precoce e grave é encontrada na criança com
cistinúria familiar. Nesta doença há eliminação intensa de lisina, ornitina e arginina. É uma alteração genética
recessiva autossômica, que causa uma deficiência do sistema de transporte dos aminoácidos nas células do
intestino delgado e também nos túbulos contornados renais.
A pesquisa deve ser realizada na avaliação de uma litíase renal do adulto.
Informações importantes: idade do paciente, volume total de 24 horas e histórico de litíase renal.
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GRUPO SÃO CAMILO
CITOGRAMA NASAL
Sinônimo mais usado: teste de Mygind-Hansel
Material e conservação para envio: Raspado de mucosa nasal, distribuído em pelo menos 4 lâminas de
microscopia, sendo uma fixada ao fogo, no bico de Bunsen e as demais fixadas por 5 minutos, somente no
primeiro líquido do corante panótico, ou 60 segundos em Metanol PA. Enviar a temperatura ambiente em caixas
de transporte de lâminas.
Instruções para coleta: pedir para o paciente assoar o nariz. Se a mucosa estiver muito seca, pingar algumas
gotas de solução fisiológica estéril e aguardar 1 a 2 minutos. Com uma escovinha endocervical, coletar material
da mucosa nasal, rodando lentamente a escovinha. Não há necessidade de se aprofundar muito. Pode-se usar
como parâmetro a própria sensação de desconforto do paciente. Preparar as lâminas passando o material das
escovas em uma só direção, não realizando movimentos de vai-e-vem, para não aglomerar demais as células.
Fixar imediatamente conforme item anterior.
Estabilidade da amostra: depois de fixadas as lâminas se conservam até 30 dias ao abrigo da luz, a temperatura
ambiente.
Método: Coloração tipo Romanovsky e Coloração de Gram.
Valores de Referência:
Critérios de Mygind-Hansel (Contagem percentual de Eosinófilos nas lâminas):
- Até 5% : Sem Eosinofilia (Negativo)
- 5 a 10% : Eosinofilia leve (Positivo +)
- 11 a 50% : Eosinofilia moderada (Positivo ++)
- > 50% : Eosinofilia acentuada (Positivo +++)
Contagem absoluta de Eosinófilos por lâmina: até 20 Eosinófilos por lâmina.
Interferências: Uso de medicações nasais e anti-alérgicos sistêmicos.
Indicações: teste auxiliar no diagnóstico etiológico das rinites.
Informações importantes: informar mediação atual, tópica e/ou sistêmica.
_______________________________________________________________________________________
CITOLOGIA CONJUNTIVAL
Sinônimo mais usado: Citologia ocular
Material e conservação para envio: raspado de mucosa de fundo de saco conjuntival e tarsal superior. Coletar
com alça descartável, diretamente para lâminas de microscopia, fixando-as imediatamente (antes de secar) em
etanol a 95%, como para Papanicolaou. Anotar em cada lâmina o local de coleta (fundo de saco ou tarsal) e utilizar
uma alça descartável para cada um local. Preparar no mínimo 2 lâminas de cada local (o ideal é coletar o material
com Cureta de Kimura).
Instruções para coleta: O paciente deve suspender a medicação 24 a 48 horas antes da coleta e não lavar os
olhos pela manhã. A coleta deve ser realizada no período matinal. Deve-se remover o excesso de secreções
acumuladas durante a noite, pois geralmente contém material necrótico pouco significativo. A remoção pode ser
feita com lenço de papel descartável.
Ver o item anterior.
Estabilidade da amostra: fixadas as lâminas, o material tem estabilidade por 60 dias.
Método: Coloração tipo Romanosky (Coloração seg.Rosenfeld)
Valores de Referência: (Uma coleta considerada excelente tem um número equilibrado de células da
conjuntiva, entre células superficiais, células intermediárias e células profundas, com discreto predomínio das
células superficiais sobre as intermediárias e estas sobre as profundas.) Presença de raros leucócitos, com
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
predomínio de células mononucleares.
Interferências: uso de medicamentos antibióticos ou anti-inflamatórios tópicos ou sistêmicos.
Indicações: Diagnóstico auxiliar da etiologia das afecções conjuntivais, através das análises dos tipos celulares
predominantes: linfócitos nos processos virais, Neutrófilos nos processos bacterianos e fúngicos e Eosinófilos nos
processos alérgicos. Geralmente quadros alérgicos propiciam infecções bacterianas e/ou fúngicas produzindo
processos mistos, com grande número de polimorfonucleares e eosinófilos.
Informações importantes: informar uso de antibióticos e antiinflamatórios.
_______________________________________________________________________________________
CITOLOGIA PROSTÁTICA
Sinônimo mais usado: Citológico Prostático
Material e conservação para envio: Líquido prostático, coletado por massagem prostática, recolhido em frasco
estéril, com tampa hermética, sob refrigeração. O material deve ser encaminhado em até 24 horas após a coleta.
Se o tempo da coleta e o envio resultarem em tempo maior que o preconizado, preparar 4 a 6 lâminas tipo
esfregaço e fixa-las em metanol por 1 minuto. Após secagem colocar as lâminas e protetores de lâminas.
Instruções para coleta: a coleta é realizada através da massagem digital da próstata, estando o paciente com
pelo menos três dias de abstinência sexual, se, urinar, com a ampola retal livre, sem utilizar medicamentos
antibióticos ou hormônios por pelo menos 5 dias, em posição andrológica. Proceder à anti-sepsia de toda a
glande e meato urinário. O líquido expelido é recolhido em frasco estéril. O paciente deve estar com as mãos muito
bem lavadas, pois na maioria dos casos é necessária a sua ajuda no momento final da coleta do material.
Estabilidade da amostra: vide item Material e conservação para envio.
Método: colorações segundo Papanicolaou e tipo Romanosky (seg.Rosenfeld) para a análise citológica, Gram para
análise bacterioscópica, Ziehl-Neelsen para pesquisa de BAAR. Recomenda-se agregar a este teste, pesquisa de
Chlamydia trachomatis, cultura para Micoplasma hominis,Mycoplasma fermentans, Mycoplasma genitalium e
Ureaplasma urealyticum. O exame a fresco pode detectar a presença de Tricomonas e Leveduras. A cultura pode
detectar bactérias aeróbias, microaerófilas e anaeróbias facultativas. Não se recomenda a cultura para anaeróbios, já
que a uretra é portadora de grande número de microrganismos anaeróbios da flora anfibionte.
Valores de Referência: o único dado quantitativo está relacionado ao número de leucócitos: até 4 por campo
microscópico de 400 X. Geralmente há discreto predomínio de neutrófilos sobre as demais formas.
Interferências: medicação antinflamatória e/ou antibiótica sistêmicas.
Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções prostáticas mais comuns.
Informações importantes: medicação pregressa e atual.
_______________________________________________________________________________________
CITOLOGIA HORMONAL SERIADA
Sinônimo mais usado: citologia hormonal
Material e conservação para envio: raspado cérvico-vaginal, colhido como Papanicolaou. Imediatamente após a
coleta, colocar as lâminas em etanol a 95%. Deixar fixar por pelo menos 2 horas. Pode-se enviar as lâminas no frasco
para Papanicolaou com etanol ou em protetor de lâminas. Enviar a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: Anotar a DUM. Colher no 7°, 14° e 21° dia do ciclo menstrual, o material clínico
descrito acima. Se a paciente não menstruar até o 28° dia do ciclo, coletar mais uma amostra desta data.
Estabilidade das amostras: dentro do etanol a 95%, a temperatura ambiente, 30 dias.
Método: coloração segundo Papanicolaou.
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GRUPO SÃO CAMILO
Valores de Referência:
Classificação dos Colpocitogramas:
Tróficos:
+++ células eosinofílicas
++ células eosinofílicas
+ células eosinofílicas
> 60%
40 a 59%
15 a 39%
Hipotróficos:
+ células eosinofílicas
1 a 14%
++ ausência de células eosinofílicas, presença de células cianofílicas superficiais e células intermediárias.
Atróficos:
+ Presença de células cianofílicas intermediárias e profundas
++ Presença de células cianofílicas profundas, eosinofílicas
profundas.
Classificação dos ciclos anovulatórios:
a) Ciclo anovulatório com cornificação hipotrófica acíclica:
Predomínio de células intermediárias, com 1 a 10% de células eosinofílicas e raras células profundas em todas as
lâminas coletadas. (Fundo sujo).
b) Ciclo anovulatório com curva hipotrófica cíclica:
É o ciclo anovulatório mais comum, caracterizado pela presença de células eosinofílicas em percentagens
inferiores que o normal, mas com variações diárias que podem oscilar entre 1 a 10%. As células eosinofílicas
podem chegar a um pico entre 30 a 50%, mas que cai para valores inferiores a 15% na segunda metade do
ciclo, não apresentando as variações progestacionais. Na fase menstrual podem-se encontrar células
profundas, que é um achado excepcional nos ciclos ovulatórios. Este tipo de curva mostra, já, uma atividade
hormonal melhor que o item a, com produção de estrógenos quase normal, mas o folículo não consegue
completar o seu desenvolvimento.
c) Ciclo anovulatório com cornificação eutrófica:
Aqui as variações da curva de células eosinofílicas são semelhantes às da curva normal, com pico intermenstrual
normal, com produção normal de estrógenos. Entretanto a ovulação não ocorre, com folículo entrando em
involução. A falta dos fenômenos progestacionais demonstra um ciclo imperfeito.
d) Ciclo anovulatório com curva elevada:
Este tipo de curva é muito rara, e se caracteriza por uma elevação pronunciada da eosinofilia, durante todo o
ciclo, sem nenhuma imagem de atividade pro gestacional na segunda metade daquele. Este caso está
relacionado com a presença de folículo maduro persistente com transformação cística.
Indicações: diagnóstico de ciclos ovulatórios ou anovulatórios.
Interferências: processos infecciosos, utilização de medicação tópica de qualquer qualidade, uso de hormônios
tópicos ou sistêmicos.
Informações importantes: Data da última menstruação.
_______________________________________________________________________________________
CITOLOGIA HORMONAL (UMA AMOSTRA)
Sinônimo mais usado: citologia hormonal única.
Material e conservação para envio: vide exame anterior.
Instruções para coleta: coleta de uma amostra isolada, em pacientes sem ciclo menstrual. Vide exame anterior.
Estabilidade da amostra: vide exame anterior.
Método: coloração segundo Papanicolaou.
Valores de Referência: vide exame anterior. O resultado priorizará condições citológicas Tróficas, Hipotróficas
ou Atróficas.
Interferências: Vide exame anterior.
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Indicações: estudo da repercussão hormonal sobre a mucosa vaginal.
Informações importantes: idade da paciente, Data da última menstruação, medicação atual, suspeita clínica.
_______________________________________________________________________________________
CITOLOGIA ONCÓTICA CÉRVICO-VAGINAL
Sinônimo mais usado: Papanicolaou, preventivo de câncer de colo.
Material e conservação para envio: esfregaços cervicais, endocervicais e vaginais, coletados em lâminas de
microscopia, enviados a temperatura ambiente, em caixas protetoras de lâminas.
Instruções para coleta: coletar com espátula de Ayre e escava citológica, fornecidas pelo Laboratório. Coletar
com pelo menos três dias de abstinência sexual, sem uso de medicação vaginal. Evitar coletas em períodos
menstruais. Preparar esfregaços com as coletas endocervicais, cervical e vaginal em uma única lâmina, na seqüência
da cauda para a parte fosca da lâmina, onde irá as iniciais e número da paciente. Anotar DUM e medicação atual.
Imediatamente após a coleta mergulhar as lâminas no álcool a 95%.
Estabilidade da amostra: 30 dias após a coleta a temperatura ambiente.
Método: coloração segundo Papanicolaou.
Valores de Referência: negativo para lesão intra-epitelial ou malignidade. Avaliação segundo Sistema Bethesda
2001.
Interferências: uso de medicações tópicas, duchas vaginais, relações sexuais com menos de três dias antes da
coleta, período menstrual.
Indicações: teste de triagem para prevenção do câncer ginecológico.
Informações importantes: DUM, fase de pré-menopausa, medicação atual e dados clínicos pertinentes.
OBS.: Haverá sempre avaliação da adequação da amostra:
- Satisfatório para avaliação, com presença ou ausência de componentes endocervicais, zona de
transição ou outros indicadores de qualidade como parcialmente obscurecido por hemácias, grande
quantidade de elementos inflamatórios, etc.
- Insatisfatório para a avaliação, por baixa celularidade, excesso de hemácias ou elementos
inflamatórios, etc. Estas amostras podem ser rejeitadas e não processadas ou, podem ser
processadas e avaliada com chancela de insatisfatória para avaliação da anormalidades.
Nota: Segundo Sistema Bethesda 2001 / Nomenclatura Brasileira de Laudos Cervicais - INCA, 2006.
_______________________________________________________________________________________
CITOLÓGICO DE LESÃO
Sinônimo mais usado: pesquisa de inclusões virais ou células de Tzanck.
Material e conservação para envio: raspado de lesões de diversos locais. Após fixa-las, enviar a temperatura
ambiente, em protetor laminar.
Instruções de coleta: coletar sempre das bordas das lesões, após remover o excesso de material necróticoinflamatório que as cobre. Coletar com alça diretamente para as lâminas, que são imediatamente fixadas em etanol a
95% por pelo menos 2 horas. Quando houver a formação de vesículas, rompe-las e coletar o líquido e o raspado
interno das lesões. Produzir lâminas imediatamente e rapidamente mergulha-las no fixador (etanol a 95%).
Estabilidade da amostra: após a fixação pode-se conservar o material por muito tempo.
Método: colorações segundo Papanicolaou e segundo Rosenfeld.
Valores de Referência: pesquisas negativas.
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GRUPO SÃO CAMILO
Interferências: uso de antibióticos ou anti-virais, ou nas fases de cura das lesões.
Informações importantes: quadro clínico, tempo de lesões e história de repetições dos quadros e
medicação atual.
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CITOLÓGICO DE ESCARRO / LAVADO BRÔNQUICO
Sinônimo mais usado: citologia de escarro ou citologia de lavado brônquico.
Material e conservação para o envio: escarro recente coletado em frasco estéril ou lavado brônquico, coletado
em frasco estéril pelo(a) médico(a)-assistente. Enviar sob refrigeração, em caixa isotérmica separados do gelo
renovável por papel ou plástico.
Instruções para coleta: escarro deve ser colhido antes do paciente se levantar , pela manhã, de expectoração
profunda, se necessário após inalação com água estéril. Fornecer ao paciente frasco estéril e instrui-lo para deixar
a tampa do frasco virada para o lado de cima sobre toalha bem limpa, à cabeceira do leito. Se possível o paciente
deve lavar a cavidade bucal através de bochechos com água filtrada. Lavado brônquico coletado em frasco estéril
pelo(a) médico(a)-Assistente.
Estabilidade da amostra: 24 horas sob leve refrigeração.
Método: colorações de Papanicolaou, tipo Romanovsky, Gram e Ziehl-Neelsen, após liquefação do escarro com
L-Cisteína em solução e preparo da amostra em cito-centrífuga.
Valores de Referência: pesquisas negativas.
Interferências: uso de antibióticos antes da coleta.
Indicações: além de diagnósticos específicos, este exame serve para observar o número de leucócitos para
estabelecer a significância do material, principalmente para culturas quantitativas, tanto do escarro como do
lavado brônquico:
- Material significativo: mais de 25 leucócitos e menos de 10 células descamativas por campo microscópico de
100 X.
- Material não-significativo por contaminação com saliva: menos de 25 leucócitos e mais de 10 células
descamativas por campo microscópico de 100X.
Informações importantes: medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
CITOLÓGICO DE LÍQUIDO ASCÍTICO
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: no mínimo 3 mL de Líquido Ascítico, coletado pelo(a) médico(a)Assistente. Coletar em frasco estéril sob refrigeração.
Instruções para coleta: não há horário crítico para coleta.
Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração.
Método: contagem global em câmara de Neubauer, diferencial e pesquisa de outros tipos celulares por coloração
tipo Romanosky (coloração seg. Rosenfeld), coloração seg. Papanicolaou para pesquisa de células neoplásicas,
coloração seg. Ziehl-Neelsen para BAAR e coloração seg. Gram, para bactérias em geral.
Valores de Referência:
a) Aspecto: Límpido: Normal; Opalescente: Ascite quilosa. Turvo: infecção. Aspecto hemorrágico: crase
hemorrágica, acidente de punção ou malignidade.
b) Coloração: Amarelo citrina: Normal; Esverdeado: coleperitôneo; Branco-acinzentado: Purulento.
c) Contagem diferencial: Neutrófilos e outros polimorfonucleares: infecções bacterianas; Mononucleares:
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
predomínio de linfócitos pode ser peritonite tuberculose ou malignidade (carcinomatose peritonial).
Interferências: uso de antibióticos e anti-inflamatórios.
Indicações: diagnóstico diferencial de ascite.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.
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CITOLÓGICO DE LÍQUIDO SINOVIAL
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: coletado pelo(a) médico(a)-assistente, em dois frascos estéreis, volume
mínimo de 2 mL, um frasco sem anticoagulante e outro com 0,3 mL de Heparina Sódica. Manter sob refrigeração.
Instruções para coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração.
Método: coloração seg. Gram, Ziehl-Neelsen, Rosenfeld, Papanicolaou, para Bacterioscopia, Pesquisa de BAAR,
Diferencial de leucócitos e pesquisa de células como Ragócitos e histiócitos, pesquisa de células neoplásicas
respectivamente e contagens em câmaras hemocitométricas. O material coletado com heparina é utilizado para as
análises quantitativas em câmaras de contagens.
Valores de Referência: a) Aspecto: límpido
b) Viscosidade: normal
c) Cor: amarelo claro
d) Fibrina: ausente
e) Leucócitos: até 180/mm³
f) Neutrófilos: até 25%
g) Hemácias: ausentes
g) Histiócitos: raros
h) Pesquisa de Ragócitos: Negativa e
i) Pesquisa de Cristais em microscopia de fase: Negativa.
Interferências: medicamentos anti-inflamatórios e antibióticos.
Indicações: teste auxiliar para classificação dos tipos de patologias sinoviais.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.
Principais grupos de patologias sinoviais:
Tipo 1 - Não inflamatórias: < 2000 leucócitos por mm³: Edema, Neuroartropatia de Charlot, Traumática, Doenças
degenerativas das articulações, Osterocondromatosis, e Osteo-condrite dissecante e necrose asséptica.
Tipo 2 - Inflamatórias não infecciosas leves e/ou hemorrágicas: 2000 a 5000 leucócitos por mm³: LES,
Escleroderma, Sinovite vilonodular hemorrágica e osteoartropatia hipertrófica.
Tipo 3 - Inflamatórias não infecciosas severas: 5000 a 50.000 leucócitos por mm³: Gota, Pseudogota, Febre Reumática,
Artrite Reumatóide e Doença de Reiter.
Tipo 4 - Inflamatórias infecciosas: > 50.000 leucócitos por mm³: Infecções bacterianas, Tuberculose, Micoses
profundas.
_______________________________________________________________________________________
CITOMEGALOVÍRUS – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: PCR para Citomegalovírus.
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GRUPO SÃO CAMILO
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, 3 mL de plasma em EDTA, 2 mL de
líquido amniótico, 2 mL de líquor coletado pelo(a) médico(a)-assistente, 2 mL de lavado bronco-alveolar. Enviar
sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Todos os demais materiais líquidos precisam estar sob refrigeração,
com exceção dos materiais obtidos por biópsia que deve ser imediatamente congelado e deve ser enviado em
gelo seco. Todos os frascos de coleta necessitam estar esterilizados.
Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), plasma (6 meses congelado), líquido amniótico e líquor (1 mês
congelado).
Método: PCR Qualitativo.
Valores de Referência: Negativo
Interferências: contaminações durante a coleta dos materiais.
Indicações: A grande importância dos CMV ocorre durante a gestação, quando pode ocorrer transmissão vertical,
mesmo que a gestante tenha anticorpos específicos, prévios à gravidez. Em pacientes imunodeprimidos podem
ocorrer manifestações graves. O teste de PCR qualitativo está indicado para os casos de meningoencefalites, com
coleta do LCR. Durante a gravidez para elucidar quadro infeccioso agudo, com possibilidade de infecção
intrauterina, com coleta do líquido amniótico. Nos RN, até as três primeiras semanas de vida para definição de
infecção congênita, com pesquisa no sangue, e finalmente para diagnóstico em órgãos alvo, sendo pesquisados
líquidos cavitários ou materiais de biópsia.
Informações importantes: informar os locais de coleta e os materiais obtidos. Informar quadro clínico, se
pertinente. Por ser um método qualitativo, não pode definir se o quadro infeccioso é agudo ou fruto de uma
reativação. Os níveis de sensibilidade da metodologia para a detecção de quantidades diminutas de DNA viral,
podem produzir reações falso-negativas, princípio que vale para todas as reações biológicas laboratoriais.
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CITOMEGALOVÍRUS – PCR QUANTITATIVO
Sinônimo mais usado: CMV- PCR-QUANTI
Material e conservação para envio: vide Citomegalovírus PCR qualitativo
Instruções para coleta: idem
Estabilidade da amostra: idem
Método: PCR-RT
Valores de Referência: ausência do DNA do vírus.
Interferências: hemólise nos materiais sanguíneos.
Indicações: diagnóstico qualitativo da infestação do CMV em humanos.
Informações importantes: sensibilidade analítica a partir de 150 cópias de DNA de CMV/mL.
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CITOMEGALOVÍRUS – IgG
Sinônimo mais usado: CMV-IgG
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzima-imunoensaio de captura.
108
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: Negativo (Não Reagente) : < 0,9 S/CO
Indeterminado
: 0,9 - 1,1 S/CO
Positivo (Reagente)
: > 1,1 S/CO
Interferências: não há referências.
Indicações: O CMV é um herpes vírus que produzem infecções, na sua maior parte, sub-clínicas, que são
transmitidos através do sangue, saliva, secreções vaginais, esperma, urina, leite materno, etc. É tão difundido
entre a população que a partir dos 60 anos, mais de 75% dos indivíduos tem anticorpos da classe IgG anti-CMV.
Além dos materiais clínicos acima citados, o CMV pode ser transmitido por transfusões, órgãos de transplantes e
medula óssea. Após a disseminação sangüínea os vírus podem ser encontrados em quase todos os tecidos e
órgãos do corpo, com predisposição maior para o encéfalo, rins, fígado, coração, olhos, etc. Passa a ser eliminado
por diversas líquidos humanos. Os quadros clínicos são inaparentes tipo mononucleose símile e de uma hepatite
anictérica. Nos RN o quadro é de septicemia, com hepatoesplenomegalia, icterícia, trombocitopenia e
envolvimento de vários órgãos. Com o desenvolvimento do quadro ocorrem pneumonias intersticiais. Pode
ocorrer reativação viral, pois na fase aguda o Citomegalovírus pode inverter a relação CD4/CD8 com diminuição
da atividade citotóxica das células NK.
Informações importantes: uso de medicação anti-viral.
Nota: CO = CUT OFF; S = Valor obtido com o Soro em teste.
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CITOMEGALOVÍRUS – IgM
Sinônimo mais usado: CMV-IgM
Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzima Imunoensaio de captura.
Valores de Referência: Negativo (Não Reagente).....:
< 0,9 S/CO
Indeterminado......................: 0,9 a 1,1 S/CO
Positivo (Reagente)..............:
> 1,1 S/CO
Interferências: uso de medicação antiviral prévia. A presença de fator reumatóide ou a presença de anticorpos
heterófilos podem causar reações falso-positivas neste método.
Indicações: investigação laboratorial da infecção aguda pelo citomegalovírus. Com as novas tecnologias
sorológicas muito mais sensíveis, os anticorpos da classe IgM anti-CMV pode persistir por semanas a meses após a
primoinfecção. Durante a reativação viral (reexpressão viral) da infecção, os níveis de anticorpos podem estar muito
baixos.
Informações importantes: informar a medicação atual, quadro clínico se possível.
CO: CUT-OFF S. Valor obtido com o soro em teste.
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CITOMEGALOVÍRUS – ANTIGENEMIA
Sinônimo mais usado: CMV – Ag
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA a temperatura ambiente. Coletar de
segunda a quarta feira. Não coletar as vésperas dos feriados.
109
GRUPO SÃO CAMILO
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 8 horas a temperatura ambiente.
Método: Imunofluorescência indireta com anticorpos monoclonais anti-fosfoproteína (pp65).
Valores de Referência: Negativo
Interferências: medicação antiviral prévia.
Indicações: diagnóstico precoce da infecção pelo CMV e controle terapêutico anti-viral.
Informações importantes: medicação antiviral atual ou prévia.
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CITOMEGALOVÍRUS – IgG E IgM NO LCR
Sinônimo mais usado: CMV no LCR
Material e conservação para envio: 2 mL de LCR e 2mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Não há horário crítico para coleta, desde que os dois materiais sejam coletados no
mesmo momento.
Estabilidade da amostra: LCR: 10 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Soro: 20 dias sob
refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzima-imunoensaio por captura.
Valores de Referência: Não Reagente (Negativo)
:
índice LCR / índice soro
< 0,9
Indeterminado
:
índice LCR / índice soro 0,9 a 1,1
Reagente (Positivo)
:
índice LCR / índice soro
> 1,1
Interferências: presença de anticorpos heterófilos ou Fator reumatóide, que podem interferir nas reações,
principalmente nas pesquisas de anticorpos da classe IgM, produzindo reações falso-positivas. Pode ocorrer
estes anticorpos somente no soro, produzindo, assim resultados falso-negativos para a relação índice LCR /
índice soro, para anticorpos da classe IgM.
Indicações: Pesquisa de infecções do CMV no LCR.
Informações importantes: informar medicação anti-viral e quadro clínico
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CITOMEGALOVÍRUS – AVIDEZ IgG
Sinônimo mais usado: CMV avidez IgG
Material e conservação para uso: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes pode coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: ELFA - Enzyme Linked Fluorescent Assay. O método baseia-se no princípio que os anticorpos de baixa
avidez são deslocados da reação antígeno-anticorpo pela ação de Solução aquosa de Uréia a 5M.
Valores de Referência:
Tipo de Avidez
Baixa
Inconclusivo
Alta
Porcentagem
< 30%
30 – 60%
> 60%
Sugere (quadro clínico):
Sugere infecção ocorrida até 3 meses .
Sugere período de infecção indifinido.
Sugere infecção ocorrida há mais de 3 meses.
Interferências: uso de medicação anti-viral prévia.
Indicações: Este teste é indicado para diferenciar anticorpos de alta avidez, que ocorrem nas infecções crônicas
110
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
dos anticorpos da classe IgG de baixa avidez, que ocorrem em infecções recentes.
Informações importantes: idade gestacional, data de provável contágio, uso de medicação anti-viral.
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CITOSOL HEPÁTICO TIPO 1 – ANTICORPOS ANTI
Sinônimo mais usado: Anti-LC1
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum dispensável.
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio
Valores de Referência: Não Reagente
Interferências: lipemia e hemólise.
Indicações: diagnóstico sorológico da Cirrose Biliar Primária (CBP).
Informações importantes: hepatite autoimune é dividida em dois grupos: o tipo 1: ocorre mais em mulheres,
geralmente acima de 16 anos e pode cursar com hepatite aguda ou sub-aguda. apresentam a pesquisa de
anticorpos anti-citosol hepático negativo, FAN positivo(50%) (padrão pontilhado fino ou homogêneo),
anticorpos anti-músculo liso positivo(85%) e p-ANCA também positivo(90%). O tipo 2: ocorre geralmente em
pacientes com menos de 16 anos e apresenta positividade do anti-LKM1 (70%) e do Anti-Citosol Hepático
(LC1)(30%). Alguns pacientes com doença clínica florida só tem os anticorpos anti-citosol hepático positivo.
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CLEMENTS – TESTE DE
Sinônimo mais usado: teste das bolhas
Material e conservação para envio: 5,0 mL de líquido amniótico coletado pelo(a) médico(a) – assistente, sob
refrigeração. Proteger da luz.
Instruções para coleta: não há horário crítico para coleta. Coletar de segunda a quinta-feira. Não coletar às
vésperas de feriados, salvo urgências. Evitar acidentes de punção. Se na primeira seringa vier sangue juntamente
com o Líquido Amniótico, coletar uma segunda seringa ou mais, se possível, até “limpar” o material do sangue,
pois pode haver alteração dos resultados.
Estabilidade do material: até 4 dias sob refrigeração.
Método: segundo Clements, baseado na propriedade da Lecitina produzir bolhas na presença de meio alcoólico,
após agitação intensa dos tubos de teste. Quanto maior for a relação Lecitina/Esfingomielina maior será a
produção de bolhas nas diluições seqüenciais preparadas, após agitação.
Valores de Referência: A maturidade pulmonar fetal é alcançada quando as bolhas estáveis permanecem pelo
menos cinco minutos nos três primeiros tubos do teste. Com este resultado fica afastada a Síndrome do
Desconforto Respiratório em aproximadamente 94% dos casos.
Interferências: acidentes de punção durante a coleta, uso de corticóides sistêmicos, presença de mecônio na
amostra e diabetes materna.
Indicações: avaliação da maturidade pulmonar fetal para se evitar a Síndrome do Desconforto Respiratório.
Informações importantes: semanas de gestação, condições da coleta e quadro clínico.
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111
GRUPO SÃO CAMILO
Clostridium difficile – PESQUISA DE TOXINA A e b
Sinônimo mais usado: toxina de Clostrídio nas fezes
Material e conservação para envio: 1 a 2 gramas de fezes recentes refrigeradas.
Instruções para coleta: coleta ao acaso
Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.
Método: aglutinação do látex.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: Indicações: diagnóstico da presença de toxinas A e/ou B de Clostridium difficile, nos casos de suspeita de colite
pseudomembranosa, em pacientes internados, com uso de antibióticos de largo espectro. A toxina A produz
lesões na mucosa intestinal e as manifestações clínicas. A toxina B tem ação citotóxica.
Informações importantes: fezes diarréicas podem ser utilizadas para o teste.
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CLORO/CLORETOS – SANGUE, LCR, SUOR, URINA
Sinônimo mais usado: Cl
Material e conservação para envio: 2 mL de soro, ou 2 mL de LCR ou 50 mL de urina ao acaso , ou alíquota de
100 mL de urina de 24 horas ou suor coletado por iontoforese.
Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento,
LCR: 5 dias sob refrigeração e 1 mês sob congelamento; urina: 10 dias sob refrigeração e 2 meses sob
congelamento e suor: 4 dias sob refrigeração ou 10 dias sob congelamento.
Método: íon seletivo (ISE).
Valores de Referência: soro (adultos) . . . . . . . . : 99 a 109 mEq/L
soro (crianças) . . . . . . . . : 95 a 112 mEq/L
LCR . . . . . . . . . . . . . . . . : 118 a 132 mEq/L
Urina ao acaso . . . . . . . . : até 100 mEq/L
Urina de 24 horas . . . . . . : 110 a 250 mEq/24 horas
Suor . . . . . . . . . . . . . . . . : < 40 mEq/L
- Indeterminado . . . . . . : 40 a 80 mEq/L
- Patognomônico . . . . . : > 80 mEq/L
Interferências: hiperproteinemia, hiperlipemia, diluições de amostra no momento da coleta, realizada próximo
de locais de infusão venosa.
Indicações: Fornece dados sobre o equilíbrio hídrico-eletrolítico e ácido-básico.
a) Hipocloremia: Acidose metabólica com ânions orgânicos, Acidose respiratória crônica, Hipervolemia,
Nefropatia perdedora de sódio, Insuficiência adrenal, grandes queimados, hiperaldosteronismo
primário e pacientes com sonda naso-gástrica ou gastrostomia.
b) Hipercloremia: Iatrogenia (excesso de administração de soro fisiológico, estrógenos, salicilatos),
Acidose metabólica, alcalose respiratória, diabetes insípidos, hiperparatireoidismo, desidratação e
desvio ureteral para intestino grosso.
c) No LCR geralmente reflete os níveis sérico de cloro. Somente na neuro-tuberculose e na meningite
tuberculosa apresenta valores baixos, geralmente 25 a 30% dos valores séricos.
d) Na urina, o cloro pode ser útil no diagnóstico da alcalose metabólica que responde aos níveis salinos.
Informações importantes: quadro clínico, tratamento atual e prévio.
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112
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
COBALTO NA URINA (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: todo o volume de urina de final de jornada da semana. Coletar em frasco
plástico fornecido pelo laboratório. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar a amostra em sanitário afastado do local de trabalho ao final da última fornada da
semana. Conservar e transportar sob refrigeração.
Estabilidade do material: até 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: indivíduos expostos
: < de 15,0 mcg/L (ACGIH)
Indivíduos não-expostos : < de 2,4 mcg/L (FIOH)
Interferências: coleta em ambiente de trabalho contaminado por cobalto.
Indicações: monitoração de colaboradores expostos ou em outros casos de exposição. Como o cobalto é
utilizado nas indústrias metalúrgica, eletrônica, bebidas (cervejarias) e química (fertilizantes, corantes e
pesticidas), os colaboradores expostos nos ambientes de trabalho necessitam ser rastreados sistematicamente.
Os quadros clínicos de exposição são polimórficos, mas geralmente formam uma síndrome tóxica caracterizada
pela tétrade de bócio, policitemia, cardiomiopatia e acidose metabólica, podendo ainda apresentar
pnemoconiose, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e asma.
Informações importantes: profissão, tempo de exposição e quadro clínico.
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COBRE NO SANGUE (inclui toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: dosagem do cobre
Material e conservação para envio: 3 a 4 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Para Toxicologia Ocupacional não é necessário jejum e o horário da
coleta não é crítico.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: RN . . . . . . . . . . . . . . . . : 12 a 67 µg/dL
Até 10 anos . . . . . . . . . : 30 a 150 µg/dL
Homens - Adultos . . . . : 80 a 155 µg/dL
Mulheres - Adultas . . . : 80 a 140 µg/dL
OBS.:Pacientes Afro-descendentes podem ter valores de 8 a 12 % mais elevados.
Interferências: O medicamento que mais altera os resultados do cobre é a cisplatina. Mais dados sobre
interferências vide Indicações.
Indicações : por ser um elemento essencial, a falta do cobre produz diversas doenças. Porém, em grandes
concentrações, produz efeitos tóxicos. O Cobre pode sofrer variações fisiológicas e patológicas:
a) Variações fisiológicas: pode ocorrer hipocupremia nos recém-nascidos. Nas mulheres ele geralmente é até 10%
mais elevados que nos homens. Pode ocorrer hipercupremia no fim da gestação, com uso de estrógenos e
anticoncepcionais orais, com um aumento compensatório da Ceruloplasmina.
b) Variações patológicas: Avaliação ocupacional: valores de cupremia acima do IBPM, indica exposição
ambiental, acima do limite de tolerância (com ou sem significado clínico ou toxicológico – os principais
sinais de alerta são depósitos oculares, eczemas e sinais digestivos). Ligados às patologias: há um aumento da
113
GRUPO SÃO CAMILO
cupremia nos processos infecciosos, nas hemopatias, como nas anemias Megaloblástica clássica ou
gestacional, na anemia ferropriva, nas anemias aplásticas, nas doenças linfoproliferativas, como leucemias e
linfomas, na hemocromatose, nos processos inflamatórios, no hipertireoidismo, hepatopatias como
hepatites, cirrose e cirrose biliar. Ainda pode se apresentar elevado nas colagenoses, como LES, AR, GNDA e
Febre Reumática.
A hipocupremia pode ocorrer na Síndrome Nefrótica, na enteropatias que cursam com malabsorção, como
espru e doença celíaca, no hipotireoidismo, nas carências nutritivas, principalmente nos RN, nos quadros de
queimaduras, remissão de quadros de leucemia aguda, tratamento com ACTH e corticóides e nutrição
parenteral sem reposição do elemento.
c) Variações metabólicas: A doença de Wilson é talvez o quadro mais conhecido de alteração metabólica
levando a uma hipocupremia patológica, com degeneração hepatolenticular, com acúmulo de cobre no
fígado, devido à queda de sua excreção hepática e biliar. A ceruloplasmina está, nestes casos, diminuída, e há
um aumento da eliminação de cobre na urina, que é proporcional ao dano renal desencadeado pelo cobre. A
doença que é hereditária tem como manifestações principais a cirrose, distúrbios renais, neuropsíquicos e
pigmentares, principalmente na retina. A fisiopatologia da doença deve-se ao erro inato na produção de
Ceruloplasmina. Esta alteração pode ser por deficiência de produção da ceruloplasmina ou de sua produção
molecular defeituosa, sem capacidade de se ligar ao cobre. A Doença de Mendes tem as mesmas
características laboratoriais, tanto sangüíneas como urinárias. Também de origem hereditária a sua
fisiopatologia deve-se a um distúrbio da absorção do cobre e do metabolismo do cobre nas células hepáticas.
Informações importantes: medicação atual, profissão, quadro clínico.
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COBRE NA URINA (inclui toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais comum: cobre urinário
Material e conservação para coleta: para avaliação ocupacional: amostra de urina (no mínimo de 100 mL),
sem horário crítico. Alguns autores recomendam a coleta de amostra ao acaso, no final do último dia da semana.
Para avaliação clínica: coletar urina de 24 horas. A conservação deve ser feita sob refrigeração.
Instruções de coleta: vide item anterior. Deve-se sempre utilizar frasco novo de PVC, para se evitar
contaminações desnecessárias. Não coletar no ambiente de trabalho. Pode ser coletado em sanitário afastado do
local de trabalho. Retirar o uniforme e os EPI's e lavar as mãos e os genitais antes da coleta.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: 15,0 a 60,0 mcg/24 horas.
Para amostras ao acaso: 2,0 a 80,0 mcg/L.
IBPM : nada consta .
Interferências: contaminações ambientais durante a coleta. Uso de cisplatina.
Indicações : avaliação ocupacional e complementação para diagnóstico da doença de Wilson e Menkes. Vide
exame anterior (Cobre na urina)
Informações importantes: profissão e tempo de trabalho sem interrupções.
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COCAÍNA – PESQUISA DE (ver Benzoilecgonina).
_______________________________________________________________________________________
VI
114
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
COCCÍDIOS – PESQUISA (Ver Criptosporidium)
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COLESTEROL – HDL
Sinônimo mais usado: HDL
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 12 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada. Recomenda-se que os pacientes não coletem as segundas-feiras, para se evitar quadros de
hipertrigliceridemia, devido ao aumento de ingestão dos fins de semana.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Valores de Referência: Sociedade Brasileira de Cardiologia - IVDiretriz Brasileira sobre Dislípidemias e
Prevenção da Aterosclerose - Abril 2007.
Pacientes reconhecidamente dislipidêmicos devem coletar os exames de jejum não inferior a 14 horas.
Até 9 anos . . . . . . . . . . : > 35,0 mg/dL
10 a 13 anos . . . . . . . . : 36,0 mg/dL
14 a 19 anos . . . . . . . . : Ver valores adultos
Valores adultos
Baixo . . . . . . . . . . . . . . : < 40,0 mg/dL
Limítrofe . . . . . . . . . . . : 40,0 a 60,0 mg/dL
Desejável. . . . . . . . . . . : 60,0 mg/dL
Na realidade deve-se considerar somente o valor mínimo para cada faixa de idade, já que são considerados
valores mínimos para proteção arterial. Alguns serviços adotam índices de aterogenicidade (IA) para controle
dos pacientes dislipidêmicos:
Colesterol total = IA < 5,0______________
LDL-Colesterol = IA< 3,5
______________
HDL-Colesterol
HDL-Colesterol
Interferências: utilização de drogas que diminuem o colesterol.
Indicações: estudo e prevenção de dislipidemias, segundo a IV Consenso Nacional de Hiperlipemias, da
Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2007.
Informações importantes: sexo, idade e medicação atual.
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COLINESTERASE (inclui toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: pseudo-colinesterase sérica
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem
coletar imediatamente antes da próxima mamada. Separar e refrigerar o soro o mais rapidamente que for
possível.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 20 dias sob congelamento.
Método: espectrofotométrico enzimático.
Valores de Referência: avaliação ocupacional: IBPM: redução de 50% em relação à atividade inicial.
Indivíduos não expostos: Feminino: 3.930 a 10.800 U/L
Masculino: 4.620 a 11.500 U/L
Colinesterase eritrocitária: Normal: > 36,0 UI/g de Hb.
115
GRUPO SÃO CAMILO
Interferências: uso de drogas: andrógenos, antibióticos, principalmente cefalosporinas e rifampicina,
benzodiazepínicos e insulina.
Alterações patológicas:
a) diminuições: hipocolesterolemia, desnutrição, hepatites virais, cirrose hepática, distrofia muscular, IRC,
ICC, AR, policitemia vera, hipoproteinemia, plasmaferese, período pós-operatório, gravidez, tuberculose,
doenças inflamatórias, uremia, colagenoses, doença de Crohn, quadros de queimaduras, uremia.
b) elevações: hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hipertireoidismo, hemocromatose, síndrome nefrótica,
tireotoxicose, diabetes, polineurites, doença de Parkinson, infarto do miocárdio, Esquizofrenia, doença de
Alzheimer e Carcinoma hepatocelular.
Indicações: intoxicações por agentes organofosforados e carbamatos.
Informações importantes: idade, gravidez, medicação atual, profissão.
_______________________________________________________________________________________
COMPLEMENTO E FRAÇÕES
Sinônimo mais usado: CH50%, C1q, Inibidor da C1 estearase, C2, C3, C3a, C4, C5, C9 e CH100%
Material e conservação para envio: 2 mL de soro congelado.
Instruções de coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 2 meses sob congelamento.
Método: teste hemolítico de Kent e Fife a 50% de hemólise para o Complemento total (CH50%) e
imunoturbidimetria automatizada, para as demais frações.
Valores de Referência:
Teste:
CH50%
CH100%
C1q
Inibidor da C1 estearase-quantitativo
Inibidor da C1 estearase-qualitativo
C2
C3a
C5
Complemento C4:
Para percentil de 97,5%:
Valores pediátricos: em mg/dL:
Homens ( 1 a 14 anos):
14 a 34
Mulheres ( 1 a 14 anos):
13 a 36
Valores de adultos:
9 a 36 mg/dL (IFCC)
Complemento C3:
Para percentil de 97,5%:
116
VI
12 a 36
Valores de Referência:
90 a 290 UCH 50%
≥ 60 µ/CAE
10 a 25 mg/dL
15 a 34 mg/dL
80 a 130%
1,7 a 3,1 mg/dL
10 a 40 mg/dL
4,0 a 15,0 mg/dL
Método:
Kent e Fife
Imunoensaio
Imunohemólise radial
Nefelometria
Cromogênico
Nefelometria
Nefelometria
Imunoturbidimetria
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de infantil: em mg/dL:
Recém nascidos
1 a 3 meses
4 a 6 meses
7 a 9 meses
1 a 18 anos
58 – 108
67 – 124
74 – 138
78 – 144
80 – 150
Valores para adultos: em mg/dL:
≥ 20 anos
75 a 135 mg/dL (IFCC)
OBS: as demais frações do complemento C6, C7, C8 e C9 são raramente solicitadas aos laboratórios de
análises clínicas, e geralmente são determinadas em centros de pesquisa do complemento em algumas
universidades.
Interferências: utilização de corticosteróide pode inibir a formação de imunocomplexos .
Indicações: o sistema do complemento é um sistema protéico complexo, que é formado pela participação de 20
proteínas, que são ativadas por um sistema em cascata, através de duas vias, a via clássica e a via alternativa. A
ativação ocorre com o contacto com os imunocomplexos imunes ou de membranas celulares modificadas
ocasionando citólise e fagocitose, desencadeando atividades como anafilotoxicidade, opsonização,
quimiotactismo e fagocitose. A função principal da dosagem do complemento e frações para pesquisa de deficiência
genéticas ou estados de ativação, por doenças que cursam com consumo do complemento.
A maioria das frações podem se elevar em processos inflamatórios, e diminuir nos processos patológicos com
consumo de complemento, como LES, GNDA, etc.
O Inibidor da C1 estearase está ligado ao diagnóstico do edema angioneurótico.
Informações importantes: dados clínicos e medicação atual.
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COMPOSTO S
Sinônimo mais usado: 11-Deoxicortisol
Material e conservação para envio: 2 mL sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Nos casos de estímulo com ACTH sintético as coletas podem ser
realizadas em jejum (0'), aos 30 minutos (30') e 60 minutos (60') após a injeção E.V. lenta (1 a 2 minutos).
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: até 8,0 ng/mL
Com administração do ACTH: aumento de 3 a 5 em relação ao basal.
Interferências: uso de corticosteróides.
Indicações: O Composto S, pela ação da enzima 11-beta hidroxilase forma o Cortisol. Com deficiência da
enzima, há um aumento da secreção do ACTH, com aumento dos níveis de Composto S ou 11-Desoxicortisol. A
conseqüência deste aumento são quadros de hipertensão e aumento dos níveis de andrógenos, com quadro de
virilização que ocorre na hiperplasia adrenal congênita. Essa anormalidade ocorre em 5% dos casos de
hiperplasia congênita adrenal.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, idade e sexo.
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117
GRUPO SÃO CAMILO
CONTAGEM SEDIMENTAR DE ADDIS-HAMBURGER
Sinônimo mais usado: Contagem de Addis.
Material e conservação para envio: urina de 12 horas (vide Instruções para Coleta) sob refrigeração. Enviar
todo o volume.
Instruções para coleta: O paciente deverá urinar às 20:00 horas e desprezar essa urina. Daí em diante, recolher
todas as urinas até às 8:00 horas (da manhã) do dia seguinte, inclusive a última micção das 8:00 horas. Durante este
período exato de 12 horas, toda a urina recolhida, em frasco fornecido pelo Laboratório, conservando o frasco de
coleta, com as micções sob refrigeração. Logo após a última coleta, enviar o material clínico sob refrigeração. Uma
outra opção pode ser: o paciente após acordar, permanecendo deitado toma 250 mL de água (um copo tipo americano
bem cheio), e esvazia a bexiga completamente. Permanece deitado por 3 horas, após urinar completamente em
frasco limpo fornecido pelo laboratório.
Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.
Método: método microscópico para avaliação do débito de hemácias e leucócitos.
Valores de Referência:
Segundo Addis
: (por minuto, em 3 horas de intervalo) para adultos:
Hemácias
: < 2000/minuto ( valores patológicos > 5000/minuto)
Leucócitos
: < 4000/minuto ( valores patológicos > 5000/minuto)
Cilindro
: <
3/minuto
Para crianças
:
Leucócitos
: < 2.400/minuto
Segundo Addis – Hamburger (para valores absolutos para adultos) modificado por Kerp et al.
Leucócitos
: 30.000 a 1.000.000
Hemácias
:
0 a 400.000
Cilindros Hialinos :
0a
4.000
Interferências: erros de preparo do paciente ou vide Exame de Urina Rotina.
Indicações:
Hematúria: afecções nefrológicas e/ou urológicas .
Vide Exame de Urina
Leucocitúria: vide Exame de Urina
Informações importantes: tempo de coleta, idade, sexo, quadro clínico, corrimento vaginal, menstruação, etc.
_______________________________________________________________________________________
COOMBS DIRETO – TESTE DE
Sinônimo mais usado: anticorpos bloqueadores.
Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total coletado em EDTA, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Pode-se coletar sangue do cordão umbilical.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: imunohematológica segundo Coombs, em meio gel.
Valores de Referência: negativo.
Interferências: alguns medicamentos podem induzir a produção de anticorpos que sensibilizam as hemácias e
produzem o teste de Coombs Direto Positivo, como metildopa, penicilina, cefalosporinas, rifampicina,
sulfonamidas, insulina e dipirona.
Indicações: investigação das anemias hemolíticas auto-imunes. Detecta geralmente hemácias sensibilizadas
118
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
por imunoglobulinas da classe IgG e complemento (anticorpos quentes a 37°C). Infecções virais agudas podem
produzir testes positivos, como Sarampo, Gripe, CMV, etc, assim como quadros de pneumonia por micoplasma,
leucoses, linfomas, plasmocitomas, LES, etc.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
COOMBS INDIRETO – TESTE DE
Sinônimo mais usado: pesquisa de anticorpos irregulares.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções de coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Método: Pesquisa de antiglobulinas circulantes anti-Rh, em meio gel.
Valores de Referência: Negativo
Interferências: não há referências.
Indicações: é um teste de triagem semi-quantitativo para segurança imunológica nas transfusões sangüíneas,
nas gestações e pesquisas de estados auto-imunes contra hemácias. A titulação é feita por diluições seriadas a 1/2,
1/4, 1/8, etc.
Informações importantes: nos acompanhamentos de gestações de risco deve-se anotar o tempo de gestação,
intercorrências, tipo sangüíneo, etc.
_______________________________________________________________________________________
COPROLÓGICO – TESTE
Instruções para Coleta
Condições Gerais: Fezes recentes a fresco (todo o volume fecal após a dieta específica).
INSTRUÇÕES:
a) É recomendável a suspensão de toda a medicação que possa alterar o trânsito intestinal, como laxantes,
supositórios, medicamentos anti-diarréicos, etc., mas somente com conhecimento médico.
b) Não utilizar bebidas com gás (refrigerantes ou água gaseificada).
c) Não utilizar bebidas alcoólicas durante os três dias que antecedem a coleta das fezes.
d) Dieta: (deve ser seguida por três dias antes da coleta das fezes).
1) Lactentes e até 1 ano de idade: dieta habitual acrescida de uma colher de chá de azeite de oliva, em pelo
menos três refeições diárias, durante três dias seguidos, ou conforme orientação médica.
2) 1 a 2 anos de idade: dieta habitual acrescentando creme de leite e queijo prato (mínimo de 3 colheres de
chá de creme de leite, por dia, em pelo menos duas fatias de queijo prato, dividido entre as refeições
diárias), ou conforme orientação médica.
3) 2 a 5 anos: 1/3 da dieta do adulto (vide abaixo), ou conforme orientação médica.
4) 6 a 12 anos:
Dieta habitual, com introdução no almoço e jantar:
a) Quantidade usuais de carne vermelha mal passada (mínimo de 180 gramas diárias), batata assada e
feijão (são marcadores obrigatórios de fragmentos de mastigação e digestão). PARA CADA
REFEIÇÃO ACRESCENTAR: 1,5 colheres de sopa de azeite + 1 colher de sopa de creme de leite + 1/2
colher de sopa de manteiga + 1 fatia grossa de queijo prato.
b) No café da manhã e lanche da tarde: dieta habitual, com o uso da manteiga e creme de leite do item a)
acima.
Todos esses tipos de alimentos servirão como indicadores para as observações microscópicas dos resíduos
119
GRUPO SÃO CAMILO
fecais e para as dosagens coprológicas solicitadas pelo(a) médico(a)-assistente.
Essa dieta deve ser feita por três dias seguidos e todo o volume fecal da primeira evacuação do quarto dia,
deverá ser coletado em frasco fornecido pelo Laboratório São Camilo.
Antes de coletas as fezes é necessário urinar no vaso sanitário, para evitar a contaminação das fezes com a
urina. Para crianças que não têm ainda continência urinária, é recomendado o uso de coletores de urina, até o
momento da evacuação no quarto dia. (EVITAR O USO DE TALCO).
As fezes podem ser refrigeradas, até a entrega do material ao laboratório, o que deverá ser possível, ocorrer
logo após a evacuação do quarto dia. O tempo entre a coleta e a entrega do material no laboratório deverá ser de
no máximo de 2 horas a temperatura ambiente. Após este período, obrigatoriamente as fezes deverão ser
refrigeradas. (NÃO CONGELAR).
Nota Importante: O regime deverá ser observado durante 4 dias, colhendo-se no quarto dia todas as evacuações de
um período de 24 horas, em vasilha de boca larga, fornecida pelo Laboratório. Durante todo o dia
de coleta, a partir da primeira evacuação, manter as fezes em refrigeração (pode-se manter em
caixa de Isopor com gelo renovável, desde que a troca do gelo seja feita a cada 2 horas).
Encaminhar o material para o laboratório na manhã do quinto dia. Este material pode ser
estocado por 24 horas no máximo após a coleta.
- Caso o paciente sofra de obstipação intestinal, prolongar o regime por mais um ou dois
dias e proceder conforme instruções acima. Se ainda assim, não conseguir evacuar,
pode-se utilizar supositórios de glicerina.
- As fezes não poderão se misturar com urina, devendo o paciente tomar esse cuidado.
- Ficam proibidas as bebidas alcoólicas, refrigerantes e água mineral com gás.
- Água pode ser bebida à vontade em qualquer fase do regime.
- Os medicamentos que possam alterar o trânsito intestinal, devem ser suspensos com a
concordância médica.
- Dependendo da idade dos pacientes, variações do regime devem ser analisadas, de
acordo com a dieta atual, caso a caso.
Estabilidade da amostra: até 2 4 horas sob refrigeração.
Método: segundo M.Padua Vilela.
Valores de Referência:
I)
120
VI
Caracteres Organolépticos:
a) Aspecto: Homogêneo
b) Consistência: Formada e macia
c) Cor: Parda
d) Odor: próprio
e) pH: 6,0 a 7,0
II) Elementos Macroscópicos:
a) Fragmentos de cenoura: ausentes
b) Fragmentos de batatas: ausentes
c) Tecido conjuntivo animal: ausentes
d) Fragmentos de carne: ausentes
e)
f)
g)
h)
III) Elementos Microscópicos:
IIIA) Elementos corados pelo Lugol:
a) Amido amorfo: ausente
b) Amido incluído: ausente
c) Amido cru: ausente
d) Flora Iodófila: Ausente
Muco: ausente
Sangue: ausente
Pus: ausente
Gordura (óleo): ausente
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
IV) Elementos não corados pelo Lugol:
a) Celulose digerida: Ausentes
b) Celulose não-digerida: Ausentes ou Raras
c) Fibras musculares: 1 - Mal digerida: ausentes
2 - Bem digerida: ausentes
d)
e)
f)
g)
Cristais: Ausentes
Tecido conjuntivo liso: Ausentes
Leucócitos: Ausentes
Hemácias: Ausentes
PRINCIPAIS SÍNDROMES COPROLÓGICAS SEG. GOIFFON
Síndromes
Coprológicas
Evacuação
Normal
Obstipação
Odor Cor
Pr
1
P.S
pH
Est
Bil.
FM
TC
Cel.Dig/ Amido AG
Indigest.
N
>7
+
-
R
-
-/+
-
GN
M
FI
-
-
-
-
-
Evacuação
Prematura
(conteúdo
normal)
Evacuação
Prematura
Conteúdo
Int.delgado
Insuficiência
Gástrica
Insuficiência
Pancreática
Insuficiência
Biliar
Colite com
Diarréia
Colite com
Obstipação
Falsa diarréia
But
1
2
A
D
>7
6-7
+
+
-
R
R
-
++
++
+/-
-
-
++
F
3
D
=7
-
++
+
-
+++
+++
++
++
-
+
P
1
N
>7
+
-
+
++
-
-
-
-
-
-
But
2
N
>7
+
+/-
+++
-
+++
+++
+/-
+++
-
-
But
4
N
>6
-
-
+/-
-
-
-
+++
+/-
-
-
D
>7
-
+/-
-
++
+
-
-
+/-
+
+
-
+/-
-
-
-
-
-
+
-
5-7
+/-
+/-
+/-
+
+
-
-
-
Fet
+
+
+++
Ulceração
Intestinal
-
-
>7
-
+/-
Az
+
+
+/-
Fermentação
+++
+
F
But
1
Put
5
A
>7
Fet
5
2
4
D
D
D
>7
1 - Castanha
2 - Amarela
3 - Amarelo-escura
4 - Branca
+
Pr - próprio
But - Butírico
Fet - Fétido
Az - Azedo
+/-
A - aumentado
D - Diminuído
N - Normal
PS - peso seco
Est - Estercobilina
FM - Fibras Musculares
TC - Tecido conjuntivo
GN - Gorduras Neutras
M - Muco
Cel Dig/Indigest. – Celulose Digestível/Indigestível.
+/++
+++
-
Ausente
Traços
Moderada
Abundante
Bil - Bilirrubina
AG - Ácidos Graxos
FI - Flora Iodófila
Interferências: uso de medicamentos que alterem a absorção ou motilidade intestinais.
Indicações: identificação das principais síndromes coprológicas, como distúrbios motores intestinais
(constipação, diarréia do cecum, diarréia do delgado), distúrbios motores com reação de mucosa (quadros de
fermentação, colites e falsas diarréias) e insuficiências digestivas gástricas, biliares e pancreáticas.
Informações importantes: idade, sexo, medicações em uso e tipo de seguimento da dieta.
_______________________________________________________________________________________
COPROPORFIRINAS URINÁRIAS (inclui Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Copro P.
Material e conservação para envio: urina (mínimo de 100 mL) ao acaso ou urina de 24 horas (alíquota de 100
mL do volume total). Informar o volume total coletado. Enviar sob refrigeração. Para toxicologia ocupacional o
horário da coleta não é crítico. Proteger da luz.
Instruções para coleta: é recomendado a coleta ao final da jornada de trabalho, após pelo menos 15 dias de
exposição.
121
GRUPO SÃO CAMILO
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria UV-VIS.
Valores de Referência: não expostos : até 150 mcg/L
IBPM
: 200 mcg/L
Interferências: não há referências específicas e de importância.
Indicações: o chumbo inibe a coproporfirinogênio descarboxilase aumentando os níveis de coproporfirina nas
hemácias e na urina. A coproporfirina se eleva tardiamente quando os níveis de chumbo no sangue ultrapassa o
valor de 40 mcg/dL. Como a coproporfirina pode se elevar em hepatopatias, febre reumática, intoxicações por
vários outros metais pesados, como Mercúrio, Zinco, Prata, Ouro, etc e ainda consumo elevado de bebidas
alcoólicas, ela tem baixa especificidade e sensibilidade para monitorar intoxicações por chumbo.
Eleva-se nos quadros de porfirinas, que são doenças relacionadas à deficiência enzimática da biosíntese da
heme, provocando sinais e sintomas variáveis, cutâneos, nervosos e abdominais. A produção do heme passa por
6 passos, com 6 enzimas.
Variações Patológicas:
Porfiria aguda intermitente, Porfiria variegata, Coproporfirina hepática, Porfiria cutânea tardia, Porfiria
eritropoiética ou doença de Gunther, Protoporfiria eritropoiética, Coproporfiria, saturnismo, anemias
refratárias, acometimentos hepáticos, deficiência de vitamina B2 e PP.
Informações importantes: tempo de exposição, quadro clínico, medicação utilizada.
_______________________________________________________________________________________
CORPOS CETÔNICOS NA URINA
Sinônimo mais usado: cetonúria
Material e conservação para envio: urina ao acaso, no mínimo 10 mL, colocado em frasco, de tal forma não
deixar espaço vazio interno, para se evitar a evaporação dos elementos cetônicos(transformação principalmente
do ácido acetoacético em acetona), sob refrigeração.
Instruções para coleta: vide Material e conservação para envio.
Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração em frasco bem tampado.
Método: fitas reagentes, com reação do nitroprussiato de sódio, em meio ácido, que reage com o acetoacetado e
acetona (as tiras de urina não reagem bem com o beta-hidroxibutirato das dosagens sangüíneas). A reação é
positiva com a mudança para a cor roxa, sendo a intensidade proporcional à concentração:
Intensidade da reação
+
++
+++
valores aproximados
0,10 g/L a 0,30 g/L
0,30 g/L a 0,80 g/L
> 0,80 g/L
Valores de referência: reação negativa.
Interferências: bromossulfaleína, intoxicações por ácido acetilsalicílico, fenformina e ácido valpróico.
Indicações: a acetona, o ácido acetilacético e o ácido beta-hidroxibutírico são formados no tecido hepático e são
produtos da quebra dos ácidos graxos de cadeia longa. São encontrados sob ação cetogênica de uma série de
hormônios, como o cortisol, o glucagon, as catecolaminas, o HGH, o ACTH e o TSH, que estimulam a lipólise e a
entrada dos ácidos graxos livres no fígado. A insulina, a vasopressina, a ocitocina e a glicose têm ação inversa e
são considerados antilipolíticos. A hiperprodução dos corpos cetônicos torna-se um quadro grave, quando estes
ácidos tornam-se ionizados e no diabetes descompensado, o grande afluxo de íons H+ e a correspondente acidose
metabólica podem ser rapidamente mortais.
Na cetoacidose diabética a presença de corpos cetônicos traduz a insuficiência do tratamento insulínico. A
122
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
cetoacidose grave do DM produz uma polipnéia de Kussmaul e os sinais laboratoriais se apresentam com uma
hiperglicemia superior a 400 mg/dL, com cetonemia e cetonúria. Neste quadro o pH arterial está baixo, com
queda do bicarbonato e um ânion gap elevado.
Outras situações com corpos cetônicos na urina:
Jejum prolongado, exposição prolongada ao frio, exercícios muito intensos. Nos quadros febris, de pacientes
debilitados, cujas reservas glicogênicas hepáticas estejam diminuídas. Vômitos intensos. Gravidez, doenças
metabólicas congênitas, como Síndrome de Fanconi, doença de Von Gierke (glicogênese do tipo I).
Na acidose láctica a transformação do acetoacetado em beta-hidroxibutirato leva a um teste urinário fraco ou
negativo, com cetonemia elevada.
Informações importantes: idade e sexo, medicação atual, possíveis estados tóxicos e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
CORPÚSCULOS DE HEINZ
Sinônimo mais usado: corpos de Heinz (Heinz bodies)
Material e conservação para envio: sangue total em EDTA, sob refrigeração. Recomenda-se a produção de
dois esfregaços em lâmina de microscopia, fixados por 5 minutos só com o primeiro reagente da coloração
panótica. Enviar no porta-lâminas.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.
Método: coloração de azul de cresil brilhante ou coloração de violeta de metila.
Valores de referência: corpúsculos de Heinz ausentes.
Interferências: não há referências.
Indicações: os corpúsculos de Heinz são formados dentro das hemácias pela denaturação e precipitação das
cadeias de globinas que se separam do núcleo heme, quando a hemoglobina sofre oxidação. São inclusões
pequenas, arredondadas, próximas à membrana eritrocitária, podendo estar isoladas ou coalescentes. A maior
parte das hemácias com corpúsculos de Heinz são rapidamente seqüestradas pelo baço.
Podem-se encontrar corpúsculos de Heinz nas anemias hemolíticas de diversas etiologias, deficiência de G6PD,
com hemoglobinas instáveis, nas intoxicações por drogas, principalmente por sulfa e seus derivados, em
pacientes esplenectomizados, talassemia major, etc.
Informações importantes: quadro hematológico e clínico do paciente.
_______________________________________________________________________________________
CORTISOL SÉRICO
Sinônimo mais usado: 17-Hidroxicorticosterona
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 6 horas, entre 7 e 9 horas da manhã, após
repouso de no mínimo 30 minutos, no próprio laboratório. Outros horários podem ser solicitados, como às
16:00 horas e 24:00 horas. Em todos os horários o repouso de 30 minutos antes da coleta deve ser observado.
Em testes realizados no nosso laboratório, com pacientes com veia cateterizada por escalpe e pacientes com
coleta realizada sem escalpe durante o repouso, não se observou variações significativas entre as duas formas
de colheita.
Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência.
123
GRUPO SÃO CAMILO
Valores de Referência: (em mcg/dL):
Faixas etárias
Neonatal
1 a 10 anos
11 a 14 anos
15 a 19 anos
Adultos
Homens
6,9 – 50,0
3,5 – 27,0
4,8 – 27,0
6,5 – 28,0
4,3 – 22,4
Mulher
7,4 – 40,0
4,1 – 26,0
5,5 – 27,0
6,6 – 27,0
4,3 – 22,4
Cortisol conforme o horário de coleta: (mcg/dL)
16:00 horas
17:00 horas
18:00 horas
3,1 – 16,6
2,0 – 11,5
2,0 – 10,7
ACTH e Cortisol após estímulo com Desmopressina:
Coletas : Basal, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos: Resposta positiva ocorre quando é observado um incremento
maior que 50% do valor basal para o ACTH e/ou maior do que 20% para o Cortisol.
Interferências: outros horários de coleta que não tem valores referenciais definidos, falta de repouso antes da coleta,
uso de certos medicamentos como Fenitoína, Fenobarbital, Primidona, Ácido Valpróico, alcoolismo, gestação,
obesidade, estados de depressão, mesmo sem medicação específica, stress, estados infecciosos, dor, pós-operatório
imediato. Alteração do ciclo circadiano no início e primeiros dias do término do horário de verão. Outros
medicamentos elevam os níveis do cortisol em qualquer dos horários prescritos, como anfetaminas, corticotrifinas,
Cortisona, Hidrocortisona, Nicotina, anticoncepcionais orais, Prednisolona, Prednisona e estrógenos. Diminuições
podem ocorrer com a Dexametasona, Levodopa, Lítio e Metirapona.
Indicações: diagnóstico laboratorial dos estados de hiperfunção adrenal, como síndrome de Cushing e na
Hipofunção adrenal, como a Síndrome de Addison. Níveis elevados à meia-noite (> 7,5 mcg/dL) são
patognomônicos de Cushing, enquanto níveis inferiores a 5 mcg/dL a excluem. Níveis inferiores a 5 mcg/dL nas
coletas entre 8 e 9 horas da manhã são patognomônicos de insuficiência adrenal.
Informações importantes: medicação atual, idade, sexo, estado gestacional, horário da coleta, tempo de
repouso, etc.
_______________________________________________________________________________________
CORTISOL LIVRE URINÁRIO
Sinônimo mais usado: Cortisol livre
Material e conservação para o envio: alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Informar o
volume total da coleta. Não utilizar qualquer tipo de conservante. Coletar e enviar em frasco plástico.
Instruções para coleta: coletar o volume urinário de 24 horas, mantendo-se todos os volumes urinários em um
só frasco, sob refrigeração por todo o período de coleta.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência:
a) urina de 24 horas:
Crianças
12,0 – 90,0 mcg/24 hs
Adolescentes
25,0 – 187,0 mcg/24 hs
Adultos
55,5 – 286,0 mcg/24 hs
124
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
b) urina ao acaso mcg/g de creatinina:
Adultos : 33 a 39 mcg/g de creatinina ou 6,0 a 60 mcg/dL.
Crianças : 30 a 99 mcg/g de creatinina
Interferências: somente o alcoolismo crônico é capaz de produzir valores falsamente elevados do cortisol livre.
Indicações: é o melhor exame para confirmação da presença ou ausência de hipercorticalismo. Alguns autores
recomendam que sejam feitas de 2 a 3 dosagens do cortisol livre urinário, pois pode haver erro de coleta e
variação diária do cortisol livre.
Informações importantes: quadro clínico, estado gravídico, idade, sexo, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
CORTISOL SALIVAR
Sinônimo mais usado: cortisol na saliva
Material e conservação para envio: pode-se coletar com tampão de algodão que é colocado entre o maxilar
superior e a bochecha, próximo da saída do canal de Stenon. Deixar em impregnação por 30 minutos. Colocar o
tampão dentro de um tubo de coleta e centrifugar por 10 minutos a 2000 rpm. Separar o sobrenadante para outro
tubo de coleta. Enviar refrigerado. Outra possibilidade é recolher por 30 minutos a saliva, diretamente em uma
placa de Petri, sempre tampando-a anos intervalos de coleta. Todo o volume obtido deve ser centrifugado e
enviar, sob refrigeração, somente o sobrenadante.
Instruções para coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento.
Método: eletroquimioluminescência.
Valores de Referência: 7:00 às 9:00 horas : 3,30 a 32,00 nmol/L
às 16:00 horas : 0,56 a 6,20 nmol/L
às 23:00 horas :
< 3,60 nmol/L
Interferências: estados de stress, gravidez, exercício físico, tabagismo, estados de má-nutrição, alcoolismo e
obesidade podem elevar os níveis do cortisol. Este teste foi desenvolvido para coletas noturnas.
Indicações: diagnóstico laboratorial da síndrome de Cushing .
Informações importantes: horário da coleta, sexo, idade e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
CREATINA SÉRICA
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima
mamada.
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: espectrofotométrico.
Valores de Referência: Feminino
Masculino
Até 30 dias . . . . . : 0,5 a 0,9 mg/dL
Até 30 dias . . . . . . : 0,5 a 1,2 mg/dL
Até 03 anos . . . . : 0,4 a 0,7 mg/dL
Até 03 anos . . . . . : 0,4 a 0,7 mg/dL
04 a 09 anos . . . . : 0,5 a 0,9 mg/dL
04 a 09 anos . . . . . : 0,5 a 0,9 mg/dL
10 a 15 anos . . . . : 0,6 a 1,1 mg/dL
10 a 15 anos . . . . . : 0,6 a 1,2 mg/dL
16 a 18 anos . . . . : 0,8 a 1,2 mg/dL
16 a 18 anos . . . . . : 0,8 a 1,4 mg/dL
19 a 59 anos . . . . : 0,4 a 1,3 mg/dL
19 a 59 anos . . . . . : 0,4 a 1,3 mg/dL
> 59 anos . . . . : 0,6 a 1,5 mg/dL
> 59 anos . . . . . : 0,6 a 1,5 mg/dL
125
GRUPO SÃO CAMILO
Interferências: hemólise e lipemia.
Indicações: a creatina é uma proteína muscular cujos índices séricos são diretamente dependentes da massa
muscular e da atividade da enzima creatinofosfoquinase. A creatina é filtrada pelos glomérulos e depois é quase
totalmente reabsorvida pelos túbulos renais. Fisiologicamente a creatina varia com regime de carnes, perdas ou
ganhos de massa muscular, diminui com a idade, varia com o crescimento do indivíduo e se eleva na gravidez.
Suas variações patológicas apresentam elevações dos níveis na mionecrose, miopatias (miosites),
hipertireoidismo e corticoterapia. Diminuições ocorrem no hipotireoidismo.
Informações importantes: medicação atual (principalmente corticosteroides).
_______________________________________________________________________________________
CREATININA SÉRICA
Sinônimo mais usado: creatininemia
Material e conservação para o envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotometria.
Valores de Referência:
Faixa etária
Até 30 dias
Até 03 anos
04 a 09 anos
10 a 15 anos
16 a 18 anos
19 a 59 anos
60 a 69 anos
70 a 79 anos
> 79 anos
Masculino
0,5 a 1,2 mg/dL
0,4 a 0,7 mg/dL
0,5 a 0,9 mg/dL
0,6 a 1,2 mg/dL
0,8 a 1,4 mg/dL
0,4 a 1,3 mg/dL
0,7 a 1,4 mg/dL
0,8 a 1,5 mg/dL
0,6 a 1,5 mg/dL
Feminino
0,5 a 0,9 mg/dL
0,4 a 0,7 mg/dL
0,5 a 0,9 mg/dL
0,6 a 1,1 mg/dL
0,8 a 1,2 mg/dL
0,4 a 1,3 mg/dL
0,6 a 1,1 mg/dL
0,6 a 1,5 mg/dL
0,6 a 1,4 mg/dL
Interferências: drogas nefrotóxicas: ciclosporina, metais pesados como arsênico, bismuto, cobre, ferro, lítio,
mercúrio, ouro, chumbo e tálio, analgésicos como fenacetina, salicilatos, fenilbutazona, antimicrobianos, como
aminoglicosídios, cefalosporinas, anfotericina B, colistina, eritromicina, solventes orgânicos, ciclofosfamida,
furosimide, manitol, quinina, ácido ascórbico em altas doses, levedopa, metildopa, glicose EV, Frutose EV,
corticosteróides e nitrofuranos.
Indicações: avaliação e seguimento de pacientes com insuficiência renal.
Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
CREATININA URINÁRIA DE 24 HORAS
Sinônimo mais comum: creatininúria
Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Não esquecer de
anotar o volume total de 24 horas.
Instruções para coleta: coletar todo o volume urinário por período de 24 horas, em frasco plástico, mantido sob
refrigeração durante todo o período de coleta.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
126
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Método: espectrofotometria
Valores de Referência:
Para intervalo de confiança de 97,5%
Valores para adultos:
Homens
Mulheres
800 – 2000 mg/24 horas
600 – 1800 mg/24 horas
Valores pediátricos: em mg/dL:
3 a 8 anos
9 a 12 anos
13 a 17 anos
110 – 680 mg/24 horas
170 – 1410 mg/24 horas
290 – 1870 mg/24 horas
Interferências: vide Creatinina sérica.
Indicações: auxiliar no estudo da função renal.
Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
CREATININA URINÁRIA – AMOSTRA AO ACASO
Sinônimo mais usado: Creatininúria ao acaso
Material e conservação para envio: 10 mL de urina sob refrigeração. O horário de coleta é livre.
Instruções para coleta: vide item acima.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico.
Valores de Referência: Homens : 80 a 260 mg/dL ou 14 a 26 mg/kg/dia.
Mulheres : 55 a 180 mg/dL ou 10 a 20 mg/kg/dia.
Interferências: vide o item de Clearance de creatinina
Indicações: vide o item de Clearance de Creatinina.
Informações importantes: vide o item de Clearance de Creatinina.
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CREATININA NO LÍQUIDO AMNIÓTICO
Sinônimo mais comum: creatinina amniótica.
Material e conservação para envio: 2 mL de LA sob refrigeração sob proteção da luz.
Instruções para coleta: material coletado pelo(a) médico(a)-assistente .
Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico
Valores de Referência:(em mg/dL):
Feto imaturo
Valores limítrofes
Maturidade fetal
< 1,5
1,5 – 2,0
> 2,0
Interferências: acidentes de punção.
Indicações: avaliação da maturidade renal fetal.
Informações importantes: idade gestacional, condições de punção, idade da gestante.
_______________________________________________________________________________________
127
GRUPO SÃO CAMILO
CREATININA – CLEARANCE
Sinônimo mais usado: Depuração da creatinina.
Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração e 2 mL de soro
sob refrigeração, coletados no final do período de coleta de 24 horas.
Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, sob refrigeração sem conservantes.
Coletar o sangue pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da
próxima mamada. Como os valores do Clearance de Creatinina podem variar muito, resultados não condizentes
com o quadro clínico podem ser rapidamente conferidos, com Clearance de 2 horas, colocando-se o paciente em
repouso absoluto, e fornecendo-lhe 10 mL de água por kg de peso, até o volume máximo de 750 mL. Recolher
todas as amostras de urina emitidas neste período, pedindo para o paciente esvaziar totalmente a bexiga antes da
ingestão da água e solicitando que colete totalmente o volume de 2 horas, principalmente a última coleta aos 120
minutos após a ingestão da água. Coletar o sangue no final do período de coleta (2 horas).
Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração e 2 meses de congelamento. Urina: 5 dias sob
refrigeração.
Método: espectrofotométrico.
Valores de Referência: Homens : 85 a 125 mL/minuto/1,73 m²
Mulheres : 75 a 115 mL/minuto/1,73 m²
Crianças : 70 a 140 mL/minuto/1,73 m²
Nota: após os 40 anos pode-se perder até 6 a 7 mL/minuto/1,73 m² para cada 10 anos de idade.
Interferências: Elevações: Furosemide, Metilprednisona, Carbenoxolona, Levodopa, Etanol. Períodos
prolongados de estocagem da urina, pois contaminações bacterianas podem transformar a creatina em creatinina
elevando falsamente os seus níveis.
Diminuições: tiazídicos, efeitos transitórios do tetrahidrocanabinol (THC), Heroína, metais
pesado, analgésicos, alguns antibióticos e solventes orgânicos.
Indicações: Avaliação da função renal.
Informações importantes: peso e altura, sexo, idade, medicação atual e período de coleta.
_______________________________________________________________________________________
CREATINOFOSFOQUINASE – CK
Sinônimo mais usado: CPK
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências.
Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.
Método: cinético-enzimático UV.
Valores de Referência:
Faixa etária
Masculino
Feminino
Valores Pediátricos (UI/L):
Até 1 ano
2 – 183
2 – 150
1 a 9 anos
2 – 180
2 – 145
10 18 anos
2 – 220
2 – 144
Valores de adultos (UI/L):
128
VI
Faixa etária
19 a 59 anos
60 a 69 anos
70 a 79 anos
> 79 anos
Masculino
26 a 189 U/L
50 a 192 U/L
39 a 185 U/L
44 a 182 U/L
Feminino
26 a 155 U/L
37 a 154 U/L
37 a 148 U/L
32 a 158 U/L
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências:
a) Variações fisiológicas: esforço muscular : pode aumentar 2 a 3 vezes os níveis basais, injeções
intramusculares antes da coleta do sangue (aumento de até 2 vezes do valor basal do paciente), biópsias
musculares (aumento de 2 a 3 vezes).
b) Variações patológicas: no hipotireoidismo a fração MM está aumentada, assim como nos acometimentos
musculares como traumatismos, processos inflamatórios, miosites, etc, nos tumores a fração BB está elevada,
como em tumores cerebrais, pulmonares, musculares, prostáticos, vesicais, adenocarcinomas do seio,
estômago, intestinos e nas infecções meníngeas.
Indicações: as principais indicações para a determinação do CK é o infarto do miocárdio (com pico máximo entre 9 e
24 horas após o infarto, podendo atingir até 5 vezes os valores normais, com retorno aos valores normais em 3 a 6 dias
(o aumento da CK-MB, para caracterizar processo miocárdico deve ser superior a 5% do CK total). Miopatias do tipo
Duchenne-Boulogne apresenta aumento da CK-MM detectável desde os primeiros dias de vida.
Informações importantes: medicação utilizada e via de aplicação, idade, sexo e quadro clínico.
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CREATINOFOSFOQUINASE – FRAÇÃO MB
Sinônimo mais usado: CK-MB
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas; lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada, salvo urgências.
Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: cinético-enzimático UV.
Valores de Referência: até 24 UI/L
Interferências: vide Creatininofosfoquinase.
Indicações: inicia a elevação 4 a 8 horas após o infarto do miocárdio, com pico máximo entre 12 a 24 horas. Sua
normalização ocorre entre 2 a 3 dias. Representa 20% do CK total no músculo cardíaco. Macro-CK-MB é um
complexo de imunoglobulina e CK-MB pode produzir valores de CK-MB acima do CPK total, geralmente sem
significado clínico.
Informações importantes: sexo, idade, quadro clínico e medicação atual.
Índice relativo de CK - MB = (CK-MB x 100) ÷ CK (total)
Valores de Referência: até 5%
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CRIOAGLUTININAS
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro e 2 mL de sangue total em EDTA, a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 horas a temperatura ambiente. Com temperatura ambiente abaixo de 15°C, coletar
com a seringa e tubo de coleta pré-aquecidos, separar o soro o mais rapidamente possível, e manter o soro em
banha-maria a 37°C , até o momento do envio, que deve ser feito a temperatura ambiente.
Método: microaglutinação.
Valores de Referência: até 1/32 da diluição do soro.
Interferências: baixas temperaturas ambiente, conservação do soro sob refrigeração, uso de antibióticos.
Indicações: Infecções por Mycoplasma pneumoniae, pneumonia atípica, mononucleose, doenças auto-imunes,
Mieloma múltiplo, Doença de Waldenstron, algumas neoplasias, etc.
129
GRUPO SÃO CAMILO
Informações importantes: sexo, idade, medicação e quadro clínico.
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CRIOFIBRINOGÊNIO
Sinônimo mais usado: Fibrinogênio crio.
Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes poderão coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 horas a temperatura ambiente.
Método: coagulométrico
Valores de referência: < 0,5 g/L.
Interferências: temperaturas inferiores a 15°C .
Indicações: coagulopatias, doenças malignas, esclerodermia, doenças linfoproliferativas, infecções, etc.
Informações importantes: quadro clínico.
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CRIOGLOBULINAS- PESQUISA
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 24 horas a temperatura ambiente.
Método: precipitação reativa.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: manutenção do material em temperatura inferior a 15°C.
Indicações: as crioglobulinas podem aparecer no Mieloma Múltiplo, Mieloma de Waldenstron, Doença da
cadeia pesada, doença linfoproliferativas, leucoses, neoplasias, doenças auto-imunes, processos infecciosos,
principlamente infecções pulmonares.
As Crioglobulinas podem ser divididas em 3 tipos principais:
a) Tipo I (monoclonal):
Composição: IgM, IgG , IgA ou Proteínas de Bence-Jones (cadeias leves tipo Kappa ou Lambda): Mieloma e
Macroglobulinemia de Waldenströn.
b) Tipo II (Mista):
Composição IgM-IgM, IgG-IgG ou IgA-IgG: Artrite Reumatóide, Síndrome de Sjögreen, Crioglobulinemia
essencial mista.
c) Tipo III (Policlonal Mista):
Composição: IgG-IgM,IgG-IgA-IgM: LES, A.R. Síndrome de Sjögreen, Mononucleose, Citomegalia, Hepatite
viral aguda e crônica ativa. Cirrose Biliar Primária, GNDA pós-estreptocóccica, Cirrose Biliar Primária,
Endocardite, Hanseníase, Síndrome esplenomegálica Tropical, Pneumonite Intersticial por Micoplasma.
Informações importantes: sexo, idade, medicação e quadro clínico.
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CRIPTOCOCCUS - PESQUISA
Sinônimo mais usado: criptococcose
130
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Material e conservação para envio: 2 mL de LCR ou 2 mL de escarro, ou raspado de lesões de mucosa e/ou
pele, coletados em swabs de alginato, bastante umidecido, sob refrigeração. Os tubos de coleta devem estar muito
bem tampados, reforçados com fita adesiva.
Instruções para coleta: O LCR deve ser coletado esterilmente, em frasco estéril fornecido pelo Laboratório,
pelo médico-solicitante. O escarro deve ser coletado pela manhã, antes do paciente levantar, após inspiração
profunda, com ou sem inalação, recolhido em frasco estéril de boca larga. Após liquefação do escarro, passa-lo para
tubo de coleta, estéril e bem tampado. Para ser aceito o escarro, como material significativo, deverá ser mais
leucócitos que células descamativa, 4:1. Os raspados de lesões de mucosa e/ou pele , devem ser feitos com o swabs
de alginato e haste de plástico, principalmente nas bordas das lesões. Nestes casos a cultura em meio próprio, com
antibióticos para inibir o crescimento bacteriano, deverá ser mais significativa que a pesquisa direta.
Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.
Método: a criptococose no SNC, pode ser evidenciada através do LCR, que geralmente é positiva na pesquisa
direta, com tinta Nankin. Os casos negativos devem ser cultivados em Sabouraud com cloranfenicol e
gentamicina a temperatura ambiente e a 36°C. O escarro (Blastomicose Européia) deverá ser sempre cultivado
em meio próprio. As lesões mucosas e/ou pele serão sempre cultivadas, pois dificilmente dão positivas na
pesquisa direta.
Valores de Referência: pesquisa e cultura negativas.
Interferências: uso de medicação anti-fúngica.
Indicações : diagnóstico de infecções por Cryptococcus sp, principalmente Cryptococcus neoformans.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual ou pregressa.
_______________________________________________________________________________________
CRIPTOCOCCUS – POLISSACARÍDEOS - PESQUISA
Sinônimo mais usado: Polissacarídeos de Criptococcos.
Material e conservação para envio: líquor por coleta médica, escarro (primeiro escarro do dia, coletado antes do
paciente se levantar pela manhã). Manter sob refrigeração.
Instruções para coleta: vide Manual de Coletas Especiais do Laboratório São Camilo.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: aglutinação de látex sensibilizado.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: não há referências.
Indicações: pesquisa dos polissacarídeos dos criptococos em casos onde o número de fungos é inferior à
sensibilidade das pesquisas diretas.
Informações importantes: dados clínicos.
_______________________________________________________________________________________
CRIPTOSPORÍDIOS E OUTROS PROTOZOÁRIOS FECAIS
Sinônimo mais usado: pesquisa de criptosporidiose.
Material e conservação para envio: fezes recentes, principalmente líquido-pastosas ou líquidas. “In natura”
pode ser conservadas sob refrigeração por 4 horas, transportadas em caixas de Isopor. Para períodos maiores,
deve-se preparar 4 a 5 lâminas de microscopia, produzindo esfregaços não espessos, que devem ser fixados em
álcool-ácido (o mesmo da coloração de Ziehl-Neelsen) por 5 a 10 minutos. Enviar lâminas em protetores de plástico.
Instruções para coleta: coletar fezes recentes em potes estéreis fornecidos pelo laboratório.
Não há dieta e horário crítico para a coleta. Paciente não pode estar utilizando medicamentos específicos contra
protozoários fecais ou medicamentos que bloqueiem o trânsito intestinal. Alguns autores recomendam o mínimo
131
GRUPO SÃO CAMILO
de três coletas com intervalo de 3 a 4 dias. Deve-se evitar conservar em formol, devido à retração que o formol
produz nos protozoários em questão.
Estabilidade da amostra:“In Natura” até 4 horas sob refrigeração. Fixadas às lâminas, tempo indeterminado.
Método: coloração segundo Ziehl-Neelsen modificada.
Valores de Referência: pesquisa Negativa.
Interferências: vide instruções para coleta.
Indicações: diagnóstico de criptosporidiose. Os criptosporidios podem causar diarréias tanto em pacientes
imunocompetentes como em imunodeprimidos, porém, nestes últimos o quadro é mais severo e toma
características de cronicidade, podendo em pacientes com AIDS, produzir quadros graves de colangiopatias,
com febre, dor e colestase.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
CRISTAIS – PESQUISA
Sinônimo mais usado: cristais urinários
Material e conservação para envio: mínimo de 10 mL de urina ao acaso, refrigerada.
Instruções para coleta: urina ao acaso.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.
Método: M.O.C.
Valores de Referência: ausência de cristais patológicos.
Interferências: contaminação bacteriana e presença de cristais medicamentosos.
Indicações: alguns pesquisadores consideram o seu estudo como parte da avaliação prognóstica de indivíduos
com litíase frequente ou portador de doença litogênica de fundo hereditário. Outros acreditam que a presença de
cristais de forma frequente ou permanente possa ser um fator de risco a ser considerado nos quadros de litíase
renal ou mesmo na nefrocalcinose que pode anteceder insuficiência renal.
Os cristais podem ser divididos em três grupos:
a) Cristais não patológicos: são cristais que são frequentemente encontrados no sedimento urinário e
que não representa risco de litíase renal. São esses: uratos e fosfatos amorfos, oxalato de cálcio,
fosfatos de cálcio, ácido úrico, carbapatitas, Fosfato de Magnésio e Amônio.
b) Cristais medicamentosos: ribavirina, sulfonamidas, quinolonas, aminopenicilinas, contrastes
radiológicos, etc.
c) Cristais patológicos: a sua presença está fatalmente ligada a uma doença renal ou associada: cistina
(cistinúria-lisinúria), tirosina (tirosinose), Leucina (doença de Hartnup), xantina (xantinúria
familiar), Oxalato de cálcio hidratado (dependente da concentração do cristal na urina).
Informações importantes: medicação atual e litíase renal anterior.
_______________________________________________________________________________________
CROMATINA SEXUAL
Sinônimo mais usado: Pesquisa de cromossomo X.
Material e conservação para coleta: pedir que o paciente faça vários buchechos com água filtrada. Secar a mucosa
com gaze. Se o paciente for muito pequeno, limpe a mucosa oral com gaze umedecida e depois seque-a com gaze.
Coletar o raspado de mucosa oral, com escovinha do tipo endocervical, montando os esfregaços nas lâminas, sempre na
mesma direção, rodando lentamente a escovinha, tanto para coletar, como na montagem do esfregaço. Deve-se coletar
em jejum pela manhã. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Fixar as lâminas
imediatamente após a coleta, em etanol a 95%, por 2 a 4 horas. Deixar secar e transportar em porta-lâminas de plástico.
132
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Instruções para coleta: vide item anterior.
Método: Harris-Schorr modificado e coloração de Tiamina após digestão celular.
Valores de Referência:
segundo a Sociedade
Brasileira de Hematologia e Hemoterapia:
Homens : até 5% de células com corpúsculos de Walker-Barr.
Mulheres : acima de 17%.
Interferências: infecções orais ou acúmulo de bactérias não removidas na limpeza ou ainda restos alimentares,
incluindo leite.
Indicações: diagnóstico laboratorial de anomalias do cromossomo X.
Informações importantes: suspeita clínica.
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CROMATOGRAFIA DE AMINOÁCIDOS - NEONATAL/QUALITATIVA
( Ver Aminoácidos – Cromatografia – Plasma – Urina)
_______________________________________________________________________________________
CROMO SANGÜÍNEO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: cromo no sangue.
Material e conservação para envio: 5 mL de soro, em tubo próprio para toxicologia. Não utilizar frascos com
gel separador. Manter refrigerado.
Instruções para coleta: Jejum não é obrigatório. Para análise operacional o colaborador deve estar há pelo
menos um mês na função, sem afastamento. O horário da coleta não é crítico.
Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.
Método: Espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: 0,05 a 0,50 mcg/L
Interferências: amostras inadequadas, como baixo volume de soro, coleta em tubo não específico, coágulos ou
falta de refrigeração.
Indicações: O cromo é um oligoelemento, que sempre está em concentrações muito baixas no sangue humano.
Valores mais elevados indicam exposição ambiental, geralmente funcional, em galvanoplastia, indústrias
petroquímicas, da borracha, nas cerâmicas, fotocopiadoras, fábricas de baterias e cimento. O Cromo costuma
causar dermatites de contacto, eczemas, úlceras de pele e mucosas, broquiolites e nefrites do tipo intersticial.
Informações importantes: profissão, tempo de trabalho e freqüência de contacto.
_______________________________________________________________________________________
CROMOGRANINA - A
Sinônimo mais usado: secretogranina I
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum é dispensável.
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: radioimunoensaio.
Valores de Referência: até 6 nmol/L
Interferências: não há referências.
Indicações: forma um grupo de proteínas que estão presente em tecidos neuroendócrinos. Tem uma função de
marcador tumoral para neoplasia endócrinas como feocromocitoma, síndrome carcinoide, carcinoma medular
133
GRUPO SÃO CAMILO
da tireóide, carcinoma de células da ilhota do pâncreas, neoplasia endócrina múltipla, adenomas hipofisários,
etc.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.
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CROMO NA URINA (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: cromo urinário.
Material e conservação para envio: mínimo de 100 mL de urina em frasco novo de PVC, sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar a urina no final da jornada semanal de trabalho, fora do ambiente de trabalho. O
funcionário deve trocar de uniforme, lavar bem as mãos e genitais, e coletar a urina sem encostar na boca do
frasco de coleta.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: População em geral (não-exposta) : até 5 mcg/g de creatinina
Indivíduos expostos ..........: IBMP: 30 mcg/g de creatinina.
Interferências: alterações no modo de coleta.
Indicações: monitoramento de indivíduos expostos ao cromo.
Informações importantes: profissão, tempo de trabalho, freqüência de contacto, quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
CROMOSSOMO PHILADELPHIA – TRANSLOCAÇÃO BRC-ABL
Sinônimo mais usado: cromossomo philadelphia.
Material e conservação para envio: 3 mL de sangue da medula óssea em EDTA ou sangue total periférico em
EDTA, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, de segunda a quarta-feira, jejum não é necessário.
Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração.
Método: Reação em Cadeia da Polimerase Reversa.
Valores de Referência: ausência da translocação.
Interferências : uso de medicação específica.
Indicações: A detecção da translocação entre os cromossomos 9 e 22 (cromossomo Philadelphia) caracteriza
geneticamente a Leucemia Mielóide Crônica (LMC). O exame serve para monitoramento do tratamento dos
pacientes com translocação.
Informações importantes: dados do último hemograma, quadro clínico e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
CROMOSSOMO Y – MICRODELEÇÕES – ESTUDO GENÉTICO –PCR
Sinônimo mais usado: Microdeleções do Cromossomo Y
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a
temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.
Método: PCR
134
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: ausência das microdeleções no cromossomo Y.
Interferências: Hemólise.
Indicações: homens que apresentam azoospermia e oligozoospermia resistente a tratamento devem ser
submetidos a Pesquisa das Microdeleções do Cromossomo Y. Por volta de 12%, em média dos azoospérmicos
tem microdeleções, e 7%, em média acontece em homens com oligozoospermias refratárias a tratamentos.
Informações importantes: dados laboratoriais dos exames andrológicos, dia e hora da coleta.
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C-TELOPEPTÍDEO – CTX
Sinônimo mais usado: Telopeptídeo
Material e conservação para envio: 1 mL de plasma de EDTA, sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima
mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência:
Homens: até 50 anos
: 0,016 – 0,590 ng/mL
50 a 70 anos
: até 0,700 ng/mL
Acima de 70 anos : até 0,860 ng/mL
Mulheres: Pré-menopausa
: 0,025 – 0,570 ng/mL
Pós-menopausa
: 0,100 – 1,000 ng/mL
Interferências: hemólise e lipemia.
Indicações: o CTX é um metabólito da degradação do colágeno e funciona como um marcador de reabsorção
óssea. Valores elevados são encontrados em crianças, pacientes com osteroporose, osterodistrofia renal,
osteomalácia, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo e Doença de Paget. O seu uso como seguimento de
pacientes em tratamento tem demonstrado que as respostas à terapia de reposição é muito mais rápida que a
densitometria óssea.
Informações importantes: entre 5 e 8 horas da manhã os valores do C-Telopeptídeo são os mais elevados do dia.
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CULTURA DE ESCARRO – QUANTITATIVA
Sinônimo mais usado: cultura de escarro
Material e conservação para envio: Mínimo de 1 mL de escarro em tubo de coleta estéril, bem tampado,
reforçado com fita adesiva. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: O paciente deverá coletar o escarro pela manhã antes de levantar.
Bochechar água filtrada por 3 a 4 vezes, antes da coleta para diminuir a flora microbiota oral. O paciente deverá
tossir com energia e profundamente para se obter material significativo, do trato respiratório inferior. Caso não
consiga, o paciente pode tentar novamente, fazendo moderada pressão com o dedo indicador, sobre a faringe,
exatamente na fúrcula do externo, com movimentos laterais, para estimular a tosse. Se mesmo assim não
conseguir um bom material, pode-se recorrer à inalação, com 10 mL de água destilada e ½ ampola de Fluimucil,
durante 15 minutos, sem interrupções, antes de novas tentativas de coleta. Evitar a coleta de saliva. Todo o
escarro antes de ser processado no Laboratório, é analisado para contagem de leucócitos e células descamativas.
Escarros com maior número de neutrófilos por campo de 400 X, em relação às células descamativas, maior é o
significado do material. Quanto maior o número de neutrófilos >25 por campo de 400X e mais próximo de zero as
células descamativas forem, mais é representativo o material.
135
GRUPO SÃO CAMILO
Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração.
Método: Microbiológico com semeadura através de diluições decimais significativas do escarro, até
1:100.000.000, pode indicar a maior probabilidade de se diagnosticar o agente patológico, em meios aeróbios e
anaeróbios.
Valores de Referência: ausência de crescimento de bactérias patogênicas.
Interferências: medicação antibiótica atual.
Indicações: infecções de vias aéreas inferiores.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
CULTURA DE FUNGOS
Sinônimo mais usado: micológico completo.
Material e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São
Camilo, páginas 45 a 52.
Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo,
páginas 45 a 52.
Estabilidade da amostra: idem.
Método: dependendo do fungo suspeito e do material coletado há uma gama grande de metodologias
micológicas, seguindo o princípio de cultura em meios de Saboraud, com ou sem antibióticos (para inibir a flora
bacteriana agregada) , meios próprios como Mycosel, Agar Alpiste, etc., exame bacterioscópico direto, que pode
auxiliar o diagnóstico e muitas vezes realiza-lo de forma definitiva, como encontro de corpos de frutificação em
micológico direto, Paracoccidioides brasiliensis no escarro ou lesões de pele ou mucosas, Cryptococcus sp no
exame do LCR com tinta nanquim, etc., anátomopatológico de lesões fúngicas, etc.
Valores de Referência: ausência de fungos .
Interferências: uso de antifúngicos sistêmicos e/ou tópicos, uso de soluções anti-sépticas tópicas.
Indicações: indicado para o diagnóstico laboratorial de fungos superficiais ou micoses profundas. Os fungos
mais freqüentes são: os dermatófitos, as leveduras com predomínio da Candida albicans, Cryptococcus
neoformans, Aspergillus sp, Paracoccidioides brasiliensis, Histoplasma capsulatum,etc.
Informações importantes: uso de medicamentos atuais, quadro clínico e a possibilidade de reinfecção .
Nota: quando a suspeita for leveduras, deve ser solicitada a sua identificação especificamente, pois os
prazos de entrega destes exames passam a ser menores.
Tanto quanto possível o Laboratório São Camilo emite os laudos de pesquisa ou cultura de fungos ao
nível de espécie.
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CULTURA DE URINA (Ver Urina Cultura com contagem de colônias)
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CULTURA EM GERAL (Vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São
Camilo, páginas 15 a 43).
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136
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
CULTURA PARA ANAERÓBIOS
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: os materiais clínicos para cultura de bactérias anaeróbicas são
basicamente os que não passam por vias normais que têm flora bacteriana própria. Os materiais clínicos
aceitáveis para cultura de anaeróbios, são:
Aspirados com seringa e agulha de locais fechado, como coleções líquidas ou lesões rocim fechadas, Punção de
glândulas de Bartholin, Bile, Sangue para hemocultura, Escovado brônquico protegido, aspirado de fundo de
saco vaginal (culdocentese), aspirado de trompa de Fallopio, DIU para cultura de Actinomyces sp., aspirado de
material de ovário, Placenta via cesareana, aspirado sinusal, fezes para cultura de Clostridium difficile, swabs
obtidos intracirurgicamente, tecidos obtidos em cirurgias, aspirado transtraqueal, urina por aspiração
suprapúbica, aspirado endometrial.
Os materiais inaceitáveis são: lavados e aspirados bronco-pulmonares, pela contaminação final do oro-faringe,
Secreções cervicais, pela contaminação vaginal, Material endocervical, pelo mesmo motivo, Swabs do nasofaringe, pela flora normal local, Materiais perineais abertos, escarro expectorado, induzido, pela flora da
cavidade bucal, fezes ou amostras retais, Swabs da garganta, aspirado por traqueostomia, pela flora local,
secreções uretrais devido pela flora local, urina por sonda ou por micção, devido a flora da uretra.
Outros materiais podem ser considerados utilizáveis devido à alternativas :
Materiais
Swabs de queimaduras ou ferimentos
Descarga de colostomia
Swabs de úlceras de decúbito
Secreção ou líquido de cateter de Foley
Locos placentários
Lesões periodontais
Abscessos periretais
Swabs de úlceras varicosas
Vômitos
Alternativa ou comentário
tecido subcutâneo ou aspirado de serosidade
recomenda-se não processar o material
tecido subcutâneo ou aspirado de serosidade
recomenda-se processar com restrições
semeando o material clínico em diluições.
Idem
aspirados de abscessos fechados
idem
aspirados de serosidades subdérmicas
recomenda-se não processar os matérias
Instruções para coleta: vide tabela acima.
Estabilidade da amostra: em meio de cultura pré-reduzido fornecido pelo Laboratório São Camilo, o material
poderá ficar até 48 horas a temperatura ambiente. Materiais obtidos por punção em seringa e agulha podem
permanecer por 6 a 12 horas a temperatura ambiente.
Método: microbiológico em ambiente sem oxigênio.
Valores de Referência: negativo para bactérias anaeróbicas.
Interferências: uso de antibióticos específicos.
Indicações: diagnóstico laboratorial de bactérias anaeróbicas.
Informações importantes: local de coleta dos materiais clínicos.
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CULTURA PARA BAAR
Sinônimo mais usado: Cultura para BK
Material e conservação para envio: a) secreções pulmonares: escarro (expectorado, induzido), lavado
137
GRUPO SÃO CAMILO
brônquico. Enviar em 48 horas, em frasco muito bem tampado, sob refrigeração. b) Urina: jato médio da primeira
urina da manhã. Colocar o conteúdo de uma cápsula de Ácido Bórico para cada 50 mL de urina. Homogeneizar
bem a urina, sem formar espuma. Desta forma a urina, sob refrigeração, pode se conservar por até 48 horas. c)
Líquidos corporais ou coleções líquidas: LCR, líquido sinovial, ascítico, amniótico, esperma, coleções pleurais,
pericárdicas, etc. Enviar até 48 horas sob refrigeração. d) Sangue menstrual : coletar nos primeiros dias da
menstruação, com seringa, com a paciente em posição ginecológica. Enviar até 48 horas sob refrigeração.d)
Lavado gástrico: geralmente utilizado em crianças que não conseguem expectorar. Adicionar solução aquosa de
Bicarbonato de Sódio a 10% para alcalinizar o lavado (adicionar aproximadamente 1 mL de solução aquosa de
Bicarbonato para cada mL de lavado gástrico). Para outros materiais entrar em contacto com o laboratório.
Instruções para coleta: vide item acima.
Estabilidade da amostra: vide item acima.
Método: cultura em meio de Lowenstein-Jensen após liquefação, descontaminação e concentração dos
matérias.
Valores de Referência : ausência de crescimento de BAAR.
Interferências : medicação específica, contaminação na coleta.
Indicações: diagnóstico laboratorial de micobactérias e avaliação de pacientes em tratamento.
Informações importantes : medicação atual, local de coleta , etc.
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CULTURA PARA Campylobacter ssp.
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: as fezes devem ser colocadas em meio de Cary-Blair e em temperatura
ambiente até 48 horas.
Instruções para coleta: não há horário crítico para a coleta. Paciente deve estar sem medicação específica por
pelo menos 48 horas. Colocar 2 gramas de fezes no meio de Cary-Blair, escolhendo preferencialmente materiais
diarréicos, com muco, sangue e pus.
Estabilidade da amostra: vide item anterior.
Método: cultura em meios específicos e classificação sorológica de gênero.
Valores de Referência: ausência de crescimento de Campylobacter ssp.
Interferências: uso de antibióticos específicos.
Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções por Campylobacter ssp.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.
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CULTURA PARA COQUELUCHE (Bordetella pertussis)
Sinônimo mais usado : cultura de Bordet-Gengou
Material e conservação para envio: ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São
Camilo, páginas 33 e 34. Manter sempre a temperatura ambiente.
Instruções de coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo,
páginas 33 e 34.
Estabilidade da amostra: uma vez semeado no meio de Bodet-Gengou, a amostra pode ficar a temperatura
ambiente por 48 horas. Enviar também o swab utilizado para a coleta.
Método: cultura em meio de Bordet-Gengou e identificação bioquímica e sorológica da Bordetella pertussis.
Valores de Referência: auseência de crescimento da bactéria.
138
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências:uso de antibióticos e dificuldades de coleta.
Indicações: confirmação de síndrome clínica com aparência coqueluchosa.
Informações importantes: como é uma doença de notificação compulsória é muito importante saber sobre a
vacinação do paciente, quadro clínico e medicação atual.
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CULTURA PARA Gardnerella vaginalis
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: secreção vaginal. Enviar um swab de alginato com haste de plástico, com
meio de Stuart e um swab sem o meio, sendo que este deve estar muito carregado com o material clínico. Enviar
em período de no máximo 24 horas, a temperatura ambiente; e duas lâminas da secreção vaginal fixadas em
etanol a 95% por pelo menos 2 horas, ou enviada em protetor de lâminas com o etanol.
Instruções para coleta: As lâminas devem ser montadas através de coleta com escova cervical, do colo uterino e
do fundo de saco vaginal. Os swabs devem ser coletados posteriormente ao uso da escova. As lâminas devem ser
imediatamente mergulhadas em etanol a 95%. Não deixar o esfregaço secar para se evitar a retração celular. Os
swabs devem ser bem carregados da secreção para se evitar ressecamento e perda da cultura.
Estabilidade da amostra: a amostra em swab tem estabilidade por 48 horas. As lâminas fixadas em álcool
devem ser enviadas até 7 dias após a coleta.
Método: coloração tipo Papanicolaou e Gram das lâminas fixadas. Cultura em meio anaeróbio e em meio
microaerófilo. Análise bioquímica e morfológica completam o diagnóstico bacteriológico.
Valores de Referência: cultura e bacterioscópico negativos para a Gardnerella vaginalis.
Interferências: uso de antibióticos sistêmicos ou tópicos específicos.
Indicações: diagnóstico bacteriológico das vaginoses.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.
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CULTURA PARA Helicobacter pylori
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: coletas obtidas através de biópsias gástricas no antro e bordas de úlceras,
duodenais e no esôfago. O meio de transporte é enriquecido com soro de cavalo, uréia e indicador de pH (viragem
para pH alcalino) que é utilizado para o teste da uréase, fortemente produzida pela bactéria. Amostras fecais
devem ser colocadas em meios especiais, suplementados com soro de cavalo e antibióticos inibidores da flora
normal. O transporte é feito a temperatura ambiente sob proteção da luz.
Instruções para coleta: as amostras obtidas por biópsias são coletadas pelo médico-assistente e imediatamente
colocadas em meio de transporte. As fezes devem ser recentes, sem horário crítico para coleta e imediatamente
colocadas em meio de transporte fornecido pelo laboratório. Conservar e enviar a temperatura ambiente.
Estabilidade da amostra: em meio de transporte, tanto os materiais de biópsias como as fezes têm estabilidade
de 24 a 36 horas.
Método: cultura em meio Colúmbia enriquecido com sangue de cavalo e antibióticos como vancomicina,
anfotericina B ou cetoconazol e ácido nalidíxico. A coloração de Hiss para flagelos irá demonstrar uma bactéria
espiralada, geralmente em forma de “S” possuindo de 4 a 6 flagelos unipolares. É Gram-negativa. A
caracterização é bioquímica, sendo a grande produção de uréia uma das características da espécie.
Valores de Referência : ausência de crescimento de bactérias.
Interferências: medicações específicas, como amoxicilina e metronidazol.
Indicações: diagnóstico diferencial das gastrites crônicas.
139
GRUPO SÃO CAMILO
Informações importantes: hora da coleta, medicação atual.
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CULTURA PARA LEPTOSPIRAS
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: LCR, Sangue em EDTA e urina recente.Sob refrigeração pode-se
conservar por até 24 horas. Todas as amostras são submetidas a concentração e observação em campo escuro.
Este método pode auxiliar nos casos de perda da viabilidade das bactérias.
Instruções para coleta: o sucesso do cultivo das Leptospiras depende da fase da doença :
Primeira semana de doença : presença de Leptospiras no LCR e sangue. Coletar 2 a 5 mL de LCR em frasco
estéril e protegida da luz. Manter e enviar sob refrigeração. O sangue deve ser coletado em dois tubos de EDTA
estéreis e pode ser conservado, um a temperatura ambiente e outro sob refrigeração.
Segunda semana de doença: presença de leptospiras na urina. Coletar urina recente e colocar 2 mL de solução de
bicarbonato a 8,4 % (ampolada) para cada 18 mL de urina. Manter e enviar sob refrigeração.
Convalescença: nesta fase os pacientes podem eliminar Leptospiras pela urina por até três meses após a cura
clínica. A coleta e conservação da urina é igual a da segunda semana.
Quando o período for maior que 48 horas, o material pode ser semeado em meio líquido de Fletcher por até 15
dias a temperatura ambiente.
Estabilidade da amostra: vide item anterior.
Método: pesquisa direta dos materiais concentrados em microscopia de campo escuro e cultivo em meio líquido
de Fletcher e EMJH, por 15 dias. As leptospiras crescidas são submetidas a sorologia para aglutinação
microscópica em campo escuro.
Valores de Referência: ausência de crescimento de leptospiras.
Interferências: medicação antibiótica prévia principalmente por tetraciclina e penicilina.
Informações importantes: medicação atual, hora da coleta e quadro clínico. Geralmente na doença de Weil,
produzida pela Leptospira interrogans sorovar ictero-hemorragiae, a urina no fim da primeira semana e início da
segunda, apresenta-se intensamente colúrica, com presença de sangue, poucos leucócitos e freqüentes cilindros
hemáticos. A partir da segunda semana há uma evidente melhora do quadro urinário.
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CULTURA PARA Vibrio cholerae e outros vibrios
Sinônimo mais usado: cultura para cólera.
Material e conservação para envio: fezes colhidas logo aos primeiros sinais clínicos suspeitos, como diarréia
líquida tipo água de arroz. Enviar em água peptonada alcalina, em até 24 horas, a temperatura ambiente. Se o
período for maior solicitar ao laboratório placas de meio TCBS, onde após o enriquecimento por algumas horas, na água
peptonada alcalina, o inoculo é semeado no TCBS e assim pode ser transportado, a temperatura ambiente por 48 horas.
Instruções para coleta: vide item acima.
Estabilidade da amostra: vide Material e conservação para envio.
Método: enriquecimento em água peptonada alcalina e semeadura em TCBS e aglutinação com anti-soros
específicos polivalentes. A classificação por soros monoespecíficos para os sorotipos Ogawa, Inaba e Hikojima é
encaminhada para laboratórios de saúde pública. Os soros polivalentes podem apresentar reações cruzadas com
Brucella ssp, Salmonella e Yersinia enterocolitica. Os testes bioquímicos podem diferenciar as bactérias.
Valores de Referência: ausência de crescimento de Vibrios patogênicos para o homem.
Interferências: antibióticos, tempo de transporte do caldo peptonado .
140
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Informações importantes: tempo de doença, quadro clínico e quadro diarréico.
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CULTURA PARA Yersinia enterocolitica
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: as fezes devem ser coletadas com swab alginatado com haste de plástico,
que devem ser mergulhados profundamente nas fezes e introduzido no meio de transporte tipo Cary-Blair, a
temperatura ambiente. Ao mesmo tempo semear as fezes previamente diluídas em salina estéril, em meio de Mac
Conkey e Hecktoen, que podem ser transportados a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: obter fezes recentes. Não há horário crítico para a coleta. Imediatamente semear as fezes nos
meios indicados e introduzir swabs no meio de transporte tipo Cary-Blair. Manter e enviar à temperatura ambiente.
Estabilidade da amostra: até 48 horas nos meios indicados acima, à temperatura ambiente.
Método: cultura, testes bioquímicos e sorológicos indicados pela Associação Americana de Microbiologia.
Valores de Referência: ausência de crescimento de Yersinia ssp. nas fezes .
Interferências: medicação antibiótica prévia. Problemas de coleta e transporte, como validade dos meios de
cultura e temperatura de envio.
Indicações: diagnóstico microbiológica da presença de Yersinia ssp. nas fezes.
Informações importantes: quadro clínico, tempo de doença e medicação prévia e atual.
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CURVA INSULÍNICA
Sinônimo mais usado: teste de reserva de insulina.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro de cada tempo, sob refrigeração.
Instruções de coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo,
páginas 65 e 66. Variações nos tempos e quantidade de glicose ficam a cargo dos médicos-assistentes.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência .
Valores de Referência: ( em mUI/mL):
Jejum
Após 30 minutos
Após 60 minutos
Após 90 minutos
Após 120 minutos
Após 180 minutos
Após 240 minutos
Após 300 minutos
2,5 a 25,0 µIU/mL
25,0 a 230,0 µIU/mL
18,0 a 275,0 µIU/mL
27,0 a 180,0 µIU/mL
16,0 a 165,0 µIU/mL
4,0 a 80,0 µIU/mL
2,0 a 25,0 µIU/mL
Até 25,0 µIU/mL
Interferências: dieta hipercalórica nos dias que antecedem o teste. Uso de medicação específica oral.
Indicação: acompanhamento da reserva da insulina durante curva de tolerância à glicose.
Informações importantes: medicação atual.
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141
GRUPO SÃO CAMILO
CURVA DE RESISTÊNCIA DOS ERITRÓCITOS À HEMÓLISE
Sinônimo mais usado: Resistência Globular à Hemólise
Material e conservação para envio: 2 frascos com sangue total com EDTA (p/ adulto) e pelo menos 3 lâminas
com esfregaço com sangue periférico, sem anticoagulante.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Isolar os frascos deste exame, com papel, de modo a
não encostar os frascos diretamente no gelo.
Método: Dacie.
Valores de Referência: Pode ser solicitada curvas de 30 minutos e/ou 24 horas de incubação.
Concentração
de NaCl
a 37ºC/30
minutos
a 37°C / 24
horas
0,10%
0,20%
0,30%
0,35%
0,40%
0,45%
0,50%
0,55%
0,60%
0,65%
0,70%
0,75%
0,85%
97 - 100%
97 - 100%
97 - 100%
90 - 99%
50 - 95%
5 - 45%
0 - 6%
0%
0%
0%
0%
0%
0%
97 - 100%
97 - 100%
97 - 100%
75 - 100%
65 - 100%
55 - 95%
40 - 85%
15 - 70%
0 - 60%
0 - 10%
0 - 5%
0%
0%
Interferências: quadros de hemólise em atividade, quadros infecciosos em atividade.
Indicações: o que determina a fragilidade osmótica das hemácias é a sua forma. Primordialmente o teste serve
para confirmação laboratorial do diagnóstico de esferocitose hereditária. O aumento da fragilidade osmótica ou
desvio à direita da curva também pode ocorrer na esferocitose adquirida, na eliptocitose hereditária e na anemia
hemolítica do recém-nascido. O aumento da resistência se encontra em casos de pós-esplenectomia, nas
hepatopatias, na talassemia, na anemia ferropriva e na leptocitose.
Informações importantes: idade e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
D-DÍMERO
Sinônimo mais usado : Dímero D
Material e conservação para envio: 1 mL de plasma citratado sob refrigeração (vide Instruções para coleta).
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Coletar o sangue em tubo de coleta com Citrato de sódio, respeitando
a proporção de 4,5 mL de sangue total, para 0,5 mL do anticoagulante (tubos de coleta com tampa azul claro).
Separar imediatamente o plasma após a coleta, por centrifugação de 15 minutos a 3000 rpm. Congelar imediatamente o plasma, mantendo a -20° C até o momento do envio, que será feito sob refrigeração.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob congelamento.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: até 250 ng/mL.
142
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: outras patologias não cursando com tromboses ou micro-tromboses.
Indicações: como o D-Dímero é um produto da degradação da fibrina pela plasmina, após a ativação do
plasminogênio, sua determinação tem sido utilizada no diagnóstico laboratorial das tromboses venosas
profundas (TVP) e dos quadros de tromboembolismo pulmonar (TEP). O D-Dímero é detectado uma hora após a
formação do trombo, permanecendo elevado até 8 dias após o início do quadro clínico. Apesar da sua alta
sensibilidade para a detecção de TVP ou TEP, ele tem baixa especificidade, podendo ser positivo nos casos de
infarto agudo do miocárdio, neoplasias, coagulação intravascular disseminada, anemia falciforme, pneumonias,
sepses, insuficiência cardíaca e nos quadros pós-operatórios.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
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D-XILOSE – TESTE DE ABSORÇÃO
Sinônimo mais usado: teste de absorção da xilose.
Material e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São
Camilo, páginas 67 e 68. As urina coletadas, a Basal e 5 horas após a ingestão da D-Xilose devem ser enviadas sob
refrigeração.
Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo,
páginas 67 e 68.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico
Valores de Referência: Crianças
:
Normal
: excreção superior a 1,2 g/5 horas.
Indeterminado :
0,9 a 1,2 g/5 horas.
Má absorção : excreção inferior a 0,9 g/5 horas.
Adultos
:
4,0 a 9,0 g/5 horas.
Interferências: Elevações da absorção: etanol
Diminuições: Aspirina, Colchicina, Kanamicina, Inibidores da MAO, Ácido Nalidíxico,
Neomicina, Alcalóides do ópio, Atropina, digitálicos e sais de ouro.
Indicações: diagnóstico das Síndromes Coprológicas de má absorção intestinal.
Informações importantes: medicação atual, idade e quadro clínico.
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DEHIDROEPIANDROSTERONA
Sinônimo mais usado: DHEA.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Radioimunoensaio - Enzimaensaio.
143
GRUPO SÃO CAMILO
Valores de Referência:
Mulher
Homem
Idade
Nível
Idade
Nível
20 - 29
106 - 300 pg/mL
20 - 29
137 - 336 pg/mL
30 - 39
77 - 217 pg/mL
30 - 39
82 - 287 pg/mL
40 - 49
47 - 200 pg/mL
40 - 49
68 - 221 pg/mL
50 - 59
38 - 136 pg/mL
50 - 59
49 - 177 pg/mL
60 - 69
36 - 107 pg/mL
60 - 69
40 - 158 pg/mL
70 - 79
32 - 99 pg/mL
70 - 79
35 - 135 pg/mL
>80
33 - 90 pg/mL
>80
37 - 106 pg/mL
Interferências: o clomifeno e a corticotrofina elevam os níveis séricos de DHEA.
Indicações: o córtex da supra-renal secreta 3 grupos de esteróides, entre os quais os andrógenos
Dehidroepiandrosterona e androstenediona. Nos homens as gônadas também são fontes de sua produção. Eles
são sintetizados a partir do colesterol através da cisão da sua cadeia lateral, para formar a Pregnenolona. Por sua
vez esta sofre oxidação e várias hidroxilações até a formação da 17-Hidroxiprogesterona. Mais um corte na
cadeia lateral permite a síntese da DHEA e da Androstenediona. A principal indicação de sua dosagem é o
diagnóstico laboratorial dos quadros de hirsutismo e virilização.
Variações patológicas podem ser encontradas no Hipercortisolismo androgênico por deficiência enzimática. A
hiperplasia supra-renal congênita é uma patologia relativamente freqüente com proporção de 1/5000 casos,
transmissão autossômica recessiva e maior prevalência para o sexo feminino (4:1).
Deficiência da 21-Hidroxilase representa mais de 90% dos casos. Esta deficiência leva a uma queda do cortisol e
de seus metabólitos e da 17-hidroxiprogesterona.
Quando a DHEA, a Androstenediona e a Testosterona total estão acima dos valores normais :
Deficiência da 11-Beta-Hidroxilase (5% dos casos). Ocorre sinais de hiperandrogenia, porém menos intensos
que na deficiência da 21-Hidroxilase.
Valores do cortisol diminuídos: deficiência da 17-Hidroxilase, que leva a uma deficiência na via dos
glicocorticóides e dos andrógenos, com ausência de menstruações na puberdade e nos meninos a feminização
dos órgãos sexuais.
A Hiperandrogenia ovariana ocorre com 30% da testosterona circulante produzida pelo ovário e a dosagem feita
no início do ciclo menstrual, permite detectar os valores elevados, nem sempre presentes nas outras fases do
ciclo. Os tumores andrógenos-secretores, quando ovarianos, com aumento da produção da androstenediona ou
quando supra-renais com hiperprodução de testosterona associada a um aumento do Sulfato de
Dehidroepiandrosterona.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
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DEHIDROEPIANDROSTERONA SULFATO
Sinônimo mais usado: DHEA-Sulfato
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência.
144
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência:
MULHERES
Pré-puberal
Adulta
Pós-menopausa
3ª Idade
11,0
35,0
10,0
3,9
HOMENS
Adultos (17 a 49 anos)
Adultos (> 50 anos)
3ª Idade
80,0 – 560,0
65,0 – 255,0
30,0 – 200,0
CRIANÇAS
Neonatos
1 a 10 anos
11 a 14 anos
15 a 17 anos
Homens
37,0 – 3770,0
5,0 – 186,0
18,0 – 344,0
47,0 – 441,0
– 67,2
– 430,0
– 190,0
– 150,0
Mulheres
44,0 – 367,0
6,0 – 160,0
12,0 – 301,0
39,0 – 339,0
Interferências: Variações Fisiológicas: No sangue de cordão umbelical os níveis são tão elevados quanto os da
mãe. Os níveis vão diminuindo progressivamente até um ano de idade. Aos 6 anos
aproximadamente há um aumento devido ao aumento da atividade da supra-renal. Na
puberdade os níveis vão se elevando lentamente acompanhando o desenvolvimento dos
caracteres sexuais secundários. As dosagens do DHEA-Sulfato devem ser realizadas entre o
segundo e sexto dia do ciclo.
Variações Patológicas: Na puberdade precoce os níveis de DHEA-Sulfato estão
moderadamente elevados. Na deficiência da 21-Hidroxilase os seus níveis não estão elevados,
mesmo após estímulo com o Synacten. Na deficiência da 11-beta-Hidroxilase, com hiperplasia
congênita, os seus valores estão elevados.
Tumores virilizantes da supra-renal.
Quando os valores são elevados e não inibidos pela ação da dexametasona podemos ter quadros de deficiência suprarenal e retardos pubertários. Valores geralmente diminuídos podemos encontrar na deficiência da 17-Hidroxilase.
Informações importantes: idade e medicação atual.
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DEHIDROGENASE LÁTICA - LDH
Sinônimo mais usado: LDH/DHL
Material e conservação para envio: 2 mL de soro totalmente sem hemólise, sob refrigeração. 2 mL de líquido
ascítico sem acidente de punção, sob refrigeração. 2 mL de líquido pleural sem acidente de punção, sob
refrigeração. 2 mL de LCR sem acidente de punção.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico enzimático a 37° C.
145
GRUPO SÃO CAMILO
Valores de Referência: sangue:
Valores pediátricos (em UI/mL):
Faixa etária
Até 30 dias
Até 1 ano
1 a 6 anos
7 a 12 anos
13 a 18 anos
Homens
125 – 735
170 – 450
155 – 345
120 – 325
105 – 220
Faixa etária
Até 60 anos
60 a 79 anos
80 anos
Homens
200 – 480
105 – 440
125 – 385
Mulheres
145 – 765
190 – 420
135 – 395
140 a 280
100 – 275
Valores de adultos (em UI/mL):
Mulheres
200 – 480
120 – 450
123 - 465
Outros materiais clínicos (em UI/mL):
Líquido Pleural
Líquido Ascítico  soro
LCR
Líquido abdominal  soro
Exsudato : > 200
Transudato: < 200
até 0,6 (>0,6 indica exsudato)
± 10% dos níveis séricos(*)
> 0,6: efusões neoplásicas
0,4 a 0,6: Peritonite bacteriana
(*) sempre ensaiar uma amostra sérica em paralelo.
Interferências: fisiológica: gravidez (pode haver aumento de 25 a 100% dos níveis normais na segunda metade
da gestação); medicamentosa: anti-epiléticos: chegam a elevar em até 25% os níveis basais e penicilamina
(aumento de até 200% dos níveis normais).
Indicações: Infarto agudo do miocárdio, com atividade máxima após 72 horas , podendo atingir até 5 vezes os
valores basais, com 7 a 14 para a volta aos valores normais. O aumento ocorre por conta da Isoenzima LDH-1.
Embolia pulmonar, dor torácica com valores de CK normais e LDH elevados. O aumento se dá pela elevação das
Isoenzimas LDH-2 e LDH-3.
Infarto Renal: aumento das Isoenzimas LDH-1 e LDH-2.
Nas anemias megaloblásticas, anemias hemolíticas, em pacientes com uso de válvulas cardíacas, principalmente
as metálicas e eritroblastose fetal, o aumento da LDH deve-se pelo aumento das Isoenzimas LDH-1 e LDH-2.
Nas miopatias temos aumento das Isoenzimas LDH-1 e LDH-2 na distrofia de Duchenne e uma elevação da
Isoenzima LDH-5 nas necroses, nos traumatismos e miopatias inflamatórias.
A Isoenzima LDH-5 apresenta uma grande aumento nas cirroses, Hepatomas , metástases hepáticas, colestases e
nas hepatites agudas virais.
Nos linfomas o aumento da LDH deve-se ao aumento da Isoenzima LDH-3.
A LDH total elevada também se encontra nos quadros de estado de choque, queimaduras, quadros póscirúrgicos, quadros hipocalêmicos com coma, rejeições de transplantes e nas colagenoses. Nos tumores todas as
frações podem estar aumentadas:
Células germinativas ( de ovários ou testículos): LDH-1.
Próstata, seio, cólon, estômago, pulmão e útero: frações elevadas LDH-4 e LDH-5.
Neuroblastomas, feocromocitomas e câncer brônquico: Isoenzimas LDH-2, 3 e 4.
A análise no Líquido Pleural ajuda a diferenciar exsudato e transudato: a relação LDH pleural/sérica > 0,6 e o
LDH pleural > 200 U/L, indicam exsudato.Valores de 8 a 10 vezes os valores basais séricos, no Líquido pleural
146
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
indicam quadros neoplásicos e empiemas.
No Líquido Ascítico: normalmente os níveis de LDH são até 50% mais elevados que os níveis séricos. Está
elevado nas carcinomatoses , tuberculose peritonial e nas peritonites em geral.
No LCR a LDH é mais ou menos 10% dos valores séricos e valores elevados são encontrados nos AVCs
isquêmicos, meningites, encefalites e tumores do sistema nervoso central.
Em todos os casos ensaiar a medida no LDH sérico em paralelo.
Informações importantes: medicação atual, hora e dia da coleta e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
DENGUE – DETEC. E GENOTIPAGEM PCR RT – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: n.a.
Material e conservação para envio: 2,0 mL de plasma (EDTA) congelado (-20° C); O material congelado deve
ser transportado em gelo seco ou refrigerado (gelo reciclável);
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 3 dias, congelado.
Método: PCR semi-Nested específico para Den1, Den2, Den3 e Den4.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para
entrega e temperatura de transporte).
Indicações: Quando apresentar febre alta (normalmente entre 38° e 40° C) de início abrupto, mal-estar, anorexia
(pouco apetite), cefaléias, dores musculares e nos olhos; Descrição: O Dengue é uma doença infecciosa aguda
causada por um flavivírus transmitido por meio da picada do mosquito vetor Aedes aegypti. Não é transmitido
por contado direto de um doente ou de suas secreções para uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimentos.
Após a transmissão, existe um período de incubação de dois a sete dias. Existem quatro sorotipos causadores de
dengue (Den1, Den2, Den3 e Den4), que não oferecem proteção cruzada entre si e que apresentam os mesmos
sintomas, a diferença é que a pessoa não pode ser reinfectada por um mesmo sorotipo. Em determinadas
situações, a evolução pode dirigir-se para a forma hemorrágica, que raramente ocorre na infecção primária, sendo
mais comum na reinfecção, geralmente quando o agente é o Den2 ou Den3. A síndrome de choque hemorrágico
da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido à infecção passada já resolvida são infectadas por
outro sorotipo, os anticorpos produzidos não são específicos suficientemente para neutralizar o novo sorotipo,
mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais
perigosas que as da infecção inicial. A confirmação do diagnóstico de dengue pode ser realizada por meio de
exames sorológicos (ELISA) ou de PCR. A PCR é útil durante o período de viremia, em geral, antes de surgirem
os sintomas até o sétimo dia da infecção. É possível realizar a genotipagem e definir o sorotipo do vírus da
dengue, por meio da utilização de marcadores específicos.
Informações importantes: Este exame depende da antigenemia do vírus, é qualitativo e deve ser pedido na fase
aguda da viremia, de preferência nos primeiros 5 dias de evolução; Reações falso-negativas ocorrem quando a
quantidade de RNA está abaixo da sensibilidade de detecção do teste, após 10 dias do início dos sintomas ou na
presença de inibidores da PCR na amostra.
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DENGUE – IgG
Sinônimo mais usado: Sorologia para Dengue – G
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem colher
imediatamente antes da próxima mamada.
147
GRUPO SÃO CAMILO
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio tipo ELISA.
Valores de Referência: Não Reativo ( Negativo)
: < 9,0 U
Reativo ( Positivo)
: > 11,0 U
Indeterminado ( zona cinza) : 9,0 a 11,0 U
Interferências: reações com outros Flavivírus. Uma causa comum de reação falso-positiva ocorre em pacientes vacinados contra Febre Amarela. Deve-se tem em conta possíveis ocorrências de transferências verticais de IgG materna.
Indicações: diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-Dengue da classe IgG. Os vírus da Dengue
apresentam 4 sorotipos distintos, como o Den 1, Den 2, Den 3 e Den 4. Esses vírus pertencem à família dos
Flavivírus, que é formada por mais de 70 espécies, das quais destaca-se os vírus da Febre Amarela e da Dengue.
Atenção: todos os vírus da família dos Flavivírus compartilham epítopos comuns localizados no envelope
protéico, o que possibilita reações cruzadas em testes sorológicos de alta sensibilidade.
É muito importante a determinação de anticorpos da classe IgG e IgM, para o diagnóstico, pois hoje em dia é
muito comum a reinfecção, que pode não apresentar positividade para anticorpos anti-IgM. Na reinfecção os
níveis de anticorpos anti-IgG se elevam já no segundo dia de doença.
Informações importantes: quadro clínico, vacinações recentes e história recente de estar em locais
epidemiológicos de interesse para o caso.
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DENGUE – IgM
Sinônimo mais usado: sorologia para Dengue – IgM
Material e conservação para envio: 2mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimaimunoensaio tipo ELISA.
Valores de Referência:
Não Reativo ( Negativo) : < 9,0 U
Reativo ( Positivo)
: > 11,0 U
Indeterminado ( zona cinza) : 9,0 a 11,0 U
Interferências: vide Dengue IgG
Indicações: diagnóstico sorológico da infecção primária da Dengue. Aproximadamente 75% dos pacientes
apresentam positividade do teste após 3 dias de doença. Após 6 a 10 dias , por volta de 90% dos pacientes
apresentam a viragem sorológica.Um pequeno grupo de pacientes apresentam a viragem sorológica somente
após 10 a 22 dias do início da doença. Como são quatro os sorotipos de vírus da Dengue, a infecção com um
sorotipo não protege o paciente contra outro sorotipo, e em casos de reinfecção com ou outro sorotipo pode haver
novamente a presença de anticorpos da classe IgM. Os níveis destes anticorpos são geralmente baixos na infecção
secundária. Nas infecções primárias os anticorpos anti-IgM podem ficar presentes no sangue por até três meses. Na
grande maioria dos pacientes esta presença persiste por até 45 a 60 dias.
Como todo teste sorológico, este teste pode apresentar resultados falso-positivos ou falso-negativos. A causa
mais comum de teste falso-positivo são reações cruzadas com anticorpos contra outros Flavivírus, e a causa mais
comum de teste falso-negativo deve-se a coletas realizadas muito precocemente, antes do sexto dia de doença.
Informações importantes: dados epidemiológicos, quadro clínico e vacinação recente.
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148
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
DENGUE – PESQUISA DO ANTÍGENO NS1
Sinônimo mais usado: NS1
Material e conservação para envio: 1mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar a qualquer período, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 1 mês sob congelamento ou 7 dias sob refrigeração.
Método: Imunocromatográfico.
Valores de Referência: Negativo.
Interferências: vacinação recente para febre amarela, hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: o teste precoce para o diagnóstico sorológico da Dengue ou ELISA para Dengue Inicial, é um teste
imunológico para Captura do antígeno NS1 da Dengue. O teste está indicado para a detecção qualitativa do
antígeno NS1 no soro, usando como auxiliar no diagnóstico clínico-laboratorial de pacientes com sintomas
clínicos compatíveis com a febre da Dengue. Este teste, em conjunto com testes sorológicos tradicionais, pode
ampliar e tornar mais rápido o diagnótico laboratorial desta arbovirose, além de estadiar seu início. O vírus da
Dengue é uma flavivírus amplamente encontrado nas regiões tropicais e sub-tropicais, com mais da metade da
população mundial potencialmente sujeita ao risco de contrair Dengue, sendo assim, a mais importante
arbovirose em termos de morbidade e mortalidade. Os quatro sorotipos conhecidos são antigenicamente
relacionados, e os seus principais vetores são os mosquitos: Aedes aegypti, A. albopictus e A. polinesiensis.
As manifestações clínicas são muito amplas e podem ir desde uma infecção sub-clínica (principalmente na
primo-infecção) até a morte. A doença pode ser classificada conforme a sua gravidade:
a) Doença Febril Inespecífica
b) Febre da Dengue Clássica
c) Febre Hemorrágica da Dengue (Graus I ou II)
d) Síndrome do Choque da Dengue (Graus III ou IV).
A Febre da Dengue Clássica é de início repentino, geralmente seguida de pelo menos dois sintomas abaixo:
Cefaléia, dor retro-ocular, mialgia, artralgia, erupção cutânea, manifestações hemorrágicas,
leucopenia e plaquetopenia.
Período febril bifásico, insônia e anorexia (acompanhada de perda da sensibilidade ao sabor ou gosto amargo na
boca) são sintomas paralelos comuns à Dengue.
Tanto a Febre Hemorrágica como a Síndrome do Choque da Dengue são complicações graves e potencialmente
fatais, frequentemente associadas à infecções por um segundo sorotipo.
A detecção do antígeno NS1 é um procedimento valioso pois permite a detecção da infecção pelo vírus da
Dengue, antes da soro-conversão (aparecimento dos primeiros anticorpos específicos). O antígeno NS1 pode ser
detectado no soro a partir do primeiro dia do início da febre, ficando em circulação sangúnea, até o 9º dia da doença.
Se considerarmos que os anticorpos da classe IgM somente serão detectados entre o 3º e o 5º dia, a pesquisa do
antígeno NS1, nos casos suspeitos de Dengue, proporciona uma grande vantagem diagnóstica laboratorial.
O diagnóstico precoce da Dengue permite a implementação rápida do monitoramento e da terapia de suporte,
reduzindo a probabilidade de complicações, como os quadros hemorrágicos ou a Síndrome de Choque,
principalmente onde a doença é endêmica.
149
GRUPO SÃO CAMILO
Interpretação dos Resultados:
Resultados
Negativo ou
Não Reagente
Interpretação
Antígeno NS1 não detectável: o resultado não exclui a infecção pela Dengue. Uma
segunda amostra deve ser avaliada por testes sorológicos no prazo de 7 a 14 dias,
dependendo dos sinais e sintomas dos pacientes. Propriedades específicas da relação
agente-hospedeiro, tamanho do inóculo, etc, podem determinar alterações nos resultados.
Duvidoso
Amostras duvidosas são aquelas cujos sintomas se situam na "zona cinza", entre 9 e 11
Unidades e devem ser repetidas com a nova coleta de sangue. As amostras que persistirem
duvidosas devem ser submetidas a teste de Biologia Molecular em nosso Laboratório de
Biotecnologia, sob pedido médico especial.
Positivo ou
Reagente
Presença detectável do antígeno NS1 da Dengue. Dependendo do quadro clínico dos
pacientes outros testes sorológicos devem ser indicados para a confirmação do diagnóstico
laboratorial.
Limitações do teste: Todo teste sorológico só tem valor quando interpretado à luz do quadro clínico e sob
supervisão médica. O valor preditivo positivo depende da probabilidade do vírus estar presente na amostra. O
teste só deve ser realizado em pacientes com sintomas clínicos semelhantes ou quando houver forte suspeita de
exposição à doença. É comum a reatividade sorológica cruzada entre os membros do grupo dos flavivírus
(Dengue sorotipos 1, 2, 3 e 4), e ainda de outros flavivirus como os da Febre Amarela, doença pelo vírus do Nilo
Ocidental, etc.
O Antígeno NS1 da Dengue é detectado no soro somente nas fases iniciais da doença, entre o 1º e o 9 º dia após o
início dos sinais clínicos. Uma vez iniciada a produção de IgG anti-NS1 (o que corresponde à deverfescência), o
NS1 não é mais detectável no soro. Assim, o presente teste é um marcador de infecção aguda ativa da Dengue.
Fora desta fase deve-se esperar a soro-conversão para as provas sorológicas rotineiras.
A infecção primária da Dengue caracteriza-se pela elevação características dos níveis de IgM por volta do
TERCEIRO AO QUINTO DIA após o estabelecimento da infecção, e que pode persistir por três a cinco meses
no plasma dos pacientes. A infecção secundária é caracterizada pelo aumento de IgG específica em um a dois dias
após o início do quadro clínico, o qual também é acompanhado pelo aumento dos níveis de IgM. Nas infecções
iniciais em alguns casos de infecção secundária, os níveis de IgM detectados podem ser baixos. Alguns pacientes
não produzem níveis suficientes de IgM para serem detectados, outros somente o fazem após sete a dez dias.
Nestes casos a utilização da detecção do NS1 pode auxiliar.
A presença de altos níveis de Fator Reumatóide pode produzir reações falso-positivas.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual e quadro vacinal recente.
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DEOXIPIRIDINOLINA
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 100 mL de alíquota de urina ao acaso, de 24 horas ou outro período por
determinação médica. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: A urina deve ser acidificada com HCl a 50%, 20 mL por litro de urina para adultos ou 10
mL por litro de urina para crianças. Estocar em refrigeração. Como a liberação pela urina não é constante, sendo
maior durante a noite do que de dia, a maioria dos pesquisadores recomenda a coleta de 24 horas.
Estabilidade da amostra: estando acidificada a urina pode ficar sob refrigeração por 20 dias.
150
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: (em nmol/mmol de creatinina):
Faixa etária
2 a 10 anos
11 a 14 anos
15 a 17 anos
Adultos
Adultos
30 a 110
17 a 100
59
12,8 a 25,6
16,0 a 37,0
Interferências: medicamentos que possam modificar a fisiologia óssea, sangue menstrual ou secreções genitourinárias no momento da coleta de urina. Evitar dieta hiperprotéica nos três dias que antecedem o dia da coleta.
Indicações: a atividade dos osteoclastos, que realizam a reabsorção óssea pode ser observada pela eliminação
urinária da deoxipiridinolina, que em conjunto com a piridinolina constituem-se nas ligações da estrutura do
colágeno, do tipo I, sendo a primeira 3 vezes mais concentrada que a piridinolina. Como a deoxipiridinolina é
mais sensível que a piridinolina e não sofre influência da dieta, este exame é mais solicitado.
São indicadas para estudo da resposta terapêutica para doenças ósseas, permitindo uma avaliação mais rápida
que a densitometria óssea, para patologias como Doença de Paget, osterosporose simples, hipertireoidismo e
hiperparatireoidismo. O hipotireoidismo pode diminuir os níveis da deoxipiridinolina e piridinolina na urina.
Informações importantes: medicação atual, dados da densitometria.
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DIAZEPAN – PESQUISA
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Diempax
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta:coletar imediatamente antes da próxima dose do medicamento, estando o paciente em
jejum de pelo menos 8 horas.
Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração.
Método: HPLC
Valores de Referência: Níveis terapêuticos: 100 a 1000 ng/mL.
Interferências: a) Diminuições: fenitoína, fenobarbital, rifampicina e tabagismo, diminui a meia vida do
diazepan (meia vida de 20 a 50 horas).
b) Aumentos: Anticoncepcionais orais, cimetidina e isoniazida.
Indicações: controle terapêutico da droga em tela.
Informações importantes: medicação em uso, dosagem utilizada, dia e hora da última dose.
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DICLORODIFENILDICLOROETILENO SÉRICO
Sinônimo mais usado: DDE
Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração
Instruções para coleta: jejum dispensável. Horário de coleta não é crítico.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.
Método: Cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência: IBMP: nada consta.
Interferências: não há referências.
Indicações: contaminação de colaboradores pelo DDE.
Informações importantes: coletar no período da manhã.
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GRUPO SÃO CAMILO
DICLORODIFENILTRICLOROETANO SÉRICO
Sinônimo mais usado: DDT
Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração
Instruções para coleta: jejum dispensável. Horário de coleta não é crítico.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.
Método: Cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência: IBMP: nada consta.
Interferências: não há referências.
Indicações: contaminação de colaboradores pelo DDT.
Informações importantes: coletar no período da manhã.
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DIFENILHIDANTOÍNA – vide Fenitoína.
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DIFTERIA – ANTICORPOS ANTISinônimo mais usado: Anticorpos anti-Corynebacterium diphtheriae.
Material e conservação para envio: 2 mL soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum é dispensável.
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência:
não imune :
< 0,1 UI/mL
Imune após 5 anos de vacinação : 1,0 a 1,5 UI/mL
Imune após 7 anos de vacinação : 1,5 a 2,0 UI/mL
Imune após 10 anos de vacinação : acima de 2,0 UI/mL
Interferências: lipemia e hemólise
Indicações: avaliação do estado imune dos indivíduos vacinados.
Informações importantes: tempo de vacinação.
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DIGOXINA
Sinônimo mais usado : Digoxinemia
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar preferencialmente antes da próxima dose do medicamento ou seguindo
instruções médicas. Na maioria dos casos orienta-se a coletar 6 horas após a última dose. Lactentes podem
coletar imediatamente antes da próxima mamada.Não coletar em tubos contendo gel separador.
Coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Eletroquimioluminescência.
Valores de Referência: Níveis terapêuticos Crianças : 1,1 a 1,7 ng/mL
Adultos : 1,0 a 2,0 ng/mL
Interferências: Há uma correlação estreita entre dose e níveis séricos, porém fatores gastrointestinais e renais
podem influenciar na absorção e eliminação da droga. Outros fatores, como características individuais e uso de
outras medicações podem também influenciar a absorção da digoxina. Derivados da colestiramina, neomicina,
152
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
kanamicina e pectina diminuem a absorção da digoxina. Síndrome de malabsorção, gastroenterites e medicamentos
que aumentam o trânsito intestinal. Medicamentos que inibem a motilidade intestinal elevam a absorção do
medicamento. As espirolactonas que diminuem o clearance renal podem manter uma digoxinemia elevada por
diminuição da eliminação tubular. A amiodarona promove uma remoção da digoxina dos tecidos elevando os seus
níveis séricos. Verapamil diminui o clearance da digoxina elevando os seus níveis séricos. As quinidinas e derivados
atua na diminuição do volume de distribuição e de excreção renal elevando a digoxinemia.
Informações importantes: informar outros medicamentos em uso, dia e hora da última dose e dosagem utilizada.
_______________________________________________________________________________________
DISTROFIA DE BECKER-DUCHENNE - DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Sinônimo mais usado: Distrofia de Duchenne, Pesquisa de
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a
temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somentes às segunda, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.
Método: PCR
Valores de Referência: ausência das deleções gênicas das mutações da distrofina.
Interferências: Hemólise.
Indicações: diagnóstico molecular das mutações do dez principais “exons” do gene da distrofina, cobrindo até
80% dos casos nacionais.
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
DOENÇA CELÍACA - PERFIL GENÉTICO BÁSICO – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Intolerância ao glúten.
Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;
5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR qualitativo.
Valores de referência: Qualquer heterodímero detectado (DR4-DQ8 e/ou DR3-DQ2) apresenta o risco de
desenvolvimento da doença celíaca. Nenhum heterodímero detectado: não apresenta perfil genético para o
desenvolvimento da doença celíaca.
Interferência: Contaminações durante a coleta.
Indicações: Familiares de primeiro grau de pacientes com a doença celíaca; indivíduos com anemia por
deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral; indivíduos que apresentam desconforto intestinal na ingestão de
alimentos que contenham glúten.
Informações importantes: _______________________________________________________________________________________
DOENÇA DE CHARCOT-MARIE-TOOTH 1A - DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Sinônimo mais usado: Doença de Charcot-Marie PCR
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a
temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
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GRUPO SÃO CAMILO
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.
Método: PCR
Valores de Referência: ausência da duplicação do gene PMP22.
Interferências: Hemólise.
Indicações: diagóstico molecular da doença de Charcot-Marie-Tooth 1A, com neuropatia periférica
desmielinizante. A progressão é bastante lenta e o ínicio pode acontecer dos 5 aos 25 anos. O exame consegue
detectar por volta de 80% dos casos da doença, que apresenta no teste molecular a duplicação do gene PMP22.
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
DOENÇA DE GAUCHER – DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Sinônimo mais usado: Doença de Gaucher, PCR
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente, sob
refrigeração. As coleta devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 48 a 72 horas sob refrigeração.
Método: PCR
Valores de Referência: ausência das mutações L444P, N370S e R463C.
Interferências: Hemólise.
Indicações: diagnóstico molecular da Doença de Gaucher, uma esfingolipidose, com mutações L444P, N370S e
R463C, no gene da glicocerebrosidase lisossomal.
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
DOENÇA DE HUNTINGTON – DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Sinônimo mais usado: Doença de Huntington por PCR
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente sob
refrigeração. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 72 hora sob refrigeração.
Método: PCR-STR com Fluorescência.
Valores de Referência: ausência da mutação no gene HD.
Interferências: hemólise.
Indicações: diagnóstico molecular para doença de Huntington, que leva a degenerações neurológicas, com
início tardio, entre os 35 a 45 anos, produzindo alterações motoras, cognotivas e psiquiátricas ocorre pela mutação
do gene HD, por expanção da seqüência de trinucleotídoes CAG. A transmissão genética é autossômica dominante.
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
DOENÇA DE KENNEDY – DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Sinônimo mais usado: Doença de Kennedy – PCR
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a
temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
154
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.
Método: PCR
Valores de Referência: ausência de mutação no gene para receptor de androgênio em braço longo do
cromossomo X.
Interferências: hemólise.
Indicações: diagnóstico molecular para a Doença de Kennedy, que apresenta uma mutação no gene do receptor
da androgênios, no braço longo do cromossomo X, com herança recessiva. Os sintomas aparecem mais
frequentemente por volta dos 30 anos e são principalmente fraqueza muscular proximal progressiva,
oligozoospermia, atrofia testicular, ginecomastia, atrofia muscular e fasciculações.
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
DROGAS DE ABUSO
Sinônimo mais usado:
Material e conservação para envio: urina ao acaso sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar até 48 a 72 horas após a suspeita de uso de drogas de uso proibido.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunocromatográfico.
Valores de Referência: analito não detectado.
Interferências: coletas acima do período de sensibilidade do teste.
Indicações: suspeita de uso inícito de drogas de abuso. O tempo que a droga permanece na urina, depende do tipo
de usuário. O casual ou social apresenta a droga por 2 a 3 dias no máximo. O usuário crônico apresenta
positividade por maior tempo, ou permanentemente, dependendo da freqüência do uso. Geralmente o usuário
social ou casual tem positividade até segunda ou terça-feira, não mais apresentando positividade nos demais dias.
O usuário crônico tem positividade em todos os dias da semana, ou na maioria deles.
Informações importantes: informar, se possível qual o tempo entre a coleta e o possível uso da droga ilícita.
Níveis de sensibilidade por droga:
Quantidades mínimas detectáveis:
1000 ng/mL
500 ng/mL
300 ng/mL
Drogas testadas:
Anfetamina, Antidepressivos tricíclicos, Ecstasy, Metanfetamina
Tetrahidrocanabinóides
Barbitúricos, Benzodiazepínicos, Benzoilecgonina (cocaína),
Metadona, Morfina.
OBS.: Este exame carece de valor médico-legal por não ter posse jurídica. Sua função é dar orientação
médica para o tratamento do paciente.
_______________________________________________________________________________________
DST - PAINEL MASCULINO AMPLIADO, PCR
(HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium;
Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum – sífilis)
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã, secreção uretral, raspado uretral ou raspado/swab de
lesões.
155
GRUPO SÃO CAMILO
Instruções para coleta: Vide em HPV.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR+RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo.
Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium;
Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum.
Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos.
Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium; Mycoplasma
hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum.
Informações importantes: _______________________________________________________________________________________
DST – PAINEL MASCULINO BÁSICO, PCR
(HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae)
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã, secreção uretral, raspado uretral ou raspado/swab de
lesões.
Instruções para coleta: Vide em HPV.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR+RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo.
Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.
Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos.
Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.
Informações importantes: _______________________________________________________________________________________
DST – PAINEL MASCULINO INTERMEDIÁRIO
(HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium;
Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum)
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã, secreção uretral, raspado uretral ou raspado/swab de
lesões.
Instruções para coleta: Vide em HPV.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR+RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo.
Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium;
Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum.
Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos.
Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium; Mycoplasma
hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum.
Informações importantes: _______________________________________________________________________________________
ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 a 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração. Não enviar nos fins de
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
semanas e vésperas de feriados.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração.
Método: eletroforese em acetato de celulose a pH 8,6 e gel de agarose em pH ácido.
Valores de Referência: Hemoglobina A1 : 95,0 a 97,0 %
Hemoglobina A2 : 1,0 a 3,5 %
Hemoglobina Fetal : 1,0 a 2,0% (níveis a partir de 1 ano)
Interferências: transfusões sangüíneas podem ocultar ou diminuir a concentração da hemoglobina patológica
durante período que pode chegar até 120 dias.
Indicações: Diagnóstico das principais Hemoglobinopatias, com aumento de HbF na Talassemia Minor,
Hemoglobinopatias homozigóticas, como Talassemia Major, Anemia Falciforme HbSS, raros casos de HbCC,
etc. Nos casos de persistência hereditária de HbFetal, algumas síndromes mielóides, etc. A HbA2 está
geralmente elevada nos casos de Beta-Talassemia Minor e na Talassemia Major. A Hemoglobina S está presente
nos casos de portadores do traço falciforme (HbAS), nos casos da doença falciforme (HbSS), nas formas mistas
como HbSC, Talassemia –S, etc.
Os casos mais raros são encaminhados ao Centro Nacional de Diagnóstico de Hemoglobinopatias.
Informações importantes: idade, sexo, raça e quadro clínico são dados muito importantes para auxiliar no
diagnóstico laboratorial.
_______________________________________________________________________________________
ELETROFORESE DE LIPOPROTEÍNAS
Sinônimo mais usado: Lipidograma eletroforético
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Para os pacientes com diagnóstico
prévio de dislipidemia recomenda-se período de jejum não inferior a 14 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. Em casos de presença de quilomícrons formará uma camada
na superfície do soro, após refrigeração, o que não altera a qualidade do material para envio.
Método: eletroforético
Valores de Referência : Fração Alfa
: 100 a 200 mg/dL
Fração Pré-Beta : 80 a 100 mg/dL
Fração Beta
: 220 a 500 mg/dL
Interferências: Elevações: Clorpromazina, Adrenalina, Estrógenos, Anticoncepcionais.
Diminuições: Asparaginase, Aspirina, Colesterolamina, Clofibrato, Etanol (na cirrose) e
Tiroxina.
Indicações : a eletroforese de lipoproteínas é um dos principais elementos para classificação das dislipidemias
para a Classificação de Fredrickson.
Fenótipo
I
IIa
IIb
III
IV
V
N= normal
Lipoproteína
Elevada
QM
LDL
LDL e VLDL
IDL
VLDL
QM e VDRL
QM=
quilomícrons
Colesterol
Sérico
Na↑
Triglicérides
Sérico
Normal
Na↑
Na↑
∆= nível de :
aterogênese
Potencial
Aterogênico
∆
∆∆∆
∆∆∆
∆∆∆
∆
∆
Prevalência
Rara
Comum
Comum
Intermediária
Comum
Rara
Elevação
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GRUPO SÃO CAMILO
Informações importantes: idade, sexo, medicação atual, repouso antes da coleta.
_______________________________________________________________________________________
ELETROFORESE DE PROTEÍNAS SÉRICAS
Sinônimo mais usado: Proteinograma
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método : eletroforético
Valores de Referência:
Valores para adultos em g/dL:
Frações
Pré-albumina
Albumina
Alfa-1 Globulina
Alfa-2 Globulina
Beta-Globulina
Gama-Globulina
Proteínas Totais
Intervalo de normalidade
0,01 – 0,04
3,50 – 5,00
0,10 – 0,50
0,40 – 0,90
0,50 – 1,20
0,70 – 1,60
6,00 – 8,00
Em %
50,0 a 65,0
1,0 a 5,7
5,8 a 11,5
8,0 a 14,7
11,8 a 20,2
OBS.: os valores infantis são liberados juntamente com os resultados de rotina.
Nota: As proteínas séricas são agrupadas de acordo com o fracionamente eletroforético, como segue:
Fração Pré-Albumina: pré-albumina
Fração Albumina: Albumina
Fração Alfa-1: Alfa-1-Antitripsina, Alfa-1-Glicoproteína Ácida, Alfa-1-Lipoproteína.
Fração Alfa-2: Alfa-2-Macroglobulina, Alfa-2-Haptoglobina, Hemopexina e Apolipoproteínas. Pequeno grupo
de Gama-Globulina com maior carga negativa.
Fração Beta: Transferrina, C3, Apolipoproteína B, pequeno grupo de Gama-Globulina com mediana carga
negativa.
Fração Gama: Imunoglobulinas, com maior predominância da IgG (maior carga positiva) Proteína C Reativa e
Fibrinogênio (quando a coagulação for parcial).
Interferências: Elevações: Albumina: quadros de desidratação. Alfa-1: fase aguda inflamatória, uso de
estrogênios e gestação. Alfa-2: fase aguda inflamatória, síndrome nefrótica, hipertireoidismo e
insuficiência renal crônica. Beta: A fração pode se elevar devido a aumento da transferrina e
pode mimetizar um pico monoclonal. Hiperlipidemias que cursam com Colesterol elevado
podem aumentar a fração Beta pela presença de Beta-Lipoproteína. Gama: Doenças autoimunes, Doenças linfoproliferativas, Doenças hepáticas (padrão policlonal) e Gamopatias
(plasmocitomas), com picos monoclonais.
Diminuições: Albumina: problemas de hidratação, desnutrição. Alfa-1: quadros em
homozigoze para deficiência de Alfa-1-Antitripsina. Alfa-2: asparaginase. Beta: raramente
apresenta-se diminuída. Gama: quadros de Hipogamaglobulinemia ou agamaglobulinemia de
origem primária ou secundária.
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Informações importantes: idade, sexo, estado alimentar , quadro clínico e estado nutricional.
_______________________________________________________________________________________
ELETROFORESE DE PROTEÍNAS NO LCR
Sinônimo mais usado: Proteinograma do LCR
Material e conservação para envio: 5 a 7 mL de LCR sob refrigeração.
Instruções para coleta: horário de coleta não é crítico. Coleta médica.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Não congelar.
Método: eletroforese após concentração do material clínico.
Valores de Referência: Proteínas totais : Lombar: ............... 15 a 45 mg/dL
Cisternal: ...............15 a 25 mg/dL
Ventricular:............ 5 a 15 mg/dL
Eletroforese:
Pré-Albumina : 0,3 a 3,1 mg/dL
3a 7%
Albumina
: 8,4 a 34,0 mg/dL
48 a 68 %
Alfa-1
: 0,3 a 3,1 mg/dL
3a 7%
Alfa-2
: 0,6 a 5,4 mg/dL
4 a 12 %
Beta e Tao
: 0,4 a 2,0 mg/dL
8 a 10 %
Gama
: 0,4 a 5,4 mg/dL
5 a 13 %
Interferências: acidentes de punção.
Indicações: Pré-Albumina: nem sempre presente em todas as separações, tem origem ventricular e sua diminuição
pode ser um bom marcador de bloqueio da circulação liquórica. A Albumina apresenta-se aumentada nas
alterações da barreira hematoencefálica. As Alfa-1 aumentam nos AVC isquêmicos. As Alfa-2 se apresentam
elevadas nos processos infecciosos e nos processos tumorais, benignos ou não. As Beta-Globulinas se elevam nas
doenças degenerativas do SNC. As Gama-globulinas se elevam em processos infecciosos e degenerativos do SNC.
Informações importantes: local e condições de punção, idade e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
ELETROFORESE DE PROTEÍNAS URINÁRIAS
Sinônimo mais usado: Proteinograma urinário
Material e conservação para envio: alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração.
Instruções de coleta: coletar urina de 24 horas, juntando-se todas as micções em um só frasco, que será mantido por
todo o período da coleta sob refrigeração. Homogeneizar, antes de medir o volume de 24 horas e separar a
alíquota.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: eletroforético após concentração do material clínico.
Valores de Referência: Geralmente as urinas normais contém somente baixas concentrações de Albumina e
traços de globulinas nas posições beta/gama. Com proteinúrias superiores a 300 mg/L já é possível realizar a
concentração urinária. A urina concentrada pode permitir as dosagens de Imunoglobulinas (IgG,IgA,IgM), além
de algumas frações alfa e beta. Com densidade urinária inferior a 1.010 pode-se ter resultados falso-negativos,
principalmente em casos de eliminação de cadeias leves.
Interferências: contraste radiológico, medicamentos a base de penicilinas, Hematúrias, processos infecciosos
urinários.
Indicações: pesquisa de gamopatias e seu acompanhamento, como Mieloma Múltiplo, Macroglobulinemia de
Waldestron, Doença da cadeia pesada, Doença da Cadeia Leve, Amiloidose, Síndrome Nefrótica.
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GRUPO SÃO CAMILO
Informações importantes: volume urinário de 24 horas. Sexo e idade do paciente.
_______________________________________________________________________________________
ENOLASE NEURÔNIO ESPECÍFICA (ENS)
Sinônimo mais usado: NSE.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Fluoroimunoensaio.
Valores de Referência:
Como marcador tumoral ...................... : < 16,3 ng/mL
Como marcador de coma post-anoxia
Mal prognóstico nas primeiras 72h ...... : > 33,0 ng/mL
Interferências: lipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise.
Indicações: a Enolase é uma das 13 enzimas neuronais que agem na cadeia glicolítica intracitoplasmática ,
levando a formação do lactato, catalisando a transformação do 2-fosfoglicerato em fosfo-enol-piruvato, formada
por dímeros das cadeias alfa, beta e gama. A sub-unidade beta é encontrada no tecido muscular esquelético e as
sub-unidades alfa e gama são encontradas no tecido nervoso. As isoenzimas (formadas com sub-unidades, duas a
duas) , alfa-alfa são produzidas pelas células gliais e as isoenzimas gama-gama e alfa-gama provêm das células
neuronais. Como a Enolase Neurônio Específica também está presente nas células endócrinas do sistema APUD
(Amine Precursor Uptake and Decarboxylation), tumores destes tipos celulares, nos insulinomas, tumores
carcinóides intestinais, feocromocitomas, neuroblastomas, carcinomas de pequenas células pulmonares e
carcinomas medulares da tireióide, produzem altos níveis desta proteína. No câncer brônquico de pequenas
células, os níveis do NSE são muito mais elevados que nos demais carcinomas brônquicos. Há uma relação direta
entre os níveis da enzima sérica e a quantidade de metástases. A elevação dos seus níveis durante a quimioterapia
é sinal que o processo está produzindo lise celular e que está sendo efetivo para o tratamento daquele tumor.
Informações importantes: quadro clínico, hipóteses diagnósticas e tratamento atual.
_______________________________________________________________________________________
ENTEROVÍRUS – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: PCR para ECHO virus, Coxsakievirus e Poliovirus
Material e conservação para envio: Swab de orofaringe; Swab retal; em kit fornecido pelo laboratório enviado
refrigerado a 4°C. 1ml de Líquor; 1ml soro; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C).
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: Diagnóstico diferencial. O enterovirus (EnV) humano é adquirido através de transmissão fecal-oral
e, de forma menos comum pela via respiratória. Esses vírus são responsáveis por uma variedade de
manifestações clínicas, afetando diversos órgãos do corpo. Uma vez presente, as manifestações clínicas, variam
desde doença febril indiferenciada até paralisias graves e permanentes, algumas vezes fatais. A maior parte das
infecções por EnV são assintomáticas. Dentre as síndromes clínicas causadas por EnV destacam-se aquelas que
160
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
afetam o sistema nervoso central, pulmões e coração. Síndromes como poliomielite, meningite, conjuntivite e
doenças respiratórias, gastrointestinais e ulcerações de mão, pé e boca são as mais frequentemente associadas aos
EnVs. O diagnóstico laboratorial considerado padrão ouro é o isolamento viral, contudo demanda tempo (3 a 10
dias) e tem uma sensibilidade de 65 a 75%. A técnica de PCR é rápida, sensível e específica, otimizando assim o
diagnóstico em pacientes com complicações.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
_______________________________________________________________________________________
ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (ECA)
Sinônimo mais usado: ECA
Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade para coleta: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.
Método: Enzimático automatizado.
Valores de Referência:
Adultos................. : 35,0 a 90,0 U/L
6 meses a 17 anos..: 3,0 a 100,0 U/L
(a unidade é convenção do fabricante dos reagentes, portanto, o Laboratório deve levantar os seus próprios
valores referenciais que podem depender da população atendida).
Interferências: além das interferências analíticas, como hemólise, lipemia e hiperbilirrubinemia, algumas
alterações patológicas podem interferir nos resultados, como : asbestose, diabetes com complicações
microangiopáticas retinianas, doença de Gaucher, hanseníase, tuberculose crônica, pneumopatias
imunoalérgicas e silicoses.
Indicações: a ECA converte a Angiotensina I em Angiotensina II. A ECA está especialmente elevada nos casos
de Sarcoidose, Psoríase e Hipertireoidismo, havendo relação direta entre níveis e severidade da patologia. As
demais alterações patológicas que podem alterar a ECA tem níveis não tão elevados.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
EOSINÓFILOS – PESQUISA EM MUCO NASAL – Ver Citograma Nasal
_______________________________________________________________________________________
EPSTEIN BARR VÍRUS – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: pesquisa do DNA do Epstein Barr vírus
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, swab orofaringe, 2 mL de líquor, coletado
pelo(a) médico(a)-assistente. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: sangue: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima coleta. LCR: não necessita de jejum e não tem momento crítico para coleta.
Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), líquor (1 mês congelado).
Método: PCR qualitativo.
Valores de Referência: Negativo
Interferências: não há referências.
Indicações: confirmação da presença viral, em casos sorológicos e reações imunológicas inconclusivas, no
LCR, para o diagnóstico da mononucleose infecciosa. Pode ser utilizado em casos indeterminados de Síndrome
da Mononucleose símile. O EBV pode ser encontrado em baixos níveis em portadores sãos do vírus.
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GRUPO SÃO CAMILO
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
EPSTEIN BARR VÍRUS – SOROLOGIA IgG E IgM
Sinônimo mais usado: EBV-G ou EBV-M
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência:
Razão > = 1,1 ......... : Reagente
Razão < 0,9 ......... : Não Reagente
Razão 0,9 a 1,1........: Indeterminado
Interferências: hemólise, lipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: diagnóstico e seguimento da Mononucleose infecciosa.
Informações importantes: quadro clínico.
Nota: Razão = CPS amostra ÷ CPS Cut-off
Os resultados indeterminados devem ser confirmados com novo exame 15 dias após esta data.
_______________________________________________________________________________________
ERITROPOIETINA
Sinônimo mais usado: EPO
Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, entre às 7:00 e 12:00 horas, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes
podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Quando a indicação é para controle terapêutico, a coleta deve preferencialmente ser realizada ser imediatamente
antes da próxima dose. Anotar a quantidade terapêutica, o horário da última dose.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Radioimunoensaio
Valores de Referência : 2,6 a 18,5 mUI/mL.
Interferências: Hemólise, Lipemia e Hiperbilirrubinemia.
Indicações: A Eritropoetina é um importante fator de crescimento que atua na produção e controle da produção
dos glóbulos vermelhos.
A produção da eritropoetina ocorre no terceiro trimestre da gravidez, após um período inicial no fígado. Sua
função inclui o recrutamento de células eritróides, sobrevivência e sua diferenciação. Em 1985 o gene da EPO foi
seqüenciado passando a ser produzido em escala comercial, por DNA recombinante, propiciando a sua utilização
terapêutica e desenvolvendo métodos de dosagem. A principal indicação, hoje, para a determinação da EPO, é o
seu controle terapêutico, porém, é longa a lista de variações patológicas que podem ser avaliadas por sua
dosagem sérica:
Elevações: nas anemias, nas hemoglobinopatias, como na anemia falciforme, talassemia, etc, anemias
hemolíticas transfusionais, anemias por doenças crônicas, anemias por insuficiência renal crônica,
em anemais por doenças auto-imunes, anemias por doenças inflamatórias, anemias
mielodisplásicas, doenças cardíacas cianóticas, shunts artério-venosos, doenças hipoxêmicas,
principalmente as pulmonares, síndrome de Cushing, cistos renais, feocromocitomas, hepatomas,
162
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
leiomiomas, adenocarcinomas renais, hemangioblatomas centrais, flebotomias, uso de
anabolizantes, etc.
Diminuições: poliglobulias, alguns cânceres do pulmão, seios, ovário, tubo digestivo, transfusoes de sangue e
estrogenioterapias.
A diminuição da produção da EPO, principalmente na IRC propicia uma terapêutica com a EPO
recombinante.
Informações importantes: medicação atual, horário e dose da medicação, quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
EЯЯOS INATOS DO METABOLISMO – TESTE DE TRIAGEM
Sinônimo mais usado: Triagem para Erros Inatos
Material e conservação para envio: 20 mL de urina coletada ao acaso, sem horário crítico para a coleta, sob
refrigeração.
Instruções para coleta: vide item acima.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Análises químicas e microscópicas diversas.
Valores de Referência: Pesquisas negativas, dos testes realizados.
Interferências: presença de corpos cetônicos, glicosúria, proteinúria intensa, uso de analgésicos
(principalmente Ácido Acetilsalicílico), uso de ácido ascórbico, antibióticos como ampicilina, cloranfenicol e
tetraciclina, sulfonamídicos, bilirrubinúria, salicilatos, fenotiazinas, e alimentação rica em proteínas em dias
imediatamente antes do teste.
Indicações:
a) Alterações hereditárias do metabolismo dos hidratos de carbono, como substâncias redutoras, pesquisa de
Sacarose, pesquisa de Lactose, pesquisa de Galactose, pesquisa de Frutose e pesquisa de Glicose. A glicosúria
mais frequentemente na diabetes, Síndrome de Fanconi, Síndrome de Lowe e Doença de Wilson. A
Lactosúria aparece nos quadros de deficiências de lactase. A Frutosúria ocorre nos quadros de Frutosemia,
intolerância hereditária à frutose, frutosúria essencial e intolerância transitória à Frutose.
A Galactosúria ocorre na Galactosemia Hereditária e nas variantes conhecidas.
b) Pesquisa de aminoacidúrias pela reação direta com Ninhidrina: pesquisa de aminoácidos totais,
Fenilcetonúria, Homocistinúria, Tirosinose, Alfa-cetoácidos (Maple Syrup Disease), etc, com confirmação
em cromatografia qualitativa em camada delgada.
c) Teste da Dinitrofenilhidrazina (DNFH): positiva nos casos de alfa-cetoácidos, principalmente nos casos de
Maple Syrup Disease (reações mais fortes, com precipitado avermelhado na reação). Provas positivas, mais
fracas podem ocorrer em outras aminoacidúrias, como na Fenilcetonúria, Histidinemia, Tirosinose e em
várias quadros de acidose.
d) Reação do Cianeto de Potássio – Nitroprussiato de Potássio: Positiva nos casos de Cistinúria e
Homocistinúria. Pode se positivar na presença de outros aminoácidos sulfurados, e devem ser confirmados
com Cromatografia Qualitativa de Aminoácidos, em Camada Delgada.
e) Reação da para-Nitroanilina: positiva na presença de Ácido Metilmalônico na urina, nos quadros de Acidúria
Metilmalônica.
f) Reação do Nitrosonaftol: positiva na presença de tirosinúria. Pode ser positiva na Frutosúria, Galactosúria e
com bilirrubinúria acentuada.
g) Reação do Brometo de Cetiltrimetilamônio (CTBA): positivas nas Mucopolissacaridoses. Todas as
patologias com eliminação pela urina de ácido condroitin-sulfato e correlatos, podem positivar este teste,
como nas carcinomatoses, Síndrome de Marfan, etc.
h) Teste do Azul de Toluidina: teste complementar para as pesquisas de Mucopolissacaridoses.
163
GRUPO SÃO CAMILO
i) Reação de Erlich para detecção de urobilinogênio e porfobilinogênio.
j) Reação do Cloreto Férrico: para detecção de Fenilcetonúria e outras aminoacidopatias, que devem ser
confirmados pela cromatografia qualitativa de aminoácidos.
Informações importantes: idade correta dos pacientes, medicação atual, quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
ESCHERICHIA COLI – DETEC. E GENOT. (Epec, Stec, Etec, Eac e Eiec) BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: n.a
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Fezes em
coletor universal enviada refrigerada a 4°C. Cultura (colônia ou 300 µL de meio), solicitar kit apropriado para
coleta ao laboratório.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.
Método: PCR Multiplex
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: Quando houver suspeita de toxicação alimentar, apendicite, septicemia. E. coli é a bactéria
simbionte mais comum do homem, fazendo parte da microbiota normal no intestino. A doença é devida à
disseminação, em outros órgãos, das estirpes intestinais normais, ou nos casos de enterite ou meningite neonatal
à invasão do lúmen intestinal por estirpes diferentes daquelas normais no indivíduo. A maioria das doenças é
devido a E. coli vindas de indivíduos diferentes e portanto, de estirpe diferente, não reconhecida pelos linfócitos.
As intoxicações alimentares em particular são quase sempre devidas a bactérias de estirpes radicalmente
diferentes. E. coli pode ser tipificada em EPEC, STEC, ETEC, EAEC e EIEC. O diagnóstico pode ser realizado
por cultura de amostras dos líquidos infectados e observação microscópica com análises bioquímicas. O
diagnóstico molecular por PCR demonstra ser altamente sensível, específico e rápido para a tipificação de E.
coli.
- EPEC (E.coli Enteropatogênica): causa diarréias não sanguinolentas epidêmicas em crianças, especialmente
em países pobres. Têm um fator de adesão aos enterócitos e produzem enterotoxinas, resultando em
destruição dos vilos do intestino delgado, com má absorção dos nutrientes e conseqüente diarréia osmótica.
Há também febre, náuseas e vômitos.
- STEC (E.coli produtora de toxina Shiga): é um tipo entero-hemorrágica podendo causar doenças que variam
de dores intestinais leves a doenças renais graves. Os sintomas típicos incluem cólicas abdominais graves,
início súbito de diarréia aquosa, freqüentemente com sangue, e às vezes vômito e febre baixa. Complicações
mais graves, tais como colite hemorrágica, síndrome urêmica hemolítica (HUS), ou púrpura
trombocitopênica trombótica (TTP) pode ocorrer em até 10% dos casos.
- ETEC (E.coli Enterotoxinogênica): é a causadora mais comum de diarréia do turista, sendo ingerida em
grandes números em comida mal cozida ou água contaminada com detritos fecais. Infecta principalmente o
intestino delgado. Sintomas adicionais são dores violentas abdominais, vômitos, náuseas e febre baixa.
Produzem enterotoxinas semelhantes à toxina da cólera, com atividade de adenilato ciclase. O aumento do
GMPc (um mediador) dentro do enterócito causa aumento da secreção de eletrólitos, como cloro e sódio, para
o lúmen intestinal, seguidos de água por osmose. O resultado é diarréia profusa aquosa, tipo água de arroz,
sem sangue. A doença é perigosa para crianças pequenas devido à desidratação.
- EAEC (E.coli Enteroagregativa): apresenta fímbrias, produz toxinas semelhantes às da ETEC, resultando em
diarréia aquosa ou hemorrágica persistente em crianças. As bactérias têm aparência característica,
aglutinando-se umas às outras em "muros de tijolos".
164
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
- EIEC (E.coli Enteroinvasiva): é invasiva e destrutiva da mucosa intestinal, causando úlceras e inflamação. O
resultado é diarréia aquosa inicial seguida em alguns doentes de diarréia com sangue e muco, semelhante à da
disenteria bacteriana.
Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.
_______________________________________________________________________________________
ESCHERICHIA COLI – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Colibacilose
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Fezes em
coletor universal enviada refrigerada a 4°C. Cultura (colônia ou 300 µL de meio), solicitar kit apropriado para
coleta ao laboratório.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: Quando houver suspeita de toxicação alimentar, apendicite, septicemia. E. coli é a bactéria
simbionte mais comum do homem, fazendo parte da microbiota normal no intestino. A doença é devida à
disseminação, em outros órgãos, das estirpes intestinais normais, ou nos casos de enterite ou meningite neonatal à
invasão do lúmen intestinal por estirpes diferentes daquelas normais no indivíduo. A maioria das doenças é
devido a E. coli vindas de indivíduos diferentes e portanto, de estirpe diferente, não reconhecida pelos linfócitos.
As intoxicações alimentares em particular são quase sempre devidas a bactérias de estirpes radicalmente
diferentes. O diagnóstico pode ser realizado por cultura de amostras dos líquidos infectados e observação
microscópica com análises bioquímicas. O diagnóstico molecular por PCR demonstra ser altamente sensível,
específico e rápido para a identificação e tipificação de E. coli (Ver Detecção e Genotipagem de Escherichia coli).
Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.
_______________________________________________________________________________________
ESPERMOGRAMA
Sinônimo mais usado: Análise do líquido seminal.
Material e conservação para envio: esperma coletado a menos de 60 minutos. Conservar a temperatura
ambiente, evitando baixas e altas temperaturas. Proteger da luz direta. COMO PODE-SE CONCLUIR ESTE
MATERIAL NÃO PODE SER ENVIADO PARA ESPERMOGRAMA, SE O TRANSPORTE
DEMORAR MAIS QUE UMA HORA. ASSIM O LABORATÓRIO SÃO CAMILO DISPONIBILIZA
ESTÁGIOS PARA LABORATÓRIOS APOIADOS.
Instruções para coleta: paciente deve estar entre 3 a 5 dias de abstinência sexual, e a coleta deverá ser
preferencialmente feita no Laboratório, em frasco próprio, que não iniba a motilidade dos espermatozóides. A
coleta é realizada por automasturbação solitária e o paciente deve ser orientado a não utilizar nenhum tipo de
lubrificante (incluindo saliva). Ao laboratório cabe disponibilizar períodos para coleta do material, por exemplo,
das 7:00 às 11:00 horas, para que seja factível a realização de todos os testes, sem solução de continuidade, devido
ao grande número de provas e curto período para as realizar, após a liquefação.
Estabilidade da amostra: todos os testes devem ser realizados logo após a liquefação total do material e devem
estar prontos em até 3 horas após o término do período de liquefação. Manter o material a 32 °C desde a sua coleta.
165
GRUPO SÃO CAMILO
Método: Análises Físico-Químicas, análises citológicas, fornecendo o número de espermatozóides, número de
formas vivas, motilidade (tipo a, tipo b, tipo c e tipo d), morfologia normal, concentração total de
espermatozóides funcionais, índice de motilidade e análises microscópica, incluindo contagens de hemácias ,
leucócitos, pesquisas de Macrófagos, formas jovens, pesquisa e aglutinação e Teste Hiposmótico.
Valores de Referência: Classificação dos espermas e valores referenciais segundo a O.M.S. (5ª Edição - 2010):
Notações:
Normozoospermia
:
15 milhões de espermatozóides/mL.
Oligozoospermia
: < 15 milhões de espermatozóides/mL
Oligozoospermia leve
: 10 a 14 milhões de espermatozóides/mL
Oligozoospermia moderada :
5 a 9 milhões de espermatozóides/mL
Oligozoospermia acentuada : < 5 milhões de espermatozóides/mL
Criptozoospermia
: < 1 milhão de espermatozóides no ejaculado
Astenozoospermia
: < 32% de somatória de espermatozóides com progressão a + b
Teratozoospermia
: < 50% de espermatozóides com morfologia normal e clássica
Oligoastenoteratozoospermia : Significa distúrbio nas três variáveis (combinações de apenas dois prefixos podem ser
utilizados).
Azoospermia
: Ausência de espermatozóides no ejaculado (em pelo menos 2 análises realizadas
no espaço mínimo de 7 dias e máximo de 3 semanas).
Azoocitospermia
: Ausência de qualquer tipo de células germinativas no sedimento do ejaculado .
Polizoospermia
: > 250 milhões de espermatozóides/ mL.
Aspermia
: Ausência de ejaculado.
Hiperzoocitospermia
: > 3 milhões de formas jovens por mL.
Hipospermia
: volume ejaculado < 1,5 mL
Hiperespemia
: volume ejaculado > 8,0 mL
Globozoospermia
: Tipo morfológico predominante (> 50%) com cabeças redondas.
Leucospermia
: > 1.000.000 de leucócitos/mL
Hematospermia
: > 1.000.000 de hemácias/mL.
Liquefação primária
: Ausência de coagulação do esperma após ejaculação.
Liquefação secundária
: Liquefação normal após período normal de coagulação, após a ejaculação.
Valores referenciais (mais baixo limite referencial – 95% de intervalo de confiança):
Volume
:
1,5 mL (1,4 – 1,7 mL)
pH
:
7,2 (acima de 8,0 pode ser prejudicial ao semen)
Concentração de espermatozs :
15.000.000/mL (12 – 16 x106/mL)
Motilidade Total (Progressiva
e Não Progressiva)
:
40% (38 – 42)
Motilidade Progressiva
:
32% (31 – 34) motilidade a + b.
Morfologia clássica
:
30% de espermatozóides com formas normais.
Morfologia estrita (Kruger) (*) :
4% de formas com morfologia estrita normal.
(*) alguns pesquisadores têm alertado para a importância de se descriminar todos os tipos de anormalidades dos espermatozóides na morfologia estrita, pois
a presença de formas como bicefálicos, bicaudais, triplóides, etc, podem estar relacionados à gestações com alterações cromossômicas como trissomias,
anencefalias , etc.
Vitalidade
Leucócitos
Hemácias
Teste hiposmótico
166
VI
:
:
:
:
> 58% (55 – 63)
< 1.000.000/mL.
< 1.000.000/mL
> 60 % de formas edemaciadas: normal
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Índice de degradação do DNA:
Tempo de Redução do azul
de metileno
Penetração espermática
(2 horas a 35°C) (todos os
meios tem vitamina E
como suplemento.
MAR-Test
Frutose
Ácido Cítrico
Alfa-glucosidase neutra
Zinco
50 a 60% de formas edemaciadas: Intermediário
< 50% de formas edemaciadas: anormal ou negativo
até 30% de espermatozóides com DNA degradado (método fluorescente pela
Alaranjado de Acridina)
:
:
:
:
45 minutos (para a redução do Azul de Metileno)
Em Ringer Frutose: >500.000 espermatozóides/mL
Em meio de Ham F-10 : > 550.000/ mL
Em Ham F-10+Frutose+Pentoxifilina:> 660.000/mL
:
:
:
:
:
< 50% de formas com partículas aderentes.
1,5 a 3,5 mg/mL (ou 13μ mol/ejaculado)
3,5 a 6,8 mg/mL.
20 mU/ejaculado
2,4μ mol/ejaculado)
Interferências:
Período insuficiente ou excessivo de abstinência.
Perda de material durante a coleta.
Temperaturas altas ou baixas durante o transporte do material até o laboratório, nos casos de coleta em domicílio.
Utilização de frasco de coleta com potencial inibidor da motilidade.
Exposição do material clínico à luz solar direta.
Medicamentos (listagem dos mais comuns):
- Medicamentos que aumentam as contagens de espermatozóides ¨in vivo¨: Clomifeno e Tamoxifeno
- Medicamentos que não aumentam as contagens de espermatozóides ¨in vivo¨: Mezalazina, Naproxeno,
Pentoxifilina, Ranitidina.
- Medicamentos que diminuem as contagens dos espermatozóides¨in vivo¨: Acetato de Leuprolida, Acetato de
Megestrol, Azatioprina, Bicalutamida, Bissulfano, Captopril, Cetoconazol, Cimetidina, Ciproterona,
Clorambucil, Cloridrato de Procarbazina, Colchicina, Danazol, 17- Decanoato de Nandrolona, Decanoato de
Testosterona, Democlociclina, Espirolactona, Estrógenos, Etanol, Finasterida, Fluconazol, Fluoxymesterona,
Flutamida, Goserelina, Gossypol, Griseofulvina, Haloperidol, Itraconazol, Menotrofina, Metiltestosterona,
Metrotexato, Mezalazina, Nitrofurantoina, Pimozida, Pirimetamina, Reserpina, Ribavirina, Ritornavir,
Tabaco, Trimetoprina, Undecanoato de Testeosterona.
- Medicamentos que aumentam a motilidade dos espermatozóides¨in vivo¨: Pentoxifilina, Tamoxifeno.
- Medicamentos que diminuem a motilidade dos espermatozóides¨in vivo¨: Acetato de megestrol, Acetato de
leuprolida, Ácido Valpróico, Fenitoína, Gossypol, Griseofulvina, Haloperidol, Reserpina, Tabaco e
Trimetoprina.
- Medicamentos que diminuem a motilidade dos espermatozóides ¨in vitro¨: drogas ilegais, Gossipol.
- Medicamentos que aumentam a motilidade dos espermatozóides ¨in vitro¨: Pentoxifilina.
Jejum: quando há solicitação da dosagem de Frutose espermática há necessidade do paciente estar em jejum
alimentar de 8 horas. Evitar excesso de frutas cítricas se houver solicitação da dosagem de Ácido Cítrico
no esperma. Com o desenvolvimento excepcional dos exames de ultrassonografia, a dosagem de alguns
”Marcadores Espermáticos” caíram em desuso.
Indicações : avaliação dos estados de fertilidade masculina.
Informações importantes: medicação atual e pregressa, profissão e local de trabalho, tempo de abstinência,
resultados anteriores, cirurgias urológicas
167
GRUPO SÃO CAMILO
ESTANHO URINÁRIO
Sinônimo mais usado: SN
Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar urina em sanitário afastado do local de trabalho. Horário e dia de coleta não são
críticos.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria de absorção atômica.
Valores de Referência: até 16,6 µg/L (Cassarett e Doull – 2001) IBMP: nada consta.
Interferências: coleta em local de trabalho e tempo de conservação maior que o preconizado.
Indicações: controle de colaboradores em contato com estanho.
Informações importantes: local e tempo de trabalho em contato com o estanho.
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ESTEATÓCRITO
Sinônimo mais usado: micrométodo para gorduras nas fezes
Material e conservação para envio: 2 gramas de fezes recentes sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar em frasco limpo e seco, fornecido pelo Laboratório São Camilo, fezes ao acaso,
estando o paciente submetido a sua dieta habitual.
Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração
Método: micrométodo segundo Phuapardit modificado por Tran et al.
Valores de Referência: primeira semana de vida : até 25%
1 a 4 semanas
: até 13%
1 a 3 meses
: até 7%
Acima de 3 meses
: até 2%
Adultos
: até 2%
Interferências: fezes contaminadas com urina, sangue, uso de medicamentos que alterem o trânsito intestinal.
Indicações: A avaliação da esteatorréia é clinicamente útil em pacientes com fibrose cística e com outras
síndromes de malabsorção intestinal, que pode compremeter seu estado nutricional devido à insuficiente
produção de lipase pancreática, principalmente. O método apresenta vantagens em relação aos métodos de Van
Kramer, por acidificar as amostras obtendo-se técnica de maior sensibilidade.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
ESTRADIOL
Sinônimo mais usado : E2
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada. As mulheres em idade que tem ciclo menstrual devem, preferencialmente coletar entre o
13° e 15° dias do ciclo, salvo outra orientação médica, conforme o quadro clínico.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência.
168
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: intervalo de confiança de 97,5%
Valores Pediátricos (pg/mL):
Feminino:
RN ......................................................
até 10 anos...........................................
11 a 14 anos.........................................
Fase Folicular (-12 a -4 dias) ..............
Meio do ciclo (-3 a +2 dias) ................
Fase Lútea (+4 a +12 dias) .................
Pós menopausa ...................................
:
:
:
:
:
:
:
0
a 36 pg/mL
0
a 46 pg/mL
0 a 136 pg/mL
19,5 a 144,2 pg/mL
63,9 a 356,7 pg/mL
55,8 a 214,2 pg/mL
0 a 32,2 pg/mL
Masculino:
até 14 anos ........................................... : 0 a 24 pg/mL
15 a 19 anos ........................................ : 0 a 29 pg/mL
> 20 anos ............................................ : 0 a 39,8 pg/mL
Estradiol Biodisponível: (pg/mL):
Homens:
Mulheres:
- Fase folicular
- Meio de ciclo
- Fase luteínica
- Pós-menopausa
3,8 – 30,0
7,0 – 47,0
35,0 – 118,0
8,2 – 52,0
0,0 – 6,0
Interferências:
Elevações: Fatores externos: contracepção, tratamentos substitutivos, uso de indutores da ovulação.
Fatores orgânicos: Gravidez, Tumores secretores de estradiol, que podem ser Adrenais, Ovarianos ou
Testiculares, Puberdade precoce e ginecomastia.
Diminuições: Insuficiência ovariana, ciclos curtos devido a diminuição da fase lútea, amenorréia primária ou
secundária, Tumores da hipófise, Síndrome de Stein-Leventhal e anorexia nervosa.
Indicações: vide interferências.
Nos casos de insuficiência ovariana pode-se utilizar da associação da dosagem do Estradiol, com as dosagens do
FSH e mesmo do teste da Gonadorolina (LHRH) :
FSH elevado: pode ocorrer em Amenorréia primária por disgenesia ovariana. Amenorréia secundária ou
adquirida, como na menopausa, normal ou precoce, castração ou radioterapia, etc.
FSH Normal: craniofaringioma, fim de tratamento com estrógenos e progestágenos, amenorréia psicogênica,
anorexia nervosa (geralmente com aumento da Prolactina), Síndrome de Morsier, etc.
FSH baixo: hipopituitarismo.
Informações importantes: medicação atual, cirurgias, data da última menstruação, menopausa e idade.
_______________________________________________________________________________________
ESTRIOL LIVRE
Sinônimo mais usado: E3-livre
Material e conservação para envio: 2 ml sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Em mulheres não grávidas os níveis
podem não ser detectados pelos métodos usuais.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
169
GRUPO SÃO CAMILO
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: Homens (adultos) . . . . . . . . . . . : < 0,2 ng/mL
Mulheres (adultas) . . . . . . . . . . : < 0,2 ng/mL
Mulheres Grávidas:
06 a 10 semanas : 0,0 a 1,6 ng/mL
11 semanas . . . . : 0,1 a 2,8 ng/mL
14 semanas . . . . : 0,2 a 3,0 ng/mL
15 semanas . . . . : 0,2 a 3,5 ng/mL
16 semanas . . . . : 0,3 a 4,2 ng/mL
17 semanas . . . . : 0,4 a 5,2 ng/mL
18 semanas . . . . : 0,4 a 5,8 ng/mL
19 semanas . . . . : 0,4 a 6,2 ng/mL
20 semanas . . . . : 0,4 a 6,8 ng/mL
22 semanas . . . . : 0,4 a 9,1 ng/mL
24 semanas . . . . : 0,4 a 9,1 ng/mL
26 semanas . . . . . .
28 semanas . . . . . .
30 semanas . . . . . .
32 semanas . . . . . .
34 semanas . . . . . .
36 semanas . . . . . .
37 semanas . . . . . .
38 semanas . . . . . .
39 semanas . . . . . .
40 semanas . . . . . .
41 semanas . . . . . .
:
:
:
:
:
:
:
:
:
:
:
1,9 a 9,5 ng/mL
1,9 a 9,5 ng/mL
2,0 a 10,8 ng/mL
2,5 a 11,3 ng/mL
2,2 a 12,7 ng/mL
2,5 a 25,0 ng/mL
3,6 a 25,3 ng/mL
6,6 a 29,7 ng/mL
6,7 a 25,3 ng/mL
7,2 a 22,9 ng/mL
8,8 a 31,5 ng/mL
Interferências: Durante a gestação, diabetes, hipertensão, tabagismo, etilismo e obesidade podem diminuir os
níveis de estriol livre. As gestantes podem apresentar baixos níveis de estrio livre com fetos pequenos, em
alterações cromossômics, como na Síndrome de Down e outras trissomias, na Mola Hidatiforme, anencefalia e
perda fetal. Medicamentos como corticoides, diuréticos, penicilina e derivados e estrógenos podem tambem
diminuir os níveis de Estriol. A gemelaridade e o uso de ocitocina podem elevar os seus níveis. Nas doenças
renais e nas alterações do perfil protéico sérico, o estriol total pode sofrer alterações, preferindo-se, atualmente, a
dosagem do estriol livre.
Indicações : O estriol é o resultado da hidroxilação do estradiol e estrona. É o principal catabólito dos estrógenos
urinários. Durante a gestação há um aumento da síntese do estriol, pela unidade feto-placentária, através da ação
da 6-alfa Hidroxilase, sobre o Sulfato de Dehidroepiandrosterona, no fígado fetal, sendo a sua atividade
estrogênica 100% mais fraca que o estradiol. Compete com os receptores do estradiol, agindo como um antiestrogênio. Assim, há uma correlação estreita entre os valores gestacionais do estriol livre e a vitalidade fetal,
assim como o peso no nascimento e o tamanho placentário. Uma queda nos níveis do Estriol Livre pode ser uma
indicação de indução do parto ou senescência placentária. Análises seriadas do estriol ajudam no seguimento
gestacional.
Informações importantes: A paciente deve informar sobre tabagismo, semanas de gestação, medicação atual,
etilismo, uso de medicamentos, uso de drogas, etc.
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ESTRONA
Sinônimo mais usado: E1
Material e conservação para envio: 2mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Mulheres não grávidas, com ciclo menstrual, devem coletar entre o
13° e 15◦ dias do ciclo, ou conforme orientação médica.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob congelação ou 2 meses sob congelamento.
Método: Radioimunoensaio.
170
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: (em pg/mL)
Mulheres:
1◦ trimestre de gestação
:
61,7 a 715,4
2◦ trimestre de gestação
: 166,8 a 1861,0
3◦ trimestre de gestação
: 1040,0 a 3209,0
Pós-menopausa com TRH :
40,0 a 346,0
Pós-menopausa sem TRH :
14,1 a 102,0
Fase folicular
:
15,0 a 100,0
Fase lútea
:
15,0 a 130,0
Menopausa
:
15,0 a 65,0
Pré-Puberal
:
até 25,0
Homens
Adultos
Pré-Puberal
:
:
30,0 a
55,0
até 25,0
Interferências : medicação estrogênica ou anti-estrogênica, tumores ou hiperplasia adrenal.
Indicações: Na mulher aproximadamente 30% da estrona é produzida pela conversão do estradiol e da delta-4androstenediona e 70% são produzidos pelos ovários. Na menopausa, com o fim da atividade ovariana, toda
estrona circulante provém da conversão da delta-4-androstenediona. A sua potência estrogênica é muito inferior
ao do Estradiol. A estrona praticamente não sofre alterações com o ciclo menstrual, mas apresenta um ciclo
diurno devido à ativação adrenal. Sua eliminação é rápida, pois não se liga ao SHBG. Serve como indicador da
maturação adrenal na puberdade.
Uma das principais indicações para a dosagem da Estrona são os casos suspeitos de hiperplasia congênita
virilizante ou tumores de produção independente, das supra-renais, que apresentam elevados níveis de Estrona.
Informações importantes: idade, sexo, medicação atual, semanas de gestação.
_______________________________________________________________________________________
EXAME A FRESCO
Sinônimo mais usado: Material e conservação para o envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório
São Camilo (ed.2008).
Instruções para coleta: vide item acima.
Estabilidade da amostra: vide item acima.
Método: o Laboratório São Camilo utiliza na observação em lâmina/lamínula, solução salina estéril, coloração de
Steinheimer-Malbin, Fenol-azul algodão ou tinta Nanquin, conforme o objetivo do exame a fresco, como para
observações bacteriológicas, citológicas ou micológicas. As observações são realizadas em Microscopia óptica comum
ou em Microscopia de fase, ou campo escuro (para pesquisa de espiroquetídeos, como treponemas ou leptospiras).
Valores de Referência: negativo para agentes patológicos.
Interferências: local da coleta, quantidade significativa de material, conservação pré-analítica, medicação
anterior ou atual, fase menstrual, etc.
Indicações: muitos diagnósticos são fechados por exames a fresco, como pesquisa positiva de treponemas em
lesões genitais, ou leptospiras em urina de pacientes com quadro clínico sugestivo, ou presença de leveduras ou
agentes da vaginites bacterianas, ou ainda presença de Criptococos no sedimento de LCR com contraste com
tinta Nanquim. Algumas micoses subcutâneas e mesmo profundas podem ser diagnosticadas com exames a
fresco, como a presença de Paracoccidioides brasiliensis em escarro ou lesões mucosas.
171
GRUPO SÃO CAMILO
Informações importantes: local correto da coleta, informações sobre a lesão, ou lesões, medicação atual ou
pregressa, sexo, tempo de doença, etc.
_______________________________________________________________________________________
EXAME DE URINA- ROTINA
Sinônimo mais usado: Urina I, Parcial de urina
Material e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São
Camilo. 2ª Edição.
Instruções para coleta: são várias as opções de materiais para este exame, desde amostra recente ao acaso ou
aleatória, principalmente nos casos infantis ou urgências, ou primeira urina da manhã ( jato médio) ou ainda
segunda urina da manhã.
- Para amostras ao acaso ou aleatórias, segue as normas pré-analíticas da ABNT CB-36, geralmente para casos
agudos, mas pode oferecer resultados falsos-positivos ou negativos.
- Primeira urina da manhã: atualmente alguns clínicos referem-se a primeira micção após repouso no leito, pois
está aumentando o número de profissionais que trabalham a noite. É necessária uma retenção urinária mínima
de 4 horas. Apresenta uma maior concentração dos elementos usuais da urina, e o número de bactérias é mais
significativo nestes materiais. É o material de escolha para pacientes hospitalizados. Como o número de
enterobactérias que possam estar colonizando uma urina dobra a cada 20 minutos, a entrega deste material
coletado em casa deve ser o mais breve possível. Com a colocação de 500 mg de Ácido Bórico estéril para cada
50 mL de urina emitida, o número bacteriano permanece o mesmo, e o material pode ser entregue, ao
laboratório, até um período de 24 horas após a micção. Melhor ainda é utilizar lâmino-cultivo e enviar a
temperatura ambiente (solicitar o Lâmino-Cultivo).
- Segunda micção após repouso no leito: o período de retenção urinária deve variar de 2 a 4 horas após a primeira
micção, após período de repouso. É o material mais indicado para pacientes atendidos em regime de
ambulatório. Para se evitar interferências pré-analíticas, algumas instruções devem ser seguidas:
a) manutenção do jejum
b) hidratação controlada em até 200 mL de água após a primeira coleta.
c) manter o paciente sentado ou deitado para se evitar resultados falso-positivos para proteinúria (por esforço
físico).
Em qualquer tipo de coleta utilizar sempre o jato médio. Instruir o paciente para eliminar aproximadamente
metade da urina retida na bexiga, e coletar por volta de 50 mL de urina, e desprezar o restante da micção.
Lavar bem as mãos com sabonete e seca-las com papel toalha absorvente, ou toalha limpa. Os genitais devem ser
lavados com água e sabonete, e enxutos com papel absorvente ou toalha limpa. Os homens devem retrair bem o
prepúcio durante a higiene e a coleta. As mulheres devem abrir bem os lábios vaginais, para que a micção possa
sair em jato.
Nota: as mulheres que estiverem menstruadas ou que apresentarem corrimento vaginal, deverão colocar um
absorvente interno (tipo OB, Tampax, etc.) aguardar 10 minutos antes de proceder a higiene dos genitais para
posterior coleta. Não deixar de retirar o absorvente interno logo após a coleta.
Estabilidade da amostra: vide instruções para coleta e o Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do
Laboratório São Camilo.
Método: Físico-químico, automatizado e Microscópico em câmaras de Neubauer.
Valores de Referência:
Caracteres
Adultos
Crianças
Cor
: amarelo-citrina
amarelo-palha a amarelo-citrina
Aspecto
: límpida
límpida
Densidade
: 1016 a 1025
1001 a 1030
172
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
pH
Pesquisa de Nitritos
Proteínas
Corpos cetônicos
Urobilinogênio
Bilirrubinas
Hemoglobina
Vitamina C
: 4,5 a 8,0
: Negativa
: < a 30 mg/L
: < 490 mg/L(*)
: < 50 mg/L(*)
: < 80 mg/L(*)
: Ausentes
: Ausentes
: inferior a 1 mg/dL
: Ausentes
: Ausente
: Ausente
4,5 a 7,5
Negativa
R.N Primeiros dias
R.N ( 15 dias)
Até 16 anos
Glicose
Ausentes
Ausentes
Inferior a 1 mg/dL
Ausentes
Ausente
Ausente (**)
(*) = No R.N de poucos dias a relação Albumina/Globulina atinge valores de 1/3 ; Após os 15 dias de vida esta relação passa a ser de 1/10.
(**) = A vitamina C, assim como tetraciclina ou Ácido Homogentísico podem produzir resultados falso-positivos. Nestes casos a
suspensão da medicação pode definir o diagnóstico, e a pesquisa de Ácido Homogentísico também define o diagnóstico.
Valores de Referência para Sedimento Urinário:
Eritrócitos
: < 10.000/mL ( geralmente íntegros)
Leucócitos
: < 10.000/mL ( geralmente íntegros)
Células descamativas : raras
Filamentos de muco : raros
Cilindros (Hialinos) : < 110/mL
Bactérias
: ausentes
Indicações:
Cor: a urina tem uma variação normal que vai do amarelo palha ao amarelo-citrina. As variações mais comuns
são:
Incolor: geralmente por urina de baixa densidade, por polidipsia ou poliúria, comuns no diabetes.
Leitosa: presença de grande quantidade de cristais de fosfatos na urina alcalina, quilúria, devido à
obstrução do sistema linfático.
Verde-azulada: presença de biliverdina ou cor medicamentosa.
Amarelo-avermelhado: medicamentosa, principalmente por Complexo B e outros medicamentos.
Amarelo-ouro: alta densidade ou cor medicamentosa.
Amarelo-esverdeada: bilirrubinas
Âmbar: altas concentrações de bilirrubinas.
Densidade: varia de acordo com o estado de hidratação e capacidade de concentração renal. Os limites
fisiológicos ficam entre 1.005 e 1.040. Acima de 1.020 a capacidade de concentração renal está preservada. A
presença de altos níveis de corpos cetônicos pode interferir na reação de cor da área da densidade em tiras
reativas.
pH urinário: com o jejum a urina tende a ser ácida. A ingesta tende a torna-la alcalina. O pH ácido ocorre nos
quadros de diarréia, na perda urinária de potássio, nas desidratações, febre alta, nos quadros de acidose e em
intoxicações com hidrocarbonetos. O pH alcalino pode ocorrer em quadros de hiperemese, alcalose metabólica,
medicamentos alcalinos, como bicarbonatos e presença, na urina, de bactérias que quebram a uréia.
Proteinúria: posição ortostática prolongada pode gerar proteinúrias seletivas. Alterações morfológicas da
membrana basal dos glomérulos alteram a proteinúria quantitativa e qualitativamente. Necrose tubular, com
queda da reabsorção protéica, insuficiência cardíaca.
Nitritos: aparecem nas infecções urinárias por enterobactérias, devido a conversão do nitrato urinário em nitrito
.Infecções bacterianas com mais de 100 mil Bacilos Gram-Negativos, produtores de redutase/mL apresentam o teste
de Nitritro positivo.
173
GRUPO SÃO CAMILO
Glicose: em condições renais normais, a glicosúria ocorre somente quando a glicemia ultrapassa a concentração
de 180 mg/dL (TM-renal). Ocorre no Diabetes Mellitus, na Glicosúria renal, na Síndrome de Cushing,
hipertireoidismo, acromegalia, feocromocitoma, acidose metabólica, gestação, síndrome nefrótica, síndrome de
Fanconi, etc.
Corpos cetônicos: a cetonúria ocorre nos estados de catabolismo intenso, jejum prolongado ou no Diabetes
Mellitus descompensado.
Bilirrubinas: a bilirrubina eliminada pela urina é a Conjugada ou Direta e seu aparecimento ocorre nos casos de
obstrução pós-hepática e hepática.
Urobilinogênio: pode se elevar na urina nos surtos hemolíticos, em alguns outros quadros hepáticos
Hemoglobina: a sua pesquisa é geralmente utilizada como controle da presença de hemácias ou hemoglobina livre
na urina ou mioglobina. As principais causas de hematúrias patológicas são: diáteses da coagulação, infecções urinárias, litíase renal, necrose papilar renal, nefrite intersticial, rins policísticos, traumatismos renais e de vias renais, tumores
dos rins, vias urinárias e bexiga, e tumores do retro-peritônio.(Hemácias dismórficas tem item específico).
Limitações dos testes:
Densidade: para cada 1% de proteína a densidade se eleva em 0,003. Para cada 1% de glicose a densidade se
eleva em 0,004. Contrastes de Raio-X e conservantes podem elevar a densidade urinária falsamente.
pH:
atinge-se valores de 5 a 9. Alterações podem ocorrer com medicações que alteram a coloração urinária
ou excesso de material que pode escorrer de uma para outra área de teste.
Proteínas: o limite de detecção deste método é de 10 mg/dL . Resultados falso-positivos são encontrados com pH
acima de 9, na presença de drogas anti-maláricas, trimetoprina e com o uso de expansores plasmáticos.
Nitritos:
o teste detecta nitritos a partir da concentração mínima de 0,03 mg/dL, em densidade urinária normal e
com níveis de até 20 mg/L de Ácido Ascórbico. O teste é específico. Podem ocorrer reações falsonegativas com micções freqüentes, já que a urina não fica muito tempo da bexiga, não dando tempo da
transformação dos nitratos em nitritos pela enterobactérias. Períodos prolongados de jejum podem
diminuir a quantidade de nitrato oriundo da alimentação para a urina, que também pode ocorrer nas
alimentações parenterais ou dietas isentas de vegetais. A urina armazenada por períodos maiores que 4
horas, podem, sem refrigeração adequada, ou mal manipulada ou colhida, apresentar resultados falsopositivos ou falso-negativos. Deve-se ter em mente, que um resultado negativo não é garantia de
ausência de bacteriúria significativa.
Glicose:
em condições normais nenhuma glicose é detectada na urina, embora uma pequena quantidade, sempre
seja eliminada pelos rins. O limite mínimo de detecção da glicose é de 100 mg/dL de glicose, sendo um
teste específico. As fitas reagentes não reagem cruzadamente com lactose, galactose ou frutose, nem
reduz os metabólitos de salicilatos ou ácido nalidíxico. Resultados falso-negativos com concentração
baixa de glicose, podem ocorrer com densidades maiores que 1.020 e pH elevado. Concentrações elevadas
(> 50 mg/dL) de Ácido Ascórbico também interferem negativamente nas urinas com baixas concentrações
de glicose, fato que também é produzido por elevadas taxas de corpos cetônicos (> 40 mg/dL).
Corpos cetônicos: a reação é específica para ácido acetoacético, não ocorrendo reações com a acetona ou ácido
betahidroxibutírico. A presença de medicamentos que alteram a cor da urina pode prejudicar a
leitura da reação. O nível mínimo de detecção é de 5 mg/dL. Metabólitos da Levodopa podem
produzir reações falso-positivas. Jejum, gestação e exercícios físicos intensos podem produzir
corpos cetônicos detectáveis na urina. Alta densidade e pH baixo podem produzir reações fracas
(traços) na área do teste.
Urobilinogênio: o teste detecta o urobilinogênio a partir de 0,1 Unidade de Erlich/dL. Medicamentos baseados
na azo-Gastrina podem provocar reações falso-negativas.
Bilirrubinas: Normalmente a bilirrubina não é detectada na urina pelos métodos mais sensíveis. Logo resultados
em traços de bilirrubina são considerados anormais e devem orientar para investigações adicionais
sobre o achado. O teste detecta bilirrubina a partir de 0,5 mg/dL. Medicamentos que dão cor em
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
urinas ácidas, como Piridium, Selenium, etc, podem produzir resultados falso-positivos ¨in vitro¨.
Concentrações de ácido ascórbico superiores a 25 mg/dL podem produzir reações falso-negativas.
Hemoglobina (presença de sangue na urina): a reação é específica para hemoglobina livre ou mioglobina. A
presença de pontos verdes na área de reação indicam a presença de eritrócitos intactos. A
sensibilidade analítica mínima é de 0,015 mg/dL de Hb-livre ou de 5 15 eritrócitos íntegros por
mcL, com densidade urinária de no mínimo 1.005 e concentrações de ácido ascórbico inferiores a
40 mg/dL. Densidade elevada e presença de ácido ascórbico (> 40 mg/dL) pode levar a reação falsopositiva. Densidade elevada ou proteína elevada podem reduzir a reação do teste de sangue.
Contaminantes oxidantes como o hipoclorito de sódio ou a peroxidase microbiana associada à cistite
infecciosa podem produzir resultados falso-positivos. Dependendo da cor da urina, do resultado da tira
teste e da presença de hemácias no sedimento urinário, podemos diferenciar hematúria, de
hemoglobinúria e de mioglobinúria. As três condições apresentam o teste para hemoglobina positivo
na fita. Na hematúria há a presença de hemácias no sedimento. Na hemoglobinúria, a cor da urina é
vermelha, sem hemácias no sedimento e na mioglobinúria a urina tem a coloração marron (ficando
exposta à luz tende a ficar mais escura), sem hemácias no sedimento.
Sedimento urinário: (interferências)
Cilindros Hialinos
(sua presença ocasional é normal): Elevações com Anfotericina, Cefaloridina, Ácido
Etacrínico e Furosemide. Ocorre nos quadros de estase urinária.
Cilindros Granulosos: Elevações no uso de Sais de Bismuto, Calcitonina, Kanamicina, Indometacina e
Anfotericina. Aparecem nas lesões tubulares.
Cilindros hemáticos: podem aparecer nas nefrites intersticiais, GNDA e na associação de presença de
cilindros hialinos com medicações que podem levar a quadros de hematúria.
Cilindros leucocitários: não sofrem interferências medicamentosas, e podem aparecer durante quadros de
piolonefrite.
Cilindros epiteliais:
ocorrem em lesões tubulares, sem interferências outras.
Cilindros Céreos:
ocorrem em lesões tubulares e insuficiência renal, com longos períodos de estase
tubular.
Cilindros lipídicos:
ocorrem na Síndrome nefrótica grave.
Hemácias:
elevações: Alopurinol, Anfotericina, Anticoagulantes orais, Heparina, Colchicina,
Ciclofosfamida, Indometacina, Levodopa, Oxifenbutazona, Penicilina, Fenilbutazona,
substâncias radiográficas de eliminação renal, sulfonamidas e fenóis.
Células tubulares (de presença ocasional): Elevações: Alopurinol, Acetominofeno, Salicilatos, Sais de Bismuto,
Cafeína, Calcitonina, Óleo de Rícino, Corticosteróides, Fenacetina e intoxicação por Tálio.
Células tumorais e células descamativas: não sofrem qualquer interferência.
Cristais: Com menor importância clínica, os cristais de fosfatos, uratos e oxalato de cálcio são muito comuns na
urina normal. O pH urinário é um dos fatores importantes na formação de cristais na urina. Cristais que podem
indicar doença são: cristais de cistina (cistinúria), leucina e tirosina. Os cristais de Oxalato de Cálcio podem
aparecer em dietas ricas em vegetais, doença renal crônica grave, ressecção do intestino delgado, intoxicação por
etilenoglicol e metoxiflurano. Os cristais de Fosfato triplo amoniacal-magnesiano pode aparecer na ingestão
elevada de frutas. Cristais de tirosina e leucina podem ser encontrados em doenças hepáticas graves. Colesterol :
infecções graves das vias urinárias, nefrites, ruptura ou obliterações de vasos linfáticos da pelve renal. Cristais de
Ácido Úrico ocorre somente em 10 a 20% dos pacientes com gota clínica. Pode ocorrer em pacientes com
linfoma maligno e leucoses.
Informações importantes: tipo do material: primeira ou segunda urina após período de repouso. Medicação
atual, idade e sexo do paciente. Se a paciente está menstruada, se há corrimento vaginal.
175
GRUPO SÃO CAMILO
FATOR V (Fator Lábil)
Sinônimo mais usado: Proacelerina
Material e conservação para envio: frasco com citrato de sódio, tampa azul (preferência BD ou Vacuette),
respeitando a proporção de 4,5 de sangue total e 0,5 de anticoagulante. Homoneizar o tubo imediatamente após a
coleta. Separar imediatamente o plasma, centrifugando a 3000 rpm por 15 minutos. Estocar sob congelamento
até o momento do envio. Enviar congelado em gelo seco.
Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Evitar garroteamento prolongado. Pacientes reconhecidamente
hiperlipêmicos devem coletar após jejum não inferior a 12 horas.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação.
Método:: coagulométrico.
Valores de Referência: 70 a 140% (concentrações de 5 a 10% são suficientes para se manter a homeostasia).
Indicações: O Fator V é estruturalmente uma glicoproteína produzida no fígado, independente da Vitamina K,
não é afetado por medicação coumarínica. Sua deficiência pode ser congênita ou adquirida. A deficiência
congênita severa produz um quadro clínico hemorrágico conhecido por para-hemofilia, podendo produzir
quadros de hemartrose, hemorragia cerebral e hematomas profundos. Os quadros adquiridos são produzidos por
insuficiência hepática grave, CIVD. Em aproximadamente 35% dos casos o tempo de sangramento é
prolongado. Nos testes de triagem o KPTT e o TAP se apresentam elevados.
Informações importantes: quadro clínico, terapêutica atual.
OBS.: não confundir com Fator V de Leiden (vide abaixo)
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FATOR V DE LEIDEN
Sinônimo mais usado: FQ 506
Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal
em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C.
Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método : PCR em tempo real.
Valores de Referência: Negativo (homozigoto normal).
Interferências: como é um teste em PCR para detecção da mutação gênica, não sofre interferências da
anticoagulação . Os níveis de falso-positivos atingem níveis inferiores a 5% e se devem a outras mutações com
estrutura gênica semelhante.
Indicações: a presença de resistência à Proteína C, que é uma mutação que leva a resistência do Fator V à
ação do complexo Proteína C/Proteína S, pode levar a produção de trombose. Esta mutação pode ser
responsável por aproximadamente 20 a 62% dos casos de tromboembolismo recorrente, principalmente se
associada a outra alteração, como deficiência da Proteína C, Proteína S ou AT-III. Geralmente ocorre em
pacientes com menos de 45 anos, que tem histórico familiar, trombose recorrente e em sítios pouco comuns,
como trombose mesentérica e trombose de veias cerebrais. Pacientes com Fator V de Leiden associados à
hiper-homocisteinemia, ou estado gestacional ou em uso de anticoncepcionais orais, tem maior
probabilidade de quadros de trombose que a população em geral.
Informações importantes: histórico familiar e quadro clínico.
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176
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
FATOR VII (Proconvertina)
Sinônimo mais usado: Fator estável.
Material e conservação para envio: vide Fator V.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, com jejum mínimo de 4 horas. Pacientes reconhecidamente
dislipidêmicos devem coletar com jejum não inferior a 12 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes
da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação.
Método: coagulométrico.
Valores de Referência: 60 a 140% (Uma concentração de 5 a 10% de Fator VII é suficiente para manter a
hemostasia).
Interferências: antibióticos que inibem a absorção da Vitamina K.
Indicações: A deficiência congênita do Fator VII provoca, dependendo do nível da deficiência, uma Síndrome
hemorrágica de severidade condizente com os níveis circulantes do fator. Os quadros geralmente se apresentam com
equimoses, epistaxes e sangramentos menstruais aumentados. As deficiências adquiridas são associadas à doenças
hepáticas, como insuficiência hepática, cirrose, etc., ou excesso de consumo, como na CIVD e nos quadros de
fibrinolise.
Pode haver associação com deficiências dos fatores II, IX,X e Proteína C e S. O Fator VII é vitamina K
dependente.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. Acima dos níveis normais pode estar relacionado
a fenômenos troboembólicos.
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FATOR VIII
Sinônimo mais usado : Fator anti-Hemofílico A
Material e conservação para envio: vide Fator V.
Instruções para coleta: vide Fator V.
Estabilidade da amostra: vide Fator V.
Método: coagulométrico.
Valores de Referência: Para a população não afetada geneticamente. : 50 a 150%
Hemofilia A : Grave ....................................: < 1%
Moderadamente grave.....................................: 1 a 5%
Leve......................................: 5 a 30%
Interferências: Medicamentos que impedem a absorção ou ação da Vitamina K, já que o Fator VIII é dependente
desta Vitamina.
Indicações: a deficiência do Fator VIII é suspeitada, laboratorialmente, quanto temos um KPTT anormal, TP
normal , TT normal , TS e TC (Quick) normais. A determinação dos níveis do Fator VIII, abaixo de 30% permite o
diagnóstico de Hemofilia A. Atualmente níveis elevados de Fator VIII, acima de 170% podem estar relacionados
com hipercoagulabilidade do sangue, ou trombofilia.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
Nota: Por ser uma proteína de fase aguda, o fator VIII deve sempre ser realizado na ausência de processos
inflamatórios. A determinação da atividade do fator VIII necessita sempre ser correlacionado com a
proteína C reativa ou a dosagem da Alfa-1-Glicoproteína Ácida. Alguns pacientes do grupo sanguíneo O
podem apresentar níveis mais baixos de fator VIII, mas ainda dentro da faixa de referência.
177
GRUPO SÃO CAMILO
FATOR IX
Sinônimo mais usado: fator anti-hemofílico B
Material e conservação para envio: vide Fator V.
Instruções para coleta: vide Fator V.
Estabilidade da amostra: vide Fator V.
Método: coagulométrico.
Valores de Referência: na população não afetada : 60 a 135%
Hemofilia B .........Grave :
< 1%
Moderada : 1 a 5 %
Leve : 5 a 30%
Interferências: como é dependente da Vitamina K, qualquer medicamento que possa interferir na sua absorção
ou metabolismo, pode interferir na produção hepática deste Fator.
Indicações: diagnóstico laboratorial das deficiências de Fator IX. O Fator IX tem menor importância que o Fator
VIII nos casos de Trombofilia, mas valores superiores a 135% devem ser investigados.
Informações Importantes: medicação atual e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
FATOR X
Sinônimo mais usado: Fator de Stuart-Prower
Material e conservação para envio: vide Fator V
Instruções para coleta: vide Fator V.
Estabilidade da amostra: vide Fator V.
Método: coagulométrico.
Valores de Referência: na população em geral encontramos valores de 80 a 140%
OBS.: Nível homestático mínimo é de 10% (necessário para manter a homeostasia).
Interferências: como o Fator X é dependente da Vitamina K, qualquer medicamento que impeça a sua absorção
ou ação pode interferir nos resultados.
Indicações: pacientes com deficiência de Fator X apresentam o KPTT e o TP elevados, com TT normal. A
deficiência congênita grave é muito rara e geralmente os pais tem consanguinidade. As deficiências adquiridas
geralmente são por deficiência de Vitamina K, anticoagulação oral e hepatopatias graves. Os casos de defeitos
de síntese são raríssimos.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
FATOR XI
Sinônimo mais usado :Fator antecedente da Tromboplastina plasmática.
Material e conservação para envio: vide Fator V.
Instruções para coleta: vide Fator V.
Estabilidade da amostra: vide Fator V.
Método: coagulométrico.
Valores de Referência: 80 a 130%
Nota: Nível homeostático mínimo é de 20% a 30%.
178
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: como não depende da Vitamina K, é isento da ação de anticoagulantes orais.
Indicações : Somente são conhecidos casos de deficiências congênitas. Os quadros clínicos podem ocorrer com
a mesma intensidade tanto nos casos homo como heterozigóticos autossômico-recessivos. Os sangramentos
podem ser leves a moderados e sempre pós-traumáticos, o mesmo ocorrendo com os quadros graves. Os
pacientes heterozigóticos podem não apresentar hemorragias após intervenções cirúrgicas. Todos os pacientes
com deficiência do Fator XI apresentam o KPTT elevado, com TP e TT normais.
Informações importantes: quadro clínico.
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FATOR XII
Sinônimo mais usado: Fator de Hageman
Material e conservação para envio: vide Fator V
Instruções para coleta: vide Fator V.
Estabilidade da amostra: vide Fator V.
Método: vide Fator V
Valores de Referência: 70 a 130%
Nota: O nível homeostático mínimo é desconhecido.
Interferências: não há dados confiáveis.
Indicações: A deficiência do Fator XII é geralmente um achado laboratorial, uma vez que não se relaciona a
quadros hemorrágicos, somente um KPTT alterado, com TP e TT normais.
A explicação para este fenômeno é que o Fator XII somente é utilizado para iniciar a coagulação in vitro e
não in vivo.
Informações importantes: quadro clínico
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FATOR XIII
Sinônimo mais usado: Fator Estabilizador da Fibrina
Material e conservação para envio: vide Fator V
Instruções para coleta:vide Fator V.
Estabilidade da amostra: vide Fator V.
Método: coagulométrico.
Valores de Referência: 55 a 140%.
Interferências: o Fator XIII não é Vitamina K- dependente e não sofre ação de coumarínicos.
Indicações: diagnóstico laboratorial das deficiências do Fator XIII.
As deficiências podem ser congênitas (muito raras) ou adquiridas, como na insuficiência hepática, na
insuficiência renal aguda, em algumas leucemias, nas cardiopatias em geral, nos períodos pós-operatórios, nas
intoxicações agudas com venenos, mercúrio e fósforo, e nas CIVD.
Informações importantes: quadro clínico e medicação recente.
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FATOR ANTI-NUCLEAR (FAN) - VER ANTICORPOS CONTRA ANTÍGENOS CELULARES PESQUISA
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GRUPO SÃO CAMILO
FATOR Du (Rh FRACO)
Sinônimo mais usado : Du
Material e conservação para envio: 2 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração.
Método: Imunohematológico, em gel.
Valores de Referência: Interferências: hiperlipemia pode ser uma interferência a ser considerada, apesar das hemácias serem lavadas
antes do teste. A presença de geléia de Wharton, nos sangues obtidos de cordão umbilical, pode inviabilizar o teste.
Indicações: o teste de Du ou Rh Fraco serve para confirmatório de sangue Rh positivo.
Os pacientes Du-positivos, devem ser considerados Rh positivos como doadores e Rh negativos como receptores.
Informações importantes: se o paciente sofreu transfusão sangüínea recentemente.
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FATOR INTRÍNSECO – ANTICORPOS ANTISinônimo mais usado: Anticorpos anti-fator intrínseco
Material e conservação para envio: 1,5 mL soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima
mamada.
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente : até 6 U/mL
Reagente
:
6 U/mL
Interferências: hemólise e lipemia.
Indicações: o fator intrínseco(FI) é uma glicoproteína produzida pelas células do fundo do estômago. A
absorção da Vitamina B12 só é possível quando o Fator Intrínseco formam um complexo, para que a absorção
ocorra no íleo. Na anemia de Biermer a presença de auto-anticorpos anti-fator intrínseco inibe a sua ligação com
a vitamina B12, impedindo a sua absorção. Existem também auto-anticorpos que são específicos contra o
complexo FI-B12. Tanto um como o outro tipo de anticorpos produzem quadros de anemia megaloblástica.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e perfil hematológico.
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FATOR NATRIURÉTICO ATRIAL - VER PRO-BNP
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FATOR REUMATÓIDE
Sinônimo mais usado : FR.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima coleta.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: turbidimetria quantitativa.
180
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: até 20 UI/mL
Interferências: Hiperlipemia, anticorpos heterófilos, hiperbilirrubinemia e hiperproteinemia.
Indicações: O Fator Reumatóide é formado por um grupo de anticorpos anti-imunoglobulinas que se apresenta
elevado na Artrite Reumatóide. Esses anticorpos reconhecem determinantes antigênicos do fragmento Fc das
imunoglobulinas IgG. Uma vez ativados os linfócitos B a produção do fator Reumatóide é iniciada, com a produção
de complexos antígeno-anticorpo que levam a ativação do sistema de complemento e produção de lesões tissulares.
Durante a evolução da doença, quantidades diferentes do fator podem ocorrer levando a piora ou melhora do quadro,
principalmente em relação ao tratamento.
Há uma correlação entre os níveis de fator circulante e o grau de acometimento articular.
Em aproximadamente 20% dos casos a sorologia pode ser negativa, por uma série de características pessoais,
como em portadores de HLA-DR4, por deficiência na produção de IgM como FR, ou produção de FR em IgA
produzindo patologias extra-articulares, como na doença de Berger, como na nefropatia por depósito de IgA, na
doença de Henoch-Schoenlein e ainda nas endocardites infecciosas.
Outras colagenoses podem cursar com FR presente, sem correlação clínica com a sua positividade. Por volta de
5% dos indivíduos normais podem apresentar FR reagente. Outros tipos de patologias não associadas, como
sífilis, adenoviroses, tuberculose, leishmaniose visceral , mononucleose, etc podem apresentar reação cruzada
com o FR. Geralmente a doença aparece 1 ano após a sua detecção. As formas infantis geralmente são
sorologicamente negativas (FR). A pesquisa de anticorpos anti-CCP ou MVR, podem mudar o quadro sorológico
e antecipar em alguns anos o diagnóstico da AR.
Informações importantes: medicação pregressa, atual, patologias recentes, etc.
_______________________________________________________________________________________
FENILALANINA
Sinônimo mais usado: PKU
Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: HPLC
Valores de Referência: Preamturos até 6 semanas . . . . : 98 a 213 nmol/mL
0 a 1 mês . . . . . . . . . . . . . . . . . : 38 a 137 nmol/mL
1 a 24 meses . . . . . . . . . . . . . . : 31 a 75 nmol/mL
2 a 18 anos. . . . . . . . . . . . . . . . : 26 a 91 nmol/mL
Adultos . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 35 a 85 nmol/mL
Interferências: Elevações: medicações anti-fúngicas sistêmicas.
Diminuições: Ácido Ascórbico, Glicose, Histidina e Progesterona em doses elevadas.
Indicações: exame confirmatório da alteração específica no teste do pezinho. Pode ser utilizado nos
acompanhamentos de pacientes positivos.
Informações importantes: níveis de PKU obtidos nos testes do pezinho, medicação atual e medicação materna.
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FENITOÍNA
Sinônimo mais usado: Difenilhidantoína
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 8 horas, coletar preferencialmente antes da próxima
181
GRUPO SÃO CAMILO
dose do medicamento, ou conforme orientação médica.
Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: Níveis terapêuticos : Adultos :10 a 20 mcg/mL
: Crianças: 6 a 11 mcg/mL
Interferências: Elevações: nas insuficiências renais, o principal metabólito (5-P-Hidrofenil-5-FenilHidantoína) pode produzir resultados falsamente elevados. Salicilatos, Fenilbutazona,
Amiodarona, Cimetidina, Etanol, Imipramina, Isoniazida, Miconazol, Metronidazol, Nifedipina, Trimetoprin.
Diminuições: Ácido Fólico, Ácido Valpróico, Carbamazepina, Cimetidina, Nitrofurantoina,
Oxacilina e Warfarina.
Indicações: Monitoração dos níveis terapêuticos.
Informações importantes: medicamento tomado, dose, hora da última dose, jejum, intercorrências clínicas.
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FENOBARBITAL
Sinônimo mais usado: Gardenal
Material e conservação para envio: 2 mL sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 8 horas. Coletar preferencial e imediatamente antes da
próxima dose, ou conforme orientação médica.
Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: Adultos : 15 a 40 mcg/mL
Crianças : 20 a 60 mcg/mL
Interferências: Diminuições: acetazolamina, anti-psicóticos em geral, clorafenicol, fenitoína, pirodoxina e
trimetoprina.
Elevações: interações medicamentosas: Ácido Valpróico, Fenitoína e Furosemide.
Interferências patológicas: Insuficiência Renal por diminuição da eliminação dos metabólitos
séricos e nas Hepatopatias por diminuição da metabolização da droga.
Indicações: seguimento dos níveis terapêuticos e quadros de toxicicidade.
Informações importantes: medicamento utilizado, dose, hora da última dose, outros medicamentos em uso,
quadro clínico. Tempo de uso da droga, quando no início do tratamento é um dado importante, pois são
necessários, por volta de 2 semanas para que os níveis séricos sejam atingidos.
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FENOL URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: 100 mL de urina recente sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar a amostra em sanitário afastado do local de trabalho. Coletar a amostra de urina
no final da jornada, evitando-se a primeira jornada da semana. Coletar em frascos plásticos fornecidos pelo
laboratório.
Estabilidade da amostra: até 30 dias sob refrigeração.
Método: Cromatografia em fase gasosa.
Valores de Referência: até 20,0 mg/ g creatinina.
IBPM : 250,0 mg/ g creatinina.
182
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: fenilsalicilatos, barbitúricos, bebidas alcoólicas e alguns tipos de alimentos.
Indicações: Controle laboral de colaboradores expostos ao fenol e derivados.
Informações importantes: uso de bebidas alcoólicas, medicamentos atuais.
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FERRITINA
Sinônimo mais usado: Ferritina sérica
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: Neonatos . . . . . . . . . . . . . . . . . : 32 a 432 ng/mL
Até 5 meses . . . . . . . . . . . . . . : 50 a 200 ng/mL
6 a 11 anos. . . . . . . . . . . . . . . . : 10 a 70 ng/mL
1 a 5 anos. . . . . . . . . . . . . . . . . : 6 a 75 ng/mL
6 a 14 anos. . . . . . . . . . . . . . . . : 14 a 93 ng/mL
15 a 19 anos. . . . . . . . . . . . . . . : 10 a 115 ng/mL
Adultos:
Homens . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 22 a 322 ng/mL
Maior 60 anos . . . . . . . . . . . . . : 40 a 202 ng/mL
Mulheres Férteis . . . . . . . . . . . : 10 a 241 ng/mL
Pré-menopausa . . . . . . . . . . . . : 6 a 159 ng/mL
Pós menopausa . . . . . . . . . . . . : 5 a 270 ng/mL
Para percentil de 95%
Interferências: A Ferritina sofre uma série de interferências de nível fisiológico e de nível patológico:
Interferências fisiológicas: sexo: os valores são mais elevados em indivíduos do sexo masculino; nas mulheres a
ferritina é mais baixa durante a idade fértil, devido às menstruações. Durante a gravidez e amamentação seus
níveis são mais baixos. Idade: no RN os níveis são elevados, atingindo pico máximo aos 2 meses. Os valores de
adultos são alcançados no final da puberdade. Não há , como o Ferro sérico, variações nictemerais.
Variações patológicas: Hipoferritinemias: A carência de ferro leva a uma baixa dos níveis da Ferritina Sérica.
Essa baixa ocorre muito antes dos sinais hemáticos da carência.
Quando a anemia já estiver instalada, com anemia hipocrômica microcítica bem definida, os níveis da ferritina
estarão muito baixos ou indetectáveis pelos níveis analíticos dos métodos utilizados, e pode ser usada como
parâmetro da eficácia do tratamento de reposição. Doações freqüentes de sangue, hipermenorréias, exercícios
intensos e regulares, crises freqüentes de malária com hemólise, regimes vegetarianos, eritropatias
constitucionais, etc, também diminuem os níveis de ferritina.
Hiperferritinemias: uma das principais causas de aumento da ferritina, são os processos inflmatórios, já que a
ferritina faz parte do grupo de proteínas de inflamação ou fase aguda. Sobrecarga de ferro, como na
hemocromatoses primárias, por mutações dos genes C282Y, H63D e S65C (os principais) ou secundárias por
transfusões crônicas ou tratamento inadequado com ferro. Certos tumores podem cursar com aumento da
ferritina, como fígado, pulmões, rins, seios, pâncreas, assim como em algumas doenças hematológicas, no
linfoma de Hodgkin, em leucemias agudas, anemias hemolíticas, beta-talassemia major, principalmente com
transfusões freqüentes e anemia sideroblástica. Hepatopatias também podem cursar com altos níveis de
ferritina, como nas hepatites virais agudas ou crônicas, auto-imunes e em etilistas.
183
GRUPO SÃO CAMILO
Indicações: a dosagem da ferritina é uma forma de avaliar as reservas de ferro, tanto nas anemias ferroprivas
como nos casos de hemocromatose.
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FERRO SÉRICO
Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta : como o ferro tem ritmo nictemeral com pico máximo pela manhã, até por volta das
12:00 horas, a coleta deve ser matutina, em jejum de 8 horas para adultos e 4 horas para crianças. Lactentes
podem coletar imediatamente antes da próxima mamada, mas respeitando o período matinal.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Ferene-S automatizado.
Valores de Referência: em mcg/dL:(até às 12:00 horas)
Masculino
Feminino
01 a 30 dias . . . . . . : 32 a 110 µg/dL
01 a 30 dias . . . . . . : 30 a 127 µg/dL
01 a 12 meses . . . . : 27 a 109 µg/dL
01 a 12 meses . . . . : 25 a 126 µg/dL
01 a 06 anos . . . . . : 25 a 115 µg/dL
01 a 06 anos . . . . . : 25 a 110 µg/dL
07 a 12 anos . . . . . : 25 a 115 µg/dL
07 a 12 anos . . . . . : 30 a 110 µg/dL
13 a 18 anos . . . . . : 27 a 138 µg/dL
13 a 18 anos . . . . . : 30 a 115 µg/dL
19 a 59 anos . . . . . : 35 a 150 µg/dL
19 a 59 anos . . . . . : 35 a 150 µg/dL
60 a 64 anos . . . . . : 35 a 145 µg/dL
60 a 64 anos . . . . . : 30 a 145 µg/dL
65 a 75 anos . . . . . : 35 a 179 µg/dL
65 a 75 anos . . . . . : 45 a 168 µg/dL
Acima de 75 anos . : 50 a 185 µg/dL
Acima de 75 anos . : 60 a 175 µg/dL
Conversão: mcg/dL x 0,179 = mcmol/L.
Interferências: Hipoferremia: a quedas dos níveis de ferro podem ocorrer por deficiência de suprimento (mánutrição ou em lactentes após término dos depósitos hepáticos), deficiências de absorção (síndromes de
malabsorção, pacientes gastrectomizados, pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, etc), aumento das
necessidades diárias do ferro, como na gravidez (no início da gestação pode haver aumento dos níveis séricos do
ferro devido à ação da progesterona, mas haverá uma queda dos níveis devido ao aumento das necessidades do
ferro), durante o período da amamentação, aumento de perdas, como nas hemorragias, hipermenorréia, câncer
intestinal, ancilostomíase, estrongiloidíase, úlceras gástricas ou duodenais, hérnia hiatal, etc.
Hiperferremia: são devidas às hemocromatoses e hemossideroses: hemocromatose primária ou secundária
(vide Ferritina), alcoolismo, cirrose hepática, etc, e ainda por defeitos da eritropoiese, por erro na utilização do
ferro na medula óssea, como na beta-talassemia major, saturnismo, displasia medular, anemias sideroblásticas,
anemia de Biermer e anemias refratárias.
Indicações: o ferro é um dos principais oligoelementos do corpo, que entra na composição da hemoglobina,
mioglobina e das principais enzimas respiratórias celulares. É usado no diagnóstico diferencial das anemias,
hemocromatoses e hemossideroses.
Informações importantes: idade do paciente, horário da coleta, jejum, medicação utilizada, quadro clínico e
suspeita diagnóstica.
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FIBRINOGÊNIO
Sinônimo mais usado: Fator I.
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado, coletado em proporção de 1mL de citrato para 9
mL de sangue total. Congelar imediatamente após a centrifugação e enviar congelado.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências, lembrando-se que o
fibrinogênio pós-prandial pode ter elevações de até 30% dos níveis basais. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 30 dias sob congelamento.
Método: coagulométrico.
Valores de Referência: 1,75 a 4,0 g/L
Interferências: problemas de coleta, com presença de coágulos de fibrina no material, elevações devido ao uso
de contraceptivos orais, estrógenos, testosterona, etc.
Indicações: níveis inferiores a 100 mg/dL estão relacionados a estados hemorrágicos, e valores superiores a 500
mg/dL podem aparecer em processos de trombofilia.
Informações importantes: sexo, idade , medicação atual, quadro clínico.
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FIBROSE CÍSTICA - PESQUISA MICROBIOLÓGICA
Sinônimo mais usado: estudo bacteriológico na fibrose cística.
Material e conservação para envio: secreções do oro-faringe, escarro ou lavado brônquico. As secreções
devem ser coletadas em swabs, sem meio de cultura, com haste de plástico e algodão alginatado a temperatura
ambiente, protegido do calor e da luz. O escarro e o lavado brônquico devem ser acondicionados em frasco
estéril, fornecido pelo laboratório, a temperatura ambiente, protegido da luz.
Instruções para coleta: secreções do oro-faringe: coletar swabs da região dos pilares e fundo da faringe. Escarro
deve ser coletado antes do paciente se levantar. Se houver dificuldades para se conseguir o escarro, deve-se
realizar inalações com água destilada estéril, durante 10 a 15 minutos. Enviar o mais rapidamente possível para o
laboratório, a temperatura ambiente. Os lavados brônquicos são coletados pelo(a) médico(a)-assistente, em
frascos estéreis fornecidos pelo laboratório. Enviar o mais rapidamente possível ao laboratório, a temperatura
ambiente.
Estabilidade da amostra: até 12 horas após a coleta.
Método: Microbiológico, com pesquisa de Pseudomonas aeroginosa mucóide.
Valores de Referência: ausência de bactérias patogênicos.
Interferências: antibioticoterapia vigente.
Indicações: diagnóstico presuntivo de Fibrose Cística e controle microbiológico dos pacientes.
Staphylococcus aureus – após o advento da antibioticoterapia houve queda na sua prevalência. Pseudomonas
aeroginosa: cepa mucoóide, sem pigmento. Sua presença é diagnóstico de Fibrose Cística. Haemophilus ssp.:
10 a 40% dos pacientes são portadores de cepas Beta-Lactamase-positivas. Pseudomonas cepacia: pode produzir
cepas mucóides que podem produzir pneumonias fatais.
Informações importantes: diagnósticos anteriores, antibióticos em uso.
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FIBROSE CÍSTICA – DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Sinônimo mais usado: Fibrose Cística por PCR
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a
temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
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GRUPO SÃO CAMILO
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.
Método: PCR
Valores de Referência: ausências das mutações pontuais ΔF508, N1303K e R553X.
Interferências: hemólise.
Indicações: diagnóstico molecular para as mutações pontuais ΔF508, N1303K e R553X, para a Fibrose Cística.
Essas mutações se apresentam no gene CFTR, de caráter autossômico recessivo.
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
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FILÁRIA – PESQUISA DE
Sinônimo mais usado: pesquisa de Filariose.
Material e conservação para envio: colher entre 9:00 e 10:00 horas da manhã, punção digital do dedo anelar.
Nova coleta, se pesquisa negativa, poderá ser feita às 17:00 horas.
Instruções para coleta: preparar de 5 a 10 lâminas com o sangue digital, realizando esfregaços finos. Fixar por
60 segundos no primeiro reagente do sistema panótico de coloração.
Estabilidade da amostra: após a fixação a estabilidade da amostra é bem longa.
Método: microscópico segundo Knott.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: coletas em horários diferentes dos picos de parasitemia.
Indicações: diagnóstico laboratorial das filarioses.
Informações importantes: medicação específica.
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FLUORETOS/FLUOR NA URINA (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Fluoreto
Material e conservação para envio: 100 mL de urina de final de jornada sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar a amostra em sanitário afastado do local de trabalho. Coletar a amostra de urina
no início e final de jornada do 4° dia de trabalho da semana, em frasco fornecido pelo Laboratório. Proteger da
luz.
Estabilidade da amostra: até 2 semanas sob refrigeração.
Método: Potenciometria com eletrodo de íon seletivo.
Valores de Referência: até 0,5 mg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)
IBPM:
3,0 mg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br) para início de jornada.
10,0 mg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br) para fim de jornada.
Interferências: cremes dentais, frutos do mar, água fluoretada e consumo de chá mate, podem elevar os
resultados.
Indicações: indicador biológico da exposição ocupacional ao flúor ou fluoretos.
Informações importantes: dados do item Interferências.
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FORMALDEÍDO
Sinônimo mais usado: formol
Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina sob refrigeração.
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Instruções para coleta: coletar ao final da jornada de trabalho, fora do ambiente de trabalho. Lavar as mãos antes
da coleta. Obter a urina após retenção urinário de 4 horas. Desprezar o primeiro jato. Lavar os genitais antes da
coleta. Secar com papel toalha. Coletar somente em frascos fornecidos pelo Laboratório São Camilo.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência: 17 mg/L
Interferências: coleta em ambiente de trabalho. Algumas frutas e legumes, carnes e derivados de tabaco podem
conter níveis elevados de formol.
Indicações: controle de colaboradores que tem contato com aldeído fórmico.
Informações importantes: tempo de trabalho em contato constante com formol.
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FOSFATASE ÁCIDA PROSTÁTICA
Sinônimo mais usado: FAP
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: colorimétrico.
Valores de Referência: Até 2,5 UI/L
Interferências: não há referências.
Indicações: diagnóstico de Carcinomas Prostáticos principalmente em estádios avançados. Assim a dosagem
não tem interesse para o diagnóstico precoce do carcinoma prostático. Com o advento da dosagem do PSA este
exame perdeu a importância que tinha anteriormente.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
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FOSFATASE ÁCIDA TOTAL
Sinônimo mais usado: FAC
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Separar o mais rapidamente possível e estocar sob refrigeração até o
momento da análise ou envio.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimático-colorimétrico
Valores de Referência: 2,2 a 11,0 UI/L
Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: Diagnóstico laboratorial da hiperfunção óssea com osteólise, como na doença de Paget,
Hiperparatireoidismo, metástases ósseas, Doença de Gaucher, Doença de Nieimann-Pick, nas Leucemias
Mielóides, trombocitoses e algumas outras doenças hematológicas que cursam com lesões ósseas. Podem
ocorrer aumentos durante a embolia pulmonar e infarto do miocárdio.
Informações importantes: medicação atual, idade e sexo do paciente, quadro clínico.
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GRUPO SÃO CAMILO
FOSFATASE ALCALINA
Sinônimo mais usado: FAL
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes poder coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: colorimétrico-enzimático.
Valores de Referência:
Masculino
01 a 30 dias . . . . . . : 75 a 319 U/L
01 a 11 meses . . . . : 82 a 383 U/L
01 a 03 anos . . . . . : 104 a 345 U/L
04 a 06 anos . . . . . : 93 a 309 U/L
07 a 09 anos . . . . . : 86 a 315 U/L
10 a 12 anos . . . . . : 42 a 362 U/L
13 a 15 anos . . . . . : 74 a 390 U/L
16 a 19 anos . . . . . : 52 a 171 U/L
20 a 50 anos . . . . . : 53 a 128 U/L
Mais de 50 anos . . : 56 a 119 U/L
Feminino
01 a 30 dias . . . . . . : 48 a 406 U/L
01 a 11 meses . . . . : 124 a 341 U/L
01 a 03 anos . . . . . : 108 a 317 U/L
04 a 06 anos . . . . . : 96 a 297 U/L
07 a 09 anos . . . . . : 69 a 325 U/L
10 a 12 anos . . . . . : 51 a 332 U/L
13 a 15 anos . . . . . : 50 a 162 U/L
16 a 19 anos . . . . . : 47 a 119 U/L
20 a 50 anos . . . . . : 42 a 98 U/L
Mais de 50 anos . . : 53 a 141 U/L
Interferências: Idade do paciente: as crianças e os adolescentes tem taxas muito elevadas em relação aos adultos
devido a atividade osteoblástica óssea, gravidez, etc.
Medicamentos podem alterar a atividade da FAL, como anticoncepcionais orais e drogas anti-lipemiantes pode
produzir quedas da FAL de até 15%. Drogas anti-convulsivantes e anticoagulantes orais podem elevar a FAL em
até 20% dos valores basais.
Lipemia, hemólise e alcalose podem alterar muito o teste.
Drogas hepatotóxicas: A) Drogas colestáticas: Ácido Nicotínico, andrógenos, Azatioprina, Benzodiazepínicos,
Carbamazepina, Eritromicina, Fenotiazina, Imipramina, Penicilina e sulfonamidas. B) Drogas Hepatocelular
tóxicas: Acetaminofeno, Ácido Valpróico, Aloperidol, Andrógenos, Anticoncepcionais orais, Aspirina, Azatioprina,
Carbamazepina, Cloranfenicol, Clorpropamida, Estrógenos, Fenilbutazona, Inibidores da MAO, Metildopa,
Metotrexate, Nitrofurantoina, Papaverina, Penicilina, Probenecid, Quinidina, sulfonamidas, Tetraciclina.
Indicações: A Fosfatase Alcalina eleva-se muito nas doenças da Árvore Biliar (colestase intra e pós-hepáticas), e
nas doenças ósseas com hiperatividade Osteoblástica, como na Doença de Paget, nos tumores ósseos e nos
quadros de vigilância da doença.
Informações importantes: sexo e idade do paciente e medicação atual.
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FOSFATASE ALCALINA – FRAÇÕES
Sinônimo mais usado: FAL-Frações
Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: colorimétrico-enzimático com inibição seletiva com fenilalanina e com calor.
188
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência:
Origem da isoenzima
Inibição com fenilalanina
Inibição pelo calor
10%
10%
75%
80%
80%
60%
90%
60%
0%
0%
Fígado
Osso
Intestino
Placenta (isoenzima de Nagao)
Isoenzima de Regen (CA)
Nota: os valores acima só tem valor preditivo positivo quando a Fosfatase Alcalina total for ≥300 UI/L. Os
principais tecidos que são ricos em FAL são o Fígado, os ossos, intestino, placenta, rins e leucócitos
(estes serão tratados em capítulo especial sobre fosfatase alcalina dos leucócitos).
Interferências: (Vide Fosfatase Alcalina)
Indicações: (Vide Fosfatase Alcalina)
Informações importantes (Vide Fosfatase Alcalina)
_______________________________________________________________________________________
FOSFATASE ALCALINA LEUCOCITÁRIA
Sinônimo mais usado: FAL nos neutrófilos
Material e conservação para envio: esfregaços normais (nem finos e nem grossos), em lâminas de microscopia,
fixados por 60 minutos em acetona gelada. Enviar a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: coletar sangue total, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Preparar as lâminas com esfregaços normais que depois serão fixados
em acetona. O restante do sangue é colocado em frasco de coleta com EDTA.
Estabilidade da amostra: as lâminas fixadas em acetona podem ser mantidas a temperatura ambiente por até 10
dias. O sangue total em EDTA pode ser mantido, para este teste até 24 horas sob refrigeração.
Método: coloração citoquímica intra-citoplasmática com metilfenilfosfato.
Valores de referência : 16 a 56%
Interferências: Hemólise.
Indicações: auxílio laboratorial na diferenciação de quadros mieloproliferativos e reação leucemóide.
Informações importantes: quadro clínico ou hipóteses diagnóstica.
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FOSFOLIPÍDEOS
Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Para pacientes que tem dislipidemia
conhecida, recomenda-se jejum não inferior a 14 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da
próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: colorimétrico
Valores de Referência: 100 a 300 mg/dL
Interferências: dislipidemias intensas. Elevações: Clorpromazina, Adrenalina, Estrógenos e anticoncepcionais
orais. Diminuições :Asparaginase, Aspirina, Colesterolamina, Clofibrato, Etanol e Tiroxina.
189
GRUPO SÃO CAMILO
Indicações: Exame auxiliar no diagnóstico das dislipidemias.
São considerados elementos essenciais do metabolismo intermediário das lipoproteínas. Com origem hepática e
intestinal, representam aproximadamente 25% das HDL, 20% das LDL e 94% das VLDL. Auxiliam na síntese de
lipoproteínas pelo fígado, que juntamente com as apolipoproteínas forma a parte polar das lipoproteínas. São
quebrados pelas ações das enzimas fosfolipases e lecitina-colesterol-acil-transferase (LCAT), sendo reaproveitadas posteriormente como fosfolípides celulares.
Estão diminuídos em quadros de má-nutrição e nas hipolipidemias familiares. Estão elevados nas
hiperlipidemias do tipo II e do tipo III, segunda a classificação de Fredrickson e nas hepatites que cursam com
colestase intra-hepática. As maiores taxas de Fosfolipídeos aparecem nas deficiências de LCAT, com colesterol
moderadamente elevado com ou sem hipertrigliceridemia. Pode ainda se elevar em doenças que propiciam
quadros de hiperlipidemia, como Síndrome Nefrótica ou Hipotireoidismo.
Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
FÓSFORO SÉRICO
Sinônimo mais usado: Fósforo no sangue, fosfatemia.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo com 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: colorimétrico UV-VIS
Valores de Referência: Até 15 anos: 2,9 a 6,5 mg/dL
> 15 anos...: 2,7 a 4,9 mg/dL
Líquido sinovial: 75 a 100% dos valores séricos;
Líquido ascítico: 90 a 95% dos valores séricos.
OBS.: recomenda-se a dosagem concomitante de uma amostra sérica.
Interferências: hemólise, hiperlipidemia. Elevações : Andrógenos, Calciferol, Furosemide, HGH,
Hidroclorotiazida, Anticoncepcionais orais, PTH, Fosfatos, Tetraciclina, etc. Diminuições: Acetazolamida,
Antiácidos alumínicos, Anticonvulsivantes, Calcitonina, Adrenalina, Estrógenos, Frutose, Glicose, Insulina, etc.
Indicações: Diagnóstico das Hiperfosfatemias, como insuficiência renal crônica, Cetoacidose diabética,
Hipotireoidismo, etc.
Informações importantes: idade, sexo, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
FÓSFORO URINÁRIO
Sinônimo mais usado: Fosfato urinário, fosfatúria.
Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, enviada sob refrigeração, ou urina ao
acaso (alíquota de 50 mL) sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, em frasco fornecido pelo laboratório com HCl a 50% (20 mL
por litro de urina). Atenção !: avisar o paciente do risco em manipular o frasco com HCl, nunca coletando a
urina diretamente no frasco. Deixar fora de alcance de crianças. Coletar a urina em urinol limpo, para
depois transferi-la ao frasco de urina, que deve ficar sob refrigeração durante todo tempo de coleta e
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
transporte. Enviar alíquota de 100 mL de urina do volume de 24 horas, bem homogeneizada. Anotar o volume
total.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.
Método: colorimétrico
Valores de Referência: Adultos : 340 a 1000 mg/24 horas
Valores pediátricos: a) mg/24 horas : 340 a 1000 mg/24 horas
b) ao acaso
: 179 a 880 mg/g de creatinina
Urina ao acaso:
(Adultos)
: 22,0 a 100 mg/dL.
Interferências: Elevações: acetazolamida, L-Alanina, Asparaginase, Aspirina, Bicarbonatos, Sais de Bismuto,
Calcitonina, Corticosteróides, Hidroclorotiazida, Diuréticos mercuriais, PTH, Fosfatos, Triptofano e Vitamina
D. Diminuições: Alanina, Antiácidos com alumínio.
Indicações: Estudo do balanço cálcio/fósforo. Uso diagnóstico nos casos de hiperfosfatúria, como
Hiperparatireoidismo, uso de diuréticos, Síndrome de Fanconi, Acidose Tubular Renal, Hipoparatireoidismo e
no Pseudohipoparatireoidismo.
Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
FRUTOSAMINA
Sinônimo mais usado: Proteína Glicada.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 15 dias sob congelamento.
Método: espectrofotométrico
Valores de Referência: (em µmol/L)
Adultos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 185 a 285
Diabéticos Controle Adequado. . . : até 320
Diabéticos Controle Parcial . . . . . : até 370
Diabéticos Controle Inadequado . :
> 370
Interferências: Ácido Ascórbico, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: seguimento dos casos de diabetes sob controle metabólico inadequado, por período acumulativo de
20 dias que antecedem a data do exame.
Informações importantes: idade, controle anterior, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
FRUTOSE – PESQUISA
Sinônimo mais usado: Frutosúria-Pesquisa.
Material e conservação para envio: 20 mL de urina sob refrigeração.
Instruções para coleta: urina recente, coletada sob jejum mínimo de 8 horas, inclusive crianças de qualquer idade.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob congelamento.
Método: Seliwanoff modificado.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: Não há referências para medicamentos. Interferentes alimentares como mel, açúcar, frutas,
xaropes, glicose, podem em alguns casos, positivar a reação.
Indicações: Diagnóstico e seguimento de casos de Frutosúria essencial, Intolerância Hereditária à Frutose,
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GRUPO SÃO CAMILO
Insuficiência Hepática, alguns casos de Síndrome de Fanconi, etc.
Informações importantes: medicação atual, alimentação habitual e imediata ao período de jejum antes do teste.
_______________________________________________________________________________________
FRUTOSE – DOSAGEM NO ESPERMA
Sinônimo mais usado: Frutose no esperma
Material e conservação para envio: 1,0 mL de esperma congelado. Caso não haja condições para manter o
congelamento durante todo o período de transporte, e para se evitar a frutólise por parte dos espermatozóides,
centrifugar o material por 10 minutos a 2500 rpm ou mais, e enviar o sobrenadante sob refrigeração.
Instruções para coleta: paciente com 3 a 5 dias de abstinência sexual e jejum alimentar de pelo menos 8 horas.
Coletar pela manhã. Proceder o preparo do material imediatamente. Anotar o volume total do ejaculado.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração, após separação dos espermatozóides ou 2 meses sob
congelamento.
Método: Segundo Bloom modificado.
Valores de Referência: 1,0 a 3,5 mg/mL, ou 13μ mol/ejaculado.
Interferências: Não há referências para drogas e pesticidas .Alimentos como mel, açúcar, xaropes, glicose, etc.,
podem alterar a concentração da frutose espermática. A glicose no trato reprodutor masculino transforma-se
rapidamente em glicose-1-fosfato, que se transforma em frutose-1-fosfato, que por sua vez perde um ATP e transformase em frutose. Baixos níveis de testosterona total e/ou testosterona livre levam a baixos níveis de frutose espermática.
Indicações: Marcador espermático da insuficiência das vesículas seminais, obstruções distais ou agenesia de
vesículas seminais ou agenesia de deferentes.
Informações importantes: período de abstinência sexual e jejum alimentar. Anotar se o paciente é diabético, e
neste caso seria conveniente coletar uma amostra sangüínea para dosagem da glicemia em jejum, para se avaliar a
interferência desta da dosagem da frutose espermática.
_______________________________________________________________________________________
FSH – HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE
Sinônimo mais usado: FSH
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. As mulheres devem coletar no sétimo dia
do ciclo menstrual. Os homens devem coletar pelo sistema de pool (coletar em jejum, e mantendo o paciente em
repouso, coletando-se mais duas amostras com intervalo de 30 minutos cada). Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. No sistema de pool, para homens a partir de 10 anos de idade, o conjunto
de soros são preparados juntando-se volumes iguais dos soros das amostras basais, 30 e 60 minutos.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescência de partículas.
Valores de Referência: em período de atividade sexual plena : LH > FSH
Em andropausa
: FSH > LH
Mulheres: (com ciclos menstruais)
Fase Folicular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 2,50 a 10,20 mUI/mL
Fase Ovulatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 3,40 a 33,40 mUI/mL
Fase Lútea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 1,50 a 9,10 mUI/mL
Pós-menopausa sem TRH . . . . . . . . . . : 23,00 a 116,30 mUI/mL
Com Anticoncepcionais Orais . . . . . . . : 0,00 a 4,90 mUI/mL
Pós-menopausa com TRH . . . . . . . . . . : 9,70 a 111,0 mUI/mL
192
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Grávidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : < 0,30 mUI/mL
1 mês a 3 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,11 a 13,0 mUI/mL
4 a 9 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,11 a
1,6 mUI/mL
(*) A partir dos 10 anos recomenda-se
ser feito com ''POLL'' de 3 amostras.
Valores Pediátricos Masculinos (Pool)
Até 2 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :
2 a 5 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :
6 a 10 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :
11 a 20 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :
0,00 a 2,10 mUI/mL
0,00 a 1,70 mUI/mL
0,00 a 1,60 mUI/mL
0,40 a 8,70 mUI/mL
Homens: Adultos (Pool) . . . . . . . . . . : 1,40 a 18,10 mUI/mL
Interferências:
Interferências: medicamentosas:
a) Elevações : Clomifeno, levodopa.
b) Diminuições: anticoncepcionais orais, fenotiazinas, estrógenos (diestrilbestrol, etinilestradiol, Miestranol),
que dependem da dose e do tempo de tratamento (grandes doses podem diminuir, e pequenas doses podem
elevar os níveis do FSH).
Variações fisiológicas na mulher: antes de se iniciar a puberdade, os valores do FSH são baixos, assim como
do LH. Esses aumentam com o início da puberdade e o FSH se eleva mais rapidamente que o LH. No ciclo
menstrual, o FSH se mantém estável durante a fase folicular, geralmente com a relação FSH/LH > 1. O FSH se
eleva no período ovulatório, para depois diminuir e voltar a ficar estável na fase final do ciclo. Na fase
luteínica o LH/FSH > 1. O FSH torna-se muito elevado na menopausa, por falta dos estrógenos que garantiam
o feed-back.
Variações patológicas no homem: Hipogonadismo hipogonadotrófico:
a) Secundárias, por deficiência do LH-RH : anorexia nervosa, deficiências hipotalâmicas com perda do
ciclo hipotálamo-hipófise por traumatismos, tumores ou sarcoidose, etc, deficiências isoladas da
produção de gonadotrofinas hipofisárias, Doença celíaca, Destruição da hipófise e do hipotálamo por
radioterapia, Síndrome de Kallmann e Síndrome de Prader-Willi.
b) Primárias por deficiências hipofisárias , com baixa ou sem produção de gonadotrofinas : adenomas
hipofisários produtores de prolactina ou de HGH ou ACTH, terapêutica com estrógenos,
Hemocromatose primária e tumor endócrino de testículos.
c) Hipogonadismo congênito: Síndrome de Kleinefelter e outras anomalias cromossômicas, alterações
genéticas autossômicas, Anorquidia e distrofia miotônica de Steinert.
d) Hipogonadismo adquirido: pós-infecciosos, por caxumba, adenovírus e DST, Alcoolismo,
Desnutrição, Quimioterapia e/ou radioterapia, Sarcoidose e IRC.
Variações patológicas nas mulheres, geralmente estão ligadas à anomalias ovarianas que cursam com sinais de
sua insuficiência, como desde a diminuição do muco cervical até a atrofia dos genitais, podendo ocorrer quadros
de hiperandrogenismo, com hirsutismo, acne, hipertrofia clitoriana e atrofia dos seios. Dentro destes quadros
podemos ter a insuficiência ovariana primária, com o estradiol baixo, FSH e LH elevados, e uma acentuada
resposta ao estímulo com o LHRH. Disgenesia dos ovários, como na Síndrome de Turner, pura ou mosaico, na
amenorréia iatrogênica (cirúrgica, quimioterápica ou radioterápica), amenorréia autoimune e na síndrome dos
ovários policísticos. Esta síndrome cursa com elevação dos níveis de estradiol, LH e da Androstenediona. Em
conseqüência há sinais claros de hiperandrogenismo, e antecedendo a amenorréia pode-se ter um período de
espaniomenorréia. O FSH se apresenta normal. O teste com o Clomifeno é positivo e o teste com estímulo do LHRH tem resposta muito acentuada.
193
GRUPO SÃO CAMILO
Ainda pode-se ter quadros de anomalias hipofisárias com LH e FSH baixos e sem resposta positiva ao estímulo
com LH-RH. Dentre estes quadros estão a insuficiência da hipófise anterior, Síndrome de Sheehan, pós-parto,
alterações hipotalâmico-hipofisária devido ao uso de anticoncepcionais ou por problemas psicogênicos.
Indicações: além do que consta no item ¨Interferências¨, de forma geral o FSH é ulitizado nas análises dos
distúrbios do eixo Hipotálamo-Hipófise-Gônadas, incluindo casos de Hipogonadismo Primário, Secundário,
Puberdade Precoce e diagnóstico da menopausa.
Informações importantes: idade, data da última menstruação, dias do ciclo menstrual, anticoncepção,
terapêutica hormonal anterior ou atual, etc.
_______________________________________________________________________________________
FTA-ABS – IgG
Sinônimo mais usado: imunofluorescência para sífilis
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes
da próxima mamada. Pacientes conhecidamente dislipidêmicos devem coletar com jejum não inferior a 14 horas.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.
Método: Imunofluorescência indireta com ou sem absorção do soro com suspensão de Treponema de Reiter.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: lipemias intensas.
Indicações: O FTA-ABS, utilizando diluição de 1:5, com suspensão de Treponema de Reiter, reúne a alta
sensibilidade do teste, com a especificidade, devido à absorção de anticorpos contra outros treponemas,
principalmente da cavidade oral e de anticorpos anti-cardiolipina que possam circular pelo sangue periférico.
Assim um resultado positivo, de FTA-ABS tem pouquíssima chance de se apresentar falso-positivo.
Como fica positivo por longos períodos da vida do paciente, como cicatriz sorológica, não serve como
diagnóstico de atividade da doença, que é feito pelo teste do VDRL. O teste de Enzima-imunoensaio apresenta as
mesmas características clínico-laboratoriais do FTA, por se tratar de teste com antígeno treponêmico. Doenças
crônicas como Sarcoidose e Amiloidose Primária podem produzir resultados falso-positivos, tanto no FTA-ABS,
como no Enzima-Imunoensiaio. Gestantes podem apresentar títulos baixos, tanto em um como em outro teste.
Informações importantes: gestação, doenças crônicas e idade.
_______________________________________________________________________________________
FTA-ABS – IgM
Sinônimo mais usado: fluorescência para sífilis
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Pacientes sabidamente dislipidêmicos devem coletar após jejum não
inferior a 14 horas.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunofluorescência indireta com e sem absorção com suspensão de Treponema de Reiter.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: Hiperlipemia.
Indicações: Pesquisa de casos congênitos de Sífilis.
Informações importantes: vide dados do exame anterior.
_______________________________________________________________________________________
194
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
FTA-ABS (INTERPRETAÇÃO)
Antígenos
Não-Treponêmicos
Não Reagente
Antígenos
Treponêmicos
Reagente
Reagente
Não Reagente
Reagente
Reagente
( títulos em elevação*)
Reagente
(títulos em declínio*)
Não Reagente
Reagente
Reagente
(positividade e títulos
Variáveis *)
Reagente
(FTA-ABS-IgM**)
Reagente
Interpretação
- Sífilis primária, secundária, latente ou tardia.
- Anticorpos passivos em Recém-nascidos
- Sífilis curada (cicatriz sorológica)
- Falso Positivo Biológico: gravidez, Sarcoidose,
Hanseníase ou outras doenças crônicas, etc.
- Sífilis ativa – Sífilis secundária.
- Sífilis ativa
- Sífilis congênita
- Sífilis curada com VDRL com títulos estáveis ou
em declínio - Secundária Latente.
-Anticorpos passivos em R.N.
- Sífilis congênita
Reações com antígenos Não-Treponêmicos: VDRL
Reações com antígenos Treponêmicos: FTA e Enzimaimunoensaio.
As reações com antígenos treponêmicos pelo método de Enzimaimunoensaio (ELISA) seguem, com mais
sensibilidade, a mesma interpretação para os resultados do FTA-ABS.
*Valorizar somente com aumentos ou diminuições de mais de um título.
** Esta prova para anticorpos anti-Treponema pallidum , da classe IgM (FTA-ABS-IgM) é específica somente até os
2 anos de idade. Nos casos de suspeita de sífilis secundária, Latente, ou Tardia e neurossífilis, recomenda-se Reações
Imunológicas no LCR.
_______________________________________________________________________________________
GABAPENTINA – DOSAGEM
Sinônimo mais usado: Neurontin
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar 3 a 4 horas após dose do medicamento ou conforme orientação médica.
Lactentes devem coletar de tal forma que possam acomodar o tempo após medicação com período
imediatamente antes da próxima mamada.Não coletar em tubo com gel separador.
Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: HPLC
Valores de Referência: os níveis terapêuticos não são ainda totalmente estabelecidos, mas de forma orientativa ,
alguns pesquisadores indicam os níveis de 3 a 4 mg/L, 3 a 4 horas após dose do medicamento na concentração de
300 a 400 mg. Alguns autores tem indicado os níveis terapêuticos entre 2 e 10 mg/L. Recomenda-se que cada
laboratório determine os valores referenciais para este medicamento.
Interferências: elevações: ácido valpróico. Diminuições: fenitoína e antiácidos (diminui a absorção).
Indicações: a gabapentina é um medicamento indicado como anticonvulsivante adjuvante nos casos de crises
convulsivas ditas parciais, em casos de dores crônicas, como neuralgias, incluindo as pós-herpéticas e em
algumas afecções neuro-psiquiátricas.
Informações importantes: medicamentos de uso, concentração, dia e hora da última dose.
_______________________________________________________________________________________
GALACTOSÚRIA – PESQUISA
Sinônimo mais usado: galactose na urina.
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GRUPO SÃO CAMILO
Material e conservação para envio: urina recente ou primeira urina da manhã, volume total, sob refrigeração.
Instruções para coleta: efetivamente hão há horário definido para coleta podendo ser coletadas amostras ao acaso
ou todo o volume da primeira urina da manhã.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: químico.
Valores de referência: negativa
Interferências : presença de lactose na urina.
Indicações: a galactose é detectada na urina quando por defeito congênito falta da enzima galactose-1-uridiltransferase ou da enzima galactoquinase, acumulando-se no sangue (galactosemia), por não haver a conversão
da galactose em glicose.
Informações importantes: dados clínicos, exames anteriores e idade.
_______________________________________________________________________________________
GAMA-GLUTAMIL-TRANSFERASE
Sinônimo mais usado: Gama GT
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de no mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimático-colorimétrico automatizado.
Valores de Referência: Feminino
Masculino
Menor que 01 anos : 15 a 132 U/L
Menor que 01 anos : 12 a 122 U/L
01 a 09 anos . . . . . : 06 a 25 U/L
01 a 09 anos . . . . . : 06 a 25 U/L
10 a 13 anos . . . . . : 14 a 28 U/L
10 a 13 anos . . . . . : 17 a 44 U/L
14 a 19 anos . . . . . : 11 a 28 U/L
14 a 19 anos . . . . . : 11 a 40 U/L
20 a 59 anos . . . . . :
< 38 U/L
20 a 59 anos . . . . . :
< 53 U/L
60 a 69 anos . . . . . : 11 a 33 U/L
60 a 69 anos . . . . . : 15 a 52 U/L
70 a 79 anos . . . . . : 9 a 36 U/L
70 a 79 anos . . . . . : 11 a 50 U/L
80 a 89 anos . . . . . : 9 a 38 U/L
80 a 89 anos . . . . . : 11 a 52 U/L
Mais que 90 anos . : 06 a 37 U/L
Mais que 90 anos . : 09 a 52 U/L
Interferências: Elevações: intoxicação por acetominofeno, barbitúricos, etanol (em grandes e moderados
bebedores), Fenitoína e estreptoquisase.
Indicações: Variações fisiológicas: idade. Os RN tem valores 5 s 10 vezes maiores que os níveis de adultos. Os
jovens até 14 anos tem valores até 40% inferiores aos níveis de adultos. Anticonvulsivantes podem elevar em até
200% os níveis basais da Gama GT, enquanto os anticoncepcionais orais elevam em 25%, os antidepressivos em
100% e alguns medicamentos anti-oncóticos podem elevar os níveis basais em até 150%.
As variações patológicas podem ser divididas em: afecções hepatobiliares e as de outras patologias. As afecções
hepatobiliares podem ser as hepatites crônicas e agudas, virais, tóxicas, medicamentosas e alcoólicas (cirrose
alcoólica). Metástases hepáticas ou de carcinomas hepáticos primários. Colestases intra e extrahepáticas e
esteatoses.
Nas outras patologias, podemos ter Infarto do Miocárdio, nefropatias, diabetes, Hipertireoidismo, pancreatites,
carcinoma pancreático e carcinomas de seios. O seguimento de alcoólicos pode ser feito através da dosagem da
Gama-GT, um aumento em mais de 2 vezes que o normal é sinal de impregnação alcoólica. Nos processos de
abstinência alcoólica os níveis diminuem em até 50% em 8 a 10 dias..
Informações importantes: medicação atual e pregressa.
196
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
GASOMETRIA (ARTERIAL OU VENOSA)
Sinônimo mais usado: gasometria
Material e conservação para envio: o material coletado, sangue arterial ou venoso podem ser enviados até 10
minutos após a coleta, a temperatura ambiente ou até 2 horas sob refrigeração (geralmente em gelo reciclável)
somente para unidade matriz. O sangue tanto o arterial como o venoso deve ser coletado em seringas
heparinizadas, sem bolhas de ar e com a agulha lacrada com rolha de borracha.
Instruções de coleta: o sangue arterial deve ser coletado preferencialmente da artéria radial, salvo orientação
por escrito do médico-assistente. O sangue venoso pode ser coletado da veia média do ante-braço. Proteger da
luz direta. Deve-se dar preferência a seringas de vidro, pois elas facilitam, na coleta arterial, a chegada do sangue.
Deve-se solicitar à equipe médica a colocação de um cateter para facilitar as coletas repetitivas, já que é
freqüente, em UTI o uso da gasometria para correção de alterações respiratórias, sistêmicas e crônicas, no caso
de coletas venosas.
Estabilidade da amostra: vide ¨Material e conservação para envio¨.
Método: eletrodo (íon) seletivo.
Valores de Referência:
pH
PO2 mmHg
pCO2 mmHg
CO2 total(mmol/L)
HCO3 (mmol/L)
Sat de 02
B.E.
(mmol/L)
Sangue arterial
7,36 a 7,44
85 a 100
36 a 44
22 a 26
21 a 25
94 a 100%
-3a+3
Sangue venoso
7,32 a 7,42
25 a 40
41 a 51
24 a 28
22 a 29
40 a 70%
-2 a + 2
B.E. Base excess.
Interferências: pO2: diminuições: drogas que provocam depressão respiratória, como barbitúricos, heroína,
crack, meperidina, etc.
pCO2: elevações: morfina, barbitúricos, corticosteróides, diutéticos, uso excessivo de laxantes.
Indicações: estudo do equilíbrio ácido-básico, na manipulação dos quadros das alterações metabólicas e
respiratórias. Controlando-se as variáveis pré-analíticas, como excesso de heparina na seringa, excesso de tempo
entre a coleta e a dosagem, falta de conservação sob refrigeração para períodos superiores a 10 minutos entre
coleta e determinação. Nas coletas arteriais pode ocorrer contaminação de sangue venoso, que pode ser
suspeitada pela soma do PO2 + PCO2 < a 90 mmHg.
A acidose metabólica, geralmente por cetoacidose diabética, apresenta o pH baixo, HCO3 elevado e baixa pCO2.
A alcalose metabólica que ocorre principalmente por vômitos e/ou presença de fístulas digestivas, com aumento
do HCO3 e elevação da pCO2. A acidose respiratória apresenta pCO2 elevado e HCO3 elevado. A alcalose
respiratória apresenta tanto a pCO2 e HCO3 baixos.
Informações importantes: tipo de material coletado, arterial ou venoso, medicamentos em uso, hora da coleta e
hora da chegada do material no setor.
_______________________________________________________________________________________
GASTRINA
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
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GRUPO SÃO CAMILO
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência:
Adultos................................... : 13 a 115 pg/mL
Recém-nascidos .................... :119 – 141 pg/mL
Pré-puberes e púberes:
Jejum de 3 a 4 horas .............. ..: 9 – 109 pg/mL
Jejum de 5 a 6 horas .............. ..: 8 – 76 pg/mL
Jejum de 8 horas ou maior ..... ..: 0 – 47 pg/mL
Interferências: Elevações: aminoácidos (V.O.), Carbonato de Cálcio (V.O.), Cloreto de Cálcio, Catecolaminas, Café e
insulina. Diminuições: Atropina e Secretina.
Indicações: Diagnóstico da Síndrome de Zollinger-Ellison. Casos de Hipo ou Acloridrica, como Anemia
Perniciosa, Carcinoma Gástrico, Úlcera Gástrica, Síndrome Pós-Vagotomia e Gastrite Atrófica. Apresentam
níveis elevados de gastrina, porém sempre bem menores que os da Síndrome de Zollinger-Ellison, que
geralmente são superiores a 1000 pg/mL. Sendo a principal função da gastrina, elevar a produção de ácido
clorídrico e enzimas no estômago, geralmente a elevação da gastrina está ligada a maior secreção clorídrica pelo
estômago. Todas disfunções do aparelho digestório relacionadas às dispepsias, úlceras gástricas e/ou duodenais,
além de quadros de diarréia crônica – esteatorréia com hiperacidez gástrica (hiperplasia das células G gástricas)
devem indicar a dosagem da gastrina, pelo seu excesso.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e outros exames já solicitados.
_______________________________________________________________________________________
GAUCHER – DOENÇA DE (N370S, L444P e R463C)
Sinônimo mais usado: Doença de Gaucher-biomol
Material e conservação para envio: 5 mL ST em EDTA sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum dispensável.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR-RT
Valores de Referência: ausência das mutações próprias do doença.
Interferências: hemólise.
Indicações: a Doença de Gaucher é a esfingolipidose (armazenamento lipídico) mais frequente, e é causada por
mutações que levam à deficiência da enzima glicocerebrosidade lisosomal. As mutações mais comuns são
N370S, L444P e R463C.
Informações importantes: dados clínicos.
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GLICOSE
Sinônimo mais usado: glicemia de jejum.
Material e conservação para envio: 1 mL de plasma fluoretado sob refrigeração. O material deve chegar ao
laboratório no máximo em 2 horas. Sob gelo seco o material pode chegar em até 48 horas.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 30 dias sob congelamento.
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Método: colorimétrico enzimático.
Valores de Referência : 70 a 100 mg/dL
: De acordo com a Americam Diabetes Association os valores devem ser de 60 a 99 mg/dL.
Crianças
: 60 a 100 mg/dL
Maiores de 60 anos : 80 a 110 mg/dL
Maiores de 70 anos : 80 a 100 mg/dL
Interferências: Elevações: cafeína, ACTH, Corticosteróides, d-Tiroxina, Adrenalina, Estrógenos,
Indometacina, Anticoncepcionais orais, Lítio, Fenotiazida, Fenitoína, Tiabendazol,
Diuréticos, hiperpotassemia e Cabamazepina.
Diminuições: Acetaminofeno, Anabolizantes, Anti-Histamínicos, altas doses de Ácido Acetil
Salicílico, Etanol em altas doses, Inibidores da MAO, Pentamidina, Propranolol,
Hipopotassemia.
Indicações: Diagnóstico do Diabetes Mellitus e Hipoglicemias.
Pré-diabetes: São consideradas glicemias de jejum alteradas, valores superiores a 100 e inferiores a 125 mg/dL
em duas ocasiões diferentes, ou melhor em dois exames em dias diferentes (no máximo em duas
semanas). Estes casos, considerados de pré-diabetes, termo novamente utilizado (segundo a
Associação Americana de Diabetes-ADA e Instituto Nacional de Diabetes, Doenças Digestivas e
Renais dos EUA), ou intolerantes à glicose, os pacientes que:
a) com pelo menos duas glicemias de jejum entre 100 e 125 mg/dL, em dias diferentes,
b) Com tolerância diminuída à glicose , 2 horas após a ingestão de 75 g de glicose, obtendo-se
valores de 140 a 200 mg/dL.
Diabetes:
a) Glicemias de jejum ≥ a 126 mg/dL em dois exames em dias diferentes,
b) Valores superiores a 200 mg/dL ,2 horas após a ingestão de 75 g de glicose,
As glicemias realizadas a qualquer hora do dia sem o indivíduo estar de jejum podem ser:
Valores da glicemia
(mg/dL)
< 140
140 a 200
> 200
Diagnóstico a ser confirmado pelo
médico-assistente
Conduta
Sem alteração
Suspeita de Diabetes
Diagnóstico de Diabetes
Manter as pesquisas anuais.
Confirmar com curva glicêmica
Tratamento clínico
Para > de 50 anos, pode-se acrescentar à glicemia de jejum 10 mg/dL a cada nova década.
Para a sobrecarga oral de glicose pode-se acrescentar 9,5 mg/dL a cada década para a 1ª hora da curva e 5,3 mg/dL
a cada década para a 2ª hora.
Para os quadros de hipoglicemia, podemos classificar de acordo com a glicemia obtida:
Hipoglicemia leve
: 51 a 59 mg/dL
Hipoglicemia moderada : 41 a 50 mg/dL
Hipoglicemia acentuada :
< 41 mg/dL
Líquido Sinovial: 75 a 100 % do valor sérico.
Líquido Pleural: 95 a 100% do valor sérico.
Líquido Ascítico: 70 a 80% do valor sérico.
De forma diferente da hiperglicemia, a hipoglicemia depende da sensibilidade de cada paciente e pode ser
responsabilizada por 4 a 7 % das mortes de diabéticos do tipo 1, por provocar acidentes com veículos, mudança
de comportamento, etc. Muitos pacientes apresentam sintomas evidentes de hipoglicemia com valores de
glicemia entre 41 e 50 mg/dL. Nos pacientes que usam insulina pode ocorrer por erro de dosagem, uso de bebidas
alcoólicas , IRC, distúrbios hidro-eletrolíticos , etc.
Nos casos de insulinoma a glicemia baixa é concomitante à insulinemia normal ou elevada. A hipoglicemia pode
ser reativa, principalmente alimentar, por trânsito gástrico muito rápido, doenças ligadas à intolerância a outros
199
GRUPO SÃO CAMILO
açúcares, idiopática, ou pode aparecer no início da intolerância à glicose. A hipoglicemia em jejum pode refletir
outras doenças orgânicas, que devem deixar o clínico alerta, incluindo uso de drogas , algumas doenças
neoplásicas e hipoglicemia factícia. As hipoglicemias podem ser reativas e de jejum associadas, como no
insulinoma , anticorpos anti-insulina ou anti-receptores de insulina ou ainda por insuficiência adrenal.
No teste para insulinoma a ADA preconiza jejum assistido de 72 horas, com Glicemia infeiror a 45 mg/dL,
Insulinemia normal ou levemente elevada, Peptídio C baixo e Pró-insulina elevada .
Informações importantes: tempo de jejum, medicamentos utilizados , idade e sexo.
_______________________________________________________________________________________
GLICO-HEMOGLOBINA (VER HEMOGLOBINA GLICADA)
_______________________________________________________________________________________
GLICOSE PÓS-PRANDIAL OU GLICOSE POTENCIALIZADA
Sinônimo mais usado: glicose pós refeição/ glicose pós sobrecarga
Material e conservação para envio: vide glicose
Instruções para coleta: a coleta pode-se dar a qualquer tempo pós-prandial. Geralmente pede-se duas horas
após o almoço. Alguns médicos solicitam que os pacientes coletem as 17:00 ou outro horário, para avaliação de
pacientes que são diabéticos e utilizam o exame como controle terapêutico. A Glicose Potencializada é a glicose
após duas horas após sobrecarga de 75 g de glicose para não-grávidas. As mulheres grávidas devem receber 100 g de
Glicose V.O. As crianças devem receber 1,75 gramas de glicose, V.O. por Kg de peso, até o máximo de 75 gramas.
Estabilidade da amostra: vide Glicose
Método: vide Glicose
Valores de Referência: A qualquer tempo após a sobrecarga ou pós-prandial, a glicose não deve ultrapassar a
140 mg/dL.
Interferências: vide Glicose
Indicações: vide Glicose
Informações importantes: período pós-prandial, medicação atual, idade, sexo, peso e gestação.
_______________________________________________________________________________________
GLICOSE 6-FOSFATO DEHIDROGENASE
Sinônimo mais usado: G6PD
Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração, colocando bastante
papel entre o frasco e o gelo renovável.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas para adultos. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração.
Método: enzimático.
Valores de Referência: 4,6 a 13,5 U/g de Hb.
Classificação por classes: Classes
Variantes
Variantes
deficientes
associadas à anemia hemolítica crônica.
Classe 1
Deficiência grave com menos de 10% de atividade
Classe 2
Deficiência moderada com 10 a 60% de atividade
Classe 3
Deficiência leve com 60 a 90% de atividade
Classe 4
Variantes normais com atividade superior a 100%
Classe 5
200
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: Níveis elevados podem ser encontrados no período neo-natal, ou em anemias hemolíticas sem
significado patológico específico.
Indicações: Teste de triagem de quadros hemolíticos pela deficiência de G6PD, primária (congênita) ou
secundária (adquirida), como infecciosa ou metabólica.
Informações importantes: idade, sexo, raça, medicação utilizada.
_______________________________________________________________________________________
GLICOSE 6 FOSFATO DEHIDROGENASE – MUTAÇÃO 202 (G6PD) – PCR
Sinônimo mais usado: G6PD ,mutação 202
Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA coletado e mantido esterilmente a
temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.
Método: PCR – RFLP
Valores de Referência: ausência da mutação 202.
Interferências: Hemólise.
Indicações: diagnóstico molecular da mutação 202 da G6PD.
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
GLICOSÚRIA – PESQUISA QUALITATIVA
Sinônimo mais usado: glicosúria
Material e conservação para envio: mínimo de 10 mL de urina recente, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, a primeira urina da manhã. Pode-se coletar em outros horários
conforme orientação médica.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração, ou 2 meses sob congelamento.
Método: glicose oxidase qualitativa.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: Elevações: corticosteróides, EDTA, D-Tiroxina, Fenotiazidas, Lítio, derivados Fenólicos,
Nucleoproteínas, Oxalatos, Ruibarbo, Fenilcetonúria, Furosemide, Carbamazepina e Ácido Sulfossalicílico.
Indicações: teste coadjuvante para seguimento de pacientes diabéticos, e diagnóstico de glicosúria renal.
Informações importantes: período de coleta e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
GLICOSÚRIA – DOSAGEM
Sinônimo mais usado: glicosúria quantitativa
Material e conservação para envio: amostra de pelo menos 10 mL de urina de 24 horas, após homogeneização e
separação da alíquota, sob refrigeração. Urina ao acaso: 10 mL sob refrigeração. Urina de 12 horas: 10 mL sob
refrigeração.
Instruções para coleta: ao levantar pela manhã, desprezar todo o volume de urina da primeira urina da manhã e
marcar essa hora. Coletar em um só frasco, mantido sob refrigeração, todos os volumes obtidos das micções do
dia, inclusive a amostra da manhã, coletada no mesmo horário que a primeira amostra, do dia anterior tenha sido
201
GRUPO SÃO CAMILO
desprezada. Solicitar ao paciente que leve todo o volume coletado, imediatamente ao laboratório ao fim do período
da coleta, sob refrigeração em caixa isotérmica (Isopor®).
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: glicose-oxidase quantitativo.
Valores de Referência: Urina de 24 horas: até 500 mg/24 horas.
Urina ao acaso: até 10,0 mg/L
Urina de 12 horas: 250 mg/12 horas.
Interferências: erros de coleta com perda de material, contaminação bacteriana por mal conservação da
amostra, demais interferências constantes da Glicosúria- Pesquisa Qualitativa.
Informações importantes: vide Glicosúria – Pesquisa Qualitativa.
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GLOBULINA TRANSPORTADORA DE HORMÔNIOS SEXUAIS - SHBG
Sinônimos mais usados: SHBG
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: duas semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: Feminino
Masculino
Até 09 anos. . . . . . . : 39 a 145 nmol/L Até 09 anos . . . . . . : 38 a 145 nmol/L
10 a 12 anos . . . . . . : 30 a 99 nmol/L 10 a 12 anos . . . . . : 30 a 99 nmol/L
13 a 19 anos . . . . . . : 09 a 76 nmol/L 13 a 15 anos . . . . . : 13 a 76 nmol/L
Fase folicular . . . . . : 18 a 144 nmol/L 16 a 19 anos . . . . . : 10 a 56 nmol/L
Fase luteínica . . . . . : 48 a 185 nmol/L Acima de 19 anos . : 13 a 71 nmol/L
Contraceptivos oral : 60 a 270 nmol/L
Gestante
01º trimestre. . : 49 a 450 nmol/L
02º trimestre. . : 280 a 440 nmol/L
03º trimestre. . : 240 a 550 nmol/L
Menopausa . . : 30 a 230 nmol/L
Interferências: a) Fisiológicas: sexo, idade e atividade sexual.
- Elevações : gravidez, estrógenos, anti-convulsivantes,
- Diminuições : andrógenos e menopausa.
b) Patológicas :
- Elevações: doenças hepáticas:cirrose hepática ou biliar, deficiências de HGH, Hipogonadismo
masculino, hipertireoidismo, magreza extrema, anorexia nervosa e terapia com estrógenos.
- Diminuições: acromegalia, hiperandrogenismo feminino, hipercorticalismo ou terapia com
corticosteróides, Hiperprolactinemia, hirsutismo idiopático, mixedema, obesidade e
terapêutica com androgênios.
Indicações: A SHBG é uma glicoproteína de produção hepática, cuja finalidade é carregar os hormônios sexuais
esteróides, tanto os estrógenos como os andrógenos (testosterona e dihidrotestosterona). É uma forma do corpo
controlar a biodisponibilidade dos hormônios sexuais, já que sempre haverá uma forma livre e outra ligada à proteína,
sendo a fração livre aquela de imediata utilização, tanto para ação sobre os tecidos em geral, como no eixo hipotálamohipófise-gônadas, controlando as interações em “feed-back” positivo ou negativo. Variações nas produções dos
202
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
hormônios, como na produção da SHBG, irão determinar as modificações dos níveis circulantes destes hormônios. As
mulheres tem valores mais elevados que o dos homens, devido à maior proporção de estrógenos que andrógenos. Assim,
pode-se explicar o outro aumento de sua concentração durante a gravidez e durante a administração de estrógenos. Por
outro lado, os andrógenos diminuem esses níveis. A testosterona circula basicamente ligada à proteínas, principalmente
a SHBG, Albumina e um pouco na Globulina Carreadora do Cortisol. Os níveis de SHBG, são inversamente
proporcionais aos níveis de Testosterona, podendo ser utilizados como controle da dosagem da testosterona. O índice
Androgênico, que tem em seu cálculo a relação entre a testosterona e a SHBG é um bom indicador da condição anormal
do Hirsutismo. Valores baixos de SHBG são frequentemente encontrados no Hirsutismo, Acne e na Síndrome dos
Ovários Policísticos. Por volta de 32% das mulheres tem o SHBG diminuído. No hipotireoidismo, hiperprolactinemia,
acromegalia e Doença de Cushing, o SHBG está levemente diminuído. Na Obesidade Mórbida chega a ser suprimido,
assim como na administração de andrógenos, principalmente testosterona ou Danazol (que compete com andrógenos pela
ligação do SHBG). Os glicocorticóides e o Hormônio do Crescimento diminuem os níveis de SHBG. No hipertereoidismo,
cirrose hepática e gravidez, os níveis podem ser elevados.
Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
GLUCAGON
Sinônimo mais usado: Peptídeo alfa, IRG
Material e conservação para envio:2 mL de plasma coletado em frasco com EDTA + Trasilol, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.
Método: Radioimunoensaio.
Valores de Referência: 40 a 130 pg/mL
Interferências: as principais variações patológicas geram elevações do Glucagon: nos glucagonomas a
elevação acentuada está sempre relacionada a uma hiperglicemia. A glicemia reage de forma exagerada aos
testes de estímulo (hipoglicemia insulínica) e aos testes de bloqueio (hiperglicemia via oral). Na Síndrome
dérmica eritematosa migratória e necrótica (de evolução lenta), associada a estomatite, com queda do estado
geral, tromboflebites, anemia tipo doença crônica e diabetes não-insulinodependente .
Os testes auxiliam no diagnóstico dos glucagonomas, que podem ser um tumor pancreático, geralmente maligno
(o mais freqüente), tumores plurifocais secretórios e por último a hiperplasia das células alfa do pâncreas.
Sendo produzido pelas células alfa do pâncreas e por células intestinais, o Glucagon age sobre a glicogenólise, na
neoglicogênese, na proteólise e na lipólise. A hipoglicemia, a ingestão de triglicérides e o aumento de ácidos
graxos livres levam a aumentos variáveis do Glucagon.
Indicações: A sua dosagem está indicada para a avaliação de pacientes diabéticos, em pacientes com quadros de
hipoglicemia por déficit de Glucacon, e nos pacientes com diarréia crônica com suspeita de glucagonoma.
Informações importantes: níveis recentes de glicemia, medicação atual, sexo e idade.
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GLUTATIONA PEROXIDASE
Sinônimo mais usado: GP
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total com heparina sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
203
GRUPO SÃO CAMILO
Estabilidade da amostra: 2 a 3 dias sob refrigeração.
Método: cinético-enzimático.
Valores de Referência: 10 a 15 mU/mg de Hb.
Interferências: a deficiência de selênio pode levar a alterações da atividade enzimática.
Indicações: triagem para quadros de anemia hemolítica. A deficiência da Glutationa Peroxidase é uma patologia
autossômica recessiva, cujas formas clínicas são muito parecidas com a deficiência de G6PD, com hemólise aguda
de origem medicamentosa, hemólise crônica não-esferocítica e nas formas neonatais.
Informações importantes: dados de hemograma recente, idade e medicação atual.
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GLUTATIONA REDUTASE
Sinônimo mais usado: atividade da Glutationa Redutase.
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total com heparina, sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 a 3 dias sob refrigeração.
Método: Cinética enzimática.
Valores de Referência: 1,0 a 1,2 mU/mg de Hb
Interferências: elevações inadequadas de riboflavina.
Indicações: a deficiência da Glutationa Redutase pode levar a quadros hematológicos diversos, como anemia
hemolítica não-esferocítica, pancitopenia, trombopenia idiopática, megaloblastose medular e hemólise aguda
medicamentosa. É uma deficiência constitucional geralmente de caráter moderado.
Informações importantes: idade, medicação atual e dados de hemograma recente.
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GONADOTROFINA CORIÔNICA TESTICULAR
Sinônimo mais usado: Beta-HCG testicular
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência de partículas.
Valores de Referência: valores inferiores a 5,0 mUI/mL.
Interferências: não há referências na literatura médica.
Indicações: Valores acima de 25 mUI/mL, são encontrados em 40 a 60% dos pacientes com neoplasias nãoseminomatosas puras. Falso-Negativos ocorrem em 20 a 30% dos casos, mesmo com comprometimento de
linfonodos retroperitoniais. Casos falso-positivos são raros. Seu uso é maior como marcador do que
diferenciador de massa escrotal.
Informações importantes: idade, suspeita clínica e resultado da Alfa-Fetoproteína.
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GORDURA FECAL – PESQUISA OU DOSAGEM
Sinônimo mais usado: 204
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Material e conservação para envio: fezes recentes coletadas após 3 dias de dieta padrão para gordura fecal,
vide abaixo, sob refrigeração.
Instruções para coleta: Regime indicado: acima de 50 kg : introduzir às refeições normais, 3 colheres de sopa
de manteiga, divididas em três refeições, uma colher para o café da manhã, uma colher para o lanche da tarde e
uma colher no jantar ou na ceia, entre 22:00 e 23:00 horas. Pode ser servida com pão, ou derretida e introduzida
em algum prato, etc.
Entre 25 e 50 Kg, introduzir às refeições, 2 colheres de sopa de manteiga, cuja quantidade pode ser dividida em 3 ou 4
refeições do dia. Entre 10 e 25 kg, introduzir 1 colher de sopa de manteiga, dividindo a quantidade em 3 ou 4
refeições do dia, no pão ou derretida e introduzida em algum prato, como sopas, mingaus, etc. Abaixo de 10 kg, para
não lactentes, fornecer ½ colher de manteiga dividida entre as refeições do dia. Para lactentes, introduzir ½ colher de
sobremesa de manteiga, dividida entre as refeições do dia. O médico-assistente deverá aprovar este regime antes de
ser instituído ao paciente. Seguir estas instruções por 3 dias seguidos. No quarto dia coletar todas as evacuações, e
junta-las em um único frasco, fornecido pelo Laboratório São Camilo, que deverá ficar guardado sob refrigeração,
por todo o período de coleta. Levar ao laboratório na manhã do quinto dia. O regime deverá ser suspenso caso haja
piora do quadro do paciente, que justifique esta medida, com conhecimento do médico-assistente. Obs.: caso seja
impossível conservar as fezes na geladeira, pode-se conserva-las em recipiente de Isopor com gelo renovável,
fornecidos pelo Laboratório São Camilo.
Estabilidade da amostra: após coletada as fezes podem ser estocadas por mais 48 horas sob refrigeração.
Recomenda-se encaminhar as fezes de segunda-feira a quinta-feira. Não enviar às vésperas de feriado.
Método: Sudan III ou Fosfovanilina.
Valores de Referência: Pesquisa: Negativa, Dosagem: até 9,0 g de ácidos graxos/100g de fezes.
Interferências: Elevações: medicamentos que aumentam o trânsito intestinal, reposição de enzimas
pancreáticas, Colestiramina em doses superiores a 15g/dia, antibióticos de baixa absorção intestinal.
Diminuições : uso de medicamentos que diminuem o trânsito intestinal.
Indicações: a presença de gorduras nas fezes indica a presença de esteatorréia, assinalando quadros de má-digestão
dos alimentos por deficiências pancreáticas, como doença celíaca , enteropatias infecciosas, amiloidose, etc., ou
quadro de má-absorção intestinal.
Informações importantes: adesividade ao regime, possíveis perdas de fezes durante o período de coleta,
medicação atual e imediatamente pregressa.
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Haemophilus ducreyi – PESQUISA
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Cancro mole
Material e conservação para envio: raspado de lesões suspeitas, em áreas genitais, masculina ou feminina,
sendo realizados esfregaços em lâminas de microscopia (pelo menos 4 lâminas), que devem ser fixadas em bico
de Bunsen, e enviadas em porta-lâminas. (vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório
São Camilo pg 22-23).
Instruções de coleta: limpar bem as superfícies das lesões com gaze. Coletar todo o material de superfície das
lesões, espalhando-o sobre as lâminas de microscopia, principalmente os obtidos das bordas das lesões. A coleta
deverá ser feita com alça de platina flambada e esfriada, ou alça plástica estéril e descartável. Secar as lâminas e
após fixa-las ao fogo. Enviar em porta-lâminas a temperatura ambiente.
Geralmente as lesões de cancro mole são dolorosas, com cheiro fétido e são mais que uma. As bordas são
irregulares e o material de superfície é mais abundante que as lesões do cancro duro.
Estabilidade da amostra: uma vez fixadas ao fogo, a estabilidade, a temperatura ambiente, protegida da luz e
umidade, é de um ano.
205
GRUPO SÃO CAMILO
Método: microscópico com coloração segundo Gram.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: uso de medicação tópica e de antibioticoterapia prévia e atual.
Informações importantes: medicação prévia e atual, tempo de lesão.
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HAM- TESTE DE
Sinônimo mais usado: Teste para Hemoglobinúria Paraxística Noturna. (HPN)
Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sem nenhuma fibrina e 2 mL de sangue total em EDTA, sob
refrigeração. Colocar sob refrigeração imediatamente após a coleta.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração.
Método: Hemólise ácida.
Valores de Referência: teste negativo. Tubo com tampão ácido não apresenta hemólise.
Interferências: Falso-negativos: transfusões sangüíneas recentes (menos que 120 dias), terapia com heparina.
Falso-positivos: anemias auto-imunes, anemias megaloblásticas, por deficiência de Vitamina B12 ou de Ácido
Fólico e na Metaplasia Mielóide Agnogênica.
Indicações: A HPN é uma patologia hematológica adquirida, onde há uma sensibilidade anormal das hemácias
aos componentes do complemento sérico, possibilitando a hemólise, principalmente à noite, quando ocorre
acidificação fisiológica do sangue.
Informações importantes: presença de quadros de hemólise, medicação atual e idade.
_______________________________________________________________________________________
HAPTOGLOBINA
Sinônimo mais usado: Alfa-2 Haptoglobina
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Não pode haver hemólise na amostra.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. A coleta deve ser feita até às 12:00 horas.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunoturbidimetria.
Valores de Referência:
Faixa Etária
Em mg/dL
RN ( primeira semana)
< 10,0
1 semana a 1 mês
5,0 – 15,0
1 mês a 6 meses
10,0 – 70,0
6 meses a 1 ano
40,0 – 150,0
1 ano a 19 anos
40,0 – 160,0
Adultos (> 19 anos)
40,0 – 240,0
Interferências: Hemólise.
Alterações patológicas: a) Elevações: Processos inflamatórios agudos: Diabete Mellitus, Doenças auto-imunes,
Infecções, Inflamações inespecíficas, Necrose, Neoplasias, Síndrome Nefrótica , TRA
e TRH. Quadros de obstrução biliar.
b) Diminuições: Quadros de hemólise, doença hepática grave, como cirrose e neoplasias
206
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
hepáticas primárias ou metastáticas, Perda protéica, por lesões cutâneas extensas ou
perdas gastrointestinais. Deficiências ou falta de produção da proteína de fundo genético.
Indicações: Diagnóstico dos quadros de hemólise intravascular. A Haptoglobina é uma Alfa-2 globulina que liga a
hemoglobina livre do plasma. Elevando-se nos processos inflamatórios agudos, pode prejudicar o diagnóstico
de hemólise. Cerca de 15% dos pacientes tem seus níveis normais na vigência de quadros leves de hemólise.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
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Helicobacter pylori - ANTICORPOS IgG, IgA ou IgM
Sinônimo mais usado: Helicobacter –IgG ou IgM
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Quimioluminescencia.
Valores de Referência:
Para anticorpos da classe IgG:
Reagente/Positivo
> 1,1 UI/mL
Não Reagente/Negativo
< 0,9 UI/mL
Indeterminado (zona cinza) 0,9 – 1,1 UI/mL
Para anticorpos da classe IgM: Não Reagente
Para anticorpos da classe IgA: Não Reagente.
Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia.
Indicações: Os métodos imunológicos séricos para pesquisa de anticorpos anti-Helicobacter pylori
possibilitam o diagnóstico de infecção sem a endoscopia. Para confirmação da erradicação o teste deve ser
quantitativo. O critério de erradicação da infecção consiste em queda dos títulos em mais de 20% em pelo menos
6 meses após o tratamento.
Informações importantes: medicação atual, tempo de tratamento.
_______________________________________________________________________________________
Helicobacter pylori – PCR – RT QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: PCR do Helicobacter pylori
Material e conservação para envio: 2 ml de suco gástrico, biópsia gástrica, saliva, placa dental e fezes. Enviar
sob refrigeração.
Instrução para coleta: Para swab bucal solicitar kit de coleta ao Laboratório.
Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), swab bucal (7 dias).
Método: PCR em Real Time.
Valores de Referência: ausência de DNA de Helicobacter pylori.
Interferências: contaminações durante a coleta ou separação do soro.
Indicações : diagnóstico de infecção por Helicobacter pylori.
Informações importantes: medicação atual, tempo de medicação.
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GRUPO SÃO CAMILO
HEMÁCIAS DISMÓRFICAS
Sinônimo mais usado: dismorfismo eritrocitário
Material e conservação para envio: urina recente pode ser a primeira ou a segunda urina da manhã. Enviar
mínimo de 5 mL de urina recente, sob refrigeração. O frasco com a urina não pode encostar no gelo renovável.
Utilizar papel ou espuma de látex para isola-lo.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, coletando a primeira ou segunda urina da manhã.
Estabilidade da amostra: máximo 4 a 6 horas sob refrigeração controlada.
Método: microscopia de contraste de fase.
Valores de Referência: Hemácias dismórficas: Lesão Glomerular:
< 20%
Exclui Hematúria glomerular (HG)
21 a 29%
Possível HG
30 a 59%
Fortemente associado à HG
> 59%
HG
Tipos morfológicos
- Acantócitos
- Glomerular Shaped
Número de populações:
Associação `HG.
> 5%
> 5%
Até 4 tipos morfológicos
Interferências: secreções genitais contaminantes, tempo maior de conservação que o indicado.
Indicações: localização da origem da hematúria. Valores elevados de hemácias dismórficas (vide Valores de
Referência) indica hematúria glomerular.
Informações importantes: hora da coleta e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
HEMATOZOÁRIOS – PESQUISA
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Plasmodium sp
Material e conservação para envio: coletar com o paciente com febre alta, ou imediatamente após a queda de
temperatura. Coletar sangue digital e sangue periférico em EDTA. Preparar 4 a 6 lâminas finas (esfregaços) de
ambos materiais. Deixar secar a temperatura ambiente. Bem secas, podem ser embrulhadas, uma a uma com
papel alumínio ou colocadas em porta-lâminas.
Instruções para coleta: proceder como acima e anotar a medicação atual, temperatura no momento da coleta e
qual a periodicidade dos picos febris.
Estabilidade da amostra: as lâminas podem ficar a temperatura ambiente, protegidas, por tempo
indeterminado. O sangue periférico tem estabilidade, no EDTA , de 24 horas.
Método: coloração tipo Romanovski (Leishmann, Rosenfeld, Panótico, etc). A observação das lâminas é
microscópica.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: terapêutica específica anterior. Coleta fora do período febril ou imediatamente pós-febril.
Indicações: diagnóstico laboratorial de infestações por hematozoários.
Informações importantes: medicação prévia, ciclos febris e tempo de doença.
_______________________________________________________________________________________
208
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
HEMOCROMATOSE – DIAGNÓSTICO MOLECULAR – PCR
a) Teste para mutação S65C
b) Teste duo: mutações C282Y e H63D
c) Teste plus: mutações C282Y, H63D e S65C
Sinônimo mais usado: Diagnóstico molecular da Hemocromatose
Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal
em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C.
Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR em Tempo Real e PCR+RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA
Genômico).
Valores de Referência: Negativo (homozigoto normal). Heterozigoto: Possui mutação em um dos
cromossomos associados com aumento discreto do ferro sérico, da ferritina e saturação da transferrina.
Homozigoto: Possui mutação nos dois cromossomos. Está associada com aumento do ferro sérico, da ferritina e
saturação da transferrina.
Interferências: hemólise.
Indicações: diagnóstico molecular das principais mutações da Hemocromatose.
Informações importantes: quadro clínico, níveis de Ferritina, dados familiares, dia e hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
HEMOCULTURA
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Atualmente estamos utilizando o sistema Hemobac Trifásico II da Probac .
Coletar o sangue conforme instruções no Manual de Coletas Especiais do Laboratório São Camilo, não
descuidando da assepsia dos locais de coleta e da tampa onde o sangue será introduzido no frasco da Hemocultura
[Utilizar álcool iodado (70% / 1%) ou PVPI]. Aguardar um minuto a ação dos desinfetantes. Para inocular o
sangue, levante a parte central da tampa de alumínio. Não rompa este lacre. Uma vez inoculado o sangue no
frasco de hemocultura, homogeneizar o conteúdo do frasco, com inversões lentas. Coletar 10 mL de sangue
para adultos (utilizar frasco com tampa verde) e 5 mL para crianças (frasco com tampa da cor salmão).
O transporte pode ser feito a temperatura ambiente sob proteção da luz.
Instruções para coleta: vide o item anterior.
Estabilidade da amostra: após a inoculação do sangue no frasco de hemocultura, a amostra pode ficar até 48
horas a temperatura ambiente, tempo que deve chegar ao laboratório de microbiologia para continuação da
montagem do teste (colocação do complemento em Lâmino-Cultivo).
Método: microbiológico.
Valores de Referência: ausência de crescimento de bactérias.
Interferência: antibioticoterapia anterior, contaminação durante a coleta.
Informações importantes: medicação anterior, quadro clínico, procedimentos cirúrgicos recentes, uso de
instrumentos invasivos.
Nota: Hemocultura automatizada está em fase de validação.
_______________________________________________________________________________________
209
GRUPO SÃO CAMILO
HEMOGLOBINA A2 (ver eletroforese de hemoglobina)
_______________________________________________________________________________________
HEMOGLOBINA FETAL (ver eletroforese de hemoglobina)
_______________________________________________________________________________________
HEMOGLOBINA GLICADA
Sinônimo mais usado: HbA1c
Material e conservação para envio: sangue total em EDTA, 1 frasco, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Pacientes conhecidamente
hiperlipêmicos devem estar sob jejum não inferior a 12 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da
próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: Cromatografia líquida de alta performance (HPLC)
Valores de Referência:
Segundo Sociedade Brasileira de Diabetes: meta: inferior a 6,5%.
Segundo a DCCT (Diabetes Control and Complication Trial e UKPDS-United Kingdom Prospective Diabetes
Study): meta: inferior a 7,0%.
Para população em geral : 4,0 a 6,0%
Controle inadequado
: > 6,5%
Correspondência entre níveis de A1c e níveis médios de glicemia em mg/dL
Ref. Bibliográfica: Natahan, DM et al. Translating the A1c Assay into Estimated Average
Glucose Values. Diabetes Care 31:1-6,2008.
Valores de HbA1c em % e de Glicemia em mg/dL (níveis médios mensais):
Nível de A1c %
4
5
6
Meta SBD : 6,5
Meta DAD: 7
8
9
10
11
12
Estudo DCCT
65
100
135
152
170
205
240
275
310
345
Estudo ADAG
70
98
126
140
154
182
211
239
267
295
Interferências: Redução do valor real de HbA1c em função da diminuição do número de hemácias,
concentração de hemoglobina e do hematócrito:
- Afecções hematológicas que levam ao aumento do número de hemácias e/ou do hematócrito.
- Anemia hemolíticas de várias etiologias.
- Deficiência secundária de Eritropoetina devido a insuficiência renal.
- Deficiências nutricionais de folatos, vitamina B6 e Vitamina B12, ou patologias gástricas que diminuam a
210
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
-
absorção desses elementos.
Doenças que atinjam a produção da medula óssea, como fibrose, mieloesclerose, radiação, toxinas, tumores, etc.
Hemoglobinopatias que podem produzir resultados falsamente aumentados ou diminuídos.
Hipertireoidismo
Intoxicação por chumbo (Saturnismo)
Leucemias (alguns tipos)
Mieloma múltiplo
Queimaduras graves com perdas protéicas e líquidos.
Terapêutica com grandes concentrações de Vitamina C e Vitamina E, que podem inibir a glicação da
hemoglobina dentro das hemácias.
Aumento do valor real da A1c:
- Anemia ferropriva com aumento de mais de 2% nos níveis da hemoglobina glicada.
- Presença de hemoglobina acetilada (quimicamente ligada a salicilatos) em pacientes que fazem uso de doses
elevadas de ácido acetilsalicílico.
- Presença de hemoglobina carbamilada (quimicamente ligada à uréia), em pacientes com uremia por
insuficiência renal.
Alguns medicamentos podem alterar os níveis de HbA1c por interferências na cromatografia: antibióticos
macrolídeos e penicilina.
Uso de bebidas alcoólicas e hiperlipemias podem alterar os resultados desse exame.
OBS: os equipamentos que utilizamos no Laboratório São Camilo, podem sofrer alterações devido à
presença de HbE e Hemoglobina F elevada (acima de 5%).
Indicações:
Estudos clínicos de 2008 e 2009 demonstraram que a glicemia tem uma variabilidade que constitui-se em um
fator de risco independente pela amplitude das taxas de glicose, que variam com os horários do dia. A média das
glicemia do dia é um fator importante de risco endotelial, produzindo ou favorecendo as complicações
cardiovasculares dos diabéticos. Como a A1c é um valor que reflete somente o nível médio das glicemias no
últimos 60 a 120 dias, deve-se avaliar a variabilidade dos níveis de glicose sanguínea. Estes dados podem, hoje,
ser obtidos com facilidade dos monitores de glicose, através de programas de informatização. Outro fator que
deve ser lembrado é que as glicemias mais recentes tem maior impacto sobre os níveis de HbA1c do que as
glicemias mais antigas:
Influência das glicemias mais recentes e das “mais antigas” sobre os níveis de HbA1c:
1 mês antes
50%
| 2 meses antes
|
25%
| 3 meses antes
| 4 meses antes
|
25%
O impacto de qualquer variação significativa (tanto para cima como para baixo), nos níveis de glicemia média
será diluído dentro de 3 a 4 meses, em relação aos níveis de Hemoglobina Glicada. As glicemias mais recentes
causarão maior impacto nos níveis médios de HbA1c. Para que esta avaliação seja mais segura para o paciente e
tenha efeito sobre o controle da doença, a determinação da Hemoglobina Glicada deve ser realizado pelo menos
2 vezes ao anos para todos os pacientes diabéticos com esquemas terapêuticos bem estabelecidos e pelo menos 4
vezes ao anos (trimestralmente) para os pacientes que tiveram que alterar o seu esquema terapêutico ou que ainda
não atingiram os objetivos ou suas metas com o tratamento prescrito.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
211
GRUPO SÃO CAMILO
HEMOGLOBINA H (ver eletroforese de hemoglobina)
_______________________________________________________________________________________
HEMOGLOBINA–S
Sinônimo mais usado: depranocitose ou teste de eluição
Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração e pelo menos 3 lâminas
com esfregaços não grossos, bem secas, protegidas em porta lâminas.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 12 horas sob refrigeração, em caixa isotérmica, com gelo renovável, separada por
camadas de papel.
Método: teste da depranocitose com ditionito de sódio em ambiente anaeróbico e teste da eluição segundo
Ramalho et al, também com ditionito de sódio e centrifugação.
Valores de Referência: testes negativos. Para o teste de eluição podemos ter :
Sobrenadante
Precipitado
Hb AA
Incolor
Vermelho
Hb AS
Levemente vermelho
Vermelho claro
HbSS
Vermelho (hemól ise)
Claro
Indicações: o teste da depranocitose demonstra a presença de Hemoglobina S em heterozigose ou homozigose,
com a formação de hemácias falciformes (em forma de foice) na montagem entre lâmina-lamínula. Testes falsoNegativos podem ocorrer quando as concentrações de HbS são inferiores a sensibilidade analítica mínima do
teste, ou quando a quantidade de Hemoglobina Fetal (HbF) é muito elevada. Nos testes de eluição, há a possibilidade de se diagnosticar casos hetero, como homozigóticos. Testes falso-positivos podem ocorrer em algumas
hemoglobinopatias mais raras e nos quadros de policitemias.
Informações importantes: uso de medicações específicas contra a falcização, como o uso de tiouréia, etc,
transfusões recentes de sangue, etc.
_______________________________________________________________________________________
HEMOGRAMA
Sinônimo mais usado: exame hematológico
Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total em EDTA, mais pelo menos dois esfregaços em lâmina
de microscopia, secos a temperatura ambiente. O sangue pode ser estocado e enviado sob refrigeração, separado do
gêlo renovável por papel e as lâminas enviadas a temperatura ambiente em porta lâminas.
Instruções para coleta: coletar preferencialmente pela manhã, para os exames de rotina, com jejum mínimo de 4
horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Como o Hemograma é um dos itens
laboratoriais mais solicitados em casos de emergêmcias, o exame pode ser coletado a qualquer momento, pois as
variações de valores de referência, com ou sem jejum passam a ser desprezíveis frente a um quadro clínico de
emergência, como hemorragias, infecções agudas, etc.
Estabilidade da amostra: as lâminas (esfregaços secos), mesmo não fixadas tem longo período de estabilidade,
desde que sejam guardadas em porta-lâminas, em local fresco e ao abrigo da luz. Se forem coradas a validade é ainda
maior. Temos revisado lâminas coradas, com mais de um ano, sem perda da qualidade. Lâminas não coradas tem
sido observadas após um mês de arquivo, e coradas posteriormente, sem perda das características
morfotintoriais. O sangue em EDTA, coletado em frascos comerciais (BD, Cral, Terumo, etc) tem apresentado
boas condições de análise até 12 horas após a coleta. Após este período, há perda da qualidade de contagens,
dosagem da Hemoglobina, análise da porcentagem dos reticulócitos, etc.
212
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Método: análise em contadores eletrônicos de partículas, capazes de captar variações de resistividade, difração e
dispersão óptica, absorção espectrofotométrica/fluorométrica, impedância e laser. Como a análise é tridimensional, o
tamanho, forma e variabilidade dos elementos normais e anormais são possíveis com grande qualidade e confiabilidade.
Valores de Referência: o Laboratório São Camilo tem pesquisado, por longos anos os valores referenciais para
várias faixas etárias e também para vários períodos da gestação.
Valores referenciais para período de 0 a 2 anos:
0-7 dias
Eritrócitos (milhões/mm³)
3,9 - 6,0
13,5 - 22,0
42,0 – 60,0
3,6 - 6,0
12,5 – 21,0
39,0 – 60,0
3,0 –
10,0 31,0 -
88,0 – 120,0
20,0 - 40,0
28,0 - 38,0
≤ 7%
6,5 - 12,0
150 – 500
934
0 – 600
20 - 850
0
0
0
0 - 4100
1500 – 10000
2000 – 17000
0
400 - 1800
0
86,0 – 120,0
28,0 – 40,0
29,0 - 37,0
≤ 7%
6,5 - 12,0
150 - 500
521
0 - 600
20 - 850
0
0
0
0 - 2200
1000 - 9500
2000 – 17000
0
400 - 1800
0
85,0 –
20,0 29,0 –
0,5 –
6,5 15050–
20 –
Hemoglobina (g/dL)
Hematócrito (%)
RDW
V.C.M. ( µ³ ou F -femto)
H.C.M ( pg ou f/mol)
C.H.C.M ( % ou mmol/L)
RETICULÓCITOS (%)
V.P.M. (fL)
PLAQUETAS (mil / mm³)
LEUCÓCITOS (mil/mm³)
BASÓFILOS / mm³
EOSINÓFILOS/mm³
PROMIELÓCITOS/mm³
MIELÓCITOS / mm³
METAMIELÓCITOS/mm³
BASTONETES / mm³
SEGMENTADOS / mm³
LINFÓC. TÍPICOS/mm³
LINFÓC. ATÍPICOS/mm³
MONÓCITOS / mm³
PLASMÓCITOS / mm³
8-14 dias
15-30 dias
Analito
5,5
20,0
55,0
110,0
40,0
37,0
1,5
12,0
500
20
600
850
0
0
0
0 - 1900
1000 – 9000
2500 – 16500
0
50 - 1100
0
2-5 meses
6-11 meses 1-2 anos
3,1 – 4,5
10,0 - 14,0
28,0 - 42,0
3,7 – 6,0
10,0 – 13,5
33,0 – 40,0
3,7 – 6,0
10,5 – 13,5
33,0 – 40,0
77,0 - 110,0
26,0 - 34,0
29,0 – 37,0
0,5 - 1,5
6,5 - 12,0
150 - 500
5 – 15
0 – 600
20 – 850
0
0
0
0 – 1340
1000 – 8500
4000 – 13500
0
50 - 1100
0
74,0 – 89,0
25,0 – 35,0
30,0 – 36,0
0,5 – 1,5
6,5 – 12,0
150 – 500
6 - 11
0 - 200
500 – 700
0
0
0
0 - 910
1500 – 8500
4000 -10500
0
50 - 1100
0
74,0 –
27,0 –
33,0 –
0,5 –
6,5 –
150 –
60 0-
89,0
35,0
36,0
1,5
12,0
500
11
200
500
0
0
0
0 – 890
1500 – 8000
1500 – 7000
0
0 – 800
0
12 -14 anos
Masculino
4,3 – 5,4
12,5 – 15,0
36,5 – 46,0
11,9 – 14,5
78,0 – 92,5
25,5 – 34,0
31,0 – 36,0
0,5 – 1,5
6,5 – 12,0
150 – 500
5,0 – 10,0
0 – 200
50 – 500
0
0
0
0 – 840
1600 – 8500
900 – 2900
0
300 – 900
0
12 - 14 anos
Feminino
4,0 – 5,1
11,5 – 14,8
34,5 – 44,0
12,5 – 14,4
80,7 – 91,7
27,5 – 33,3
32,9 – 34,9
0,5 – 1,5
6,5 – 12,0
150 – 500
4,8 – 10,0
0 – 200
50 – 500
0
0
0
0 – 800
1400 – 8400
1000 - 3000
0
300 - 1000
0
Valores Referenciais para faixas etárias de 3 a 14 anos:
ANALITO
Eritrócitos ( milhões/mm³ )
Hemoglobina ( g/dL)
Hematócrito ( % )
RDW (%)
VCM ( µ³ ou fL (femto))
HCM ( pg ou f/mol )
CHCM ( % ou mmol/L)
RETICULÓCITOS (%)
V.P.M. (fL)
PLAQUETAS mil/mm³
LEUCÓCITOS mil/mm³
BASÓFILOS/ mm³
EOSINÓFILOS / mm³
PROMIELÓCITOS/mm³
MIELÓCITOS /mm³
METAMIELÓCITOS/mm³
BASTONETES / mm³
SEGMENTADOS / mm³
LINFÓC. TÍPICOS / mm³
LINFÓC. ATÍPICOS /mm³
MONÓCITOS / mm³
PLASMÓCITOS / mm³
3 - 5 anos
3 - 5 anos
6 - 11 anos
6 - 11 anos
Masculino
4,1 - 5,3
11,0 – 14,5
33,0 – 43,0
12,0 – 14,0
74,0 – 89,0
24,0 – 32,0
32,0 – 36,0
0,5 – 1,5
6,5 – 12,0
150 – 500
4,0 – 12,0
0 – 200
0 – 650
0
0
0
0 – 960
1500 - 8500
1500 – 7000
0
0 – 800
0
Feminino
4,1 – 5,2
11,8 – 14,7
35,0 – 44,0
12,0 – 14,0
74,0 – 89,0
25,0 – 32,0
32,0 – 36,0
0,5 – 1,5
6,5 – 12,0
150 – 500
5,0 – 11,5
0 – 200
0 – 650
0
0
0
0 – 900
1400 – 8300
1500 – 7000
0
0 – 900
0
Masculino
4,2 – 5,1
12,0 – 14,0
35,8 – 42,4
12,0 – 13,4
76,5 – 90,6
25,0 – 33,0
31,0 – 36,0
0,5 – 1,5
6,5 – 12,0
150 – 500
4,0 – 10,8
0 – 200
0 – 650
0
0
0
0 – 810
1500 – 8500
1500 – 6500
0
0 – 800
0
Feminino
4,1 – 5,3
12,0 – 14,5
35,7 – 43,0
11,6 – 14,0
78,5 – 90,4
27,0 – 33,0
32,0 – 36,0
0,5 – 1,5
6,5 – 12,0
150 – 500
4,8 – 10,7
0 – 200
0 – 500
0
0
0
0 – 780
1500 - 8500
1500 – 6800
0
0 – 850
0
213
GRUPO SÃO CAMILO
Valores Referenciais para adultos:
(> 14 anos atingem os valores de adultos )
ANALITO
ERITRÓCITOS ( milhões/mm³ )
HEMOGLOBINA (g/dL)
HEMATÓCRITO ( % )
R.D.W. ( % )
V.C.M. ( µ³ ou fL ( femto))
H.C.M. ( pg ou f/mol)
C.H.C.M. ( % ou mmol/L)
RETICULÓCITOS (%)
V.M.P. ( fL)
PLAQUETAS ( mil/mm³ )
LEUCÓCITOS (mil/mm³)
BASÓFILOS /mm³
EOSINÓFILOS / mm³
PROMIELÓCITOS /mm³
MIELÓCITOS / mm³
METOMIELÓCITOS/mm³
BASTONETES / mm³
SEGMENTADOS /mm³
LINFÓC. TÍPICOS/mm³
LINFÓC. ATÍPICOS/mm³
MONÓCITOS / mm³
PLASMÓCITOS / mm³
HOMENS
4,32 – 5,72
13,5 – 17,5
38,8 – 50,0
11,8 - 15,6
81,2 – 95,1
26,0 – 34,0
31,0 – 36,0
0,5 – 1,5
6,5 – 12,0
150 – 400
5,0 – 10,0
0 – 100
50 – 500
0
0
0
0 – 840
1700 – 8000
900 – 2900
0
300 - 900
0
MULHERES
3,9 – 5,1
12,0 – 15,5
34,9 – 44,5
11,9 – 15,5
81,6 – 98,3
26,0 – 34,0
31,0 – 36,0
0,5 – 1,5
6,5 – 12,0
150 – 400
5,0 – 10,0
0 – 100
40 – 450
0
0
0
0 – 860
1750 – 8200
850 – 8000
0
300 – 900
0
Valores de Referência para gestantes:
Semanas de
gestação
ERITROGRAMA
12 – 17 18 – 23 24 – 27
28 – 31
32 – 35
36 – 40
1 dia p.p.
Eritrócitos (milhões/mm³)
Hemoglobina (g/dL)
Hematócrito ( % )
RDW (%)
VCM (fL)
HCM ( f/mol)
CHCM( mmol/L)
Reticulócitos ( % )
VPM ( fL)
Plaquetas ( mil/mm³ )
3,36 – 4,93
11,2 – 14,7
31,7 – 43,0
12,0 – 14,8
83,2 – 99,3
27,0 – 33,9
32,0 – 35,3
0,5 – 1,5
5,6 – 11,2
135 – 470
3,37 – 4,30
10,2 – 14,1
30,0 – 40,8
12,0 – 14,9
83,4 – 101,5
26,5 – 35,0
31,6 – 35,6
0,5 – 1,7
5,2 – 11,2
120 – 485
3,40 – 4,53
10,4 – 14,3
30,2 – 42,3
11,5 – 16,5
81,2 – 102,0
25,7 – 34,9
31,7 – 35,3
0,4 – 1,4
5,8 – 10,7
120 – 485
3,51 – 4,71
10,8 – 14,7
32,2 – 42,7
11,4 – 16,6
80,7 – 102,0
25,6 – 34,0
31, - 35,5
0,4 – 1,2
5,8 – 11,1
110 – 489
3,32 – 5,08
10,5 – 15,6
30,5 – 43,0
12,8 – 15,8
77,8 – 101,9
24,6 – 34,5
31,5 – 35,1
0,4 – 1,8
5,8 – 11,1
100 - 630
3,35 – 4,33
10,4 – 13,9
30,6 – 40,2
12,6 – 14,7
84,0 – 100,9
27,2 – 34,1
32,0 – 35,2
0,5 – 1,6
5,2 – 11,0
122 – 492
LEUCOGRAMA
12 – 17 18 – 23 24 – 27 28 – 31 32 – 35 36 – 40
1 dia p.p
Leucócitos ( mil/mm³ )
Basófilos
Eosinófilos
Promielócitos
Mielócitos
Metamielócitos
Bastonetes
Segmentados
Linfócitos típicos
Linfócitos atípicos
Monócitos
6,3 – 13,6
0,0 – 0,1
0,05 – 0,5
Ausentes
Ausentes
Ausentes
0,0 – 0,84
5,2 – 12,2
1,8 – 11,8
Ausentes
0,6 – 1,0
6,7 – 25,0
0,0 – 0,1
0,05 – 0,5
Ausentes
Ausentes
Ausentes
0,0 – 0,84
8,9 – 19,0
2,3 – 9,3
Ausentes
0,1 – 1,4
Legenda : p.p = pós-parto.
214
VI
3,37 – 4,54
10,6 – 14,1
31,0 – 41,5
12,6 – 15,1
84,1 – 99,4
26,6 – 33,1
31,6 – 35,3
0,5 – 1,5
5,4 – 10,9
134 – 493
6,3 – 13,9
0,0 – 0,1
0,05 – 0,5
Ausentes
Ausentes
Ausentes
0,0 – 0,84
2,7 – 13,0
1,0 – 9,3
Ausentes
0,1 – 1,2
8,0 – 14,0
0,0 – 0,1
0,05 – 0,5
Ausentes
Ausentes
Ausentes
0,0 – 0,84
2,3 – 13,0
2,0 – 10,0
Ausentes
0,6 – 1,0
8,0 – 14,0
0,0 – 0,1
0,05 – 0,5
Ausentes
Ausentes
Ausentes
0,0 – 0,84
7,0 – 13,0
2,3 – 10,5
Ausentes
0,1 – 1,4
8,6 – 14,8
0,0 – 0,1
0,05 – 0,5
Ausentes
Ausentes
Ausentes
0,0 – 0,84
8,0 – 14,0
2,3 – 9,3
Ausentes
0,3 – 1,6
8,6 – 14,8
0,0 – 0,1
0,05 – 0,5
Ausentes
Ausentes
Ausentes
0,0 – 0,84
7,0 – 14,0
3,1 – 10,0
Ausentes
0,9 – 1,2
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: medicações que podem alterar a produção sanguínea, transfusões de sangue, hemorragias
crônicas ou agudas, doenças hematológicas, doenças sistêmicas que podem cronicamente alterar a
hematopoiese ou destruição celular, etc. Interferência podem ocorrer no período pré-analítico, como período
pré-menstrual, uso de bebidas alcoólicas, tabaco, exercícios, problemas na coleta, como período longo de
estase, coagulação do sangue, etc. Muitas considerações podem ser lidas no item sobre indicações do exame.
Indicações: (esse item tem que ser muito resumido, comparando-se os livros de texto que tratam desse tema.
Aqui somente faremos referência aos principais e mais freqüentes).
Linhagem eritrocitária:
Anemias: são em geral definidas pela queda dos índices hematológicos, sendo sempre úteis as análises dos
valores eritrocitários, seus índices e as contagens dos reticulócitos (% e absoluta), para definir, se possível, as
etiologias das anemias.
As anemias medulares ou centrais, encontradas principalmente nas insuficiências medulares, leucemias em nos
cânceres, são não-regenerativas e os níveis de reticulócitos sempre estão diminuídos (A contagem dos
reticulócitos é indissociável das análises das anemias, sendo cada vez um item importante para a análise dos
hemogramas). O termo diseritropoiese pode ser usado, quando os índices estão alterados.
Os mais usados índices ou constantes eritrocitários são:
a) VCM ou VGM (Volume corpuscular Médio dos eritrócitos, ou Valor Globular Médio dos eritrócitos):
que é calculado
b) CHbCM (Concentração de hemoglobina corpuscular média): que é calculado:
CHbCM = __Hemoglobina (g/100 mL) x 100__ % ou mmol/L
Hematócrito (%)
c) HCM (Hemoglobina corpuscular média): que é calculado:
HCM = ____Hemoglobina (g/100mL) x 10__
n° de hemácias (milhões/mm³)
pg ou f/mol
As anemias periféricas ou não medulares são geralmente regenerativas e a contagem dos reticulócitos estão
normais ou elevadas. Com estes dados, dependendo dos índices eritrocitários e da contagem dos reticulócitos, o
diagnóstico tenderá para perdas sanguíneas crônicas ou agudas ou quadros de hemólise. As hemólises podem ser
extra-globulares por ação mecânica de próteses valvulares, imunológicas por ação de anticorpos anti-membrana
eritrocitária, tóxica por ação de toxinas bacterianas, fúngicas ou externas e parasitárias, como ocorre na malária.
Temos ainda o hiperesplenismo com destruição acentuada de hemácias pelo baço, que pode ser primário ou
secundário (como nas anemias autoimunes). As hemólises intraglobulares podem ocorrer por anomalias de
membrana das hemácias, hemoglobinopatias que cursam com hemólise, como HbC e Talassemia, ou
deficiências enzimáticas como G6PD, Piruvatoquinase, etc.
As anemias normocíticas normocrômicas geralmente ocorrem nas hemorragias agudas.
As anemias macrocíticas normocrômicas podem ocorrer nas anemias megaloblásticas, alcoolismo, e em
algumas parasitoses.
As anemias mais comuns em nosso meio são as microcíticas hipocrômicas. Estas podem ser divididas em
hipossiderêmicas por carência de ferro ou processos inflamatórios crônicos e hiperssiderêmicas como no
saturnismo ou nas anemias sideroblásticas.
A poliglobulia pode ocorrer pelo aumento da contagem de hemácias:
a) Poliglobulias Primárias : como na Policitemia Vera, Doença de Vasquez, etc.
215
GRUPO SÃO CAMILO
b) Poliglobulias Secundárias, como nas poliglobulias reacionais (metahemoglobinemia), tumorais e hipoxêmicas
(insuficiência cardíaca, pneumopatias crônicas, e genéticas como nas poliglobulias familiares).
A poliglobulia eleva a viscosidade do sangue e geralmente vem acompanhada de aumento da contagem das
plaquetas, o que pode dificultar as contagens nos equipamentos eletrônicos.
- Alterações morfológicas das hemácias:
Tamanho: Microcitose (hemácias pequenas), Macrocitose (hemácias grandes), variação do tamanho das
hemácias, populações de eritrócitos grandes, pequenos e normais denomina-se Anisocitose.
Forma: alterações de formas chama-se Poiquilocitose.
Dependendo do tipo da forma pode-se ter Esquizontes, que ocorre nas síndromes urêmicas dos RN, nos
portadores de válvulas cardíacas e nos quadros de Coagulação Intravascular Disseminada. Acantócitos,
Equinócitos, Hemácias em lágrimas, Eliptócitos, Ovalócitos, Depranócitos, Esferócitos, Estomatócitos, etc .
Todas essas forma podem ser vistas no exame Morfologia dos Eritrócitos, mais a frente.
- Alterações da cor das hemácias: Os Anulócitos:apresentam um aumento do centro claro dos eritrócitos, o que é
encontrado nas anemias ferroprivas. Células em Alvo, ou Dianócitos: são eritrócitos que apresentam uma zona
clara circular, encontradas nas hemoglobinopatias, nas anemias ferroprivas, nas cirroses e nos quadros de
talassemia. A Anisocromia, refere-se as alterações de cor no sangue de um mesmo paciente, é encontrada nas
hemoglobinopatias, nas talassemias, nas anemias ferroprivas e nas cirroses, por distribuição irregular das
hemoglobinas dentro das hemácias. Hipocromia: eritrócitos pouco corados, vistos nas anemias hipocrômicas.
Policromatofilia: são hemácias mais escuras, com tons acinzentados, encontradas nas anemias regenerativas (
hemácias jovens e/ou reticulócitos com coloração não específica, tipo Romanovski). Hemácias com
pontilhado basófilo: encontradas nas anemias hemolíticas, nas talassemias, nas anemias tóxicas e no
saturnismo.
- Inclusões anormais: Anéis de Cabot- presença de linha em anel, em forma de raquete, ou em forma de oito,
com cor avermelhada, encontrados nas diseritropoieses. Corpúsculos de Heinz:aparecem no sangue com a
mesma coloração para os reticulócitos, só que são mais grosseiros e escassos do que aqueles, são encontrados
nas deficiências de G6PD, intoxicações medicamentosas, principalmente por sulfas, e na presença de
Hemoglobina H. Corpúsculos de Howell-Joly: presença de granulação, geralmente solitária, de cor vermelho
violácea, com aproximadamente 1 micra de diâmetro, presentes nas anemias megaloblásticas e após
esplenectomia. Corpúsculos de Pappenheimer: inclusões (2 a 5), basofílicas, redondas, agrupadas em um pólo
da hemácia ( são grãos de ferro das mitocôndrias. São reveladas pela coloração de Perls).
O VCM: A diminuição do VCM está relacionado a uma anemia microcítica. Assim poderemos ter as anemias
hipocrômicas microcíticas com ou sem carência de ferro e as anemais hemolíticas constitucionais.
O aumento do VCM está relacionado a uma macrocitose, que pode ser por anemia regenerativa (os reticulócitos e
as hemácias jovens tem uma tendência a macrocitose), insuficiência pancreática exócrina , hipotiroidismo e
cirrose hepática de fundo alcoólico. Quando o tamanho das hemácias é bem grande, podemos ter as
megaloblastoses, com a presença do predomínio dos megaloblastos medulares, o que pode ocorrer na má
nutrição, nas síndromes de malabsorção intestinal e gástrica, nas gastrectomias antrais, nas doenças intestinais,
no uso de medicamentos que tem ação antifólica, como os anticancerígenos, os anticonvulsivantes, etc.
O CHbCM: A diminuição do CHbCM aparece nos casos de microcitose com HCM normal ou diminuído nos
casos de anemias hipocrômicas. O seu aumento relaciona-se à macrocitoses.
O HCM: Diminuído: anemia hipocrômica.
Aumentado: pode ser desde uma medida errônea do hematócrito e/ou da hemoglobina ou altos níveis
de Hemoglobina com aumento da viscosidade sanguínea com ou sem valores elevados de proteínas séricas,
como ocorre nas imunoglobulinopatias monoclonais.
216
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Leucócitos: Suas variações podem ser quantitativas e/ou qualitativas. As variações qualitativas ligam-se as
variações dos tipos morfológicos (ver livros de texto sobre o assunto).
Pancitopenia: diminuição de todas as linhagens sanguíneas, como mielóide, linfóides, eritrocitárias,
plaquetárias, etc. As pancitopenias de origem central ou medular requerem a realização de mielograma ou
biópsia de medula óssea para o diagnóstico. A pancitopenia pode ser devida à aplasia medular, invasão medular
metastática ou mielofibrose, tuberculose, etilismo, necrose medular , medicamentosas como nos tratamentos
mielossupressivos e toxicidade de metais pesdos. As pancitopenias periféricas ou não medulares podem ocorrer
por hiperesplenismo, hemoglobinúria paroxística noturna e no LES.
Agranulocitose: ausência de neutrófilos polimorfonucleares do sangue periférico (valores ≤ 200 /mm³),
geralmente conseqüência de terapias com drogas supressoras da medula. Pode ocorrer por reação imunoalérgica
com destruição dos neutrófilos circulantes e medulares ou de forma mais rara devido a citotoxicidade do
medicamento sobre os polimorfonucleares, como antibióticos, anti-histamínicos, analgésicos,
anticonvulsivantes, anti-tireoidianos, diuréticos, principalmente os mercuriais, fenotizaidas e anti-inflamatórios
(hoje os de maior prevalência nos casos). Geralmente os processos são de regressão espontânea, levando uma a
duas semanas para a recuperação, após a suspensão do tratamento. O mielograma é útil tanto na fase diagnóstica,
como na fase de recuperação.
Polimorfonucleares neutrófilos:
- Neutrofilia (aumento do número de neutrófilos):
Infecções bacterianas, Síndromes mieloproliferativas, nas hemorragias e hemólises, processos
metabólicos, com gota, IRC, acidose diabética, etc, Doenças autoimunes e inflamatórias, algumas
parasitoses, necrose tissular, quadros de isquemia, tromboses, Cânceres, tabagismo, e algumas doenças
linfoproliferativas.etc.
- Neutropenia (diminuição do número de neutrófilos):
Infecções virais, Infecções por alguns bacilos gram-negativos, como febre tifóide ou paratifóide,
hipotireoidismo, aplasia medular, agranulocitose tóxica, constitucional, imunoalérgica, invasão medular
Síndrome de Felty , malária, Leishmaniose visceral, doenças linfoproliferativas, como doença de
Waldenström, doença de Kahler etc.
Eosinófilos:
- Eosinofilia (aumento dos eosinófilos) :
Doenças alérgicas, parasitárias, doenças linfoproliferativas, vasculites e arterites, com a presença de
complexos imunes, circulantes, como na Periarterite nodosa, Síndrome de Shulman, Granulomatose de
Churg, e Granulomatose de Strauss.
- Eosinopenias : são dignas de nota quando associadas a quadros infecciosos agudos.
Linfócitos:
- Linfocitose (aumento dos linfócitos):
Infecções virais, Coqueluche, Doenças autoimunes, Doenças linfoproliferativas, endocrinopatias, reações
alérgicas medicamentosas, etc.
- Linfopenia (diminuição dos linfócitos):
Doenças neoplásicas, Sarcoidose, Alinfocitose congênita, Hipercorticolismo, AIDS, Linfomas, acidose
diabética.
Monócitos:
- Monocitose (aumento dos monócitos):
Leucemias agudas mielomonocíticas, leucemias crônicas mielomonocíticas, nos quadros de regeneração das
neutropenias medicamentosas e após tratamento quimioterápico. Tuberculose, e quadros gripais.
Anomalias qualitativas:
Geralmente são alterações ligadas à presença de células precursoras no sangue periférico, como
eritroblastemia, Mielemia, Blastose periférica, com a presença de células blásticas, nos casos de leucemias
217
GRUPO SÃO CAMILO
agudas ou agudizadas, etc.
Pode-se ainda encontrar anomalias dos linfócitos que podem ser patognomônicas de certas doenças, como
no caso da tricoleucemia ou reticuloendoteliose leucêmica, onde são encontrados linfócitos com o
citoplasma apresentando tipo de franja ou cabelos e linfócitos do tipo T, com núcleos cerebriformes
característicos da doença de Sézary.
Anomalias morfológicas leucocitárias:
- Anomalia de Adler: aparece em um tipo de mucopolissacaridose, que podem ser encontradas nas granulações
dos eosinófilos, nas granulações dos neutrófilos e até em linfócitos e monócitos (que normalmente não as
apresentam). As granulações se apresentam maiores, de coloração azurrófila e mais coloridas.
- Anomalia de Chediak-Higashi: Anomalias também das granulações, que são de grandes tamanhos, muito
características e podem aparecer tanto nos polimorfonucleares, como nos monócitos e linfócitos. É de origem
hereditária, autossômica e recessiva, e homozigótica. Devido ao tipo anômalo de grânulos, os pacientes tem
dificuldade de fagocitose e quimiotactismo, levando a infecções repetidas.
- Anomalia de May-Hegglin: incide sobre os polimorfonucleares que apresentam corpúsculos de Döhle,
sempre associada a quadros de trombocitopenia com plaquetas gigantes. A anomalia é de herança genética,
autossômica, dominante. Os corpúsculos de Döhle são áreas do citoplasma dos polimorfonucleares
desprovidas de granulações, de cor basofílica. São encontrados em algumas infecções como na escarlatina,
caxumba, etc, e em pacientes queimados.
Corpúsculos de Auer: são bastonetes, de aspecto cristalino, azurrófilo-acinzentado, encontrados nos citoplasmas
de mieloblastos e promielócitos, tanto no sangue periférico, como na medula óssea, nas leucemias mielóides
agudas, nas formas mieloblásticas ou promielocítica. Quando a sua presença é abundante nas células, devido à
lise celular, os bastonetes podem ser encontrados livres, fora das células.
Informações importantes: medicação atual, jejum e suspeitas clínicas.
_______________________________________________________________________________________
MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA:
Tipos morfológicos
Micrócitos hipocrômicos
Micrócitos hipercrômicos
Macrócitos policromáticos
Macrócitos hipercrômicos
Estomatócitos
Hemácias em alvo
Anemias hemolíticas esferocíticas congênitas, ou anemias autoimunes.
Reticulocitose, eritropoiese hiperpástica ou displásica.
Uso de anti-retroviais, hepatopatias, anemias megaloblásticas
Estomatocitose hereditária, etilismo, anemias hemolíticas e artefatos de técnica
Codócitos ou target -cells: talassemias minor e major, hemoglobinopatias
S,C e E. Pós-esplenectomia e hepatopatias .
Ovalócitos
Eliptócitos
Dacriócitos (Hemácias em lágrimas)
Idiopática, ovalocitose congênita, anemia ferropriva, anemia megaloblástica.
Hemácias falciformes (drepanócitos)
Anemia falciforme
Hemácias espiculadas ou spurr-shapped cells: pós-esplenectomia,
hepatopatias, acantocitose congênita, insuficiência renal.
Burr-shapped cells: uremia, pós-esplenectomia ou artefatos de técnica
Acantócitos
Equinócitos (hemácias crenadas)
Esquizócitos
Queratócitos ( Semilunares)
Cristais em Hemácias
218
VI
Relação com quadros hematológicos
Anemias ferroprivas, talassemias, sangue de crianças
Eliptocitose hereditária, mielodisplasias, anemia ferropriva, talassemias.
Hemácias piriformes: talassemias, mielofibrose, anemias megalob lástica,
mielotísicas e mielodisplásicas.
Hemácias fragmentárias: CIVD,PTT, mielodisplasias, queimaduras,
hemólises e microangiopatias.
Hemácias em capacete: hemólise oxidativa, deficiência de G6PD e
terapia com sulfona.
Hemoglobinopatia C.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
HEMOSSEDIMENTAÇÃO
Sinônimo mais usado: VHS
Material e conservação para envio: 1 mL de sangue total em tubo com EDTA, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração.
Método: fotometria capilar em fluxo cinético de ponto final, em radio freqüência, automatizada.
Valores de Referência:
Até 50 anos
Homens
Mulheres
> 50 anos
Homens
Mulheres
Em mm
Até 5
Até 7
Até 7
Até 10
Interferências: a) Fatores técnicos: elevações da velocidade por problemas com a conservação do material clínico,
alterações da temperatura no equipamento utilizado, b) alterações por medicamentos: aumento da velocidade: uso de
Ácido Acetilsalicílico e anti-inflamatórios não-hormonais, diminuição da velocidade: doses elevadas de
corticosteróides.
Indicações: elevações: na maioria dos casos de elevações do VHS é por aumento dos níveis do Fibrinogênio.
Paraproteínas também podem elevar a velocidade de hemossedimentação. Moléstias inflamatórias, doenças
infecciosas, gestação no segundo e terceiro trimestres e no pós-parto imediato. Convalescença de pósoperatórios, níveis elevados de colesterol, macrocitose, anemias, hipotereoidismo, hipertireoidismo, baixos
níveis de albumina, hiperfibrinogenemia idiopática, hemorragia aguda, ICR, diabetes,etc.
Diminuições: Policitemia Vera, microcitose, esferocitose, hipofibrinogenemia,
hipogamaglobulinemia, ICC, quadros de caquexia e grandes leucocitoses.
A VHS só tem valor apenas quando elevado. Muito pouco específico e sensível é um teste utilizado como
triagem. É ainda utilizado como “sinal de doença” para algumas escolas médicas. Pode ser utilizado como
acompanhamento de melhora de algumas doenças, devido à resposta terapêutica, como Polimialgia Reumática,
Artrite Reumatóide e Artrite Temporal.
Algumas patologias cursam com valores muito elevados de VHS (geralmente superiores a 100 mm), como
Neoplasias sólidas metastáticas, Mieloma Mútiplo, Hiperfibrinogemia, outras neoplasias, Polimialgia
Reumática, Poliarterite Nodosa, macroglobulinemia, doenças renais, Tuberculose pulmonar, boncopneumonias
agudas, Lúpus Eritematose Sistêmico, doenças arteriais agudas, períodos de reagudização de parasitoses (como
Malária, Kala-Azar), doença de Crohn, etc.
Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
HEMOSSIDERINA - PESQUISA
Sinônimo mais usado: pesquisa de sideroblastos e lâminas.
Material e conservação para envio: a) Urina: centrifugar no mínimo 10 mL de urina recente, a
aproximadamente 3000 rpm por 15 minutos. Desprezar o sobrenadante. Aplicar o sedimento sobre uma lâmina
de microscopia, espalhando-a ligeiramente. Deixar secar naturalmente. Fixar em Metanol P.A. por 15 minutos.
Deixar secar e colocar em protetor de lâminas. Assim fixada pode ficar a temperatura ambiente, em local seco por
10 a 20 dias. O envio é feita a temperatura ambiente. b) Lâminas de sangue periférico ou medula óssea : Preparar
219
GRUPO SÃO CAMILO
esfregaços finos em 4 a 6 lâminas e deixar secar. Fixar em Metanol P.A. por 15 minutos. Colocar em protetor de
lâminas. O transporte pode ser feito a temperatura ambiente, protegido da umidade.
Instruções para coleta: coletar o sangue periférico, pela manhã, sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem
coletar imediatamente antes da próxima mamada. A urina deve ser preferencialmente a primeira da manhã, não
havendo necessidade de desprezar o primeiro jato. A medula óssea pode ser coletada a qualquer hora,
independente de jejum.
Estabilidade da amostra: após fixadas as lâminas podem ser estocadas a temperatura ambiente por até 20 dias.
Método: coloração segundo Perls (azul da Prússia).
Valores de Referência: os sideroblastos normalmente não são vistos no sangue, medula ou urina. Os
sideroblastos são encontrados após episódios de hemoglobinúria.
Interferências: não há referências na literatura.
Indicações: a pesquisa da hemossiderina, principalmente no material de medula óssea, serve para avaliação da
reserva de ferro no mielograma. Sideroblastos em anel, podem ser vistos nas anemias sideroblásticas congênitas
ou adquiridas, leucemia mielóide crônica, alcoolismo crônico, anemias refratárias, hemoglobinúria paroxística
noturna e outras síndromes mielóide-proliferativas.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE A – IgG (HVA-IgG)
Sinônimo mais usado: HVA-IgG
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: (S/CO)
< 1,0 - Amostras não reativas (Não reagentes)
1,0 a 1,1 - Amostras indeterminadas (Zona cinza)
>1,1 - Amostras reativas (Reagente)
Interferências: não há referências.
Indicações: diagnóstico laboratorial das Hepatites virais. Os anticorpos do isotipo IgG aparecem 1 a 2 semanas
após o início dos sintomas, geralmente tendo um pico após 30 dias, peristindo REAGENTE como cicatriz sorológica por décadas. A sua presença indica imunidade à Hepatite A, que está presente em mais de 90% da população em
geral. Pesquisa de pacientes que apresentam infecções concomitantes de Hepatite A, HIV e Hepatite C.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE A – IgM (HVA-IgM)
Sinônimo mais usado: HVA-IgM
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: (S/CO)
Inferior a 0,8 - Amostras não-reativas (Não reagentes)
0,8 a 1,20 - Amostras indeterminadas (Zona cinza)
> 1,20 - Amostras reativas (Reagente)
220
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: não há dados específicos.
Indicações: diagnóstico laboratorial das Hepatites virais. Os anticorpos do isotipo IgM inicia sua elevação
durante o período prodrômico ou imediatamente no início dos sintomas. Geralmente permanecem sendo
detectados por 2 a 24 semanas, na maioria dos casos. Podem persistir, atualmente com as técnicas muito
sensíveis, por até dois anos. É um marcador de doença ativa ou recente. Pesquisa de pacientes que apresentam
infecções concomitantes de Hepatite A, HIV e Hepatite C.
Informações importantes: tempo de doença, vacinação para Hepatite A e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE B – HbeAg
Sinônimo mais usado: antígeno do envelope da Hepatite B
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento e 20 dias sob refrigeração.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: (S/CO)
Amostras não-reativas
: < 1,0
Amostras indeterminadas : 1 a 1,1
Amostras reativas
: > 1,1
Interferências: Indicações: A detecção do HbeAg é concomitante ao HbsAg, indicando replicação viral e portanto estado de
transmissão da doença. Contrariamente o seu desaparecimento da circulação sanguínea indica redução ou
final da replicação do vírus. Geralmente o seu desaparecimento está relacionado com o aparecimento do antiHbeAg (soroconversão). Quando há evolução para cronicidade com a persistência do HbsAg por pelo menos
6 meses, a persistência do HbeAg é sinal de maior gravidade. Quando o vírus apresenta mutação do tipo préCore, isto é vírus que não produzem a proteína do envelope (e), este marcador não pode ser detectado, mesmo
na presença de replicação viral.
Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE B – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado : PCR-HBV
Material e conservação para envio: 3 mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel
separador. Enviar congelado.
Instrução para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.
Método: PCR em tempo real.
Valores de Referência: Indetectável.
Interferências: hemólise em qualquer intensidade.
Indicações: é o indicador mais sensível para prova de infectividade e de replicação viral em pacientes com a
doença crônica. Pode ser indicada, também nos casos de infecção viral oculta, quando há presença de Anti-Hbc e
ausência de Anti-Hbs e HbsAg, como também utilizada nos casos de vírus mutante do antígeno e (envelope),
quando o paciente apresenta HbsAg negativo. Para seguimento terapêutico anti-viral, é recomendado o PCR
quantitativo (RT) ou Carga Viral.
221
GRUPO SÃO CAMILO
Aproximadamente 10% dos pacientes que adquirem infecção pelo Vírus B, desenvolverão a forma crônica,
podendo permanecer como portador assintomático ou ainda, evoluir para cirrose hepática e/ou evoluir para o
carcinoma hepático primário.
Informações importantes: informar se esse exame é para monitoramento terapêutico ou somente diagnóstico.
O usuário deve estar ciente que este exame, embora de ocorrência rara, pode produzir resultados falso-positivos
ou falso negativos, o que é uma característica da metodologia empregada, e também que a presença de um
resultado negativo pode não descartar a presença de inibidores nesta amostra ou viremia abaixo do limite
detecção da técnica.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE B – PCR QUANTITATIVO (CARGA VIRAL)
Sinônimo mais usado: HBV – PCR carga viral.
Material e conservação para envio: 3 mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel
separador. Enviar congelado.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.
Método: PCR em tempo Real.
Valores de Referência: Abaixo do limite de detecção.
Interferências: hemólise em qualquer intensidade.
Indicações: as mesmas do item anterior , e ainda como monitoração da terapêutica.
Informações importantes: vide item acima.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE B – ANTI-Hbc IgG
Sinônimo mais usado : Anti-Core IgG
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento e 20 dias sob refrigeração.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: ( em Cut-off/S):
Reagente/Positivo
Não Reagente/Negativo
Indeterminado (zona cinza)
> 1,30
< 1,0
1,00 – 1,30
Cut-off/S = Índice da D.O do Cut-off DO do Soro.
D.O = Densidade Óptica.
Interferências: Hiperlipemia, hiperbilirrubinemia (superior a 15 mg/dL) e hemólise acentuada.
Indicações: O anti-Hbc IgG aparece, na maioria dos casos na seqüência do desaparecimento do Anti-Hbc IgM
(este pode ser indetectável após períodos variáveis, mas em geral após 4 a 6 meses do início do quadro). Persiste
pela vida toda na grande maioria dos indivíduos, representando infecção atual ou prévia. Pode haver casos
(bastante freqüente) que pacientes tenha o Anti-Hbc IgG reagente e ausência do HbsAg e do Anti-ABs. Esse tipo
de resultado pode ocorrer em testes falso-positivos, por doenças auto-imunes, mononucleose, outras viroses e
hipergamaglobulinemia. Pode ocorrer em casos de transmissão passiva de anticorpos, infecções recentes com
222
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
“janela imunológica”(fase em que ocorre a negativação do HbsAg e a positivação do Anti-Hbs) e nos casos de
infecção crônica com níveis de HbsAg indetectáveis , indivíduos com anti-Hbs indetectável ou a presença dos
dois marcadores mas complexados. Nos indivíduos vacinados, aparece o anti-Hbs sem aparecer o anti-Hbc.
Informações importantes: quadro clínico, terapêutica utilizada, tempo de doença.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE B – ANTI-Hbc IgM
Sinônimo mais usado: Anti-Core IgM
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração .
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: (Coeficiente)
Não Reagente
: < 0,8 coeficiente
Indeterminado
: 0,8 a 1,0 coeficiente
Reagente/Positivo : 1,0 coeficiente
Interferências: Hiperlipemias, hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e hemólise acentuada.
Indicações: surge no início da infecção, podendo durar por 4 a 6 meses, quando cede lugar, na maioria dos
indivíduos, para o Anti-Hbc IgG. Pode muitas vezes ser o único marcador sorológico positivo no período da
“Janela Imunológica”, indicando infecção aguda ou menos frequentemente infecção crônica com alto nível de
replicação viral.
Informações importantes: vide item anterior.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE B – ANTI- Hbe
Sinônimo mais usado: Anti-antígeno do envelope
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima coleta.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência : (S/CO)
> 1,1 - Amostras não reativas (Não reagentes)
1,0 a 1,1 - Amostras indeterminadas (Zona cinza)
< 1,0 - Amostras reativas (Reagente)
A presença de anticorpos Anti HBe, é inversamente proporcional à unidade de leitura.
Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e Hemólise acentuada.
Indicações: a presença do anti-Hbe indica final da fase de replicação e o fim da presença sérica do HbeAg. A sua
presença pode ficar por muitos anos após a recuperação da infecção viral, e no portador do vírus, representa baixa
infectividade ou mesmo inatividade viral. Sua presença em pacientes que apresentam mutação viral, não mais
tem o mesmo significado de pacientes sem mutação do HBV.
Informações importantes: vide itens anteriores sobre Hepatite B.
_______________________________________________________________________________________
223
GRUPO SÃO CAMILO
HEPATITE B - ANTI-HBs
Sinônimo mais usado: anticorpos anti-HBV
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência:
Não Reagente/Negativo
Até 10 UI/mL
Reagente/Positivo
> 10 UI/mL
Após Vacinação
Reavaliar após 6 meses
Reavaliar após 10 anos
(após a 3ª dose)
10 a 100 mUI/mL
> 100 mUI/mL
Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e Hemólise acentuada.
Indicações: O anti-HBs passa a ser detectado no soro 2 a 6 meses após o início da infecção viral, geralmente
concomitante ao desaparecimento do HbsAg. Sua presença indica a cura e persiste, na maioria dos indivíduos,
pela vida toda. Nos casos de vacinação é o único marcador de Hepatite B presente no soro. Níveis inferiores a 10
UI/mL requerem reforço vacinal.
Informações importantes: vide itens anteriores sobre Hepatite B e vacinação para HBV.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE B – HbsAg ( Antígeno de Superfície do vírus da Hepatite B)
Sinônimo mais usado: Antígeno Austrália
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: Quimioluminescência.
Valores de Referência: (em índice):
Amostras Não Reativas ou Negativas
Amostras Reativas ou Positivas
< 1,0
Interferências: vide itens anteriores sobre Hepatite B.
Indicações:
Detecção do HBsAg:
TEMPO EM SEMANAS
FASE
Início da infecção
2 a 8 semanas
Antes da alteração da ALT
2 a 6 semanas
Antes dos sinais e sintomas
2 a 5 semanas
Mais raramente pode-se detecta-lo somente após 6 meses após o início da infecção/sintomas.
Geralmente, nos quadros de evolução normal o antígeno desaparece em 2 meses após o início dos sintomas, com
o aparecimento do anti-HBs. Os quadros crônicos (5% dos casos) são diagnosticados laboratorialmente, quando
o HbsAg persiste por mais de 5 a 6 meses, em média, após o início dos sintomas, persistindo a infectividade
224
VI
GRUPO SÃO CAMILO
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
enquanto houver a sua presença. Os portadores sãos geralmente não tem sintomas e suas enzimas hepáticas são
normais.
A confirmação dos achados podem ser feitas por outras metodologias, como os testes em PCR, quali ou
quantitativo, dependendo do caso. Em raros casos a pesquisa do HbsAg pode ser positivo logo após a vacinação.
Informações importantes: vide itens anteriores sobre Hepatite B.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE B- PERFIL SOROLÓGICO
ANTÍGENOS
PCR
__________
HbsAg
HbeAg
DNA-HBV
Anti-Hbc IgM
+
+
+
-
+
+
+/-
+
+
+
-
+
+/-
Anti-Hbc IgG
+
+
ANTICORPOS
Anti-Hbe
Anti-HBs
+/+
+
__________
Interpretação
INFECÇÃO AGUDA
FASE INICIAL PRECOCE
FASE INICIAL
FASE TARDIA
FASE DE RESOLUÇÃO
INFEÇÃO CRÔNICA
+
+
-
+/+/-
+
+
-
+
-
+
+
+
+/-
+/+
+
+/-
+
+/-
TÍPICA
REAGUDIZAÇÃO
CURA ( RESOLUÇÃO )
POSSÍVEL INFECÇÃO ANTIGA
PÓS-VACINAL
-
-
-
-
-
-
+
-
RESPOSTA NORMAL
SEM RESPOSTA VACINAL
QUADROS ATÍPICOS
+
-
-
-
-
+
-
-
-
FALSO-POSITIVO (?)
REAÇÃO CRUZADA(*)
NÃO INFECTADO
(*) Intercorrências com outras doenças ou situações, como doenças auto-imunes, infecção por Epstein vírus, doenças que cursam com
hipergamaglobulinemias, janela-imunológica, anticorpos de transmissão passiva, presença de soros com o anti-HBs ligado ao HbsAg, e outras hepatites
virais.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE C – ANTI HCV
Sinônimo mais usado: anticorpos anti-Hepatite C
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência
S/CO < 1,0 : Não reativo
S/CO 1,0 a 1,2 : Indeterminado
S/CO > 1,2 : Reativo
Resultados indeterminados devem ser repetidos, com nova coleta, após 15 dias do primeiro exame.
Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e hemólise acentuada. Gravidez, quadros que
cursam com hipergamaglobulinemia, doenças auto-imunes, presença de fator reumatóide, presença de
225
GRUPO SÃO CAMILO
paraproteínas e vacinação para gripe.
Indicações: a infecção pelo vírus da Hepatite C geralmente é assintomática, mas 65 a 75% dos indivíduos
infectados evoluem para uma forma crônica, e destes, aproximadamente 20 a 25% vão evoluir para cirrose
hepática, após 20 anos da infecção. Inicialmente os pesquisadores acreditavam que o período entre a infecção e o
aparecimento dos anticorpos específicos seria de 6 meses (janela imunológica), mas ensaios cada vez mais
sensíveis e específicos mudaram este período para 2 a 4 meses. A falso-positividade deste teste é muito alta
podendo chegar a quase 50% dos casos em indivíduos normais. Nestes casos somente um teste de PCR quali ou
quantitativo pode elucidar o quadro sorológico.
Informações importantes: quadro clínico, níveis de enzimas hepáticas.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE C – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado - PCR para HCV
Material e conservação para envio: mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel
separador. Enviar congelado.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada .
Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.
Método: RT-PCR em tempo real.
Valores de Referência: Indetectável.
Interferências: Hemólise em qualquer grau e falta de esterilidade na separação do material clínico.
Indicações: como a infecção pelo HCV é geralmente inaparente e grande parte dos infectados, após 20 anos, em
média, vão desenvolver a doença, a utilização da pesquisa do RNA viral é de extrema importância. Serve para a
confirmação da presença da infecção ativa, com infectividade real (replicação viral) quando de um resultado
positivo ou indeterminado para anticorpos anti-HCV, para a confirmação da infecção em pacientes com
imunodeficiências, como HIV, pacientes transplantados que podem ter a sorologia negativa, mesmo na presença do
vírus ativo e detectar precocemente a infecção, logo após a exposição ao vírus. Muito embora de ocorrência rara,
resultados falso-positivos ou negativos podem ocorrer com esta técnica, como qualquer teste imunológico.
Informações importantes: possíveis exposição e tempo da exposição.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE C – PCR QUANTITATIVO
Sinônimo mais usado: Carga viral para HCV
Material e conservação para envio: mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel
separador. Enviar congelado.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes de próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.
Método: RT-PCR em tempo real.
Valores de Referência: Indetectável.
Interferências: Hemólise de qualquer grau ou contaminação durante a coleta.
Indicações:determinação da carga viral para acompanhamento da resposta terapêutica e avaliação do paciente
infectado. Quanto mais alta for a carga viral pior será o prognóstico.
Informações importantes: quadro clínico e dados laboratoriais anteriores. O teste é sensível a partir de 50
cópias por mL.
226
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
HEPATITE C – GENOTIPAGEM
Sinônimo mais usado: HCV Genotipagem
Material e conservação para envio: mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel
separador. Enviar congelado.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.
Método: RT-PCR em tempo real.
Valores de Referência: classificação do vírus do HCV em seis genótipos diferentes e em 8 subtipos : Genótipo
1: subtipos: 1a,1b e 1c, Genótipo 2: subtipos: 2a,2b e 2c, Genótipo 3: subtipos : 3a e 3b , Genótipo 4, Genótipo
5 e Genótipo 6. Existem hoje, catalogados mais de 50 subtipos, mas somente esses 8 tem importância clínica até
a presente data.
A genotipagem pode não ser realizada quando a carga viral for inferior a 1000 UI/mL, produzindo resultados
inconclusivos.
Interferências: hemólise de qualquer grau e carga viral inferior a 1000 UI/mL.
Indicações: como foi visto no item sobre Valores de Referência existe um grande número de genótipos e subtipos do
HCV e isto se deve a grande variabilidade genética do vírus, com reflexo na variação da seqüência dos nucleotídeos.
A Genotipagem é um exame que ajuda no prognóstico da infecção pelo HCV e a sua conduta terapêutica.
Os pacientes que apresentam HCV com genótipo 1, respondem menos à medicação com o interferon, tendo um
curso clínico mais agressivo. Isto também influência no tempo de duração do tratamento: Pacientes com
genótipo 1 e viremia elevada devem tratar por período não inferior a 12 meses. Com viremia baixa (menos de 1
milhão de cópias por mL) o tratamento pode se completar em seis meses. Com HCV de genótipos 2 ou 3,
geralmente o prognóstico é melhor e o tempo de tratamento é de 6 meses. O pior prognóstico, com doença mais
grave e fraca resposta ao interferon ocorre com o subtipo 1b.
Informações importantes: carga viral realizada em outro serviço, quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE D – IgG e IgM
Sinônimo mais usado: Anti-Delta IgG e Anti-Delta IgM
Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima coleta.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise acentuada.
Indicações: A hepatite D é produzida por um vírus RNA incompleto, que necessita do envoltório do HBV para
produzir a sua expressão viral (antígeno delta no interior viral, recoberto por HbsAg, ou uma sobreinfecção onde
pacientes já infectados pelo HBV contraem infecção pelo HDV), normalmente adquirido como uma co-infecção
com o HBV.A sobreinfecção geralmente ( 95%) evolui para cronicidade. A associação do HBV e o HDV tem uma
alta relação com quadro de hepatite viral fulminante e câncer hepático. Na doença crônica alguns anticorpos se
destacam, como o anti-LKM (anticorpos microssomais do Fígado e dos Rins).
Os anticorpos do isotipo IgM definem o quadro de infecção recente pelo HDV. Tanto os anticorpos do isotipo
IgG como IgM podem aparecer tardiamente na co-infecção, podendo levar de 5 a 7 semanas para serem
detectados.
227
GRUPO SÃO CAMILO
Informações importantes: quadro clínico, quadros de piora, medicação atual e perfil enzimático do paciente.
_______________________________________________________________________________________
HEPATITE E – ANTICORPOS
Sinônimo mais usado: Anti HEV
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências : Hiperlipemia, hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e hemólise acentuada.
Indicações: a hepatite E tem o mesmo tipo de transmissão que a Hepatite A e também quadro clínico da hepatite
A. Também é uma vírus de RNA, porém apresenta quadros mais graves que o HAV. Apresenta um período de
incubação que vai de 2 a 9 semanas. Especialmente em gestantes é muito grave, sendo que 20% das grávidas
que o adquirem apresentam quadro fatal. É detectado em mais de 90% pacientes e pode persistir por volta de 3
meses na circulação e 50% dos pacientes de qualquer doença.
Informações importantes: quadro clínico e tempo de infecção.
_______________________________________________________________________________________
HERPES – PESQUISA EM LESÕES (CÉLULAS DE TZANCK)
Sinônimo mais usado: Células de Tzanck – Pesquisa
Material e conservação para envio: líquido vesicular de lesões semelhantes às produzidas pelo herpesvírus
(Herpes simples ou Varicela-Zoster).
Instruções para coleta: Coletar líquido das vesículas herpéticas. Proceder assepsia das lesões bolhosas com
álcool etílico a 70%. Esperar secar naturalmente. Romper as vesículas com agulha descartável ou com lanceta
descartável. Com alça microbiológica, descartável e estéril, recolher o líquido das vesículas e raspar as paredes
vesiculares. Todo o material recolhido é transferido imediatamente a uma lâmina de microscopia, sendo
espalhado na região central da lâmina, que é então imediatamente fixada em etanol a 95% (Não deixar o material
secar antes de fixa-lo). Deixar fixando por pelo menos 3 horas. Secar as lâminas, identifica-las corretamente e
protege-las em protetor adequado, para não quebrarem durante o envio.
Estabilidade da amostra: após a fixação o material pode ser estocado e transportado a temperatura ambiente
por até 7 semana. Proteger da luz.
Método: colorações de Papanicolaou e May-Grunwald-Giemsa.
Valores de Referência: Ausência de lesões características (células multinucleadas com núcleos moldados, com
marginação da cromatina = Células de Tzanck , também conhecidos como histiócitos balonizados).
Interferências: utilização de medicação anti-viral ou lesões muito antigas.
Indicações: auxiliar no diagnóstico de infecções bolhosas.
Informações importantes: medicação em uso e tempo de aparecimento das vesículas.
_______________________________________________________________________________________
HERPES PLUS – (HHV – 1,2,3,4,5,6,8) - BIOMOL
Sinônimo mais usado: genotipagem de herpes vírus, tipagem de herpes.
228
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em
frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em
EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura
ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C).
Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: Identificação de vírus do grupo Herpes, que é necessária para determinar a terapia apropriada. Tipos
HHV1 (Herpes simplex 1) e HHV2 (Herpes simplex 2): Neurotrópicos. Tipos HHV3 (VZV), HHV4 (EBV),
HHV5 (CMV) e HHV6: Linfotrópicos. Tipo HHV8: Sarcoma de Kaposi;
O período de latência assintomática pode ser interrompido por reativação viral, e em pacientes
imunocomprometidos as infecções por Herpes são recorrentes. Em muitos casos, o diagnóstico não pode ser feito
pelos achados clínicos, já que os sintomas são inespecíficos e o paciente pode estar infectado por mais de um tipo
de vírus Herpes.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
_______________________________________________________________________________________
HERPES SIMPLES – 1 e 2, DETER. + GENOTI. – BIOMOL
Sinônimo mais usado: Herpes vírus, Tipo Detecção do DNA do HSV 1 e 2, PCR para Herpes vírus, Herpes
tipagem.
Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); Lavado broncoalveolar (3 mL): enviar
refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia
seguinte. Sangue total, 5 mL em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de
lesão localizada no trato genital inferior, pênis e região perianal: até 2 semanas em temperatura ambiente, no kit
de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Biópsia fresca de
tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: Determinação do genótipo específico para a discriminação entre o herpes simplex 1 e 2. Os Herpes
simples vírus (HSV) dos tipos 1 e 2 estão relacionados a uma grande variedade de manifestações clínicas,
variando desde uma estomatite leve até uma doença fatal. A encefalite e o herpes neonatal são fatais em 70% dos
casos, com sequelas neurológicas na maioria dos sobreviventes. Lesões mucocutâneas podem ser graves e de
evolução prolongada no paciente imunocomprometido. Como o tratamento anti-viral pode alterar o curso da
infecção pelo HSV, o diagnóstico precoce é de extrema importância. O uso da PCR é necessário nos casos de:
- Encefalite herpética: apresenta sensibilidade em detectar o DNA do HSV no líquor de 98% e especificidade
de 99%. A PCR é, atualmente, método "padrão-ouro" recomendado para o seu diagnóstico.
- Síndromes neurológicas em pacientes com AIDS (apesar de incomum) ou nos pacientes com meningites
recorrentes.
229
GRUPO SÃO CAMILO
- Suspeita de herpes neonatal (líquor, aspirado nasofaringeo).
- Presença de lesões cutâneas de etiologia indefinida ou duração prolongada.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
_______________________________________________________________________________________
HERPES SIMPLES I/II – IgG e/ou IgM
Sinônimo mais usado: HVS I/II- IgG ou IgM.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência:
a) IgG :
Não Reagente
Index inferior a 0,9
Inconclusivo
Index entre 0,9 a 1,1
Reagente
Index
b) IgM : Não Reagente.
Interferências : Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e Hemólise acentuada.
Indicações: quase 90% da população brasileira apresenta anticorpos anti-Herpes simplex HSV-1, até 30 anos de
idade, e 15 a 30% apresenta anticorpos anti-HSV-2, principalmente os que tem vida sexual ativa. O HSV-2
geralmente atua nos genitais e o HSV-1 pode produzir lesões em áreas próximas de mucosas, como mucosa
bucal, nariz, lábios, etc. A presença de anticorpos do isotipo IgM nas primeiras semanas de vida indica infecção
congênita. Na infecção neonatal os anticorpos são detectados 2 a 4 semanas após o nascimento. Em indivíduos
mais velhos a presença de anticorpos do isotipo IgM ´pode ser exceção. Entretanto muitos infectologistas
entendem que coletas de sangue em dias diferentes pode facilitar o estudo da curva sorológica, coletado-se uma
amostra na fase aguda e outra pelo menos 15 dias, onde a diferença de pelo menos 2 vezes o título basal é critério
de infecção.
Informações Importantes: tempo de doença e sintomas.
_______________________________________________________________________________________
HERPES SIMPLES – PCR, VÍRUS 1 E 2 – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: HSV I e II, Detecção por PCR do Herpes Simples Vírus 1 e 2, PCR para Herpes Vírus,
Detecção do HSV 1 e 2.
Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); Lavado broncoalveolar (3 mL): enviar
refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia
seguinte. Sangue total, 5 mL em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de
lesão localizada no trato genital inferior, pênis e região perianal: até 2 semanas em temperatura ambiente, no kit
de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Biópsia fresca de
tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.
Método: PCR Qualitativo.
230
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: Os Herpes simples vírus (HSV) dos tipos 1 e 2 estão relacionados a uma grande variedade de
manifestações clínicas, variando desde uma estomatite leve até uma doença fatal. A encefalite e o herpes
neonatal são fatais em 70% dos casos, com sequelas neurológicas na maioria dos sobreviventes. Lesões
mucocutâneas podem ser graves e de evolução prolongada no paciente imunocomprometido. Como o tratamento
anti-viral pode alterar o curso da infecção pelo HSV, o diagnóstico precoce é de extrema importância. O uso da
PCR é necessário nos casos de:
- Encefalite herpética: apresenta sensibilidade em detectar o DNA do HSV no líquor de 98% e especificidade
de 99%. A PCR é, atualmente, método "padrão-ouro" recomendado para o seu diagnóstico.
- Síndromes neurológicas em pacientes com AIDS (apesar de incomum) ou nos pacientes com meningites
recorrentes.
- Suspeita de herpes neonatal (líquor, aspirado nasofaringeo).
- Presença de lesões cutâneas de etiologia indefinida ou duração prolongada.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
_______________________________________________________________________________________
HERPES TIPO 6, PCR (HHV-6, ROSEOLA) - BIOMOL
Sinônimo mais usado: Exantema súbito, Roseola infanto, Herpes vírus 6, Roseola.
Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em
frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em
EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura
ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C).
Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: O Herpes vírus humano tipo 6 e 7 são os vírus que causam uma enfermidade cutânea conhecida
como Roseola.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
_______________________________________________________________________________________
HERPES TIPO 7, PCR (HHV-7, ROSEOLA) BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Exantema súbito, Roseola infanto, Herpes vírus 6, Roseola.
Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em
frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em
EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura
ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C).
Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
231
GRUPO SÃO CAMILO
Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: O Herpes vírus humano tipo 6 e 7 são os vírus que causam uma enfermidade cutânea conhecida
como Roseola.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
_______________________________________________________________________________________
HERPES TIPO 8, PCR (HHV-8, SARCOMA DE KAPOSI)
Sinônimo mais usado: Herpes vírus 8, Sarcoma de Kaposi.
Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em
frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em
EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura
ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C).
Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: O Herpes vírus humano tipo 8 é um vírus que causa uma enfermidade cutânea conhecida como
Sarcoma de Kaposi.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
_______________________________________________________________________________________
HERPES TIPOS 6 e 7, PCR (HHV-6,7, ROSEOLA) – GENOTIPAGEM - BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Roséola
Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente.
Líquor e líquido amniótico (1 mL): enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no
mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Lavado bronco-alveolar. Fluido ocular, swab/raspado.
Escovado ou swab de lesão localizada no trato genital inferior, pênis e região perianal (não há necessidade de
adição de líquido conservante). Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL):
enviar congelado.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 48 horas refrigerado.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: O Herpes vírus humano tipo 6 e 7 são os vírus que causam uma enfermidade cutânea conhecida
como Roseola.
232
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
_______________________________________________________________________________________
HEXACLOROCICLOHEXANO SÉRICO
Sinônimo mais usado: HCH
Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum é dispensável e horário da coleta não é crítico.
Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.
Método: cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência: IBPM: nada consta
Interferências: hemólise.
Indicações: avaliação de colaboradores que tem contato com o Hexaclorociclohexano.
Informações importantes: a amostra deve ser coletada em frasco com gel separador.
_______________________________________________________________________________________
HEXOSAMINIDASE – A
Sinônimo mais usado: Hexosaminidase Alfa
Material e conservação para envio: 5 mL de ST em heparina (seringa lacrada)sob refrigeração.
Instruções para coleta: jejum dispensável.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: enzimático-cinético
Valores de Referência: total: 552 a 1662 nmoles/h/mg de proteína
Hexosaminidase A/total: 48 a 89%
Interferências: Hemólise.
Indicações: a deficiência de hexosaminidase A (portadores de doença de Tay-Sachs) ou a ausência desta enzima
(doentes) propicia o depósito de gandliosídeos GM2 em diversos órgãos, principalmente no cérebro e tecidos
neurais periféricos. A doença de Tay-Sachs é um transtorno neurodegenerativo autossômico recessivo, que
ocorre no período de lactância e pode se apresentar a partir do 3 mês de vida. Os sintomas iniciais são debilidade
motora progressiva. As alterações psicomotoras são progressivas de uma forma rápida a partir dos 12 anos de
idade. Durante esse período outras alterações clínicas podem ocorrer, como surdez, convulsões, espasticidade
generalizada e cegueira.
Informações importantes: hemólise e coágulos no sangue total.
_______________________________________________________________________________________
HGH - HORMÔNIO DO CRESCIMENTO
Sinônimo mais usado: GH, HGH.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Paciente deve repousar por 30 minutos antes da coleta.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: quimioluminescência.
233
GRUPO SÃO CAMILO
Valores de Referência:
4 horas de vida
1 dia de vida
3 dias de vida
4 dias de vida
5 dias de vida
6 dias de vida
7 dias de vida
:
:
:
:
:
:
:
20,00 a 44,00 ng/mL
18,00 a 26,00 ng/mL
14,00 a 18,00 ng/mL
15,00 a 21,00 ng/mL
10,00 a 14,00 ng/mL
11,00 a 15,00 ng/mL
11,00 a 15,00 ng/mL
Crianças Sexo Masculino
Neonatos
: 0,70 a 27,00 ng/mL
1 a 10 anos
: 0,01 a 2,00 ng/mL
11 a 14 anos
: 0,08 a 9,00 ng/mL
15 a 19 anos
: 0,08 a 11,40 ng/mL
Adultos
Crianças Sexo Feminino
Neonatos
: 1,00 a 18,00 ng/mL
1 a 10 anos
: 0,08 a 5,40 ng/mL
11 a 14 anos
: 0,12 a 18,00 ng/mL
15 a 19 anos
: 0,24 a 12,00 ng/mL
: 0,00 a 5,00 ng/mL
Após 20 minutos de exercícios: em esteira, com batimentos cardíacos controlados (até 120 batimentos por
minuto): 2 a 3 vezes o valor basal.
Teste de supressão do HGH após sobrecarga de glicose (75g para adultos e 1,75g por Kg de peso, até 75g, V.O.,
para crianças: queda de pelo menos 25% dos níveis basais aos 30 e 60 minutos de teste (teste para diagnosticar
acromegalia).
Teste de estímulo do HGH após clonidina ou guanabenz: aumento de no mínimo 9,0 ng/mL em relação aos níveis
basais, aos 60 ou 90 minutos de teste. Dose 4,0 mcg por Kg de peso, até o máximo de 100 mcg.
Interferências: lipemia e hemólise intensas, e hiperbilirrubinemia superior a 15 mg/dL.
Indicações: de produção hipofisária, atua no crescimento por sulfatação das somatomedinas. Tem um “feed
back” positivo pelo GRF hipotalâmico e negativo pela somatostatina. Os resultados metabólicos, dependem do
balanço da atividade do GH e das somatomedinas, principalmente da IgF-1 (Somatomedina C), que atuam como
co-fatores de crescimento dos ossos e também das células somáticas. No metabolismo ósseo promove o
crescimento dos ossos e das cartilagens, fixando o fósforo e promovendo hipercalciúria. No metabolismo
lipídico tem função lipolítica e remoção das gorduras, produzindo um aumento sérico dos ácidos graxos. No
metabolismo da glicose, promove glicogenólise com aumento da glicemia e na gliconeogênese diminui a
utilização da glicose do sangue periférico. Tem um efeito anabolizante com aumento da síntese protéica,
principalmente produzindo mais colágeno, com conseqüente aumento da excreção da hidroxiprolina.
Pode ser utilizado no diagnóstico de distúrbios do crescimento, quando associado ao exame radiográfico para
estudo da idade óssea. Pode ser indicado para o diagnóstico etiológico-laboratorial dos níveis de GH, da sua
secreção nictemeral, com testes de estimulação de sua secreção e a dosagem do IGF-1 e da IGFPB-3.
Como o GH tem uma variação nictemeral, que pode provocar até 8 picos diários, uma amostra isolada pode não
refletir o real estado de secreção do hormônio, tanto para diagnósticos de deficiência como de excesso de
produção, como em adultos na acromegalia.
Os níveis de GH podem estar elevados: na Acromegalia, pós-exercício, Anorexia nervosa, Ansiedade, Cirrose,
Doenças agudas, Desnutrição, Uso de medicamentos, como Clonidina, Glucagon, Bromocriptina, Levodopa e
estrógenos conjugados, Insuficiência Renal crônica, jejum prolongado ou regime alimentar muito rigoroso e
durante o sono, principalmente nas fase III e IV.
Os níveis do GH podem estar diminuídos: Hipopituitarismo, Hipotireoidismo, Hipertireoidismo, Obesidade
grave e Corticoterapia.
Os níveis de GH podem ser superiores a 10 ng/mL em aproximadamente 75 a 80% dos pacientes com
acromegalia, com valores médios de 40 a 50 ng/ml. De forma inversa, níveis inferiores a 2,5 ng/mL são utilizados
como resposta adequado ao tratamento de pacientes acromegálicos.
234
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, exercício antes da coleta e período de sono na noite
que antecede a coleta.
_______________________________________________________________________________________
HIDATIDOSE- SOROLOGIA PARA
Sinônimo mais usado: Sorologia para Equinococose.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunodifusão bidimensional.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: infestações por protozoários ou vermes intestinais.
Indicações: diagnostico laboratorial da Equinococose ou Hidatidose.
Reações negativas não afastam o diagnóstico, já que a sensibilidade da técnica é de 67%.
Informações importantes: quadro clínico, medicação pregressa ou atual específica.
_______________________________________________________________________________________
HIDROXIPROLINA TOTAL
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: alíquota de 200 mL de urina homogeneizada do volume de 24 horas, sob
refrigeração.
Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas adicionando 20mL de HCl 50% para cada litro de urina
coletado. CUIDADO PARA NÃO TOCAR OS GENITAIS QUANDO COLETAR A URINA. NÃO
INALAR, NÃO INGERIR, NÃO DEIXAR AO ALCANCE DAS CRIANÇAS. Para coletas infantis,
tomando os mesmos cuidados acima, utilizar 10 mL de HCl 50% para cada litro de urina coletada, como
conservante. Refrigerar durante a coleta. Dieta para a coleta: 48 horas antes e durante a coleta suspender a
ingestão de carnes, gelatinas, embutidos e mocotó.
Estabilidade da amostra: mesmo com o conservante, até uma semana sob refrigeração.
Valores de Referência:
Faixa etária
1 a 5 anos
6 a 10 anos
11 a 20 anos
> 20 anos
Valores de Referência
10 – 38 mg/24 horas
12 – 58 mg/24 horas
70 – 140 mg/24 horas
15 – 75 mg/24 horas
Interferências: vide instruções para coleta. Pacientes menstruadas devem aguardar o fim do fluxo para a coleta.
Indicações: A Hidroxiprolina é um aminoácido considerado essencial que se encontra em abundância no
colágeno e na trama orgânica dos ossos. Origina-se a partir da hidroxilação da prolina, na presença da vitamina C.
Sua fonte são os alimentos, principalmente as carnes e derivados. Na urina a hidroxiprolina está praticamente
toda ligada a peptídeos, daí a necessidade de hidrolisar e depois oxidar a urina antes de sua leitura
espectrofotométrica.
Elevações da Hidroxiprolina (fisiológicas): depende do regime alimentar, durante o crescimento e durante a
gravidez.
Elevações por alterações patológicas: Acromegalia, aumento da excreção da hidroxiprolina,
235
GRUPO SÃO CAMILO
(hipoparatireoidismo, Hipotireoidismo, IRC, má nutrição, insuficiência hipofisária com atraso de crescimento),
Colagenoses, Deficiência congênita da hidroxiprolina-oxidase, hiperparatireoidismo, mucopolissacaridose,
doença de Paget, tuberculose óssea, Osteomalácea, etc.
Medicamentos que aumentam a eliminação da hidroxiprolina: Hormônio do crescimento, Hormônios
tireoidianos, Paratormônio e Vitamina D3.
Medicamentos que diminuem a excreção da hidroxiprolina: estrogênios, androgênios, Calcitonina, principalmente
por via nasal e Vitamina C em altas doses.
Informações importantes: medicamentos, doenças associadas, dieta.
_______________________________________________________________________________________
HIPERTENSÃO - PERFIL GENÉTICO BÁSICO PARA PRÉ-DISPOSIÇÃO
Sinônimo mais usado: Estudo Molecular da Proteína G e da Enzima Conversora de Angiotensina.
Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;
5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR qualitativo e PCR+RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA
Genômico).
Valores de referência:
Estudo Molecular da Proteína G:
- Genótipo CC: negativo, não possui a mutação;
- Genótipo CT: possui a mutação em um dos alelos, que pode apresentar risco de hipertensão e obesidade em
brancos e negros;
- Genótipo TT: apresenta a mutação nos dois alelos, apresentando alto risco de hipertensão e obesidade em
brancos e negros.
Enzima Conversora de Angiotensina:
- Genótipo II: apresenta concentrações séricas mais baixas da enzima conversora de angiotensina;
- Genótipo ID: apresenta concentrações séricas medianas da enzima conversora de angiotensina;
- Genótipo DD: apresenta concentrações séricas mais elevadas da enzima conversora de angiotensina,
possuindo um risco de infarto aumentado em 3,2 vezes em relação ao genótipo II e ID.
Interferência: Indicações: Os genótipos TT e DD atuam independentemente e sinergicamente para o desenvolvimento de
hipertensão, sendo indicado para indivíduos com histórico familiar desta patologia, com medidas de prevenção
quanto ao seu desenvolvimento.
Informações importantes: _______________________________________________________________________________________
HISTONA – ANTICORPOS ANTISinônimos mais usados: Anti-Histona
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima coleta.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: imunoensaio enzimático com triagem por IFI.
Valores de Referência: Não Reagente : até 1/10 da diluição do soro.
236
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: hiperlipemia e hemólise intensa.
Indicações: pode ocorre no Lúpus Induzido por Drogas, atingindo 96% dos casos, sempre associado ao antiDNA dupla-hélice (sendo a Procainamida a droga mais envolvida). No Lupus Eritematoso Sistêmico pode variar
de 50 a 70 % dos casos, caído para 20 a 25% dos casos na Artrite Reumatóide.
Informações Importantes: quadro clínico e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
Histoplasma capsulatum – PESQUISA – Ver Fungos – Pesquisa
_______________________________________________________________________________________
HISTOPLASMOSE – PCR – QUALITATIVO – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Histoplasmose.
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.
Método: PCR Qualitativo
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e
período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).
Indicações: A histoplasmose trata-se de infecção endêmica causada pelo fungo dimórfico Histoplasma
capsulatum var. capsulatum. A maioria dos casos agudos de infecção é subclínica e benigna em hospedeiros
imunocompetentes. No entanto, quadros clínicos graves são vistos em pessoas gravemente imunossuprimidas,
crianças com menos de 2 anos, idosos e pessoas expostas a grande inóculo. Com o surgimento da infecção pelo
HIV, a histoplasmose ressurgiu e casos de doença disseminada tornaram-se mais frequentes. A infecção primária
é adquirida através da inalação de microconídias. Os pulmões são, portanto, o sítio mais frequentemente afetado
e doença pulmonar crônica pode ocorrer, muitas vezes simulando a tuberculose. Como o fungo pode permanecer
viável dentro de granulomas após a infecção autolimitada (muitas vezes assintomática), o comprometimento do
sistema imune pode reativar focos previamente inativos.
Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.
_______________________________________________________________________________________
HISTOPLASMOSE - SOROLOGIA PARA
Sinônimo mais usado: Sorologia para Histoplasmose
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: imunodifusão bi-dimensional (tipo Oüchterlony).
Valores de Referência: Não reagente.
Interferências: hiperlipemia, pode haver resultados falso-positivos com o Paracoccidioides brasiliensis,
Coccidioides immitis ou Blastomyces dermatitidis. Medicação anti-fúngica específica.
Indicações: diagnóstico sorológico da histoplasmose.
Informações importantes:medicação atual e prévia imediata, quadro clínico. Doenças fúngicas profundas
concomitante ou anterior.
237
GRUPO SÃO CAMILO
HIV-1, PCR QUALITATIVO (DNA PRÓ-VIRAL) – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Detecção de HIV por PCR, Pesquisa de HIV por PCR, DNA pró-viral de HIV.
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.
Método: PCR em Tempo Real
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e
período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).
Indicações: Detectar a presença da infecção por pesquisa do DNA do HIV-1 integrado ao genoma do paciente. O
HIV-1 é um vírus RNA que infecta células do sistema imune que apresentam a molécula CD4 expressa na sua
superfície (linfócitos T helper e monócitos), sendo responsável por quase todos os casos de AIDS em todo o
mundo. A infecção apresenta aspecto crônico e progressivo, sendo caracterizada por severa imunodeficiência
associada à infecções oportunistas, desenvolvimento de tumores, especialmente sarcoma de Kaposi, e
envolvimento do sistema nervoso, que caracterizam a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. É demonstrado
que o diagnóstico pró-viral apresenta 99,9% de acerácea em detectar a presença de HIV em 28 ou mais dias após a
infecção, mas não é conhecida a sua precisão antes dos 28 dias.
Informações importantes: A presença de um resultado negativo não descarta a possibilidade de inibidores na
amostra ou viremia abaixo do limite de detecção do teste. A utilização deste diagnóstico como teste
confirmatório de infecção por HIV-1 não é recomendada.
_______________________________________________________________________________________
HIV – ANTICORPOS ANTI- (ver Anticorpos anti-HIV I/II)
_______________________________________________________________________________________
HIV - ANTICORPOS ANTI- CONFIRMATÓRIO - WESTERN BLOT (ver Anticorpos anti-HIV Confirmatório - Western Blot)
_______________________________________________________________________________________
HIV – PCR CARGA VIRAL (QUANTITATIVO)
Sinônimo mais usado: Carga viral do HIV
Material e conservação para envio:mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel
separador. Enviar congelado.
Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.
Método: RT-PCR em tempo real.
Valores de Referência: Indetectável.
Interferências:
a) aumentos da carga viral:
- Doença de caráter progressivo, com aumento natural da carga viral.
- Associação com infecções bacterianas (nos últimos 30 dias).
- Tuberculose ativa (chega a aumentar a carga viral em 160 vezes)
238
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
- Pneumonia pneumocócica (chega a aumentar a carga viral em 5 vezes).
- Imunizações nas últimas 4 semanas.
b) Primoinfecção pelo HIV: a carga viral é usualmente utilizada para detectar a síndrome aguda, em pacientes no
estágio anterior à soro conversão. Os anticorpos anti-HIV não se desenvolvem até o final da viremia e
geralmente aparecem entre 2 a 8 semanas após a infecção. Após 3 semanas , aproximadamente metade dos
indivíduos infectados terão soro-conversão. Essa porcentagem sobe para 95% três meses após a infecção e
para 99% ou mais após 6 meses de infecção.
c) Reações falso-positivas:
a reação falso-positiva clássica é relativamente rara, ocorrendo mais
frequentemente resultados indeterminados (com um só exame imunológico reagente, com baixos títulos,
Western Blot Test positivo mas com somente uma fração, geralmente a p24). Esse tipo de situação geralmente
ocorre quando da soroconversão com o aparecimento da fração p24, nas reações cruzadas com aloanticorpos
na gestação, em transfusões sanguíneas ou transplantes, na AIDS avançada, em doenças autoimunes e em
algumas neoplasias, infecções por HIV-1 que não de clade B, por subtipo O ou por HIV-2. Ainda, mais
raramente em voluntários de vacinas experimentais para o HIV.
Indicações: quantificação da carga viral, para acompanhamento e decisões terapêuticas em associação ao CD4 e
CD8. Terapêutica bem sucedida cursa com queda constante da carga viral. Após um início mais rápido, a carga viral
sofre um declínio mais lento. O Consenso Brasileiro de terapêutica anti-retroviral sugere que nas 4 a 6 semanas de
tratamento deve ocorrer 1 log de queda. Em 12 a 16 semanas deve cair para 2 log. Os níveis devem se tornar
indetectáveis após 6 meses de esquema tríplice. O Consenso Brasileiro considera que valores inferiores a 0,5 log
entre duas determinações não são consideradas significativas, já que essa é a faixa de variabilidade de intertestes.
a) A carga viral é utilizada para a detecção da síndrome retroviral aguda, para pacientes em fase anterior à
soroconversão. A carga viral pode ser detectada em 2 semanas após o contacto positivo. Nesta fase, em que a
carga viral é geralmente alta, resultados falso-positivos são devidos a contaminações durante o processo de
separação ou triagem.
b) Fator prognóstico: existe na literatura uma grande correlação entre carga viral e velocidade de progressão da
doença, independentemente do tratamento de escolha e das taxas de CD4.
c) Falha terapêutica: além do quadro clínico de piora do paciente, a queda persistente de linfócitos CD4 é um
importante indicador de falha terapêutica. Os níveis aceitos para falha são: quedas maiores que 25% do número
absoluto e/ou quedas maiores que 3% em percentual do número basal. Um aumento significativo da carga viral,
entre dosagens seqüenciais, principalmente acima de 0,5 log. Reduções da carga viral, inferiores a 0,75 log após 4
semanas de tratamento ou menos de 1 log após 8 semanas ou persistência de carga viral após 6 meses de
tratamento são fatores que indicam falha terapêutica. Confirmações dever ser realizadas antes da decisão de troca
terapêutica, cujos testes devem ser feitos no mesmo laboratório e coletados no mesmo horário do dia.
d) Periodicidade: os exames devem ser realizados a cada 3 a 4 meses em pacientes sem tratamento. Duas
dosagens em tempos diferentes devem ser feitas antes de se iniciar a terapêutica.
Com o início do tratamento os testes devem ser repetidos após o primeiro mês de medicação e posteriormente a
cada 3 a 4 meses.
As mulheres tem uma tendência de apresentar carga viral duas vezes menor que dos homens, com os mesmos
níveis de CD4 e com o mesmo tempo de evolução da AIDS.
Informações importantes: tempo de tratamento, tempo de doença, outras doenças associadas.
_______________________________________________________________________________________
HIV – TESTE DE RESISTÊNCIA
Sinônimo mais usado: Resistência ao HIV.
Material e conservação para envio: 3 mL de plasma com EDTA sob refrigeração.
239
GRUPO SÃO CAMILO
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Os pacientes devem ser alertados em coletar os exames sempre no
mesmo horário. Os pacientes devem ser orientados a manter a medicação indicada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Genotipagem e fenotipagem.
Valores de Referência: genotipagem : detecta mutações presentes em genes virais relevantes que podem
conferir resistência fenotípica à terapêutica anti-retroviral. Fenotipagem : indica a capacidade dos vírus de
crescer em meios com diferentes concentrações de drogas, tal como um antibiograma, pelo sistema MIC50 e o
MIC90 (inibição de 50 a 90% da replicação viral).
Interferências: baixos níveis de carga viral, inferiores a 500 cópias/mL.
Indicações: falência terapêutica, gestação em pacientes diagnósticas, com ou sem exposição a anti-retrovirias. Na
suspeita de transmissão de vírus resistentes.
As mutações mais freqüentes são contra as seguintes drogas: Não-Nucleosídeos inibidores da Transcriptidase
Reversa, Nucleosídeos Inibidores da Transcriptidase Reversa e Inibidores da Protease.
Informações importantes: medicação utilizada, tempo de doença e dados dos linfócitos CD.
_______________________________________________________________________________________
HLA-B27
Sinônimo mais usado: CMA B27.
Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal
em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C.
Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: detecção da seqüência gênica específica por PCR-tempo real.
Valores de Referência: ausência do antígeno leucocitário.
Interferências: material fora do prazo de estabilidade. Transfusões sanguíneas de até 90 dias.
Indicações: pesquisa de espondiloartropatias sorologicamente negativas.
A sensibilidade do teste para espondiloartropatias:
Espontiloartropatia:
Espondilite anquilosante
Síndrome de Reiter
Espondilite Psoriática
Espondilites associadas a DII:
Sensibilidade:
95%
80%
70%
50%
DII: doença inflamatória intestinal.
Na população em geral a presença do HLA-B27 varia de 5,5 a 10%. O número de testes falso-positivos vem
paulatinamente caindo devido as melhorias técnicas atualmente utilizadas. Métodos como microlinfocitoxicidade
podem produzir até 30% de testes falso-positivos. A técnica de citometria de fluxo pode produzir até 20% de testes
falso-positivos. A metodologia em PCR tem apresentado até 10% de resultados falso-positivos. Assim, frente a um
resultado positivo, a literatura mundial recomenda a repetição do teste antes de uma resolução diagnóstica e terapêutica.
É sempre bom lembrar que somente uma pequena parte dos pacientes HLA-B27 positivos irá desenvolver
alguma das espondiloartropatias.
Informações importantes: quadro clínico, suspeitas diagnósticas, raça e sexo dos pacientes.
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240
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
HOMA - (AVALIAÇÃO DE MODELO HOMEOSTÁTICO) - ( BcC & %RI)
Sinônimo mais usado: Avaliação homeostática da glicose.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro (para insulina) e plasma fluoretado (para glicemia).
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas.
Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Plasma fluoretado: 48 horas sob refrigeração ou 7 dias sob congelamento.
Método: insulina: quimoluminescência; glicemia: espectrofotometria automatizada.
Valores de Referência:
Glicemia de jejum
70 – 100 mg/dL
Insulina de jejum
2,5 – 25,0 μUI/mL
Insulina de jejum para obesos
até 77,0 μUI/mL
HOMA – RI
Homens
Mulheres
(Resistência à insulina)
HOMA – BcC% por IMC
IMC < 25
IMC 25 – 30
IMC 31 – 40
IMC
> 40
BcC%:
150 – 320
134 – 424
234 – 836
325 - 983
HOMA – RI por IMC
IMC
< 25
IMC 25 – 30
IMC 31 – 40
IMC
> 40
RI%:
2,1 – 3,7%
1,6 – 5,8%
1,8 – 11,0%
4,1 – 17,9%
Até 3,5%
Até 3,9%
Padrão universal: indivíduos hígidos com menos de 35 anos:
IMC normal: HOMA-BcC% = 100%
HOMA-RI = 1
Legendas: BcC = Capacidade funcional das células beta
RI = Resistência periférica à insulina
IMC = Índice de Massa Corpórea
HOMA = Homeostasis Model Assesment
Interferências: veja os itens Glicose e Insulina
Indicações: estudo da capacidade funcional das células beta e resistência periférica à insulina.
Informações importantes: medicação atual.
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HOMOCISTEÍNA
Sinônimo mais usado: HCT
Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
241
GRUPO SÃO CAMILO
Homens adultos : 5,0 a 15,0 mcmol/L
Mulheres adultas : 5,0 a 15,0 mcmol/L
Acima dos 60 anos ( e ) : 5,0 a 20,0 mcmol/L
Homocisteinemia leve : 15,0 a 25,0 mcmol/L
Homocisteinemia moderada : 25,0 a 50,0 mcmol/L
Homocisteinemia grave : 50,0 a 500,0 mcmol/L
Homocisteína após estímulo de Metionina: até 40 mcmol/L (após administração de Metionina na dose de 50 a
100 mg/Kg de peso, com coleta de sangue – soro – 6 horas após a dose V.O). Este teste serve para detectar casos
de elevações de homocisteína em resultados indeterminados ou “borderline”.
Interferências: medicamentos que podem elevar os níveis da homocisteinemia: Ácido Nicotínico , Fenitoína e
outros anticonvulsivantes, Levodopa e derivados, Metrotrexate e Teofilina.
Condições clínicas que podem elevar os níveis de homocisteina: doenças ósseas, doenças hepáticas,
hipotireidismo, IRC, LES, Leucemias agudas, Carcinomas (Mama, Ovário e Próstata), Osteroporose, retardo
mental específico ligado a hiperhomocisteinemia (alterações genéticas com deficiências de enzimas envolvidas
no metabolismo da homocisteina), Síndrome de Marfan, Síndromes de má absorção. Tabagismo e Idade.
Por alterações dietéticas: deficiências de vitaminas B6 e B12, deficiência de ácido fólico (é a etiologia mais
envolvida)
Indicações: a homocisteinemia superior a 25 mcmol/L tem alta correlação com quadros de aterosclerose e
tromboembolismo cerebrais, cardiovasculares e da circulação periférica. O risco de vasculopatia tem relação
direta com os níveis séricos. Pacientes com diabetes do tipo 2 e hiperhomocisteinemia tem grande probabilidade
de desenvolver retinopatia.
Na população em geral, a hiperhomocisteinemia ocorre em 7% dos indivíduos. Entre os pacientes com
aterosclerose a prevalência pode chegar a 30%.
Informações importantes: medicação atual, tipo de alimentação e quadro clínico.
Valores de referência:
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HOMOCISTEINA – APÓS ESTÍMULO DE METIONINA
Sinônimo mais usado: HCT com estímulo de metionina.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Adultos:
a) basal :coletar pela manhã sob jejum mínimo de 8 horas.
b) Administrar por Via Oral, 50 a 100 mg/kg de peso de metionina. c) 2° coleta: coletar nova amostra 6 horas
após a administração da metionina para nova determinação da homocisteína.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: até 38 mcmol/L
Interferências: vide Homocisteína.
Indicações: o teste de homocisteina após estímulo com metionina, aumenta em até 30% a identificação de
pacientes com hiperhomocisteinêmicos que não foram detectados nos testes de jejum.
Informações importantes: vide Homocisteinemia.
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HOMOCISTEÍNA – MUTAÇÃO DO GENE A1298C – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Metilenotetrahidrofolato Redutase, MTHFR, Hiperhomocisteinemia, Glu429Ala,
Mutação A1298C, Mutação da Enzima Conversora da Homocisteína.
Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;
5mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
242
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR em Tempo Real e/ou PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do
DNA Genômico).
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;
Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de
transporte).
Indicações: A mutação A1298C, em homozigose, e responsável pela redução da atividade da MTHFR,
aumentando os níveis de homocisteína. Efeitos similares aos observados para os homozigotos 677TT, ocorrem
na combinação de heterozigose para as duas mutações da MTHFR. Está combinação é de grande relevância
clinica para os eventos vasculares, visto que a frequência de A1298C e C677T varia de 40 a 50%, conforme as
referências bibliográficas.
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HOMOCISTEÍNA – GENE DA MTHFR MUT. C677T e A1298C – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Metilenotetrahidrofolato Redutase, MTHFR, Hiperhomocisteinemia, Mutação
A1298C, Mutação C677T, Mutação da Enzima Conversora da Homocisteína.
Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;
5mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR em Tempo Real e/ou PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do
DNA Genômico).
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;
Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de
transporte).
Indicações: O genótipo homozigoto mutante (677TT), encontrado em 4 a 14% da população em geral, está
associado ao aumento de 25% da concentração plasmática de homocisteína e pode gerar defeitos neurológicos,
retardo psicomotor, doença vascular prematura e tromboembolismo. A mutação A1298C, em homozigose, e
responsável pela redução da atividade da MTHFR, aumentando os níveis de homocisteína. Efeitos similares aos
observados para os homozigotos 677TT, ocorrem na combinação de heterozigose para as duas mutações da
MTHFR. Está combinação é de grande relevância clinica para os eventos vasculares, visto que a frequência de
A1298C e C677T varia de 40 a 50%, conforme as referências bibliográficas.
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HPV - PAPILOMAVIRUS HUMANO
Sinônimo mais usado: Papiloma Vírus Humano.
Material e conservação para envio: a) feminino: raspado cervical, raspado vaginal e raspado vulvar. Raspados
anais (condiloma acuminato), endo-retais. b) raspados penianos, da glande, glanz corona, prepúcio e de áreas
suspeitas. Grande parte das lesões pelos HPV podem produzir lesões planas, muitas vezes sub-clínicas. O
material raspado, em escova própria para a coleta, será diluído diretamente ao líquido de transporte, dentro do
tubo apropriado. Repetir os procedimentos de coleta por várias vezes. Na última vez, cortar a haste e inserir a
escova no tubo de coleta. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: Os pacientes devem estar a pelo menos 5 dias sem utilização de medicação tópica, 3 dias
243
GRUPO SÃO CAMILO
de abstinência sexual e 5 dias da procedimentos médicos, como US trans-vaginal, trans-retal, toque ou
colposcopia, etc. Não realizar assepsia tanto em locais externos como internos, pelo menos com 18 horas de
antecedência. Conservar sob refrigeração após a coleta. Se houver pedido concomitante de citologia cérvidovaginal pelo método de Papanicolaou, a citologia deverá ser coletada em primeiro lugar, sendo que não se deve
utilizar lubrificantes para a introdução do espéculo. Se testes como Schiller ou aplicação de ácido acético tiver
que ocorrer durante a colposcopia, deverão ser realizados após a coleta para HPV. (Solicitar kit de coleta ao
laboratório).
Estabilidade da amostra: 7 dias refrigerado.
Método: PCR+ RFLP.
Valores de Referência: ausência de cópias virais no material.
Interferências: meio de transporte não indicado, problemas de conservação, tempo de coleta, medicações
interferentes.
Indicações: os papilomavírus pertencem à família papovavirideos, com DNA, e são específicos do hospedeiro
humano e de seus tecidos. Infectam as células epiteliais da pele e das mucosas. Sua replicação e sua maturação
acontece nos núcleos das células diferenciadas e queratinizadas. São sexualmente transmissíveis e são agentes
etiológicos de cânceres humanos. Existem fatores que favorecem as infecções virais, principalmente pelos vírus do
HPV, como falta de higiene, micro-traumatismos e manutenção da umidade, além das deficiências imunológicas,
que podem ser as principais causas do desenvolvimento tumoral.
Os genótipos do HPV que produzem epidermodisplasia verruciforme são:
3,5,8,9,10,12,14,15,17,19,20,21,23,24,25 e 36
Há mais de 70 genotipos de vírus do HPV e podem ser divididos em três grupos principais:
RISCO
ALTO RISCO
BAIXO RISCO
INTERMEDIÁRIOS
GENOTIPOS MAIS FREQUENTES
16-18-33-35( 90% )
6-11
GENOTIPOS (ASSOCIAÇÕES MENOS FREQUENTES)
26,31,39,45,51,52,53,55,56,58,59,66,68,69,73 e 82
34,40,42,43,44,54,61,70,72,CP6108
3,3a,7,10,27,28,29,31b,32,62,64,MN4,MN7,MM9,LVX100,
CP141CCP8304,CP4173 e CP8061.
Não é raro serem detectadas lesões por infecções mistas por genótipos diferentes de HPV.
Informações importantes: uso de medicamentos, realização de assepsia, procedimentos médicos prévios,
abstinência sexual.
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HTLV I/II – ANTICORPOS ANTISinônimo mais usado: anti-HTLV I/II
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimaimunoensaio tipo ELISA.
Valores de Referência: Negativo ou Não Reagente.
Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e lipemia.
Indicações : O HTLV = Human T-Cell Lymphoma vírus. São transmitidos por via sexual, por transfusões de
sangue, por transmissão vertical e por uso de drogas injetáveis, sendo esta via a mais envolvida na propagação
desses vírus. Diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-HTLV I e II.
O HTLV-I é associado a leucemias de células T em adultos, alveolites linfocitárias e paraplegia espástica tropical
(TSP).
O HTLV-II é associado à tricoleucemia (hairy cells) ou leucemia dos tricô-leucócitos.
244
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Cerca de 95% dos indivíduos que apresentam esses anticorpos a infecção não resulta em quadro clínico,
permanecendo como portadores sãos. Somente 5% dos infectados irão apresentar evolução clínica.
A confirmação pode ser feita ou por PCR específico ou Western Blot test, que discriminarão também o tipo de
HTLV, I ou II.
Interferências: problemas de conservação, hiperbilirrubinemia ou hemólise intensa.
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HTLV-I OU II – PCR
Sinônimo mais usado: HTLV-PCR
Material e conservação para envio: 3 mL de plasma de EDTA, separado esterilmente, sob refrigeração.
Instruções de coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração . Não congelar.
Método: Reação qualitativa em PCR.
Valores de Referência: Negativo
Interferências: Hiperbilirrubinemia ou Lipemia.
Indicações: diagnóstico confirmatório para sorologia reagente. Distinção entre o HTLV-I do HTLV-II. Raros
casos de infecção pelos dois vírus.
Informações importantes: quadro clínico.
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IDENTIFICAÇÃO DE HELMINTOS
Sinônimo mais usado: Identificação de Vermes
Material e conservação para envio: vermes isolados das fezes, lavados em solução fisiológica e conservados a
temperatura ambiente, mergulhados em vinagre caseiro incolor, solução a 50% com água destilada. Para os
laboratórios que tem permissão de uso, pode-se utilizar o Ácido Acético Glacial a 30% como conservante. Não
utilizar formol a 10% ou mesmo em concentrações inferiores para se evitar a contração das estruturas dos
helmintos. Para laboratórios que não tem licença para uso de voláteis controlados pode se usar Ácido Acético
Alimentar a 5%, volume a volume com formol a 0,5%.
Instruções para coleta: os vermes recebidos com as fezes, para exame parasitológico, devem ser
imediatamente isolados, lavados e conservados conforme descrito no item anterior.
Estabilidade da amostra: sob conservante pode ser conservada até 7 dias a temperatura ambiente, desde que
não haja resíduos fecais junto aos vermes.
Método: transparentização e observação microscópica das estruturas dos vermes.
Valores de Referência: Interferências: problemas na conservação dos vermes.
Indicações: dificuldades de identificação de vermes presentes nas fezes.
Informações importantes: eliminação de vermes nas fezes ou encontro de vermes nas roupas dos pacientes.
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IgA
Sinônimo mais usado: Imunoglobulina IgA
Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sem hemólise, enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
245
GRUPO SÃO CAMILO
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Evitar situações de recongelamento para se evitar a denaturação da imunoglobulina.
Método: imunoturbidimetria automatizada.
Em mg/dL
Valores Pediátricos:
Valores de Referência:
Recém-Natos :
0,0 a 2,2
1 a 3 meses
:
2,0 a 50,0
4 a 6 meses
:
3,0 a 82,0
6 meses a 1 ano :
14,0 a 108,0
2 a 6 anos
:
23,0 a 190,0
6 a 12 anos
:
29,0 a 270,0
12 a 16 anos :
81,0 a 232,0
Valores Adultos
:
Homens
:
43,0 a 350,0
Mulheres
:
40,0 a 340,0
57,0 a 390,0
Valores para 3ª idade:
Interferências:
a) Diminuições:
- Agamaglobulinemia ligada ao sexo (Doença de Bruton)
- Agamaglobulinemia do tipo suiço (linfopênica)
- Agamaglobulinemia intermitente
- Ataxia-telangectasia
- Aumento do catabolismo geral, como hipoproteinemia hipercatabólica idiopática e síndrome de WiskotAldrich.
- Cirrose hepática e outras doenças de origem hepática.
- Deficiências congênitas de IgA, geralmente ligada a deficiência na produção de IgA secretorias.
- Diminuição da síntese, como em leucemias e tumores digestivos.
- Disglobulinemia congênita do tipo III
- Doença de Still (Artrite Reumatóide Juvenil com HLA-B27 positiva, soro-positiva)
- Gestação ou uso de anticoncepcionais orais podem levar a uma diminuição da IgA em aproximadamente
20% dos casos.
- Hipoglobulinemia idiopática adquirida e Imunodeficiências adquiridas.
- Infância: os valores de referência até 1 ano são geralmente muito baixos em relação aos valores de adultos.
- Inibição da síntese da IgA, como o uso de corticosteróides e/ou outros imunossupressores.
- Perdas protéicas, como nas enteropatias e síndrome nefrótica
- Síndrome de DiGeorge.
b) Aumentos da IgA:
b.1) Aumentos devido a picos monoclonais:
- Doença da cadeia pesada alfa
- Gamopatia monoclonal benigna
- Mieloma Múltiplo por IgA (a maioria com cadeias kappa)
- Neoplasias secretoras de IgA
b.2) Aumentos de IgA do tipo Policlonal:
- Cirrose hepática, principalmente quando há um predomínio da concentração da IgA sobre a
Transferrina.
- Conjuntivite viral ou bacteriana com elevações na lágrima da relação IgG/Albumina, doenças
hepáticas como hepatites ou carcinomas primários do fígado processos infecciosos de tratos
produtores de IgA, como pulmonar, urinário e digestivo.
Indicações: vide item acima.
246
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Informações importantes: medicação atual, idade correta, incluindo dias e meses.
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IgA Salivar
Sinônimo mais usado: IgA secretória
Material e conservação para envio: 2 mL de saliva ativada. Centrifugar a 4000 rpm por 10 minutos. Enviar o
sobrenadante refrigerado. Outros líquidos biológicos, como por exemplo líquido pleural ou secreções
brônquicas devem ser tratados como acima.
Instruções para coleta: a saliva pode ser ativada utilizando-se essência de frutas cítricas ou abacaxi para o
paciente cheirar. Coletar em placa de Petri estéril aproximadamente 10 mL de saliva. Verificar o estado de
hidratação dos pacientes antes de iniciar a coleta. Para os outros materiais clínicos, a coleta é feita pelo(s)
médico(a) solicitante. As coletas devem ser sempre realizadas no mesmo horário, para cada paciente, devido a
variações circadianas. Coletar preferencialmente período da manhã, em jejum.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: Nefelometria
Valores de Referência: (para saliva): Até 6 anos: 1,7 a 9,1 mg/dL
> 6 anos: 6,9 a 27,0 mg/dL
Interferências: forma da coleta, principalmente da saliva. Os valores podem variar conforme a idade, estado de
hidratação. A falta de centrifugação antes do envio das amostras é uma causa freqüente de contaminação e valores
baixos de IgA secretória.
Indicações: pode-se utilizar a dosagem da IgM na saliva ou outros líquidos biológicos. Há praticamente uma
compensação, com valores de IgM superiores aos da IgA secretória nos casos de deficiência da imunoglobulina
A. Pacientes com deficiência de IgA secretória geralmente sofrem de Síndrome de má absorção intestinal,
infecções intestinais de repetição e infecções respiratórias. Na ataxia-telangectasia os níveis são sempre muito
baixos ou há ausência detectável de IgA secretória.
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IgD
Sinônimo mais usado: Imunoglobulina D
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
|Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Nefelometria
Valores de Referência: até 4,5 mg/dL
Interferências: elevações nos casos de Mieloma D (muito raros).
Indicações: a IgD é uma imunoglobulina monomérica com peso molecular de 180kD, com fórmula molecular
de duas cadeias delta com 2 cadeias kappa ou duas cadeias delta e 2 cadeias lambda. A sua concentração
geralmente é inferior a 0,2% do total das imunoglobulinas circulantes. Sua maior função é servir de receptor para
antígenos específicos na superfície de linfócitos do tipo B. Em algumas patologias como na Imunodeficiência de
Hiper IgM, pode, juntamente com a IgM ser os únicos receptores para antígenos nos linfócitos B do tipo CD19+.
Parece que há certa atividade desta imunoglobulina contra antígenos da insulina, alfalactoalbumina, betalactoglobulina e caseína, antígenos tireoidianos e contra o toxóide diftérico.
Informações importantes: quadro clínico, principalmente alterações de fundo imunológico, níveis de outras
imunoglobulinas e medicação atual.
247
GRUPO SÃO CAMILO
IgE - TOTAL
Sinônimo mais usado: Imunoglobulina E
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instrução para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: (calibração segundo WHO 2nd IRP 75/502)
Idade ( Anos)
Mediana ( UI/mL)
0 - 1
1 - 2
2 - 3
3 - 9
10 - 18
Adultos
6,6
10,1
12,9
14,4
20,8
20,4
Variação em espaço de
confiança de 95% ( UI/mL)
até 29
até 49
até 45
até 52
até 92
até 87
Interferências:
a) Diminuições:
- Ataxia-telangectasia
- Deficiência congênita de IgE
- Hipogamaglobulinemia congênita
- Hipogamaglobulinemia adquirida
- Hipogamaglobulinemia ligada ao sexo (variante da Doença de Bruton)
b) Elevações:
- Alergia do tipo I, como anafilaxia, asma, eczema atópico, edema de Quincke, febre do feno, rinite alérgica,
urticária, etc.
- Aspergilose pulmonar e outras micoses profundas pulmonares ou sinusais.
- Doença de Hodgkin
- Doenças de fundo imunopatológico, como pênfigo e pendigóide bolhoso, periarterite nodosa, piodermite
recorrente, Síndrome de Buckley, Síndrome de Wiskott-Aldrich, etc.
- Infecções bacterianas (dependendo da bactéria e do local de infecção).
- Mieloma por IgE
- Parasitoses
- Sarcoidose
- Síndrome Nefrótica.
Indicações: para confirmação de uma doença atópica, testes cutâneos negativos com quadro clínico sugestivo de
atopia, risco de anafilaxia, quadros de hipersensibilidade a substâncias não constante nos testes cutâneos ou na
pesquisa de IgE-específico.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Uma dosagem elevada de IgE não é diagnóstico de alergia. Mas níveis
elevados aumentam a chance de um diagnóstico alergológico. A aspergilose pulmonar pode ser excluída com
níveis normais ou baixos de IgE. Deve ser lembrado que reações alérgicas podem ser desencadeadas na
presença de níveis normais de IgE. A IgE está presente nas reações anafiláticas do tipo I, mas reações
anafilactóides podem prescindir da sua atuação.
Informações importantes: medicação atual.
248
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
IgE Específico
Sinônimo mais usado: IgE rast, Rast.
Material e conservação para envio: mínimo de 2 mL dependendo do número de testes solicitados, sendo
utilizado 500 microlitros por teste. Enviar refrigerado. Evitar hemólise.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência ou fluoroenzimaensaio.
Valores de Referência:
Em UI/mL
> 100,00
52,50 a 100,00
17,50 a 52,49
3,50 a 17,49
0,70 a 3,49
0,35 a 0,69
< 0,35
Classe
6
5
4
3
2
1
0
Níveis de Anticorpos IgE específicos
Positivo de extrema reatividade
Positivo de muito alta reatividade
Positivo de alta reatividade
Positivo de moderada reatividade
Positivo de baixa reatividade
Duvidoso ou intermediário
Negativo
UI/mL equivale a Ku/L
Interferências: vide IgE total. Valores baixos de IgE total podem resultar em resultados falso-negativos. Valores de
IgE total inferiores a 20 UI/mL: atopia improvável. Valores de IgE total superiores a 100 UI/mL: atopia altamente
provável.
Indicações: há uma grande concordância destes testes com os testes cutâneos. Com inalantes a concordância pode
chegar a 80% ou mais. A principal indicação para a realização destes testes é a impossibilidade de se realizar testes
cutâneos (prick-test): dermatoses generalizadas, dermografismo, utilização de antígenos que podem produzir reações
anafilactóides violentas, como venenos de insetos, penicilina, etc., baixa reatividade da pele de crianças, crianças
rebeldes que não permitam a realização do teste cutâneo, alergênos insolúveis, etc.
Informações importantes: idade do paciente, medicação atual e quadro clínico.
OBS. Relação dos IgE específicos e dos IgE múltiplos:
Específicos: Abacaxi (F 210), Acarus siro (D 70), Aipo (F 85), Alfa Lactoalbumina (F 76), Alface (F 215), Algodão (K
83), Alho (F 47), Alternaria alternata (M 6), Ameixa (F 255), Amendoim (F 13), Amoxicilina (C 6), Ampicilina (C 5),
Arroz (F 9), Aspergillus fumigatus (M 3), Aveia (F 7), Bacalhau (F 3), Banana (F 92), Barata doméstica (I 6), Batata (F
35), Beta lactoglobulina (F 77), Blomia tropicalis (D 201), Camarão (F 24), Candida albicans (M 5), Caranguejo (F 23),
Carne de Frango/Galinha (F 83), Carne de porco (F 26), Carne de vaca (F 27), Caseína (F 78), Castanha do Pará (F 18),
Cebola (F 48), Cefalosporinas (C 201), Cenoura (F 31), Centeio (F 5), Chocolate (F 105), Cladosporium herbarum
(M2), Clara de ovo (F 1), Cloramina T (K 85), Culicídeos (I 71), Côco (F 36), Couve (F 216), Curvularia lunata (M 16),
Dermatophagoides farinae (D2), Dermatophagoides microcera ( D3), Dermatophagoides pteronyssinus (D1),
Diclofenaco (C 281), Dipirona (H 75), Dixiciclina (C 216), Epitélio de vaca (E 4), Epitélio de Cão (caspa) (F 5),
Epitélio de Cavalo (E 3), Epitélio de Gato (caspa) (E 1), Epitélio de Carneiro (caspa) (E 81), Ervilha (F 12),
Espinafre (F 214), Eucalipto (T 18),Feijão (F 15), Figo (F 328), Formiga (I 70), Gema de ovo (F 75), Gergelim (F
10), Glúten (F 79), Grama Comum (G 10), Grama Bahia (G 17), Grama de centeio (G 70), Clister Stier Poeira
doméstica) (H2), Ibuprofen (C 286), Inalantes (Phadiatop), Insulina Humana (C 73), Insulina Bovina (C 71), Lã (K
20), Lactose (C 312),Laranja (F 33), Látex (K 82), Leite de Cabra (F 300), Leite de Vaca (F 2), Leveduras
alimentares (F 45), Limão (F 208), Lula (F 258), Maçã (F 49), Malte (F 90), Manga (F 91), Mamão Papaia (F 293),
Marinbondo-veneno (I4), Marisco (F 37), Mel (F 247), Melão (F 87), Milho (F 8), Morango (F 44), Mosquito (ver
Culicídeos) , Mostarda (F 89), Nozes (F 256), Pêlo de coelho (E 82), Pêlo de Hamster (E 84), Pena de Canário (E
249
GRUPO SÃO CAMILO
201), Pena de Galinha (E 85), Pena de Papagaio (E 213), Pena de Pato (E 95), Penicilina G (C 1), Penicilina V (C2),
Penicillium notatum (M1), Pêssego (F 95), Pêra (F 94), Pernilongo (ver Culicídeos), Peru (Carne) (F 284), Pimenta
Malagueta (F 279), Pimenta Verde (F 263), Pimentão (F 218), Polvo (F 59), Queijo Cheddar (F 81), Rhizopus
nigricans (M 11), Salmão (F 41), Salsa/Cheiro verde (F 86), Sardinha (F 61), Soja (F 14), Tartrazina (Corante
Amarelo Alimentar) (C 220), Tomate (F 25), Traça (I 8), Trigo (F 4), Trigo mourisco (F 11), Uva (F 259), Vespa
Amarela (I 5), Vespa cabeça branca (I 2), Vespa comum (I 3), Vespa de caibro (F 75).
Múltipos ( ou Painéis):
Epitélios Mix (EP1 ou EX1): Epitélios de Gato, Cavalo, Boi e Cão, Fungos Mix (MP1 ou MX1): Penicillium
notatum, Cladosporium herbarum, Aspergillus fumigatus, Candida albicans e Alternaria tenuis, Gramíneas Mix
(GP1 ou GX1): Grama de pomar, Grama Prado, Centeio Perene, Timóteo e Grama de Junho, Gramíneas Mix (GP2
ou GX2): Grama das Bermudas, Centeio Perene, Timóteo, de Junho e Tipo Johnson, Painel de Alimentos (FP2 ou
FX2): Bacalhau, Camarão, Mexilhão Azul, Atum e Salmão, Painel de alimentos (FP3 ou FX3): Trigo, Aveia,
Milho Gergelim e Trigo sarraceno, Painel de alimentos (FP5 ou FX5): Clara de ovo, leite de vaca, Trigo,
Amendoim e Soja, Painel de Oleoginosas (FP1 ou FX1): Amendoim, Avelã, Castanha do Pará, Amêndoa e Côco,
Painel de Poeira Doméstica (HP1 ou HX1): Pó caseiro tipo Greer, Dermatophagoides pteronyssinus,
Dermatophagoides farinae e Barata doméstica, Painel de Pólens (WP5 ou WX5): Erva daninha comum,
Artemísia, Margarida, Dente de leão e Vara dourada.
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IgF-1
Sinônimo mais usado: Somatomedina C
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência automatizada.
Valores de Referência: em ng/mL (para percentil de 95%).
Faixa etária (anos)
Val.de Referência
Faixa etária( anos)
1
55 – 327
18
2
51- 303
19
3
49 – 289
20
4
49 – 283
21-25
5
50 – 286
26-30
6
52 – 297
31-35
7
57 – 316
36-40
8
64 – 345
41-45
9
74 – 388
46-50
10
88 – 452
51-55
11
111- 551
56-60
12
143- 693
61-65
13
183- 850
66-70
14
220- 952
71-75
15
237–996
76-80
16
226–903
> 80
17
193-731
Valores neonatais: 1 a 7 dias: ND – 26,0 ng/mL
8 a 15 dias: ND – 41,0 ng/mL
250
VI
Val.de Referência
163- 584
141- 483
127- 424
116- 358
117- 329
115- 307
109- 284
101- 267
94- 252
87- 238
81- 225
75- 212
69- 200
64- 188
59- 177
55- 166
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: terapêutica hormonal de reposição com HGH.
Indicações:
A) Valores elevados: acromegalia, durante a gravidez pelo aumento da Prolactina, que tem sinergismo na
produção da Somatomedina C.
B) Valores normais: valores normais de Somatomedina C estão fortemente correlacionados à presença de HGH
em quantidades normais e suficientes.
C) Valores baixos: No nanismo com função hipofisária normal, a deficiência ponderal está ligada à deficiência
da produção da Somatomedina C. Também são encontrados níveis baixos no hipotireoidismo, estados de
má-nutrição e na insuficiência hepática.
Informações importantes: medicação atual e doenças associadas.
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IGFBP-3 PROTEÍNA LIGADORA DE IGF-1
Sinônimo mais usado: IGFBP-3
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimaimunoensaio ( ELISA)
Valores de Referência:
Faixa etária V. Referência
1 ano
0,7 – 3,6
4 anos
0,9 – 4,3
1,4 – 6,10
7 anos
2,1 – 7,7
10 anos
3,1 – 9,5
13 anos
3,4 – 9,5
16 anos
2,9 – 7,3
19 anos
3,5 – 7,6
26-30 anos
3,3 – 6,6
41-45 anos
3,4 – 6,9
56-60 anos
2,8 – 5,7
71-75 anos
Faixa etária V. Referência
2 anos
0,8 – 3,9
5 anos
1,1 – 5,2
8 anos
1,6 – 6,5
11 anos
2,1 – 8,4
14 anos
3,3 – 10,0
17 anos
3,2 – 8,7
20 anos
2,9 – 7,3
31-35 anos
3,5 – 7,0
46-50 anos
3,3 – 6,7
61-65 anos
3,2 – 6,6
76-80 anos
2,5 – 5,1
Faixa etária V. Referência
3 anos
0,9 – 4,3
6 anos
1,3 – 5,6
9 anos
1,8 – 7,1
12 anos
2,7 – 8,9
15 anos
3,5 – 10,0
18 anos
3,1 – 7,9
21-25 anos
3,4 – 7,8
36-40 anos
3,4 – 6,7
51-55 anos
3,4 – 6,8
66-70 anos
3,0 – 6,2
81 anos
2,2 – 4,5
Fator de conversão : ng/mL x 0,035 = nmol/L
ng/mL x 0,001 = mcg/mL
Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: As IGFBPs formam uma família de proteínas que ligam os fatores de crescimento “insulin-like”,
que tem aproximadamente 10 proteínas. A IGFBP-3 é a mais utilizada para diagnósticos, ligando quase a
totalidade das IgFs, principalmente as IgF-1. As funções da IGFBP-3 além de modular a resposta e a
biodisponibilidade da IgF-1, tem uma ação anti-proliferação celular e ação apoptótica, em oposição a ação da
IgF-1 que tem ações mitogênicas eanabólicas.
Alterações nas concentrações da IgF-1 e da IGFBP-3 podem favorecer o aparecimento de neoplasias e as suas
dosagens podem substituir a dosagem do HGH para diagnóstico de alterações do crescimento.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
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251
GRUPO SÃO CAMILO
IgG
Sinônimo mais usado: Imunoglobulina G
Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração:
Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunoturbidimetria automatizada.
Valores de Referência: Valores Pediátricos ( mg/dL):
Faixas etárias
RN
1 a 3 meses
4 a 6 meses
6 a 12 meses
2 a 6 anos
6 a 12 anos
12 a 16 anos
mg/dL
700 – 1480
250 – 1100
300 – 1000
500 – 1200
500 – 1300
700 – 1650
700 – 1550
Adultos
650 – 1600
Interferências: processos infecciosos ou inflamatórios em atividade. Terapia de reposição com
imunoglobulinas. Corticoterapia e uso de medicamentos anti-oncóticos.
Indicações: a IgG é a principal imunoglobulina circulante, produzida por linhagem linfocítica do tipo B, em
cooperação ou não com linfócitos T. As IgG apresentam grande número de propriedades, como: fixação com o
complemento sérico, opsonização e citotoxicidade, pela sua ligação a uma série de receptores celulares. A IgG é
subdividida em 4 sub-classes, com propriedades biológicas distintas.
a) Elevações policlonais de seus níveis:
- Cirrose hepática alcoólica
- Colagenoses
- Hepatites virais agudas, paralelamente aos níveis de viremia
- Infarto agudo do miocárdio, com pico durante a segunda semana.
- Infecções bacterianas
- Infecções parasitárias (leishmaniose visceral, malária)
b) Elevações monoclonais:
- Mieloma múltiplo (cadeia kappa em 70% dos casos)
- Doença da cadeia pesada (gama)
- Gamopatia monoclonal benigna
- Doenças neoplásicas produtoras de IgG.
c) Diminuições :
- Deficiências primárias com diminuição da síntese
- Disglobulinemia (Waldenström com queda das IgGs e Kahler)
- Hipercatabolismo (doença de Steinert)
- Hipercatabolismo na doença de Wiskott-Aldrich
Diminuição da síntese por terapia com corticosteróides, imunossupressores, etc.
Informações importantes: medicação atual e idade correta.
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252
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
IgG- SUBCLASSES (IgG-1, IgG-2, IgG-3, IgG-4)
Sinônimo mais usado: Sub-classes da IgG
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade para amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: nefelometria
Valores de Referência:
Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubina.
Indicações: A IgG é constituída por 4 sub-classes, tendo propriedades biológicas distintas. Há produção de
níveis direrentes de sub-classes de IgG, a cada resposta imunológica. A resposta imunológica a antígenos
protéicos é preferencialmente de IgG-1 e IgG-3, sendo mediada por linfócitos T. Quando o estímulo é feito por
polissacarídeos, os anticorpos formados é de IgG-2, também timo-dependente. Alterações às respostas
imunológicas, leva à deficiência s de certas sub-classes, principalmente em pacientes com infecções e
gamopatias monoclonais associadas e imunodificiência primárias e secuntãrias. Deficiências de IgG-2 e IgG-3
estão associadas à infecções recorrentes de vias aéreas, por pneumococos e Haemophilus influenzae. Crianças
com baixos níveis de IgG-2 respondem mal a vacinação com antígenos polissacarídicos. Outras associações de
relevância de IgG-2 e IgG-4 é com deficiência da IgA.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
IgM
Sinônimo mais usado: imunoglobulina M
Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunoturbidimetria automatizada.
253
GRUPO SÃO CAMILO
Valores de Referência:
Valores Pediátricos (em mg/dL):
Faixas etárias
RN
1 a 3 meses
4 a 6 meses
6 a 12 meses
2 a 6 anos
6 a 12 anos
12 a 16 anos
(mg/dL):
5 – 30
10 – 80
15 – 109
43 – 239
50 – 199
50 – 260
45 – 240
Valores de adultos (mg/dL):
Homens > 16 anos 50 – 300
Mulheres > 16 anos 55 – 350
Interferências: processos infecciosos atuais, terapia imunossupressora.
Indicações: as imunoglobulinas M estão ligadas à primeira resposta imune humoral. São produzidas por
linhagem linfocítica do tipo B e seu aparecimento ocorre alguns dias após o contacto com antígenos. Seu
aumento é muito rápido. Estão ligados à infecções primárias. Alguns tipos de antígenos chamados timodependentes, principalmente polissacarídeos, só provocam a síntese de IgM. As suas principais propriedade
são: aglutinação de antígenos, não atravessam a placenta (por isso seu aparecimento no período neonatal é
patognomônico de infecção congênita) e ativam o complemento pela via clássica.
a) Aumentos policlonais das IgM:
- Infecções virais, como Rubéola, CMV, Herpes, etc,
- Infecções parasitárias : malária, toxoplasmose, doença de Chagas.
- Infecções bacterianas
- Doenças hepáticas: cirrose alcoólica, hepatite crônica ativa, cirrose biliar, etc.
- Doenças intestinais: colite ulcerativa complicada com infecções secundárias.
b) Aumento monoclonal das IgM:
- Doença de Waldenström,
- Doença da cadeia pesada µ
- Gamopatia monoclonal benigna,
- Afecções neoplásicas produtoras de IgM
c) Diminuições:
- Doenças malignas
- Doenças da cadeia leve, com diminuição das três classes de imunoglobulinas
- Perdas protéicas por enteropatias.
- Inibição da síntese por medicamentos imunossupressores ou corticosteróides.
- Hipoproteinemia hipercatabólica
- Deficiência primitivas por ausência de células produtoras de imunoglobulinas, como agamaglobulinemia
de Bruton (ligada ao sexo), Síndrome de Wiskott-Aldrich.
Informações importantes: medicação atual e idade correta.
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254
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Propriedades principais de cada classe de imunoglobulinas e
das sub-classes das IgG
Atividade funcional
Neutralização
Opsonização
IgM
Sensibilização para morte pelas células
NK
Sensibilização dos mastócitos
Ativa o sistema do complemento sérico
Distribuição
Transporte através do epitélio
IgD
IgG1
IgG2
IgG3
IgG4
IgA
+
-
-
++
+++
++
++
(*)
-
++
++
++
++
+
-
++
+
-
+++
-
+
++
+
+
+++
-
IgM
+
IgD
IgG1
IgG2
IgG3
IgG4
-
-
-
-
-
+
IgE
+++
-
IgA
IgE
+++
-
Dímero
Transporte através da placenta
Difusão nos locais extravasculares
+/-
-
+++
+++
+
+++
++
+++
+/+++
++
+
Monômero
Nível sérico médio ( mg/dL)
150
0,04
900
300
100
50
210
50
UI/mL
Ref.Bibliog. Estudos de casos em Imunologia 3ª ed. Artmed Editora 2002,Porto Alegre,RS
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IMUNOCOMPLEXOS CIRCULANTES
Sinônimo mais usado: complexos ag-ac
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob conservação.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 1 dia sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunoensaio enzimático
Valores de Referência: inferior a 35 mcg/mL
Interferências: medicação anti-inflamatória hormonal.
Indicações: confirmação de doença ativa para casos de LES e AR.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
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IMUNOFIXAÇÃO
Sinônimo mais usado: identificação de imunoglobulinas monoclonais
Material e conservação para envio: 2 mL de soro ou 5 mL de LCR ou 10 mL de urina de 24 horas, conservados
sob refrigeração. Não utilizar conservantes. Não enviar soros hemolisados ou LCR com acidente de punção.
Instruções para coleta: Soro: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Urina: enviar alíquota de 10 mL de urina de 24 horas, estocada durante a coleta sob refrigeração.
LCR: coletado pelo(a) médico(a)-assistente em tubo estéril.
Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
LCR: 5 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.
Urina: 5 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.
Evitar o recongelamento das amostras para se evitar a desnaturação das imunoglobulinas.
255
GRUPO SÃO CAMILO
Método: Imunofixação
Valores de Referência: ausência de picos monoclonais de imunoglobulinas.
Interferências: hemólise sérica, acidente de punção do LCR e contaminação bacteriana e fúngica da urina.
Indicações: classificação de paraproteínas, que determinam a produção de picos monoclonais de imunoglobulinas,
detectadas no exame eletroforético das proteínas. As doenças que podem produzir picos monoclonais nas eletroforeses, são: mieloma múltiplo, doença de Waldenström, gamopatia monoclonal idiopática, doenças das cadeias
pesadas, doenças das cadeias leves, amiloidose sistêmica, etc.
A imunofixação é uma técnica extremamente sensível e específica que reúne técnicas da separação eletroforética
e de imunoprecipitação, que substitui com vantagens a imunoeletroforese clássica. Após a separação
eletroforética das proteínas anti-soros específicos, contra IgA, IgG, IgM, cadeias leves kappa e lambda, são
colocados sobre as frações já separadas. Após período de imunoprecipitação as fitas são lavadas em tampões
especiais, e as frações não precipitadas são lavadas e o que foi imunoprecipitado aparece na coloração posterior.
A proteína que apresentou imunoprecipitação com o anti-soro específico, aparece com uma banda única.
Informações importantes: dados sobre a eletroforese de proteínas.
_______________________________________________________________________________________
INCLUSÃO CITOMEGÁLICA
Sinônimo mais usado: pesquisa de células de inclusão do CMV.
Material e conservação para envio: 10 mL de urina recente coletada sem conservante, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar qualquer amostra de urina. Refrigerar imediatamente.
Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Após este período, colocar por 10 minutos em banhomaria a 37°C para se diluir cristais que possam ter se formados durante a refrigeração, centrifugar a 2000 r.p.m.
por 10 minutos. Preparar esfregaços em lâminas muito bem desengorduradas. Imediatamente após a secagem
dos esfregaços, fixar as lâminas, por 30 a 60 segundos com o primeiro reagente da coloração Panótica. Enviar em
protetores de lâminas.
Método: coloração pelo método de Giemsa.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: não há referências.
Indicações: em pacientes imunocompetentes a infecção por CMV é auto-limitada, mas para pacientes
imunocomprometidos ou em recém-natos ela pode ser devastadora. A par da baixa sensibilidade do método, é um
método rápida para o diagnóstico da infecção.
Informações importantes: hora da coleta, tempo de conservação.
_______________________________________________________________________________________
INFLUENZA A(H1N1) – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Gripe Mexicana, Nova Gripe, H1N1 Suína, Gripe Suína.
Material e conservação para envio: Escarro: 3,0 mL; Lavado brônquico alveolar: 3,0 mL; Aspirado traqueal:
1,0 mL; Aspirado ou lavado de nasofaringe: 1,0 mL; Aspirado ou lavado de orofaringe: 1,0 mL: até 48 horas
refrigerado entre 2 e 8 °C, em frasco estéril.
Swab combinado de nasofaringe e orofaringe: Kit específico enviado pelo Laboratório São Camilo, até 48 horas
refrigerado entre 2 e 8 ºC, após este período congelar e enviar congelado.
Instruções de Coleta: Realizar a coleta entre o 1º e 7º dia após aparecimento dos sintomas: febre, tosse, dor de
garganta, coriza e dispneia. Jejum desejável de pelo menos 2 horas (evitar vômito). Se a coleta for realizada pela
manhã, vir ao laboratório antes do desjejum.
Estabilidade da amostra: Escarro, Lavado brônquico alveolar, Aspirado traqueal, Aspirado ou lavado de
256
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
nasofaringe, Aspirado ou lavado de orofaringe: até 48 horas refrigerado entre 2 e 8 °C, em frasco estéril.
Swab combinado de nasofaringe e orofaringe; swab de nasofaringe; swab de orofaringe: até 48 horas refrigerado
entre 2 e 8 ºC, em kit específico. Após este período congelar e enviar congelado.
Método: RT-PCR em Tempo Real
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para
entrega e temperatura de transporte).
Indicações: Dentre os agentes etiológicos associados a um quadro de gripe lista-se o vírus Influenza A H1N1
linhagem suína. A apresentação clínica varia de um quadro gripal auto-limitado (febre, dor de garganta, tosse,
mialgia, cefaléia, sintomas gastrointestinais e fadiga) até as formas mais complicadas com evolução para Doença
Respiratória Aguda Grave. A única técnica de diagnóstico preconizada pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) para confirmação laboratorial do Influenza A (H1N1) linhagem suína é a RT-PCR (Transcrição Reversa
seguida de Reação em Cadeia da Polimerase) em Tempo Real. É um teste sensível e específico, capaz de detectar
a presença do vírus. As amostras de secreções respiratórias devem ser coletadas preferencialmente entre o
primeiro e o sétimo dia, após o início dos sintomas.
Informações importantes: As amostras devem ser coletadas até o terceiro dia e, eventualmente, poderá ser
realizada até o sétimo dia, após o início dos sintomas;
* Laboratório credenciado pelo Ministério da Saúde e SeSa-PR para execução do teste molecular para H1N1
conforme instrução da OMS/CDC.
_______________________________________________________________________________________
INIBIDOR DA C1-ESTEARASE : FUNCIONAL
Sinônimo mais usado: C1 – Estearase
material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Congelar o soro e deixar no congelador até o
momento do envio. Colocar o tubo diretamente em contacto com o gelo de transporte.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 15 dias sob congelamento. Em relação ao transporte: 24 horas sob refrigeração.
Método: Imunoturbidimetria.
Valores de Referência: 78 a 131% de atividade.
Interferências: doenças linfoproliferativas podem elevar falsamente os valores.
Indicações: o Inibidor da C1- estearase é um modulador da reação inflamatória, inibindo a cascata de reação do
complemento, impedindo a ativação do C1. É uma proteína tipo de fase aguda, pertencendo ao grupo das
inibidoras de proteoses. Além de regular as enzimas do Sistema do Complemento, da Coagulação e Fibrinólise.
Quando há queda acentuada dos seus níveis ou a sua ausência, provoca a ativação exacerbada do sistema do
complemento. Pode também atuar na via das cininas ativando os fatores XIa e XIIa no sistema fibrinolítico.
Essa deficiência provoca o edema angioneurótico, que é uma doença autossômica dominante, provocando edemas
de pele, mucosas, principalmente de face, extremidades, vias aéreas superiores (principalmente edema de glote) e
trato gastrointestinal.
Há duas formas conhecidas dessa deficiência: congênita (tipo I) e adquirida (tipo II). Na forma congênita (85%
dos casos) ocorre o angioedema hereditário que caracteriza-se por episódios recorrentes de edemas. Na forma
adquirida (15% dos casos), ocorre geralmente em associação a várias doenças, incluindo linfomas e outras
doenças linfoproliferativas. No tipo adquirido ocorre a inativação das proteases. Quando a redução atinge
valores de 50% pode-se estar frente a quadro heterozigótico.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
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GRUPO SÃO CAMILO
INIBIDOR DA C1-ESTEARASE: QUANTITATIVA
Sinônimo mais usado: C1s Estearase quantitativa
Material e conservação para envio: 2 mL de soro congelado. Enviar em gelo.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 15 dias sob congelamento ou 24 horas sob refrigeração para o envio.
Método: enzimático cromogênico.
Valores de Referência : 22 a 34 mg/dL.
Interferências: vide item anterior.
Indicações : vide item anterior.
Informações importantes: vide item anterior.
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INIBINA – A
Sinônimo mais usado: INIB-A
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas.
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio
Valores de Referência: Homens :
< 10 pg/mL
Mulheres: F.folicular
: 4 – 10 pg/mL
F. luteínica
: 65 – 115 pg/mL
Pico ovulatório: 30 – 56 pg/mL
Interferências: hemólise e lipemia
Indicações: a Inibina A é um polipeptídeo que pertence ao grupo de fatores de crescimento. É produzida pelas
células da granulosa ovariana e pelas células de Sertoli nos testículos. Agem no eixo gônadas-hipófise inibindo a
produção e secreção do FSH. Durante a gestação é produzida pela placenta e seus níveis podem atingir um pico
entre a 8ª e a 10ª semanas de gravidez, declinando até a 20ª semana. A partir desta semana há um aumento
constante até o termo. A inibina não é detectada no período pré-puperdade e seus níveis são muito baixos no
período pós-menopausa. Nos homens não tem ainda maior significado clínico (normalmente os níveis baixos se
mantém por toda a vida). A Inibina A pode se elevar na pré-eclampsia, em algumas neoplasias malignas e na
Síndrome de Down.
Informações importantes: período gestacional, medicação atual.
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INIBINA - B
Sinônimo mais usado: INIB-B
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas.
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Homens :
adultos: 25 – 320 pg/mL
< 12 anos: 4 – 250 pg/mL
Mulheres: 3º dia do ciclo: até 275 pg/mL
Pós-menopausa: até 4 pg/mL
< 12 anos : até 85 pg/mL
258
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: Hemólise e lipemia.
Indicações: Nas mulheres a Inibina –B é produzida pelas células da granulosa dos pequenos folículos.
Apresenta um pico durante o início da puberdade e depois se mantém com níveis constantes. Nos homens tem
grande importância na retroalimentação da hipófise para a produção e secreção do FSH na espermatogênese.
Pode estar diminuída nos casos de infertilidade masculina, mas ainda não há consenso sobre sua função nestes
casos.
Informações importantes: quadro e suspeita clínica.
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INSULINA
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 6 a 8 horas. Valores inferiores e superiores a este
intervalo podem interferir nos resultados. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência automatizada.
Valores de Referência:
Neonatos
: 3 a 20 µIU/mL
Adultos
: com IMC normal : 2,5 a 29,1 µUI/mL
com IMC elevado : até 70,0 µUI/mL
Após 60 anos ....... : até 35,0 µUI/mL
Interferências:
A) Variações fisiológicas: diminuições durante o sono, ativação pós-prandial e na presença de anticorpos antiinsulina.
B) Variações patológicas: Diabetes do tipo I: os níveis basais estão diminuídos. Os níveis de insulina não se elevam
nos testes de hiperglicemia V.O.
Diabetes tipo II: o valor de base é sempre normal.
No insulinoma os níveis de insulina se mantém normais ou um pouco elevados, mesmo na presença de
hipoglicemia.
Indicações: A insulina é um hormônio do tipo polipeptídico produzido nas ilhotas de Langerhans, nas células beta.
É um potente hipoglicemiante havendo um feed-back negativo entre a insulina e a glicose sérica, glucagon e o HGH.
Informações importantes: período de jejum, medicação atual e quadro clínico.
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INTERLEUCINA 28B (IL28-B), POLIMORF. – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Resposta ao Interferon, IL28, Polimorfismo rs12979860, Polimorfismo rs8099917.
Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5
mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico).
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;
Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de
transporte).
Indicações: A infecção crônica pelo vírus da hepatite C afeta 170 milhões de pessoas no mundo inteiro e é
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GRUPO SÃO CAMILO
importante causa de cirrose e câncer de fígado. O tratamento indicado para o genótipo 1 (mais frequente) é feito
por 48 semanas. A resposta virológica sustentada (RVS) é atingida em cerca de 40 a 50% dos pacientes tratados.
Como o tratamento preconizado (interferon e ribavirina) apresenta efeitos colaterais potencialmente graves e
como a taxa de sucesso não é elevada, preditores de resposta são pesquisados para a decisão do tratamento.
Estudos identificaram dois polimorfismos únicos em nucleotídeos, no gene da IL-28B. O genótipo C/C no
nucleotídeo rs12979860 e o genótipo T/T no nucleotídeo rs8099917 estão associados a maiores taxas de resposta
virológica sustentada e de clareamento viral espontâneo após infecção aguda, no genótipo 1. Para os genótipos 2
e 3, já é esperada uma elevada taxa de sucesso terapêutico, portanto o estudo do polimorfismo da IL28B nestas
circunstâncias apresenta valor limitado. O conhecimento do polimorfismo pode auxiliar na decisão de iniciar ou
protelar o tratamento.
Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.
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ISOPROPANOL NA URINA (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: 2-Propanol
Material e conservação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar uma amostra de urina pós-jornada de trabalho, após, pelo menos dois dias de
exposição contínua, ou conforme orientação médica. Completar o frasco de urina totalmente, não deixando
espaço vazio dentro do mesmo. Frasco com volume incompleto serão rejeitados. Tubos cônicos são mais
facilmente preenchidos com o volume máximo.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência: IBMP: 50 mg/L (DFG-BAT)
Interferências: frascos com espaço vazio.
Indicações: acompanhamento laboral de colaboradores expostos ao produto.
Informações importantes: local de trabalho, tempo de trabalho ininterrupto.
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Isospora belli – PESQUISA
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Isospora belli nas fezes.
Material e conservação para envio: 5,0 a 10,0 g de fezes sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar em frasco do tipo coletor, de plástico, sem conservante.
As crianças podem coletar na fralda, mas as fezes devem ser imediatamente transferidas para frasco plástico de
transporte.
Estabilidade da amostra: amostra recente. Deve ser enviada sob refrigeração, o mais rapidamente possível. Até
24 horas após a coleta, sob refrigeração.
Método: Microscopia após separação por gradiente e centrifugação.
Valores de Referência: Negativa
Interferências: medicação específica anterior à coleta.
Indicações: diarréias aquosas e crônicas em crianças e pacientes imunodeprimidos, já que é uma infestação autolimitada em indivíduos hígidos.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
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260
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
KLEINHAUER – PESQUISA
Sinônimo mais usado: teste de Kleinhauer
Material e conservação para envio: 1 a 2 mL de sangue total em EDTA.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração.
Método: coloração específica segundo Kleinhauer.
Valores de Referência: Até 2 anos de idade : 100% das hemácias coradas fortemente pela hemoglobina fetal, até
0,05% para indivíduos com menos de 2 anos de idade.
Acima de 2 anos de idade : valores inferiores a 0,05% de hemácias fracamente coradas pela
hemoglobina fetal.
Interferências: transfusões sanguíneas.
Indicações: este teste é indicado para a pesquisa de Hemoglobina Fetal (HbF) dentro das hemácias. É um teste
auxiliar em alguns casos de Talassemia, com distribuição heterogênea de HbF nas hemácias e nos casos de
persistência hereditária de HbF com distribuição homogênea, que também podem ocorrer na microesferocitose
hereditária e em casos de anemias aplásticas. Pode se indicar a pesquisa de sangue fetal por coleta intrauterina para
diferenciação entre o sangue materno e fetal, nos casos de transfusão feto-materna ou vice-versa.
Informações importantes: ocorrência de transfusões com menos de 3 meses.
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KPC, DETECÇÃO MOLECULAR – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: KPC, gene blaKPC, superbactéria, Klebsiella pneumoniae produtora de
carbapenemase.
Material e conservação para envio: Cultura (colônia ou 300 µL de meio), solicitar kit apropriado para coleta ao
laboratório.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado a 4°C.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: As enzimas KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemicosase) são carbapenemases pertencentes à
classe A de Ambler e ao subgrupo 2f de Bush, Jacoby e Medeiros. Estas enzimas são inibidas por ácido
clavulânico e tazobactam e, possuem a habilidade de hidrolisar uma grande variedade de ß-lactâmicos como
cefalosporinas, penicilinas, aztreonam e inclusive, os carbapenêmicos. Foi encontrada pela primeira vez em K.
pneumoniae, porém hoje já foram descritos casos de resistência pela presença de KPC em Salmonella enterica,
K. oxytoca e Enterobacter spp, entre outros. O grupo KPC tem um alto potencial de disseminação devido à sua
localização em plasmídio e é mais frequentemente encontrada em K. pneumoniae, uma bactéria com grande
capacidade de acumular e ser responsável pela transferência de genes de resistência. Esta disseminação dificulta
o controle de epidemias, e preocupa os profissionais da área de saúde, pois o tratamento destas infecções é
extremamente difícil, elevando as taxas de mortalidade. Uma PCR gene blaKPC positiva indica que o isolado
carrega o gene blaKPC codificador da enzima KPC.
Informações importantes: Este teste só pode ser realizado em bactérias isoladas em cultura. Não é possível
realizar este teste diretamente em amostras de pacientes.
261
GRUPO SÃO CAMILO
LACTATO – (ver Ácido Lático)
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LACTOSE – DET. GENÉTICA DA INTOLERÂNCIA – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Hipolactasia primária, deficiência primária de lactase, polimorfismo C13910T do gene
LCT.
Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5
mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR em Tempo Real
Valores de referência: genótipo CC: não persistência da enzima lactase (intolerante à lactose); genótipo TT:
persistência da enzima lactase (tolerante à lactose); genótipo CT: persistência da enzima lactase (tolerante à
lactose);
Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;
Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de
transporte).
Indicações: Pessoas com histórico de mal estar após ingestão de leite e derivados, com suspeita a intolerância a
lactose. A lactose é o açúcar presente no leite, que quando consumido é transformado no nosso organismo em
energia (glicose) pela ação da enzima lactase (LPH). A falta ou a deficiência dessa enzima faz com que a lactose
chegue até o intestino sem ser absorvida, sua fermentação por bactérias pode causar flatulência, diarreia,
desconforto intestinal e sintomas típicos de indigestão. Na população em geral, há um declínio natural e gradual
nos níveis de lactase presentes no organismo com o avançar da idade, se inicia por volta dos 2 anos. Essa variação
da enzima e consequentemente da tolerância pode ter interferência genética e étnica. A troca do nucleotídeo C
por T na posição 13910 do gene da lactase (LCT) na população brasileira está presente em 43% dos
brancos/pardos descentes de europeus/ africanos, 20% dos negros descendentes de africanos e ausente nos
descendentes asiáticos. Nestes, o polimorfismo que caracteriza tolerância à lactose é a troca do nucleotídeo G por
A na posição 22018 do gene LCT. Esta mutação determina a persistência da enzima lactase, ou seja, determina a
Tolerância à Lactose. É importante saber que embora o paciente tenha genótipo CC, que determina a Intolerância
a Lactose, o mesmo poderá apresentar sintomas apenas na idade adulta em virtude da diminuição progressiva na
produção da enzima lactase, causada pela diminuição da expressão do gene LCT que codifica a enzima lactase.
Informações importantes: Necessário preenchimento do termo de consentimento informado para exame de
Detecção Genética da Intolerância à Lactose.
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LACTOSE – ASIÁTICOS - DET. GENÉTICA DA INTOLERÂNCIA – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Hipolactasia primária, deficiência primária de lactase, polimorfismo G22018A do gene
LCT.
Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;
5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR em Tempo Real
Valores de referência: genótipo GG: não persistência da enzima lactase (intolerante à lactose); genótipo AA:
262
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
persistência da enzima lactase (tolerante à lactose); genótipo GA: persistência da enzima lactase (tolerante à
lactose);
Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;
Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de
transporte).
Indicações: Pessoas com histórico de mal estar após ingestão de leite e derivados, com suspeita a intolerância a
lactose. A lactose é o açúcar presente no leite, que quando consumido é transformado no nosso organismo em
energia (glicose) pela ação da enzima lactase (LPH). A falta ou a deficiência dessa enzima faz com que a lactose
chegue até o intestino sem ser absorvida, sua fermentação por bactérias pode causar flatulência, diarreia,
desconforto intestinal e sintomas típicos de indigestão. Na população em geral, há um declínio natural e gradual
nos níveis de lactase presentes no organismo com o avançar da idade, se inicia por volta dos 2 anos. Essa variação
da enzima e consequentemente da tolerância pode ter interferência genética e étnica. A troca do nucleotídeo G
por A na posição 22018 do gene da lactase na população brasileira está presente em 5,4% dos descendentes
asiáticos. Esta mutação determina a persistência da enzima lactase, ou seja, determina a Tolerância à Lactose. É
importante saber que embora o paciente tenha genótipo GG, que determina a Intolerância a Lactose, o mesmo
poderá apresentar sintomas apenas na idade adulta em virtude da diminuição progressiva na produção da enzima
lactase, causada pela diminuição da expressão do gene LCT que codifica a enzima lactase.
Informações importantes: Necessário preenchimento do termo de consentimento informado para exame de
Detecção Genética da Intolerância à Lactose.
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LAMOTRIGINA
Sinônimo mais usado: dosagem de Lamictal® ou Neurium®.
Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas e 8 horas após a última dose do
medicamento. Alguns especialistas indicam a coleta imediatamente antes da próxima dose. Preferencialmente
seguir as instruções do médico solicitante. Não coletar em frasco com gel separador.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 14 dias sob refrigeração.
Método: HPLC
Valores de Referência: nível terapêutico : 3,0 a 14,0 mcg/mL.
Interferências: elevações: Ácido Valpróico (inibe o metabolismo da Lamotrigina)
Diminuições: Carbamazepina e Fenobarbital (por indução do sistema microssomal).
Indicações : controle terapêutico do uso da droga e seus níveis terapêuticos e tóxicos.
Informações importantes: doses utilizadas e seus horários.
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LDH – (ver Dehidrogenase Láctica)
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Legionella dumoffi –PCR – QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: Legionella dumoffi PCR-QL
Material e conservação para envio: escarro, lavado brônquico e líquido pleural, 3mL cada e 250 mg (mínimo) de
material para biópsia. O material de biópsia deve ser enviado sob congelamento (de preferência em gêlo sêco). Pode
ser conservado em etanol. Escarro, lavado brônquico e líquido pleural podem ser enviados sob refrigeração.
263
GRUPO SÃO CAMILO
Instruções para coleta: o escarro deve ser coletado pela manhã, se possível antes do paciente se levantar. Deve
ser coletado após tosse profunda, sem a presença de saliva. Coletar em frasco estéril. O lavado brônquico e o
líquido pleural devem ser coletados pelo médico-assistente em frasco estéril.
Estabilidade da amostra: Até 24 horas sob refrigeração.
Método: Reação em cadeia da Polimerase, usando o gene 5S rRNA, comum ao gênero.
Valores de Referência: Negativo.
Interferências: inibidores do PCR, principalmente hemoglobina.
Indicações: As legionelas produzem infecções respiratórias agudas. Cresce muito bem em reservatórios
hídricos contaminados. Geralmente ocorre uma pneumonia grave (conhecida como Doença dos legionários).
Quadros pseudo gripais (Febre de Pontiac). Há uma série de fatores individuais que favorecem este tipo de
infecção, como alcoolismo, imunodeficiências, tabagismo, sexo (com maior prevalência entre os homens) e
idade (maior prevalência por volta dos 50 anos).
Informações importantes: quadro clínico.
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Legionella pneumophilla – ANTI – IgG
Sinônimo mais usado: sorologia para Legionelose IgG
Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: hemólise ou lipemia. Reações falso-positivas são bastante raras.
Indicações: diagnóstico sorológico das legioneloses, principalmente em pacientes com infecções respiratórias
agudas, graves, em pacientes acima de 40 anos (geralmente perto dos 50 anos), imunodeprimidos, homens,
ocorrendo em surtos restritos, etc. Esses anticorpos podem aparecer na circulação após um período de 4 a 12
semanas. Por volta de 1/3 dos pacientes podem apresentar níveis elevados de anticorpos já na primeira semana de
doença. Como na maioria dos testes sorológicos a antibioticoterapia pode alterar o desenvolvimento dos anticorpos
ou até abortar a resposta sorológica. Pacientes imunodeprimidos podem não produzir a soroconversão. Pacientes
com infecção por Legionella do sorogrupo 1 apresentam maior sensibilidade e especificidade ao teste. Geralmente
títulos iguais ou maiores a 1:128 são patognomônicos de doença ativa. O pareamento de amostras entre a fase aguda e
a convalescença podem auxiliar no diagnóstico retrospectivo. Como a infecção assintomática pelas legionelas é
muito prevalente, títulos elevados só podem ser valorizados frente a quadro clínico compatível.
Informações importantes: quadro clínico e terapia atual.
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Legionella pneumophilla – ANTI – IgM
Sinônimo mais usado: sorologia para Legionelose aguda.
Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.
Método: enzimaimunoensaio.
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: Não Reagente.
Interferências: hemólise, lipemia ou antibioticoterapia anterior.
Indicações: diagnóstico sorológico das infecções agudas por legionelas.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
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Legionella pneumophilla - PCR - QUALITATIVO -vide Legionella dumoffi.
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LEISHMANIOSE – PCR – QUALITATIVA
Sinônimo mais usado: PCR – QL para Leishmaniose humana
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, 1,0 mL de aspirado de medula óssea, pelo
menos 300 mg de material de biópsias ou aspirado de linfonodos, em recipientes estéreis, sob refrigeração.
Instruções para coleta: o sangue deve ser coletado pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem
coletar imediatamente antes da próxima mamada. Os demais materiais são coletados exclusivamente pelo
médico-assistente, em frasco estéril.
Método: PCR qualitativo.
Valores de Referência: Negativo.
Interferências: hemólise.
Indicações: diagnóstico definitivo da Leishmaniose visceral (L.donovami, L.chagasi ou L. infantum) ou da
Leishmaniose muco-cutânea (L.braziliensis).
Informações importantes: medicação atual.
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LEISHMANIOSE – SOROLOGIA
Sinônimo mais usado:Sorologia para Leishmaniose
Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Não Reagente ou Negativo.
Interferências: O tratamento precoce dos quadros clínicos, principalmente da Leishmaniose cutânea, pode
provocar o desaparecimento precoce dos anticorpos, principalmente da classe IgM, produzindo resultados muito
baixos ou falsamente-negativos. Lipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise.
Indicações: A leishmaniose cutânea é uma parasitose transmitida pela picada do mosquito flebótomo. No Brasil
a leishmaniose cutânea é produzida pela Leishmania braziliensis. As lesões cutâneas, principalmente no início
da doença não provocam respostas imunológicas muito importantes por isso um resultado negativo não exclui a
doença. O comprometimento de mucosas principalmente da oro-faringe, produzem grande quantidade de
anticorpos.
As leishmanioses viscerais, são doenças com transmissão por vetores, como o flebótomo infectado com a
Leishmania donovani. Também conhecida como Kala-Azar, é uma doença que afeta o sistema reticuloendotelial
e pode ser classificada como uma doença oportunista, que aparece durante a queda da imunidade celular,
principalmente em pacientes com infecção pelo HIV. A doença pode mimetizar uma hemopatia maligna,
265
GRUPO SÃO CAMILO
cursando com poliadenopatia, hepato-esplenomegalia , febre e emagrecimento. Em associação com o HIV,
podem provocar quadros clínicos atípicos. A doença pode ocorrer por uma infestação recente ou a reativação de
uma infestação anterior. Nos quadros sem associações, as manifestações clínicas sugestivas da doença ocorrem
tardiamente, com níveis muito baixos dos linfócitos CD4. Geralmente, nestas fases o Hemograma apresenta-se com
anemia normocítica e normocrômica, geralmente com leucopenia, neutropenia e monocitose. O VHS
precocemente está alterado, devido a hipergamaglobulinemia policlonal, que aparece logo no início da infestação
parasitária. Plaquetopenia ocorre com o quadro clínico típico em curso. No mielograma é possível visualizar
formas amastigotas nas células mononucleadas.
De forma diversa da doença cutânea, a Leishmaniose Visceral provoca intensamente o sistema imunológico,
apresentando imunoglobulinas específicas em mais de 97% dos casos. Períodos de anergia podem provocar
queda dos níveis de anticorpos. Nas associações com HIV, os testes sorológicos podem, em mais de 30% dos
casos, ser negativos. É indicado, desta forma, os testes por PCR.
Resultados falso-positivos podem ocorrer em outras infestações hemoparasitárias, como malária e
tripanosomíase.
Após o início do tratamento, o hemograma pode se normalizar em duas semanas, e a eletroforese de proteínas volta
aos níveis normais na segunda fase do tratamento.
Informações importantes: terapêutica atual, quadro clínico e tempo de doença.
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Leptospira interrogans – PCR – QUALITATIVA
Sinônimo mais usado: PCR qualitativo para Leptospirose.
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, urina recente, cultura. Enviar sob
refrigeração.
Instruções para coleta: Sangue: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. LCR: coletado esterilmente pelo(a) médico(a)-Assistente. Enviar sob
refrigeração.
Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), swab bucal (7 dias).
Método: PCR qualitativo.
Valores de Referência: Negativo.
Interferências: Hemólise.
Indicações: diagnóstico das leptospiroses, como confirmação de dados sorológicos ou de quadro clínico
sorologicamente negativo.
Informações importantes: Terapêutica atual, quadro clínico.
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LEPTOSPIROSE – AGLUTINAÇÃO MICROSCÓPICA
Sinônimo mais usado: Aglutinação para leptospirose.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: aglutinação microscópica com cepas vivas das principais sorovares de lepstospiras: Andamana,
Australis, Ballum, Bataviae, Bratislava, Butenbo, Canicola, Celledoni, Copenhageni, Grippothyphosa,
Hardjo, Hebdomadis, Icterohaemorragiae, Javanica, Panamá, Patoc var. São Paulo, Patoc var. biflexa,
266
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Pomona, Pyrogenes, Shermani, Tarassovi e Wolffi.
Valores de Referência: segundo o guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, para critérios de
confirmação de casos suspeitos (M.S./2005), títulos inferiores a 1/100 são considerados Negativos.
Alterações:
- Elevação de títulos (progressão da doença): 4 vezes entre duas amostras, no intervalo de 2 a 3 semanas.
- Amostra isolada: valores iguais ou superiores a 1/800, (ausência de teste prévio).
- Soroconversão: com amostra prévia negativa, valores iguais ou superiores a 1/200.
Os níveis de anticorpos proporcionam testes positivos, geralmente após 7 dias de sintomas.
O teste é considerado positivo na maior diluição que aglutinar pelo menos 50% das leptospiras em suspensão em
meio específico.
Interferências: lipemia e hemólise.
Informações importantes: Terapêutica atual, quadro clínico e tempo de doença.
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LEPTOSPIROSE – PESQUISA EM LÍQUIDOS BIOLÓGICOS
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Lepstospiras em campo escuro.
Material e conservação para envio: até 24 horas sob refrigeração. Como a maior parte dos casos, o material
destina-se também para cultura de leptospiras, deve ser mantido estéril, na coleta e transporte. Sangue total em
EDTA (coletar esterilmente e não separar), Urina coletar todo o volume da primeira urina da manhã, salvo
urgências, sob intensa assepsia. LCR, coletado esterilmente pelo(a) médico(a)-assistente.
Instruções para coleta: sangue total em EDTA (não separar), urina estéril e LCR: a) Sangue total em EDTA:
coletar pela manhã, salvo urgências, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes
da próxima mamada. b) Urina: coletar todo o volume da primeira urina da manhã, salvo urgências, sob rigorosa
assepsia, em frasco estéril. c) LCR: coletado esterilmente pelo(a)-médico(a)-assistente.
Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Proteger os materiais clínicos da luz.
Método: microscopia em campo escuro.
Valores de Referência: Negativo para leptospiras.
Interferências: hemólise intensa, lipemia, excesso de cristais e outras bactérias na urina. Acidente de punção
no LCR. Fase da doença.
Indicações: Diagnóstico laboratorial das leptospiroses. A positividade deste exame está diretamente ligado a
fase da doença:
1ª semana: Presença de Leptospiras no sangue e LCR.
2ª semana: Presença de Leptospiras na urina.
Convalescença: Pacientes podem eliminar Leptospiras na urina por até 3 meses após a cura clínica.
A leptospirose tem um período de incubação que varia de 1 a 2 semanas até 1 a dois meses, dependendo do
sorovar envolvido e do inoculo inicial.
Informações importantes: fase da doença e terapêutica.
_______________________________________________________________________________________
LEUCÓCITOS NAS FEZES, PESQUISA DE
Sinônimo mais usado: Pesquisa de leucócitos fecais.
Material e conservação para envio: até 24 horas sob refrigeração. O material pode ser enviado na forma de
esfregaços finos, fixados por 30 segundos no primeiro líquido da coloração panótica (com tempo indeterminado
para o envio).
267
GRUPO SÃO CAMILO
Instruções para coleta: coletar através de evacuações naturais, sem utilização de supositórios ou medicações
purgativas. Não há horário mais indicado para a evacuação. Em casos de obstipação, pode-se utilizar medicações
purgativas, em gotas, conforme orientação médica.
Estabilidade da amostra: vide Material e conservação para envio.
Método: coloração panótica.
Valores de referência: ausentes ou muito raros (menos de um por 10 campos microscópicos de 1000 X): vide
indicações.
Interferências: medicação antibacteriana, anti-diarréicos, etc.
Indicações:
a) infecções do Intestino Delgado ..................................:
E.coli enteropatogênica clássica .................................: presença ou não de leucócitos.
E.coli enterohemorrágica (O157) ................................: presença de leucócitos e hemácias.
Vibrio cholerae ............................................................: Raros leucócitos nas fezes.
Vibrio parahemolyticus................................................: Raros leucócitos na fase inicial.
Campylobacter jejunii e
Helicobacter pylori......................................................: Freqüentes leucócitos.
Clostridium perfringens...............................................: Raros leucócitos.
b) Infecções nos intestinos delgado e grosso:
Salmonella ssp .............................................................: Grande quantidade de leucócitos
Yersinia enterocolitica .................................................: Raros leucócitos
c) Infecções no intestino grosso:
Shigella ssp : ..................................................................Grande número de leucócitos
E.coli – invasora ..........................................................: Leucócitos em quantidade variável
Clostridium difficile.....................................................: Raros leucócitos.
d) Infecções virais ............................................................: Raros leucócitos (predomínio de linfócitos)
Informações importantes: tipo de diarréia, medicação atual e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
LEVEDURAS, PESQUISA DE
Sinônimo mais usado: Pesquisa de monilíase.
Material e conservação para envio: a) lesões úmidas: secreções vaginais, cervicais, orofaringe, uretrais, ungueais,
inter-triginosas, abscessos, líquidos biológicos, etc,: devem ser enviadas em swabs com haste de plástico, estéreis,
umedecidas com salina estéril. Não refrigerar. b) lesões secas :lesões de pele, couro cabeludo, unhas, etc: enviar em
pote estéril .Não refrigerar. c) Fezes : enviar fezes recentes refrigeradas. Pode-se enviar esfregaços finos, fixados
pelo fogo e outros fixados por 30 segundos no primeiro líquido da coloração panótica.
Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais.
Estabilidade da Amostra: Lesões úmidas: até 48 horas sob refrigeração. Lesões secas: até 24 horas a
temperatura ambiente. Fezes: até 24 horas sob refrigeração. Esfregaços em lâminas fixadas, tempo
indeterminado.
Método: para materiais não fixados: Gram, Azul-fenol-algodão e coloração panótica. Materiais fixados:
coloração pelo Gram e panótica.
Valores de Referência: ausência de leveduras.
Interferências: presença de grande flora bacteriana, medicação anti-fúngica.
Indicações: As leveduras, principalmente do gênero Candida ssp, são saprófitas habituais da pele e das mucosas,
que podem se tornar patogênicos nos seguintes casos: antibioticoterapia, uso de corticóides, alterações hormonais,
268
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
pacientes prematuros ou idosos, tuberculose, pacientes com imunodeficiência
Informações importantes: medicação atual, localização das lesões coletadas e quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
LH - HORMÔNIO LUTEINIZANTE
Sinônimo mais usado: Hormônio Luteinizante
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Homens a partir de 11 anos: Repouso por 15 a 30 minutos. Programar
3 coletas com intervalo de 30 minutos, para produção de pool de amostras. Mulheres: para mulheres seguir a
orientação médica, geralmente com indicações para a fase folicular (7° dia do ciclo menstrual), fase ovulatória
(14° dia do ciclo) e fase luteínica (21° dia do ciclo menstrual).
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: (mUI/mL) (WHO 2nd I.R.P. - HMG)
Faixa Etária
< 1 ano
1 a 10 anos
11 a 14 anos
15 a 19 anos
Homens*
1,3 – 2,8
< 1,3
1,3 – 3,8
1,3 – 8,0
Mulheres
< 0,5
< 1,3
0,3 – 9,8
0,5 – 21
* A partir dos 10 anos o teste deve ser feito com pool de 3 amostras
Homens (Pool de 3 amostras coletadas a cada 30 minutos)
20 a 70 anos
1,5 – 9,3
–
< 70 anos
3,1 – 34,6
–
Mulheres (com ciclos menstruais)
Fase Folicular
–
Melo de Ciclo
–
Fase Luteínica
–
1,9 – 12,5
8,7 – 76,3
0,5 – 16,9
Mulheres em condições especiais
Grávidas
–
Pós Menopausa sem TRH –
Com contraceptivos
–
0,0 – 1,5
15,9 – 54,0
0,7 – 5,6
A partir dos 10 anos o teste deve ser feito com pool de 3 amostras.
Padrão internacional de referência: WHO 2nd. I.R.P. – HMG
Interferências: terapêuticas hormonais, várias endocrinopatias (hipotireoidismo, hiperprolactina, etc.),
variações do ciclo menstrual .
Indicações: Avaliação do ciclo ovulatório, Puberdade Precoce, Estudo de Retardo Pubertários, Hipogonadismo
Primário ou Secundário, Tumores hipofisários, Tumores ectópicos secretores de LH, Menopausa.
- Valores diminuídos: Hipogonadismo secundário: Craniofaringiomas, Deficiência isolada de LH, Doenças
sistêmicas crônicas, Pan-hipopituitarismo congênito ou adquirido, Síndrome de Kallmann-De Moisier,
269
GRUPO SÃO CAMILO
Síndrome de Prader–Labhart-Willi-Fanconi, Talassemia, Hemocromatose primária, Adenoma hipofisário
produtor de Prolactina, Tumor testicular endócrino, etc.
- Valores elevados: Hipogonadismo primário, anorquia ou testículo irresponsível. Menopausa, Puberdade
precoce central, Síndrome dos ovários policísticos, Tumores hipofisários ou ectópicos secretores de LH, etc.
O LH é uma glicoproteína produzida na hipófise anterior, e controla a produção de esteróides sexuais na
gônadas.
Informações importantes: para mulheres: informações sobre o ciclo menstrual, DUM, uso de medicamentos ou
anticoncepcionais, etc, gravidez, idade gestacional, abortamentos, etc. Homens: quadro clínico, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
LH-RH
Sinônimo mais usado:LH-RH – Teste do estímulo do LH e FSH
Material e conservação para envio: 1 mL de soro de cada tempo de coleta, sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Pacientes devem estar sem
medicação, com conhecimento médico. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Após a coleta da amostra de jejum e aplicação da Gonadorolina, os lactentes podem voltar a se alimentar
normalmente.Os tempos mais utilizados, ou indicados pelos médicos são: basal, 30 e 60 minutos após
Gonadorolina E.V. Os pacientes devem ficar em repouso por 30 minutos antes da coleta basal. Adultos recebem
uma ampola de 0,1 mg (100 μg) de gonadorolina. Crianças: dose mínima de 25 μg ou ¼ de ampola, ou 60 μg por
área corpórea. Crianças com área corpórea superior a 1,67 m² devem receber uma ampola (100μg). As mulheres
que menstruam devem realizar este teste, preferencialmente durante a fase folicular.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimiolumenescência.
Valores de Referência: 2 ou mais vezes os valores basais em qualquer dos tempos posteriores a aplicação da
Gonadorolina.
Interferências: uso de medicações hormonais que possam interferir no eixo hipotalâmico-hipofisáio-gonadas.
Indicações: o LH-RH é um hormônio sintético hipotalâmico símile, capaz de provocar a secreção do LH e do
FSH. O teste permite avaliar o potencial hormonal da hipófise anterior e distinguir as deficiências hipotalâmicas e
hipofisárias. Pode diagnosticar os quadros de anovulações e amenorréias de origem alta. Nas mulheres, quando a
resposta hipofisária está diminuída, pode ser uma deficiência hipofisária orgânica, sem resposta ao teste na maior
parte dos casos. Quando a resposta é exagerada, deficiência das gônadas pode ser suspeitada. Nas distrofias
ovarianas as respostas são geralmente muito elevadas. Alguns casos de retardo da puberdade podem tem resultados
elevados.
Na insuficiência ovariana, os resultados basais geralmente são bastante elevados, e as respostas ao LH-RH tem
elevações de FSH de aproximadamente 200% e do LH superior a 500%. Nos casos de insuficiência de origem
hipofisária (casos de tumores, Síndrome de Kallman-De Morsier, hemocromatose, seqüelas meníngeas ou
acidentes), os valores basais são diminuídos e as respostas do FSH são inferiores a 50% e do LH inferiores a
100% dos níveis basais. Na Síndrome dos ovários policísticos o valor basal do FSH é normal , o valor basal do
LH é elevado e a resposta do LH é superior a 500%. Os casos de Distrofia do tipo II, com hiperprolactinemia e
hiperplasia das suprarrenais, os valores basais são normais e o teste do LH-RH cursa com uma resposta do LH
muito pequena.
Nos homens: Na insuficiência testicular: os valores basais são aumentados e com uma resposta ao LH-RH muito
intensa, principalmente nos casos de atrofia testicular, anorquidia, Síndrome de Kleinfelter e seqüelas de orquite. Na
insuficiência gonadotrófica, os valores basais se encontram diminuídos e a resposta ao LH-RH é sempre inferior a 2
vezes os valores basais, principalmente nos casos de Síndrome de Kallmann-De Morsier, hemocromatose, etc.
270
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Nos pré-púberes: Nos pacientes com puberdade precoce, os valores basais podem ser variáveis, principalmente
do LH e a sua resposta ao LH-RH é sempre muito alta, no casos de patologias orgânicas centrais. Os médicos
devem sempre aventar a possibilidade de Pseudo-puberdade Precoce, que pode ocorrer nos casos de Tumores
gonadais e Disgerminoma HCG-secretante.
Nos casos de puberdade retardada, temos os casos de Hipogonadismo Hipergonadotrófico, como nos casos de
Síndrome de Turner e casos de anorquidia: os valores basais do FSH e do LH são sempre muito elevados,
tornando o teste de estimulação de pouca utilidade, como a resposta de crianças impúberes. Na insuficiência
gonadotrófica há uma ausência de resposta. Para se diferenciar uma insuficiência gonadotrófica de um caso de
retardo de crescimento, o teste do LH-RH pode ser associado ao teste do Clomid: há um pico de LH no primeiro
caso e uma diminuição da resposta do LH nos casos de retardo de puberdade simples.
Nos casos de retardos de puberdade secundários, que tem diversas etiologias, isolados ou mesmo associados a outros
casos de patologias endócrinas, como disfunções tireoidianas, hipercorticalismo, deficiência do HGH e hiperplasia
das suprarrenais, os níveis basais podem ser variáveis, mas com resposta insuficiente ao LH-RH, geralmente
demandando outros testes complementares.
Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
LICOPENO
Sinônimo mais usado: Licopeno
Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração, com proteção à luz.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Proteger da luz direta.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotométrico.
Valores de Referência: 0,5 a 1,0 nmol/L.
Interferências: hemólise e hiperlipemia.
Indicações: utilizado com anti-oxidante e transportado no sangue pela lipoproteína LDL e uma das substâncias
capazes de prevenir e reparar as lesões produzidas por radicais livres.
Estudo dos níveis ideais de Licopeno.
Informações importantes: tipo de dieta, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
LIPASE
Sinônimo mais usado: Lp
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã, salvo urgências, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotométrico-enzimático.
Valores de Referência: até 60 UI/L
Interferências: hiperlipemia, hemólise ou hiperbilirrubinemia.
Indicações: Diagnóstico laboratorial das patologias pancreáticas. Elevações dos níveis de Lipase são
observadas nas pancreatites agudas,(após as primeiras 3 a 7 horas há um aumento significativo, atingindo um
pico por volta das 24 às 48 horas após o início do quadro agudo, podendo alcançar até 20 vezes os valores
271
GRUPO SÃO CAMILO
normais. Após a resolução do quadro, a lípase retorna aos níveis referenciais por volta de 7 a 14 dias), crônicas,
obstruções do duto pancreático e obstrução do esfíncter de Oddi.
A lipase se eleva mais precocemente, apresenta valores maiores e dura mais tempo que amilase. A lipase pode se
elevar também em patologias extra-pancreáticas, como nas insuficiências renais agudas ou crônicas, nas patologias
abdominais obstrutivas, traumáticas ou inflamatórias, como perfuração de úlcera péptica, Colicistite aguda, Infarto
intestinal, Alcoolismo, nos transplantes de órgãos, como rins, coração e fígado, principalmente se houver rejeição,
infecções oportunistas, com maior gravidade nos casos de CMV, toxicidade à Ciclosporina, cetoacidose diabética e
obstrução do intestino delgado ou duodeno.
Na Caxumba a lipase se mantém normal. A lipase na urina não tem valor preditivo.
Informações importantes: tempo de doença, níveis de amilase se houver, terapêutica atual.
_______________________________________________________________________________________
LÍPIDES TOTAIS
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 12 horas. Pacientes sabidamente dislipidêmico
devem coletar em jejum de 14 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Devese evitar a coleta deste material às segundas feiras, pois geralmente aos fins de semana os pacientes abusam um
pouco mais de comidas calóricas, que podem atrapalhar este exame.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento.
Método: espectrofotométrico.
Valores de Referência: 400 a 800 mg/dL
Interferências : Hiperlipidemia, hemólise e hiperbilirrubinemia.
Indicações: confirmação de estados dislipidêmicos.
Informações importantes: tempo de jejum, medicamentos atuais e tipo de dieta habitual.
_______________________________________________________________________________________
LIPOPROTEÍNA (a)
Sinônimo mais usado:LPa
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento.
Método: imunoturbidimetria
Valores de Referência: até 30 mg/dL
Interferências: soros hiperlipêmicos, hemólise e hiperbilirrubinemia.
Indicações: A LPa é uma lipoproteína que tem a sua estrutura molecular muito parecida com a LDL, sendo
formada por duas apolipoproteínas, a Apo B-100 e a Apo (a). A primeira com constituintes LDL e VLDL, e a
segunda que apresenta uma grande variabilidade estrutural. Os níveis da LPa podem ser determinados
geneticamente ou ser adquiridos (diabetes, renais crônicos, etc).
A LPa é considerada como um fator aterogênico independente, não se alterando, na maioria dos casos com ações
dietéticas ou terapêuticas. Geralmente é indicada a sua determinação a indivíduos com histórico familiar de doença
vascular, como doença coronariana, acidente vascular cerebral, trombose arterial profunda, hiperlipemias, etc. Outras
patologias podem cursar com níveis elevados de LPa, como na IRA ou IRC, tromboembolismo e pré-eclâmpsia.
Informações importantes: histórico familiar e HPDA.
272
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
LÍQUIDO AMNIÓTICO – ESPECTROFOTOMETRIA E OUTROS TESTES
Sinônimo mais usado: densidade óptica do LA
Material e conservação para envio: 3 mL de líquido amniótico recente, coletado pelo(a) médico(a) assistente,
sob refrigeração e proteção contra a luz. Cobrir o tubo com papel de alumínio.
Instruções para coleta: coleta médica, sob assepsia e proteção da luz. Se ocorrer acidente de punção, coletar
mais tubos após a troca de seringa.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração e proteção da luz.
Método: espectrofotometria diferencial, UV-VIS
Valores de Referência:
Espectrofotometria:
28° Semana : até 0,075 mg/dL de Bilirrubinas Totais.
40° Semana : até 0,060 mg/dL de Bilirrubinas Totais
Testes de Clements: maior ou igual a 1,2 da diluição do LA
Células alaranjadas:
Semanas de gestação
% de células alaranjadas
28 a 34 semanas
< 1%
35 a 38 semanas
1 a 10%
38 a 40 semanas
11 a 50%
> 40 semanas
> 50%
Creatinina em mg/dL:
Feto imaturo
Valores limítrofes
Maturidade fetal
< 1,5
1,5 – 2,0
> 2,0
Interferências: Hiperbilirrubinemia materna (correr um soro materno paralelamente), hemólise, acidente de
punção durante a amniocentese.
Indicações: Diagnóstico laboratorial dos estados de sensibilização materna pelo sangue fetal. Eritroblastose
fetal.
Informações importantes: semanas de gestação, hora da coleta e tempo de armazenamento.
_______________________________________________________________________________________
LÍQUIDO AMNIÓTICO – RELAÇÃO LECITINA/ESFINGOMIELINA
Sinônimo mais usado: Relação L/E no LA
Material e conservação para envio: 3 mL de líquido amniótico recente, obtido por coleta médica, sob assepsia
e com proteção contra luz.
Instruções para coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração e proteção contra a luz.
Método: cromatografia de camada delgada.
Valores de Referência:
Semanas de gestação
Relação L/E
26 a 30 semanas
30 a 34 semanas
34 a 35 semanas
35 a 36 semanas
37 a 40 semanas
41 a 42 semanas
> 42 semanas
> 1,0
1,0 a 1,5
1,5 a 1,9
2,0 a 2,2
2,5 a 3,8
3,8 a 5,2
> 6,0
L/E=relação Lecitina/Esfingomielina
273
GRUPO SÃO CAMILO
Interferências:
a) Diminuições da Relação L/E: a presença de Hemoglobina suprime a fração cromatográfica da Lecitina; urina
ou mecônio alteram o padrão de migração cromatográfica. Em 5% dos casos há resultados falso-negativos,
L/E menor que 2, sem que haja ocorrência da Síndrome de Desconforto Respiratório do RN (SDR). Em 6%
dos casos pode ocorrer resultados falso-positivos, sendo que em 50% as mães são diabéticas.
b) Elevações da relação L/E: desnutrição, hipertensão ou toxemia, placenta prévia, ruptura prematura de
membranas, hemoglobinopatias, feto do sexo feminino, atraso no crescimento fetal, intra-útero.
c) diminuição na produção das substâncias tenso-ativas, tanto a Lecitina como a Esfingomielina: gestante
idosa (> 40 anos), doença renal, colagenoses, hepatopatias, doenças infecciosas, como sífilis,
toxoplasmose, citomegalovírus, anemia, baixa dos depósitos de ferro (ferritina baixa), polihidrâmnios,
hipotireoidismo, iso-imunização, feto do sexo masculino e gemelaridade.
Indicações: estudo da maturação pulmonar fetal.
Informações importantes: semanas de gestação, hora da coleta do LA.
_______________________________________________________________________________________
LÍQUIDO ASCÍTICO – ROTINA BÁSICA (LAsc)
Sinônimo mais usado : Análise de Líquido Ascítico
Material e conservação para o envio: 5 mL de Líquido Ascítico, sob refrigeração. Proteger da luz. O
material dever ser coletado esterilmente. Caso tenha pedido de exames microbiológicos e bioquímicos,
recomenda-se a separação de modo estéril, de 30% do material coletado, para destinar ao exame microbiológico. O restante deve ser centrifugado a uma velocidade de 1500 rpm, por 15 minutos e o sobrenadante ser
separado para os testes bioquímicos. O sedimento será aplicado como esfregaço em algumas lâminas e
rapidamente fixado em etanol a 95%. Para os testes bacterioscópicos o sedimento será aplicado de modo
usual em lâminas de microscopia e fixados ao fogo, logo após a secagem natural. Para a dosagem de
glicose, coletar também em um tubo contendo fluoreto de sódio.
Instruções para coleta: a coleta será médica, de forma estéril.
Estabilidade da amostra: conforme o item Material e Conservação para envio, 2 dias sob refrigeração.
Método: citológico, bacterioscópico, microbiológico e bioquímico.
Valores de Referência:
Aspecto e cor: límpido e cor citrina
Citologia: inferior a 250 leucócitos por mm³ com predomínio de linfócitos.
Exames bioquímicos:
Diferenciação de transudatos e exsutados:
Analitos
Proteínas totais
LDH
Transudatos
< 2,0 g/dL
< 240 U/L
Exsudatos
> 2,0 g/dL
> 240 U/L
Glicose: 80 a 100% dos valores séricos.
LDH : razão LDH pleural/ LDH sérico = > 0,6 sugere exsudatos.
Amilase: iguais aos séricos.
Lipase: até 95% dos níveis séricos.
Triglicérides:
Analito
Triglicérides
Ascite quilosa
> 300 mg/dL
Alfa-1-Glicoproteína Ácida: valores próximos aos séricos.
CA 125: Relação CA125 L.ascítico/CA125 sérico: < 1,0
274
VI
Ascite não quilosa
< 300 mg/dL
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
CA 15-3: Relação CA 15-3L.ascítico/CA 15-3 sérico: < 1,0
CA 19-9: Relação CA 19-9L.ascítico/CA 19-9 sérico: < 1,0
Alfa-Fetoproteína (AFP): Relação AFP L.ascítico/AF:P sérico: < 1,0
ADA: até 20 U/L.
Exame citológico: até 200 células por mm³ com predomínio de linfócitos e raros monócitos.
Interferências: acidente de punção ou contaminação durante a coleta.
Indicações: Diagnóstico laboratorial diferencial dos tipos de ascite.
Ascite cirrótica geralmente é pobre em células, com menos que 200 por mm³, com líquido límpido e amarelo
citrino.
Ascite cirrótica infectada tem grande quantidade de neutrófilos polimorfonucleares, com líquido turvo.
Ascite tuberculosa ou tumoral apresenta um predomínio de linfócitos com contagens superiores a 1000 células
por mm³.
Ascite quilosa ou hemorrágica pode ser ascite tumoral (geralmente por cânceres digestivos) ou pancreática (com
amilase elevada).
Ascite com líquido límpido, citrino e com Alfa-1-glicoproteína inferior a 300 mg/dL indica a possibilidade de
ascite cirrótica, na insuficiência cardíaca ou nefrótica.
Marcadores tumorais :
CA 125: relação Lasc/soro acima de 1,0 indica ascite por câncer ovariano.
CA 15-3: relação Lasc/soro acima de 1,0 indica ascite ligada a câncer de seio.
CA 19-9: relação Lasc/soro acima de 1,0 indica ascite ligada a câncer gastrointestinal.
AFP : relação Lasc./soro acima de 1,0 indica ascite ligada a câncer hepático primário.
Informações importantes: hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
LÍQUIDO PLEURAL – ROTINA BÁSICA (LP)
Sinônimo mais usado- Análise de Líquido Pleural.
Material e conservação para envio: 5 mL de LP obtido assepticamente por coleta médica. Enviar sob
refrigeração. Preparar a citologia com o sedimento, centrifugando todo o volume coletado, assepticamente. Separar
o sobrenadante (agora próprio para os testes bioquímicos). As lâmina de citologia devem ser preparadas como
esfregaços. Fixar imediatamente em etanol a 95%. As lâmina para bacterioscopia devem ser preparadas do modo
usual, e fixadas ao fogo de bico de Bunsen. Se culturas estiverem sendo solicitadas, separar 30% do volume coletado,
esterilmente, antes do início da manipulação do material clínico. Para dosagem de glicose coletar 2 a 4 mL em tubo
com fluoreto de sódio.
Instruções de coleta: coletar sob assepsia, em frasco estéril.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico e microscópico.
Valores de Referência:
Aspecto: claro, translúcido, cor citrina.
Citologia: até 5000 células por mm³, com maioria de células mononucleares, como monócitos e linfócitos, e
raras células mesoteliais.
Exame bacteriológico: ausência de crescimento de bactérias aeróbias, anaeróbias, negativo para BAAR e ausência
de crescimento de fungos e leveduras.
Exame bioquímico:
275
GRUPO SÃO CAMILO
a) classificação de Transudato e Exsudato:
Analitos
Proteínas totais
LDH
Colesterol
Transudatos
< 3,0 g/dL
< 240,0 UI/L
< 45,0 mg/dL
Glicose : 70 a 80% dos valores séricos (S)
pH: 7,2 a 8,0
Amilase: mesmos valores séricos
Antígeno Carcinoembriogênico –CEA: Relação LP/S < 1,0
Fator Reumatóide: negativo.
Testes opcionais: ADA : até 40,0 U/L ;
Triglicérides:
Derrame quiloso
Analito
Triglicérides
> 110 mg/dL
Exsudatos
> 3,0 g/dL
> 240,0 UI/L
> 45,0 mg/dL
Derrame não quiloso
< 50 mg/dl
Lactato : até 90 mg/dL.
Lipase: até 95% dos valores séricos.
Interferências: acidentes de punção e contaminação durante a coleta.
Indicações: Diagnóstico laboratorial diferencial das coleções pleurais.
Aspecto e cor: límpido e cor citrina, com aspecto serofribroso: infecções virais, neoplasias, cardiopatias, e
tuberculose (fase inicial da doença com coleção pleural).
Hemorrágico ou róseo nas neoplasias de pelura, nas embolias pulmonares, cardiopatias congestivas e na
tuberculose. O aspecto pode ser purulento: com predomínio de neutrófilos, nos empiemas e na tuberculose. O
aspecto quiloso ou quiliforme ocorre nos líquidos ricos em lípides.
Exame citológico:
Perfil citológico com predomínio de linfócitos ( 80%) com umas poucas células mesoteliais, pode ser observado
em pleurisia tuberculosa.
A presença de eosinófilos pode ser encontrada após traumatismos, pleurisia benigna idiopática ou após embolia
pulmonar.
Neoplasias: a sensibilidade para o encontro de células tumorais e de 50 a 60% dependendo da neoplasia.
A presença de pelo menos 50% de polimorfonucleares pode indicar uma pleurisia puruleta, mesmo que as
culturas sejam negativas.
Exame bacteriológico:
Não se pode afastar uma etiologia bacteriana ou fúngica com resultados negativos. Quando a suspeita é
Tuberculose, a biópsia de pleura pode ajudar.
BAAR positivo: geralmente em piopneumotórax tuberculoso. Nos casos de pleuresias serofibrinosas
tuberculosas a pesquisa e cultura são positivas em apenas em 20 % dos casos.
A pesquisa de antígenos polissacarídeos bacterianos solúveis pode ser útil.
Informações importantes: terapêutica atual, hora da coleta.
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LÍQUIDO SINOVIAL – ROTINA BÁSICA (LS)
Sinônimo mais usado: Sinoviograma.
Material: 5 a 10 mL de líquido sinovial, dividido em três frascos estéreis. Um com 2 a 4 gotas de heparina estéril
e outro sem anticoagulante e outro com fluoreto de sódio para dosagem de glicose. Centrifugar o tubo coletado
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
com heparina a 1500 rpm por 15 minutos. Separar o sobrenadante em outro frasco estéril. O sedimento é utilizado
para preparo de esfregaços fixados em etanol a 95% e lâminas para bacterioscopia fixadas ao fogo em bico de
Bunsen.
Instruções para coleta: A coleta médica é realizada sob assepsia nos frascos indicados acima.
Estabilidade da amostra: coletada conforme descrito no item Material, 2 dias sob refrigeração.
Método: bioquímico, citológico e microbiológico.
Valores de Referência:
Viscosidade : normal.
pH: 7,2 a 7,6
Proteínas totais: até 2,0 g/dL
Mucina: nível normal.
Glicose: 75 a 100% dos níveis séricos
Sódio: 75 a 100% dos níveis séricos.
Potássio: 75 a 100% dos níveis séricos.
Cloro: 75 a 100% dos níveis séricos.
Fósforo: 75 a 100% dos níveis séricos.
Colesterol: 3 a 13 mg/dL
Magnésio: 2 a 4 mg/dL
Leucócitos: até 180 por mm³
Neutrófilos: até 10 %
Linfócitos: até 25 %
Monócitos: 0 a 75%
Histiócitos: até 65%
Células sinoviais: raras.
Ragócitos: ausentes (leucócitos com inclusões intraleucocitárias arredondadas, com dimensões variáveis,
refringentes, com aspecto esverdeado ou cinza. Eles são desprovidos de especificidade e representam um critério de
inflamação sinovial).
Cristais: ausentes.
FAN: negativo
Látex RF: Negativo
CH50%: mesmos níveis séricos.
Exame microbiológico: negativo.
Interferências: acidente de punção e contaminação durante a coleta.
Indicações:
Classificação das principais doenças articulares:
Tipo 1 – Não inflamatórias:
Líquido sinovial com menos de 2000 leucócitos por mm³ .
Edema
Neuroartropatia de Charlot
Traumática
Doenças degenerativa das juntas.
Osteocondromatosis
Osteocondrite dissecante, necrose asséptica
Tipo 2- Inflamatórias não infecciosas leves e/ou hemorrágicas
Líquido sinovial com leucócitos usualmente menor que 5000/mm³
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GRUPO SÃO CAMILO
LES
Escleroderma
Sinovite vilonodular hemorrágica
Osteoartropatia hipertrófica.
Tipo 3 – inflamatórias não infecciosas severas:
Liquido sinovial com 5000 a 50.000 leucócitos por mm³
Gota (presença de cristais de ácido úrico)
Pseudogota (cristais de pirofosfato de sódio)
Febre Reumática
Artrite Reumatóide
Doença de Reiter
Tipo 4 – inflamatórias infecciosas
Líquido sinovial com mais de 50.000/mm³
Infecções bacterianas agudas
Tuberculose
Micoses profundas com invasão articular.
Exames complementares:
LDH: níveis elevados nas artrites e artroses, como marcador de lise celular importante.
PCR: sua presença indica um quadro inflamatório agudo.
Alfa-1-Glicoproteína e Alfa-2-Macroglobulina elevadas : processo crônico.
CH50%- valores muito baixos são encontrados nos casos de artrite lúpica, AR. Nos processos inflamatórios os
níveis de C3 e C4 se elevam.
Informações importantes: medicação atual, hora da coleta e quadro clínico.
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LIQUOR – ANÁLISE DE ROTINA
Sinônimo mais usado: Análise de LCR
Material e conservação para envio: 3 a 5 mL de LCR em pelo menos 2 tubos isolados. Se houver acidente de
punção prolongar a coleta até terminar a contaminação com hemácias. Se houver pedido de exame bacteriológico,
um frasco estéril deverá ser coletado especificamente para cultura. Se exame citológico for solicitado, o LCR será
centrifugado a 1500 rpm por 15 minutos. As lâmina devem ser preparadas conforme o usual. Encaminhar sob
refrigeração.
Instruções para coleta: coleta médica sob assepsia rigorosa.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.
Método: bioquímico, microbiológico e citológico.
Valores de Referência:
Contagem global: adultos : até 3 células por mm³
RNascidos : até 10 células por mm³
Diferencial de Leucócitos : Linfócitos : 80 a 90%
Monócitos: 10 a 20%
Neutrófilos: 0 a 1%
Eosinófilos: 0 a 1%
Hemácias: ausentes
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Proteínas Totais
Ventrículo
Recém-nascidos Até 55 mg/dL
Após 2 meses
Até 25 mg/dL
Cisterna
Até 65 mg/dL
Até 30 mg/dL
Lombar
Até 85 mg/dL
Até 45 mg/dL
Glicose: 55 a 90 mg/dL
Cloretos: 122 a 135 mEq/L
Uréia: 12 a 35 mg/dL
TGO: 4 a 15 UI/L
LDH: 10 a 40 UI/L
CPK: até 7,5 UI/L
Lactato: 1,1 a 2,2 mmol/L
IgG: 0,0 a 3,4 mg/dL
Eletroforese de Proteínas no LCR:
Pré-Albumina
: 3 a 10 %
Albumina
: 48 a 68%
Alfa-1-Globulina : 3 a 7%
Alfa-2-Globulina : 3 a 9 %
Tau e Beta
: 3 a 7%
Gama-Globulina : 5 a 13 %
Interferências: acidente de punção.
Indicações:
Grandes Síndromes Liquóricas:
a) Estase: abaixo dos bloqueios do canal raquiano, do tipo parcial ou completo. Nos testes laboratoriais há
dissociação protéico-citológica.
b) Processos expansivos intracranianos: Tumores, abcessos, cistos, hematomas, aneurismas volumosos
(dissociação protéico-citológica, aumento de LDH, CK e TGO). Possível presença de células neoplásicas:
hipoglicorraquia possível.
c) Hemorragias sub-aracnóides: Aumento de hemácias ou xantocromia. Hematófagos com pigmentos.
Hematomas podem desencadear processos inflamatórios assépticos ou infecciosos.
d) Síndromes inflamatórias: Aguda, crônica ou subaguda.
Infecções virais: líquor límpido ou levemente turvo, com dissociação protéico-citológica, com desvio à
esquerda, glicose e cloretos normais. Predomínio linfomonocítico.
Infecções bacterianas: levemente turvo a turvo, hipercitose com grande número de neutrófilos, com
hiperproteicorraquia, hipocloretorraquia, hipoglicorraquia. Cultura deve ser realizada.
Tuberculose: hipercitose linfo-mononuclear, aumento das proteínas e hipoclororraquia e hipoglicorraquia e
pesquisa de BAAR.
Micose: hipoglicorraquia e hipoclororraquia acentuadas, hipercitose com predomínio linfomonocitário e
presença de alguns plasmócitos. Aumento das proteínas principalmente das globulinas.
Neurossífilis: hipercitose linfomonocitária, leve aumento de proteínas, com demais itens bioquímicos
normais.
Neurocisticeercose: hipercitose e hiperproteinorraquia.
Informações importantes: terapia atual, hora da coleta.
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LISTERIOSE – SOROLOGIA
Sinônimo mais usado: Sorologia para Listeria
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GRUPO SÃO CAMILO
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: aglutinação lenta em tubos.
Valores de Referência: Antígenos somáticos (O), para sorovares de Listeria monocytogenes 1/2 a, 4a e 4b:
Reagentes até 1/80. Antígenos flagelares para os sorovares de Listeria monocytogenes , ½ a,4 a e 4 b: Reagente
até 1/80.
Interferências : hemólise, hiperlipemia.
Indicações: A Listeria monocytogenes , produz doença tanto em humanos como em animais, apresentando um
tropismo por certos tratos, podendo desenvolver patologias neuromeningiais, genitais ou septicêmicas. No
hemisfério norte a doença pode-se dizer sazonal, entre março e setembro, entre a primavera e o outono. No Brasil não
há uma estatística mais acurada, mas o número de sorologias positivas, com níveis elevados ocorre entre Setembro e
Março, quando temos maior tempo de calor, muito embora, estes achados somente ocorrem na região sul .
A contaminação geralmente vem da secreção ou de produtos animais.
Os quadros clínicos mais freqüentes são:
Listeriose Neonatal : representam 60% dos casos de listeriose. No hemisfério norte a maior parte dos casos é de
formas septicêmicas, com ou sem acometimento neuromeníngeo. Na Santa Casa de São Paulo, demonstrou-se
que a segunda maior causa de hepato-esplenomegalia de RN nascidos naquele hospital era devido a Listeriose
(1974 a 1976). Em crianças e adultos a listeriose (25 a 30% dos casos), provoca neuromeningites. As formas
septicemicas são encontradas em pacientes com comprometimento imunológico, como AIDS, Diabetes,
Cirróticos, portadores de neoplasias ou deficiência imunológica primária. A listeriose em mulheres grávidas
pode provocar abortamento ou parto prematuro, geralmente após quadro febril.
Na maior parte dos casos, em indivíduos hígidos, a listeriose se apresenta como um quadro febril, leve, de
persistência variável, podendo ser um dos itens de exclusão para febre de origem desconhecida.
A Listeria monocytogenes é um microrganismo de difícil isolamento, principalmente em materiais onde há
outros microrganismos. A seletividade do meio pode ser auxiliada pela adição de Ácido Nalidíxico e incubação
de meios líquidos, com este antibiótico, a temperaturas baixas, por 1 a 2 semanas. A pesquisa pelo método de
PCR auxilia muito, principalmente por abreviar o tempo de diagnóstico.
As sorologias que tem somente anticorpos somáticos demonstram casos de infecção inicial pelas listérias. Os
anticorpos flagelares somente aparecem de 15 a 30 dias após a primo-infecção.
A antibioticoterapia pode alterar a curva sorológica. As Listeria monocytogenes apresenta antígenos comuns
com os Staphycoloccus aureus, Enterococcus faecalis e Bacillus ssp.
Informações importantes: medicação atual, idade dos pacientes e quadro clínico.
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LÍTIO – DOSAGEM PARA CONTROLE TERAPÊUTICO
Sinônimo mais usado: Dosagem de Lítio
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar em jejum mínimo de 4 horas, imediatamente antes da próxima dose do
medicamento (geralmente 12 horas após a última dose), ou conforme orientação médica.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.
Método: eletrodo seletivo
Valores de Referência: Níveis terapêuticos : 0,6 a 1,2 mEq/L ou mmol/L.
Níveis tóxicos
: > 1,5 mEq/L
Lítio endógeno
: 0,004 a 0,006 mEq/L
280
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: Diminuições ocorrem por aumento da depuração do lítio, pelo uso de acetazolamida, cafeína e
teofilina. Elevações: com diuréticos inibidores da ECA, anti-inflamatórios não hormonais, clorpromazina,
haloperidol e resperidona. Hemólise devido à competição com o Potássio e hiperlipemia.
Indicações: controle terapêutico laboratorial para o uso do lítio, em pacientes com distúrbio bipolar, hipertimias,
distímicos e alguns casos de esquizofrenia.
Informações importantes: medicamento, dia e hora das doses.
Observações importantes: a depuração do lítio varia de 15 a 40 mL/minuto. Sendo que mais de 80% do lítio
ingerido tem eliminação urinária, um índice de recuperação inferior a 60% da dose ingerida indica que o
tratamento deve ser revisto. (a dosagem do lítio na urina deve ser próxima a posologia das 24 horas).
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LKM-1
Sinônimo mais usado: Anti-LKM
Material e conservação para envio: 1 mL sob congelação.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima
mamada.
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: IFI
Valores de Referência: Não Reagente
Interferências: Hemólise e Lipemia.
Indicações: Os anticorpos anti-LKM-1, reagem contra a enzima Citocromo P4502D6 e são utilizados como
marcadores sorológicos da Hepatite Autoimune do tipo 2 (mais frequente mulheres abaixo de 16 anos), com
valores significativos quando acima de 1:40 da diluição do soro.
Informações importantes: exames anteriores e quadro e suspeita clínicos.
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LYME (BORRELIOSE) - ANTICORPOS PARA DOENÇA DE - IgG ou IgM
Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-doença de Lyme IgG ou IgM
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: enzimaimunoensaio
Valores de Referência:
(iGg)
(IgM)
Negativo
: < 10 U/mL
Negativo
: <12 U/mL
Indeterminado : 10 a 14 U/mL
Indeterminado : 12 a 17 U/mL
Positivo
: > 14 U/mL
Reagente
: > 17 U/mL
Nota: Resultados indeterminados devem ser repetidos após 30 dias do primeiro teste.
Interferências: hemólise, hiperlipemia, hiperbilirrubinemia.
Indicações: diagnóstico laboratorial nas suspeitas de Doença de Lyme e Fibromialgia.
Aparecimento de eritema com a presença de anticorpos específicos da classe IgM diagnóstica a doença em sua
primo-infecção. Somente 30% dos pacientes são reagentes na primeira semana de doença e 70% são reagentes no
281
GRUPO SÃO CAMILO
período de convalescença. Níveis iguais ou superiores a 90% são encontrados após 4 a 6 semanas. A terapêutica
antibiótica pode alterar a curva sorológica.
A confirmação dos resultados sorológicos pode ser feita através de testes por Imunoblot ou PCR. A sorologia
pode permanecer reagente por muitos anos após o tratamento.
Reações cruzadas podem ocorrer com outras borrelioses (vide relação abaixo), leptospiroses e trepanomatoses.
Outras borrelias que produzem febres recorrentes:
Borrelia recurrentis (Febre recorrente por piolhos), Borrelia duttoni, Borrelia hispânica, Borrelia crocidurae e
Borrelia tillae (produzem febres recorrentes por carrapatos em variedades africanas), Borrelia pérsica, Borrelia
latyschevil, e Borrelia caucásia (produzem febres recorrentes por carrapatos em variedades asiáticas) e
finalmente Borrelia bermsii, Borrelia parkeri, Borrelia turicatae e Borrelia venezuelensis (que produzem febres
recorrentes em variedades americanas).
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
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MACONHA - PESQUISA DE (Ver Tetrahidrocanabinol ou Drogas de Abuso)
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MACROPROLACTINA
Sinônimo mais usado : Big-Prolactina
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, após 30 minutos de repouso, com jejum mínimo de 4 horas.
Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunofluorimetria; análise basal e após precipitação com Polietilenoglicol a 25%.
Valores de Referência:
Presença de Macroprolactina : recuperação inferior a 30%
Indeterminado
: recuperação de 30 a 65%
Ausência de Macroprolactina : recuperação superior a 65%
Interferências: hiperbilirrubinemia, hiperlipemia e hemólise.
Indicações : a macroprolactina é uma forma polimétrica da prolactina (forma dimérica - Big Prolactina com
50000 Daltons e forma polimérica – Big-Big Prolactina com 150000 Daltons), que é um agregado de moléculas
deste hormônio, que normalmente é presente em pequenas quantidade na circulação, mas quando é elevada irá
interferir nos testes laboratoriais de determinação da prolactina sérica. Este teste é de grande importância pois irá
diferenciar os pacientes com altos níveis verdadeiros de prolactina dos que apresentam a macroprolactina.
Na grande maioria dos indivíduos que tem macroprolactinemia os resultados não passam de 100 ng/mL. É
encontrada em ambos os sexos e normalmente não produz quadro clínico. Alguns com macroprolactinemia
podem ter alterações menstruais, galactorréia, levando a duas hipóteses, que o paciente tenha uma aumento de
prolactina paralelamente à presença de macroprolactina ou que esta formação polimétrica pode ter atividade
biológica. A percentagem dos indivíduos que tem macroprolactina não é bem conhecida, mas há fundamentos
que indicam que esta desordem possa ter origem genética. É relativamente comum que indivíduos que
apresentam um tipo de macromolécula possa ter outras moléculas macro, como macro-CK, macro-LDH, etc.
Informações importantes: histórico familiar, quadro clínico, medicação atual.
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282
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
MAGNÉSIO SÉRICO
Sinônimo mais usado : Mg++
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: colorimétrico automatizado.
Valores de Referência: Homens
até 12 anos . . . . . : 1,6 a 2,5 mg/dL
13 a 16 anos . . . . : 1,5 a 2,6 mg/dL
> 16 anos . . . . . . : 1,3 a 2,7 mg/dL
Mulheres
até 12 anos . . . . . : 1,7 a 2,5 mg/dL
13 a 16 anos . . . : 1,5 a 2,5 mg/dL
> 16 anos . . . . . . : 1,5 a 2,7 mg/dL
Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia.
Elevações: Aspirina, Lítio, Medroxiprogesterona, Progesterona e Vitamina D.
Diminuições: Aminoglicosídeos, Aldosterona, Cloreto de Amônio, Anfotericina B, Sais de Cálcio, Citrato de Sódio
(anticoagulante de transfusões de sangue), Ácido Etacrínico, Etanol, Furosemide, Insulina em grandes doses
(durante coma diabético), diuréticos mercuriais e tiazídicos, anticoncepcionais orais.
Indicações:
O magnésio é um cátion bivalente com grande poder redutor. É um cofator de muitas enzimas mitocondriais. Tem
ação na contratilidade muscular, com propriedades anti-tetanizante. Tem também participação na agregação
plaquetária e na redução da aterosclerose e como antagonista do cálcio. Quase 65% do magnésio está nos ossos.
Os depósitos intracelulares chegam a 35% e somente 1% é circulante.
Avaliação dos distúrbios hidro-eletrolíticos.
O magnésio eleva-se na desidratação, nas insuficiências renais aguda e crônica, insuficiência córticosuprarrenal, traumatismos, hipotireoidismo e pode estar elevado em casos de Diabetes mellitus não controlada.
Diminuições do magnésio podem ocorrem na ingesta inadequada, malabsorção intestinal, pancreatite aguda,
hipoparatireoidismo, etilismo crônico, Delirium tremens, perda de líquidos orgânicos, Glomerulonefrite Crônica,
Hipercalcemia, Hiperaldosteronismo, acidose diabética, lactação excessiva, baixa secreção de ADH, gravidez
(segundo e terceiro trimestre), casos idiopáticos.
Os níveis séricos de magnésio podem ficar normais mesmo quando as reservas corpóreas atingem níveis de
somente 20% do normal. Os ácido fíticos, ácidos graxos e fosfatos em excesso impedem a absorção do
Magnésio. A hipomagnesemia altera a secreção e ação do PTH. Sintomas de hipomagnesemia aparecem com
níveis inferiores a 0,75 mg/dL, com debilidade, irritabilidade, delírio e convulsões. O decúbito faz elevar o nível
de magnésio. A hiperganesemia potencializa os efeitos cardíacos da hiperpotassemia.
Informações importantes: medicação atual, estado do paciente, principalmente se esta acamado e tipo de dieta.
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MAGNÉSIO URINÁRIO – URINA DE 24 HORAS
Sinônimo mais usado: Mg urinário.
Material e conservação para envio: Alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sem conservantes, sob
refrigeração.
Instruções para coleta: coletar a urina por período de 24 hora, estocando as amostras em frasco extremamente
limpo, e conservado sob refrigeração durante todo o período de coleta.
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GRUPO SÃO CAMILO
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: colimétrico automatizado.
Valores de Referência:
Adultos: 73,0 a 122,0 mg/24 horas.
Interferências: vide Magnésio sérico
Indicações: avaliação das perdas urinárias e balanço do magnésio. Ingestão e perdas. Baixos níveis urinários
precedem a redução do magnésio sérico.
Informações importantes: medicação, hora do início e final da coleta, volume da urina de 24 horas.
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MAGNÉSIO URINÁRIO – AMOSTRA AO ACASO
Sinônimo mais usado: Mg urinário amostra única
Material e conservação para envio: Alíquota de 100 mL de urina coletada ao acaso.
Instruções para coleta: coletar todo o volume da primeira urina da manhã. Não utilizar conservantes. Refrigerar
imediatamente após a coleta.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: colorimétrico automatizado.
Valores de Referência: 4,1 a 14 mg/dL.
Interferências: vide Magnésio sérico
Indicações: avaliação das perdas urinárias e balanço do magnésio. Ingestão e perdas. Baixos níveis urinários
precedem a redução do magnésio sérico.
Informações importantes: hora da coleta e volume total da coleta.
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MALÁRIA – PESQUISA DE ANTÍGENO
Sinônimo mais usado: pesquisa de antígeno de malária.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunocromatografia.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: nível de parasitemia, inferior a 100 parasitas por microlitro.
Indicações: diagnóstico de infecção por Plasmodium falciparum, que não cruza com outros plasmódios.
Detecta a enzima pLDH (proteína que é produzida pelo Plasmodium falciparum, dentro dos eritrócitos
infectados) através de anticorpos monoclonais específicos. Estes anticorpos não se cruzam com a LDH humana.
Pode ser positivo mesmo quando as lâminas dão resultado negativo. Após o tratamento, 4 a 5 dias depois, o teste
se torna negativo, o que atesta o sucesso do tratamento. A persistência de positividade do teste após tratamento
indica cepa resistente de plasmódio. A sensibilidade depende do nível de parasitemia. De forma geral a
sensibilidade atinge níveis de 90% e sensibilidade próxima de 100%.
Informações importantes: tempo de doença, medicação atual.
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
MALOILALDEÍDO
Sinônimo mais usado: Dialdeído Malônico
Material e conservação para envio: 2 mL de plasma com EDTA sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico UV-VIS
Valores de Referência: homens : até 4,8 nmol/L
Mulheres : até 4,3 nmol/L
Interferências: hemólise, hiperlipemia e medicação e alimentos que aumentam os níveis de radicais livres (como
alho, alho porro, carnes defumadas).
Indicações: O aumento dos níveis de Maloilaldeído é um reflexo direto do aumento dos níveis de radicais livres
no sangue periférico. O Maloilaldeído é o metabólito final da peroxidação lipídica. Além de função direta como
radical livre, tem ação inflamatória pela ativação de citocinas pró-inflamantórias como o TNF-Beta e a IL-8.
Informações importantes: medicação atual e tipo de dieta.
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MANGANÊS URINÁRIO (Toxicologia Ocupacional)
Sinônimo mais usado: Mn na urina
Material e conservação para envio: mínimo de 100 mL de urina sob refrigeração.
Instruções para coleta: a amostra de urina deve ser coletada ao final da jornada de trabalho, após pelo menos 2
dias seguidos de exposição, em sanitário afastado do local de trabalho, ou conforme orientação médica, que
deverá ser feita por escrito. Lavar muito bem as mãos antes da coleta. Colocar a tampa do frasco, invertida, sobre
um papel absorvente durante a coleta de urina. Coletar em frascos de plástico fornecidos pelo Laboratório.
Refrigerar imediatamente após a coleta.
Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.
Método: espectroscopia de absorção atômica.
Valores de Referência: inferior a 8,0 mcg/L
I.B.M.P.: 50 mcg/L
Interferências: coleta realizada muito próximo ao local de trabalho, pois níveis ambientais chegam a 1000
vezes maior que os níveis séricos. Frascos de coleta contaminados.
Indicações: O manganês é considerado essencial na dieta humana por compor o núcleo de uma série de enzimas
do metabolismo. Em indivíduos não expostos níveis elevados podem ocorrer em quadros de colestase e
insuficiência hepática crônica, especialmente em crianças.
Níveis baixos podem ser encontrados em pacientes submetidos à hemodiálise, indivíduos que fazem uso de
Hidralazina ou Ácido Valpróico.
Não há correlação entre os níveis séricos e urinários, histórico de exposição anterior e a gravidade do quadro
clínico. Valores de referência em pessoas não expostas ainda não estão totalmente definidos. Em muitos casos de
quadros neurológicos de manganismo, com níveis cerebrais elevados, os níveis séricos e/ou urinários podem
estar normais.
Fontes de exposição (fabricação e uso): de borracha, catalisadores, cerâmicas, conservantes de madeira,
esmaltes e tintas, fármacos, Fósforos, fungicidas, magnetos, materiais elétricos, pilhas secas e soldas.
Informações importantes: local de coleta, hora da coleta, tempo de exposição antes da coleta e níveis anteriores.
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GRUPO SÃO CAMILO
MANGANÊS SÉRICO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Mn sérico
Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: a amostra de sangue pode ser coletada a qualquer momento, pois o horário de coleta não
é crítico, não havendo necessidade de jejum. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectroscopia de absorção atômica.
Valores de Referência: 0,43 a 0,75 mcg/L
IBPM : nada consta.
Interferências: contaminação ambiental no momento da coleta. Hemólise, hiperlipemia.
Indicações: vide Manganês Urinário.
Informações importantes: vide Manganês Urinário.
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MCAD – DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA MUTAÇÃO
Sinônimo mais usado: Mutação do MCAD por PCR
Material e conservação para uso: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a
temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 a temperatura ambiente.
Método: PCR
Valores de Referência: ausência de mutação A985G no gene ACADM.
Interferências: hemólise (qualquer grau).
Indicações: diagnóstico molecular da mutação A985G no gene ACADM, localizado no cromossomo 1. Esta
mutação leva a deficiência da enzima acil-coenzima A desidrogenase de cadeia média (MCAD), provocando
uma alteração no processo de oxidação dos ácidos graxos. Os sintomas tem início por volta dos 3 meses a 2 anos
de idade, provocando morte súbita e obviamente inesperada em crianças recessivas (alteração autossômica),
após um período de jejum (vide MCAD - Neonatal).
Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.
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MCAD – MUTAÇÃO DO GENE
Sinônimo mais usado: MCAD-PCR
Material e conservação para envio: 3 mL de ST em EDTA, sob refrigeração
Instruções para coleta: jejum é dispensável.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR-RT-EP
Valores de Referência: Negativo: ausência de mutação A985G
Heterozigoto: um dos cromossomos com a mutação A985G
Homozigoto : dois cromossomos com a mutação A985G.
Interferências: hemólise
Indicações: A frequência populacional da homozigoze (doença) da mutação do MCAD, chega na região sul do
Brasil a 1:12000, dependendo da região estudada. A doença ocorre devido à deficiência da enzima
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Desidrogenase da Acilcoenzima A de cadeia média (MCAD, sigla em inglês), levando à falta da beta oxidação
dos ácidos graxos mitocondriais. Os mutantes homozigóticos se apresentam normais ao nascer, mas entre o 3º
mês e 2 anos de vida os sintomas se iniciam. Esses sintomas são desencadeados por jejum prolongado ou
processos infecciosos, mesmo que comuns da infância, como IVAS, GECA, etc.
Informações importantes: outras mutações em outros genes ou mesmo outras mutações no gene da MCAD,
que possam causar deficiência da enzima e/ou Síndrome da morte súbita não estão excluídas por este teste. A
mutação A985G que é situada no cromossomo 1, na região p31 é a mais frequente (90% dos casos).
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MCAD – NEONATAL
Sinônimo mais usado: Acetil-Coa Dh – MCAD
Material e conservação para envio: enviar pelo menos dois círculos de sangue, separados, em papel de filtro
especial, bem saturados nos dois lados do papel. Enviar a temperatura ambiente. Proteger da luz e da umidade,
colocando o papel de filtro bem seco em saco plástico.
Instruções para coleta: coletar sangue de punção do calcâneo, preenchendo dois círculos no papel de filtro
especial, com o sangue saturando os dois lados do papel. Deixar secar a temperatura ambiente. Em dias muito
úmidos, pode-se utilizar secadores de cabelos com ar frio. Geralmente o sangue estará totalmente seco entre 2 a 3
horas. Esta coleta deve ser realizada entre 3 e 30 dias de vida.
Estabilidade da amostra: 30 dias a temperatura ambiente, protegida da luz e umidade.
Método: PCR
Valores de Referência: Ausência de mutação dos genes da MCAD.
Interferências: coletas incompletas, sem saturação dos círculos do papel de filtro, exposição à luz ou umidade
no papel.
Indicações: a deficiência MCAD é uma alteração autossômica recessiva que resulta em uma beta-oxidação de
ácidos graxos incompleta, geralmente desencadeada por jejum prolongado ou infecções. Os quadros são agudos,
desenvolvendo hepatomegalia ou encefalopatia. Quadros fulminantes, resultantes de hipoglicemia não-cetótica
podem ocorrer, produzindo quadro de morte súbita na infância (3% desses quadros). Ocorrem na proporção de
1:10.000 nascidos vivos. O tratamento é feito com prevenção de estados de jejum prolongado, dieta com restrição de
gorduras saturadas e suplementação de carnitina na alimentação, que deve ser monitorada conforme indicação
médica.
Informações importantes: idade do paciente e data exata da coleta.
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MELANINA – PESQUISA
Sinônimo mais usado: melanúria –pesquisa
Material e conservação para envio: 20 mL de urina recente, coletada ao acaso, protegida da luz, sob
refrigeração.
Instruções para coleta: vide item acima.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração ao abrigo da luz.
Método: físico-químico, com separação seletiva de proteínas (Reação de Thormalen).
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: outras substâncias provenientes de metabolismos anômalos ou medicação interferente, que
altera a coloração urinária.
Indicações: A melanina é um pigmento da pele, que confere coloração a mesma, sintetizada pelos melanoblastos
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GRUPO SÃO CAMILO
da camada basal epidérmica. Quando a melanogênese se encontra aumentada, como na doença de Addison,
tumores melânicos e desvio metabólico da tirosina após o uso de alfametildopa, a melanina excedente passa a ser
eliminada na urina. Em contacto com o ar os metabólitos indólicos incolores se oxidam, escurecem, tornando a
urina de cor âmbar a negra, dependendo dos níveis de melanúria.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
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MERCÚRIO – URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Hg urinário.
Material e conservação para envio: 100 mL de urina sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar a urina em sanitário afastado do local de trabalho. O Quadro I da NR-7 do MT,
recomenda a coleta da primeira urina da manhã, ou segundo orientação médica por escrito. Coletar em frascos
plásticos fornecidos pelo Laboratório. Lavar muito bem as mãos antes da coleta.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.
Método: Espectroscopia de Absorção Atômica.
Valores de Referência: inferior a 5 mcg/g de creatinina
IBMP : 35 mcg/g de creatinina
Interferências: coleta em local próximo ao de trabalho, uso de recipiente não fornecido pelo laboratório.
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METAHEMOGLOBINA (inclui Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar amostra ao final da jornada de trabalho de uma semana. Não coletar na primeira
jornada do colaborador. Pode-se fazer diferenciação entre pré e pós-jornada. Sob orientação médica, por escrito,
os horários de coleta poderão ser alterados.
Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração e com proteção contra luz.
Método: espectrofotometria na região UV-Vis.
Valores de Referência: inferior a 2,0 %
IBMP : 5,0 %
Interferências: uso de salicilatos e derivados, anilinas e derivados, polifenóis e hidrazidas.
Indicações: quando ocorre a oxidação do ferro ferroso da hemoglobina em ferro férrico, há a formação da
metahemoglobina, que é incapaz de transportar o oxigênio. Sempre, uma pequena quantidade de
metahemoglobina está presente na circulação, pela ação das enzimas intraeritrocitárias, metemoglobina –
redutase I e II.
Esta dosagem está indicada nos casos de intoxicações que cursa com cianose aguda e nos pacientes com
deficiência congênita da metemoglobina redutase I e nos indivíduos sensíveis a agentes metemoblobinizantes.
Os sinais clínicos estão intimamente ligados às porcentagens de metahemoglobina detectados no sangue dos
pacientes: 5 a 10% = leve cianose; 10 a 30% = cianose severa; 30 a 50% = sinais funcionais de anóxia ; 50 a 70% =
acometimento do SNC com lesões neurológicas e Superior a 70% = coma e morte.
Níveis elevados são encontrados: a) nas intoxicações: profissionais, anilina , hidrazinas, nitrobenzeno e
polifenóis. b)Alimentares: agentes oxidantes: cloratos, nitritos e nitratos; c) medicamentos, acetanilida,
antipirina, fenacetina,quinina e sulfamida. d) deficiência congênita de metemoglobina-redutase I (nos RN a
atividade desta enzima é 2 vezes mais fraca que no adulto, o que explica a toxicidade dos nitratos, reduzidos a
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
nitritos pela flora intestinal. e) Hemoglobina M: hemoglobinopatia genética dominantes encontrada em todas as
raças, tem níveis entre 20 a 40%.
Em termos laborais, a metahemoblobina é um inidicador biológico da exposição à anilina e ao nitrobenzeno.
A metahemoglobina aparece mais tardiamente no sangue que o paraaminofenol na urina , que também é um bom
indicador do efeito da anilina.
Informações importantes: dia e hora da coleta, terapêutica e alimentação.
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METANFETAMINA – PESQUISA DE
Sinônimo mais comum : MDA
Material e conservação para envio: 10 mL de urina recente, sob conservação.
Instruções de coleta: não há horário mais indicado para a coleta, desde que ocorra até 48 horas do possível uso
de drogas de uso ilícito.
Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração.
Método: imunocromatografia seletiva com anticorpos monoclonais.
Valores de referência: pesquisa Negativa.
Interferência: uso de outras drogas que podem produzir reações cruzadas.
Indicações: controle de uso diagnóstico e terapêutico para indivíduos adictos.
Informações importantes: tempo após o possível uso da droga.
Nota: este exame não tem valor médico-legal pois carece de posse legal, sendo somente realizado para triagem
de casos de intoxicação aguda.
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METANEFRINAS URINÁRIAS
Sinônimo mais usado: Metanefrinas – frações
Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, com conservante e sob
refrigeração.
Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas utilizando nos frascos de coleta 20 ml de solução aquosa de
HCl a 50% para cada litro de urina coletado. INFORMAR NO FRASCO DE COLETA QUE O
CONSERVANTE É CORROSIVO E QUE O PACIENTE DEVE TOMAR CUIDADO PARA NÃO
ENCOSTAR A PELE NOS FRASCOS E DEIXAR FORA DO ALCANCE DE CRIANÇAS. Após o
término da coleta conservar o material clínico sob refrigeração. O(a) médico(a)-assistente deve ter ciência da
grande série de medicamentos que alteram a dosagem das metanefrinas. A suspensão de algum medicamento só
será realizado com ordem médica por escrito.
Estabilidade da amostra: após acidificação até 30 dias sob refrigeração.
Método: HPLC
Valores de Referência: (resultados em mcg/24 horas)
Idade
3 a 8 anos
9 a 12 anos
13 a 17 anos
Homens adultos
Mulheres adultos
Metanefrinas totais
47 – 260
72 – 410
130 – 520
< 1200
< 1200
Metanefrina
9 – 86
20 – 156
31 – 156
< 400
< 400
Normetanefrina
20 – 186
10 – 319
71 – 395
< 800
< 800
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GRUPO SÃO CAMILO
Interferências:
a) Medicamentos que podem elevar os níveis de Metanefrinas: alfa-bloqueadores, anti-depressivos, antihistamínicos, beta-bloqueadores, antagonistas do canal de cálcio, catecolaminas sintéticas, cocaína, diuréticos,
estimulantes do SNC, fentazocina, inibidores da monoaminoxidase, simpatomiméticos, insulina (várias
preparações), levodopa, metilfenidato, metoclopramida, morfina, naloxona, proclorperazina, TRH e
vasodilatadores.
b) Medicamentos que podem diminuir os níveis de Metanefrinas: antihipertensivos, antipsicóticos.
Dissulfiram, metirosina e octreotida.
Indicações: As metanefrinas, formadas pela normetanefrina e a metanefrina são metabólitos da norepinefrina e
epinefrina respectivamente. É indicado no diagnóstico de feocromocitomas, paragangliomas e neuroblastomas.
É indicado que o paciente fique sete dias sem ingerir qualquer medicamento por 7 dias. Somente com
conhecimento médico.
Informações importantes: medicação atual, medicação suspensa, quadro clínico.
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METANOL URINÁRIO
Sinônimo mais usado: Metanol na urina
Material e conservação para envio: mínimo de 20 mL de urina sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar uma amostra de urina pré-jornada e outra pós-jornada de trabalho, com pelo
menos dois dias seguidos de exposição, ou conforme orientação médica, por escrito. Completar o volume do
frasco de coleta com urina, não deixando espaço vazio dentro do mesmo. FRASCOS COM ESPAÇO VAZIO
SERÃO REJEITADOS. A coleta deverá ser feita em frascos plásticos fornecidos pelo Laboratório.
Nota: tubos cônicos tipo Falcon são mais facilmente preenchidos sem deixar espaço vazio.
Refrigerar imediatamente após a coleta.
Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração.
Método: Cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência: inferior a 5 mg/L
IBMP : 15 mg/L
Interferências: A principal interferência é a falta de preenchimento dos frascos de coleta.
Indicações: controle laboral de colaboradores expostos ao metanol e derivados.
Informações importantes: tempo de trabalho no setor, ocorrência de acidentes ou afastamentos por mais de
dois dias, antes da coleta.
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METILETILBUTILACETONA – URINÁRIA (vide Metiletilcetona)
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METILENOTETRAHIDROFOLATO REDUTASE – MUT. C677T – MTHFR – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Metilenotetrahidrofolato Redutase, MTHFR, Hiperhomocisteinemia, Mutação C677T,
Mutação da Enzima Conversora da Homocisteína.
Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;
5mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR em Tempo Real e/ou PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do
DNA Genômico).
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;
Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).
Indicações: A hiperhomocisteinemia é o aumento da concentração plasmática de homocisteína, um derivado da
metionina, cuja concentração é influenciada por fatores genéticos, nutricionais e patológicos. O aumento da
homocisteína plasmática, de natureza genética, resulta de alterações funcionais das enzimas metileno
tetrahidrofolato redutase (MTHFR) e cistationa beta sintetase (CBS), envolvidas no metabolismo da metionina
ou da deficiência de co-fatores enzimáticos, como as vitaminas B6 e B12 e o ácido fólico. O genótipo
homozigoto mutante 677TT no gene da MTHFR, encontrado em 4 a 14% da população em geral, está
associado ao aumento de 25% da concentração plasmática de homocisteína e pode gerar defeitos
neurológicos, retardo psicomotor, doença vascular prematura e tromboembolismo.
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METILETILCETONA – URINÁRIA (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: METC urinária
Material e conservação para envio: 50 mL de urina sob refrigeração.
Instruções para coleta: Completar o frasco com urina, não deixando espaço vazio dentro do mesmo, entre a
amostra clínica e a tampa. Coletar em frasco plástico fornecido pelo laboratório. Tubos cônicos, tipo Falcon, são
mais facilmente preenchidos ao máximo volume sem perdas de material. Refrigerar imediatamente após a
coleta. Coletar uma amostra pós-jornada de trabalho após no mínimo dois dias seguidos de exposição.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: Cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência: somente o IBMP: 2 mg/L
Interferências: falta de preenchimento correto do frasco de coleta.
Indicações: Controle laboral de colaboradores expostos.
Informações: tempo de trabalho no setor, ocorrência de acidentes ou afastamentos por mais de dois dias, antes
da coleta.
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MICETOMAS – PESQUISA DE (TESTE ESPECIAL)
Sinônimo mais usado – Pesquisa de Micetomas
Material e conservação para envio: material purulento abundante: coleta pode ser feita com seringa, sem
agulha (após a coleta, tampar a seringa com agulha e borracha espetada na ponta) ou coleção por swab (umidecer
o swab, com 5 gotas de salina estéril), diretamente das fístulas dos membros inferiores.
Material purulento escasso: fazer assepsia de toda a região a ser coletada, com etanol a 70%. Deixar secar
naturalmente. Colocar sobre as fístulas camada dupla de gaze estéril, fixando-a com faixa crepe. Deixar durante
12 a 18 horas. Após este período, retirar a gaze, com todo o cuidado para não dobrar. Guardar em placa de Petri
(de plástico descartável e estéril), umidecer a gaze com algumas gotas de salina estéril. Lacrar a placa com fita
adesiva. Proteger da luz. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: vide acima.
Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração
Método: observação dos grãos formados pelo entrelaçamento das hifas dos fungos ou actinomicetos aeróbios,
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GRUPO SÃO CAMILO
em microscopia esteroscópica ou microscópio optico comum.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: uso de antifúngicos específicos.
Indicações: o quadro clínico é bastante sugestivo e a presença dos grãos fecham o diagnóstico etiológico e
microbiológico.
O fungos mais frequentemente isolados são:
Cephalosporium sp, Fusarium sp, Leptosphaeria senegalensis, Madurella grisea, Madurella mycetomi,
Neostestudina rosatii.
Os actinomicetos mais frequentemente isolados são:
Nocardia madurae, Nocardia pelletieri, Nocardia asteróides, Nocardia brasiliensis, Nocardia caviae,
Streptomyces somaliensis.
De acordo com a cor podemos ter:
a) grãos de cor preta: fungos: (Madurella grisea, Madurella mycetomi, Leptosphaeria senegalensis)
b) grãos de cor branca: fungos: (Cephalosporium ssp, Fusarium ssp, Neotestudina rosatii).
actinomicetos : (Nocardia madurae)
c) grãos de cor amarela: actinomicetos: (Streptomyces somaliensis)
d) grãos de cor vermelha: actinomicetos: (Nocardia pelletieri)
e) grãos de cor bege: actinomicetos: (Nocardia asteróides, N.brasiliensis, N.caviae)
Informações importantes: medicação prévia e atual (tópica ou sistêmica).
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MICOLÓGICO (Ver Fungos)
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MICOPLASMAS – ANTIBIOGRAMA
Sinônimo mais usado: Antibiograma para Micoplasmas
Material e conservação para envio: São vários os materiais clínicos passiveis de coleta, dependendo da
topografia da infecção. As secreções podem ser oculares, vaginais (cervicais), uretrais, etc. O material coletado é
transferido para um tubo com meio de transporte, distribuído pelo Laboratório, a temperatura ambiente e
protegido da luz.
Instruções para coleta: Materiais genito-urinários: comparecer ao laboratório pela manhã, sem urinar e sem
realizar higiene íntima a pelo menos 12 horas. Nas mulheres, em posição ginecológica, coletar raspado cervical
ou uretral, com escova ginecológica, mergulhando e agitando a escova no meio de transporte. Coletar até obter
turvação do meio. A coleta uretral feminina pode ser feita com swab estéril especial. Nos homens, desprezar a
secreção inicial, que vem após a expressão do canal urinário, e coletar com escova da foceta uretral, com escova
tipo ginecológica. Passar para o frasco com meio de cultura, conforme descrito acima. Material ocular: Com alça
microbiológica descartável e estéril, proceder raspado da mucosa conjuntival, retirando o excesso de secreção
com gaze estéril. Para esta coleta o paciente deverá estar sem medicação tópica ou sistêmica específica por 48
horas antes, e não poderá lavar os olhos pela manhã antes da coleta do material.
Estabilidade da amostra: até 2 dias a temperatura ambiente e protegido da luz, desde que o material clínico
tenha sido colocado no meio de transporte.
Método: Microcultivo para isolamento e antibiograma em Concentração Inibitória Mínima.
Os antibióticos utilizados são: Tetraciclina-cloridrato, Sulfametoxazol-Trimetoprin, Lincomicina,
Roxitromicina, Minociclina-Cloridrato, Doxiciclina-Cloridrato, Eritromicina, Norfloxacina-Cloridrato e
Ciprofloxacina-Cloridrato.
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: uso de antibióticos anteriormente a coleta de materiais. Ter o paciente urinado antes da coleta.
Indicações: estudo da sensibilidade aos antibióticos dos Mycoplasma hominis e Ureaplasma urealyticum. Nota:
como os isolamentos para Mycoplasma genitalium e Mycoplasma fermentans são mais raros e a cultura muito
demorada, estamos realizando a suas pesquisas por biologia molecular.
Informações importantes: local exato da coleta, medicação atual ou imediatamente prévia.
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MICOPLASMAS (Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis) - CULTURA
Sinônimo mais usado: Cultura para Micoplasma
Material e conservação para envio:vide item anterior.
Instruções para coleta: vide item anterior
Estabilidade da amostra: 2 dias a temperatura ambiente e protegido de luz, desde que o material clínico tenha
sido colocado no meio de transporte.
Método: microcultivo em meio líquido seletivo, semeadura em meio semi-sólido comprobatório e testes
bioquímicos de fermentação.
Valores de Referência: cultura negativa.
UAC/mL
10 a 100 UAC/mL
100 a 1000 UAC/mL
> 1000 UAC/mL
Situação clínica
Portador
Possível infecção
Infecção
UAC = Unidades Alteradoras de Cor.
Interferências: quantidade, qualidade dos materiais clínicos e antibioticoterapia prévia (uso de cremes vaginais,
mesmo que sem antibióticos podem produzir resultados falso-negativos).
Indicações: pesquisa de infecções por Micoplasmas.
Informações importantes: terapia atual e local exato da coleta.
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MICROALBUMINÚRIA
Sinônimo mais usado: microalbumina urinária.
Material e conservação para envio: 100 mL de urina ,em frasco plástico fornecido pelo laboratório sob
refrigeração .
Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, 12 horas, 6 horas ou uma amostra ao acaso, de preferência
pela manhã. Conservar todas as alíquotas sob refrigeração durante o período da coleta. Enviar uma alíquota de
100 mL do volume total da urina coletada. Anotar no rótulo o volume total coletado e o período de coleta. O
transporte é feito sob refrigeração.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.
Método: imunoturbidimetria.
Valores de Referência:
Urina de 24 horas:
Normal
Microalbuminúria
Macroalbuminúria
Até 30 mg/24hs
30 a 300 mg/24hs
> 300 mg/24hs
Normal
Microalbuminúria
Macroalbuminúria
Até 20 µg/min
20 a 200 µg/min
> 200 µg/min
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GRUPO SÃO CAMILO
Urina de 12 horas: (Albuminúria Clínica)
Normal
Microalbuminúria
Macroalbuminúria
Até 15 mg/24hs
16 a 150 mg/12hs
150 mg/12hs
Normal
Microalbuminúria
Macroalbuminúria
Até 20 µg/min
20 a 199 µg/min
200 µg/min
Urina ao acaso (Microalbuminúria randômica):
Normal
Microalbuminúria
< 25 mg/litro
> 25 mg/litro
Urina ao acaso (por mg de creatinina):
Normal
Microalbuminúria
Macroalbuminúria
Até 30 mcg/mg de creatinina
30 a 299 mcg/mg de creatinina
300 mcg/mg de creatinina
Interferências: a presença de proteinúria acentuada os valores da microalbuminúria podem sofrer “efeito
gancho” produzindo resultados falsamente diminuídos. Outras condições clínicas podem produzir resultados
falsamente elevados, como infecções urinárias, quadros infecciosos sistêmicos, hematúria, após exercícios
físicos e proteinúria postural.
Indicações: A microalbuminúria indica valores de albumina urinária compreendidos entre os valores
fisiológicos de eliminação da albumina, que é inferior a 20 mg/24 horas, e a albuminúria que caracteriza
nefropatia diabética, que é definida como eliminação de albumina em níveis superiores a 50 mg/24 horas para
alguns autores e 300 mg/24 horas definido por outros. Muito embora essa nefropatia possa ser potencialmente
reversível, pela melhora do quadro glicêmico, é uma microangiopatia, ao lado da retiniana e em nervos
periféricos, considerada uma complicação nefasta, dependente do tempo de diabetes não controlado e
hipertensão arterial.
A microalbuminúria tem um valor preditivo de aparecimento de lesões microantiopáticas em 10 anos, levando a
insuficiência renal.
Assim um bom controle das complicações do diabetes é formado por uma tríade formada pelo controle da
glicemia, controle da pressão arterial e uma alimentação protéica adequada.
Limiar crítico para complicações renais: 50 mg/24 horas.
Outras condições clínicas podem levar a microalbuminúria anormal, como:
- Estados inflamatórios agudos,
- Exercícios físicos intensos,
- Hipertensão arterial,
- Infecções urinárias,
- Uropatias (ex. rins policísticos) ou transplante renal.
Informações importantes: medicação atual, intercorrências clínicas, principalmente infecções urinárias,
volume total da urina coletada.
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MIELOGRAMA
Sinônimo mais usado: estudo da medula óssea.
Material e conservação para envio: no mínimo 6 lâminas com esfregaços de aspirado medular, como em
hemogramas, fixadas por 1 minuto com metanol ou no primeiro líquido dos corantes panóticos (NÃO CORAR).
Enviar as lâminas em protetores fornecidos pelo laboratório, a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: sob intensa assepsia, a coleta médica é feita por punção esternal ou na crista ilíaca
através de um “trocard” de Mallarmé ou agulha e aspiração do material medular, com auxílio de uma seringa.
Realizar os esfregaços e seca-los imediatamente ao ar. Fixar conforme instruções acima.
294
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Estabilidade da amostra: após fixados, protegidos da umidade, luz e calor, os esfregaços tem estabilidade de 20
dias a temperatura ambiente.
Método: observação microscópica e discriminatória das linhagens medulares.
Valores de Referência:
O resultado contém a avaliação das porcentagens das diversas células da medula sanguínea, indicando se o
esfregaço é rico ou pobre, predomínio das linhagens sanguíneas e a presença de megacariócitos. A contagem é
feita em pelo menos 1000 células. Testes citoquímicos são realizados para estudo das linhagens presentes, como
a mieloperoxidase para estudo das linhagens neutrofílica e eosinofílica; fosfatase ácida para estudo dos
tricoleucócitos; Perls para determinação de sideroblastos; estearase neutra para estudo da linhagem monocítica.
Linhagem granulocítica
(50 a 75%)
Linhagem eritrocítica
(8 a 30%)
Elementos não mielóides
(3 a 15%)
Mieloblastos
Promielócitos
Mielócitos
Metamielócitos
Neutrófilos
Proeitroblastos
Eritroblastos basófilos
Eritroblastos policromáticos
Eritroblastos acidófilos
Linfócitos
Plasmócitos
Monócitos
0,5 a
1,0 a
5,0 a
10,0 a
10,0 a
1,0 a
1,0 a
2,0 a
5,0 a
5,0 a
0 a
0 a
4,0 %
8,0 %
20,0 %
25,0 %
30,0 %
4,0 %
8,0 %
10,0 %
20,0 %
15,0 %
2,0 %
2,0 %
Avaliação dos megacariócitos.
Análise de células malignas através de imunocitoquímica (opcional).
Interferências: contaminação com sangue periférico.
Indicações:
Variações patológicas:
a) Medula rica: medula regenerativa ou leucemias
b) Medula pobre: hipoplasia ou aplasia
c) Aumento dos hemoblastos (acima de 2%) e dos mieloblastos (acima de 4%): leucemia aguda (blastos acima
de 50%), leucemia aguda em início ou início da remissão ou remissão incompleta (blastos entre 10 e 30%),
anemia refretária com mielofibrose parcial, agudização de uma leucemia mielóide crônica ou regeneração de
quadros de aplasia.
d) Aumentos dos promielócitos (acima de 10%): Leucemia aguda de promielócitos com presença de
corpúsculos de Auer, agudização de leucemia mielóide crônica ou início de regeneração de quadros de
aplasia.
e) Aumento da linhagem granulocítica (acima de 80%): Leucemia mielóide crônica (mielócitos acima de
30%), infecção bacteriana (maturação com estádios regulares), f) Diminuição da linhagem granulocítica
(inferior a 50%): agranulocitoses com diminuição da linhagem medular ou parada da maturação, levando a
uma falsa linfocitose, plasmócitos e eritroblastose. Aplasia medular com medula pobre.
g) Aumentos da linhagem eritroblástica: anemia em regeneração, anemia sideroblástica, anemia
megaloblástica, desiritropoiese constitucional e anemias ferroprivas.
h) Diminuição da linhagem eritroblástica: eritroblastopenia (inferior a 5%) nas anemias hemolíticas agudas ou
anemias crônicas como por exemplo a anemia de Fanconi.
i) Aumento dos linfócitos medulares (superior a 15%): crianças (valores até 35%), idosos (valores mais altos
que os jovens), relatividade (durante as aplasias e agranulocitose), e alterações patológicas extra-medulares:
Leucemia linfóide crônica, Doença de Waldenström, Mielosclerose linfóide e reações linfóides diversas.
j) Aumento dos plasmócitos (superior a 5%): mielomas, apresentam conglomerados de plasmócitos,
295
GRUPO SÃO CAMILO
citoplasmas flamados, corpúsculos de Russel e células de Mott. Leucemia de plasmócitos associada a
plasmocitose sanguínea, Doenças de Waldenström, Metástases com ajuntamento de plasmócitos simulando
mieloma e em alguns casos de Cirrose.
k) Anomalias megacariocíticas: proliferação, elementos anormais e ausência da linhagem.
Informações importantes: local de punção, número de lâminas, fixação prévia das lâminas.
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MINERALOGRAMA
Sinônimo mais usado:estudo mineral do cabelo.
Material e conservação para envio: mínimo de 1 grama de cabelos, retirados da região occipital. Conservar em
frasco plástico, erméticamente fechado, protegido da luz e umidade.
Instruções para coleta: os pacientes não poderão usar qualquer tipo de cosméticos capilares, por pelo menos 3
meses. Recomenda-se não cortar os cabelos neste período. A coleta deve ser feita com tesoura esterilizada, sem
resquícios de ferrugem ou outras sugidades. Os cabelos são apreendidos com pinça limpa, nas mesmas condições
que a tesoura. Imediatamente enrodilhar os fios e acomoda-los em frasco estéril e novo. O coletador tem de usar
luvas novas e lavar as mãos com as luvas exaustivamente com sabão neutro. Enxaguar e seca-las muito bem.
Não é infrequente a necessidade de se repetir o teste com nova coleta, devido a presença inesperada de
contaminantes na amostra. O paciente deve receber essa informação e ser orientado a somente voltar a utilizar
cosméticos capilares após o exame estar pronto.
Estabilidade da amostra: 30 dias a temperatura ambiente, protegido de luz e umidade.
Método: Espectroscopia de absorção atômica.
Valores de Referência:
Minerais Essenciais:
Mineral
Cálcio
Magnésio
Sódio
Potássio
Fósforo
Silício
Cloro
Manganês
Molibdênio
Ferro
Cobre
Zinco
Selênio
Lítio
Germânio
Boro
Ouro
Vanádio
Cobalto
Estrôncio
296
VI
Símbolo
Ca
Mg
Na
K
P
Si
Cl
Mn
Mo
Fe
Cu
Zn
Se
Li
Ge
B
Au
V
Co
Sr
Valores em PPM
200,000 a 1.600,000
20,000 a 130,000
10,000 a 130,000
5,000 a
40,000
134,000 a 240,000
0,010 a
16,400
0,010 a
0,630
0,070 a
1,000
0,020 a
1,000
5,460 a
13,000
5,480 a
40,000
142,000 a 248,000
0,210 a
5,460
0,001 a
0,540
0,004 a
0,432
0,008 a
4,000
0,002 a
0,752
0,012 a
0,551
0,004 a
0,451
0,292 a
0,410
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Minerais Tóxicos:
Mineral
Símbolo
Alumínio
Al
Cádmio
Cd
Chumbo
Pb
Arsênico
As
Bário
Ba
Prata
Ag
Berílio
Be
Níquel
Ní
PPM= Partes por Milhão.
Limite Biológico Máximo em PPM
17,000
0,752
5,000
1,130
4,430
1,300
0,125
1,300
Interferências: uso de medicamentos ou cosméticos capilares. Contaminação durante a coleta.
Indicações: orientação para avaliações orto-moleculares.
Informações importantes: medicamentos e cosméticos capilares nos últimos 3 meses.
_______________________________________________________________________________________
MIOGLOBINA –DOSAGEM
Sinônimo mais usado: Mioglobinemia.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem
coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: até 70,0 ng/mL
Interferências: hemólise, lipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: A mioglobina é uma hemoproteína encontrada nos músculos estriados, principalmente no
miocárdio. Logo após a lise de células musculares, por infarto do miocárdio ou rabdomiólise a mioglobina é
encontrada no sangue periférico, com liberação massiva e precoce, já na terceira hora de uma necrose
miocárdica. Em comparação com os demais marcadores cardíacos, como a fração MB da CK ou a Troponina I,
que são detectadas 5 e 4 horas após o infarto do miocárdio, respectivamente, a Mioglobina é o primeiro marcador
a estar presente na circulação após o infarto do miocárdio.
Os valores séricos superiores a 100 ng/mL são patognomônicos de lesão cardíaca. A mioglobina também pode
ser eliminada dos politraumatismos, nas doenças infecciosas, nas distrofias e nas isquemias musculares, nas
miopatias congênitas e no infarto do miocárdio. É também encontrada após esforços intensos e prolongados e
em alguns quadros de intoxicações. No infarto do miocárdio a sua presença precoce no sangue permite um
tratamento tromboembólico mais eficiente. As dosagens da Mioglobina também são utilizadas como Padrãoouro para o tratamento trombolítico e isquemia miocárdica e vigilância na isquemia miocárdica per-operatória.
Informações importantes: tempo decorrido entre o início das dores e a coleta do material, medicação atual,
principalmente se o paciente faz uso de astatinas e derivados.
_______________________________________________________________________________________
MIOGLOBINA NA URINA – PESQUISA
Sinônimo mais usado: Pesquisa da mioglobinúria.
Material e conservação para envio: 20 mL de urina recente, se possível o jato médio da primeira urina da
manhã. Enviar sob refrigeração.
297
GRUPO SÃO CAMILO
Instruções para coleta: coletar todo o volume do jato médio da primeira urina da manhã, ou logo após exercício
intenso, ou conforme a orientação médica. Refrigerar e proteger da luz imediatamente.
Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração e protegido da luz.
Método: precipitação seletiva de proteínas,
Valores de Referência: Pesquisa negativa.
Interferências: hematúria, infecção urinária, hemólise intravascular com eliminação urinária de hemoglobina
livre, pacientes com alcaptonúria ou melanúria.
Indicações: A mioglobina é uma hemoproteína encontrada nos músculos estriados e é liberadas das miocélulas
após dano celular. Dependendo da extensão da lesão e sua intensidade, grandes quantidades de mioglobina são
lançadas ao sangue periférico, podendo em algumas ocasiões provocar dano renal. As principais causas de dano
renal são: uso extremo dos músculos, como nas convulsões, exercícios físicos intensos e traumas. Outras causas
são: distrofias musculares, esteróides, hipertermia, imobilizações prolongadas, infecções virais, infecções virais,
intoxicações por drogas, isquemias, miosites e tireotoxicose grave com perda de massa muscular.
Informações importantes: quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
MONONUCLEOSE – ANTICORPOS HETERÓFILOS
Sinônimo mais usado: monoteste.
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: aglutinação em lâmina.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: alguns pacientes do grupo sanguíneo A, e crianças podem não produzir anticorpos heterófilos,
hiperlipemia, etc.
Indicações: teste de triagem para Mononucleose (anticorpos da classe IgM). A sua sensibilidade não é muito
boa, sendo positiva geralmente na quarta semana de doença, diminuindo após a fase aguda, e podendo persistir
por até um ano. A sensibilidade alcança níveis máximos de 84% e a especificidade chega a 90%. Reações falsopositivos tem sido observadas em pacientes com linfomas, hepatite viral e doenças autoimunes. Pacientes com
imunodeficiência não respondem bem a estes anticorpos.
Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença.
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MORFOLOGIA ESTRITA DOS ESPERMATOZÓIDES
Sinônimo mais usado: Morfologia estrita de Kruger
Material e conservação para envio: extensões de esperma liquefeito e recente em pelo menos 5 lâminas de
microscopia. Fixa-las, imediatamente após prepara-las, com fixador de aerossol de Papanicolaou.
Instruções para coleta: a coleta deve ser por auto-masturbação solitária, em sala de coleta do laboratório, após 2
a 7 dias de abstinência. As lâminas devem ser confeccionadas logo após a liquefação.
Estabilidade da amostra: após fixadas, as lâminas podem ser conservada a temperatura ambiente por 10 dias.
Método: coloração segundo Papanicolaou.
Valores de Referência: 4 % de formas normais
Interferências: artefatos de fixação
Indicações: estudo dos estados de fertilidade masculina ligadas à morfologia dos espermatozoides.
298
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Informações importantes: alguns médicos solicitam que além da contagem percentual, seja feita a contagem
descritiva dos tipos morfológicos mais comuns. Através da coloração de Papanicolaou e utilizando os critérios
de Kruger, pode-se chegar a pelo menos 42 tipos morfológicos mais frequentes:
IALTERAÇÕES DE CABEÇA:
a) Alterações acrossômicas secundárias: 1) Deficiência acrossômica, 2) Ausência acrossômica; 3)
Alterações acrossômicas primárias.
b) Alterações estruturais da cabeça: 4) Macrocefálicos; 5) Microcefálicos; 6) Vacuolizados; 7) com
invaginações; 8) Diplóide ou triploide (Ridged); 9) Duplicação Nuclear; 10) Cabeças amorfas (inclui
núcleo filamentar).
c) Cabeças alongadas: 11) Levemente alongadas; 12) Moderadamente alongadas; 13) Fortemente
alongadas; 14) Fusiformes; 15) Gota citoplasmática; 16) Com condensações.
d) Alterações da linha equatorial: 17) Com invaginações; 18) Com vacuolizações.
e) Bicefálicos: 19) Cabeças duplas; 20) Cabeças duplas e um flagelo; 21) Cabeças duplas sem flagelo;
22) Acefálicos; 23) Globoformes; 24) Cabeças com separação parcial; 25) cabeças amorfas.
II - ALTERAÇÕES DE PEÇA INTERMEDIÁRIA:
26) Gota citoplasmática; 27) Pseudo-gota citoplasmática; 28) Espirilada; 29) Aplasia total ou parcial; 30)
Afilada; 31) Implantação excêntrica; 32) Com angulação; 33) Com vacuolizações.
III - ALTERAÇÕES DE FLAGELOS:
34) Bicaudais; 35) Flagelos curtos; 36) Flagelos enrolados (DAG); 37) Espermatozóides sem flagelos.
IV - ESPERMATOZÓIDES PLEOMÓRFICOS OU AMORFOS:
38) Amorfos e/ou bizarros; 39) Com defeitos de cabeça e peça intermediária; 40) Com defeitos de cabeça e
cauda; 41) Com defeitos de peça intermediária e cauda; 42) Com defeitos nos três sítios; 43) Outras
alterações a serem descritas.
Índice de teratozoospermia seg. Johannet:
nº de defeitos
=
Nº de espermatozoides com defeitos
Índice de deformidades dos espermatozoides(SDI) =
nº de defeitos
=
Nº de espermatozoides com contados
Valores de Referência dos índices: Índice de teratozoospermia : 1 a 3
Índice de deformidades
: até 1,6
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MRSA – QUALITATIVO OU QUANTITATIVO - (Staphylococcus aureus –resistente à Meticilina) PCR
em Tempo Real.
Sinônimo mais usado: MRSA-PCR
Material e conservação para envio: secreções: orofaringe, vestíbulo nasal, vagina ou lesões epidérmicas: cada
material suspeito é coletado em swab com meio de Stuart. Enviar a temperatura ambiente. Meios de cultura já
com bactérias isoladas (principalmente para isolamentos provenientes de urina).
Instruções para coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra: até 3 dias a temperatura ambiente.
Método: PCR em tempo real.
Valores de Referência: ausência de cepas MRSA.
Interferências: uso de antibióticos
299
GRUPO SÃO CAMILO
Indicações: pesquisa e/ou quantificação de cepas de Staphylococcus aures resistentes à meticilina em materiais
clínicos, incluindo pesquisa de colonização cutâneo-mucosa para pesquisa de portadores.
Informações importantes: local exato da coleta, uso de antibioticoterapia, uso de produtos anti-sépticos
tópicos.
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MUCOPOLISSACARIDOSE – PESQUISA
Sinônimo mais usado: pesquisa de mucopolissacarídeos.
Material e conservação para envio: 20 mL de urina recente sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã, o jato médio da primeira urina da manhã. Crianças pequenas podem
utilizar coletores infantis. Nestes casos a urina pode ser coletada a qualquer hora do dia. Refrigerar imediatamente
após a coleta.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: segundo Steines
Valores de referência: pesquisa negativa.
Interferências: proteinúria intensa, cristalúria intensa.
Indicações: as mucopolissacaridoses são anomalias da degradação dos mucopolissacarídeos, secundárias a
deficiências enzimáticas, autossômicas e recessivas.
a) Mucopolissacaridose tipo I (Doença de Hurler): deficiência da alfa-L iduronidase.
b) Mucopolissacaridose tipo II (Doença de Hunter): deficiência da 1-iduronato sulfatase.
c) Mucopolissacaridose tipo III (Doença de Sanfilippo): deficiência de heparan-N-sulfatase (tipor IIIa),
deficiência de N-acetil-alfa-D-glucosaminidase (tipo IIIb) e deficiência de alfaglucosaminidase (tipo IIIc).
d) Mucopolissacaridose tipo IV (Doença de Morquio): deficiência de condroitina sulfato-N-acetil-hexosaminasulfatase.
e) Mucopolissacaridose tipo V (Doença de Ulrich e Scheie): deficiência de alfa-1-irudonidase.
f) Mucopolissacaridose do tipo VI (Nanismo polidistrófico): deficiência de N-acetil-galactosamina-4-sulfato
sulfatase.
g) Mucolipidose tipo I (Sialidose): deficiência de alfaneuraminidase
h) Mucopolidose tipo II e III: deficiência de hidrolase ácida.
i) Mucolipidose do tipo IV: deficiências de neuraminidase e betagalactosidase.
j) Doença de Maroteaux-Lamy: deficiência de arilsulfatase B
k) Manosidose: deficiência de alfamanosidase.
l) Fucosidose: deficiência de alfafucosidase.
m) Aspartilglucosaminúria: deficiência de aspartilglucosamina-amido-hidrolase.
n) Doença de Wolman: deficiência de lípase ácida.
o) Ceróide lipofuscinoses.
p) Síndrome do histiócito azul.
Em todas essas anomalias há aumento de mucopolissacarídeos ou glicosaminoglicanas.
Informações importantes: quadro clínico.
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Mycobacterium tuberculosis – EIE – ANTICORPOS TOTAIS
Sinônimo mais usado: Sorologia para Tuberculose
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
300
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunocromatográfico com anticorpos monoclonais e biotina.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: hiperlipemia, soro hemolisado e soros que sofreram descongelamento por mais de uma vez.
Indicações:
A presença de anticorpos por esta metodologia significa doença em fase ativa. Soros de indivíduos vacinados
geralmente resultam negativos por este método. O teste detecta principalmente imunoglobulinas específicas das
classes IgA e IgG, mas IgM em níveis elevados também produzem reações positivas. Este teste tem um cut-off
ajustado para 350 unidades de anticorpos séricos, baseados em estudos de K.Toman, de 1981, para se obter melhores
sensibilidade e especificidade, quanto a valores preditivos positivos e negativos consernentes à fase ativa ou não da
doença. O teste imunocromatográfico apresenta melhores resultados que os métodos em ELISA, pois sua
positividade cumulativa é sempre superior aos do teste enzimatico, produzindo um menor número de testes falsopositivos ou falso-negativos.
Comparação de preditividade, sensibilidade e especificidade, positividade e negatividade entre pacientes com
tuberculose ativa, outras micobacterioses não-tuberculosas ativas, pacientes de alta para tuberculose e outras
doenças infecto-contagiosas:
Estado clínico
Resultados dos testes Imunocromatográficos
Tuberculose pulmonar ativa
Micobacterioses nãotuberculosas ativas
Tuberculoses curadas
Outras doenças respiratórias
Outras doenças infecciosas
Pessoas sãs
Número
de casos
130
24
15
79
60
83
Casos
Casos
% de
Positivos Negativos positividade
113
17
87
20
4
83
4
4
2
7
11
75
58
76
27
5
3
8
SegundoC.Cocito e F. Valliden, 1986 e J.M. Grange, 1984.
Assim temos 87% de sensibilidade para pacientes com tuberculose pulmonar ativa e 83% de sensibilidade para
pacientes com outras micobacterias ativas. A especificidade alcançada é de 92,8%, com uma correlação de 90%.
Estes dados mostram a superioridade deste teste em relação aos métodos de ELISA e também frente ao PPD,
sendo as correlações de ambos inferiores a 70%. As vantagens deste teste em relação ao PPD e a pesquisa de
BAAR no escarro (BAAR-E) podem ser vistas no quadro abaixo:
Teste
imunocromatográfico
Resultado no mesmo dia
Amostra sérica
Baixa positividade em
indivíduos vacinados
PPD
Resultado em 72
horas
Reação intradérmica ,
resultado pode variar
com local aplicado
Pessoa vacinadas ou
curadas podem ter
nódulos positivos
Bacterioscopia para BAAR no escarro
Mínimo de 3 amostras em dias alternados,
dependendo da facilidade de coleta (*)
Amostras precisam ser significativas, sem
saliva
Baixa sensibilidade .Crianças costumam
não ser bacilíferas
(*) crianças geralmente não são bacilíferas.
Informações importantes: idade correta dos pacientes, medicação atual, suspeita diagnóstica.
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301
GRUPO SÃO CAMILO
MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS, PCR QUAL. – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Tuberculose, Pesquisa do DNA bacteriano Micobacterium tuberculosis, Detecção do
DNA Micobactérias PCR, PCR para BK.
Material e conservação para envio: Escarro: 3,0 mL; Lavado bronco alveolar: 3,0 mL; 1ª urina da manhã: 30,0
mL; Líquor: 1,0 mL; Demais líquidos corporais e fluídos corporais: 1,0 mL. Fragmentos de biópsia (manter em
soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Biópsia (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.
Demais materiais: até 4 dias refrigerado entre 2 e 8 ºC em frasco estéril.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: A tuberculose permanece como um dos maiores problemas de saúde pública em todo mundo. O
diagnóstico rápido é essencial para início do tratamento apropriado e controle dos contatos. Detecta diretamente
o DNA da micobactéria nas amostras clínicas. Trata-se de técnica específica, sensível e rápida, permitindo o
diagnóstico e tratamento precoce, auxiliando no controle de disseminação da doença.
Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.
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Mycoplasma genitalium – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Mycoplasma genitalium por PCR
Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã ou raspado uretral (Homem), raspado endocervical
(Mulher). Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: Solicitar kit de coleta ao Laboratório.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR qualitativo.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: sangue na amostra.
Indicações: diagnóstico laboratorial de infecções por micoplasmas.
Informações importantes: medicação atual, tópica ou sistêmica.
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Mycoplasma hominis – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Mycoplasma hominis por PCR
Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã ou raspado uretral (Homem), raspado endocervical
(Mulher). Enviar sob refrigeração.
Os materiais clínicos aqui descritos podem ser coletados conforme o MANUAL DE COLETA DE MATERIAIS
CLÍNICOS ESPECIAIS, sendo, para PCR, colocados em frascos especiais fornecidos pelo Laboratório São
Camilo:
a) Escarro – vide página 20 do Manual.
b) Raspado uretral: página 29
c) Secreção vaginal e uretral femininas- página 40
302
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
d) Urina – primeiro jato- centrifugar e passar o sedimento para um frasco tipo Eppendorf com tampão para PCR.
e) Secreção prostática (obtida por massagem) proceder igual a urina.
f) Secreção ocular (conjuntival): página 31.
Para todos os materiais clínicos o procedimento é muito semelhante, pois uma vez obtido, o material clínico
deve ser colocado em frasco tipo Eppendort com tampão apropriado, fornecido pelo Laboratório.
Instruções para coleta: Solicitar kit de coleta ao Laboratório.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR qualitativo.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: sangue na amostra.
Indicações: pesquisa de infecções por Mycoplasma hominis.
Informações importantes: medicação atual, uso de medicamentos tópicos nos locais de coleta.
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Mycoplasma pneumoniae – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: Pesquisa de infecções por Mycoplasma pneumoniae
Material e conservação para envio: lavagem broncoalveolar, expectorações, líquido pleural, raspagem
rinofaríngea, LCR , Líquido alveolar. São coletas médicas que devem ser colocadas em frascos estéreis
fornecidos pelo Laboratório São Camilo. Enviar refrigerado.
Instruções para coleta: mínimo de 1 mL de material clínico em frasco próprio, mantido sob refrigeração.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR em Tempo Real.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: presença de sangue no material.
Indicações: diagnóstico laboratorial de infecções por Mycoplasma pneumoniae.
O M.pneumoniae é responsável por várias infecções do trato respiratório, que podem evoluir de maneira
endêmica, com picos de ocorrências no outono e no inverno. Atualmente o M.pneumoniae também é tido como
uma das causas da produção de ateromas produzindo e complicando doenças cardio-vasculares.
Geralmente as infecções ocorrem em crianças e adultos jovens, mas os quadros graves acontecem em pacientes
idosos ou imunocomprometidos. A suspeita de infecção por este micoplasma ocorre diante dos seguintes
quadros:
a) infecções do trato respiratório inferior, (pneumonia atípica primária, geralmente benigna, ou formas graves
como pleuropneumonia aguda, broncopneumopatias crônicas, etc)
b) Infecções do trato respiratório superior: rinites, sinusites, otites e faringites.
c) Infecções extra-respiratórias: anemias hemolíticas, artralgias, endocardites, eritema, meningites,
meningoencefalites e mialgias, etc.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
Mycoplasma pneumoniae – SOROLOGIA – IgG e/ou IgM
Sinônimo mais usado: Sorologia para Mycoplasma pneumoniae IgG e/ou IgM.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
303
GRUPO SÃO CAMILO
Método: enzimaimunoensaio tipo ELISA.
Valores de Referência: Positivo
:
> 1,10
Negativo
:
< 0,90
Indeterminado: 0,90 a 1,10
Interferências: hiperlipemia, hemólise ou hiperbilirrubinemia.
Indicações: Diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos específicos contra Mycoplasma pneumoniae.
Todas as indicações clínicas para este teste podem ser vistas no item Mycoplasma pneumoniae – PCR
QUALITATIVO.
Os anticorpos da classe IgM geralmente aparecem na primo infecção 7 dias após o início do quadro clínico e
pode persistir por meses. Anticorpos da classe IgG aparecem geralmente na segunda semana, e podem
permanecer a vida toda. Os seus valores máximos geralmente ocorrem na terceira semana.
Podem ocorrer reações cruzadas com resíduos glicoprotéicos de estreptococos, tecidos humanos
(principalmente em doenças autoimunes) e tecidos vegetais. Valores falsamente positivos podem ocorrer na
vigência de pancreatites agudas ou crônicas.
OBS: As aglutininas frias aparecem em 50% das pneumonias atípicas por Mycoplasma pneumoniae, e pode ser
um dado de presunção diagnóstica bastante auxiliar, quando os anticorpos ainda não se encontram
presentes.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.
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Neisseria gonorrhoeae – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: PCR para Neisseria gonorrhoeae.
Material e conservação para envio: Raspado cervical, vaginal e vulvar, 1ª jato da manhã, secreção uretral,
secreção endocervical, secreção vaginal, secreção conjuntival, esperma. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: Solicitar kit de coleta ao Laboratório.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR qualitativo.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: uso de pomadas, cremes, colírios, antibióticos tópicos ou sistêmicos.
Indicações: diagnóstico das infecções gonocóccicas com baixo índice bacteriano.
Informações importantes: medicação atual.
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NÍQUEL URINÁRIO (Toxicologia Ocupacional)
Sinônimo mais usado: níquelúria
Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar urina no último dia da semana de trabalho antes do início da jornada em sanitário
afastado do local de trabalho, ou sob orientação médica, em frasco plástico fornecido pelo laboratório. Refrigerar
imediatamente.
Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotometria de absorção atômica.
304
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: até 8,0 mcg/L (NR-7 redação de 1978 até 23 mcg/L)
IBMP: 60,0 mcg/L
Interferências: coleta no ambiente de trabalho.
Indicação: controle do ambiente laboral em relação ao níquel nas indústrias metalúrgicas. O níquel tem
predominância de depósitos na pele, rins, ossos, pâncreas, cérebro, genitais e pulmão. O níquel é um
oligoelemento de grande importância no metabolismo de enzimas, no metabolismo hormonal. As principais
alterações patológicas são: a) intoxicações em ambientes industriais: distúrbios respiratórios como dispnéia,
asma e edema pulmonar. b) Distúrbios neurológicos e distúrbios cutâneos.
Informações importantes: local de trabalho, tempo de trabalho no mesmo setor.
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NÍQUEL SÉRICO (Toxicologia Ocupacional)
Sinônimo mais usado: Dosagem de Níquel sérico.
Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: não há horário preferencial para coleta e não há necessidade de jejum.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofometria de absorção atômica.
Valores de Referência: 0,14 a 1,00 mcg/L
Para expostos : 3,00 a 11,00 mcg/L
Interferências: hemólise, hiperlipemia.
Indicações: vide Níquel na urina.
Informações importantes: vide Níquel na urina.
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N – METILFORMAMIDA NA URINA (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: n-Forma
Material e conservação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar amostra de urina em sanitário afastado do local de trabalho ao final da jornada de
trabalho, após no mínimo dois dias seguidos de exposição, ou conforme orientação médica.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: cromatografia líquido-gasosa.
Valores de Referência: IBMP: 40,0 mg/g de creatinina.
Interferências: volume insuficiente, local de coleta do material clínico.
Indicações: controle laboral de colaboradores que são expostos à dimetilformamida (DMF), utilizado na
fabricação de acrílicos, tintas, resinas, indústria farmacêutica, poliuretanos e outros polímeros plásticos.
Informações importantes: local e tempo de trabalho sem interrupções .
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NUCLEOSSOMO – ANTICORPOS ANTISinônimo mais usado: Anti-Nucleossomo
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima
mamada.
305
GRUPO SÃO CAMILO
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: até 2,9 U/mL
Interferências: hemólise e lipemia
Indicações: Marcador de LE com aparecimento precoce e correlacionando níveis dos anticorpos com a
gravidade dos quadros clínicos. Tem maior positividade quando há comprometimento nefrítico.
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
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OPIÁCEOS – PESQUISA ( ver Drogas de Abuso- pesquisa)
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OSMOLALIDADE SÉRICA OU URINÁRIA
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração ou 20 mL de urina recente.
Instruções para coleta: Coletar o sangue pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. A urina pode ser o jato
médio da primeira urina da manhã. Refrigerar imediatamente.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: osmolarímetro
Valores de Referência: soro: 300 a 900 mOsm/L
Urina: 285 a 310 mOsm/L
Interferências : bebidas alcoólicas, uso de manitol, diuréticos.
Indicações: a osmolaridade representa a quantidade de partículas osmoticamente ativas por quilograma de água. As
principais partículas osmoticamente ativas são: sódio, potássio, glicose e uréia. Estados hiper ou hiposmolares,
diabetes insipidus, nefropatias medulares.
Informações importantes: medicação atual, estado clínico.
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OSTEOCALCINA
Sinônimo mais usado: Bone GLA-Protein
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração .
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: eletroquimioluminescência.
Valores de Referência:
Mulheres saudáveis
Pré-menopausa superior a 20 anos . . . : 11 a 48 ng/mL
Pós menopausa . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 15 a 51 ng/mL
Doentes com osteoporose . . . . . . . . . . : 13 a 53 ng/mL
Homens saudáveis
Inferior a 30 anos. . . . . . . . . . . . . . . . . : 24 a 70 ng/mL
30 – 50 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 11 a 48 ng/mL
Superior a 50 anos . . . . . . . . . . . . . . . : 14 a 56 ng/mL
306
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Interferências: ingestão alcoólica, esteróides e glicoesteróides (diminuição), esteróides anabolizantes (elevação).
Há uma série de fatores fisiológicos que alteram os níveis de Osteocalcina: altura (diminuição em crianças
pequenas), amamentação (elevações de até 50%), gestação (diminuição no segundo semestre de até 50% dos
níveis em relação aos basais), Idade (na infância, os valores chegam a 2 a 4 vezes os valores de adultos), Menopausa: elevações de até 50%, Obesidade (aumentos de 20 a 50%), Sexo: valores de até 30% maiores nos homens.
Indicações: diagnóstico laboratorial das formas assintomáticas de hiperparatireoidismo primário, podendo ter o
PTH e AMP cíclico normais.
Diagnóstico e controle laboratoriais da osteodistrofia renal, associado à dosagem do PTH. Auxiliar a
classificação dos casos de osteosporose em função do tipo histológico. Controle após corticoterapia prolongada.
Os níveis de osteocalcina refletem o “turn-over” ósseo. Pode haver elevações dos níveis de osteocalcina em:
Doença de Paget, Fratura óssea, Hemodiálise, Hiperparatireoidismo primário ou no Hiperparatereoidismo
Secundário de origem renal, Hipertireoidismo, Metástases ósseas, Osteroartropatias, Osterodistrofias de origem
renal, Osteomalácia e Osteosporose. Níveis baixos são encontrados em: Hipoparatireoidismo, Hipotireoidismo,
Mieloma, Osteosporose com baixo nível de remanejamento ósseo, Osteosporose após corticoterapia de longa
duração), e algumas patologias hepáticas.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico, doenças associadas.
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OXALATOS (ver Ácido Oxálico)
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OXAZEPAN
Sinônimo mais usado: metabólito de benzodiazepínico.
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dosagem ou conforme orientação médica.
Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração.
Método: HPLC
Valores de Referência: 200 a 1400 ng/mL
Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise.
Indicações: é metabólito de vários tipos de benzodiazepínicos. Sua dosagem é indicada para controle
terapêutico, seus níveis e valores de toxicidade.
Informações importantes: medicamento em uso, dosagem e horários das doses.
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OXCARBAZEPINA
Sinônimo mais usado: Hidroxicarbazepina
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose ou conforme orientação médica.
Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração.
Método: HPLC
Valores de Referência: 15 a 35 mcg/mL (Faixa Terapêutica).
Interferências: hiperbilirrubinemia, hemólise ou hiperlipemia.
Indicações: Controle terapêutico e dos níveis tóxicos ou hipocontrole. Medicamentos: Trileptal ou Auran. Os seus
níveis são reduzidos quando associados a carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, verapamil e ácido valpróico. A
oxcarbazepina aumenta os níveis de fenitoína e fenobarbital, e pode diminuir os níveis da lamotrigina e de
anconcepcionais orais.
Informações importantes: medicação, doses e seus horários.
307
GRUPO SÃO CAMILO
PAINEL DE TROMBOFILIA (ver isoladamente, Fator V de Leiden, Mutação
G20210A do gene da Protrombina e Mutação do gene da Metilenotetrahidrofolato Redutase)
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PAINEL GINECOLÓGICO AMPLIADO (DST's) – HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia
trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Herpes simplex 1 e 2; Mycoplasma genitalium; Ureaplasma
urealyticum; Trichomonas vaginalis
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Raspado/swab de lesões ou raspado de região considerada suspeita: colo
uterino, vagina, vulva, região perineal, perianal, anal, cavidade oral, biópsia de lesões suspeita. O material deve
ser coletado em kit para HPV fornecido pelo Laboratório e enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: Vide em HPV.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR + RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo.
Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Herpes simplex 1 e 2;
Mycoplasma genitalium; Ureaplasma urealyticum; Trichomonas vaginalis.
Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos.
Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Herpes simplex 1 e 2; Mycoplasma
genitalium; Ureaplasma urealyticum; Trichomonas vaginalis.
Informações importantes: _______________________________________________________________________________________
PAINEL GINECOLÓGICO BÁSICO (DST's) – HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis e
Neisseria gonorrhoeae
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Raspado/swab de lesões ou raspado de região considerada suspeita: colo
uterino, vagina, vulva, região perineal, perianal, anal, cavidade oral, biópsia de lesões suspeita. O material deve
ser coletado em kit para HPV fornecido pelo Laboratório e enviado sob refrigeração.
Instruções para coleta: Vide em HPV.
Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.
Método: PCR+RFLP; PCR em tempo real e PCR qualitativo.
Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.
Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos.
Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.
Informações importantes: _______________________________________________________________________________________
PARA-AMINOFENOL – URINA (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: pelo menos 50 mL de urina de uma amostra de urina ao final da fornada de
trabalho, após um mínimo de dois dias seguidos de exposição, ou conforme orientação médica.
Instruções para coleta: utilizar frasco novo, de plástico e seguir instruções do item anterior.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: cromatografia líquido-gasosa.
308
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: IBMP: 50 mg/g de creatinina
Interferências: contaminações durante a coleta.
Indicações: serve como indicador da exposição ambiental da anilina. Seu aparecimento acontece após 24 horas
após a exposição durante a fabricação de borrachas, medicamentos e tintas. O para-aminofenol aparece na urina
primeiro que a metahemoglobina no sangue.
Informações importantes: tempo de trabalho, local de trabalho e contactos com produtos industriais.
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PAPILOMAVÍRUS (ver HPV)
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PARACOCCIDIOIDES – (ver Blastomicose)
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PARATORMÔNIO – MOLÉCULA INTACTA (PTH )
Sinônimo mais usado – PTH
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob congelamento..
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência:
Valores de adultos:
Até 60 anos:
14 a 72 pg/mL
Terceira idade 14 a 89 pg/mL
Valores pediátricos:
Neonatos
1 a 10 anos
11 a 14 anos
15 a 19 anos
0 a 10 pg/mL
0 a 50 pg/mL
9 a 52 pg/mL
10 a 65 pg/mL
Conversão: pg/mL x 0,1053 = pmol/L
Interferências: hiperbilirrubinemia, hiperlipemia e hemólise.
Indicações: as glândulas paratireóides produzem e liberam o PTH que tem um papel principal da manutenção
da homeostase do fósforo e cálcio, agindo sobre o esqueleto, intestino e rim.
A secreção do PTH é estimulada pela calcitonina, as catecolaminas, o magnésio e o próprio cálcio. Seus níveis são
diminuídos pela ação da Vitamina D. Age sobre os ossos estimulando a reabsorção óssea em conjunção com a
vitamina D, estimulando os osteoclastos e inibindo os osteoblastos. Estimula a absorção do cálcio pelos intestinos.
No rim a sua ação estimula a reabsorção tubular de cálcio, aumentando a fosfatúria, inibindo a hidroxilação da 25hidroxi-vitamina D3. Inibe a reabsorção tubular do bicarbonato e a excreção dos íons Hidrogênio.
Variações patológicas:
a) Hiperparatireoidismo Primário:
Aumento do PTH, do cálcio sérico e calciúria. Diminuição da fosfatemia e aumento da fosfatúria, com diminuição
do Índice de Reabsorção do Fósforo.
Quando há insuficiência renal associada, a calcemia e a calciúria podem, dependendo do tempo e gravidade da
insuficiência, se apresentarem normais.
309
GRUPO SÃO CAMILO
b) Hiperparatireoidismo Secundário:
Nas doenças renais em geral que cursam com insuficiência: tendência à hipocalcemia, hiper-fosfatemia.
Quadros clínicos associados: IRC, diálise peritonial, acidose tubular, Síndrome de Fanconi, tubulopatias
congênitas e diabetes.
c) Hipoparatireoidismo primário: com diminuição do PTH: cirurgias das Paratireóides ou intervenções
tireoidianas, Neonatal e transitória (com mães hipercalcêmicas) . Posteriormente o quadro cursa com
hipocalcemia, hipocalciúria, hiperfosfatemia e hipofosfatúria, com aumento dos índices de reabsorção de
fósforo.
d) No Pseudo-hipoparatireoidismo: o PTH está elevado, devido a uma falta de receptividade periférica ao PTH.
Anomalias morfológicas e/ou psicológicas podem ser encontradas.
e) Hipercalcemias malignas: o PTH está diminuído ou dentro dos valores de referência, mas com os níveis
normais mais baixos.
OBS.: há uma série de testes dinâmicos que podem ser realizados, que devem ser prescritos pelo(a)
médico(a)-assistente para cada caso específico. Alguns testes, devido aos riscos que podem provocar
só podem ser feitos em hospital com a assistência do médico-assistente.
Informações importantes: medicação atual (principalmente vitamina D, calcitonina, fosfatos, etc.), tipo de
dieta (principalmente em relação a ingestão de leite e derivados).
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PARVOVÍRUS B 19 – SOROLOGIA IgG ou IgM
Sinônimo mais usado: Sorologia para Parvovirose
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar sangue pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: imunoensaio enzimático tipo ELISA.
Valores de Referência:
Negativo/ Não Reagente Índice inferior a 0,90
Indeterminado/Borderline Índice entre 0,90 e 1,10
Positivo/ Reagente
Índice superior a 1,10
Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia, Hiperlipemia.
Indicações: diagnóstico sorológico das infecções pelo Parvovírus B 19. É um vírus de uma só hélice de DNA,
incompleto, sem envelope, com um grande tropismo por células eritroblásticas, podendo provocar doença
eruptiva denominada megaleritema epidêmico, infecções fetais com possíveis abortamentos, infecções crônicas
em pacientes imunodeprimidos, crises eritro-blastopênicas em pacientes das doenças de Minkowski-Chauffard,
pacientes talassêmicos e com anemia falciforme, etc.
Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença.
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PARVOVÍRUS B 19 – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: PCR para Parvovirose
310
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, 2,0 mL de plasma congelado, 1 mL de
líquido amniótico. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Enviar sob refrigeração.
Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), plasma (6 meses congelado), líquido ammniótico (dois dias).
Método: PCR.
Valores de Referência: Reação Negativa.
Interferências: hemólise.
Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções por Parvovírus B19.
Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença.
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PARIETAIS – ANTICORPOS ANTI-CÉLULAS (Ver Anticorpos Anti-células Parietais)
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PASTEURELLA MULTOCIDA, PCR QUALITA. – BIOMOL SC NOVO
Sinônimo mais usado: Pasteurelose.
Material e conservação para envio: Escarro, 2,0 mL de lavado bronco-alveolar, 5,0 mL de urina do 1° jato da
manhã, líquido pleural, secreção orofaringe, 1,0 mL de líquor, líquido ascítico, líquido sinovial, outros fluidos
corporais, fragmentos de biópsia. Enviar sob refrigeração.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 48 horas refrigerado.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
Indicações: Pasteurella multocida é uma bactéria cocobacilar gram negativa que pode causar infecções
zoonóticas em humanos, as quais são tipicamente resultantes de mordidas ou arranhões de animais domésticos.
P. multocida secreta uma endotoxina que altera as propriedades do surfactante pulmonar, alterando assim a
mecânica pulmonar e as trocas gasosas, ocasionando assim rinite, conjuntivite, pneumonia, abcessos, infecções
no trato genital e septicemia. A bactéria pode ser transmitida via aerosol ou por contato direto ou por fômites.
Informações importantes: Indicar medicamentos utilizados pelo paciente.
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PCR ULTRASSENSÍVEL
Sinônimo mais usado : PCR-US
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência automatizada.
311
GRUPO SÃO CAMILO
Valores de Referência: Risco cardiovascular:
Risco Alto
:
> 3,0 mg/dL
Risco Médio
: 1,0 a 3,0 mg/dL
Risco Baixo
:
< 1,0 mg/dL
Para doenças inflamatórias na fase aguda : > 11,0 mg/dL.
OBS.: A interpretação dos valores para risco cardiovascular só tem valor preditivo na ausência de quadros
inflamatórios sistêmicos.
Interferências : hiperlipemia, hemólise, hiperbilirrubinemia e presença de anticorpos Heterófilos. Quadros
inflamatórios sistêmicos. Os médicos devem levar em conta algumas limitações do exame: a) os aumentos do
PCR podem não ser específicos e só podem ser interpretados com a história clínica completa, b) a dosagem do
PCR-US não elimina a necessidade dos exames para risco cardíaco, c) não é um indicador para síndrome
coronariana aguda, d) valores persistentemente acima de 11,0 mg/dL devem ser investigados para outras
etiologias não cardiovasculares isoladamente, e) Não deve ser usado isoladamente como monitoração de
efeitos de tratamento.
Indicações: A PCR é uma proteína do grupo das beta-globulinas, considerada de fase aguda e 118 kD. É na
realidade um pentâmero de sub-unidades cíclicas idênticas e pertence à família das pentaxinas. Os seus
níveis séricos podem se elevar de forma não específica para doenças inflamatórias infecciosas e à
colagenoses, como AR, doenças cardiovasculares. É produzida pelo fígado e seus níveis séricos em quadros
normais são muito baixos ou não é detectada. O seu papel parece estar ligado ao reconhecimento e eliminação
de patógenos , auxiliando assim a imunidade celular e humoral, através de atividade de opsonização. Os
níveis de PCR se elevam um ou dois dias após quadro inflamatório agudo, chegando a quase que mil vezes os
níveis basais. A tendência é a sua queda com o passar da fase aguda da inflamação. É bem conhecida que há
estreita relação entre inflamação e arteriosclerose, que leva a doenças cardiovalculares. Assim, a PCR-US é
um marcador de arteriosclerose. Os seus níveis alterados tem valor prognóstico em pacientes com síndrome
coronariana aguda e é também um indicador independente dos eventos futuros das coronárias de pacientes
sem quadros clínicos sugestivos.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
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PENTACLOROFENOL (Toxicologia ocupacional)
Sinônimo mais usado: Penta-CL
Material e conservação para envio: 100 mL de urina pré-jornada, sob refrigeração.
Instruções para coleta: em frasco plástico fornecido pelo laboratório, coletar urina pré-jornada de trabalho, no
último dia da semana de trabalho, ou conforme orientação médica.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: Cromatografia líquida.
Valores de Referência: IBMP : 2,0 mg/g de creatinina.
Interferências: contaminações durante a coleta do material
Indicações: controle de colaboradores contactantes. Conhecido como“pó da China”, é utilizado na conservação
de móveis, utilizado como anti-séptico, fungicida ou herbicida.
Informações importantes: local de trabalho e tempo de trabalho em setor com contacto.
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312
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
PEPTÍDEO C
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência automatizada.
Valores de Referência: 0,9 a 7,1 ng/mL
Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia.
Indicações: durante a produção da insulina, nas células beta do pâncreas, a pró-insulina sofre uma clivagem
liberando a insulina e o Peptídeo C como molécula de conexão, em uma proporção equimolar. Devido ao
metabolismo dos dois produtos e diferenças na depuração da insulina, a concentração do Peptídeo C no sangue
periférico é sempre maior que o da insulina.
O Peptídeo C de forma bem diversa que a Insulina, é um peptídeo inerte. Dessa forma a concentração do Peptídeo
C indica a atividade do pâncreas na produção de insulina, mesmo na presença de anticorpos anti-insulina. No
início do quadro de diabetes tipo II ou no diabetes juvenil, os níveis de insulina ou peptídeo C são muito baixos.
Níveis em elevação do Peptídeo C, após tratamento de quadros de hiperglicemia severa e/ou cetoacidose,
demonstram a recuperação das células beta, mesmo que parcialmente. A piora do quadro de produção é refletida
na diminuição dos níveis do Peptídeo C. Níveis de insulina alta e Peptídeo C baixa, em pacientes insulinodependentes indica hiperinsulinismo iatrogênico.
Informações importantes: quadro clínico, medicação utilizada, principalmente insulina ou hipoglicemiantes orais.
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PH FECAL
Sinônimo mais usado: pH das fezes
Material e conservação para envio: 2 a 5 gramas de fezes recentes sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar as fezes pela manhã, guardando imediatamente em frasco plástico limpo e
estéril sob refrigeração.
Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Em tampão tipo PBS neutro, pode-se conservar por até 48
horas sob refrigeração.
Método: Potenciométrico.
Valores de Referência: Lactentes com aleitamento materno exclusivo : 5,0 a 6,0
Lactentes recebendo leite de vaca
: 7,2 a 9,0
Lactentes recebendo leite de cabra
: 7,0 a 8,5
Lactentes recebendo leite de soja
: 6,5 a 7,5
Crianças até 4 anos
: 5,6 a 7,5
Crianças > 4 anos (valores de adultos)
: 6,5 a 7,5
Interferências: uso de medicação obstipante, antiácidos, medicação que aumente o trânsito intestinal. Uso de
antibióticos por via oral pode reduzir a flora intestinal e não ocorrer a fermentação dos carbohidratos, não
acidificando o pH.
Indicações: geralmente indicado nos casos de diarréias crônicas, principalmente em crianças.
Ajuda a diferenciar casos de afecções putrefativas e fermentativas.
Valores de pH abaixo de 5,5 sugere intolerância a carbohidratos, devido à fermentação bacteriana, total ou
parcial. A flora sacarolítica age sobre os carboidratos não absorvidos, principalmente nos cólons. A análise do pH
geralmente é realizada em paralelo com a pesquisa de substâncias redutoras.
313
GRUPO SÃO CAMILO
Informações importantes: tipo de dieta, medicação atual e ritmo de evacuações.
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PIRINOLINA-D
Sinônimo mais usado: Piridinolina
Material e conservação para envio: 100 mL de alíquota de urina ao acaso, de 24 horas, 12 ou outro período por
determinação médica. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: A urina deve ser acidificada com HCl 50%, 20 mL por litro de urina para adultos ou 10
mL por litro de urina para crianças. Estocar em refrigeração. Como a liberação pela urina não é constante, sendo
maior durante a noite do que durante o dia, a maioria dos pesquisadores recomendam a coleta de 24 horas. Os
pacientes devem ser avisados do conteúdo de HCl nos frascos de coleta. Não devem encostar os genitais no
frasco e mater fora do alcance de crianças. Evitar dieta hiperprotéica três dias antes da coleta.
Estabilidade da amostra: Estando acidificada a urina pode ficar sob refrigeração por 20 dias.
Método: HPLC
Valores de Referência:
Faixa etária Em nmol/mmol de creatinina
2 a 10 anos
160 a 440
11 a 14 anos
105 a 400
15 a 17 anos
42 a 200
A
20 a 61
22 a 89
Interferências: sangue menstrual, contaminação com fezes e secreções genito-urinárias durante as coletas.
Indicações : a atividade dos osteoclastos, que realizam a reabsorção óssea pode ser observada pela eliminação
urinária da deoxipiridinolina, que em conjunto com a piridinolina constituem-se nas ligações da estrutura do
colágeno, do tipo I, sendo a primeira 3 vezes mais concentrada que a piridinolina. Como a deoxipiridinolina é
mais sensível que a piridinolina e não sofre influência da dieta, este exame é mais solicitado.
São indicados para estudo da resposta terapêutica para doenças ósseas, permitindo uma avaliação mais rápida
que a densitometria óssea, para patologias como Doença de Paget, osteosporose simples, hipertireoidismo,
hiperparatireoidismo. O hipotireoidismo pode diminuir os níveis na urina.
Informações importantes: medicação atual, dados da densitometria óssea, etc.
_______________________________________________________________________________________
PLAQUETAS (Inclui morfologia)
Sinônimo mais usado: Contagem de plaquetas.
Material e conservação para envio: 1 mL de sangue total em EDTA,
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.
Método: Contador automático de hematologia, contagem segundo Fônio e câmara de Neubauer (principalmente
para coletas feitas com outros anticoagulantes em casos de autoaglutinação das plaquetas com EDTA).
Valores de Referência: 150 a 450 mil por mm³
314
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
OBS.: Qualquer flag emitido pelos equipamentos e/ou valores anormais, os resultados são confirmados em
câmaras em microscopia comum, de contraste de fase e contagem e morfologia em lâminas de
microscopia, seg. Fônio.
Interferências: formação de coágulos ou hemólise.
Indicações: avaliação rotineira da contagem de plaquetas, em casos de plaquetose, plaquetomenias, alterações de
morfologia , etc (Ver Plaquetograma).
Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
PLAQUETOGRAMA
Sinônimo mais usado: Análise morfológica das plaquetas.
Material e conservação para envio: enviar 4 a 6 lâminas com esfregaços finos do sangue periférico e um tubo
com 2 mL de sangue total em EDTA.
Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Logo após a coleta e realização dos esfregaços, fixa-los em Metanol
PA por 30ª 60 segundos, ou fixa-los no primeiro líquido do kit de coloração panótica. Não Corar. Proteger as
lâminas em porta-lâminas.
Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.
Método: análise em microscopia óptica comum, com coloração tipo Romanovski, segundo Rosenfeld.
Valores de Referência: morfologia normal, sem alterações a serem anotadas.
Interferências: hemólise e aglutinações inespecíficas.
Indicações: A análise que é feita no Plaquetograma, são ao todo 15 observações, a saber:
a) Morfologia,
b) contornos,
c) Granulômero (conjunto central de grânulos),
d) Hialômero (área hialina externa),
e) diâmetro plaquetário (3,6 ± 0,7 mm), VPM (volume plaquetário médio) (varia de 6 a 12 fentolitros),
f) Anisocitose,
g) Pesquisa de Plaquetas gigantes,
h) Megatrombócitos,
i) Microtrombócitos,
j) Plaquetas bizzaras,
k) plaquetas basofílicas,
l) Plaquetas cinzas, m) Grânulos gigantes e n) Satelitismo.
Com estes dados, pode-se classificar uma série de eventos importantes que são envolvidas as plaquetas, sua
morfologia, sua produção , etc. Para exemplos: Síndrome de Chediak-Higashi, de Hegglin, de Sebastian, de
Bernard-Soulier, hiperesplenismo, anemias aplásticas, mielofibrose, etc. Ver Plaquetograma no site :
laboratoriosaocamilo.com.br/analises.
Informações importantes: quadro clínico, hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
PLASMODIUM – PESQUISA
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Hematozoários.
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GRUPO SÃO CAMILO
Material e conservação para envio: enviar 4 a 6 esfregaços de sangue periférico e lâminas com gota espessa.
Enviar a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: as coletas devem ser realizadas nos picos febris, ou nos pródromos dos picos de febre,
quando o número de parasitas periféricos aumenta muito.
Estabilidade da amostra: os esfregaços sem corar tem estabilidade de 7 dias a temperatura ambiente, em
protetores de lâminas, protegidos do calor, umidade e luz. Se corados, a temperatura ambiente, com as mesma
proteções acima, tempo de estabilidade indeterminado.
É preferível enviar as lâminas sem corar.
Método: observação microscópica de montagens coradas.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa
Interferências: medicação específica prévia e coleta fora dos períodos de parasitemia.
Indicações: dignóstico de malária e da espécie de Plasmódio presente: Plasmodium falciparum, Plasmodium
vivax e Plasmodium malariae.
Informações importantes: temperatura no momento da coleta, medicação atual e antecedentes
epidemiológicos.
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PNEUMOCOCOS – ANTICORPOS – IgG (Streptococcus pneumoniae)
Sinônimo mais usado: Anti-Pneumococos
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.
Instruções para coleta: jejum é dispensável.
Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.
Método: enzimaimunoensaio.
Valores de Referência: Imunidade : acima de 1,0 (Índice)
Pós-vacinal: acima de 1,0 (Índice)
Interferências: Lipemia ou hemólise.
Indicações: estudo da imunidade humoral de indivíduos vacinados.
Informações importantes: o substrato utilizado contém polissacarídeos de 23 sorotipos específicos de
Streptococcus pneumoniae: 1-5, 6B, 7F, 8,9N, 9V, 10ª,11ª, 12 F, 14, 15B, 17F, 18C, 19ª, 19F, 20, 22F, 23F e 33F.
Exposição prévia pode apresentar níveis elevados sem vacinação.
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Pneumocystis jirovesi – PESQUISA
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Pneumocystis
Material e conservação para envio: escarro expectorado ou induzido, lavado broncoalveolar ou aspirado
transtraqueal por coleta médica. Enviar sob refrigeração.
Instruções para coleta: ver o Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo. Os
materiais de coleta devem ser estéreis e fornecidos pelo Laboratório.
Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.
Método: coloração de Gomori-Grocott
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: uso de medicação específica.
Indicações: O Pneumocystis carinii é um fungo oportunista que se multiplica desde o orofaringe até nos
alvéolos. Os quadros clínicos geralmente ocorrem em prematuros e em pacientes imunodeprimidos, adquiridos e
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
congênitos. Geralmente é de início abrupto e grave, com começo de tosse seca para logo se desenvolver
insuficiência respiratória aguda e quadro radiológico de pneumonia intersticial difusa. Os fungos parasitas
podem ser encontrados nas se-guintes formas: a) esporozoita, b) trofozoíta, c) pré-cisto e d) cisto maduro com 8
esporozoítos.
Em pacientes com HIV, geralmente os quadros são mais floridos e o número de fungos é muito grande. Pacientes
submetidos a quimioterapia ou pacientes transplantados apresentam sempre um número pequeno de parasitos
nos materiais coletados.
Informações importantes: medicação atual.
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Pneumocystis jirovesi – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: PCR para Pneumocystis carinii
Material e conservação para envio: escarro expectorado ou induzido, lavado bronco-alveolar e aspirado
transtraqueal (coletas médicas), coletadas em frascos estéreis fornecidos pelo laboratório, contendo tampão
PBS.
Instrução para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração.
Método: PCR em Tempo Real.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: a principal é sangue nos materiais coletados.
Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções por Pneumocystis carinii.
Informações importantes: medicação em uso e quadros de hemoptise.
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PORFOBILINOGÊNIO – DOSAGEM
Sinônimo mais usado: PBG
Material e conservação para envio: 100 mL de alíquota de urina de 24 horas sob refrigeração, sob proteção da luz.
Instruções para coleta: pela manhã, desprezar todo o volume da primeira urina da manhã, e guardar todas as micções posteriores, juntando-as em frasco fornecido pelo Laboratório, e mantendo sob refrigeração. Proteger da luz.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico.
Valores de Referência: até 2,0 mg por 24 horas.
Interferências: sangue na amostra, luz direta sobre o material.
Indicações: diagnóstico laboratorial das profirias, principalmente da forma intermitente aguda.
Informações importantes: medicação utilizada atualmente, presença de crises de porfiria.
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PORFOBILINOGÊNIO – PESQUISA
Sinônimo mais usado: PBG
Material e conservação para envio: primeira urina da manhã, volume total, sob refrigeração. É necessário o
envio de pelo menos 50 mL de urina.
Instruções para coleta: vide item anterior.
Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração e protegido da luz.
317
GRUPO SÃO CAMILO
Método: colorimétrico.
Valores de Referência: Pesquisa Negativa.
Interferências: sangue na amostra e luz incidental.
Indicações : triagem para certos tipos de porfirina.
Informações importantes: medicação atual e histórico de crises de porfiria.
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POTÁSSIO SÉRICO
Sinônimo mais usado: Calemia, K
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem
coletar imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Íon Seletivo – ISE.
Valores de Referência:
Valores de Adultos
Homens até 65 anos
Mulheres até 65 anos
Homens: 65 a 75 anos
Mulheres: 65 a 75 anos
Homens > 75 anos
Mulheres > 75 anos
em mEq/L
3,5 a 5,5
3,5 a 5,5
3,9 a 5,5
3,8 a 5,5
3,7 a 4,5
3,9 a 5,2
Valores Pediátricos
Prematuros: sangue do cordão
Prematuros com 48 horas
RN a termo: sangue do cordão
RN a termo: sangue periférico
Crianças até 7 anos
em mEq/L
5,0 a 10,2
3,0 a 6,0
5,6 a 12,0
3,7 a 5,9
3,4 a 5,3
mEq/L = mmol/L
Interferências: hemólise. Medicamentos que podem alterar os valores do potássio sérico:
Elevações: amilocida, Ácido Epsilon-Aminocapróico, Agentes anti-Neoplásicos, Arginina, Cefaloridina,
Adrenalina, Heparina, Isoniazida, Lítio, Manitol, Meticilina, Penicilina Potássica, Propranolol,
substituos do sal caseiro, Espirolactona, Succinilcolina, Tetraciclina e Magnésio.
Diminuições: Anfotericina B, Carbenecilina, Corticosteróides, Diuréticos, EDTA, Glicose EV e Salicilatos.
Indicações: Diagnóstico das alterações do equilíbrio Hidro-Eletrolítico e Ácido-Básico. Seguimento de
pacientes que tomam digitálicos, Insuficiência Renal, Cetoacidose diabética, Hidratação parenteral,
Insuficiência Hepática, terapia com diuréticos, etc.
Informações importantes: medicação atual.
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POTÁSSIO URINÁRIO
Sinônimo mais usado: Potassiúria, Caliúria
Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL do volume total de 24 horas ou alíquota de 100 mL de
urina ao acaso, principalmente a primeira da manhã para adultos ou 20 mL de urina ao acaso para crianças que
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VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
não controlam a micção e devem coletar com saco coletor, independente da hora da coleta sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, conforme já descrito anteriormente, estocando cada micção
sob refrigeração em mesmo frasco, fornecido pelo Laboratório.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.
Método: Íon seletivo ( ISE)
Valores de Referência: Urina de 24 horas : 25 a 125 mEq/24 horas
Urina ao acaso : Homens : 13 a 100 mEq/g de creatinina
Mulheres : 17 a 120 mEq/g de creatinina
mEq/L=mmol/L
Interferências: contaminação bacteriana ou fúngica maciças.
Medicações: além das já citadas no Potássio Sérico, temos:
- Elevações: corticosteróides, Calcitonina, Carbenecilina, Penicilina, Estreptomicina,etc.
- Diminuições: Alanina, Amilorido, Anestésicos, Adrenalina, HGH, etc.
Indicações: Diagnóstico diferencial das Hipocalemias de origem renal ou extra-renal. Potássio urinário inferior
a 20 mEq/dia, indica Hipocalemia de origem não renal. Valores superiores a 50 mEq/dia, indica perdas renais.
Informações importantes: medicação atual.
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PRIMIDONA
Sinônimo mais usado: Primidona sérica
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose do medicamento ou conforme orientação
médica.
Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração ou 1 mês sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: Níveis terapêuticos: 5,0 a 15,0 mcg/mL
Interferências: Analíticas: hemólise, hiperbilirrubinemia, hiperlipemia.
Medicamentosas: o uso associado a Carbamazepina pode produzir diminuição dos níveis séricos da Primidona,
pela ativação de enzimas hepáticas. A queda dos níveis está relacionada às doses de Carbamazepina.
Informações importantes: informar o medicamento, a dose utilizada, data e hora da última medicação e a hora
da coleta.
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PRO-BNP – PEPTÍDEO NATRIURÉTICO CEREBRAL
Sinônimo mais usado: p-BN
Material e conservação para envio: 1 mL de plasma em EDTA, sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem
coletar imediatamente antes da próxima mamada. Coletar o sangue em tubo com EDTA, e separar
imediatamente o plasma para um tubo plástico. Só utilizar EDTA como anticoagulante. Enviar no mesmo dia da
coleta. Manter sob congelamente se houver maior espera para o envio.
Estabilidade da amostra: até 20 dias sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência:
HOMENS
MULHERES
Até 50 anos
: até 88 pg/mL
Até 50 anos
: até 153 pg/mL
Maior que 50 anos : até 227 pg/mL
Maior que 50 anos : até 334 pg/mL
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GRUPO SÃO CAMILO
Interferências: hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL), hemólise e lipemia.
Indicações: marcador de função do músculo cardíaco, é produzido em resposta fisiológica à elevação da pressão
dentro das câmaras cardíacas, o que acontece de modo mais intenso na Insuficiência Cardíaca Congestiva. Assim
este marcador serve para o diagnóstico de ICC, ser acompanhamento e prognóstico.
Informações importantes: quadro clínico, doenças associadas e medicação atual.
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PROGESTERONA
Sinônimo mais usado: Progesterona sérica
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada. Coletas relacionadas ao ciclo menstrual devem ter orientação médica.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência automatizada.
Valores de Referência: Fator de conversão de unidades: ng/mL x 3,18 = nmol/L
Automatizada
Valores de Referência
MASCULINO:
Neonatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1 a 10 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
11 a 14 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
15 a 19 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Adultos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
: 0,35 a 3,00 ng/mL
: até 1,30 ng/mL
: 0,30 a 1,50 ng/mL
: 0,80 a 3,70 ng/mL
: 0,28 a 1,22 ng/mL
FEMININO:
Neonatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1 a 10 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
11 a 14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
15 a 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Fase folicular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Fase luteínica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Meio do ciclo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Pós Menopausa . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Com anticoncepcionais . . . . . . . . . . . .
: 0,35 a 2,20 ng/ml
:
até 1,00 ng/mL
: 0,40 a 12,00 ng/mL
: 0,70 a 14,00 ng/mL
: 0,15 a 1,40 ng/mL
: 3,34 a 25,56 ng/mL
: 4,44 a 28,03 ng/mL
:
até 1,00 ng/mL
: 0,34 a 0,92 ng/mL
GRÁVIDAS:
1º trimestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 9,30 a 33,20 ng/mL
2º trimestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 29,50 a 50,00 ng/mL
3º trimestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 83,10 a 160,00 ng/mL
Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia.
Medicamentos: Elevações: Clomifeno e Oxiprogesterona
Diminuições: Ampicilina, Prostaglandina (PFG 2 Alfa), Etinilestradiol e anticoncepcionais orais.
Indicações: A Progesterona é um hormônio que tem três momentos de produção, sendo dois ovarianos e um
320
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
placentário além de uma produção supra-renal: a) produzido pelo corpo amarelo no período ovulatório do ciclo
menstrual, b) pelo corpo amarelo gravídico e c) pela placenta. Sua produção é dependente do LH.
O LH se eleva no pico pré-ovulatório e o corpo amarelo começa a se desenvolver aumentando os valores séricos
da Progesterona, cujo pico máximo de produção ocorre no sétimo dia após a ovulação. Com a senescência do
corpo amarelo, por falta de fecundação, os níveis de progesterona vão caindo e vão subir novamente no pico
ovulatório do novo ciclo menstrual. O seu principal papel é preparar o útero para uma gravidez e as glândulas
mamárias para a lactação em associação com a Prolactina.
Os valores da Progesterona podem estar baixos, principalmente nos casos de insuficiência luteínica, devido a
ciclos anovulatórios, hipogonadismo secundário, devido a insuficiência de LH e FSH, e ciclos menstruais muito
curtos, com valores de FSH e Estradiol baixos. Estes quadros geralmente tem etiologia na insuficiência funcional
dos ovários, Hiperandrogenismo, Hiperprolactinemia e deficiência da secreção do LH.
Informações importantes: data da última menstruação e medicação.
_______________________________________________________________________________________
PROLACTINA
Sinônimo mais usado: PRL
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, coletando o material somente após
descanço de pelo menos 30 minutos.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: para percentil de 97,5%
Valores de Adultos
Homens > 20 anos
Mulheres > 20 anos
Com anticoncepcional
Grávidas 1° trimestre
Grávidas 2° trimestre
Grávidas 3° trimestre
Pós-menopausa
em ng/mL
2,1 – 17,7
2,8 – 29,2
até 32,5
16,0 – 151,0
52,0 – 212,0
99,0 – 560,0
1,8 – 20,3
Valores Pediátricos em ng/mL
Neonatos
1 a 10 anos
11 a 14 anos
15 a 19 anos
Homens
45,0 – 392,0
2,7 – 49,0
2,6 – 18,0
2,7 – 18,0
Mulheres
31,0 – 328,0
3,1 – 22,0
3,2 – 27,0
3,1 – 33,0
Fator de Conversão: ng/mL x 21,2 = mUI/mL
Padrão Internacional: WHO 3nd IS 84/500
Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia, hemólise.
Medicamentos: Elevações: Carbidopa, Cimetidina, Ranitidina, Estrógenos, Haloperidol, Metildopa,
Metoclopramida, Inibidores da MAO, Anticoncepcionais orais, Reserpina e TRH.
Diminuições: Bromocriptidina e Levodopa.
Indicações: A Prolactina é um hormônio polipeptídico hipofisário, que apresenta semelhança molecular com o
hormônio do crescimento e o lactogênico placentário. Com controle hipotalâmico, é inibido pela Dopamina e
estimulado pelo TRH (Fator de Liberação da Tireotrofina). Age iniciando e mantendo a lactação, por sua ação
321
GRUPO SÃO CAMILO
sobre as glândulas mamárias. Para tanto os níveis de estradiol e progesterona devem alcançar certas taxas para
que as glândulas possam receber os estímulos da prolactina. De forma diversa, os quadros de hiperprolactinemia
levam a diminuição dos níveis de progesterona.
Na mulher grávida, a queda brusca dos estrógenos no pós-parto permite a ação direta da Prolactina iniciando a lactação.
No homem tem ação sobre a regulação do LH influenciando indiretamente a produção de Testosterona.
Elevações acentuadas da Prolactina ocorrem em tumores da hipófise (Prolactinomas), que podem atingir níveis
superiores a 100 ng/mL, nas galactorréias, amenorréias, impotência, infertilidade. Pode refletir a reserva
hipofisária da Prolactina.
Em casos de níveis muito elevados de Prolactina, sem correspondente alterações gonadais deve-se suspeitar de
Big-Prolactinemia - ver o Item Big-Prolactina.
_______________________________________________________________________________________
PROLACTINA – MACRO (Ver Macroprolactina)
_______________________________________________________________________________________
PROLACTINA – TESTE DE ESTÍMULO COM TRH
Sinônimo mais usado: estímulo de Prolactina com TRH
Material e conservação para envio: 1 mL de cada tempo de coleta sob refrigeração.
Instruções para coleta: com o paciente em jejum mínimo de 4 horas, e após 30 minutos de repouso, é coletada
uma amostra de sangue total, sem anticoagulante, e aplicado 200 microgramos de TRH , endovenoso lento.
Deixar o paciente novamente em repouso, com a veia pega. O paciente deve ser vigiado nos primeiros minutos após
a aplicação. Efeitos fugazes podem ocorrer, como calor perineal, gosto amargo, náuseas, tonturas e urgências de
evacuação ou micção. Coletar ainda amostras de sangue aos 15, 30, 45 e 60 minutos.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência: Na maioria dos casos a resposta normal ocorrem entre os 15 e 30 minutos e é de 2,5 a 10
vezes o valor basal.
Interferências: hiperlipemia, hemólise e hiperbilirrubinemia.
Indicações : Estudo da reserva hipofisária de prolactina e diagnóstico de prolactinomas que produzem a
prolactina de forma autônoma e não apresentam resposta à aplicação do TRH, com níveis basais elevados.
Informações importantes: medicação, ciclos menstruais, quadro clínico.
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PROTEÍNA C FUNCIONAL (COAGULAÇÃO)
Sinônimo mais usado: Proteína C
Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado sob congelamento.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob congelamento .
Método: colorimétrico automatizado.
Valores de Referência: 70 a 140%.
Interferências: falhas no congelamento, hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia. Contaminação
bacteriana com bactérias que utilizam o citrato como substrato, levando o plasma a formação de coágulos.
Indicações: Avaliação de estados de hipercoagulabilidade, trombose profunda e trombose. Como a Proteína C
322
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
age após a ativação da superfície endotelial, como anticoagulante e tem ação fibrinolítica, a deficiência de
Proteína C pode levar a quadros graves de trombofilia. Esta deficiência pode ser hereditária ou adquirida. As
causas adquiridas mais freqüentes são: Síndrome nefrótica, uso de anticoncepcionais orais, Insuficiência
Hepática, Diabetes Mellitus insulina dependente, fase aguda da angina péctoris, período pós-operário e nas
crises hemolíticas e sequestração da Anemia Falciforme, em alguns casos de hipertensão arterial (principalmente
Síndrome Metabólica) e Coagulação Intravascular Disseminada.
Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.
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PROTEÍNA DE BENCE-JONES (ver Bence-Jones – Proteínas)
_______________________________________________________________________________________
PROTEÍNA S FUNCIONAL (COAGULAÇÃO)
Sinônimo mais usado: Proteína S
Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado sob congelamento.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob congelamento.
Método: coagulométrico automatizado.
Valores de Referência: 55 a 140%
Interferências: maior prazo de congelamento além de uma semana. Contaminação bacteriana que utiliza o
citrato como substrato levando o plasma a apresentar coágulos.
Indicações: a deficiência da Proteína S proporciona o aparecimento de quadros tromboembólicos. A Proteína S é
um co-fator da Proteína C ativada, acionando o seu efeito anticoagulante e degradando os fatores Va (Fator V
ativado) e VIIIa (Fator VIII ativado) e a estimulação do sistema fibrinolítico. Nos quadros de deficiências
hereditárias homozigóticas há a ocorrências de púrpura fulminante após o nascimento. As deficiências
heterozigóticas em risco elevado de fenômenos tromboembólicos, quando atinge a idade adulta.
Informações importantes: medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
PROTEÍNA S – LIVRE
Sinônimo mais usado: OS-Livre
Material e conservação para envio: 1 mL plasma citratado sob congelamento.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 7 dias sob congelamento.
Método: coagulométrico automatizado.
Valores de Referência: 58 a 118%.
Interferências: congelamento prolongado, acima de 7 dias. Contaminação bacteriana por microrganismos que
utilizam o Citrato como fonte de Carbono, podendo formar coágulos no plasma, por falta do anticoagulante.
Indicações: A proteína S Livre é uma glicoproteína produzida no fígado e nas células endoteliais, Vitamina K
dependente. Ela se apresenta sob forma livre (35 a 40%) e sob a forma transportada pela Proteína C ativada,
inativando os fatos Va e VIIIa e inibindo a formação da Protrombina e os complexos tenases, na presença de
fosfolípides e do Cálcio. Aproximadamente 2 a 7% dos pacientes com quadro de trombose venosa profunda
apresentam deficiência congênita autossômica dominante.
323
GRUPO SÃO CAMILO
Variações Fisiológicas: Como se comporta como uma proteína de fase aguda de processos inflamatórios, a
Proteína S pode estar elevada sem que isso indique alguma alteração em sua função fundamental. Também
pode-se apresentar elevada nos casos de Síndrome Nefrótica, no uso de estrógeno-progestativos e em
síndromes inflamatórias, tanto agudas como crônicas. As deficiências adquiridas ocorrem na insuficiência
hepática, devido a diminuição da produção dos fatos de coagulação vitamina K dependentes, CIVD, gestação
de 3º trimestre, câncer, obesidade e tratamentos com medicamentos que competem com a vitamina K1. As
deficiências congênitas são devido à transmissão autossômica dominante. Nos quadros de deficiências
hereditárias homozigóticas podem ocorrer quadros de púrpura fulminante após o nascimento. As deficiências
heterozigóticas podem produzir risco elevado de fenômenos troboembólicos, quando os pacientes atingem a
idade adulta.
Informações importantes: medicação atual.
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PROTEÍNA C REATIVA – QUANTITATIVA
Sinônimo mais usado: PCR
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: Imunoturbidimetria automatizada.
Valores de Referência: até 0,6 mg/dL
Interferências: medicação anti-inflamatória prévia, medicação IM profunda, que possam produzir dano
muscular, como penicilina benzatina, preparados de ferro, etc. Hemólise, Hiperlipemia e Hiperbilirrubinemia.
Elevações podem ocorrer na terapia com estrógenos e anticoncepcionais orais. Diminuições podem ocorrem
com terapia com corticosteróides, sendo dose dependente. Quanto mais altos os seus níveis mais o PCR pode
diminuir.
Indicações: Normalmente ausente da circulação, a PCR é uma proteína alfa-2 globulina, indicadora de fase
aguda do soro, de processos inflamatórios e infecciosos. Elevações ocorrem nas doenças do colágeno, pósoperatórios, infarto do miocárdio, doenças infecciosas agudas e neoplasias. Pode ser usada no seguimento do
tratamento terapêutico das doenças reumáticas, como febre reumática, nos períodos de remissão ou
reagudização e ainda nas vasculites sistêmicas e prognóstico do IAM.
Informações importantes: medicação atual e prévia, quadro clínico.
_______________________________________________________________________________________
PROTEÍNA C REATIVA ULTRASSENSÍVEL (ver PCR ultrassensível)
_______________________________________________________________________________________
PROTEÍNA TOTAL E FRAÇÕES
Sinônimo mais usado: PTF
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotométrico automatizado.
324
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência:
Valores de adultos (19 a 59 anos):
Proteínas Totais
Albumina(A)
Globulinas(G)
Relação A/G
6,0 a 8,0 g/dL
3,5 a 5,5 g/dL
2,0 a 3,5 g/dL
1,5 a 2,0
Valores para 3ª Idade (em g/L):
Faixa etária
60 a 69 anos
70 a 79 anos
80 a 89 anos
> 90 anos
PT homens
6,0 – 8,0
5,8 – 7,6
5,8 – 7,4
5,8 – 7,4
Alb homens
3,6 – 4,6
3,6 – 4,5
3,7 – 4,6
3,7 – 4,3
PT mulheres
6,8 – 8,0
6,0 – 7,6
6,0 – 7,6
5,8 – 7,4
Alb mulheres
3,6 – 4,7
3,6 – 4,6
3,7 – 4,5
3,5 – 4,4
Valores pediátricos (em g/dL):
Homens
Faixa etária
Até 30 dias
1 mês a 3 anos
4 a 6 anos
7 a 9 anos
10 a 19 anos
PT
3,8 – 7,0
5,9 – 7,0
5,8 – 7,8
6,2 – 8,1
6,3 – 8,6
Alb
2,0 – 3,6
3,4 – 4,2
3,5 – 5,2
3,7 – 5,6
3,8 – 5,7
Mulheres
PT
3,8 – 7,0
5,9 – 7,0
5,8 – 7,8
6,1 – 8,2
6,2 – 8,5
Alb
2,0 – 3,6
3,4 – 4,2
3,5 – 5,2
3,6 – 5,8
3,7 – 5,6
PT= proteínas totais; Alb= albumina
Interferências: hiperbilirrubinemia, hemólise e hiperlipemia.
Indicações: valores superiores a 9 g/dL sugere hiperimunoglobulinemia, gamopatias poli ou monoclonais.
Elevações podem ocorrer nas desidratações pronuniciadas (pseudohiperproteinemia). Níveis inferiores a 6 g/dL
são associados com perda de protínas (perdas maciças: gastroenteropatias perdedoras de proteínas, queimaduras
agudas, Síndrome Nefrótica), Redução de síntese na deficiência protéica grave, doença hepática crônica,
Síndromes de Malabsorção. Hipo ou agamaglobulinemia. As Proteínas Totais podem estar diminuídas nas
gestações (hemodiluição) e nas infusões I.V. maciças. Em relação específica à albumina, elevações podem
ocorrer com ampicilina, heparina, fenazopiridina, e nas hiperlipemias. Diminuições da albumina, ocorrem nas
terapias com estrógenos, anticoncepcionais orais, Penicilina, Cefalotina, Aspirina e Sulfonamídicos. A albumina
pode ser utilizada para avaliação dos estados nutricionais, muito embora a pré-Albumina se apresente como um
marcador mais sensível.
Informações importantes: medicação atual, estado nutricional, doenças associadas.
_______________________________________________________________________________________
PROTEINÚRIA DE 24 HORAS / DE 12 HORAS E AO CASO
Sinônimo mais usado: proteínas na urina.
Material e conservação para envio: alíquota de 50 mL da urina de 24 horas, sob refrigeração ou 50 mL de urina
de 12 horas ou 50 mL de urina coletada ao acaso.
Instruções para coleta: coleta de 24 horas ou de 12 horas.
Estabilidade da amostra: 4 dias sob refrigeração.
Método: espectrofotométrico automatizado.
325
GRUPO SÃO CAMILO
Valores de Referência: Valores para adultos
Urina de 24 horas
Grávidas
Urina de 12 horas
Urina ao acaso
:
: até 150 mg/24 horas
: até 160 mg/24 horas
: até 100 mg/12 horas
: até 20 mg/dL
Valores Pediátricos em mg/24 horas:
2 a 12 meses
1 a 4 anos
4 a 10 anos
10 a 16 anos
Até 155
Até 140
Até 190
Até 210
Interferências: exercícios físicos ou posição ortostática prolongada. Hemólise.
Indicações: Pesquisa de proteinúria nas doenças renais tubulares e/ou glomerulares, como nas Síndromes
Nefróticas, glomerulopatias, nefrites túbulo-intersticiais, hipertensão arterial, nefropatia gravídica, nefropatia
diabética, nas paraproteinemias como presença de Proteínas de Bence Jones. Nos casos de mioglobinúrias e
hemoglobinúrias, podem ocorrer proteinúria por excesso de filtração dessas proteínas, sem , necessariamente
ocorrer doença renal. Nas alterações tubulares, a proteinúria não costuma ser superior a 2 g/24 horas, e as perdas
geralmente são de pequeno peso molecular, tal como a Beta-2-Microglobulina. Os níveis anormais de
albuminúria, que ainda não sejam detectadas pelos métodos comuns, são rotulados como microalbuminúria e
podem ser preditivas de nefropatia diabética em desenvolvimento (ver Microalbuminúria).
Informações importantes: medicação atual, volume total de 24 horas.
_______________________________________________________________________________________
PROTOPORFIRINA LIVRE ERITROCITÁRIA
(Toxicologia Ocupacional)
Sinônimo mais usado: PPF-livre.
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total heparinizado.
Instruções para coleta: a hora da coleta não é crítica. Seguir orientação médica. Jejum não é necessário.
Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração.
Método: espectrofotometria UV-Vis
Valores de Referência:
até 60 mcg/dL
IBMP: 300 mcg/dL
Interferênicias: amostra fortemente hemolisada.
Indicações: a Protoporfiria eritrocitária é uma forma de Porfiria leve, devido à deficiência de uma enzima
denominada ferroquelatase, que cursa com elevados níveis de Protoporfiria. Pode ser congênita ou adquirida,
com intoxicações por chumbo, que inibe a precocemente a enzima ferroquelatase, sendo um dos primeiros
exames a se alterar na intoxicação por este metal.
Informações importantes: local de trabalho e hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
PROTROMBINA – MUTAÇÃO G20210A – PCR QUALITATIVO
Sinônimo mais usado: Mutação da Protrombina
Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, swab bucal (solicitar kit de coleta ao
326
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Laboratório). Enviar sob refrigeração.
Estabilidade: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal em kit fornecido pelo
laboratório enviado refrigerado a 4°C.
Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.
Método: PCR + RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico).
Valores de Referência: Negativo: Não possui a mutação, homozigótico normal. Heterozigoto: Possui a
mutação em um dos alelos, pode não estar associada com o aumento dos níveis de homocisteína, não está
relacionada com doença coronariana. Homozigoto: Possui a mutação nos dois alelos, está associada com
aumento dos níveis de homocisteína e com o aumento do risco para trombose venosa.
Interferências: hemólise.
Indicações: como as Trombofilias compõem um grupo de patologias multifatoriais, onde fatores genotípicos e
fenotípicos determinam a susceptibilidade indivudual a quadros trombóticos venosos. Em conjunto, o Fator V
de Leiden e a Mutação do gene da Protrombina são as duas patologias genéticas que mais frequentemente
produzem quadros de trombose venosa. Para trombose arterial, a mutação do gene da metilenotrtrahidrofolato
redutase-MTHFR e a Homocisteína são as mais freqüentes.
Informações importantes: quadro clínico, uso de medicamentos que podem alterar o quadro de coagulação e
anti-coagulação.
_______________________________________________________________________________________
PROVA DE GILBERT (Restrição calórica – Teste de)
Sinônimo mais usado: Teste de Gilbert
Material e conservação para teste: 1 mL de soro basal e 1 mL de soro da segunda coleta, sob refrigeração e
protegidos da luz.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Colher a amostra basal para dosagem
de Bilirrubinas Total e Frações. Durante as próximas 12 horas o paciente permanecerá sem se alimentar,
recebendo via oral, somente uma solução de glicose de 100g em 1 litro de água potável. Hidratação neste período
é normal, somente com água. O paciente deverá retornar ao laboratório após as 12 horas para a coleta de nova
amostra de sangue, para a segunda dosagem de Bilirrubinas total e frações. Após esta última coleta o paciente já
poderá se alimentar normalmente. Nenhuma medicação deverá ser suspensa durante o período de coleta. Os
tubos devem ficar ao abrigo da luz.
Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração protegido da luz.
Método: espectrofotométrico automatizado.
Valores de Referência: elevação de pelo menos 20% dos níveis de bilirrubina indireta após a restrição calórica,
em relação à amostra basal.
Interferências: hiperlipemia, hemólise, barbitúricos e derivados.
Indicações: teste auxiliar para o diagnóstico laboratorial da Síndrome de Gilbert .
Informações importantes: níveis de bilirrubinemia indireta. Medicação utilizada.
_______________________________________________________________________________________
PSA – ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO – TOTAL
Sinônimo mais usado: PSA TOTAL
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas para pacientes sabidamente
327
GRUPO SÃO CAMILO
hiperlipêmicos, já que para este teste não há necessidade de jejum e pode ser coletado a qualquer horário do dia.
O laboratório deve seguir estritamente a orientação médica quanto ao preparo pré-analítico dos pacientes, já que
há muita polêmica quanto a estes procedimentos. A maioria das Sociedade Urológicas mundiais recomendam
que este teste só pode ser coletado após:
Contra-indicação
Ultrassom transretal
Toque retal
Ejaculação
Massagem prostática
Biópsia prostática
Aguardar:
24 horas antes da coleta
48 horas antes da coleta
48 horas antes da coleta
4 semanas antes da coleta
4 semanas antes da coleta
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.
Método: quimioluminescência automatizada.
Valores de Referência: sem deixar de ter o toque retal como o principal procedimento médico para nortear o
diagnóstico de hiperplasia benigna ou maligna da próstata, atualmente os níveis de PSA, considerados seguros é
de 2,5 ng/mL. Esse nível tem valor estatístico e funciona como cut-off para aqueles pacientes que passam a ter
outra orientação diagnóstica.
Interferências: além das interferências pré-analíticas já expostas acima, hipelipemia, hiperbilirrubinemia,
hemólise e uso de medicamentos que agem sobre lócus celular para a testosterona.
Indicações: Detecção e seguimento de pacientes com câncer prostático.
Informações importantes: procedimentos médicos anteriores a coleta, relação sexual há menos de 48 horas
antes da coleta e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
PSA LIVRE
Sinônimo mais usado: PSA-L
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: vide PSA total.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimiolumiescência
Valores de Referência: 0,46 a 1,72 ng/mL
A relação PSA-Livre/PSA-Total: acima de 15% indica a presença de Hipertrofia Benigna da Próstata. Em alguns
serviços esses valores variam de 20 a 27%.
Para valorizar a relação PSA-Livre/PSA-total os valores do PSA-total devem estar acima de 2,5 ng/mL.
Interferências: vide PSA total.
Indicações: separar casos de Hipertrofia Benigna de casos de câncer prostáticos.
Informações importantes: vide PSA total.
_______________________________________________________________________________________
REABSORÇÃO TUBULAR DO FÓSFORO
Sinônimo mais usado:
Material e conservação para envio: Urina: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Soro: 1
mL sob refrigeração.
328
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Instruções para coleta: vide Creatinina – Depuração.
Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Urina: 7 dias sob
refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: espectrofotometria VIS-UV
Valores de Referência: 78 a 97% (< 78% = hiperparatireoidismo).
Interferências: vide Fósforo sérico.
Indicações: teste de triagem para alterações da função das paratireóides.
Informações importantes: medicação atual e volume da urina de 24 horas.
_______________________________________________________________________________________
RENINA PLASMÁTICA
Sinônimo mais usado: Renina
Material e conservação para envio: 2 mL de plasma de EDTA, sob congelamento.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Deixar o paciente em repouso por 2
horas. O exame pode ser coletado com o paciente em pé por 2 horas. Lactentes podem coletar imediatamente
antes da próxima mamada. Congelar imediatamente após a separação do plasma.
Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência.
Valores de Referência:
Deitado
: 0,2 a 2,8 ng/mL/horas
Sentado / em pé : 1,5 a 5,7 ng/mL/horas
Interferências: Elevações: Medicações: clortalidona, Ácido Etacrínico, Estrógenos, Furosemide, Guanetidina,
Hidralazina, Espirolactona, Diuréticos tiazídicos, anticoncepcionais orais. Diminuições: angiotensina,
clonidina, Metildopa, Potássio V.O. e Propranolol.
Hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: a renina é produzida e liberada por células do aparelho justa-glomerular, em resposta a diversos
estímulos, entre eles temos queda do fluxo renal, alterações no conteúdo eletrolítico dos túbulos distais, ação de
catecolaminas, estímulo beta-adrenérgico.
Diagóstico diferencial da hipertensão arterial. Está diminuída no hiperaldosteronismo primário. A renina se
encontra elevada na hipertensão renovascular e nas fases de malignização da hipertensão. Pode ser usada no
diagnóstico da Síndrome de Bartter e no hipoaldoesteronismo hiporreninorrênico.
Informações importantes: tipo de dieta, se normo, hipo ou hiperssódica, medicação atual, quadro clínico e
níveis pressórios.
_______________________________________________________________________________________
RESISTÊNCIA GLOBULAR À HEMÓLISE
(ver Curva de Resistência à Hemólise )
_______________________________________________________________________________________
RESTRIÇÃO CALÓRICA – TESTE DE (ver Prova de Gilbert )
_______________________________________________________________________________________
RETICULÓCITOS – CONTAGEM
Sinônimo mais usado: reticulócitos
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GRUPO SÃO CAMILO
Material e conservação para envio: sangue total com EDTA, um tubo e 3 lâminas de microscopia com
esfregaço de sangue periférico, não fixadas, colocadas em protetores de lâminas. Enviar a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 48 horas a temperatura ambiente.
Método: coloração de azul de cresil brilhante.
Valores de Referência: 0,5 a 1,5% para adultos.
Interferências:Elevações: Fase de recuperação de anemias, reticulocitose fisiológica, drogas que provacam
hemólise. Diminuições: drogas que podem deprimir a atividade da medula óssea.
Indicações: Na cadeia de maturação das hemácias, os reticulócitos são os precursores imediatos das hemácias,
situando-se entre os eritroblastos acidófilos e a hemácia madura. Tem o seu volume um pouco maior que os
eritrócitos normais e uma diminuição de sua carga total de RNA. É utilizado para o diagnóstico das alterações da
função eritropoiética na medula óssea. Ocorre reticulocitose na Esferocitose, Anemia Falciforme, Eritroblastose
Fetal, Anemia aguda pós-hemorrágica, Anemia Hemolítica auto-imune adquirida, hemoglobinúria paroxística
noturna e nas respostas terapêuticas às anemias carenciais. Reticulocitopenia ocorre na anemia aplástica, nas
crises aplásticas das anemias hemolíticas e nas anemias megaloblásticas. Tratamento com eritropoetina.
Informações importantes: quadro hematológico e medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
RETRAÇÃO DO COÁGULO
Sinônimo mais usado : Retr. Coágulo
Material e conservação para envio: tubo sem anticoagulante com aproximadamente 1 a 1,5 mL de sangue total.
Não centrifugar. Manter a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: até 2 horas após a coleta.
Método: segundo MacFarlane, Aggelar-Hucia.
Valores de Referência: coágulo retrátil e único.
Interferências: medicações que alteram a agregação plaquetária e a produção dos fatores de coagulação.
Indicações: diagnóstico indireto da atividade plaquetária modificada pela concentração plaquetária. A retração está
diminuída quando a concentração plaquetária for inferior a 100 mil plaquetas por mm³, hipofibrinogenemia e nas
alterações qualitativas como na Púrpura Trombocitopênica Idiopática (Doença de Werlhof), Púrpuras
Trombocitopênicas Sintomáticas ou secundárias à drogas, como a fenilbutazona, fenobarbital, quinino e
sulfonamidas. A retração também está alterada nas anemias acentuadas, leucoses, LES, Septicemia, Carcinomas,
Doença de Glanzmann ou Trombocitoastenia e na Hipofibrinogenia.
Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e hora da coleta.
_______________________________________________________________________________________
RISCO DE CÁRIE DENTÁRIA
Sinônimo mais usado: análise da saliva ativada.
Material e conservação para envio: coletar toda a saliva produzida durante 10 a 15 minutos, após ativação.
Toda a saliva deve ser obtida em placa de Petri, homogeneizada e passada para tubo de ensaio com tampa.
Instruções para coleta: solicitar que o paciente tome pelo menos dois copos de água filtrada antes de se iniciar o
teste, para se ter certeza que o paciente esteja bem hidratado. O paciente deve estar em jejum pelo menos há uma
hora. Bochechar com água filtrada 4 vezes com grandes volume de água.
330
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Coleta:
1 - Fazer o paciente mastigar chiclete especial por 1 minuto, usando os dois lados da boca, deglutindo toda a
saliva produzida neste período.
2 - Recolher toda a saliva produzida nos próximos 2 minutos,continuando a mascar o chiclete, em plada de Petri
estéril e descartável.
3 - Medir corretamente o volume de saliva produzido, com seringa estéril de 5 mL.
4 - Passar 1 mL de saliva para o Tubo A e restante para o Tubo B . Agitar por 30 segundos. Enviar ao laboratório.
Identificar corretamente os tubos.
Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração.
Método: microbiológico e potenciométrico.
Valores de Referência: Número de Streptococcus mutans/mL de saliva:
UFC= Unidade Formadoras de Colônias
Categorias de Risco:
I – Baixo
:
< 10.000 UFC/mL
II – Médio
:
10.000 a 100.000 UFC/mL
III – Alto
: 100.000 a 1.000.000 UFC/mL
IV – Muito Alto :
> 1.000.000 UFC/mL
Capacidade Tampão da Saliva – pH:
pH = 5,0 a 7,0
Intensidade de Fluxo Salivar :
Classificação :
Normal : 1,0 a 3,0 mL/minuto
Baixo : 0,7 a 1,0 mL/minuto
Hipossalivação :
< 0,7 mL/minuto
Interferências: terapia por antibióticos, tópicos ou sistêmicos e uso de antissépticos bucais.
Indicações: Avaliação do Índice Cariogênico e Risco de Cárie.
Informações importantes: quadro bucal, medicação atual.
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ROTAVÍRUS – PESQUISA
Sinônimo mais usado: Pesquisa de Rotavírus nas fezes.
Material e conservação para envio: 2 a 3 gramas de fezes recentes imediatamente refrigeradas após a coleta.
Enviar refrigerada.
Instruções para coleta: as fezes devem ser coletadas por emissão natural, após o terceiro dia do aparecimento
do quadro diarréico. Refrigerar imediatamente após a coleta.
Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração.
Método: fixação viral em substrato imune- EIE.
Valores de Referência: pesquisa negativa.
Interferências: medicação que altere o trânsito intestinal.
Indicações: diagnóstico laboratorial diferencial das diarréias virais.
Informações importantes: tempo do quadro diarréico, medicação atual.
_______________________________________________________________________________________
RUBÉOLA – IgG AVIDEZ
Sinônimo mais usado: Avidez dos anticorpos IgG para Rubéola.
331
GRUPO SÃO CAMILO
Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência automatizada, após tratamento com Uréia 5M.
Valores de Referência: Baixa Avidez : inferior a 50% - Sugere infecção ocorrida nos últimos 3 meses.
Inconclusivo : Entre 50 e 60% - não permite definir o período da infecção.
Alta Avidez : Superior a 60% - sugere que a infecção tenha ocorrido há mais de 3 meses
Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: a presença de anticorpos com alta avidez evidencia infecção crônica, com pelo menos 4 meses de
duração. Esse teste é de grande importância, pois atualmente com testes sorológicos para anticorpos específicos
de grande especificidade, mas de grande sensibilidade, os anticorpos da classe IgM são detectados no soro por
longos períodos, o que dificulta o diagnóstico de primo-infecção recente. Os anticorpos da classe IgG aparecem
posteriormente ao aparecimento dos da classe IgM. Com o passar do tempo os anticorpos daquela classe vão se
tornando mais ávidos evidenciando que quanto mais avidez, maior o tempo de infecção.
Informações importantes: medicação atual, tempo de doença e valores dos testes sorológicos para anticorpos
da classe IgG e IgM para Rubéola.
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RUBÉOLA – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Soro e plasma (3,0 mL): enviar congelado. 1,0 mL de líquido amniótico:
enviado refrigerado a 4°C. 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Sangue do cordão
umbilical: enviado refrigerado a 4°C.
Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.
Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.
Método: RT-PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Amostra hemolisada, congelada ou abaixo do volume indicado.
Indicações: A rubéola é uma doença causada pelo vírus da rubéola e transmitida por via respiratória. É uma
doença geralmente benigna, mas que pode causar malformações no embrião em infecções de mulheres grávidas.
A infecção, geralmente, tem evolução benigna e em metade dos casos não produz qualquer manifestação clínica.
Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.
_______________________________________________________________________________________
RUBÉOLA – SOROLOGIA IgG
Sinônimo mais usado: sorologia para Rubéola IgG
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência automatizada.
332
VI
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Valores de Referência: (OMS 1st IS RUBI-1-94).
Reagente
: ≥10,0 UI/mL
Não Reagente
: < 5,0 UI/mL
Indeterminado (zona cinza) : 5,0 a 10,0 UI/mL
Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.
Indicações: a presença de anticorpos anti-Rubéola da classe IgG demonstra que o indivíduo está imunizado
contra esse vírus, através de vacinação ou da doença natural. Variações dos títulos séricos entre o período de
doença e convalescença define a conversão sorológica, definindo que houve a infecção aguda.
Informações importantes: medicação atual, exames anteriores para rubéola.
_______________________________________________________________________________________
RUBÉOLA – SOROLOGIA IgM
Sinônimo mais usado: Sorologia para Rubéola IgM
Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.
Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar
imediatamente antes da próxima mamada.
Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.
Método: quimioluminescência automatizada.
Valores de Referência: (OMS 1st IS RUBI-1-94).
Reagente
: Superior a 1,10 UI/mL
Não Reagente : Inferior a 0,90 UI/mL
Indeterminado : 0,90 a 1,10 UI/mL
Resultados são considerados indeterminados valores de testes que estiverem no intervalo de ± 10 % do valor do
“cut-off”. (O laboratório informará este cálculo).
Interferências: hemólise, hiperlipemia, hiperbilirrubinemia.
Indicações: diagnóstico sorológico de quadros agudos de rubéola. Atualmente com a alta sensibilidade dos
testes sorológicos, os anticorpos IgM anti-Rubéola podem persistir por até 15 meses ou mais após a infecção
aguda da rubéola. Daí a necessidade, em casos de gestantes de se utilizar o teste de Avidez da IgG para Rubéola,
para se ter certeza do tempo que esta infecção aguda aconteceu.
Informações importantes: medicação atual, se gestantes quanto tempo de gestação e exames anteriores.
_______________________________________________________________________________________
SALMONELLA SPP – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC
Sinônimo mais usado: Salmonelose.
Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. 3,0 mL de
plasma/soro em EDTA. Fezes em coletor universal enviada refrigerada a 4°C. Cultura (colônia ou 300 µL de
meio), solicitar kit apropriado para coleta ao Laboratório. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do
paciente.
Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.
Método: PCR Qualitativo.
Valores de referência: Não detectado.
Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e
temperatura de transporte).
333
GRUPO SÃO 
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