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O INFORMATIVO DO VALE. Segunda-feira, 18 de julho de 2011
Pecuária verde
Mais milho, menos “puns”
Um dos principais problemas da pecuária é o “pum” de ruminantes. Dieta mais “equilibrada” pode reduzir poluição
Lidiane Mallmann
E
le é um inconveniente
e quando “aparece”, ou
melhor, é sentido, causa constrangimento. Os
gases criados por meio
da digestão, tanto humana quanto animal,
além de desagradáveis são um problema para a natureza, especialmente do
gado, responsável pela emissão de boa
parte do metano, que tem alta participação na poluição da atmosfera. Pesquisa de cientistas da Universidade de
Reading na Inglaterra prevê que mudanças no tipo de ração que alimenta
os bovinos podem reduzir a emissão do gás em
até 33%. Segundo enGás metano é
genheiro agrônomo Ricardo Jasper, esse é um
dos maiores problemas
vezes mais
do país e que uma mupoluente que o gás dança do “pasto para
carbônico (CO2)
o milho” pode custar
caro na produção de
leite e carne da região, a
menos que o manejo de produção seja
modificado. “No Brasil, a maior parte
do gado é criada em grandes espaços,
com a alimentação de pasto. Isso representa um alto índice de proteína
e energia, que eleva a emissão de gás
metano”, explica o gerente de meio ambiente da Certel.
No Vale do Taquari, uma das principais fontes emissora de metano é a
produção de gado leiteiro, na forma
como hoje ele ocorre. Com a alimentação por meio de pastagem, rica em
energia e, em consequência disso possibilidade de gerar gases, a poluição
ocorre sem que seja percebida.
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Milho nos currais
Aumentar a proporção de milho de 25% para 75%, na ração
utilizada na alimentação dos
animais, reduziria a emissão
de metano em 6% para cada litro de leite produzido. O uso de
capim rico em açúcar também
a diminuiria em 20% para cada
quilo de peso ganho pelos animais. No caso das ovelhas, aveia
descascada pode derrubar a
emissão do gás em 33%, dizem
os estudiosos da Inglaterra. “O
principal composto da ração
das vacas são o pasto e adição de
milho. Por causa do alto, custo
pode inviabilizar a produção”,
analisa Ricardo Jasper. Estudo
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
aponta que cada bovino produz
por ano 54 quilos de metano,
liberado na atmosfera. “É, com
certeza, preocupante a quantidade de gás poluente e sua
ação sob o meio ambiente”, sublinha o engenheiro agrônomo.
Uma alternativa ao alto custo do
milho, segundo a Embrapa, é
incorporar à pastagem plantas
e flores benéficas, ricas em nutrientes.
Pesquisa da
Embrapa aponta
que cada bovino
produz, por ano,
54 kg
de metano, liberado
na atmosfera